Enciclopédia de Gênesis 4:21-21

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

gn 4: 21

Versão Versículo
ARA O nome de seu irmão era Jubal; este foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta.
ARC E o nome do seu irmão era Jubal: este foi o pai de todos os que tocam harpa e órgão.
TB O nome de seu irmão era Jubal, que foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta.
HSB וְשֵׁ֥ם אָחִ֖יו יוּבָ֑ל ה֣וּא הָיָ֔ה אֲבִ֕י כָּל־ תֹּפֵ֥שׂ כִּנּ֖וֹר וְעוּגָֽב׃
BKJ E o nome de seu irmão era Jubal. Ele foi o pai de todos os que manuseiam a harpa e o órgão.
LTT E o nome do seu irmão era Jubal; este foi o pai de todos os que tocam harpa e órgão.
BJ2 O nome de seu irmão era Jubal: ele foi o pai de todos os que tocam lira e charamela.
VULG Et nomen fratris ejus Jubal : ipse fuit pater canentium cithara et organo.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Gênesis 4:21

Gênesis 31:27 Por que fugiste ocultamente, e te esquivaste de mim, e não me fizeste saber, para que eu te enviasse com alegria, e com cânticos, e com tamboril, e com harpa?
Jó 21:12 Levantam a voz ao som do tamboril e da harpa e alegram-se ao som das flautas.
Isaías 5:12 Harpas, e alaúdes, e tamboris e pífanos, e vinho há nos seus banquetes; e não olham para a obra do Senhor, nem consideram as obras das suas mãos.
Amós 6:5 que cantais ao som do alaúde e inventais para vós instrumentos músicos, como Davi;
Romanos 4:11 E recebeu o sinal da circuncisão, selo da justiça da fé, quando estava na incircuncisão, para que fosse pai de todos os que creem (estando eles também na incircuncisão, a fim de que também a justiça lhes seja imputada),

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

O DILÚVIO

DE ADÃO A NOÉ

O livro de Gênesis relata como Adão e Eva desobedeceram a Deus e foram expulsos do jardim do Éden. Vários aspectos da civilização são atribuídos a seus descendentes: "uma cidade", "harpa e flauta" e "todo instrumento cortante, de bronze e de ferro".1 Seus descendentes foram longevos, chegando, no caso de Matusalém, aos 969 anos de idade.? Sem dúvida, trata-se de uma vida longa - para alguns, absurdamente longa, mas isso não é quase nada em comparação com as idades apresentadas na famosa lista dos reis da Mesopotâmia, conhecida como "Lista Suméria de Reis". De acordo com esse registro, o homem mais longevo de todos foi um certo Enmenluanna que viveu 43.200 anos. A perversidade dos descendentes do primeiro casal foi motivo de grande tristeza para o Senhor e ele decidiu eliminar a humanidade da face da terra. 

O Senhor escolheu Noé, um "homem justo e íntegro entre os seus contemporâneos" e que "andava com Deus" e lhe deu ordem para construir uma grande caixa de madeira (o termo original é traduzido, tradicionalmente, como "arca") com 300 côvados de comprimento, 50 de largura e 30 de altura - em medidas modernas, cerca de 133,5 m x 22,3 m x 13.4 m medidas que sugerem um peso de mais de dez mil toneladas. Além de Noé e sua família, a arca abrigaria sete pares de todas as aves e animas limpos e um par de todos os animais considerados imundos. Quarenta dias de chuva eliminariam da face da terra todas as criaturas vivas.

A somatória dos números fornecidos em Gênesis 7:11-12 e Gênesis 8:14 totaliza 371 dias de duração do dilúvio, a menos que consideremos alguns dos períodos simultâneos, e não subseqüentes. Declarações como "cobriram todos os altos montes que havia debaixo do céu" A "quinze côvados [cerca de 7 m] acima deles prevaleceram as águas" e "Pereceu toda carne que se movia sobre a terra, tanto de ave como de animais domésticos e animais selváticos, e de todos os enxames de criaturas que povoam a terra, e todo homem"," mostram claramente a crença do autor no carter universal do dilúvio. Do ponto de vista do autor, a destruição foi total: "Assim, foram exterminados todos os seres que havia sobre a face da terra; o homem e o animal, os répteis e as aves dos céus foram extintos da terra; ficou somente Noé e os que com ele estavam na arca" Para alguns, a "terra" não se refere ao nosso planeta, mas sim, a uma região do mesmo e, portanto, indica um dilúvio localizado.

A arca repousou "sobre as montanhas de Ararate"® e, depois de soltar um corvo e, em seguida, uma pomba, para verificar se as águas haviam baixado, Noé saiu da arca com sua família e os animais. O Senhor prometeu nunca mais destruir todos os seres vivos e deu o arco-íris como sinal dessa aliança.

COMPARAÇÃO COM HISTÓRIAS MESOPOTÂMICAS DE DILÚVIOS

Pode-se encontrar paralelos do relato do dilúvio de Gênesis em histórias mesopotâmicas de dilúvios apresentadas em três versões: o Épico de Atrahasis (c. 1635 a.C.), o Epico de Ziusudra (c. 1600 a.C.) e o Épico de Gilgamés (c. 1600 a.C.). Este último conhecido através de cópias feitas em Nínive e outras cidades no primeiro milênio a.C.O Épico de Gilgamés é uma adaptação da história do Epico de Atrahasis. As semelhanças entre os relatos do dilúvio em Gênesis e no Épico de Gilgamés são mostradas na tabela da página ao lado.

Apesar da história de Gilgamés apresentar aspectos lendários, não devemos descartar o próprio Gilgamés, considerando-o apenas uma figura mitológica. Gilgamés, rei de Uruk, no sul da Mesopotâmia (a Ereque de Gênesis 10:10), y | provavelmente foi, de fato, um monarca que viveu por volta de 2700 a.C.

Em sua busca pela imortalidade, Gilgamés vai ao encontro dos únicos seres humans imortais, Utnapistim e sua esposa. Utnapistim (cujo nome significa " aquele que encontrou a vida') explica que os deuses lhe deram a imortalidade porque ele sobreviveu ao dilúvio e conta sua história a Gilgamés. Ele vivia em Shurruppak (atual Fara), junto do Eufrates, quando os deuses decidiram enviar um grande dilúvio sobre a humanidade. O deus Ea era amigo dos seres humanos e avisou Utnapistim sobre a calamidade iminente, instruindo-o a construir uma embarcação em forma de cubo com cerca de 60 m de cada lado e sete andares divididos em nove partes. Utnapistim devia encher a embarcação com ouro, prata, gado e toda sorte de animal doméstico e selvagem. Durante seis dias e sete noites, os céus escureceram e a tempestade caiu. A embarcação repousou sobre o monte Nimush. Utnapistim soltou uma pomba, mas esta voltou, pois não encontrou onde pousar. Em seguida, soltou uma andorinha, que também voltou e, por fim, um corvo que não voltou. Utnapistim deixou a embarcação e ofereceu um sacrifício as deuses. Pelo fato de Utnapistim haver salvo a humanidade, ele e sua esposa receberem dos deuses a vida eterna.

Uma comparação entre o relato do dilúvio em Gênesis e Gilgamés 11, resumida a tabela abaixo, revela diferenças   importantes. Se a embarcação de Utnapistim tivesse a forma de cubo, teria girado repetidamente em torno do seu próprio eixo e os animais teriam passado mal. A embarcação de Noé foi construída seguindo a proporção extremamente estável de 6:1. Utnapistim envia o pássaro mais fraco (a pomba) primeiro. Noé, pelo contrário, envia primeiramente o corvo, o pássaro mais forte.

O lugar onde a embarcação repousou é motivo de grande controvérsia. Gênesis 8:4 diz apenas "sobre as montanhas de Ararate". Observe o plural. Ararate é simplesmente o nome hebraico do reino de Urartu que, no século VIII a.C., abrangia grande parte da atual região leste da Turquia. O monte mais alto da Turquia, Agri Dagi (5137 m), é chamado, por vezes, de "monte Ararate", o que não limita a indicação de Gênesis, necessariamente, a um local tão específico. Histórias de um dilúvio podem ser encontradas na mitologia de vários povos do Pacífico, das Américas, do sul da Ásia e também do Oriente Próximo. Dentre todas elas, Gilgamés 11 é a mais semelhante ao relato bíblico, o que não surpreende, tendo em vista a proximidade relativa da Mesopotâmia com a região de "Ararate" e o fato da tradição mesopotâmica do dilúvio ser tão antiga.

EVIDÊNCIAS DO DILÚVIO?

O que comprova a ocorrência do dilúvio? Estratos correspondentes ao tempo do dilúvio nas cidades iraquianas antigas de Ur, Kish e Fara (antiga Shurruppak) não apresentam correlações e também não cobrem totalmente essas cidades. Talvez tenhamos de buscar evidências do dilúvio numa era mais antiga e no registro geológico, e não arqueológico.

Por Paul Lawrence

 

Referências

Gênesis 4:17-22
Gênesis 5:27
Gênesis 6:9
Gênesis 7:19
Gênesis 7:20
Gênesis 7:21
Gênesis 7:23
Gênesis 8:4

Lugares associados às histórias do dilúvio encontradas na Mesopotâmia e em Gênesis.
Lugares associados às histórias do dilúvio encontradas na Mesopotâmia e em Gênesis.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Gênesis Capítulo 4 do versículo 1 até o 26
C. O ASSASSINATO E SEU RESULTADO, 4:1-24

Um aspecto terrível do pecado é que ele não pode ser isolado nem obliterado facil-mente. Executa progressivamente sua obra devastadora na sociedade, de geração em geração. O pecado de Adão e Eva não causou infortúnio apenas para suas vidas; passou de pai para filho, de época para época. A história no capítulo 4 ilustra dolorosamente este fato e as genealogias ampliam as repercussões do mal por todas as gerações.

1. O Assassinato de um Irmão Crédulo (4:1-16)

Na estrutura geral, esta história é muito semelhante à anterior. Tem um cenário (4:1-5), um ato de violação (4.8), uma cena de julgamento (4:9-15) e a execução da sentença (4.16).
A história dos primeiros dois rapazes nascidos a Adão e Eva (1) realça as repercus-sões do pecado dentro da unidade familiar. Os rapazes, Caim e Abel (2), tinham tempera-mentos notavelmente opostos. Caim gostava de trabalhar com plantas cultiváveis. Abel gostava de estar com animais vivos. Ambos tinham uma disposição de espírito religioso.

Os filhos de Adão levaram sacrifícios ao SENHOR (3), o primeiro incidente sacrifical registrado na Bíblia.

Que Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gor-dura (4) não quer dizer necessariamente que animais são superiores a plantas para propósitos sacrificais. Por que atentou o SENHOR para Abel e para a sua oferta (5) fica evidente à medida que a história se desenrola.

A primeira pista aparece quase imediatamente. Caim não suportava que algum ou-tro ficasse em primeiro lugar. A preferência do Senhor por Abel encheu Caim de raiva. Só Caim podia ser o "número um".
O Senhor não estava ausente da hora da adoração. Ele abordou Caim e lhe deu um aviso. Deus não o condenou diretamente, mas por meio de um jogo de palavras informou Caim que ele estava em real perigo. Em hebraico, a palavra aceitação (7) é, literalmen-te, "levantamento", e está em contraste com descaiu (6). Um olhar abatido não é compa-nhia adequada de uma consciência pura ou de uma ação correta. O ímpeto das perguntas de Deus era levar Caim à introspecção e ao arrependimento.

Se Caim tivesse feito bem (7), com certeza Deus o teria graciosamente recebido. Mas, e se Caim não tivesse feito bem? Esta era a verdadeira questão que Caim ignorava, pois ele lançava a culpa em Abel. A ameaça à sua vida espiritual não estava longe. O pecado estava bem do lado de fora da porta, pronto para levar Caim à ruína.

Precisamos examinar duas palavras no versículo 7. A palavra traduzida por pecado (hatt'at) pode significar pecado ou oferta pelo pecado. A última opção está fora de ques-tão, porque a presença fora da porta não parece ser útil; é sinistra. Apalavra jaz (robesh) é um substantivo verbal. O problema para o tradutor é: Esta palavra serve de verbo, jaz, ou de substantivo, dando o sentido: "O pecado está de tocaia"?

E. A. Speiser destaca que o acádio, uma das origens do hebraico bíblico, tem basica-mente a mesma palavra, rabishum (note que as primeiras três consoantes são as mes-mas), que significa "demônio". Esta história bíblica vem do mesmo local geográfico; as-sim, se considerarmos que robesh é um empréstimo do acádio, a solução está à mão.' O texto descreve o pecado como um demônio malévolo, pronto para se lançar sobre Caim se este sair da presença de Deus sem se arrepender. Deus graciosamente ofereceu a Caim o poder de vencer o pecado: Sobre ele dominarás.

A última porção do versículo 7 pode ser parafraseada: "Tu deixaste o fogo da raiva arder por dentro; por conseguinte, quando tu deixares meu domicílio, o pecado te toma-rá. É melhor dominares a raiva para que a destruição não te vença".
Mas Caim saiu da presença de Deus e a raiva se transformou em ciúme, o qual, por sua vez, se tornou em ódio assassino junto com um plano ardiloso. No campo, um dia a ação má foi executada — Caim... matou (8) Abel deliberadamente e sem provocação.

Mas Caim não pôde evitar o SENHOR (9). Logo se desenvolveu a cena de julgamen-to. A voz do sangue do teu irmão clama a mim desde a terra (10) é vívida expressão idiomática que significa: "Tu podes tentar esquecer teu ato de violência, mas eu não posso. O que quer que aconteça com meus filhos é questão de preocupação pessoal para mim". O privilégio de cultivar a vida vegetal foi tomado de Caim e ele foi banido para o deserto, a fim de ser fugitivo e errante (12).

A exposição do seu pecado mudou Caim. O ódio arrogante se tornou em medo covar-de misturado com autopiedade. Ele estaria suscetível do mesmo destino que desferiu ao irmão. Não pôde nem suportar o pensamento. Mas Deus não escarneceu dele. Mais uma vez sua misericórdia suavizou o castigo. Pôs o SENHOR um sinal em Caim (15). Assim, Caim partiu para enfrentar uma vida totalmente nova, longe de Deus. A designa-ção terra de Node (16) significa "terra de vagueação", e não parece ser o nome de uma região específica que não seja sua direção geral para a banda do oriente do Éden.

De 4:2-9, G. B. Williamson analisa "Caim e Abel".

1) A diferença nos homens — até entre irmãos, 2b,5b,6,8,9;

2) A diferença significativa nas suas ofertas, 3-5a (cf. Hb 11:4) ;

3) Eis uma revelação da bondade e severidade de Deus, 7a.

2. Os Descendentes de Caim: Criativos mas Impiedosos (4:17-24)

A importância de Caim foi exaurida, e a linhagem de sua posteridade rebelde é incompletamente apresentada em forma genealógica abreviada.

A esposa de Caim foi, implicitamente, uma irmã (cf. 5,4) que partiu com ele para o exílio. Caim começou a construir uma habitação fortalecida, uma cidade (17), e orgu-lhosamente a chamou de Enoque, o nome do seu primeiro filho. A procura de Caim e seus filhos por segurança estava simbolizada pela construção de muros pesados, a pro-criação de muitos filhos com esposas múltiplas e o poder da perícia profissional, do armamento e do ódio. O primeiro poema da Bíblia (23,24) serve de ilustração da amar-gura feroz que envenenou o espírito destes homens. O significado do versículo 23 é: "Matei um homem [meramente] por me ferir e um jovem [só] por me golpear e me ferir" (BA). Alcançaram o pico da habilidade e realização, mas também se chafurdaram nas profundezas do mal.

D. A EXPANSÃO DE UM Novo COMEÇO, 4:25-6.8

No Livro de Gênesis, as linhas de pensamento ou grupos de indivíduos menos im-portantes recebem pouca atenção para logo serem descartados. O interesse é focalizado nas doutrinas ou pessoas que são centrais aos procedimentos redentores de Deus com o homem.

1. O Terceiro Filho de Adão (4.25,26)

O rapaz que substituiu o Abel assassinado recebeu um nome bem adequado. Sete (25) significa "designado ou colocado", o que indicava a misericórdia de Deus. Ele deu a Adão e Eva um filho que preservaria a fé no único Deus verdadeiro. Foi nesta família que o fogo da verdadeira adoração foi luminosamente mantido aceso. Aqui estava a base para a esperança de que a piedade era possível entre os homens.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Gênesis Capítulo 4 do versículo 20 até o 24

Surgimento do Nomadismo, Outro Começo (Gn 4:20-24)

Gn 4:20

Jabal. Seu nome significa mestre. Ele foi o inventor das tendas e criava gado, uma característica das tribos nômades. Suas invenções facilitaram a vida nômade. Ver no Dicionário o artigo intitulado Nômades quanto a detalhes a esse respeito. Coisa alguma se sabe sobre ele, exceto o que é sugerido no presente texto.

Gn 4:21

O nome de seu irmão era Jubal. Esse nome significa riacho. Ele descendia de Caim através de Lameque e de Ada. Eie aparece na Bíblia como o inventor dos instrumentos que em hebraico são chamados kinnor e ugab, e que alguns traduzem, respectivamente, por “harpa" e “órgão*, mas que outros dizem “lira" e “gaita”. Nossa versão portuguesa prefere “harpa” e “flauta”. O nome dele talvez tenha algum vínculo com o yobel, o chifre de carneiro. Nesse caso, como músico que era, seu nome estava associado àquele instrumento musical de sopro. Foi um artista. Seu pai nos forneceu o primeiro poema da Biblia (Gên, Gn 4:23,Gn 4:24). Assim, havia um talento artístico na família. Achamos aqui um outro começo. A música nasceu com um homem, e esse homem deu inicio aos instrumentos de música. Sem dúvida, o cântico antecedeu aos instrumentos musicais, pois as cordas vocais do homem estão adaptadas à produção de sons musicais. A cultura humana começou a desenvolver-se a partir de invenções primitivas. É curioso que essas invenções tivessem tido início com tribos nômades. É possível que a “trom-beta vibrante" (Lev, Lv 25:9) tenha sido originada por ele. O folclore árabe preserva a tradição de que a música começou pela linhagem cainita. Essa tradição afirma que a versatilidade e habilidade de Jubal eram tão notáveis que as feras e as aves do campo reuniam-se em volta dele quando ele tocava. Ver no Dicionário o artigo intitulado Musica, Instrumentos Musicais.

Gn 4:22

Ziiá. . . deu à luz a Tubalcaim. Há outro Tubal em Gn 10:2. Ver no Dicionário o artigo sobre esse nome. Não se sabe o que significa “Tubal”, mas o sufixo, cain, significa “ferreiro” Josefo chamou-o de Thobel, tendo afirmado que ele tinha grande habilidade militar. Criou instrumentos de matança, outro triste começo. E claro que as suas habilidades também se destinaram a fins pacíficos, sob a forma de instrumentos agrícolas. Ele foi o originador da metalurgia, ou, pelo menos, deu-lhe uma nova significação. Ver no Dicionário o artigo Metal (Metalurgia). Há outras antigas histórias sobre a questão, Vulcano (fogo) recebia o crédito dessa invenção, por parte dos gregos e dos romanos, trazendo assim a ajuda divina para o avanço das habilidades humanas e para a civilização. Clemente de Alexandria creditava aos índaeanos, ou sacerdotes de Cibele, na ilha de Chipre, as invenções referidas neste versículo. E assim fizeram igualmente Sófocles e Estrabão (Geograph. Gn 1:10 par, 326). A Septuaginta dá o nome com a forma de Thobel (que Josefo seguia). Talvez a porção final do nome, cain, fosse uma glosa antiga sobre Tubal, isto é, “Tubal, o Ferreiro”, a fim de distingui-lo do Tubal que foi filho de Jafé (ver Gn 10:2), Há muitas histórias sobre como teria tido início a metalurgia.

Ferro. Ver no Dicionário o artigo intitulado Ferro. Alguns estudiosos pensam que a menção a esse metal, neste ponto, é um anacronismo, pois a era do ferro supostamente teria começado muito depois do que a época de Tubalcaim sugere. A questão permanece sem solução. Ver no Dicionário o artigo chamado Guerra.

A engenhosa mente humana tem sido empregada para aumentar a matança, pois desde o começo houve no homem um instinto homicida. Caim exemplificou com supremacia esse instinto. E então, um de seus descendentes implementou essa capacidade com instrumentos de matança, Assim, a degradação do homem foi aumentando com a passagem do tempo, sempre encontrando alguma nova maneira de expressar-se. Deus criou o homem na retidão, mas este muitíssimo se tem corrompido muitíssimo, E tem inventado muitas coisas que só produzem a miséria. Então as riquezas materiais servem somente para aumentar a deprava-ção. Aqueles que têm inventado artes e instrumentos úteis, que melhoram a vida humana, também têm inventado instrumentos perversos; e assim o homem é sempre o mais elevado e o mais aviltado dos seres, dividido entre o bem e o mal, algo sobre o que Paulo se mostrou amargo, no sétimo capítulo de Romanos.
Naamá. A primeira “filha" cujo nome nos é dado, embora as várias esposas mencionadas antes no texto fossem filhas de alguém. O nome dela significa “doçura", “deleite" ou “agradável”, Essa é a única menção a ela na Bíblia, mas as tradições sobre ela são prolixas. De acordo com o Targum de Jonathan, ela foi "a dama das lamentações e dos cânticos". E assim, seu irmão inventou instrumentos de guerra, e ela inventou as lamentações pelos mortos! Josefo adianta que Lameque teve setenta e sete filhos, por meio de suas duas mulheres, mas somente essa sua filha é mencionada por nome. Autores judeus posteriores qualifica-vam-na de bela e graciosa. R. S. Jarchi disse que ela era a esposa de Noé, e citou Bereshith Rabba em apoio a essa noção. As lendas, porém, discordam. Outros, além de considerá-la bela, também a consideravam justa. Mas ainda outros dizem que sua beleza era tão notável que o mundo inteiro a desejava, e outros pensam até que ela foi o instrumento que permitiu a entrada dos demônios neste mundo. Toda mulher bonita é sempre associada às tentações e à maldade, mas fazer dela a porta de entrada dos demônios no mundo não passa de um exagero. Se pudermos acreditar nessas histórias (e é melhor não o fazermos), Naamá foi uma espécie de Helena cainita. Dizem-nos os gregos que Helena era tão bela que podia enviar mil navios ao mar, mediante uma mera ordem sua. Naamá era tão bonita que podia enviar mil soldados à batalha, usando as armas inventadas por seu irmão, naturalmente. Mas a Bíblia diz-nos somente que ela era uma boa jovem.

Gn 4:23
E disse Lameque. Produzindo assim o primeiro poema que achamos na Bíblia. Esse poema, concordam todos os eruditos, é de grande antiguidade. Mas contém paralelismos, o que é típico da poesia dos hebreus. Esse poema foi originado pela linhagem cainítica, tão criativa e artística. E sugere que a marca de Caim persistia na sua descendência. Aquele povo acreditava que ele tinha o direito de perpetuar terríveis vinganças contra qualquer pessoa que ferisse a alguém de seu clã. Supõe-se que Lameque tenha matado em autodefesa, ao passo que Caim simplesmente cometeu fratricídio e que, assim mesmo, foi protegido divinamente por uma marca. Lameque jactou-se de seus assassínios. Ele usara um instrumento inventado por um de seus filhos. Linda história! Ficou de pé diante de suas esposas e recitou o seu poema, o qual, de acordo com ele, justificava a sua violência. Como é óbvio, a autodefesa é um direito reconhecido por todas as legislações. Mas ninguém precisa vangloriar-se do ato. Mas alguns eruditos pensam que Lameque havia ferido outro guerreiro em batalha, e que, em lugar de demonstrar misericórdia, matara o adversário. Não se interessara em fazer um prisioneiro de guerra. O texto, porém, não nos mostra o como ou o porquê da questão. Talvez ele estivesse procurando assegurar às suas esposas que ninguém ousaria procurá-lo para vingar-se de seus mortos. O mais provável, todavia, é que ele simplesmente se estava jactando de suas matanças.

As Tradições Mostram-se Ativas Aqui. Alguns supõem que o homem morto foi Caim, o qual, agora idoso e cego, se sentara no meio de uma floresta a fim de descansar. Lameque estaria caçando, guiado por Tubalcaim. O idoso Caim foi confundido com um animal, e Lameque, por ordem de seu filho, matou o idoso homem, Ao perceber o que tinha sucedido, Lameque matou seu próprio filho (o jovem do texto). Essa história é contada com algumas variantes (ver Elmachmus, par. 7, apud Hottinger; Smegma Oriental Gn 1:1 c. 8. pars. 224-225). Mas não há possibilidade de essas lendas conterem alguma verdade.

Talvez tenhamos aqui uma antiga alusão à lex talionis, o direito de vingar-se “na mesma moeda", de acordo com a natureza do crime cometido. A legislação mosaica, muito depois, incorporou esse princípio, o que também se_ deu com várias legislações antigas. Ver no Dicionário o artigo Lex Talionis. Ver Ex 21:23 ss., quanto a exemplos disso nas Escrituras.

A civilização continuou à sombra de Caim. A perversão humana chega a aterrorizar. O dia que Isaías previu para o futuro distante, quando os homens haverão de transformar suas espadas em relhas de arado (Is 2:4), continua sendo visto como um mero sonho. A produtividade militar moderna resseca os recursos humanos, mesmo quando estes são tão desesperadoramente necessários para fins pacíficos.

Gn 4:24
De Lameque, porém, setenta vezes sete, É difícil entender por que Lameque seria vingado com maior severidade do que no caso de Caim, se chegasse a ser ferido por causa de alguma retaliação justificada. Isso tão-somente fazia parte de sua jactância. Homens ímpios sempre falam grosso demais. Os intérpretes não concordam quanto ao intuito dessa declaração. Alguns pensam que se trata de uma lamentação. Era como se ele tivesse dito: Caim sofreu sua punição, e agora sofrerei muito mais. Mas o mais provável é que Lameque estivesse aqui falando de seu próprio direito de tomar vingança contra suas vitimas impotentes, e não do direito de alguém vingar-se dele. Ninguém ousaria vingar-se de Lameque, pois ele era um autêntico descendente de Caim. Se alguém o ousasse, por certo uma terrível destruição ocorrería ao tal. Isso posto, a declaração parece conter um senso de reasseguramento para ele mesmo e para suas esposas, confirmando diante de todos que ninguém se vingaria de Lameque. Mui provavelmente está em pauta a Lex Talionis. Mas Lameque protestou diante de suas mulheres que essa lei não tinha aplicação em seu caso.

“Com esse jactancioso poema, que louva a violência armada e o derramamento de sangue, a par com indicações de uma vida de luxo e de prazeres, o narrador encerra a história da raça de Caim" (Ellicott, in loc.).


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Gênesis Capítulo 4 do versículo 1 até o 26
*

4.1-26 A profetizada hostilidade entre a descendência da serpente e o Descendente da mulher (conforme 3,15) toma forma imediatamente na hostilidade do ímpio Caim contra o piedoso Abel (vs. 1-16) e no contraste entre a descendência ímpia de Caim contra a descendência piedosa de Sete (4.17—5.32). Existe uma horrenda escalada do pecado de Caim para Lameque.

* 4.1-16 O enfoque recai sobre Caim, o arquétipo dos seguidores de Satanás. Caim demonstra a sua familiaridade com o mal pela sua hostilidade contra Deus e pelo assassinato de um homem bom (v. 8; Mt 23:3; Hb 11:4), juntamente com suas mentiras (v.9; Jo 8:44; 1Jo 3:12).

* 4:1

Coabitou. Lit., “conheceu”. A palavra hebraica “conheceu” é usada para denotar a intimidade sexual de um relacionamento marital.

um varão … do SENHOR. Os seres humanos, tanto originalmente (1.26,
27) como atualmente, devem a sua existência a Deus. A mulher originalmente veio do homem e agora o homem vem da mulher. Os sexos são dependentes um do outro e ambos são dependentes de Deus (1Co 11:8-12).

* 4.2 Abel. O nome significa “fôlego”, “vapor”, ou “nada” (referência lateral) com a conotação de “perecível”, uma sombria profecia do que se segue.

ovelhas … lavrador. A despeito da Queda de Adão os seres humanos ainda cumprem o mandato cultural de administrar os recursos da terra (1.26, 28).

*

4.4,5 oferta. A palavra hebraica aqui é o termo comum para “tributo”, o presente de um inferior para um superior (1Sm 10:27; 1Rs 4:21). Cada um dos irmãos trouxe uma oferta apropriada à sua vocação (conforme 13 1:32-21'>Gn 32:13-21).

* 4.4 primícias. Como Autor e Possuidor da vida Deus tinha o direito à primeira parte produzida pelas plantas (Dt 26:1-11), pelos animais e pelos homens (primogênito, Êx 13:2,12; 34:19) e ao melhor do que o adorador tinha a oferecer (gordura, Lv 3:14-16). Abel trouxe ambos: o primeiro e o melhor; Caim deixou de trazer os dois. Alguns também apontam para o fato de que Abel trouxe um sacrifício de sangue enquanto Caim não o fez.

Agradou-se o SENHOR. Deus vê o coração (conforme 1Sm 16:7).

de Abel e de sua oferta. O adorador e sua oferta são inseparáveis: pela fé Abel obteve testemunho de ser justo tendo Deus aprovado suas ofertas; sem fé, nem Caim nem suas ofertas eram agradáveis a Deus (Hb 11:4, 6).

* 4.5 Irou-se …Caim. O fracasso de Caim na adoração e sua subseqüente resposta irada eram amostras do seu comportamento antiético. Os eleitos e os não eleitos são diferenciados pelas suas atitudes fundamentais para com Deus.

* 4.6 Por que. A pergunta de Deus introduz a admoestação no v. 7 (3.9, nota).

*

4.7 jaz à porta. O hebraico sugere um demônio ameaçador agachado do lado de fora da porta de uma casa. Talvez seja também uma alusão à serpente esperando para dar o bote no calcanhar (3.15; conforme 1Pe 5:8).

desejo. Ver nota em 3.16.

dominá-lo. Conhecendo o coração de Caim, Deus o adverte a não se submeter à tentação assassina do mal (conforme 1Jo 3:12). Embora os seres humanos não regenerados possam dominar o solo e os rebanhos, eles não conseguem controlar o pecado (1.26, nota; Sl 53:3; Rm 8:7).

* 4.8 Disse… a Abel. Desconsiderando a Deus e a sua advertência, as ações subseqüentes de Caim revelam sua resposta. Abel é mencionado apenas no seu nascimento, oferta, e morte.

e o matou. A quebra dos laços familiares pelo pecado, iniciada no capítulo 3, rapidamente alcança o extremo de um assassinato. Buscando autonomia de Deus e de seus pais (3.6 e nota), Caim usurpa a soberania divina sobre a vida.

* 4.9 Onde está Abel. Ver nota em 11.5.

acaso sou eu o tutor de meu irmão? O sarcástico hipócrita já havia matado seu irmão.

* 4.10-14 Caim, o assassino, alienado da terra e da sociedade não encontra descanso.

*

4:10

Que fizeste? A pergunta registra a ira de Deus.

clama. Ao passo que o sangue de Abel clama por vingança (Is 26:21; Mt 23:35; Ap 6:10) o sangue de Cristo clama por perdão (Hb 12:24).

* 4.11 maldito. A maldição de Deus une Caim a Satanás (3.14; 1Jo 3:12). Seu tempo de graça terminou, ele é entregue a julgamento (Hb 9:27; 10:27). Enquanto em 3:17-19 a terra é amaldiçoada para não dar seu fruto sem o trabalho frustrante, Caim é amaldiçoado a se tornar um fugitivo sem um lugar permanente de descanso.

* 4.13 já não posso suportá-lo. Caim responde com autocomiseração ao invés de arrependimento pelo seu pecado contra Deus e o homem. Ele teme o abandono físico e social, mas não o Deus que o criou.

* 4.14 quem comigo se encontrar. A história até agora tem o seu enfoque em Caim, não em Adão ou seus descendentes (v. 17; 5.4). Ironicamente, depois de matar seu irmão, Caim teme a vingança de sua própria família (conforme Nm 35:19).

me matará. Caim prevê o comportamento violento de seus descendentes (6.5, 11).

*

4.15 sinal. Pode ser que este sinal fosse uma tatuagem de proteção indicando Caim como alguém debaixo da proteção de Deus.

* 4.17-24 A ambivalência da cultura humana sem Deus é demonstrada nos avanços da civilização, incluindo a primeira cidade, com um crescimento vertiginoso da violência.

* 4.17, 18 Caim … Enoque … Irade … Meujael … Metusael … Lameque. Os nomes são semelhantes àqueles no cap. 5, não porque representam variações da mesma fonte, mas para mostrar o paralelo e contrastar as duas descendências de Adão. Os sétimos descendentes de Adão através de Caim e de Sete, respectivamente o ímpio Lameque (vs. 19-24) e o piedoso Enoque (5.24), são apresentados em claro contraste um com o outro. O primeiro causou a morte, o segundo não morreu.

* 4.17 E coabitou … e deu à luz a Enoque. Ver nota no v.1. Debaixo da graça comum de Deus a vida familiar é desfrutada tanto por descrentes como por crentes.

edificou uma cidade. Em procurar a segurança de uma cidade, o pecador Caim desafiou o julgamento de Deus de que ele deveria ser um errante (v. 12) e também mostrou a sua falta de fé na proteção provida pelo sinal de Deus (v. 15). A cidade terrena provê civilização e proteção, porém culmina na construção de uma cidade que desafia a supremacia de Deus (11.4). Os fiéis, em contraste, esperam por uma cidade celestial (Fl 3.20; Cl 3:1-4; Hb 11:10, 16; 12:22; 13:14).

*

4.19-24 Lameque. Lameque representa um progressivo endurecimento no pecado — poligamia (conforme 2.24; Mt 19:5, 6) e uma vingança grosseiramente injusta — e a extensão do mandato cultural da pecuária (v. 20) para as artes (v. 21) e ciências (v. 22). No seu cântico, Lameque expressa, e até mesmo celebra, seu aprofundamento na depravação (vs. 23, 24).

* 4.19 duas esposas. A bigamia é um abuso da instituição do casamento que Deus pretendia que fosse monógama (2.24, nota).

* 4.24 setenta vezes sete. A violência e espírito de vingança de Caim são aumentadas na sua descendência. A profundidade da depravação de Lameque é evidente na sua presunção arrogante e autoconfiança (em contraste com o temor de Caim, v. 14).

* 4.25, 26 Este episódio nos fornece a transição entre os dois relatos iniciados em 2.4 e 5.1 (conforme 6:1-8; 9:18-29).

*

4.25 coabitar com sua mulher. Ver nota no v.1. A comparação e contraste entre os vs. 1, 17 mostram a transição para a linhagem da descendência piedosa predita em 3.15.

Sete. Seu nome, derivado do verbo hebraico traduzido como “apontado” (ver referência lateral) expressa a fé que Eva possuia de que Deus manteria a família da aliança a despeito da morte (3.15; conforme 3.20, nota).

*

4.26 invocar o nome do SENHOR. A família da aliança, fazendo sua petição e dando louvor no nome do Senhor, glorifica a Deus e não ao homem (conforme vs. 23, 24).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Gênesis Capítulo 4 do versículo 1 até o 26
4:1 A frase conheceu significa que se amealhou sexualmente. A união sexual representa unidade e total conhecimento da outra pessoa. O contato sexual é o ato mais íntimo que sela um vínculo social, físico e espiritual. Este é o motivo pelo qual Deus o reservou exclusivamente para o matrimônio.

4:2 Já não se proveria de todo o necessário ao Adão e Eva como ocorria no horta de Éden, onde suas tarefas diárias eram vigorizantes e deleitosas. Agora deviam lutar contra os elementos para prover-se de comida, roupa e teto para eles e sua família. Caím se fez agricultor, enquanto que Abel foi pastor. Hoje em dia, em zonas do Meio Oriente estes trabalhos de larga data se seguem praticando quase do mesmo modo que no tempo do Caím e Abel.

4.3-5 A Bíblia não diz por que Deus rechaçou o sacrifício do Caím. Possivelmente a atitude do Caím foi imprópria, ou possivelmente sua oferenda não estava dentro das normas de Deus. Pv 21:27 diz: "O sacrifício dos ímpios é abominação; quanto mais oferecendo-o com maldade!" Deus avalia tanto nossos motivos como a qualidade do que lhe oferendamos. Quando entregamos algo a Deus ou a outros, nosso coração deve estar alegre pelo que podemos dar. Não devemos nos preocupar com a quantidade; já que todas as coisas pertencem a Deus em primeiro lugar. Mas bem, devemos dar com gozo a Deus nosso melhor tempo, dinheiro, posses e talentos.

4.6, 7 Como reage você quando alguém lhe sugere que tem feito algo mau? Atua você para corrigir o engano ou nega que necessite correção? depois de que o sacrifício do Caím foi rechaçado, Deus lhe deu a oportunidade de corrigi-lo e tentá-lo de novo. Inclusive Deus o animou para que o fizesse! Mas Caím se negou e o resto de sua vida é um exemplo surpreendente do que acontece a aqueles que se negam a admitir seus enganos. A próxima vez que alguém lhe sugira que você está errado, torne uma olhada sincera e escolha o caminho de Deus em lugar do do Caím.

4:7 Para que Caím dominasse o pecado que espreitava à entrada de seus desejos, tivesse sido necessário que cedesse sua ira ciumenta para que o pecado não encontrasse cabo em sua vida. O pecado segue escondido ante nossas portas hoje em dia. Ao igual a Caím, seremos vítimas do pecado se não o dominarmos. Mas não nos é possível dominar o pecado com nossa própria força. Em lugar disso, devemos nos voltar para Deus para receber fé para nós mesmos e receber fé e fortaleza de outros crentes. O Espírito Santo nos ajudará a dominar o pecado. Isto constituirá uma batalha de por vida que não se acabará até que nos encontremos cara a cara com Cristo.

Eva

Sabemos muito pouco da Eva, a primeira mulher. Entretanto, é a mãe de todos nós. Foi a peça final no intrincado e surpreendente quebra-cabeças da criação de Deus. Adão tinha já outro ser humano com quem ter companheirismo, alguém com uma porção igual da imagem de Deus. Aqui havia alguém o suficientemente parecido para ter amizade e de uma vez o suficientemente diferente para ter relações. Estando juntos eram melhores que estando sozinhos.

Satanás se aproximou da Eva no horta do Éden, onde ela e Adão viviam. Satanás questionou seu contentamiento. Como podia ela ser feliz se não lhe permitia comer de uma das árvores frutíferas? Satanás ajudou a Eva a que deixasse de centrar sua atenção nas coisas que Deus tinha feito e lhe tinha dado, e a enfocasse na única coisa que O tinha proibido. E Eva esteve disposta a aceitar o ponto de vista de Satanás sem consultá-lo com Deus.

Soa-lhe estranho? Muito freqüentemente desviamos nossa atenção do muito que é nosso para nos fixar no pouco que não o é. Pensamos "tenho que consegui-lo". Eva era como nós, e constantemente demonstramos ser seus descendentes ao repetir seus enganos. Nossos desejos, como os da Eva, podem ser igualmente fáceis de manipular. Não são as melhores bases para nossas ações. Ao tomar decisões devemos permanecer sempre em Deus. Sua Palavra, a Bíblia, é nosso guia ao tomar decisões.

Pontos fortes e lucros:

-- Foi a primeira esposa e a primeira mãe

-- Foi a primeira mulher. Como tal sustentou uma relação especial com Deus, compartilhou com o Adão a responsabilidade de subjugar a criação e mostrou certas características de Deus

Debilidades e enganos:

-- Permitiu que Satanás minasse seu contentamiento

-- Atuou impulsivamente sem nem sequer falar com Deus e seu companheiro

-- Não só pecou, mas também incitou a seu companheiro a pecar

-- Quando chamou contas, culpou a outros

Lições de sua vida:

-- A mulher possui também a imagem de Deus

-- Os ingredientes necessários para um matrimônio sólido são a entrega mútua, o companheirismo, a completa unidade, a ausência de vergonha (2.24, 25)

-- A tendência básica humana a pecar se remonta ao começo da raça humana

Dados gerais:

-- Onde: Horta de Éden.

-- Ocupação: Esposa, ajudante, companheira, coadministradora do Éden

-- Familiares: Marido: Adão. Filhos: Caím, Abel, Set e muitos mais

Versículo chave:

"E disse Jeová Deus: Não é bom que o homem esteja sozinho; farei-lhe ajuda idônea para ele" (Gn 2:18).

A história da Eva se relata em Gênese 2:19-4.26. Sua morte não se menciona nas Escrituras.

4.8-10 Este é o primeiro assassinato: tirar uma vida derramando sangue humano. O sangue representa vida (Lv 17:10-14). Se lhe tira o sangue a uma pessoa viva, morrerá. Já que Deus criou a vida, só Deus deve tirá-la.

4.8-10 A desobediência do Adão e Eva trouxe o pecado à humanidade. Talvez tenham pensado que seu pecado (comer um simples fruto) não era tão mau, mas observe quão rapidamente sua natureza pecaminosa se desenvolveu em seus filhos. A simples desobediência rapidamente degenerou em um franco assassinato. Adão e Eva atuaram unicamente contra Deus, mas Caím atuou tanto contra Deus como contra o homem. Um pecado pequeno tende a crescer até descontrolar-se. Permita que Deus lhe ajude com seus pecados "pequenos" antes que se convertam em tragédias.

4.11-15 Caím foi severamente castigado por este homicídio. Deus julga e castiga todos os pecados de maneira apropriada, mas não o faz por ira ou por vingança. Mas bem, o castigo de Deus pretende nos corrigir e restaurar nossa relação com O. Quando você seja corrigido, não se resienta. Mas bem, renove sua comunhão com Deus.

4:14 Até aqui só escutamos falar de quatro pessoas: Adão, Eva, Caím e Abel. Surgem duas perguntas: (1) por que Caím estava preocupado de que outras pessoas o matassem?, e (2) De onde obteve a sua esposa? (veja-se 4.17).

Adão e Eva tiveram numerosos filhos, lhes havia dito que "enchessem a terra" (1.28). A culpabilidade e o temor que sentia Caím por ter matado a seu irmão eram muito grandes e provavelmente temia as repercussões de sua família. Se ele era capaz de matar, também o eram eles. A esposa que escolheu Caím pôde ter sido uma de suas irmãs ou uma sobrinha. A humanidade ainda era geneticamente pura e não existia o temor sobre os efeitos secundários que seriam ocasionados pelo casamento entre parentes.

4:15 A expressão "sete vezes será castigado", significa que o castigo da pessoa seria completo, cabal e muito pior que o que recebeu Caím por seu pecado.

4.19-26 Infelizmente, quando a deixa sozinha, a gente tende a piorar em lugar de melhorar. Esta curta narração a respeito do Lamec e sua família nos mostra a variedade de talentos e habilidades que Deus deu ao homem. Mas também apresenta o desenvolvimento contínuo do pecado conforme passa o tempo. Ocorreu outro assassinato, presume-se que foi em defesa própria. A violência vai em aumento. Aparecem agora dois grupos distintos: (1) aqueles que mostram indiferença para o pecado e a maldade, e (2) aqueles que invocam o nome de Deus (os descendentes de Set 4:26). Set tomaria o lugar do Abel como líder de uma linha de pessoas fiéis a Deus.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Gênesis Capítulo 4 do versículo 1 até o 26
d. As Conseqüências Raciais (4: 1-26)

(1) O pecado de Caim (4: 1-8)

1 E o homem conheceu Eva, sua mulher; e ela concebeu e deu à luz a Caim, e disse: Adquiri um homem com a ajuda de Jeová. 2 E mais uma vez ela deu à luz seu irmão Abel. E Abel foi pastor de ovelhas, e Caim foi lavrador da terra. 3 E no decorrer do tempo ele veio para passar, que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor. 4 E Abel também trouxe dos os primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura. E o Senhor para Abel e para a sua oferta: 5 mas para Caim e para a sua oferta não atentou.Caim ficou muito irado, e seu semblante. 6 E o Senhor disse a Caim: Por que te iraste? e porque é o teu semblante? 7 Se bem fizeres, assim ele não seja levantado? e se não fizeres bem, o pecado jaz à porta; e sobre ti será o seu desejo; mas tu dominá- Lv 8:1 E Caim disse a Abel, seu irmão. E aconteceu que, quando estavam no campo, se levantou Caim contra o seu irmão Abel e matou-o.

A conta da queda, como tal, está limitado a Gn 3:1 , Ex 13:11 ; . Lv 3:16 ).

Agora vem o ponto de viragem da história. Para o Senhor para Abel e para a sua oferta, mas para Caim e para a sua oferta não atentou. Atentou é, literalmente, "olhou" ou "encarados com favor." Como Jeová expressou Sua aprovação não é claro. Alguns supõem que a oferta foi consumido pelo fogo do céu tanto quanto alguns sacrifícios posteriores, especialmente desde que He 11:4)

9 E o Senhor disse a Caim: Onde está Abel, teu irmão? E ele disse: Não sei; sou eu o guarda do meu irmão? 10 E disse Deus: Que fizeste? a voz do clama o sangue de teu irmão para mim a partir do solo. 11 E agora amaldiçoado tu és da terra, que abriu a sua boca para receber o sangue de teu irmão da tua mão; 12 quando tu tillest no chão, ele não deve, doravante render até ti a sua força; . fugitivo e errante serás tu és na terra 13 E Caim disse ao Senhor, Meu castigo é maior do que posso suportar. 14 Eis que tu me fora conduzido este dia da face da terra; e da tua presença ficarei escondido; e serei fugitivo e vagabundo na terra; e ele vai vir a passar, que todo aquele que acha me vai me matar. 15 E o Senhor disse-lhe: Portanto quem matar a Caim, será vingado sete vezes. E o Senhor um sinal em Caim, para que ele deveria encontrar qualquer feri-lo.

Quanto tempo depois de terrível ato de Caim esta cena ocorreu não é declarado. Alguns especulam que ele teve lugar na próxima vez que Caim foi para a adoração. Mas novamente o Senhor prosseguiu o pecador. Assim como Ele tinha incansavelmente questionada Seu caminho para a verdade no jardim, Ele agora começou o interrogatório de Caim: Onde está Abel, teu irmão? A progressão rápida, descendente do pecado é revelado na resposta de Cain, eu não sei: eu sou o meu irmão de guardião? Nem Adão nem Eva se atrevera a negar o seu pecado completamente. Mas agora Cain segue assassinato de mentir e acrescenta que tanto a insolência blasfema ao próprio Deus. Mas a tentativa de Caim à pergunta de se esquivar Deus com outra pergunta falhou. Porque, como sempre Deus fez a pergunta-a última pergunta a que Caim não tinha uma resposta satisfatória: ? Que fizeste A voz do sangue de Abel tinha falado com Deus a partir do solo. Nenhum pecado jamais pode ser mantido oculto ou quieto. Mesmo que o homem nada sabe, Deus ainda pode ver as coisas invisíveis aos olhos humanos e ouvir sons inaudíveis aos ouvidos humanos. É significativo que, cada vez que Deus falou com Cain sobre Abel Ele usou as palavras teu irmão ou do teu irmão vezes -três em três versos (vv. Gn 4:9 ,Gn 4:10 , Gn 4:11 ). Assim, Deus refutou a implicação da pergunta de Caim. Ele é responsável por seu irmão, não só para evitar lesão intencional ou violência contra ele, mas para assumir a responsabilidade por seu bem-estar total. Deus deixa claro que a conduta do homem para com o seu irmão será julgado com base no amor prático.

Uma vez que a questão estava no fim, o julgamento foi novamente pronunciado. E como o tempo anterior, no Éden, foi novamente temperada com misericórdia. Deus declarou que o solo a partir de agora não cederia a sua força em tudo para Cain, mas ele se tornaria um fugitivo e vagabundo . Cain começou a choramingar e reclamar, Meu castigo é maior do que posso suportar . A tragédia é que Caim não quebrar sob a sua culpa, mas sim quebrou sob a sua punição. A graça de Deus foi suficiente para ter perdoado e redimiu Cain, se ele tivesse sido capaz de apropriar-se dela, mas tudo o que ele buscava era algum alívio de sua punição: como isso é típico do homem pecador convencido mas rebelde. O Senhor, em Sua misericórdia colocar algum tipo de sinal em Caim e declarou que quem tirou sua vida seria reembolsado sete vezes.

(3) Os descendentes de Caim (4: 16-24)

16 E saiu Caim da presença do Senhor, e habitou na terra de Node, ao oriente do Éden. 17 E Caim conheceu sua mulher; e ela concebeu, e nua Enoque; e ele edificou uma cidade, e chamou o nome da cidade, após o nome de seu filho, Enoque. 18 E a Enoque nasceu Irade: e Irade gerou Meujael; e Meujael gerou Metusael; e Metusael gerou a Lameque. 19 E tomou Lameque para si duas mulheres: o nome de uma era Ada, eo nome da outra Zila. 20 E Ada teve Jabal: ele era o pai dos que habitam em tendas e possuem gado. 21 E o nome do seu irmão era Jubal; este foi o pai de todos os que tocam harpa e pipe. 22 E Zilá, ela também gerou Tubal-Caim, o fabricante de todo instrumento cortante de cobre e de ferro; ea irmã de Tubal- Caim foi Naama. 23 E disse Lameque a suas mulheres:

Ada e Zilá, ouvi a minha voz;

Ye esposas de Lameque, escutai minha voz:

Porque eu matei um homem por me ferir,

E um jovem para me machucando:

24 Se Caim será vingado sete vezes,

Verdadeiramente Lameque setenta e sete vezes.

Muitas coisas importantes podem ser descobertas no que parece ser uma lista seca de nomes, e como acontece com a lista dos descendentes de Caim. Então saiu Caim da presença do Senhor, e habitou na terra de Nod , ou "terra de errante. "Deus o havia condenado a vagar, e apesar de suas andanças parece ter sido limitada a uma área vaga leste do Éden , ele, de fato, tornar-se um andarilho. Ele, aparentemente, casou-se com uma de suas irmãs, não uma prática incomum entre os antigos, e algumas famílias reais modernas (filhas de Adão são mencionados em Gn 5:4 ), o início do modo de vida nómada (v. Gn 4:20 ), a invenção da corda e de sopro instrumentos de música (v. Gn 4:21 ), o uso de metal na fabricação de ferramentas (v. Gn 4:22 ), e, aparentemente, o primeiro poema (vv. Gn 4:23-24 ). A linha de Cain é definitivamente fixado pelo escritor de Gênesis, em contraste com a linha de Sete: o primeiro, apesar de ter muitos membros talentosos, dedicados aqueles presentes para o mal; este último voltou seus poderes para fazer o bem. É fácil ver como Caim e seus descendentes seriam responsáveis ​​por assassinato e poligamia. Mas por que foi a linha rebelde aquele que fez os grandes avanços culturalmente? É possível que Caim e seus descendentes eram tão empenhados em encontrar a felicidade e conforto nas coisas da terra e do tempo em que foram conduzidos em desespero para melhorar sua sorte. No entanto, o silêncio do escritor sobre os descendentes e realizações temporais de Sete pode ser devido ao seu desejo de enfatizar suas qualidades morais e espirituais.

Esta seção fecha com Lameque, o primeiro polígamo, ostentando as suas duas esposas de um assassinato que ele cometeu em apenas ligeira provocação. E ele declara no que tem sido chamado de seu "Sword Song" que, se o seu antepassado Cain foi vingado sete vezes , ele seria vingado setenta e sete vezes . É evidente que o pecado tem continuado a crescer excessivamente maligno, que o homem atingiu um novo mínimo em brutalidade e selvageria. O pecado de Adão alienou-o Deus, escravizou a Satanás, privou-o da glória divina com que sua criação à imagem de Deus tinha originalmente vestiu-lhe, condenou-o a trabalhos forçados no ganho do seu pão, e o separava o acesso livre e pronto ele teve para a árvore da vida. Mas ele tinha feito ainda mais, pois havia deixado sua marca sobre todos os seus descendentes, legando-lhes a cegueira do coração-a falta de discernimento espiritual, uma concupiscência mal ou desejo carnal não regulamentada, e incapacidade-a fraqueza moral na presença do pecado. Este era manifestamente evidente na linha de Caim. E o tempo que em breve revelar a sua verdade no caso da suposta linha piedosa de Sete. Enquanto a história humana continuou, os homens sofrem por causa do pecado de Adão.

(4) A nomeação de Sete (4: 25-26)

25 E Adão conheceu a sua mulher; e ela deu à luz um filho, a quem pôs o nome de Sete; porque, disse ela, Deus me designou outro filho em lugar de Abel; para Cain matou. 26 E para Sete, a ele também nasceu um filho; e pôs-lhe o nome de Enos. Em seguida, os homens começaram a invocar o nome do Senhor.

A Palavra de Deus sempre parece aliviar os momentos mais sombrios, com um raio rápido da misericórdia divina. E a história sórdida de Cain é aliviada pelo registro do nascimento de um novo filho de Adão e Eva. Eve nomeou Sete (hebraico Sheth ), porque, disse ela, Deus destinou (hebraico sheth) me outro filho em lugar de Abel . (A explicação bíblica de nomes não parece sempre ser baseada na etimologia do nome, mas em cima de sua semelhança no som para uma determinada palavra. É, portanto, uma espécie de trocadilho ou jogo de palavras.) A nomeação divina prometida coisas melhores. E a impressão aumentou quando mais tarde Sete teve um filho chamado Enos , para, em seguida, os homens começaram a invocar o nome do Senhor . A força do original é o de "chamar" ou "invocar em oração." Assim, enquanto a linhagem de Caim foi o primeiro em muitas coisas, a linha de Sete foi o primeiro em adoração pública. O nome de Jeová tinha sido conhecida pelo homem desde o início (Gn 4:1 ). Mas o uso do nome do Senhor em oração e formas aparentemente públicas e rituais que a acompanhavam foram agora introduzidas.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Gênesis Capítulo 4 do versículo 1 até o 26
Nesse capítulo, Caim é o persona-gem principal; seu caráter e sua conduta são revelados em quatro aspectos distintos.

  • O adorador (Gn 4:1-5)
  • Em 4:1, vemos tanto a promessa de Deus, Dt 3:15, quanto a fé de Adão, Dt 3:20. Eva trouxe uma nova vida ao mundo e pensou que o filho fos-se a Semente prometida. Uma tradu-ção possível é: "Tive um homem — o Senhor!". Caim significa "adqui-rir" — consideraram o menino uma dádiva de Deus. Abel significa "futi-lidade, vapor" — sugere a futilidade da vida afastada de Deus ou, talvez, o desapontamento de Eva por Caim não ser a Semente prometida. Des-de bem do início, vemos uma divi-são de trabalho: Caim identifica-se com a terra, Abel, com o rebanho. Deus já amaldiçoara a terra (3:17), portanto Caim identifica-se com a maldição.

    Essa primeira família devia co-nhecer o local exato de adoração a fim de que os dois filhos levassem oferendas para o Senhor. Talvez a glória de Deus habitasse na árvore da vida, e os querubins guardavam o caminho (3:24). He 11:4 in-dica que Abel traz sua oferenda pela fé; e Rm 10:17 ensina que "a fé vem pela pregação". Isso significa que provavelmente Deus ensinou Adão e sua família como abordá-lo, e 3:21 indica que envolve sacrifício de sangue. He 9:22 afirma que deve haver derramamento de sangue antes de haver remissão do pecado, contudo Caim traz uma oferenda sem sangue da terra amaldiçoada. Talvez a oferenda dele fosse sincera, mas não foi aceita. Ele não tinha fé na Palavra de Deus nem confiança no sacrifício substitutivo. Provavel-mente, Deus respondeu com fogo (Lv 9:24) e consumiu a oferenda de Abel, mas a oferenda de Caim per-maneceu no altar.

    Caim tinha aparência de pie-doso e de religiosidade, mas ne-gava o poder (2Tm 3:5). Primeira Jo 3:12 indica que Caim era fi-lho do Maligno, e isso significa que ele praticava uma falsa retidão da carne, não a retidão de Deus, por meio da fé. Jesus chamou os fari-seus que se consideravam retos de filhos do diabo e culpou o grupo deles pela morte de Abel (Lc 11:37-42)

    Jc 1:15 adverte-nos de que o pe-cado se inicia de forma pequena, mas cresce e leva à morte. A mesma coisa aconteceu com Caim. Vemos desapontamento, raiva, ciúmes e, por fim, assassinato. O ódio de seu coração leva-o a assassinar com as próprias mãos (Mt 5:21-40). Deus viu o coração infiel e a fisionomia caída de Caim e advertiu-o de que o pecado rastejava como uma besta selvagem, esperando para destruí- lo. Deus disse: "O seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá- lo". Bem, Caim alimentou a besta selvagem da tentação, depois abriu a porta e convidou-a a entrar! Ele convidou o irmão para conversar e matou-o a sangue frio. Caim, o filho do Maligno (1Jo 3:12), como seu pai, era um mentiroso e um assassi-no (Jo 8:44). No capítulo 3, vemos o homem pecando contra Deus pela desobediência à Palavra do Senhor; no capítulo 4, vemos o homem pe-cando contra o homem.

  • O errante (Gn 4:9-16)
  • "Onde estás, [Adão]?" "Onde está Abel, teu irmão?" Como essas duas primeiras questões da Bíblia são re-levantes! O pecado sempre nos des-mascara, embora tentemos (como Caim) mentir a respeito de nosso pecado. O sangue de Abel clama-va por vingança; o sangue de Cristo clama por paz e perdão (He 12:24). Deus amaldiçoara a serpente e a ter-ra. Agora, ele amaldiçoa Caim. Uma tradução sugerida é: "És agora, pois, maldito por sobre a terra [...]" (v. 11). Em outras palavras, a terra não possi-bilitaria crescimento para Caim, e ele, para viver, vagaria de lugar em lugar. Ele seria um fugitivo, um errante.

    Caim não se arrependeu de seu pecado; antes, demonstrou remorso e desespero. Ele, como seus pais, culpou Deus: "Eis que hoje me lan-ças da face da terra" (v. 14). Ele foi rejeitado pelo céu e recusado pela terra! Estava condenado ao desas- sossego que apenas a fé cura.
    Observe também o temor e a desesperança de Caim: "Quem co-migo se encontrar me matará" (v. 14). Deus, pela graça, promete proteger Caim e dar-lhe um sinal (marca) para comprovar sua promessa. (Não é pro-vável que houvesse uma marca real em Caim; antes, Deus deu-lhe um si-nal para encorajá-lo. Quanta graça!) Por que Deus libertou Caim? Por um motivo: Caim tornou-se um "sermão ambulante" da graça de Deus e das trágicas conseqüências do pecado. Que retrato da humanidade de hoje: desassossegada, desesperançada, er-rante, derrotada!
    Caim passou o resto da vida errando? Não! Ele estabeleceu-se e edificou uma cidade! Aqui, temos a

    origem da "civilização" — o substi-tuto do homem para as dádivas de Deus.

  • O edificador (Gn 4:17-26)
  • "Node" significa "vaguear, errar", portanto a própria terra de Caim fala de seu vaguear afastado de Deus. Ele retirou-se da presença de Deus (4:16), não precisava de uma religião de sangue. Certamente, Caim casou- se com uma de suas irmãs, pois na época havia muitos descendentes de Adão (5:3 indica que se passaram 130 anos). Mais tarde, Abraão casou- se com sua meia-irmã; por que Caim não poderia se casar com sua irmã de pai e mãe, principalmente em uma época em que o pecado ainda não cobrara seu tributo em todo o corpo humano? O nome de seu fi-lho "Enoque" significa "iniciação" e sugere um novo início, mas era um início sem Deus.

    Os descendentes de Caim, em uma avaliação do ponto de vista humano, têm um destino admirável. Jabal ("errante") fundou a ciência da agricultura (v. 20); Jubal fundou a "cultura" — a música; e Tubal- caim fundou a indústria de metais. Externamente, a "cidade" de Caim era um grande sucesso, mas Deus deixou claro que rejeitara a coisa toda. No versículo 25, Deus dá ou-tra semente a Adão e Eva — Sete, que significa "o designado, o substi-tuto" (tomou o lugar de Abel). Deus não tentou mudar os caimitas. Ele rejeitou-os e, no fim, condenou-os no dilúvio. À medida que os cai-mitas se afastaram gradualmente da verdadeira adoração a Deus, os setitas retornavam a ele (v. 26) e es-tabeleceram de novo a adoração ao Senhor.

    A civilização de hoje é caimita na origem. Ela tem elementos como agricultura, indústrias, artes, grandes cidades e religiões sem fé no sangue de Cristo. Ela também será destruída como a antiga civilização de Caim. Nós ainda nos gabamos de assassi-nos como Lameque e ainda temos pessoas (como Lameque) que vio-lam os votos sagrados do casamen-to. "Pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do Homem" (Mt 24:37). Note que a linha caimita até copiou os nomes dos crentes verdadeiros da linhagem de Sete (Enoque—Enos; Irade—Jarede; Meujael—Maalalel; Lameque—La- meque). Alguns estudiosos sugerem que Lameque foi ferido por um jo-vem, e matou-o, portanto, em legí-tima defesa. Com certeza, se Deus desagravara Caim, que era culpado de assassinato brutal, certamente defendería Lameque, que matara em legítima defesa. Outros sugerem que Tubalcaim inventara as primei-ras armas de latão e ferro, e Lame-que demonstrara-as com orgulho para suas esposas. Pode-se traduzir os verbos hebreus no tempo futuro: "Matarei um homem porque ele me feriu; e um rapaz porque me pisou. Sete vezes se tomará vingança de Caim; de Lameque, porém, setenta vezes sete". Sob essa luz, essa é a primeira expressão na Bíblia de de-safio arrogante e de luta. Mais tarde, estudaremos os deta-lhes.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Gênesis Capítulo 4 do versículo 1 até o 26
    4.1 A última frase poderia ser traduzida assim: "Obtive (heb conah; daí, Caim) um homem, ó Jeová". O que sugere o fato de que Eva poderia ter admitido que o primogênito haveria de ser dominador sobre a serpente.

    4.4,5 O prazer de Deus em "Abel e sua oferta" e o desprazer em face da oferta de Caim, parecem encontrar explicação nos respectivos caracteres dos ofertantes (1Jo 3:12; He 11:4). • N. Hom. Deparamos na vida de Caim:
    1) O pensamento humano em oposição à revelação divina;
    2) A vontade humana em oposição à vontade divina;
    3) O orgulho humano em oposição à humildade que Deus requer,
    4) O ódio humano em oposição ao amor divino;
    5) A hostilidade humana em oposição à comunhão divina (conforme v. 16).

    4.7 Aceito (lit. "um levantamento') que indicaria um sorriso em contraste com uma "queda" do rosto (conforme v. 6, "descaiu o teu semblante"; note Nu 6:26). Significa ou que seu semblante revela sua atitude, ou talvez revele uma promessa da parte de Deus oferecendo perdão se Caim mudar seu coração (conforme 40.13). Jaz à porta. É a figura de uma fera ao ser domada, ou domesticada. O pecado, desejoso de atacar sua vítima (o homem), é que deve ser conquistado (conforme Rm 7:18-45, mostrando a única maneira pela qual o pecado pode ser conquistado).

    4.8 Vamos ao campo. Indica que o assassínio foi premeditado.

    4.10 A voz do sangue... clama. É uma expressão figurada, demonstrando tremenda culpabilidade do criminoso (conforme Ap 6:9, Ap 6:10).

    4.13,14 O protesto de Caim assemelhava-se mais ao rico no inferno (Lc 16:24, Lc 16:27, Lc 16:28) do que ao ladrão arrependido que admitiu a justiça do seu castigo (Lc 23:41).

    4.16 Retirou-se Caim da presença do Senhor. Foi nessa presença que o pecado foi cometido. Desprezou o convite ao arrependimento e perdão. Depois disso, Caim se empenha em criar uma civilização (17-24) independente de Deus, auto-suficiente, aquilo que no NT é chamado "o mundo" (1Jo 2:15).

    4.25 A seção anterior (vv. 16-24) apresenta a linha de Caim: os vv. 5:25-32 apresentam a descendência de Sete (lit. "apontado", ou "substituto"). No capítulo 6:1-8 descreve-se a junção das duas linhas genealógicas, até a história culminar no dilúvio, por um lado, e na preservação de Noé e sua família, pelo outro. Eva associou o nascimento de Caim com o concerto estabelecido pelo Deus da Graça (Jeová), enquanto, com o nascimento de Sete, ela associou o Deus da criação e do poder (Eloim).
    4.26 Não quer isto dizer que só então se começasse a prestar culto: possivelmente a referência seja à introdução do culto público ou, como supõem alguns, à ocorrência de um despertamento no sentido da religião verdadeira.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Gênesis Capítulo 4 do versículo 1 até o 26
    b) Caim e Abel (4:1-16)
    Agora passamos a conhecer uma série de eventos que nos mostram quão rapidamente os resultados da Queda são revelados. Como foi dito em 3.7, os primeiros efeitos do pecado foram observados na família, e é em harmonia com isso que o primeiro homicídio é um fratricídio.
    O homicídio ocupava uma posição singular entre os pecados do AT. E o único para o qual é ordenada de forma universal a pena capital, totalmente à parte da lei do Sinai (9.6). A razão principal disso é que é o único ato para o qual a reparação não é possível, pois a vida é uma dádiva de Deus. Até mesmo tirar a vida de um animal para servir de comida deveria reconhecer esse princípio (9.4).
    v. 1. com o auxílio do Senhor tive um filho homem: comentários medievais, assim como alguns comentários posteriores, entendiam que as palavras de alegria de Eva significavam: “Eu recebi um homem, até Javé”, como se ela estivesse pensando que Caim fosse o cumprimento da promessa Dt 3:15. Isso é muito improvável, embora seja uma tradução possível do hebraico. Por outro lado, o seu reconhecimento de que o seu filho era uma dádiva de Javé mostra a sua confiança crescente em Deus (conforme 4.25).

    As ofertas dos irmãos (v. 3-7). Não há menção de tensão anterior entre os dois irmãos. Veio o dia em que apresentaram uma oferta (minhãh) a Javé. A palavra usada significa um presente, dádiva, e é o termo geralmente usado para o tributo entregue a um governante. Não deveríamos impor sobre os sacrifícios dos irmãos nenhum significado redentor, conforme 8.20; eles eram o reconhecimento da soberania de Javé. Os dois deram do que tinham, e assim Leupold certamente está correto quando diz: “Os que enxergam o mérito do sacrifício de Abel no fato de que era de sangue certamente o fazem sem a mínima base no texto”. Não lemos no texto como Caim descobriu que o seu sacrifício não havia sido aceito. A razão da rejeição está sugerida no v. 7: “Se você fizer o bem”. E provável que ele se negasse a aceitar o senhorio de Deus (conforme v. 13).

    O hebraico do v. 7 é de difícil compreensão, mas pode-se afirmar que o sentido geral é dado pela BJ quando considera o pecado um animal faminto e voraz. E digna de menção a tradução de Speiser: “o pecado é um demônio à porta”.
    v. 8. Disse, porém, Caim a seu irmão Abel: “Vamos para o campo'''-, i.e., o campo aberto. Esse acréscimo (vamos para o campo) ao TM é exigido pelo uso lingüístico do hebraico e tem apoio no PS, LXX, Vulgata e Versão Siríaca. Sugere que o homicídio de Abel foi premeditado.

    A resposta de Caim à pergunta de Deus (v. 9) mostra que ele havia perdido a percepção de nudez que Adão teve diante de Deus (3.10). Que Caim não teve remorso algum fica claro pela sua sugestão de que Deus estava sendo injusto com ele (v. 13). A colocação de um sinal, não especificado, em Caim (v. 15) não entra em contradição com o que foi dito anteriormente acerca da natureza obrigatória da pena de morte pelo homicídio. O sangue de Abel estava clamando por vingança diante de Deus (v. 10) e por isso a iniciativa pela vingança não era responsabilidade de outros.
    v. 16. na terra de Node. i.e., a terra da peregrinação, terra de nômades, v. 17. Caim teve relações com sua mulher, não há razão para se questionar a explicação tradicional de que ela era sua irmã (conforme 5.4). fundou uma cidade (‘ir): embora a NVI em geral tenha mantido o termo “cidade” para ‘ir, ele na verdade significa um assentamento fortificado, independentemente do tamanho. Evidentemente, um bom número de conhecidos de Gaim o seguiu. Esse é mais um passo escada abaixo. Se o muro era uma proteção de possíveis inimigos ou de feras selvagens, os que deveriam dominar mostram o seu medo de serem dominados.

    c)    Os descendentes de Gaim (4:17-24)
    Embora, em virtude do Dilúvio, os descendentes de Caim não viessem a ter papel decisivo na história da humanidade, essa lista genealógica mostra que Deus não os esqueceu; são incluídos no escopo da salvação de Deus tanto quanto outros que morreram antes da época do Salvador.
    A menção do desenvolvimento das artes e das habilidades profissionais dos artífices parece sugerir que os efeitos do conhecimento do bem e do mal se tornaram especialmente evidentes entre os descendentes de Caim.
    v. 19. Lameque: aqui temos a primeira menção de poligamia que, ao contrário de opiniões superficiais e populares, é muito menos freqüente no AT do que muitas vezes se supõe. Quando a encontramos, geralmente há uma razão que parece válida para a ocorrência específica, mas aqui não há sugestão disso. Lameque não está exigindo uma vida por uma vida, mas uma vida por um golpe (conforme Ex 22:23,24), e ainda reivindica sanção divina para o seu ato.

    O relato dos descendentes de Caim é interrompido aqui, pois Lameque é a explicação suficiente para o desaparecimento deles.
    d)    Sete e seus descendentes (4.25— 5.32)

    A adoração a Javé (4.26). A erudição moderna em geral nega a possibilidade de ter existido a adoração a Javé num período tão antigo e se fundamenta em Êx 3:13,146:3; mas conforme Speiser, p. 37. Se os registros recuperados pela arqueologia contêm alguma menção do nome de Javé, é na melhor das hipóteses uma forma abreviada. A explanação mais plausível parece a apresentada por Martin Buber (p. 48-55), de que um chamado sagrado primitivo recebeu um significado mais amplo e completo na sarça ardente.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Gênesis Capítulo 4 do versículo 1 até o 26
    4. O ASSASSINATO DE ABEL (Gn 4:1-15). Alcancei... um varão (1). O nascimento do primeiro bebê humano deve ter sido uma maravilhosa experiência, especialmente à luz de todos os eventos ligados ao pecado de Adão e Eva. Do Senhor (1). O texto hebraico, quanto a esta frase, é capaz de uma variedade de interpretações. Pode ser traduzido como: "da parte de Jeová"; "com a ajuda de Jeová"; "a saber, Jeová", que seria uma tradução literal. A primeira dessas é gramaticalmente impossível. A segunda envolve um uso excepcional do hebraico eth, mas é possível, e dá bom sentido. É sustentada pela Septuaginta. Ao cabo de dias (3). Atenção a esta frase soluciona alguns dos problemas que são ocasionalmente considerados como pertencentes a este relato. Um longo tempo se passou entre o versículo 1 e o versículo 3. Caim e Abel já não eram mais crianças, e nem eles e seus pais eram os únicos quatro seres humanos na terra. Uma oferta ao Senhor (3). Não é dito aqui que a oferta de holocausto estivesse baseada numa instituição divina. É provável que tenha sido uma ação espontânea de gratidão e reconhecimento a Deus. A origem dos holocausto está envolta em mistério. Atentou... não atentou (4-5). Nenhuma resposta satisfatória pode ser oferecida quanto à questão de como o favor ou o desfavor de Deus foram demonstrados. Aqueles que pensam que existe alguma indicação sobre a instituição divina do sacrifício em capítulo Gn 3:21 afirmam que a razão para a aceitação de uma oferta e a rejeição da outra se descobre no fato que a oferta de Caim foi incruenta. É impossível ter certeza quanto a isso, entretanto, mas o que é certo sobre a narrativa é que os dois irmãos tinham consciência de que Deus havia considerado diferentemente suas ofertas. Para Abel e para sua oferta... para Caim e para a sua oferta (4-5). O ofertante aparece antes da oferta. Mesmo sob a lei levítica era o estado da mente do ofertante que dava valor moral ao seu sacrifício. Ver He 11:4 e comparar o protesto contra os sacrifícios hipócritas (Is 1:10-23).

    >Gn 4:7

    Se bem fizeres... (7). Deus adverte Caim que um terrível ato pecaminoso estava perigosamente próximo: estava ali como um animal feroz, esperando saltar sobre ele. Para ti será o seu desejo, e sobre ele dominarás (7). O hebraico, neste texto, é tremendamente difícil. Devido seu gênero, os pronomes hebraicos para "seu" e "ele" não podem pertencer ao pecado à espreita, mas sim, precisam ser tomados como referindo-se a Abel. O pensamento do versículo se transfere para a situação concreta. Caim estava confuso e com inveja por causa de Abel, mas foi relembrado por Deus que, se ao menos fizesse o que era correto, seu irmão mais novo permaneceria subordinado a ele. A frase em Gn 3:16 apresenta um uso semelhante da idéia de subordinação. E falou Caim com o seu irmão Abel (8). Lit. "E disse Caim a". No hebraico a sentença parece interrompida. O que Caim disse a Abel pode ser visto na ação que se seguiu. E o matou (8). A humanidade se dividiu com esse ato de inimizade e assassinato. Caim aliou-se à semente da serpente (1Jo 3:12 e cfr. Jo 8:44) e Abel se tornou símbolo dos justos sofredores. A voz do sangue do teu irmão (10). Cfr. He 12:24. Maldito és tu desde a terra (11). A maldição procederia desde o próprio terreno cultivado (’ adamah), e os labores de Caim como agricultor seriam vãos; portanto, ele teria de andar pela terra como um vagabundo.

    >Gn 4:13

    Minha maldade (13). Parece correto concluir aqui, porém, que a despeito das indicações dadas em algumas versões, como esta que estamos usando, que apenas o castigo é que perturbava Caim, e não seu pecado. Todo aquele que me achar me matará (14). Não há necessidade de supor a existência de alguma raça préadâmica aqui. As palavras de Caim são suficientemente explicadas ou pela ira vindicativa do seus irmãos mais jovens, de quem ele com justiça poderia ficar temeroso, ou pela sua própria imaginação aterrorizada. A imaginação de Caim provavelmente se tornou descontrolada, mas que também havia a possibilidade dele vir a sofrer às mãos de outros pode ser corretamente inferido pelo que se segue, no versículo 15. A verdade importante que vem à luz, nesta passagem, é que o temor do coração de Caim é um testemunho sobre a lei da retribuição. É até possível que a sentença judicial "fugitivo e vagabundo serás na terra" (12) tenha recebido sua execução no fato que, por causa do terror inspirado por Deus, Caim tenha feito de si mesmo um fugitivo. Pôs... um sinal em Caim (15). "Apontou um sinal para Caim". Esta última tradução sugere que Deus tenha apontado alguma espécie de sinal para Caim, mais ou menos como Ele apontou o sinal do arco-íris para Noé (Gn 9:12), cujo aparecimento regular asseguraria a Caim a certeza da proteção divina. E esta última tradução também parece preferível à primeira, que parece indicar que alguma marca exterior tenha sido dada a Caim capaz de encher de medo os inimigos potenciais de Caim, assim tornando-os incapazes de fazer-lhe mal.

    >Gn 4:16

    5. OS DESCENDENTES DE CAIM (Gn 4:16-24). Conheceu Caim a sua mulher (17). Sua mulher era uma das filhas de Adão. Não há motivo para supor-se que Caim já não estivesse casado antes de cometer o assassinato; nem de supor-se que, presumindo que ainda não se tivesse casado, que ele ocasionalmente não retornasse ao seu antigo lar, no decurso de suas peregrinações, e não tivesse escolhido para si uma irmã como esposa, numa dessas ocasiões. Edificou uma cidade (17). A edificação dessa cidade foi separada do estabelecimento original de Caim na terra de Node por um considerável período de tempo. A narrativa chama a atenção para a edificação da cidade como se isso marcasse um novo estágio no avanço da civilização. Sem dúvida foi o aumento da família de Caim e do círculo de seus dependentes que ocasionou a edificação da cidade. Provavelmente a cidade não passasse de um centro defendido de vida social organizada.

    >Gn 4:18

    A Enoque nasceu Irade (18). A ordem que as diferentes genealogias são apresentadas é instrutiva. Trata-se de um dos princípios de arranjo deste livro que, quando há diversas árvores genealógicas a ser descritas, a principal árvore genealógica da linha que cumpria os propósitos divinos é reservada para o fim, enquanto que todos os demais ramos familiares são apresentados em primeiro lugar. Neste caso, é dada a linha de Caim, e então a página fica livre para dedicar-se à história do propósito de Deus quanto à descendência escolhida. Lameque (19). Na família de Lameque teve início a invenção das artes e dos ofícios. Não é justificável, porém, asseverar que essas artes são de origem má por terem aparecido entre aquela gente. Ada e Zila, ouvi a minha voz (23). Chama-se de "Cântico da Espada" o terceiro e o quarto versos desse poema:

    "por que eu matei um varão por me ferir,

    e um mancebo por me pisar".

    Parece que Lameque tinha sido atacado por um "mancebo" que o feriu e pisou, sendo que, no original, ambas as palavras se referem aos golpes que podem ser aplicados com o punho. Lameque, pois, exultou na presença de suas mulheres por ter-se vingado, matando o jovem; a palavra para "matei" tem o sentido de atravessar com uma arma pontiaguda. Trata-se de uma jactância de segurança devido a possessão de armas superiores.

    >Gn 4:25

    6. UM NOVO INÍCIO COM A LINHA DE SETE (Gn 4:25-26). Sete (25). O nome significa ou "apontado" (passivo) ou "apontador" (ativo). Quanto ao primeiro sentido, é chamada a atenção àquele filho como a semente que Deus tinha apontado; quanto ao último a atenção é focalizada em Deus, o "Apontador", cuja atividade Eva pode discernir na dádiva de seu filho. O primeiro ato da graça seletiva de Deus aparece no nascimento de Sete: de agora por diante o propósito de Deus pode ser verificado a operar mediante uma linha escolhida até que tudo estivesse consumado em Cristo. Então se começou a invocar o nome do Senhor (26). Isso significa que o termo Jeová começou a ser associado à adoração a Deus.


    Dicionário

    Era

    substantivo feminino Época fixa a partir da qual se começam a contar os anos.
    Figurado Época notável em que se estabelece uma nova ordem de coisas: a era romântica; a era espacial.
    Período histórico que se sobressai por suas características próprias, por situações e acontecimentos importantes.
    Qualquer intervalo ou período de tempo; século, ano, época.
    expressão Era Cristã. Tempo que se inicia a partir do nascimento de Jesus Cristo.
    Era Geológica. Cada uma das cinco grandes divisões da história da Terra.
    Etimologia (origem da palavra era). Do latim aera.

    Era Período longo de tempo que começa com uma nova ordem de coisas (Lc 20:35, RA).

    outro

    Erã

    Um dos netos de Efraim e filho de Sutela. Tornou-se líder do clã dos eranitas.


    Harpa

    substantivo feminino Instrumento músical de tamanho grande, formato triangular e cordas de comprimentos irregulares, que se fazem ressoar com os dedos, e que existe desde a mais remota antiguidade.
    O mais importante, sob o ponto de vista da música, dos instrumentos de cordas tocados com os dedos e não com um arco. É o mais antigo dos instrumentos de cordas.

    : veio do Latim harpa, que veio do Proto-Germânico kharpon. Até fica meio difícil imaginar aquele povo guerreiro tocando um instrumento capaz de fazer sons tão delicados. Mas certamente não se tratava da harpa como a conhecemos hoje.

    É o mais antigo instrumento musical que se conhece, existindo já antes do dilúvio (Gn 4:21). A palavra hebraica kinnor, que se acha traduzida por harpa, significa provavelmente a lira. os hebreus faziam uso dela, não só para as suas devoções, mas também nos seus passatempos. Nas suas primitivas formas parece ter sido feita de osso e da concha de tartaruga. Que a harpa era um instrumento leve na sua construção, claramente se vê no fato de ter Davi dançado enquanto tocava, assim como também o fizeram os levitas (1 Sm 16.23 – e 1S.10). Não era usada em ocasiões de tristeza (30:31Sl 137:2).

    Harpa Instrumento musical em forma de triângulo, tendo 10 ou 12 cordas que são tangidas com os dedos (1Sm 10:5). Harpas eram usadas na música religiosa (Sl 33:2), em festas seculares (Gn 31:27), para acompanhar castigos (Is 30:32), para aliviar acessos de nervos (1Sm 18:10) e para induzir ao ÊXTASE (1Cr 25:3). V. SALTÉRIO e LIRA.

    Irmão

    substantivo masculino Nascido do mesmo pai e da mesma mãe.
    Figurado Pessoa que possui um proximidade afetiva muito grande em relação a outra: considero-o como um irmão.
    Adepto das mesmas correntes, filosofias, opiniões e crenças religiosas que outro: irmão na fé cristã.
    Nome que se dão entre si os religiosos e os maçons.
    expressão Irmãos de armas. Companheiros de guerra.
    Irmãos consanguíneos. Irmãos que compartilham apenas o mesmo pai.
    Irmãos germanos. Irmãos que possuem o mesmo pai e a mesma mãe.
    Irmãos gêmeos. Irmãos nascidos do mesmo parto.
    Irmãos uterinos. Filhos da mesma mãe, mas de pais diferentes.
    Irmãos colaços. Os que foram amamentados pela mesma mulher, mas de mães diferentes - irmãos de leite.
    Irmãos siameses. Irmãos que compartilham o mesmo corpo.
    Figurado Irmãos siameses. Pessoas inseparáveis, embora não sejam realmente irmãs.
    Etimologia (origem da palavra irmão). Do latim germanus.

    Com vários sentidos aparece a palavra ‘irmão’, nas Sagradas Escrituras. Diversas vezes a significação é: um parente próximo (Gn 29:12) – um sobrinho (Gn 14:16) – um indivíduo da mesma tribo (2 Sm 19,12) – uma pessoa da mesma raça (Êx 2:11) – e, metaforicamente, qualquer semelhança (Lv 19:1730:29Pv 18:9). Também se usa por um amigo, um companheiro de trabalho, um discípulo (Mt 25:40). Este nome era geralmente empregado pelos cristãos, quando falavam dos que tinham a mesma crença religiosa (At 9:17 – 22.13). os judeus reservavam o termo ‘irmão’ para distinguir um israelita, mas Cristo e os Seus apóstolos estendiam a todos os homens a significação do nome (Lc 10:29-30 – 1 Co 5.11).

    [...] para os verdadeiros espíritas, todos os homens são irmãos, seja qual for a nação a que pertençam. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16

    Em hebreu a palavra – irmão – tinha várias acepções. Significava, ao mesmo tempo, o irmão propriamente dito, o primo co-irmão, o simples parente. Entre os hebreus, os descendentes diretos da mesma linha eram considerados irmãos, se não de fato, ao menos de nome, e se confundiam muitas vezes, tratando-se indistintamente de irmãos e irI mãs. Geralmente se designavam pelo nome de irmãos os que eram filhos de pais-irmãos, os que agora chamais primos-irmãos.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2

    Irmão, portanto, é também expressão daquele mesmo sentimento que caracteriza a verdadeira mãe: amor. [...]
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Quem são meus irmãos?

    Irmão é todo aquele que perdoa / Setenta vezes sete a dor da ofensa, / Para quem não há mal que o bem não vença, / Pelas mãos da humildade atenta e boa. / É aquele que de espinhos se coroa / Por servir com Jesus sem recompensa, / Que tormentos e lágrimas condensa, / Por ajudar quem fere e amaldiçoa. / Irmão é todo aquele que semeia / Consolação e paz na estrada alheia, / Espalhando a bondade que ilumina; / É aquele que na vida transitória / Procura, sem descanso, a excelsa glória / Da eterna luz na Redenção Divina.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 6

    [...] é talvez um dos títulos mais doces que existem no mundo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5


    Jubal

    -

    hebraico: torrente, região úmida, musica

    Segundo filho de Lameque e sua esposa Ada (Gn 4:21). Foi o primeiro músico mencionado na Bíblia: “Este foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta”.


    Nome

    Nome Palavra que designa uma pessoa ou coisa. Nos tempos bíblicos o nome, às vezes, estava relacionado com algum fato relativo ao nascimento (Gn 35:18
    v. BENONI); outras vezes expressava uma esperança ou uma profecia (Os 1:6; Mt 1:21-23). Era costume, no tempo de Jesus, o judeu ter dois nomes, um hebraico e outro romano (At 13:9). Partes dos nomes de Deus entravam, às vezes, na composição dos nomes (v. ELIAS, JEREMIAS, JESUS). Na invocação do nome de Deus chama-se a sua pessoa para estar presente, abençoando (Nu 6:22-27; Mt 28:19; Fp 6:24). Tudo o que é feito “em nome” de Jesus é feito pelo seu poder, que está presente (At 3:6; 4:10-12). Na oração feita “em nome de Jesus” ele intercede por nós junto ao Pai (Jo 15:16; Rm 8:34). Em muitas passagens “nome” indica a própria pessoa (Sl 9:10).

    substantivo masculino Denominação; palavra ou expressão que designa algo ou alguém.
    A designação de uma pessoa; nome de batismo: seu nome é Maria.
    Sobrenome; denominação que caracteriza a família: ofereceu seu nome.
    Família; denominação do grupo de pessoas que vivem sob o mesmo teto ou possuem relação consanguínea: honrava seu nome.
    Fama; em que há renome ou boa reputação: tinha nome na universidade.
    Apelido; palavra que caracteriza alguém.
    Quem se torna proeminente numa certa área: os nomes do cubismo.
    Título; palavra ou expressão que identifica algo: o nome de uma pintura.
    Gramática Que designa genericamente os substantivos e adjetivos.
    Etimologia (origem da palavra nome). Do latim nomen.inis.

    Entre os hebreus dava-se o nome auma criança, umas vezes quando nascia (Gn 35:18), e outras quando se circuncidava (Lc 1:59), fazendo a escolha ou o pai, ou a mãe (Gn 30:24Êx 2:22Lc 1:59-63). Algumas vezes o nome tinha referência a certas circunstâncias relacionadas com o nascimento ou o futuro da criança, como no caso de isaque (Gn 21:3-6), de Moisés (Êx 2:10), de Berias (1 Cr 7.23). isto era especialmente assim com os nomes compostos de frases completas, como em is 8:3. Acontecia, também, que certos nomes de pessoas sugeriam as suas qualidades, como no caso de Jacó (Gn 27:36) e Nabal (1 Sm 25.25). Eram por vezes mudados os nomes, ou aumentados, em obediência a certas particularidades, como no caso de Abrão para Abraão (Gn 17:5), de Gideão para Jerubaal (Jz 6:32), de Daniel para Beltessazar (Dn 1:7), e de Simão, Pedro (Mt 16:18). Alem disso, devemos recordar que, segundo a mentalidade antiga, o nome não somente resumia a vida do homem, mas também representava a sua personalidade, com a qual estava quase identificado. E por isso a frase ‘em Meu nome’ sugere uma real comunhão com o orador Divino. Houve lugares que receberam o seu nome em virtude de acontecimentos com eles relacionados, como Babel (Gn 11:9), o Senhor proverá (Gn 22:14), Mara (Êx 15:23), Perez-Uzá (2 Sm 6.8), Aceldama (At l.19). Para o nome de Deus, *veja Jeová, Senhor.

    Pai

    substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
    Indivíduo em relação aos seus filhos.
    Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
    Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
    [Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
    Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
    Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
    Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
    Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
    substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
    expressão Pai Eterno. Deus.
    Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
    Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.

    substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
    Indivíduo em relação aos seus filhos.
    Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
    Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
    [Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
    Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
    Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
    Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
    Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
    substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
    expressão Pai Eterno. Deus.
    Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
    Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.

    substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
    Indivíduo em relação aos seus filhos.
    Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
    Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
    [Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
    Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
    Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
    Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
    Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
    substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
    expressão Pai Eterno. Deus.
    Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
    Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.

    Esta palavra, além da sua significação geral, toma-se também na Escritura no sentido de avô, bisavô, ou fundador de uma família, embora remota. Por isso os judeus no tempo de Jesus Cristo chamavam pais a Abraão, isaque e Jacó. Jesus Cristo é chamado o Filho de Davi, embora este rei estivesse distante dele muitas gerações. Pela palavra ‘pai’ também se compreende o instituidor, o mestre, o primeiro de uma certa profissão. Jabal ‘foi o pai dos que habitam nas tendas e possuem gado’. E Jubal ‘foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta’ (Gn 4:20-21). Também se emprega o termo no sentido de parentesco espiritual bom ou mau – assim, Deus é o Pai da Humanidade. o diabo é cognominado o pai da mentira (Jo 8:44). Abraão é o pai dos crentes. É igualmente chamado ‘o pai de muitas nações’, porque muitos povos tiveram nele a sua origem. Na idade patriarcal a autoridade do pai na família era absoluta, embora não tivesse o poder de dar a morte a seus filhos (Dt 21:18-21).

    Os pais não são os construtores da vida, porém, os médiuns dela, plasmando-a, sob a divina diretriz do Senhor. Tornam-se instrumentos da oportunidade para os que sucumbiram nas lutas ou se perderam nos tentames da evolução, algumas vezes se transformando em veículos para os embaixadores da verdade descerem ao mundo em agonia demorada.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

    Os pais humanos têm de ser os primeiros mentores da criatura. De sua missão amorosa decorre a organização do ambiente justo. Meios corrompidos significam maus pais entre os que, a peso P de longos sacrifícios, conseguem manter, na invigilância coletiva, a segurança possível contra a desordem ameaçadora.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 12

    Os pais da Terra não são criadores, são zeladores das almas, que Deus lhes confia, no sagrado instituto da família.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Ser pai é ser colaborador efetivo de Deus, na Criação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz no lar: seleta para uso no culto do Evangelho no lar• Por diversos Espíritos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 46

    [...] [Os pais são os] primeiros professores [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 16


    Pai Maneira de falar de Deus e com Deus. No AT Deus tratava o povo de Israel como seu filho (Ex 4:22); (Dt 1:31); 8.5; (Os 11:1). Jesus chamava Deus de “Pai” (Jo 5:17). Ele ensinou que todos aqueles que crêem nele são filhos de Deus (Jo 20:17). Ver também (Mt 6:9) e Rm

    Pai Ver Abba, Deus, Família, Jesus, Trindade.

    Tocar

    verbo transitivo direto , transitivo indireto e intransitivo Tocar em alguma coisa; pôr a mão em; pegar, apalpar: tocar uma flor; tocar com as mãos; produtos expostos, por favor, não tocar.
    verbo transitivo direto , bitransitivo, transitivo indireto e pronominal Colocar-se em contato com alguém; encontrar: minhas mãos tocaram nas dela; nossos lábios se tocaram.
    verbo transitivo direto , transitivo indireto e pronominal Mencionar algo ou alguém; referenciar: tocar num assunto delicado; tocar no cerne da questão; argumentos que não se tocam.
    verbo transitivo direto Atingir com um golpe de espada ou florete: tocar no adversário.
    Incitar usando alguma coisa, geralmente um chicote, espora etc,: tocar o rebanho.
    Expulsar pessoas ou animais de um lugar: tocar o cão para fora de casa.
    Estar próximo ou se aproximar de; atingir: suas mãos tocaram o céu.
    Confinar, estar junto de: minha casa toca com a dele.
    [Música] Executar um trecho de música: tocar uma valsa.
    Obter como incumbência, responsabilidade: à filha tocava a direção das empresas.
    [Popular] Seguir com algo; progredir: queria tocar a empresa da família.
    verbo transitivo indireto Alcançar um dado ponto, geralmente um limite: as demissões tocaram aos funcionários.
    Fazer parte de; pertencer: tocou ao filho as dívidas do pai.
    Ter relação com; dizer respeito: minha vida não toca a ninguém.
    Dar uma opinião quando não questionado; intrometer-se: minha ideologia não toca na sua.
    verbo transitivo direto e transitivo indireto [Náutica] Passar pelo porto no decorrer de uma viagem: o navio tocará Olinda amanhã; o cruzeiro tocaria no Rio de Janeiro antes de partir.
    verbo intransitivo e pronominal [Popular] Seguir numa determinada direção; andar: tocou o caminhão morro acima; tocou-se para outro país.
    verbo transitivo direto e intransitivo [Música] Tirar sons de um instrumento musical: tocar violino; parou a aula porque não sabia tocar.
    Dar aviso ou sinal por meio de toque ou som: vamos para a aula, que já tocou o fim do recreio; a sirene hoje não toca.
    verbo intransitivo Expressar por meio do som, de toques, avisos: o relógio hoje não tocou.
    Impressionar, comover: sua desgraça muito me tocou.
    verbo transitivo direto e bitransitivo Ligar para alguém: tocar o telefone; estou esperando o telefone tocar.
    verbo pronominal Encontrar-se, aproximar-se, pôr em contato: os extremos se tocam.
    Ficar ofendido com alguém; melindrar-se: tocava-se com as injustiças sociais.
    [Popular] Passar a entender, a perceber: menino que não se toca, meu Deus!
    [Popular] Demonstrar interesse por; querer saber ou se importar: ainda não se tocou sobre o divórcio.
    [Popular] Estar ligeiramente bêbado: essa cerveja já me tocou!
    expressão Estar tocado. Estar embriagado.
    Tocar na honra (de alguém). Falar mal de alguém.
    Pelo que me toca. Pela minha parte, por mim.
    Etimologia (origem da palavra tocar). De origem onomatopeica, provavelmente por influência do latim toccare.

    tocar
    v. 1. tr. dir. Aproximar (um corpo) de (outro). 2. tr. dir. e tr. ind. Pôr a mão em; apalpar, pegar. 3. tr. dir. e tr. ind. Pôr-se em contato com; roçar e.M 4. pron. Geo.M Ter um ponto comum de contato. 5. pron. Encontrar-se, pôr-se em contato. 6. pron. Aproximar-se, identificar-se, unir-se. 7. tr. dir. Bater em (o animal) para o fazer andar;chicotear, esporear. 8. tr. dir. Conduzir, espantar de um lugar para outro. 9. tr. dir. Atingir, chegar a. 10. tr. dir. Confinar com, estar contíguo a, estar junto de. 11. tr. dir. e Intr. Fazer soar, assoprando, tangendo ou percutindo. 12. Intr. Produzir música, executar peças musicais. 13. tr. dir. Dar sinal ou aviso por toques. 14. tr. dir. Executar em instrumento. 15. tr. dir. e tr. ind. Náut. Fazer escala e.M 16. tr. dir. e tr. ind. Mencionar, referir. 17. tr. ind. Caber por sorte; pertencer. 18. tr. ind. Dizer respeito a, interessar a. 19. tr. ind. Competir, pertencer. 20. tr. dir. e tr. ind. Causar abalo a; comover, sensibilizar. 21. Pr

    órgão

    substantivo masculino Parte do corpo que preenche uma função necessária à vida.
    Peça elementar de máquina, destinada a cumprir uma função.
    Figurado Pessoa ou tudo que serve de instrumento ou de meio para que alguma coisa seja conseguida.
    Instituição que tem o encargo de aplicar uma legislação.
    Qualquer instituição que tem função governamental.
    Indivíduo ou conjunto de indivíduos que exprime diretamente a vontade de uma pessoa ou de uma coletividade.
    O que serve de meio de expressão dessa vontade: os órgãos da oposição.
    [Música] Instrumento musical de teclado, sopro e foles.
    Etimologia (origem da palavra órgão). Do latim orgănum.i "instrumento".

    Do grego Organon, instrumento ou utensílio. Só no século XVII é que o vocábulo começou a ser aplicado aos órgãos do corpo.

    Órgão Parte do corpo que tem uma função especial (Jc 3:5), RA).

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Gênesis 4: 21 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E o nome do seu irmão era Jubal; este foi o pai de todos os que tocam harpa e órgão.
    Gênesis 4: 21 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Antes de 3000 a.C.
    H1
    ʼâb
    אָב
    o pai dele
    (his father)
    Substantivo
    H1931
    hûwʼ
    הוּא
    ele / ela / o / a
    (it)
    Pronome
    H1961
    hâyâh
    הָיָה
    era
    (was)
    Verbo
    H251
    ʼâch
    אָח
    seu irmão
    (his brother)
    Substantivo
    H3106
    Yûwbal
    יוּבַל
    ()
    H3605
    kôl
    כֹּל
    cada / todo
    (every)
    Substantivo
    H3658
    kinnôwr
    כִּנֹּור
    ()
    H5748
    ʻûwgâb
    עוּגָב
    um instrumento musical
    (and pipe)
    Substantivo
    H8034
    shêm
    שֵׁם
    O nome
    (The name)
    Substantivo
    H8610
    tâphas
    תָּפַשׂ
    apanhar, pegar, segurar, capturar, agarrar, manejar
    (those who play)
    Verbo


    אָב


    (H1)
    ʼâb (awb)

    01 אב ’ab

    uma raiz; DITAT - 4a; n m

    1. pai de um indivíduo
    2. referindo-se a Deus como pai de seu povo
    3. cabeça ou fundador de uma casa, grupo, família, ou clã
    4. antepassado
      1. avô, antepassados — de uma pessoa
      2. referindo-se ao povo
    5. originador ou patrono de uma classe, profissão, ou arte
    6. referindo-se ao produtor, gerador (fig.)
    7. referindo-se à benevolência e proteção (fig.)
    8. termo de respeito e honra
    9. governante ou chefe (espec.)

    הוּא


    (H1931)
    hûwʼ (hoo)

    01931 הוא huw’ do qual o fem. (além do Pentateuco) é היא hiy’

    uma palavra primitiva; DITAT - 480 pron 3p s

    1. ele, ela
      1. ele mesmo, ela mesma (com ênfase)
      2. retomando o suj com ênfase
      3. (com pouca ênfase seguindo o predicado)
      4. (antecipando o suj)
      5. (enfatizando o predicado)
      6. aquilo, isso (neutro) pron demons
    2. aquele, aquela (com artigo)

    הָיָה


    (H1961)
    hâyâh (haw-yaw)

    01961 היה hayah

    uma raiz primitiva [veja 1933]; DITAT - 491; v

    1. ser, tornar-se, vir a ser, existir, acontecer
      1. (Qal)
        1. ——
          1. acontecer, sair, ocorrer, tomar lugar, acontecer, vir a ser
          2. vir a acontecer, acontecer
        2. vir a existir, tornar-se
          1. erguer-se, aparecer, vir
          2. tornar-se
            1. tornar-se
            2. tornar-se como
            3. ser instituído, ser estabelecido
        3. ser, estar
          1. existir, estar em existência
          2. ficar, permanecer, continuar (com referência a lugar ou tempo)
          3. estar, ficar, estar em, estar situado (com referência a localidade)
          4. acompanhar, estar com
      2. (Nifal)
        1. ocorrer, vir a acontecer, ser feito, ser trazido
        2. estar pronto, estar concluído, ter ido

    אָח


    (H251)
    ʼâch (awkh)

    0251 אח ’ach

    uma palavra primitiva; DITAT - 62a; n m

    1. irmão
      1. irmão (mesmos pais)
      2. meio-irmão (mesmo pai)
      3. parente, parentesco, mesma tribo
      4. um em relação a outro (relacionamento recíproco)
      5. (fig.) referindo-se a semelhança

    יוּבַל


    (H3106)
    Yûwbal (yoo-bawl')

    03106 יובל Yuwbal

    procedente de 2986; n pr m Jubal = “ribeiro”

    1. o filho de Lameque com Ada e o inventor de instrumentos musicais

    כֹּל


    (H3605)
    kôl (kole)

    03605 כל kol ou (Jr 33:8) כול kowl

    procedente de 3634; DITAT - 985a; n m

    1. todo, a totalidade
      1. todo, a totalidade de
      2. qualquer, cada, tudo, todo
      3. totalidade, tudo

    כִּנֹּור


    (H3658)
    kinnôwr (kin-nore')

    03658 כנור kinnowr

    procedente de uma raiz não utilizada significando produzir som agudo; DITAT - 1004a; n m

    1. lira, harpa

    עוּגָב


    (H5748)
    ʻûwgâb (oo-gawb')

    05748 עוגב ̀uwgab ou עגב ̀uggab

    procedente de 5689 no sentido original de respirar; DITAT - 1559c; n m

    1. um instrumento musical
      1. talvez uma flauta, flauta de junco ou flauta pan

    שֵׁם


    (H8034)
    shêm (shame)

    08034 שם shem

    uma palavra primitiva [talvez procedente de 7760 com a idéia de posição definida e conspícua; DITAT - 2405; n m

    1. nome
      1. nome
      2. reputação, fama, glória
      3. o Nome (como designação de Deus)
      4. memorial, monumento

    תָּפַשׂ


    (H8610)
    tâphas (taw-fas')

    08610 תפש taphas

    uma raiz primitiva; DITAT - 2538; v.

    1. apanhar, pegar, segurar, capturar, agarrar, manejar
      1. (Qal)
        1. pegar, agarrar, prender, capturar
        2. segurar (a fim de) manejar, empunhar, usar com destreza
      2. (Nifal) ser capturado, ser preso, ser pego, ser tomado, ser capturado
      3. (Piel) agarrar, pegar (com as mãos)