Enciclopédia de II Samuel 10:17-17

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

2sm 10: 17

Versão Versículo
ARA Informado Davi, ajuntou a todo o Israel, passou o Jordão e foi a Helã; os siros se puseram em ordem de batalha contra Davi e pelejaram contra ele.
ARC Do que informado Davi, ajuntou a todo Israel, e passou o Jordão, e veio a Helã: e os siros se puseram em ordem contra Davi, e pelejaram com ele.
TB Davi, informado disso, ajuntou a todo o Israel, passou o Jordão e foi a Helã. Os siros dispuseram-se em linha de batalha contra Davi e pelejaram contra ele.
HSB וַיֻּגַּ֣ד לְדָוִ֗ד ס וַיֶּאֱסֹ֤ף אֶת־ כָּל־ יִשְׂרָאֵל֙ וַיַּעֲבֹ֣ר אֶת־ הַיַּרְדֵּ֔ן וַיָּבֹ֖א חֵלָ֑אמָה וַיַּעַרְכ֤וּ אֲרָם֙ לִקְרַ֣את דָּוִ֔ד וַיִּלָּחֲמ֖וּ עִמּֽוֹ׃
BKJ E quando contaram a Davi, ele reuniu todo o Israel, e atravessou o Jordão, e chegou a Helã. E os sírios se puseram em formação contra Davi, e lutaram contra ele.
LTT E Davi, quando foi informado disso, ajuntou a todo o Israel, e passou o Jordão, e foi a Helã; e os sírios se puseram em ordenada linha de batalha contra Davi, e pelejaram com ele.
BJ2 Isso foi relatado a Davi, que reuniu todo o Israel, passou o Jordão e chegou a Helam. Os arameus dispuseram-se em linha diante de Davi e deram-lhe batalha.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de II Samuel 10:17

I Crônicas 19:17 Do que avisado Davi, ajuntou a todo o Israel, e passou o Jordão, e veio ter com eles, e ordenou contra eles a batalha; e, tendo Davi ordenado a batalha contra os siros, pelejaram estes contra ele.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

Mesopotâmia

do quarto milênio ao século IX a.C.
O TIGRE E O EUFRATES

A designação Mesopotâmia se aplica à região correspondente ao atual Iraque e leste da Síria, a terra entre os rios Tigre e Eufrates cujas nascentes ficam nas montanhas do leste da Turquia.

O Eufrates, que segue um curso mais tortuoso atravessando a Turquia e fazendo uma curva acentuada na Síria, é o mais longo dos dois rios, com 2.850 km.

O Tigre segue um curso mais rápido e direto rumo ao sul e possui 1.840 km de extensão.

Os dois rios chegam ao seu ponto mais próximo na atual Bagdá, onde são separados por uma distância de 30 km, e voltam a se afastar ao serpentear pela grande planície aluvial do sul do Iraque.

Nessa região, a irrigação proporcionava uma terra fértil na qual se plantava principalmente cevada e tâmaras.

Hoje em dia os dois rios se juntam e formam o Shatt el-Arab, mas, na antiguidade, desembocavam em locais separados no golfo Pérsico, cuja linha costeira se deslocou para o sul ao longo dos milênios.

 

O INÍCIO DA CIVILIZAÇÃO

Arqueólogos conseguiram identificar vária culturas pré-históricas organizadas em vilas r Mesopotâmia.

A localização de Uruk (chamada d Ereque em Gn 10:10) no sul da Mesopotâmi ilustra a transição de vila para cidade.

Fo encontrado um templo de 78 m por 33 m decorado com cones de terracota com cerca de 1 cm de comprimento, pintados em preto, vermelh e branco e inseridos no reboco de argila dessi construção datada do final do quarto milênio a.C Essa época é marcada pelo surgimento dos objeto: de cerâmica moldados em rodas de olaria e, principalmente, pelos primeiros exemplos de escrita, datados de c.3100 a.C.

Inscrições em tábuas de argila registram o comércio de produtos com cereais, cerveja e animais domésticos.

Uma vez que empregam cerca de setecentos sinais pictóricos separados, são, obviamente, complexas demais para serem consideradas as primeiras tentativas de um povo preservar suas ideias.

Por certo, o desenvolvimento da escrita teve um estágio anterior do qual ainda não foram encontradas evidências.

A língua usada nesses textos é desconhecida, mas, uma vez que a escrita é, em sua maior parte, pictórica, pelo menos parte do seu significado pode ser compreendido.

O PERÍODO DINÁSTICO ANTIGO

Nesse período que se estende de 2750 a 2371 a.C., várias cidades-estados - Sipar, Kish, Lagash, Uruk, Larsa, Umma, Ur e Eridu - surgiram no sul da Mesopotâmia.

São desse período as inscrições curtas em sumério, a primeira língua do mundo a ser registrada por escrito.

A origem dos sumérios ainda é obscura.

Há quem argumente que vieram de fora da Mesopotâmia, talvez da região montanhosa do Irã; outros afirmam que eram nativos da Mesopotâmia.

Sua língua não fornece muitas pistas, pois tem pouca ou nenhuma ligação com outras línguas conhecidas.

Em 2500 a.C., 0 sistema sumério de escrita cuneiforme (em forma de cunha) já era usado para registrar outra língua, o acádio,' uma língua semítica associada ao hebraico e ao árabe.

Escavações realizadas em Ur (Tell el-Muqayyar) por C. L. Woolley em 1927 encontraram o cemitério dos reis do final do período dinástico antigo (2600-2400 a.C.).

Alguns dos túmulos reais apresentam vestígios de sacrifícios humanos, sendo possível observar que 74 servos foram entorpecidos e imolados na Grande Cova da Morte.

Para reconstruir nove liras e três harpas encontradas no local, os orifícios resultantes da decomposição de partes de madeira desses instrumentos foram preenchidos com gesso calcinado e cera de parafina derretida.

O "Estandarte de Ur", medindo cerca de 22 cm de comprimento, provavelmente era a caixa acústica de um instrumento musical.

A decoração com conchas sobre um fundo de lápis-lazúli, calcário vermelho e betume retrata, de um lado, uma cena de guerra e, de outro, uma cena de paz com homens participando de um banquete vestidos com saias felpudas.

Um músico aparece tocando uma lira de onze cordas, uma imagem importante para a reconstituição das liras usadas em Ur.

Sabe-se, ainda, que o lápis-lazúli era importado de Badakshan, na região nordeste do Afeganistão.

Entre outras descobertas, pode-se citar o suntuoso adorno para a cabeça feito em ouro que pertencia à rainha Pu-abi, uma adaga com lâmina de ouro e cabo em lápis-lazúli, recipientes de ouro e um tabuleiro retangular marchetado com 22 quadrados e dois conjuntos de sete fichas de um jogo cujas regras são desconhecidas.

A DINASTIA ACÁDIA

Em 2371 a.C., o copeiro do rei de Kish depôs seu senhor e usurpou o trono, assumindo o nome de Sharrum-kin - "rei legítimo" - mais conhecido como Sargão, uma designação usada no Antigo Testamento para um rei posterior da Assíria.

Sargão atacou as cidades de Umma, Ur e Lagash.

Em todos esses lugares foi vitorioso, derrubou as muralhas de cada uma das cidades e lavou suas armas no "mar de baixo" (golfo Pérsico).

Fundou uma nova capital, Agade, cuja localização ainda é desconhecida.

Suas inscrições oficiais foram registradas em acádio e a dinastia fundada por ele, chamada de dinastia acádia, foi derrubada em 2230 a.C.

pelos gútios, povo de origens ainda desconhecida.

A TERCEIRA DINASTIA DE UR

Em 2113 a.C., Ur-Nammu subiu ao trono de Ur e reinou sobre grande parte da região sul da Mesopotâmia.

A dinastia fundada por ele é conhecida como terceira dinastia de Ur, cuja língua oficial era o sumério.

Ur-Nammu promulgou o código mais antigo de leis encontrado até hoje e erigiu zigurates (templos em forma de torre) feitos de tijolos em Ur, Uruk, Eridu e Nipur.

O zigurate de Ur, o mais bem conservado, tinha 45 m de base e 60 m de altura.

Somente o primeiro andar e parte do segundo ainda estão em pé.

Uma sensação impressionante de leveza era produzida ao aplicar a técnica de entasis, criando linhas ligeiramente curvas como as do Parthenon em Atenas, Gudea (2142-2122 a.C.), contemporáneo de Ur-Nammu em Lagash, é conhecido por suas estátuas de diorito negro polido encontradas em Magan (Omã).

Em 2006 a.C., Ur foi tomada pelos amorreus, um grupo semítico do deserto ocidental.

OS AMORREUS

Depois da queda de Ur, a regido sul da Mesopotâmia foi governada por vários reinos amorreus pequenos.

Lipit- Ishtar (1934-1924 a.C.), rei de Isin, foi o autor de um código legal.

Outro reino morreu foi fundado em Larsa.

A PRIMEIRA DINASTIA DA BABILÔNIA

Em 1894 a.C., o governante amorreu Samuabum escolheu a Babilônia para ser sua capital.

Fundou uma dinastia que governou sobre a Babilônia durante cerca de 300 anos e cujo rei mais conhecido foi Hamurábi (1792-1750 a.C.).

No final de seu reinado, Hamurábi havia derrotado os reis de todos os estados vizinhos e unido a Mesopotâmia sob o governo babilônico.

Nessa mesma época, Hamurábi criou seu famoso código legal.

A cópia mais conhecida é uma estela de basalto polido com 2,7m de altura encontrada em Sus, no sudeste do Irá, em 1901, e que, atualmente, está no museu do Louvre, em Paris.

Nela, Hamurábi aparece numa postura de oração, voltado para Shamash, o deus-sol, assentado em seu trono.

No restante da estela, frente e verso, aparecem colunas horizontais de texto gravado com grande esmero, escrito em babilônico puro.

Esse texto consiste em pelo menos 282 leis precedidas de um longo prólogo no qual são enumerados os feitos religiosos do rei e acompanhadas de um epilogo também extenso invocando o castigo divino sobre quem vandalizasse o monumento ou alterasse suas leis.

Os CASSITAS

Em 1595 a.C., a Babilónia foi derrotada num ataque surpresa do rei hitita Mursilis 1, da região central da Turquia.

Esse ataque beneficiou, acima de tudo, os cassitas que, posteriormente, assumiram o controle da Babilônia.

Os cassitas eram um povo originário da região central das montanhas de Zagros, conhecida como Lorestão, logo ao sul de Hamada (Ecbatana).

O uso do cavalo como animal de tração se tornou mais coni durante o período cassita.

Os cassitas foram os primeiros a criar cavalos de forma sistemática e bem sucedida.

Com isso, desenvolveram-se não apenas carros de guerra, mas também meios de transporte comercial mais fáceis e rápidos.

Os cassitas construíram uma nova capital, Dur Kurigalzu (Agarquf), 32 km a oeste de Bagdá, e nela erigiram um zigurate.

Camadas de esteiras de junco revestidas de betume e cordas franzidas usadas para prende-las ainda podem ser vistas n parte central da construção com 57m de altura.

Os cassitas também introduziram o uso de marcos de propriedade inscritos que serviam para registrar a concessão pelo rei de porções de terra, por vezes bastante extensas, a súditos de sua preferência.

O domínio dos cassitas sobre os babilonios terminou em 1171 a.C.

com a conquista da Babilônia por Shutruk-nahhunte, rei do E5o, 30 sudoeste do Irã.

A ASSÍRIA

Nos séculos 13 e XII a.C., o norte da Mesopotâmia, a regido conhecida como Assíria, ganhou destaque em relação a seus vizinhos do sul.

Tukulti-Ninurta I (1244-1208 a.C.) declarou que suas conquistas se estenderam até a costa do "mar de cima*, provavelmente o lago Van, no leste da Turquia.

Também saqueou e ocupou a cidade da Babilónia.

Tiglate-Pileser 1 (1115-1077 a.C) realizou campanhas no leste da Turquia e atravessou o Eufrates em sua perseguição tribos semíticas originárias de Jebel Bishri, na Síria.

Em suas inscrições, Tiglate-Pileser se gaba de ter matado quatro touros selvagens (os auroques, hoje extintos), dez elefantes e 920 leões.

Também afirma ter matado um nahiru, um "cavalo-marinho*, numa viagem de barco de 20 km pelo mar Mediterranco.

Para alguns estudiosos, tratava-se de um peixe-espada, enquanto outros acreditam que era um golfinho e, outros ainda, um naval.

Seu interesse por animais se tornou ainda maior quando foi presenteado com um crocodilo e a lemea de um simio, falvez por um rez exipao Suas inscrições são o primeiro registro de fundação de jardins botánicos repletos de plantas coletadas em suas expedições por diversas regides.

OS ARAMEUS E CALDEUS

Sob a pressão crescente dos arameus depois da morte de Tiglate-Pileser1, a Assíria entrou num declínio do qual se recuperou apenas no século IX a.C.

Os caldeus, um povo estreitamente ligado aos arameus, se assentaram no sul da Mesopotâmia.

Seu nome foi acrescentado à cidade de Ur, chamada no Antigo Testamento de "Ur dos caldeus" 

 

Por Paul Lawrence

 

Referencias:
Gênesis 10:10
Gênesis 11:28

Mesopotâmia da Antiguidade
Mesopotâmia da Antiguidade

AS CONQUISTAS DE DAVI

1010-970 a.C.
DAVI UNGIDO REI DE JUDÁ
Davi ficou arrasado com a notícia da morte do rei Saul e de seu filho Jônatas no monte Gilboa. Quando um amalequita he contou como havia ajudado o rei Saul a cometer suicídio, Davi ordenou. sua execução. Desse modo, deixou claro que não sentiu nenhuma satisfação com a morte de Saul e que considerou o amalequita responsável pelo assassinato do ungido do Senhor. Em seguida, Davi se dirigiu a Hebrom, onde foi ungido rei de Judá. Ele tinha trinta anos de idade. Em Hebrom, Davi reinou sobre Judá por sete anos e meio.

ISBOSETE É COROADO REI DE ISRAEL
Ao invés de reconhecer Davi, Abner, o comandante do exército de Saul, colocou o único filho sobrevivente de Saul no trono de Israel. (Israel, neste caso, é o território ocupado pelas tribos do norte e por Benjamim. Porém, tendo em vista a vitória dos filisteus, é difícil dizer ao certo quanto desse território estava sob controle israelita.) Em II Samuel, esse filho de Saul é chamado de Isbosete, que significa "homem de vergonha", um nome nada apropriado para um rei. Em 1Crônicas 8.33 aparece seu nome verdadeiro, Esbaal, "homem de Baal", que foi alterado pelos escribas de Samuel. Diz-se que o reinado de Isbosete durou dois anos, durante os quais houve conflitos entre os seus homens e os de Davi. Quando Abner desertou para o lado de Davi, o poder de Isbosete se enfraqueceu e o rei de Israel foi assassinado por dois dos seus oficiais. Mais uma vez, desejoso de se eximir de qualquer cumplicidade, Davi mandou executar os assassinos. As tribos do norte foram a Hebrom e ali ungiram Davi como rei sobre todo o Israel.

DAVI TRATA DA AMEAÇA FILISTÉIA
A existência dos governos rivais de Isbosete e Davi era conveniente aos interesses dos filisteus, ao passo que o poder centralizado em Davi representava uma ameaça mais séria. Assim, um exército filisteu se reuniu no vale de Refaim, perto de Jerusalém, que era ainda um encrave jebuseu e, portanto, sob controle dos cananeus. objetivo era isolar Davi de seus novos aliados do norte em seu ponto mais vulnerável. Davi derrotou os filisteus nesse local não apenas uma, mas duas vezes. Depois da segunda vitória, feriu os filisteus desde Gibeão até Gezer, pondo fim ao seu domínio sobre Israel.

DAVI CONQUISTA JERUSALÉM
O encrave jebuseu chamado posteriormente Jerusalém dividia o território de Davi em duas partes: Israel, ao norte, e Judá, ao sul. Cercada por vales profundos de três lados e provida de boas fontes de água, a cidade contava com um grande potencial defensivo, daí não ter sido conquistada pelos israelitas até então. Tendo em vista sua localização central, também seria uma excelente capital para Davi, aceitável tanto para Israel quanto para Judá.
Davi tomou Jerusalém usando seu exército pessoal, mas o relato bíblico não fornece detalhes.
A referência a um canal subterrâneo sugere que Davi conhecia um túnel secreto, talvez aquele que liga a fonte de Giom, do lado de fora das muralhas, ao interior da cidade.' Davi se mudou para Jerusalém e, como o nome "Cidade de Davi" deixa claro, a cidade passou a ser considerada sua propriedade pessoal.

A ARCA DA ALIANÇA CHEGA EM JERUSALÉM
Depois de capturarem a arca da aliança, os filisteus a haviam levado para as cidades filistéias de Asdode, Gate e Ecrom. Quando a população de Asdode foi afligida com tumores, a arca foi enviada a Bete-Semes, em território israelita, num carro puxado por duas vacas e sem nenhum condutor. De lá, foi transportada para Quiriate- Jcarim. Davi decidiu levar a arca para Jerusalém. Na primeira tentativa, Uzá foi morto quando estendeu a mão para segurar a arca. A segunda tentativa foi bem sucedida e cercada de festividades ao som de harpas, liras, adutes, sistros e cimbalos; Davi dançou com todas as suas forças. Uma tenda foi levantada para receber a arca e foram nomeados sacerdotes para realizar os sacrifícios exigidos pela lei. Assim, Jerusalém se tornou não apenas a capital política do reino de Davi, mas também o seu centro religioso, apesar do Senhor ter revelado por meio do profeta Natâ que não caberia a Davi, mas sim a um de seus filhos, construir um templo permanente para abrigar a arca.

AS GUERRAS DE DAVI
Davi realizou uma série de campanhas militares agressivas contra as nações vizinhas. É difícil determinar a seqüência cronológica exata de suas batalhas, mas, no final, Davi assumiu o controle de um império de tamanho considerável. Quando os amonitas humilharam os embaixadores israelitas raspando metade da barba e rasgando metade da roupa de cada um, Joabe, o comandante do exército de Davi, cercou Rabá (atual Ama), a capital de Amom. Os amonitas contrataram mercenários dos estados arameus de Bete-Reobe, Zobá e Tobe, ao norte. loabe expulsou os arameus, mas eles se reagruparam e voltaram com um novo exército. Davi deslocou suas tropas para Helà (talvez a atual Alma, no sul da Síria) e derrotou os arameus, matando seu comandante, Sobaque. Enquanto Joabe deu continuidade ao cerco a Rabá, Davi voltou a Jerusalém e, por essa época, cometeu adultério com Bate-Seba e ordenou que seu marido, o heteu Urias, fosse morto. Além de ter seu nome denegrido por esses atos, Davi recebeu uma repreensão severa do profeta Natâ. Por fim, Rabá foi tomada, o povo da cidade foi sujeitado a trabalhos forçados e a coroa amonita repleta de jóias, pesando cerca de 34 kg, foi colocada, provavelmente apenas por alguns instantes, sobre a cabeça de Davi. Davi derrotou os moabitas, poupando um terço deles e matando os outros dois terços. Davi talvez, mais precisamente, Joabe e Abisai matou dezoito mil edomitas no vale do Sal, na Arabâ, ao sul do mar Morto e colocou guarnições em todo Edom. Em seguida, o rei de Israel voltou sua atenção para Hadadezer, monarca do reino arameu de Zobá, e tomou dele mil carros. Considerando-se que Davi jarretou ou aleijou todos os cavalos que puxavam os carros, poupando apenas cem animais, ele parecia não considerar os carros importantes para os seus próprios exércitos. Os israelitas ainda travavam a maior parte de suas batalhas à pé. Quando os arameus de Damasco socorreram Hadadezer de Zobá, Davi os derrotou e colocou guarnições em Damasco. O reino de Davi se estendeu do ribeiro do Egito (Wadi el- Arish) até perto do rio Eufrates.

ISRAEL ACUMULA RIQUEZAS
Davi tomou como espólio de Hadadezer escudos de ouro e uma grande quantidade de bronze. Toí, o rei arameu de Hamate, certamente ficou satisfeito com a derrota de Zobá e, ansioso para firmar uma relação amigável com Davi, enviou seu filho Jorão a fim de parabenizá-lo e presenteá-lo com ouro, prata e bronze. Talmai, o rei arameu de Gesur, deu a mão de sua filha Maaca em casamento a Davi. Hirão, o rei da cidade costeira fenícia de Tiro, também Tiro, considerou importante manter relações amigáveis com Davi e, além de toras de cedro, enviou carpinteiros e canteiros, que construíram um palácio para Davi em Jerusalém.

As conquistas de Davi
Depois de subir ao trono, Davi realizou varias campanhas de conquista de território estrangeiro e levou a arca da aliança para Jerusalém, a nova capital do seu reino.
As conquistas de Davi
As conquistas de Davi
Escavações de um muro de arrimo da "cidade de Davi" em Jerusalém, datado do século X a.C.
Escavações de um muro de arrimo da "cidade de Davi" em Jerusalém, datado do século X a.C.

Região da Sefalá

VALE DO RIFTE DO JORDÃO
As forças geológicas dominantes que esculpiram as características mais proeminentes do Levante são mais visíveis no Vale do Rifte do Jordão. Estendendo-se para além do Levante, a fissura geológica é conhecida como Vale do Rifte Afro-Árabe. Um bloco rebaixado confinado por duas falhas geológicas paralelas começa no sudeste da Turquia e se estende para o sul, atravessando o Levante e chegando até o golfo de Ácaba. A partir daí, a fratura avança para o sul, numa linha que corre paralela ao mar Vermelho, até a Etiópia, resultando na separação entre a península Árabe e a África. Na base do mar Vermelho, a própria falha geológica se divide: um braço oriental faz separação entre, de um lado, a placa Árabe e, de outro, a placa Somali e o "Chifre da África" e se estende até as profundezas do oceano Indico; um braço ocidental começa a penetrar diagonalmente na Etiópia, Quênia, Uganda, Tanzânia, Malaui e Moçambique. Conhecida naqueles segmentos como o "Grande Vale do Rifte Africano", essa rachadura geológica é a responsável pela criação dos lagos mais alongados da África Oriental (Turkana, Alberto, Eduardo, Kivu, Tanganica, Malaui), pela formação do lago Vitória e por fazer a ilha de Madagascar se separar do continente africano, Aqui, entalhada na crosta terrestre, há uma falha geológica que, sozinha, estende-se continuamente por mais de 6.400 quilômetros - 60 graus de latitude ou cerca de um sexto da circunferência da Terra. Pelo que se sabe, essa falha representa também a mais profunda fissura na superfície da Terra, e o ponto mais profundo ao longo do corte continental fica às margens do mar Morto. Aí, ao lado da margem ocidental, uma sucessão de falhas secundárias, bem próximas umas das outras e que correm em paralelo com a falha principal, tem dado aos cientistas oportunidade de estudar e avaliar a profundidade de deslocamento. Perfurações demonstraram ocorrência de deslocamentos verticais que chegam 3:580 metros e testes geofísicos realizados na região têm levado a estimativas de até 7 mil metros de espessura. A região ao redor do mar Morto iá fica numa altitude extremamente baixa (420 metros abaixo do nível do mar), o que leva a se estimar que depósitos não consolidados sobre o leito cheguem abaixo do nível do Mediterrâneo, alcançando quase 7.600 metros. Em outras palavras, se alguém escavasse em certos lugares ao longo do mar Morto, encontraria apenas aluvião sedimentar descendo até aproximadamente 7.560 metros, antes de, finalmente, encontrar estratificação rochosa." Espalhando-se em todas as direções a partir desta "fissura-mãe", existem dezenas de fraturas secundárias que tornam a região ao redor um mosaico geológico; algumas dessas ramificações criaram, elas mesmas, vales laterais (Harode, Far'ah, Jezreel). De acordo com registros sismográficos, cerca de 200 a 300 "microterremotos" são atualmente registrados todos os dias em Israel. É claro que a imensa maioria desses abalos é humanamente indetectável. Às vezes, no entanto, um terremoto devastador atinge essa terra, como é o caso de alguns mencionados a seguir.


1) Há relatos de que, em 7 e 8 de dezembro de 1267, um abalo desmoronou o rochedo íngreme existente ao lado do rio Jordão, em Damiya, o que causou o represamento do Jordão durante cerca de 10 horas.

2) Por volta do meio-dia de 14 de janeiro de 1546, ocorreu um terremoto cujo epicentro foi perto da cidade samaritana de Nablus (Siquém), de novo interrompendo a vazão do rio Jordão - desta vez durante cerca de dois dias.

3) Em 1.° de janeiro de 1837, um forte terremoto, com múltiplos epicentros, atingiu Israel e Jordânia. Na Galileia, quatro mil moradores da cidade de Safed foram mortos, bem como outros mil nas regiões ao redor. Toda a aldeia de Gush Halav foi destruída. No centro de Israel, duas ruas residenciais desapareceram completamente em Nablus, e um hotel desabou em Jericó, provocando ainda mais mortes. Os dois lados do que atualmente é conhecido como ponte Allenby foram deslocados.

Até mesmo em Amã, a mais de 160 quilômetros de distância, há registros de muitos danos causados por esse tremor.
4) Em 11 de julho de 1927, houve um terremoto no início da tarde, seu epicentro parece ter sido em algum ponto do lado norte do mar MortoS Há informações de que esse tremor provocou o desabamento de um paredão de terra de 45 metros, próximo de Damiya. Esse desabamento destruiu uma estrada e represou o Jordão durante 21 horas e meia (embora esta seja uma informação de segunda mão que, em anos recentes, tem sido questionada). Não se pode excluir a possibilidade de que um acontecimento semelhante tenha ocorrido quando Israel atravessou o Jordão "a seco" (Js 3:7-17).
Depois de fazer um levantamento do Vale do Rifte do Jordão como um todo, examinemos suas várias partes.
Primeiro, a uma altitude de 2.814 metros, o monte Hermom tem uma precipitação anual de 1.520 milímetros de chuva e permanece coberto de neve o ano todo (cp. Jr 18:14).
Descendo pelas encostas ou borbulhando em seu sopé, existem centenas de fontes e regatos que se juntam para formar os quatro principais cursos d'água que dão origem ao Jordão. O curso d'água mais a oeste - Ayun (n. Bareighit) - surge perto da moderna Metulla, cidade fronteiriça israelense, e segue quase diretamente para o sul. Não longe dali, fica o curso maior, o rio Senir (n. Habani), que tem origem no lado ocidental do Hermom, em frente à aldeia libanesa de Hasbiyya. O rio Da/Leda nasce no sopé do sítio bíblico de Dá (n. Qadi), e o rio Hermom (n. Banias) aflora das cavernas próximas ao local da moderna Banyas. Quando, por fim, juntam-se para formar um único curso d'água perto do lago Hula, as águas já desceram a uma altitude aproximada de apenas 90 metros acima do nível do mar.
Prosseguindo seu fluxo descendente, as águas chegam ao mar da Galileia (Mt 4:18-15.29; Mc 1:16-7.31; Jo 6:1), que também é conhecido por outros nomes: Quinerete (Nm 34:11; Dt 3:17; Js 12:3-13.27), Genesaré (Lc 5:1), Tiberíades (Jo 6:1-21.
1) ou simplesmente "o mar" (Mt 9:1; Jo 6:16). O mar da Galileia é um lago interior de água doce com medidas aproximadas de 21 quilômetros de norte a sul, 13 quilômetros de leste a oeste e cerca de 46 metros de profundidade. A superfície desse lago fica aproximadamente 212 metros abaixo do nível do mar, o que faz com ele seja a mais baixa massa de água doce no planeta.
Flanqueado pela região montanhosa da Baixa Galileia a oeste e pelo Gola a leste, no mar da Galileia deve ter havido intensa atividade ao longo de todo o período bíblico.
Cafarnaum, próxima de onde passa a Grande Estrada Principal, revela indícios de ocupação já em 8000 a.C. e pelo menos 25 outros locais na Baixa Galileia foram ocupados já na 1dade do Bronze Inicial. Mas foi no período romano que a atividade humana na região alcançou o ápice. Os rabinos afirmavam: "O Senhor criou sete mares, mas o mar de Genesaré é seu deleite.
O mar da Galileia também deleitou Herodes Antipas, que, as suas margens, construiu a cidade de Tiberíades, com seus inúmeros adornos arquitetônicos de grandeza romana.
Nas proximidades, foram construídos banhos romanos em Hamate, um hipódromo em Magdala (Tariqueia), bem como muitas aldeias, casas suntuosas, muitas ruas pavimentadas e numerosas arcadas. Desse modo, na época do Novo Testamento, o mar estava experimentando tempos de relativa prosperidade, em grande parte relacionada com uma florescente indústria pesqueira que, estima-se, chegava a apanhar 2 mil toneladas de peixe. Em meados da década de 1980, quando o nível da água ficou bem baixo, descobriu-se mais de uma dúzia de portos romanos circundando o mar da Galileia. Essa prosperidade se reflete em vários incidentes narrados nos Evangelhos e que aconteceram perto do Mar. Por exemplo, a parábola de Jesus sobre um rico tolo que achou recomendável derrubar seus celeiros e construir outros ainda maiores foi proferida às margens do Mar (Lc 12:16-21). Sua parábola sobre o joio e o trigo gira em torno da prosperidade de um chefe de família que possuía celeiros e servos (Mt 13:24- 43). Como parte do Sermão do Monte - que, de acordo com a tradição, foi pregado na área logo ao norte de Tabga -, Jesus tratou dos assuntos: dar esmolas e acumular bens terrenos (Mt 6:1-4,19-34). E sua famosa pergunta nas proximidades de Cesareia de Filipe - "Que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua vida?" - foi dirigida a ouvintes galileus, alguns dos quais, sem dúvida alguma, possuíam grandes riquezas ou conheciam alguém que possuía (Mc 8:27-37; Lc 9:23-25).
Há uma distância em linha reta de apenas 120 quilômetros separando o mar da Galileia e o mar Morto. No entanto, entre um e outro, o rio Jordão serpenteia por cerca de 240 quilômetros (observe-se, que é possível que, da Antiguidade bíblica para cá, tenha ocorrido uma mudanca no ponto em que o Jordão entra no mar da Galileia e no ponto em que dele sai). Aí o rebaixado Vale do Rifte, às vezes chamado de "o Ghor" ("depressão"), varia de largura, entre 3,2 e 6,4 quilômetros, embora alargue nas bacias de Bete-Sea e Jericó. O próprio Jordão corre ao longo do leito sinuoso mais baixo do Ghor - atravessando uma mata fechada, baixa e emaranhada de tamargueiras, álamos e oleandros, espinheiros pontudos e toras espalhadas e podres trazidas pela água (2Rs 6:2-7). Esse leito às vezes é chamado de "floresta do Jordão" (Jr 12:5-49.19; 50.44; Zc 11:3).
Alguns textos bíblicos dão a entender que, na Antiguidade, animais selvagens habitavam essa mata fechada (1Sm 17:34-36 (implicitamente]; 2Rs 2:24; Mc 1:13). Restos de esqueletos de várias espécies de animais selvagens foram exumados do leito do vale e, em tempos modernos, viajantes relataram terem avistado, na região, leões, ursos, leopardos, lobos, chacais, hienas e uma ampla variedade de aves aquáticas.? Além disso, muitas cidades árabes modernas no vale ou nas proximidades parecem ter o nome de animais selvagens e o mapa de Medeba (um mosaico de chão, do sexto século d.C., com o desenho de um mapa - a mais antiga representação conhecida da região) mostra um leão rondando, à espreita, no vale.2 Não há nenhum indício de que, antes do sexto século d.C., tenham existido pontes cruzando o Jordão, de modo que é preciso imaginar que, durante o período bíblico, a maneira normal de atravessar o rio era a nado, algo que exigia grande esforço e era potencialmente perigoso (Jz6.33; 1Sm 13:7-31:11-13; 2Sm 2:29-10.17; 17.22; 24.5), o que provavelmente acontecia com mais frequência nos inúmeros vaus ao longo do rio (Js 2:7; Jz 3:28-12.5,6).
No fim de seu curso, o rio Jordão desaguava no mar Morto ou, tal como é chamado na Bíblia, mar Salgado (Gn 14:3; Nm 34:3-12; Dt 3:17; Js 3:16-12.3; 15.2,5; 18.9), mar da Arabá (Dt 3:17-4.49; Js 3:16-12.3; 2Rs 14:25) ou mar do Oriente (Ez 47:18: I1 2.20; Zc 14:8). O nome "mar Morto" aparece em textos gregos a partir do início do século primeiro,3 e aparentemente foi introduzido na tradição crista por meio da obra de São Jerônimo." Com a superfície da água a 420 metros abaixo do nível do mar (e baixando ainda mais ano a ano!), o mar Morto é, de longe, a depressão continental mais baixa do planeta. À guisa de comparação, a grande depressão de Turfan - que, com exceção do mar Morto, é o ponto mais baixo da Ásia continental - fica 150 metros abaixo do nível do mar. Na África, o ponto mais baixo (a depressão de Qattara, situada no Saara) está 156 metros abaixo do nível do mar. O ponto mais baixo da América do Norte (o vale da Morte, na Califórnia) se encontra 86 metros abaixo do nível do mar.
O mar Morto é um lago sem saída (sem acesso para os oceanos) que mede cerca de 16 quilômetros de largura, aproximadamente 80 quilômetros de comprimento e alcança uma profundidade de pouco mais de 300 metros em um ponto de sua bacia norte. Contrastando fortemente com isso, nos dias atuais a bacia rasa no sul não tem água, mas é quase certo que teve um mínimo de 3 a 9 metros de água durante toda a era bíblica. A altitude extremamente baixa do mar Morto cria uma imensa e extensa bacia de captação de aproximadamente 70 mil quilômetros quadrados, o que faz dele o maior sistema hidrológico do Levante em área. Antes da construção de açudes e da escavação de canais de drenagem nessa área de captação, durante o século 20.9 calcula-se que o mar Morto recebia um total de 2,757 bilhões de metros cúbicos anuais de água, o que teria exigido uma média diária de evaporação na ordem de 5,47 milhões de metros cúbicos a fim de manter um equilíbrio no nível da água. Antes que houvesse esses modernos esforços de conservação, o despejo de água apenas do sistema do rio Jordão era de cerca de 1,335 bilhão de metros cúbicos por ano, o que significa que, durante a maior parte da Antiguidade bíblica, o Baixo Jordão deve ter tido uma vazão com o volume aproximado de rios como o Colorado ou o Susquehanna, ao passo que, hoje, sua vazão é de apenas uma fração disso. O mar Morto também é o lago mais hipersalino do mundo.
A salinidade média dos oceanos é de 3,5%. O Grande Lago Salgado, nos Estados Unidos, tem aproximadamente 18% de sal, e a baía Shark, na Austrália, tem um índice de salinidade pouco superior a 20%. Mas vários fatores combinam para criar, no mar Morto, uma salinidade hídrica que vai de 26 a 35%: (1) ele é alimentado por alguns cursos d'água que têm uma salinidade incomum, passando por solo nitroso e fontes sulfurosas; (2) é contaminado pela adição de sais químicos encontrados na falha geológica que existe embaixo dele (cloreto de sódio, cloreto de cálcio. cloreto de potássio. brometo de magnésio); (3) é exposto à contaminação resultante da erosão do monte Sedom, que é um plugue de rocha salina muito profundo e massivamente poroso que se estende por 8 quilômetros ao longo de sua margem sudoeste. O elevado teor de sal impede a vida aquática no mar Morto.com exceção de uns poucos micro-organismos (bactérias simples, algas verdes e vermelhas, protozoários) descobertos recentemente  Contudo, ao longo da história, os minerais do mar Morto às vezes levaram a um aumento do valor das propriedades ao redor. Pelo menos desde o período neolítico um produto primário bastante valorizado é o betume. uma forma de petróleo endurecido por meio da evaporação e oxidação. utilizado para vedar e colar, confeccionar cestos, na medicina e na fabricação de tijolos de barro. Betume do mar Morto foi empregado como conservante em múmias do Egito antigo. Durante o período do Novo Testamento, os nabateus controlavam o comércio do betume do mar Morto, e há uma teoria de que a ânsia de Cleópatra em controlar o comércio de betume estimulou seu desejo de governar a região ao redor do mar Morto.
Também havia grande procura pelo bálsamo do mar Morto, o perfume e medicamento mais apreciado no mundo clássico.  Dizem que Galeno, o eminente médico do segundo século d.C. ligado ao famoso Asclépio, em Pérgamo, viajou de sua cidade na Ásia Menor até o mar Morto com o propósito específico de voltar com o "bálsamo verdadeiro" O cloreto de potássio, outro mineral do mar Morto, tornou-se popular no século 20 devido ao emprego na fabricação de fertilizantes químicos. Ao mesmo tempo, banhos nas fontes termominerais ao longo das margens do mar Morto tornaram-se um tratamento popular para vários problemas de pele, especialmente a psoríase. Com isso, talvez se possa dizer que, em tempos recentes, o mar Morto passou a viver. Na Antiguidade, porém, a descrição sinistra do precipício do mar Morto se reflete nas páginas das Escrituras. A destruição de Sodoma e Gomorra (Gn
19) ocorreu bem próximo desse mar. Embora haja interpretações diferentes sobre a natureza exata da destruição que caiu sobre as duas cidades, seja como erupção vulcânica seja como explosão espontânea de bolsões de betume abaixo da superfície do solo, colunas cársticas de sal (conhecidas como "mulher de L6") são um fenômeno frequente na região do mar Morto. Pode-se quase adivinhar que o deserto uivante ao redor do mar Morto deve ter proporcionado um refúgio apropriado para o fugitivo Davi (1Sm 21:31), bem como para os essênios de Qumran e os marginalizados judeus insurgentes da Primeira Revolta Judaica. Foi num lugar estéril e árido assim que Jesus enfrentou suas tentações (Mt 4:1-11); talvez esse tipo de ambiente sombrio tenha contribuído para a angústia que sofreu.
Por outro lado, o profeta Ezequiel (47.1-12; Zc
148) vislumbrou um tempo quando até mesmo as águas salgadas do mar Morto passarão por uma recriação total e não serão mais sombrias e sem vida, mas estarão plenas de vitalidade. Começando com o Sebkha (pântanos salgados) ao sul do mar Morto, o Grande Vale do Rifte forma uma espécie de vala arredondada que se estreita até chegar ao golfo de Ácaba. Ali começa a se alargar de novo, na direção do mar Vermelho, e o golfo é flanqueado por encostas escarpadas e penhascos altos que superam os 750 metros de altura. Por sua vez, no golfo de Ácaba, a apenas 1,6 quilômetro de distância desses penhascos, há abismos cuja profundidade da água ultrapassa os 1:800 metros.

PLANALTO DA TRANSJORDÂNIA
A quarta zona fisiográfica, a que fica mais a leste, é conhecida como Planalto da Transjordânia. A região do planalto ladeia imediatamente a Arabá, e é chamada na Bíblia de "além do Jordão" (Gn 50:10; Nm 22:1; Dt 1:5; Js 1:14-1Sm 31.7; 1Cr 12:37). No geral, a topografia da Transjordânia é de natureza mais uniforme do que a da Cisjordânia. A elevada chapada da Transjordânia tem cerca de 400 quilômetros de comprimento (do monte Hermom até o mar Vermelho), de 50 a 130 quilômetros de largura e alcança altitudes de 1.500 metros acima do nível do mar. A sua significativa precipitação escavou quatro desfiladeiros profundos e, em grande parte, laterais, ao longo dos quais correm os rios Yarmuk, Jaboque, Arnom e Zerede. Cobrindo uma base de arenito que fica exposta nessas quatro ravinas cavernosas e em uns poucos segmentos no sul, no norte a superfície da Transjordânia é composta basicamente de calcário, com uma fina camada de basalto cobrindo a área ao norte do Yarmuk. A região elevada prossegue na direção sul com afloramentos de granito que formam o muro oriental da Arabá. Por esse motivo, na época de atividade agrícola, as regiões do norte da Transjordânia são férteis, pois o solo mais bem irrigado consegue produzir grandes quantidades de diferentes cereais, especialmente trigo (cp. Am 4:1-3). Durante o periodo romano. essa região produziu e forneceu cereais para toda a província siro-palestina. A leste do principal divisor de águas, que fica a uma altitude de cerca de 1.800 metros e a uma distância entre 25 e 65 quilômetros do Rifte do Jordão, há uma transicão repentina da estepe para o deserto Oriental. Por exemplo, muitas partes do domo de Gileade têm grande quantidade de fontes e ribeiros com boa; agua potável, ao passo que a leste do divisor de águas há necessidade de cisternas. A abundância sazonal das plantações de cereais cede lugar para a pastagem superficial e intermitente de que se alimentam os animais pertencentes aos nomades migrantes.

UMA TERRA SEM RECURSOS
A terra designada para o Israel bíblico possui bem poucos recursos físicos e econômicos. Ela não contem praticamente nenhum metal precioso (pequenas quantidades de minério de cobre de baixo valor e um pouco de ferro e manganês) e uma gama bem limitada de minerais (alguns da área do mar Morto tendem a evaporar). Descobriu-se gás natural no Neguebe. Apesar de repetidas afirmações em contrário, ali não foram encontrados campos significativos de petróleo. A terra tem escassos recursos de madeira de lei e não tem suprimento suficiente de água doce (v. seções seguintes sobre hidrologia e arborização).
Região da Defalá
Região da Defalá
A falha Geológica afro-árabe
A falha Geológica afro-árabe
O Mar da Galileia
O Mar da Galileia
O Mar Morto
O Mar Morto

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Reino de Davi e de Salomão

Informações no mapa

Tifsa

Rio Eufrates

HAMATE

SÍRIA (ARÃ)

Hamate

Rio Orontes

Ribla

Zedade

ZOBÁ, ARÃ-ZOBÁ

Tadmor (Palmira)

Zifrom

Hazar-Enã

Lebo- Hamate

Gebal

Cobre

Berotai

Deserto da Síria

Sídon

SIDÔNIOS (FENÍCIA)

Cadeia do Líbano

BETE-REOBE

Cadeia do Antilíbano

Damasco

Mte. Hermom

Tiro

Abel

MAACÁ, ARÃ-MAACÁ

Basã

Terra de Cabul?

Hazor

Argobe

GESUR

Dor

Vale de Jezreel

En-Dor

Helão

Megido

Mte. Gilboa

Lo-Debar

Rogelim

Bete-Seã

Jabes-Gileade?

Salcá

Tobe

Sucote

Maanaim

Jope

Silo

Gileade

Ramá

Zereda

Rabá

Gezer

Gilgal

AMOM

Ecrom

Jerusalém

Hesbom

Gate

Belém

Medeba

FILÍSTIA

Gaza

Hebrom

En-Gedi

Aroer

Ziclague

Jatir

Betel

MOABE

Berseba

Ramote

Mispa

Aroer

Vale do Sal?

Torrente do Egito

Neguebe

Tamar

Cobre

Punom

EDOM

Deserto de Parã

Deserto da Arábia

Eziom-Geber

Elote, Elate

Bete-Horom Baixa

Bete-Horom Alta

Gezer

Gibeão

Geba

Quiriate-Jearim

Gibeá

Anatote

Baurim

Nobe

Baal-Perazim

Ecrom

Bete-Semes

Jerusalém

Fonte de Giom

Poço de En-Rogel

Gate

Vale de Elá

Azeca

Socó

Belém

Adulão

Queila

Gilo

Tecoa

Deserto de Judá

Cisterna de Sirá

Hebrom

Jesimom

Zife

Horesa

Estemoa

Carmelo

Maom

Informações no mapa

Reino de Davi

Reino de Salomão

Importações

Exportações

Para os hititas e a Síria: cavalos, carros de guerra

De Társis: ouro, prata, marfim, macacos, pavões

De Tiro: cedro, junípero, ouro

Para Tiro: cevada, trigo, vinho, azeite

Do Egito: cavalos, carros de guerra

De Ofir: ouro, pedras preciosas, madeira

Da Arábia: ouro, prata


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

ISRAEL

Atualmente: ISRAEL
País com área atual de 20.770 km2 . Localiza-se no leste do mar Mediterrâneo e apresenta paisagem muito variada: uma planície costeira limitada por colinas ao sul, e o planalto Galileu ao norte; uma grande depressão que margeia o rio Jordão até o mar Morto, e o Neguev, uma região desértica ao sul, que se estende até o golfo de Ácaba. O desenvolvimento econômico em Israel é o mais avançado do Oriente Médio. As indústrias manufatureiras, particularmente de lapidação de diamantes, produtos eletrônicos e mineração são as atividades mais importantes do setor industrial. O país também possui uma próspera agroindústria que exporta frutas, flores e verduras para a Europa Ocidental. Israel está localizado numa posição estratégica, no encontro da Ásia com a África. A criação do Estado de Israel, gerou uma das mais intrincadas disputas territoriais da atualidade. A criação do Estado de Israel em 1948, representou a realização de um sonho, nascido do desejo de um povo, de retornar à sua pátria depois de mil oitocentos e setenta e oito anos de diáspora. Esta terra que serviu de berço aos patriarcas, juízes, reis, profetas, sábios e justos, recebeu, Jesus o Senhor e Salvador da humanidade. O atual Estado de Israel teve sua origem no sionismo- movimento surgido na Europa, no século XIX, que pregava a criação de um país onde os judeus pudessem viver livres de perseguições. Theodor Herzl organizou o primeiro Congresso sionista em Basiléia, na Suíça, que aprovou a formação de um Estado judeu na Palestina. Colonos judeus da Europa Oriental – onde o anti-semitismo era mais intenso, começaram a se instalar na região, de população majoritariamente árabe. Em 1909, foi fundado na Palestina o primeiro Kibutz, fazenda coletiva onde os colonos judeus aplicavam princípios socialistas. Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) votou a favor da divisão da Palestina em dois Estados: um para os judeus e outro para os árabes palestinos. Porém, o plano de partilha não foi bem aceito pelos países árabes e pelos líderes palestinos. O Reino Unido que continuava sofrer a oposição armada dos colonos judeus, decidiu então, encerrar seu mandato na Palestina. Em 14 de maio de 1948, véspera do fim do mandato britânico, os líderes judeus proclamaram o Estado de Israel, com David Bem-Gurion como primeiro-ministro. Os países árabes (Egito, Iraque, Síria e Jordânia) enviaram tropas para impedir a criação de Israel, numa guerra que terminou somente em janeiro de 1949, com a vitória de Israel, que ficou com o controle de 75% do território da Palestina, cerca de um terço a mais do que a área destinada ao Estado judeu no plano de partilha da ONU.
Mapa Bíblico de ISRAEL


JORDÃO

Atualmente: ISRAEL
Constitui a grande fenda geológica O Rift Valley, que se limita no sentido norte-sul, pela costa mediterrânea ao ocidente, e pela presença do grande deserto ao oriente, divide a região em duas zonas distintas: a Cisjordânia, entre o rio Jordão e o Mar Mediterrâneo, onde se localiza o atual Estado de ISRAEL e a Transjordânia entre o rio Jordão e o deserto Arábico, que corresponde a atual Jordânia. Neste vale, ocorre um sistema hidrográfico que desemboca no Mar Morto. As nascentes principais do rio Jordão são três. A primeira nasce em Bânias, no monte Hermom (2814 m), que é a última elevação da cordilheira do Antilíbano e serve de marco divisório entre Israel e Líbano. Neste vale ficava a cidade de Cesaréia de Filipe, capital da tetrarquia deste principe herodiano. A segunda nascente do Jordão, mais a oeste, é Ain Led dan, próximo às ruinas de Dâ (Tel Dan), hoje, um Parque Nacional. E a terceira é o Hasbani, arroio que desce de Begaa no Líbano. Os três formavam o lago Hule – hoje seco e com suas águas canalizadas. A seus lados emergem colinas verdes que dão início aos sistemas montanhosos da Galiléia e de Basã na Cisjordânia e na Transjordânia, respectivamente. A partir daí o Jordão se estreita numa paisagem de basaltos em plena fossa tectônica, e desce em corredeiras desde o nível do Mediterrâneo, até o Mar da Galiléia, a 211 metros abaixo do nível do mar. Fatos citados: a travessia para entrar em Canaâ no tempo de Josué, a cura de Naamã, a vida de João Batista, que nesse rio batizou Jesus.
Mapa Bíblico de JORDÃO



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de II Samuel Capítulo 10 do versículo 1 até o 19
  • A guerra com os amalequitas e siros (2Sm 10:1-19). A paz não deveria durar, e a guerra que é mencionada em 2Sm 8:12 é agora descrita. O texto em I Crônicas 19:1-19 é quase um paralelo. Naás, rei de Amom, morreu, e Davi desejou retribuir ao filho um antigo favor do pai (1). Ele, portanto, enviou mensageiros com expressões de condolências (2). Os príncipes amonitas, porém, insinuaram ao jovem Hanum que os mensageiros de Davi eram espias (3). Ele ordenou que eles fossem tratados com o mais extremo desprezo, e raparam metade da barba deles (4). Para poupá-los de mais indignidade, Davi lhes deu permissão de permanecer em Jericó até que suas barbas crescessem.
  • Os amonitas começaram a se preparar para a guerra. Eles se tinham feito abomi-náveis para Davi (6) (1 Cron 19.6). Eles contrataram uma tropa de 33.000 mercenários dos reinos siros do norte. Bete-Reobe... Zobá (6) — bete significa "casa de"; Reobe era o rei de Zobá (cf. 8.3). Rei de Maaca (6) (cf. 1 Cron 19.6). Este local parece ter sido uma cidade a nordeste de Israel, perto do monte Hermom. Homens de Tobe (8), um territó-rio a leste do Jordão. O paralelo em I Crônicas 19 também indica a presença de uma considerável força de cavalaria, e afirma que o preço pago foi mil talentos de prata. Esta era uma grande fortuna, uma vez que o valor aproximado de um talento de prata tem sido estimado em 1.500 dólares americanos.

    Quando as notícias dos exércitos reunidos chegaram até Davi, ele enviou Joabe para tomar a ofensiva. A batalha ocorreu à entrada da porta (8) da capital da cidade de Amom, que era Rabá (veja o mapa). Joabe dividiu o exército israelita em dois contingen-tes e colocou seu irmão Abisai como responsável pela luta contra os amonitas, enquanto ele próprio tomou uma companhia selecionada para batalhar contra os mercenários siros (9-10). A batalha, por diante e por detrás (9), isto é, suas posições estariam vulnerá-veis dos dois lados. Os preparativos de Joabe eram tais que, se uma das forças parecesse estar em apuros, a outra viria em seu apoio (11). A exortação mostra tanto coragem como confiança na providência divina: Sê forte, pois; pelejemos varonilmente pelo nosso povo e pelas cidades de nosso Deus; e faça o Senhor o que bem lhe parecer (12).

    O ataque de Joabe contra o contingente siro foi bem-sucedido. O inimigo foi derrota-do e fugiu (13). Quando os amonitas viram que a batalha progredia, eles se retiraram rapidamente para a sua capital fortificada, e Joabe retornou a Jerusalém, talvez porque a hora fosse muito avançada para um cerco contra Rabá, ou porque ele previa um outro ataque siro posterior (14).

    Os siros realmente se reagruparam, desta vez sob a liderança de seu príncipe mais poderoso, Hadadezer (8.3). Desta vez, o próprio Davi liderou o exército de Israel, e a derrota foi total. As baixas sírias incluíram 700 carros 40:000 cavaleiros e Sobaque, o general. Assim, os siros estabeleceram a paz com Israel, tornaram-se tributários e não concederam mais ajuda aos amonitas (15-19). Da outra banda do rio (16), isto é, o Eufrates, indica uma mobilização geral da força síria. Helã, um lugar a leste do Jordão, provavelmente é a moderna cidade de Alma.

    "Enfrentando as nossas batalhas sob a direção de Deus" é o tema dos versículos 6:14: (1) Devemos usar os nossos recursos humanos para alcançarmos a melhor vantagem, 6-11; (2) Devemos ser corajosos no conhecimento de que aquilo que defendemos é o povo de Deus e a obra do Senhor, 12; (3) Devemos e podemos confiar o resultado a Deus, 12-14.


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de II Samuel Capítulo 10 do versículo 1 até o 19
    *

    10:1

    filhos de Amom. Ver nota em 1Sm 11:1.

    * 10:2

    Usarei de bondade para com Hanum, filho de Naás. A frase hebraica traduzida por "usarei de bondade", sugere que havia um pacto entre Davi e Naás, embora a agressão de Naás para com Israel, tenha ajudado Saul a subir ao poder (1Sm 11:1-11; 12:12). O relacionamento de amizade entre Davi e Naás pode ter sido firmada durante o período em que Davi vivia fugindo de Saul.

    * 10:3

    a cidade. Provavelmente, temos aqui uma referência à capital, Rabá (11.1, nota).

    * 10:4

    lhes rapou metade da barba. Hanum humilhou os emissários de Davi.

    * 10:5

    Jericó. A primeira localidade a oeste do rio Jordão por onde passaria a delegação que retornava de Rabá.

    * 10:6

    siros de Bete-Reobe e... de Zobá. Ver nota em 8.3. Bete-Reobe ficava a sudoeste de Zobá (conforme Nm 13:21; Jz 18:28).

    Maaca. Maaca era a região ao norte do lago Hulé (Dt 3:14; 13 11:6-13.13'>Js 13:11-13).

    Tobe. Provavelmente uma cidade a leste do rio Jordão e a 77km ao norte de Rabá (11.1, nota; Jz 11:3,5).

    * 10:7

    Joabe. Ver nota em 2.18.

    * 10:10

    Abisai. Ver nota em 2.18.

    * 10:12

    Sê forte... e faça o SENHOR o que bem lhe parecer. Achando-se na difícil posição militar de ter de lutar em duas frentes de combate, Joabe exortou seus homens a terem coragem, mas reconheceu que o resultado do conflito dependia, em última análise, do Senhor (conforme as palavras de Davi em 15.26).

    * 10:14

    voltou Joabe. Ao que parece, ele não capturou a cidade de Rabá nessa oportunidade (11.1; 12:26-29).

    * 10:16

    Hadadezer. Ver nota em 8.3.

    Helã. Ficava a cerca de 19km ao norte de Tobe (v. 6, nota).

    * 10:19

    temeram os siros de ainda socorrer. A porta estava aberta para uma segunda campanha militar contra os amonitas.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de II Samuel Capítulo 10 do versículo 1 até o 19
    10:4, 5 Na cultura israelita todos os homens usavam barba, este era sinal de maturidade. Assim quando a estes embaixadores lhes barbeou a metade da barba, sofreram uma grande humilhação. lhes cortar suas vestimentas também os expôs ao ridículo.

    10:6 devido a que Hanún seguiu um mau conselho, suspeitou dos motivos dos embaixadores e os humilhou. deu-se conta de que Davi estava zangado e imediatamente formou suas forças para a batalha. Deveu ter pensado mais cuidadosamente sobre esse conselho, mas embora não o tivesse admitido, deveu ter tentado negociar com o Davi. Em troca, negou-se a admitir qualquer falta, e se alistou para a guerra. Freqüentemente respondemos com ira, e à defensiva, em vez de admitir que cometemos um engano, pedir desculpas e tratar de dissipar a ira da outra pessoa. Em lugar de brigar devemos estar dispostos a procurar a paz.

    10:12 Deve haver um balanço na vida entre nossas ações e nossa fé em Deus. Aqui Davi diz: "te esforce e nos esforcemos por nosso povo". Em outras palavras, façam o que possam. Façam planos para a estratégia da batalha, use sua mente para encontrar as melhores técnicas, e utilize seus recursos. Mas também diz, "e faça Jeová o que bem lhe parecer". Sabia que o resultado estava nas mãos de Deus. Da mesma maneira, devemos usar nossa mente e nossos recursos para obedecer a Deus, enquanto que ao mesmo tempo confiamos a Deus os resultados.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de II Samuel Capítulo 10 do versículo 1 até o 19
    VIII. Batalha contra Amom (2Sm 10:1 ; conforme 1Cr 19:1 ).

    Ao saber da morte do rei de Amom, Davi enviou emissários com condolências ao novo rei, Hanun, filho de Naás. Os emissários foram levados para espiões e tratado vergonhosamente. Os amonites eram traiçoeiro e cruel a si mesmos. Era uma simples questão de projetar seu próprio caráter sobre Davi. Eles estavam cientes de seus notáveis ​​façanhas na edificação do reino de Israel, e eles estavam preocupados com a preservação de sua própria nação contra qualquer truque ardiloso por parte de Davi.

    Sua incompreensão do motivo de Davi para o envio de homens para Ammon solicitado os amonitas para aproveitar os israelitas. Este mau uso de representantes invioláveis ​​da forte dinastia real de Israel tão irritados Davi que ele se preparava para a guerra contra Ammon.

    O que pode haver uma relação maravilhosa entre as pessoas pode evaporar quando bons motivos são mal interpretados. Pessoas suspeitas muitas vezes errar nisso. Enquanto cautela é sempre em ordem, suspeita que emerge de um coração mau nunca está em ordem, pois, invariavelmente, leva a amizades rompidas.

    B. primeira campanha (10: 6-19 ; conforme 1Cr 19:6 ). Joab implantado parte de seu exército, sob o comando de Abisai, seu irmão, contra os amonitas que saíram de Rabá, enquanto tomava o resto do exército para atacar os sírios no campo.

    Houve uma renúncia implícita à vontade do Senhor, nas palavras de Joabe a Abisai como os dois comandantes preparados para a batalha. Tem bom ânimo, e deixe-nos jogar o homem para o nosso povo, e pelas cidades de nosso Deus; e Jeová fazer o que lhe parecer melhor (v. 2Sm 10:12 ).

    Joabe e seus homens atacaram os sírios em primeiro lugar e eles se retiraram. Os amonitas, em seguida, retirou-se para a segurança de seus muros da cidade. Os sírios foram enviados re-enforcements, mas Davi mudou-se para interceptar as novas tropas. A batalha que se seguiu resultou em uma vitória importante para Davi, enquanto o comandante sírio encontrou a morte (v. 2Sm 10:18 ). Como resultado, os sírios retiraram a sua ajuda de Ammon. temeram os sírios para ajudar os filhos de Amom (v. 2Sm 10:19 ).

    A segunda campanha incluiu um cerco prolongado de Rabá, a capital de Ammon, e sua ocupação máxima. Enquanto isso, em Jerusalém, ocorreu o caso entre Davi e Bate-Seba.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de II Samuel Capítulo 10 do versículo 1 até o 19
    10.2 Naás. Provavelmente era o filho do rei Naás 1Sm 11:0).

    10.18 Setecentos carros. Em 1 Cr 19,.1Cr 19:8 se lê: "sete mil carros", que é tido por alguns como melhor texto.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de II Samuel Capítulo 10 do versículo 1 até o 19

    2) O grande fracasso de Davi (10.1—12.31)

    a) A guerra contra os amonitas (10.1—11.1; conforme lCr 19.1—20.1)

    A guerra contra os amonitas está dissociada da lista de campanhas no cap. 8, evidentemente porque é o pano de fundo da história de Bate-Seba. Naás, o agressivo rei amonita que cercou Jabes-Gileade no início do reinado de Saul (1Sm 11:1-9), morreu, e o seu filhoHanum o sucedeu. Davi tinha estabelecido relações amistosas com Naás (evidentemente, a hostilidade de Saul para com os dois era o elo) e enviou mensagens de solidariedade ao sucessor dele. Mas Hanum, de forma semelhante ao que aconteceu com Roboão após a morte de Salomão, confiou nos seus conselheiros, que questionaram a motivação de Davi, sugerindo espionagem deste, e não solidariedade. Os mensageiros foram tratados indignamente, a sua barba foi raspada pela metade e a parte inferior das suas roupas foi cortada. Essa humilhação, sem dúvida, foi um entretenimento e tanto para os espectadores amonitas, mas Davi obviamente ficou furioso. Ele evitou a vergonha dos homens ao deixá-los temporariamente em Jerico até que a sua barba crescesse de novo; entrementes, os amonitas assustaram-se ao saber que Davi considerou a sua bufonaria grosseira (Hertzberg, p.
    304) uma declaração de guerra. Hanum rapidamente recrutou mercenários dos Estados arameus cujos príncipes talvez simpatizavam, assim sugere Mauchline (p. 245), com a idéia de ter os amonitas como um Estado pára-choque entre eles e Davi.

    Joabe e Abisai estavam no comando das tropas de Davi; cada um deles atacou metade da formação inimiga. Os homens de Abisai alinharam-se contra os amonitas; e os de Joabe, contra os aliados arameus. Os arameus, desmoralizados, fugiram, e os amonitas os acompanharam, e Joabe retornou vitorioso para Jerusalém.

    Hadadezer de Zobá (8:3-8) não estava disposto a aceitar a derrota. Assim, ele mandou trazer os arameus que viviam do outro lado do Eufrates (v. 16), tendo à frente o seu comandante Soboque em Helã, local desconhecido, mas provavelmente a leste do Jordão. Essa movimentação de tropas foi reportada a Davi, que reuniu as tropas israelitas e impôs uma derrota devastadora aos arameus, que perderam 700 condutores de carros e 40.000 soldados (v. nota de rodapé da NVI). Soboque foi mortalmente ferido. Os arameus imploraram por um acordo de paz, e a partir daí ficaram com medo de voltar a ajudar os amonitas (v. 19).


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de II Samuel Capítulo 10 do versículo 1 até o 19
    2Sm 10:1

    10. OS MENSAGEIROS DE DAVI SÃO VERGONHOSAMENTE TRATADOS POR HANUM (2Sm 10:1-10). Davi decidira proceder amigavelmente para com Hanum em atenção à memória de seu pai Naás de quem recebera um favor-talvez durante o seu exílio no circunvizinho país de Moabe (1Sm 22:3-9). Os embaixadores que Davi tão cortesmente enviou a Hanum foram tomados por espias e vergonhosamente humilhados.

    >2Sm 10:6

    11. OS AMONITAS E OS SIROS SÃO DERROTADOS E RABÁ É CERCADA (2Sm 10:6-10. Maaca (6) era um pequeno reino siro perto de Gesur, a norte de Basã. Quanto a Zobá (6) ver 2Sm 8:0). E Hadadezer fez sair os siros (16), o que quer dizer que estes foram conduzidos à guerra (o verbo é empregado na forma causativa) (conforme 1Sm 8:20). Comandados por Soboque, os aliados siros tinham alcançado Helã (16), talvez na parte oriental de Manassés. Aqui se deu o reencontro com os israelitas, chefiados pelo próprio Davi que ganhou uma vitória esmagadora. O versículo 18 relata-nos as perdas sofridas pelo inimigo: homens de setecentos carros e quarenta mil homens de cavalo. Em 1Cr 19:18 as perdas são "sete mil... carros e quarenta mil homens de pé". A versão setecentos carros de 2Sm 10:18 é muito mais provável que a de 1Cr 19:18; mas em contrapartida os homens de pé de 1Cr 19:18 são preferíveis aos homens de cavalo de 2Sm 10:18. Tendo decorrido um ano... (11.1). "Na volta do ano", isto é, no princípio da primavera, recomeçaram as operações contra os amonitas. Os israelitas cercaram Rabá (1) (lit. "a grande cidade"), a capital, e assolaram o país (conforme 1Cr 20:1). Davi permaneceu em Jerusalém, na ociosidade, e por isso foi tentado.


    Dicionário

    Ajuntar

    verbo bitransitivo e pronominal Juntar, colocar junto ou perto; unir-se: ajuntar os alunos da escola; os melhores se ajuntaram.
    Reunir pessoas ou coisas que têm relações entre si; unir uma coisa com outra: ajuntar os bons e os maus.
    Juntar em grande quantidade; acumular, acrescentar, coligir: ajuntar dinheiro.
    verbo intransitivo Unir de maneira muito próxima: não temos o dinheiro todo, estamos ajuntando.
    Etimologia (origem da palavra ajuntar). A + juntar.

    Davi

    Nome Hebraico - Significado: Amado.

    o segundo e o mais ilustre dos reis de israel. Era filho de Jessé, bisneto de Rute, e nasceu em Belém, sendo o mais novo de uma família de dez. Davi, na sua mocidade, foi pastor, ocupação que nos países orientais era geralmente exercida pelos escravos, pelas mulheres, ou pelos íntimos da família. Apesar de tudo isto foi ungido por Samuel para ser rei de israel. Como era hábil tocador de harpa, foi chamado por Saul com o fim de suavizar a melancolia do infeliz monarca (1 Sm 16). o lugar do recontro de Davi com Golias foi Efes-Damim (1 Sm 17), que fica entre os montes da parte ocidental de Judá – e o ribeiro que corria entre dois exércitos era o Elá, ou ‘o Terebinto’, que hoje tem o nome de Wady Es-Sunt. A fama que Davi adquiriu pelo fato de ter vencido o gigante, se por um lado motivou o seu casamento com Mical, filha do rei, foi, também, causa de ter Saul maliciosos ciúmes do jovem guerreiro. Todavia, o rei nomeou Davi capitão da sua real guarda, posição somente inferior à de Abner, o general do exército, e à de Jônatas, o presuntivo herdeiro do trono. Davi e Jônatas vieram a ser dedicados amigos, mas a louca inveja e os maus intentos do rei arrastaram por fim Davi para o exílio. Ele foi ter primeiramente com o sacerdote Aimeleque, mas depois refugiou-se na corte de Aquis, o filisteu monarca de Gate, e dali pôde livrar-se, fingindo-se louco (1 Sm 19 a 21). Retirando-se de Gate, escondeu-se Davi na caverna de Adulão – e foi depois para uma fortaleza perto de En-Gedi – e mais tarde apareceu no bosque de Herete ao sul de Judá. Aqui se juntou a Davi um grupo de homens dedicados, que de boa vontade compartilhavam os seus perigos. É verdade que pertencer ao partido de Davi era uma situação perigosa, e isso se patenteou no assassinato de Aimeleque e dos sacerdotes que Doegue o idumeu, perpetrou por mandado de Saul (1 Sm 22). os amigos de Davi entraram na fortificada cidade de Queila, e esperava Saul apanhá-los ali de surpresa (1 Sm 23). Em contraste com a furiosa perseguição, movida contra Davi, manifesta-se a cavalheiresca atenção do fugitivo para com ‘o ungido do Senhor’, como se mostrou quando ele poupou a vida de Saul no deserto de En-Gedi (1 Sm 24), e no deserto de Zife (1 Sm 26). Foi para esta nobre disposição que Abigail apelou no caso do insensato Nabal (1 Sm 25). Por algum tempo achou Davi abrigo junto de Aquis, rei de Gate, e então Saul não o procurou mais (1 Sm 27.4). Na ausência de Davi, foi tomada Ziclague e incendiada pelos amalequitas – mas Davi perseguiu os invasores, derrotou-os, e assim pôde livrar do cativeiro muitas pessoas, entre as quais estavam as suas próprias mulheres (1 Sm 30). Depois da desastrosa batalha de Gilboa (1 Sm 31), proferiu Davi aquela tocante lamentação a respeito de Saul e Jônatas (2 Sm 1). Davi veio a ser, então, rei de Judá – foi ungido em Hebrom (2 Sm 2), e reinou ali por mais de sete Prolongada guerra houve entre a casa de Saul e a casa de Davi (2 Sm 3.1). Mas, depois do assassinato de is-Bosete, filho de Saul (2 Sm 4), ato que foi fortemente desaprovado por Davi, tornou-se ele rei de todo o povo de israel (2 Sm 5). Pensou, então, em conquistar uma fortaleza, a única que no centro daquela terra tinha resistido às forças do povo escolhido. Por meio de um repentino assalto foi tomada a cidade de Jebus, sendo daí para o futuro conhecida pelo seu antigo nome Jerusalém, e também pelo nome de Sião (2 Sm 5). Esta cidade foi grandemente fortificada, tornando-se a capital do reino. A arca foi transportada com grande solenidade de Quiriate-Jearim sendo construída uma nova tenda ou tabernáculo para recebê-la (2 Sm 6). A prosperidade continuou a bafejar as armas de Davi – mas no meio de tantos triunfos, quando o seu exército estava cercando Rabá, caiu ele nas profundezas do pecado, planejando a morte de Urias, depois de ter cometido adultério com Bate-Seba (2 Sm 11). Convencido da sua grave falta, arrependeu-se, implorando a misericórdia do Senhor, e foi perdoado – mas a parte restante da sua vida foi amargurada com questões de família. Absalão, seu filho muito amado, revoltou-se contra ele, e por algum tempo Davi teve de exilar-se – mas por fim morreu o ingrato e revoltado israelita, que tanto martirizou seu pai (2 Sm 15 a 18). o insensato procedimento do rei, na numeração do povo, enevoou ainda mais a vida de Davi (2 Sm 24). Finalmente, depois de ter Adonias pretendido o trono, abdicou Davi em favor de Salomão, confiando-lhe, além disso, a tarefa de edificar o templo, para o qual ele tinha reunido muitos materiais. E, depois das recomendações finais ao seu sucessor, descansou com seus pais, ‘e foi sepultado na cidade de Davi’ (1 Rs 1 e 2). A vida de Davi acha-se cheia de incidentes românticos e de contrastes surpreendentes. É, realmente, uma história humana, que manifesta tanto a fraqueza como a força de uma alma de extraordinária capacidade. o ter sido qualificado Davi como homem ‘segundo o coração de Deus’ (1 Sm 13.14 e At 13:22) não significa, de forma alguma, que Davi fosse homem perfeito, mas somente que ele era um agente escolhido do Senhor para os Seus profundos desígnios. os pecados de Davi foram causa de graves acontecimentos na sua vida, mas nele se via um homem que se humilhou a si mesmo em grande arrependimento na convicção de haver pecado (2 Sm 12). Sobre o caráter geral de Davi diz o deão Stanley o seguinte: ‘Tendo em vista a complexidade dos elementos que constituem o caráter de Davi, a paixão, a ternura, a generosidade, a altivez, as suas qualidades de soldado, pastor, poeta, estadista, sacerdote, profeta, rei – considerando ainda nesse homem extraordinário o amigo romântico, o guia cavalheiresco, o pai dedicado, não se encontra em todo o A.T. outra pessoa com a qual ele se possa comparar… É ele o tipo e a profecia de Jesus Cristo. Não se chama a Jesus o filho de Abraão, ou o filho de Jacó, ou o filho de Moisés, mas sim o ‘filho de Davi’.

    Dados Gerais

    Davi é o nome do maior rei de Israel e o ancestral humano do Senhor Jesus. Sua história, suas realizações e seus problemas receberam um tratamento extensivo, de I Samuel 16 a II Reis 1 e em I Crônicas 2:29. O significado do nome ainda é incerto. A conexão com a palavra acadiana dawidûm (chefe, comandante) é atraente, embora duvidosa. É mais provável que esteja associado com a raiz hebraica dwd (amor), para dar o significado de “amado”. Alguns sugerem que Davi seja um cognome real e que seu nome é Elanã (Heb. “Deus é gracioso”), o herói que matou Golias (2Sm 21:19). Embora essa solução possa resolver a aparente discrepância entre I Samuel 17, cujo texto relata que Davi matou Golias, e II Samuel 21:19, o qual menciona que foi Elanã quem matou o gigante, cria outro problema: por que então Elanã seria relacionado na lista dos heróis de Davi? Outra sugestão é feita a partir de I Crônicas 20:5, que identifica Elanã como o herói que matou Lami, irmão de Golias. Desde que não se tem certeza se foi em II Samuel 21:19 ou em I Crônicas 20:5 que houve uma corrupção textual, a identificação de Elanã é incerta.

    Antecedentes

    Davi era o mais novo dos oito filhos de Jessé, um efrateu de Belém (1Sm 17:11-12). Jessé era descendente da tribo de Judá e bisneto de Boaz e Rute, a moabita (Rt 4:18-22; cf. 1Cr 2:1-15; Mt 1:2-6; Lc 3:31-38).

    Na juventude, Davi cuidava dos rebanhos da família. Como pastor, aprendeu a cuidar dos animais, bem como a protegê-los dos predadores. Essa experiência o ensinou a depender do Senhor, conforme afirmou para Saul: “O Senhor que me livrou das garras do leão, e das garras do urso, me livrará da mão deste filisteu” (1Sm 17:37).

    Davi era também um bom músico. Quando Saul sofria de depressão e crises de melancolia, seus servos, conhecendo a reputação desse jovem, mandaram chamá-lo (1Sm 16:16). Um deles disse: “Vi um filho de Jessé, o belemita, que sabe tocar bem, e é forte e valente, homem de guerra, sisudo em palavras, e de boa aparência. E o Senhor é com ele” (v. 18). Esse texto relaciona várias características de Davi: seu talento musical, sua bravura, eloquência, boa aparência, mas, acima de tudo, a presença do Senhor em sua vida.

    Davi eleito por Deus para ser rei

    Davi era notável, tanto por seu amor a Deus como por sua aparência física (1Sm 16:12). Depois que Saul foi rejeitado por seus atos de desobediência (1Sm 15:26), o Senhor incumbiu Samuel da tarefa de ungir um dos filhos de Jessé. Os mancebos passaram um por vez diante do profeta, mas nenhum deles foi aprovado por Deus. Depois que os sete mais velhos foram apresentados a Samuel, ele não entendeu por que o Senhor o enviara a ungir um rei naquela casa. O profeta procurava um candidato que se qualificasse por sua estatura física. Afinal, anteriormente tinha dito ao povo que Saul preenchia os requisitos, devido à sua bela aparência: “Vedes o homem que o Senhor escolheu? Não há entre o povo nenhum semelhante a ele” (1Sm 10:24).

    Jessé disse a Samuel que seu filho mais novo, chamado Davi, ainda cuidava dos rebanhos. Depois que foi trazido diante do profeta, ele teve certeza que aquele jovem atendia aos padrões de Deus, pois “o Senhor não vê como vê o homem. O homem olha para o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração” (1Sm 16:7). Davi recebeu duas confirmações de sua eleição: Samuel o ungiu numa cerimônia familiar e o Espírito do Senhor veio sobre ele de maneira poderosa (v.13).

    Davi com Saul

    Os caps. 16 a 31 de I Samuel são uma antologia solta de histórias, que, como coletânea, receberam o título de “A história da exaltação de Davi”. O propósito dessas narrativas é defender Davi das acusações de ter agido de maneira subversiva, usurpando o trono da família de Saul, sendo responsável pelas mortes de Saul, Jônatas, Abner e Is-Bosete. Deus operava claramente em todas as circunstâncias da vida de Davi, que o elevaram da posição de pastor de ovelhas a músico no palácio do rei, de lutar contra animais selvagens até suas vitórias sobre os filisteus e de herói nacional a refugiado político.

    Primeiro, Davi foi convidado para servir ao rei Saul como músico. Saul sofria de melancolia, porque o Espírito do Senhor o abandonara (1Sm 16:14). Na corte, Davi agradou ao rei, o qual o nomeou seu escudeiro (v. 21).

    Segundo, Deus agiu rapidamente, quando os filisteus atacaram 1srael (1Sm 17). O gigante filisteu, chamado Golias, desafiava Saul e todo o Israel várias vezes por dia, por um espaço de 40 dias (1Sm 17:16). Aconteceu de Davi levar suprimentos para seus irmãos que estavam no acampamento de guerra e teve oportunidade de ouvir o desafio do gigante. Movido por seu zelo pelo Senhor, seu amor pelo povo e pela alta recompensa — riqueza, casamento com a filha do rei Saul e a isenção de pagar impostos — Davi apresentou-se como voluntário para enfrentar Golias naquela batalha. O Senhor estava com ele. Davi triunfou sobre o filisteu, ao matá-lo com uma funda e uma pedra (1Sm 17:50).

    Terceiro, Davi foi convidado para morar no palácio real (1Sm 18:2). Os membros da família do rei o amavam. “A alma de Jônatas ligou-se com a de Davi, e Jônatas o amou como à sua própria alma” (v. 1). Este filho de Saul chegou ao ponto de fazer uma “aliança” com Davi (v. 3). Como expressão de seu profundo amor e respeito pelo filho de Jessé, deu-lhe suas roupas e armadura (v. 4). Mical também amava Davi (v. 20).

    Como sempre acontece, quando muitas coisas boas surgem, a fortuna tornou-se em sina. A fama de Davi cresceu rapidamente. Por toda a nação, as mulheres louvavam seu nome e faziam comparações positivas entre o jovem e o rei: “Saul feriu os seus milhares, porém Davi os seus dez milhares” (1Sm 18:7). Esse contraste suscitou o ciúme do rei (v. 8). Ele sabia que seus dias como monarca estavam contados e tinha de proteger o trono para sua família. Assim começaram as atitudes de hostilidade explícita contra Davi. O narrador de I Samuel escreveu: “Daquele dia em diante, Saul trazia Davi sob suspeita” (v. 9).

    O ciúme de Saul deixou-o cego. Foi extremamente desleal, pois voltou atrás em sua promessa de dar a filha mais velha, Merabe, em casamento a Davi (1Sm 18:17). Exigiu que o jovem enfrentasse os filisteus em batalha, na esperança de que perdesse a vida. Davi, ainda relutante em aceitar casar-se com um membro da família real, procurou imediatamente agradar ao rei. Nesse meio tempo, Merabe foi dada a outro homem (1Sm 18:19). De maneira vil, Saul desafiou-o a demonstrar sua bravura e seu valor novamente, mediante a matança de 100 filisteus, como um tipo de dote. Estava aborrecido por ser obrigado a dar Mical como esposa para Davi, porque sabia que o Senhor estava com ele e via o amor da filha por Davi como traição contra seu reinado (1Sm 18:28).

    Quarto, por meio de sua amizade com o filho do rei, Davi foi avisado com antecedência do profundo ódio de Saul contra ele, bem como de seus planos de matá-lo. Jônatas amava de verdade o filho de Jessé (1Sm 19:1) e não se preocupava com suas proezas militares, nem com sua crescente popularidade. Intercedeu em favor dele e o convidou para voltar ao palácio (v. 7), mas gradualmente percebeu que seu pai realmente estava determinado a matá-lo. O rei fez algumas tentativas para eliminar Davi no palácio (v. 10) e até mesmo na própria casa do genro (v. 11). Davi e Jônatas foram obrigados a se separar. O filho do rei sabia que Davi corria risco de vida; compreendia também que Deus tinha um plano especial para a vida do amigo. Os dois fizeram uma aliança para toda a vida e se separaram (1Sm 20:16-42).

    Saul contra Davi

    Saul fez tudo para livrar-se de Davi. Expulso da corte, o filho de Jessé buscou refúgio junto a Aquis, rei filisteu de Gate. Temeroso de que a boa vontade do anfitrião mudasse a qualquer momento, foi para Adulão (1Sm 22). Ali, liderou um bando de foras-dalei. Trouxe sua família para a segurança de Moabe e retornou, a fim de enfrentar os perigos de sua vida de eLivros. Qualquer um que tentasse colaborar com Davi era morto por Saul, como aconteceu com os sacerdotes de Nobe (1Sm 21:22). Para onde quer que ele fosse, o rei ficava sabendo e o perseguia.

    Enquanto isso, o apoio a Davi crescia cada vez mais. Bandidos, muitos deles guerreiros habilidosos, reuniram-se a ele. Abiatar, um sacerdote que escapou do massacre em Nobe, e o profeta Gade também se uniram a Davi. Este, por suas muitas façanhas, fazia com que as pessoas ficassem em débito para com ele. Reduziu a ameaça dos filisteus, como fez, por exemplo, em Queila (1Sm 23). Ele e seu homens também tornaram-se defensores dos moradores de Judá que eram constantemente ameaçados por saqueadores estrangeiros e viviam da parte que recebiam das colheitas, rebanhos e do gado que ajudavam a proteger. Nem todos os criadores, porém, estavam dispostos a compartilhar com eles alguma coisa. Nabal, um rico fazendeiro, tinha recebido tal proteção de Davi e seus homens, mas era avarento demais para recompensá-los pelo trabalho (1Sm 25). O filho de Jessé ficou furioso, mas Abigail, esposa de Nabal, foi ao seu encontro com vários presentes. Depois da morte do marido, ela se tornou esposa de Davi (1Sm 25:42).

    Por duas vezes Davi teve oportunidade de vingar-se de Saul, mas, ao invés de matá-lo, poupou sua vida. Sua existência tornou-se tão opressiva que foi obrigado a buscar refúgio com Aquis, rei de Gate. Recebeu a cidade de Ziclague para morar com seus homens, de onde ajudava Saul a reduzir as forças dos filisteus (1Sm 27). Aquis tinha tamanha confiança na lealdade de Davi, que o levou consigo como parte de suas tropas numa batalha em Gilboa, contra os israelitas (1Sm 28). Os filisteus não deveriam ficar apreensivos pelo conflito de interesses; Davi lutaria contra seu próprio povo (1Sm 29). No entanto, ele retornou a Ziclague e descobriu que a cidade fora saqueada e incendiada e a população, levada cativa pelos amalequitas. Enquanto os filisteus esmagavam os israelitas no norte, Davi perseguiu os invasores e colocou um fim em suas hostilidades.

    Davi é exaltado ao reino

    Saul e Jônatas foram mortos na batalha em Gilboa (2Sm 1:4). Ao invés de comemorar este acontecimento, Davi chorou pelo rei e por seu amigo (2Sm 1:19-27). As notícias sobre a morte de Saul correram rápido, mas as reações foram bem diferentes em todo país. As tribos do Norte reconheceram 1s-Bosete, filho do rei, como o legítimo representante do trono (2Sm 2:8-9). A tribo de Judá permaneceu leal a Davi e separou-se da união, ao tornar Hebrom a capital do novo reino (2Sm 2:3-4).

    Não demorou muito para que o povo descobrisse a incompetência de Is-Bosete. Abner, seu comandante militar, junto com outros cidadãos importantes, procurou Davi e abriu negociações com ele, as quais foram interrompidas quando Joabe assassinou Abner, em vingança pela morte de seu irmão. O enfraquecimento do Norte encorajou a morte de Is-Bosete e as tribos voltaram à união sob o reino de Davi (2Sm 5:1-3).

    Esse reino, agora unificado, primeiro teve Hebrom como seu centro. Mas, desejoso de ter uma localização melhor e reconhecedor do problema estratégico gerado pela proximidade dos cananeus, Davi determinou a conquista de Jerusalém. A cidade nunca pertencera aos israelitas e localizava-se num ponto estratégico, em um cruzamento entre o leste e o oeste, o norte e o sul. Joabe, o comandante militar, liderou uma campanha bem-sucedida contra aquela localidade e a conquistou para o rei.

    Davi consolidou seu reino, ao fazer de Jerusalém sua capital administrativa. Era uma cidade neutra, pois não tinha qualquer ligação especial nem com as tribos do Norte nem com as do Sul (2Sm 5:9-10). O crescimento do poderio de Davi não passou despercebido. Hirão, rei de Tiro, enviou seus carpinteiros e pedreiros, a fim de construir um palácio para ele (2Sm 5:11). Esse ato firmou o relacionamento entre os dois reis. Por incrível que pareça, o fortalecimento da posição do filho de Jessé ameaçou a paz relativa de que Israel gozava. Os filisteus não perturbaram o país durante os dois primeiros anos do reinado de Davi. Com o crescimento de seu poder, entretanto, decidiram acabar com sua grande popularidade. O rei resistiu a cada ataque com sucesso e finalmente definiu a fronteira do reino na planície costeira (2Sm 5:19-25).

    Jerusalém como centro do reino de Davi

    A paz estabelecida em Israel encorajou Davi a persuadir as tribos a reconhecer Jerusalém como centro religioso, ao levar para lá a Arca da Aliança, o símbolo central do relacionamento e da aliança do povo com Deus (2Sm 6). (Veja o verbete Aliança.) Após encontrar descanso em Jerusalém, Davi buscou a aprovação do Senhor para providenciar um centro definitivo ao culto e à adoração em Israel, por meio da construção de um Templo (2Sm 7). Deus modificou a oferta de Davi, pois concedeu a ele uma “casa” (dinastia) e permitiu que seu filho construísse uma “casa” permanente para o Senhor. A promessa de uma dinastia foi incorporada a uma aliança de concessão. A proposta concedia a Davi um lugar perpétuo no reino de Deus, ao colocar sobre ele o privilégio de ser um “filho” de Deus. O Salmo 2 celebra a condição do filho como o que experimenta uma posição privilegiada e recebe autoridade para estabelecer o reino de Deus (veja Sl 72), submeter as nações, quando necessário pela força, e trazer as bênçãos do Senhor sobre todos os fiéis, em todas as partes da Terra. Essas promessas cumprem a aliança que Deus fez com Davi. O Pacto Davídico é uma administração soberana, feita pela graça, segundo a qual o Senhor ungiu Davi e sua casa para estabelecer seu reino e efetivamente trazer um reinado de paz, glória e bênção. Jesus e os apóstolos afirmaram que essas promessas encontram seu foco e recebem sua confirmação em Cristo (o “Messias”). Ele é o “ungido” que recebeu autoridade e poder (Mt 28:20; At
    2) do alto sobre toda a criação, inclusive a Igreja (Cl 1).

    Encorajado pelas promessas de Deus e feliz pela consolidação do destaque de Israel entre as nações, Davi seguiu adiante. Fortaleceu Jerusalém, desenvolveu uma administração de governo centralizada, expulsou as forças invasoras e foi agressivo no estabelecimento da paz em Israel. Subjugou os filisteus, moabitas, edomitas e amonitas (2Sm 12:29-31). Cobrou impostos dos arameus e das nações que decidiu não subjugar (2Sm 8;10). Depositou a maior parte dos tributos e espólios no fundo para a construção do Templo (2Sm 8:11-12). Embora fosse severo em sua justiça para com as nações, o rei foi generoso no trato com Mefibosete, filho de Jônatas. Providenciou-lhe um lugar e garantiu-lhe um sustento vitalício (2Sm 9). Provavelmente esse período foi marcado por uma severa crise de fome (2Sm 21:1). A dificuldade era tão grande que Davi pediu uma explicação ao Senhor. Foi-lhe revelado que a escassez de alimento era resultado do juízo de Deus, pelo equivocado zelo de Saul, ao tentar aniquilar os gibeonitas (2Sm 21:2), povo que buscara e recebera proteção de Israel, na época de Josué (Js 9:15-18-26). A morte de sete descendentes de Saul, sem incluir Mefibosete, satisfez a exigência de justiça feita pelos gibeonitas. Deus graciosamente removeu a maldição e renovou a terra com chuva abundante. Davi levou os ossos de Saul, Jônatas e dos sete que foram mortos e os enterrou na sepultura de Quis (2Sm 21:14).

    A queda de Davi

    A partir deste ponto, a história de Davi é uma mistura de tragédia e providência divina. Ele se tornou um personagem trágico. Elevado pela graça de Deus a uma posição de imenso poder, desejou ardentemente Bate-Seba, com quem teve relações sexuais; ao saber que estava grávida, tentou encobrir seu pecado, ordenou que Urias, o marido dela, fosse morto no campo de batalha e casou-se com ela legalmente (2Sm 11). O profeta Natã proferiu um testemunho profético, condenando a concupiscência e a cobiça de Davi e seu comportamento vil (2Sm 12). O rei confessou seu pecado e recebeu perdão (2Sm 12:13; cf. Sl 32:51), mas sofreu as conseqüências de sua perfídia pelo resto da vida. O bebê que nasceu da união com Bate-Seba ficou doente e morreu.

    Conseqüentemente, Davi experimentou instabilidade e morte em sua família. Amnom violentou a própria irmã, Tamar, e causou a desgraça dela (2Sm 13); foi assassinado por Absalão, irmão da jovem. Este fugiu para salvar a vida e permaneceu eLivros por dois anos. Davi almejava revê-lo e foi encorajado por Joabe, o qual o enganou, ao forçá-lo a seguiu um conselho que lhe fora dado por uma mulher de Tecoa. Esta, orientada por Joabe, fora ao rei pedindo proteção para o filho que assassinara o irmão. Joabe trouxe Absalão de volta, mas não ao palácio real. Depois de dois anos, o filho do rei voltou ao palácio, conquistou a simpatia do povo e pensou numa maneira de reconquistar o favor do pai (2Sm 14).

    Como resultado, Davi experimentou uma guerra civil dentro do país. Absalão tivera tempo para elaborar planos, a fim de perturbar a ordem. Durante quatro anos, preparara-se cuidadosamente para o momento em que o povo o apoiaria, em detrimento de seu velho pai. Absalão foi coroado rei em Hebrom e rapidamente partiu em direção a Jerusalém (2Sm 15). Davi saiu da capital com um grupo de seguidores e deixou vários conselheiros de confiança para trás (Abiatar, Zadoque e Husai). Husai dava conselhos equivocados a Absalão e enviava mensageiros a Davi, a fim de informar todos os movimentos dele (2Sm 17). A guerra trouxe resultados desastrosos para as forças do filho do rei, o qual morreu pendurado em uma árvore pelos cabelos. A vitória foi clara, mas Davi sofreu mais com a perda de Absalão do que sentiu alegria pela vitória.

    O rei voltou para Jerusalém com o apoio dos habitantes do Sul do país, os quais anteriormente haviam seguido Absalão. As tribos do Norte sentiram-se traídas pela falta de respeito demonstrada pelos moradores do Sul, pois elas também tinham apoiado o rei e dado a extensão de seu território nas mãos dele; por isso, precisavam ser ouvidas. A tribo de Judá alegou que o rei lhes pertencia e ofendeu os habitantes do Norte com a sua insolente arrogância (2Sm 19:40-43).

    Conseqüentemente, a união entre as tribos ficou enfraquecida ao extremo. A dissidência rapidamente cresceu e culminou em outra guerra civil, sob a liderança de Seba, filho de Bicri, da tribo de Benjamim. Davi enviou Amasa para recrutar guerreiros de Judá, a fim de sufocar a rebelião. Como este demorou muito a retornar, o rei comissionou Abisai para perseguir Seba. (Joabe perdera o favor do rei e o cargo, por ter matado Absalão, e agora estava sob as ordens de Abisai.) Quando Amasa, que se aliara a Seba, e Joabe se encontraram, este o matou e reassumiu o comando das tropas. Perseguiu a Seba até Abel-Bete-Maaca e sitiou a cidade. Uma mulher sábia salvou a cidade, ao comprometer-se a atirar a cabeça de Seba por cima do muro. Joabe retornou a Jerusalém como general, com o crédito de ter acabado com a rebelião (2Sm 20:23).

    Os últimos dias de Davi

    No término de sua vida, Davi tinha realizado o objetivo de solidificar Israel contra os filisteus, ao sudoeste; os edomitas, ao sudeste; os moabitas e amonitas, ao leste; e os arameus, ao norte. Havia estendido seu reino por todas as áreas da terra que fora prometida a Abraão (Gn 15:18-19). Desenvolveu uma administração eficiente, pela qual era capaz de governar esse vasto império. Um excelente exército era mantido constantemente de prontidão, para assegurar a paz e a estabilidade dentro do reino. Por causa de seu sucesso, Davi confiou em si mesmo e decidiu fazer um censo.

    Isso desagradou ao Senhor, que enviou uma praga contra o reino. O próprio rei foi o responsável pela morte de muitos inocentes. Por isso, comprou um campo e ofereceu um sacrifício a Deus, que expressava arrependimento por sua presunção. Esse local, a eira de Araúna, no futuro se tornaria o lugar onde Salomão construiria o Templo (2Sm 24:1-25).

    Davi ordenou que Salomão fosse ungido rei, após ouvir que seu filho Adonias fizera uma tentativa de usurpar o trono (1Rs 1:1-2:12). Preveniu o seu sucessor sobre várias pessoas que poderiam comprometer a estabilidade de seu reinado: Joabe, o comandante, e Simei, o rebelde (1Rs 2:8-9). Incumbiu-o de permanecer fiel a Deus, porque no Senhor estava a fonte do poder e a perpetuidade da dinastia.

    Conclusão

    Davi era humano, mas permaneceu fiel ao Senhor durante toda sua vida. Embora tenha pecado tragicamente contra Deus e o próximo, era um homem humilde. A sua força estava no Senhor, desde o princípio até o fim de seus dias. Os salmos atribuídos a ele falam desta verdade. Tal afirmação sobre sua confiança em Deus é também encontrada no final de II Samuel: “O Senhor é a minha rocha, a minha fortaleza e o meu libertador. Meu Deus é a minha rocha, em quem me refugio; o meu escudo, e força da minha salvação. Ele é o meu alto retiro, meu refúgio e meu Salvador — dos homens violentos me salvaste” (2Sm 22:2-3). Os cânticos compostos por ele também trazem a correlação entre a humildade, a obediência e a bondade de Deus. Conforme Davi escreveu: “Com o puro te mostras puro, mas com o perverso te mostras sagaz. Livras o povo humilde, mas teus olhos são contra os altivos, e tu os abates” (2Sm 22:27-28). O Senhor não apenas mostrou seu poder para Davi e seus contemporâneos, mas também comprometeu-se a proteger todo o seu povo por meio do ungido, que descenderia do referido rei. Essa é a essência da Aliança Davídica.

    Os escritores do NT testemunham sobre a conexão entre Davi e Cristo. A genealogia de Jesus recua até o filho de Jessé (Mt 1:1). Ele é o governante sobre o trono de Davi, cujo reino se estende até os confins da Terra. É o cabeça da Igreja (Cl 1:18) e trará todas as nações ao conhecimento de sua soberania (1Co 15:25; cf. At 2:35). Ele estabelecerá o reino de Deus sobre a Terra (1Co 15:27-28) e, por esse motivo, cumpre as promessas em benefício de todo o povo do Senhor, tanto judeus como gentios.

    W.A. e V.G.


    Davi [Amado] - O segundo rei do reino unido de Israel. Ele reinou de 1010 a 970 a.C. Tomou Jerusalém e a tornou a capital religiosa do reino. Levou a arca para lá (2Sa
    6) e organizou os serviços de adoração (1Ch 15—16). Ampliou o reino (2Sm 8:10-12) e ajuntou materiais para a construção do TEMPLO (1Ch 22). Foi governador, guerreiro, músico e poeta. E foi um dos antepassados de Jesus (Mt 1:1). V. SAMUEL, SEGUNDO LIVRO DE e o mapa OS REINOS DE SAUL, DAVI E S

    Davi O segundo rei de Israel (final do séc. XI e início do séc. X a.C.). De sua descendência viria o messias — daí ele ser chamado “Filho de Davi” (Mt 9:27; 12,23; 15,22; 20,30ss.; Mc 11:10) — que também deveria nascer em sua cidade natal: Belém (Mq 5:2). Tanto Lucas como Mateus relacionam Jesus com a estirpe messiânica e o fato deve ser reconhecido como histórico, ainda que seja bem provável que não fosse importante o ramo a que pertencia.

    Como outros tantos judeus de sua época, Jesus enfatizou a ascendência davídica do messias, o seu caráter preexistente, baseado em uma leitura peculiar do Salmo 110, que tem paralelos, entre outros, com os essênios de Qumrán (Mt 22:41ss.).


    Hela

    -

    hebraico: escuma ou ferrugem

    Uma das duas esposas de Asur. Seus filhos foram Zerete, Zoar, Etnã e Coz, os quais foram líderes na tribo de Judá (1Cr 4:5-7).


    Helá

    -

    Helã

    -

    Informado

    adjetivo Que se informou sobre determinado assunto; esclarecido ou instruído.
    Etimologia (origem da palavra informado). Do latim informatus.a.um.

    Israel

    Israel Nome que Jacó recebeu após lutar com Deus — como hipóstase — em Jaboc (Gn 32:29). Derivado da raiz “sará” (lutar, governar), contém o significado de vitória e pode ser traduzido como “aquele que lutou com Deus” ou “o adversário de Deus”. Mais tarde o nome se estenderia aos descendentes de Jacó (Ex 1:9) e, com a divisão do povo de Israel após a morte de Salomão, passou a designar a monarquia do Reino do Norte, formada pela totalidade das tribos exceto a de Judá e Levi, e destruída pela Assíria em 721 a.C. A palavra designa também o território que Deus prometeu aos patriarcas e aos seus descendentes (Gn 13:14-17; 15,18; 17,18; 26,3-4; 28,13 35:12-48,3-4; 1Sm 13:19).

    Após a derrota de Bar Kojba em 135 d.C., os romanos passaram a chamar esse território de Palestina, com a intenção de ridicularizar os judeus, recordando-lhes os filisteus, desaparecidos há muito tempo. Pelos evangelhos, compreende-se que a Igreja, formada por judeus e gentios que creram em Jesus, é o Novo Israel.

    Y. Kaufmann, o. c.; m. Noth, Historia...; J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y las naciones, Madri 1979; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


    Israel [O Que Luta com Deus] -

    1) Nome dado por Deus a Jacó (Gn 32:28)

    2) Nome do povo composto das 12 tribos descendentes de Jacó (Ex 3:16).

    3) Nome das dez tribos que compuseram o Reino do Norte, em contraposição ao Reino do Sul, chamado de Judá (1Rs 14:19);
    v. o mapa OS REINOS DE ISRAEL E DE JUDÁ).

    4) Designação de todo o povo de Deus, a Igreja (Gl 6:16).

    Luta com Deus. Foi este o novo nome dado a Jacó, quando ele pedia uma bênção depois de ter lutado com o Anjo do Senhor em Maanaim (Gn 32:28os 12:4). Depois é usado alternadamente com Jacó, embora menos freqüentemente. o nome era, primeiramente, empregado para designar a família deste patriarca, mas depois, libertando-se os hebreus da escravidão egípcia, aplicava-se de modo genérico ao povo das doze tribos (Êx 3:16). Mais tarde, porém, achamos a tribo de Judá excluída da nação de israel (1 Sm 11.8 – 1 Rs 12,16) a qual, desde que as tribos se revoltaram contra Roboão, se tornou o reino do Norte, constituindo o reino do Sul as tribos de Judá e Benjamim, com partes de Dã e Simeão. E isto foi assim até à volta do cativeiro. os que voltaram à sua pátria tomaram de novo o nome de israel, embora fosse um fato serem judeus a maior parte deles. Nos tempos do N.T. o povo de todas as tribos era geralmente conhecido pelo nome de judeus.

    Nome dado a Jacó depois que “lutou com Deus” em Peniel (Gn 32:28-31). Veja Jacó.


    substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
    Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
    Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

    substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
    Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
    Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

    Jordão

    -

    o Jordão é essencialmente o rioda Palestina e o limite natural do país ao oriente. Caracteriza-se pela sua profundidade abaixo da superfície geral da região que atravessa, pela sua rápida descida e força da corrente em muitos sítios, e pela sua grande sinuosidade. Nasce nas montanhas da Síria, e corre pelo lago Merom, e pelo mar da Galiléia, desaguando, por fim, no mar Morto, depois de um percurso de quase 320 km. Nas suas margens não existe cidade alguma notável, havendo duas pontes e um considerável número de vaus, o mais importante dos quais é o Bete-Seã. Não é rio para movimento comercial ou para pesca. No seu curso encontram-se vinte e sete cachoeiras, e muitas vezes transbordam as suas águas. o Jordão é, pela primeira vez, nomeado em Gn 13:10. Ainda que não há referência ao fato, deve Abraão ter atravessado o rio, como Jacó, no vau de Sucote (Gn 32:10). A notável travessia dos filhos de israel, sob o comando de Josué, efetuou-se perto de Jericó (Js 3:15-16, 4.12,13). A miraculosa separação das águas pela influência de Elias e de Eliseu (2 Rs 2.8 a
    14) deve também ter sido por esses sítios. Dois outros milagres se acham em relação com o rio e são eles: a cura de Naamã (2 Rs 5.14), e o ter vindo à superfície das águas o machado (2 Rs 6.5,6). João Batista, durante o seu ministério, batizou ali Jesus Cristo (Mc 1:9 e refs.) e as multidões (Mt 3:6). A ‘campina do Jordão’ (Gn 13:10) é aquela região baixa, de um e de outro lado do Jordão, que fica para a parte do sul.

    Jordão Rio principal da Palestina, que nasce no monte Hermom, atravessa os lagos Hulé e da Galiléia e desemboca no mar Morto. O Jordão faz muitas curvas, estendendo-se por mais de 200 km numa distância de 112 km, entre o lago da Galiléia e o mar Morto. O rio tem a profundidade de um a três m e a largura média de 30 m. Na maior parte de seu curso, o rio encontra-se abaixo do nível do mar, chegando a 390 m abaixo deste nível ao desembocar no mar Morto. O povo de Israel atravessou o rio a seco (Js 3); João Batista batizava nele, e ali Jesus foi batizado (Mat 3:6-13).

    Jordão O rio mais importante da Palestina, embora não-navegável. Nasce na confluência dos rios das montanhas do Antilíbano, a 43 m acima do nível do mar, e flui para o sul, pelo lago Merom (2 m acima do nível do mar). Depois de percorrer 16 km, chega ao lago de Genesaré (212 m abaixo do nível do mar) e prossegue por 350 km (392 m abaixo do nível do mar) até a desembocadura no Mar Morto. Nas proximidades desse rio, João Batista pregou e batizou.

    E. Hoare, o. c.; f. Díez, o. c.


    Ordem

    substantivo feminino Disposição organizada e ordenada das coisas, seguindo uma categoria: ordem alfabética.
    Regras, leis, estruturas que constituem uma sociedade.
    Regra oral ou escrita proferida por uma autoridade: ordem de despejo.
    Ação de comandar; comando: não cumpriu minhas ordens.
    Posição ocupada numa hierarquia; categoria, mérito: ordem militar.
    Disposto em fileira, renque: respeite a ordem da fila.
    Lei geral proveniente do costume, da autoridade; lei relativa a assunto particular: é preciso manter a lei e a ordem.
    Órgão que congrega certas classes de profissionais liberais, defendendo seus direitos e assegurando a disciplina da profissão: ordem dos advogados.
    Condição de tranquilidade, paz: o protesto aconteceu em ordem.
    Boa administração das finanças de um Estado ou de um particular.
    [Biologia] Divisão da classificação de plantas e animais, intermediária entre a classe e a família.
    Religião Sacramento da Igreja católica, conferido pelo bispo e que dá ao ordinando poderes para exercer as funções eclesiásticas.
    Religião Sociedade religiosa cujos membros fazem voto de viver sob certas regras: ordem religiosa.
    [Arquitetura] Forma e disposição das partes salientes de uma construção, particularmente das colunas e do entablamento, que distinguem diferentes maneiras de construir; coluna.
    Etimologia (origem da palavra ordem). Do latim ordo.ordinis.

    Se se detivessem a auscultar a Natureza, diminuindo o tresvario que se permitem, constatariam que o caos e o nada jamais fizeram parte do Cosmo, e que a ordem é a geratriz de todos os fenômenos, causa de todas as ocorrências.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Suicídio sem dor

    A ordem é atestado de elevação. [...]
    Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 22

    Todos nós precisamos da ordem, porque a ordem é a disciplina, em torno de situações, pessoas e coisas; fora dela, o capricho é capaz de estabelecer a revolta destruidora, sob a capa dos bons intentos. Entretanto, é necessário que a caridade lhe oriente as manifestações para que o método não se transforme em orgulho, aniquilando as obras do bem.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21


    Pelejar

    verbo intransitivo Batalhar; combater; lutar.
    Figurado Lutar por uma ideia, por um princípio, por uma doutrina, verbalmente ou por escrito.
    Entrar em desacordo com alguém; oferecer-lhe oposição.
    [Brasil] Insistir, teimar.
    [Popular] Trabalhar afanosamente.

    batalhar; combater

    Veio

    substantivo masculino Ducto, canal, fresta ou ramificação das mais variadas cores, formas ou tamanhos que são encontradas em pedras, madeiras ou em mármore.
    Por Extensão Sinal que se assemelha a uma estria, riscas irregulares; estria.
    Corrente de água que provém de rios; riacho.
    Mineralogia Camada que pode ser explorada; filão: veio de ouro.
    Figurado O que pode ser utilizado como fundamento para; o ponto central de; essência: o veio de uma teoria.
    Canal natural de água que se localiza abaixo da terra.
    Peça que move uma roda, eixo de ativação manual; manivela.
    Etimologia (origem da palavra veio). Veia + o.

    Veio
    1) Parte da mina onde se encontra o mineral; filão (28:1, RC).


    2) Riacho (28:11, RA).


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    II Samuel 10: 17 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E Davi, quando foi informado disso, ajuntou a todo o Israel, e passou o Jordão, e foi a Helã; e os sírios se puseram em ordenada linha de batalha contra Davi, e pelejaram com ele.
    II Samuel 10: 17 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    995 a.C.
    H1732
    Dâvid
    דָּוִד
    de Davi
    (of David)
    Substantivo
    H2431
    Chêylâm
    חֵילָם
    um lugar a leste do Jordão, oeste do Eufrates, em Gileade, onde os sírios, sob o comando
    (to Helam)
    Substantivo
    H3383
    Yardên
    יַרְדֵּן
    o rio da Palestina que corre desde as origens no Anti-Líbano até o mar Morto, uma
    (of Jordan)
    Substantivo
    H3478
    Yisrâʼêl
    יִשְׂרָאֵל
    Israel
    (Israel)
    Substantivo
    H3605
    kôl
    כֹּל
    cada / todo
    (every)
    Substantivo
    H3898
    lâcham
    לָחַם
    lutar, combater, guerrear
    (and fight)
    Verbo
    H5046
    nâgad
    נָגַד
    ser conspícuo, contar, tornar conhecido
    (told)
    Verbo
    H5674
    ʻâbar
    עָבַר
    ultrapassar, passar por, atravessar, alienar, trazer, carregar, desfazer, tomar, levar embora,
    (and to pass)
    Verbo
    H5973
    ʻim
    עִם
    com
    (with her)
    Prepostos
    H6186
    ʻârak
    עָרַךְ
    organizar, pôr ou colocar em ordem, ordenar, preparar, dispor, manejar, guarnecer,
    (and they joined)
    Verbo
    H622
    ʼâçaph
    אָסַף
    reunir, receber, remover, ajuntar
    (and you shall gather)
    Verbo
    H7125
    qirʼâh
    קִרְאָה
    Diversos verbos usam o Nifal, embora expressem ação simples
    (to meet)
    Substantivo
    H758
    ʼĂrâm
    אֲרָם
    a nação Arã ou Síria
    (and Aram)
    Substantivo
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo
    H935
    bôwʼ
    בֹּוא
    ir para dentro, entrar, chegar, ir, vir para dentro
    (and brought [them])
    Verbo


    דָּוִד


    (H1732)
    Dâvid (daw-veed')

    01732 דוד David raramente (forma plena) דויד Daviyd

    procedente do mesmo que 1730, grego 1138 δαβιδ; DITAT - 410c; n pr m Davi = “amado”

    1. filho mais novo de Jessé e segundo rei de Israel

    חֵילָם


    (H2431)
    Chêylâm (khay-lawm')

    02431 חילם Cheylam ou חלם Chel’am

    procedente de 2428; n pr m

    Helã = “fortaleza”

    1. um lugar a leste do Jordão, oeste do Eufrates, em Gileade, onde os sírios, sob o comando de Hadadezer, foram derrotados por Davi

    יַרְדֵּן


    (H3383)
    Yardên (yar-dane')

    03383 ירדן Yarden

    procedente de 3381, grego 2446 Ιορδανης; n pr rio

    Jordão = “aquele que desce”

    1. o rio da Palestina que corre desde as origens no Anti-Líbano até o mar Morto, uma distância de aproximadamente 320 km (200 milhas)

    יִשְׂרָאֵל


    (H3478)
    Yisrâʼêl (yis-raw-ale')

    03478 ישראל Yisra’el

    procedente de 8280 e 410, grego 2474 Ισραηλ; n pr m

    Israel = “Deus prevalece”

    1. o segundo nome dado a Jacó por Deus depois de sua luta com o anjo em Peniel
    2. o nome dos descendentes e a nação dos descendentes de Jacó
      1. o nome da nação até a morte de Salomão e a divisão
      2. o nome usado e dado ao reino do norte que consistia das 10 tribos sob Jeroboão; o reino do sul era conhecido como Judá
      3. o nome da nação depois do retorno do exílio

    כֹּל


    (H3605)
    kôl (kole)

    03605 כל kol ou (Jr 33:8) כול kowl

    procedente de 3634; DITAT - 985a; n m

    1. todo, a totalidade
      1. todo, a totalidade de
      2. qualquer, cada, tudo, todo
      3. totalidade, tudo

    לָחַם


    (H3898)
    lâcham (law-kham')

    03898 לחם lacham

    uma raiz primitiva; DITAT - 1104,1105; v

    1. lutar, combater, guerrear
      1. (Qal) lutar, combater
      2. (Nifal) entrar em batalha, fazer guerra
    2. (Qal) comer, usar como alimento

    נָגַד


    (H5046)
    nâgad (naw-gad')

    05046 נגד nagad

    uma raiz primitiva; DITAT - 1289; v

    1. ser conspícuo, contar, tornar conhecido
      1. (Hifil) contar, declarar
        1. contar, anunciar, relatar
        2. declarar, tornar conhecido, expôr
        3. informar
        4. publicar, declarar, proclamar
        5. admitir, reconhecer, confessar
          1. mensageiro (particípio)
      2. (Hofal) ser informado, ser anunciado, ser relatado

    עָבַר


    (H5674)
    ʻâbar (aw-bar')

    05674 עבר ̀abar

    uma raiz primitiva; DITAT - 1556; v

    1. ultrapassar, passar por, atravessar, alienar, trazer, carregar, desfazer, tomar, levar embora, transgredir
      1. (Qal)
        1. ultrapassar, cruzar, cruzar sobre, passar, marchar sobre, transbordar, passar por cima
        2. ir além de
        3. cruzar, atravessar
          1. os que atravessam (particípio)
          2. passar através (referindo-se às partes da vítima em aliança)
        4. passar ao longo de, passar por, ultrapassar e passar
          1. o que passa por (particípio)
          2. ser passado, estar concluído
        5. passar adiante, seguir, passar antes, ir antes de, passar para frente, viajar, avançar
        6. morrer
          1. emigrar, deixar (o território de alguém)
          2. desaparecer
          3. perecer, cessar de existir
          4. tornar-se inválido, tornar-se obsoleto (referindo-se à lei, decreto)
          5. ser alienado, passar para outras mãos
      2. (Nifal) ser atravessado
      3. (Piel) impregnar, fazer passar
      4. (Hifil)
        1. levar a ultrapassar, fazer trazer, fazer atravessar, transpor, dedicar, devotar
        2. levar a atravessar
        3. fazer passar por ou além de ou sob, deixar passar por
        4. levar a morrer, fazer levar embora
      5. (Hitpael) ultrapassar

    עִם


    (H5973)
    ʻim (eem)

    05973 עם ̀im

    procedente de 6004; DITAT - 1640b; prep

    1. com
      1. com
      2. contra
      3. em direção a
      4. enquanto
      5. além de, exceto
      6. apesar de

    עָרַךְ


    (H6186)
    ʻârak (aw-rak')

    06186 ערך ̀arak

    uma raiz primitiva; DITAT - 1694; v.

    1. organizar, pôr ou colocar em ordem, ordenar, preparar, dispor, manejar, guarnecer, avaliar, igualar, dirigir, comparar
      1. (Qal)
        1. organizar ou pôr ou colocar em ordem, organizar, expor em ordem, apresentar (uma causa legal), por no lugar
        2. comparar, ser comparável
    2. (Hifil) avaliar, tributar

    אָסַף


    (H622)
    ʼâçaph (aw-saf')

    0622 אסף ’acaph

    uma raiz primitiva; DITAT - 140; v

    1. reunir, receber, remover, ajuntar
      1. (Qal)
        1. reunir, coletar
        2. reunir (um indivíduo na companhia de outros)
        3. fechar a marcha
        4. juntar e levar, remover, retirar
      2. (Nifal)
        1. montar, juntar
        2. (pass do Qal 1a2)
          1. juntar-se aos pais
          2. ser trazido a (associação com outros)
        3. (pass do Qal 1a4)
          1. ser levado, removido, perecer
      3. (Piel)
        1. juntar (colheita)
        2. tomar, receber
        3. retaguarda (substantivo)
      4. (Pual) ser reunido
      5. (Hitpael) reunir-se

    קִרְאָה


    (H7125)
    qirʼâh (keer-aw')

    07125 קראה qir’ah

    procedente de 7122; DITAT - 2064 n. m.

    1. (BDB) deparar com, acontecer, encontrar com
      1. (Qal)
        1. encontrar, deparar
        2. acontecer (fig.)

    אֲרָם


    (H758)
    ʼĂrâm (arawm')

    0758 ארם ’Aram

    procedente do mesmo que 759; DITAT - 163 Arã ou arameus = “exaltado” n pr m

    1. a nação Arã ou Síria
    2. o povo siro ou arameu Arã = “exaltado” n m
    3. quinto filho de Sem
    4. um neto de Naor
    5. um descendente de Aser

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo

    בֹּוא


    (H935)
    bôwʼ (bo)

    0935 בוא bow’

    uma raiz primitiva; DITAT - 212; v

    1. ir para dentro, entrar, chegar, ir, vir para dentro
      1. (Qal)
        1. entrar, vir para dentro
        2. vir
          1. vir com
          2. vir sobre, cair sobre, atacar (inimigo)
          3. suceder
        3. alcançar
        4. ser enumerado
        5. ir
      2. (Hifil)
        1. guiar
        2. carregar
        3. trazer, fazer vir, juntar, causar vir, aproximar, trazer contra, trazer sobre
        4. fazer suceder
      3. (Hofal)
        1. ser trazido, trazido para dentro
        2. ser introduzido, ser colocado