Enciclopédia de II Samuel 8:15-15

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

2sm 8: 15

Versão Versículo
ARA Reinou, pois, Davi sobre todo o Israel; julgava e fazia justiça a todo o seu povo.
ARC Reinou pois Davi sobre todo o Israel: e Davi julgava e fazia justiça a todo o seu povo.
TB Reinou Davi sobre todo o Israel e administrava o juízo e a justiça a todo o seu povo.
HSB וַיִּמְלֹ֥ךְ דָּוִ֖ד עַל־ כָּל־ יִשְׂרָאֵ֑ל וַיְהִ֣י דָוִ֗ד עֹשֶׂ֛ה מִשְׁפָּ֥ט וּצְדָקָ֖ה לְכָל־ עַמּֽוֹ׃
BKJ E Davi reinou sobre todo o Israel; e Davi executou juízo e justiça para todo o seu povo.
LTT Reinou, pois, Davi sobre todo o Israel; e Davi fazia julgamento e justiça a todo o seu povo.
BJ2 Davi reinou sobre todo o Israel, exercendo o direito e fazendo justiça a todo o povo.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de II Samuel 8:15

II Samuel 3:12 Então, ordenou Abner da sua parte mensageiros a Davi, dizendo: De quem é a terra? E disse: Comigo faze a tua aliança, e eis que a minha mão será contigo, para tornar a ti todo o Israel.
II Samuel 5:5 Em Hebrom reinou sobre Judá sete anos e seis meses; e em Jerusalém reinou trinta e três anos sobre todo o Israel e Judá.
II Samuel 23:3 Disse o Deus de Israel, a Rocha de Israel a mim me falou: Haverá um justo que domine sobre os homens, que domine no temor de Deus.
I Crônicas 18:14 E Davi reinou sobre todo o Israel; fazia juízo e justiça a todo o seu povo.
Salmos 45:6 O teu trono, ó Deus, é eterno e perpétuo; o cetro do teu reino é um cetro de equidade.
Salmos 72:2 Ele julgará o teu povo com justiça e os teus pobres com juízo.
Salmos 75:2 Quando eu ocupar o lugar determinado, julgarei retamente.
Salmos 78:71 De após as ovelhas pejadas o trouxe, para apascentar a Jacó, seu povo, e a Israel, sua herança.
Salmos 89:14 Justiça e juízo são a base do teu trono; misericórdia e verdade vão adiante do teu rosto.
Salmos 101:1 Cantarei a misericórdia e o juízo; a ti, Senhor, cantarei.
Isaías 9:7 Do incremento deste principado e da paz, não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar em juízo e em justiça, desde agora e para sempre; o zelo do Senhor dos Exércitos fará isto.
Jeremias 22:15 Reinarás tu, só porque te encerras em cedro? Acaso, teu pai não comeu e bebeu e não exercitou o juízo e a justiça? Por isso, tudo lhe sucedeu bem.
Jeremias 23:5 Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; sendo rei, reinará, e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra.
Amós 5:15 Aborrecei o mal, e amai o bem, e estabelecei o juízo na porta; talvez o Senhor, o Deus dos Exércitos, tenha piedade do resto de José.
Amós 5:24 Corra, porém, o juízo como as águas, e a justiça, como o ribeiro impetuoso.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

AS CONQUISTAS DE DAVI

1010-970 a.C.
DAVI UNGIDO REI DE JUDÁ
Davi ficou arrasado com a notícia da morte do rei Saul e de seu filho Jônatas no monte Gilboa. Quando um amalequita he contou como havia ajudado o rei Saul a cometer suicídio, Davi ordenou. sua execução. Desse modo, deixou claro que não sentiu nenhuma satisfação com a morte de Saul e que considerou o amalequita responsável pelo assassinato do ungido do Senhor. Em seguida, Davi se dirigiu a Hebrom, onde foi ungido rei de Judá. Ele tinha trinta anos de idade. Em Hebrom, Davi reinou sobre Judá por sete anos e meio.

ISBOSETE É COROADO REI DE ISRAEL
Ao invés de reconhecer Davi, Abner, o comandante do exército de Saul, colocou o único filho sobrevivente de Saul no trono de Israel. (Israel, neste caso, é o território ocupado pelas tribos do norte e por Benjamim. Porém, tendo em vista a vitória dos filisteus, é difícil dizer ao certo quanto desse território estava sob controle israelita.) Em II Samuel, esse filho de Saul é chamado de Isbosete, que significa "homem de vergonha", um nome nada apropriado para um rei. Em 1Crônicas 8.33 aparece seu nome verdadeiro, Esbaal, "homem de Baal", que foi alterado pelos escribas de Samuel. Diz-se que o reinado de Isbosete durou dois anos, durante os quais houve conflitos entre os seus homens e os de Davi. Quando Abner desertou para o lado de Davi, o poder de Isbosete se enfraqueceu e o rei de Israel foi assassinado por dois dos seus oficiais. Mais uma vez, desejoso de se eximir de qualquer cumplicidade, Davi mandou executar os assassinos. As tribos do norte foram a Hebrom e ali ungiram Davi como rei sobre todo o Israel.

DAVI TRATA DA AMEAÇA FILISTÉIA
A existência dos governos rivais de Isbosete e Davi era conveniente aos interesses dos filisteus, ao passo que o poder centralizado em Davi representava uma ameaça mais séria. Assim, um exército filisteu se reuniu no vale de Refaim, perto de Jerusalém, que era ainda um encrave jebuseu e, portanto, sob controle dos cananeus. objetivo era isolar Davi de seus novos aliados do norte em seu ponto mais vulnerável. Davi derrotou os filisteus nesse local não apenas uma, mas duas vezes. Depois da segunda vitória, feriu os filisteus desde Gibeão até Gezer, pondo fim ao seu domínio sobre Israel.

DAVI CONQUISTA JERUSALÉM
O encrave jebuseu chamado posteriormente Jerusalém dividia o território de Davi em duas partes: Israel, ao norte, e Judá, ao sul. Cercada por vales profundos de três lados e provida de boas fontes de água, a cidade contava com um grande potencial defensivo, daí não ter sido conquistada pelos israelitas até então. Tendo em vista sua localização central, também seria uma excelente capital para Davi, aceitável tanto para Israel quanto para Judá.
Davi tomou Jerusalém usando seu exército pessoal, mas o relato bíblico não fornece detalhes.
A referência a um canal subterrâneo sugere que Davi conhecia um túnel secreto, talvez aquele que liga a fonte de Giom, do lado de fora das muralhas, ao interior da cidade.' Davi se mudou para Jerusalém e, como o nome "Cidade de Davi" deixa claro, a cidade passou a ser considerada sua propriedade pessoal.

A ARCA DA ALIANÇA CHEGA EM JERUSALÉM
Depois de capturarem a arca da aliança, os filisteus a haviam levado para as cidades filistéias de Asdode, Gate e Ecrom. Quando a população de Asdode foi afligida com tumores, a arca foi enviada a Bete-Semes, em território israelita, num carro puxado por duas vacas e sem nenhum condutor. De lá, foi transportada para Quiriate- Jcarim. Davi decidiu levar a arca para Jerusalém. Na primeira tentativa, Uzá foi morto quando estendeu a mão para segurar a arca. A segunda tentativa foi bem sucedida e cercada de festividades ao som de harpas, liras, adutes, sistros e cimbalos; Davi dançou com todas as suas forças. Uma tenda foi levantada para receber a arca e foram nomeados sacerdotes para realizar os sacrifícios exigidos pela lei. Assim, Jerusalém se tornou não apenas a capital política do reino de Davi, mas também o seu centro religioso, apesar do Senhor ter revelado por meio do profeta Natâ que não caberia a Davi, mas sim a um de seus filhos, construir um templo permanente para abrigar a arca.

AS GUERRAS DE DAVI
Davi realizou uma série de campanhas militares agressivas contra as nações vizinhas. É difícil determinar a seqüência cronológica exata de suas batalhas, mas, no final, Davi assumiu o controle de um império de tamanho considerável. Quando os amonitas humilharam os embaixadores israelitas raspando metade da barba e rasgando metade da roupa de cada um, Joabe, o comandante do exército de Davi, cercou Rabá (atual Ama), a capital de Amom. Os amonitas contrataram mercenários dos estados arameus de Bete-Reobe, Zobá e Tobe, ao norte. loabe expulsou os arameus, mas eles se reagruparam e voltaram com um novo exército. Davi deslocou suas tropas para Helà (talvez a atual Alma, no sul da Síria) e derrotou os arameus, matando seu comandante, Sobaque. Enquanto Joabe deu continuidade ao cerco a Rabá, Davi voltou a Jerusalém e, por essa época, cometeu adultério com Bate-Seba e ordenou que seu marido, o heteu Urias, fosse morto. Além de ter seu nome denegrido por esses atos, Davi recebeu uma repreensão severa do profeta Natâ. Por fim, Rabá foi tomada, o povo da cidade foi sujeitado a trabalhos forçados e a coroa amonita repleta de jóias, pesando cerca de 34 kg, foi colocada, provavelmente apenas por alguns instantes, sobre a cabeça de Davi. Davi derrotou os moabitas, poupando um terço deles e matando os outros dois terços. Davi talvez, mais precisamente, Joabe e Abisai matou dezoito mil edomitas no vale do Sal, na Arabâ, ao sul do mar Morto e colocou guarnições em todo Edom. Em seguida, o rei de Israel voltou sua atenção para Hadadezer, monarca do reino arameu de Zobá, e tomou dele mil carros. Considerando-se que Davi jarretou ou aleijou todos os cavalos que puxavam os carros, poupando apenas cem animais, ele parecia não considerar os carros importantes para os seus próprios exércitos. Os israelitas ainda travavam a maior parte de suas batalhas à pé. Quando os arameus de Damasco socorreram Hadadezer de Zobá, Davi os derrotou e colocou guarnições em Damasco. O reino de Davi se estendeu do ribeiro do Egito (Wadi el- Arish) até perto do rio Eufrates.

ISRAEL ACUMULA RIQUEZAS
Davi tomou como espólio de Hadadezer escudos de ouro e uma grande quantidade de bronze. Toí, o rei arameu de Hamate, certamente ficou satisfeito com a derrota de Zobá e, ansioso para firmar uma relação amigável com Davi, enviou seu filho Jorão a fim de parabenizá-lo e presenteá-lo com ouro, prata e bronze. Talmai, o rei arameu de Gesur, deu a mão de sua filha Maaca em casamento a Davi. Hirão, o rei da cidade costeira fenícia de Tiro, também Tiro, considerou importante manter relações amigáveis com Davi e, além de toras de cedro, enviou carpinteiros e canteiros, que construíram um palácio para Davi em Jerusalém.

As conquistas de Davi
Depois de subir ao trono, Davi realizou varias campanhas de conquista de território estrangeiro e levou a arca da aliança para Jerusalém, a nova capital do seu reino.
As conquistas de Davi
As conquistas de Davi
Escavações de um muro de arrimo da "cidade de Davi" em Jerusalém, datado do século X a.C.
Escavações de um muro de arrimo da "cidade de Davi" em Jerusalém, datado do século X a.C.

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Reino de Davi e de Salomão

Informações no mapa

Tifsa

Rio Eufrates

HAMATE

SÍRIA (ARÃ)

Hamate

Rio Orontes

Ribla

Zedade

ZOBÁ, ARÃ-ZOBÁ

Tadmor (Palmira)

Zifrom

Hazar-Enã

Lebo- Hamate

Gebal

Cobre

Berotai

Deserto da Síria

Sídon

SIDÔNIOS (FENÍCIA)

Cadeia do Líbano

BETE-REOBE

Cadeia do Antilíbano

Damasco

Mte. Hermom

Tiro

Abel

MAACÁ, ARÃ-MAACÁ

Basã

Terra de Cabul?

Hazor

Argobe

GESUR

Dor

Vale de Jezreel

En-Dor

Helão

Megido

Mte. Gilboa

Lo-Debar

Rogelim

Bete-Seã

Jabes-Gileade?

Salcá

Tobe

Sucote

Maanaim

Jope

Silo

Gileade

Ramá

Zereda

Rabá

Gezer

Gilgal

AMOM

Ecrom

Jerusalém

Hesbom

Gate

Belém

Medeba

FILÍSTIA

Gaza

Hebrom

En-Gedi

Aroer

Ziclague

Jatir

Betel

MOABE

Berseba

Ramote

Mispa

Aroer

Vale do Sal?

Torrente do Egito

Neguebe

Tamar

Cobre

Punom

EDOM

Deserto de Parã

Deserto da Arábia

Eziom-Geber

Elote, Elate

Bete-Horom Baixa

Bete-Horom Alta

Gezer

Gibeão

Geba

Quiriate-Jearim

Gibeá

Anatote

Baurim

Nobe

Baal-Perazim

Ecrom

Bete-Semes

Jerusalém

Fonte de Giom

Poço de En-Rogel

Gate

Vale de Elá

Azeca

Socó

Belém

Adulão

Queila

Gilo

Tecoa

Deserto de Judá

Cisterna de Sirá

Hebrom

Jesimom

Zife

Horesa

Estemoa

Carmelo

Maom

Informações no mapa

Reino de Davi

Reino de Salomão

Importações

Exportações

Para os hititas e a Síria: cavalos, carros de guerra

De Társis: ouro, prata, marfim, macacos, pavões

De Tiro: cedro, junípero, ouro

Para Tiro: cevada, trigo, vinho, azeite

Do Egito: cavalos, carros de guerra

De Ofir: ouro, pedras preciosas, madeira

Da Arábia: ouro, prata


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

ISRAEL

Atualmente: ISRAEL
País com área atual de 20.770 km2 . Localiza-se no leste do mar Mediterrâneo e apresenta paisagem muito variada: uma planície costeira limitada por colinas ao sul, e o planalto Galileu ao norte; uma grande depressão que margeia o rio Jordão até o mar Morto, e o Neguev, uma região desértica ao sul, que se estende até o golfo de Ácaba. O desenvolvimento econômico em Israel é o mais avançado do Oriente Médio. As indústrias manufatureiras, particularmente de lapidação de diamantes, produtos eletrônicos e mineração são as atividades mais importantes do setor industrial. O país também possui uma próspera agroindústria que exporta frutas, flores e verduras para a Europa Ocidental. Israel está localizado numa posição estratégica, no encontro da Ásia com a África. A criação do Estado de Israel, gerou uma das mais intrincadas disputas territoriais da atualidade. A criação do Estado de Israel em 1948, representou a realização de um sonho, nascido do desejo de um povo, de retornar à sua pátria depois de mil oitocentos e setenta e oito anos de diáspora. Esta terra que serviu de berço aos patriarcas, juízes, reis, profetas, sábios e justos, recebeu, Jesus o Senhor e Salvador da humanidade. O atual Estado de Israel teve sua origem no sionismo- movimento surgido na Europa, no século XIX, que pregava a criação de um país onde os judeus pudessem viver livres de perseguições. Theodor Herzl organizou o primeiro Congresso sionista em Basiléia, na Suíça, que aprovou a formação de um Estado judeu na Palestina. Colonos judeus da Europa Oriental – onde o anti-semitismo era mais intenso, começaram a se instalar na região, de população majoritariamente árabe. Em 1909, foi fundado na Palestina o primeiro Kibutz, fazenda coletiva onde os colonos judeus aplicavam princípios socialistas. Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) votou a favor da divisão da Palestina em dois Estados: um para os judeus e outro para os árabes palestinos. Porém, o plano de partilha não foi bem aceito pelos países árabes e pelos líderes palestinos. O Reino Unido que continuava sofrer a oposição armada dos colonos judeus, decidiu então, encerrar seu mandato na Palestina. Em 14 de maio de 1948, véspera do fim do mandato britânico, os líderes judeus proclamaram o Estado de Israel, com David Bem-Gurion como primeiro-ministro. Os países árabes (Egito, Iraque, Síria e Jordânia) enviaram tropas para impedir a criação de Israel, numa guerra que terminou somente em janeiro de 1949, com a vitória de Israel, que ficou com o controle de 75% do território da Palestina, cerca de um terço a mais do que a área destinada ao Estado judeu no plano de partilha da ONU.
Mapa Bíblico de ISRAEL



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de II Samuel Capítulo 8 do versículo 1 até o 18
3. As Vitórias posteriores de Davi (2Sm 8:1-10.
19)

Estes três capítulos cobrem o período de tempo que não é definido por nós, mas que provavelmente ocupou alguns anos. Os capítulos 8:10 estão particularmente relacionados com as conquistas militares; o capítulo 9, com a bondade de Davi para com o filho de Jônatas.

a. Estendendo o reino (8:1-18). Os filisteus eram o poder dominante que oprimia Israel por mais de meio século. A primeira tarefa de Davi foi remover esta ameaça do oeste. Ele derrotou estes inimigos naturais de Israel e capturou Metegue-Amá (1), um termo composto que literalmente significa "rédeas da metrópole", e que se refere a Gate e às suas cidades satélites (1 Cron 18.1), sempre uma grande ameaça para a paz de Israel.

Em seguida, o rei se voltou para o oriente, e atacou os moabitas (2). Não somos informados como estes, que haviam sido amigos de Davi (1 Sm 22.3,4), haviam se torna-do inimigos; e o motivo para o tratamento dele em relação a eles também não é inteira-mente claro. Aparentemente Davi ordenou a execução de dois terços do povo. E os me-diu com cordel (2). "Ele colocou os nativos em cordéis, fazendo-os deitar no chão; dois cordéis deles foram mortos, e um cordel deixado com vida" (Moffatt). Ele escravizou aqueles que restaram deles, e exigiu que lhe trouxessem presentes, ou seja, que lhe pagassem tributos (2).

Hadadezer (10.16,19; 1 Cr 18.3), filho de Reobe, rei de Zobá (3), estava próximo de sentir a força do vigoroso e novo rei de Israel. Zobá, também chamada de Arã-Zobá (10.6, ou siros de Zobá), era um reino arameu (ou siro) ao norte da Palestina e a oeste do Eufrates. Enquanto o seu rei estava ocupado com guerras de fronteira no leste, Davi atacou e causou uma derrota esmagadora, e particularmente aleijou uma enorme quan-tidade de cavalos, mas ele reservou alguns para cem carros (4). Jarretou significa incapacitou, e assim os inutilizou permanentemente.

Uma interpretação alternativa é que foi Davi quem foi restabelecer o seu domínio sobre o rio Eufrates (3), e desse modo entrou em conflito com Hadadezer, cujo território teria que atravessar. Em favor disto está a leitura de I Crônicas 18:3, "Indo ele estabelecer os seus domínios pelo rio Eufrates". Quando os siros de Damasco (5) tentaram ajudar seus vizinhos, também foram fortemente derrotados; guarnições (6) foram colocadas em seus territórios, e eles lhe traziam presentes; isto é, pagavam tributos. E o Senhor guardou a Davi, ou "dava vitórias a Davi", aonde quer que ele fosse. Ouro e bronze, dois metais preciosos, eram proeminentes no despojo que os israelitas capturaram (7,8).

A riqueza acumulada do reino de Davi, o ouro e a prata que eram consagrados ao Senhor (11), era aumentada por presentes enviados por Toí (10; ou Toú, 1 Cr 18.9), rei de Hamate, inimigo permanente de Arã-Zobá e Hadadezer. Estas dádivas eram trazidas por Jorão (ou Hadorão, 1 Cr 18.10), o filho do rei (9-11). Despojos de guerra obtidos dos amonitas, filisteus e amalequitas também são mencionados, como também uma derrota do exército siro no vale do Sal (13; 2 Rs 14.7), onde houve 18.000 baixas entre os inimi-gos. Nesta campanha Abisai, sobrinho de Davi, figura como comandante de campo (1 Cron 18.12). Edom também se tornou sujeito ao rei (14). E o Senhor ajudava a Davi (cf.comentário sobre 6).

A administração do reino é brevemente resumida em 15-18. Davi reinou com juízo (mishpat, "leis, ordenanças, decisões judiciais") e justiça (tsedeqah, "justiça, integrida-de, equidade") (15). Joabe, um dos sobrinhos de Davi e foi comandante de campo por muito tempo, estava à frente do exército; Josafá, filho de Ailude, que também serviu sob o governo de Salomão (1 Rs 4.3), era cronista (16) ou historiador. Zadoque, filho de Aitube, e Aimeleque, filho de Abiatar, eram sacerdotes (17), isto é, atuavam conjuntamente como sumo sacerdotes — uma situação que prevaleceu até que Aimeleque foi deposto (I Reis 2:27) por apoiar a tentativa de Adonias de tomar a coroa de Salomão na ocasião em que Davi estava no leito de morte (1 Rs 1.7ss.). Seraías (ou Sausa, 1 Cron 18,16) era escrivão. Benaia, filho de Joiada, comandante da guarda real, estava no comando dos quereteus e dos peleteus (18) — estas companhias formavam a guarda pessoal de Davi. Os quereteus eram sem dúvida alguma uma tribo filistéia, e os peleteus provavelmente eram, igualmente, soldados filisteus mercenários; talvez os termos possam ser substantivos comuns e traduzidos como "executores" e "corredores". Os próprios filhos de Davi eram príncipes (18) ; o idioma hebraico sugere a expressão "conselhei-ros confidenciais" — ou "chefes auxiliares" (Berk.).


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de II Samuel Capítulo 8 versículo 15
Ver 1Rs 10:9,; conforme Jz 21:15,

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de II Samuel Capítulo 8 do versículo 1 até o 18
*

8:1

feriu Davi os filisteus, e os sujeitou. Neste sumário das vitórias de Davi, a primazia é dada à derrota dos filisteus, o arquiinimigo de Israel (3.18; 1Sm 9:16) e contra quem as vitórias de Davi em muito ultrapassaram as de seu antecessor, Saul (1Sm 14:52). Ver também 5.25, nota.

as rédeas da metrópole. O trecho paralelo de 13 18:1'>1Cr 18:1, diz, "Gate e suas aldeias". Pode referir-se, de alguma maneira, às capitais dos filisteus (ver referência lateral).

* 8:2

e os mediu. Davi executou dois terços de seus oponentes moabitas e reduziu os sobreviventes à posição de tributários. A razão para o tratamento implacável infligido por Davi a um povo em quem ele antes havia confiado (1Sm 22:3) não é declarada.

moabitas. Ver notas em 1Sm 22:3.

* 8:3

Hadadezer. Esse nome parece ser um composto de "Hadade", o deus sírio da tempestade, ou Baal, e "ezer", que significa "ajuda". Embora derrotado por Davi, Hadadezer mais tarde ajudou os amonitas em sua oposição a Davi (2Sm 10:15-19).

Zobá. Durante o reinado de Saul já tinha havido conflito entre Israel e os "reis de Zobá" (1Sm 14:47), uma região síria ao norte de Israel.

* 8:4

jarretou todos os cavalos dos carros, menos. De acordo com Dt 17:16, os reis de Israel não deveriam "multiplicar" cavalos. Não obstante, dois dos filhos de Davi, Absalão e Adonias, mais tarde pretenderam defender suas aspirações ao trono preparando carros de combate e tendo cinqüenta homens correndo diante deles (2Sm 15:1; 1Rs 1:5; conforme 1Sm 8:11). Um terceiro filho de Davi, Salomão, se tornará bem conhecido por seus carros de combate (1Rs 4:26-28; 9:22; 10.26-29).

* 8:6

o SENHOR dava vitórias a Davi por onde quer que ia. Essa declaração, repetida no v. 14, destaca o sumário das vitórias de Davi sobre o de Saul (1Sm 14:47-51, nota; 16.18, nota).

* 8:8

bronze. O trecho de 13 18:8'>1Cr 18:8 observa que Salomão usou esse bronze na construção do templo.

* 8:11

os quais também o rei Davi consagrou ao SENHOR. O ato de Davi talvez fosse em preparação para o templo que seria construído por Salomão (13 22:1-13.22.5'>1Cr 22:1-5,13 22:14'>14; 13 29:1-13.29.5'>29.1-5,13 29:16-13.29.19'>16-19).

* 8:13

siros. Ver referência lateral. A matança de dezoito mil edomitas, no vale do Sal, ao sul ou sudoeste do mar Morto, é creditada a Abisai, em 13 18:12'>1Cr 18:12. É possível que Abisai tenha recebido crédito como um dos generais de Davi. Ver também o título do Sl 60.

* 8:15

julgava e fazia justiça a todo o seu povo. Na qualidade de tipo de rei teocrático, Davi não somente subjugou os inimigos de Israel (vs. 1-14), mas também reconheceu que seu chamado era para ser justo (23.3). Seus descendentes nem sempre seguiram o exemplo por ele deixado, apesar das exortações proféticas (Jr 22:3). Finalmente, viram a ruína de Jerusalém (predita, p.ex., em Jr 22:5; conforme 52.12-14). Mas antes mesmo da queda de Jerusalém houve uma esperança em torno do "Renovo justo", derivado da linhagem de Davi, "e, rei que é, reinará, e agirá sabiamente, e executará o juízo e a justiça na terra" (Jr 23:5; 33,15). Quanto a essa expectativa messiânica, ver nota em 7:4-17.

a todo o seu povo. Ver nota em 5.12.

* 8:16

Joabe. Ver nota em 2.18.

cronista. A natureza específica desse ofício é difícil de ser determinada. As conjecturas incluem ser responsável pelos registros oficiais, ser o secretário de estado, e, mais possivelmente, o arauto do rei. Josafá continuou mantendo esse ofício sob a administração de Salomão (1Rs 4:3).

* 8:17

Zadoque, filho de Aitube. Zadoque era um sacerdote levita que descendia de Arão através de Eleazar (13 6:3-13.6.8'>1Cr 6:3-8, 13 6:50-13.6.53'>50-53). Embora ele tivesse sido um dos dois principais sacerdotes durante o reinado de Davi, tornou-se o único sumo sacerdote durante a administração de Salomão (1Rs 2:35). Desse período em diante, os sacerdotes zadoquitas foram uma das famílias sacerdotais mais importantes e influentes (Ed 7:1,2; Ez 40:46; 44:15).

Aimeleque, filho de Abiatar. De acordo com 20.25 e 1Rs 4:4, Zadoque e Abiatar eram os sacerdotes de Davi (ver 15.24,35; 19.11). Foi antes noticiado que Abiatar, um dos "filhos de Abimeleque" juntara-se a Davi durante seu exílio da corte de Saul (1Sm 22:20). Parece provável, portanto, que os nomes do pai e do filho foram aqui trocados (assim como em 13 18:16'>1Cr 18:16). Abiatar era descendente de Eli, por meio de um Aitube diferente do pai de Zadoque (1Sm 14:3; 22:20). Seu afastamento, por parte de Salomão, por ter apoiado Adonias, que aspirava ao trono (1Rs 1:7,8) tivesse o cumprimento do julgamento contra a casa de Eli (1Sm 2:31, nota: 1Rs 2:26,27).

Seraías, escrivão. O nome dele tem sido registrado com formas diferentes (20.25; 13 18:16'>1Cr 18:16; e possivelmente 1Rs 4:3) pode sugerir uma origem não-israelita — talvez egípcia, onde a tradição dos escribas estava bem estabelecida. Um escriba pertencia a uma das classes de servos civis de maior posição (2Rs 12:10; 18:18).

* 8:18

Benaia. Homem de credenciais militares notáveis (23.20-22). Benaia demonstrou sua intensa lealdade a Davi e a Salomão (1Rs 1:8,36,37), e, depois de cumprir a ordem de Salomão de executar a Joabe, tornou-se comandante supremo do exército de Salomão (1Rs 2:34,35; 4:4).

ministros. O texto hebraico diz aqui "sacerdotes", um ofício que claramente não tinham o direito de exercer. O trecho paralelo de 13 18:17'>1Cr 18:17 diz "eram os primeiros ao lado do rei". Davi e Salomão, pelo menos, supervisionavam os sacrifícios (2Sm 6:17,18; 13 21:28'>1Cr 21:28; 2Cr 5:6).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de II Samuel Capítulo 8 do versículo 1 até o 18
8.1-5 Parte do pacto entre Deus e Davi incluía a promessa de que os inimigos do Israel seriam vencidos e já não os oprimiriam mais (7.10, 11). Deus cumpriu sua promessa ao ajudar ao Davi a derrotar as nações inimizades. Neste capítulo se enumeram alguns inimigos: (1) Os moabitas, descendentes do Lot que viviam ao leste do Mar Morto. Representavam uma constante ameaça tanto militar como religiosa para o Israel (Nu 25:1-3; Jz 3:12-30; 1Sm 14:47). Parecia que Davi mantinha uma boa relação com os moabitas nesse tempo. (2) O rei Hadad-ezer de Sova, sua derrota em mãos do Davi fez realidade a promessa de Deus ao Abraão de que o Israel controlaria a terra para ao norte, para o rio Eufrates (Gn 15:18). (3) Os edomitas, descendentes do Esaú (Gn 36:1) que além disso foram archienemigos do Israel (vejam-se 2Rs 8:20; Jr 49:7-22; Ez 25:12-14; e a nota a Gn 36:9).

8:6 Um tributo era uma contribuição imposta às nações conquistadas. O imposto ajudava a manter o governo, e demonstrava que a nação conquistada estava sob o controle do Israel.

8:15 Tudo o que Davi fazia agradava ao povo (3.36), não porque queria agradá-los a eles, mas sim porque tratava de agradar a Deus. Freqüentemente aqueles que mais tratam de voltar-se populares, nunca o obtêm. Mas "o louvor do homem" não é tão importante. Não passe o tempo investigando formas para agradar a outros e chegar a ser aceito aos olhos da gente. Pelo contrário, lute por fazer o correto e suas convicções serão respeitadas tanto Por Deus como pelo homem.

8:15 O reinado do Davi se caracterizou pela justiça e a eqüidade". Justiça significa imparcialidade ao interpretar a lei, administrando o castigo com misericórdia, respeito pelos direitos das pessoas e reconhecimento dos deveres das pessoas para Deus. Não é de surpreender-se que quase todos confiavam nele e o seguiam. por que era bom para o Davi procurar justiça? (1) Era o mandamento de Deus (Dt 16:18-20) e seu caráter (Dt 32:4). Suas leis se fizeram para estabelecer uma sociedade justa. (2) Era em benefício da nação porque chegariam tempos nos que cada indivíduo precisaria confiar nela. A justiça deve ser uma característica em sua relação com outros. Assegure-se de ser imparcial em seu trato com outros.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de II Samuel Capítulo 8 do versículo 1 até o 18
VI. CV de REINADO DAVI (2Sm 8:1 ; conforme 1Cr 18:1 ).

Desde os filisteus controlada grandes porções de Canaã, a conquista de Davi fez com que muitos dos territórios alinhados com os filisteus para transferir sua lealdade a ele. A conquista dos filisteus, portanto, não só removeu a ameaça constante colocada por esta nação em guerra, mas também consolidou e unificou o reino sob Davi a um grau superando de longe o nível alcançado por Saul.

Por razões desconhecidas, a campanha de Davi contra Moab foi acompanhado pelo terrível castigo. Dois terços dos presos foram condenados à morte (v. 2Sm 8:2 ). Esta foi uma curva acentuada nas relações entre Davi e os moabitas que existia quando ele era um fugitivo de Saul (1Sm 22:3 ). Conquista de Moab de Davi era suficiente para manter esse assunto país a Israel para o próximo século e meio.

Batalha de Davi contra Hadadezer, rei de Soba, evidentemente, não era senão um incidente em que foi realmente uma grande guerra contra os amonitas e seus aliados. As circunstâncias desta guerra são descritos em 2Sm 10:6 , mas a batalha com Hadadezer é mencionado nesta seção (vv. 2Sm 8:3-5 ).

Outros países foram conquistados. Uma lista resumo de todas as nações inclui Philistia, Moab, Síria, Ammon, Soba, amalequitas e Edom (vv. 2Sm 8:12-14 ). Com rapidez dramática essas conquistas dispararam 1srael em ser a nação mais importante na medida em que parte do mundo.

Isto provocou uma mudança radical da antiga liga tribal que tinha feito a Davi rei. Um império complexo tinha vindo a ser, com as tribos de Israel, compreendendo a parte inferior do mesmo. O centro deste novo poder não era para ser encontrado nas tribos de Israel, mas em si mesmo Davi.

A capital, Jerusalém, foi a posse pessoal de Davi, como resultado de sua conquista pelo exército pessoal de Davi. As nações subjugadas estavam sujeitos a Davi e administrado por ele. Não desenvolveu uma centralização de poder fenomenal em todos estes desenvolvimentos. Notável expansão do Davi do reino foi possível porque o Senhor deu a vitória por onde quer que ia (v. 2Sm 8:14 ).

B. política (8: 15-18 ; conforme 1 Cr 18: 14-17.)

15 E Davi reinou sobre todo o Israel; e Davi executado justiça e justiça a todo o seu Pv 16:1 E Joabe, filho de Zeruia, estava sobre o exército; e Jeosafá, filho de Ailude, era cronista; 17 e Sadoc, filho de Aitube, e Aimeleque, filho de Abiatar, eram sacerdotes; Seraías era escrivão; 18 e Benaia, filho de Joiada, estava sobre os quereteus e peleteus; e os filhos de Davi eram ministros de estado.

Novo império de Davi necessária administração. Com exceção de duas listas de oficiais administrativos não se sabe muito sobre a sua estrutura organizacional (conforme 2Sm 8:15. ; 2Sm 20:23 ). "Falta precedente nativa, Davi modelou sua burocracia, pelo menos em parte, em modelos egípcios." Independentemente de saber se estamos ou não conhecer a estrutura da administração de Davi, somos informados de que Davi executado juízo e justiça a todo o seu povo (v. 2Sm 8:15 ).


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de II Samuel Capítulo 8 do versículo 1 até o 18
Consagração (8)

Quando trouxeram a arca para o templo, Deus encheu-o com sua glória. Em anos posteriores, Ezequiel viu essa glória partir (Ez 8—11). Sa-lomão discursa para o povo (vv. 12-

  • e lembra-o da fidelidade de Deus no cumprimento de suas promessas. Depois, ele ora ao Senhor em benefí-cio de sua família (vv. 22-30), dos ci-dadãos que pecaram (vv. 31-40), dos gentios estrangeiros (vv. 41-43) e da nação em seu futuro exílio (vv. 44-53). O pensamento-chave da oração é que Deus ouviria os clamores de-les e seria misericordioso, apesar de seus pecados. Salomão, em sua ora-ção, deixa claro que a condição do coração de Israel é mais importante que a existência do templo. Ele sabia que o pecado trazia castigo, mas o arrependimento trazia perdão e bên-ção. Era mais importante consagrar as pessoas que o prédio.
  • Com certeza, os versículos 44:53 tornaram-se realidade, pois 1s-rael ficou cativo por causa de seus pecados, e Deus o trouxe de volta a sua terra para reconstruir o templo e servir-lhe de novo. Essa oração e promessa também serão cumpridas nos dias futuros, quando Israel, em descrença, voltar a sua terra.
    Depois da oração, Salomão abençoou o povo (vv. 54-61) e exor-tou-o a ter o coração perfeito com o Senhor. Observe a preocupação do rei no sentido de que as outras nações

    conheçam a verdade do Senhor (v. 60; e veja vv. 41 -43). lnfelizmente, Is-rael não cumpriu sua missão de levar a verdade do Senhor aos gentios. A celebração durou 14 dias (v. 65), sen-do a primeira semana ocupada com sacrifícios, com celebrações e com as cerimônias de consagração oficial. Na segunda semana, o povo voltou para suas tendas para regozijar-se no Senhor. Em 9:1-9, o Senhor aparece a Salomão para lembrá-lo de que com seus privilégios também vêm gran-des responsabilidades, que o Senhor confirmará o reino de Salomão para sempre se o povo seguisse Deus em obediência, mas, se pecasse, ele eli-minaria a nação, lnfelizmente, a na-ção caiu em pecado e descrença, e cumpre-se a profecia Dt 9:6-5. Em 586 a.C., os babilônios, quando le-vam o povo cativo, saqueiam e des- troem o belo e caro templo.

    No início, Deus habitava no tabernáculo (Êx 40:34) e, depois, no templo de Salomão. Depois, a glória do Senhor veio à terra na pessoa de Cristo (Jo 1:12-43). Hoje, todo cristão verdadeiro é templo de Deus (1Co 6:19-46), como também a igreja coletiva (Ef 2:21) e a local (1Co 3:16). Durante o período de tribulação, haverá um templo judeu (2Co 2:1-47) em que o anticristo será adorado pelo mundo descren-te. E também haverá um templo glorioso durante o Reino milenar de Cristo (Ez 40—48).


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de II Samuel Capítulo 8 do versículo 1 até o 18
    8.1 Rédeas da metrópole. Controle da cidade de Gate (1Cr 18:1); ou rédeas do poder, que por sua vez, pode significar o poder da renda e dos tributos, que iam até então para Gate, mas agora iriam para as mãos de Davi.

    8.2 Versículo de difícil interpretação. Deitar em terra, significa "subjugar". Cordel, medida padrão (Jl 7:17). Aqueles cuja culpa não excedesse aos limites da "lei" (um cordel), seriam poupados; aqueles cuja culpa excedesse à "lei" padrão (dois cordéis), seriam executados. Era uma espécie de tribunal do povo.

    8.3 Hadadezer ou Hadarezer. "Deus do sol" (1Cr 18:8). Zobá, ficava ao norte de Damasco, entre os rios de Oronto e Eufrates.

    8.4 Davi inutilizou os cavalos capturados, menos deles, que reservou para uso comum e para reprodução (15.1). Mais tarde, Salomão usaria esses cavalas para seus carros e cavaleiros (1Rs 4:26).

    8.5 Matou dos siros vinte e dois mil homens. Ao vencer os siros, Davi retardou o nascimento de uma nova potência mundial, a Síria, por uns cinqüenta anos, que conseguiu reerguer-se depois de Salomão.

    8.8 Betá e Berotai. Em 1Cr 18:8 são chamados de "Tibate" e "Cum".

    8.10,11 Objetos de prata, de ouro e de bronze... consagrou-os ao Senhor (1Cr 18:8; 22.25, 1Cr 22:14). Toda a riqueza em ouro, prata, etc. obtida em guerras, era dedicada ao futuro templo em Jerusalém.

    8.13 Dezoito mil homens. O texto grego diz: "Dezoito mil edomitas", (conforme 1Cr 18:12). Uma leitura melhor seria: "Ganhou Davi renome, quando, na volta, depois de ferir os siros (5), encontrou inesperadamente edomitas no Vale do Sal, os quais, venceu somente com o direto auxílio de Deus, matando dezoito mil homens". Foi nessa ocasião que escreveu o Sl 60:0, Sl 60:11a); pela não confiança na força do homem (11b); e, pelo socorro que vem somente de Deus (12). Vale do Sal, uma depressão ao sul do Mar Morto.

    8.16 Cronista (mazkir). Alguns traduzem mazkir por "mestre de cerimônias", quando o mais certo é "historiador", ou "cronista".

    8.17 Aimeleque, filho de Abiatar da casa de Eli foi o que se aliou a Davi desde o princípio (1Sm 22:20-9; 1Sm 23:6). A profecia contra à casa de Eli, cumpriu-se nele em 1Rs 2:26-11. Escrivão (sofrer), em geral significava "ministro do Estado".

    8.18 Guarda real, ou força mercenária. Era composta de estrangeiros: quereteus e peleteus (20.23; 1Cr 18:17). A LXX traduz quereteus por "cretenses" (Sf 2:5; Ez 25:16). Peleteus, parece que era uma pequena tribo filistéia a serviço de Davi. Esta força mercenária atuava na área política, onde o elemento nacional não era desejável. Saul, por exemplo, usou essa força na matança dos sacerdotes em Nobe (1Sm 22:18-9). O Targum traduz. quereteus e peleteus por arqueiros e fundibulários.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de II Samuel Capítulo 8 do versículo 1 até o 18
    b) Guerra e império: “O Senhor dava vitórias a Davi em todos os lugares aonde ia” (8:1-14; conforme lCr 18:1-13)
    Um resumo das proezas militares de Davi (v. 1-14) e um registro dos seus principais oficiais (v. 15-18) concluem a história até esse ponto. As suas campanhas consolidaram os seus territórios por meio da subjugação de povos periféricos, v. 1. os filisteus', a derrota deles, relatada em mais detalhes em 5.1725, é incluída aqui para tornar o relato abrangente e completo. Hertzberg (p.
    290) sugere que se leia: “Davi, então, havia derrotado os filisteus”. Metegue-Amá\ local incerto; D. F. Payne (NBC, 3. ed., p.
    305) sugere Gate. v. 2. moabitas'. a derrota completa dos moabitas foi seguida de um massacre horrível de dois em cada três prisioneiros, à primeira vista um ato de crueldade indesculpável. Mas o relato é evidentemente fragmentado; um texto completo poderia facilmente mudar a impressão, que contrasta de forma estranha com a hospitalidade dos moabitas em 1Sm 22:3,1Sm 22:4. v. 3. Zobá: a sua derrota talvez seja idêntica ao evento Dt 10:0). v. 17. Esse é o primeiro lugar em que aparece Zadoque, alguns estudiosos acham que ele foi o sacerdote de um santuário jebuseu em Jerusalém antes do período de Davi, mas um javista tão devoto como Davi dificilmente teria escolhido um sacerdote como ele. Outros o consideram um sacerdote javista de outro santuário, talvez indicado por Saul para suceder os sacerdotes da linhagem de Eli depois que estes foram mortos. Seraías, o secretário, é o “Sausa” de lCr 18.16. v. 18. Benaia, filho de Joiada, comandou os grupos de mercenários dos queretias e peletitas — cretenses e filisteus, de acordo com Mauchline. Finalmente, os filhos de Davi eram sacerdotes, uma expressão desconcertante; lCr 18.17 traz “os filhos do rei Davi eram seus principais oficiais”. Se Davi era considerado o herdeiro do sacerdócio real de Melquisedeque, algumas funções sacerdotais, distintas das associadas com a arca, talvez tenham sido realizadas por membros da família real.

    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de II Samuel Capítulo 8 do versículo 1 até o 18
    2Sm 8:1

    7. AS SUAS VITÓRIAS SOBRE AS NAÇÕES CIRCUNVIZINHAS (2Sm 8:1-10) O capítulo 8 revela os extraordinários êxitos militares de Davi na guerra contra as nações inimigas. A narrativa toma agora a forma de um sumário. Methegammah (1) significa "rédeas da metrópole" e refere-se provavelmente a Gate, cidade-chave dos filisteus. Conforme 1Cr 18:1. Davi venceu também os moabitas (2) seus antigos amigos (1Sm 22:3-9), mas agora, por qualquer razão, seus inimigos. Fê-los deitar por terra (2), alinhou-os, mediu-os a todo o comprimento e mandou matar dois terços. Tal procedimento foi, por certo, conseqüência de alguma grande traição. No norte Davi feriu Hadadezer, rei de Zobá, quando esse se preparava para renovar o seu ataque ao rio Eufrates (Heb. do vers. 3). O nome deste rei em 1Cr 18:3, 1Cr 18:5, 1Cr 18:7 é Hadadezer. Hadade era o deus sol da Síria; Zobá era então um reino de alguma importância entre o Orontes e o Eufrates. As circunstâncias desta guerra descrevem-se em 2Sm 10:15-10. E Davi jarretou a todos os cavalos dos carros (4). A operação tinha como fim impedir que o inimigo se servisse dos cavalos. A grande vitória sobre o poderoso reino de Damasco aliado de Hadadezer, mostra bem quão forte Davi se tornara (5-6. Conforme 1Rs 20:0). Os siros (13). Leia-se de acordo com a Septuaginta e 1Cr 18:12 "edomitas". Trata-se, provavelmente de uma guerra que se prolongou; 1Rs 11:15-11; 1Cr 18:12 referem-se, decerto, a diferentes períodos da mesma. Davi era agora senhor de todas as nações vizinhas.

    >2Sm 8:15

    8. O SEU REINO E OS SEUS FUNCIONÁRIOS (2Sm 8:15-10). Se bem que constantemente envolvido em guerras, a administração de Davi era boa e justa (15). Quando Aimeleque e os sacerdotes de Nobe foram mortos, Saul deu a Zadoque o cargo de Sumo Sacerdote (1Cr 6:8) que o desempenhou no reinado de Davi juntamente com Abiatar, filho de Aimeleque que fora Sumo Sacerdote com Davi no exílio. Cfr. 1Cr 16:39. E Abimeleque, filho de Abiatar (17). Esta versão é apoiada pelo texto hebraico em 1Cr 18:16 onde, contudo, se lê Abimeleque, em vez de Aimeleque, trata-se, sem dúvida de um erro do copista. Ver também 1Cr 24:3, 1Cr 24:6, 1Cr 24:31. A Septuaginta, a Vulgata e a versão caldaica condizem com o hebraico enquanto a siríaca e a arábica invertem os nomes: Abiatar, filho de Aimeleque. Estoutra versão está de harmonia com 2Sm 20:25. A história do período apóia francamente esta inversão. Conforme 1Sm 21:1-9 em que repetidamente se menciona Aimeleque pai e 1Sm 22:20 onde se lê: "porém escapou um dos filhos de Aquimeleque, filho de Aitube, cujo nome era Abiatar, o qual fugiu atrás de Davi". Conforme também 1Sm 23:6, 1Sm 23:9. No tempo de Davi, os únicos sumos sacerdotes que se mencionam são Zadoque e Abiatar (Conforme 2Sm 17:15; 2Sm 19:11; 2Sm 15:24-10; 2Sm 20:25). Da leitura de 1Rs 2:26, 1Rs 2:27, se conclui que Abiatar sobreviveu a Davi.

    Alguns especialistas sugerem que o nome da nossa passagem se refira não a Abiatar sacerdote mas a um filho deste que teria o nome de seu avô-Aimeleque-e que estaria temporariamente a desempenhar as funções de seu pai como o faziam Hofni e Finéias, filhos de Eli (1Sm 4:4). Ver comentário a 1Cr 24:6. A dificuldade está em se integrar este versículo na lista dos principais chefes de Davi. A explicação mais simples parece ser a de que algum dos primeiros copistas invertesse os nomes de Aimeleque e Abiatar. Assim se explicaria a referência em 2Sm 8:17 e 1Cr 18:16. Ver também comentário a Mc 2:26.

    >2Sm 8:16

    O cronista (16) era um alto funcionário do rei. Cobrava as dívidas e registava os acontecimentos de importância (conforme 2Rs 18:18, 2Rs 18:37; 2Cr 34:8). Os quereteus e peleteus (18). Seriam estes que constituiriam, mais tarde, a guarda do corpo de Davi. Os quereteus eram um povo do Sul da Palestina com fronteiras para Judá; o que se lê em 1Sm 30:14, 1Sm 30:16 mostra que se encontravam na terra dos filisteus. Em Ez 25:16 os filisteus e os quereteus aparecem associados e são ameaçados de sofrerem o mesmo castigo. Em Sf 2:5 descreve-se o povo quereteu como sendo da borda do mar, descrição muitas vezes aplicada aos filisteus; o mesmo versículo parece dar a entender que os quereteus habitavam a terra dos filisteus. A Septuaginta traduz quereteus por "cretenses" tanto em Ezequiel como em Sofonias. O nome é sugestivo visto ser opinião quase geral serem eles oriundos de Creta. Não há dúvida de que os quereteus eram uma tribo filistéia. Os peleteus mencionam-se juntamente com os quereteus como fazendo parte da guarda de corpo de Davi (conforme 2Sm 20:23; 1Cr 18:17). Certo escritor afirma na sua Enciclopédia de Religião e Ética: "a única explicação razoável é ser o nome uma modificação do nome de filisteus adotada apenas por uma questão de assonância". Em hebraico a palavra "filisteus" é pelishtim e a palavra peleteus pelethi. Em 2Sm 15:18 os geteus (de Gate) mencionam-se juntamente com os quereteus e os peleteus-mais uma indicação da associação com os filisteus. Tratava-se, evidentemente, de tropas mercenárias dos filisteus -o que é natural dadas as vitórias de Davi sobre aquele vigoroso povo.

    Outra versão traduz quereteus e peleteus por "carrascos e espiões". A raiz das palavras justificaria também a versão de "exilados e fugitivos" que se pode relacionar com a palavra filisteu com o sentido de "vagabundo" ou "estrangeiro". Os quereteus e os peleteus prestaram, sem dúvida, bons serviços a Davi quando a rebelião começou a fermentar no exército israelita.


    Dicionário

    Davi

    Nome Hebraico - Significado: Amado.

    Dados Gerais

    Davi é o nome do maior rei de Israel e o ancestral humano do Senhor Jesus. Sua história, suas realizações e seus problemas receberam um tratamento extensivo, de I Samuel 16 a II Reis 1 e em I Crônicas 2:29. O significado do nome ainda é incerto. A conexão com a palavra acadiana dawidûm (chefe, comandante) é atraente, embora duvidosa. É mais provável que esteja associado com a raiz hebraica dwd (amor), para dar o significado de “amado”. Alguns sugerem que Davi seja um cognome real e que seu nome é Elanã (Heb. “Deus é gracioso”), o herói que matou Golias (2Sm 21:19). Embora essa solução possa resolver a aparente discrepância entre I Samuel 17, cujo texto relata que Davi matou Golias, e II Samuel 21:19, o qual menciona que foi Elanã quem matou o gigante, cria outro problema: por que então Elanã seria relacionado na lista dos heróis de Davi? Outra sugestão é feita a partir de I Crônicas 20:5, que identifica Elanã como o herói que matou Lami, irmão de Golias. Desde que não se tem certeza se foi em II Samuel 21:19 ou em I Crônicas 20:5 que houve uma corrupção textual, a identificação de Elanã é incerta.

    Antecedentes

    Davi era o mais novo dos oito filhos de Jessé, um efrateu de Belém (1Sm 17:11-12). Jessé era descendente da tribo de Judá e bisneto de Boaz e Rute, a moabita (Rt 4:18-22; cf. 1Cr 2:1-15; Mt 1:2-6; Lc 3:31-38).

    Na juventude, Davi cuidava dos rebanhos da família. Como pastor, aprendeu a cuidar dos animais, bem como a protegê-los dos predadores. Essa experiência o ensinou a depender do Senhor, conforme afirmou para Saul: “O Senhor que me livrou das garras do leão, e das garras do urso, me livrará da mão deste filisteu” (1Sm 17:37).

    Davi era também um bom músico. Quando Saul sofria de depressão e crises de melancolia, seus servos, conhecendo a reputação desse jovem, mandaram chamá-lo (1Sm 16:16). Um deles disse: “Vi um filho de Jessé, o belemita, que sabe tocar bem, e é forte e valente, homem de guerra, sisudo em palavras, e de boa aparência. E o Senhor é com ele” (v. 18). Esse texto relaciona várias características de Davi: seu talento musical, sua bravura, eloquência, boa aparência, mas, acima de tudo, a presença do Senhor em sua vida.

    Davi eleito por Deus para ser rei

    Davi era notável, tanto por seu amor a Deus como por sua aparência física (1Sm 16:12). Depois que Saul foi rejeitado por seus atos de desobediência (1Sm 15:26), o Senhor incumbiu Samuel da tarefa de ungir um dos filhos de Jessé. Os mancebos passaram um por vez diante do profeta, mas nenhum deles foi aprovado por Deus. Depois que os sete mais velhos foram apresentados a Samuel, ele não entendeu por que o Senhor o enviara a ungir um rei naquela casa. O profeta procurava um candidato que se qualificasse por sua estatura física. Afinal, anteriormente tinha dito ao povo que Saul preenchia os requisitos, devido à sua bela aparência: “Vedes o homem que o Senhor escolheu? Não há entre o povo nenhum semelhante a ele” (1Sm 10:24).

    Jessé disse a Samuel que seu filho mais novo, chamado Davi, ainda cuidava dos rebanhos. Depois que foi trazido diante do profeta, ele teve certeza que aquele jovem atendia aos padrões de Deus, pois “o Senhor não vê como vê o homem. O homem olha para o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração” (1Sm 16:7). Davi recebeu duas confirmações de sua eleição: Samuel o ungiu numa cerimônia familiar e o Espírito do Senhor veio sobre ele de maneira poderosa (v.13).

    Davi com Saul

    Os caps. 16 a 31 de I Samuel são uma antologia solta de histórias, que, como coletânea, receberam o título de “A história da exaltação de Davi”. O propósito dessas narrativas é defender Davi das acusações de ter agido de maneira subversiva, usurpando o trono da família de Saul, sendo responsável pelas mortes de Saul, Jônatas, Abner e Is-Bosete. Deus operava claramente em todas as circunstâncias da vida de Davi, que o elevaram da posição de pastor de ovelhas a músico no palácio do rei, de lutar contra animais selvagens até suas vitórias sobre os filisteus e de herói nacional a refugiado político.

    Primeiro, Davi foi convidado para servir ao rei Saul como músico. Saul sofria de melancolia, porque o Espírito do Senhor o abandonara (1Sm 16:14). Na corte, Davi agradou ao rei, o qual o nomeou seu escudeiro (v. 21).

    Segundo, Deus agiu rapidamente, quando os filisteus atacaram 1srael (1Sm 17). O gigante filisteu, chamado Golias, desafiava Saul e todo o Israel várias vezes por dia, por um espaço de 40 dias (1Sm 17:16). Aconteceu de Davi levar suprimentos para seus irmãos que estavam no acampamento de guerra e teve oportunidade de ouvir o desafio do gigante. Movido por seu zelo pelo Senhor, seu amor pelo povo e pela alta recompensa — riqueza, casamento com a filha do rei Saul e a isenção de pagar impostos — Davi apresentou-se como voluntário para enfrentar Golias naquela batalha. O Senhor estava com ele. Davi triunfou sobre o filisteu, ao matá-lo com uma funda e uma pedra (1Sm 17:50).

    Terceiro, Davi foi convidado para morar no palácio real (1Sm 18:2). Os membros da família do rei o amavam. “A alma de Jônatas ligou-se com a de Davi, e Jônatas o amou como à sua própria alma” (v. 1). Este filho de Saul chegou ao ponto de fazer uma “aliança” com Davi (v. 3). Como expressão de seu profundo amor e respeito pelo filho de Jessé, deu-lhe suas roupas e armadura (v. 4). Mical também amava Davi (v. 20).

    Como sempre acontece, quando muitas coisas boas surgem, a fortuna tornou-se em sina. A fama de Davi cresceu rapidamente. Por toda a nação, as mulheres louvavam seu nome e faziam comparações positivas entre o jovem e o rei: “Saul feriu os seus milhares, porém Davi os seus dez milhares” (1Sm 18:7). Esse contraste suscitou o ciúme do rei (v. 8). Ele sabia que seus dias como monarca estavam contados e tinha de proteger o trono para sua família. Assim começaram as atitudes de hostilidade explícita contra Davi. O narrador de I Samuel escreveu: “Daquele dia em diante, Saul trazia Davi sob suspeita” (v. 9).

    O ciúme de Saul deixou-o cego. Foi extremamente desleal, pois voltou atrás em sua promessa de dar a filha mais velha, Merabe, em casamento a Davi (1Sm 18:17). Exigiu que o jovem enfrentasse os filisteus em batalha, na esperança de que perdesse a vida. Davi, ainda relutante em aceitar casar-se com um membro da família real, procurou imediatamente agradar ao rei. Nesse meio tempo, Merabe foi dada a outro homem (1Sm 18:19). De maneira vil, Saul desafiou-o a demonstrar sua bravura e seu valor novamente, mediante a matança de 100 filisteus, como um tipo de dote. Estava aborrecido por ser obrigado a dar Mical como esposa para Davi, porque sabia que o Senhor estava com ele e via o amor da filha por Davi como traição contra seu reinado (1Sm 18:28).

    Quarto, por meio de sua amizade com o filho do rei, Davi foi avisado com antecedência do profundo ódio de Saul contra ele, bem como de seus planos de matá-lo. Jônatas amava de verdade o filho de Jessé (1Sm 19:1) e não se preocupava com suas proezas militares, nem com sua crescente popularidade. Intercedeu em favor dele e o convidou para voltar ao palácio (v. 7), mas gradualmente percebeu que seu pai realmente estava determinado a matá-lo. O rei fez algumas tentativas para eliminar Davi no palácio (v. 10) e até mesmo na própria casa do genro (v. 11). Davi e Jônatas foram obrigados a se separar. O filho do rei sabia que Davi corria risco de vida; compreendia também que Deus tinha um plano especial para a vida do amigo. Os dois fizeram uma aliança para toda a vida e se separaram (1Sm 20:16-42).

    Saul contra Davi

    Saul fez tudo para livrar-se de Davi. Expulso da corte, o filho de Jessé buscou refúgio junto a Aquis, rei filisteu de Gate. Temeroso de que a boa vontade do anfitrião mudasse a qualquer momento, foi para Adulão (1Sm 22). Ali, liderou um bando de foras-dalei. Trouxe sua família para a segurança de Moabe e retornou, a fim de enfrentar os perigos de sua vida de eLivros. Qualquer um que tentasse colaborar com Davi era morto por Saul, como aconteceu com os sacerdotes de Nobe (1Sm 21:22). Para onde quer que ele fosse, o rei ficava sabendo e o perseguia.

    Enquanto isso, o apoio a Davi crescia cada vez mais. Bandidos, muitos deles guerreiros habilidosos, reuniram-se a ele. Abiatar, um sacerdote que escapou do massacre em Nobe, e o profeta Gade também se uniram a Davi. Este, por suas muitas façanhas, fazia com que as pessoas ficassem em débito para com ele. Reduziu a ameaça dos filisteus, como fez, por exemplo, em Queila (1Sm 23). Ele e seu homens também tornaram-se defensores dos moradores de Judá que eram constantemente ameaçados por saqueadores estrangeiros e viviam da parte que recebiam das colheitas, rebanhos e do gado que ajudavam a proteger. Nem todos os criadores, porém, estavam dispostos a compartilhar com eles alguma coisa. Nabal, um rico fazendeiro, tinha recebido tal proteção de Davi e seus homens, mas era avarento demais para recompensá-los pelo trabalho (1Sm 25). O filho de Jessé ficou furioso, mas Abigail, esposa de Nabal, foi ao seu encontro com vários presentes. Depois da morte do marido, ela se tornou esposa de Davi (1Sm 25:42).

    Por duas vezes Davi teve oportunidade de vingar-se de Saul, mas, ao invés de matá-lo, poupou sua vida. Sua existência tornou-se tão opressiva que foi obrigado a buscar refúgio com Aquis, rei de Gate. Recebeu a cidade de Ziclague para morar com seus homens, de onde ajudava Saul a reduzir as forças dos filisteus (1Sm 27). Aquis tinha tamanha confiança na lealdade de Davi, que o levou consigo como parte de suas tropas numa batalha em Gilboa, contra os israelitas (1Sm 28). Os filisteus não deveriam ficar apreensivos pelo conflito de interesses; Davi lutaria contra seu próprio povo (1Sm 29). No entanto, ele retornou a Ziclague e descobriu que a cidade fora saqueada e incendiada e a população, levada cativa pelos amalequitas. Enquanto os filisteus esmagavam os israelitas no norte, Davi perseguiu os invasores e colocou um fim em suas hostilidades.

    Davi é exaltado ao reino

    Saul e Jônatas foram mortos na batalha em Gilboa (2Sm 1:4). Ao invés de comemorar este acontecimento, Davi chorou pelo rei e por seu amigo (2Sm 1:19-27). As notícias sobre a morte de Saul correram rápido, mas as reações foram bem diferentes em todo país. As tribos do Norte reconheceram 1s-Bosete, filho do rei, como o legítimo representante do trono (2Sm 2:8-9). A tribo de Judá permaneceu leal a Davi e separou-se da união, ao tornar Hebrom a capital do novo reino (2Sm 2:3-4).

    Não demorou muito para que o povo descobrisse a incompetência de Is-Bosete. Abner, seu comandante militar, junto com outros cidadãos importantes, procurou Davi e abriu negociações com ele, as quais foram interrompidas quando Joabe assassinou Abner, em vingança pela morte de seu irmão. O enfraquecimento do Norte encorajou a morte de Is-Bosete e as tribos voltaram à união sob o reino de Davi (2Sm 5:1-3).

    Esse reino, agora unificado, primeiro teve Hebrom como seu centro. Mas, desejoso de ter uma localização melhor e reconhecedor do problema estratégico gerado pela proximidade dos cananeus, Davi determinou a conquista de Jerusalém. A cidade nunca pertencera aos israelitas e localizava-se num ponto estratégico, em um cruzamento entre o leste e o oeste, o norte e o sul. Joabe, o comandante militar, liderou uma campanha bem-sucedida contra aquela localidade e a conquistou para o rei.

    Davi consolidou seu reino, ao fazer de Jerusalém sua capital administrativa. Era uma cidade neutra, pois não tinha qualquer ligação especial nem com as tribos do Norte nem com as do Sul (2Sm 5:9-10). O crescimento do poderio de Davi não passou despercebido. Hirão, rei de Tiro, enviou seus carpinteiros e pedreiros, a fim de construir um palácio para ele (2Sm 5:11). Esse ato firmou o relacionamento entre os dois reis. Por incrível que pareça, o fortalecimento da posição do filho de Jessé ameaçou a paz relativa de que Israel gozava. Os filisteus não perturbaram o país durante os dois primeiros anos do reinado de Davi. Com o crescimento de seu poder, entretanto, decidiram acabar com sua grande popularidade. O rei resistiu a cada ataque com sucesso e finalmente definiu a fronteira do reino na planície costeira (2Sm 5:19-25).

    Jerusalém como centro do reino de Davi

    A paz estabelecida em Israel encorajou Davi a persuadir as tribos a reconhecer Jerusalém como centro religioso, ao levar para lá a Arca da Aliança, o símbolo central do relacionamento e da aliança do povo com Deus (2Sm 6). (Veja o verbete Aliança.) Após encontrar descanso em Jerusalém, Davi buscou a aprovação do Senhor para providenciar um centro definitivo ao culto e à adoração em Israel, por meio da construção de um Templo (2Sm 7). Deus modificou a oferta de Davi, pois concedeu a ele uma “casa” (dinastia) e permitiu que seu filho construísse uma “casa” permanente para o Senhor. A promessa de uma dinastia foi incorporada a uma aliança de concessão. A proposta concedia a Davi um lugar perpétuo no reino de Deus, ao colocar sobre ele o privilégio de ser um “filho” de Deus. O Salmo 2 celebra a condição do filho como o que experimenta uma posição privilegiada e recebe autoridade para estabelecer o reino de Deus (veja Sl 72), submeter as nações, quando necessário pela força, e trazer as bênçãos do Senhor sobre todos os fiéis, em todas as partes da Terra. Essas promessas cumprem a aliança que Deus fez com Davi. O Pacto Davídico é uma administração soberana, feita pela graça, segundo a qual o Senhor ungiu Davi e sua casa para estabelecer seu reino e efetivamente trazer um reinado de paz, glória e bênção. Jesus e os apóstolos afirmaram que essas promessas encontram seu foco e recebem sua confirmação em Cristo (o “Messias”). Ele é o “ungido” que recebeu autoridade e poder (Mt 28:20; At
    2) do alto sobre toda a criação, inclusive a Igreja (Cl 1).

    Encorajado pelas promessas de Deus e feliz pela consolidação do destaque de Israel entre as nações, Davi seguiu adiante. Fortaleceu Jerusalém, desenvolveu uma administração de governo centralizada, expulsou as forças invasoras e foi agressivo no estabelecimento da paz em Israel. Subjugou os filisteus, moabitas, edomitas e amonitas (2Sm 12:29-31). Cobrou impostos dos arameus e das nações que decidiu não subjugar (2Sm 8;10). Depositou a maior parte dos tributos e espólios no fundo para a construção do Templo (2Sm 8:11-12). Embora fosse severo em sua justiça para com as nações, o rei foi generoso no trato com Mefibosete, filho de Jônatas. Providenciou-lhe um lugar e garantiu-lhe um sustento vitalício (2Sm 9). Provavelmente esse período foi marcado por uma severa crise de fome (2Sm 21:1). A dificuldade era tão grande que Davi pediu uma explicação ao Senhor. Foi-lhe revelado que a escassez de alimento era resultado do juízo de Deus, pelo equivocado zelo de Saul, ao tentar aniquilar os gibeonitas (2Sm 21:2), povo que buscara e recebera proteção de Israel, na época de Josué (Js 9:15-18-26). A morte de sete descendentes de Saul, sem incluir Mefibosete, satisfez a exigência de justiça feita pelos gibeonitas. Deus graciosamente removeu a maldição e renovou a terra com chuva abundante. Davi levou os ossos de Saul, Jônatas e dos sete que foram mortos e os enterrou na sepultura de Quis (2Sm 21:14).

    A queda de Davi

    A partir deste ponto, a história de Davi é uma mistura de tragédia e providência divina. Ele se tornou um personagem trágico. Elevado pela graça de Deus a uma posição de imenso poder, desejou ardentemente Bate-Seba, com quem teve relações sexuais; ao saber que estava grávida, tentou encobrir seu pecado, ordenou que Urias, o marido dela, fosse morto no campo de batalha e casou-se com ela legalmente (2Sm 11). O profeta Natã proferiu um testemunho profético, condenando a concupiscência e a cobiça de Davi e seu comportamento vil (2Sm 12). O rei confessou seu pecado e recebeu perdão (2Sm 12:13; cf. Sl 32:51), mas sofreu as conseqüências de sua perfídia pelo resto da vida. O bebê que nasceu da união com Bate-Seba ficou doente e morreu.

    Conseqüentemente, Davi experimentou instabilidade e morte em sua família. Amnom violentou a própria irmã, Tamar, e causou a desgraça dela (2Sm 13); foi assassinado por Absalão, irmão da jovem. Este fugiu para salvar a vida e permaneceu eLivros por dois anos. Davi almejava revê-lo e foi encorajado por Joabe, o qual o enganou, ao forçá-lo a seguiu um conselho que lhe fora dado por uma mulher de Tecoa. Esta, orientada por Joabe, fora ao rei pedindo proteção para o filho que assassinara o irmão. Joabe trouxe Absalão de volta, mas não ao palácio real. Depois de dois anos, o filho do rei voltou ao palácio, conquistou a simpatia do povo e pensou numa maneira de reconquistar o favor do pai (2Sm 14).

    Como resultado, Davi experimentou uma guerra civil dentro do país. Absalão tivera tempo para elaborar planos, a fim de perturbar a ordem. Durante quatro anos, preparara-se cuidadosamente para o momento em que o povo o apoiaria, em detrimento de seu velho pai. Absalão foi coroado rei em Hebrom e rapidamente partiu em direção a Jerusalém (2Sm 15). Davi saiu da capital com um grupo de seguidores e deixou vários conselheiros de confiança para trás (Abiatar, Zadoque e Husai). Husai dava conselhos equivocados a Absalão e enviava mensageiros a Davi, a fim de informar todos os movimentos dele (2Sm 17). A guerra trouxe resultados desastrosos para as forças do filho do rei, o qual morreu pendurado em uma árvore pelos cabelos. A vitória foi clara, mas Davi sofreu mais com a perda de Absalão do que sentiu alegria pela vitória.

    O rei voltou para Jerusalém com o apoio dos habitantes do Sul do país, os quais anteriormente haviam seguido Absalão. As tribos do Norte sentiram-se traídas pela falta de respeito demonstrada pelos moradores do Sul, pois elas também tinham apoiado o rei e dado a extensão de seu território nas mãos dele; por isso, precisavam ser ouvidas. A tribo de Judá alegou que o rei lhes pertencia e ofendeu os habitantes do Norte com a sua insolente arrogância (2Sm 19:40-43).

    Conseqüentemente, a união entre as tribos ficou enfraquecida ao extremo. A dissidência rapidamente cresceu e culminou em outra guerra civil, sob a liderança de Seba, filho de Bicri, da tribo de Benjamim. Davi enviou Amasa para recrutar guerreiros de Judá, a fim de sufocar a rebelião. Como este demorou muito a retornar, o rei comissionou Abisai para perseguir Seba. (Joabe perdera o favor do rei e o cargo, por ter matado Absalão, e agora estava sob as ordens de Abisai.) Quando Amasa, que se aliara a Seba, e Joabe se encontraram, este o matou e reassumiu o comando das tropas. Perseguiu a Seba até Abel-Bete-Maaca e sitiou a cidade. Uma mulher sábia salvou a cidade, ao comprometer-se a atirar a cabeça de Seba por cima do muro. Joabe retornou a Jerusalém como general, com o crédito de ter acabado com a rebelião (2Sm 20:23).

    Os últimos dias de Davi

    No término de sua vida, Davi tinha realizado o objetivo de solidificar Israel contra os filisteus, ao sudoeste; os edomitas, ao sudeste; os moabitas e amonitas, ao leste; e os arameus, ao norte. Havia estendido seu reino por todas as áreas da terra que fora prometida a Abraão (Gn 15:18-19). Desenvolveu uma administração eficiente, pela qual era capaz de governar esse vasto império. Um excelente exército era mantido constantemente de prontidão, para assegurar a paz e a estabilidade dentro do reino. Por causa de seu sucesso, Davi confiou em si mesmo e decidiu fazer um censo.

    Isso desagradou ao Senhor, que enviou uma praga contra o reino. O próprio rei foi o responsável pela morte de muitos inocentes. Por isso, comprou um campo e ofereceu um sacrifício a Deus, que expressava arrependimento por sua presunção. Esse local, a eira de Araúna, no futuro se tornaria o lugar onde Salomão construiria o Templo (2Sm 24:1-25).

    Davi ordenou que Salomão fosse ungido rei, após ouvir que seu filho Adonias fizera uma tentativa de usurpar o trono (1Rs 1:1-2:12). Preveniu o seu sucessor sobre várias pessoas que poderiam comprometer a estabilidade de seu reinado: Joabe, o comandante, e Simei, o rebelde (1Rs 2:8-9). Incumbiu-o de permanecer fiel a Deus, porque no Senhor estava a fonte do poder e a perpetuidade da dinastia.

    Conclusão

    Davi era humano, mas permaneceu fiel ao Senhor durante toda sua vida. Embora tenha pecado tragicamente contra Deus e o próximo, era um homem humilde. A sua força estava no Senhor, desde o princípio até o fim de seus dias. Os salmos atribuídos a ele falam desta verdade. Tal afirmação sobre sua confiança em Deus é também encontrada no final de II Samuel: “O Senhor é a minha rocha, a minha fortaleza e o meu libertador. Meu Deus é a minha rocha, em quem me refugio; o meu escudo, e força da minha salvação. Ele é o meu alto retiro, meu refúgio e meu Salvador — dos homens violentos me salvaste” (2Sm 22:2-3). Os cânticos compostos por ele também trazem a correlação entre a humildade, a obediência e a bondade de Deus. Conforme Davi escreveu: “Com o puro te mostras puro, mas com o perverso te mostras sagaz. Livras o povo humilde, mas teus olhos são contra os altivos, e tu os abates” (2Sm 22:27-28). O Senhor não apenas mostrou seu poder para Davi e seus contemporâneos, mas também comprometeu-se a proteger todo o seu povo por meio do ungido, que descenderia do referido rei. Essa é a essência da Aliança Davídica.

    Os escritores do NT testemunham sobre a conexão entre Davi e Cristo. A genealogia de Jesus recua até o filho de Jessé (Mt 1:1). Ele é o governante sobre o trono de Davi, cujo reino se estende até os confins da Terra. É o cabeça da Igreja (Cl 1:18) e trará todas as nações ao conhecimento de sua soberania (1Co 15:25; cf. At 2:35). Ele estabelecerá o reino de Deus sobre a Terra (1Co 15:27-28) e, por esse motivo, cumpre as promessas em benefício de todo o povo do Senhor, tanto judeus como gentios.

    W.A. e V.G.


    Davi [Amado] - O segundo rei do reino unido de Israel. Ele reinou de 1010 a 970 a.C. Tomou Jerusalém e a tornou a capital religiosa do reino. Levou a arca para lá (2Sa
    6) e organizou os serviços de adoração (1Ch 15—16). Ampliou o reino (2Sm 8:10-12) e ajuntou materiais para a construção do TEMPLO (1Ch 22). Foi governador, guerreiro, músico e poeta. E foi um dos antepassados de Jesus (Mt 1:1). V. SAMUEL, SEGUNDO LIVRO DE e o mapa OS REINOS DE SAUL, DAVI E S

    Davi O segundo rei de Israel (final do séc. XI e início do séc. X a.C.). De sua descendência viria o messias — daí ele ser chamado “Filho de Davi” (Mt 9:27; 12,23; 15,22; 20,30ss.; Mc 11:10) — que também deveria nascer em sua cidade natal: Belém (Mq 5:2). Tanto Lucas como Mateus relacionam Jesus com a estirpe messiânica e o fato deve ser reconhecido como histórico, ainda que seja bem provável que não fosse importante o ramo a que pertencia.

    Como outros tantos judeus de sua época, Jesus enfatizou a ascendência davídica do messias, o seu caráter preexistente, baseado em uma leitura peculiar do Salmo 110, que tem paralelos, entre outros, com os essênios de Qumrán (Mt 22:41ss.).


    o segundo e o mais ilustre dos reis de israel. Era filho de Jessé, bisneto de Rute, e nasceu em Belém, sendo o mais novo de uma família de dez. Davi, na sua mocidade, foi pastor, ocupação que nos países orientais era geralmente exercida pelos escravos, pelas mulheres, ou pelos íntimos da família. Apesar de tudo isto foi ungido por Samuel para ser rei de israel. Como era hábil tocador de harpa, foi chamado por Saul com o fim de suavizar a melancolia do infeliz monarca (1 Sm 16). o lugar do recontro de Davi com Golias foi Efes-Damim (1 Sm 17), que fica entre os montes da parte ocidental de Judá – e o ribeiro que corria entre dois exércitos era o Elá, ou ‘o Terebinto’, que hoje tem o nome de Wady Es-Sunt. A fama que Davi adquiriu pelo fato de ter vencido o gigante, se por um lado motivou o seu casamento com Mical, filha do rei, foi, também, causa de ter Saul maliciosos ciúmes do jovem guerreiro. Todavia, o rei nomeou Davi capitão da sua real guarda, posição somente inferior à de Abner, o general do exército, e à de Jônatas, o presuntivo herdeiro do trono. Davi e Jônatas vieram a ser dedicados amigos, mas a louca inveja e os maus intentos do rei arrastaram por fim Davi para o exílio. Ele foi ter primeiramente com o sacerdote Aimeleque, mas depois refugiou-se na corte de Aquis, o filisteu monarca de Gate, e dali pôde livrar-se, fingindo-se louco (1 Sm 19 a 21). Retirando-se de Gate, escondeu-se Davi na caverna de Adulão – e foi depois para uma fortaleza perto de En-Gedi – e mais tarde apareceu no bosque de Herete ao sul de Judá. Aqui se juntou a Davi um grupo de homens dedicados, que de boa vontade compartilhavam os seus perigos. É verdade que pertencer ao partido de Davi era uma situação perigosa, e isso se patenteou no assassinato de Aimeleque e dos sacerdotes que Doegue o idumeu, perpetrou por mandado de Saul (1 Sm 22). os amigos de Davi entraram na fortificada cidade de Queila, e esperava Saul apanhá-los ali de surpresa (1 Sm 23). Em contraste com a furiosa perseguição, movida contra Davi, manifesta-se a cavalheiresca atenção do fugitivo para com ‘o ungido do Senhor’, como se mostrou quando ele poupou a vida de Saul no deserto de En-Gedi (1 Sm 24), e no deserto de Zife (1 Sm 26). Foi para esta nobre disposição que Abigail apelou no caso do insensato Nabal (1 Sm 25). Por algum tempo achou Davi abrigo junto de Aquis, rei de Gate, e então Saul não o procurou mais (1 Sm 27.4). Na ausência de Davi, foi tomada Ziclague e incendiada pelos amalequitas – mas Davi perseguiu os invasores, derrotou-os, e assim pôde livrar do cativeiro muitas pessoas, entre as quais estavam as suas próprias mulheres (1 Sm 30). Depois da desastrosa batalha de Gilboa (1 Sm 31), proferiu Davi aquela tocante lamentação a respeito de Saul e Jônatas (2 Sm 1). Davi veio a ser, então, rei de Judá – foi ungido em Hebrom (2 Sm 2), e reinou ali por mais de sete Prolongada guerra houve entre a casa de Saul e a casa de Davi (2 Sm 3.1). Mas, depois do assassinato de is-Bosete, filho de Saul (2 Sm 4), ato que foi fortemente desaprovado por Davi, tornou-se ele rei de todo o povo de israel (2 Sm 5). Pensou, então, em conquistar uma fortaleza, a única que no centro daquela terra tinha resistido às forças do povo escolhido. Por meio de um repentino assalto foi tomada a cidade de Jebus, sendo daí para o futuro conhecida pelo seu antigo nome Jerusalém, e também pelo nome de Sião (2 Sm 5). Esta cidade foi grandemente fortificada, tornando-se a capital do reino. A arca foi transportada com grande solenidade de Quiriate-Jearim sendo construída uma nova tenda ou tabernáculo para recebê-la (2 Sm 6). A prosperidade continuou a bafejar as armas de Davi – mas no meio de tantos triunfos, quando o seu exército estava cercando Rabá, caiu ele nas profundezas do pecado, planejando a morte de Urias, depois de ter cometido adultério com Bate-Seba (2 Sm 11). Convencido da sua grave falta, arrependeu-se, implorando a misericórdia do Senhor, e foi perdoado – mas a parte restante da sua vida foi amargurada com questões de família. Absalão, seu filho muito amado, revoltou-se contra ele, e por algum tempo Davi teve de exilar-se – mas por fim morreu o ingrato e revoltado israelita, que tanto martirizou seu pai (2 Sm 15 a 18). o insensato procedimento do rei, na numeração do povo, enevoou ainda mais a vida de Davi (2 Sm 24). Finalmente, depois de ter Adonias pretendido o trono, abdicou Davi em favor de Salomão, confiando-lhe, além disso, a tarefa de edificar o templo, para o qual ele tinha reunido muitos materiais. E, depois das recomendações finais ao seu sucessor, descansou com seus pais, ‘e foi sepultado na cidade de Davi’ (1 Rs 1 e 2). A vida de Davi acha-se cheia de incidentes românticos e de contrastes surpreendentes. É, realmente, uma história humana, que manifesta tanto a fraqueza como a força de uma alma de extraordinária capacidade. o ter sido qualificado Davi como homem ‘segundo o coração de Deus’ (1 Sm 13.14 e At 13:22) não significa, de forma alguma, que Davi fosse homem perfeito, mas somente que ele era um agente escolhido do Senhor para os Seus profundos desígnios. os pecados de Davi foram causa de graves acontecimentos na sua vida, mas nele se via um homem que se humilhou a si mesmo em grande arrependimento na convicção de haver pecado (2 Sm 12). Sobre o caráter geral de Davi diz o deão Stanley o seguinte: ‘Tendo em vista a complexidade dos elementos que constituem o caráter de Davi, a paixão, a ternura, a generosidade, a altivez, as suas qualidades de soldado, pastor, poeta, estadista, sacerdote, profeta, rei – considerando ainda nesse homem extraordinário o amigo romântico, o guia cavalheiresco, o pai dedicado, não se encontra em todo o A.T. outra pessoa com a qual ele se possa comparar… É ele o tipo e a profecia de Jesus Cristo. Não se chama a Jesus o filho de Abraão, ou o filho de Jacó, ou o filho de Moisés, mas sim o ‘filho de Davi’.

    Israel

    Nome dado a Jacó depois que “lutou com Deus” em Peniel (Gn 32:28-31). Veja Jacó.


    Israel [O Que Luta com Deus] -

    1) Nome dado por Deus a Jacó (Gn 32:28)

    2) Nome do povo composto das 12 tribos descendentes de Jacó (Ex 3:16).

    3) Nome das dez tribos que compuseram o Reino do Norte, em contraposição ao Reino do Sul, chamado de Judá (1Rs 14:19);
    v. o mapa OS REINOS DE ISRAEL E DE JUDÁ).

    4) Designação de todo o povo de Deus, a Igreja (Gl 6:16).

    Israel Nome que Jacó recebeu após lutar com Deus — como hipóstase — em Jaboc (Gn 32:29). Derivado da raiz “sará” (lutar, governar), contém o significado de vitória e pode ser traduzido como “aquele que lutou com Deus” ou “o adversário de Deus”. Mais tarde o nome se estenderia aos descendentes de Jacó (Ex 1:9) e, com a divisão do povo de Israel após a morte de Salomão, passou a designar a monarquia do Reino do Norte, formada pela totalidade das tribos exceto a de Judá e Levi, e destruída pela Assíria em 721 a.C. A palavra designa também o território que Deus prometeu aos patriarcas e aos seus descendentes (Gn 13:14-17; 15,18; 17,18; 26,3-4; 28,13 35:12-48,3-4; 1Sm 13:19).

    Após a derrota de Bar Kojba em 135 d.C., os romanos passaram a chamar esse território de Palestina, com a intenção de ridicularizar os judeus, recordando-lhes os filisteus, desaparecidos há muito tempo. Pelos evangelhos, compreende-se que a Igreja, formada por judeus e gentios que creram em Jesus, é o Novo Israel.

    Y. Kaufmann, o. c.; m. Noth, Historia...; J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y las naciones, Madri 1979; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


    Luta com Deus. Foi este o novo nome dado a Jacó, quando ele pedia uma bênção depois de ter lutado com o Anjo do Senhor em Maanaim (Gn 32:28os 12:4). Depois é usado alternadamente com Jacó, embora menos freqüentemente. o nome era, primeiramente, empregado para designar a família deste patriarca, mas depois, libertando-se os hebreus da escravidão egípcia, aplicava-se de modo genérico ao povo das doze tribos (Êx 3:16). Mais tarde, porém, achamos a tribo de Judá excluída da nação de israel (1 Sm 11.8 – 1 Rs 12,16) a qual, desde que as tribos se revoltaram contra Roboão, se tornou o reino do Norte, constituindo o reino do Sul as tribos de Judá e Benjamim, com partes de Dã e Simeão. E isto foi assim até à volta do cativeiro. os que voltaram à sua pátria tomaram de novo o nome de israel, embora fosse um fato serem judeus a maior parte deles. Nos tempos do N.T. o povo de todas as tribos era geralmente conhecido pelo nome de judeus.

    substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
    Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
    Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

    substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
    Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
    Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

    Julgar

    verbo transitivo direto e intransitivo Decidir uma questão na qualidade de juiz ou árbitro: julgar uma ação judicial; sua profissão era julgar.
    verbo regência múltipla Proferir uma sentença, condenando ou absolvendo; sentenciar: julgou o bandido; o juiz julgou-o culpado; o juri julgou os empresários à cadeia; não se julga sem provas.
    Ter uma opinião sobre; expressar um parecer, um juízo de valor acerca de: julgou o cantor; julgaram do presidente por corrupção; a vida o julgará pelos seus erros; não se pode julgar.
    verbo transitivo direto e transitivo direto predicativo Tomar uma decisão em relação a; considerar: julgaram que era razoável continuar; julgaram horrível o seu texto.
    verbo transitivo direto e pronominal Imaginar-se numa determinada situação; supor: julgou que lhe dariam um contrato; julga-se menos esperto do que o irmão.
    Etimologia (origem da palavra julgar). Do latim judicare.

    Julgar
    1) Decidir como juiz, dando sentença de condenação ou de absolvição (Ex 18:13); (Dt 1:16)

    2) Castigar (Sl 110:6). 3 Censurar; condenar (Mt 7:1); (Jo 12:47); (Rm 14:3).

    4) Salvar; defender (Sl 35:24).

    5) Supor; imaginar; pensar (Lc 7:43); (At 8:20),

    Justiça

    substantivo feminino Particularidade daquilo que se encontra em correspondência (de acordo) com o que é justo; modo de entender e/ou de julgar aquilo que é correto.
    O ato de reconhecer o mérito de (algo ou de alguém): a polícia vai fazer justiça neste caso.
    Reunião dos organismos que compõem o poder judiciário.
    Conjunto de indivíduos que fazem parte da prática da justiça: a justiça precisa buscar melhores condições de trabalho.
    Cada uma das seções responsáveis pela administração da justiça; alçada, foro ou instância: Justiça Eleitoral.
    Etimologia (origem da palavra justiça). Do latim justitia.ae.

    Cumprimento das exigências de um relacionamento correto com ele, apagando a culpa deles e lhes creditando justiça (Rm 3:21-22), ajudando-os assim a dedicar-se em prol daquilo que ele declara justo (Rm 6:11-13).

    A justiça consiste em cada um respeitar os direitos dos demais. [...] o critério da verdadeira justiça está em querer cada um para os outros o que para si mesmo quereria e não em querer para si o que quereria para os outros, o que absolutamente não é a mesma coisa. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 875 e 876

    Educado, o sentimento de justiça será o sentimento salvador do indivíduo. Sentimento superior por excelência, no ser humano, ele sobrepuja a todos os outros e, por ser o que se apresenta com maior energia para a ação do indivíduo, é que na justiça procuram apoiar-se todas as injustiças que se cometem.
    Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 3

    J J [...] é o santo nome e a senha que desde o princípio dos tempos vêm escritos em todos os espaços e até na mais diminuta criação do Altíssimo. [...] é a Lei Suprema da Criação, sem que deixe de ser, do mesmo modo, o amor, formando com a justiça um todo perfeito.
    Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6

    [...] A justiça é, acima de tudo, amor que corrige e sabedoria que educa.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 12

    [...] É a força harmônica, uma coordenação funcional, adequada da sociedade.
    Referencia: LOBO, Ney• Estudos de filosofia social espírita• Rio de Janeiro: FEB, 1992• -

    A verdadeira justiça não é a que pune por punir; é a que castiga para melhorar. Tal a justiça de Deus, que não quer a morte do pecador, mas que ele se converta e viva. Por o terem compreendido assim, foi que os nossos jurisconsultos chegaram a formular estes magníficos axiomas: É imoral toda pena que exceda a gravidade do delito. – É imoral toda pena que transpira vingança, com exclusão da caridade. – É imoral a pena quando, por sua natureza, não tende a fazer que o culpado se emende.
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 17a efusão

    [...] o sentimento de justiça [...] é [...] o pensamento correto refletindo a eqüidade e a misericórdia que fluem de Cima.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 44

    Na definição da Doutrina Espírita, a justiça consiste em respeitar cada um os direitos dos demais. Não somente os direitos consagrados nas legislações humanas, mas todos os direitos natu rais compreendidos no sentido amplo de justiça.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 17

    [...] é fundamento do Universo [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 17

    [...] a justiça é sempre a harmonia perfeita.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    [...] a justiça, por mais dura e terrível, é sempre a resposta da Lei às nossas próprias obras [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Jornada acima

    A justiça é uma árvore estéril se não pode produzir frutos de amor para a vida eterna.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz acima• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19

    [...] a justiça esclarecida é sempre um credor generoso, que somente reclama pagamento depois de observar o devedor em condições de resgatar os antigos débitos [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 5

    Todos nós precisamos da justiça, porque a justiça é a lei, em torno de situações, pessoas e coisas; fora dela, a iniqüidade é capaz de premiar o banditismo, em nome do poder. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21

    Justiça Divina [...] a Justiça de Deus [...] é a própria perfeição.
    Referencia: Ó, Fernando do• Almas que voltam• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Epíl•

    [...] A Justiça do Pai é equânime e ninguém fica impune ou marginalizado diante de suas leis, mas, ela é, sobretudo, feita de amor e misericórdia, possibilitando ao faltoso renovadas ensanchas de redenção [...].
    Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Obsessão/desobsessão: profilaxia e terapêutica espíritas• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 11


    Justiça
    1) Atributo pelo qual, ao tratar com as pessoas, Deus age de acordo com as normas e exigências da perfeição de sua própria natureza (Sl 119:142). Por isso Deus castiga tanto os incrédulos (Dt 33:21); (Sl 96:13) como o seu próprio povo (Sl 50:5-7); (Is 28:17) e, com imparcialidade, socorre os necessitados (Dt 10:17-18); (Sl 72:2)

    2) Ato pelo qual Deus, em sua graça e em conformidade com a sua ALIANÇA, selada com o sofrimento, morte e ressurreição de Cristo, perdoa as pessoas fracas, perdidas e sem justiça própria, aceitando-as através da fé (Rm 3:21-26); (1Co 1:30); (2Co 5:21). 3 Qualidade que leva os cristãos a agirem corretamente, de acordo com os mandamentos de Deus (Mq 6:8); (Rom 6:13,19); Ef

    Justiça Nos evangelhos, o termo se reveste de vários significados:

    1. A ação salvadora de Deus (Mt 3:15; 21,32), que se manifesta gratuita e imerecidamente (Mt 20ss.).

    2. A justificação que Deus faz do pecador, em virtude da fé em Jesus (Mt

    9,13; Mc 2:17; Lc 5:32).

    3. O comportamento justo de uma pessoa (Mt 6:1ss.), que não deve ter finalidades exibicionistas, que caracteriza os seguidores de Jesus (Mt 6:33) e é fruto do arrependimento. Tal como a praticam certos religiosos — como os escribas e fariseus — é insuficiente para se entrar no Reino dos Céus (Mt 5:20).

    Ela parte realmente não do desejo de se ganhar a salvação pelos próprios méritos, mas da gratuidade porque nós já a recebemos.

    K. Barth, o. c.; J. Driver, Militantes...; C. Vidal Manzanares, De Pentecostés...


    Povo

    substantivo masculino Conjunto das pessoas que vivem em sociedade, compartilham a mesma língua, possuem os mesmos hábitos, tradições, e estão sujeitas às mesmas leis.
    Conjunto de indivíduos que constituem uma nação.
    Reunião das pessoas que habitam uma região, cidade, vila ou aldeia.
    Conjunto de pessoas que, embora não habitem o mesmo lugar, possuem características em comum (origem, religião etc.).
    Conjunto dos cidadãos de um país em relação aos governantes.
    Conjunto de pessoas que compõem a classe mais pobre de uma sociedade; plebe.
    Pequena aldeia; lugarejo, aldeia, vila: um povo.
    Público, considerado em seu conjunto.
    Quantidade excessiva de gente; multidão.
    [Popular] Quem faz parte da família ou é considerado dessa forma: cheguei e trouxe meu povo!
    substantivo masculino plural Conjunto de países, falando em relação à maioria deles: os povos sul-americanos sofreram com as invasões europeias.
    Designação da raça humana, de todas as pessoas: esperamos que os povos se juntem para melhorar o planeta.
    Etimologia (origem da palavra povo). Do latim populus, i “povo”.

    Reinar

    verbo intransitivo Governar um Estado como chefe supremo, especialmente como rei: Dom Pedro II reinou até 1889.
    Governar, proceder como rei: a arte de reinar.
    Figurado Dominar, estar em voga, prevalecer: essa moda reinou por pouco tempo.
    Existir, durar certo tempo: reinava silêncio na assembléia.
    Grassar, tratando-se de moléstias, de pragas: reinava a tiririca em grande trecho do terreno.
    Estar em pleno domínio: a noite reina.
    [Popular] Brincar, folgar; fazer travessuras.

    reinar
    v. 1. tr. ind. e Intr. Governar na qualidade de rei ou rainha. 2. tr. ind. e Intr. Ter grande prestígio ou influência; dominar, imperar. 3. tr. ind. e Intr. Aparecer, patentear-se; tornar-se notável; sobressair. 4. Intr. Grassar. 5. Intr. Mexer nalguma coisa, fazer travessuras: Toda criança gosta de reinar. 6. Intr. Fazer troça, reinação.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    II Samuel 8: 15 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Reinou, pois, Davi sobre todo o Israel; e Davi fazia julgamento e justiça a todo o seu povo.
    II Samuel 8: 15 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    998 a.C.
    H1732
    Dâvid
    דָּוִד
    de Davi
    (of David)
    Substantivo
    H1961
    hâyâh
    הָיָה
    era
    (was)
    Verbo
    H3478
    Yisrâʼêl
    יִשְׂרָאֵל
    Israel
    (Israel)
    Substantivo
    H3605
    kôl
    כֹּל
    cada / todo
    (every)
    Substantivo
    H4427
    mâlak
    מָלַךְ
    ser ou tornar-se rei ou rainha, reinar
    (reigned)
    Verbo
    H4941
    mishpâṭ
    מִשְׁפָּט
    julgamento, justiça, ordenação
    (and judgment)
    Substantivo
    H5921
    ʻal
    עַל
    sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
    ([was] on)
    Prepostos
    H5971
    ʻam
    עַם
    as pessoas
    (the people)
    Substantivo
    H6213
    ʻâsâh
    עָשָׂה
    E feito
    (And made)
    Verbo
    H6666
    tsᵉdâqâh
    צְדָקָה
    justiça, retidão
    (for righteousness)
    Substantivo


    דָּוִד


    (H1732)
    Dâvid (daw-veed')

    01732 דוד David raramente (forma plena) דויד Daviyd

    procedente do mesmo que 1730, grego 1138 δαβιδ; DITAT - 410c; n pr m Davi = “amado”

    1. filho mais novo de Jessé e segundo rei de Israel

    הָיָה


    (H1961)
    hâyâh (haw-yaw)

    01961 היה hayah

    uma raiz primitiva [veja 1933]; DITAT - 491; v

    1. ser, tornar-se, vir a ser, existir, acontecer
      1. (Qal)
        1. ——
          1. acontecer, sair, ocorrer, tomar lugar, acontecer, vir a ser
          2. vir a acontecer, acontecer
        2. vir a existir, tornar-se
          1. erguer-se, aparecer, vir
          2. tornar-se
            1. tornar-se
            2. tornar-se como
            3. ser instituído, ser estabelecido
        3. ser, estar
          1. existir, estar em existência
          2. ficar, permanecer, continuar (com referência a lugar ou tempo)
          3. estar, ficar, estar em, estar situado (com referência a localidade)
          4. acompanhar, estar com
      2. (Nifal)
        1. ocorrer, vir a acontecer, ser feito, ser trazido
        2. estar pronto, estar concluído, ter ido

    יִשְׂרָאֵל


    (H3478)
    Yisrâʼêl (yis-raw-ale')

    03478 ישראל Yisra’el

    procedente de 8280 e 410, grego 2474 Ισραηλ; n pr m

    Israel = “Deus prevalece”

    1. o segundo nome dado a Jacó por Deus depois de sua luta com o anjo em Peniel
    2. o nome dos descendentes e a nação dos descendentes de Jacó
      1. o nome da nação até a morte de Salomão e a divisão
      2. o nome usado e dado ao reino do norte que consistia das 10 tribos sob Jeroboão; o reino do sul era conhecido como Judá
      3. o nome da nação depois do retorno do exílio

    כֹּל


    (H3605)
    kôl (kole)

    03605 כל kol ou (Jr 33:8) כול kowl

    procedente de 3634; DITAT - 985a; n m

    1. todo, a totalidade
      1. todo, a totalidade de
      2. qualquer, cada, tudo, todo
      3. totalidade, tudo

    מָלַךְ


    (H4427)
    mâlak (maw-lak')

    04427 מלך malak

    uma raiz primitiva; DITAT - 1199,1200; v

    1. ser ou tornar-se rei ou rainha, reinar
      1. (Qal) ser ou tornar-se rei ou rainha, reinar
      2. (Hifil) tornar alguém rei ou rainha, fazer reinar
      3. (Hofal) ser feito rei ou rainha
    2. aconselhar, tomar conselho
      1. (Nifal) considerar

    מִשְׁפָּט


    (H4941)
    mishpâṭ (mish-pawt')

    04941 משפט mishpat

    procedente de 8199; DITAT - 2443c; n m

    1. julgamento, justiça, ordenação
      1. julgamento
        1. ato de decidir um caso
        2. lugar, corte, assento do julgamento
        3. processo, procedimento, litigação (diante de juízes)
        4. caso, causa (apresentada para julgamento)
        5. sentença, decisão (do julgamento)
        6. execução (do julgamento)
        7. tempo (do julgamento)
      2. justiça, direito, retidão (atributos de Deus ou do homem)
      3. ordenança
      4. decisão (no direito)
      5. direito, privilégio, dever (legal)
      6. próprio, adequado, medida, aptidão, costume, maneira, plano

    עַל


    (H5921)
    ʻal (al)

    05921 על ̀al

    via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

    1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
      1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
      2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
      3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
      4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
      5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
      6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
      7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
      8. para (como um dativo) conj
    2. por causa de, porque, enquanto não, embora

    עַם


    (H5971)
    ʻam (am)

    05971 עם ̀am

    procedente de 6004; DITAT - 1640a,1640e; n m

    1. nação, povo
      1. povo, nação
      2. pessoas, membros de um povo, compatriotas, patrícios
    2. parente, familiar

    עָשָׂה


    (H6213)
    ʻâsâh (aw-saw')

    06213 עשה ̀asah

    uma raiz primitiva; DITAT - 1708,1709; v.

    1. fazer, manufaturar, realizar, fabricar
      1. (Qal)
        1. fazer, trabalhar, fabricar, produzir
          1. fazer
          2. trabalhar
          3. lidar (com)
          4. agir, executar, efetuar
        2. fazer
          1. fazer
          2. produzir
          3. preparar
          4. fazer (uma oferta)
          5. atender a, pôr em ordem
          6. observar, celebrar
          7. adquirir (propriedade)
          8. determinar, ordenar, instituir
          9. efetuar
          10. usar
          11. gastar, passar
      2. (Nifal)
        1. ser feito
        2. ser fabricado
        3. ser produzido
        4. ser oferecido
        5. ser observado
        6. ser usado
      3. (Pual) ser feito
    2. (Piel) pressionar, espremer

    צְדָקָה


    (H6666)
    tsᵉdâqâh (tsed-aw-kaw')

    06666 צדקה ts edaqaĥ

    procedente de 6663; DITAT - 1879b; n. f.

    1. justiça, retidão
      1. retidão (no governo)
        1. referindo-se ao juiz, governante, rei
        2. referindo-se à lei
        3. referindo-se ao rei davídico, o Messias
      2. justiça (como atributo de Deus)
      3. justiça (num caso ou causa)
      4. justiça, veracidade
      5. justiça (aquilo que é eticamente correto)
      6. justiça (vindicada), justificação, salvação
        1. referindo-se a Deus
        2. prosperidade (referindo-se ao povo)
      7. atos justos