Enciclopédia de I Reis 7:7-7

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

1rs 7: 7

Versão Versículo
ARA Também fez a Sala do Trono, onde julgava, a saber, a Sala do Julgamento, coberta de cedro desde o soalho até ao teto.
ARC Também fez o pórtico para o trono onde julgava, para pórtico de juízo, que estava coberto de cedro de soalho a soalho.
TB Fez também o Pórtico do Trono, onde julgasse, a saber, o Pórtico do Juízo, o qual era coberto de cedro desde o soalho ao teto.
HSB וְאוּלָ֤ם הַכִּסֵּא֙ אֲשֶׁ֣ר יִשְׁפָּט־ שָׁ֔ם אֻלָ֥ם הַמִּשְׁפָּ֖ט עָשָׂ֑ה וְסָפ֣וּן בָּאֶ֔רֶז מֵהַקַּרְקַ֖ע עַד־ הַקַּרְקָֽע׃
BKJ Então, ele fez um pórtico para o trono onde poderia julgar o pórtico de juízo; e cobriu com cedro de um lado do chão até o outro.
LTT Também fez o pórtico para o trono onde julgava, isto é, o pórtico do juízo, que estava revestido de cedro de um canto do piso até o outro canto do piso.
BJ2 Fez o pórtico do trono, onde ele administrava a justiça, chamado pórtico do julgamento; era revestido de cedro desde o pavimento até o teto.[z]
VULG Nunc ergo mitte virum, cui credis, ut eat, et videat exterminium omne quod fecit nobis, et regionibus regis : et puniat omnes amicos ejus, et adjutores eorum.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de I Reis 7:7

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de I Reis Capítulo 7 do versículo 1 até o 51
3. O Palácio Construído em Treze Anos (I Reis 7:1-12)

A casa (ou palácio) de Salomão (1) se refere a um complexo de edifícios da realeza, cada parte supostamente conectada à outra (2-8) 31. Isto explica os treze anos de sua construção, em comparação com os sete de edificação do Templo. Grandes palácios foram descobertos em inúmeros lugares; uma escavação em Samaria revelou um complexo de localidades que abrangia cinco acres (veja J. W Crowfoot, K. M. Kenyon, E. L. Sukenik, The Buildings of Samaria). Pode ser que o Templo fosse apenas uma parte do complexo de edifícios da realeza'.

Os detalhes desses edifícios que faziam parte do complexo do palácio de Salomão se referem somente aos materiais e às dimensões. Nesta passagem nada é afirmado sobre as suas funções, embora algumas indicações sejam fornecidas mais adiante. Os traba-lhadores empregados na construção do Templo, sem dúvida, foram utilizados também na edificação do palácio. A casa do bosque do Líbano (2) recebeu esse nome porque o cedro dos seus inúmeros pilares e vigas, etc., vinha dos bosques do Líbano. Aparente-mente, foi usada como um edifício do tipo despensa e tesouraria (cf. 10.17,21). É útil a tradução que Moffatt faz dos versículos 4:5: "Havia três filas de janelas; e uma janela estava em frente à outra em cada fila, e as portas e as janelas, todas elas, eram quadra-das". Supõe-se que o pórtico ou salão de colunas (6) tenha sido uma entrada sustenta-da por pilares para a casa do bosque do Líbano, ou talvez uma entrada para todo o complexo do palácio. O pórtico para o trono (7), ou Salão do Julgamento era o lugar do trono (10:8-20), onde o rei ouvia os casos e proferia as sentenças.

As áreas dos alojamentos do próprio Salomão, da filha de Faraó (8) e, supostamen-te, de suas outras esposas estavam além do pórtico (Salão do Julgamento?), dentro da área do pátio. O historiador não menciona especificamente se formavam uma parte do complexo. Ele dá uma indicação de que isso possa ser verdade quando se refere a um grande pátio (9,12) e a um pátio menor (8). Existe também uma sugestão na tradução de 9b da versão RSV em inglês: "do pátio da casa do Senhor ao grande pátio".

Como não há algo definido a respeito da disposição dos vários edifícios, existem, naturalmente, diferentes disposições propostas nos comentários e nos dicionários bíblicos. Uma proposta interessante, com muito a seu favor, é a de Kurt Galling, Biblisches Reallexikon (Tubingen: J. C. B. Mohr), em IDB". Uma disposição completamente dife-rente é apresentada em ISBE, V, p. 2.932.

4. Hirão de Tiro, Engenheiro Especialista em Bronze (7:13-45)

Aqui a atenção se volta para o Templo, em particular aos seus acessórios de bronze". Aquilo que parece ser uma interrupção quando se fornecem os detalhes sobre o palácio de Salomão, agora pode ser compreendido como uma sugestão indireta de que os outros edifícios da realeza, juntamente com o Templo, constituíam todo o complexo Templo-palácio. Desta forma, não teria havido uma interrupção, afinal.
Esta passagem apresenta dificuldades, tais como termos técnicos cujos significados se perderam, e diferenças entre os textos hebraico e grego. O leitor é remetido à obra de Keil, The Books of the Kings, pp. 95-118, que constitui um dos tratamentos mais detalha-dos desta passagem. Outra fonte útil é ISBE, V, pp. 2940-42. A passagem foi considera-velmente esclarecida por meio de investigações arqueológicas.

A escolha de Hirão (13) se deu com base em sua reputação como um artesão habili-doso e talentoso. Ele era de Tiro, a mesma cidade do rei Hirão (5,1) ; no entanto, não se trata da mesma pessoa. A sua mãe era uma israelita de Naftali, uma tribo estabelecida ao norte que fazia fronteira com a Fenícia; isto explica como ela veio a se casar com um homem de Tiro. A sua viuvez pode ter sido uma causa secundária para a seleção de seu filho. Este veio ao rei Salomão e fez toda a sua obra (14).

a. As colunas Jaquim e Boaz (7:15-22; 2 Cron 3:15-17). Os primeiros objetos do trabalho de Hirão foram duas colunas de bronze (15) com aproximadamente 9x6 metros de diâmetro. Os detalhes a respeito dos capitéis (16) não são claros hoje em dia. Elas eram muito decora-das com obra de rede, obra de cadeia, obra de lírios, romãs, etc. (17-20). Pode-se ter alguma idéia dos capitéis das colunas a partir dos achados em Megido e em Hazor. Os capitéis do Templo mediam cinco côvados (16), cerca de 2,25 metros de altura. Os qua-tro côvados (19) ou 1,8 metro se referem à utilização da obra de lírio e não ao tamanho total do capitel". Em cima do bojo (20), significa "acima da projeção arredondada".

Essas colunas ficavam na entrada do Templo, que estava sobre uma plataforma de 3 metros (Ez 41:8) ; um lance de dez degraus conduzia a elas e à entrada do Templo. Supõe-se que Jaquim (21), o nome da coluna do sul, e Boaz, a do norte, sejam abreviaturas de expressões que davam uma importância simbólica às colunas; Jaquim, "Ele estabele-ce", é uma abreviatura da expressão "Que este templo permaneça para sempre". Boaz (lit., "na força de" — H. E. F.) é uma abreviatura de "Salomão desejou que Deus lhe desse resistência e durabilidade'.

Mais recentemente, entendeu-se o significado simbólico destes nomes em termos dos oráculos dinásticos ou pronunciamentos em nome do rei: Jaquim pode ter signifi-cado "Jeová estabelecerá [yakin] o teu trono para sempre"; e Boaz, "Na força de Jeová possa o rei se alegrar'. Isto destaca ainda mais o Templo como o lugar de adoração do rei. Também enfatiza a sua posição exemplar perante o povo de Israel, e o seu papel representativo entre Deus e o povo. Esta é uma das ênfases do historiador ao longo dos livros dos Reis: conforme o rei se comporta, moral e espiritualmente, assim também o fará a nação de Israel.

Com relação ao objetivo dessas colunas, uma proposta significativa é a de que elas eram imensos altares de fogo onde o incenso sagrado era queimado. O brilho do fogo durante a noite e a fumaça durante o dia eram, talvez, lembranças da coluna de nuvem durante o dia, e da coluna de fogo durante a noite (Êx 40:35-38) dos dias do deserto'. Sendo este o caso, haveria uma sugestão simbólica da presença divina no passado e no presente de Israel.

  1. O grande mar de bronze (7:23-26). O mar de bronze (yam, não é a palavra usual para "pia", que é kiyyor, como em
    40) era um dos dois objetos admiráveis do pátio a leste do Templo. O grande altar, não mencionado aqui, mas sim em II Crônicas 4:1 e em Ezequiel 43:13-17, era o outro'. O mar de fundição (23) era uma grande tigela ou pia de 5x15 metros aproximadamente de diâmetro, com uma capacidade estimada entre 37 a 45 mil litros de água'. Dali saía a água usada quando os sacerdotes se lavavam (2 Cr 4.6). O mar de bronze deve ter sido uma visão impressionante, apoiado sobre doze touros de bronze, que estavam, de três em três, voltados para os quatro pontos cardeais (25), com a espessura (um palmo,
    26) de cerca de 13 centímetros, e a sua borda como a flor de lírios. Todos esses objetos, grandes e pequenos, refletem um sacerdócio estabelecido e um sistema sacrificial.
  2. As dez bases de cobre e suas pias (7:27-39). Pode-se ter uma clara idéia dos muitos significados difíceis desta passagem por meio de sua leitura em alguma das versões em um linguajar moderno. As bases de bronze (ou de cobre) com rodas eram carros portáteis para as pias pequenas. Aparentemente eles deviam prover água em pontos convenientes afastados do grande mar. Cada base media 2x2x1,5 metros. O painel que cobria as molduras era decorado com leões, querubins e bois (28,29). O topo de cada base era aberto e equipado com uma cinta na qual deveria ser colocada uma bacia. As pias (38,39) tinham a forma de tigelas, mediam 2 metros de diâmetro, cada uma com capacidade de 750 a 900 litros (200 galões, 40x5). Cinco das pias portáteis eram colocadas ao lado sul do Templo, e cinco ao norte. O grande mar situava-se a leste da extremidade sudeste do Templo (39). Pias como estas, com ou sem rodas, foram encontradas por arqueólogos em diferentes locais. A sua finalidade específica era a de prover água para lavar os diferentes tipos de instrumentos usados para as ofertas queimadas no Templo.
  3. Resumo dos trabalhos em bronze de Hirão (7:40-45; 2 Cron 4:11-16). Pias, pás e bacias (40), recipientes menores não mencionados previamente, também estavam in-cluídos entre os objetos feitos por Hirão. Eram todos feitos de bronze polido (ou cobre brunido; 45). Na versão inglesa Tudor da KJV, latão designava qualquer liga de cobre -por exemplo, cobre-estanho ou cobre-zinco. Isto está preservado na versão ASV em in-glês; no entanto, na versão RSV em inglês a palavra "bronze" é usada, com exceção de poucas passagens, para traduzir nehosheth, o termo usado aqui.

A recuperação de objetos metálicos nas escavações e a sua análise fornecem base para a compreensão da palavra nehosheth como aplicável a uma liga de cobre e esta-nho, especialmente se usada com referência a objetos moldados. Não se sabe onde se inventou o uso de ligas, mas ele existia em países fora da Palestina antes de 2500 a.C. (por exemplo, Ur na Mesopotâmia). Ele não aparece na Palestina até a Idade Média do Bronze, um século antes de 2000 a.C.'. O bronze polido, particularmente para objetos tão grandes como o grande mar e as colunas, indica um avançado está-gio de trabalho em bronze, assim como a necessidade de uma grande força de traba-lho para o polimento.

  1. Objetos de Bronze Moldados na Planície do Jordão (7.46,47; cf. 2 Cr 4.17,18)

A moldagem de objetos tão grandes como as colunas e o grande mar era um notável feito de engenharia. Por exemplo, o peso do grande mar foi estimado entre 25 e 30 tone-ladas, enquanto, em comparação, o grande sino da Catedral de São Paulo, em Londres, pesa cerca de 17,5 toneladas. É compreensível o motivo por que não se averiguou o peso do bronze (47).

A localização do canteiro de argila, como também do minério de cobre e outros componentes necessários para a fabricação desses objetos era no lado leste do vale do Jordão, talvez a meia distância entre o mar da Galiléia e o mar Morto. Sucote (46) foi identificada com Deir Alla, situada ao norte do Jaboque, onde ele faz uma curva para o oeste, na direção do rio Jordão. Escavações neste lugar revelaram escórias de metais de todos os estágios da Idade do Ferro. Foram descobertos restos de fornalhas fora da cidade e em uma delas encontrou-se uma biqueira de cerâmica com um cadinho de cobre. Sartã (Zaretã ou Zereda em II Crônicas 4:17) é identificada com Tell es-Sdidiyeh, um notável lugar a aproximadamente 22 quilômetros ao norte de Adã (Js 3:16) — a moderna Tell ed-Damiyeh. As conclusões obtidas a partir da exploração da superfície, realizada por Nelson Glueck, de que este lugar era a Zaretã da época de Salomão fo-ram admiravelmente confirmadas pelas escavações de James B. Pritchard durante o inverno de 1963-64. Entre as muitas descobertas surpreendentes, estavam depósitos de bronze, um pesado caldeirão moldado com um jarro e uma peneira, um lance de escadas que levava declive abaixo a uma fonte. Estas e muitas outras descobertas mostram que este lugar pode ter sido uma próspera cidade de fundição de bronze na época de Salomão. A exploração destes dois lugares, como também de localidades na direção sul para Tell el-Kheleifeh na costa norte do Golfo de Ácaba, mostra que toda esta região, com os seus depósitos de cobre, restos de minas e de fornalhas a céu aber-to, era a região da indústria de cobre de Salomão'. Além disso, mostra que a referência ao cobre em Deuteronômio 8:9 é uma referência metalúrgica correta.

  1. Objetos de Ouro para o Templo (7:48-50; cf. 2 Cron 4.7,8,19-22)

Os objetos colocados e usados na nave do templo e no lugar santíssimo eram feitos de ouro, ou recobertos com este metal. Era o altar do incenso, de cedro recoberto de ouro (48) ; a mesa dos pães da proposição; dez castiçais de ouro, cinco do lado sul e cinco do lado norte, diante do oráculo ou Santo dos Santos (49; 2 Cron 4,7) ; e objetos menores e instrumentos como espevitadores, taças, apagadores, bacias, perfumadores e braseiros. Coiceiras (50), ou articulações (como dobradiças) de ouro de qualidade infe-rior ao "ouro finíssimo" eram usadas nas portas. O uso deste metal tem sugestões simbó-licas a respeito tanto da atitude do homem em relação a Deus como a sua devoção ao Senhor. Estes objetos eram do tipo similar àqueles do Tabernáculo; suas extensas di-mensões e o seu grande número são condizentes com o tamanho do Templo.

7. O Tesouro de Davi é Transferido (7.51; cf. 2 Cron 5,1)

Aqui existe uma referência aos despojos de guerra como sinais da vitória sobre os moabitas, edomitas, sírios, amonitas, filisteus e amalequitas. Davi havia consagrado estes tesouros ao Senhor (2 Sm 8:9-12) 43. Salomão os trouxe e os colocou entre os tesouros da Casa do Senhor (51), talvez em uma seção da área da câmara lateral do templo.

Aqui a informação, juntamente com o que é dito em outras passagens (veja especial-mente adiante, II Reis 12:4-16), indica que os sacerdotes do Templo mantinham uma quantia monetária à parte do tesouro nacional, ou estatal, supostamente como objetivo da manuten-ção e conservação do Templo e dos seus utensílios, para o sustento dos sacerdotes que oficia-vam, juntamente com as suas famílias e serviçais. Pode-se supor também que foi instituí-da uma taxa do Templo, depois da sua inauguração e entrada em operação, isto com base nos dias do Tabernáculo, quando cada homem adulto, acima de 20 anos de idade, tinha que pagar meio siclo como uma oferta ao Senhor para afastar uma praga depois de um censo (Êx 30:11-16 – meio siclo, metade de 11,424 gramas, o peso estimado de um siclo) 44.

Sabe-se que os templos antigos da Mesopotâmia e do Egito eram centros de comér-cio, assim como locais religiosos. Parece que se o Templo de Salomão enveredou por esse caminho foi somente com o interesse de prover animais para o sacrifício ou outros mate-riais para aqueles que vinham de longe a fim de adorar ali. Se isto não foi uma evolução do período de Salomão e dos reis seguintes, foi dos tempos do pós-exílio até os dias do Novo Testamento.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de I Reis Capítulo 7 versículo 7
No Antigo Oriente, o que mais se esperava do rei era que fizesse justiça aos seus súditos (ver 1Rs 10:9,). Daí a importância desta Sala do Trono ou Sala do Julgamento, onde o rei presidia os julgamentos legais. Conforme 2Sm 15:2-6.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de I Reis Capítulo 7 do versículo 1 até o 51
*

7:2

a Casa do Bosque do Líbano. Provavelmente foi assim chamado o palácio por causa do extenso uso de cedro pelo lado de dentro. Esse complexo provavelmente estava localizado imediatamente ao sul do templo.

cem côvados de comprimento, cinqüenta de largura, e trinta de altura. Embora fosse da mesma altura que o templo, o palácio de Salomão era consideravelmente mais comprido e tinha o dobro da largura (6.2).

* 7:6

o Salão das Colunas. Tendo a metade do comprimento do palácio e cerca de dois terços de sua largura (7.2), essa construção provavelmente era um impressionante salão de entrada.

* 7:7

a Sala do Julgamento. Essa era a sala onde Salomão cumpria formalmente os seus deveres como administrador do santo reino de Deus (3.16, nota).

* 7.13-51

Esta parte da narrativa não obedece a uma ordem cronológica. Salomão, na realidade, começou a tomar providências para equipar o templo, antes que este tivesse sido concluído (2Cr 2:7,13,14).

*

7:13

Hirão. Esse Hirão não deve ser confundido como o rei fenício do mesmo nome, com quem Salomão ratificara um tratado para o suprimento de materiais e operários especializados (5.1-12).

* 7:15

duas colunas de bronze. Cada uma dessas colunas foi posta de um lado da entrada do templo (v. 21). Não fica claro se elas estavam de pé sem tocar no edifício do templo ou se sustentavam um telhado, que também cobria o pórtico do templo.

* 7.18-20

Os capitéis. Eram comuns, no antigo Oriente Próximo, capitéis bem ornamentados.

* 7:23

o mar de fundição. Uma gigantesca bacia circular com capacidade de até cerca de 30 mil litros de água (2Cr 4:5, nota). De acordo com Crônicas, os sacerdotes usavam o mar em suas purificações (2Cr 4:6). Sua significação simbólica é questionada. Alguns eruditos destacam os atributos positivos da água como doadora de vida, ao passo que outros argumentam que o mar de bronze celebrava o poder de Deus sobre as forças do caos, tipificadas pelo mar (conforme Ap 21:1).

* 7:25

doze bois. A imensa bacia de bronze repousava sobre quatro tríadas de bois, voltados para os quatro pontos cardeais. No antigo Oriente Próximo, os bois simbolizavam a força física e reprodutiva. O posicionamento deles indicava o senhorio universal de Deus.

* 7:27

de bronze dez suportes. Esses vagões portáteis e grandemente enfeitados sustentavam bacias de água (v. 38). Os sacerdotes usavam a água para lavar os pedaços de animais que tinham sido mortos para servir como ofertas nos holocaustos (Lv 1:9,13; 2Cr 4:6).

* 7:40

as pás, e as bacias. Os sacerdotes usavam as pás para remover as cinzas do altar, e as bacias eram usadas para os ritos que envolviam sangue ou água (ver Êx 27:3; Jr 52:18).

* 7:46

Sucote. Esse centro metalúrgico estava localizado a leste do rio Jordão, ao norte do Vádi Jaboque (Gn 33:17; Js 13:27; Jz 8:4,5). Zaretã ficava nas proximidades.

* 7:48

o altar de ouro... a mesa de ouro. O mesmo altar descrito em 6.22. Os "pães da proposição" (1Sm 21:4,6), dispostos sobre a mesa de ouro, eram considerados uma oferenda a Deus (Êx 25:23-30; Lv 24:5-9; Nm 4:7; 2Cr 13:11; Mt 12:4).

* 7:49

castiçais. Havia dez desses castiçais no templo, em comparação com um único castiçal no tabernáculo (Êx 25:31-40; 26:35).

* 7:51

Davi, seu pai. Durante o seu período de governo, Davi acumulou despojos das campanhas militares e recebeu tributo de uma grande variedade de nações (2Sm 8:9-12; 13 18:7-13.18.11'>1Cr 18:7-11; 2Cr 5:1).

tesouros da Casa do SENHOR. Depósitos para guardar as riquezas do governo, algumas vezes usadas como tributos pelos reis, para afastar invasores estrangeiros (15.18; 2Rs 12:18; 13 12:18-16'>18.13-16). Um tesouro era também objeto de assaltos por parte de reis opositores (1Rs 14:25,26; 2Rs 14:13,14).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de I Reis Capítulo 7 do versículo 1 até o 51
7:1 O fato de que Salomão tenha tomado mais tempo em construir seu palácio que em construir o templo, não é um comentário sobre suas prioridades. O projeto de seu palácio tomou mais tempo porque era parte de um enorme edifício cívico que incluía barracos e albergue para seu harém.

7:14 Hiram era um perito artesão. Salomão só escolheu aos melhores.

7:23 Este "mar" era um enorme tanque. Desenhado e usado para os lavamientos cerimoniosos dos sacerdotes, estava colocado no átrio do templo perto do altar do holocausto. Ali os sacerdotes se lavavam antes de oferecer os sacrifícios ou entrar em templo (Ex 30:17-21).

7.27-39 Estas "dez bases" eram suportes mutáveis que sustentavam lavatórios utilizados para lavar as diferentes parte de quão animais seriam sacrificados. Eram mutáveis para transportá-lo com facilidade ao lugar que fora necessário.

7.40-47 Os artigos de bronze que fez Hiram se veriam muito estranhos nas Iglesias atuais, mas alguns cristãos utilizam outros artigos para realçar os serviços. Os vitrais, cruzes, púlpitos, hinários e mesas de comunhão servem como úteis para a adoração. Embora os instrumentos de adoração podem variar, o propósito não deverá trocar nunca: dar honra e glória a Deus.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de I Reis Capítulo 7 do versículo 1 até o 51

C. SALOMÃO PALÁCIO (


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de I Reis Capítulo 7 do versículo 1 até o 51
  • Construção (6—7)
  • Por favor, examine seu dicionário bíblico para a planta baixa do tem-plo. Você verá que a área do templo incluía edificações adicionais ao próprio templo (7:1-12). Primeiro, Salomão construiu o templo, o que levou sete anos (6:38). Depois, ele construiu a casa do rei e as outras estruturas e os átrios que compu-nham o recinto do templo (9:10). O projeto todo levou 20 anos.

    Não pyecom entra em to-dos os detalhes da construção do templo. Você perceberá que a di-mensão do próprio templo é o do-bro da do tabernáculo, portanto o templo em si mesmo não era uma estrutura enorme. O templo io\ te\- ' to com pedra cortada revestida com madeira, e esta revestida com ouro, e ele foi enfeitado com pedras pre-ciosas. Em 6:7, vemos que as pedras eram preparadas nas pedreiras e ajustadas sem barulho no local da construção. Os talhadores das pe-dras seguiam as plantas de Deus, portanto tudo se encaixava. Esse é um bom exemplo a ser seguido por nós, trabalhadores cristãos de hoje, quando ajudamos na edificação do templo dele, a igreja (Ef 2:19-49; e veja 1Pe 2:5-60).

    O templo era maior e mais ela-borado que o tabernáculo. Não era uma tenda temporária coberta com peles; antes, era uma construção magnífica de pedra que não podia ser movida. Havia janelas e piso no templo (6:4 e 6:15), duas coisas que o tabernáculo não tinha. Salomão acrescentou dois querubins ao Santo dos Santos (6:23-30) e colocou a arca sob eles. Em vez de um pátio exterior poeirento, o templo tinha um bonito pórtico (7:1-12) com dois pilares (vv. 13-22), e deu-lhes os nomes de "Ja- quim" ("ele estabelece") e Boaz ("a força está nele"). A força e a estabili-dade pertenciam ao Senhor, e agora

    pevtencenam ao seu povo quando se estabelecesse em sua terra. Fizeram um grande "mar de fundição" (7:23- 26), sobre o qual assentavam-se 12 bois, em vez da pequena bacia. Eles fizeram também dez pias de bron-ze portáteis (7 -.27 -31) para usar em toda a área do templo. Segundo Crô-nicas 4:1 revela-nos que o altar de bronze era do mesmo tamanho que o do Santo dos Santos. Havia dez candeeiros, em vez de um candela-bro (2Co 4:7-47), como também dez mesas para o pão.

    O Antigo Testamento não nos dá tantas instruções em relação ao sentido do templo, como acontece em relação ao tabernáculo. Algu-mas pessoas vêem o tabernáculo como uma imagem da humildade de Cristo na terra, e o templo, como um tipo de seu ministério em glória atual, em que constrói o "santo tem-plo" de pedras vivas. Ou o taberná-culo tipifica nossa vida peregrina atual, ao mesmo tempo que o tem-plo (uma construção permanente) retrata nosso glorioso reinado com Cristo quando ele retornar. É trágico que os judeus cressem na presença do templo, em vez de na promessa do Senhor; pois, em menos de 500 anos, quando são feitos cativos por causa de seus pecados, o templo é destruído. Em 6:11 -13, Deus lembra Salomão de que o importante é obe-decer à sua Palavra, e não construir um templo magnífico.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de I Reis Capítulo 7 do versículo 1 até o 51
    7.1 Por que Salomão levou treze anos para construir sua própria casa depois de ter gasto apenas metade deste tempo, sete anos (6.38), para edificar o templo? Em primeiro lugar, temos de considerar todos os preparativos, já feitos pelo rei Davi, antes de Salomão começar a obra (1Cr 29:1-13). Em segundo lugar, é necessário pensar nos 180:000 homens que Salomão contratou para a construção do templo (5:13-16). É claro que esta leva de obreiros não trabalhou durante vinte anos: sete foram suficientes, como se vê em

    9.10 Palácios. A maneira mais acertada de entender-se o texto seria "casa", no singular, compreendendo-se, então, que as várias "casas" mencionadas nos versículo 2, 6, 7 e 8 nada mais eram senão o conjunto de aposentos que forma o palácio todo.

    7.2 A Casa do Bosque do Líbano. Seria a grandiosa sala especial para festas cívicas, "recebendo o nome de "Bosque do Líbano"; por ser totalmente, revestida com madeira de cedro vindo dali.

    7.6 Salão das Colunas. Seria a sala de espera, um tipo de sala de estar pública, perto da Sala do Trono.

    7.7 Sala do Trono. O auditório dos julgamentos, que serviria como sala das reuniões do rei com seus conselheiros.

    7.8 Sua casa. Os aposentos reais, a moradia da família real, que não era uma casa separada, mas sim, ficava atrás da Sala do Trono. Para a filha de Faraó. Um apartamento particular para aquela que, aliás, é o penhor da aliança com o Egito. Foi a única vez, na história de Israel, que o Faraó pôde considerar ao rei local como um monarca em pé de igualdade com ele. Mais tarde, Salomão desenvolveu um harém tipo oriental, tentando imitar, em tudo, os grandes potentados da vizinhança (1Rs 11:3).

    7.9 Átrio Maior. Três lados deste átrio davam para partes do palácio, e o quarto lado para o Templo.

    7.13 Hirão. Parece certo que se trata de um personagem bem diferente do rei de Tiro. Talvez era nome comum entre os sidônios. Os israelitas raras vezes tiveram técnicos e artistas. O seu nome é citado em 2Cr 2:13 como Hirão-Abi.

    7.15 Duas Colunas. Não exerciam a função de sustentáculo. Eram ornamentais e simbólicas, como se verá pelos seus nomes mencionados no v. 21.

    7.21 Jaquim, "Ele estabelecerá". Boaz, "Ele vem em poder". As colunas apontam para a presença consoladora de Deus entre Seus fiéis, e para a Sua futura vinda, encarnado na pessoa de Cristo.

    7.23 O mar de fundição. lemos em 2Cr 4:6 que "o mar era para que os sacerdotes se lavassem nele". A sua altura era de cinco côvados, ou seja, mais de dois metros, e compreende-se que os sacerdotes não se lavavam dentro do mar, o qual era apenas um depósito de água para os serviços de lavagens, de onde se tirava a água necessária, donde vem o sentido da expressão acima: "se lavassem por meio dele", o que está de acordo com o texto hebraico.

    7:23-50 Vale a pena estudar os utensílios do Tabernáculo descritos em Êx 37:1-38.8. Em muitos pormenores revela-se, na descrição do Templo, uma semelhança às obras do Tabernáculo, não obstante algumas diferenças. Há uma simples bacia de bronze no Tabernáculo (Êx 38:8), enquanto Salomão instalava no Templo o grande mar de fundição e dez bacias menores, transportáveis. No lugar de um único candelabro, com as sete hastes, (inclusive a haste central); que se encontrava no Tabernáculo (Êx 37:17-22), Salomão mandou confeccionar 10 castiçais (49). O altar de ouro mencionado no v. 48, deve ser o equivalente ao altar de incenso do Tabernáculo, descrito em Êx 7:25-28. Já que esta descrição dos móveis e utensílios do Templo não menciona nenhum altar de bronze, para os sacrifícios, é de se concluir que, então, ainda havia o altar de bronze do Tabernáculo do tempo de Moisés, e que teria sido usado até à confecção do altar maior, mencionado em 2Cr 4:1.

    7.26 Batos. O bato é uma medida Dt 22:0 menciona que o mar comportava 3.000 batos Talvez isto queira dizer que a sua capacidade líquida seriaDt 3:0, e seu conteúdo normal Dt 2:0 batos de água. Um cientista tomou por modelo uma bacia funda, da Índia, montada em quatro elefantes de madeira, e calculou que seria mesmo possível colocar 66.000 litros de água numa bacia de tal tipo, com uma circunferência de 1Rs 13:8 m, e que quatro dedos de bronze agüentariam este conteúdo. Verificou também a possibilidade de fundi-la em terra barrenta (46).

    7.27 Suportes. Eram vagões para carregar as pias mencionadas no v. 38, que recebiam sua água do mar de fundição. A palavra hebraica é machon, a qual deu origem à palavra "máquina", usando-se hoje o forma feminina para "ônibus", em Israel.

    7.36 Gravou. Note-se que, embora o Segundo Mandamento (Êx 20:4-6) proibisse fazer-se imagens para serem adoradas, não havia razão para considerar-se ilícitos os adornos no Templo. Judeus que viveram séculos mais tarde decidiram relacionar este mandamento com todo e qualquer tipo de arte ou manufatura.

    7.51 Todas as dádivas recebidas que hão foram diretamente empregadas na confecção de objetos para o Templo, eram guardadas na tesouraria para o despesas de futuros concertos, e também para se formar um tipo de Fundo Nacional, para os tempos de emergência.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de I Reis Capítulo 7 do versículo 1 até o 51
    A outra construção de Salomão em Jerusalém (7:1-12)

    Um período de paz em todo o Oriente Médio permitiu a Salomão que dedicasse 20 anos e grande quantidade de recursos aos projetos de construção. O monte ao norte de Ofel foi transformado de um terreno irregular ao redor da eira de Araúna em um complexo impressionante de construções. Jerusalém tornou-se não somente uma cidade de poder, mas de esplendor. No extremo norte, ficava o templo com ou o altar de bronze ou o Lugar Santo situados imediatamente no lugar do altar de Davi (2Sm 24:18), provavelmente onde está localizada atualmente a mesquita do domo da Rocha, o lugar tradicionalmente associado ao sacrifício que Abraão faria de Isaque. Logo abaixo, estava o palácio para sua moradia e o palácio para a filha do faraó (v. 8). Esses lugares de moradia ficavam mais ao fundo, separados dos prédios públicos, como a Sala do Trono (v. 7), o Palácio da Floresta do Líbano (v. 2), de 45 metros Pv 22:5 metros, usado como depósito, com o seu longo pórtico de colunas Dt 22:5 metros Pv 13:5 metros (v. 6). Assim, o templo, embora decorado e muito bem ornamentado, era somente uma pequena parte da magnificência da capela real, a alguns passos do palácio, que até dispunha de uma “entrada real” (2Rs 16:18 — possivelmente um acréscimo posterior). Ez 43:7,8 mostra a aversão profética a essa disposição.

    Os utensílios de bronze da área do templo (7:13-47)
    v. 13. Flurão, o artífice em bronze, meio-israelita, não deve ser confundido com o rei Hirão. Seguindo a habilidade de seu pai natural de Tiro, o seu trabalho segue os padrões fenícios, v. 14. A descrição extremamente hábil e experiente lembra Bezalel (Ex 31:4), embora aqui não seja especificamente atribuída ao Espírito de Deus. O bronze era farto nas minas de Salomão no vale da Arabá ao sul do mar Morto. Um centro de trabalho em bronze, identificado por N. Glueck com Zaretã (7.46), foi descoberto a oeste do Jordão, onde as profundas camadas de argila facilitariam o preparo dos moldes grandes necessários para as colunas (v. 15) e o tanque (v. 23,24). As duas colunas de bronze (v. 15; conforme também Jr 52:21-24) com oito metros e dez centímetros de altura e cinco metros e quarenta centímetros de circunferência, ocas, com espessura Dt 8:0) era mais simples e simbolicamente menos ambígua, mas se você contrata um artista estrangeiro ele vai se inspirar na sua cultura — você pode racionalizar isso como quiser, v. 40. os jarros, as pás e as bacias para aspersão de bronze eram para ofertas no grande altar de bronze, atribuído a Hurão em 2Cr 4:1, mas não incluído aqui (embora pressuposto em 8.22,64). Todos esses móveis de bronze estavam fora do templo propriamente dito, no pátio interno.

    Móveis de ouro do santuário (7:48- - 51a) v. 48. estes outros utensílios para o templo do Senhor eram de ouro. O altar de ouro (madeira de cedro, 6.20, revestido de ouro) para

    a oferta do incenso (conforme Êx 30:1), a mesa de ouro sobre a qual ficavam os pães da Presença (uma forma mais elaborada da provisão nos primeiros santuários javistas: v. 1Sm 21:6) e os candelabros de ouro puro estavam no hêkãl, e os utensílios menores, também de ouro, eram para o serviço associado a eles. v. 51a. Terminada toda a obra [...] para o templo do Senhor: mais tarde, os esforços ainda maiores nas outras construções foram concluídos. O significado econômico e social era tão grande quanto o religioso. Para um país de menos de meio milhão de habitantes, a construção representava um investimento imenso de mão-de-obra e recursos naturais, e era uma demonstração prestigiosa de um país em rápido crescimento. No âmbito social, era evidência da administração firme, talvez sem escrúpulos, de Salomão. A construção fez de Jerusalém o foco indisputável da vida política e religiosa do país sem, no entanto, inspirar a unidade nacional que o carisma de Davi havia inspirado.

    A consagração do templo (7.51b— 8,66) (2Cr 5:1-14).


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de I Reis Capítulo 7 do versículo 1 até o 12
    d) Os palácios de Salomão em Jerusalém (1Rs 7:1-12)

    Esta seção (que se não inclui em II Crônicas) e que poderia parecer deslocada juntamente com a descrição do templo, não deixa de vir a propósito. Este era apenas um dos muitos edifícios que faziam parte do grande complexo arquitetônico. Ao norte ficava o templo dentro do seu próprio pátio (1Rs 6:36), depois o palácio real e o harém também no seu pátio (vers. 8 q. v.); para o sul e mais perto da cidade, ficavam certos edifícios públicos. Este conjunto era, por sua vez, rodeado pelo pátio grande (12). Cfr. o protesto de Ezequiel (Ez 43:8).

    A casa do bosque do Líbano (2), talvez assim chamada por causa do efeito produzido pelas fileiras de colunas de cedro. Era possivelmente um salão destinado a funções públicas com armaria e armazém anexos (1Rs 10:17; Is 22:8); em frente ficava um imponente pórtico de colunas (6) e do outro lado o pórtico de juízo (7). Não se dão pormenores respeitantes aos edifícios particulares a que se refere o vers. 8. Estes ficavam no segundo pátio, ou seja, o pátio do meio (2Rs 20:4). A casa da filha de Faraó (8) pode ter sido o harém e não um palácio apenas para ela. "E por fora até ao grande pátio" (9). Esta passagem é de difícil interpretação. Nenhuma das emendas a que tem sido sujeito esclarece o seu sentido. O muro do pátio grande era do mesmo tipo do do pátio interior (1Rs 6:36). A segunda metade do versículo parece estar deturpada.


    Dicionário

    Cedro

    substantivo masculino Nome comum de diversas árvores coníferas.
    A madeira dessas árvores, muito empregada em carpintaria.

    o cedro-do-líbano pertence à família das Pináceas. o seu principal habitat é nas cordilheiras do Touro e do Líbano, sendo esta última o seu limite mais meridional. o tronco dos maiores exemplares, que desta árvore existem na floresta do Líbano, mede 15 metros de circunferência, sendo a sua altura de quase 30 metros. os poetas hebreus consideravam o cedro-do-líbano, como o símbolo do poder e da majestade, da grandeza e da beleza, da força e da permanência (is 2:13Ez 17:3-22,23 – 31.3 a 18 – Am 2:9Zc 11:1-2). o cedro, no seu firme e contínuo crescimento, é comparado ao progresso espiritual do homem justo (Sl 92:12). Nas suas florestas naturais, a madeira do cedro é de superior qualidade. o principal madeiramento do primeiro templo e dos palácios reais, como o de Davi (1 Cr 14,1) era de cedro, sendo este último edifício chamado ‘a Casa do Boaque do Líbano’ (1 Rs 7.2). o cedro tornou-se tão comum em Jerusalém durante o reinado de Salomão como a inferior madeira do sicômoro era em tempos anteriores (1 Rs 10.27 – 2 Cr 9.27 – Ct 1:17). os posteriores reis de Judá, os imperadores da Assíria tinham habitações igualmente feitas daquela preciosa madeira (Jr 22. 14,15 – Sf 2:14). os navios de Tiro tiveram os seus mastros feitos de troncos dos cedros-do-líbano (Ez 27:5). Foi ainda o Líbano que forneceu a madeira dos seus cedros para o segundo templo de Zorobabel (Ed 3:7), e para o de Herodes.

    Cedro Árvore comum no Líbano, alta, FRONDOSA e resistente (Is 2:13). Fornecia madeira para construção (2Sm 7:7).

    Coberto

    adjetivo Tapado, revestido, recoberto.
    Protegido, defendido, resguardado.
    Pago, liquidado: promissória coberta.
    Excedido, ultrapassado: lanço coberto.
    substantivo masculino Lugar coberto; telheiro, alpendre.
    Pôr a coberto, pôr a salvo; defender, abrigar.

    Julgar

    verbo transitivo direto e intransitivo Decidir uma questão na qualidade de juiz ou árbitro: julgar uma ação judicial; sua profissão era julgar.
    verbo regência múltipla Proferir uma sentença, condenando ou absolvendo; sentenciar: julgou o bandido; o juiz julgou-o culpado; o juri julgou os empresários à cadeia; não se julga sem provas.
    Ter uma opinião sobre; expressar um parecer, um juízo de valor acerca de: julgou o cantor; julgaram do presidente por corrupção; a vida o julgará pelos seus erros; não se pode julgar.
    verbo transitivo direto e transitivo direto predicativo Tomar uma decisão em relação a; considerar: julgaram que era razoável continuar; julgaram horrível o seu texto.
    verbo transitivo direto e pronominal Imaginar-se numa determinada situação; supor: julgou que lhe dariam um contrato; julga-se menos esperto do que o irmão.
    Etimologia (origem da palavra julgar). Do latim judicare.

    Julgar
    1) Decidir como juiz, dando sentença de condenação ou de absolvição (Ex 18:13); (Dt 1:16)

    2) Castigar (Sl 110:6). 3 Censurar; condenar (Mt 7:1); (Jo 12:47); (Rm 14:3).

    4) Salvar; defender (Sl 35:24).

    5) Supor; imaginar; pensar (Lc 7:43); (At 8:20),

    Juízo

    substantivo masculino Ação de julgar; faculdade intelectual de julgar, entender, avaliar, comparar e tirar conclusões; julgamento.
    Apreciação acerca de algo ou alguém; opinião.
    Qualidade de quem age responsável e conscientemente; prudência.
    [Popular] Capacidade de agir racionalmente; razão: perder o juízo.
    [Jurídico] Tribunal em que questões judiciais são deliberadas ou analisadas: o divórcio está em juízo.
    [Jurídico] Reunião das ações realizadas pelos juízes no exercício de suas funções.
    Etimologia (origem da palavra juízo). Do latim judicium.ii.

    Juízo
    1) Ato de Deus baseado em sua JUSTIÇA, pelo qual ele condena ou absolve as pessoas (Sl 97:2)

    2) Sentença dada por Deus (Jr 48:47). 3 A palavra de Deus, suas leis e suas promessas (Sl 119:39).

    4) Na expressão “juízo final” ou outras semelhantes, o tempo em que Deus, ou o MESSIAS, julgará todas as pessoas, condenando os maus e salvando os JUSTOS (Sl 1:5); (Mt 10:15); (At 24:25).

    5) Julgamento feito de acordo com a vontade de Deus, no dia-a-dia e nos tribunais (Sl 72:1); (Pv 21:3).

    6) O próprio tribunal (Sl 112:5). 7)

    Pórtico

    substantivo masculino Portal de edifício nobre; portal: o edifício terá um pórtico de entrada em mármore travertino.
    [Arquitetura] Espaço coberto cujo teto está amparado por colunas ou pilares e que pode ser usado como entrada ou vestíbulo.
    Figurado Entrada que dá acesso a algo grandioso ou considerado complicado e difícil.
    Trave posicionada horizontalmente que, sustentada por outras na vertical, serve para erguer os aparelhos de ginástica.
    [Filosofia] Doutrina dos estoicos cujos conhecimentos eram passados sob um pórtico em Atenas.
    Etimologia (origem da palavra pórtico). Do latim porticus.us.

    Átrio amplo

    Pórtico ALPENDRE (1Rs 6:3).

    Pórtico Galeria ao ar livre, mas coberta por um telhado sustentado por uma colunata. Os evangelhos mencionam os cinco pórticos da piscina de Betesda (Jo 5:2) e o de Salomão (Jo 10:23), na fachada oriental do Templo.

    Soalho

    soalho s. .M Assoalho.

    Trono

    A cadeira, naqueles países em que, usualmente, as pessoas se sentavam no chão ou estavam reclinadas, era considerada um símbolo de dignidade (2 Rs 4.10 – Pv 9:14). Quando se quer significar especialmente um trono real, a expressão, de que geralmente se faz uso, é: ‘o trono do reino’ (Dt 17:18 – 1 Rs 1.46 – 2 Cr 7.18). Para subir até ao trono de Salomão havia seis degraus (1 Rs 10.19 – 2 Cr 9.18): era uma cadeira de braços, marchetada de figuras de marfim, e guarnecida de ouro nos lugares em que o marfim não se via. Em Cl 1:16, os ‘tronos’ representam uma alta jerarquia de seres angelicais, segundo as representações dos escritores apocalípticos. (*veja Apócrifos (Livros).)

    Trono
    1) Cadeira de rei (Is 6:1; Lc 1:32).


    2) Espírito, seja bom ou mau (Cl 1:16).


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    I Reis 7: 7 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Também fez o pórtico para o trono onde julgava, isto é, o pórtico do juízo, que estava revestido de cedro de um canto do piso até o outro canto do piso.
    I Reis 7: 7 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    966 a.C.
    H197
    ʼûwlâm
    אוּלָם
    pórtico
    (And the porch)
    Substantivo
    H3678
    kiççêʼ
    כִּסֵּא
    assento (de honra), trono, cadeira, banco
    (in the throne)
    Substantivo
    H4941
    mishpâṭ
    מִשְׁפָּט
    julgamento, justiça, ordenação
    (and judgment)
    Substantivo
    H5603
    çâphan
    סָפַן
    cobrir, revestir, revestido de lambris, coberto com tábuas ou lambris
    ([was he] seated)
    Verbo
    H5704
    ʻad
    עַד
    até
    (until)
    Prepostos
    H6213
    ʻâsâh
    עָשָׂה
    E feito
    (And made)
    Verbo
    H7172
    qarqaʻ
    קַרְקַע
    ()
    H730
    ʼerez
    אֶרֶז
    cedro
    (cedar)
    Substantivo
    H8033
    shâm
    שָׁם
    lá / ali
    (there)
    Advérbio
    H8199
    shâphaṭ
    שָׁפַט
    julgar, governar, vindicar, punir
    (judge)
    Verbo
    H834
    ʼăsher
    אֲשֶׁר
    que
    (which)
    Partícula


    אוּלָם


    (H197)
    ʼûwlâm (oo-lawm')

    0197 אולם ’uwlam ou (forma contrata) אלם ’ulam

    procedente de 481(no sentido de amarrar); DITAT - 45c; n m

    1. pórtico
      1. no templo de Salomão
      2. no palácio de Salomão
      3. no templo da visão de Ezequiel

    כִּסֵּא


    (H3678)
    kiççêʼ (kis-say')

    03678 כסא kicce’ ou כסה kicceh

    procedente de 3680; DITAT - 1007; n m

    1. assento (de honra), trono, cadeira, banco
      1. assento (de honra), trono
      2. dignidade real, autoridade, poder (fig.)

    מִשְׁפָּט


    (H4941)
    mishpâṭ (mish-pawt')

    04941 משפט mishpat

    procedente de 8199; DITAT - 2443c; n m

    1. julgamento, justiça, ordenação
      1. julgamento
        1. ato de decidir um caso
        2. lugar, corte, assento do julgamento
        3. processo, procedimento, litigação (diante de juízes)
        4. caso, causa (apresentada para julgamento)
        5. sentença, decisão (do julgamento)
        6. execução (do julgamento)
        7. tempo (do julgamento)
      2. justiça, direito, retidão (atributos de Deus ou do homem)
      3. ordenança
      4. decisão (no direito)
      5. direito, privilégio, dever (legal)
      6. próprio, adequado, medida, aptidão, costume, maneira, plano

    סָפַן


    (H5603)
    çâphan (saw-fan')

    05603 ספן caphan

    uma raiz primitiva; DITAT - 1537; v

    1. cobrir, revestir, revestido de lambris, coberto com tábuas ou lambris
      1. (Qal)
        1. cobrir, revestir de lambris
        2. coberto, apainelado (particípio)

    עַד


    (H5704)
    ʻad (ad)

    05704 עד ̀ad

    propriamente, o mesmo que 5703 (usado como prep, adv ou conj); DITAT - 1565c prep

    1. até onde, até, até que, enquanto, durante
      1. referindo-se a espaço
        1. até onde, até que, mesmo até
      2. em combinação
        1. de...até onde, ambos...e (com ’de’, no sentido de origem)
      3. referindo-se ao tempo
        1. até a, até, durante, fim
      4. referindo-se a grau
        1. mesmo a, ao ponto de, até mesmo como conj
    2. até, enquanto, ao ponto de, mesmo que

    עָשָׂה


    (H6213)
    ʻâsâh (aw-saw')

    06213 עשה ̀asah

    uma raiz primitiva; DITAT - 1708,1709; v.

    1. fazer, manufaturar, realizar, fabricar
      1. (Qal)
        1. fazer, trabalhar, fabricar, produzir
          1. fazer
          2. trabalhar
          3. lidar (com)
          4. agir, executar, efetuar
        2. fazer
          1. fazer
          2. produzir
          3. preparar
          4. fazer (uma oferta)
          5. atender a, pôr em ordem
          6. observar, celebrar
          7. adquirir (propriedade)
          8. determinar, ordenar, instituir
          9. efetuar
          10. usar
          11. gastar, passar
      2. (Nifal)
        1. ser feito
        2. ser fabricado
        3. ser produzido
        4. ser oferecido
        5. ser observado
        6. ser usado
      3. (Pual) ser feito
    2. (Piel) pressionar, espremer

    קַרְקַע


    (H7172)
    qarqaʻ (kar-kah')

    07172 קרקע qarqa ̀

    procedente de 7167; DITAT - 2076; n. m.

    1. chão, piso

    אֶרֶז


    (H730)
    ʼerez (eh-rez')

    0730 ארז ’erez

    procedente de 729; DITAT - 160a; n m

    1. cedro
      1. árvore do cedro
      2. toras de cedro, madeira de cedro (em construção)
      3. madeira de cedro (em purificações)

    שָׁם


    (H8033)
    shâm (shawm)

    08033 שם sham

    uma partícula primitiva [procedente do pronome relativo, 834]; lá (transferindo para tempo) então; DITAT - 2404; adv

    1. lá, para lá
      1. para lá (depois de verbos de movimento)
      2. daquele lugar, de lá
      3. então (como um advérbio de tempo)

    שָׁפַט


    (H8199)
    shâphaṭ (shaw-fat')

    08199 שפט shaphat

    uma raiz primitiva; DITAT - 2443; v.

    1. julgar, governar, vindicar, punir
      1. (Qal)
        1. agir como legislador ou juiz ou governador (referindo-se a Deus, homem)
          1. administrar, governar, julgar
        2. decidir controvérsia (referindo-se a Deus, homem)
        3. executar juízo
          1. discriminando (referindo-se ao homem)
          2. vindicando
          3. condenando e punindo
          4. no advento teofânico para juízo final
      2. (Nifal)
        1. entrar em controvérsia, pleitear, manter controvérsia
        2. ser julgado
      3. (Poel) juiz, oponente em juízo (particípio)

    אֲשֶׁר


    (H834)
    ʼăsher (ash-er')

    0834 אשר ’aher

    um pronome relativo primitivo (de cada gênero e número); DITAT - 184

    1. (part. relativa)
      1. o qual, a qual, os quais, as quais, quem
      2. aquilo que
    2. (conj)
      1. que (em orações objetivas)
      2. quando
      3. desde que
      4. como
      5. se (condicional)