Enciclopédia de II Reis 13:22-22

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

2rs 13: 22

Versão Versículo
ARA Hazael, rei da Síria, oprimiu a Israel todos os dias de Jeoacaz.
ARC E Hazael, rei da Síria, oprimiu a Israel todos os dias de Joacaz.
TB Hazael, rei da Síria, oprimiu a Israel todos os dias de Jeoacaz.
HSB וַֽחֲזָאֵל֙ מֶ֣לֶךְ אֲרָ֔ם לָחַ֖ץ אֶת־ יִשְׂרָאֵ֑ל כֹּ֖ל יְמֵ֥י יְהוֹאָחָֽז׃
BKJ Porém, Hazael, rei da Síria, oprimiu Israel todos os dias de Jeoacaz.
LTT E Hazael, rei da Síria, oprimiu a Israel todos os dias de Jeoacaz.
BJ2 HazaeI, rei de Aram, tinha oprimido os israelitas por todo o tempo em que vivera Joacaz.
VULG Iterum rex sermonem habuit ad eos qui erant in Bethsuris : dextram dedit, accepit, abiit :

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de II Reis 13:22

II Reis 8:12 Então, disse Hazael: Por que chora meu senhor? E ele disse: Porque sei o mal que hás de fazer aos filhos de Israel; porás fogo às suas fortalezas, e os seus jovens matarás à espada, e os seus meninos despedaçarás, e as suas pejadas fenderás.
II Reis 13:3 Pelo que a ira do Senhor se acendeu contra Israel, o qual deu-os na mão de Hazael, rei da Síria, e na mão de Ben-Hadade, filho de Hazael, todos aqueles dias.
Salmos 106:40 Pelo que se acendeu a ira do Senhor contra o seu povo, de modo que abominou a sua herança

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

OS VIZINHOS DE ISRAEL E JUDÁ

O LEGADO DE DAVI E SALOMÃO
Durante o reinado de Davi, Israel conquistou vários povos vizinhos, mas não todos. Ao norte, Hirão de Tiro e outros reis fenícios governavam uma faixa ao longo da costa do Mediterrâneo correspondente de forma aproximada a atual Líbano. Mais ao sul, também junto ao Mediterrâneo, os filisteus mantiveram sua independência. Do lado leste do rio Jordão e a leste e sul do mar Morto, Davi conquistou Amom, Moabe e Edom. Depois de derrotar Hadadezer de Zobá, Davi parece ter conseguido controlar parte da Síria até o rio Eufrates. Nos anos depois da morte de Salomão, essas regiões readquiriram sua independência.

AMOM
O centro do reino de Amom era a grande cidadela de Rabá- Amom (atual Amã, capital da Jordânia). Os amonitas eram descendentes de Ben-Ami, filho de Ló (sobrinho de Abraão) (com sua filha mais nova) A região a oeste que se estendia até o vale do Jordão entre os ribeiros Jaboque e Arnom era ocupada pelos amorreus.

MOABE
O reino de Moabe se concentrava no planalto entre o ribeiro de Arnom, que corria por um vale de até 500 m de profundidade, e o ribeiro de Zerede, a leste do mar Morto. Sua cidade mais importante era Quir-Haresete, a magnífica fortaleza de Kerak. A região ao norte do rio Arnom era chamada de Misor, ou campinas de Moabe. Os moabitas eram descendentes de Ló com sua filha mais vela. Rute, a bisavó de Davi, era moabita. Moabe era uma região conhecida pela criação de ovinos e, por algum tempo, teve de pagar a Israel um tributo anual de cem mil cordeiros e a lã de cem mil carneiros.

EDOM
Os edomitas eram descendentes de Esaú, o irmão mais velho de Jacó. Ocupavam o território ao sul do mar Morto e a sudeste do ribeiro de Zerede. Essa região montanhosa também era chamada de monte Seir, que significa "peludo", pois era coberta de uma vegetação densa constituída, em sua maior parte, de arbustos. Abrangia a Arabá, ou deserto de Edom, a grande depressão que liga o mar Morto ao mar Vermelho. Sua capital, Sela, pode ser identificada com Petra, a cidade que viria a ser conhecida como a espetacular capital rosada dos árabes nabateus.

A REGIÃO AO SUL DO MAR MORTO
Ao sul de uma linha imaginária entre Gaza e Berseba, estendendo-se para o leste até o sul do mar Morto, fica o deserto de Zim. Essa área extensa que constitui a parte norte do deserto do Sinai apresenta um índice pluviométrico anual inferior a 200 mm e, portanto, não pode ser usada para a agricultura. Judá procurou exercer controle sobre Edom e essa região. Os portos de Eziom-Geber (possivelmente Tell el-Kheleifeh) e Elate no norte do golfo de Ácaba permitiam que Judá tivesse acesso ao mar Vermelho e seu comércio valioso.

OS FILISTEUS
Quatro cidades filistéias, Ecrom, Asdode, Asquelom e Gaza, permaneceram independentes do controle de Israel e Judá. Apenas Gate foi controlada pelo reino de Judá.

O LÍBANO
Os montes da região norte da Galileia são separados das cadeias de montanhas do Líbano ao norte pelo vale profundo do rio Litani que desemboca no Mediterrâneo alguns quilômetros ao norte de Tiro. As montanhas de até 3.088 m de altura que passam cerca da metade do ano cobertas de neve explicam o nome "Líbano", que significa "branco". As coníferas e cedros do Líbano forneciam a madeira de melhor qualidade do Antigo Oriente Próximo, cobiçadas por reis da Mesopotâmia e do Egito, e também por Salomão, que adquiriu dessa região a madeira para o templo do Senhor em Jerusalém. A leste da cadeia de montanhas do Líbano encontra-se o vale de Becá. As montanhas formam uma barreira natural, impedindo que as chuvas cheguem ao vale onde o índice pluviométrico anual não passa de 250 mm. Os rios Orontes e Litani correm, respectivamente, ao longo do norte e do sul do vale para o mar Mediterrâneo. A leste de Becá fica a cadeia de montanhas do Antilíbano, cujo pico mais alto é o do monte Hermom (também chamado de Sirion ou Senir) com 2.814 m de altura. A costa mediterrânea do Libano possui

DO OUTRO LADO DO MAR
Os fenícios da costa do Líbano eram exímios marinheiros. Salomão contratou marujos de Hirão, rei de Tiro, para seus empreendimentos comerciais no mar Vermelho. Os israelitas, por sua vez, eram um povo ligado à terra que mostrava pouco entusiasmo pelo mar, como o salmista deixa claro: "Subiram até aos céus, desceram até aos abismos; no meio destas angústias, desfalecia-lhes a alma. Andaram, e cambalearam como ébrios, e perderam todo tino. Então, na sua angústia, clamaram ao Senhor, e ele os livrou das suas tribulações" (SI 107:26-28).

A SÍRIA
A leste da cadeia do Antilíbano fica o país chamado hoje de Síria. Este foi o nome que os romanos deram à região, que incluía a Palestina, quando Pompeu a conquistou em 63 .C. e a transformou numa província romana. No tempo do Antigo Testamento, a região ao redor de Damasco e mais ao norte era chamada de Hara. Davi firmou alianças com os reis arameus de Gesur (a leste do mar da Galileia) e Hamate. Conquistou Zoba (ao norte de Damasco), estendendo seu domínio até o rio Eufrates. Damasco recobrou sua independência durante o reinado de Salomão quando um certo Rezom passou a controlar a região. Ben-Hadade II, Hazael e Ben-Hadade IlI, reis posteriores de Damasco, entraram em conflito repetidamente com Israel, o reino do norte.

A LESTE DO JORDÃO
Basã e Gileade, a leste do rio Jordão, faziam parte da terra prometida, e, portanto, não eram vizinhos de Israel. Entretanto, a fim de fornecer uma descrição mais abrangente, devemos tratar dessas terras do outro lado do rio. Nessa região, os ventos frios do deserto que, no inverno, sopram sobre os montes orientais impedem o cultivo de oliveiras e, em alguns lugares, também de vinhas.

Vizinhos de Israel e Judá
Muitas nações vizinhas de Israel e Judá haviam. em algum momento, feito parte do reino de Davi.
Cidade de Petra, na Jordânia, escavada na rocha; talvez identificável com a cidade de Sela no Antigo Testamento. Aqui, uma vista do templo ou tumba nabatéia de el-Khazne.
Cedros nas montanhas do Líbano.

Vizinhos de Israel e Judá Muitas nações vizinhas de Israel e Judá haviam em algum momento, feito parte do reino de Davi.
Vizinhos de Israel e Judá Muitas nações vizinhas de Israel e Judá haviam em algum momento, feito parte do reino de Davi.
Cidade de Petra, na Jordânia, escavada na rocha; talvez identificável com a cidade de Sela no Antigo Testamento. Aqui, uma vista do templo ou tumba nabatéia de el-Khazne.
Cidade de Petra, na Jordânia, escavada na rocha; talvez identificável com a cidade de Sela no Antigo Testamento. Aqui, uma vista do templo ou tumba nabatéia de el-Khazne.
Cedros nas montanhas do Líbano.
Cedros nas montanhas do Líbano.

HIDROLOGIA, SOLO E CHUVAS NA PALESTINA

HIDROLOGIA
Não é nenhuma coincidência que o principal deus do Egito (Amom-Rá) era uma divindade solar, o que também era o caso do líder do panteão mesopotâmico (Marduque) 108 Em contraste, o grande deus de Canaã (Baal) era um deus da chuva/fertilidade. Aí está um mito com consequências profundas e de longo alcance para quem quisesse viver em Canaã, mito que controlava boa parte da cosmovisão cananeia e, às vezes, até o pensamento israelita. O mito é um reflexo direto de certas realidades hidrológicas dessa terra. Dito de modo simples, nunca é preciso chover no Egito nem na Mesopotâmia. Cada uma dessas terras antigas recebeu uma rica herança: um grande rio. Do Nilo e do Eufrates, respectivamente, as civilizações egípcia e mesopotâmica tiravam seus meios de subsistência, irrigavam suas plantações e davam água a seus rebanhos e manadas. Cada um desses rios fornecia um enorme suprimento de água doce, mais do que poderia ser consumido pelas sociedades que eles alimentavam e sustentavam. Enquanto houvesse chuva suficiente a centenas e centenas de quilômetros de distância, nas montanhas da Etiópia e Uganda (no caso do Nilo) e nas regiões montanhosas e acidentadas do leste da Turquia (no caso do Eufrates).
não seria necessário chover no Egito nem em boa parte da Mesopotâmia. E, na verdade, raramente chovia! Naquelas regiões, a sobrevivência dependia do sustento proporcionado por rios que podiam ser usados com proveito no ambiente parecido com o de uma estufa, criado pelo calor do sol ao longo de suas margens.
Num contraste gritante com isso, em Canaã a sobrevivência dependia justamente da chuva. Nessa terra não havia nenhum grande rio, e os parcos recursos fluviais eram incapazes de atender às necessidades dos habitantes. É certo que o rio Jordão atravessava essa terra, mas, do mar da Galileia para o sul. ele ficava numa altitude tão baixa e estava sempre tão cheio de substâncias químicas que, em essência, a sociedade cananeia estava privada do eventual sustento que o lordão poderia lhe proporcionar. Em meio à têndência histórica de civilizações surgirem ao longo das margens de rios, o Jordão aparece como evidente exceção Fora o lordão. em Canaã havia apenas um pequeno volume de água doce subterrânea. Na Antiguidade, o rio Jarcom, que se forma nas fontes perto de Afeque e deságua no Mediterrâneo logo ao norte de Jope, produzia umidade suficiente para forcar viajantes a se deslocarem mais para dentro do continente, mas só no século 20 seus recursos foram finalmente aproveitados. O rio Ouisom, que drena parte do vale de Jezreel antes de desaguar no Mediterrâneo, na altura da planície de Aco, na maior parte do ano é pouco mais do que um riacho. E o rio Harode, que deságua no lordão em frente de Bete-Sea, mana de uma única fonte situada no sopé do monte Gilboa. De modo que os cananeus e até mesmo a comunidade da aliança de Deus experimentariam, nessa terra, a sobrevivência ou a morte, colheitas boas ou más, a fertilidade ou a seca, justamente como consequência de tempestades que podiam lançar sua chuva numa terra que, de outra forma, era incapaz de suster a existência humana. Para os autores das Escrituras, um padrão recorrente, até mesmo estereotipado, é pregar que a fé produz bênçãos enquanto a falta de fé resulta em condenação. Talvez nada mais ressaltasse esse padrão com tanta força do que a dependência da chuva. Por exemplo, perto do momento de Israel se tornar nação, o povo foi instruído sobre as consequências da fé: "Se [.] guardardes os meus mandamentos [..) eu vos darei chuvas no tempo certo, a terra dará seu produto [...] Mas, se não me ouvirdes [...] farei que o céu seja para vós como ferro, e a terra, como bronze [...] a vossa terra não dará seu produto" (Lv 26:3-20). Mais tarde, quando estava na iminência de se lancar em sua missão de ocupar Canaã, o povo recebeu as descrições mais vívidas e completas das características hidrológicas daquela terra. "Pois a terra na qual estais entrando para tomar posse não é como a terra do Egito, de onde saístes, em que semeáveis a semente e a regáveis a pé [referência ou a um tipo de dispositivo usado para puxar água que era movimentado com os pés ou a comportas de irrigação que podiam ser erguidas com os pés para permitir que as águas entrassem em canais secundários], como se faz a uma horta; a terra em que estais entrando para dela tomar posse é terra de montes e de vales, que bebe as águas da chuva do céu; terra cuidada pelo SENHOR, teu Deus, cujos olhos estão continuamente sobre ela, desde o princípio até o fim do ano" (Dt 11:10-12).
O autor bíblico passa então a fazer um contraste entre a fé e a fertilidade (v. 13-17). Na prática, sua mensagem era a de que, se os israelitas obedecessem aos mandamentos de Deus, ele lhes enviaria tanto as primeiras como as últimas chuvas, a fim de que o povo pudesse armazenar cereais, vinho e azeite. Mas, caso seus corações manifestassem falta de fé, na sua ira Deus trancaria os céus e não haveria nenhuma chuva. Então, parece claro que naquela terra a fertilidade dependia da fé e a própria vida estava em risco devido à falta de chuva, o que resultava em seca e fome. Ademais, os dois textos acima apresentam uma mensagem que é repetida em muitas outras passagens, em cada seção e gênero de literatura biblica: é Deus que, na sua benevolência - mediante a dádiva da bênção da chuva - sustenta a vida na terra da promessa (e.g., Dt 28:12-2Cr 7.13,14; J6 5.10; 28.25,26; 36.27,28; SI 65:9-13 135:7-147.8,18; Is 30:23-25; Ez 34:26; Os 6:3; Am 9:6; Zc 10:1; MI 3.10; Mt 5:45; At 14:17; Hb 6:7). De modo análogo, Deus tem a prerrogativa soberana de reter a chuva como sinal de sua insatisfação e juízo (e.g., Dt 28:22-24; 1Rs 8:35-36; 17.1; 2Cr 6:26-27; Jó 12.15; Is 5:6; Jr 3:3-14:1-6; Am 4:7-8; Zc 14:17). 110 Parece que os autores das Escrituras empregaram essa realidade teológica justamente por causa das implicações hidrológicas dinâmicas que teriam sido por demais óbvias para quem quer que tentasse sobreviver em Canaã. Para o israelita antigo, a chuva era um fator providencialmente condicionado.
As vezes, na história de Israel, Deus ficou tão descontente com o comportamento de seu povo que não lhes deu nem a chuva nem o orvalho (e.g., 1Rs 17:1; Ag 1:10-11; cp. Gn 27:39-25m 1.21; Is 26:19; Os 14:5; Jó 29.19). 112 Com certeza, poucos agricultores na América do Norte ou Europa tiveram boas colheitas principalmente como resultado de orvalho.
Entretanto, no Israel antigo, onde a água era escassa e inacessível, exceto aquela proveniente do céu, em certas estações do ano o crescimento das plantações dependia totalmente da formação do orvalho. Isso era ainda mais válido quando uvas e figos estavam amadurecendo no início do outono, logo antes das "primeiras chuvas" 13 Em circunstâncias normais, a cada ano, a planície Costeira ao sul de Gaza, o vale de lezreel no centro (Iz 6:36-40), o elevado monte Carmelo e o Neguebe Ocidental experimentam - todos eles - cerca de 250 noites de orvalho. Alguns estudiosos têm, com bons motivos, chegado a afirmar que a conexão entre chuva, fé e vida pode ser a melhor explicação por que, depois de atravessarem o Jordão e passarem a residir em Canaã, os israelitas puderam apostatar com tanta rapidez e de modo tão completo. Talvez nenhuma geração de israelitas que viveu antes da época de Cristo tenha experimentado de forma mais convincente o elemento do milagre divino do que aqueles que participaram da ocupação de sua terra. Contudo, seus filhos e netos ficaram rápida e completamente fascinados pelo deus Baal e pelo baalismo cananeu (z 6:25-32; 15m 4:5-8; 1Rs 16:32-33; 19:10-14), e o sincretismo deles se tornou o tema triste e recorrente do livro de Juízes. Aqueles dessa geração posterior não deram ouvidos às exortações proféticas e logo descobriram que, na prática, eram cananeus - pessoas que, por meio do culto da fertilidade, procuravam garantir que houvesse chuva suficiente. O baalismo cananeu estava envolvido com uma cosmovisão cíclica (e não com uma linear), em que o mundo fenomênico, a saber, as forças da natureza, era personificado. Dessa maneira, os adeptos do baalismo eram incapazes de perceber que as estações do ano eram de uma periodicidade regular e mecânica. A variação e a recorrência das estações eram vistas em termos de lutas cósmicas. Quando a estação seca da primavera começava com a consequente cessação de chuva e a morte da vegetação, inferiam erroneamente que o deus da esterilidade (Mot) havia assassinado seu adversário, Baal. Por sua vez, quando as primeiras chuvas do outono começavam a cair, tornando possível a semeadura e, mais tarde, a colheita, de novo o baalismo cometia o erro de inferir que o deus da fertilidade (Baal) havia ressuscitado e retornado à sua posição proeminente.
Ademais, o fracasso do baalismo cananeu em perceber que a variação das estações era governada pela inevitabilidade das leis da Natureza levou à crença de que o resultado das lutas cósmicas era incerto e que os seres humanos podiam manipulá-lo. Como consequência, quando desejavam que suas divindades realizassem certas ações, os cananeus acreditavam que podiam persuadi-las a isso, realizando eles próprios as mesmas ações num contexto cultual, uma prática conhecida hoje em dia como "magia imitativa ou simpática". Para eles, o triunfo contínuo de Baal equivalia à garantia de fertilidade duradoura. Esse desejo deu origem à prostituição cultual, em que, conforme acreditavam, as ações de um homem ou uma mulher consagrados a essa atividade ativamente antecipavam e causavam o intercurso de Baal com a terra e dele participavam (entendiam que a chuva era o sêmen de Baal). De acordo com a adoração da fertilidade em Canaã, quando Baal triunfava, as mulheres ficavam férteis, os rebanhos e manadas reproduziam em abundância e a lavoura era repleta de cereais. Os profetas, a começar por Moisés, atacaram fortemente a adoção indiscriminada dessa abominação (Dt 4:26; cp. Jr 2:7-8,22,23; 11.13; Os 4:12-14; Mq 1:7). Mas, apesar de todas as advertências, ao que parece a realidade hidrológica da terra levou os israelitas a suporem que também necessitavam de rituais cananeus para sobreviver num lugar que dependia tanto da chuva (1Sm 12:2-18; 1Rs 14:22-24; 2Rs 23:6-7; 2Cr 15:16: Jr 3:2-5; Ez 8:14-15; 23:37-45). Israel logo começou a atribuir a Baal, e não a lahweh, as boas dádivas da terra (Is 1:3-9; Jr 2:7; Os 2:5-13) e, por fim, os israelitas chegaram ao ponto de chamar lahweh de "Baal" (Os 2:16). O tema bíblico recorrente de "prostituir-se" tinha um sentido muito mais profundo do que uma mera metáfora teológica (Jz 2:17-8.27,33; 1Cr 5:25; Ez 6:9; Os 4:12-9.1; cp. Dt 31:16-1Rs 14.24; 2Rs 23:7). Além do mais, no fim, a adoção dessa degeneração contribuiu para a derrota e o exílio de Israel (e.g., 1Cr 5:26-9.1; SI 106:34-43; Jr 5:18-28; 9:12-16; 44:5-30; Ez 6:1-7; 33:23-29).
É muito provável que a expressão característica e mais comum que a Bíblia usa para descrever a herança de Israel - "terra que dá leite e mel" - trate igualmente dessa questão de dependência da chuva. Os ocidentais de hoje em dia conseguem ver, nessa metáfora, uma conotação de fertilidade e abundância exuberantes, de um paraíso autêntico ou de um jardim do Éden luxuriante. Mas a expressão pinta um quadro bem diferente. Para começar, o "princípio da primeira referência pode ser relevante para essa metáfora: quando a expressão surge pela primeira vez no cânon e na história de Israel, é especificamente usada para contrastar a vida de Israel no Egito com a vida tal como seria em Canaã (Êx 3.8,17). E, embora também se empregue a metáfora para descrever a terra da aliança de Deus com Israel (Dt 6:3-31.20; Is 5:6; Jr 11:5), de igual forma as Escrituras, mais tarde, utilizam a metáfora para tornar a apresentar esse forte contraste entre o Egito e Cana (e.g., Dt 11:9-12; 26.8,9; Jr 32:21-23; Ez 20:6). Nesse aspecto, o texto de Deuteronômio 11:8-17 é especialmente revelador: aí a terra de leite e mel será um lugar em que a fertilidade estará condicionada à fé em contraste com a fertilidade garantida do Egito.
Os produtos primários envolvidos também parecem não apontar para a noção de fertilidade exuberante (cp. Is 7:15-25). A palavra para "leite" (halab) é usada com frequência para designar o leite de cabra e ovelha (Êx 23.19; Dt 14:21-1Sm 7.9; Pv 27:26-27), raramente para se referir ao leite de vaca (Dt 32:14) e nunca ao de camela. Ocasionalmente a palavra para "mel" (debash) é interpretada como referência a uma calda ou geleia feita de uvas ou tâmaras ou secretada por certas árvores, mas é quase certo que, nesse contexto, deve se referir ao mel de abelha. A palavra é usada especificamente com abelhas (d°bórá, cp. Jz 14:8-9) e aparece com vários vocábulos diferentes que designam favo (Pv 24:13; Ct 4:11; cp. 1Sm 14:25-27; SI 19.10; Pv 16:24; Ct 5:1). Na descrição encontrada em textos egípcios mais antigos, Canaã tinha seu próprio suprimento de mel,16 uma observação importante à luz do fato bem estabelecido de que a apicultura doméstica era conhecida no Egito desde tempos remotos. Escavações arqueológicas realizadas em 2007 na moderna Rehov/Reobe, logo ao sul de Bete-Sea, encontraram vestígios inconfundíveis de apicultura doméstica em Canaã, datada radiometricamente do período da monarquia unida. Além de mel, restos tanto de cera de abelha quanto de partes de corpos de abelha foram tirados do apiário, e acredita-se que as fileiras de colmeias achadas ali até agora eram capazes de produzir até 450 quilos de mel todos os anos.
Os produtos primários indicados na metáfora que descreve a terra têm de ser leite de cabra e mel de abelha: os dois itens são produtos de condições topográficas e econômicas idênticas (Is 7:15-25; J6 20,17) e de áreas de pastagem não cultivadas. Nenhum é produto de terra cultivada. Diante disso, deve-se concluir que os produtos primários de leite e mel são de natureza pastoril e não agrícola. Portanto, a terra é descrita como uma esfera pastoril.
É possível perceber o peso dessa última observacão quando se contrastam o leite e o mel com os produtos primários do Egito, citados na Bíblia (Nm 11:4-9). Enquanto andava pelo deserto, o povo de Israel se desiludiu com a dieta diária e monótona de maná e passou a desejar a antiga dieta no Egito (peixe, pepino, melão, alho-poró, cebola e alho). Além de peixe, os alimentos pelos quais ansiavam eram aqueles que podiam ser plantados e colhidos. Em outras palavras. enquanto estavam no Egito, a dieta básica dos israelitas era à base de produtos agrícolas e nada há nesse texto sobre a ideia de pastoralismo. O Egito parece ser apresentado basicamente como o lugar para o lavrador trabalhar a terra, ao passo que a terra da heranca de Israel é basicamente apresentada como o lugar para o pastor criar animais. Isso não quer dizer que não houvesse pastores no Egito (ep. Gn 46:34) nem que não houvesse lavradores em Canaã (cp. Mt 22:5); mas dá a entender que o Egito era predominantemente um ambiente agrícola, ao passo que Canaã era predominantemente de natureza pastoril. Ao se mudar do Egito para uma "terra que dá leite e mel", Israel iria experimentar uma mudanca impressionante de ambiente e estilo de vida É provável que isso também explique por que a Bíblia quase não menciona lavradores, vacas e manadas e, no entanto, está repleta de referências pastoris:


Desse modo, dizer que a terra dava "leite e mel" servia a três propósitos básicos. A expressão: (1) descrevia a natureza distintamente pastoril do novo ambiente de Israel; (2) fazia um contraste entre aquele ambiente e o estilo de vida que Israel havia tido no Egito; (3) ensinava o povo que a fertilidade/ sobrevivência em sua nova terra seria resultado da fé e consequência da obediência. Os israelitas não seriam mais súditos egípcios vivendo no Egito, mas também não deveriam se tornar súditos cananeus vivendo em Canaã. Deviam ser o povo de Deus, povo que teria de viver uma vida de fé nesse lugar que Deus escolhera e que dependia tanto de chuva (as vezes denominada geopiedade). À luz dos difíceis condições hidrológicas da terra, a necessidade de conservar os escassos suprimentos de água devia ser determinante. Por esse motivo, a Bíblia está repleta de referências à água e a itens relacionados, com aplicações tanto positivas quanto negativas. Encontramos menção a:


Na época do Novo Testamento, tecnologias hídricas gregas e romanas aliviaram em parte a dificílima situação de abastecimento de água para algumas cidades principais.
O Império Romano foi particularmente bem-sucedido em transportar água, às vezes por muitos quilômetros, desde sua(s) fonte(s) até as principais áreas urbanas. Uma tecnologia sofisticada criou aquedutos tanto abertos quanto fechados - canais de água que podiam ter várias formas de canalização (pedra, terracota, chumbo, bronze e até madeira). Alguns dos canais foram construídos acima da superfície e outros, abaixo.
Além do enorme trabalho exigido pelas imensas construções, esses sistemas também requeriam considerável capacidade e sofisticação de planejamento. Os romanos tiraram vantagem da força da gravidade, mesmo durante longas distâncias, em terreno irregular ou montanhoso. Em certos intervalos, colocaram respiradouros para reduzir problemas de pressão da água ou do ar e para possibilitar que os trabalhadores fizessem o desassoreamento. Também utilizaram sifões para permitir que a água subisse até recipientes acima de um vale adjacente, mas abaixo do nível da fonte da água. Junto com uma rede de aquedutos, os romanos criaram muitos canais abertos, comportas, redes de esgoto, diques e reservatórios de água.
Como resultado, a maioria da população urbana do Império Romano desfrutava de banhos públicos, latrinas e fontes. Alguns tinham acesso a piscinas e até mesmo lavagem de louça. Na Palestina em particular, introduziu-se o banho ritual (mikveh).

Os solos da Palestina
Os solos da Palestina
Montanhas e rios da Palestina
Montanhas e rios da Palestina
Índice pluviométrico na Palestina
Índice pluviométrico na Palestina

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

ISRAEL

Atualmente: ISRAEL
País com área atual de 20.770 km2 . Localiza-se no leste do mar Mediterrâneo e apresenta paisagem muito variada: uma planície costeira limitada por colinas ao sul, e o planalto Galileu ao norte; uma grande depressão que margeia o rio Jordão até o mar Morto, e o Neguev, uma região desértica ao sul, que se estende até o golfo de Ácaba. O desenvolvimento econômico em Israel é o mais avançado do Oriente Médio. As indústrias manufatureiras, particularmente de lapidação de diamantes, produtos eletrônicos e mineração são as atividades mais importantes do setor industrial. O país também possui uma próspera agroindústria que exporta frutas, flores e verduras para a Europa Ocidental. Israel está localizado numa posição estratégica, no encontro da Ásia com a África. A criação do Estado de Israel, gerou uma das mais intrincadas disputas territoriais da atualidade. A criação do Estado de Israel em 1948, representou a realização de um sonho, nascido do desejo de um povo, de retornar à sua pátria depois de mil oitocentos e setenta e oito anos de diáspora. Esta terra que serviu de berço aos patriarcas, juízes, reis, profetas, sábios e justos, recebeu, Jesus o Senhor e Salvador da humanidade. O atual Estado de Israel teve sua origem no sionismo- movimento surgido na Europa, no século XIX, que pregava a criação de um país onde os judeus pudessem viver livres de perseguições. Theodor Herzl organizou o primeiro Congresso sionista em Basiléia, na Suíça, que aprovou a formação de um Estado judeu na Palestina. Colonos judeus da Europa Oriental – onde o anti-semitismo era mais intenso, começaram a se instalar na região, de população majoritariamente árabe. Em 1909, foi fundado na Palestina o primeiro Kibutz, fazenda coletiva onde os colonos judeus aplicavam princípios socialistas. Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) votou a favor da divisão da Palestina em dois Estados: um para os judeus e outro para os árabes palestinos. Porém, o plano de partilha não foi bem aceito pelos países árabes e pelos líderes palestinos. O Reino Unido que continuava sofrer a oposição armada dos colonos judeus, decidiu então, encerrar seu mandato na Palestina. Em 14 de maio de 1948, véspera do fim do mandato britânico, os líderes judeus proclamaram o Estado de Israel, com David Bem-Gurion como primeiro-ministro. Os países árabes (Egito, Iraque, Síria e Jordânia) enviaram tropas para impedir a criação de Israel, numa guerra que terminou somente em janeiro de 1949, com a vitória de Israel, que ficou com o controle de 75% do território da Palestina, cerca de um terço a mais do que a área destinada ao Estado judeu no plano de partilha da ONU.
Mapa Bíblico de ISRAEL


SÍRIA

Atualmente: SÍRIA
Em todos os tempos bíblicos, a Siria foi cruzada por rotas que ligavam as civilizações do norte com a do Egito, ao sul. Os sírios ou arameus, descendem de Arã, filho de Sem, neto de Noé. País muçulmano com 86% de sua população islâmica e 8,9% cristã. Por volta do ano 700, com a expansão muçulmana, Damasco transformou-se na capital do Império Árabe. Entre 1516 e 1918, foi dominada pelo Império Turco-Otomano. A Síria reivindicou a devolução das Colinas de Golã, ocupadas por Israel na Guerra dos Seis Dias em 1967. Na Antiguidade, a Síria localizava-se a sudoeste da Armênia, a leste da Ásia Menor e do Mediterrâneo, ao norte da Palestina e a oeste da Assíria e partes da Arábia, cortada na direção norte-sul pela cordilheira do Líbano, a mais ocidental, a Ante-Líbano, a oriental, em cujo extremo sul fica o Monte Hermon. Os sírios ou arameus, descendem de Arã, filho de Sem, neto de Noé. Os arameus eram um povo de língua semítica, estreitamente aparentado com os israelitas segundo Deuteronômio 26:5. Nos dias patriarcais esta região era constituída por pequenos reinos independentes que mantinham o nome da cidade principal. Supõese que Harã de Gênesis 11:31, era centro comercial e militar e ficava no distrito de Padã-Arã, onde Abraão habitou com seu pai e onde deixou sua parentela para sair para Canaã. Ao tempo do patriarca, pertencia ao noroeste da Mesopotâmia, vindo mais tarde incorporar-se à Síria, cuja capital, Damasco continua até hoje, sendo a mais antiga cidade viva da Terra, com cerca de 4:900 anos. A Síria foi conquistada por israelitas, assírios, babilônicos, persas, gregos e romanos. Na época de Salomão já haviam desenvolvido a escrita alfabética e utilizavam papiro, pena e tinta em lugar do barro cozido utilizado nas demais regiões. Isto contribuiu para que o idioma aramaico se estendesse pelo Oriente Médio, substituindo o assírio incorporado durante o cativeiro na Babilônia. O aramaico foi levado para a Palestina durante o retorno do exílio e chegou a ser o idioma corrente no tempo de Jesus. Os selêucidas, reis sírios, dominaram a Síria após a morte de Alexandre. Mas logo depois, as ambições da Síria no sentido de conquistar todo o Oriente Médio e a Grécia colocaram-na em contraste com a potência nascente de Roma, que a derrotou obrigando-a a ceder territórios e a pagar indenizações de guerra. A Síria também foi o primeiro país estrangeiro a receber o cristianismo pelo testemunho dos cristãos perseguidos em Antioquia, conforme Atos 11:26.
Mapa Bíblico de SÍRIA



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de II Reis Capítulo 13 do versículo 1 até o 25
Q. O REINADO DE JEOACAZ (R.N.) (814-798 a.C.), II Reis 13 1:9

Depois da eliminação do culto a Baal, levada a efeito no reino do Sul, a atenção é dirigida novamente ao Reino do Norte. Em II Reis 13:1 ; 13.10 existem certas diferenças nas informações que servem para fazer a sincronização entre os governos de ambos os reis. A afirmação em 13.1 diz que Jeoacaz (R.N.) começou a reinar no vigésimo terceiro ano de Joás (R.S.), e que reinou durante dezessete anos, e dar a entender que Jeoacaz reinou até o trigésimo nono ou possivelmente até o quadragésimo ano de Joás. Entretanto, II Reis 13:10 declara que ele morreu e que seu filho Jeoás (R.N.) veio a sucedê-lo no trigésimo sétimo ano de Joás (R.S.). Esse último versículo, portanto, indica que o reinado de Jeoacaz teve uma duração de quinze ou talvez quatorze anos.

Foram apresentadas diferentes sugestões como soluções plausíveis para esse pro-blema. Uma delas é que o versículo 13.1 deveria ser corrigido e interpretado como quinze anos para o reinado de Jeoacaz — uma proposta feita por Keil, entre os primei-ros comentaristas, e de Albright, dentre outros, nos últimos anos. Outra sugestão é que o versículo 13.1 está correto e que o texto do 13.10 deveria ser corrigido com base em evidências encontradas em manuscritos gregos que mencionam o trigésimo nono ano do reinado de Joás como o ano em que Jeoacaz morreu. Ainda outra possibilidade foi apresentada por Gray e outros, os quais afirmaram que o versículo 13.1 foi escrito sob o ponto de vista de uma co-regência, e 13.10 sob o ponto de vista de um reinado integral ou independente.

  • O ímpio reinado de Jeoacaz. O reinado de Jeoacaz, filho de Joás, deu continuidade aos mesmos pecados de Jeroboão (2) ; portanto, estava condenado. E também o bos-que ficou em pé em Samaria (6) ou "Aserá também reinava em Samaria". Em ne-nhum lugar está escrito que Jeú destruiu o "bosque" ou a Aserá de Acabe (I Reis 16:33).
  • O frágil e ineficiente reinado de Jeoacaz. Ele foi incapaz de impedir que Hazael, livremente, aniquilasse e conquistasse partes de Israel (3). Seus domínios ficaram re-duzidos quase que somente à região montanhosa de Efraim. O tamanho do exército que o rei sírio enviou (7) reduziu Israel a urna humilhação sem precedentes". Os "sal-vadores" prometidos, para buscar o Senhor (4,5), seriam os sucessores de Jeoacaz, Joás e Jeroboão, que foram capazes de libertar Israel da opressão Síria, e restaurar o seu prestígio.
  • R. O REINADO DE JEOÁS (JoÁs) (R.N.) (798-782 a.C.), II Reis 13:10-25; 14.15,16

    O relato sobre o reinado de Jeoás é diferente dos outros. O prólogo (10,11) é imediatamente seguido pelo epílogo (12,13), que também é repetido com pequenas variações (II Reis 14:15-16). A parte principal dos dados sobre esse reinado vem depois do epílogo (14,24) 60 .

    1. A Enfermidade e a Morte de Eliseu (II Reis 13:14-21)

    Joás visitou Eliseu devido ao grande respeito que tinha pelo profeta, que estava próximo de falecer. A sua saudação: Meu pai, meu pai, carros de Israel e seus cavaleiros! (14), foi a exclamação que o profeta pronunciou na ocasião em que Elias foi leva-do ao céu (2.12). O fato de Joás utilizar esta expressão é uma indicação de que ele reco-nhecia a proximidade da morte de Eliseu. A ordem relacionada ao uso do arco e das flechas (15) estava relacionada com a Síria, que era a nação que oprimia Israel. Uma flecha lançada em direção ao oriente simbolizava a vitória em Meca (17) ; as setas lançadas ao solo simbolizavam a vitória de Israel sobre a Síria (18).

    Eliseu se indignou muito contra Joás (19), por saber que confiar e se apoiar em outras nações era uma atitude errada. Era necessário ter uma completa confiança em Deus para que fossem ajudados contra as nações estrangeiras que procuravam oprimir Israel. O poder miraculoso associado aos ossos de Eliseu (20,21) tinha a finalidade de mostrar a Joás que o poder do Deus de Israel seria manifestado na vitória sobre a Síria, mesmo após a morte do profeta.

    2. As Vitórias de Jeoás sobre a Síria (13 22:25)

    Hazael (841-798 a.C.) foi sucedido por seu filho Ben-Hadade (798-733), de quem Jeoás foi capaz de recuperar cidades e territórios que Hazael (22) havia anteriormente tomado de Israel (24,25). As três vezes (25) que Jeoás derrotou Ben-Hadade e retomou as cidades de Israel sugerem que estas aquisições territoriais tinham uma extensão con-siderável, ou seja, a Transjordânia, as terras altas da Galiléia e o território situado a noroeste de Samaria que Jeoacaz havia perdido para Hazaer. Suas vitórias representa-ram um cumprimento parcial da promessa dos "salvadores" para o alívio de Israel (13 4:5). A palavra ainda (23), usada pelo historiador, reflete a expressão da bondade de Deus para com Israel. A versão RSV em inglês traduz esta passagem da seguinte forma: "até o momento, ainda não os lançou da sua presença".


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de II Reis Capítulo 13 do versículo 1 até o 25
    *

    13:1

    No vigésimo-terceiro ano de Joás... reinou dezessete anos. Ou seja, entre 814 e 798 a.C.

    * 13:2

    nos pecados de Jeroboão. Ver nota em 1Rs 12:30.

    * 13:3

    Ben-Hadade, filho de Hazael. Temos aqui uma menção a Ben-Hadade III. Quanto a Ben-Hadade I, ver 1Rs 15:18-21; quanto a Ben-Hadade II, ver 1Rs 20:1 e nota; 2Rs 6:24; 8:7.

    * 13:5

    deu um salvador a Israel. Tal como nos tempos dos juízes (Jz 2:16-23), Deus proveu ajuda temporária dos ataques dos sírios. Esse libertador não foi mencionado pelo nome.

    * 13:6

    pecados da casa de Jeroboão. Ver nota em 1Rs 12:30.

    poste-ídolo. Ver a referência lateral. Esse objeto foi erguido por Acabe (1Rs 16:33), e aparentemente não chegou a ser tocado pelas reformas de Jeú (2Rs 10:18-28).

    * 13:7

    cinqüenta cavaleiros, dez carros e dez mil homens de pé. O rei foi deixado com um grande número de homens de infantaria, mas apenas com pouquíssimos carros de combate. Isso diminuiu drasticamente a sua capacidade de rápida reação diante de alguma crise militar.

    * 13:8

    livro da História dos Reis de Israel. Ver nota em 1Rs 11:41.

    * 13:10

    No trigésimo-sétimo ano de Joás. Isto é, 798 a.C. Joás reinou entre 798 e 782 a.C.

    * 13:11

    pecados de Jeroboão. Ver nota em 1Rs 12:30.

    * 13:12

    livro da História dos Reis de Israel. Ver nota em 1Rs 11:41.

    * 13:13

    Jeroboão. Jeroboão II governou entre 793 e 753 a.C., incluindo onze anos como co-regente com seu pai, Jeoás. Jeroboão começou a reinar de modo independente quando Jeoás morreu, em 782 a.C. Ver 14:23-29.

    * 13:14

    Meu pai. Ver nota em 2.12.

    Carros de Israel e seus cavaleiros. Anteriormente, Eliseu usara essa expressão para dirigir-se a Elias; agora Jeoás faz uso do cumprimento com Eliseu.

    * 13:17

    janela para o oriente. Essa janela abria-se para o lado da região controlada pela Síria (10.32,33).

    Flecha da vitória contra os siros. A ação simbólica foi uma profecia que o próprio Jeoás haveria de cumprir.

    Afeque. Ver nota em 1Rs 20:26.

    * 13:18

    e cessou. De alguma maneira, Jeoás deixou de perceber o sentido interior do que o profeta o estava exortando a fazer. Eliseu considerou que Jeoás era claramente culpado pela sua falta de entusiasmo.

    * 13:20

    Morreu Eliseu. Presume-se que Eliseu morreu devido à sua idade avançada.

    * 13:23

    por amor da aliança com Abraão, Isaque e Jacó. A fidelidade de Deus é constante e eterna (conforme 1Rs 18:36).

    * 13:24

    Ben-Hadade. Ou seja, Ben-Hadade III (v. 3, nota).

    * 13:25

    três vezes Jeoás o feriu. Isso cumpriu a última profecia de Eliseu (v. 19); as vitórias de Jeoás impediram a expansão dos sírios. Posteriormente, Jeroboão II também derrotaria os sírios (14.25).


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de II Reis Capítulo 13 do versículo 1 até o 25
    13 4:6 Deus escutou a oração do Joacaz em que lhe pedia ajuda. Deus pospor seu julgamento sobre o Israel quando se voltou para O para lhe pedir ajuda, mas não mantiveram sua dependência em Deus por muito tempo. Mesmo que houve interrupções periódicas em sua idolatria, houve muito pouca evidência de fé genuína. Não basta dizendo "não" ao pecado, além disso devemos dizer "sim" a uma vida de compromisso com Deus. Um pedido ocasional de ajuda não substitui uma vida diária de confiança em Deus.

    13:5 Síria, que estava se localizada ao norte do Israel, sempre foi sua inimizade. Isto era em parte causado pelo bloqueio do Israel a maior parte do comércio de Síria com o sul, e Síria cortou a maior parte do comércio do Israel com o norte. Se uma nação podia conquistar à outra, todas suas rotas de comércio seriam abertas e floresceria sua economia. Israel e Síria estavam tão ocupadas brigando entre si que não notaram o rápido fortalecimento crescente dos assírios no longínquo norte. Muito em breve ambas as nações seriam surpreendidas (16.9; 17.6).

    13:9, 10 Joás assumiu o trono do Israel em 798 a.C. Naquele tempo o rei do Judá, Joás, estava perto do fim de seu reinado. Dois reis, ambos chamados Joás, um no sul e outro no norte, reinaram quase o mesmo tempo. Embora Joás do Judá começou como um rei bom, Joás do Israel foi um rei malvado.

    13:14 Eliseu era muito respeitado por seu poder profético e seus milagres em favor do Israel. Joás o chamava, "Carro do Israel e sua gente da Isto cavalo recorda o título que Eliseu deu ao Elías em 2.12. Joás temia a morte do Eliseu porque lhe atribuía o bem-estar da nação, e não a Deus. O temor do Joás revela sua falta de conhecimento espiritual. Ao menos tinham acontecido quarenta e três anos desde que Eliseu se mencionou por última vez nas Escrituras (9.1), onde ungiu ao Jehú como rei (841 a.C.). O reinado do Joás começou em 798 a.C.

    13 15:19 Quando disse ao Eliseu que golpeasse o chão com as flechas, fez-o à ligeira. Como conseqüência, Eliseu disse ao rei que sua vitória sobre Síria não seria completa. Para receber os plenos benefícios do plano de Deus para nossas vidas se requer a plena receptividade e obediência aos mandatos de Deus. Se não seguir por completo as instruções de Deus, não devemos nos surpreender se não se apresentarem seus plenos benefícios e bênções.

    13 20:21 Eliseu estava morto, mas permaneceu sua boa influência, inclusive fazendo milagres. Isto demonstrou que realmente Eliseu era um profeta de Deus. Além disso era um testemunho do poder de Deus, nenhum ídolo pagão ressuscitou a ninguém da morte. Este milagre serve como um aviso mais para o Israel de que tinha rechaçado a Palavra de Deus dada através do Eliseu.

    DEUS Ou ido-os

    por que o povo continuamente se voltava para os ídolos e não a Deus?

    Os ídolos eram: Deus é:

    Tangíveis 1ntangível, não tem forma física

    Moralmente similares, tinham características humanas Moralmente diferente, tinha características divinas

    Pormenorizados 1ncompreensível

    podiam-se manipular Não se pode manipular

    O adorar aos ídolos incluía: O adorar a Deus incluía:

    Materialismo Sacrifício

    Imoralidade sexual Pureza e compromisso

    Fazer o que a pessoa queria Fazer o que Deus quer

    Centrar-se no eu Centrar-se em outros


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de II Reis Capítulo 13 do versículo 1 até o 25

    C. Jeoacaz (


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de II Reis Capítulo 13 do versículo 1 até o 25
  • Jeoás — oportunidade perdida (13)
  • Nos primeiros nove versículos, le-mos a respeito de Jeoacaz, pai de Jeoás. Não confunda esse Jeoás (ou Joás) com o jovem rei de Judá dos capítulos 11—12. Esse Jeoás foi rei de Israel e, aos olhos do Senhor, fez o que era mau. Em 14:8-14, vere-mos que ele derrota o rei de Judá, Amazias. Jeoás, durante seu reina-do, tem contato com o profeta Eli- seu, pouco antes da morte do ho-mem do Senhor. Eliseu deu-lhe uma chance de ouro para derrotar a Sí-ria de uma vez por todas, mas ele não aproveitou a oportunidade. O versículo 25 relata que ele venceu apenas três vezes. Como é trágico que deixemos de aproveitar as gran-des oportunidades que Deus nos dá. Com freqüência, as decisões erradas de hoje são as derrotas de amanhã. O milagre incomum, dos versícu-los 20:21, sugere a influência po-derosa que um homem devoto pode ter mesmo após sua morte.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de II Reis Capítulo 13 do versículo 1 até o 25
    13.1 Agora o fio da história abandona as narrativas sobre os profetas reformadores e sacerdotes, para descrever a história de Israel até sua destruição (17.6).
    13.4 Jeoacaz fez súplicas. Nenhum dos 19 reis foi genuinamente justo ou piedoso. Alguns buscaram ao Senhor, mas somente nas horas de calamidade nacional ou social, como se vê nos casos de Jeoacaz e Acabe (1Rs 21:27-11). O caráter místico do rei Jeú, descreve-se em 2Rs 10:29-12. O que Deus deseja é um verdadeiro arrependimento, seguido pela consagração total do coração (Rm 12:1-45; 2Co 5:15).

    13.5 Salvador. Aqui a palavra apenas quer dizer um libertador político, e podia referir-se aos próprios assírios, que naquela época começaram a subjugar a Síria (Is 10:5-23).

    13.6 Casa de Jeroboão. A natureza destes pecados é descrita em 1Rs 14:7-11, 1Rs 14:23, com as notas.

    13.7 Cinqüenta cavaleiros. Jeoacaz foi reduzido à condição de um rei súdito, com licença para ter uma guarda de cavaleiros, usados em ocasiões cívicas, e dez mil homens com a finalidade do policiamento nacional. O Ben-Hadade da época reinou de 796-770 a.C. No fim de seu reinado; Jeroboão II, de Israel, reconquistou a Damasco (dominada por Davi e Salomão) (14.28). Daí se vê com freqüência a supremacia entre as duas nações vizinhas, Israel e Síria, mudava de reinado em reinado, desde a época de Acabe (1Rs 20:1-11).

    13.14 Carros de Israel. Jeoás usou a mesma expressão que brotara dos lábios de Eliseu quando viu Elias subir num redemoinho (2:11-12). Embora a história registra que Jeoás fora mau, ele não podia deixar de lamentar a perda do poder espiritual e moral que a nação sofreria com a morte do grande profeta. O sentido da exclamação equivalia dizer que as vitórias políticas e militares que Israel obtinha eram devidas às orações de Eliseu e aos seus conselhos (6:8-23), Compare Pv 14:34: "A justiça exalta as nações, mas o pecado é o opróbrio dos povos".

    13.15 Então lhe disse Eliseu. A resposta de Eliseu à lamentação do rei foi profetizar-lhe vitórias nos anos seguintes, em proporção à fé demonstrada naquela entrevista (17-19).

    13.17 Flecha da vitória. Uma declaração de guerra, muitas vezes, era feita, atirando-se uma flecha dentro do território inimigo. Esta, porém, foi atirada para o oriente em direção à Síria, a cidade de Afeque, ao oriente do Mar da Galiléia, a fortaleza principal dos exércitos da Síria para a invasão de Israel.

    13.19 Se indignou. Assim como a viúva do discípulo (4.6), Jeoás receberia as bênçãos de vitórias de acordo com a fé e a obediência que demonstrara nas palavras do profeta (25).

    13.22 Oprimiu. Quer dizer: "tinha oprimido". Uma recapitulação da situação do reinado anterior. Hazael reinou de 843-796 a.C., entre a Ben-Hadade que assassinara (8.15), e o Ben-Hadade mencionado nos vv. 3 e 24 deste capítulo, filho de Hazael.

    13.23 Aliança. Judá e Israel eram igualmente herdeiros da grande aliança (Gn 12:1-3; Êx 32:13); ambas as nações eram compostas de descendentes de Abraão. Este versículo revela tanto a bondade como a severidade de Deus (Rm 11:22), já que termina com a frase "Não o lançou ainda", que sugere uma futura rejeição.

    13.24 Ben-Hadade. Talvez o terceiro com este nome: veja a nota 1Rs 15:18. Reinou de 796-770 a.C.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de II Reis Capítulo 13 do versículo 1 até o 25
    Jeoacaz reina em Israel (13 1:9)
    O reino massacrado e fraco que Jeú deixou para o seu filho Jeoacaz estava à mercê da Síria. O príncipe mais forte e temente a Deus teria tido dificuldade em sobreviver, e Jeoacaz não era nem uma coisa nem outra, v. 2. Ele fez o que o Senhor reprova, permitindo, como havia feito o seu pai, as armadilhas antigas de Jeroboão. O cerco e ataques executados por Hazael reduziram 1srael a pouco mais do que um Estado vassalo. Os cinqiienta cavaleiros e dez carros de guerra (v. 7) eram suficientes apenas para dar ao rei fantoche a pompa patética em ocasiões oficiais. Esse destino trágico é considerado um sinal da ira do Senhor (v. 3) que conduziu o rei ao arrependimento. O parêntese (v. 5,6) preserva uma tradição de ajuda como resposta ao arrependimento do rei e à preocupação de Javé por Israel. O libertador (v. 5) talvez seja uma referência à participação de Eliseu mencionada em 6:8-23, ou, indiretamente, ao surgimento do poder assírio sob Adade-Nirari, mas a suspensão temporária da pressão política não produziu uma reforma religiosa profunda (v. 6). v. 5. os israelitas moraram em suas casas (BJ, VA: “tendas” é mais correto) indica que havia segurança suficiente para que os agricultores deixassem a proteção das cidades muradas e morassem nas suas plantações em campo aberto. Mas toda a estrutura religiosa e social do país estava atrelada aos pecados da dinastia de Jeroboão (i.e., os santuários em Betei e Dã), e o poste sagrado, que evidentemente havia sobrevivido à purificação realizada por Jeú, continuava a existir.

    Jeoás reina em Israel (13.10—14,22) Informações de diversas fontes são entrelaçadas aqui, com alguma sobreposição (13.12, 13 é repetido em 14.15,16) para apresentar um relato do destino de Israel, que estava melhorando.
    v. 10. trigésimo sétimo ano do reinado de Joás, rei de Judá (conforme 13 1:14-1) sugere que Jeoás se tornou co-regente nessa época. As versões gregas fazem diversas tentativas para harmonizar as datas. V.comentário Dt 2:19 acerca da relação possível de incidentes anteriores (6.24—

    7.20 e 5:1-27) com esse período, v. 11. Os “pecados de Jeroboão” ainda fornecem o contexto para essa modesta restauração, de forma que há um tom levemente negativo até mesmo nos relatos de melhorias (v.comentário do v. 23).
    v. 14. Eliseu é evidentemente uma figura respeitada, talvez em vista dos incidentes em

    7:1-20, e em idade bem avançada ele retém o seu vigor profético, os carros e os cavaleiros de Israel...-, lembra o título vitorioso dado a Elias (2,12) e mostra a reverência do rei — Tu és a fonte da vitória de Israel. Embora Eliseu fosse o símbolo da rejeição de Israel (lRs 19.17), ele, mesmo assim, pôs decididamente essa responsabilidade sobre os governantes. Ele pôs suas mãos sobre as mãos do rei (v. 16) e fez o rei atirar a flecha da vitória do Senhor contra a Síria (v. 17). Mas sem ter sido instruído quanto ao número de vezes, o rei golpeou o chão somente três vezes (v. 18), e por isso ouviu a repreensão do profeta. A ira impetuosa de Eliseu contra os inimigos de Javé (v. 19) encontrou pouca ressonância na mente politicamente condicionada do rei. Uma Síria subserviente poderia ser útil. Se ele a destruísse completamente, não haveria Estado pára-choque entre Israel e a Assíria.

    v. 20. Eliseu morreu, depois de meio século de serviço leal a Javé e amor sacrificial pelo seu povo, e foi sepultado. O milagre que segue é relatado sem comentário, e o seu significado é incerto. Talvez a sugestão seja que a partida de Eliseu foi, de forma bem particular, tão extraordinária quanto a do seu mestre Elias. Invasões dos moabitas indicam um túmulo na região de Jerico, cada prima-vera\ o TM é de difícil compreensão. A BJ traz “todo ano”. Gray traz “ao final do ano”, quando era mais provável que os invasores encontrassem colheitas.

    O v. 22 retoma a história após a interrupção do material de Eliseu, de forma que, quando a BJ traz “Hazael [...] tinha oprimido os israelitas”, transmite corretamente a idéia do mais-que-perfeito do hebraico. O intervalo ocorreu porque o Senhor foi bondoso para com eles, teve compaixão e mostrou preocupação por eles, não (como em 8,19) por causa de Davi, mas por causa da sua aliança com Abraão, Isaque e Jacó (v. 23) — um sinal importante de que a aliança anterior com os patriarcas ainda valia para Israel mesmo depois do cisma, e também de que a aliança era um aspecto fundamental da tradição na época da monarquia. Até hoje (omitido na LXX) pode ser um acréscimo posterior, em vista da deportação para a Assíria. Muitos intérpretes argumentam que a aliança patriarcal não foi violada nem mesmo por essa calamidade, ou qualquer outra dos 2:700 anos seguintes, e interpretam Rm 11:15-45 com base nisso.

    v. 24. Hazael [...] morrew. o último do castigo tríplice anunciado em lRs 19.16,17. O zelo excessivo havia arrancado as entranhas institucionais de Israel; Eliseu havia estabelecido a idéia de um remanescente no lugar do nacionalismo religiosamente moderado da esperança popular falsa; os ataques de Hazael haviam causado mais prejuízos aparentes do que reais. O reinado longo e aparentemente próspero de Jeroboão II não poderia ser mais do que um estágio da execução final.

    Ben-Hadade ou sofreu a derrota nas mãos dos assírios ou, mais provavelmente, herdou os resultados desse desastre de Hazael. (Se durante todo o remado de Jeoacaz, v. 22, for interpretado literalmente, Hazael deve ter sobrevivido até 798 a.C., depois de quase 50 anos de ataques e saques a Israel. Por outro lado, há um registro de Jeoacaz em que ele paga tributos a Adadnirari em 803 a.C., e Damasco sofreu na mesma campanha assíria.) Assim, Jeoás [...] [re]conquistou [...] as cidades (v. 25) e colocou Israel na rota da restauração temporária.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de II Reis Capítulo 9 do versículo 11 até o 41

    C. Desde Jeú até a Destruição de Israel. 9:11 - 17:41.

    Ameaçando a idolatria de destruir todas as boas influências restantes em Israel e invadir Judá para destruir toda a nação, a casa de Acabe foi assinalada para extinção.


    Moody - Comentários de II Reis Capítulo 13 do versículo 1 até o 25

    II Reis 13


    4) Israel sob os governos de Jeoacaz e Jeoás.

    2Rs 13:1-25. Esta seção demonstra quão insidiosamente o pecado se entrincheira e se espalha apesar dos repetidos esforços para sua erradicação.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de II Reis Capítulo 13 do versículo 22 até o 25
    d) Vitórias sobre a Síria (13 22:12'>2Rs 13:22-25)

    E Hazael... oprimiu (22); traduza-se: "ora Hazael oprimira". Ben-Hadade (24) fora enfraquecido em primeiro lugar pela bem sucedida resistência de Zacar de Hamate e depois pela invasão de Adade-Nirari III. É possível que neste período Israel fosse tributário da Assíria (ver Apêndice III).


    Dicionário

    Dias

    substantivo masculino plural Tempo de vida, de existência, dias de vida, vida.
    Etimologia (origem da palavra dias). Pl de dia.

    Hazael

    -

    A quem Deus vê. A vida de Hazael, rei de Damasco, é profundamente maléfica. Era oficial de alta patente, que servia o rei Ben-Hadade. Este, estando em certa ocasião doente, mandou Hazael a Eliseu, para saber deste profeta se ele, Ben-Hadade, recuperaria a saúde. o profeta Eliseu, em obediência à ordem dada por Deus a Elias, ungiu rei a Hazael, e ao mesmo tempo lhe disse que a doença de Ben-Hadade não era fatal, mas que morreria, reinando ele em seu lugar. E Hazael notou que a profecia se havia cumprido, porque matando ele a Ben-Hadade, se apoderou do trono. Foi contemporâneo de Jorão, Jeú, e Joacás, reis de israel. No obelisco Preto, que está no Museu Britânico, é ele mencionado, como pagando tributo com Jeú a Salmaneser ii, rei de Assíria, no ano 842 a.C. A pergunta que ele fez ao profeta Eliseu (2 Rs 8.13): ‘Pois que é teu servo, este cão, para fazer tão grandes coisas?’ mostra bem que ele não se horrorizou com o que acabava de ouvir, mas hipocritamente se considera indigno da alta posição anunciada. As cruéis barbaridades, que por ele foram infligidas a israel, acham-se narradas em 2 Rs 8.12 e 10.32… e 12.17. (*veja também 1 Rs 19.15 a 18 e Am 1:4.)

    Ungido para ser rei da Síria, sob a ordem específica do Senhor (1Rs 19:15). Ele e Jeú foram escolhidos por Deus como instrumentos de juízo contra Israel e a casa de Acabe, o qual era extremamente perverso e idólatra. Hazael era um oficial do exército sírio. Certa vez, Ben-Hadade, o rei da Síria, enviou-o ao encontro do profeta Eliseu, que se dirigia a Damasco, para saber se ficaria bom de certa enfermidade. O profeta então chorou, ao contemplar o sofrimento de seu povo Israel nas mãos de Hazael, e disse que o senhor dele morreria. Aquele oficial então retornou ao seu país e matou BenHadade (2Rs 8:8-15), para se tornar rei da Síria, de 843 a 798 a.C.

    Logo depois que Hazael chegou ao poder, Jorão, filho de Acabe, e Acazias, rei de Judá, fizeram uma aliança e saíram para fazer guerra contra ele; Jorão, porém, foi ferido na batalha (2Rs 8:25-29; 2Cr 22:5-6). Posteriormente, como castigo de Deus contra a idolatria de Acabe, seu pai, Jor1ão foi morto por Jeú, que se tornou rei de Israel (2Rs 9:14-15). O Senhor então enviou mais castigo contra seu povo, devido à infidelidade religiosa e ao pecado, ao permitir que Hazael capturasse grandes extensões de terra dos israelitas (2Rs 10:32). Quando o referido rei sírio dirigiu-se ao sul de Israel, conquistou grande parte do território de Efraim e voltou-se para atacar o reino de Judá e a cidade de Jerusalém (2Rs 12:17-18). O rei Joás então enviou os tesouros do Templo como tributo, de maneira que Hazael desistiu de atacar a santa cidade.

    Por vários anos Deus permitiu que Hazael oprimisse seu povo, até que finalmente o rei Jeoacaz, de Israel, voltou-se para o Senhor e Deus ouviu sua oração (2Rs 13:3-5). Quando começaram a orar, “o Senhor teve misericórdia deles, e se compadeceu deles, e tornou para eles, por amor da sua aliança com Abraão, Isaque e Jacó” (2Rs 13:23). Hazael morreu e Jeoás, filho de Jeoacaz, rei de Israel, lutou contra seu filho, Ben-Hadade, e reconquistou grande parte do território israelita (2Rs 13:24-25).

    O profeta Amós também falou contra a família de Hazael, por todo o mal que cometera ao atacar Israel, e disse que seus palácios seriam destruídos (Am 1:4). Embora o Senhor tenha permitido que o rei sírio vencesse muitas batalhas, porque era sua vontade levar Israel ao arrependimento e à verdadeira adoração, Hazael, no entanto, era responsável pelas muitas atrocidades que cometera contra o povo de Deus. P.D.G.


    Hazael [Deus Vê]

    Rei da Síria, que reinou de 841 a 798 a. C. em lugar de Ben-Hadade, a quem assassinou. Dominou e castigou o povo de Israel e esteve a ponto de atacar Jerusalém (2Rs 8:7-15:28-29; 10.32; 12:17-18; 13 3:22-24).


    Israel

    substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
    Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
    Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

    substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
    Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
    Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

    Luta com Deus. Foi este o novo nome dado a Jacó, quando ele pedia uma bênção depois de ter lutado com o Anjo do Senhor em Maanaim (Gn 32:28os 12:4). Depois é usado alternadamente com Jacó, embora menos freqüentemente. o nome era, primeiramente, empregado para designar a família deste patriarca, mas depois, libertando-se os hebreus da escravidão egípcia, aplicava-se de modo genérico ao povo das doze tribos (Êx 3:16). Mais tarde, porém, achamos a tribo de Judá excluída da nação de israel (1 Sm 11.8 – 1 Rs 12,16) a qual, desde que as tribos se revoltaram contra Roboão, se tornou o reino do Norte, constituindo o reino do Sul as tribos de Judá e Benjamim, com partes de Dã e Simeão. E isto foi assim até à volta do cativeiro. os que voltaram à sua pátria tomaram de novo o nome de israel, embora fosse um fato serem judeus a maior parte deles. Nos tempos do N.T. o povo de todas as tribos era geralmente conhecido pelo nome de judeus.

    Nome dado a Jacó depois que “lutou com Deus” em Peniel (Gn 32:28-31). Veja Jacó.


    Israel [O Que Luta com Deus] -

    1) Nome dado por Deus a Jacó (Gn 32:28)

    2) Nome do povo composto das 12 tribos descendentes de Jacó (Ex 3:16).

    3) Nome das dez tribos que compuseram o Reino do Norte, em contraposição ao Reino do Sul, chamado de Judá (1Rs 14:19);
    v. o mapa OS REINOS DE ISRAEL E DE JUDÁ).

    4) Designação de todo o povo de Deus, a Igreja (Gl 6:16).

    Israel Nome que Jacó recebeu após lutar com Deus — como hipóstase — em Jaboc (Gn 32:29). Derivado da raiz “sará” (lutar, governar), contém o significado de vitória e pode ser traduzido como “aquele que lutou com Deus” ou “o adversário de Deus”. Mais tarde o nome se estenderia aos descendentes de Jacó (Ex 1:9) e, com a divisão do povo de Israel após a morte de Salomão, passou a designar a monarquia do Reino do Norte, formada pela totalidade das tribos exceto a de Judá e Levi, e destruída pela Assíria em 721 a.C. A palavra designa também o território que Deus prometeu aos patriarcas e aos seus descendentes (Gn 13:14-17; 15,18; 17,18; 26,3-4; 28,13 35:12-48,3-4; 1Sm 13:19).

    Após a derrota de Bar Kojba em 135 d.C., os romanos passaram a chamar esse território de Palestina, com a intenção de ridicularizar os judeus, recordando-lhes os filisteus, desaparecidos há muito tempo. Pelos evangelhos, compreende-se que a Igreja, formada por judeus e gentios que creram em Jesus, é o Novo Israel.

    Y. Kaufmann, o. c.; m. Noth, Historia...; J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y las naciones, Madri 1979; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


    Jeoacaz

    Jeoacaz [Javé Prendeu]


    1) Décimo primeiro rei de Israel, que reinou 17 anos (814-798 a.C.) depois de Jeú, seu pai (2Rs 13:1-9).


    2) O outro nome de ACAZIAS 2, (2Cr 21:17).


    (Heb. “o Senhor possuirá”).


    1. Em II Crônicas 21:17 e em pelo menos dois outros lugares na Bíblia, Acazias, o sexto rei de Judá, é chamado de Jeoacaz. Algumas versões mais modernas não usam esse nome, para evitar as confusões; empregam apenas o nome de Acazias. Veja Acazias, item no 2.


    2. Filho de Jeú, tornou-se o 11 rei de Israel, o reino do Norte. Governou em Samaria por 17 anos, inclusive como corregente junto com o pai pelos três primeiros anos (814 a 797 a.C.). Herdou o reino numa situação desesperadora (2Rs 10:32-35, onde é chamado de Joacaz;13 1:7). Hazael, rei da Síria, oprimia Israel há anos. Tal situação fora permitida por Deus como juízo sobre a infidelidade religiosa do povo para com Yahweh, ao voltar-se para os deuses pagãos (2Rs 13:3-22). O próprio Jeoacaz também “fez o que era mau aos olhos do Senhor”, até que percebeu o quanto sua situação era séria e “então suplicou diante da face do Senhor, e o Senhor o ouviu” (v. 4). Deus então providenciou um salvador a Israel, na forma de um ataque assírio sobre a Síria (v. 5). Somente quando o filho de Jeoacaz, Jeoás, assumiu ao trono, o Senhor permitiu que Israel assumisse a ofensiva e reconquistasse o território tomado por Hazael (v. 25). Quando morreu, Jeoacaz foi sepultado em Samaria (vv. 8-10).


    3. Outro rei Jeoacaz, filho do rei Josias. Tinha 23 anos de idade quando começou a reinar em Jerusalém, mas permaneceu no trono apenas três meses (609 a.C.). Sua mãe chamava-se Hamutal, filha de Jeremias de Libna (2Rs 23:30-31). Seu pai, Josias, insensatamente tentara opor-se a Faraó-Neco, em sua marcha rumo ao Norte para fazer guerra contra os caldeus; Josias foi morto pelo rei egípcio na batalha de Megido. Jeoacaz “fez o que era mau aos olhos do Senhor” e foi capturado por Faraó-Neco e levado acorrentado para o Egito, sem dúvida como castigo de Deus (v. 32). O rei egípcio impôs um pesado tributo sobre Judá e colocou Eliaquim, outro filho de Josias, no trono, mudando-lhe o nome para Jeoiaquim. Tempos depois, Jeoacaz morreu no Egito (2Rs 23:34-2Cr 36:2-4). Esses últimos anos de Judá, o reino do Sul, foram tão lamentáveis quanto os últimos de Israel, o reino do Norte. Repetidamente os escritores dos livros de Reis e Crônicas nos lembram o motivo de tudo isso: os reis e o povo não se arrependeram nem confiaram no Senhor, apesar dos profetas terem alertado sobre tais acontecimentos. Causadores de uma brecha na aliança, Deus não mais lhes ofereceu proteção contra os inimigos e até mesmo usou os adversários como parte de seu juízo sobre o povo (2Cr 36:15-23).

    P.D.G.


    o Senhor apoderou-se de. 1. Filho de Jeú, e rei de israel por dezessete anos (2 Rs 13 1:9). Durante o seu reinado esteve ele, em parte, sujeito a Hazael, rei da Síria, que o obrigou a reduzir as suas forças militares e a pagar tributo. Embora Jeoacaz tivesse seguido e apoiado a maligna idolatria de Jeroboão i, era, contudo, tão triste e aflitiva a sua situação e a do país que ele, por fim, suplicou ao Senhor que o ajudasse. o libertador mandado, ou foi Jeroboão ii (2 Rs 14.25), ou mais provavelmente Adade-Nirari iii, da Assíria, que bloqueou Damasco cerca do ano 803 a.C. 2. Filho de Josias, rei de Judá. Foi escolhido pelo povo em lugar de seu irmão mais velho (2 Rs 23.31 a 36). o seu governo foi de pouca duração, pois apenas reinou três meses em Jerusalém. Apesar de não ser longo o seu reinado, ainda pôde mostrar que era opressor do povo (Ez 19:3). Foi mandado para o Egito, preso com cadeias, e ali morreu (2 Cr 36.4). Também se chamou Salum. 3. outro nome de Acazias, rei de Judá, filho de Jeorão e pai de Joás, ambos reis de Judá. Em Acazias, a terminação é a mesma palavra que o prefixo Jeo em Jeoacaz (2 Cr 21.17 – 22.1 – 25.23).

    Oprimir

    verbo transitivo direto e bitransitivo Impor-se através da força, da violência ou de comportamentos autoritários: o chefe oprimia seus empregados.
    verbo transitivo direto e intransitivo Causar aflição: a tristeza é capaz de oprimir.
    verbo transitivo direto Ocasionar tristeza ou melancolia em alguém: o medo oprimia-o.
    Sobrecarregar algo ou alguém com impostos e taxas exageradas: o prefeito oprimiu a população com suas novas taxas.
    Efetuar compressão, pressão: os sapatos oprimiam seu pé.
    Abater ou suprimir por completo: o poder tudo oprime.
    Sobrepesar ou sobrecarregar com peso: o acidente oprimiu o carro.
    Gramática Possui duas formas para o particípio: oprimido e opresso.
    Etimologia (origem da palavra oprimir). Do latim opprimere.

    Rei

    substantivo masculino Monarca; aquele que detém o poder soberano num reino.
    Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa.
    Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete.
    Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira.
    Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez.
    Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas.
    substantivo masculino plural Reis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos.
    Gramática Feminino: rainha.
    Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.

    substantivo masculino Monarca; aquele que detém o poder soberano num reino.
    Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa.
    Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete.
    Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira.
    Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez.
    Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas.
    substantivo masculino plural Reis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos.
    Gramática Feminino: rainha.
    Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.

    l. o título de rei, na significação de suprema autoridade e poder, usa-se a respeito de Deus (Sl 10:16 – 47.7 – 1 Tm 1.17). 2. Este título foi aplicado a Jesus Cristo, como rei dos judeus (Mt 27:11-37, e refs.). 3. No A.T. o título de rei emprega-se em um sentido muito lato, não só falando dos grandes potentados da terra, como os Faraós do Egito (Gn 41:46) e o rei da Pérsia (Ed 1:1), mas tratando-se também de pequenos monarcas, como o rei de Jericó (Js 2:2 – cp com Jz 1:7). 4. Também se usa o título: a respeito do povo de Deus (Ap 1:6) – e da morte, como quando se diz ‘rei dos terrores’ (18:14) – e do ‘crocodilo’, como na frase ‘é rei sobre todos os animais orgulhosos’ (41:34). 5. Na história dos hebreus sucedeu o governo dos reis ao dos juizes. A monarquia, existente nos povos circunvizinhos, foi uma concessão de Deus (1 Sm 8.7 – 12.12), correspondendo a um desejo da parte do povo. Esse desejo, que já havia sido manifestado numa proposta a Gideão (Jz 8:22-23), e na escolha de Abimeleque para rei de Siquém (Jz 9:6), equivalia à rejeição da teocracia (1 Sm 8.7), visto como o Senhor era o verdadeiro rei da nação (1 Sm 8.7 – is 33:22). A própria terra era conservada, como sendo propriedade divina (Lv 25:23). Todavia, não foi retirado o cuidado de Deus sobre o seu povo (1 Sm 12.22 – 1 Rs 6.13). A monarquia assim constituída era hereditária, embora a sucessão não fosse necessariamente pela linha dos primogênitos, pois Davi nomeou Salomão como seu sucessor de preferência a Adonias, que era o seu filho mais velho nessa ocasião. A pessoa do rei era inviolável (1 Sm 24.5 a 8 – 2 Sm 1.14). Quando a coroa era colocada na cabeça do monarca, ele formava então um pacto com os seus súditos no sentido de governá-los com justiça (2 Sm 5.3 – 1 Cr 11.3), comprometendo-se os nobres a prestar obediência – e confirmavam a sua palavra com o beijo de homenagem (1 Sm 10.1). os rendimentos reais provinham dos campos de trigo, das vinhas, e dos olivais (1 Sm 8.14 – 1 Cr 27.26 a 28), e do produto dos rebanhos (1 Sm 21.7 – 2 Sm 13.23 – 1 Cr 27.29 a 31 – 2 Cr 26.10), pertencendo aos reis a décima parte nominal do que produziam os campos de trigo, as vinhas, e os rebanhos (1 Sm 8.15 e 1l). A renda do rei também se constituía do tributo que pagavam os negociantes que atravessavam o território hebraico (1 Rs 10,15) – dos presentes oferecidos pelos súditos (1 Sm 10:27 – 16.20 – 1 Rs 10.25 – Sl 72:10) – e dos despojos da guerra e as contribuições das nações conquistadas (2 Sm 8.2,7,8,10 – 1 Rs 4.21 – 2 Cr 27.5). Além disso, tinha o rei o poder de exigir o trabalho forçado, o que era para ele causa de aumentarem os seus bens. Devia, também, Salomão ter auferido lucros das suas empresas comerciais pelo mar (1 Rs 1020 – Davi, rei em Hebrom (2 Sm 2.1 a 4). 22.17,18 – 2 Sm 1.15).

    Rei
    1) Governador de um IMPÉRIO 1, (At 1:2), de um país (1Sm 8:5; Mt 2:1) ou de uma cidade-estado (Gn 14:2). Ocorrendo a morte do rei, um descendente seu o sucede no trono (1Rs 2:11-12).


    2) Título de Deus (Ml 1:14) e de Jesus (Mt 21:5; Ap 7:14; 19.16).


    3) Rei do Egito,
    v. FARAÓ.


    Reí

    (Heb. “amigável”). Um dos homens que, junto com o sacerdote Zadoque e o profeta Natã, entre outros, permaneceram fiéis ao desejo de Davi de colocar seu filho Salomão no trono, como seu sucessor (1Rs 1:8). Outro filho do rei, Adonias, tentou usurpar o reino; Salomão, entretanto, seguiu cuidadosamente os conselhos de Natã e de Zadoque e garantiu seu direito à sucessão. Para mais detalhes, veja Natã.


    Siria

    A Síria, também chamada Arã por virtude do nome daquele patriarca, cujos descendentes a povoaram, compreendia o país que ficava entre o rio Eufrates ao oriente, e o Mediterrâneo ao ocidente, com a Cilicia ao norte, e o deserto da Arábia ao sul, excluindo a Palestina. Todavia, os limites da Síria nunca foram bem determinados, e o nome era vagamente usado. A Síria possuía muitas cidades famosas dentro dos seus limites. Entre essas, as principais eram Damasco, Antioquia, Selêucia, Palmira e Laodicéia. Era composta a Síria de uma reunião de pequenos Estados, lutando uns com os outros pela supremacia, mas com resultados indefinidos. o reino de Damasco era o principal – e, depois dos dias de Abraão, aparece pela primeira vez na história da Bíblia, aliado contra Davi com Hadadezer, rei de Zobá (2 Sm 8.5). o resultado da guerra foi a submissão da Síria a Davi – mas no reinado de Salomão houve contra este rei uma revolta de que era chefe Rezom de Zobá, que também se apoderou de Damasco (1 Rs 11.23 a 25). Desde esse tempo ficaram os reinos da Síria independentes de israel, com quem tiveram repetidas guerras sob o governo da dinastia de Hadade, tornando-se notável o cerco de Samaria, tão maravilhosamente malogrado (2 Rs 6 e 7). Depois disto assassinou Hazael o rei da Síria, e usurpou o trono, oprimindo o reino de israel – mas a seu tempo foi vencido por Jeoás, rei de israel (2 Rs 13 22:25). Jeroboão ii alcançou superioridade, e passado algum tempo vê-se o reino da Síria, sendo Rezim o soberano, em aliança com israel contra Acaz, rei de Judá. *veja a notável passagem de isaías (7.1 a 6). E desta luta se derivou o seguinte: o rei Acaz chamou em seu auxilio o monarca assírio, Tiglate-Pileser, seguindo-se uma série de rápidos acontecimentos, de que provieram o revés e a morte de Rezim e o ser a cidade de Damasco absorvida pela Assíria. Desde esse tempo deixaram os estados da Síria de ter qualquer existência independente, tornando-se uma parte do grande império da Assíria, de onde passaram mais tarde para o domínio dos babilônios, depois para o dos persas, e em seguida para o dos generais de Alexandre Magno, que, pela primeira vez, fizeram daqueles pequenos Estados um grande e próspero reino. As inscrições de Tiglate-Pileser comemoram a queda de Damasco, a derrota de Rezim, que pelo seu nome é mencionado, e apresentam o nome de Hadade, como sendo o de uma divindade da Síria. Nos tempos do N.T., a Síria, já província romana, abrangia a Palestina, que não obstante a sua dependência tinha um governador propriamente seu ou procurador. Assim, por ocasião do nascimento de Jesus, era legado da Síria C. Sentio Saturnino (9 a 6 a.C.), a quem sucederam P. Quintílio Varo (6 a 4 a.C.), e P. Sulpício Quirino (3 a 2 a.C.). E quando o Salvador Jesus foi crucificado era, legado L. Aélio Lâmia, e Pôncio Pilatos, o procurador.

    Síria

    síria | s. f.
    Será que queria dizer síria?

    sí·ri·a
    (origem obscura)
    nome feminino

    1. [Portugal: Alentejo] Compleição, constituição física.

    2. [Portugal: Trás-os-Montes] Consistência ou robustez das pernas.

    3. Animação, vivacidade.

    5. [Viticultura] Casta de uva branca, cultivada no interior de Portugal. = ALVADURÃO, ROUPEIRO


    (as-Souriya) - do nome em antigo grego para a Assíria, embora a área central da Assíria estaeja atualmente localizada no moderno Iraque. Antes dos gregos, a região do moderno estado da Síria era conhecido como Aram, de onde procede o idioma aramaico, uma antiga língua franca do Oriente Médio, ainda falada em alguns vilarejos nos dias atuais.

    Síria V. ARÃ 2.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    II Reis 13: 22 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E Hazael, rei da Síria, oprimiu a Israel todos os dias de Jeoacaz.
    II Reis 13: 22 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    812 a.C.
    H2371
    Chăzâʼêl
    חֲזָאֵל
    um rei da Síria; enviado por seu mestre, Ben-Hadade, ao profeta Eliseu, para procurar
    (Hazael)
    Substantivo
    H3059
    Yᵉhôwʼâchâz
    יְהֹואָחָז
    um rei de Judá e filho de Josias
    (Jehoahaz)
    Substantivo
    H3117
    yôwm
    יֹום
    dia
    (Day)
    Substantivo
    H3478
    Yisrâʼêl
    יִשְׂרָאֵל
    Israel
    (Israel)
    Substantivo
    H3605
    kôl
    כֹּל
    cada / todo
    (every)
    Substantivo
    H3905
    lâchats
    לָחַץ
    apertar, pressionar, oprimir
    (oppress)
    Verbo
    H4428
    melek
    מֶלֶךְ
    rei
    (king)
    Substantivo
    H758
    ʼĂrâm
    אֲרָם
    a nação Arã ou Síria
    (and Aram)
    Substantivo
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo


    חֲזָאֵל


    (H2371)
    Chăzâʼêl (khaz-aw-ale')

    02371 חזאל Chaza’el ou חזהאל Chazah’el

    procedente de 2372 e 410; n pr m Hazael = “alguém que vê Deus”

    1. um rei da Síria; enviado por seu mestre, Ben-Hadade, ao profeta Eliseu, para procurar remédio para a lepra de Ben-Hadade; aparentemente matou Ben-Hadade mais tarde, assumiu o trono, e logo engajou-se numa guerra com os reis de Judá e Israel pela posse da cidade de Ramote-Gileade

    יְהֹואָחָז


    (H3059)
    Yᵉhôwʼâchâz (yeh-ho-aw-khawz')

    03059 יהואחז Y ehow’achaẑ

    procedente de 3068 e 270; n pr m Jeoacaz = “Javé tomou”

    1. um rei de Judá e filho de Josias
    2. um rei do reino do norte, Israel, e filho de Jeú
    3. um rei de Judá e filho de Jeorão (Acazias)

    יֹום


    (H3117)
    yôwm (yome)

    03117 יום yowm

    procedente de uma raiz não utilizada significando ser quente; DITAT - 852; n m

    1. dia, tempo, ano
      1. dia (em oposição a noite)
      2. dia (período de 24 horas)
        1. como determinado pela tarde e pela manhã em Gênesis 1
        2. como uma divisão de tempo
          1. um dia de trabalho, jornada de um dia
      3. dias, período de vida (pl.)
      4. tempo, período (geral)
      5. ano
      6. referências temporais
        1. hoje
        2. ontem
        3. amanhã

    יִשְׂרָאֵל


    (H3478)
    Yisrâʼêl (yis-raw-ale')

    03478 ישראל Yisra’el

    procedente de 8280 e 410, grego 2474 Ισραηλ; n pr m

    Israel = “Deus prevalece”

    1. o segundo nome dado a Jacó por Deus depois de sua luta com o anjo em Peniel
    2. o nome dos descendentes e a nação dos descendentes de Jacó
      1. o nome da nação até a morte de Salomão e a divisão
      2. o nome usado e dado ao reino do norte que consistia das 10 tribos sob Jeroboão; o reino do sul era conhecido como Judá
      3. o nome da nação depois do retorno do exílio

    כֹּל


    (H3605)
    kôl (kole)

    03605 כל kol ou (Jr 33:8) כול kowl

    procedente de 3634; DITAT - 985a; n m

    1. todo, a totalidade
      1. todo, a totalidade de
      2. qualquer, cada, tudo, todo
      3. totalidade, tudo

    לָחַץ


    (H3905)
    lâchats (law-khats')

    03905 לחץ lachats

    uma raiz primitiva; DITAT - 1106; v

    1. apertar, pressionar, oprimir
      1. (Qal)
        1. apertar, pressionar
        2. oprimir
      2. (Nifal) apertar-se

    מֶלֶךְ


    (H4428)
    melek (meh'-lek)

    04428 מלך melek

    procedente de 4427, grego 3197 Μελχι; DITAT - 1199a; n m

    1. rei

    אֲרָם


    (H758)
    ʼĂrâm (arawm')

    0758 ארם ’Aram

    procedente do mesmo que 759; DITAT - 163 Arã ou arameus = “exaltado” n pr m

    1. a nação Arã ou Síria
    2. o povo siro ou arameu Arã = “exaltado” n m
    3. quinto filho de Sem
    4. um neto de Naor
    5. um descendente de Aser

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo