Enciclopédia de II Reis 15:14-14

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

2rs 15: 14

Versão Versículo
ARA Subindo de Tirza, Menaém, filho de Gadi, veio a Samaria, feriu ali a Salum, filho de Jabes, matou-o e reinou em seu lugar.
ARC Porque Menaém filho de Gadi, subiu de Tirzá, e veio a Samaria; e feriu a Salum, filho de Jabes, em Samaria, e o matou, e reinou em seu lugar.
TB Subiu de Tirza Menaém, filho de Gadi, e veio a Samaria, onde feriu a Salum, filho de Jabes, e o matou, e reinou em seu lugar.
HSB וַיַּעַל֩ מְנַחֵ֨ם בֶּן־ גָּדִ֜י מִתִּרְצָ֗ה וַיָּבֹא֙ שֹׁמְר֔וֹן וַיַּ֛ךְ אֶת־ שַׁלּ֥וּם בֶּן־ יָבֵ֖ישׁ בְּשֹׁמְר֑וֹן וַיְמִיתֵ֖הוּ וַיִּמְלֹ֥ךְ תַּחְתָּֽיו׃
BKJ Porque Menaém, o filho de Gadi, subiu de Tirza, e chegou a Samaria, e feriu Salum, o filho de Jabes, em Samaria, e o matou, e reinou no seu lugar.
LTT Porque Menaém, filho de Gadi, subiu de Tirza, e veio a Samaria; e feriu a Salum, filho de Jabes, em Samaria, e o matou, e reinou em seu lugar.
BJ2 Manaém, filho de Gadi, partiu de Tersa, entrou em Samaria, ali matou Selum, filho de Jabes, e tornou-se rei em seu lugar.
VULG Respondentem vero Oniam dixisse : Hic est fratrum amator, et populi Israël : hic est qui multum orat pro populo et universa sancta civitate, Jeremias propheta Dei.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de II Reis 15:14

I Reis 14:17 Então, a mulher de Jeroboão se levantou, e foi, e veio a Tirza; chegando ela ao limiar da porta, morreu o menino.
I Reis 15:21 E sucedeu que, ouvindo-o Baasa, deixou de edificar a Ramá e ficou em Tirza.
I Reis 15:33 No ano terceiro de Asa, rei de Judá, Baasa, filho de Aías, começou a reinar sobre todo o Israel em Tirza, e reinou vinte e quatro anos.
I Reis 16:8 No ano vinte e seis de Asa, rei de Judá, Elá, filho de Baasa, começou a reinar em Tirza sobre Israel; e reinou dois anos.
I Reis 16:15 No ano vigésimo sétimo de Asa, rei de Judá, reinou Zinri sete dias em Tirza; e o povo estava acampado contra Gibetom, que era dos filisteus.
I Reis 16:17 E subiu Onri, e todo o Israel com ele, de Gibetom, e cercaram a Tirza.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

A DIVISÃO DO REINO

930 a.C.
O reinado de Salomão não foi uma era dourada" para todos os seus súditos. Os impostos cobrados para custear seus projetos de construção e manter sua corte luxuosa, juntamente com os trabalhos forçados,provocaram indignação. Muitos viram no efraimita Jeroboão, filho de Nabate, antigo supervisor do trabalho forçado, um defensor de sua causa,' por mais que a predição prematura do profeta Aías acerca da ascensão de Jeroboão ao trono tenha obrigado este último a se refugiar no Egito até a morte de Salomão.
Roboão, o sucessor de Salomão, rejeitou com insolência o conselho dos anciãos, preferindo seguir as instruções de um círculo de conselheiros mais jovens. Suas palavras: "Se meu pai vos impôs jugo pesado, eu ainda vo-lo aumentarei; meu pai vos castigou com açoites, porém eu vos castigarei com escorpiões" (1Rs 12:11) evidentemente não poderiam contribuir para torná-lo benquisto entre seus súditos. Quando Roboão se negou mais uma vez a atender às exigências do povo, as ez trios do norte apoiaram Jeroboão e deram as costas para o jovem rei e a casa de Davi.. "Que parte temos nós com Davi? Não há para nós herança no filho de Jessé! As vossas tendas, ó Israel! Cuida, agora, da tua casa, ó Davi! (IRs 12.16b).
As palavras das dez tribos do norte de Israel sinalizaram um acontecimento importante da história do Antigo Testamento: a divisão do reino, em 930 a.C.

CONSEQUÊNCIAS GEOGRÁFICAS
Com a separação das dez tribos do norte, restaram apenas Judá e Benjamim para dar continuidade à linhagem de Davi em Jerusalém. Simeão provavelmente deve ser incluído no reino do sul, pois seu território ficava no meio de Judá. Os israelitas voltaram à divisão do tempo de Davi, considerando "Israel" e "Judá" separadamente, talvez em função do encrave jebuseu de Jerusalém no centro do país antes de Davi tomar a cidade.

ISRAEL E JUDÁ SEGUE RUMOS DIFERENTES
Semaías, um profeta do Senhor, evitou a eclosão de uma guerra civil. As tribos do norte, sob Jeroboão, fundaram seu próprio reino, Israel, também chamado de "Efraim" (em função de sua tribo principal) pelo profeta Oséias e de "casa de José pelo profeta Amós (Am 5:6). Jeroboão se deu conta do poder e influência que o templo de Jerusalém poderia exercer sobre seu reino recém-formado. Se o povo tivesse de oferecer sacrifícios no santuário central, voltaria a se sujeitar ao rei Roboão de Judá e mataria Jeroboão. Sua solução para esse problema foi criar novos centros religiosos, colocando bezerros de ouro em Betel e Dã, nomeando sacerdotes não-levitas para ministrar nesses santuários e criando um novo calendário religioso. Esses foram os pecados de Jeroboão, filho de Nabate, lembrados pelas gerações subsequentes. De fato, do ponto de vista dos escritores bíblicos 1srael, o reino do norte, se viu sob a maldição de Deus desde que Jeroboão subiu ao trono. O exílio seria apenas uma questão de tempo. Israel não teve a estabilidade que, no geral, caracterizou Judá, seu vizinho ao sul. Ao contrário dos governantes das dez tribos de Israel, os descendentes de Davi governaram sobre Judá ininterruptamente. Baasa, Zinri, Onri, Jeú, Salum, Menaém, Peca e Oséias foram todos usurpadores. Além disso, o reino do norte teve mais de uma capital: primeiro Siquém, depois Tirza e, por fim, Samaria.

O ALTO EM DÁ
Resquícios dos centros religiosos de Jeroboão em Da (Iell el- Oadi) foram encontrados no nível IVA. A ausência de qualquer vestígio de um bezerro de ouro não surpreende. Porém, uma estrutura com 18 m de comprimento, construída sobre uma pedra lavrada, talvez fizesse parte do "alto". Três depósitos foram encontrados e, em um deles, dois potes grandes de mantimentos com capacidade para mais de 300 I, decorado com serpentes em relevo. Indícios de um altar e de um suporte para incenso foram descobertos num pátio. Também foi encontrada uma bacia embutida onde provavelmente era colocada a água para as libações.

A cronologia dos reinos divididos (930-586 a.C.)

UM ESCLARECIMENTO
O livro de Reis registra a história de Israel (o reino do norte) até o exílio na Assíria em 722 a.C.e a história de Judá (o reino do sul, centralizado em Jerusalém) até o exílio na Babilônia em 586 a.C. Enquanto o autor focaliza os dois reins alternadamente durante esse período, procuramos, à medida do possível, manter suas histórias separadas para minimizar a confusão. Essa tarefa é dificultada por nomes semelhantes como Jeorão de Judá e Jorão de Israel, Joás de Judá e Jeoás de Israel. Além do mais, o mesmo rei é chamado por nomes diferentes, como, por exemplo, Uzias ou Azarias de Judá. Felizmente, Acazias de Israel não foi contemporâneo de Acazias de Judá!

SINCRONISMO
Até mesmo uma leitura superficial do livro de Reis revela um grande número de informações que deveria facilitar a tarefa de elaborar uma cronologia detalhada. Os reis de Israel, por exemplo, costumam ser associados à cronologia dos reis de Judá e vice-versa: "No décimo quinto ano de Amazias, filho de Joás, rei de Judá, começou a reinar em Samaria Jeroboão, filho de Jeoás, rei de Israel" (2Rs 14:23). Chamamos esse recurso de sincronismo. Infelizmente, porém, ao invés de ajudar a definir as duas cronologias, esse sincronismo parece realçar as diferenças e criar complicações.

UM PONTO DE REFERÊNCIA EXTERNO
Sem dúvida, um ponto de referência externo é extremamente útil. Esse ponto de referência pode ser encontrado na cronologia dos assírios. Na Assíria, costumava-se registrar os anos de forma padronizada, conforme o rei da época e seus oficiais, chamados de epônimos. O ponto fixo dessas listas é um eclipse solar ocorrido durante o mandato do epônimo Bur-sagale, no reinado de Ashurdan Ill, rei da Assíria, um acontecimento que pode ser datado astronomicamente de 15 de junho de 763 a.C. De posse dessa informação, podemos calcular as datas dos reis da Assíria de 910 a.C. em diante.

DIFERENÇAS NA MANEIRA DE CALCULAR
A Bíblia coloca os dois anos do reinado de Acazias e os doze anos do reinado de Jorão entre Acabe e Jeú, dando a impressão de que o total foi de quatorze anos. No entanto, se Acabe morreu em 853 a.C. depois de ter contato com o rei Salmaneser Ill da Assíria em seu sexto ano de reinado (853 a.C). e se Jeú consentiu em pagar tributo a Salmaneser no décimo oitavo ano de reinado deste último (841 a.C.), então só há espaço para doze anos. Essa aparente discrepância pode ser explicada pelo fato de que os povos da antiguidade contavam os anos de forma inclusiva, isto é, a parte de um ano era contada como um ano inteiro. Assim, temos um ano inteiro mais one anos inteiros, totalizando os doze anos registrados.
No entanto, não é tão simples quanto parece, pois 1srael e Judá usavam métodos diferentes para calcular os anos de reinado. Para começar, Israel adotava a prática dos egípcios e contava o primeiro ano do rei a partir da sua entronização. Judá, pelo contrário, seguia a prática assíria e contava o primeiro ano do rei somente a partir do ano novo após sua entronização. O período entre a posse do rei e o final do ano civil é, às vezes, chamado de "o ano da ascensão ao trono". Esta prática continuou até o começo do século VIll a.C, quando Judá adotou o outro método.
Como se isto não bastasse, parece que havia dois calendários em uso, um começando na primavera e outro no outono!

CO-REGÊNCIA
Esta é uma forma de governo sugerida no próprio livro de Reis: "No ano quinto do reinado de Jorão, filho de Acabe, rei de Israel, reinando ainda Josafá em Judá, começou a reinar Jeorão, filho de Josafá, rei de Judá. (2Rs 8:16). Aqui, Jeorão subiu ao trono enquanto seu pai ainda estava vivo, um fenômeno chamado de "co-regência". Quase todos os conflitos de dados restantes põem ser solucionados pela postulação de várias co-regências. Algumas fazem sentido em termos políticos, como no caso de Josafá, rei de Judá, que se tornou co-regente quando seu pai Asa estava sofrendo de uma enfermidade nos pés e também no caso de Jotão, rei de Juda, que se tornou co-regente em 752 a.C. quando seu pai Uzias (Azarias) foi acometido de uma doença de pele chamada de forma tradicional, porém anacrônica, de "lepra".

RESUMINDO
Quando todos os fatores acima são levados em consideração, surge uma estrutura cronológica 99% confiável. No caso dos problemas que não são solucionados pelas explicações acima, outros fatores podem ser considerados. Não devemos, por exemplo, desconsiderar emendas a texto (como em II Reis 17:1, onde "duodécimo" talvez deva ser lido como "quarto"). Tendo em vista o estado de preservação das informações, porém, este expediente deve ser usado apenas como último recurso.

O reino dividido:
Israel e Judá Depois da morte de Salomão em 930 a.C., seu reino se dividiu em duas partes. O reino de Israel, ao norte, era centralizado em Samaria e foi governado por uma sucessão de dinastias de curta duração. O reino de Judá, ao sul, era centralizado em Jerusalém e foi governado por uma dinastia ininterrupta de descendentes de Davi.
O "alto" em Dã (Tell el-Qadi)
O "alto" em Dã (Tell el-Qadi)
O reino dividido: Israel e Judá
O reino dividido: Israel e Judá
Cronologia dos reis de Israel e Judá
Cronologia dos reis de Israel e Judá

Os REIS DE ISRAEL

930-741 a.C.
A DINASTIA DE ONRI
Como vimos anteriormente, Israel, o reino do norte, foi caracterizado por um governo instável no qual o trono foi tomado por vários usurpadores. Um deles, chamado Onri, estabeleceu uma dinastia que proporcionou estabilidade relativa a Israel. Apesar da Bíblia dedicar apenas seis versículos ao reinado de Onri (880-873 a.C.),' outras fontes deixam claro que ele foi um rei importante. A conquista de Moabe por Onri encontra-se registrada na famosa Pedra Moabita, hoje no museu do Louvre, em Pais (ver abaixo). Foi Onri quem estabeleceu Samaria como capital de Israel, o que explica o fato dos assírios chamarem Israel de "casa de Onri" muito tempo depois da extinção dessa dinastia.
Onri foi sucedido por seu filho Acabe (873-853 aC.). O primeiro livro de Reis afirma a seu respeito: "Fez Acabe, filho de Onri, o que era mau perante o Senhor, mais do que todos os que foram antes dele" (1Rs 16:30) e ressalta que Jezabel, a esposa fenícia de Acabe, promoveu a idolatria em Israel. Escavações realizadas em Samaria revelaram vários fragmentos de marfim entalhado, provavelmente da " casa de marfim"2 de Acabe, que mostram influências fenícias e egípcias. Num episódio bastante conhecido, Acabe e Jezabel foram repreendidos pelo profeta Elias por mandar matar Nabote, o jezreelita, a fim de obter sua vinha: cães lamberiam o sangue de Acabe no lugar onde haviam lambido o sangue de Nabote e devorariam Jezabel dentro dos muros de Jezreel.' Quando Acabe morreu em combate e foi levado de carro até Samaria, de fato, os cães lamberam o sangue no seu carro.

A DINASTIA DE JEÚ
O profeta Elias atendeu à ordem do Senhor e ungiu a Jeú, o comandante do exército, como rei de Israel. Num golpe sangrento, Jeú exterminou a dinastia de Onri e matou não apenas Jorão, rei de Israel, mas também Acazias, rei de Judá. Também executou os sacerdotes de Baal, os filhos de Acabe que haviam sobrevivido e a viúva de Acabe, Jezabel, da qual restou apenas o crânio, os pés e as mãos, pois o resto de seu corpo foi devorado pelos cães.°
Logo no início de seu reinado, Jeú (841-813 a.C.), ou seu embaixador, pagou tributo ao rei assírio Salmaneser III (859-824 a.C.), conforme retratado no famoso Obelisco Negro de Salmaneser, da cidade assíria de Nimrud. Uma inscrição identifica Jeú como "Jeú, filho de Onri". Cortesãos numa longa fila trazem tributos: ouro, prata e frutas. Pode-se observar, portanto, que Israel foi obrigado a reconhecer o poder crescente da Assíria. Jeroboão II (781-753 a.C.), bisneto de Jeú, aproveitou um período em que a Assíria se encontrava enfraquecida conquistou grande parte da Síria para Israel, conforme havia sido predito pelo profeta Jonas. O reino de Jeroboão II foi caracterizado por prosperidade crescent, acompanhada de idolatria. O profeta Amós apresenta uma descrição vívida:
"(Vós] que dormis em camas de marfim, e vos espreguiçais sobre o vosso leito, e comes os cordeiros do rebanho e os bezerros do cevadouro; que cantais à toa no som da lira e inventais, como Davi, instrumentos músicos para vós mesmos; que bebeis vinho em taças e vos ungis com o mais excelente óleo.
Amós 6:4-6
Entalhes suntuosos de marfim e grandes construções encontradas em Samaria, a capital israelita, são provas arqueológicas dessa prosperidade. Além disso, 102 óstracos escritos em hebraico foram encontrados em Samaria e provavelmente podem ser datados do reinado de Jeroboão II. As inscrições registram recibos de vinho e azeite, provavelmente referentes ao pagamento de impostos de propriedades nos arredores de Samaria.

Um selo magnífico de jaspe com a inscrição "Pertencente a Shema, servo de Jeroboão" (referindo-se provavelmente a Jeroboão I) foi encontrado em Megido. Como o profeta Amós predisse, essa prosperidade não seria duradoura: "Mas não vos afligis com a ruína de José. Portanto, agora, ireis em cativeiro entre os primeiros que forem levados cativos, e cessarão as pândegas dos espreguiçadores.
Amós 6.6h-7
O Senhor tinha dito a Jeú que sua dinastia duraria apenas quatro gerações. Zacarias, filho de Jeroboão Il, foi assassinado por Salum. Este tomou o trono, mas o ocupou por apenas um mês antes de sucumbir a outro usurpador chamado Menaém (752-741 a.C.). Para infelicidade de Israel, os assírios voltaram a ganhar força no reinado de Tiglate-Pileser III (746-727 a.C.) e, trinta anos depois da morte de Teroboão II, os israelitas foram exilados na Assíria.

ESTÁBULOS EM MEGIDO?
Escavações em Megido revelaram um grande conjunto de construções, identificados, por vezes, como estábulos com capacidade para até 450 cavalos. De cada lado de uma passagem central com 3 m de largura havia duas fileiras de colunas de pedra que sustentavam o telhado e, supostamente, serviam como postes as quais os cavalos podiam ser amarrados. As instalações também contavam com cochos, armazéns de cereais e tanques de água feitos de tijolos de barro. Logo depois de sua descoberta, o local foi associado a Salomão, em parte devido à referência às suas "cidades para carros" em I Reis 10:26. Essa atribuição não é mais defensável, pois pode-se observar que a extremidade sudeste do conjunto foi construída sobre um edifício do tempo de Salomão. Hoje em dia, esse complexo é considerado obra de Acabe, conhecido por ter usado dois mil carros na batalha contra os assírios em Qarqar, no rio Orontes na Síria em 853 a.C.O consenso entre os estudiosos é de que, na verdade, as instalações não são estábulos, mas sim, armazéns como aqueles ao redor das construções. Edifícios semelhantes encontrados em Hazor também passaram a ser considerados armazéns.

A Pedra Moabita (ou estela de Mesa)
Em 1868, F. A. Klein, um missionário alemão que morava em Jerusalém, viu uma placa encontrada na cidade de Dhiban (a Dibom bíblica) na atual Jordânia, com c. de 1,1 m de altura e 34 linhas de inscrições. Durante as negociações para comprar a pedra, C. S. Clermont-Ganneau, representante do museu do Louvre, conseguiu fazer um molde das inscrições, uma decisão prudente, pois, algum tempo depois, os proprietários da pedra colocaram-na no fogo e derramaram água fria para que se partisse em fragmentos. Alguns destes fragmentos nunca mai foram encontrados, porém o molde permitiu recuperar o texto parcialmente. Gravada em c. 830 a.C. por Mesa, rei de Moabe, a inscrição na língua moabita (que possui semelhanças com o hebraico) registra: "Onri era rei de Israel e oprimiu Moabe por muitos dias" (linhas 4-5). Mesa continua: "E Onri tomou posse da terra de Medeba e viveu nela durante seus dias e metade dos dias de seu filho quarenta anos" (linhas 7-8). Por fim, Mesa conseguiu se livrar desse domínio israelita.° Ele registra que tomou alguns dos utensílios do Senhor: "Tire de lá os utensílios do Senhor" (linhas 17-18). Esta é a primeira menção extra-bíblica das quatro consoantes hebraicas (YHWH) que constituem o nome do Senhor.

Guerra entre Israel e os moabitas

 

sinete de jaspe, pertencente a Sema, servo de Jeroboão Il (781-753 a.C.), Megido.
sinete de jaspe, pertencente a Sema, servo de Jeroboão Il (781-753 a.C.), Megido.
A Pedra Moabita (ou estela de Mesa)
A Pedra Moabita (ou estela de Mesa)
Entalhe em marfim encontrado em Samaria. Mostra uma esfinge alada em meio a uma plantação de lótus, usando peruca e salote estampado.
Entalhe em marfim encontrado em Samaria. Mostra uma esfinge alada em meio a uma plantação de lótus, usando peruca e salote estampado.
Guerra entre Israel e os moabitas
Guerra entre Israel e os moabitas
Edifício com colunas em Hazor. Outrora considerado um estábulo, hoje é identificado como um armazém.
Edifício com colunas em Hazor. Outrora considerado um estábulo, hoje é identificado como um armazém.

PALESTINA - DISTRITOS GEOPOLÍTICOS

Antes de nos envolvermos numa análise mais aprofundada dos aspectos topográficos naturais da Palestina, é necessário definir e, em poucas palavras, delinear certos termos que as Escrituras usam para designar as várias subdivisões geográficas e/ou geopolíticas da terra. Mas, para isso, será proveitoso introduzir, primeiro, dois vocábulos geográficos modernos que, às vezes, são empregados para designar essa terra: Cisjordânia ("deste lado o lado ocidental do rio Jordão") e Transjordânia ("do outro lado [o lado oriental] do rio Jordão"). Já vimos como, em várias épocas, o rio Jordão serviu de fronteira tanto geográfica quanto política. E, antes de prosseguir, é fundamental entender a natureza temporária dessas subdivisões. As fronteiras de um distrito específico podem ter variado ao longo dos séculos, e não é possível estabelecê-las com precisão em cada período. Esse problema é especialmente agravado quando se tenta determinar as fronteiras de um distrito que existiu durante um longo período da história bíblica, talvez durante mais de um milênio. Além do mais, é necessário levar em conta que uma mesma área geográfica frequentemente tinha nomes diferentes em períodos diferentes.

CISJORDÂNIA
De uma perspectiva geopolítica, pode-se dizer que a Cisiordânia esteve dividida em quatro distritos durante a maior parte da história bíblica. Indo do norte para o sul, essas quatro secções foram: Fenícia, Galileia, Samaria e Judá/Judeia.

FENÍCIA
No Antigo Testamento, a Fenícia é em geral definida como uma área litorânea estreita, que se estendia por cerca de 200 quilômetros, desde o rio el-Kabir até o monte Carmelo, e, no lado oriental, era flanqueada pelas montanhas do Líbano e da Galileia. Na época do Novo Testamento, o monte Carmelo já havia caído nas mãos de monarcas de Tiro,62 de sorte que, para o lado sul, a Fenícia chegava até a planície de Dor. A Fenícia foi o cenário de dois milagres da Bíblia: em Sarepta, Eliseu ressuscitou o filho de uma viúva, o qual havia parado de respirar (1Rs 17:8-24), e, na região de Tiro e Sidom, Jesus curou a filha de uma mulher siro-fenícia (Mc 7:24-30). A Fenícia também recebeu várias das primeiras viagens apostólicas.

GALILEIA
Imediatamente a leste da região sul da Fenícia, ficava o distrito da Galileia, o território mais setentrional que o Israel antigo chegou a ocupar. A área central da Galileia se estendia do rio Litani e da região de Dá, no norte, até o vale de Jezreel, no sul, medindo cerca de 80 quilômetros de norte a sul e uns 40 quilômetros de leste a oeste. Em todas as épocas, o distrito esteve dividido por um estreito vale lateral que acompanhava uma falha geológica que saía de Aco/Ptolemaida, rumava para o leste e chegava até a moderna Rosh Pinna (apenas cerca de 16 quilômetros ao norte do mar da Galileia). Esse vale de Beth Kerem divide a Galileia em duas subdivisões: Alta Galileia e Baixa Galileia.3 A distinção é geográfica e não administrativa. O terreno acidentado e praticamente intransponível da Alta Galileia chega a mais de 1.000 metros de altitude, e parte de sua região central é a mais elevada de toda a Cisiordânia (o iebel Jarmuk fica mais de 1.200 metros acima do nível do mar). Na Baixa Galileia, os cumes ficam abaixo de 600 metros de altura. A maioria das referências à Galileia, inclusive todas as do Novo Testamento, é à Baixa Galileia. Por causa de sua localização no norte, a Galileia talvez fosse mais vulnerável à assimilação cultural e ao domínio militar (Is 9:1; Mt 4:15-16; 2Rs 15:29). Embora a Galileia tenha sido habitada pelas tribos de Naftali, Issacar, Zebulom e talvez parte de Aser durante o período da ocupação, a partir do cativeiro babilônico (1Rs 9:10-14) a sua população gentílica passou a ser majoritária. Por isso, o distrito era suspeito tanto do ponto de vista ideológico (Jo 1:46; cp. 7.41,52) quanto do linguístico (Mt 26:73b). Apesar disso, a Galileia se tornou muito importante, igualmente, para judeus e cristãos. Para os judeus, após a destruição de Jerusalém em 70 d.C., a cidade de Tiberíades se converteu, pouco a pouco, no centro da erudição talmúdica; ali o Sinédrio se reuniu pela última vez e a Mishná foi editada; ali se concentraram as famílias de Ben Asher e Ben Naphtali, da tradição massorética; ali também o venerado Códice Aleppo (a mais antiga e mais completa Bíblia hebraica existente) foi criado e é onde se encontram os túmulos dos sábios judeus Maimônides, rabino Akiva e Johanan ben Zekkai. Para os cristãos, a Galileia foi um centro das atividades de Jesus. Ele passou a infância no pacato vilarejo de Nazaré, baseou seu ministério no importante centro de Cafarnaum e, o que talvez seja o mais interessante, ali realizou a maioria de seus milagres públicos.

SAMARIA
Ao sul da Galileia, fica a terceira subdivisão: Samaria. Anteriormente era conhecida como região montanhosa de Efraim (Is 17:15-19.50; Jz 3:27-4.5; 1Sm 1:1-9.4; 1Rs 4:8-2Rs 5,22) e não deve ser confundida com a região montanhosa de Judá (v. a seguir). Por fim, o distrito de Samaria ganhou esse nome devido à terceira e última capital do Reino do Norte (1Rs 16:24). A região central de Samaria se estendia da borda do vale de Jezreel, rumo ao sul, chegando até as proximidades de uma linha topográfica natural que, saindo de Jericó para o oeste, passava pelo uádi Makkuk e ia até Ofra. A partir dali, a fronteira avancava além de Betel e Bete-Horom Superior, onde começava sua descida até Aijalom (cp. ]s 10.11,12) para, então, terminar na planície Costeira, em frente de Gezer. Assim, a Samaria abrangia uma área aproximada de 65 quilômetros de norte a sul e uns 50 quilômetros de leste a oeste (com base na descrição feita por Josefo, infere-se que a Samaria do Novo Testamento foi ligeiramente reduzida em sua área ao sul) 64 O centro geográfico natural de Samaria era a cidade de Siquém, situada no vale entre o monte Ebal e o monte Gerizim, e adjacente à atual cidade de Nablus. Ali a principal estrada rumo ao norte procedente de Jerusalém (estrada da Serra Central) se conectava com uma estrada secundária (estrada lateral de Efraim), que ligava Samaria tanto ao Mediterrâneo quanto ao rio Jordão. Por isso, não é de surpreender que Siquém tenha testemunhado períodos de ocupação prolongada que remontam a 4000 a.C. Durante boa parte do segundo milênio a.C., Siquém competiu com Jerusalém pela supremacia sobre a Palestina central. Esse local foi o primeiro lugar onde Abraão erigiu um altar e adorou ao Senhor em Canaã (Gn 12:6); onde os ossos de José finalmente encontraram descanso (Is 24:32; cp. Gn 50:25-26: Êx 13.19): onde, pela primeira vez 1srael tentou instituir a monarquia (Iz 9); onde aconteceu a divisão da monarquia unida de Israel (1Rs 12:1-16): onde esteve localizada a primeira capital do reino setentrional de Israel (1Rs 12:25) e onde lesus confrontou uma mulher iunto ao poco (Jo 4:5). Embora ofuscada pela cidade de Samaria durante a maior parte do período da monarquia dividida, a ascendência de Siquém foi reafirmada depois que os assírios deram fim ao Reino do Norte, em 722 a.C. Cativos estrangeiros foram estabelecidos em cidades samaritanas (2Rs 17:24-34). Alguns dos refugiados adotaram vários elementos da fé judaica e, com o tempo, passaram a se considerar judeus (e.g., Ed 4:2). Mas sua tentativa de se tornarem membros da comunidade judaica foi em grande medida repudiada pelos judeus pós-exílicos, o que gerou uma hostilidade religiosa que durou todo o restante do período bíblico (Lc 9:52-53; Jo 4:9-8.48). Assim mesmo, o samaritanismo sobreviveu aos séculos. Um relato medieval localizou em Damasco cerca de 400 samaritanos. Estimativas atuais sobre a população samaritana em Israel vão de 550 a 800 pessoas que, todos os anos, continuam a celebrar a Páscoa no alto do monte Gerizim, o monte sagrado deles (Jo 4:20).

JUDÁ
A quarta principal subdivisão geopolítica da Cisiordânia era Judá, que relatos históricos mais antigos chamavam de região montanhosa de Judá (Js 11:21-15.48; 20.7; 21.11; cp. 2C 21.11; 27.4; Lc 1:65). De acordo com II Reis 23:8, Judá ia de Geba, uma cidade estratégica localizada cerca de 8 quilômetros ao norte de Jerusalém, até tão ao sul quanto Berseba (Zc 14:10). Assim, quando compreendido também no contexto do limite norte de Israel na cidade de Da, isso está de acordo com a fórmula recorrente no Antigo Testamento ("de Da até Berseba"), que denota as fronteiras efetivas da região central de Israel (Jz 20:1-1Sm 3.20 2Sm 3:10-17.11; 24.2,15; 1Rs 4:25). Ainda é possível delinear especificamente a região central de Judá a partir de seu eixo lateral, indo para o leste até a descida abrupta para o deserto de Judá (Jesimom [Nm 21:20; cp. 1Sm 26:1 - Haquila, em frente de Jesimom]) e para o oeste até a descida íngreme e rochosa que termina num valado estreito que a separa da Sefelá (v. a seguir). A região central de ludá media não mais de 80 quilômetros de norte a sul e apenas uns 30 quilômetros de leste a oeste. Só raramente Judá atraiu o interesse dos construtores de impérios, pois era um território bem pequeno, em grande parte constituído de amplas áreas de terra incultivável, que ficava bastante isolado das rotas internacionais e nunca experimentou prosperidade material independente. Um estudioso descreveu Judá como uma terra isolada que promovia um estilo de vida pastoril e era o ambiente para fortalezas, altares e vilarejos.

IDUMEIA
Além das quatro principais entidades geopolíticas da Cisjordânia, a província da Idumeia desempenhou um papel secundário na política do período pós-exílico e do Novo Testamento. Idumeia é o nome grego aplicado especificamente a refugiados edomitas que fugiram para o noroeste para evitar a crescente pressão feita por seus vizinhos nabateus. Embora oscilasse bastante, ora separado da Judeia, ora a ela reanexado, o território idumeu chegou a cobrir a região que vai de Bete-Zur, perto de Hebrom, até Berseba, sua extremidade sul, e do mar Morto até os limites da planície da Filístia. Por fim, governantes macabeus subjugaram a Idumeia. Um deles (Alexandre laneu) nomeou Antipatro, um chefe local, para governar a região. É irônico que Herodes, o Grande, no devido tempo descendesse de Antípatro. Na condição de "rei dos judeus" (Mt 2:1), Herodes não se dispôs muito a descentralizar sua autoridade.

TRANSJORDÂNIA
A Transjordânia do Antigo Testamento é constituída de cinco entidades geopolíticas. Do norte para o sul, elas são. Basa, Gileade, Mishor, Moabe e Edom. O termo "Transjordânia" define especificamente a área que vai do monte Hermom até o golfo de Ácaba (cerca de 400 quilômetros de distância) e do vale do Jordão até as margens do deserto Oriental (entre 50 e 130 quilômetros). A natureza geopolítica dessa região é, na realidade, muito mais complicada do que a da vizinha Cisjordánia. Tentar, numa única análise, tratar da Transiordânia tanto do Antigo quanto do Novo Testamento é possível apenas em parte e, com certeza, trata-se de uma tarefa suscetível a imprecisão. Mas também aqui o propósito básico é fornecer a localização aproximada de entidades geopolíticas mencionadas nas Escrituras.

BASÃ
Basà significa "terra frutífera/plana" (Js 9:10-1Rs 4.13; 2Rs 10:33) e é o nome do território que as forças de Israel tomaram do controle de Ogue (Nm 21:33-35). Incluía 60 cidades muradas (Dt 3:4-5) e foi designado para Manassés Oriental (Dt 3:13). Do norte para o sul, Basa se estendia por aproximadamente 55 quilômetros, do monte Hermom (Js 12:45) até o rio Yarmuk,67 e, para o leste, chegava até Quente (Nm 32:42) e Salca (Dt 3:10), cidades situadas no monte Haura. Na época do Novo Testamento, a região ao norte do Yarmuk consistia basicamente nas províncias que formavam a tetrarquia de Herodes Filipe, filho de Herodes, o Grande.

GILEADE
A segunda entidade básica da Transjordânia é Gileade. Embora pareça que a Bíblia às vezes empregue essa palavra num sentido genérico, referindo-se a toda a Transiordânia ocupada (Dt 34:1-4; Js 22:9), a entidade geopolítica Gileade designa especificamente o domo elevado, montanhoso e ovalado que, do ponto de vista topográfico, é uma extensão oriental da elevação de Samaria (Jz 10:4-1Sm 13 7:25m 2.9; 2Rs 10:33). Esse domo começa a se elevar a apenas uns poucos quilômetros ao sul do Yarmuk e se estende na direção sul, chegando aproximadamente até o uádi Husban. que deságua no Jordão em frente a Jericó.
Longitudinalmente, o domo de Gileade era dividido por um desfiladeiro profundo, escavado pelo rio Jaboque, que separou Gileade em duas metades (cp. Js 12:5-13.31, a metade norte; Dt 3:12; Is 12:2, a metade sul). Na fronteira oriental, é possível delimitar Gileade apenas negativamente: não incluía a terra de Amom (Nm 21:23-24; Jz 11:13; cp. 1Sm 11:1-4), de modo que, em seu quadrante sudeste, não alcançava o deserto Oriental.
Em contraste com o significado do nome de seus vizinhos ao norte (Basa significa "terra plana") e ao sul (Mishor significa "planalto/chapada*), o provável significado do nome Gileade (terra acidentada") pode ajudar a esclarecer suas fronteiras.
Assim delineada, a região montanhosa de Gileade (Gn 31:21-23,25; Dt 3:12) cobria uma área de aproximadamente 55 quilômetros de norte a sul e não mais de uns 50 quilômetros de leste a oeste. Quase todo o norte de Gileade se tornou parte da herança de Manassés Oriental, ao passo que o sul foi entregue à tribo de Gade . A totalidade do domo foi de fato colonizada por Israel, provavelmente porque a altitude elevada permitia chover o suficiente para criar condições para um pouco de florestamento, agricultura e criação de animais (2Sm 18:6; Nm 32:1-4, 16,26; Js 22:8). Embora não saibamos sua exata natureza, o "bálsamo de Gileade", que tinha propriedades medicinais, era muito valorizado na Antiguidade (Jr 8:22-46.11; cp. Gn 37:25). Muitas cidades gregas que haviam sido estabelecidas durante o período alexandrino formaram um núcleo transjordaniano de oposição (em grande parte malsucedida) à independência judaica obtida pelos asmoneus. Mas, quando as legiões de Pompeu deram fim ao domínio asmoneu, muitas daquelas cidades foram devolvidas a seus compatriotas helênicos. Em alguns casos, certas cidades consideraram necessário constituir ligas para proteção mútua contra os vizinhos não gregos, assim como também estavam unidas em termos econômicos e sociais. Uma dessas confederações, conhecida como Decápolis ("dez cidades"), era constituída de localidades situadas principalmente ao longo das estradas comerciais do centro e do norte da Transiordânia.
Esse grupo é mencionado tanto na Bíblia (Mt 4:25: Mc 5:20-7.
31) quanto em fontes clássicas. No período do Novo Testamento, as cidades provavelmente incluíam, do norte para o sul, Damasco, Rafana, Canata, Hipos, Gadara, Citópolis, Pela, Diom, Gerasa e Filadélfia? Embora o propósito de uma confederação helenística assim tão pouco estruturada se choque com qualquer tentativa de definir fronteiras geográficas claras, é possível concluir que a região central da Decápolis se estendia transversalmente à região montanhosa de Gileade.

MISHOR
Ao sul da Gileade do Antigo Testamento, ficava o Mishor ("planalto", p. ex., Dt 3:10-4.43; Js 20:8), que se estendia por cerca de 40 quilômetros, desde Hesbom (Is 13:10) e Medeba (Is 13:16), no norte, até as cidades de Aroer (Is 13:9) e Dibom (Jr 48:22), situadas no sul, logo ao norte do cânion do Arnom e perto da Estrada Real. Outras cidades localizadas no Mishor eram Nebo (Ir 48.22). Sitim (onde os israelitas tiveram relações sexuais ilícitas com mulheres moabitas INm 25:1s.|).
Bete-Peor (perto de onde Moisés foi sepultado [Is 13:20; Dt 34:6] e onde Balaão pronunciou suas bêncãos desfavoráveis [Nm 22:41-23.13,141) e Bezer, uma das cidades israelitas de refúgio (Dt 4:43). O Mishor se tornou a heranca da tribo de Rúben. No entanto, como do ponto de vista geográfico o Mishor ficava a meio caminho entre a região central de Israel e a região central de Moabe, a luta para controlá-lo teve início ainda no período dos juízes (Jz 3:12-30, implícito). prosseguindo na época da monarquia unida (1Sm 14:47;25m 8.2,12) e chegando até os dias de Acabe e do rei moabita Messa. Mas, no pensamento dos profetas, o controle israelita da região do Mishor havia sido cedido aos mobitas (Is 15:1-9; 16.8,9; Jr 48:1-5,21-25,34-36,45-47; Ez 25:8-11). E provável que esse vaivém político ajude a explicar por que, apesar de descenderem do primogênito de Jacó (Gn 29:32-49.3,4), os rubenitas aparentemente foram incapazes de desempenhar um papel importante na história posterior de Israel.

MOABE/PEREIA
O planalto mais elevado que, partindo do Arnom, estendia-se para o sul, chegando até o ribeiro de Zerede, era a região mais importante e central do território moabita, tendo como capital a cidade de Quir-Haresete (2Rs 3:25; Is 16:7; cp. Nm 22:36; Is 15:1 ['Quir de Moabe", que é a forma encontrada na ARA, significa "cidade de Moabe"|). Durante o período do Novo Testamento, o distrito da Pereia? ocupava a região ocidental daquilo que havia sido o Mishor e Moabe. O historiador Josefo escreveu que, no norte, o distrito de Pereia chegava até a cidade de Pela e, no sul, até Maqueronte (uma cidade-fortaleza de onde se avistava o mar Morto e onde Herodes Antipas decapitou João Batista). Além disso, Josefo relata que Pereia começava no rio Jordão e ia para o leste, chegando até Filadélfia, e informa que a capital da Pereia era Gadara (T. Gadur, que não se deve confundir com a Gadara da Decápolis [Umm Qeis]) 73 Causam perplexidade as fronteiras norte e leste informadas por Josefo, pois tanto Pela quanto Filadélfia faziam parte da região da Decápolis. Talvez sua descrição signifique que as fronteiras das cidades-estados de Pela e Filadélfia encostavam na Pereia. De qualquer maneira, os geógrafos bíblicos justificadamente seguem critérios arqueológicos e topográficos, estabelecendo a fronteira oriental basicamente numa linha norte-sul que começa no norte, nas vizinhanças do jebel Munif, no alto Arnom. Parece que, dali, a fronteira norte acompanhou os contornos a jusante do uádi Yabis até sua foz no rio Jordão, em frente a Enom.

EDOM
O último distrito transiordaniano a ser listado é Edom, às vezes conhecido como Seir (Gn 32:3; Nm 24:18: Jz. 5.4; Is 21:11) ou monte Seir (Gn 14:6; Dt 1:2-2.5). Edom designa a terra e o reino situados no alto da estreita e longa cadeia de montanhas imponentes que, partindo do ribeiro de Zerede, dirige-se para o sul, quase até o golfo de Ácaba. No entanto, as terras centrais de Edom, saindo do ribeiro de Zerede, estendiam-se para o sul por cerca de 110 quilômetros até um planalto de onde se avista o uádi Hasma, parte de uma enorme dissecação no solo recoberta de areia, a qual se estendia na direção sudeste e era a porta de entrada para o sul da Arábia. A maioria dos cumes de Edom ultrapassa os 1:200 metros acima do nível do mar e, em mais da metade de sua extensão longitudinal, o terreno elevado fica acima dos 1:500 metros. E esse cenário assustador ficava claramente limitado, a oeste, pela Arabá e, a leste, pelas planícies do deserto Oriental. O resultado é que Edom propriamente dito media apenas 16 a 24 quilômetros num eixo leste-oeste, tendo, ao longo da serra altaneira, uma série de fortalezas e cidades que basicamente acompanhavam a Estrada Real. A combinação de fortificações tanto naturais quanto feitas pelo homem tornava Edom uma barreira intransponível para tráfego lateral. Cerca de 40 quilômetros ao sul de Zerede, uma falha geológica criou um cánion que, partindo da A rabá, abre-se em leque para o leste por mais ou menos 14 quilômetros. No fim desse uádi notável, ficava a antiga Punom, um centro importante de mineração de cobre e onde, de acordo com a Biblia (Nm 33:42), os israelitas acamparam durante a viagem de Cades-Barneia para as planícies de Moabe. Moisés solicitou ao rei de Edom permissão para que Israel atravessasse o território edomita para chegar à Estrada Real (Nm 20:14-21). Mas o rei rejeitou o pedido, o que exigiu que o grupo israelita vigiasse cerca de 160 quilômetros a mais por terreno árido e num calor escaldante, apenas para desviar de Edom (Dt2.1-8).
Sem dúvida, essa derrota psicológica foi relacionada com o incidente das "serpentes ardentes" (Nm 21:4-9; 33:42-49), em que Moisés foi forçado a erguer uma serpente de cobre nesse deserto. Com base no contexto geográfico, é possível entender por que a recusa do rei edomita não foi desafiada, apesar de ser improvável que os edomitas fossem numericamente superiores aos israelitas. Os penhascos imensos e as gargantas íngremes de Edom, mesmo nas encostas menos escarpadas do desfiladeiro de Punom, eram um alvo inacessível que, por capricho edomita, continuaria em esplêndido isolamento (Ob3). Situado junto às montanhas edomitas ocidentais e cerca de 32 quilômetros ao sul de Punom, há um cânion que se parece com uma cratera e contém as impressionantes ruínas de Petra, a fabulosa capital do Reino Nabateu, mais tarde ocupada pelos romanos.? Embora não se saiba quais foram seus ancestrais, os nabateus vieram a ocupar Edom no terceiro século a.C. e, já no primeiro século a.C., sua influência era sentida desde Damasco até Gaza e também até o interior da Arábia. Boa parte de seu poder era resultado do controle que exerciam sobre parte de uma lucrativa rede comercial que, àquela época, estendia-se do interior da atual Arábia Saudita até o Mediterrâneo Ocidental Chegava-se a Petra através de um estreito corredor de cerca de 1.600 metros, flanqueado em ambos os lados por elevados penhascos perpendiculares que, em alguns lugares, quase se tocavam. A bacia onde se situava a cidade propriamente dita era cercada de desfiladeiros de arenito, nos quais foram escavados estruturas e túmulos daquilo que, na Antiguidade, foi uma cidade de grande riqueza.
Por cerca de 65 quilômetros para o sul a partir da região central de Edom, descendo do uádi Hasma para o uádi Yutm, próximo ao golfo de Ácaba, fica uma cadeia bem estreita de intransitáveis montanhas de granito. Essas montanhas de Midia elevam-se a alturas que chegam perto de 1.750 metros acima do nível do mar. Nessa região, vestígios arqueológicos revelam uma cultura totalmente distinta de sua contraparte palestina e que é, às vezes, descrita como midianita. É nesta "cultura midianita que alguns estudiosos acreditam que Moisés talvez tenha se refugiado quando fugiu do faraó e ali serviu a seu sogro, um sacerdote de Midia (Ex 2:15-17:3.1).

Distritos do Antigo Testamento
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Distritos do Novo Testamento
Distritos do Novo Testamento

VISÃO PANORÂMICA DA GEOGRAFIA DO TERRITÓRIO HERDADO PELO ISRAEL BÍBLICO

TOPOGRAFIA FÍSICA
UMA TERRA PEQUENA
No estudo da terra de Israel, uma das primeiras descobertas que se faz é o reconhecimento de seu pequeno tamanho.
De acordo com a definição dada acima, a área central da herança do Israel bíblico na Cisjordânia cobre cerca de 17.600 quilômetros quadrados e sua herança na Transjordânia incorpora mais 10:100 quilômetros quadrados, o que perfaz uma área total de aproximadamente 27.700 quilômetros quadrados. Desse modo, a área total do território é quase a mesma do estado de Alagoas, da Bélgica ou de Ruanda, ou ainda do lago Erie, nos Estados Unidos.
Os leitores atuais da Bíblia tendem a pensar em termos de territórios imensos e com frequência ficam bastante surpresos quando percebem, por exemplo, que a distância entre o mar da Galileia e a costa mediterrânea, em linha reta, é de 55 quilômetros. Há uma distância de apenas 148 a 185 quilômetros entre a margem ocidental do deserto Oriental (no leste da Jordânia) e o Mediterrâneo. E a distância entre o mar da Galileia e Jerusalém é só cerca de 120 quilômetros. Conforme dito anteriormente, as extremidades tradicionais norte e sul da região central de Israel são, com frequência, descritas na Bíblia como "desde Da até Berseba" Na verdade, esses dois pontos extremos estão separados por uma distância da ordem de apenas 280 quilômetros. Em termos de Brasil, o equivalente aproximado seria de São Paulo a Poços de Caldas" ou "de Natal a Recife" Nos Estados Unidos, a distância aproximada seria "de Los Angeles a San Diego" e, na Europa, "de Milão a Veneza". O tamanho do território envolvido é surpreendentemente pequeno.

UMA TERRA DE LOCALIZAÇÃO ESTRATÉGICA
Apesar do tamanho diminuto, essa terra está estrategicamente situada em um contexto tanto intercontinental quanto interoceânico. Como ponte terrestre intercontinental, na Antiguidade era a única opção para qualquer viagem por terra entre a África, de um lado, e a Ásia ou a Europa, de outro. Como ponte terrestre interoceânica, fica ao lado da única massa de terra que separa o mundo do oceano Índico e o mundo do oceano Atlântico. Neste último aspecto, desde a Antiguidade remota uma vasta rede de comércio e comunicação tem levado para o Crescente Fértil bens provenientes de mundos bem longínquos (cravo vindo da Tailândia; canela, da Malásia; cássia, seda, cálamo, espicanardo, índigo, painço e gergelim, da Índia; lápis-lazúli e estanho, do Afeganistão; prata, da Espanha).
Por ser, na Antiguidade, ponto de contato tanto terrestre quanto marítimo, essa terra também se tornou uma ponte cultural internacional. Sua localização estratégica faz com que seja o lugar em que o Oriente se encontra com o Ocidente e o Norte com o Sul. Desde a Antiguidade remota, grandes potências com aspirações políticas e econômicas internacionais estiveram junto a suas fronteiras. Em termos históricos, o que acontecia nessa terra era quase sempre resultado do que estava ocorrendo ou havia recentemente ocorrido nos domínios de um de seus vizinhos. Foram, de fato, raros os momentos em que cidadãos dessa terra foram donos do próprio destino.
Durante o período bíblico a sorte dessa terra minúscula, mas estratégica, foi em grande parte determinada por gente de fora, fossem egípcios, assírios, babilônios, persas, partos, gregos, selêucidas, ptolomaicos ou romanos. Nesse aspecto, os filisteus e até mesmo os próprios israelitas têm de ser considerados estrangeiros que migraram para ali. A mesma tendência continuou existindo na história pós-bíblica, com os califas muçulmanos, os cruzados cristãos, os mamelucos egípcios, os turcos otomanos e os mandatários britânicos.
Por essa "ponte" marcharam os exércitos de Tutmés III, Amenhotep II, Seti I, Ramsés II, Merneptah, Sisaque I, Neco II, Salmaneser III, Tiglate-Pileser III, Salmaneser V, Sargão II, Senaqueribe, Esar-Hadom, Assurbanipal, Nabucodonosor II, Cambises II, Xerxes 1, Artaxerxes III, Alexandre III (o Grande), Ptolomeu I, Antíoco III, Antíoco IV, Herodes, o Grande, Pompeu, Vespasiano, Tito, Saladino, Ricardo Coração de Leão, Napoleão e Edmund Allenby, além de um número enorme de generais menos conhecidos.
Essa terra continua sendo uma das áreas mais instáveis e estratégicas do mundo.

UMA TERRA VARIADA
Apesar da pequena extensão, essa terra reflete uma variedade surpreendente, quase como a de um mosaico. Do ponto de vista sociológico, a variedade é evidente na menção aos vários "eus" na terra: girgaseus, cananeus, heveus, heteus, amorreus, perizeus, jebuseus, quenezeus, cadmoneus, queneus, refains etc. (Gn 10:16-18; 15:19-21; Ex 3:8-13.5; Nm 13:29; Dt 7:1-20.17; Js 3:10-12.8; 24.11; Jz 3:5-1Rs 9.20; cp. At 13:19). Na perspectiva da história colonialista, a terra foi conhecida por diversos nomes: Canaã, Palestina, Hatti, Djahy, Hurru, Retenu etc. Mas a ideia de variedade apresentada a seguir tem a ver com a topografia multiforme e diversificada da terra. Em seu eixo lateral, ela está dividida em pelo menos quatro zonas fisiográficas distintas.

PLANÍCIE COSTEIRA
A designação "planície Costeira" se refere à faixa marítima longitudinal que começa na extremidade sul da planície filisteia (no uádi el-Arish) e vai para o norte, chegando até a extremidade norte da planície de Aser (perto da atual Rosh HaNigra, que corresponde ao final da "Linha Verde", a fronteira atual entre Israel e Líbano). Essa planície é internamente segmentada por três obstáculos naturais - o monte Carmelo, o rio Crocodilo e o rio larcom - criando quatro planícies distintas. Além do mais, por motivos geográficos que serão explicados adiante, é conveniente subdividir a planície mais ao norte. Assim, a planície Costeira é constituída de cinco partes, que, do norte para o sul, são conhecidas como: (1) a planície de Aser (de Rosh HaNigra até as proximidades de Aco; cp. Is 17:10-11; 19:24-26); (2) a planície de Aco (a baía que tem forma de crescente e se estende ao redor do monte Carmelo; cp. Jz 4:13-16; 5.21); (3) a planície de Dor (uma faixa de terra bem estreita e situada entre o monte Carmelo e o rio Crocodilo; cp. Js 17:15-18); (4) a planície de Sarom (a área de terras baixas que vai do pântano do rio Crocodilo para o sul, até o Jarcom; cp. 1Rs 4:10-1Cr 5.16; 27.29; Is 33:9-35.2; 65.10; Ct 2:1); (5) a planície Filisteia (a região ao sul do larcom).
A planície costeira pode ser caracterizada com três palavras: "baixa" (uma referência à sua altitude relativa), "aberta" (uma referência à topografia plana) e "fértil (uma referência à produtividade agrícola da planície em tempos modernos).
Com exceção de umas poucas elevações situadas mais para dentro do continente, na extremidade oriental da Filístia, que chegam a quase 200 metros acima do nível do mar, a altitude da maior parte da planície Costeira é inferior a 100 metros, e boa parte dela tem uma altitude inferior a 45 metros acima do nível do mar.75 Uma análise do mapa revela que, nessa planície, as cidades bíblicas tendiam a se localizar não no seu centro, mas sim ao longo da costa (Aco, Cesareia, Jope, Asquelom e Gaza) ou em direção à sua margem oriental (Socó, Afeque, Gezer, Ecrom, Gate e Ziclague). De igual maneira, o mapa mostra que a artéria de transporte internacional (a chamada Grande Estrada Principal) corria ao longo da margem oriental dessa planície e não pelo centro. O mais provável é que a baixa altitude e a natureza relativamente nivelada da planície, combinadas com as serras de arenito calcário ao longo de grande parte da costa mediterrânea, que impediam uma drenagem natural, criavam uma área pantanosa bastante grande na planície durante toda a Antiguidade.
Esse obstáculo geográfico é a provável razão para o fato de a planície Costeira ter desempenhado um papel insignificante, quase nulo, na história bíblica. Exceto dois breves relatos sobre Gerar (Gn 20:26), nas narrativas patriarcais não há nenhuma referência a essa planície . Nenhuma das batalhas da ocupação israelita aconteceu ali, nenhuma área da planície foi habitada por Israel no início de sua ocupação , ali não havia cidades de refúgio e quase nenhuma das cidades levíticas, dali nenhum juiz nem profeta de Israel fez convocação ao povo, e nada aconteceu ali referente ao ministério registrado de Jesus.
Além de ser baixa, a planície também é aberta. Ao contrário da Cadeia Montanhosa Central da Galileia-Samaria-Judá, que, do ponto de vista geográfico, tendia a permanecer mais fechada e isolada devido à sua topografia elevada e sinuosa, a planície Costeira oferecia um terreno favorável à circulação, sem nenhum obstáculo Embora a terra, no geral, tenha sido descrita pouco antes neste texto como ponte terrestre internacional, era especialmente a planície Costeira, ao sul do monte Carmelo, que constituía essa ponte. Essa abertura também implicava mobilidade.
Durante o início do período bíblico, conflitos militares envolveram uso de carros de guerra (e.g., Ex 14:6; Dt 20:1; Js 11:4; Jz 1:19-4.3; 2Sm 1:6; observe-se também a proibição em Dt 17:16). Em contraste com as montanhas vizinhas, essa planície oferecia um terreno favorável ao uso de carros, inclusive a ataques-relâmpago, que não seriam barrados por grandes rochas ou terreno montanhoso. Aliás, há uma notável correspondência entre a área em que os cananeus conseguiam rodar seus carros e a área que Israel não conquistou durante o período de ocupação (Js 17:16-18). Ao mesmo tempo, essa abertura pode ajudar a explicar por que, depois do período bíblico, os filisteus não conseguiram sobreviver como entidade política nativa, ao passo que os israelitas, mais isolados, foram capazes de manter um sentimento duradouro de identidade nacional.
Por fim, essa planície é fértil; ou pelo menos se tornou fértil em tempos recentes. Uma olhada num mapa do Israel moderno mostra que a maior parte da região ocidental que o Plano da ONU para partição da Palestina, de 1947, designou para Israel está situada na planície Costeira, que, naquela época, era extremamente pantanosa e até mesmo infestada de malária. Entretanto, depois que a área foi devidamente drenada na década de 1950, houve grande prosperidade agrícola, pois se descobriram camadas profundas de riquíssimo solo arável resultante da erosão das montanhas ao lado e, como consequência, houve um grande e bem-sucedido esforço agrícola.

CADEIA MONTANHOSA CENTRAL
Constituída das regiões montanhosas da Galileia, Samaria, Judá e Neguebe, em sua natureza e topografia a Cadeia Montanhosa Central é exatamente o oposto da planície Costeira. A planície é "baixa, aberta e fértil"; a cadeia montanhosa é "alta, fechada e estéril". Enquanto, em seu ponto mais elevado, a planície chega a apenas uns 200 metros acima do nível do mar, em seu ponto mais baixo a Cadeia Montanhosa Central fica cerca de 450 metros acima do nível do mar, com muitos trechos superando os 900 metros. Onde as duas zonas se encontram, esse contraste de altitude pode ser bem pronunciado. É possível subir cerca de 800 metros viajando apenas de cinco a sete quilômetros do Mediterrâneo para o interior. Além do mais, a cadeia central é fechada. Essa cadeia, que na realidade é uma série de serras sinuosas e conectadas, funciona como barreira natural à circulação lateral.com exceção do ponto onde é interrompida pelo vale de lezreel/ Esdraelom. Em alguns lugares, para ir de um lado para o outro, além de ter de superar a ondulação difícil, era necessário atravessar até quatro ou cinco serras diferentes, separadas umas das outras por leitos profundos de uádis. Devido a seu terreno elevado e revolvido, a cadeia central é mais isolada e menos suscetível a aventureirismo internacional ou a ataques estrangeiros. Só raramente essa zona se revelou atraente para aqueles que construíam impérios. Por fim, a cadeia central é estéril e improdutiva. Constituída de calcário duro, sem minerais preciosos ou outros recursos naturais, e com grandes áreas que sofreram erosão e ficaram apenas com a pedra nua, parece improvável que alguma vez essa área montanhosa estéril, com somente 15 a 50 quilômetros de largura, tenha sido considerada capital político. No entanto, é justamente nessa região montanhosa que se desenrola boa parte da história bíblica. E aí que os patriarcas viveram, construíram altares e se comunicaram com seu Deus. É onde aconteceram as batalhas da conquista , onde Israel ocupou sua terra e foram fundadas muitas de suas instituições nacionais . É também onde, em seu devido momento, estiveram localizadas as capitais do Reino do Norte (Siquém, mais tarde Tirza e finalmente Samaria) e do Reino do Sul (Jerusalém). É aí que o judaísmo pós-exílico se estabeleceu e onde aconteceu boa parte do ministério registrado de Cristo . Galileia. Embora seja uma extensão das montanhas mais altas do Líbano, ainda assim a região elevada da Alta Galileia apresenta uma topografia bem complexa. O jebel Jarmuk (monte Merom) é o ponto mais alto de toda a Cisjordânia, mas é cercado por outros cumes que chegam a alturas superiores a 900 metros. Apesar de a Alta Galileia ter uma precipitação pluviométrica maior, seu terreno elevado e sua topografia fragmentada a tornam menos adequada para ocupação intensa. Na região nunca se estabeleceu aquilo que se pode chamar de cidade grande. No lado leste, a Baixa Galileia mantém o contorno irregular de sua vizinha no norte. Vê-se ali um enorme e alto afloramento de calcário, que, no flanco oriental, despenca no mar da Galileia. Nessa região se incluem o monte Tabor, os penhascos de Arbela e os vulcânicos Cornos de Hattin. Em contraste, as áreas central e oeste da Baixa Galileia apresentam o terreno mais plano de todo a cadeia central. A região é composta de várias serras paralelas que estão num eixo mais ou menos leste-oeste, entre as quais existem bacias relativamente abertas que são quase contíguas no lado ocidental. Vale de Jezreel/Esdraelom. Entre a região montanhosa da Baixa Galileia e a da Samaria, estende-se um vale que, em última instância, liga o vale do Jordão à planície Costeira, em Aco. Esse vale, que tem a forma de uma flecha apontada para o Mediterrâneo, é conhecido no Antigo Testamento hebraico como o vale de lezreel ("Deus semeou" ou "que Deus semeie"; e.g., Js 17:16; Jz 6:33; Os 1:5-2.
22) e, na época do Novo Testamento, por seu equivalente grego, Esdraelom.7 A estreita haste da flecha, em alguns pontos com não mais de três quilômetros de largura, estende-se de Bete-Sea até a cidade de Jezreel, margeada, no norte, pelo monte Moré e, no sul, pelo monte Gilboa, e drenada pelo rio Harode. Perto desse território ocorreu a triunfante vitória de Gideão sobre os midianitas (Jz
7) e a humilhante derrota de Saul nas mãos dos filisteus (1Sm 29:31). A base da ponta da flecha se estende por cerca de 28 quilômetros, a partir dos arredores, ao norte de Jenin, até o monte Tabor e, desses dois pontos, estende-se por cerca de 32 quilômetros até seu vértice, logo a oeste de Jocneão e perto do rio Quisom, em cujo pântano o carro de Sísera ficou atolado (Jz 5:21; cf. SI 83.9). A ponta dessa flecha, às vezes chamada de planície de Megido (2Cr 35:22; Zc 12:11), é baixa e plana. A planície é coberta por uma camada extremamente grossa de terra preta, em alguns lugares com mais de 90 metros de profundidade, e que se formou com a decomposição e erosão de basaltos da Galileia. Enquanto a planície de Jezreel tinha muitos acessos, o acesso para a principal artéria de transporte, conhecida como Grande Estrada Principal era em Megido. Os vinte estratos arqueológicos dessa cidade refletem uma ocupação quase contínua até o início do período romano. Na verdade, a cidade de Megido, uma base militar permanente, teve enorme importância durante cada período de sua história, sem exceção; não é exagero afirmar que, do ponto de vista militar, foi um dos pontos mais estratégicos de todo o sudoeste do Crescente Fértil. A partir do final do quarto milênio a.C. até o próprio século 20, Megido tem sido palco de repetidos confrontos militares. Samaria. Ao sul de Jezreel fica o distrito montanhoso de Samaria - que, em termos de altitude, vegetação e clima, é uma área intermediária e de transição entre a Galileia e Judá. No extremo noroeste, devido à sua beleza (Ct 7:5) e fertilidade (Is 35:2; Jr 50:19), o monte Carmelo ("vinha/jardim de Deus") era proverbial na Bíblia. Nos textos antigos está amplamente atestado que o monte era lugar de um santuário? Foi talvez nesse contexto que o monte Carmelo serviu de cenário para a disputa religiosa de Elias com os profetas de Baal (1Rs 18:17-40) e, em outra ocasião, como lugar de retiro espiritual para Eliseu (2Rs 2:25-4.25). No extremo nordeste, a região montanhosa de Samaria também é conhecida como as montanhas de calcário de Gilboa. Outros montes de Samaria, o monte Ebal e o monte Gerizim, cercam o vale em que Siquém, a principal cidade, está localizada. Samaria é toda montanhosa, e os cumes de j. el-Qurein, j. 'Ayrukabba, j. 'en-'Ena e j. el-'Asur (Baal-Hazor, cp. 2Sm 13:23) dominam o horizonte.
Embora montanhosa, Samaria também é entremeada por várias planícies pequenas e vales abertos, uma das quais está situada perto do ponto em que as encostas do Carmelo e do Gilboa se encontram, nas proximidades da cidade de Dotã . Entre as bacias de Samaria, essa planície de Dota é a maior e a mais intensamente cultivada, e é onde José foi vendido como escravo (Gn 37:12-28). Outra depressão, a planície comprida e estreita de Mikhmetat, vai de Siquém para o sul, até ser interrompida pelo j. Rahwat.
Ela é cortada pelo divisor de águas ao longo do qual a estrada da Serra Central ruma na direção de Jerusalém. Indo de Socó até Siquém e dividindo lateralmente o oeste de Samaria, fica o vale baixo conhecido como u. Shekhem. De modo parecido, indo de Tirza até o vale do Jordão e dividindo o leste de Samaria, encontra-se a fratura acentuada, conhecida como u. Far'ah. Juntos, esses dois vales são o ponto mais baixo de toda Samaria. Constituíam os caminhos mais fáceis e mais utilizados para atravessar a serra central de Samaria, o que ajuda a explicar por que determinados locais foram escolhidos para capitais de Israel durante o período do reino dividido (Siquém, Tirza, Samaria). Judá. Conquanto não haja uma fronteira geológica definida separando Samaria e Judá, existe uma acentuada diferença na topografia das duas regiões. A precipitação maior de chuva em Samaria contribuiu para a ocorrência de muito mais erosão e para a formação de uádis com leitos mais profundos. Judá é mais um planalto, menos seccionado devido a seu clima mais seco. À medida que se caminha para o sul de Judá, o terreno se torna mais adverso, mais irregular e mais estéril. A principal característica da superfície de Judá são rochas nuas e amplas áreas de pedras quebradas e soltas, sem nenhuma terra por causa da ação da chuva. Só ao longo da bacia hidrográfica, nas vizinhanças de Ramá e entre Belém e Hebrom, é que o solo de Judá permite o cultivo. Nas demais áreas, o solo superficial, que sofre erosão nas chuvas torrenciais de inverno, tem impedido em grande parte o cultivo da terra.
A apenas cerca de oito quilômetros a sudeste de Jerusalém, começa o deserto de Judá (Nm 21:20-1Sm 26.1,2; cp. Mc 1:4). Espetáculo assustador de desolação, o deserto de Judá, também conhecido como lesimom, é um deserto verdadeiro E uma terra despovoada, deprimente, selvagem, rochosa e improdutiva, e praticamente sem nenhuma ocorrência de chuva (SI 63.1). Até mesmo os nômades beduínos dos dias de hoje tendem a evitar a aridez e o terreno irregular desse deserto. Em sua margem oriental, o deserto de Judá mergulha quase verticalmente até o vale do Jordão abaixo e em alguns lugares a descida chega a 1.350 metros. Entre Jericó e a ponta sul do mar Morto, existem mais de 20 desfiladeiros profundos que foram cavados por uádis. Contudo, no período bíblico, esses uádis eram estreitos e sinuosos demais para permitirem estradas importantes e, por esse motivo, Judá estava naturalmente isolada no lado oriental. O profeta Isaías anunciou, porém, um tempo em que até a topografia contorcida e acidentada do deserto de Judá será endireitada e nivelada e todos os lugares escarpados serão aplanados (Is 40:3-4; ср. 41:18-20; 51.3).
No lado oeste, o final da cadeia central de Judá é apenas um pouco menos abrupto. Uma vala estreita e rasa (uádi Ghurab, uádi Sar) faz divisão entre a região montanhosa e uma região com topografia distinta, conhecida como Sefelá ("contraforte". cp. Dt 1:7; Js 9:1-10.40; 12.8; Iz 1.9; 1Rs 10:27-1C 27.28; 2Cr 9:27-26.10; 28.18; Jr 17:26-32.44; 33.13; Ob 19).
A Sefelá começa no vale de Aijalom e se estende para o sul por cerca de 55 quilômetros até a área de T. Beit Mirsim. Esses contrafortes cobrem uma área de aproximadamente 13 a 16 quilometros de largura e, o que e importante, estendem-se para o oeste até a vizinhança do que foram as cidades filisteias de Gezer, Ecrom e Gate . Composta principalmente de calcário macio, com uma superfície ondulante inclinando suavemente para o lado oeste, entrecortada por alguns uádis importantes e férteis, a Sefelá era uma zona intermediária entre a cadeia central de Judá (ocupada pelos israelitas) e o sul da planície Costeira (ocupada pelos filisteus).
Não é surpresa que, na Bíblia, a área tenha sido cenário de vários episódios de guerra motivada por razões econômicas entre os israelitas e os filisteus (Jz 15:4-5; 2Sm 23:11-12). Aliás, é possível que as disputas entre filisteus e israelitas fossem provocadas justamente pelo desejo de ambos os povos de dominar e explorar os ricos vales agrícolas da Sefelá.
Inicialmente, o Neguebe ("terra seca"; e.g., Gn 24:62; Nm 13:29; Js 15:19; Jz 1:15) designava o deserto estéril ao sul de Judá (e.g. Is 15:2-4; 18.19; 1Sm 27:10-2Sm 24.7; cp. os leques aluvianos que se estendem de Berseba até Arade). Ao longo do tempo, o sentido da palavra evoluiu e, pelo fato de essa região estéril ficar no sul, passou a ter o sentido de um ponto cardeal e, assim, designar o sul de quase qualquer lugar (Is 11:2; Zc 14:10-1Sm 30.14).
Hoje o Neguebe inclui aquilo que a Bíblia chama de deserto de Zim (Nm 20:1-34.3; Js 15:1) e o deserto de Para (Nm 10:12; Dt 1:1). A região do moderno Neguebe apresenta um ambiente adverso à atividade humana ou à sua povoação por um grande número de pessoas. A área depende totalmente de chuva, sempre escassa e incerta, embora o território tenha alguns poços nas vizinhanças de Berseba (Gn 26:18-22) e Cades-Barneia.
A localização estratégica da Palestina
A localização estratégica da Palestina
As regiões geográficas da Palestina
As regiões geográficas da Palestina
Altitude da Palestina
Altitude da Palestina
Samaria
Samaria
O vale de Jezreel
O vale de Jezreel

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

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Referências em Outras Obras

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Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

SAMARIA

Clique aqui e abra o mapa no Google (Latitude:32.283, Longitude:35.2)
Nome Grego: Σαμάρεια
Atualmente: Palestina
Capital do reino de Israel, no reino dividido. Região em que localizava-se a Galiléia e Nazaré, no início da Era Cristã. Cerca de 48 km distante de Jerusalém. A nova cidade encontra-se próximo às ruinas.

Samaria é o nome histórico e bíblico de uma região montanhosa do Oriente Médio, constituída pelo antigo reino de Israel, situado em torno de sua antiga capital, Samaria, e rival do vizinho reino do sul, o reino de Judá. Atualmente situa-se entre os territórios da Cisjordânia e de Israel.

Samaria é um termo construído pelo hebraico shomron, nome da tribo shemer, que era proprietária do local e o vendeu ao Omri, que teria sido o sexto rei de Israel.

Mapa Bíblico de SAMARIA



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de II Reis Capítulo 15 do versículo 1 até o 38
1. Prólogo (II Reis 15:1-4)

Azarias fez o que era reto, como Joás (II Reis 12:2) e Amazias (II Reis 14:3), exceto que os altos se não tiraram (4). Parece que ao fazer a avaliação dos reinados de Judá, o historiador novamente escreveu, ao ter em mente a adoração a Baal. A presunçosa oferta de Azarias ao Templo (2 Cron 26:16-19) pode ter sido um desenvolvimento do culto estranho que ocor-reu em seus anos posteriores.

  1. A Expansão Militar e Comercial de Azarias (14,22)

Essa breve referência a Elate nos dá uma idéia a respeito da maneira como Azarias desenvolveu o comércio de Judá. Esta era a cidade-porto de Salomão situada no golfo de Ácaba (I Reis 9:26). O rei a levou de volta ao controle do Sul ao derrotar os edomitas (14.70). O fato de ter sido capaz de realizar essa façanha está explicado em II Crônicas 26:6-15, que descreve a poderosa máquina de guerra que Judá havia se tornado sob Azarias. Dessa forma, seu reino se igualou ao de Jeroboão, no Norte, não só cronologica-mente, como também em termos de poder e prosperidade.

  1. A Lepra de Azarias e a Co-regência (15:5-7)

A lepra de Azarias está explicada em II Crônicas 26:16-20 como um castigo de Deus sobre ele por causa de seus atos presunçosos no Templo. Sua moradia em uma casa separada (5), fora da cidade, estava de acordo com as leis relativas à lepra (Lv 13:45-46). Sua condição de leproso, que exigia um isolamento da sociedade, explica a nomeação de seu filho Jotão para estar sobre a casa, isto é, ele "administrava os funcionários do palácio e governava a nação" (Moffatt). Ele morreu e foi sucedido por este seu filho.

V. A FRAQUEZA DO REINO DO NORTE, 15:8-31

O final do Reino do Norte aproximava-se depois da morte de Jeroboão II, embora tivesse alcançado o apogeu político e material sob seu reinado. Inúmeros fatores contri-buíram para essa derrocada — entre eles a falta de um rei forte e as investidas assírias no oeste. Mas nenhum deles foi tão crucial como a desobediência e sua conseqüente deca-dência moral.

  1. 0 Reinado de Zacarias, 753-752 (15:8-12)

A conspiração de Salum foi acompanhada por uma mudança na dinastia, a primeira entre várias outras que aconteceram no breve período de vinte anos. Jabes (10) pode ser mais uma designação geográfica do que um nome de pessoa. A morte de Zacarias e a subseqüente perda do trono para a "casa de Jeú" foram o cumprimento de uma profecia anterior (12; cf. 10.30).

  1. O Reinado de Salum, 752 (15:13-16)

Salum foi incapaz de unir os grupos políticos, e foi assassinado. Porém o assassino tirou esta idéia de um ato que o rei havia praticado no ano anterior. Tifsa (16) é o nome de uma cidade que ficava no extremo norte do reino de Salomão (1 Rs 4.24), e talvez seja Sheikh Abu Zarad, localizada cerca de 13 quilômetros ao sul de Siquém. Ao saqueá-la, por não lhe ter oferecido apoio, Menaém tornou-se culpado de um ato bárbaro contra o seu próprio povo, semelhante àquele que Eliseu havia previsto que Hazael praticaria contra Israel (8.12).

  1. 0 Reinado de Menaém, 752-742 a.C. (15:17-21)

O reino do Norte debatia-se em dificuldades por causa de ambiciosos usurpadores, em uma época em que mais necessitava de uma excelente liderança. O exército assírio, sob Salmaneser (858-824) e Hadade-Nirari (805-782 a.C.), constantemente invadia a região oeste e sul em direção ao Egito. Sua expansão a oeste durante o reinado de Tiglate-Pileser III (745-727) e de seus sucessores, havia envolvido o reino do Norte. Pul, rei da Assíria (19) é o nome hebraico para o termo babilônio Pulu, uma abreviatura de Tiglate-Pileser que cobrou um pesado tributo de Menaém. Mil talentos de prata seriam US$2.000.000 (Berk). A fim de levantar o dinheiro desse tributo, o rei de Israel cobrou US$2.000 em prata de cada homem rico (20, Berk. Cinqüenta siclos de prata) 63. Para que sua mão fosse com ele (19), isto é, "para que ele pudesse ajudar a confirmar a posse do poder real".

  1. O Reinado de Pecaías, 742-740 a.C. (15:23-26)

O trono foi ocupado por Pecaías, filho de Menaém; porém, aqueles que se opunham fortemente à política de submissão ao jugo assírio, particularmente os mais abastados, procuraram um outro rei. O homem escolhido era Peca, um capitão do exército que havia liderado um contingente de gileaditas contra o palácio. Peca assassinou Pecaías e rei-nou em seu lugar (25).

  1. O Reinado de Peca, 740-732 a.C. (15:27-31)

Peca foi confrontado com a invasão do exército assírio de Tiglate-Pileser e perdeu para ele o precioso território (29) que Jeroboão II havia reconquistado. Além disso, nessa ocasião o seu povo ficou sujeito à nova política assíria de tomar prisioneiros de guerra, e os israelitas dessa região foram levados como cativos para a Assíria (29; cf. 17.6). Por causa desses acontecimentos, manifestações de agitação e insatisfação deram ensejo a uma outra conspiração. Oséias matou Peca para assumir, não o papel de rei, mas de um vassalo da Assíria.

  1. Os Eventos Finais do Reino do Norte

É difícil acompanhar os eventos finais do Reino do Norte somente através das infor-mações contidas em II Reis 15:27-17.1. Esses eventos faziam parte de relacionamentos interna-cionais que foram mencionados de forma sucinta e indireta. Como agora se tornaram conhecidos através de fontes não bíblicas, os eventos registrados em II Reis 15:32-16.18 ocorre-ram antes daqueles que foram descritos em II Reis 15:29; na verdade, as informações contidas em II Reis 15:32-16.18 ajudam a explicar os eventos descritos em 15.29.

  1. A Assíria sob Tiglate-Pileser III. Seu reinado colocou um ponto final em um perí-odo de fraqueza da Assíria, o inimigo do norte de Israel. Entre os detalhes contidos nos seus registros de suas façanhas, há referências à derrota de uma coalizão liderada por Azriyahu de Jaudi ("Azarias, o judeu"), o único governante de uma nação forte entre os estados pequenos da costa oriental do Mediterrâneo daquela época'. Isso aconteceu em 743 a.C., o mesmo ano em que Tiglate-Pileser impôs um tributo sobre Menaém (15,19) que, provavelmente, fazia parte da coalizão contra a Assíria formada por Azarias.
  2. A aliança Peca-Rezim. Peca, do Reino do Norte, formou uma aliança com Rezim da Síria em um aparente movimento contra a Assíria. A formação dessa coalizão e a invasão de Judá (II Reis 16:5; cf. Is 7:1-17) aconteceram enquanto Tiglate-Pileser conduzia uma campanha em Urartu (737-735 a.C.) '. Peca e Rezim haviam, aparentemente, coagido a Filístia e Edom a se unirem à aliança e, da mesma maneira, tentaram obter a participação de Judá (cf. 15.37). Mas Jotão foi inflexível e não concordou. Eles, então, seguiram com seus exércitos contra o Reino do Sul durante o reinado de Acaz na assim chamada guerra siro-eframita (16.5; Is 7:1-2). Como Judá havia se recusado a participar da coalizão, aparen-temente desejavam tornar essa nação ineficaz, já que era um possível aliado da Assíria. Acaz foi capaz de suportar o ataque lançado contra ele, e enviou mensageiros com gran-des dádivas a Tiglate-Pileser (II Reis 16:7-9).

c. Tiglate-Pileser Intervém a Favor de Judá. É provável que Tiglate-Pileser tenha acolhido com agrado a esplêndida oportunidade que se lhe oferecia de avançar para o oeste. Ele marchou contra a Síria (II Reis 16:9) e, depois, contra o Reino do Norte em 734 a.C., anexou esse território como parte de seu império e levou os prisioneiros de guerra (II Reis 15:29). Dessa forma, sob uma ampla perspectiva histórica, o ataque de Tiglate-Pileser contra o Reino do Norte durante o reinado de Peca é considerado uma ajuda concedida a Judá, ao atender um pedido de Acaz. Entretanto, isso custou alguma coisa ao rei de Judá que, aparentemente, foi obrigado a introduzir a religião assíria na adoração de Judá no Tem-plo (II Reis 16:10-18). Os acontecimentos dos anos seguintes levaram à rápida decadência do Reino do Norte. O golpe fatal foi desferido por Salmaneser V.

  1. O REINADO DE JOTÃO (R.S.) (740-732 a.C., CO-REGENTE A PARTIR DE 750), II Reis 15:32-38 (cf. 2 Cron 27:1-8)

Jotão é outro rei que foi avaliado como alguém que fez o que era reto aos olhos do Senhor, mas, que, também, não removeu os lugares altos (35). Ele se dedicou a uma considerável atividade de construção (2 Cr 27.3,4). A Porta Alta não foi identificada, cf. Jr 20:2 e Ez 9:2. Ele conduziu vitoriosas campanhas militares e alcançou a reputa-ção de ser um rei poderoso (2 Cron 27.5,6). A presença de um exército bem desenvolvido, que Jotão havia recebido como herança de Acaz, explica em parte como Peca e Rezim não conseguiram tomar Jerusalém (16.5). Por ter se recusado a participar de um bloco contra a Assíria, ele precisou enfrentar um ataque permanente de Rezim, rei da Síria, e de Peca, de Israel (37).


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de II Reis Capítulo 15 do versículo 1 até o 38
*

15:1

No vigésimo-sétimo ano de Jeroboão. Isto é, 767 a.C., quando Amazias morreu e Azarias começou o seu governo independente.

* 15:2

Tinha dezesseis anos. Azarias, também chamado Uzias (15.30,32,34; Is 6:1), provavelmente foi co-regente com seu pai, Amazias, por muitos anos, que foi capturado por Jeoás de Israel (14.13, nota).

cinqüenta e dois anos. Ou seja, entre 792 e 740 a.C. Azarias, tal como Jeroboão II, no norte, desfrutou de um longo reinado, embora ao final tenha sofrido de uma doença da pele (v. 5).

* 15:3

Ele fez o que era reto perante o SENHOR. Ele seguiu os ditames da aliança (1Rs 2:3, nota).

* 15:4

os altos não se tiraram. Azarias, tal como seu pai, Amazias (14.3,4) é louvado, mas esse louvor foi restringido, porquanto Azarias não fez cessar a adoração nos santuários nos altos das colinas (1Rs 3:2, nota).

* 15:5

leproso. Azarias sofria de alguma forma de doença da pele distinta da doença de Hansen (2Cr 26:16-21).

Jotão... tinha o cargo da casa. Ele obteve o mais elevado posto no governo de Judá (18.18; Is 22:15-23). Jotão agiu como rei, quando Azarias ficou incapacitado e tornou-se rei quando Azarias morreu (vs. 32-38).

* 15:6

livro da História dos Reis de Judá. Ver nota em 1Rs 11:41.

* 15:7

Jotão. Ver os vs. 32-38.

* 15:8

No trigésimo-oitavo ano de Azarias. Isto é, 753 a.C. Zacarias foi o último rei da dinastia de Jeú (10.30).

* 15:9

pecados de Jeroboão. Ver nota em 1Rs 12:30.

* 15:10

Salum... matou-o. A morte de Zacarias precipitou um longo conflito pelo poder que envolveu uma série de revoluções e contra-revoluções. Incluindo Zacarias 1srael teve quatro reis diferentes (Salum, Menaém, Pecaías) em apenas treze anos. Nenhum desses reis mereceu a sanção profética (conforme Os 8:4).

* 15:11

livro da História dos Reis de Israel. Ver nota em 1Rs 11:41.

* 15.13-16

Tendo usurpado o trono de Israel mediante o assassinato de Zacarias, Salum reinou apenas por um mês, antes dele mesmo ser morto.

* 15:13

no trigésimo-nono ano de Uzias. Ou seja, em 752 a.C. Uzias também é chamado Azarias (v. 2, nota).

* 15:14

Tirza. A antiga capital do reino de Israel (1Rs 14:17; 15:21,33).

* 15:15

livro da História dos Reis de Israel. Ver a nota em 1Rs 11:41.

* 15:16

Tifsa. Há um lugar chamado Tifsa no rio Eufrates, no extremo norte (1Rs 4:24), mas no texto original provavelmente se lê: “Tapua”, na fronteira entre Manassés e Efraim (Js 16:8; 17:7,8).

fez rasgar pelo ventre. Ver nota em 8.12.

* 15:17

reinou dez anos. Ou seja, entre 752 e 742 a.C.

* 15:18

pecados de Jeroboão. Ver nota em 1Rs 12:30.

* 15:19

Pul. Esse era o nome do rei assírio Tiglate-Pileser III (745-727 a.C.; conforme 13 5:26'>1Cr 5:26). O império assírio ia-se fortalecendo cada vez mais. Os anais de Tiglate-Pileser III afirmam que ele recebeu tributo de vários reis ocidentais, incluindo Menaém, de Samaria.

mil talentos de prata. Essa quantia é coerente com o tributo exigido por outros reis, durante esse mesmo período.

consolidar o seu reino. Ironicamente, Menaém usou seu relacionamento de vassalo com os temidos assírios para consolidar seu próprio governo sobre Israel. Essa subserviência voluntária de Israel à Assíria foi lamentada pelo profeta Oséias (Os 5:13,14).

* 15:20

cinqüenta siclos de prata. Uma conversão das cifras indica que sessenta mil homens, pagando cinqüenta siclos (570 gr.) de prata cada um, teriam levantado os mil talentos necessários.

* 15:21

livro da História dos Reis de Israel. Ver nota em 1Rs 11:41.

*

15:23

No qüinquagésimo ano... reinou... dois anos. Isto é, 742-740 a.C.

* 15:24

pecados de Jeroboão. Ver nota em 1Rs 12:31.

* 15:25

Peca... filho de Remalias. Um alto oficial do reino do norte, que decerto fazia parte da facção anti-assíria do reino do norte (v. 29). Ele buscou ter um bom relacionamento com os sírios durante o seu governo como uma maneira de se proteger das intenções dos assírio sobre o ocidente (16.1-9; Is 7:1).

cinqüenta homens dos gileaditas. Peca, tal como os rebeldes antes dele (vs. 10, 14), pode ter sido natural de Gileade. Peca pode ter reinado sobre Gileade, antes de tentar derrubar Pecaías, em Samaria.

* 15:26

livro da História dos Reis de Israel. Ver nota em 1Rs 11:41.

* 15.27-31

Tendo assassinado a Pecaías, Peca o substituiu como rei de Israel. O rei da Assíria captura parte do território de Israel durante o reinado de Peca.

* 15:27

No qüinquagésimo-segundo ano de Azarias. Ou seja, 740 a.C.

vinte anos. Ou seja, 752-732 a.C. A cronologia do governo de Peca é difícil de ser fixada. É possível que ele tenha liderado uma rebelião durante o reinado politicamente instável de Menaém (vs. 17-22), e que o reinado dele seja calculado a partir desse momento (v. 25, nota).

* 15:28

pecados de Jeroboão. Ver nota em 1Rs 12:30.

* 15:29

Tiglate-Pileser. Ou seja, Tiglate-Pileser III. Todas as cidades e regiões aqui alistadas estão na parte norte do reino de Israel. Durante sua campanha de 733-732 a.C., Tiglate-Pileser também atacou a Síria capturando a sua capital, Damasco (16.9).

levou os seus habitantes para a Assíria. Tal como foi observado em 10.32, Deus estava reduzindo Israel em território e em população.

* 15:30

no vigésimo ano de Jotão. Ou seja, em 732 a.C. Quanto ao reinado de Oséias, ver 17:1-6.

* 15:31

livro da História dos Reis de Israel. Ver nota em 1Rs 11:41.

* 15:32

No ano segundo de Peca. Ou seja, 750 a.C.

* 15:33

Tinha vinte e cinco anos de idade. Provavelmente, Jotão foi co-regente com seu pai Azarias (Uzias) nos primeiros dez anos de seu reinado (v. 2, nota).

dezesseis anos. Ou seja, entre 750 e 735 a.C.

* 15:34

Fez o que era reto perante o SENHOR. Ele se mostrou leal à aliança mosaica (1Rs 2:3, nota).

* 15:35

os altos não se tiraram. Ver nota em 1Rs 3:2.

a Porta de Cima da Casa do SENHOR. Essa porta também é chamada de "porta superior de Benjamim" (Jr 20:2) e estava na parte norte do complexo do templo, voltada para o território de Benjamim.

* 15:36

livro da História dos Reis de Judá. Ver nota em 1Rs 11:41.

* 15:37

Rezim. Ele foi o último rei da Síria. A Síria e Israel tinham forjado uma aliança para combater os assírios, e estavam preparados para forçar o rei de Judá a aliar-se a eles, invadindo Judá (v. 29, nota; 16:5-12 e notas).



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de II Reis Capítulo 15 do versículo 1 até o 38
15:1 Azarías também era conhecido como Uzías. Sua história se relata com tudo detalhe em II Crônicas 26. Além disso, também lhe menciona em Is 1:1 e 6.1. Antes do começo do reinado do Azarías, Israel destruiu cento e oitenta metros do muro de Jerusalém depois de derrotar ao Judá e levar-se a seu rei, Amasías (2Rs 14:13; 2Cr 25:23-24). Mas durante o reinado de cinqüenta e dois anos do Azarías, Judá reconstruiu o muro, voltou a fortificar a cidade com armas em contra do bloqueio, e obteve sua independência do Israel. A devoção a Deus do Azarías ajudou ao Judá a desfrutar de paz e prosperidade como não as tinha experiente dos dias do Salomão. Durante este tempo, entretanto, Israel decaiu drasticamente. Muito em breve seria vencido.

15:4 Apesar de que Azarías teve muitos lucros, não destruiu os lugares altos, onde se encontravam os santuários do Judá, da mesma maneira que tampouco o fizeram seu pai Amasías e seu avô Joás. Azarías imitou aos reis dos quais tinha escutado histórias e que tinha observado enquanto crescia. Mesmo que o pai e o avô do Azarías foram basicamente reis bons, eram modelos deficientes em certas áreas importantes. Para nos levantar por cima da influência de modelos deficientes, devemos procurar modelos melhores. Cristo nos provê um modelo perfeito. Sem importar como foi criado, nem quem influiu em sua vida, você pode avançar além dessas limitações ao tomar como exemplo a Cristo e ao tratar conscientemente de viver como O fez.

15:5 Durante dez anos Jotam cogobernó com seu pai, Azarías. Pai e filho governavam juntos por qualquer da seguintes raciocine: (1) o pai era já muito ancião e necessitava ajuda; (2) o pai desejava treinar ao filho para dirigir a nação; (3) o pai estava doente ou no exílio. Houve muitos corregentes durante o período dos reis: Asa/Josafat, Josafat/Joram, Azarías/Jotam, Joacaz/Jeroboam 2, Ezequías/Manasés.

15:8 Zacarías foi um rei malvado devido a que respirou ao Israel para que pecasse ao adorar ídolos. O pecado em nossa vida é algo grave, mas mais grave até que pecar nós mesmos é o respirar a outros a desobedecer a Deus. Somos responsáveis pela maneira em que influímos a outros. Tome cuidado com os pecados dobre: os que não só nos ferem, mas também também ferem outros ao respirá-los a pecar.

15:10 Zacarías foi advertido pelo profeta Amós de sua morte iminente e o fim subseqüente da dinastia do rei Jeroboam (Am 7:9).

15:14 Os documentos históricos antigos dizem que Manahem foi o comandante em chefe do exército do Jeroboam (veja-se 14:23-29 para informação sobre o reinado do Jeroboam 2). depois de que o filho do Jeroboam foi assassinado (15.8-10), provavelmente Manahem se viu si mesmo e não ao Salum, como o sucessor legítimo ao trono do Israel.

15:18 Manahem, ao igual aos reis anteriores a ele, guiou a seu povo ao pecado: "E fez o mau ante os olhos do Jeová". Que horrível epitáfio para um líder! Os líderes afetam profundamente às pessoas a que servem. Podem respirar ou desalentar a devoção a Deus por meio de seus exemplos e pelas estruturas que dão a suas organizações. Os bons líderes não põem nenhum obstáculo para a fé em Deus nem para uma maneira correta de viver.

15:19, 20 Quando o rei Pul de Assíria (também chamado Tiglat-pileser em 15,29) tomou o trono, o Império Assírio se estava convertendo em uma potência mundial, e as nações de Síria, Israel e Judá estavam em decadência. Esta é a primeira menção de Assíria em 2 Rseis. A invasão do rei Pul ocorreu em 743 a.C. Assíria fez vassalo ao Israel e Manahem se viu forçado a pagar tributo a Assíria. Esta foi primeira das três invasões de Assíria (15.29 e 17.6 falam das outras dois).

15:30 Oseas foi o último rei do Israel.

15:32 Um ano depois de que Peka se converteu em rei, Uzías (também chamado Azarías) do Judá morreu, e Isaías o profeta teve uma visão da santidade de Deus e a futura destruição do Israel. Veja-se Isaías 6 para maiores detalhes a respeito do que contemplou Isaías.

15:34, 35 Se podem dizer muitas coisas boas a respeito do Jotam e de seu reinado como rei do Judá, mas falhou em uma área muita crítica: não destruiu os santuários dos deuses falsos, mesmo que o deixá-los assim era uma violação ao primeiro mandamento (Ex 20:3). Ao igual a Jotam, podemos viver basicamente uma boa vida e mesmo assim falhar ao não fazer o que é mais importante. Toda uma vida de fazer o bem não é suficiente se cometermos o engano crucial de não seguir a Deus com todo nosso coração. Um verdadeiro seguidor de Deus deve colocá-lo ao em primeiro lugar em todas as áreas da videira


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de II Reis Capítulo 15 do versículo 1 até o 38

G. Azarias (Uzias) da dinastia davídica (


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de II Reis Capítulo 15 do versículo 1 até o 38
  • Uzias — o grande rei de Judá (15) (2Cr 26:0); esse Zacarias não é o profeta que ministrou a Joás (2Cr 24:17-14). Deus deu a Uzias grandes vitórias contras as nações filistéias e árabes. Ele liderou gran-des programas de construção, prin-cipalmente na área de suprimento de água. Seu efetivo militar era fora do comum, e ele usava os maqui- nários de guerra mais modernos da época. No ano em que o rei Uzias morreu, o profeta Isaías recebeu seu chamado para o serviço (Is 6:0): ele entrou no templo para queimar incenso, e o Senhor casti-gou-o com a lepra. Jotão, seu filho, reinou com ele durante muitos anos até a morte de Uzias. A morte de Uzias causou grande pesar a Judá. Ele governou 52 anos, e a nação desfrutou de seu período de maior segurança e prosperidade desde o reinado de Salomão.

    Em 2Rs 15:8-12 há um breve registro de cinco reis de Israel: Za-carias governou apenas seis meses e foi assassinado por Salum. Salum reinou um mês e foi morto por Me- naém. Menaém reinou dez anos e fez obras perversas, nas quais su-perou até os pagãos. Ele foi sucedi-do por Pecaías, que governou dois anos, até a época do rei Acaz. Fo-ram dias difíceis para Israel, pois a nação afastara-se do Senhor.


  • Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de II Reis Capítulo 15 do versículo 1 até o 38
    15.1 Azarias. O Uzias Dt 14:21n. A época em que foi colocado como regente, com 16 anos de idade, conforme é mencionado em 14.21 (que se refere a uma época bem anterior à morte de Amazias) é 791 ou 790 a.C. Os 52 anos de reinado aqui mencionados, compreendem aqueles 23 ou 24 anos nos quais compartilhou do poder com o seu pai, e também incluem o período de 750 a.C. até ao fim da sua vida, durante a qual fora leproso (5). É bom notar que o número de anos do reinado dos reis de Judá e de Israel abrangem todo o tempo inclusive os anos em que só reinaram uma parte. As datas dadas no comentário, fixam-se com a ajuda dos calendários dos reis da Síria, da Assíria, e do Egito.

    15.5 Leproso. O motivo da lepra, a qual era uma punição da parte de Deus, foi por ter o rei invadido os recintos sagrados do Templo, e oferecido incenso no lugar do sumo sacerdote (2Cr 26:16-14). Foi este pecado que privou o rei da honra de ter uma história ainda mais longa e melhor sobre seu intenso reinado. No ano 750 a.C., quando recebeu o golpe de saber que era leproso, passou a regência para seu filho Jotão.

    15.7 Descansou Azarias. Este foi o ano da vocação de Isaías (739 a.C.; conforme Is 6:1).

    15.10 Amós já havia profetizado sobre a destruição da família de Jeroboão (Jl 7:9). Jeú, porém, recebera a promessa de que sua dinastia perduraria até à quarta geração (2Rs 10:30).

    15.16 Menaém. A vitória deste homem maligno, que reinou de 752 até 741 a.C., fora um mau sinal para Israel, que não teria mais força moral para resistir às invasões dos assírios. Tifsa. Era o centro dos partidários de Salum, e a selvageria que o novo rei ali revelou era uma peculiaridade só achada nos mais vis pagãos (8.12;Dn 13:16; Jl 1:13).

    15.19 Pul. Outro nome de Tiglate-Pileser III (745-727), o grande restaurador do Império da Assíria (à custa do sacrifício das nações vizinhas).

    15.20 Um talento tinha 3.000 siclos; e cada rico e poderoso deu cinqüenta siclos; deve ter havido, em Israel, umas 60.000 pessoas da classe superior, sendo isto uma prova da prosperidade nacional. Por causa dos pecados de Israel, essa prosperidade foi consumida nos gastos para consolidar o reino de Tiglate-Pileser III, segundo o v. 19. Calcula-se tal valor monetário na base do preço de um escravo, que era trinta siclos de prata (Êx 21:32). Durante o reinado de Cambises (da Pérsia), um jumento valia 50 siclos. 15.22 Pecaías. 741-739 a.C. É notável que, naquela época turbulenta da história de Israel, Menaém ainda pudesse deixar um herdeiro no seu trono sem ter havido alguma violência.

    15.25 Peca. Subiu ao trono em 739 a.C. Parece, contudo, que, como general do exército, já estava dirigindo a nação desde o ano 752 a.C., ano das revoluções de Salum e Menaém, 15:10-16. Reinou até 732 a.C.

    15.27 Vinte anos. Esta soma inclui o período total de 752-732 a.C. segundo o costume de se calcular o máximo período.

    15.29 Esta deportação aconteceu no ano 734 a.C. O reino da Assíria deportara as guarnições das cidades do norte e do noroeste, que representavam a nata do poder bélico de Israel; Samaria era uma fortaleza poderosa, mas já não possuía nenhuma força física ou moral - a corrupção já a levara à decadência, e o seu, rei poderia ser comparado a um "pássaro engaiolado". O resto de Israel era dominado facilmente como vassalo.
    15.30 Oséias. Não há dúvida que sua entronização foi feita com a ajuda do rei da Assíria, este último rei de Israel acabou se tornando um simples títere nas mãos dos Assírios, desde a sua conspiração a levou à loucura de tentar descartar-se de sua aliança com a Assíria, fazendo mexericas com o rei do Egito (17.4), o que redundou na destruição total de Israel.

    15.32 No ano segundo de Peca. Este cálculo é baseado na data de regência pré-reinado de Jotão, 750 a.C., quando passou à co-regência com seu pai Azarias (15.5). Ele exerceu essa co-regência durante os dez anos da doença de Azarias (ou Uzias).

    15.33 Dezesseis anos. Por esta narrativa calcula-se o período durante o qual as rédeas do governo estiveram em suas mãos, ocupando o trono durante e depois dos últimos anos de seu pai. Que Jotão era um rei competente na guerra e na construção civil, isto é evidente pelo relato de 2 Cr 27.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de II Reis Capítulo 15 do versículo 1 até o 38
    Azarias (Uzias) reina em Judá (15:1-7)
    Mais uma vez, um reinado importante é tratado em poucas frases. De Vaux sugere que Azarias era o seu nome de nascimento e Uzias (v. 13) o seu nome de coroação (conforme Jr 22:11, Salum para Jeoacaz de 2Rs 23:34). Os cin-qiienta e dois anos (v. 2) incluem 24 como co-regente e 28 como regente único (767—740 a.C.). Ele pegou o seu filho Jotão para co-regente em 750, e parece que o seu neto Acaz assumiu alguma responsabilidade em 744, possivelmente depois de Azarias se retirar da vida pública quando ficou leproso (v. 5). v. 3. fez o que o Senhor aprova', formando assim uma seqüência singular de “bons” reis, embora cada um deles tolerasse os altares idólatras, v. 5. O Senhor feriu o rev. mas os detalhes não são apresentados aqui (v. 2Cr

    26:16-21). ele morou numa casa separada'. Gray prefere “livre de responsabilidades”. O pequeno lugar descoberto entre Jerusalém e Belém parecia um local possível, mas escavações posteriores contradizem isso. Jotão, filho do rei, tomava conta do palácio e governava o povo como co-regente. Segundo Crônicas 26:6-15 também dá mais detalhes dos feitos militares e das construções de Azarias. Da mesma forma que Israel durante esse período, Judá também desfrutou de alívio de pressão externa e assim conseguiu reconstruir a fortaleza e a fortuna.

    O colapso de Israel (15:8-31)
    A casa de Jeú chegou ao seu ignóbil fim com Zacarias, filho de Jeroboão (v. 8). Depois de apenas seis meses fazendo o que o Senhor reprova (v. 9), ele foi atacado e morto por Salum (v. 10). Assim, as profecias de Oséias

    1.4,5 e 2Rs 10:30 (conforme v. 12) se cumpriram, v. 10. na frente do povo: segue o TM. A LXX traz “em Ibleã” o que tornaria a retribuição ainda mais severa (9.27).

    v. 13. Salum, filho de Jabes-. “o filho de ninguém” de acordo com os registros assírios, e por isso alguns estudiosos consideram Jabes um lugar, e não uma pessoa. Ele nem mesmo recebe a avaliação de bom ou mal no seu único mês de reinado (heb. “um mês de dias”, “um mês completo”, como a VA, talvez em tom de suave ironia). Encontrou o seu próprio fim violento nas mãos de Menaém que vinha de Tirza (v. 14), a antiga capital. Aqui é relatado o tratamento bárbaro que Menaém dá a Tifsa (seguindo o TM, mas Tifsa no Eufrates é improvável. A BJ segue o grego “Tafua”, uma cidade que distava alguns quilômetros de Tirza). Gray sugere que a cidade era o distrito natal de Salum. Por outro lado, visto que Tirza (Manassés) e Tafua (Efraim) ficam em lados opostos da divisa tribal, isso pode ser reflexo de lutas entre as tribos (v. Is 9:19-23) que seguiu o colapso da dinastia de Jeú. Esse terror parece ter estabelecido o governo de Menaém sobre Israel a oeste do Jordão, embora Peca (v. 25) possa ter exercido um reinado virtual sobre Gileade no leste e datado o seu reinado da mesma época de Menaém — se os seus vinte anos (v. 27) devem ser acomodados na cronologia. No seu diminuto território, Menaém apegou-se aos pecados de Jeroboão, filho de Nebate (v. 18). O seu reinado já instável sofreu mais um choque com o surgimento de Pul, rei da Síria (Tiglate-Pileser do v. 29), um líder cruel e vigoroso que ressuscitou o poder dos assírios no oeste e causou a derrota final de Israel. Na lista dos reis babilónicos, ele consta como “Puiu”. As táticas de Pul mostram uma mudança nos métodos assírios desde a brutalidade fria e calculada e do terror de Adade-Nirari e seus predecessores. A deportação, em vez do massacre, tornou-se o destino dos derrotados. Uma mudança tão grande requer uma causa fortíssima, e Ellison sugere o fato de Nínive ter escapado por pouco da destruição por meio de Urartu na época da profecia de Jonas. A Assíria, diz ele, tinha sido temperada e transformada em uma “vara que iria castigar mas não exterminar”. As inscrições de Pul mencionam tributos pagos por Menaém, embora a data seja incerta. Menaém parece ter agido antes da exigência direta do rei assírio para obter seu apoio e manter-se no trono (v. 19). Como é costume dos tiranos,

    Menaém arrancou essa propina por meio da taxação de todos os homens de posse (em torno de 60.000 deles, se o talento era equivalente a 3.000 siclos). v. 20. Então ele [o rei da Assíria] interrompeu a invasão, e Menaém morreu em paz.

    v. 23. Pecaías [...] reinou dois anos com a avaliação já costumeiramente má. O único evento registrado do seu reinado foi o seu fim, quando um dos seus principais oficiais, Peca, filho de Remalias, conspirou contra ele [...] assassinou Pecaías [...] e foi o seu sucessor (v. 25). Assim, seis “reis” reinaram em 16 anos e três morreram de forma violenta. As palavras de Oséias: “devoram os seus governantes [...] e ninguém clama a mim” descrevem vividamente esses dias violentos e estabelecem o cenário da sua própria e triste vida e profecia (Dn 7:7). A incerteza, a corrupção e a traição são descritas de forma comovente em Oséias, e a desintegração final é anunciada como advertência contra Judá em Is 9:8—10.4.

    O golpe de Peca, realizado de forma barata e inesperada com apenas cinquenta homens [...] na cidadela do palácio real em Samaria (v. 25), marcou a rejeição da política pró-Assíria de Menaém. O historiador não apresenta aqui os detalhes da tentativa siro-israelita de induzir Judá a se juntar à liga anti-Assíria (mas v. abaixo comentário do v. 37 e Dt 16:5), mas menciona o seu fracasso (v. 29). Peca recebe a condenação costumeira pelo mal e pelos “pecados de Jeroboão” (v. 28). Em 734, Tiglate-Pileser (o Pul do v. 19) atropelou Gi-leade e a Galiléia, deixando um rastro de fogo e destruição atestado em achados arqueológicos, e.g., em Hazoriy. 29). e deportou o povo para a Assíria: v.comentário do v. 19 acerca dessa mudança das táticas assírias. Com a sua política anti-Assíria arruinada, Peca foi assassinado por Oséias, filho de Elá (v. 30), cuja instabilidade política (17:1-6) conduziu à derrota final de Israel.

    Jotão e Acaz reinam em Judá (15.32 —16.20)

    Uzias (Azarias) tinha vivido durante muitos anos de paz e reconstrução. A sua morte foi marcada pelo chamado de Isaías para profetizar a destruição (Is 6:1,Is 6:11), e Jotão, filho de Uzias assumiu o controle em tempos muito perigosos (v. 32). É difícil encaixar os dezesseis anos na cronologia (v. 15.30); eles mostram alguma sobreposição com o período do seu pai. v. 34. fez o que o Senhor aprova-, a quarta geração de relativa virtude (v. 35). O breve relato observa somente as melhorias no templo (v. 35) e a tempestade que estava se armando no Norte (v. 37). Segundo Crônicas 27.3,4 menciona os seus preparativos para a defesa. Talvez nem tudo fosse tão correto em Judá quanto Jotão, pois lemos que o Senhor começou a enviar os saqueadores, e essa crise certamente mostrava a infidelidade de Judá. Essa hora fatídica encontrou o jovem e intransigente Acaz no trono. A sua recusa em ouvir o conselho de Isaías está registrada de forma clara em Is 7:1—8.8.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de II Reis Capítulo 9 do versículo 11 até o 41

    C. Desde Jeú até a Destruição de Israel. 9:11 - 17:41.

    Ameaçando a idolatria de destruir todas as boas influências restantes em Israel e invadir Judá para destruir toda a nação, a casa de Acabe foi assinalada para extinção.


    Moody - Comentários de II Reis Capítulo 15 do versículo 8 até o 31


    8) Reinados de Zacarias, Salum, Menaém, Pecaías e Peca em Israel. 2Rs 15:8-31.

    A falta de informação sobre as atividades destes homens é intencional, para mostrar como o seu desprezo pela aliança apressou a queda de Samaria, agora em sua final desintegração.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de II Reis Capítulo 15 do versículo 8 até o 31
    XXVI. CAOS EM ISRAEL (2Rs 15:8-31)

    A corrupção interna denunciada por Amós e Oséias bastaria, só por si para destruir Israel, mas em 744 a.C. dá-se um súbito recrudescimento do poder assírio sob Tiglate-Pileser III, um dos seus maiores reis (ver Apêndice III); poucos anos bastariam para que o ataque e a intriga assíria pusessem termo à história do reino do norte. Levanta-se, neste período, um problema cronológico de primeira importância. As datas que marcam a queda de Samaria e o pagamento de tributo a Tiglate-Pileser III por Menaém tornam aparentemente impossível o período Dt 20:0). A maior parte dos investigadores modernos reduzem o seu reino a dois até cinco anos mas não deve pôr-se de parte a sugestão de Van der Meer adotada no nosso quadro cronológico e segundo a qual Peca teria sido a autoridade por detrás de Menaém e Pecaías; quando subiu ao trono o seu reinado seria contado a partir da subida ao trono de Menaém, como se fora seu co-regente.


    Francis Davidson - Comentários de II Reis Capítulo 15 do versículo 13 até o 16
    b) Salum (2Rs 15:13-16)

    Menaém era provavelmente governador militar de Tirza (14; cfr. 1Rs 14:17). Marchou contra Salum e como Tirza (não a cidade no Eufrates-1Rs 4:24 -mas possivelmente Tapuá, de acordo com a Septuaginta e outras versões) se recusara a abrir-lhe as suas portas, massacrou os habitantes com requintes de crueldade. Ação bem característica da barbaridade da época. É natural que, dada a sua ferocidade, Salum lhe opusesse fraca resistência


    Dicionário

    Ferir

    verbo transitivo Golpear; fazer chaga ou ferimento em.
    Machucar: a sandália nova está ferindo o pezinho da menina.
    Atritar algo para fazer chispa: ferir a pedra do isqueiro.
    Figurado Magoar, ofender: ferir a sensibilidade do amigo.
    Causar impressão desagradável: palavras que ferem os ouvidos.
    Contrariar: ferir as conveniências; ferir os interesses de alguém.
    verbo pronominal Golpear-se, cortar-se, machucar-se: ferir-se nos espinhos da roseira.
    Figurado Magoar-se, ofender-se: ele se feriu com a injustiça do chefe.

    Ferir
    1) Produzir ferimento (Gn 3:15)

    2) Dar pancada em (Nu 20:11). 3 Matar (Nu 21:24).

    4) Atacar (Js 10:4).

    5) Castigar (Isa 19:)

    Filho

    substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
    Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
    Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
    Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
    Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
    Por Extensão A cria de descente de algum animal.
    Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
    [Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
    Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
    adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
    substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
    Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.

    substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
    Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
    Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
    Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
    Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
    Por Extensão A cria de descente de algum animal.
    Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
    [Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
    Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
    adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
    substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
    Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.

    substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
    Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
    Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
    Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
    Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
    Por Extensão A cria de descente de algum animal.
    Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
    [Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
    Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
    adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
    substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
    Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.

    Nossos filhos são companheiros de vidas passadas que retornam ao nosso convívio, necessitando, em sua grande maioria, de reajuste e resgate, reconciliação e reeducação. [...]
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19

    [...] todo filho é um empréstimo sagrado que, como tal, precisa ser valorizado, trabalhando através do amor e da devoção dos pais, para posteriormente ser devolvido ao Pai Celestial em condição mais elevada. [...]
    Referencia: DIZEM os Espíritos sobre o aborto (O que)• Compilado sob orientação de Juvanir Borges de Souza• Rio de Janeiro: FEB, 2001• - cap• 1

    O filhinho que te chega é compromisso para a tua existência.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

    [...] os filhos [...] são companheiros de vidas passadas que regressam até nós, aguardando corrigenda e renovação... [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos desta e doutra vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 39

    Os filhos são doces algemas de nossa alma.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Os filhos não são almas criadas no instante do nascimento [...]. São companheiros espirituais de lutas antigas, a quem pagamos débitos sagrados ou de quem recebemos alegrias puras, por créditos de outro tempo. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 49

    Os filhos são liames de amor conscientizado que lhes granjeiam proteção mais extensa do mundo maior, de vez que todos nós integramos grupos afins.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vida e sexo• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 2

    [...] Os filhos são as obras preciosas que o Senhor confia às mãos [dos pais], solicitando-lhes cooperação amorosa e eficiente.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 135

    [...] os filhos são associados de experiência e destino, credores ou devedores, amigos ou adversários de encarnações do pretérito próximo ou distante, com os quais nos reencontraremos na 5ida Maior, na condição de irmãos uns dos outros, ante a paternidade de Deus.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 38


    Filho
    1) Pessoa do sexo masculino em relação aos pais (Gn 4:17)

    2) Descendente (Ml 3:6); (Lc 1:16). 3 Morador de um país (Am 9:7) ou de uma cidade (Jl 3:6).

    4) Membro de um grupo (2Rs 2:15), RC).

    5) Qualidade de uma pessoa (Dt 13:13), RC; (2Sm 3:34); (Mc 3:17); (Lc 10:6); (Jo 12:36).

    6) Tratamento carinhoso (1

    Gadi

    (Heb. “minha fortuna”).


    1. Pai de Menaém, que matou Salum em Samaria e tornou-se rei de Israel em seu lugar. Reinou por dez anos (2Rs 15:14-17).


    2. Um dos doze enviados por Moisés do deserto de Parã à terra de Canaã, para espiá-la (Nm 13:11). Foi escolhido um representante de cada tribo e Gadi, filho de Susi, foi indicado pela de Manassés. Para mais detalhes sobre a missão deles, veja Samua.


    a quem pertence a fortuna

    -

    Jabes

    Seco

    (Heb. “seco”). No término do reino do Norte, Salum matou o rei Zacarias e usurpou o trono pela força. Ele mesmo, por sua vez, foi assassinado por Menaém, depois de apenas um mês de reinado em Samaria (2Rs 15:14). A expressão “Salum, filho de Jabes” (v. 10) talvez indique a cidade de onde ele era natural.


    Lugar

    substantivo masculino Espaço que ocupa ou pode ocupar uma pessoa, uma coisa: um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar.
    Cargo que se ocupa em; emprego: perder seu lugar.
    Posição final numa competição, concurso etc.: colocação, ordem: tirou o primeiro lugar no concurso.
    Posição que uma pessoa ou uma coisa deve ocupar: esse homem não conhece seu lugar.
    Qualquer local; localidade: lugar fresco.
    Situação em circunstâncias especiais: em seu lugar, eu teria protestado.
    Circunstância favorável para o desenvolvimento de; ocasião, ensejo: não me deu lugar para ficar zangado.
    Maneira como alguma coisa está disposta num dado período; condição, situação, posição.
    expressão Ter lugar. Ter cabimento, vir a propósito: seu comentário não tem lugar aqui.
    Lugares santos. Na Palestina, os lugares onde viveu Jesus Cristo.
    Etimologia (origem da palavra lugar). Do latim localis, de locus.

    substantivo masculino Espaço que ocupa ou pode ocupar uma pessoa, uma coisa: um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar.
    Cargo que se ocupa em; emprego: perder seu lugar.
    Posição final numa competição, concurso etc.: colocação, ordem: tirou o primeiro lugar no concurso.
    Posição que uma pessoa ou uma coisa deve ocupar: esse homem não conhece seu lugar.
    Qualquer local; localidade: lugar fresco.
    Situação em circunstâncias especiais: em seu lugar, eu teria protestado.
    Circunstância favorável para o desenvolvimento de; ocasião, ensejo: não me deu lugar para ficar zangado.
    Maneira como alguma coisa está disposta num dado período; condição, situação, posição.
    expressão Ter lugar. Ter cabimento, vir a propósito: seu comentário não tem lugar aqui.
    Lugares santos. Na Palestina, os lugares onde viveu Jesus Cristo.
    Etimologia (origem da palavra lugar). Do latim localis, de locus.

    Matar

    verbo transitivo direto e intransitivo Assassinar; tirar a vida de alguém; provocar a morte de: matou o bandido; não se deve matar.
    verbo pronominal Suicidar-se; tirar a própria vida: matou-se.
    verbo transitivo direto Destruir; provocar destruição: a chuva matou a plantação.
    Arruinar; causar estrago: as despesas matam o orçamento.
    Trabalhar sem atenção ou cuidado: o padeiro matou o bolo da noiva.
    Fazer desaparecer: a pobreza acaba matando os sonhos.
    Saciar; deixar de sentir fome ou sede: matou a fome.
    [Informal] Gastar todo o conteúdo de: matou a comida da geladeira.
    [Informal] Diminuir a força da bola: matou a bola no peito.
    verbo transitivo direto e intransitivo Afligir; ocasionar sofrimento em: suas críticas mataram o escritor; dizia palavras capazes de matar.
    Cansar excessivamente: aquela faculdade o matava; o ócio mata.
    verbo pronominal Sacrificar-se; fazer sacrifícios por: eles se matavam pelos pais.
    Etimologia (origem da palavra matar). De origem questionável.
    verbo transitivo direto Costura. Realizar mate, unir duas malhas em uma só.
    Etimologia (origem da palavra matar). Mate + ar.

    de origem controversa, este vocábulo pode ser vindo tanto do latim mactare, imolar as vítimas sagradas, quanto do árabe mat, morto. Deriva da expressão religiosa "mactus esto": "santificado sejas", ou "honrado sejas", que se dizia aos deuses enquanto se imolava uma vítima (um animal, obviamente); daí resultou o verbo "mactare", que significava "imolar uma vítima aos deuses" e, depois, qualquer tipo de assassinato.

    Menaém

    Menaém [Confortador] - Décimo sexto rei de Israel, que reinou de 743 a 738 a.C., depois de Salum, a quem matou (2Rs 15:14-22).

    (Heb. “conforto”). Filho de Gadi, tornou-se monarca de Israel (o reino do Norte), depois de assassinar o rei Salum e usurpar seu lugar; reinou na mesma época de Azarias, rei de Judá (2Rs 15:14). Governou em Samaria por dez anos (v. 17). Sua crueldade é descrita em detalhes no
    v. 16.

    Foi um rei perverso durante todo o tempo de seu reinado. Levou toda a nação à apostasia e jamais voltou-se para Deus. Conforme a profecia, o Senhor permitiu que a Assíria invadisse Israel, como julgamento por causa do pecado. Manaém evitou o desastre total, ao pagar grandes somas de dinheiro ao rei Tiglate-Pileser (chamado de Pul, no
    v. 19). Deu aos assírios 1:000 talentos de prata (quase 40 toneladas); levantou essa quantia ao impor pesados impostos sobre seu próprio povo. Quando morreu, foi sucedido pelo filho Pecaías (v. 22). P.D.G.


    Confortador. o filho de Gadi, que assassinou o usurpador Salum, e se apoderou do trono vago de israel (2 Rs 15.14 a 22). A tomada da cidade de Tirza pelo rei idólatra Menaém foi assinalada por atos de terrível crueldade. o mais notável acontecimento do seu reinado foi o primeiro aparecimento de uma força hostil de assírios na fronteira nordeste de israel. Nesta ocasião, contudo, foram libertados os israelitas.

    Reinar

    verbo intransitivo Governar um Estado como chefe supremo, especialmente como rei: Dom Pedro II reinou até 1889.
    Governar, proceder como rei: a arte de reinar.
    Figurado Dominar, estar em voga, prevalecer: essa moda reinou por pouco tempo.
    Existir, durar certo tempo: reinava silêncio na assembléia.
    Grassar, tratando-se de moléstias, de pragas: reinava a tiririca em grande trecho do terreno.
    Estar em pleno domínio: a noite reina.
    [Popular] Brincar, folgar; fazer travessuras.

    reinar
    v. 1. tr. ind. e Intr. Governar na qualidade de rei ou rainha. 2. tr. ind. e Intr. Ter grande prestígio ou influência; dominar, imperar. 3. tr. ind. e Intr. Aparecer, patentear-se; tornar-se notável; sobressair. 4. Intr. Grassar. 5. Intr. Mexer nalguma coisa, fazer travessuras: Toda criança gosta de reinar. 6. Intr. Fazer troça, reinação.

    Salum

    -

    1. Filho de Sismai, descendente da tribo de Judá e da família de Jerameel (1Cr 2:40-41).


    2. Filho de Saul, da tribo de Simeão (1Cr 4:25).


    3. I Crônicas 6:12-13 e Esdras 7:2 o registram como sumo sacerdote, filho de Zadoque e pai de Hilquias.


    4. Quarto filho de Naftali (1Cr 7:13).


    5. Da tribo de Efraim, pai de Jeizquias, um dos líderes israelitas que se opuseram aos soldados que levaram os prisioneiros de Judá, no tempo do rei Peca. Jeizquias e os outros lembraram-lhes que tal atitude constituía pecado contra Deus (2Cr 28:12).


    6. II Reis 22:14 e II Crônicas 34:22 o mencionam como marido da profetisa Hulda. Seu pai chamava-se Ticvá, filho de Haras.


    7. Filho de Jabes, reinou sobre Israel após a morte do rei Zacarias. Governou apenas um mês. Foi morto por seu sucessor, Menaém (2Rs 15:8-16). A decadência geral da política em Israel naquele período é vista claramente pelos curtos períodos de reinado e pelos vários reis que foram assassinados.


    8. Quarto filho e sucessor do rei Josias. O Senhor não estava satisfeito com o seu reinado; por isso, enviou uma mensagem concernente a ele (1Cr 3:15; Jr 22:11-17). Também é chamado de Jeoacaz (veja 2Rs 23:30-35; 2Cr 36:1-4). Veja Jeoacaz.


    9. Jeremias 32 registra uma profecia concernente ao futuro de Judá. Deus usou o tio do profeta, chamado Salum, para dar início à mensagem. Ele enviou um recado a Jeremias, no qual pedia que seu sobrinho redimisse uma propriedade que pertencia legitimamente à sua família. O profeta comprou o campo, mesmo ciente de que a terra seria invadida pelos caldeus, a fim de demonstrar a sua fé de que um dia os judeus retornariam para Judá (Jr 32:6).


    10. Durante os anos do ministério de Jeremias, Salum era porteiro na casa do Senhor (Jr 35:4).


    11. I Crônicas 9:17 menciona-o como um dos primeiros a retornar para Judá depois do exílio na Babilônia. Era chefe de uma família de porteiros durante os anos em que Jerusalém estava em reconstrução (Ed 2:42; Ne 7:45). Provavelmente trata-se do mesmo personagem, também porteiro, mencionado em Esdras 10:24, que se casou com uma mulher estrangeira e depois se divorciou.


    12. Sob a liderança de Neemias, Salum, filho de Haloés, e suas filhas colaboraram na reconstrução dos muros de Jerusalém. Ele também foi governador da parte de um distrito da cidade (Ne 3:12).


    13. Listado como um dos israelitas que se casaram com mulheres estrangeiras depois do exílio. Posteriormente, divorciou-se (Ed 10:42). S.C.


    14. Filho de Col-Hozé, mencionado como um dos que colaboraram na reconstrução dos muros de Jerusalém, depois do retorno dos judeus do exílio na Babilônia, na época de Neemias. Governava o distrito de Mispa. Era o responsável pela Porta da Fonte; “este a edificou, e a cobriu, e lhe assentou as portas com os seus ferrolhos e trancas, como também o muro do tanque de Siloé” (Ne 3:15).


    Salum [Retribuição] -

    1) Décimo quinto rei de Israel. Matou Zacarias e reinou um mês em seu lugar, em 743 a.C. (2Rs 15:10-15).

    2) Filho de Josias. Esse Salum também é conhecido como JOACAZ (2Rs 23:30-31).

    Samaria

    -

    -

    Samaria [Torre de Guarda] -

    1) Monte situado 12 km a nordeste de Siquém (Am 6:1)

    2) Capital do reino do Norte, construída nesse monte por Onri (1Rs 16:24); (Jr 23:13); Ez 23; (Os 7:1-7); 8:5-6; (Am 4:1). Seu nome atual é Sebastieh.
    3) Região central da Terra Santa, abrangendo as tribos de Efraim e Manassés do Oeste. Ao norte ficava a Galiléia; a leste, o Jordão; ao sul, a Judéia; e, a oeste, o Mediterrâneo (2Rs 17:24-26;)

    Samaria Capital do Reino do Norte de Israel fundada pelo rei Amri em 880 a.C. Com o tempo, o nome estendeu-se à região dos arredores (Lc 17:11; Jo 4:4ss.).

    Tirza

    -

    Prazer, beleza. 1. A mais nova das cinco filhas de Zelofeade. Como este israelita não tivesse filhos, mas somente filhas, fez-se uma lei, em virtude da qual, morrendo um homem sem descendência de sexo masculino, passariam os bens para as suas filhas (Nm 26:33 – 27.1 – 36.11 – Js 17:3). 2. Cidade real de Canaã, conquistada por Josué (Js 12:24) – foi residência de alguns reis de israel, Jeroboão, Baasa, Elá, Zinri e onri – o lugar da sepultura de Baasa e Zinri (1 Rs 14.17 – 15.21,33 – 16.6 a
    23) – e teatro da conspiração de Menaém contra Salum (2 Rs 15.14,16). Era afamada pela sua beleza (Ct 6:4). Hoje talvez seja Teiasir.

    Uma das cinco filhas de Zelofeade, da tribo de Manassés, o qual não teve filhos. Elas se casaram com primos, da mesma tribo do pai (Nm 26:33;


    1. ; 36:1-12; Js 17:3). Tirza e suas irmãs enfrentaram dificuldades com relação à herança, pois normalmente a posse da terra passava para os filhos homens.

    Procuraram Moisés sobre tal questão, na porta do Tabernáculo, e pediram-lhe que interviesse, a fim de obterem permissão para tomar posse da terra que seria do pai, pois não era justo que o nome dele fosse apagado da memória de seu povo. Moisés consultou a Deus sobre tal questão e, como resultado, uma nova lei foi promulgada, a qual permitia que as filhas herdassem a terra do pai. Posteriormente os líderes da tribo de Manassés apelaram para Moisés sobre o caso, com a alegação de que, se tais jovens se casassem com homens de outras tribos, a terra delas não seria mais considerada como parte da herança deles. Uma emenda foi acrescentada à lei, a fim de ordenar que as mulheres só se casassem com homens da mesma tribo de seu pai, ou perderiam o direito à herança (Nm 36). Por isso, as filhas de Zelofeade casaram-se com primos paternos, em cumprimento da lei do Senhor.

    Quando finalmente os israelitas entraram na terra de Canaã e o território foi dividido entre as tribos, elas receberam a parte que lhes cabia (Js 17:3-4).


    Tirza [Delícia] - Cidade situada 10 km a leste de Samaria. Tornou-se a capital do Reino do Norte até o tempo de Onri (1Ki 16:6,15-1) 8,23; (Ct 6:4).

    Veio

    substantivo masculino Ducto, canal, fresta ou ramificação das mais variadas cores, formas ou tamanhos que são encontradas em pedras, madeiras ou em mármore.
    Por Extensão Sinal que se assemelha a uma estria, riscas irregulares; estria.
    Corrente de água que provém de rios; riacho.
    Mineralogia Camada que pode ser explorada; filão: veio de ouro.
    Figurado O que pode ser utilizado como fundamento para; o ponto central de; essência: o veio de uma teoria.
    Canal natural de água que se localiza abaixo da terra.
    Peça que move uma roda, eixo de ativação manual; manivela.
    Etimologia (origem da palavra veio). Veia + o.

    Veio
    1) Parte da mina onde se encontra o mineral; filão (28:1, RC).


    2) Riacho (28:11, RA).


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    II Reis 15: 14 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Porque Menaém, filho de Gadi, subiu de Tirza, e veio a Samaria; e feriu a Salum, filho de Jabes, em Samaria, e o matou, e reinou em seu lugar.
    II Reis 15: 14 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    790 a.C.
    H1121
    bên
    בֵּן
    crianças
    (children)
    Substantivo
    H1424
    Gâdîy
    גָּדִי
    pôr do sol
    (west)
    Substantivo - Feminino no Plural genitivo
    H3003
    Yâbêsh
    יָבֵשׁ
    legião, corpo de soldados cujo o número diferia de tempos em tempos. Na época de
    (legions)
    Substantivo - Feminino no Plural acusativo
    H4191
    mûwth
    מוּת
    morrer, matar, executar
    (surely)
    Verbo
    H4427
    mâlak
    מָלַךְ
    ser ou tornar-se rei ou rainha, reinar
    (reigned)
    Verbo
    H4505
    Mᵉnachêm
    מְנַחֵם
    filho de Gadi e rei do reino do norte, de Israel; matou a Salum, o usurpador, para subir ao
    (For Menahem)
    Substantivo
    H5221
    nâkâh
    נָכָה
    golpear, açoitar, atingir, bater, sacrificar, matar
    (should kill)
    Verbo
    H5927
    ʻâlâh
    עָלָה
    subir, ascender, subir
    (there went up)
    Verbo
    H7967
    Shallûwm
    שַׁלּוּם
    filho de Jabes, conspirador e assassino do rei Zacarias, do reino do norte, de Israel,
    (Shallum)
    Substantivo
    H8111
    Shômᵉrôwn
    שֹׁמְרֹון
    ()
    H8478
    tachath
    תַּחַת
    a parte de baixo, debaixo de, em lugar de, como, por, por causa de, baixo, para, onde,
    ([were] under)
    Substantivo
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo
    H8656
    Tirtsâh
    תִּרְצָה
    uma das 7 filhas de Zelofeade, o filho de Héfer da tribo de Manassés n. pr. l.
    (and Tirzah)
    Substantivo
    H935
    bôwʼ
    בֹּוא
    ir para dentro, entrar, chegar, ir, vir para dentro
    (and brought [them])
    Verbo


    בֵּן


    (H1121)
    bên (bane)

    01121 בן ben

    procedente de 1129; DITAT - 254; n m

    1. filho, neto, criança, membro de um grupo
      1. filho, menino
      2. neto
      3. crianças (pl. - masculino e feminino)
      4. mocidade, jovens (pl.)
      5. novo (referindo-se a animais)
      6. filhos (como caracterização, i.e. filhos da injustiça [para homens injustos] ou filhos de Deus [para anjos])
      7. povo (de uma nação) (pl.)
      8. referindo-se a coisas sem vida, i.e. faíscas, estrelas, flechas (fig.)
      9. um membro de uma associação, ordem, classe

    גָּדִי


    (H1424)
    Gâdîy (gaw-dee')

    01424 גדי Gadiy

    procedente de 1409; n pr m Gadi = “minha fortuna”

    1. o pai gadita de Menaém, um rei de Israel

    יָבֵשׁ


    (H3003)
    Yâbêsh (yaw-bashe')

    03003 יבש Yabesh (às vezes também יבישׂ Yabeysh

    com a adição de 1568, i.e. Jabes de Gileade) o mesmo que 3002; Jabes = “seco” n pr loc

    1. uma cidade no território de Gileade; de acordo com Eusébio, acha-se além do Jordão, a 10 km (6 milhas) de Pela, no caminho montanhoso para Gerasa; localização

      desconhecida mas pode ser o atual ‘Wadi Yabes’ n pr m

    2. pai de Salum, o décimo quinto governante do reino do norte

    מוּת


    (H4191)
    mûwth (mooth)

    04191 מות muwth

    uma raiz primitiva; DITAT - 1169; v

    1. morrer, matar, executar
      1. (Qal)
        1. morrer
        2. morrer (como penalidade), ser levado à morte
        3. morrer, perecer (referindo-se a uma nação)
        4. morrer prematuramente (por negligência de conduta moral sábia)
      2. (Polel) matar, executar, despachar
      3. (Hifil) matar, executar
      4. (Hofal)
        1. ser morto, ser levado à morte
          1. morrer prematuramente

    מָלַךְ


    (H4427)
    mâlak (maw-lak')

    04427 מלך malak

    uma raiz primitiva; DITAT - 1199,1200; v

    1. ser ou tornar-se rei ou rainha, reinar
      1. (Qal) ser ou tornar-se rei ou rainha, reinar
      2. (Hifil) tornar alguém rei ou rainha, fazer reinar
      3. (Hofal) ser feito rei ou rainha
    2. aconselhar, tomar conselho
      1. (Nifal) considerar

    מְנַחֵם


    (H4505)
    Mᵉnachêm (men-akh-ame')

    04505 מנחם M enachem̂

    procedente de 5162; n pr m Menaém = “confortador”

    1. filho de Gadi e rei do reino do norte, de Israel; matou a Salum, o usurpador, para subir ao trono e reinou por dez anos; foi contemporâneo dos profetas Oséias e Amós

    נָכָה


    (H5221)
    nâkâh (naw-kaw')

    05221 נכה nakah

    uma raiz primitiva; DITAT - 1364; v

    1. golpear, açoitar, atingir, bater, sacrificar, matar
      1. (Nifal) ser ferido ou golpeado
      2. (Pual) ser ferido ou golpeado
      3. (Hifil)
        1. ferir, golpear, bater, açoitar, bater palmas, aplaudir, dar um empurrão
        2. golpear, matar, sacrificar (ser humano ou animal)
        3. golpear, atacar, atacar e destruir, conquistar, subjugar, devastar
        4. golpear, castigar, emitir um julgamento sobre, punir, destruir
      4. (Hofal) ser golpeado
        1. receber uma pancada
        2. ser ferido
        3. ser batido
        4. ser (fatalmente) golpeado, ser morto, ser sacrificado
        5. ser atacado e capturado
        6. ser atingido (com doença)
        7. estar doente (referindo-se às plantas)

    עָלָה


    (H5927)
    ʻâlâh (aw-law')

    05927 עלה ̀alah

    uma raiz primitiva; DITAT - 1624; v

    1. subir, ascender, subir
      1. (Qal)
        1. subir, ascender
        2. encontrar, visitar, seguir, partir, remover, retirar
        3. subir, aparecer (referindo-se a animais)
        4. brotar, crescer (referindo-se a vegetação)
        5. subir, subir sobre, erguer (referindo-se a fenômeno natural)
        6. aparecer (diante de Deus)
        7. subir, subir sobre, estender (referindo-se à fronteira)
        8. ser excelso, ser superior a
      2. (Nifal)
        1. ser levado para cima, ser trazido para cima, ser levado embora
        2. levar embora
        3. ser exaltado
      3. (Hifil)
        1. levar ao alto, fazer ascender ou escalar, fazer subir
        2. trazer para cima, trazer contra, levar embora
        3. trazer para cima, puxar para cima, treinar
        4. fazer ascender
        5. levantar, agitar (mentalmente)
        6. oferecer, trazer (referindo-se a presentes)
        7. exaltar
        8. fazer ascender, oferecer
      4. (Hofal)
        1. ser carregado embora, ser conduzido
        2. ser levado para, ser inserido em
        3. ser oferecido
      5. (Hitpael) erguer-se

    שַׁלּוּם


    (H7967)
    Shallûwm (shal-loom')

    07967 שלום Shalluwm ou (forma contrata) שׂלם Shallum

    o mesmo que 7966; n pr m

    Salum = “retribuição”

    1. filho de Jabes, conspirador e assassino do rei Zacarias, do reino do norte, de Israel, encerrando a dinastia de Jeú; assumiu o trono e tornou-se o 15o rei do reino do norte; reinou por um mês e foi morto por Menaém
    2. o 3o filho do rei Josias, de Judá, e subseqüente rei de Judá; reinou por 3 meses antes de ser levado cativo para o Egito onde foi colocado em cadeias e depois morreu
      1. também ‘Jeoacaz’
    3. marido de Hulda, a profetiza, no reinado do rei Josias, de Judá. Talvez o mesmo que o 4
    4. tio do profeta Jeremias. Talvez o mesmo que o 3
    5. um simeonita, filho de Saul e neto de Simeão
    6. um judaíta, filho de Sisamai e pai de Jecamias na família de Jerameel
    7. um efraimita, pai de Jeizquias
    8. um filho de Naftali
    9. um levita coreíta, líder de uma família de porteiros do portão leste do templo
      1. talvez o mesmo que o 13
    10. filho de Haloés e governante de um distrito de Jerusalém; também reformador do muro de Jerusalém na época de Neemias
    11. um sacerdote, da família de Eleazar, filho de Zadoque e pai de Hilquias na linhagem familiar de Esdras
    12. um levite coreíta, filho de Coré, pai de Maaséias, e encarregado da obra do ministério. Talvez o mesmo que o 9
    13. um porteiro levita que tinha uma esposa estrangeira na época de Esdras
    14. um levita e descendente de Bani que tinha uma esposa estrangeira na época de Esdras

    שֹׁמְרֹון


    (H8111)
    Shômᵉrôwn (sho-mer-one')

    08111 שמרון Shom erown̂

    procedente do part. ativo de 8104, grego 4540 σαμαρεια; DITAT - 2414d; n. pr. l. Samaria = “montanha para vigilância”

    1. a região na parte norte da Palestina pertencente ao reino do Norte, que era formado pelas 10 tribos de Israel que se separaram do reino do Sul depois da morte de Salomão durante o reinado de seu filho Roboão, sendo inicialmente governadas por Jeroboão
    2. a capital do reino do Norte ou Israel localizada 50 km (30 milhas) ao norte de Jerusalém e 10 km (6 milhas) a noroeste de Siquém

    תַּחַת


    (H8478)
    tachath (takh'-ath)

    08478 תחת tachath

    procedente da mesma raiz que 8430; DITAT - 2504; n. m.

    1. a parte de baixo, debaixo de, em lugar de, como, por, por causa de, baixo, para, onde, conquanto n. m.
      1. a parte de baixo adv. acus.
      2. abaixo prep.
      3. sob, debaixo de
        1. ao pé de (expressão idiomática)
        2. suavidade, submissão, mulher, ser oprimido (fig.)
        3. referindo-se à submissão ou conquista
      4. o que está debaixo, o lugar onde alguém está parado
        1. em lugar de alguém, o lugar onde alguém está parado (expressão idiomática com pronome reflexivo)
        2. em lugar de, em vez de (em sentido de transferência)
        3. em lugar de, em troca ou pagamento por (referindo-se a coisas trocadas uma pela outra) conj.
      5. em vez de, em vez disso
      6. em pagamento por isso, por causa disso em compostos
      7. em, sob, para o lugar de (depois de verbos de movimento)
      8. de sob, de debaixo de, de sob a mão de, de seu lugar, sob, debaixo

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo

    תִּרְצָה


    (H8656)
    Tirtsâh (teer-tsaw')

    08656 תרצה Tirtsah

    procedente de 7521; n. pr. f.

    Tirza = “favorável” n. pr. f.

    1. uma das 7 filhas de Zelofeade, o filho de Héfer da tribo de Manassés n. pr. l.
    2. um dos reinos no lado oeste do Jordão conquistado por Josué e pelos israelitas
    3. uma cidade cananita, mais tarde capital do reino do Norte (Israel)

    בֹּוא


    (H935)
    bôwʼ (bo)

    0935 בוא bow’

    uma raiz primitiva; DITAT - 212; v

    1. ir para dentro, entrar, chegar, ir, vir para dentro
      1. (Qal)
        1. entrar, vir para dentro
        2. vir
          1. vir com
          2. vir sobre, cair sobre, atacar (inimigo)
          3. suceder
        3. alcançar
        4. ser enumerado
        5. ir
      2. (Hifil)
        1. guiar
        2. carregar
        3. trazer, fazer vir, juntar, causar vir, aproximar, trazer contra, trazer sobre
        4. fazer suceder
      3. (Hofal)
        1. ser trazido, trazido para dentro
        2. ser introduzido, ser colocado