Enciclopédia de I Crônicas 5:16-16

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

1cr 5: 16

Versão Versículo
ARA Habitaram em Gileade, em Basã e suas aldeias, bem como até aos limites de todos os arredores de Sarom.
ARC E habitaram em Gileade, em Basã, e nos lugares da sua jurisdição como também em todos os arrabaldes de Sarom, até às suas saídas.
TB Habitaram em Gileade em Basã, e nas suas aldeias, e em todos os arrabaldes de Sarom até os seus termos.
HSB וַיֵּֽשְׁב֛וּ בַּגִּלְעָ֥ד בַּבָּשָׁ֖ן וּבִבְנֹתֶ֑יהָ וּבְכָֽל־ מִגְרְשֵׁ֥י שָׁר֖וֹן עַל־ תּוֹצְאוֹתָֽם׃
BKJ E eles habitaram em Gileade, em Basã, e nas suas aldeias, e em todos os arredores de Sarom, até os seus limites.
LTT E habitaram em Gileade, em Basã e nos aldeias da sua jurisdição; como também em todos os arrabaldes de Sarom, até aos seus limites.
BJ2 Tinham-se fixado em Galaad, em Basã e seus arredores, bem como em todas as pastagens do Saron[m] até seus limites extremos.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de I Crônicas 5:16

I Crônicas 27:29 e sobre os gados que pasciam em Sarom, Sitrai, o saronita; porém sobre os gados dos vales, Safate, filho de Adlai;
Cântico dos Cânticos 2:1 Eu sou a rosa de Sarom, o lírio dos vales.
Isaías 35:2 Abundantemente florescerá e também regurgitará de alegria e exultará; a glória do Líbano se lhe deu, bem como a excelência do Carmelo e de Sarom; eles verão a glória do Senhor, a excelência do nosso Deus.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

ASSÍRIA: A AMEAÇA VINDA DO NORTE

metade do século IX a 722 a.C.
A ASCENSÃO DA ASSÍRIA
O território da Assíria ficava cerca de 900 km a nordeste de Israel, na região correspondente ao atual Iraque, uma terra montanhosa, regada pelo rio Tigre que nasce na região montanhosa do leste da Turquia. No início do século IX a.C., o exército assírio realizou campanhas para proteger suas fronteiras e exigir tributos de estados vizinhos. O rei assírio Assurbanipal I (884-859 a.C.) é conhecido porter realizado quatorze grandes expedições durante os 25 ands do seu reinado. Em suas inscrições, ele se gaba com freqüência da sua própria crueldade (ver página 87). Para celebrar a construção do seu novo palácio em Kalhu (Calá em hebraico, a atual Nimrud), cerca de 35 km ao sul de Mosul, Assurbanipal otereceu um banquete suntuoso durante dez dias para 64.574 convidados.
Em 853 a.C., Salmaneser III (859-824 a.C.), o sucessor de Assurbanipal, enfrentou uma coalizão da qual fazia parte o rei israelita Acabe. Isto se deu em Qarqar, junto ao Orontes, na Síria. De acordo com os registros assírios, Acabe usou dois mil carros na batalha. Numa ocasião posterior durante seu reinado, em 841 a.C., Salmaneser encontrou outro rei israelita. O famoso Obelisco Negro de Nimrud (atualmente no Museu Britânico) mostra leú, ou seu embaixador, pagando tributo a Salmaneser. Cortesãos formam uma longa fila para entregar seus tributos: ouro, prata e frutas. Representantes de outros estados trazem elefantes, camelos, bactrianos e macacos.

O DECLÍNIO DA ASSÍRIA
Trinta e um dos 35 anos de reinado de Salmaneser III foram dedicados à guerra. Depois de sua morte, em 824 a.C., monarcas assírios mais fracos permitiram que grande parte da Síria passasse ao controle do reino arameu de Damasco que, por sua vez, também reduziu o território de leú Na primeira metade do século VIII a.C, governadores de províncias já exerciam grande autoridade sobre vastas extensões de terra em detrimento da monarquia central assíria. E nesse período que o livro de Reis situa o profeta israelita Jonas que predisse a expansão do reino do norte sob Jeroboão II (781-753 a.C.).

JONAS
O livro de Jonas narra como, a princípio, esse profeta resistiu ao chamado de Deus para ir a Nínive, uma das principais cidades da Assíria, proclamar o iminente julgamento do Senhor contra a cidade.° Sem dúvida, Jonas tinha ouvido falar da crueldade dos assirios e acreditava que um povo como esse merecia o castigo de Deus. O profeta tentou fugir tomando um navio que ia para Társis, talvez o vale Guadalquivir, no sul da Espanha ou Sardenha, na direção contrária de Nínive. Depois de uma tempestade violenta, Jonas foi lançado ao mar, engolido e vomitado por um "peixe grande". Talvez de forma surpreendente, o povo de Nínive aceitou a mensagem de Jonas. O livro termina mostrando o profeta aborrecido com a morte de uma planta, provavelmente uma espécie de mamona, ao invés de se alegrar com o livramento de cento e vinte mil pessoas. Em Tonas 3.6 o rei é chamado de "rei de Nínive", e não o título assírio comum no Antigo Testamento, "rei da Assíria". O decreto registrado em 3.7 foi publicado "por mandado do rei e seus grandes (seus nobres). É possível que, de fato, esse governante fosse rei de Nínive, mas dificilmente exercia poder sobre uma região mais ampla; dai o seu titulo no livro de Jonas. Talvez tivesse sido obrigado a entregar o controle de parte considerável do seu reino a governadores provinciais poderosos, cuja autoridade e influência ele reconheceu ao publicar seu decreto.

TIGLATE-PILESER III
A Assíria voltou a ganhar força durante o reinado de Tiglate-Pileser III (746-727 a.C.). Menaém, rei de Israel (752-741 a.C.), teve de pagar um tributo pesado de mil talentos de prata (c. 34 toneladas) a Tiglate- Pileser, ou seja, cinquenta silos de prata (600 g) cobrados de cada homem rico. Em 734 a.C, uma coalizão de resistência à Assíria havia se formado na região da Síria. Rezim, rei de Damasco, e Peca, rei de Israel (739-731 a.C.), tentaram forcar Acaz, rei de Judá, a se aliar a eles e fazer frente aos assírios. Rezim e Peca invadiram Judá com a intenção de depor Acaz e colocar no trono o "filho de Tabeal". 5 Isaías profetizou o fim de Damasco e Efraim (Israel): "Isto não subsistirá, nem tampouco acontecerá. Mas a capital da Síria será Damasco, e o cabeça de Damasco, Rezim, e dentro de 65 anos Efraim será destruído e deixará de ser povo" (Is 7:7-8).
A solução encontrada por Acaz foi usar ouro e prata do templo e do palácio real para pagar Tiglate-Pileser para atacar Damasco. Quando Tiglate-Pileser aceitou a proposta e capturou Damasco, Acaz foi visitá-lo na cidade síria. Ali, viu um altar e ordenou que o sacerdote Urias desenhasse uma planta detalhada para construir um altar em Jerusalém." A substituição do altar de bronze no templo de Jerusalém por esse altar pagão foi considerada um sinal de apostasia da parte de Acaz.
Damasco caiu em 732 a.C.e o exército assírio marchou para o sul, em direcão a Israel, tomando do reino do norte a maior parte do seu território, inclusive toda região de Gileade e da Galiléia e deportando seus habitantes para a Assíria. Uma camada de cinzas de 1 m de profundidade em Hazor comprova os atos de Tiglate-Pileser. Em seus registros, o rei da Assíria afirma ter deposto Peca e colocado Oséias em seu lugar. De acordo com o livro de Reis, Oséias assassinou Peca, e é possível conjeturar que Tiglate-Pileser conspirou com Oséias, de modo a garantir um governante de confiança no trono de Israel.
Oséias (731-722 a.C.) foi o último rei de Israel. Os reis assírios subseqüentes, Salmaneser V e Sargão Il, conquistaram Samaria e exilaram os israelitas restantes em terras longínquas do Império Assírio que, na época, ainda estava em expansão. A crueldade de Assurbanipal "Capturei vários soldados com vida. Cortei braços e mãos de alguns; de outros cortei o nariz, orelhas e extremidades. Arranguei os olhos de muitos soldados. Fiz uma pilha de vivos e outra de cabeças. Pendurei as cabeças nas árvores ao redor da cidade. Queimei os meninos e meninas adolescentes"
O que foi servido no banquete suntuoso de Assurbanipal:
1.000 bois 1:000 novilhos 14:000 ovelhas, 500 cervos.
1.000 patos, 500 gansos 10:000 pombos 10:000 peixes,
10.000 ovos 10:000 pães, 10.000 jarras de cerveja, 10.000 odes de vinho, 300 jarros de azeite...
"Durante dez dias, ofereci banquetes, vinho, banhos, óleos e honrarias a 69.574 pessoas, inclusive as que foram convocadas de todas as terras c o povo de Calah e depois os mandei de volta às suas terras em paz e alegria
O rei Jeú de Israel (ou seu embaixador) curva-se diante de Salmaneser III (841 a.C), rei da Assíria. Obelisco negro de Salmaneser Ill, de Calá (Nimrud), Iraque
O rei Jeú de Israel (ou seu embaixador) curva-se diante de Salmaneser III (841 a.C), rei da Assíria. Obelisco negro de Salmaneser Ill, de Calá (Nimrud), Iraque
Campanha dos assírios contra a Síria e Palestina Os assírios, provenientes da região correspondente hoie ao norte do Iraque, empreenderam diversas campanhas militares contra a Síria e Palestina. O mapa mostra as principais incursões no perí odo
Campanha dos assírios contra a Síria e Palestina Os assírios, provenientes da região correspondente hoie ao norte do Iraque, empreenderam diversas campanhas militares contra a Síria e Palestina. O mapa mostra as principais incursões no perí odo
O exército assírio em campanha militar durante o reinado de Salmaneser III (859-824 a.C.). Relevo dos portões de bronze de Balawat, Iraque.
O exército assírio em campanha militar durante o reinado de Salmaneser III (859-824 a.C.). Relevo dos portões de bronze de Balawat, Iraque.
A Assiria no início da seculo VIll a.C. No começo do século VIll a.C., os governadores de províncias assírias Shamshi-ilu e Nergal-eresh controlavam extensas áreas de terra. Foi nesse período que o profeta Jonas visitou a cidade assíria de Ninive.
A Assiria no início da seculo VIll a.C. No começo do século VIll a.C., os governadores de províncias assírias Shamshi-ilu e Nergal-eresh controlavam extensas áreas de terra. Foi nesse período que o profeta Jonas visitou a cidade assíria de Ninive.

PALESTINA - DISTRITOS GEOPOLÍTICOS

Antes de nos envolvermos numa análise mais aprofundada dos aspectos topográficos naturais da Palestina, é necessário definir e, em poucas palavras, delinear certos termos que as Escrituras usam para designar as várias subdivisões geográficas e/ou geopolíticas da terra. Mas, para isso, será proveitoso introduzir, primeiro, dois vocábulos geográficos modernos que, às vezes, são empregados para designar essa terra: Cisjordânia ("deste lado o lado ocidental do rio Jordão") e Transjordânia ("do outro lado [o lado oriental] do rio Jordão"). Já vimos como, em várias épocas, o rio Jordão serviu de fronteira tanto geográfica quanto política. E, antes de prosseguir, é fundamental entender a natureza temporária dessas subdivisões. As fronteiras de um distrito específico podem ter variado ao longo dos séculos, e não é possível estabelecê-las com precisão em cada período. Esse problema é especialmente agravado quando se tenta determinar as fronteiras de um distrito que existiu durante um longo período da história bíblica, talvez durante mais de um milênio. Além do mais, é necessário levar em conta que uma mesma área geográfica frequentemente tinha nomes diferentes em períodos diferentes.

CISJORDÂNIA
De uma perspectiva geopolítica, pode-se dizer que a Cisiordânia esteve dividida em quatro distritos durante a maior parte da história bíblica. Indo do norte para o sul, essas quatro secções foram: Fenícia, Galileia, Samaria e Judá/Judeia.

FENÍCIA
No Antigo Testamento, a Fenícia é em geral definida como uma área litorânea estreita, que se estendia por cerca de 200 quilômetros, desde o rio el-Kabir até o monte Carmelo, e, no lado oriental, era flanqueada pelas montanhas do Líbano e da Galileia. Na época do Novo Testamento, o monte Carmelo já havia caído nas mãos de monarcas de Tiro,62 de sorte que, para o lado sul, a Fenícia chegava até a planície de Dor. A Fenícia foi o cenário de dois milagres da Bíblia: em Sarepta, Eliseu ressuscitou o filho de uma viúva, o qual havia parado de respirar (1Rs 17:8-24), e, na região de Tiro e Sidom, Jesus curou a filha de uma mulher siro-fenícia (Mc 7:24-30). A Fenícia também recebeu várias das primeiras viagens apostólicas.

GALILEIA
Imediatamente a leste da região sul da Fenícia, ficava o distrito da Galileia, o território mais setentrional que o Israel antigo chegou a ocupar. A área central da Galileia se estendia do rio Litani e da região de Dá, no norte, até o vale de Jezreel, no sul, medindo cerca de 80 quilômetros de norte a sul e uns 40 quilômetros de leste a oeste. Em todas as épocas, o distrito esteve dividido por um estreito vale lateral que acompanhava uma falha geológica que saía de Aco/Ptolemaida, rumava para o leste e chegava até a moderna Rosh Pinna (apenas cerca de 16 quilômetros ao norte do mar da Galileia). Esse vale de Beth Kerem divide a Galileia em duas subdivisões: Alta Galileia e Baixa Galileia.3 A distinção é geográfica e não administrativa. O terreno acidentado e praticamente intransponível da Alta Galileia chega a mais de 1.000 metros de altitude, e parte de sua região central é a mais elevada de toda a Cisiordânia (o iebel Jarmuk fica mais de 1.200 metros acima do nível do mar). Na Baixa Galileia, os cumes ficam abaixo de 600 metros de altura. A maioria das referências à Galileia, inclusive todas as do Novo Testamento, é à Baixa Galileia. Por causa de sua localização no norte, a Galileia talvez fosse mais vulnerável à assimilação cultural e ao domínio militar (Is 9:1; Mt 4:15-16; 2Rs 15:29). Embora a Galileia tenha sido habitada pelas tribos de Naftali, Issacar, Zebulom e talvez parte de Aser durante o período da ocupação, a partir do cativeiro babilônico (1Rs 9:10-14) a sua população gentílica passou a ser majoritária. Por isso, o distrito era suspeito tanto do ponto de vista ideológico (Jo 1:46; cp. 7.41,52) quanto do linguístico (Mt 26:73b). Apesar disso, a Galileia se tornou muito importante, igualmente, para judeus e cristãos. Para os judeus, após a destruição de Jerusalém em 70 d.C., a cidade de Tiberíades se converteu, pouco a pouco, no centro da erudição talmúdica; ali o Sinédrio se reuniu pela última vez e a Mishná foi editada; ali se concentraram as famílias de Ben Asher e Ben Naphtali, da tradição massorética; ali também o venerado Códice Aleppo (a mais antiga e mais completa Bíblia hebraica existente) foi criado e é onde se encontram os túmulos dos sábios judeus Maimônides, rabino Akiva e Johanan ben Zekkai. Para os cristãos, a Galileia foi um centro das atividades de Jesus. Ele passou a infância no pacato vilarejo de Nazaré, baseou seu ministério no importante centro de Cafarnaum e, o que talvez seja o mais interessante, ali realizou a maioria de seus milagres públicos.

SAMARIA
Ao sul da Galileia, fica a terceira subdivisão: Samaria. Anteriormente era conhecida como região montanhosa de Efraim (Is 17:15-19.50; Jz 3:27-4.5; 1Sm 1:1-9.4; 1Rs 4:8-2Rs 5,22) e não deve ser confundida com a região montanhosa de Judá (v. a seguir). Por fim, o distrito de Samaria ganhou esse nome devido à terceira e última capital do Reino do Norte (1Rs 16:24). A região central de Samaria se estendia da borda do vale de Jezreel, rumo ao sul, chegando até as proximidades de uma linha topográfica natural que, saindo de Jericó para o oeste, passava pelo uádi Makkuk e ia até Ofra. A partir dali, a fronteira avancava além de Betel e Bete-Horom Superior, onde começava sua descida até Aijalom (cp. ]s 10.11,12) para, então, terminar na planície Costeira, em frente de Gezer. Assim, a Samaria abrangia uma área aproximada de 65 quilômetros de norte a sul e uns 50 quilômetros de leste a oeste (com base na descrição feita por Josefo, infere-se que a Samaria do Novo Testamento foi ligeiramente reduzida em sua área ao sul) 64 O centro geográfico natural de Samaria era a cidade de Siquém, situada no vale entre o monte Ebal e o monte Gerizim, e adjacente à atual cidade de Nablus. Ali a principal estrada rumo ao norte procedente de Jerusalém (estrada da Serra Central) se conectava com uma estrada secundária (estrada lateral de Efraim), que ligava Samaria tanto ao Mediterrâneo quanto ao rio Jordão. Por isso, não é de surpreender que Siquém tenha testemunhado períodos de ocupação prolongada que remontam a 4000 a.C. Durante boa parte do segundo milênio a.C., Siquém competiu com Jerusalém pela supremacia sobre a Palestina central. Esse local foi o primeiro lugar onde Abraão erigiu um altar e adorou ao Senhor em Canaã (Gn 12:6); onde os ossos de José finalmente encontraram descanso (Is 24:32; cp. Gn 50:25-26: Êx 13.19): onde, pela primeira vez 1srael tentou instituir a monarquia (Iz 9); onde aconteceu a divisão da monarquia unida de Israel (1Rs 12:1-16): onde esteve localizada a primeira capital do reino setentrional de Israel (1Rs 12:25) e onde lesus confrontou uma mulher iunto ao poco (Jo 4:5). Embora ofuscada pela cidade de Samaria durante a maior parte do período da monarquia dividida, a ascendência de Siquém foi reafirmada depois que os assírios deram fim ao Reino do Norte, em 722 a.C. Cativos estrangeiros foram estabelecidos em cidades samaritanas (2Rs 17:24-34). Alguns dos refugiados adotaram vários elementos da fé judaica e, com o tempo, passaram a se considerar judeus (e.g., Ed 4:2). Mas sua tentativa de se tornarem membros da comunidade judaica foi em grande medida repudiada pelos judeus pós-exílicos, o que gerou uma hostilidade religiosa que durou todo o restante do período bíblico (Lc 9:52-53; Jo 4:9-8.48). Assim mesmo, o samaritanismo sobreviveu aos séculos. Um relato medieval localizou em Damasco cerca de 400 samaritanos. Estimativas atuais sobre a população samaritana em Israel vão de 550 a 800 pessoas que, todos os anos, continuam a celebrar a Páscoa no alto do monte Gerizim, o monte sagrado deles (Jo 4:20).

JUDÁ
A quarta principal subdivisão geopolítica da Cisiordânia era Judá, que relatos históricos mais antigos chamavam de região montanhosa de Judá (Js 11:21-15.48; 20.7; 21.11; cp. 2C 21.11; 27.4; Lc 1:65). De acordo com II Reis 23:8, Judá ia de Geba, uma cidade estratégica localizada cerca de 8 quilômetros ao norte de Jerusalém, até tão ao sul quanto Berseba (Zc 14:10). Assim, quando compreendido também no contexto do limite norte de Israel na cidade de Da, isso está de acordo com a fórmula recorrente no Antigo Testamento ("de Da até Berseba"), que denota as fronteiras efetivas da região central de Israel (Jz 20:1-1Sm 3.20 2Sm 3:10-17.11; 24.2,15; 1Rs 4:25). Ainda é possível delinear especificamente a região central de Judá a partir de seu eixo lateral, indo para o leste até a descida abrupta para o deserto de Judá (Jesimom [Nm 21:20; cp. 1Sm 26:1 - Haquila, em frente de Jesimom]) e para o oeste até a descida íngreme e rochosa que termina num valado estreito que a separa da Sefelá (v. a seguir). A região central de ludá media não mais de 80 quilômetros de norte a sul e apenas uns 30 quilômetros de leste a oeste. Só raramente Judá atraiu o interesse dos construtores de impérios, pois era um território bem pequeno, em grande parte constituído de amplas áreas de terra incultivável, que ficava bastante isolado das rotas internacionais e nunca experimentou prosperidade material independente. Um estudioso descreveu Judá como uma terra isolada que promovia um estilo de vida pastoril e era o ambiente para fortalezas, altares e vilarejos.

IDUMEIA
Além das quatro principais entidades geopolíticas da Cisjordânia, a província da Idumeia desempenhou um papel secundário na política do período pós-exílico e do Novo Testamento. Idumeia é o nome grego aplicado especificamente a refugiados edomitas que fugiram para o noroeste para evitar a crescente pressão feita por seus vizinhos nabateus. Embora oscilasse bastante, ora separado da Judeia, ora a ela reanexado, o território idumeu chegou a cobrir a região que vai de Bete-Zur, perto de Hebrom, até Berseba, sua extremidade sul, e do mar Morto até os limites da planície da Filístia. Por fim, governantes macabeus subjugaram a Idumeia. Um deles (Alexandre laneu) nomeou Antipatro, um chefe local, para governar a região. É irônico que Herodes, o Grande, no devido tempo descendesse de Antípatro. Na condição de "rei dos judeus" (Mt 2:1), Herodes não se dispôs muito a descentralizar sua autoridade.

TRANSJORDÂNIA
A Transjordânia do Antigo Testamento é constituída de cinco entidades geopolíticas. Do norte para o sul, elas são. Basa, Gileade, Mishor, Moabe e Edom. O termo "Transjordânia" define especificamente a área que vai do monte Hermom até o golfo de Ácaba (cerca de 400 quilômetros de distância) e do vale do Jordão até as margens do deserto Oriental (entre 50 e 130 quilômetros). A natureza geopolítica dessa região é, na realidade, muito mais complicada do que a da vizinha Cisjordánia. Tentar, numa única análise, tratar da Transiordânia tanto do Antigo quanto do Novo Testamento é possível apenas em parte e, com certeza, trata-se de uma tarefa suscetível a imprecisão. Mas também aqui o propósito básico é fornecer a localização aproximada de entidades geopolíticas mencionadas nas Escrituras.

BASÃ
Basà significa "terra frutífera/plana" (Js 9:10-1Rs 4.13; 2Rs 10:33) e é o nome do território que as forças de Israel tomaram do controle de Ogue (Nm 21:33-35). Incluía 60 cidades muradas (Dt 3:4-5) e foi designado para Manassés Oriental (Dt 3:13). Do norte para o sul, Basa se estendia por aproximadamente 55 quilômetros, do monte Hermom (Js 12:45) até o rio Yarmuk,67 e, para o leste, chegava até Quente (Nm 32:42) e Salca (Dt 3:10), cidades situadas no monte Haura. Na época do Novo Testamento, a região ao norte do Yarmuk consistia basicamente nas províncias que formavam a tetrarquia de Herodes Filipe, filho de Herodes, o Grande.

GILEADE
A segunda entidade básica da Transjordânia é Gileade. Embora pareça que a Bíblia às vezes empregue essa palavra num sentido genérico, referindo-se a toda a Transiordânia ocupada (Dt 34:1-4; Js 22:9), a entidade geopolítica Gileade designa especificamente o domo elevado, montanhoso e ovalado que, do ponto de vista topográfico, é uma extensão oriental da elevação de Samaria (Jz 10:4-1Sm 13 7:25m 2.9; 2Rs 10:33). Esse domo começa a se elevar a apenas uns poucos quilômetros ao sul do Yarmuk e se estende na direção sul, chegando aproximadamente até o uádi Husban. que deságua no Jordão em frente a Jericó.
Longitudinalmente, o domo de Gileade era dividido por um desfiladeiro profundo, escavado pelo rio Jaboque, que separou Gileade em duas metades (cp. Js 12:5-13.31, a metade norte; Dt 3:12; Is 12:2, a metade sul). Na fronteira oriental, é possível delimitar Gileade apenas negativamente: não incluía a terra de Amom (Nm 21:23-24; Jz 11:13; cp. 1Sm 11:1-4), de modo que, em seu quadrante sudeste, não alcançava o deserto Oriental.
Em contraste com o significado do nome de seus vizinhos ao norte (Basa significa "terra plana") e ao sul (Mishor significa "planalto/chapada*), o provável significado do nome Gileade (terra acidentada") pode ajudar a esclarecer suas fronteiras.
Assim delineada, a região montanhosa de Gileade (Gn 31:21-23,25; Dt 3:12) cobria uma área de aproximadamente 55 quilômetros de norte a sul e não mais de uns 50 quilômetros de leste a oeste. Quase todo o norte de Gileade se tornou parte da herança de Manassés Oriental, ao passo que o sul foi entregue à tribo de Gade . A totalidade do domo foi de fato colonizada por Israel, provavelmente porque a altitude elevada permitia chover o suficiente para criar condições para um pouco de florestamento, agricultura e criação de animais (2Sm 18:6; Nm 32:1-4, 16,26; Js 22:8). Embora não saibamos sua exata natureza, o "bálsamo de Gileade", que tinha propriedades medicinais, era muito valorizado na Antiguidade (Jr 8:22-46.11; cp. Gn 37:25). Muitas cidades gregas que haviam sido estabelecidas durante o período alexandrino formaram um núcleo transjordaniano de oposição (em grande parte malsucedida) à independência judaica obtida pelos asmoneus. Mas, quando as legiões de Pompeu deram fim ao domínio asmoneu, muitas daquelas cidades foram devolvidas a seus compatriotas helênicos. Em alguns casos, certas cidades consideraram necessário constituir ligas para proteção mútua contra os vizinhos não gregos, assim como também estavam unidas em termos econômicos e sociais. Uma dessas confederações, conhecida como Decápolis ("dez cidades"), era constituída de localidades situadas principalmente ao longo das estradas comerciais do centro e do norte da Transiordânia.
Esse grupo é mencionado tanto na Bíblia (Mt 4:25: Mc 5:20-7.
31) quanto em fontes clássicas. No período do Novo Testamento, as cidades provavelmente incluíam, do norte para o sul, Damasco, Rafana, Canata, Hipos, Gadara, Citópolis, Pela, Diom, Gerasa e Filadélfia? Embora o propósito de uma confederação helenística assim tão pouco estruturada se choque com qualquer tentativa de definir fronteiras geográficas claras, é possível concluir que a região central da Decápolis se estendia transversalmente à região montanhosa de Gileade.

MISHOR
Ao sul da Gileade do Antigo Testamento, ficava o Mishor ("planalto", p. ex., Dt 3:10-4.43; Js 20:8), que se estendia por cerca de 40 quilômetros, desde Hesbom (Is 13:10) e Medeba (Is 13:16), no norte, até as cidades de Aroer (Is 13:9) e Dibom (Jr 48:22), situadas no sul, logo ao norte do cânion do Arnom e perto da Estrada Real. Outras cidades localizadas no Mishor eram Nebo (Ir 48.22). Sitim (onde os israelitas tiveram relações sexuais ilícitas com mulheres moabitas INm 25:1s.|).
Bete-Peor (perto de onde Moisés foi sepultado [Is 13:20; Dt 34:6] e onde Balaão pronunciou suas bêncãos desfavoráveis [Nm 22:41-23.13,141) e Bezer, uma das cidades israelitas de refúgio (Dt 4:43). O Mishor se tornou a heranca da tribo de Rúben. No entanto, como do ponto de vista geográfico o Mishor ficava a meio caminho entre a região central de Israel e a região central de Moabe, a luta para controlá-lo teve início ainda no período dos juízes (Jz 3:12-30, implícito). prosseguindo na época da monarquia unida (1Sm 14:47;25m 8.2,12) e chegando até os dias de Acabe e do rei moabita Messa. Mas, no pensamento dos profetas, o controle israelita da região do Mishor havia sido cedido aos mobitas (Is 15:1-9; 16.8,9; Jr 48:1-5,21-25,34-36,45-47; Ez 25:8-11). E provável que esse vaivém político ajude a explicar por que, apesar de descenderem do primogênito de Jacó (Gn 29:32-49.3,4), os rubenitas aparentemente foram incapazes de desempenhar um papel importante na história posterior de Israel.

MOABE/PEREIA
O planalto mais elevado que, partindo do Arnom, estendia-se para o sul, chegando até o ribeiro de Zerede, era a região mais importante e central do território moabita, tendo como capital a cidade de Quir-Haresete (2Rs 3:25; Is 16:7; cp. Nm 22:36; Is 15:1 ['Quir de Moabe", que é a forma encontrada na ARA, significa "cidade de Moabe"|). Durante o período do Novo Testamento, o distrito da Pereia? ocupava a região ocidental daquilo que havia sido o Mishor e Moabe. O historiador Josefo escreveu que, no norte, o distrito de Pereia chegava até a cidade de Pela e, no sul, até Maqueronte (uma cidade-fortaleza de onde se avistava o mar Morto e onde Herodes Antipas decapitou João Batista). Além disso, Josefo relata que Pereia começava no rio Jordão e ia para o leste, chegando até Filadélfia, e informa que a capital da Pereia era Gadara (T. Gadur, que não se deve confundir com a Gadara da Decápolis [Umm Qeis]) 73 Causam perplexidade as fronteiras norte e leste informadas por Josefo, pois tanto Pela quanto Filadélfia faziam parte da região da Decápolis. Talvez sua descrição signifique que as fronteiras das cidades-estados de Pela e Filadélfia encostavam na Pereia. De qualquer maneira, os geógrafos bíblicos justificadamente seguem critérios arqueológicos e topográficos, estabelecendo a fronteira oriental basicamente numa linha norte-sul que começa no norte, nas vizinhanças do jebel Munif, no alto Arnom. Parece que, dali, a fronteira norte acompanhou os contornos a jusante do uádi Yabis até sua foz no rio Jordão, em frente a Enom.

EDOM
O último distrito transiordaniano a ser listado é Edom, às vezes conhecido como Seir (Gn 32:3; Nm 24:18: Jz. 5.4; Is 21:11) ou monte Seir (Gn 14:6; Dt 1:2-2.5). Edom designa a terra e o reino situados no alto da estreita e longa cadeia de montanhas imponentes que, partindo do ribeiro de Zerede, dirige-se para o sul, quase até o golfo de Ácaba. No entanto, as terras centrais de Edom, saindo do ribeiro de Zerede, estendiam-se para o sul por cerca de 110 quilômetros até um planalto de onde se avista o uádi Hasma, parte de uma enorme dissecação no solo recoberta de areia, a qual se estendia na direção sudeste e era a porta de entrada para o sul da Arábia. A maioria dos cumes de Edom ultrapassa os 1:200 metros acima do nível do mar e, em mais da metade de sua extensão longitudinal, o terreno elevado fica acima dos 1:500 metros. E esse cenário assustador ficava claramente limitado, a oeste, pela Arabá e, a leste, pelas planícies do deserto Oriental. O resultado é que Edom propriamente dito media apenas 16 a 24 quilômetros num eixo leste-oeste, tendo, ao longo da serra altaneira, uma série de fortalezas e cidades que basicamente acompanhavam a Estrada Real. A combinação de fortificações tanto naturais quanto feitas pelo homem tornava Edom uma barreira intransponível para tráfego lateral. Cerca de 40 quilômetros ao sul de Zerede, uma falha geológica criou um cánion que, partindo da A rabá, abre-se em leque para o leste por mais ou menos 14 quilômetros. No fim desse uádi notável, ficava a antiga Punom, um centro importante de mineração de cobre e onde, de acordo com a Biblia (Nm 33:42), os israelitas acamparam durante a viagem de Cades-Barneia para as planícies de Moabe. Moisés solicitou ao rei de Edom permissão para que Israel atravessasse o território edomita para chegar à Estrada Real (Nm 20:14-21). Mas o rei rejeitou o pedido, o que exigiu que o grupo israelita vigiasse cerca de 160 quilômetros a mais por terreno árido e num calor escaldante, apenas para desviar de Edom (Dt2.1-8).
Sem dúvida, essa derrota psicológica foi relacionada com o incidente das "serpentes ardentes" (Nm 21:4-9; 33:42-49), em que Moisés foi forçado a erguer uma serpente de cobre nesse deserto. Com base no contexto geográfico, é possível entender por que a recusa do rei edomita não foi desafiada, apesar de ser improvável que os edomitas fossem numericamente superiores aos israelitas. Os penhascos imensos e as gargantas íngremes de Edom, mesmo nas encostas menos escarpadas do desfiladeiro de Punom, eram um alvo inacessível que, por capricho edomita, continuaria em esplêndido isolamento (Ob3). Situado junto às montanhas edomitas ocidentais e cerca de 32 quilômetros ao sul de Punom, há um cânion que se parece com uma cratera e contém as impressionantes ruínas de Petra, a fabulosa capital do Reino Nabateu, mais tarde ocupada pelos romanos.? Embora não se saiba quais foram seus ancestrais, os nabateus vieram a ocupar Edom no terceiro século a.C. e, já no primeiro século a.C., sua influência era sentida desde Damasco até Gaza e também até o interior da Arábia. Boa parte de seu poder era resultado do controle que exerciam sobre parte de uma lucrativa rede comercial que, àquela época, estendia-se do interior da atual Arábia Saudita até o Mediterrâneo Ocidental Chegava-se a Petra através de um estreito corredor de cerca de 1.600 metros, flanqueado em ambos os lados por elevados penhascos perpendiculares que, em alguns lugares, quase se tocavam. A bacia onde se situava a cidade propriamente dita era cercada de desfiladeiros de arenito, nos quais foram escavados estruturas e túmulos daquilo que, na Antiguidade, foi uma cidade de grande riqueza.
Por cerca de 65 quilômetros para o sul a partir da região central de Edom, descendo do uádi Hasma para o uádi Yutm, próximo ao golfo de Ácaba, fica uma cadeia bem estreita de intransitáveis montanhas de granito. Essas montanhas de Midia elevam-se a alturas que chegam perto de 1.750 metros acima do nível do mar. Nessa região, vestígios arqueológicos revelam uma cultura totalmente distinta de sua contraparte palestina e que é, às vezes, descrita como midianita. É nesta "cultura midianita que alguns estudiosos acreditam que Moisés talvez tenha se refugiado quando fugiu do faraó e ali serviu a seu sogro, um sacerdote de Midia (Ex 2:15-17:3.1).

Distritos do Antigo Testamento
Distritos do Antigo Testamento
Distritos do Novo Testamento
Distritos do Novo Testamento

OS VIZINHOS DE ISRAEL E JUDÁ

O LEGADO DE DAVI E SALOMÃO
Durante o reinado de Davi, Israel conquistou vários povos vizinhos, mas não todos. Ao norte, Hirão de Tiro e outros reis fenícios governavam uma faixa ao longo da costa do Mediterrâneo correspondente de forma aproximada a atual Líbano. Mais ao sul, também junto ao Mediterrâneo, os filisteus mantiveram sua independência. Do lado leste do rio Jordão e a leste e sul do mar Morto, Davi conquistou Amom, Moabe e Edom. Depois de derrotar Hadadezer de Zobá, Davi parece ter conseguido controlar parte da Síria até o rio Eufrates. Nos anos depois da morte de Salomão, essas regiões readquiriram sua independência.

AMOM
O centro do reino de Amom era a grande cidadela de Rabá- Amom (atual Amã, capital da Jordânia). Os amonitas eram descendentes de Ben-Ami, filho de Ló (sobrinho de Abraão) (com sua filha mais nova) A região a oeste que se estendia até o vale do Jordão entre os ribeiros Jaboque e Arnom era ocupada pelos amorreus.

MOABE
O reino de Moabe se concentrava no planalto entre o ribeiro de Arnom, que corria por um vale de até 500 m de profundidade, e o ribeiro de Zerede, a leste do mar Morto. Sua cidade mais importante era Quir-Haresete, a magnífica fortaleza de Kerak. A região ao norte do rio Arnom era chamada de Misor, ou campinas de Moabe. Os moabitas eram descendentes de Ló com sua filha mais vela. Rute, a bisavó de Davi, era moabita. Moabe era uma região conhecida pela criação de ovinos e, por algum tempo, teve de pagar a Israel um tributo anual de cem mil cordeiros e a lã de cem mil carneiros.

EDOM
Os edomitas eram descendentes de Esaú, o irmão mais velho de Jacó. Ocupavam o território ao sul do mar Morto e a sudeste do ribeiro de Zerede. Essa região montanhosa também era chamada de monte Seir, que significa "peludo", pois era coberta de uma vegetação densa constituída, em sua maior parte, de arbustos. Abrangia a Arabá, ou deserto de Edom, a grande depressão que liga o mar Morto ao mar Vermelho. Sua capital, Sela, pode ser identificada com Petra, a cidade que viria a ser conhecida como a espetacular capital rosada dos árabes nabateus.

A REGIÃO AO SUL DO MAR MORTO
Ao sul de uma linha imaginária entre Gaza e Berseba, estendendo-se para o leste até o sul do mar Morto, fica o deserto de Zim. Essa área extensa que constitui a parte norte do deserto do Sinai apresenta um índice pluviométrico anual inferior a 200 mm e, portanto, não pode ser usada para a agricultura. Judá procurou exercer controle sobre Edom e essa região. Os portos de Eziom-Geber (possivelmente Tell el-Kheleifeh) e Elate no norte do golfo de Ácaba permitiam que Judá tivesse acesso ao mar Vermelho e seu comércio valioso.

OS FILISTEUS
Quatro cidades filistéias, Ecrom, Asdode, Asquelom e Gaza, permaneceram independentes do controle de Israel e Judá. Apenas Gate foi controlada pelo reino de Judá.

O LÍBANO
Os montes da região norte da Galileia são separados das cadeias de montanhas do Líbano ao norte pelo vale profundo do rio Litani que desemboca no Mediterrâneo alguns quilômetros ao norte de Tiro. As montanhas de até 3.088 m de altura que passam cerca da metade do ano cobertas de neve explicam o nome "Líbano", que significa "branco". As coníferas e cedros do Líbano forneciam a madeira de melhor qualidade do Antigo Oriente Próximo, cobiçadas por reis da Mesopotâmia e do Egito, e também por Salomão, que adquiriu dessa região a madeira para o templo do Senhor em Jerusalém. A leste da cadeia de montanhas do Líbano encontra-se o vale de Becá. As montanhas formam uma barreira natural, impedindo que as chuvas cheguem ao vale onde o índice pluviométrico anual não passa de 250 mm. Os rios Orontes e Litani correm, respectivamente, ao longo do norte e do sul do vale para o mar Mediterrâneo. A leste de Becá fica a cadeia de montanhas do Antilíbano, cujo pico mais alto é o do monte Hermom (também chamado de Sirion ou Senir) com 2.814 m de altura. A costa mediterrânea do Libano possui

DO OUTRO LADO DO MAR
Os fenícios da costa do Líbano eram exímios marinheiros. Salomão contratou marujos de Hirão, rei de Tiro, para seus empreendimentos comerciais no mar Vermelho. Os israelitas, por sua vez, eram um povo ligado à terra que mostrava pouco entusiasmo pelo mar, como o salmista deixa claro: "Subiram até aos céus, desceram até aos abismos; no meio destas angústias, desfalecia-lhes a alma. Andaram, e cambalearam como ébrios, e perderam todo tino. Então, na sua angústia, clamaram ao Senhor, e ele os livrou das suas tribulações" (SI 107:26-28).

A SÍRIA
A leste da cadeia do Antilíbano fica o país chamado hoje de Síria. Este foi o nome que os romanos deram à região, que incluía a Palestina, quando Pompeu a conquistou em 63 .C. e a transformou numa província romana. No tempo do Antigo Testamento, a região ao redor de Damasco e mais ao norte era chamada de Hara. Davi firmou alianças com os reis arameus de Gesur (a leste do mar da Galileia) e Hamate. Conquistou Zoba (ao norte de Damasco), estendendo seu domínio até o rio Eufrates. Damasco recobrou sua independência durante o reinado de Salomão quando um certo Rezom passou a controlar a região. Ben-Hadade II, Hazael e Ben-Hadade IlI, reis posteriores de Damasco, entraram em conflito repetidamente com Israel, o reino do norte.

A LESTE DO JORDÃO
Basã e Gileade, a leste do rio Jordão, faziam parte da terra prometida, e, portanto, não eram vizinhos de Israel. Entretanto, a fim de fornecer uma descrição mais abrangente, devemos tratar dessas terras do outro lado do rio. Nessa região, os ventos frios do deserto que, no inverno, sopram sobre os montes orientais impedem o cultivo de oliveiras e, em alguns lugares, também de vinhas.

Vizinhos de Israel e Judá
Muitas nações vizinhas de Israel e Judá haviam. em algum momento, feito parte do reino de Davi.
Cidade de Petra, na Jordânia, escavada na rocha; talvez identificável com a cidade de Sela no Antigo Testamento. Aqui, uma vista do templo ou tumba nabatéia de el-Khazne.
Cedros nas montanhas do Líbano.

Vizinhos de Israel e Judá Muitas nações vizinhas de Israel e Judá haviam em algum momento, feito parte do reino de Davi.
Vizinhos de Israel e Judá Muitas nações vizinhas de Israel e Judá haviam em algum momento, feito parte do reino de Davi.
Cidade de Petra, na Jordânia, escavada na rocha; talvez identificável com a cidade de Sela no Antigo Testamento. Aqui, uma vista do templo ou tumba nabatéia de el-Khazne.
Cidade de Petra, na Jordânia, escavada na rocha; talvez identificável com a cidade de Sela no Antigo Testamento. Aqui, uma vista do templo ou tumba nabatéia de el-Khazne.
Cedros nas montanhas do Líbano.
Cedros nas montanhas do Líbano.

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Gênesis e as viagens dos patriarcas

Informações no mapa

Carquemis

Alepo

Ebla

Hamate

Tadmor (Palmira)

Hobá

Sídon

Damasco

GRANDE MAR

Tiro

Asterote-Carnaim

Megido

Dotã

Siquém

Sucote

Penuel

Betel

Gileade

Belém

CANAÃ

Gaza

Hebrom

MOABE

Torrente do Egito

Gerar

Berseba

Poço de Reobote

Bozra

Sur

Poço de Beer-Laai-Roi

Gósen

Ramessés

Om

Mênfis

EGITO

Rio Nilo

Cades, En-Mispate

Deserto de Parã

EDOM, SEIR

Temã

Avite

El-Parã (Elate)

Harã

PADÃ-ARÃ

Rio Eufrates

Mari

ASSÍRIA

Nínive

Calá

Assur

Rio Hídequel (Tigre)

MESOPOTÂMIA

ELÃO

Babel (Babilônia)

SINEAR (BABILÔNIA)

CALDEIA

Ereque

Ur

Siquém

Sucote

Maanaim

Penuel, Peniel

Vale do Jaboque

Rio Jordão

Betel, Luz

Ai

Mte. Moriá

Salém (Jerusalém)

Belém, Efrate

Timná

Aczibe

Manre

Hebrom, Quiriate-Arba

Caverna de Macpela

Mar Salgado

Planície de Savé-Quiriataim

Berseba

Vale de Sidim

Neguebe

Zoar, Bela

?Sodoma

?Gomorra

?Admá

?Zeboim


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

BASÃ

Atualmente: SÍRIA
Leste do Mar da Galiléia. Nesta região localizaram-se as províncias de Auranites, Traconites, Gaulonites e Ituréia.

Basã ("Planície fértil, sem Pedras") é um lugar bíblico mencionado primeiramente em Gênesis 14:5, onde é dito que Quedorlaomer e seus aliados "feriram aos Refains em Asterote-Carnaim", onde Ogue, o rei de Basã, residia. No momento da entrada de Israel na Terra Prometida, Ogue saiu contra eles, porém foi completamente derrotado (Números 21:33-35; Deuteronômio 3:1-7). Esta região estendeu-se de Gileade no sul até Hermom ao norte, e do rio Jordão ao oeste à Salcá ao leste. Junto com a metade de Gileade ela foi dada à meia tribo de Manassés (Josué 13:29-31). Golã, uma de suas cidades, tornou-se uma cidade de refúgio (Josué 21:27).

Argobe, em Basã, foi um dos distritos comissariados de Salomão (I Reis 4:13). As cidades de Basã foram tomadas por Hazael (II Reis 10:32-33), porém pouco tempo depois foram reconquistadas por Jeoás (II Reis 13:25), que superou os sírios em três batalhas, de acordo com a profecia de Eliseu(19). A partir desta época Basã quase desapareceu da história, apesar de lermos sobre os gados selvagens de seus ricos pastos (Ezequiel 39:18; Salmos 22:12), dos carvalhos de suas florestas (Isaías 2:13; Ezequiel 27:6; Zacarias 11:2) e a beleza de suas extensas planícies (Amós 4:1; Jeremias 50:19). Logo após a conquista, o nome "Gileade" foi dado ao país inteiro além do Jordão. Após o Exílio, Basã foi dividia em quatro distritos:

Mapa Bíblico de BASÃ


GALAAD

Atualmente: JORDÂNIA
Território israelita a leste do Rio Jordão. Região de altitudes elevadas. Lugar de origem dos Juizes Jair e Jefté e do profeta Elias. Foi em Galaad que o povo de ISRAEL se reuniu antes de cruzar o rio Jordão em direção a Jericó. Mais tarde, as tribos de Rúben e de Gad se estabeleceram ali.
Mapa Bíblico de GALAAD


GILEADE

Atualmente: JORDÂNIA
Região que se estende por cerca de 112 km paralela ao Jordão entre os rios Hieromax ao norte e Arnom ao sul.

Na Bíblia, "Gileade" significa o "monte de testemunho" ou "monte de testemunha", (Gênesis 31:21), uma região montanhosa a leste do rio Jordão, situado no Reino da Jordânia. Também é referido pelo nome aramaico Jegar-Saaduta, que carrega o mesmo significado que o hebraico (Gênesis 31:47). Devido a sua característica montanhosa é chamada de "o monte de Gileade" (Gênesis 31:25). É também chamada de "a terra de Gileade" (Números 32:1), e às vezes simplesmente de "Gileade" (Salmos 60:7, Gênesis 37:25). Como um todo, incluiu os territórios da tribo de Gade, Rúben e a metade oriental de Manassés (Deuteronômio 3:13; Números 32:40). Foi delimitada a norte por Basã e ao sul por Moabe e Amom (Gênesis 31:21; Deuteronômio 3:12-17). Na Bíblia, Gileade é citada no Livro de Jeremias como uma cidade que comercializava ervas medicinais.

Mapa Bíblico de GILEADE


SARON

Atualmente: ISRAEL
Planície ao sul do Monte Carmelo
Mapa Bíblico de SARON



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de I Crônicas Capítulo 5 do versículo 1 até o 26
  1. Rúben (1Cron 5:1-10)

A razão da posição de Rúben aqui é o fato de que, embora fosse o primogênito, foi deserdado a favor dos filhos de José (Gn 35:22-49.3,4). No entanto, foi Judá que recebeu o primeiro lugar e através de quem a linhagem messiânica foi traçada. Os filhos de José são levados em conta depois de Rúben, embora a razão para esta ordem esteja aberta a discussões (cf. Gn 29:32-35.22ss; 48.15,22). No versículo 3, a lista dos filhos de Rúben não é a mesma encontrada em Gênesis 46:9; Êxodo 6:14 e Números 26:5, nem podemos encontrar uma explicação ou conexão com o Joel do versículo 4. Existe uma variação na grafia de Tiglate-Pileser (6), que também é mencionado em II Reis 15:29-16.7. A ex-pansão na direção leste para o Eufrates (9) indica o desejo por pastagens, assim como a pressão de Moabe para o sul. A guerra aqui descrita pode ser a mesma de 18-22. Os hagarenos (10) indicariam um relacionamento com os descendentes de Agar através de Ismael (Gn 25:12-18). A banda oriental de Gileade ainda estaria a oeste do Jordão.

  1. Gade (5:11-17)

Os detalhes encontrados em Números 26:15-18 são omitidos. Os arrabaldes de Sarom (16) é melhor traduzido como "as terras de pastagens de Sarom". Jeroboão, no versículo 17, teria que ser Jeroboão II (cf. 2 Rs 14.16,28; 15.5,32).

  1. Uma Afirmação Histórica (5:18-22)

Esta batalha registrada, que contou com a cooperação de Rúben, Gade e meia-tribo de Manassés é provavelmente a mesma que é mencionada no versículo 10. Em Números 32:33 se indica que a meia tribo de Manassés estava assentada a leste do rio Jordão; daí as freqüentes referências ao seu nome.

Os nomes no versículo 19, Jetur, Nafis e Nodabe (Quedemá) aparecem em 1Cron 1.31 e em Gênesis 25:15, como descendentes de Ismael. A relação entre a confiança em Deus e a resposta às orações está bem exposta: porque clamaram a Deus na peleja, e lhes deu ouvidos, porquanto confiaram nele (20). A quantidade de gado (21) é grande, mas certamente possível. Por habitaram em seu lugar (22) leia-se "habitaram no lu-gar deles". O exílio mencionado é o cativeiro sob os assírios governados por Tiglate-Pileser (6). Estas tribos ocidentais sempre eram as primeiras a serem aprisionadas pelos inimi-gos que vinham do norte e do leste.

É possível que nem Reis e Samuel, nem Crônicas contenham uma história completa das tribos'. Estas informações, portanto, são tão interessantes quanto importantes, por ser um detalhe não registrado em outra parte.

  1. Manassés (5:23-26)

Esta meia tribo de Manassés (23) não é conhecida por sua piedade e devoção ao Deus de Israel. Existem mais informações em 1Cron 7:14-19. Em II Crônicas, a batalha com os assírios não é descrita com detalhes, mas é a mesma de II Reis 15:29-17.6,7; e 18.11.

No versículo 26, Pul e Tiglate-Pileser são nomes diferentes para o mesmo rei da Assíria. Até ao dia de hoje se refere à época em que viveu o escritor.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de I Crônicas Capítulo 5 do versículo 1 até o 26
*

5.1-26

Aqui são consideradas as tribos que se instalaram a leste do rio Jordão. Essa narrativa está dividida em quatro seções: Rúben (vs. 1-10); Gade (vs. 11-17); uma breve narrativa (vs. 18-22) e a meia-tribo de Manassés (vs. 23-26). A esperança era que essas tribos seriam incluídas na nação, depois do retorno dos exilados da Babilônia (2.42 nota).

* 5:1

pois era o primogênito. O escritor sagrado explica aqui por que Rúben, o primogênito de Jacó, recebe tão pouca proeminência entre as tribos. Ele contaminou o leito de seu pai (Gn 35:22; 49:4), e perdeu seu direito à primogenitura e à dupla porção da herança (Dt 21:15-17). Em lugar de Rúben, José recebeu dupla porção através de seus filhos, Efraim e Manassés, que foram tratados como tribos distintas (Gn 48:1-22).

* 5:2

dele veio o príncipe. O príncipe aqui mencionado é Davi, e, por implicação, Zorobabel, seu descendente (2Sm 5:2; 6:21; 13 11:2'>1Cr 11:2 e 17.7).

* 5:6

Tiglate-Pileser. Um rei da Assíria (745-727 a.C.), também conhecido como Pul (v. 26). Ele invadiu Israel (2Rs 15:29) e requereu de Acaz o pagamento de tributo (2Cr 28:21, nota). Ver as introduções aos livros de Amós 1saías, Oséias e Miquéias.

* 5:8

Aroer... Baal-Meom. Essa informação geográfica está fundamentada em Nm 32:37,38 e 13 15:6-13.23'>Js 13:15-23.

* 5.18-22

Dos filhos de Rúben, dos gaditas e da meia tribo de Manassés. Essa breve narrativa diz respeito a todas as três tribos da parte leste do rio Jordão (conforme 4.9,10). A história ilustra a importância da oração e da dependência a Deus em batalha, um tema que aparece com freqüência nesta história (2Cr 6:34, nota).

* 5:21

cem mil. Os israelitas sobrepujaram um exército muito mais numeroso que o deles próprios (v. 18; 19.7, e nota).

* 5:22

até ao exílio. Essa observação refere-se à deportação das tribos que habitavam a região leste do rio Jordão, pelos assírios, em 734 a.C. (vs. 6, 26).

* 5.23-26

As tribos a leste do rio Jordão sofreram exílio por causa da infidelidade da meia-tribo de Manassés que trouxe o castigo divino. Esses acontecimentos fazem contraste com a narrativa anterior de oração e bênção (vs. 18-22; conforme 4.9,10).

* 5:25

se prostituíram. Ver nota em 2Cr 21:11.

* 5:26

até ao dia de hoje. Ver nota em 4.41.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de I Crônicas Capítulo 5 do versículo 1 até o 26
5:1 O pecado de incesto do Rubén foi registrado para que todas as futuras gerações o lessem. O propósito deste epitáfio, entretanto, não foi difamar o nome do Rubén, a não ser mostrar que as lembranças dolorosas não são os únicos resultados do pecado. As verdadeiras conseqüências do pecado são vistas arruinadas. Como filho maior, Rubén era o herdeiro legítimo tanto de uma dobro porção da fortuna de seu pai como da liderança dos descendentes do Abraão, que já eram uma grande tribo. Mas seu pecado o despojou de seus direitos e privilégios e arruinou a sua família. antes de render-se ante a tentação jogue uma olhada cuidadosa às conseqüências desastrosas que o pecado pode ter em sua vida e na de outros.

5:2 Este príncipe da tribo do Judá se refere tanto ao Davi como a sua linha real, e ao Jesus o Messías, o maior dos descendentes do Davi.

5.18-22 Os exércitos do Rubén, Gad e Manasés tiveram êxito na batalha porque confiaram em Deus. Apesar de que como soldados tinham o instinto e as habilidades necessárias, oraram e procuraram a direção de Deus. As habilidades naturais e desenvolvidas que Deus nos dá, devem ser usadas para O, mas nunca devem substituir nossa dependência de Deus. Quando confiamos em nossa própria inteligência, habilidade e força em vez de confiar em Deus, abrimos a porta ao orgulho. Quando se encontrar ante situações difíceis, procure o propósito de Deus e peça sua direção e fortaleza. O Sl 20:7 diz: "Estes confiam em carros, e aqueles em cavalos; mas nós do nome do Jeová nosso Deus teremos memória".

5:22 O cativeiro mencionado aqui se refere ao exílio das dez tribos do norte (Israel) a Assíria em 722 a.C. Estas tribos nunca retornaram a sua terra natal. Esta história se encontra em 2 Rseis 15:29-17.41.

5.24, 25 Como guerreiros e líderes, estes homens tinham estabelecido reputações excelentes de sua grande habilidade e suas qualidades de liderança. Mas ante os olhos de Deus fracassaram na qualidade mais importante: ser fiéis a Deus. Se você tratar de medir-se com os modelos da sociedade para a fama e o êxito, estará descuidando seu verdadeiro propósito: agradar e obedecer a Deus. Em última instância, unicamente O examina nossos corações e determina nossa posição final.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de I Crônicas Capítulo 5 do versículo 1 até o 26
C. genealogias das tribos TRANS-Jordânia (5: 1-26)

1 E os filhos de Rúben, o primogênito de Israel (pois ele era o primogênito; mas, porquanto profanara a cama de seu pai, o seu direito de primogenitura foi dado aos filhos de José, filho de Israel, ea genealogia não é ser . contada segundo a primogenitura2 pois Judá prevaleceu sobre seus irmãos, e dele proveio o príncipe; porém a primogenitura foi de José), 3 os filhos de Rúben, o primogênito de Israel: Enoque e Palu, Hezrom e Carmi. 4 Os filhos de Joel: Semaías, seu filho, Gog seu filho, Simei, 5 Micah seu filho, Recaías seu filho, Baal, seu filho, 6 Beera, seu filho, o qual Tiglate-Pilneser rei da Assíria, levou cativo; ele foi príncipe de o Rúben. 7 E seus irmãos, pelas suas famílias, quando a genealogia das suas gerações foi contado: o chefe, Jeiel, Zacarias, 8 e Bela, filho de Azaz, filho de Sema, filho de Joel, que habitou em Aroer até Nebo e Baal-meon: 9 . e ao oriente habitou até a entrada do deserto, desde o rio Eufrates, porque seu gado se tinha multiplicado na terra de Gileade 10 E nos dias de Saul fizeram guerra com o hagarenos, que caíram pela sua mão; e eles habitaram nas suas tendas em toda a terra a leste de Gileade.

11 E os filhos de Gade habitaram defronte deles, na terra de Basã, até Salca: 12 Joel, o chefe, e Safã o segundo, e Janai e Safate em Basã. 13 e seus irmãos, as suas casas paternas: Micael, Mesulão, Sebá, e Jorai e Jacan, e Zia, e Eber, sete. 14 Estes foram os filhos de Abiail, filho de Huri, filho de Jaroá, filho de Gileade, filho de Michael, o filho de Jesisai, filho de Jado, filho de Buz; 15 Ahi, filho de Abdiel, filho de Guni, chefe das casas de seus pais. 16 E habitaram em Gileade, em Basã, e nas suas aldeias, e em todos os arrabaldes de Sharon, tanto quanto suas fronteiras. 17 Todos estes foram contados pelas suas genealogias, nos dias de Jotão, rei de Judá, e nos dias de Jeroboão, rei de Israel.

18 Os filhos de Rúben e de Gade, e à meia tribo de Manassés, de homens valentes, homens capazes de suportar escudo e espada, e para atirar com arco, e hábeis na guerra, eram quarenta e quatro mil setecentos e sessenta , que foram capazes de sair à guerra. 19 Fizeram guerra aos hagarenos, bem como a Jetur, Nafis e, e Nodabe. 20 E foram ajudados contra eles, e os hagarenos foram entregues em sua mão, e todos os que estavam com eles; porque clamaram a Deus na peleja, e ele se aplacou para com eles, porque eles colocam sua confiança nele. 21 E tomaram o seu gado; seus camelos, cinqüenta mil, e de ovelhas 250 mil, e dois mil jumentos, e de cem mil homens. 22 Para muitos caíram mortos, porque a guerra era de Deus. E habitaram no lugar deles até o cativeiro.

23 E os filhos da meia tribo de Manassés habitaram naquela terra: eles aumentaram desde Basã até Baal-Hermom, Senir e monte Hermon. 24 E estes foram os chefes das casas de seus pais: mesmo Efer, Isi, Eliel , Azriel, Jeremias, Hodavias e Jadiel, homens valentes, homens famosos, chefes das casas de seus pais.

25 E eles se rebelaram contra o Deus de seus pais, e se prostituíram, seguindo os deuses dos povos da terra, os quais Deus destruiu diante deles. 26 E o Deus de Israel suscitou o espírito de Pul, rei da Assíria, e do espírito de Tiglate-Pilneser rei da Assíria, e ele os levou, os rubenitas e gaditas, e à meia tribo de Manassés, e os trouxeram a Hala, Habor, Hara, e para o rio de Gozã, até neste dia.

Este capítulo traça os descendentes das tribos de Israel que se estabeleceram no lado leste do rio Jordão. Há dois incidentes instrutivos envolvendo as três tribos.

O primeiro incidente foi a guerra contra os hagarenos durante o período de conquista. Os israelitas receberam a ajuda do Senhor , porque eles põem a sua confiança nele (v. 1Cr 5:20 ). Foi uma conquista impressionante pelas tribos Trans-Jordânia, e eles continuaram a ocupar a terra até o cativeiro (v. 1Cr 5:22 ).

O segundo incidente envolveu a conquista dessas tribos por Assíria durante a destruição do Reino do Norte. A razão era, eles se rebelaram contra o Deus de seus pais (v. 1Cr 5:25 ). O cronista implica que essas tribos foram tão longe de Deus que passou o ponto de não retorno, algo que a tribo de Judá, não deixou de fazer.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de I Crônicas Capítulo 5 do versículo 1 até o 26
  • Rúben, o indomável (5:1-2)
  • E estranho que os pecados de um homem apareçam em uma genea-logia oficial. Gênesis 35:22 registra o feito, e, em Gn 49:3-4, Jacó torna-o público em seu leito de morte e julga Rúben pela falta de autocon-trole. Este perdeu a primogenitura, que foi dada a Efraim e Manassés (Gn 48:15-22). Um ato pecaminoso pode custar caro para o pecador e sua família!


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de I Crônicas Capítulo 5 do versículo 1 até o 26
    5.1- 10 Rúben estava tradicionalmente ligado a Judá (Gn 29:32-35), mas ao permanecer a leste do Jordão, perdera o poder e a influência (Gn 35:22; Dt 33:6). As duas tribos descendentes de José se tornaram dominantes (Gn 49:22-26; Dt 33:13-5), mas da de

    Judá surgiu, um príncipe, Davi, a maior figura real do passado e protótipo do Messias que viria.

    5:11-17 Gade ficava ao norte de Rúben e parece que era mais poderoso e importante (Dt 33:20, Dt 33:21).

    5:18-22 Nessa história sobre as guerras das tribos da Transjordânia contra seus vizinhos, vemos a tendência de expressar a grandeza do povo de Deus em termos de poderio militar.

    5:23-26 Manassés ficava ao norte de Gade; só metade da tribo permaneceu na Transjordânia (Nu 32:33-4). Todas essas tribos foram levadas para o exílio pelos assírios (2Rs 15:29).

    5.1 Rúben. Ver Nota em 2.3.

    5.3 Essa seção expande o registro sobre a família de Rúben (Gn 4:9; Êx 6:14; Nu 26:57).

    5.4 Este versículo não diz qual dos quatro filhos de Rúben era o pai de Joel.
    5.6 Tiglate-Pilneser. Noutros lugares soletrado "Pileser" (2Rs 15:29). Provavelmente foi o cativeiro preliminar das três tribos e meia da Transjordânia em 733 a.C. (1Cr 5:26) é não a queda final de Samaria em 722 a.C. Em 5.26 o mesmo rei também é chamado Pul.

    5.10 Saul. Reinou de 1050 a 1010 a.C. Hagarenos. Povo que habitava boa parte de Gileade, muito rico em rebanhos de camelos, ovelhas e jumentos (20, 21). Conjetura-se que os hagarenos descendiam de Hagar (Gn 25:12; Sl 83:6).

    5.11 Gade. Espalhou-se para o norte, ocupando algo das terras dadas aos seus irmãos manassitas (23, 24).

    5.17 Segundo esse versículo, após a invasão de Tiglate-Pilneser, Jotão, rei do reino sul, de Judá, exerceu algum domínio sobre esse território. Reinou de 751 a 736 a.C. Jeroboão II reinou de 793 a 753 a.C.

    • N. Hom. 5:18-22 Vitórias e Vítimas:
    1) Instrumentos da vitória: Homens valentes (18b); a) equipados; b) destros na guerra; c) numerosos;
    2) Razão da vitória: a) clamaram a Deus (20b); b) Deus lhes deu ouvidos; c) confiaram em Deus; d) a peleja era de Deus (22);
    3) Resultados da vitória: a) ganharam animais (21b), b) apossaram-se de boas terras. Os mesmos princípios regem na luta espiritual (conforme Ef 6:10-49).

    5.19 Eram tribos árabes e ismaelitas, do deserto. Ver Gn 25:15.

    5.25 Transgressões. Corrupção e idolatria foram as causas fundamentais do cativeiro de Israel. 2Rs 17:7-12 dá a narrativa dessas transgressões. Manassés, cerca de metade da tribo, denominada Maquir, conquistara a região de Gileade antes da morte de Moisés.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de I Crônicas Capítulo 5 do versículo 1 até o 26

    5) As tribos da Transjordânia (5:1-26)

    Nessa seção, são tratadas as tribos virtualmente extintas de Rúben, Gade e a meia-tribo de Manassés. A natureza fragmentada e um tanto confusa da informação aponta para condições pós-exílicas. As tribos tinham se desintegrado havia muito tempo, e os seus registros haviam se perdido, algo parcialmente admitido no v. 17, em que o cronista observa que existiam genealogias completas antes da conquista assíria.

    O fato de Rúben ter perdido o direito de filho mais velho de Jacó é associado a pecado (Gn 35:22; 49:4), e isso é apresentado como razão para a ascensão de José (v. 1) (v. mais em J. M. Myers ad loc. e I. Mendelsohn,

    BASOR, 156, 1959, p. 38). Os rubenitas parecem ter continuado como pastores seminô-mades vagueando por toda a região da fronteira com o deserto (v. 9,10). Os hagarenos (v. 10) eram árabes que aparecem diversas vezes durante a história de Israel. De acordo com Sl 83:6, viviam na vizinhança de Moa-be. As guerras mencionadas talvez sejam uma referência às guerras de Saul contra os amo-nitas (1Sm 11:0; Nm

    26:15-18), e parece que o cronista estava usando uma fonte independente. Como os rubenitas, aos quais a certa altura absorveram no final do século IX a.C., os gaditas eram pastores e se envolveram em conflitos com os vizinhos árabes acerca de direitos territoriais (v. 18-22). O conflito registrado aqui provavelmente deve ser datado do século XI a.C. e provavelmente está associado a um longo período de conflitos de fronteira contra invasões árabes. Diz o texto que os israelitas tiveram vitória, pois Deus [...] os ajudou [...] porque confiaram nele (v. 20).

    A queda das tribos da Transjordânia é tratada com base na teologia do cronista. Visto que rejeitaram Deus, ele por sua vez levantou o seu próprio agente de castigo na forma da Assíria (v. 25,26). A apostasia delas resultou na invasão executada pela Assíria e a perda de sua identidade política e étnica. Pul e Tiglate-Pileser (a NVI já explica em um parêntese o nome mais correto, como em 2Rs 15:29) era o seu nome pessoal que ele manteve como rei da Babilônia, e Tiglate-Pileser representava o seu nome assírio de coroação. Os eventos estão relacionados à sua campanha de 734 a.C.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de I Crônicas Capítulo 5 do versículo 1 até o 26

    1Cr 5:1, 1Cr 5:24). Este capítulo baseia-se tanto nos registros pré-exílicos como no possível recenseamento pós-exílico (v. 1Cr 5:7). Descreve suas terras e genealogias familiares, sua antiga fé, a qual lhes concedeu urna grande vitória sobre os ismaelitas (vs. 1Cr 5:16-22) e a final apostasia que provocou seu exílio na Assíria (vs. 1Cr 5:25, 1Cr 5:26).


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de I Crônicas Capítulo 5 do versículo 1 até o 26
    1Cr 5:1

    2. OS DESCENDENTES DE RÚBEN (1Cr 5:1-13). Com o versículo 3 comparar Gn 46:8-9; Êx 6:14; Nu 26:5-4. Crônicas não traz todos os nomes mencionados em Números, nem indica como é que Joel (4) se deverá ligar com Rúben. Tiglate-Pilneser (6); * Tiglate-Pileser (2Rs 15:29). Também habitou da banda do oriente (9). Esta expansão para a estepe à leste de Gileade parece ser parcialmente explicada pela pressão moabita sobre o seu território original Hagarenos (10). Certas versões sugerem uma relação com Hagar que talvez não se justifique e é muito provável que esta guerra seja a mesma que a mencionada nos versículos 18:22.

    >1Cr 5:11

    3. OS DESCENDENTES DE GADE (1Cr 5:11-13). Não há motivo óbvio que explique a omissão dos pormenores contidos em Nu 26:15-4. Jeroboão, rei de Israel (17); sem dúvida, Jeroboão II; ver 2Rs 14:23.

    >1Cr 5:18

    4. A GUERRA COM OS HAGARENOS (1Cr 5:18-13). Ver a nota sobre o versículo 10. Juntamente com 1Cr 4:34-13, esta seção deve constituir uma advertência para que não suponhamos que a narrativa bíblica é necessariamente completa. Pode haver muitas outras lacunas em Samuel e Reis que não foram preenchidas por Crônicas. Foi esta uma grande vitória que teve como resultado um importante acréscimo de território.

    >1Cr 5:23

    5. OS DESCENDENTES DE MANASSÉS (A MEIA TRIBO DE LESTE) (1Cr 5:23-13). Omitem-se pormenores anteriores para evitar duplicação com 1Cr 7:14-13. Com os versículos 25:26, comparar 2Rs 15:29, notando que este cativeiro das tribos além-Jordão não vem mencionado em II Crônicas. Pul e Tiglate-Pilneser (26; ver nota do versículo
    6) são a mesma pessoa. Ver 2Rs 15:19n.


    Dicionário

    Basã

    -

    País fértil. A primeira menção que se faz de Basã é em Nm 21:33, onde se narra que os israelitas derrotaram ogue rei de Basã, em Edrei, cidade da fronteira, aonde ele tinha vindo para resistir ao exército invasor de israel. É um extenso país e de grande força produtiva, que fica ao oriente do rio Jordão, limitando-se ao sul pelas montanhas de Gileade, ao oriente pelo Jebel Haurã, uma linha de vulcões extintos, ao ocidente por Gesur e Maaca (Js 12:5), e ao norte pelo Hermom. Quando os amorreus foram conquistados e expulsos juntamente com o rei ogue, o seu fértil território coube à meia tribo de Manassés (Js 13:29), que entrou logo na sua posse (Dt 31:3-4, comparado com Nm 21:35). As duas principais cidades eram Edrei e Astorote, a moderna Tell”-Ashtera. Em Dt 3:4 faz-se alusão a sessenta cidades muradas em Argobe de Basã, que estavam sob o domínio de ogue (*veja Argobe). Basã é uma terra notável e cheia de interesse. A sua extraordinária fertilidade acha-se provada com a densidade da sua população (Dt 3:4-14), e com o grande número de ruínas espalhadas por todo o território. Quando o império de Alexandre se fracionou, a posse do país foi objeto de contínua disputa. A parte central de Basã tornou-se, então, refúgio de ladrões e foragidos, caráter que ainda hoje conserva. os árabes consideram esta terra como tendo pertencido primeiramente ao patriarca Jó.

    Basã [Terra Fértil]

    Vasta planície situada a leste do rio Jordão, célebre pelo seu gado (Sl 22:12), ovelhas (Dt 32:14) e carvalhos (Is 2:13).


    Como

    assim como, do mesmo modo que..., tal qual, de que modo, segundo, conforme. – A maior parte destas palavras podem entrar em mais de uma categoria gramatical. – Como significa – “de que modo, deste modo, desta forma”; e também – “à vista disso”, ou – “do modo que”. Em regra, como exprime relação comparativa; isto é – emprega-se quando se compara o que se vai afirmar com aquilo que já se afirmou; ou aquilo que se quer, que se propõe ou se deseja, com aquilo que em mente se tem. Exemplos valem mais que definições: – Como cumprires o teu dever, assim terás o teu destino. – O verdadeiro Deus tanto se vê de dia, como de noite (Vieira). – Falou como um grande orador. – Irei pela vida como ele foi. – Assim como equivale a – “do mesmo modo, de igual maneira que”... Assim como se vai, voltar-se-á. Assim como o sr. pede não é fácil. Digo-lhe que assim como se perde também se ganha. Destas frases se vê que entre como e assim como não há diferença perceptível, a não ser a maior força com que assim como explica melhor e acentua a comparação. – Nas mesmas condições está a locução – do mesmo modo que... Entre estas duas formas: “Como te portares comigo, assim me portarei eu contigo”; “Do mesmo modo que te portares comigo, assim (ou assim mesmo) me portarei contigo” – só se poderia notar a diferença que consiste na intensidade com que aquele mesmo modo enuncia e frisa, por assim dizer, a comparação. E tanto é assim que em muitos casos 290 Rocha Pombo não se usaria da locução; nestes, por exemplo: “Aqueles olhos brilham como estrelas”; “A menina tem no semblante uma serenidade como a dos anjos”. “Vejo aquela claridade como de um sol que vem”. – Tal qual significa – “de igual modo, exatamente da mesma forma ou maneira”: “Ele procedeu tal qual nós procederíamos” (isto é – procedeu como nós rigorosamente procederíamos). Esta locução pode ser também empregada como adjetiva: “Restituiu-me os livros tais quais os levara”. “Os termos em que me falas são tais quais tenho ouvido a outros”. – De que modo é locução que equivale perfeitamente a como: “De que modo quer o sr. que eu arranje o gabinete?” (ou: Como quer o sr. que eu arranje...). – Segundo e conforme, em muitos casos equivalem também a como: “Farei conforme o sr. mandar” (ou: como o sr. mandar). “Procederei segundo me convier” (ou: como me convier).

    como adv. 1. De que modo. 2. Quanto, quão. 3. A que preço, a quanto. Conj. 1. Do mesmo modo que. 2. Logo que, quando, assim que. 3. Porque. 4. Na qualidade de: Ele veio como emissário. 5. Porquanto, visto que. 6. Se, uma vez que. C. quê, incomparavelmente; em grande quantidade: Tem chovido como quê. C. quer, loc. adv.: possivelmente. C. quer que, loc. conj.: do modo como, tal como.

    Gileade

    Região pedregosa. 1. Território montanhoso ao oriente do Jordão, ocupado por Gade, Rúben, e a meia tribo de Manassés – por vezes a palavra significa toda a região que fica ao oriente do rio Jordão (Dt 34:1Js 22:9Jz 20:1). o país era acidentado, rico de florestas, com ricas pastagens (Nm 32:1), e produzia especiarias e gomas aromáticas (Gn 37:25Jr 8:22 – 46.11). Ali acampou Jacó quando foi alcançado por Labão (Gn 31:21-25) – foi tomado pelos israelitas (Nm 21:24-25, 32 a 35 – Dt 2:32-36 – 3.1 a
    10) – era a terra de Jair (Jz 10:3) – de Jefté (Jz 11:1-7 a 11), e de Elias (1 Rs 17,1) – foi refúgio dos israelitas, quando se livravam dos filisteus (1 Sm 13.7), refugiando-se ali também os filhos de Saul (2 Sm 2.8, 9), e mais tarde Davi quando fugia de Absalão, que o seguiu até aqueles sítios (2 Sm 17.24,26) – e no reinado de Jeú foi o país de Gileade conquistado por Hazael, rei da Síria (2 Rs 10.33). o ‘bálsamo de Gileade’ era a seiva de uma árvore que cresce naquela região. É uma substância branca, viscosa, que depressa se coagula, e é de valor para cura de inflamações. No tempo de Alexandre Magno valia duas vezes o seu peso em prata. Maanaim, a capital meridional de Gileade, ainda hoje existe com o nome de Mukhmah. Ao norte havia o lugar de Jabes-Gileade, que hoje se chama Wadi-Yabir. Ao noroeste de Rabate-Amom, na parte sul, as ruínas de Jubeiá indicam o sítio de Jogbeá, sendo até este lugar que os midianitas foram perseguidos por Gideão (Jz 8:11). Sucote, para onde se dirigiu Jacó depois que Esaú se apartou dele, acha-se hoje identificado com Tell Der”ala, ao norte de Jaboque, e Mispa com Sufe. 2. A palavra Gileade também se encontra como nome de pessoa (Nm 26:29Jz 11:1 – 1 Cr 5.14).

    (Heb. “banco de rochas”). 1. Neto de Manassés e filho de Maquir, tornou-se o líder do clã dos gileaditas (Nm 26:29-30; Nm 27:1-1Cr 2:21-23). Seu nome foi dado a uma região a leste do rio Jordão. A distribuição dessa terra é registrada em Josué 17.


    2. Pai de Jefté, um dos juízes de Israel: “O seu pai era Giileade; a sua mãe era uma prostituta” (Jz 11:1). Os filhos de Gileade com sua esposa legítima mais tarde expulsaram Jefté de casa, a fim de que não recebesse nenhuma herança do pai. O fato de ele também ser descrito como gileadita (ou seja, vivia na região de Gileade) tem levado alguns teólogos a questionar se Gileade era realmente um nome ou simplesmente um patronímico. O contexto, entretanto, sugere que realmente trata-se de um nome próprio.


    3. Pai de Jaroa e filho de Micael, era um gadita que vivia em Basã, na região de Gileade. Novamente é possível que, em razão de sua família viver em Gileade, possa se considerar outro patronímico. O contexto do nome, entretanto, que aparece bem no meio de uma genealogia, torna essa possibilidade mais improvável (1Cr 5:14-16). P.D.G.


    Gileade Região montanhosa e florestal que ficava a leste do Jordão (Gn 31:21), famosa pelo bálsamo que produzia (Jr 8:22; Mq 7:14; Js 10:8—12.7).

    Habitar

    verbo transitivo direto e transitivo indireto Morar; ter como residência fixa: habitava um apartamento novo; habitam em uma cidade pequena.
    Figurado Permanecer; faz-ser presente: um pensamento que habitava sua mente; Deus habita na alma de quem crê.
    verbo transitivo direto Povoar; providenciar moradores ou habitantes: decidiram habitar o deserto com presidiários.
    Etimologia (origem da palavra habitar). Do latim habitare.

    Habitar Morar (Sl 23:6; At 7:48).

    Jurisdição

    substantivo feminino Poder ou direito de julgar.
    Competência ou capacidade para fazer algo: não opino sobre o que está fora da minha jurisdição.
    Figurado Área de atuação de; alçada: sua jurisdição não se aplica aqui.
    [Jurídico] Poder do Estado que, resultante de sua soberania, lhe confere competência para editar leis ou fazer justiça.
    [Jurídico] Extensão territorial em que atua um juiz.
    [Jurídico] Divisão menor em que se divide o poder judiciário: jurisdição civil.
    Etimologia (origem da palavra jurisdição). Do latim jurisdictio.onis, "ato de administrar justiça".

    Poder atribuído a uma autoridade para fazer cumprir determinada categoria de leis.

    Jurisdição Área territorial dentro da qual uma autoridade exerce o seu poder (Lc 23:7).

    Lugares

    masc. pl. de lugar

    lu·gar
    (latim localis, -e, relativo a um lugar, local)
    nome masculino

    1. Espaço ocupado ou que pode ser ocupado por um corpo.

    2. Ponto (em que está alguém).

    3. Localidade.

    4. Pequena povoação.

    5. Trecho, passo (de livro).

    6. Posto, emprego.

    7. Dignidade.

    8. Profissão.

    9. Ocasião.

    10. Vez.

    11. Azo.

    12. Dever, obrigação.

    13. Situação, circunstâncias.

    14. Posto de venda.


    dar lugar a
    Ser seguido de ou ser a causa de algo.

    em lugar de
    Em substituição de. = EM VEZ DE

    em primeiro lugar
    Antes de tudo, antes de mais nada.

    haver lugar
    O mesmo que ter lugar.

    lugar do morto
    Lugar ao lado do condutor num veículo ligeiro.

    lugar de honra
    O principal, o que se dá a quem se quer honrar.

    lugar geométrico
    Linha cujos pontos satisfazem às condições exigidas.

    lugares tópicos
    Lugares-comuns.

    não aquecer o lugar
    Não ficar muito tempo num local ou numa situação.

    ter lugar
    Tornar-se realidade, devido a uma acção ou a um processo. = ACONTECER, OCORRER

    um lugar ao sol
    Situação de privilégio ou de vantagem.

    Confrontar: logar.

    Sarom

    Terreno plano. Havia duas regiões de pastagens com este nome. A primeira é aquela planície entre as montanhas de Efraim e o mar Mediterrâneo, e entre o Carmelo ao norte e Jope ao sul. Foi este o Sarom que se tornou célebre pela sua beleza e fertilidade. E ainda conserva estas suas qualidades, encontrando-se na primavera adornado de rosas brancas e vermelhas, de narcisos, de cravos encarnados, e delírios brancos e cor de laranja. Nas suas pastagens se apascentaram as manadas do rei Davi (1 Cr 27.29). A beleza e a utilidade desses campos eram tais que a sua perda seria considerada como uma calamidade (is 33:9). Era Sarom simbólico da prosperidade (is 65:10) e do atrativo (Ct 2:1). É este a Sarona a que se refere o livro dos Atos (9.35). (*veja Palestina.) A segunda Sarom achava-se ao oriente do Jordão, e constava de terras de pasto de Gileade e Basã, onde os de Gade alimentavam os seus rebanhos (1 Cr 5.16).

    Sarom Planície fértil que corre uns 80 km ao longo da costa do Mediterrâneo, desde Jope até Cesaréia, tendo de sete a 20 km de largura (Ct 2:1; Is 33:9).

    Saídas

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    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    I Crônicas 5: 16 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E habitaram em Gileade, em Basã e nos aldeias da sua jurisdição; como também em todos os arrabaldes de Sarom, até aos seus limites.
    I Crônicas 5: 16 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1003 a.C.
    H1316
    Bâshân
    בָּשָׁן
    um distrito a leste do Jordão conhecido por sua fertilidade e que foi dado à meia tribo de
    (of Bashan)
    Substantivo
    H1323
    bath
    בַּת
    filha
    (and daughers)
    Substantivo
    H1568
    Gilʻâd
    גִּלְעָד
    Gileade / monte de testemunho
    (Gilead)
    Substantivo
    H3427
    yâshab
    יָשַׁב
    e morava
    (and dwelled)
    Verbo
    H3605
    kôl
    כֹּל
    cada / todo
    (every)
    Substantivo
    H4054
    migrâsh
    מִגְרָשׁ
    com o seu pasto
    (with its pasture)
    Substantivo
    H5921
    ʻal
    עַל
    sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
    ([was] on)
    Prepostos
    H8289
    Shârôwn
    שָׁרֹון
    planície, lugar nivelado
    (of Lasharon)
    Substantivo
    H8444
    tôwtsâʼâh
    תֹּוצָאָה
    saída, fronteira, partida, extremidade, fim, origem, fuga
    (the going forth)
    Substantivo


    בָּשָׁן


    (H1316)
    Bâshân (baw-shawn')

    01316 בשן Bashan

    de derivação incerta; n pr loc Basã = “frutífero”

    1. um distrito a leste do Jordão conhecido por sua fertilidade e que foi dado à meia tribo de

      Manassés


    בַּת


    (H1323)
    bath (bath)

    01323 בת bath

    procedente de 1129 e 1121; DITAT - 254b n f

    1. filha
      1. filha, menina, filha adotiva, nora, irmã, netas, prima, criança do sexo feminino
        1. como forma educada de referir-se a alguém n pr f
        2. como designação de mulheres de um determinado lugar
    2. moças, mulheres
      1. referindo-se a personificação
      2. vilas (como filhas procedentes de cidades)
      3. descrição de caráter

    גִּלְעָד


    (H1568)
    Gilʻâd (ghil-awd')

    01568 דגלע Gil ad̀

    provavelmente procedente de 1567; DITAT - 356 n pr loc

    Gileade ou gileaditas = “região rochosa”

    1. uma região montanhosa limitada a oeste pelo Jordão, ao norte por Basã, ao leste pelo planalto árabe, e ao sul por Moabe e Amom; algumas vezes chamado de ’monte Gileade’ ou ’terra de Gileade’ ou somente ’Gileade’. Dividida em Gileade do norte e do sul
    2. uma cidade (com o prefixo ’Jabes’)
    3. o povo da região n pr m
    4. filho de Maquir e neto de Manassés
    5. pai de Jefté
    6. um gadita

    יָשַׁב


    (H3427)
    yâshab (yaw-shab')

    03427 ישב yashab

    uma raiz primitiva; DITAT - 922; v

    1. habitar, permanecer, assentar, morar
      1. (Qal)
        1. sentar, assentar
        2. ser estabelecido
        3. permanecer, ficar
        4. habitar, ter a residência de alguém
      2. (Nifal) ser habitado
      3. (Piel) estabelecer, pôr
      4. (Hifil)
        1. levar a sentar
        2. levar a residir, estabelecer
        3. fazer habitar
        4. fazer (cidades) serem habitadas
        5. casar (dar uma habitação para)
      5. (Hofal)
        1. ser habitado
        2. fazer habitar

    כֹּל


    (H3605)
    kôl (kole)

    03605 כל kol ou (Jr 33:8) כול kowl

    procedente de 3634; DITAT - 985a; n m

    1. todo, a totalidade
      1. todo, a totalidade de
      2. qualquer, cada, tudo, todo
      3. totalidade, tudo

    מִגְרָשׁ


    (H4054)
    migrâsh (mig-rawsh')

    04054 מגרש migrash

    também (no pl.) fem. (Ez 27:28) מגרשה migrashah

    procedente de 1644; DITAT - 388c; n m

    1. comum, terreno público, terreno aberto, subúrbio

    עַל


    (H5921)
    ʻal (al)

    05921 על ̀al

    via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

    1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
      1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
      2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
      3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
      4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
      5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
      6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
      7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
      8. para (como um dativo) conj
    2. por causa de, porque, enquanto não, embora

    שָׁרֹון


    (H8289)
    Shârôwn (shaw-rone')

    08289 שרון Sharown

    provavelmente uma forma abreviada procedente de 3474, grego 4565 σαρων; n. m.

    1. planície, lugar nivelado

      Sarom = “uma planície” n. pr. l.

    2. a região situada entre as montanhas da Palestina central, o mar Mediterrâneo e o norte de Jopa
    3. uma região na parte oriental do Jordão próxima a Gileade e Basã

    תֹּוצָאָה


    (H8444)
    tôwtsâʼâh (to-tsaw-aw')

    08444 תוצאה towtsa’ah ou תצאה totsa’ah

    procedente de 3318; DITAT - 893e; n. f.

    1. saída, fronteira, partida, extremidade, fim, origem, fuga
      1. saída, extremo (de uma fronteira)
      2. fonte (da vida)
      3. o escapar (da morte)