Enciclopédia de II Crônicas 34:2-2

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

2cr 34: 2

Versão Versículo
ARA Fez o que era reto perante o Senhor, andou em todo o caminho de Davi, seu pai, e não se desviou nem para a direita nem para a esquerda.
ARC E fez o que era reto aos olhos do Senhor: e andou nos caminhos de Davi, seu pai, sem se desviar deles nem para a direita nem para a esquerda.
TB Fez o que era reto aos olhos de Jeová, e andou nos caminhos de Davi, seu pai, e não se desviou nem para a direita nem para a esquerda.
HSB וַיַּ֥עַשׂ הַיָּשָׁ֖ר בְּעֵינֵ֣י יְהוָ֑ה וַיֵּ֗לֶךְ בְּדַרְכֵי֙ דָּוִ֣יד אָבִ֔יו וְלֹא־ סָ֖ר יָמִ֥ין וּשְׂמֹֽאול׃
BKJ E ele fez aquilo que era reto aos olhos do SENHOR, e andou em todos os caminhos de Davi, o seu pai, e não se inclinou nem para a direita, nem para a esquerda.
LTT E fez o que era reto aos olhos do SENHOR; e andou nos caminhos de Davi, seu pai, sem se desviar deles nem para a direita nem para a esquerda.
BJ2 Fez o que é agradável aos olhos de Iahweh e seguiu a conduta de seu antepassado Davi, sem se desviar nem para a direita nem para a esquerda.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de II Crônicas 34:2

Deuteronômio 5:32 Olhai, pois, que façais como vos mandou o Senhor, vosso Deus; não declinareis, nem para a direita, nem para a esquerda.
Deuteronômio 17:11 Conforme o mandado da lei que te ensinarem e conforme o juízo que te disserem, farás; da palavra que te anunciarem te não desviarás, nem para a direita nem para a esquerda.
Deuteronômio 17:20 Para que o seu coração não se levante sobre os seus irmãos e não se aparte do mandamento, nem para a direita nem para a esquerda; para que prolongue os dias no seu reino, ele e seus filhos no meio de Israel.
Deuteronômio 28:14 E não te desviarás de todas as palavras que hoje te ordeno, nem para a direita nem para a esquerda, para andares após outros deuses, para os servires.
Josué 1:7 Tão somente esforça-te e tem mui bom ânimo para teres o cuidado de fazer conforme toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que prudentemente te conduzas por onde quer que andares.
Josué 23:6 Esforçai-vos, pois, muito para guardardes e para fazerdes tudo quanto está escrito no livro da Lei de Moisés, para que dela não vos aparteis, nem para a direita nem para a esquerda;
I Reis 14:8 e rasguei o reino da casa de Davi, e a ti to dei, e tu não foste como o meu servo Davi, que guardou os meus mandamentos e que andou após mim com todo o seu coração para fazer somente o que era reto aos meus olhos;
I Reis 15:5 Porquanto Davi tinha feito o que era reto aos olhos do Senhor e não se tinha desviado de tudo o que lhe ordenara em todos os dias da sua vida, senão só no caso de Urias, o heteu.
II Reis 22:2 E fez o que era reto aos olhos do Senhor; e andou em todo o caminho de Davi, seu pai, e não se apartou dele nem para a direita nem para a esquerda.
II Crônicas 14:2 E Asa fez o que era bom e reto aos olhos do Senhor, seu Deus,
II Crônicas 17:3 E o Senhor foi com Josafá, porque andou nos primeiros caminhos de Davi, seu pai, e não buscou baalins.
II Crônicas 29:2 E fez o que era reto aos olhos do Senhor, conforme tudo quanto fizera Davi, seu pai.
Provérbios 4:27 Não declines nem para a direita nem para a esquerda; retira o teu pé do mal.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de II Crônicas Capítulo 34 do versículo 1 até o 33

3. Josias, 640-608 a.C. (34:1-35,27)

Nos relatos do reinado de Josias, o cronista difere do escritor de Reis ao separar as reformas iniciais daquelas que vieram após a descoberta da lei (cf. II Reis 22:1-23.30).

  1. Ascensão (34.1,2). Josias era um ano mais velho do que Joás quando começou o seu reinado de trinta e um anos em Jerusalém. Ele andava por um caminho reto à medi-da que seguia ao Senhor.
  2. A reforma (34:3-7,33). Josias promoveu sua reforma durante toda a sua vida. Estas reformas começaram no duodécimo ano (3) de seu reinado, quando ele tinha vinte anos de idade. Elas foram o resultado de sua atitude de começar a buscar o Deus de Davi quando tinha dezesseis anos de idade. Para liderar a outros, é necessário que o líder se aprofunde em sua vida espiritual. As reformas do rei consistiram em: (a) purifi-car a nação dos altos, bosques e imagens esculpidas e de fundição (3) ; (b) destruir os altares de Baal e queimar os ossos dos sacerdotes sobre os seus altares (4,5) ; (c) estender a sua influência até o território que havia sido ocupado pelo Reino do Norte (6,7). A frase em seus lugares assolados (6) é traduzida em algumas versões como "no meio das suas ruínas".

  1. A reforma do Templo (34:8-13). No ano décimo oitavo do seu reinado (8), Josias ordenou que o Templo fosse reparado. Hilquias, o sacerdote, pagou honestamente pelos materiais e também os salários dos trabalhadores com o dinheiro coletado em Judá e Israel (9-13). Evidentemente o versículo 11 se refere à reconstrução das casas e câma-ras dos sacerdotes no Templo e em seus átrios'.

As Junturas (11) devem ter sido vigas apoiadas entre as paredes. A frase "peritos em instrumentos de música" (12) também pode ser lida como: "sabiam tocar bem instrumentos musicais".

  1. Encontrando o livro da lei (34:14-18). A descoberta, feita por Hilquias, de uma cópia do livro da Lei (14) foi prontamente reportada ao rei por Safã, o escrivão (15). Ele então leu as palavras do livro para o rei (18).
  2. O efeito sobre Josias (34:19-22). Josias ficou atemorizado pelos julgamentos ame-açadores que ouviu do livro da lei. Então ele consultou a profetisa Hulda para o aconse-lhar (cf. II Reis 22:11-20). A expressão na segunda parte (22) representa a "cidade baixa" de Jerusalém.

f A mensagem de Hulda (34:23-28). A mensagem foi suportável; Josias escaparia dos futuros juízos porque tinha um coração inclinado às coisas de Deus, e havia se humi-lhado perante o Senhor. Era um presságio, porque o juízo viria mesmo que muitos dentre o seu povo se arrependessem. O cativeiro era inevitável!

"Josias e a Lei Recentemente Encontrada" é o tópico de outra obra-prima de Alexander Maclaren, uma exposição baseada nos versículos 14:28. Ele destaca três pontos: (1) A descoberta do livro da Lei, 14,15; (2) O efeito da lei redescoberta 16-22; (3) A mensagem de dois gumes da profetiza, que confirma as ameaças da lei e assegura a Josias que ele foi aceito diante de Deus, 23-28.

  1. A aliança (34:29-33). Josias renovou a aliança com todo o povo, e eles seguiram ao Senhor e o serviram durante todos os dias da vida do rei. Fez concerto...com todo o seu coração e com toda a sua alma (31) indica a profundidade do comprometimento dele. Fizeram conforme (32) significa "aceitaram" ou "aderiram".

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de II Crônicas Capítulo 34 do versículo 1 até o 33
*

34.1—36.1

O reinado de Josias também ficou registrado em 2Rs 22:1—23.30.

* 34:1

Josias... trinta e um anos. Josias reinou entre 640 e 609 a.C.

* 34.3—35.19

O historiador baseia seu relato sobre as reformas de Josias em 2Rs 22:3—23.23, mas a ordem dos eventos difere. Falando em termos gerais, em II Reis as reformas de Josias foram resumidas geograficamente: o descobrimento do livro no templo (2Rs 22:3—23.3), a reforma da cidade e da nação (2Rs 23:4-20), e a celebração da páscoa no templo (2Rs 23:21-23). O historiador de Crônicas ordenou os eventos cronologicamente: a reforma da cidade e da nação (34.3-7), o descobrimento do livro no templo (34.8-33), e a celebração da páscoa (35.1-19). As referências ao oitavo e ao décimo segundo anos (34,3) e ao décimo oitavo ano (34.8; 35,19) indicam que as reformas começaram antes do descobrimento do livro.

* 34:3

sendo ainda moço. Josias começou a reverter as normas políticas de Amom quando ainda era jovem.

começou a purificar. A remoção da idolatria por Josias foi narrada mais completamente em 2Rs 23:4-20.

* 34:12

levitas. O envolvimento dos levitas asseguraria que as reformas de Josias seguiriam o padrão estabelecido por Davi (13 6:0'>1Cr 6), Salomão (II Cró. 7.6; 8:14) e Ezequias (29.2-29).

* 34:13

instrumentos músicos. Ver nota em 13 15:16'>1Cr 15:16.

* 34:15

o Livro da Lei... do SENHOR. Provavelmente Deuteronômio (2Rs 22:8, nota). Os sacerdotes entregaram o livro a Josias, que o aceitou como o guia de suas reformas (conforme Ed 7:6-10; Ne 8; 9).

* 34.23-28

Hulda, a profetisa, anunciou julgamento divino por causa da violação da lei de Deus, mas a humildade de Josias teve o efeito de adiar o desastre (13 28:9'>1Cr 28:9, nota).

* 34:30

aliança. Josias promulgou a lei de Deus ao povo e jurou ser-lhe obediente. E requereu que o povo se juntasse a ele na renovação do relacionamento de Deus com a nação (v. 32).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de II Crônicas Capítulo 34 do versículo 1 até o 33
34:1 O perfil do Josías se encontra em 2 Rseis 24.

34:3 Nos dias do Josías, considerava-se que os moços chegavam a ser homens à idade de doze anos. Aos dezesseis, Josías compreendeu a responsabilidade de seu ofício. Até a esta curta idade, mostrou mais sabedoria que muitos dos reis mais adultos anteriores a ele, devido a que decidiu procurar deus e a sua sabedoria. Não permita que sua idade o desqualifique para servir a Deus.

34:15, 16 O livro da Lei de Deus que Hilcías encontrou era provavelmente o livro do Deuteronomio, que se tinha perdido durante o governo dos reis malvados. Agora que se encontrou, Josías se deu conta de que deviam levar-se a cabo mudanças drásticas para poder levar a nação de volta à linha de mandamentos de Deus. Este relato se acha registrado também em 2Rs 22:8-13.

34:19 É inerente à natureza humana o tomar o pecado à ligeira: dar desculpas, culpar a alguém mais, ou minimizar o dano feito. Não foi assim com o Josías. Estava tão consternado pelo rechaço do povo para a Lei que rasgou sua roupa para expressar sua dor. A verdadeira compreensão de nosso pecado nos deve levar a um arrependimento sincero, e nos ajudar a produzir "arrependimento para salvação" (2Co 7:10). Está desculpando sempre seu pecado, culpando a outros ou dando a entender que não é tão mau? Deus não toma o pecado à ligeira, e quer que respondamos como o fez Josías.

34:31 Quando Josías leu o livro que encontrou Hilcías (34.14), respondeu com arrependimento e humildade e prometeu seguir os mandamentos de Deus como estavam escritos no livro. A Bíblia é a Palavra de Deus para nós, "é viva e eficaz" (Hb_4:12), mas não podemos saber o que Deus quer que façamos se não a lemos. Inclusive, não basta lendo a Palavra de Deus, devemos estar dispostos a fazer o que ela diz. Não há grande diferencia entre o escrito escondido no templo e a Bíblia escondida em um livreiro. Uma Bíblia que não é lida é tão inútil como uma que se perdeu.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de II Crônicas Capítulo 34 do versículo 1 até o 33
H. REFORMAS de Josias, durante a segunda metade do século VII aC (34: 1-35: 27 ; conforme 2Rs 22:1. ; 1Sm 15:22. ). Jesus enfatizou a importância do verdadeiro culto espiritual defronte culto formalista vazia e sem sentido (Jo 4:21 ).

A morte de Josias foi extremamente prematura. No auge do seu reinado, ele foi mortalmente ferido em batalha (vv. 2Cr 34:23-24 ). Com a sua morte repentina e inesperada, as esperanças do reino entrou em colapso, e dentro de alguns anos Babylon dominaram a terra.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de II Crônicas Capítulo 34 do versículo 1 até o 33
34.1 Josias (640-609 a.C.). Seu nome significa "Dado pelo Senhor". Na verdade foi concedido por Deus à nação, numa época de tanta necessidade e de tanta maldade. Este rei, bom e piedoso já na sua juventude, começara a procurar a presença de Deus (v. 3) e isto lhe valeu muito mais do que toda a experiência e sabedoria mundana de um rei mais idoso.

34.2 Reto. É possível que, tendo apenas seis anos quando seu avô morreu, só tenha conhecido um Manassés arrependido e convertido, nunca tendo recebido sua má influencia da fase quando foi o pior rei de Judá. Tanto Josias como Ezequias_eram filhos de pais ímpios e maus, o que demonstra que Deus pode levantar Seus servos acima do ambiente natal.

N. Hom. 34:3-7 Uma carreira de fidelidade: com 16 anos o rei foi realmente convertido e, com 20 anos, recebeu a vocação para um ministério de guerra contra o mal, com forças para cumpri-lo. Foi ele, pessoalmente, que dirigira a obra da total eliminação da idolatria, em todos os recantos do seu reino, sendo rigoroso nessa eliminação, estendendo a obra saneadora até ao território vizinho, e não voltando para casa antes de certificar-se que nada mais restava a fazer.
34.7 Imagens. A passagem paralela em 2Rs 23:4-12, dá uma melhor idéia sobre quais os tipos de idolatrias que perduravam em Israel pela influência dos cananeus, dos sidônios, dos siros e dos assírios: havia o culto a Baal, com os altos e os postes-ídolos; havia a adoração aos corpos celestiais; havia a prostituição religiosa e o sacrifício humano. Adoravam-se os deuses estranhos, tais quais Astarote, Camos e Milcom.

34.8 Safã. ''Arganaz". Maaséias. "Obra do Senhor". Joá. "O Senhor é irmão". Depois da purificação geral, começaram as renovações, para as quais o rei nomeou um comitê de três superintendentes.

34.9 Hilquias. "Deus é minha porção". Como verdadeiro sacerdote, só quis o agrado de Deus, não buscando desviar o dinheiro da Obra.

34.10 O alvo era restaurar o relógio, tornando-o, como era nos dias de Salomão, esperando-se haver idênticas bênçãos (1Rs 8:11).

• N. Hom. 34.11,14 Todos os crentes são edificadores do novo templo de Deus, o qual é a Igreja, o corpo de Jesus Cristo, composto de almas preciosas (1Pe 2:5). Tornam-se necessários superintendentes e uma boa organização na obra de Deus para se assegurar que tudo venha a ser bem sucedido (12, conforme 1Co 12:7-46). Assim como os músicos levitas deixaram seus instrumentos para ajudar na construção (13), assim também se exige o esforço de todos. Somente depois de ter havido aquela dedicação, organização e cooperação, foi que o grande tesouro de Deus foi descoberto. O livro, decerto, fora escondido na época de Manassés.

34.15 O Livro do Lei. Muitos dizem que seria o livro de Deuteronômio, mas também poderia ter sido toda a Lei de Moisés, o Pentateuco. A história da Igreja demonstra os resultados do afastamento da Bíblia. Quando o povo de Deus esquece a Bíblia e não tem a Palavra de Deus em sua língua, ou quando os crentes deixam de ler a Bíblia que possuem, a decadência e as heresias são inevitáveis em sua vida.

34.18 Aqui se reúnem, para a obra de propagar a palavra de Deus, os três líderes de Israel: o profeta (conforme v. 22), o sacerdote e o rei.
34.19 Rasgou as suas vestes. Sinal de arrependimento, horror, etc. O rei ficou humilhado e chocado ao perceber que sua vida e a do povo haviam permanecido tão longe do modelo prescrito pela Lei de Deus.

34.21 Com grande desejo de acertar as contas com Deus, mostrou os frutos de seu arrependimento e da sua fé, pela obediência e pelas obras.
314.22 Às vezes, na falta de homens que respondam à chamada de Deus, as mulheres têm de preencher a lacuna, como muitas vezes ocorre na obra missionária, na qual estas preenchem numerosas vagas para as quais nenhum homem se oferecera.
34.24 Maldições. Os castigos pela desobediência, e, especialmente, pela idolatria (conforme v. 25), se enumeram em Dt 28:15-5 e Dt 30:17-5.

34.27 A punição mencionada foi adiada par causa do verdadeiro arrependimento, que é uma profunda experiência de transformação.
34.28 Eu te reunirei a teus pais, pode ser considerado como uma indicação de que o espírito se separa do corpo na morte, para esperar, juntamente com os demais espíritos justos, o dia da ressurreição do corpo que repousa em paz, na sepultura, até que o espírito ocupe o novo corpo, o ressurreto.

34.29 O rei percebeu a necessidade de não guardar a nova mensagem do Senhor só para si e reuniu o povo, para ouvir, também, à Palavra de Deus. Aquele que abriu o coração à mensagem divina, naturalmente o abrirá para a anunciar (At 4:20).

34.30 Todos as palavras. Não se declaram exatamente quais das partes da lei foram lidas, mas nota-se que a narrativa da aliança feita entre Deus e o povo concentra-se nos caps. 19 e 24 do livro de Êxodo. Não havia tempo para se ler o Pentateuco num único dia.

34.31 Mandamentos... testemunhos... estatutos. Estas palavras refletem a mensagem e o estilo de Moisés. De todo o coração e de todo a alma. É só dessa maneira que uma atitude religiosa é aceitável perante Deus.

34.32 Fizeram. A prática e a obediência aos preceitos revelados no livro descoberto mostram a atitude da vida regenerada (conforme Jc 1:22-59).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de II Crônicas Capítulo 34 do versículo 1 até o 33

16)    O reinado de Josias (34.1—35.27)
a) A reforma de Josias (34:1-33)
A reforma, iniciada por Josias e associada à descoberta do Livro da Lei (v. 15), recebe grande importância na narrativa de II Reis. O cronista, no entanto, não dá o mesmo significado a esse evento, e há algumas diferenças de apresentação nos dois registros. E possível que os dois relatos tenham sido resumidos com ênfases distintas e tenham usado fontes diferentes, apresentando os seus dados com destaques diferenciados, o que explicaria a aparente falta de harmonia entre os dois registros. E possível que os primeiros anos de Josias tenham sido, de fato, uma co-re-gência, provavelmente caracterizada por uma medida de moderação e tolerância, mas a época tornava-se crescentemente madura para uma reforma. A pregação profética, que havia sido reprimida nos reinados anteriores, agora se tornaria proclamação aberta, e os dois profetas relacionados com a reforma de Josias foram Sofonias e Jeremias.

Assurbanipal morreu em c. 627 a.C., o décimo segundo ano do reinado de Josias e o ano em que a reforma de fato começou (v. 3b). “Tanto Sofonias quanto Jeremias não pouparam palavras na condenação do paganismo da sua época e na advertência contra as conseqüências da apostasia permanente [...] e havia os que estavam dispostos a ouvir. A época estava madura tanto para a rebelião quanto para a reforma. Mesmo assim, o desafio à reforma não foi primariamente político, mas religioso, pois foi formulado acima de tudo por aqueles homens que estavam por trás do Livro da Lei que foi produzido em 622 a.C.” (John McKay, Religion in Judah under the Assyrians, 1973, p. 43). Ao combinarmos as duas fontes de II Reis e II Crônicas, é provável que as reformas de Josias tenham passado por três estágios. O primeiro, entre 632 e 631 a.C., o oitavo ano do seu reinado, foi confinado provavelmente à corte. O segundo estágio, em torno de 628 a 627 a.C., no décimo ano do seu reinado, foi o período em que a reforma pegou embalo e se espalhou por Jerusalém. E provável que essa tenha sido a época em que começou a purificação do templo, que, incidentalmente, coincidiu com o chamado de Jeremias para o ofício profético. O terceiro estágio, e talvez o momento crítico da reforma, ocorreu em 621 a.C., o décimo oitavo ano do reinado de Josias, quando o Livro da Lei, muito provavelmente Deuteronômio (como Jerônimo já pensava na sua época, c. 400 d.C.), foi descoberto no templo. A descoberta deu direção e autoridade às atividades reformadoras do rei.

Os v. 3-7 registram o início da reforma e os seus primeiros dois estágios no oitavo e no décimo segundo ano de Josias. O cronista destaca que a reforma originou-se nas atitudes corretas de Josias: sendo ainda bem jovem, ele começou a buscar o Deus de Davi (v. 3). Assim, já nos anos da sua infância e inexperiência “ele se comprometeu com o tipo de obediência que conduz à ação correta” (P. R. Ackroyd). Um ponto de interesse particular é a expansão da reforma para o território do Norte — as cidades das tribos de Manassés, de Efraim e de Simeão, e até mesmo de Naftali (v. 6). A conotação política desse tipo de movimento para o norte está bem clara e representa uma tentativa intencional de restaurar o antigo Israel como um reino unido e trazê-lo de volta à adoração a Javé. Os v. 8-13 introduzem o início da restauração do templo. O cronista destaca o ponto importante de que foi o rei que tomou a iniciativa de restaurar o templo, como Ezequias fizera anteriormente (29,3) e como Davi, ao planejar a construção original. Os versículos fazem um relato dos diversos oficiais que deveriam supervisionar a administração das ofertas e o trabalho dos consertos. A lista dos oficiais e dos seus nomes difere da de 2Rs 22:0. A profecia foi evidentemente desconfortável, e isso é destacado por meio da expressão todas as maldições (v. 24); conforme Dt 29:20.

A profecia específica do v. 28 a respeito do final de Josias não se cumpriu na realidade. E interessante que o cronista não tenha corrigido a profecia à luz dos eventos reais, o que é uma indicação da forma fiel em que essas profecias eram preservadas independentemente da situação que as seguia. A resposta do rei (v. 29-33) foi convocar as autoridades de Judá e de Jerusalém (v. 29) para se aconselhar com elas; isso resultou na renovação do relacionamento de aliança. Aqui também o cronista segue bem de perto a sua fonte em II Reis. A alteração significativa no v. 30 é o uso da palavra levitas no lugar de “profetas” em 2Rs 23:2. Os eruditos sugerem que isso reflete a perspectiva do cronista de que na sua época a proclamação da palavra de Deus, especialmente em termos de pregação, era função primordial dos levitas. Em outras palavras, é uma alteração in-terpretativa, sinalizando ao povo da sua época que a função profética agora estava nas mãos da comunidade levítica. A última parte do v. 32 e todo o v. 33 são uma ampliação feita pelo cronista para indicar que a aliança aplica-se a todo o Israel,


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de II Crônicas Capítulo 12 do versículo 1 até o 16

B. Os Reis de Judá. 12:1 - 36:16.

Os dezenove homens e unta mulher que ocuparam o trono de Davi de 930 a 586 A.C. voltaram em caráter desde o mais forte e melhor ao mais fraco e pior. O destino de cada nação é determinada grandemente pelo calibre de seus líderes e isto se notou marcadamente em Israel, onde a mão de Deus interveio e manifestou-se mais claramente do que em qualquer outro lugar. O cronista encoraja assim os homens dos seus dias à consagração, demonstrando com os milagrosos livramentos que Deus operou no passado em Judá como "a fé é a vitória" que vence o mundo (2Cr 20:20).

Contudo, ao mesmo tempo, e com os mesmos dados históricos, ele adverte-os contra o compromisso com o mundo, contra a indiferença à Lei, e contra o afastamento do Senhor. Pois o padrão fundamental da história de Judá é o da deterioração religiosa. O pecado se torna tão entranhado que nem mesmo um Josias consegue inverter a correnteza que leva para baixo: "Subiu a ira do Senhor contra o seu povo, e não houve remédio algum" (2Cr 36:16). Deus pode rejeitar o Seu povo que antes reconheceu! Em certos pontos II Cr. 12:1 - 36:16 corresponde a 1Rs 14:22 - 2Rs 24:20. A maior parte de Reis, entretanto, foi omitida, como por exemplo as vidas dos profetas e toda a história do Israel do norte (cons. Introdução, Ocasião). Mas para Judá o cronista fornece exemplos estimulantes de fé e livramento que não têm paralelo na narrativa mais resumida de Reis.


Moody - Comentários de II Crônicas Capítulo 34 do versículo 1 até o 27


16) Josias (639 *-608). 34:1 - 35:27. Josias foi o último rei bom de Judá, e em certos aspectos o maior de todos (veja comentário sobre 2Cr 34:2). Pois foi sua reforma no ano 621 A.C. que mais contribuiu para restaurar Israel na submissão ao Livro de Deus ; e foi a lealdade para com esta mesma palavra escrita que forneceu o reflexo da esperança para o judaísmo durante o Êxodo (cons. Dn 9:2; Ml 4:6), e pelos séculos afora até a volta de Cristo (Mt 5:17, Mt 5:18). 2Cr 34:1 analisa as primeiras reformas de Josias (2Cr 34:1-7); a grande reforma no seu décimo oitavo ano, que começou com os reparos no templo, durante os quais foi descoberto o importante livro da Lei (2Cr 34:8-33); a solene Páscoa do rei, que se seguiu (2Cr 35:1-19); e sua morte trágica (2Cr 35:20-27). O primeiro e terceiro destes tópicos foram pouco mais que mencionados na seção paralela em 2Rs 22:1 2Rs 23:30, enquanto outros assuntos (veja 2Cr 34:33, observação) receberam urna ênfase correspondente maior.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de II Crônicas Capítulo 34 do versículo 1 até o 33
o) Josias (2Cr 34:1-14). Compare-se com 2Rs 22:1-12.

>2Cr 34:3

>2Cr 34:33

2. A REFORMA (2Cr 34:3-14, 2Cr 34:33). Ver as seções XXXII f, h, em Reis. Enquanto que Crônicas situa toda a reforma antes das obras do templo e da descoberta do livro da lei, exceto por implicação no versículo 33, Reis situa-a toda depois disso. Em ambos os casos, atendeu-se à conveniência da narrativa. Nas seções respectivas em Reis encontrar-se à a maior parte das notas necessárias. Imagens (4); imagens (7); tradução correta: "altares de incenso" (compare-se com 2Cr 14:5).

>2Cr 34:8

3. AS OBRAS DO TEMPLO (2Cr 34:8-14). Ver notas sobre 2Rs 22:3-12. A menção de Manassés e de Efraim e de todo o resto de Israel (9) refere-se provavelmente àquelas pessoas das tribos do norte que se haviam fixado no sul (2Cr 11:16; 2Cr 15:9), mais do que àqueles que tinham ficado no norte, pois, ao contrário do reinado de Ezequias (2Cr 30:11), não há qualquer menção especial de gente do norte na Páscoa de Josias.

>2Cr 34:15

4. A DESCOBERTA DO LIVRO DA LEI (2Cr 34:15-14). Ver notas sobre 2Rs 22:8-12.

>2Cr 34:20

5. A MENSAGEM DE HULDA (2Cr 34:20-14). Ver notas sobre 2Rs 22:12-12. Abdon, filho de Mica (20); em 2Rs 22:12 temos, corretamente: "Acbor, filho de Micaías". Filho de Tocate, filho de Hasra (22); 2Rs 22:14, corretamente: "filho de Ticvá, filho de Harás".

>2Cr 34:29

6. O CONCERTO (2Cr 34:29-14). Ver nota sobre 2Rs 23:1-12. A omissão dos profetas no versículo 30 é propositada; ver 2Rs 22:14 n.


Dicionário

Caminhos

masc. pl. de caminho

ca·mi·nho
(latim vulgar *camminus, de origem celta)
nome masculino

1. Nome genérico de todas as faixas de terreno que conduzem de um a outro lugar.

2. Estrada, atalho, vereda.

3. Espaço que se percorre.

4. Direcção.

5. Meio, via.

6. Destino.

7. [Náutica] Rumo.


arrepiar caminho
Voltar para trás. = RETROCEDER

caminho coberto
[Fortificação] Espaço para passagem ao longo da contra-escarpa, no exterior do fosso de uma fortificação.

caminho coimbrão
Ramerrão, rotina.

caminho de cabras
Caminho estreito, íngreme e acidentado.

caminho de pé posto
Caminho que resulta da passagem repetida de pessoas. = ATALHO, CARREIRO

caminho de ronda
[Fortificação] Espaço estreito que serve de passagem ao longo do alto das muralhas de uma fortificação para serviço das ameias. = ADARVE

cortar caminho
Encurtar o percurso, encontrando um caminho mais curto. = ATALHAR

de caminho
De seguida. = IMEDIATAMENTE, LOGO

De passagem.

Na mesma ocasião; ao mesmo tempo. = SIMULTANEAMENTE

ser meio caminho andado
[Informal] Estar realizada boa parte do esforço ou do trabalho que é preciso fazer para concretizar algo.


Davi

Nome Hebraico - Significado: Amado.

o segundo e o mais ilustre dos reis de israel. Era filho de Jessé, bisneto de Rute, e nasceu em Belém, sendo o mais novo de uma família de dez. Davi, na sua mocidade, foi pastor, ocupação que nos países orientais era geralmente exercida pelos escravos, pelas mulheres, ou pelos íntimos da família. Apesar de tudo isto foi ungido por Samuel para ser rei de israel. Como era hábil tocador de harpa, foi chamado por Saul com o fim de suavizar a melancolia do infeliz monarca (1 Sm 16). o lugar do recontro de Davi com Golias foi Efes-Damim (1 Sm 17), que fica entre os montes da parte ocidental de Judá – e o ribeiro que corria entre dois exércitos era o Elá, ou ‘o Terebinto’, que hoje tem o nome de Wady Es-Sunt. A fama que Davi adquiriu pelo fato de ter vencido o gigante, se por um lado motivou o seu casamento com Mical, filha do rei, foi, também, causa de ter Saul maliciosos ciúmes do jovem guerreiro. Todavia, o rei nomeou Davi capitão da sua real guarda, posição somente inferior à de Abner, o general do exército, e à de Jônatas, o presuntivo herdeiro do trono. Davi e Jônatas vieram a ser dedicados amigos, mas a louca inveja e os maus intentos do rei arrastaram por fim Davi para o exílio. Ele foi ter primeiramente com o sacerdote Aimeleque, mas depois refugiou-se na corte de Aquis, o filisteu monarca de Gate, e dali pôde livrar-se, fingindo-se louco (1 Sm 19 a 21). Retirando-se de Gate, escondeu-se Davi na caverna de Adulão – e foi depois para uma fortaleza perto de En-Gedi – e mais tarde apareceu no bosque de Herete ao sul de Judá. Aqui se juntou a Davi um grupo de homens dedicados, que de boa vontade compartilhavam os seus perigos. É verdade que pertencer ao partido de Davi era uma situação perigosa, e isso se patenteou no assassinato de Aimeleque e dos sacerdotes que Doegue o idumeu, perpetrou por mandado de Saul (1 Sm 22). os amigos de Davi entraram na fortificada cidade de Queila, e esperava Saul apanhá-los ali de surpresa (1 Sm 23). Em contraste com a furiosa perseguição, movida contra Davi, manifesta-se a cavalheiresca atenção do fugitivo para com ‘o ungido do Senhor’, como se mostrou quando ele poupou a vida de Saul no deserto de En-Gedi (1 Sm 24), e no deserto de Zife (1 Sm 26). Foi para esta nobre disposição que Abigail apelou no caso do insensato Nabal (1 Sm 25). Por algum tempo achou Davi abrigo junto de Aquis, rei de Gate, e então Saul não o procurou mais (1 Sm 27.4). Na ausência de Davi, foi tomada Ziclague e incendiada pelos amalequitas – mas Davi perseguiu os invasores, derrotou-os, e assim pôde livrar do cativeiro muitas pessoas, entre as quais estavam as suas próprias mulheres (1 Sm 30). Depois da desastrosa batalha de Gilboa (1 Sm 31), proferiu Davi aquela tocante lamentação a respeito de Saul e Jônatas (2 Sm 1). Davi veio a ser, então, rei de Judá – foi ungido em Hebrom (2 Sm 2), e reinou ali por mais de sete Prolongada guerra houve entre a casa de Saul e a casa de Davi (2 Sm 3.1). Mas, depois do assassinato de is-Bosete, filho de Saul (2 Sm 4), ato que foi fortemente desaprovado por Davi, tornou-se ele rei de todo o povo de israel (2 Sm 5). Pensou, então, em conquistar uma fortaleza, a única que no centro daquela terra tinha resistido às forças do povo escolhido. Por meio de um repentino assalto foi tomada a cidade de Jebus, sendo daí para o futuro conhecida pelo seu antigo nome Jerusalém, e também pelo nome de Sião (2 Sm 5). Esta cidade foi grandemente fortificada, tornando-se a capital do reino. A arca foi transportada com grande solenidade de Quiriate-Jearim sendo construída uma nova tenda ou tabernáculo para recebê-la (2 Sm 6). A prosperidade continuou a bafejar as armas de Davi – mas no meio de tantos triunfos, quando o seu exército estava cercando Rabá, caiu ele nas profundezas do pecado, planejando a morte de Urias, depois de ter cometido adultério com Bate-Seba (2 Sm 11). Convencido da sua grave falta, arrependeu-se, implorando a misericórdia do Senhor, e foi perdoado – mas a parte restante da sua vida foi amargurada com questões de família. Absalão, seu filho muito amado, revoltou-se contra ele, e por algum tempo Davi teve de exilar-se – mas por fim morreu o ingrato e revoltado israelita, que tanto martirizou seu pai (2 Sm 15 a 18). o insensato procedimento do rei, na numeração do povo, enevoou ainda mais a vida de Davi (2 Sm 24). Finalmente, depois de ter Adonias pretendido o trono, abdicou Davi em favor de Salomão, confiando-lhe, além disso, a tarefa de edificar o templo, para o qual ele tinha reunido muitos materiais. E, depois das recomendações finais ao seu sucessor, descansou com seus pais, ‘e foi sepultado na cidade de Davi’ (1 Rs 1 e 2). A vida de Davi acha-se cheia de incidentes românticos e de contrastes surpreendentes. É, realmente, uma história humana, que manifesta tanto a fraqueza como a força de uma alma de extraordinária capacidade. o ter sido qualificado Davi como homem ‘segundo o coração de Deus’ (1 Sm 13.14 e At 13:22) não significa, de forma alguma, que Davi fosse homem perfeito, mas somente que ele era um agente escolhido do Senhor para os Seus profundos desígnios. os pecados de Davi foram causa de graves acontecimentos na sua vida, mas nele se via um homem que se humilhou a si mesmo em grande arrependimento na convicção de haver pecado (2 Sm 12). Sobre o caráter geral de Davi diz o deão Stanley o seguinte: ‘Tendo em vista a complexidade dos elementos que constituem o caráter de Davi, a paixão, a ternura, a generosidade, a altivez, as suas qualidades de soldado, pastor, poeta, estadista, sacerdote, profeta, rei – considerando ainda nesse homem extraordinário o amigo romântico, o guia cavalheiresco, o pai dedicado, não se encontra em todo o A.T. outra pessoa com a qual ele se possa comparar… É ele o tipo e a profecia de Jesus Cristo. Não se chama a Jesus o filho de Abraão, ou o filho de Jacó, ou o filho de Moisés, mas sim o ‘filho de Davi’.

Dados Gerais

Davi é o nome do maior rei de Israel e o ancestral humano do Senhor Jesus. Sua história, suas realizações e seus problemas receberam um tratamento extensivo, de I Samuel 16 a II Reis 1 e em I Crônicas 2:29. O significado do nome ainda é incerto. A conexão com a palavra acadiana dawidûm (chefe, comandante) é atraente, embora duvidosa. É mais provável que esteja associado com a raiz hebraica dwd (amor), para dar o significado de “amado”. Alguns sugerem que Davi seja um cognome real e que seu nome é Elanã (Heb. “Deus é gracioso”), o herói que matou Golias (2Sm 21:19). Embora essa solução possa resolver a aparente discrepância entre I Samuel 17, cujo texto relata que Davi matou Golias, e II Samuel 21:19, o qual menciona que foi Elanã quem matou o gigante, cria outro problema: por que então Elanã seria relacionado na lista dos heróis de Davi? Outra sugestão é feita a partir de I Crônicas 20:5, que identifica Elanã como o herói que matou Lami, irmão de Golias. Desde que não se tem certeza se foi em II Samuel 21:19 ou em I Crônicas 20:5 que houve uma corrupção textual, a identificação de Elanã é incerta.

Antecedentes

Davi era o mais novo dos oito filhos de Jessé, um efrateu de Belém (1Sm 17:11-12). Jessé era descendente da tribo de Judá e bisneto de Boaz e Rute, a moabita (Rt 4:18-22; cf. 1Cr 2:1-15; Mt 1:2-6; Lc 3:31-38).

Na juventude, Davi cuidava dos rebanhos da família. Como pastor, aprendeu a cuidar dos animais, bem como a protegê-los dos predadores. Essa experiência o ensinou a depender do Senhor, conforme afirmou para Saul: “O Senhor que me livrou das garras do leão, e das garras do urso, me livrará da mão deste filisteu” (1Sm 17:37).

Davi era também um bom músico. Quando Saul sofria de depressão e crises de melancolia, seus servos, conhecendo a reputação desse jovem, mandaram chamá-lo (1Sm 16:16). Um deles disse: “Vi um filho de Jessé, o belemita, que sabe tocar bem, e é forte e valente, homem de guerra, sisudo em palavras, e de boa aparência. E o Senhor é com ele” (v. 18). Esse texto relaciona várias características de Davi: seu talento musical, sua bravura, eloquência, boa aparência, mas, acima de tudo, a presença do Senhor em sua vida.

Davi eleito por Deus para ser rei

Davi era notável, tanto por seu amor a Deus como por sua aparência física (1Sm 16:12). Depois que Saul foi rejeitado por seus atos de desobediência (1Sm 15:26), o Senhor incumbiu Samuel da tarefa de ungir um dos filhos de Jessé. Os mancebos passaram um por vez diante do profeta, mas nenhum deles foi aprovado por Deus. Depois que os sete mais velhos foram apresentados a Samuel, ele não entendeu por que o Senhor o enviara a ungir um rei naquela casa. O profeta procurava um candidato que se qualificasse por sua estatura física. Afinal, anteriormente tinha dito ao povo que Saul preenchia os requisitos, devido à sua bela aparência: “Vedes o homem que o Senhor escolheu? Não há entre o povo nenhum semelhante a ele” (1Sm 10:24).

Jessé disse a Samuel que seu filho mais novo, chamado Davi, ainda cuidava dos rebanhos. Depois que foi trazido diante do profeta, ele teve certeza que aquele jovem atendia aos padrões de Deus, pois “o Senhor não vê como vê o homem. O homem olha para o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração” (1Sm 16:7). Davi recebeu duas confirmações de sua eleição: Samuel o ungiu numa cerimônia familiar e o Espírito do Senhor veio sobre ele de maneira poderosa (v.13).

Davi com Saul

Os caps. 16 a 31 de I Samuel são uma antologia solta de histórias, que, como coletânea, receberam o título de “A história da exaltação de Davi”. O propósito dessas narrativas é defender Davi das acusações de ter agido de maneira subversiva, usurpando o trono da família de Saul, sendo responsável pelas mortes de Saul, Jônatas, Abner e Is-Bosete. Deus operava claramente em todas as circunstâncias da vida de Davi, que o elevaram da posição de pastor de ovelhas a músico no palácio do rei, de lutar contra animais selvagens até suas vitórias sobre os filisteus e de herói nacional a refugiado político.

Primeiro, Davi foi convidado para servir ao rei Saul como músico. Saul sofria de melancolia, porque o Espírito do Senhor o abandonara (1Sm 16:14). Na corte, Davi agradou ao rei, o qual o nomeou seu escudeiro (v. 21).

Segundo, Deus agiu rapidamente, quando os filisteus atacaram 1srael (1Sm 17). O gigante filisteu, chamado Golias, desafiava Saul e todo o Israel várias vezes por dia, por um espaço de 40 dias (1Sm 17:16). Aconteceu de Davi levar suprimentos para seus irmãos que estavam no acampamento de guerra e teve oportunidade de ouvir o desafio do gigante. Movido por seu zelo pelo Senhor, seu amor pelo povo e pela alta recompensa — riqueza, casamento com a filha do rei Saul e a isenção de pagar impostos — Davi apresentou-se como voluntário para enfrentar Golias naquela batalha. O Senhor estava com ele. Davi triunfou sobre o filisteu, ao matá-lo com uma funda e uma pedra (1Sm 17:50).

Terceiro, Davi foi convidado para morar no palácio real (1Sm 18:2). Os membros da família do rei o amavam. “A alma de Jônatas ligou-se com a de Davi, e Jônatas o amou como à sua própria alma” (v. 1). Este filho de Saul chegou ao ponto de fazer uma “aliança” com Davi (v. 3). Como expressão de seu profundo amor e respeito pelo filho de Jessé, deu-lhe suas roupas e armadura (v. 4). Mical também amava Davi (v. 20).

Como sempre acontece, quando muitas coisas boas surgem, a fortuna tornou-se em sina. A fama de Davi cresceu rapidamente. Por toda a nação, as mulheres louvavam seu nome e faziam comparações positivas entre o jovem e o rei: “Saul feriu os seus milhares, porém Davi os seus dez milhares” (1Sm 18:7). Esse contraste suscitou o ciúme do rei (v. 8). Ele sabia que seus dias como monarca estavam contados e tinha de proteger o trono para sua família. Assim começaram as atitudes de hostilidade explícita contra Davi. O narrador de I Samuel escreveu: “Daquele dia em diante, Saul trazia Davi sob suspeita” (v. 9).

O ciúme de Saul deixou-o cego. Foi extremamente desleal, pois voltou atrás em sua promessa de dar a filha mais velha, Merabe, em casamento a Davi (1Sm 18:17). Exigiu que o jovem enfrentasse os filisteus em batalha, na esperança de que perdesse a vida. Davi, ainda relutante em aceitar casar-se com um membro da família real, procurou imediatamente agradar ao rei. Nesse meio tempo, Merabe foi dada a outro homem (1Sm 18:19). De maneira vil, Saul desafiou-o a demonstrar sua bravura e seu valor novamente, mediante a matança de 100 filisteus, como um tipo de dote. Estava aborrecido por ser obrigado a dar Mical como esposa para Davi, porque sabia que o Senhor estava com ele e via o amor da filha por Davi como traição contra seu reinado (1Sm 18:28).

Quarto, por meio de sua amizade com o filho do rei, Davi foi avisado com antecedência do profundo ódio de Saul contra ele, bem como de seus planos de matá-lo. Jônatas amava de verdade o filho de Jessé (1Sm 19:1) e não se preocupava com suas proezas militares, nem com sua crescente popularidade. Intercedeu em favor dele e o convidou para voltar ao palácio (v. 7), mas gradualmente percebeu que seu pai realmente estava determinado a matá-lo. O rei fez algumas tentativas para eliminar Davi no palácio (v. 10) e até mesmo na própria casa do genro (v. 11). Davi e Jônatas foram obrigados a se separar. O filho do rei sabia que Davi corria risco de vida; compreendia também que Deus tinha um plano especial para a vida do amigo. Os dois fizeram uma aliança para toda a vida e se separaram (1Sm 20:16-42).

Saul contra Davi

Saul fez tudo para livrar-se de Davi. Expulso da corte, o filho de Jessé buscou refúgio junto a Aquis, rei filisteu de Gate. Temeroso de que a boa vontade do anfitrião mudasse a qualquer momento, foi para Adulão (1Sm 22). Ali, liderou um bando de foras-dalei. Trouxe sua família para a segurança de Moabe e retornou, a fim de enfrentar os perigos de sua vida de eLivros. Qualquer um que tentasse colaborar com Davi era morto por Saul, como aconteceu com os sacerdotes de Nobe (1Sm 21:22). Para onde quer que ele fosse, o rei ficava sabendo e o perseguia.

Enquanto isso, o apoio a Davi crescia cada vez mais. Bandidos, muitos deles guerreiros habilidosos, reuniram-se a ele. Abiatar, um sacerdote que escapou do massacre em Nobe, e o profeta Gade também se uniram a Davi. Este, por suas muitas façanhas, fazia com que as pessoas ficassem em débito para com ele. Reduziu a ameaça dos filisteus, como fez, por exemplo, em Queila (1Sm 23). Ele e seu homens também tornaram-se defensores dos moradores de Judá que eram constantemente ameaçados por saqueadores estrangeiros e viviam da parte que recebiam das colheitas, rebanhos e do gado que ajudavam a proteger. Nem todos os criadores, porém, estavam dispostos a compartilhar com eles alguma coisa. Nabal, um rico fazendeiro, tinha recebido tal proteção de Davi e seus homens, mas era avarento demais para recompensá-los pelo trabalho (1Sm 25). O filho de Jessé ficou furioso, mas Abigail, esposa de Nabal, foi ao seu encontro com vários presentes. Depois da morte do marido, ela se tornou esposa de Davi (1Sm 25:42).

Por duas vezes Davi teve oportunidade de vingar-se de Saul, mas, ao invés de matá-lo, poupou sua vida. Sua existência tornou-se tão opressiva que foi obrigado a buscar refúgio com Aquis, rei de Gate. Recebeu a cidade de Ziclague para morar com seus homens, de onde ajudava Saul a reduzir as forças dos filisteus (1Sm 27). Aquis tinha tamanha confiança na lealdade de Davi, que o levou consigo como parte de suas tropas numa batalha em Gilboa, contra os israelitas (1Sm 28). Os filisteus não deveriam ficar apreensivos pelo conflito de interesses; Davi lutaria contra seu próprio povo (1Sm 29). No entanto, ele retornou a Ziclague e descobriu que a cidade fora saqueada e incendiada e a população, levada cativa pelos amalequitas. Enquanto os filisteus esmagavam os israelitas no norte, Davi perseguiu os invasores e colocou um fim em suas hostilidades.

Davi é exaltado ao reino

Saul e Jônatas foram mortos na batalha em Gilboa (2Sm 1:4). Ao invés de comemorar este acontecimento, Davi chorou pelo rei e por seu amigo (2Sm 1:19-27). As notícias sobre a morte de Saul correram rápido, mas as reações foram bem diferentes em todo país. As tribos do Norte reconheceram 1s-Bosete, filho do rei, como o legítimo representante do trono (2Sm 2:8-9). A tribo de Judá permaneceu leal a Davi e separou-se da união, ao tornar Hebrom a capital do novo reino (2Sm 2:3-4).

Não demorou muito para que o povo descobrisse a incompetência de Is-Bosete. Abner, seu comandante militar, junto com outros cidadãos importantes, procurou Davi e abriu negociações com ele, as quais foram interrompidas quando Joabe assassinou Abner, em vingança pela morte de seu irmão. O enfraquecimento do Norte encorajou a morte de Is-Bosete e as tribos voltaram à união sob o reino de Davi (2Sm 5:1-3).

Esse reino, agora unificado, primeiro teve Hebrom como seu centro. Mas, desejoso de ter uma localização melhor e reconhecedor do problema estratégico gerado pela proximidade dos cananeus, Davi determinou a conquista de Jerusalém. A cidade nunca pertencera aos israelitas e localizava-se num ponto estratégico, em um cruzamento entre o leste e o oeste, o norte e o sul. Joabe, o comandante militar, liderou uma campanha bem-sucedida contra aquela localidade e a conquistou para o rei.

Davi consolidou seu reino, ao fazer de Jerusalém sua capital administrativa. Era uma cidade neutra, pois não tinha qualquer ligação especial nem com as tribos do Norte nem com as do Sul (2Sm 5:9-10). O crescimento do poderio de Davi não passou despercebido. Hirão, rei de Tiro, enviou seus carpinteiros e pedreiros, a fim de construir um palácio para ele (2Sm 5:11). Esse ato firmou o relacionamento entre os dois reis. Por incrível que pareça, o fortalecimento da posição do filho de Jessé ameaçou a paz relativa de que Israel gozava. Os filisteus não perturbaram o país durante os dois primeiros anos do reinado de Davi. Com o crescimento de seu poder, entretanto, decidiram acabar com sua grande popularidade. O rei resistiu a cada ataque com sucesso e finalmente definiu a fronteira do reino na planície costeira (2Sm 5:19-25).

Jerusalém como centro do reino de Davi

A paz estabelecida em Israel encorajou Davi a persuadir as tribos a reconhecer Jerusalém como centro religioso, ao levar para lá a Arca da Aliança, o símbolo central do relacionamento e da aliança do povo com Deus (2Sm 6). (Veja o verbete Aliança.) Após encontrar descanso em Jerusalém, Davi buscou a aprovação do Senhor para providenciar um centro definitivo ao culto e à adoração em Israel, por meio da construção de um Templo (2Sm 7). Deus modificou a oferta de Davi, pois concedeu a ele uma “casa” (dinastia) e permitiu que seu filho construísse uma “casa” permanente para o Senhor. A promessa de uma dinastia foi incorporada a uma aliança de concessão. A proposta concedia a Davi um lugar perpétuo no reino de Deus, ao colocar sobre ele o privilégio de ser um “filho” de Deus. O Salmo 2 celebra a condição do filho como o que experimenta uma posição privilegiada e recebe autoridade para estabelecer o reino de Deus (veja Sl 72), submeter as nações, quando necessário pela força, e trazer as bênçãos do Senhor sobre todos os fiéis, em todas as partes da Terra. Essas promessas cumprem a aliança que Deus fez com Davi. O Pacto Davídico é uma administração soberana, feita pela graça, segundo a qual o Senhor ungiu Davi e sua casa para estabelecer seu reino e efetivamente trazer um reinado de paz, glória e bênção. Jesus e os apóstolos afirmaram que essas promessas encontram seu foco e recebem sua confirmação em Cristo (o “Messias”). Ele é o “ungido” que recebeu autoridade e poder (Mt 28:20; At
2) do alto sobre toda a criação, inclusive a Igreja (Cl 1).

Encorajado pelas promessas de Deus e feliz pela consolidação do destaque de Israel entre as nações, Davi seguiu adiante. Fortaleceu Jerusalém, desenvolveu uma administração de governo centralizada, expulsou as forças invasoras e foi agressivo no estabelecimento da paz em Israel. Subjugou os filisteus, moabitas, edomitas e amonitas (2Sm 12:29-31). Cobrou impostos dos arameus e das nações que decidiu não subjugar (2Sm 8;10). Depositou a maior parte dos tributos e espólios no fundo para a construção do Templo (2Sm 8:11-12). Embora fosse severo em sua justiça para com as nações, o rei foi generoso no trato com Mefibosete, filho de Jônatas. Providenciou-lhe um lugar e garantiu-lhe um sustento vitalício (2Sm 9). Provavelmente esse período foi marcado por uma severa crise de fome (2Sm 21:1). A dificuldade era tão grande que Davi pediu uma explicação ao Senhor. Foi-lhe revelado que a escassez de alimento era resultado do juízo de Deus, pelo equivocado zelo de Saul, ao tentar aniquilar os gibeonitas (2Sm 21:2), povo que buscara e recebera proteção de Israel, na época de Josué (Js 9:15-18-26). A morte de sete descendentes de Saul, sem incluir Mefibosete, satisfez a exigência de justiça feita pelos gibeonitas. Deus graciosamente removeu a maldição e renovou a terra com chuva abundante. Davi levou os ossos de Saul, Jônatas e dos sete que foram mortos e os enterrou na sepultura de Quis (2Sm 21:14).

A queda de Davi

A partir deste ponto, a história de Davi é uma mistura de tragédia e providência divina. Ele se tornou um personagem trágico. Elevado pela graça de Deus a uma posição de imenso poder, desejou ardentemente Bate-Seba, com quem teve relações sexuais; ao saber que estava grávida, tentou encobrir seu pecado, ordenou que Urias, o marido dela, fosse morto no campo de batalha e casou-se com ela legalmente (2Sm 11). O profeta Natã proferiu um testemunho profético, condenando a concupiscência e a cobiça de Davi e seu comportamento vil (2Sm 12). O rei confessou seu pecado e recebeu perdão (2Sm 12:13; cf. Sl 32:51), mas sofreu as conseqüências de sua perfídia pelo resto da vida. O bebê que nasceu da união com Bate-Seba ficou doente e morreu.

Conseqüentemente, Davi experimentou instabilidade e morte em sua família. Amnom violentou a própria irmã, Tamar, e causou a desgraça dela (2Sm 13); foi assassinado por Absalão, irmão da jovem. Este fugiu para salvar a vida e permaneceu eLivros por dois anos. Davi almejava revê-lo e foi encorajado por Joabe, o qual o enganou, ao forçá-lo a seguiu um conselho que lhe fora dado por uma mulher de Tecoa. Esta, orientada por Joabe, fora ao rei pedindo proteção para o filho que assassinara o irmão. Joabe trouxe Absalão de volta, mas não ao palácio real. Depois de dois anos, o filho do rei voltou ao palácio, conquistou a simpatia do povo e pensou numa maneira de reconquistar o favor do pai (2Sm 14).

Como resultado, Davi experimentou uma guerra civil dentro do país. Absalão tivera tempo para elaborar planos, a fim de perturbar a ordem. Durante quatro anos, preparara-se cuidadosamente para o momento em que o povo o apoiaria, em detrimento de seu velho pai. Absalão foi coroado rei em Hebrom e rapidamente partiu em direção a Jerusalém (2Sm 15). Davi saiu da capital com um grupo de seguidores e deixou vários conselheiros de confiança para trás (Abiatar, Zadoque e Husai). Husai dava conselhos equivocados a Absalão e enviava mensageiros a Davi, a fim de informar todos os movimentos dele (2Sm 17). A guerra trouxe resultados desastrosos para as forças do filho do rei, o qual morreu pendurado em uma árvore pelos cabelos. A vitória foi clara, mas Davi sofreu mais com a perda de Absalão do que sentiu alegria pela vitória.

O rei voltou para Jerusalém com o apoio dos habitantes do Sul do país, os quais anteriormente haviam seguido Absalão. As tribos do Norte sentiram-se traídas pela falta de respeito demonstrada pelos moradores do Sul, pois elas também tinham apoiado o rei e dado a extensão de seu território nas mãos dele; por isso, precisavam ser ouvidas. A tribo de Judá alegou que o rei lhes pertencia e ofendeu os habitantes do Norte com a sua insolente arrogância (2Sm 19:40-43).

Conseqüentemente, a união entre as tribos ficou enfraquecida ao extremo. A dissidência rapidamente cresceu e culminou em outra guerra civil, sob a liderança de Seba, filho de Bicri, da tribo de Benjamim. Davi enviou Amasa para recrutar guerreiros de Judá, a fim de sufocar a rebelião. Como este demorou muito a retornar, o rei comissionou Abisai para perseguir Seba. (Joabe perdera o favor do rei e o cargo, por ter matado Absalão, e agora estava sob as ordens de Abisai.) Quando Amasa, que se aliara a Seba, e Joabe se encontraram, este o matou e reassumiu o comando das tropas. Perseguiu a Seba até Abel-Bete-Maaca e sitiou a cidade. Uma mulher sábia salvou a cidade, ao comprometer-se a atirar a cabeça de Seba por cima do muro. Joabe retornou a Jerusalém como general, com o crédito de ter acabado com a rebelião (2Sm 20:23).

Os últimos dias de Davi

No término de sua vida, Davi tinha realizado o objetivo de solidificar Israel contra os filisteus, ao sudoeste; os edomitas, ao sudeste; os moabitas e amonitas, ao leste; e os arameus, ao norte. Havia estendido seu reino por todas as áreas da terra que fora prometida a Abraão (Gn 15:18-19). Desenvolveu uma administração eficiente, pela qual era capaz de governar esse vasto império. Um excelente exército era mantido constantemente de prontidão, para assegurar a paz e a estabilidade dentro do reino. Por causa de seu sucesso, Davi confiou em si mesmo e decidiu fazer um censo.

Isso desagradou ao Senhor, que enviou uma praga contra o reino. O próprio rei foi o responsável pela morte de muitos inocentes. Por isso, comprou um campo e ofereceu um sacrifício a Deus, que expressava arrependimento por sua presunção. Esse local, a eira de Araúna, no futuro se tornaria o lugar onde Salomão construiria o Templo (2Sm 24:1-25).

Davi ordenou que Salomão fosse ungido rei, após ouvir que seu filho Adonias fizera uma tentativa de usurpar o trono (1Rs 1:1-2:12). Preveniu o seu sucessor sobre várias pessoas que poderiam comprometer a estabilidade de seu reinado: Joabe, o comandante, e Simei, o rebelde (1Rs 2:8-9). Incumbiu-o de permanecer fiel a Deus, porque no Senhor estava a fonte do poder e a perpetuidade da dinastia.

Conclusão

Davi era humano, mas permaneceu fiel ao Senhor durante toda sua vida. Embora tenha pecado tragicamente contra Deus e o próximo, era um homem humilde. A sua força estava no Senhor, desde o princípio até o fim de seus dias. Os salmos atribuídos a ele falam desta verdade. Tal afirmação sobre sua confiança em Deus é também encontrada no final de II Samuel: “O Senhor é a minha rocha, a minha fortaleza e o meu libertador. Meu Deus é a minha rocha, em quem me refugio; o meu escudo, e força da minha salvação. Ele é o meu alto retiro, meu refúgio e meu Salvador — dos homens violentos me salvaste” (2Sm 22:2-3). Os cânticos compostos por ele também trazem a correlação entre a humildade, a obediência e a bondade de Deus. Conforme Davi escreveu: “Com o puro te mostras puro, mas com o perverso te mostras sagaz. Livras o povo humilde, mas teus olhos são contra os altivos, e tu os abates” (2Sm 22:27-28). O Senhor não apenas mostrou seu poder para Davi e seus contemporâneos, mas também comprometeu-se a proteger todo o seu povo por meio do ungido, que descenderia do referido rei. Essa é a essência da Aliança Davídica.

Os escritores do NT testemunham sobre a conexão entre Davi e Cristo. A genealogia de Jesus recua até o filho de Jessé (Mt 1:1). Ele é o governante sobre o trono de Davi, cujo reino se estende até os confins da Terra. É o cabeça da Igreja (Cl 1:18) e trará todas as nações ao conhecimento de sua soberania (1Co 15:25; cf. At 2:35). Ele estabelecerá o reino de Deus sobre a Terra (1Co 15:27-28) e, por esse motivo, cumpre as promessas em benefício de todo o povo do Senhor, tanto judeus como gentios.

W.A. e V.G.


Davi [Amado] - O segundo rei do reino unido de Israel. Ele reinou de 1010 a 970 a.C. Tomou Jerusalém e a tornou a capital religiosa do reino. Levou a arca para lá (2Sa
6) e organizou os serviços de adoração (1Ch 15—16). Ampliou o reino (2Sm 8:10-12) e ajuntou materiais para a construção do TEMPLO (1Ch 22). Foi governador, guerreiro, músico e poeta. E foi um dos antepassados de Jesus (Mt 1:1). V. SAMUEL, SEGUNDO LIVRO DE e o mapa OS REINOS DE SAUL, DAVI E S

Davi O segundo rei de Israel (final do séc. XI e início do séc. X a.C.). De sua descendência viria o messias — daí ele ser chamado “Filho de Davi” (Mt 9:27; 12,23; 15,22; 20,30ss.; Mc 11:10) — que também deveria nascer em sua cidade natal: Belém (Mq 5:2). Tanto Lucas como Mateus relacionam Jesus com a estirpe messiânica e o fato deve ser reconhecido como histórico, ainda que seja bem provável que não fosse importante o ramo a que pertencia.

Como outros tantos judeus de sua época, Jesus enfatizou a ascendência davídica do messias, o seu caráter preexistente, baseado em uma leitura peculiar do Salmo 110, que tem paralelos, entre outros, com os essênios de Qumrán (Mt 22:41ss.).


Desviar

verbo transitivo direto , bitransitivo e pronominal Mudar a direção de; afastar: desviar um rio; desviar um carro da estrada; a tempestade se desviou para o norte.
verbo transitivo direto Alterar o destino ou a aplicação de: desviar as verbas do orçamento.
Desencaminhar, subtrair fraudulentamente: desviar documento de processo.
Fazer com que algo não siga em linha reta; entortar.
Aplicar desonestamente um valor ou verba destinado para algo específico; furtar, roubar: desviar dinheiro público.
verbo transitivo indireto Livrar: desviar do perigo.
verbo transitivo direto e bitransitivo Alterar o uso, a razão, o caminho de; desencaminhar: desviar uma carga do destino.
verbo transitivo direto e pronominal [Número] Seguir no caminho errado; divergir: seus comportamentos se desviaram dos demais.
Ser incomum, diferente; divergir: filho que se desviou dos outros.
Etimologia (origem da palavra desviar). Des + via + ar.

Direita

substantivo feminino Reunião dos parlamentares, dos políticos ou das organizações políticas que se pautam ou seguem preceitos tradicionais e conversadores.
Por Extensão Corrente política que se opõe à esquerda, aos comunistas ou socialistas.
[Política] Parlamentares que, numa assembléia, estão opostos à esquerda.
Destra; a mão direita; a mão contrária à esquerda: escreve com a direita.
O lado oposto ao esquerdo; o lado direito: andava sempre pela direita.
Futebol. A perna direita: chutava com a direita.
Etimologia (origem da palavra direita). Feminino de direito; do latim directus.a.um.

grego: destra, gazeta

Direita O lado mais nobre do ser humano (Mt 5:29ss. e 39). O lugar mais favorável — por oposição à esquerda (Mt 25:33) — ocupado pelos redimidos em relação ao messias, e pelo Filho do homem em relação a Deus (Mt 22:44; 26,64; Mc 16:19).

Era

substantivo feminino Época fixa a partir da qual se começam a contar os anos.
Figurado Época notável em que se estabelece uma nova ordem de coisas: a era romântica; a era espacial.
Período histórico que se sobressai por suas características próprias, por situações e acontecimentos importantes.
Qualquer intervalo ou período de tempo; século, ano, época.
expressão Era Cristã. Tempo que se inicia a partir do nascimento de Jesus Cristo.
Era Geológica. Cada uma das cinco grandes divisões da história da Terra.
Etimologia (origem da palavra era). Do latim aera.

outro

Era Período longo de tempo que começa com uma nova ordem de coisas (Lc 20:35, RA).

Erã

Um dos netos de Efraim e filho de Sutela. Tornou-se líder do clã dos eranitas.


Esquerda

substantivo masculino Lado que se opõe ao direito: ultrapasse e siga pela esquerda.
[Política] Conjunto de pessoas ou de organizações políticas com ideologias socialistas ou comunistas.
[Política] Ideologia política que se opõe ao capitalismo ou aos regimes de direita, tradicionais e conservadores.
[Política] Reunião dos parlamentares que têm ideias progressistas e avançadas e que, normalmente, se sentam à esquerda do presidente.
Designação da mão esquerda; sinistra: é canhoto e escreve com a esquerda.
Futebol. Perna esquerda, em oposição à direita: chuta com a esquerda.
Etimologia (origem da palavra esquerda). Feminino de esquerdo.

Olhos

substantivo masculino Orgãos externos da visão: meus olhos enxergaram o pôr do sol.
Figurado Excesso de zelo, de cuidado, de atenção: estou de olhos nisso!
Figurado Aquilo que clarifica; luz, brilho.
locução adverbial A olhos vistos. De modo evidente, claro; evidentemente.
expressão Abrir os olhos de alguém. Dizer a verdade sobre alguma coisa.
Falar com os olhos. Mostrar com o olhar seus sentimentos e pensamentos.
Comer com os olhos. Olhar atenta e interesseiramente; cobiçar.
Custar os olhos da cara. Ser muito caro.
Ser todo olhos. Olhar muito atentamente.
Etimologia (origem da palavra olhos). Plural de olho, do latim oculus.i.

-

Pai

substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
Indivíduo em relação aos seus filhos.
Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
[Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
expressão Pai Eterno. Deus.
Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.

substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
Indivíduo em relação aos seus filhos.
Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
[Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
expressão Pai Eterno. Deus.
Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.

Esta palavra, além da sua significação geral, toma-se também na Escritura no sentido de avô, bisavô, ou fundador de uma família, embora remota. Por isso os judeus no tempo de Jesus Cristo chamavam pais a Abraão, isaque e Jacó. Jesus Cristo é chamado o Filho de Davi, embora este rei estivesse distante dele muitas gerações. Pela palavra ‘pai’ também se compreende o instituidor, o mestre, o primeiro de uma certa profissão. Jabal ‘foi o pai dos que habitam nas tendas e possuem gado’. E Jubal ‘foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta’ (Gn 4:20-21). Também se emprega o termo no sentido de parentesco espiritual bom ou mau – assim, Deus é o Pai da Humanidade. o diabo é cognominado o pai da mentira (Jo 8:44). Abraão é o pai dos crentes. É igualmente chamado ‘o pai de muitas nações’, porque muitos povos tiveram nele a sua origem. Na idade patriarcal a autoridade do pai na família era absoluta, embora não tivesse o poder de dar a morte a seus filhos (Dt 21:18-21).

Os pais não são os construtores da vida, porém, os médiuns dela, plasmando-a, sob a divina diretriz do Senhor. Tornam-se instrumentos da oportunidade para os que sucumbiram nas lutas ou se perderam nos tentames da evolução, algumas vezes se transformando em veículos para os embaixadores da verdade descerem ao mundo em agonia demorada.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

Os pais humanos têm de ser os primeiros mentores da criatura. De sua missão amorosa decorre a organização do ambiente justo. Meios corrompidos significam maus pais entre os que, a peso P de longos sacrifícios, conseguem manter, na invigilância coletiva, a segurança possível contra a desordem ameaçadora.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 12

Os pais da Terra não são criadores, são zeladores das almas, que Deus lhes confia, no sagrado instituto da família.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Ser pai é ser colaborador efetivo de Deus, na Criação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz no lar: seleta para uso no culto do Evangelho no lar• Por diversos Espíritos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 46

[...] [Os pais são os] primeiros professores [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 16


Pai Maneira de falar de Deus e com Deus. No AT Deus tratava o povo de Israel como seu filho (Ex 4:22); (Dt 1:31); 8.5; (Os 11:1). Jesus chamava Deus de “Pai” (Jo 5:17). Ele ensinou que todos aqueles que crêem nele são filhos de Deus (Jo 20:17). Ver também (Mt 6:9) e Rm

Pai Ver Abba, Deus, Família, Jesus, Trindade.

substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
Indivíduo em relação aos seus filhos.
Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
[Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
expressão Pai Eterno. Deus.
Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.

Reto

Reto
1) Que possui RETIDÃO 1, (1:1; At 10:22, RA).


2) Certo; correto (Ex 15:26; At 8:21).


adjetivo Que não tem curvatura; direito.
Que vai sempre na mesma direção; direto.
Figurado Que se comporta com justiça, integridade, honestidade; justo; íntegro, verdadeiro, honesto, probo: parlamentar reto.
Gramática Que tem a função de sujeito, predicativo do sujeito ou vocativo, falando especialmente dos pronomes pessoais (eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas).
[Geometria] Que se forma pela junção de retas perpendiculares, falando do ângulo de 90º.
advérbio Que segue em linha reta, sem desvios: vá reto até ao final da rua.
substantivo masculino [Anatomia] Última parte do intestino grosso.
Página localizada à direita, no momento em que o livro está aberto; anverso, frente.
expressão Ângulo reto. Ângulo de lados perpendiculares entre si.
Etimologia (origem da palavra reto). Do latim rectus, a, um “direto”.

hebraico: livro dos justos

Do latim rectus, que significa literalmente “reto” ou “direito”.

Senhor

substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
II Crônicas 34: 2 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

E fez o que era reto aos olhos do SENHOR; e andou nos caminhos de Davi, seu pai, sem se desviar deles nem para a direita nem para a esquerda.
II Crônicas 34: 2 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

H1
ʼâb
אָב
o pai dele
(his father)
Substantivo
H1732
Dâvid
דָּוִד
de Davi
(of David)
Substantivo
H1870
derek
דֶּרֶךְ
o caminho
(the way)
Substantivo
H1980
hâlak
הָלַךְ
ir, andar, vir
(goes)
Verbo
H3068
Yᵉhôvâh
יְהֹוָה
o Senhor
(the LORD)
Substantivo
H3225
yâmîyn
יָמִין
direita, mão direita, lado direito
([you depart] to the right hand)
Substantivo
H3477
yâshâr
יָשָׁר
reto, honesto, correto, direito
(that which is right)
Adjetivo
H3808
lôʼ
לֹא
não
(not)
Advérbio
H5493
çûwr
סוּר
desviar-se, afastar-se
(and removed)
Verbo
H5869
ʻayin
עַיִן
seus olhos
(your eyes)
Substantivo
H6213
ʻâsâh
עָשָׂה
E feito
(And made)
Verbo
H8040
sᵉmôʼwl
שְׂמֹאול
a esquerda, a mão esquerda, o lado esquerdo
([you take] the left hand)
Substantivo


אָב


(H1)
ʼâb (awb)

01 אב ’ab

uma raiz; DITAT - 4a; n m

  1. pai de um indivíduo
  2. referindo-se a Deus como pai de seu povo
  3. cabeça ou fundador de uma casa, grupo, família, ou clã
  4. antepassado
    1. avô, antepassados — de uma pessoa
    2. referindo-se ao povo
  5. originador ou patrono de uma classe, profissão, ou arte
  6. referindo-se ao produtor, gerador (fig.)
  7. referindo-se à benevolência e proteção (fig.)
  8. termo de respeito e honra
  9. governante ou chefe (espec.)

דָּוִד


(H1732)
Dâvid (daw-veed')

01732 דוד David raramente (forma plena) דויד Daviyd

procedente do mesmo que 1730, grego 1138 δαβιδ; DITAT - 410c; n pr m Davi = “amado”

  1. filho mais novo de Jessé e segundo rei de Israel

דֶּרֶךְ


(H1870)
derek (deh'-rek)

01870 דרך derek

procedente de 1869; DITAT - 453a; n m

  1. caminho, estrada, distância, jornada, maneira
    1. estrada, caminho, vereda
    2. jornada
    3. direção
    4. maneira, hábito, caminho
    5. referindo-se ao curso da vida (fig.)
    6. referindo-se ao caráter moral (fig.)

הָלַךְ


(H1980)
hâlak (haw-lak')

01980 הלך halak

ligado a 3212, uma raiz primitiva; DITAT - 498; v

  1. ir, andar, vir
    1. (Qal)
      1. ir, andar, vir, partir, proceder, mover, ir embora
      2. morrer, viver, modo de vida (fig.)
    2. (Piel)
      1. andar
      2. andar (fig.)
    3. (Hitpael)
      1. percorrer
      2. andar ao redor
    4. (Nifal) liderar, trazer, levar embora, carregar, fazer andar

יְהֹוָה


(H3068)
Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

03068 יהוה Y ehovaĥ

procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

  1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
    1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

יָמִין


(H3225)
yâmîyn (yaw-meen')

03225 ימין yamiyn

procedente de 3231; DITAT - 872a; n f

  1. direita, mão direita, lado direito
    1. mão direita
    2. direita (referindo-se à direção)
    3. sul (a direção da mão direita quando se encara o leste)

יָשָׁר


(H3477)
yâshâr (yaw-shawr')

03477 ישר yashar

procedente de 3474; DITAT - 930a; adj

  1. reto, honesto, correto, direito
    1. reto, plano
    2. certo, agradável, correto
    3. direto, justo, honesto, conveniente, próprio
    4. honestidade, retidão, honesto
    5. aquilo que é honesto (substantivo)

לֹא


(H3808)
lôʼ (lo)

03808 לא lo’

ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

  1. não
    1. não (com verbo - proibição absoluta)
    2. não (com modificador - negação)
    3. nada (substantivo)
    4. sem (com particípio)
    5. antes (de tempo)

סוּר


(H5493)
çûwr (soor)

05493 סור cuwr ou שׁור suwr (Os 9:12)

uma raiz primitiva; DITAT - 1480; v

  1. desviar-se, afastar-se
    1. (Qal)
      1. desviar-se do rumo, entrar
      2. partir, afastar-se do caminho, evitar
      3. ser removido
      4. chegar ao fim
    2. (Polel) desviar
    3. (Hifil)
      1. fazer desviar, causar afastamento, remover, tomar, separar, depor
      2. pôr de lado, deixar incompleto, retirar, rejeitar, abolir,
    4. (Hofal) ser levado embora, ser removido

עַיִן


(H5869)
ʻayin (ah'-yin)

05869 עין ̀ayin

provavelmente uma palavra primitiva, grego 137 Αινων; DITAT - 1612a,1613; n f/m

  1. olho
    1. olho
      1. referindo-se ao olho físico
      2. órgão que mostra qualidades mentais
      3. referindo-se às faculdades mentais e espirituais (fig.)
  2. fonte, manancial

עָשָׂה


(H6213)
ʻâsâh (aw-saw')

06213 עשה ̀asah

uma raiz primitiva; DITAT - 1708,1709; v.

  1. fazer, manufaturar, realizar, fabricar
    1. (Qal)
      1. fazer, trabalhar, fabricar, produzir
        1. fazer
        2. trabalhar
        3. lidar (com)
        4. agir, executar, efetuar
      2. fazer
        1. fazer
        2. produzir
        3. preparar
        4. fazer (uma oferta)
        5. atender a, pôr em ordem
        6. observar, celebrar
        7. adquirir (propriedade)
        8. determinar, ordenar, instituir
        9. efetuar
        10. usar
        11. gastar, passar
    2. (Nifal)
      1. ser feito
      2. ser fabricado
      3. ser produzido
      4. ser oferecido
      5. ser observado
      6. ser usado
    3. (Pual) ser feito
  2. (Piel) pressionar, espremer

שְׂמֹאול


(H8040)
sᵉmôʼwl (sem-ole')

08040 שמאול s emo’wl̂ ou שׁמאל s emo’l̂

uma palavra primitiva [talvez procedente da mesma raiz que 8071 (por inserção do alef) com a idéia de envolver]; DITAT - 2267a; n m

  1. a esquerda, a mão esquerda, o lado esquerdo
    1. esquerda
    2. mão esquerda
    3. norte (quando alguém está de frente para o leste)