Enciclopédia de Esdras 8:20-20

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ed 8: 20

Versão Versículo
ARA e dos servidores do templo, que Davi e os príncipes deram para o ministério dos levitas, duzentos e vinte, todos eles mencionados nominalmente.
ARC E dos netineus que Davi e os príncipes deram para o ministério dos levitas, duzentos e vinte netineus, que todos foram expressos por seus nomes.
TB e dos netinins, que Davi e os príncipes tinham dado para o serviço dos levitas: duzentos e vinte; todos eles mencionados por nome.
HSB וּמִן־ הַנְּתִינִ֗ים שֶׁנָּתַ֨ן דָּוִ֤יד וְהַשָּׂרִים֙ לַעֲבֹדַ֣ת הַלְוִיִּ֔ם נְתִינִ֖ים מָאתַ֣יִם וְעֶשְׂרִ֑ים כֻּלָּ֖ם נִקְּב֥וּ בְשֵׁמֽוֹת׃
BKJ também dos netineus, aos quais Davi e os príncipes haviam indicado para o serviço dos levitas, duzentos e vinte netineus; todos eles foram designados por nome.
LTT E dos netinins ① que Davi e os príncipes tinham designado para o serviço dos levitas, duzentos e vinte netinins ①, que foram todos mencionados por seus nomes.
BJ2 E entre os "doados" que Davi e os chefes tinham posto a serviço dos levitas: duzentos e vinte "doados". Todos foram registrados nominalmente.
VULG et de Nathinæis, quos dederat David et principes ad ministeria Levitarum, Nathinæos ducentos viginti : omnes hi suis nominibus vocabantur.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Esdras 8:20

I Crônicas 9:2 E os primeiros habitadores, que moravam nas suas possessões e nas suas cidades, foram os israelitas, os sacerdotes, os levitas e os netineus.
Esdras 2:43 Os netineus: os filhos de Zia, os filhos de Hasufa, os filhos de Tabaote,
Esdras 7:7 Também subiram a Jerusalém alguns dos filhos de Israel, e dos sacerdotes, e dos levitas, e dos cantores, e dos porteiros, e dos netineus, no ano sétimo do rei Artaxerxes.
Esdras 8:17 E dei-lhes mandado para Ido, chefe no lugar de Casifia, e lhes pus palavras na boca para dizerem a Ido, seu irmão, e aos netineus, no lugar de Casifia, que nos trouxessem ministros para a Casa do nosso Deus.
Filipenses 4:3 E peço-te também a ti, meu verdadeiro companheiro, que ajudes essas mulheres que trabalharam comigo no evangelho, e com Clemente, e com os outros cooperadores, cujos nomes estão no livro da vida.

Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 ①

escravos sob os levitas e sacerdotes, a serviço do Templo.


Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

AS CONQUISTAS DE DAVI

1010-970 a.C.
DAVI UNGIDO REI DE JUDÁ
Davi ficou arrasado com a notícia da morte do rei Saul e de seu filho Jônatas no monte Gilboa. Quando um amalequita he contou como havia ajudado o rei Saul a cometer suicídio, Davi ordenou. sua execução. Desse modo, deixou claro que não sentiu nenhuma satisfação com a morte de Saul e que considerou o amalequita responsável pelo assassinato do ungido do Senhor. Em seguida, Davi se dirigiu a Hebrom, onde foi ungido rei de Judá. Ele tinha trinta anos de idade. Em Hebrom, Davi reinou sobre Judá por sete anos e meio.

ISBOSETE É COROADO REI DE ISRAEL
Ao invés de reconhecer Davi, Abner, o comandante do exército de Saul, colocou o único filho sobrevivente de Saul no trono de Israel. (Israel, neste caso, é o território ocupado pelas tribos do norte e por Benjamim. Porém, tendo em vista a vitória dos filisteus, é difícil dizer ao certo quanto desse território estava sob controle israelita.) Em II Samuel, esse filho de Saul é chamado de Isbosete, que significa "homem de vergonha", um nome nada apropriado para um rei. Em 1Crônicas 8.33 aparece seu nome verdadeiro, Esbaal, "homem de Baal", que foi alterado pelos escribas de Samuel. Diz-se que o reinado de Isbosete durou dois anos, durante os quais houve conflitos entre os seus homens e os de Davi. Quando Abner desertou para o lado de Davi, o poder de Isbosete se enfraqueceu e o rei de Israel foi assassinado por dois dos seus oficiais. Mais uma vez, desejoso de se eximir de qualquer cumplicidade, Davi mandou executar os assassinos. As tribos do norte foram a Hebrom e ali ungiram Davi como rei sobre todo o Israel.

DAVI TRATA DA AMEAÇA FILISTÉIA
A existência dos governos rivais de Isbosete e Davi era conveniente aos interesses dos filisteus, ao passo que o poder centralizado em Davi representava uma ameaça mais séria. Assim, um exército filisteu se reuniu no vale de Refaim, perto de Jerusalém, que era ainda um encrave jebuseu e, portanto, sob controle dos cananeus. objetivo era isolar Davi de seus novos aliados do norte em seu ponto mais vulnerável. Davi derrotou os filisteus nesse local não apenas uma, mas duas vezes. Depois da segunda vitória, feriu os filisteus desde Gibeão até Gezer, pondo fim ao seu domínio sobre Israel.

DAVI CONQUISTA JERUSALÉM
O encrave jebuseu chamado posteriormente Jerusalém dividia o território de Davi em duas partes: Israel, ao norte, e Judá, ao sul. Cercada por vales profundos de três lados e provida de boas fontes de água, a cidade contava com um grande potencial defensivo, daí não ter sido conquistada pelos israelitas até então. Tendo em vista sua localização central, também seria uma excelente capital para Davi, aceitável tanto para Israel quanto para Judá.
Davi tomou Jerusalém usando seu exército pessoal, mas o relato bíblico não fornece detalhes.
A referência a um canal subterrâneo sugere que Davi conhecia um túnel secreto, talvez aquele que liga a fonte de Giom, do lado de fora das muralhas, ao interior da cidade.' Davi se mudou para Jerusalém e, como o nome "Cidade de Davi" deixa claro, a cidade passou a ser considerada sua propriedade pessoal.

A ARCA DA ALIANÇA CHEGA EM JERUSALÉM
Depois de capturarem a arca da aliança, os filisteus a haviam levado para as cidades filistéias de Asdode, Gate e Ecrom. Quando a população de Asdode foi afligida com tumores, a arca foi enviada a Bete-Semes, em território israelita, num carro puxado por duas vacas e sem nenhum condutor. De lá, foi transportada para Quiriate- Jcarim. Davi decidiu levar a arca para Jerusalém. Na primeira tentativa, Uzá foi morto quando estendeu a mão para segurar a arca. A segunda tentativa foi bem sucedida e cercada de festividades ao som de harpas, liras, adutes, sistros e cimbalos; Davi dançou com todas as suas forças. Uma tenda foi levantada para receber a arca e foram nomeados sacerdotes para realizar os sacrifícios exigidos pela lei. Assim, Jerusalém se tornou não apenas a capital política do reino de Davi, mas também o seu centro religioso, apesar do Senhor ter revelado por meio do profeta Natâ que não caberia a Davi, mas sim a um de seus filhos, construir um templo permanente para abrigar a arca.

AS GUERRAS DE DAVI
Davi realizou uma série de campanhas militares agressivas contra as nações vizinhas. É difícil determinar a seqüência cronológica exata de suas batalhas, mas, no final, Davi assumiu o controle de um império de tamanho considerável. Quando os amonitas humilharam os embaixadores israelitas raspando metade da barba e rasgando metade da roupa de cada um, Joabe, o comandante do exército de Davi, cercou Rabá (atual Ama), a capital de Amom. Os amonitas contrataram mercenários dos estados arameus de Bete-Reobe, Zobá e Tobe, ao norte. loabe expulsou os arameus, mas eles se reagruparam e voltaram com um novo exército. Davi deslocou suas tropas para Helà (talvez a atual Alma, no sul da Síria) e derrotou os arameus, matando seu comandante, Sobaque. Enquanto Joabe deu continuidade ao cerco a Rabá, Davi voltou a Jerusalém e, por essa época, cometeu adultério com Bate-Seba e ordenou que seu marido, o heteu Urias, fosse morto. Além de ter seu nome denegrido por esses atos, Davi recebeu uma repreensão severa do profeta Natâ. Por fim, Rabá foi tomada, o povo da cidade foi sujeitado a trabalhos forçados e a coroa amonita repleta de jóias, pesando cerca de 34 kg, foi colocada, provavelmente apenas por alguns instantes, sobre a cabeça de Davi. Davi derrotou os moabitas, poupando um terço deles e matando os outros dois terços. Davi talvez, mais precisamente, Joabe e Abisai matou dezoito mil edomitas no vale do Sal, na Arabâ, ao sul do mar Morto e colocou guarnições em todo Edom. Em seguida, o rei de Israel voltou sua atenção para Hadadezer, monarca do reino arameu de Zobá, e tomou dele mil carros. Considerando-se que Davi jarretou ou aleijou todos os cavalos que puxavam os carros, poupando apenas cem animais, ele parecia não considerar os carros importantes para os seus próprios exércitos. Os israelitas ainda travavam a maior parte de suas batalhas à pé. Quando os arameus de Damasco socorreram Hadadezer de Zobá, Davi os derrotou e colocou guarnições em Damasco. O reino de Davi se estendeu do ribeiro do Egito (Wadi el- Arish) até perto do rio Eufrates.

ISRAEL ACUMULA RIQUEZAS
Davi tomou como espólio de Hadadezer escudos de ouro e uma grande quantidade de bronze. Toí, o rei arameu de Hamate, certamente ficou satisfeito com a derrota de Zobá e, ansioso para firmar uma relação amigável com Davi, enviou seu filho Jorão a fim de parabenizá-lo e presenteá-lo com ouro, prata e bronze. Talmai, o rei arameu de Gesur, deu a mão de sua filha Maaca em casamento a Davi. Hirão, o rei da cidade costeira fenícia de Tiro, também Tiro, considerou importante manter relações amigáveis com Davi e, além de toras de cedro, enviou carpinteiros e canteiros, que construíram um palácio para Davi em Jerusalém.

As conquistas de Davi
Depois de subir ao trono, Davi realizou varias campanhas de conquista de território estrangeiro e levou a arca da aliança para Jerusalém, a nova capital do seu reino.
As conquistas de Davi
As conquistas de Davi
Escavações de um muro de arrimo da "cidade de Davi" em Jerusalém, datado do século X a.C.
Escavações de um muro de arrimo da "cidade de Davi" em Jerusalém, datado do século X a.C.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Esdras Capítulo 8 do versículo 1 até o 36
  • O Registro daqueles que Retornavam (Ed 8:1-14)
  • Como no caso do primeiro retorno, com Zorobabel, a lista daqueles que se uniram é cuidadosamente registrada. Segundo essa listagem, cerca de mil e quinhentos homens estavam incluídos no grupo, o que significa que, quando se somam suas famílias e ser-vos, o grupo inteiro poderia atingir algo como cinco mil pessoas. Novamente aparecem nomes familiares. Como o objetivo é fornecer as linhagens das descendências, não há dúvida de que Finéias e Davi (2), Jônatas (6) e Joabe (9) são as pessoas já conhecidas do período anterior da história dos hebreus. Daniel (2), no entanto, e os dois Zacarias (3,
    11) são homens desconhecidos que têm nomes famosos. Os nomes bíblicos, como os de hoje, eram repetidos de geração em geração, particularmente quando pertenciam a al-gum personagem notável de alguma geração anterior. Parece que houve três homens com o nome de Elnatã (16) no pequeno grupo de líderes de Esdras.

    Em Ed 7:1-6,7,10; 8:21-23,31,32, vemos algumas das típicas experiências de vida en-contradas "quando um homem caminha com Deus". (1) Uma visão e a preparação para a tarefa, 7.6,10; (2) a superação das dificuldades através dos recursos espirituais 8:21-23; (3) Testemunhos felizes da libertação divina 31:32.

  • Os Preparativos Finais para a Viagem (Ed 8:15-30)
  • Foi convocada uma reunião — perto do rio que vai a Aava (15, cf. 31), provavel-mente não distante da Babilônia — daqueles que iriam fazer a viagem. Aqui é observado que não havia levitas no grupo, embora aparentemente houvesse um bom número de sacerdotes. Uma delegação foi enviada imediatamente para procurar recrutas entre os levitas e os netineus (17), ou servos do templo, que poderiam ser os que assistiram os serviços do Templo quando eles chegaram a Jerusalém. Aparentemente foram encontra-dos sem dificuldade. Não se sabe onde ficava o lugar de Casifia. Algumas vezes, o nome foi relacionado com Keseph (hebr. "prata" ou "dinheiro"). Expressos por seus nomes (20) — significa "listados por nome" (Berk.).

    Enquanto isso, Esdras apregoou um jejum (21) e liderou o grupo em uma ora-ção fervorosa a Deus para que Ele os protegesse na perigosa viagem, pois não tinham uma escolta armada. Como ele realizaria a viagem com autorização especial do rei, teria sido apropriado que Esdras solicitasse uma guarda para acompanhá-los, mas ele estava desejoso de provar ao rei que o seu Deus lhes daria a proteção necessária. Esta foi uma excelente demonstração de fé por parte dele, e notamos que a sua fé foi plenamente honrada, pois nenhum mal os afligiu durante a longa viagem de quatro meses (31).

    No versículo 22, uma distinção aguda é feita entre aqueles que buscam o Senhor e aqueles que o deixam, e, da mesma forma, entre a beneficência ("boa mão") de Deus, a sua força e a sua ira: A mão do nosso Deus é sobre todos os que o buscam para o bem, mas a sua força e a sua ira, sobre todos os que o deixam. Ao observar esses contrastes de "caráter humano" e "de tratamento divino", William Jones, em The Biblical Illustrator, chega a duas conclusões: (1) "Quão solenemente o destino do homem está nas suas próprias mãos, ou, mais adequadamente, nas suas próprias escolhas!" e, (2) "Neste mundo, (somente) o caráter pode ser mudado (Os 14:1-2,
    4) "3.

    Um ato final nos preparativos de Esdras para a viagem foi indicar doze sacerdotes encarregados dos valiosos presentes que seriam levados com eles a Jerusalém para ajudar nos serviços do Templo. "O valor da prata era de 1.300.000 dólares americanos; dos utensílios de prata, 200.000 dólares; do ouro, 3.000.000 de dólares; e das vinte taças de ouro, 5.000 dólares (26,27, Berk.).

    5. A Viagem e a Chegada a Jerusalém (Ed 8:31-36)

    A viagem de quase 1.500 quilômetros (veja o mapa) demorou quase quatro meses, mas, por fim, eles chegaram com segurança a Jerusalém. A boa mão do nosso Deus estava sobre nós, escreveu Esdras, e livrou-nos da mão dos inimigos e dos que nos armavam ciladas no caminho (31). Depois de três dias de descanso, eles entrega-ram o rico tesouro que haviam trazido consigo àqueles que estavam encarregados do Templo. Como era o costume, eles sacrificaram na companhia de seus amigos em Jerusa-lém muitos animais no pátio do Templo, como uma expressão de sua gratidão a Deus e de sua dedicação à vontade do Senhor para com eles nos dias futuros. Os sátrapas do rei (36, mensageiros) foram enviados aos governadores de aquém do rio (mandatários persas das redondezas), para entregar-lhes as ordens do rei. No devido tempo, eles garan-tiram que os judeus e a casa do Senhor em Jerusalém receberiam a ajuda e o apoio deles.


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Esdras Capítulo 8 do versículo 1 até o 36
    *

    8.1-14

    Nem todos os exilados retornaram em resposta ao decreto de Ciro, em 538 a.C. Um segundo grupo, significativamente menor, retornou com Esdras cerca de oitenta anos após o primeiro retorno.

    * 8:15

    nenhum dos filhos de Levi. Esdras queria mais levitas para servirem no templo (v. 17), e, talvez, para ajudarem nos sacrifícios mencionados no v. 35. Talvez ele também quisesse levitas para fazerem parte da caravana para a Terra Prometida, tal como tinham feito ao tempo do Êxodo do Egito, e no primeiro retorno da Babilônia (1.2, nota).

    * 8:16

    enviei. Esdras selecionou um grupo de homens influentes para persuadir alguns levitas a retornarem em sua companhia.

    * 8:17

    chefe em Casifia. A localização desse lugar não é certa, mas poderia ser Ctesifonte, no rio Tigre, ao norte de Babilônia. Visto que antes (Dt 12:5; Jr 7:2,3) e depois "o lugar" se refere a algum lugar santo, parece que Casifia era o local de um santuário. Havia um santuário judaico em Elefantina, no Egito, nesse mesmo tempo. Os levitas estariam concentrados em tal santuário, o que explica por que Esdras enviou a delegação a Casifia. Ido seria o líder nesse santuário.

    * 8.18-20

    a boa mão de Deus. Esdras não se cansava de atribuir o seu sucesso ao controle providencial de Deus (7.6, nota). Trinta e oito levitas foram persuadidos a retornar, juntamente com três líderes levíticos importantes e duzentos e vinte servos do templo ("Nethinim"). Tal como o Senhor tinha impelido os espíritos de Ciro (1,1) e dos primeiros judeus que regressaram (1.5), e de Artaxerxes (7.27), assim também ele impeliu aqueles levitas a aceitarem a chamada de Esdras.

    * 8:21

    um jejum. O jejum é um aspecto de "nos humilharmos" com o propósito de pedir alguma coisa da parte de Deus (2Cr 20:3).

    pedirmos jornada feliz. Segurança contra os bandidos, entre outros perigos, está aqui em vista (v. 31).

    * 8:22

    tive vergonha. Esdras tinha testificado do controle providencial de Deus, não somente diante dos santos, mas também diante de Artaxerxes. Teria sido incoerente com esse testemunho solicitar uma escolta militar. Ver nota em Ne 2:7-9 quanto a um contraste entre Esdras e Neemias quanto a esse ponto.

    * 8:23

    ele nos atendeu. Não ali mesmo, por meio de palavras, mas através da jornada inteira, mediante as ações divinas (vs. 31,32).

    * 8:24

    doze. Doze sacerdotes e doze levitas, talvez representando o Israel inteiro (conforme v. 35).

    * 8:25

    ofereceram o rei. A contribuição total, alistada no v. 26, é enorme, de tal modo que os críticos têm duvidado da autenticidade da lista. Todavia, os reis persas eram conhecidos por suas grandes riquezas e generosidade para com as religiões de povos conquistados. Também havia famílias judaicas ricas na Babilônia, naquele tempo.

    * 8.28

    sois santos ao SENHOR. A santidade é um dos atributos divinos (Lv 19:2), e, por extensão, um atributo de qualquer pessoa ou de qualquer coisa a ele pertencente, especialmente sacerdotes (Lv 21:6) levitas (Nm 3:11-13, onde "santificados" significa dedicados a Deus) e artigos do templo (Êx 30:22-29). A ordem estrita de Esdras originou-se da ameaça espiritual que o contato com o profano representava para o santo.

    * 8:31

    no dia doze. De acordo com 7.9, a partida deu-se no primeiro dia. A diferença deve-se ao atraso sofrido a fim de encontrar os levitas necessários.

    livrou-nos. Uma vez mais, Esdras atribuiu seu sucesso ao controle providencial de Deus. O jejum e a oração para que houvesse uma jornada segura foi respondida com a chegada das pessoas e das possessões em Jerusalém (vs. 21,32).

    * 8:32

    repousamos ali três dias. Compare o descanso similar ao de Neemias, em Ne 2:11 (conforme Js 3:2).

    * 8:35

    ofereceram holocaustos. Tal como as provisões tinham sido feitas (7.17), assim também os sacrifícios foram oferecidos. Isso é um quadro de êxito completo.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Esdras Capítulo 8 do versículo 1 até o 36
    8:15 A volta do Esdras a Jerusalém se freou enquanto esperava poder recrutar levita. Deus tinha chamado a estes homens a um serviço especial e mesmo assim poucos estavam dispostos a oferecer-se quando se necessitaram seus serviços. Deus dotou a cada um de nós com habilidades para que possamos fazer uma contribuição à obra de seu reino (Rm 12:4-8). Não espere ser recrutado, a não ser procure oportunidades para alistar-se voluntariamente. Não obstaculize a obra de Deus por falta de disposição. "Cada um segundo o dom que recebeu, minístrelo aos outros, como bons administradores da multiforme sabedoria de Deus" (1Pe 4:10).

    8:21 Esdras e o povo viajaram aproximadamente 1,440 quilômetros a pé. A viagem os levou por território difícil e perigoso e durou aproximadamente quatro meses. Oraram para que Deus os protegesse e lhes desse uma boa viagem. Nossas viagens podem não ser tão difíceis nem perigosos na atualidade como foi o do Esdras, mas devemos reconhecer nossa necessidade de pedir a Deus seu guia e amparo.

    8.21-23 antes de fazer todos os preparativos físicos para a viagem, Esdras se preparou espiritualmente. Suas orações e jejum os prepararam espiritualmente ao mostrar sua dependência no amparo de Deus, sua fé de que O tinha o leme, e sua afirmação de que não eram o suficientemente fortes para realizar a viagem sem O. Quando tomamos o tempo para pôr a Deus em primeiro lugar em qualquer empresa, estamo-nos preparando corretamente para algo que surja mais adiante.

    8:23 Esdras conhecia as promessas de Deus de proteger a seu povo, mas não as deu por concedidas. Também sabia que as bênções de Deus podem fazer-se próprias mediante a oração, assim que ele e o povo se humilharam em jejum e oração. E suas orações foram respondidas. O jejum os humilhou porque, o passar tempo sem comer, recordou-lhes sua completa dependência de Deus. O jejum também lhes deu tempo extra para orar e meditar em Deus.

    Muito freqüentemente oramos sem refletir e de maneira superficial. A oração séria, pelo contrário, requer concentração. Põe-nos em contato com a vontade de Deus e realmente nos pode trocar. Sem este tipo de oração reduzimos a Deus a uma farmácia de serviço rápido com analgésicos para cada uma de nossas doenças.

    8:26 Seiscentos e cinqüenta talentos de prata seriam aproximadamente 25 toneladas. Esta era uma quantidade muito grande de tesouro para transportar com ou sem um destacamento de soldados para amparo.

    8:28, 29 Todos os objetos utilizados no serviço do templo eram dedicados a Deus; cada um era considerado um tesouro santo que devia ser guardado com cuidado e afastado para seu uso específico. A mordomia consiste em fazer-se carrego com dedicação de tudo o que Deus lhe confiou. Fazê-lo significa considerar que estas coisas provêm de Deus e som para O. O que é o que Deus confiou a seu cuidado?

    8:36 Sátrapas era o equivalente a governadores provinciais.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Esdras Capítulo 8 do versículo 1 até o 36
    C. CARAVAN a Jerusalém (8: 1-36 ; conforme 1 Esdras 8:28-64)

    1 Ora, estes são os chefes das de seus pais casas , e esta é a genealogia dos que subiram comigo de Babilônia no reinado do rei Artaxerxes: 2 Dos filhos de Finéias, Gérson. Dos filhos de Itamar, Daniel. Dos filhos de Davi, Hatus. 3 Dos filhos de Secanias, dos filhos de Parós, Zacarias; e com ele foram contados pelas genealogias dos varões de cento e cinqüenta. 4 Dos filhos de Paate-Moabe, Elioenai, filho de Zeraías; . e com ele duzentos homens 5 Dos filhos de Secanias, o filho de Jaaziel; e com ele trezentos homens. 6 E dos filhos de Adim, Ebede, filho de Jônatas; e com ele cinqüenta homens. 7 E dos filhos de Elão, Jesaías, filho de Atalia; e com ele setenta homens. 8 E dos filhos de Sefatias, Zebadias, filho de Michael; e com ele oitenta homens. 9 Dos filhos de Joabe, Obadias, filho de Jeiel; e com ele duzentos e dezoito homens. 10 E dos filhos de Selomite, o filho de Josifias; e com ele cento e sessenta homens. 11 E dos filhos de Bebai, Zacarias, filho de Bebai; e com ele vinte e oito homens. 12 E dos filhos de Azgade, Joanã, o filho de Hacatã; . e com ele cento e dez homens 13 e dos filhos de Adonicão, que eram o último; e estes são os seus nomes: Elifelete, Jeuel e Semaías; e com eles sessenta homens. 14 E dos filhos de Bigvai, Utai e Zabude; e com eles setenta homens.

    15 E ajuntei-os para o rio que corre para Ava; e ficamos ali acampados três dias e eu via as pessoas, e os sacerdotes, e não achei ali nenhum dos filhos de Lv 16:1 Enviei, pois, Eliezer, Ariel, Semaías, Elnatã, e para Jarib, e para Elnatã, e por Natan, Zacarias e Mesulão, os chefes; também a Joiaribe, ea Elnatã, que eram professores. 17 E os enviei-vos de Ido, o chefe em Casífia; e eu disse a eles o que devem digo Ido, e seus irmãos, os servidores do templo, em Casífia, que nos trouxessem ministros para a casa do nosso Deus. 18 E de acordo com a boa mão de Deus sobre nós, trouxeram -nos um homem entendido, dos filhos de Mali, filho de Levi, filho de Israel; e Serebias, com os seus filhos e irmãos, dezoito; 19 e Hasabias, e com ele Jesaías, dos filhos de Merari, seus irmãos e seus filhos, vinte; 20 e os servidores do templo que Davi e os príncipes tinham dado para o serviço dos levitas, duzentos e vinte servidores do templo: todos eles foram mencionados pelo nome.

    21 Então proclamei um jejum ali junto ao rio Ava, para nos humilharmos diante do nosso Deus, a fim de lhe pedirmos caminho seguro para nós, para nossos pequeninos, e para toda a nossa fazenda. 22 Pois eu tinha vergonha de pedir ao rei uma escolta de soldados, e cavaleiros para nos defenderem do inimigo pelo caminho, porquanto havíamos dito ao rei, dizendo: A mão do nosso Deus é sobre todos os que o buscam, para o bem; mas o seu poder ea sua ira estão contra todos os que o deixam. 23 Então, jejuamos e suplicou isto ao nosso Deus; e ele atendeu às nossas orações.

    24 Então separei doze dos chefes dos sacerdotes: Serebias, Hasabias, e dez dos seus irmãos com eles, 25 e pesei-lhes a prata, o ouro, e os vasos, a oferta para a casa do nosso Deus , que o rei e os seus conselheiros, os seus príncipes, e todo o Israel que estava ali haviam oferecido: 26 eu pesava na sua mão seiscentos e cinqüenta talentos de prata, e vasos de prata cem talentos; de ouro de cem talentos; 27 e vinte taças de ouro no valor de mil dracmas; . e dois vasos de bronze polido multa preciosos como o ouro 28 e eu disse-lhes: Vós sois santos ao Senhor, e santos são estes vasos; e da prata e do ouro são uma oferta voluntária ao Senhor, o Deus de vossos pais. 29 Vigiai, e mantê-los, até que os peseis os chefes dos sacerdotes e os levitas, e os príncipes das paternas casas de Israel, em Jerusalém, nas câmaras da casa do Senhor. 30 Então os sacerdotes e os levitas receberam o peso da prata e do ouro, e os vasos, para trazê-los a Jerusalém, à casa do nosso Deus.

    31 Então partimos do rio Ava, no décimo segundo dia do primeiro mês, para irmos para Jerusalém; ea mão do nosso Deus estava sobre nós, e ele nos livrou da mão do inimigo e do Lier-em-espera por o caminho. 32 e chegamos a Jerusalém, e repousamos ali três dias. 33 E no quarto dia a prata, o ouro e os vasos foram pesados ​​na casa do nosso Deus, na mão de Meremote, filho de Urias, o sacerdote (e com ele estava Eleazar, filho de Finéias, e com eles Jozabade, filho de Jesuá, e Noadias, filho de Binui, levitas) - 34 ao todo, ao número e em peso: e todo o peso foi registrado na mesma ocasião.

    35 Os filhos do cativeiro, que vieram do exílio, holocaustos oferecidos ao Deus de Israel, doze novilhos por todo o Israel, noventa e seis carneiros, setenta e sete cordeiros, e doze bodes para oferta pelo pecado; tudo isso foi um holocausto ao Senhor. 36 E eles entregues comissões do rei aos sátrapas do rei, e aos governadores dalém do rio; e estes ajudaram o povo ea casa de Deus.

    Esdras reuniu aqueles que estavam prontos para viajar com ele para Jerusalém. Seu propósito era construir uma nova comunidade completamente doutrinados na lei de Deus. O registo das pessoas que fizeram a viagem é dado nos versículos 1:14 .

    Uma das cerimônias importantes na preparação para a viagem foi proclamação de um jejum de Esdras. Consciente dos perigos da viagem, ele buscou proteção divina (vv. Ed 8:21-22 ). No decorrer da viagem, a caravana pode ter encontrado bandos de ladrões, mas resistiu com sucesso todos os ataques (v. Ed 8:31 ). Ao chegar a Jerusalém, os presentes foram colocados no templo e um grande holocausto foi oferecido ao Senhor (v. Ed 8:35 ). É sempre uma marca de personalidade para dar graças por proteção e por bondade mostrada.Esses judeus deu graças a Deus por chegar com segurança ao seu destino.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Esdras Capítulo 8 do versículo 1 até o 36
    O capítulo 8 enumera o nome das famílias que acompanharam Esdras na arriscada viagem a Jeru-salém. Era importante que os 1evitas fossem com ele, pois era tarefa de-les estudar a Palavra e ensiná-la ao povo. Infelizmente, Esdras teve de recrutar alguns Ievitas, porque eles não se ofereceram para ir (vv. 15-20). Esdras decretou jejum porque sabia que apenas o Senhor poderia fazer a jornada deles prosperar. O que estava em jogo era o próprio testemunho da nação — pois Esdras disse ao rei que não precisavam de escolta militar, porque o Senhor cui-daria deles. O jejum e a oração deles e a resposta do Senhor deveriam en-corajar-nos hoje (vv. 21-23). Esdras escolheu 22 homens devotos para carregar os tesouros (vv. 24-30) e advertiu-os de que o Senhor exigiria a prestação de contas quando che-gassem a Jerusalém. Que bela ima-gem do servir cristão de hoje! Deus confiou-nos tesouros espirituais, e teremos de prestar contas de nosso servir cristão diante do "tribunal de Cristo". Em abril de 458, o grupo partiu e chegou a Jerusalém em ju-lho, viajando uma média de 11 qui-lômetros por dia. O povo depositou seus tesouros, e achou-se que todos os homens foram fiéis. Eles ouviram a advertência de Esdras: "Vigiai-os e guardai-os" (8:29).

    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Esdras Capítulo 8 do versículo 1 até o 36
    8.15 Aava. A cidade e o reino no qual se situava tinham este nome. Não tendo achado. Os levitas eram necessários ao culto judaico, "ministros para a casa do nosso Deus” (17). Esdras teve cuidado de examinar, antes de partir para o empreendimento, se havia as condições essenciais para levar seu plano a um bom termo sem depender do povo de Jerusalém.

    8.17 Ministros. Na época, seriam todos aqueles que eram separados para servir no templo. Zorobabel já havia levado alguns, em 538 a.C. (2:36-48).

    8.22 Tive vergonha. Não é recomendável falar-se em confiança na providência divina, e, depois, quando no aperto, apelar para a débil força humana (conforme Sl 20:7; 2Cr 14:11). Para não ser hipócrita, Esdras recusou-se a pedir proteção do exército e recomendou sua viagem ao Senhor. Deus honrou àquela fé (32). Comp. a história dos dois filhos de Abraão (Gn cap. 16 e
    21) com o comentário que o Apóstolo Paulo escreveu (Gl 4:21-48).

    8.23 Jejuamos. O jejum era considerado, pelos judeus, a maneira de humilhar-se perante Deus, e Jesus aprovou essa prática (Mc 2:18-41).

    8.25 Pesei-lhes. Uma contabilidade dos valores, exemplificando o preceito: "Tudo seja feito com decência e ordem" (1Co 14:40).

    8.28 Vós sois santos. O povo de Deus reflete a santidade divina (1Pe 1:16), revelando, assim, a glória de Deus perante o mundo. Santos são estes objetos. Aquilo que é dedicado ao serviço de Deus deve ser tratado com reverência, e não usado conforme a conveniência humana. Deveria haver maior reverência para com o culto e para com os nossos corpos pois ambos pertencem a Deus (conforme Rm 12:1).

    8.32 A longa viagem, de mais de 1.500 km, com talvez 6:000 pessoas e mais de 16 milhões de cruzeiros em ouro, revela a fé que havia em Esdras e o cuidado de Deus para com Seu povo (conforme v. 22n).

    8.34 Imediatamente. O servo de Deus deve estar apto a manter uma contabilidade dos seus bens e dos seus atos, perante Deus e os homens.

    8.35 Holocaustos. Sacrifícios queimados, simbolizando real dedicação a Deus (ver Lv 1). A oferta pelo pecados sempre precedeu a oferta queimada, pois não há dedicação sem primeiro haver confissão e perdão.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Esdras Capítulo 8 do versículo 1 até o 36

    2) A jornada de Esdras (8:1-36)
    a)    Uma lista dos exilados que retornaram com Esdras (8:1-14)
    Os que retornaram da Babilônia para Jerusalém com Esdras são classificados aqui sob os chefes de suas respectivas famílias. São mencionados em torno de 1.500 judeus; mas, visto que a palavra homens é destacada em toda a lista, o grupo inteiro (incluindo mulheres) pode ter chegado a aproximadamente 3.000 pessoas, muito menor que o grupo que retornou sob Sesbazar, que contava com aproximadamente 50.000 (2.64ss).

    b)    O recrutamento dos levitas (8.15
    20)
    Esdras reuniu os judeus que estavam planejando acompanhá-lo junto ao canal que corre para Aava (v. 15). No v. 21, ele é chamado de canal de Aava, significando que o seu nome era devido a uma cidade situada à sua margem. Nem a cidade nem o rio são mencionados em nenhum outro lugar das Escrituras, e a sua localização exata é incerta. Visto que os rios às vezes mudam o seu curso, esse pode não existir na atualidade. Provavelmente era um rio pouco extenso ao norte da Babilônia que corria para o rio Eufrates, à margem do qual ficava a cidade da Babilônia.

    No lugar de reunião à margem desse rio, Esdras passou em revista o povo (v. 15) e descobriu que não havia nenhum levita entre eles. Isso era desolador para Esdras, visto que Artaxerxes tinha comissionado esse grupo a ir a Jerusalém para lá promover a obediência à Lei de Moisés, com ênfase especial nas regulamentações da Lei concernentes aos sacrifícios de animais (7.17), o que implicaria muito trabalho adicional para sacerdotes e levitas. Esdras sabia, no entanto, de um assentamento de levitas em um lugar próximo chamado Casifia (cuja localização é desconhecida para nós); assim, enviou para lá uma delegação de 11 homens, desafiando alguns dos levitas a se unirem ao grupo. Entre os que aceitaram, estavam cerca de 38 levitas (v. 18,19) e duzentos e vinte dos servidores do templo (v. 20).

    c) A jornada para Jerusalém (8:21-31)
    Agora Esdras tinha de se preocupar com a segurança dos que estavam viajando. Normalmente uma proteção visível teria sido considerada algo essencial em virtude do perigo tanto de animais selvagens quanto de assaltantes (v. 31), e muito mais ainda quando, como nesse caso, grande quantidade de objetos preciosos eram transportados (v. 25-27). O recurso óbvio teria sido Esdras pedir ao rei Artaxerxes (diante de quem desfrutava de grande prestígio) uma escolta de soldados e cavaleiros. Mas Esdras decidiu não fazê-lo, sentindo que isso iria prejudicar o testemunho que, em dias anteriores, ele tinha dado a Artaxerxes acerca da fidelidade de Deus para com aqueles que confiam nele (v. 22). Por isso, ele e os israelitas que o seguiram jejuaram (como sinal de humildade diante de Deus) e oraram (como reconhecimento da dependência de Deus; v. 23), pedindo a Deus uma viagem segura (v. 21).

    Então Esdras separou doze dos principais sacerdotes (v. 24) e pesou diante deles os tesouros que deviam ser transportados (v. 25), delegando a eles a responsabilidade de guardá-los em segurança até o final da viagem (v. 29).

    A partida do grupo do rio Aava ocorreu no décimo segundo dia do primeiro mês (v. 31). Visto que Esdras tinha começado a sua viagem da Babilônia no primeiro dia do primeiro mês

    (7.9), os preparativos à margem do rio Aava devem ter durado 12 dias.
    d) A chegada a Jerusalém (8:32-36)
    Depois de quatro meses de viagem (7.9), o grupo chegou a Jerusalém, e o fato de não terem sido perturbados no caminho (v. 31) comprovou a sua fé no cuidado protetor de Deus sobre eles (v. 21-23). Os tesouros que os sacerdotes tinham transportado foram novamente pesados para garantir que nada havia sido desviado, e então foram entregues aos responsáveis pelo templo (v. 33,34). Os exilados que retornaram, gratos a Deus porque os havia protegido, sacrificaram holocaustos (v. 35). O decreto de Artaxerxes (7:12-26) foi então entregue aos governadores responsáveis pela região.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Esdras Capítulo 8 do versículo 1 até o 36

    Esdras 8

    C. A Viagem a Jerusalém. Ed 8:1-36.

    Cerca de 1.500 sacerdotes e chefes de famílias partiram da Babilônia com Esdras. Além desses, Esdras convidou alguns levitas e netinins de Casifia. Confiou os tesouros do templo a vinte e quatro sacerdotes e levitas. Após um período de oração e jejum, o grupo encetou a longa viagem a Jerusalém. Quatro meses depois chegaram à cidade e depositaram seus tesouros no templo. Ofereceram sacrifícios sobre o altar e entregaram as ordens de Artaxerxes às devidas autoridades.


    Moody - Comentários de Esdras Capítulo 8 do versículo 18 até o 20

    18-20. Um homem entendido. Provavelmente um nome próprio, Ichechel, um descendente de Mali, neto de Levi (Ex 6:16,Ex 6:19). Serebias e Hasabias foram novamente mencionados em Ed 8:24 (observação).


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Esdras Capítulo 8 do versículo 15 até o 23
    c) A reunião observa-se um jejum solene (Ed 8:15-15, mas, segundo 1Esdras 8:42, Esdras verificou a ausência tanto de sacerdotes como de levitas. Casifia (17), localização também desconhecida. É evidente que havia ali um numeroso núcleo de levitas e netineus. Alguns comentadores supõem que existia mesmo, também, um templo, naquele local, realizando-se sacrifícios judaicos, como em Elefanta. Um homem entendido (18), n’algumas traduções traduzindo como nome próprio, "Issequel". Expressos por seus nomes (20), ou, traduzindo à letra, "furados ou marcados com um ponto". À medida que se ia chamando o rol, punha-se uma marca ao lado de cada nome. Então apregoei ali um jejum (21), para que se humilhassem perante Deus. Com o versículo 22, contrastar Ne 2:7, Ne 2:9. Deus conduz as almas de maneiras diferentes.

    Dicionário

    Davi

    Nome Hebraico - Significado: Amado.

    o segundo e o mais ilustre dos reis de israel. Era filho de Jessé, bisneto de Rute, e nasceu em Belém, sendo o mais novo de uma família de dez. Davi, na sua mocidade, foi pastor, ocupação que nos países orientais era geralmente exercida pelos escravos, pelas mulheres, ou pelos íntimos da família. Apesar de tudo isto foi ungido por Samuel para ser rei de israel. Como era hábil tocador de harpa, foi chamado por Saul com o fim de suavizar a melancolia do infeliz monarca (1 Sm 16). o lugar do recontro de Davi com Golias foi Efes-Damim (1 Sm 17), que fica entre os montes da parte ocidental de Judá – e o ribeiro que corria entre dois exércitos era o Elá, ou ‘o Terebinto’, que hoje tem o nome de Wady Es-Sunt. A fama que Davi adquiriu pelo fato de ter vencido o gigante, se por um lado motivou o seu casamento com Mical, filha do rei, foi, também, causa de ter Saul maliciosos ciúmes do jovem guerreiro. Todavia, o rei nomeou Davi capitão da sua real guarda, posição somente inferior à de Abner, o general do exército, e à de Jônatas, o presuntivo herdeiro do trono. Davi e Jônatas vieram a ser dedicados amigos, mas a louca inveja e os maus intentos do rei arrastaram por fim Davi para o exílio. Ele foi ter primeiramente com o sacerdote Aimeleque, mas depois refugiou-se na corte de Aquis, o filisteu monarca de Gate, e dali pôde livrar-se, fingindo-se louco (1 Sm 19 a 21). Retirando-se de Gate, escondeu-se Davi na caverna de Adulão – e foi depois para uma fortaleza perto de En-Gedi – e mais tarde apareceu no bosque de Herete ao sul de Judá. Aqui se juntou a Davi um grupo de homens dedicados, que de boa vontade compartilhavam os seus perigos. É verdade que pertencer ao partido de Davi era uma situação perigosa, e isso se patenteou no assassinato de Aimeleque e dos sacerdotes que Doegue o idumeu, perpetrou por mandado de Saul (1 Sm 22). os amigos de Davi entraram na fortificada cidade de Queila, e esperava Saul apanhá-los ali de surpresa (1 Sm 23). Em contraste com a furiosa perseguição, movida contra Davi, manifesta-se a cavalheiresca atenção do fugitivo para com ‘o ungido do Senhor’, como se mostrou quando ele poupou a vida de Saul no deserto de En-Gedi (1 Sm 24), e no deserto de Zife (1 Sm 26). Foi para esta nobre disposição que Abigail apelou no caso do insensato Nabal (1 Sm 25). Por algum tempo achou Davi abrigo junto de Aquis, rei de Gate, e então Saul não o procurou mais (1 Sm 27.4). Na ausência de Davi, foi tomada Ziclague e incendiada pelos amalequitas – mas Davi perseguiu os invasores, derrotou-os, e assim pôde livrar do cativeiro muitas pessoas, entre as quais estavam as suas próprias mulheres (1 Sm 30). Depois da desastrosa batalha de Gilboa (1 Sm 31), proferiu Davi aquela tocante lamentação a respeito de Saul e Jônatas (2 Sm 1). Davi veio a ser, então, rei de Judá – foi ungido em Hebrom (2 Sm 2), e reinou ali por mais de sete Prolongada guerra houve entre a casa de Saul e a casa de Davi (2 Sm 3.1). Mas, depois do assassinato de is-Bosete, filho de Saul (2 Sm 4), ato que foi fortemente desaprovado por Davi, tornou-se ele rei de todo o povo de israel (2 Sm 5). Pensou, então, em conquistar uma fortaleza, a única que no centro daquela terra tinha resistido às forças do povo escolhido. Por meio de um repentino assalto foi tomada a cidade de Jebus, sendo daí para o futuro conhecida pelo seu antigo nome Jerusalém, e também pelo nome de Sião (2 Sm 5). Esta cidade foi grandemente fortificada, tornando-se a capital do reino. A arca foi transportada com grande solenidade de Quiriate-Jearim sendo construída uma nova tenda ou tabernáculo para recebê-la (2 Sm 6). A prosperidade continuou a bafejar as armas de Davi – mas no meio de tantos triunfos, quando o seu exército estava cercando Rabá, caiu ele nas profundezas do pecado, planejando a morte de Urias, depois de ter cometido adultério com Bate-Seba (2 Sm 11). Convencido da sua grave falta, arrependeu-se, implorando a misericórdia do Senhor, e foi perdoado – mas a parte restante da sua vida foi amargurada com questões de família. Absalão, seu filho muito amado, revoltou-se contra ele, e por algum tempo Davi teve de exilar-se – mas por fim morreu o ingrato e revoltado israelita, que tanto martirizou seu pai (2 Sm 15 a 18). o insensato procedimento do rei, na numeração do povo, enevoou ainda mais a vida de Davi (2 Sm 24). Finalmente, depois de ter Adonias pretendido o trono, abdicou Davi em favor de Salomão, confiando-lhe, além disso, a tarefa de edificar o templo, para o qual ele tinha reunido muitos materiais. E, depois das recomendações finais ao seu sucessor, descansou com seus pais, ‘e foi sepultado na cidade de Davi’ (1 Rs 1 e 2). A vida de Davi acha-se cheia de incidentes românticos e de contrastes surpreendentes. É, realmente, uma história humana, que manifesta tanto a fraqueza como a força de uma alma de extraordinária capacidade. o ter sido qualificado Davi como homem ‘segundo o coração de Deus’ (1 Sm 13.14 e At 13:22) não significa, de forma alguma, que Davi fosse homem perfeito, mas somente que ele era um agente escolhido do Senhor para os Seus profundos desígnios. os pecados de Davi foram causa de graves acontecimentos na sua vida, mas nele se via um homem que se humilhou a si mesmo em grande arrependimento na convicção de haver pecado (2 Sm 12). Sobre o caráter geral de Davi diz o deão Stanley o seguinte: ‘Tendo em vista a complexidade dos elementos que constituem o caráter de Davi, a paixão, a ternura, a generosidade, a altivez, as suas qualidades de soldado, pastor, poeta, estadista, sacerdote, profeta, rei – considerando ainda nesse homem extraordinário o amigo romântico, o guia cavalheiresco, o pai dedicado, não se encontra em todo o A.T. outra pessoa com a qual ele se possa comparar… É ele o tipo e a profecia de Jesus Cristo. Não se chama a Jesus o filho de Abraão, ou o filho de Jacó, ou o filho de Moisés, mas sim o ‘filho de Davi’.

    Dados Gerais

    Davi é o nome do maior rei de Israel e o ancestral humano do Senhor Jesus. Sua história, suas realizações e seus problemas receberam um tratamento extensivo, de I Samuel 16 a II Reis 1 e em I Crônicas 2:29. O significado do nome ainda é incerto. A conexão com a palavra acadiana dawidûm (chefe, comandante) é atraente, embora duvidosa. É mais provável que esteja associado com a raiz hebraica dwd (amor), para dar o significado de “amado”. Alguns sugerem que Davi seja um cognome real e que seu nome é Elanã (Heb. “Deus é gracioso”), o herói que matou Golias (2Sm 21:19). Embora essa solução possa resolver a aparente discrepância entre I Samuel 17, cujo texto relata que Davi matou Golias, e II Samuel 21:19, o qual menciona que foi Elanã quem matou o gigante, cria outro problema: por que então Elanã seria relacionado na lista dos heróis de Davi? Outra sugestão é feita a partir de I Crônicas 20:5, que identifica Elanã como o herói que matou Lami, irmão de Golias. Desde que não se tem certeza se foi em II Samuel 21:19 ou em I Crônicas 20:5 que houve uma corrupção textual, a identificação de Elanã é incerta.

    Antecedentes

    Davi era o mais novo dos oito filhos de Jessé, um efrateu de Belém (1Sm 17:11-12). Jessé era descendente da tribo de Judá e bisneto de Boaz e Rute, a moabita (Rt 4:18-22; cf. 1Cr 2:1-15; Mt 1:2-6; Lc 3:31-38).

    Na juventude, Davi cuidava dos rebanhos da família. Como pastor, aprendeu a cuidar dos animais, bem como a protegê-los dos predadores. Essa experiência o ensinou a depender do Senhor, conforme afirmou para Saul: “O Senhor que me livrou das garras do leão, e das garras do urso, me livrará da mão deste filisteu” (1Sm 17:37).

    Davi era também um bom músico. Quando Saul sofria de depressão e crises de melancolia, seus servos, conhecendo a reputação desse jovem, mandaram chamá-lo (1Sm 16:16). Um deles disse: “Vi um filho de Jessé, o belemita, que sabe tocar bem, e é forte e valente, homem de guerra, sisudo em palavras, e de boa aparência. E o Senhor é com ele” (v. 18). Esse texto relaciona várias características de Davi: seu talento musical, sua bravura, eloquência, boa aparência, mas, acima de tudo, a presença do Senhor em sua vida.

    Davi eleito por Deus para ser rei

    Davi era notável, tanto por seu amor a Deus como por sua aparência física (1Sm 16:12). Depois que Saul foi rejeitado por seus atos de desobediência (1Sm 15:26), o Senhor incumbiu Samuel da tarefa de ungir um dos filhos de Jessé. Os mancebos passaram um por vez diante do profeta, mas nenhum deles foi aprovado por Deus. Depois que os sete mais velhos foram apresentados a Samuel, ele não entendeu por que o Senhor o enviara a ungir um rei naquela casa. O profeta procurava um candidato que se qualificasse por sua estatura física. Afinal, anteriormente tinha dito ao povo que Saul preenchia os requisitos, devido à sua bela aparência: “Vedes o homem que o Senhor escolheu? Não há entre o povo nenhum semelhante a ele” (1Sm 10:24).

    Jessé disse a Samuel que seu filho mais novo, chamado Davi, ainda cuidava dos rebanhos. Depois que foi trazido diante do profeta, ele teve certeza que aquele jovem atendia aos padrões de Deus, pois “o Senhor não vê como vê o homem. O homem olha para o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração” (1Sm 16:7). Davi recebeu duas confirmações de sua eleição: Samuel o ungiu numa cerimônia familiar e o Espírito do Senhor veio sobre ele de maneira poderosa (v.13).

    Davi com Saul

    Os caps. 16 a 31 de I Samuel são uma antologia solta de histórias, que, como coletânea, receberam o título de “A história da exaltação de Davi”. O propósito dessas narrativas é defender Davi das acusações de ter agido de maneira subversiva, usurpando o trono da família de Saul, sendo responsável pelas mortes de Saul, Jônatas, Abner e Is-Bosete. Deus operava claramente em todas as circunstâncias da vida de Davi, que o elevaram da posição de pastor de ovelhas a músico no palácio do rei, de lutar contra animais selvagens até suas vitórias sobre os filisteus e de herói nacional a refugiado político.

    Primeiro, Davi foi convidado para servir ao rei Saul como músico. Saul sofria de melancolia, porque o Espírito do Senhor o abandonara (1Sm 16:14). Na corte, Davi agradou ao rei, o qual o nomeou seu escudeiro (v. 21).

    Segundo, Deus agiu rapidamente, quando os filisteus atacaram 1srael (1Sm 17). O gigante filisteu, chamado Golias, desafiava Saul e todo o Israel várias vezes por dia, por um espaço de 40 dias (1Sm 17:16). Aconteceu de Davi levar suprimentos para seus irmãos que estavam no acampamento de guerra e teve oportunidade de ouvir o desafio do gigante. Movido por seu zelo pelo Senhor, seu amor pelo povo e pela alta recompensa — riqueza, casamento com a filha do rei Saul e a isenção de pagar impostos — Davi apresentou-se como voluntário para enfrentar Golias naquela batalha. O Senhor estava com ele. Davi triunfou sobre o filisteu, ao matá-lo com uma funda e uma pedra (1Sm 17:50).

    Terceiro, Davi foi convidado para morar no palácio real (1Sm 18:2). Os membros da família do rei o amavam. “A alma de Jônatas ligou-se com a de Davi, e Jônatas o amou como à sua própria alma” (v. 1). Este filho de Saul chegou ao ponto de fazer uma “aliança” com Davi (v. 3). Como expressão de seu profundo amor e respeito pelo filho de Jessé, deu-lhe suas roupas e armadura (v. 4). Mical também amava Davi (v. 20).

    Como sempre acontece, quando muitas coisas boas surgem, a fortuna tornou-se em sina. A fama de Davi cresceu rapidamente. Por toda a nação, as mulheres louvavam seu nome e faziam comparações positivas entre o jovem e o rei: “Saul feriu os seus milhares, porém Davi os seus dez milhares” (1Sm 18:7). Esse contraste suscitou o ciúme do rei (v. 8). Ele sabia que seus dias como monarca estavam contados e tinha de proteger o trono para sua família. Assim começaram as atitudes de hostilidade explícita contra Davi. O narrador de I Samuel escreveu: “Daquele dia em diante, Saul trazia Davi sob suspeita” (v. 9).

    O ciúme de Saul deixou-o cego. Foi extremamente desleal, pois voltou atrás em sua promessa de dar a filha mais velha, Merabe, em casamento a Davi (1Sm 18:17). Exigiu que o jovem enfrentasse os filisteus em batalha, na esperança de que perdesse a vida. Davi, ainda relutante em aceitar casar-se com um membro da família real, procurou imediatamente agradar ao rei. Nesse meio tempo, Merabe foi dada a outro homem (1Sm 18:19). De maneira vil, Saul desafiou-o a demonstrar sua bravura e seu valor novamente, mediante a matança de 100 filisteus, como um tipo de dote. Estava aborrecido por ser obrigado a dar Mical como esposa para Davi, porque sabia que o Senhor estava com ele e via o amor da filha por Davi como traição contra seu reinado (1Sm 18:28).

    Quarto, por meio de sua amizade com o filho do rei, Davi foi avisado com antecedência do profundo ódio de Saul contra ele, bem como de seus planos de matá-lo. Jônatas amava de verdade o filho de Jessé (1Sm 19:1) e não se preocupava com suas proezas militares, nem com sua crescente popularidade. Intercedeu em favor dele e o convidou para voltar ao palácio (v. 7), mas gradualmente percebeu que seu pai realmente estava determinado a matá-lo. O rei fez algumas tentativas para eliminar Davi no palácio (v. 10) e até mesmo na própria casa do genro (v. 11). Davi e Jônatas foram obrigados a se separar. O filho do rei sabia que Davi corria risco de vida; compreendia também que Deus tinha um plano especial para a vida do amigo. Os dois fizeram uma aliança para toda a vida e se separaram (1Sm 20:16-42).

    Saul contra Davi

    Saul fez tudo para livrar-se de Davi. Expulso da corte, o filho de Jessé buscou refúgio junto a Aquis, rei filisteu de Gate. Temeroso de que a boa vontade do anfitrião mudasse a qualquer momento, foi para Adulão (1Sm 22). Ali, liderou um bando de foras-dalei. Trouxe sua família para a segurança de Moabe e retornou, a fim de enfrentar os perigos de sua vida de eLivros. Qualquer um que tentasse colaborar com Davi era morto por Saul, como aconteceu com os sacerdotes de Nobe (1Sm 21:22). Para onde quer que ele fosse, o rei ficava sabendo e o perseguia.

    Enquanto isso, o apoio a Davi crescia cada vez mais. Bandidos, muitos deles guerreiros habilidosos, reuniram-se a ele. Abiatar, um sacerdote que escapou do massacre em Nobe, e o profeta Gade também se uniram a Davi. Este, por suas muitas façanhas, fazia com que as pessoas ficassem em débito para com ele. Reduziu a ameaça dos filisteus, como fez, por exemplo, em Queila (1Sm 23). Ele e seu homens também tornaram-se defensores dos moradores de Judá que eram constantemente ameaçados por saqueadores estrangeiros e viviam da parte que recebiam das colheitas, rebanhos e do gado que ajudavam a proteger. Nem todos os criadores, porém, estavam dispostos a compartilhar com eles alguma coisa. Nabal, um rico fazendeiro, tinha recebido tal proteção de Davi e seus homens, mas era avarento demais para recompensá-los pelo trabalho (1Sm 25). O filho de Jessé ficou furioso, mas Abigail, esposa de Nabal, foi ao seu encontro com vários presentes. Depois da morte do marido, ela se tornou esposa de Davi (1Sm 25:42).

    Por duas vezes Davi teve oportunidade de vingar-se de Saul, mas, ao invés de matá-lo, poupou sua vida. Sua existência tornou-se tão opressiva que foi obrigado a buscar refúgio com Aquis, rei de Gate. Recebeu a cidade de Ziclague para morar com seus homens, de onde ajudava Saul a reduzir as forças dos filisteus (1Sm 27). Aquis tinha tamanha confiança na lealdade de Davi, que o levou consigo como parte de suas tropas numa batalha em Gilboa, contra os israelitas (1Sm 28). Os filisteus não deveriam ficar apreensivos pelo conflito de interesses; Davi lutaria contra seu próprio povo (1Sm 29). No entanto, ele retornou a Ziclague e descobriu que a cidade fora saqueada e incendiada e a população, levada cativa pelos amalequitas. Enquanto os filisteus esmagavam os israelitas no norte, Davi perseguiu os invasores e colocou um fim em suas hostilidades.

    Davi é exaltado ao reino

    Saul e Jônatas foram mortos na batalha em Gilboa (2Sm 1:4). Ao invés de comemorar este acontecimento, Davi chorou pelo rei e por seu amigo (2Sm 1:19-27). As notícias sobre a morte de Saul correram rápido, mas as reações foram bem diferentes em todo país. As tribos do Norte reconheceram 1s-Bosete, filho do rei, como o legítimo representante do trono (2Sm 2:8-9). A tribo de Judá permaneceu leal a Davi e separou-se da união, ao tornar Hebrom a capital do novo reino (2Sm 2:3-4).

    Não demorou muito para que o povo descobrisse a incompetência de Is-Bosete. Abner, seu comandante militar, junto com outros cidadãos importantes, procurou Davi e abriu negociações com ele, as quais foram interrompidas quando Joabe assassinou Abner, em vingança pela morte de seu irmão. O enfraquecimento do Norte encorajou a morte de Is-Bosete e as tribos voltaram à união sob o reino de Davi (2Sm 5:1-3).

    Esse reino, agora unificado, primeiro teve Hebrom como seu centro. Mas, desejoso de ter uma localização melhor e reconhecedor do problema estratégico gerado pela proximidade dos cananeus, Davi determinou a conquista de Jerusalém. A cidade nunca pertencera aos israelitas e localizava-se num ponto estratégico, em um cruzamento entre o leste e o oeste, o norte e o sul. Joabe, o comandante militar, liderou uma campanha bem-sucedida contra aquela localidade e a conquistou para o rei.

    Davi consolidou seu reino, ao fazer de Jerusalém sua capital administrativa. Era uma cidade neutra, pois não tinha qualquer ligação especial nem com as tribos do Norte nem com as do Sul (2Sm 5:9-10). O crescimento do poderio de Davi não passou despercebido. Hirão, rei de Tiro, enviou seus carpinteiros e pedreiros, a fim de construir um palácio para ele (2Sm 5:11). Esse ato firmou o relacionamento entre os dois reis. Por incrível que pareça, o fortalecimento da posição do filho de Jessé ameaçou a paz relativa de que Israel gozava. Os filisteus não perturbaram o país durante os dois primeiros anos do reinado de Davi. Com o crescimento de seu poder, entretanto, decidiram acabar com sua grande popularidade. O rei resistiu a cada ataque com sucesso e finalmente definiu a fronteira do reino na planície costeira (2Sm 5:19-25).

    Jerusalém como centro do reino de Davi

    A paz estabelecida em Israel encorajou Davi a persuadir as tribos a reconhecer Jerusalém como centro religioso, ao levar para lá a Arca da Aliança, o símbolo central do relacionamento e da aliança do povo com Deus (2Sm 6). (Veja o verbete Aliança.) Após encontrar descanso em Jerusalém, Davi buscou a aprovação do Senhor para providenciar um centro definitivo ao culto e à adoração em Israel, por meio da construção de um Templo (2Sm 7). Deus modificou a oferta de Davi, pois concedeu a ele uma “casa” (dinastia) e permitiu que seu filho construísse uma “casa” permanente para o Senhor. A promessa de uma dinastia foi incorporada a uma aliança de concessão. A proposta concedia a Davi um lugar perpétuo no reino de Deus, ao colocar sobre ele o privilégio de ser um “filho” de Deus. O Salmo 2 celebra a condição do filho como o que experimenta uma posição privilegiada e recebe autoridade para estabelecer o reino de Deus (veja Sl 72), submeter as nações, quando necessário pela força, e trazer as bênçãos do Senhor sobre todos os fiéis, em todas as partes da Terra. Essas promessas cumprem a aliança que Deus fez com Davi. O Pacto Davídico é uma administração soberana, feita pela graça, segundo a qual o Senhor ungiu Davi e sua casa para estabelecer seu reino e efetivamente trazer um reinado de paz, glória e bênção. Jesus e os apóstolos afirmaram que essas promessas encontram seu foco e recebem sua confirmação em Cristo (o “Messias”). Ele é o “ungido” que recebeu autoridade e poder (Mt 28:20; At
    2) do alto sobre toda a criação, inclusive a Igreja (Cl 1).

    Encorajado pelas promessas de Deus e feliz pela consolidação do destaque de Israel entre as nações, Davi seguiu adiante. Fortaleceu Jerusalém, desenvolveu uma administração de governo centralizada, expulsou as forças invasoras e foi agressivo no estabelecimento da paz em Israel. Subjugou os filisteus, moabitas, edomitas e amonitas (2Sm 12:29-31). Cobrou impostos dos arameus e das nações que decidiu não subjugar (2Sm 8;10). Depositou a maior parte dos tributos e espólios no fundo para a construção do Templo (2Sm 8:11-12). Embora fosse severo em sua justiça para com as nações, o rei foi generoso no trato com Mefibosete, filho de Jônatas. Providenciou-lhe um lugar e garantiu-lhe um sustento vitalício (2Sm 9). Provavelmente esse período foi marcado por uma severa crise de fome (2Sm 21:1). A dificuldade era tão grande que Davi pediu uma explicação ao Senhor. Foi-lhe revelado que a escassez de alimento era resultado do juízo de Deus, pelo equivocado zelo de Saul, ao tentar aniquilar os gibeonitas (2Sm 21:2), povo que buscara e recebera proteção de Israel, na época de Josué (Js 9:15-18-26). A morte de sete descendentes de Saul, sem incluir Mefibosete, satisfez a exigência de justiça feita pelos gibeonitas. Deus graciosamente removeu a maldição e renovou a terra com chuva abundante. Davi levou os ossos de Saul, Jônatas e dos sete que foram mortos e os enterrou na sepultura de Quis (2Sm 21:14).

    A queda de Davi

    A partir deste ponto, a história de Davi é uma mistura de tragédia e providência divina. Ele se tornou um personagem trágico. Elevado pela graça de Deus a uma posição de imenso poder, desejou ardentemente Bate-Seba, com quem teve relações sexuais; ao saber que estava grávida, tentou encobrir seu pecado, ordenou que Urias, o marido dela, fosse morto no campo de batalha e casou-se com ela legalmente (2Sm 11). O profeta Natã proferiu um testemunho profético, condenando a concupiscência e a cobiça de Davi e seu comportamento vil (2Sm 12). O rei confessou seu pecado e recebeu perdão (2Sm 12:13; cf. Sl 32:51), mas sofreu as conseqüências de sua perfídia pelo resto da vida. O bebê que nasceu da união com Bate-Seba ficou doente e morreu.

    Conseqüentemente, Davi experimentou instabilidade e morte em sua família. Amnom violentou a própria irmã, Tamar, e causou a desgraça dela (2Sm 13); foi assassinado por Absalão, irmão da jovem. Este fugiu para salvar a vida e permaneceu eLivros por dois anos. Davi almejava revê-lo e foi encorajado por Joabe, o qual o enganou, ao forçá-lo a seguiu um conselho que lhe fora dado por uma mulher de Tecoa. Esta, orientada por Joabe, fora ao rei pedindo proteção para o filho que assassinara o irmão. Joabe trouxe Absalão de volta, mas não ao palácio real. Depois de dois anos, o filho do rei voltou ao palácio, conquistou a simpatia do povo e pensou numa maneira de reconquistar o favor do pai (2Sm 14).

    Como resultado, Davi experimentou uma guerra civil dentro do país. Absalão tivera tempo para elaborar planos, a fim de perturbar a ordem. Durante quatro anos, preparara-se cuidadosamente para o momento em que o povo o apoiaria, em detrimento de seu velho pai. Absalão foi coroado rei em Hebrom e rapidamente partiu em direção a Jerusalém (2Sm 15). Davi saiu da capital com um grupo de seguidores e deixou vários conselheiros de confiança para trás (Abiatar, Zadoque e Husai). Husai dava conselhos equivocados a Absalão e enviava mensageiros a Davi, a fim de informar todos os movimentos dele (2Sm 17). A guerra trouxe resultados desastrosos para as forças do filho do rei, o qual morreu pendurado em uma árvore pelos cabelos. A vitória foi clara, mas Davi sofreu mais com a perda de Absalão do que sentiu alegria pela vitória.

    O rei voltou para Jerusalém com o apoio dos habitantes do Sul do país, os quais anteriormente haviam seguido Absalão. As tribos do Norte sentiram-se traídas pela falta de respeito demonstrada pelos moradores do Sul, pois elas também tinham apoiado o rei e dado a extensão de seu território nas mãos dele; por isso, precisavam ser ouvidas. A tribo de Judá alegou que o rei lhes pertencia e ofendeu os habitantes do Norte com a sua insolente arrogância (2Sm 19:40-43).

    Conseqüentemente, a união entre as tribos ficou enfraquecida ao extremo. A dissidência rapidamente cresceu e culminou em outra guerra civil, sob a liderança de Seba, filho de Bicri, da tribo de Benjamim. Davi enviou Amasa para recrutar guerreiros de Judá, a fim de sufocar a rebelião. Como este demorou muito a retornar, o rei comissionou Abisai para perseguir Seba. (Joabe perdera o favor do rei e o cargo, por ter matado Absalão, e agora estava sob as ordens de Abisai.) Quando Amasa, que se aliara a Seba, e Joabe se encontraram, este o matou e reassumiu o comando das tropas. Perseguiu a Seba até Abel-Bete-Maaca e sitiou a cidade. Uma mulher sábia salvou a cidade, ao comprometer-se a atirar a cabeça de Seba por cima do muro. Joabe retornou a Jerusalém como general, com o crédito de ter acabado com a rebelião (2Sm 20:23).

    Os últimos dias de Davi

    No término de sua vida, Davi tinha realizado o objetivo de solidificar Israel contra os filisteus, ao sudoeste; os edomitas, ao sudeste; os moabitas e amonitas, ao leste; e os arameus, ao norte. Havia estendido seu reino por todas as áreas da terra que fora prometida a Abraão (Gn 15:18-19). Desenvolveu uma administração eficiente, pela qual era capaz de governar esse vasto império. Um excelente exército era mantido constantemente de prontidão, para assegurar a paz e a estabilidade dentro do reino. Por causa de seu sucesso, Davi confiou em si mesmo e decidiu fazer um censo.

    Isso desagradou ao Senhor, que enviou uma praga contra o reino. O próprio rei foi o responsável pela morte de muitos inocentes. Por isso, comprou um campo e ofereceu um sacrifício a Deus, que expressava arrependimento por sua presunção. Esse local, a eira de Araúna, no futuro se tornaria o lugar onde Salomão construiria o Templo (2Sm 24:1-25).

    Davi ordenou que Salomão fosse ungido rei, após ouvir que seu filho Adonias fizera uma tentativa de usurpar o trono (1Rs 1:1-2:12). Preveniu o seu sucessor sobre várias pessoas que poderiam comprometer a estabilidade de seu reinado: Joabe, o comandante, e Simei, o rebelde (1Rs 2:8-9). Incumbiu-o de permanecer fiel a Deus, porque no Senhor estava a fonte do poder e a perpetuidade da dinastia.

    Conclusão

    Davi era humano, mas permaneceu fiel ao Senhor durante toda sua vida. Embora tenha pecado tragicamente contra Deus e o próximo, era um homem humilde. A sua força estava no Senhor, desde o princípio até o fim de seus dias. Os salmos atribuídos a ele falam desta verdade. Tal afirmação sobre sua confiança em Deus é também encontrada no final de II Samuel: “O Senhor é a minha rocha, a minha fortaleza e o meu libertador. Meu Deus é a minha rocha, em quem me refugio; o meu escudo, e força da minha salvação. Ele é o meu alto retiro, meu refúgio e meu Salvador — dos homens violentos me salvaste” (2Sm 22:2-3). Os cânticos compostos por ele também trazem a correlação entre a humildade, a obediência e a bondade de Deus. Conforme Davi escreveu: “Com o puro te mostras puro, mas com o perverso te mostras sagaz. Livras o povo humilde, mas teus olhos são contra os altivos, e tu os abates” (2Sm 22:27-28). O Senhor não apenas mostrou seu poder para Davi e seus contemporâneos, mas também comprometeu-se a proteger todo o seu povo por meio do ungido, que descenderia do referido rei. Essa é a essência da Aliança Davídica.

    Os escritores do NT testemunham sobre a conexão entre Davi e Cristo. A genealogia de Jesus recua até o filho de Jessé (Mt 1:1). Ele é o governante sobre o trono de Davi, cujo reino se estende até os confins da Terra. É o cabeça da Igreja (Cl 1:18) e trará todas as nações ao conhecimento de sua soberania (1Co 15:25; cf. At 2:35). Ele estabelecerá o reino de Deus sobre a Terra (1Co 15:27-28) e, por esse motivo, cumpre as promessas em benefício de todo o povo do Senhor, tanto judeus como gentios.

    W.A. e V.G.


    Davi [Amado] - O segundo rei do reino unido de Israel. Ele reinou de 1010 a 970 a.C. Tomou Jerusalém e a tornou a capital religiosa do reino. Levou a arca para lá (2Sa
    6) e organizou os serviços de adoração (1Ch 15—16). Ampliou o reino (2Sm 8:10-12) e ajuntou materiais para a construção do TEMPLO (1Ch 22). Foi governador, guerreiro, músico e poeta. E foi um dos antepassados de Jesus (Mt 1:1). V. SAMUEL, SEGUNDO LIVRO DE e o mapa OS REINOS DE SAUL, DAVI E S

    Davi O segundo rei de Israel (final do séc. XI e início do séc. X a.C.). De sua descendência viria o messias — daí ele ser chamado “Filho de Davi” (Mt 9:27; 12,23; 15,22; 20,30ss.; Mc 11:10) — que também deveria nascer em sua cidade natal: Belém (Mq 5:2). Tanto Lucas como Mateus relacionam Jesus com a estirpe messiânica e o fato deve ser reconhecido como histórico, ainda que seja bem provável que não fosse importante o ramo a que pertencia.

    Como outros tantos judeus de sua época, Jesus enfatizou a ascendência davídica do messias, o seu caráter preexistente, baseado em uma leitura peculiar do Salmo 110, que tem paralelos, entre outros, com os essênios de Qumrán (Mt 22:41ss.).


    Duzentos

    numeral Duas vezes cem; número imediatamente superior ao 199; (200); a quantidade que representa esse número: tenho duzentos reais no banco.
    Designado pelo número 200: empresa número duzentos.
    Diz-se desse número numa sequência: carro duzentos.
    Correspondente à essa quantidade; diz-se do que tem esse valor medido ou pesado: boi com duzentos quilos.
    substantivo masculino A designação desse número: o duzentos estava apagado nesse texto.
    Etimologia (origem da palavra duzentos). Do latim ducenti.ae.a.

    Expressos

    masc. pl. part. pass. de exprimir
    masc. pl. de expresso
    masc. pl. part. pass. de expressar

    ex·pri·mir |eis| ou |es| |eis| ou |es| -
    (latim exprimo, -ere, espremer, fazer sair, pronunciar, arrancar)
    verbo transitivo e pronominal

    1. Manifestar os seus sentimentos, as suas expressões por palavras ou gestos.

    2. Manifestar por meio de um trabalho de arte.

    3. Dar a conhecer. = COMUNICAR

    verbo pronominal

    4. Fazer conhecer as suas ideias ou sentimentos.


    Sinónimo Geral: EXPRESSAR
    Antónimo Geral: CALAR, SILENCIAR


    ex·pres·so 2
    (italiano espresso)
    adjectivo e nome masculino
    adjetivo e nome masculino

    Diz-se de ou café feito em máquina de pressão e servido geralmente em chávena pequena.


    ex·pres·so |eis| ou |es| |eis| ou |es| 1
    (latim expressus, -a, -um, particípio passado de exprimo, -ere, apertar)
    adjectivo
    adjetivo

    1. Que se manifesta. = CLARO, FORMAL, MANIFESTO, PATENTEOCULTO, SUBENTENDIDO, TÁCITO

    2. Declarado com palavras. = ESCRITOIMPLÍCITO

    3. Que se destina a ser mais rápido do que o normal (ex.: serviço expresso).

    4. Que é mandado de propósito.

    nome masculino

    5. Comboio ou autocarro que só pára em determinadas estações para ter um percurso mais rápido.


    ex·pres·sar |eis| ou |es| |eis| ou |es| -
    (expresso + -ar)
    verbo transitivo e pronominal

    Manifestar sentimentos ou expressões por palavras ou gestos. = DECLARAR, EXPRIMIR


    Levitas

    Levitas Descendentes de Levi, terceiro filho do patriarca Jacó, mas não de Aarão. Originalmente serviram no tabernáculo (Nu 3:5ss.). Durante a época de Jesus, realizavam tarefas de canto e música no templo e eram mantidos pelo dízimo ou maaser da comunidade. Jesus colocou um levita entre os protagonistas da parábola do bom samaritano (Lc 10:25ss.), culpando-o pela falta de amor ao próximo, talvez por antepor o temor e/ou o cuidado pelas normas rituais (medo de contaminar-se com um cadáver) ao chamado da misericórdia.

    Todos os sacerdotes do povo escolhido eram levitas, isto é, descendentes de Levi por Coate (segundo filho de Levi), e Arão. Mas Levi teve outros filhos, cujos descendentes ajudavam os sacerdotes, formavam a guarda do tabernáculo, e o transportavam de lugar para lugar (Nm 4:2-22,29). No tempo de Davi, toda a família achava-se dividida em três classes, cada uma das quais estava subdividida em vinte e quatro ordens. A primeira classe estava ao serviço dos sacerdotes – a segunda formava o coro dos cantores do templo – e a terceira constituía o corpo dos porteiros e guardas do templo (1 Cr 24,25,26). Para sustentar todos estes homens, tinham-lhes sido concedidas quarenta e oito cidades, com uma faixa de terra em volta de cada uma delas – e tinham, também, o dízimo de todos os produtos e gado do pais (Lv 27:30Nm 35:1-8) – desse dízimo cabia aos sacerdotes a décima parte. Além disso, todos os levitas participavam do dízimo dos produtos, que geralmente o povo tinha de empregar naquelas festas, para as quais eram eles convidados (Dt 14:22-27). (*veja Sacerdote, Sumo sacerdote.)

    Ministério

    substantivo masculino Função de ministro.
    Tempo durante o qual essa função é exercida.
    Conjunto de ministros num governo.
    Local onde têm sede os serviços de um ministro: ir ao Ministério da Educação.
    Função, cargo que alguém exerce (diz-se principalmente do sacerdócio): atender aos deveres do seu ministério.
    Ministério público, magistratura estabelecida junto a cada tribunal e relativa à execução das leis em nome da sociedade.

    Algumas vezes, palavras de significado geral passam a ter um significado mais restrito, como a palavra ministério que significava originalmente o "ofício de alguém, aquilo que uma pessoa devia fazer"; com o tempo, há uma restrição de significado e a palavra ministério, em religião, passa a indicar somente o "ofício de um sacerdote" ou o "lugar dos ministros".

    O ministério de Jesus não é serviço de crítica, de desengano, de negação. É trabalho incessante e renovador, para a vida mais alta em todos os setores.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    M
    Referencia:


    Ministério
    1) Desempenho de um serviço (At 7:53, RA).


    2) Exercício de um serviço religioso especial, como o dos levitas, sacerdotes, profetas e apóstolos (1Cr 6:32; 24.3; Zc 7:7; At 1:25).


    3) Atividade desenvolvida por Jesus até a sua ascensão (Lc 3:23, RA).


    4) Cargo ou ofício de MINISTRO 4, (2Co 6:3; 2Tm 4:5).


    Netineus

    -

    Netineus Grande grupo de servos do Templo (RC: (1Cr 9:2); (Ed 2:43-58).

    Nomes

    masc. pl. de nome

    no·me |ô| |ô|
    (latim nomen, -inis)
    nome masculino

    1. Palavra que designa pessoa, animal ou coisa (concreta ou abstracta).

    2. Denominação.

    3. Apelido.

    4. Prenome.

    5. Alcunha.

    6. Nomeada.

    7. Fama.

    8. Poder, autoridade.

    9. Gramática Palavra que pertence à classe de palavras que designa seres ou coisas, concretos ou abstractos, estados, processos ou qualidades. = SUBSTANTIVO


    chamar nomes
    [Informal] Proferir insultos (ex.: evitem chamar nomes aos colegas; não vale chamar nomes). = INJURIAR, INSULTAR

    em nome de
    Da parte de.

    Em atenção a.

    nome comum
    Nome que designa um elemento de uma classe ou categoria, não designando um indivíduo ou uma entidade única e específica, por oposição a nome próprio.

    nome de código
    Nome ou designação com que se esconde o nome ou designação de algo ou alguém.

    nome de fantasia
    Nome que alguém adopta a seu bel-prazer.

    nome de guerra
    pseudónimo.

    nome feio
    Palavra indecorosa ou ofensiva. = PALAVRÃO

    nome predicativo
    Gramática Palavra que qualifica ou determina o sujeito e que completa a significação do verbo.

    nome próprio
    Nome que designa um indivíduo ou uma entidade única e específica e que é geralmente escrito com inicial maiúscula, por oposição a nome comum.

    Confrontar: nume.

    Ver também dúvida linguística: pronúncia de nome.

    Vinte

    numeral Duas vezes dez: vinte crianças.
    Vigésimo: capítulo vinte.
    substantivo masculino O número vinte.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Esdras 8: 20 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E dos netinins ① que Davi e os príncipes tinham designado para o serviço dos levitas, duzentos e vinte netinins ①, que foram todos mencionados por seus nomes.
    Esdras 8: 20 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    457 a.C.
    H1732
    Dâvid
    דָּוִד
    de Davi
    (of David)
    Substantivo
    H3605
    kôl
    כֹּל
    cada / todo
    (every)
    Substantivo
    H3881
    Lêvîyîy
    לֵוִיִּי
    os descendentes de Levi, o terceiro filho de Jacó com Lia
    (the Levite)
    Adjetivo
    H3967
    mêʼâh
    מֵאָה
    cem
    (and a hundred)
    Substantivo
    H4480
    min
    מִן
    de / a partir de / de / para
    (from)
    Prepostos
    H5344
    nâqab
    נָקַב
    furar, perfurar, abrir, determinar
    (Appoint me)
    Verbo
    H5411
    Nâthîyn
    נָתִין
    Netineus
    (and the Nethinims)
    Substantivo
    H5414
    nâthan
    נָתַן
    E definir
    (And set)
    Verbo
    H5656
    ʻăbôdâh
    עֲבֹדָה
    trabalho, serviço
    (for the service)
    Substantivo
    H6242
    ʻesrîym
    עֶשְׂרִים
    e vinte
    (and twenty)
    Substantivo
    H8034
    shêm
    שֵׁם
    O nome
    (The name)
    Substantivo
    H8269
    sar
    שַׂר
    Os princípes
    (The princes)
    Substantivo


    דָּוִד


    (H1732)
    Dâvid (daw-veed')

    01732 דוד David raramente (forma plena) דויד Daviyd

    procedente do mesmo que 1730, grego 1138 δαβιδ; DITAT - 410c; n pr m Davi = “amado”

    1. filho mais novo de Jessé e segundo rei de Israel

    כֹּל


    (H3605)
    kôl (kole)

    03605 כל kol ou (Jr 33:8) כול kowl

    procedente de 3634; DITAT - 985a; n m

    1. todo, a totalidade
      1. todo, a totalidade de
      2. qualquer, cada, tudo, todo
      3. totalidade, tudo

    לֵוִיִּי


    (H3881)
    Lêvîyîy (lay-vee-ee')

    03881 לויי Leviyiy ou לוי Leviy

    patronímico procedente de 3878; adj Levita = veja Levi “unido a”

    1. os descendentes de Levi, o terceiro filho de Jacó com Lia
      1. a tribo descendente de Levi separada especialmente por Deus para o seu serviço

    מֵאָה


    (H3967)
    mêʼâh (may-aw')

    03967 מאה me’ah ou מאיה me’yah

    propriamente, um numeral primitivo; cem; DITAT - 1135; n f

    1. cem
      1. como um número isolado
      2. como parte de um número maior
      3. como uma fração - um centésimo (1/100)

    מִן


    (H4480)
    min (min)

    04480 מן min

    ou מני minniy ou מני minney (construto pl.) (Is 30:11)

    procedente de 4482; DITAT - 1212,1213e prep

    1. de, fora de, por causa de, fora, ao lado de, desde, acima, do que, para que não, mais que
      1. de (expressando separação), fora, ao lado de
      2. fora de
        1. (com verbos de procedência, remoção, expulção)
        2. (referindo-se ao material de qual algo é feito)
        3. (referindo-se à fonte ou origem)
      3. fora de, alguns de, de (partitivo)
      4. de, desde, depois (referindo-se ao tempo)
      5. do que, mais do que (em comparação)
      6. de...até o, ambos...e, ou...ou
      7. do que, mais que, demais para (em comparações)
      8. de, por causa de, através, porque (com infinitivo) conj
    2. que

    נָקַב


    (H5344)
    nâqab (naw-kab')

    05344 נקב naqab

    uma raiz primitiva; DITAT - 1409; v

    1. furar, perfurar, abrir, determinar
      1. (Qal)
        1. furar, perfurar
        2. furar, designar
      2. (Nifal) ser furado, ser designado, ser especificado
    2. (Qal) amaldiçoar, blasfemar

    נָתִין


    (H5411)
    Nâthîyn (naw-theen')

    05411 נתין Nathiyn

    ou נתון Nathuwn (Ed 8:17) (a própria forma, como particípio pass) ou (plural) נתינים

    procedente de 5414; DITAT - 1443a; n m

    1. Netineus
      1. servos do templo designados para os levitas e sacerdotes para o serviço no santuário

    נָתַן


    (H5414)
    nâthan (naw-than')

    05414 נתן nathan

    uma raiz primitiva; DITAT - 1443; v

    1. dar, pôr, estabelecer
      1. (Qal)
        1. dar, conceder, garantir, permitir, atribuir, empregar, devotar, consagrar, dedicar, pagar salários, vender, negociar, emprestar, comprometer, confiar, presentear, entregar, produzir, dar frutos, ocasionar, prover, retribuir a, relatar, mencionar, afirmar, esticar, estender
        2. colocar, estabelecer, fixar, impor, estabelecer, designar, indicar
        3. fazer, constituir
      2. (Nifal)
        1. ser dado, ser concedido, ser providenciado, ser confiado a, ser garantido a, ser permitido, ser emitido, ser publicado, ser afirmado, ser designado
        2. ser estabelecido, ser posto, ser feito, ser imposto
      3. (Hofal)
        1. ser dado, ser concedido, ser abandonado, ser entregue
        2. ser colocado sobre

    עֲבֹדָה


    (H5656)
    ʻăbôdâh (ab-o-daw')

    05656 עבדה ̀abodah ou עבודה ̀abowdah

    procedente de 5647; DITAT - 1553c; n f

    1. trabalho, serviço
      1. obra, trabalho
      2. trabalho (de servo ou escravo)
      3. trabalho, serviço (de cativos ou súditos)
      4. serviço (de Deus)

    עֶשְׂרִים


    (H6242)
    ʻesrîym (es-reem')

    06242 שרים ̀esriym

    procedente de 6235; DITAT - 1711e; n. m./f.

    1. vinte, vigésimo

    שֵׁם


    (H8034)
    shêm (shame)

    08034 שם shem

    uma palavra primitiva [talvez procedente de 7760 com a idéia de posição definida e conspícua; DITAT - 2405; n m

    1. nome
      1. nome
      2. reputação, fama, glória
      3. o Nome (como designação de Deus)
      4. memorial, monumento

    שַׂר


    (H8269)
    sar (sar)

    08269 שר sar

    procedente de 8323; DITAT - 2295a; n. m.

    1. príncipe, governante, líder, chefe, comandante, oficial, capitão
      1. comandante, chefe
      2. vassalo, nobre, oficial (sob as ordens do rei)
      3. capitão, general, comandante (militar)
      4. chefe, líder, superintendente (de outras classes de funcionários)
      5. líderes, príncipes (referindo-se a ofícios religiosos)
      6. anciãos (referindo-se aos líderes representativos do povo)
      7. príncipes-mercadores (referindo-se à hierarquia dignidade)
      8. anjo protetor
      9. Soberano dos soberanos (referindo-se a Deus)
      10. diretor