Enciclopédia de Jó 38:20-20
Índice
Perícope
jó 38: 20
Versão | Versículo |
---|---|
ARA | para que as conduzas aos seus limites e discirnas as veredas para a sua casa? |
ARC | Para que as tragas aos seus limites, e para que saibas as veredas da sua casa? |
TB | para que conduzas a luz ao seu lugar |
HSB | כִּ֣י תִ֭קָּחֶנּוּ אֶל־ גְּבוּל֑וֹ וְכִֽי־ תָ֝בִ֗ין נְתִיב֥וֹת בֵּיתֽוֹ׃ |
BKJ | poderás conduzi-la a seus limites, e para que saibas as veredas para a sua casa? |
LTT | |
BJ2 | para que as conduzas à sua terra e lhes ensines |
VULG |
As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Jó 38:20
Referências Cruzadas
Gênesis 10:19 | E foi o termo dos cananeus desde Sidom, indo para Gerar, até Gaza; indo para Sodoma, e Gomorra, e Admá, e Zeboim, até Lasa. |
Gênesis 23:17 | Assim, o campo de Efrom, que estava em Macpela, em frente de Manre, o campo e a cova que nele estava, e todo o arvoredo que no campo havia, que estava em todo o seu contorno ao redor, |
Jó 26:10 | Marcou um limite à superfície das águas em redor, até aos confins da luz e das trevas. |
Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.
Livros
Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.
Comentários Bíblicos
Beacon
A CONVERSA DE DEUS COM JÓ
Jó
O maior desejo de Jó, expressado muitas vezes, era que Deus lhe concedesse uma audiência para que toda a questão da sua integridade e sofrimento pudesse ser resolvi-da. Nesta parte do livro, o desejo de Jó é finalmente satisfeito, mas não na forma como ele estava esperando.
A pergunta principal levantada no livro é: "Porventura Jó teme [serve] a Deus em vão?" (1-9). Esta é, em última análise, uma pergunta acerca do tipo de relacionamento que existe entre o homem e Deus.
Satanás (o satanás; veja comentários em 1,6) e os amigos de Jó concordam essenci-almente na resposta dessa pergunta. Satanás não acredita que Jó "manterá sua integri-dade" sem uma recompensa. Os amigos acreditam que a prosperidade material desfru-tada por um homem é a recompensa pela integridade e que, portanto, a falta de recom-pensa é a evidência imediata de pecado. O autor e poeta retratou a Jó como vencedor sobre esses inimigos. Ficou provado que Satanás estava errado porque Jó não "amaldi-çoa a Deus" com a perda da saúde e da riqueza. Jó derrota os amigos e suas argumenta-ções. Ele argumenta persuasivamente a partir das realidades da vida de que riqueza e bênçãos nem sempre são resultantes de retidão.
No entanto, Jó não sobreviveu à sua provação sem ficar com marcas dela. Seu rela-cionamento com Deus não ficou esclarecido. A própria atitude de Jó é o seu problema. Ao defender sua integridade, ele contestou a integridade de Deus e o fez parecer injusto. Deus parece não mostrar uma consistência perceptível em sua jurisdição moral do mun-do. Esta é uma questão que deve ser resolvida a partir de agora.
Jó deseja ter uma oportunidade de estar diante de Deus para poder justificar-se. Parece que ele acha que pode apelar para a natureza moral de Deus a fim de neutralizar a inimizade que Deus aparentemente exerce contra ele. É acerca dessa questão que Deus fala com Jó. Ele não entra numa disputa judicial com Jó, mas mostra a ele o verdadeiro relacionamento que sempre deve existir entre Deus e o homem, entre o infinito e o finito.
A. A PRIMEIRA RESPOSTA A Jó
O SENHOR (1) é Yahweh (Javé), o Deus dos hebreus. De um redemoinho é literal-mente "de uma tempestade". Não está claro se o autor teve a intenção de ser literal ou figurado na linguagem que usa. No entanto, é a linguagem bíblica da teofania (veja S1 18:8-12; Ez
O Senhor desafia Jó ao perguntar: Quem é este que escurece o conselho? (2). A pergunta infere que ocorreu algum tipo de confusão. Conselho sugere o plano ou razão das coisas. Jó havia obscurecido os propósitos de Deus no mundo por meio dos seus argumentos e queixas, especialmente em sua afirmação de que Deus agia injustamente nas questões humanas.
Cinge os teus lombos (3) é uma expressão preparatória para agir. Jó tinha, repetidas vezes, desafiado Deus a encontrá-lo. Agora Deus está pronto a concordar com seu pedido. Jó deve estar inteiramente preparado na argumentação com Deus para o que virá. E não era o que Jó esperava. Ele desejava questionar a Deus a respeito de sua atitude e ações. Em vez disso, Deus diz: Perguntar-te-ei, e, tu, responde-me. Quando Deus faz suas perguntas, Jó não está pronto para a entrevista como ele havia imaginado anteriormente (40:3-5).
Deus desarmou Jó com referência aos sistemas ordenados da natureza que estão além do poder controlador de qualquer homem. Ele não consegue compreendê-los inteiramente.
Primeiro, Ele pergunta a Jó: Onde estavas tu (4) no início da criação? Isto ressalta a limitada inteligência de Jó e a natureza transitória de sua existência. Faze-me saber se refere ao versículo 3 e também às perguntas que vêm a seguir. As perguntas mostram que Jó não tem conhecimento, de primeira mão, de como a terra foi formada. Ele sabe quem a fez, mas ele não estava presente para ver como ela foi feita. A criação da terra é semelhante à construção de um prédio bem projetado, estendida com um cordel (5; linha de medir) e nivelada cuidadosamente com fundamentos fortes e uma pedra de esquina (6). As estrelas da alva (estrelas personificadas) e os filhos de Deus (7; anjos) são descritos como expressando imensa alegria pela grandeza da terra enquanto observavam Deus construí-la. Eles estavam lá, mas Jó não estava.
Deus também indaga a Jó acerca da sua ligação com a criação dos oceanos. A pergunta básica ainda continua: "Onde estavas?" A figura é de um ser gigante nascido da madre (8) do universo, colocando nuvens como sua vestidura (9). À medida que o mar se avolumava, Deus colocou limites para ele, para que ficasse restrito a um determinado território (8-11).
Dias e noites fazem parte da criação de Deus. Cada manhã se mostra a alva (12). Ela envia luz para as extremidades da terra (13). Por meio da sua luz o mal perpetu-ado sob a cobertura da escuridão pode ser vencido (13,15). O versículo 14 descreve o efeito do sol da manhã sobre a aparência do mundo. "A terra toma forma como o barro sob o sinete; e tudo nela se vê como uma veste" (NVI).
Os mistérios da terra e do mar são explorados. Entraste tu? (16) é o mesmo tipo de pergunta como aquela feita no versículo 4. Será que Jó conhece as origens do mar? Aqui, profundo refere-se ao mundo que ficava debaixo do oceano. No versículo 17, portas da morte e portas da sombra da morte referem-se ao Sheol. Acaso Jó passou pelas portas do Sheol para descobrir os segredos escondidos nas suas profundezas? Ele conhece as larguras da terra (18) ou o que fica além da terra plana?
Da mesma maneira Deus mostra a Jó que ele não tem conhecimento da luz e das trevas (19). O número dos teus dias (21) é uma alusão ao diálogo com os amigos quanto à conexão entre idade e sabedoria.
As causas dos fenômenos naturais como a neve e a saraiva (22) estão além do conhecimento de Jó. No entanto, Deus os mantém em seu depósito para usá-los conforme lhe apraz —até mesmo na peleja (23; veja Jó
Genebra
38:1—41:34 Em seu aparecimento Deus não menciona a Jó a questão dos seus sofrimentos e muito menos deu as razões para eles. O que o Senhor diz é muito mais importante do que os sofrimentos de Jó, que o Senhor sabia que em breve removeria. E nem Jó recebeu uma declaração de acusação, conforme queria (31.35), mesmo porque não havia nenhuma. E assim Jó aprende que devia deixar o seu caso, incluindo o seu desejo de vindicação, nas mãos de um Deus bom e soberano, que não é seu inimigo (1Pe
* 38:1—40.2 Expondo a fraqueza e a insensatez do patriarca o Senhor convocou a Jó para retirar as suas acusações contra o Todo-poderoso.
* 38:1
o SENHOR. O divino nome da Aliança, Yahweh, é agora usado de novo, tal como se viu no prólogo, mostrando que o autor do livro foi um israelita. Jó e os conselheiros usavam outros epítetos divinos, como "Deus" ou "o Todo-poderoso". Jó
* 38.4—39.30 Nesse exame de Jó, o Senhor revela-se como soberano sobre o mundo natural. Ele é o Criador (38.4-14) da terra (vs. 4-7), do mar (vs. 8-11), do dia e da noite (vs. 12-15). Ele é o Senhor da natureza inanimada (38.16-38) e da natureza dotada de vida (38.39—39.30).
*
38:5
se é que o sabes? A ironia que aqui transparece, bem como nos vs. 18 e 21, não é sarcasmo, mas um lembrete de que Deus é o Criador.
* 38:7 Quanto à personificação das forças naturais como anjos de Deus, ver Sl
* 38:15 A luz dos ímpios é trevas (Is
* 38:17
as portas da morte. As "portas" representam o domínio (Mt
* 38:26
chover... no ermo. Em um mundo onde a água da chuva era preciosa, Deus impressionou Jó com a sua liberdade soberana para fazer o que deixa perplexos aqueles que não apreciam as distinções entre o Deus soberano e eles mesmos.
* 38:31
atar as cadeias do Sete-estrelo... Órion. Somente Deus exerce domínio sobre as forças cósmicas que constrangem as constelações chamadas Sete-Estrelo, e aquelas que compõem a cadeia do caçador Órion.
* 38:36
sabedoria... entendimento. A palavra hebraica traduzida aqui por "meteoro", ocorre somente aqui, e seu sentido tem estado em dúvida desde os tempos antigos. Se uma tradução tradicional for aceita, o versículo pergunta quem deu sabedoria ao "íbis" e ao "galo", aves que eram tidas como algo que anunciava a vinda da chuva e as inundações do rio Nilo.
*
38:39 Aqui as perguntas mudam da criação inanimada para a criação animada: um exemplo de criaturas de Deus, grandes e pequenas.
Matthew Henry
Wesley
Em resposta à insistência de Jó que ele é inocente e, portanto, não consigo entender por que ele deveria sofrer pelos pecados, como seus acusadores alegaram, da qual ele não sabe de nada, Deus propõe a Jó uma série de perguntas muito difíceis. No final desses interrogatórios procurando acusadores de Jó não tenho nenhuma resposta, apesar de terem sido tão cocksure de sua posição anteriormente. Assim, Deus repreende-los e instrui-los a pedir desculpas a Jó, e buscar suas orações de intercessão. Com estas instruções que cumpram (42: 7-9 ).
Deus dirige-se ao Jó por meio de uma série de questões relativas aos mistérios da natureza. Jó não pode responder a estas perguntas, assim como seus acusadores não pode. Assim, Deus diz, implicitamente, ao Jó, se você não entender os mistérios da natureza como eles são vistos em seus fenômenos, então como você pode compreender os mistérios mais elevados de relacionamento de Deus com os homens (conforme Jo
1 Então o Senhor respondeu a Jó do meio da tempestade, e disse:
2 Quem é este que escurece o conselho
Com palavras sem conhecimento?
3 Cinge agora os teus lombos como homem;
Pois eu te perguntarei, e tu me.
É interessante que, assim como Jó já havia se queixou de que Deus o havia quebrado com "uma tempestade", ou turbilhão (Jó
Neste demanda é o mistério eo milagre da fé. Deus, o Criador todo-poderoso do céu e da terra, entra na relação eu-tu com o homem. Elifaz tem "exaltado" Deus a tais alturas que Ele não pode perceber seres insignificantes como os homens. Deus fala a partir do turbilhão de Jó: Eu fiz de você um homem. Levante-se Ct
4 Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da terra?
Declare, se tens entendimento.
5 Quem determinou as medidas, se tu sabes?
Ou quem estendeu sobre ela o cordel?
6 Ao que foram fundadas as suas bases?
Ou quem lhe assentou a pedra angular da mesma,
7 Quando as estrelas da manhã cantaram juntas,
E todos os filhos de Deus rejubilavam?
8 Ou quem encerrou o mar com portas,
Quando o partiu para frente, como se ele tinha emitido fora do útero;
E escuridão por-band panos para ele,
10 E, marcado para o meu limite,
E portas e ferrolhos,
11 E disse: Até aqui virás, e não mais adiante;
E aqui são as tuas ondas orgulhosas ser suspensa?
12 Porventura, comandou a manhã desde os teus dias começou ,
E fez com que a aurora de saber o seu lugar;
13 que poderia ter de segurar as extremidades da terra,
E os maus ser sacudidos dela?
14 se transforma como o barro sob o selo;
E todas as coisas permaneçam como uma peça de roupa:
15 E dos ímpios é retirada a sua luz,
Eo braço está quebrado.
Deus começa Seus interrogatórios com uma pergunta sobre origens últimas, ou a criação da terra (v. Jó
DESAFIO C. DEUS a respeito do mundo físico (38: 16-38)
16 Acaso tu entraste até os mananciais do mar?
Ou tu andou nos recessos do abismo?
17 já às portas da morte foi revelado a ti?
Ou viste as portas da sombra da morte?
18 Porventura, compreendeu a terra na sua amplitude?
Declare, se sabes tudo.
19 Onde está o caminho para a morada da luz?
E, quanto às trevas, onde está o seu lugar,
20 em que deves levá-la ao limite do mesmo,
E que deverás discernir os caminhos para a sua casa?
21 Sem dúvida , tu sabes, porque já então eras nascido,
E o número dos teus dias é ótimo!
22 Acaso tu entraste os tesouros da neve,
Ou viste os tesouros da saraiva,
23 O que eu tenho reservado para o tempo de angústia,
Contra o dia da peleja e da guerra?
24 Por que é que é a luz se separaram,
Ou espalha o vento oriental sobre a terra?
25 Quem abriu canais para o aguaceiro,
Ou um caminho para o relâmpago dos trovões;
26 para fazer cair chuva numa terra, onde não há ninguém;
No deserto, em que não há homem;
27 Para satisfazer a desolação, e solo ,
E para fazer com que a erva para saltar adiante?
28 A chuva porventura tem pai?
Ou quem gerou as gotas do orvalho?
29 Do ventre de quem saiu o gelo?
E a geada do céu, quem gerou isso?
30 As águas escondem-se e tornar-se como a pedra,
E a face do abismo é congelado.
31 Podes amarrar o cluster das Plêiades,
Ou perder as faixas de Orion?
32 Podes levar adiante o Mazzaroth a seu tempo?
Ou podes guiar a ursa com seu trem?
33 Sabes tu as ordenanças dos céus?
Podes estabelecer o domínio do mesmo na terra?
34 Podes tu levanta a tua voz até as nuvens,
Que a abundância das águas te cubra?
35 Podes enviar diante relâmpagos, para que vão,
E te digo: Aqui estamos nós?
36 Quem pôs a sabedoria no íntimo?
Ou quem deu entendimento para a mente?
37 Quem pode contar as nuvens pela sabedoria?
Ou quem pode derramar as garrafas do céu,
38 Quando corre o pó numa massa,
E os torrões clivar rápido juntos?
Em uma série de questões rápidas Deus desafia o conhecimento, como também a ignorância, de Jó e seus concorrentes a respeito do mundo físico em que vivem. Na verdade, Ellison observa:
É típico da atitude da Bíblia que as questões de Deus praticamente limitar-se a este mundo, em que o homem foi colocado como vice-regente de Deus (Gn
O que é especialmente importante observar neste momento é, em face de toda a sabedoria exibido por Jó e seus acusadores em todo o seu longo debate, nenhum deles tinha ainda avançado muito no desenvolvimento de sua inteligência para compreender o reino animal e trazê-lo sob seu controle, de acordo com a Comissão eo propósito original de Deus. Também não tem o homem como ainda, depois desses muitos milhares de anos de desenvolvimento científico, cumpriu esta comissão para subjugar o reino animal e trazê-lo sob seu controle, para não mencionar o resto da criação natural. Se a sabedoria do homem que ainda não compreender estes mistérios naturais, como ele pode conhecer os mistérios mais elevados da providência divina, Deus parece estar dizendo a Jó e seus competidores.
1. Os Mistérios do Lions e os Ravens (38: 39-41)
39 Podes caçar presa para a leoa,
Ou satisfazer a fome dos filhos dos leões,
40 quando se agacham em suas tocas,
E permanecer na secreto para armar ciladas?
41 Quem prepara ao corvo o seu alimento,
Quando seus filhotes gritam a Deus,
E passear por falta de comida?
Versos
Entre as feras da terra a leoa e seus filhotes (. Vv 39-40) são, talvez, o mais voraz de apetite, e sua demanda por alimentos é prodigiosa (Sl
Wiersbe
Agora, chegamos ao ponto culmi-nante do livro, e o próprio Deus entra em cena! Em 9:35; 13
- Deus humilha Jó (38:1—42:6)
Deus faz uma série de perguntas simples a Jó a respeito do universo e seu funcionamento. "Cinge, pois, os lombos como homem, pois eu te perguntarei, e tu me farás saber. Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da terra?". Esse pa-rece ser o grande moto desses capí-tulos. "Você me desafiou; agora, eu o desafio!"
Deus inicia com a criação (38:4-11). Claro que não há "funda-mentos" para o globo. Deus usa lin-guagem figurativa, não termos cien-tíficos. Na verdade, Jó
O Senhor diz: "Acaso, quem usa de censuras contenderá com o Todo-Poderoso? Quem assim ar- gúi a Deus que responda". Jó pode dar apenas uma resposta (40:3-5): "Sou indigno; que te respondería eu? Ponho a mão na minha boca. Uma vez falei e não replicarei, ali-ás, duas vezes, porém não prosse-guirei". Esse é mais um passo em direção à bênção, porém Jó ainda não se arrepende da forma como fa-lou sobre Deus. Portanto, o Senhor continua com o questionamento e, dessa vez, foca em dois animais grandes — o hipopótamo (40:15- 24; "beemote", ARC) e o crocodilo (cap. 41; "leviatã", ARC). Na época de Jó, esses dois animais eram mui-to admirados e temidos, embora ne-nhum deles seja nativo da Palestina. A palavra hebraica para "beemote" significa apenas "animal grande", mas muitos estudiosos pensam que se refere ao hipopótamo. Com certeza, Jó não podia enfrentar tal animal, menos ainda criar um! Da mesma forma, com o crocodilo: Jó não ousaria pegá-lo com um anzol, amarrá-lo ou tomá-lo como masco-te (41:1-8). Jeová pergunta: "Quem é, pois, aquele que pode erguer-se diante de mim? Pois o que está de-baixo de todos os céus é meu". No versículo 18, a palavra "espirros" refere-se ao bufar do crocodilo. Al-guns estudiosos sugerem que os ver-sículos
Russell Shedd
38.3 Cinge... os lombos. Prepara-te para a luta ou debate.
38.4 Deus começa com Sua revelação por meio das maravilhas do mundo inanimado. 38:4-11 A terra e o mar. Jó teria acompanhado a criação do mundo, teria sido iniciado em todos os seus mistérios?
38.7 Estrelas e anjos juntamente se regozijavam na criação, Sl
2) À encarnação de Cristo, Lc
38:12-15 À madrugada. O Senhor faz Jó perceber a efemeridade da sua vida, em contraste com a antigüidade do mundo e com a eternidade de Deus. Menciona-se o efeito da aurora sobre os ímpios e sobre a terra.
38.17 Região tenebrosa. Outra tradução para çalmãweth (24.17n).
38.20 Pergunta-se se Jó sabe manejar, guiar e dispor da luz.
38.21 Eras nascido. Esta linguagem significa que, se Jó era nascido antes que houvesse mundo, saberia tudo isto, senão, não saberia, 15.7.
38:22-30 Os fenômenos naturais. A Providência de Deus é mais complexa de que Jó imaginara. As perguntas retóricas, ao lançar mão de expressões simplificadoras, como "depósitos da neve", "caminho para os relâmpagos", "chuva tem pai?", têm a intenção de demonstrar a Jó que não se manuseia as forças da natureza como o homem maneja os objetos físicos da sua vida diária.
38.23 Dia do peleja. Referência às intervenções divinas na história do mundo, por meio de manifestações naturais,Js
38.26 Onde não há ninguém. O cuidado de Deus estende-se além da raça humana; Jó já percebera algo sobre isso, 12:7-9; 26:5-14.
38.31 -38 O universo. e unta-se se Jó sabe ordenar as estrelas.
38.36 Camadas. Heb tuhôth, traduzido por "íntimo" em Sl
38.37 Odres dos céus. Simbolizam a chuva, conforme a nota dos vv. 22-30.
38.39- 39.30 Deus continua Sua revelação, tratando das maravilhas do mundo animado, do reino animal; estas também são misteriosas.
33.39- 41 A ignorância de Jó no assunto da bondade de Deus, Jó não pode imaginar que Deus está sendo cruel para com ele, se até para os animais selvagens Deus revela a mais terna misericórdia.
• N. Hom. 38:4-41 A glória de Deus na criação:
1) A criação do mundo é obra-de Deus, 46: a) é obra divina; b) é obra completa e perfeita;
2) A criação do mundo é assunto do cântico dos anjos
NVI F. F. Bruce
6) Os discursos de Javé (38.1—42.6)
Os discursos de Javé a Jó são extraordinários tanto por aquilo que omitem quanto por aquilo que contêm. Em primeiro lugar, é de admirar, mas certamente da mais alta importância, que Deus não faça referência alguma a qualquer pecado ou falhas por parte de Jó como os que os amigos insistiam em atribuir a Jó e que o próprio Jó exigia que lhe fossem mostrados. Está claro, então, que Deus não tem nada contra Jó; nem mesmo as suas “palavras impetuosas” (6,3) são motivo de repreensão. Acima de tudo, a importância dos discursos divinos — para Jó e para a mensagem do livro — não está tanto no que eles contêm, mas no simples fato de que estão aí. A sua presença mostra que a pessoa que clama a Deus com determinação — mesmo que seja por raiva e frustração — no final das contas vai conseguir conversar com Deus, e essa vai ser uma conversa que conduz ao alívio da tensão.
Esses discursos divinos, porém, são marcantes também por aquilo que contêm. Longe de tratarem dos assuntos da inocência e da culpa propostos por Jó, e longe de justificarem os caminhos de Deus com o homem, eles se ocupam inteiramente com a natureza, com o mundo da criação. Seja quando Deus retrata, como no primeiro discurso, a ordem cósmica e faz desfilar diante de Jó, por assim dizer, uma coleção de animais da sua criação, seja quando descreve, como no segundo discurso, com belos detalhes a aparência e os hábitos do hipopótamo e do crocodilo, ele fala somente do mundo da natureza, e não conta nada a Jó que este já não sabia. O seu propósito não é dar lições de cosmologia ou história natural a Jó, e certamente não é intimidar Jó com exibições deslumbrantes do seu poder e sua inteligência (das quais Jó nunca duvidou por um instante sequer), mas é convidar Jó para que reconsidere o mistério, a complexidade e a impenetrabilidade do mundo que Deus criou. Ele espera que Jó perceba — e Jó não é lento em captar isso ■— que a ordem natural é análoga à ordem moral do Universo. Muito disso permanece além da compreensão humana; algumas coisas parecem terríveis, fúteis ou temíveis, mas tudo é obra de um Deus sábio que fez o mundo do jeito que serve aos seus propósitos.
a) O primeiro discurso de Javé (38.1—
40.2)
Este discurso consiste, em grande parte, em uma série de perguntas dirigidas por Deus a Jó. Elas não têm a intenção de humilhar Jó ao expor sua ignorância e incapacidade de responder a Deus, tampouco têm o propósito de ser uma exibição tal da sabedoria e da onipotência de Deus que exija de Jó que desista da sua tentativa de compreender o que está acontecendo com ele. Em vez disso, essas perguntas desafiam Jó a reconsiderar o que ele já sabe acerca do mundo que Deus criou e a pensar novamente a respeito dos seus mistérios. Depois da introdução em 38.1ss, Deus chama a atenção de Jó para dez características da natureza (38:4-38) como exemplos dos seus mistérios, e para nove espécies do mundo animal (38.39-—39,30) para ilustrar os mistérios da vida criada. A última nota que Deus toca (40,2) nos lembra que o diálogo entre Deus e Jó está estruturado em forma de um processo judicial (conforme também
38,3) , visto que é isso que Jó demandou (e.g., 31.35); mas o propósito do diálogo não é estabelecer a culpa ou a inocência, mas investigar a verdade, expor as realidades da criação.
(1) Introdução (38.1ss)
Finalmente Jó recebe a resposta que tão ardentemente esperava: entre as suas últimas palavras, estava a súplica: “Que o Todo-poderoso me responda” (31.35). Todos os apelos de Jó por um confronto com Deus foram expressos em linguagem judicial: ele pensou no ambiente relativamente calmo e pacífico de um tribunal, mas esse não foi o ambiente que Javé escolheu. Deus fala do meio da tempestade, pois o objetivo dele não é discutir com Jó, mas deixar claro para ele quanto as questões acerca do governo do Universo estão além da compreensão de Jó. A tempestade tradicionalmente acompanha a revelação de Deus (cf., e.g., Na 1:3; Zc
(2) Os fenômenos da terra e do céu (38:4-38)
(a) A criação da terra (38:4-7). Aqui a criação do mundo é retratada como a construção de um edifício, com alicerces e pedra de esquina, e construído segundo o projeto com a ajuda de uma linha de medir. A fundação e a construção da terra foram acompanhadas da música das estrelas matutinas, que provavelmente são a mesma coisa que os “filhos de Deus”, os anjos. (O lançamento dos alicerces e a colocação da pedra de esquina eram momentos para celebração com música e alegria; Ed
(b) A criação do mar (38:8-11). O mar é retratado como tendo nascido do ventre materno de uma mãe anônima (v. 8) e que foi envolto por Deus em um “cobertor de nuvem” e de “neblina” (v. 9, NEB). Mas é também uma força ameaçadora que precisa ser mantida nos seus limites, fechada atrás de portas e barreiras (v. 10). A frase lembra a história babilónica da Criação, em que o deus Marduk, depois de conquistar o caótico monstro marinho Tiamate, mantém-no em cheque ao lhe colocar barras e guardas, ordenando-lhes que não permitam que a água escape (ANET, p. 67); mas não há eco em Jó de um conflito entre Javé e as águas. Aqui Deus protege (v. 9) e controla (v. 10,11) o misterioso mar.
(c) A alvorada (38:12-15). Até mesmo a vinda da alvorada está além da compreensão de Jó, não importa quantas vezes ele já a tenha observado. A NEB provavelmente está correta em remover desses versículos as referências aos ímpios (v. 13,15), que parecem inadequadas nesse contexto, e em encontrar referências a diversos corpos celestes, como as “estrelas do mapa dos navegadores” que “saem uma a uma” (v. 15) enquanto surge a alvorada. Muito pitoresca é a linha que retrata o início do dia realçando “o horizonte em relevo como o barro sob o sinete, até que todas as coisas se destaquem como as dobras de um manto” (v. 14, NEB).
(d) O mundo subterrâneo (38.16ss). Abaixo da terra, há todo um domínio de criaturas desconhecidas ao homem (apesar do seu conhecimento da mineração; 28:1-11): as nascentes do mar, as “fontes das grandes profundezas” (Gn
(e) Luz e trevas (38.19ss). Luz e trevas são consideradas entes separados que têm a sua habitação determinada desde o tempo da Criação e à qual retornam na época devida. Jó não sabe como “escoltar” cada uma no seu “caminho para casa” (v. 20, BJ); ao contrário da sabedoria, o artífice-mor de Deus (Pv
(f) Neve (38.22,23). O que também está além do conhecimento de Jó são os reservatórios de neve e os depósitos de saraiva (v. 22), reservados para períodos de tribulação (v. 23) (conforme Êx
(g) Tempestades (38:24-27). Não é provável que os ventos orientais causem tempestades e chuvas. Há dificuldades na tradução do v. 17b. O melhor parece ser seguir a JB, que traduz: “quando espalha faíscas sobre a terra”. O canal para as torrentes de chuva dos depósitos celestes (v. 25) é semelhante às “comportas do céu” que foram abertas no tempo do Dilúvio (Gn
(h) Chuva (38.28ss). Na mitologia cana-néia, Baal, o deus da tempestade, poderia ser considerado o pai da chuva, e uma de suas filhas era chamada Talia, o orvalho (v. 28). Mas aqui se julga óbvio que nenhuma resposta satisfatória pode ser dada acerca da origem da chuva, do orvalho ou do gelo: isso está além da compreensão humana.
(i) Aí constelações (38.3 lss). A referência a diversas constelações entre as estrofes que tratam da chuva (v. 28ss) e das nuvens (v. 3
438) talvez sugira que os corpos celestes são considerados aqui como detentores de alguma influência sobre o clima, embora nada no texto afirme isso especificamente. As “doces influências” das Plêiades na 5A (v. 31) são somente as “cadeias” invisíveis (nota de rodapé) que ligam esse conjunto de sete estrelas; a frase o domínio de Deus sobre a terra (v. 33b, NVI) é enganosa (a linha pode ser mais bem traduzida por “Você na terra pode determinar as leis que as governam?”). O Orion (v. 31) parece retratado, como na mitologia clássica, como um caçador com cinturão {corda) e espada. A identificação das outras constelações é incerta, embora a CNBB traduza “signos do Zodíaco” no lugar de constelações (v. 32). Nessa série de perguntas retóricas, Javé tem conduzido os pensamentos de Jó para o fato de que, qualquer que seja a influência das estrelas, Jó não tem influência alguma sobre elas, nem mesmo das leis (v. 33; “leis da natureza”, NEB) que determinam o movimento delas.
(j) Aj nuvens (38:34-38). Jó também não tem influência alguma sobre a vinda da chuva ou a ocorrência de relâmpagos. O v. 36 é muito obscuro: será que as “nuvens” e a “névoa” (como parece querer dizer o heb.) têm sabedoria em Sl (até mesmo em termos poéticos)? A NEB encontra aqui uma referência à sabedoria de Deus envolta em “trevas” e “segredo”, enquanto a NAB acha que o versículo originariamente seguia o v. 40 e era uma referência à sabedoria do “galo”, que, na tradição judaica, possuía a inteligência para discernir entre a noite e o dia (semelhante na BJ). A tradução da NVI apresenta uma frase que parece fora de lugar. A descrição pitoresca da chuva causada por Deus que despeja cântaros de água dos céus (v. 37) não tem a intenção de ser entendida literalmente, assim como não deve ser interpretado literalmente o “canal” para a chuva que apareceu anteriormente (v. 25).
(3) A criação animal (38.39—39.30)
O restante do primeiro discurso de Deus conduz Jó à criação animal — não aos animais conhecidos e usados pelo homem, como as ovelhas, o jumento e o camelo, mas àqueles que não servem para coisa alguma na economia humana e são, ao contrário, misteriosos, inúteis ou hostis ao homem. Esses também fazem parte da criação de Deus, embora o homem talvez não veja valor algum neles ou até os considere de fato malevolentes. A mesma coisa acontece com o sofrimento: às vezes ele pode ter realmente um propósito reconhecível, mas às vezes pode ser tão enigmático e prejudicial ao homem como os animais selvagens podem ser. Não obstante, faz parte da ordem de Deus no mundo, e ele sabe o que está fazendo ao permitir que isso ocorra.
(a) O leão e os corvos (38.38ss). O animal feroz e a ave de rapina são associados em um versículo. O sentido não é que Jó não pode satisfazer a fome dos leões (v. 39), ou nem mesmo que é Deus quem dá alimento aos corvos (v. 41), mas que há todo um domínio da criação de Deus que existe de forma independente do homem.
Moody
B. A Voz de Deus. 38:1 - 41:34.
Os vereditos pronunciados contra Jó pelos homens obscureceram o caminho da sabedoria até que Eliú falou. Esse caminho está agora inteiramente iluminado pela voz do redemoinho. É coisa apropriadíssima que o Senhor se aproximasse de Jó por meio de uma interpelação. Assim também ele se confrontou com Satanás (cons. Jó
Jó
38:4 - 39:30. A prova para a qual o Criador desafia Sua criatura é o teste da sabedoria. Muitas das perguntas divinas tratam do poder executivo, mas o conceito de sabedoria do V.T. inclui o talento do artista. Chama-se a atenção para a sabedoria insondável do Criador exibida por toda parte - na terra (38: 4-21, nos céus (Jó
Francis Davidson
2. A MADRUGADA (Jó
3. JÓ 1GNORA AS COISAS OCULTAS (Jó
4. OS FENÔMENOS NATURAIS (Jó
5. O UNIVERSO (Jó
- 37b) ou "os odres dos céus, quem os derramará?" O vers. 38 descreve a terra queimada pelo sol depois de amassada pela chuva.
Dicionário
Casa
substantivo feminino Construção em alvenaria usada como moradia, com distintos formatos ou tamanhos, normalmente térrea ou com dois andares.Pessoas que habitam o mesmo lugar; reunião dos indivíduos que compõem uma família; lar: a casa dos brasileiros.
Reunião das propriedades de uma família ou dos assuntos familiares e domésticos: ele cuida da administração da casa.
Local usado para encontros, reuniões; habitação de determinado grupos com interesses em comum: casa dos professores.
Designação de algumas repartições ou organizações públicas ou das pessoas subordinadas ao chefe do Estado: casa da moeda; Casa Civil.
[Ludologia] As divisões que, separadas por quadrados em branco ou preto, compõe um tabuleiro de xadrez ou de damas.
Em costura, fenda usada para pregar botões.
[Matemática] Cada dez anos na vida de alguém: ele está na casa dos 20.
[Marinha] Fenda ou buraco através do qual algo é instalado a bordo; cada fenda leva o nome do objeto instalado.
Etimologia (origem da palavra casa). A palavra casa deriva do latim "casa,ae", com o sentido de cabana.
substantivo feminino Construção em alvenaria usada como moradia, com distintos formatos ou tamanhos, normalmente térrea ou com dois andares.
Pessoas que habitam o mesmo lugar; reunião dos indivíduos que compõem uma família; lar: a casa dos brasileiros.
Reunião das propriedades de uma família ou dos assuntos familiares e domésticos: ele cuida da administração da casa.
Local usado para encontros, reuniões; habitação de determinado grupos com interesses em comum: casa dos professores.
Designação de algumas repartições ou organizações públicas ou das pessoas subordinadas ao chefe do Estado: casa da moeda; Casa Civil.
[Ludologia] As divisões que, separadas por quadrados em branco ou preto, compõe um tabuleiro de xadrez ou de damas.
Em costura, fenda usada para pregar botões.
[Matemática] Cada dez anos na vida de alguém: ele está na casa dos 20.
[Marinha] Fenda ou buraco através do qual algo é instalado a bordo; cada fenda leva o nome do objeto instalado.
Etimologia (origem da palavra casa). A palavra casa deriva do latim "casa,ae", com o sentido de cabana.
No sentido mais lato da palavra “baytith” emprega-se para significar qualquer habitação, fixa, ou mutável. Pode ter-se derivado de uma raiz que significa passar a noite. Também o tabernáculo de Deus, embora tenha sido apenas uma tenda, é, algumas vezes, chamado a casa, a residência de Deus. Pouca mudança tem havido no sistema de edificar casas no oriente. As ruas das cidades são geralmente estreitas, tendo, por vezes de um e de outro lado uma carreira de lojas. Por detrás destas estão as habitações. Se entrarmos numa das principais casas, passaremos, primeiramente, por um corredor, onde se vêem bancos de cada lado, e é ali que o senhor da casa recebe qualquer indivíduo, quando quer tratar dos seus negócios, sendo a poucas pessoas permitido passar adiante. Para além desta entrada, o privilegiado visitante é recebido no pátio, ou quadrângulo, que geralmente é pavimentado de mármore ou outra substância dura, e não tem cobertura. Este pátio dá luz e ar a vários compartimentos que têm portas para aquele quadrângulo. Com o fim de receber hóspedes, é o pavimento coberto de esteiras ou tapetes – e visto como estão seguros contra qualquer interrupção de fora, é o lugar mais próprio para recepções e diversões. o pátio é, geralmente, rodeado de um claustro, sobre o qual, quando acontece ter a casa mais de um andar, é levantada uma galeria para cada andar nas mesmas dimensões que o claustro, tendo uma balaustrada para impedir o povo de cair. As janelas que deitam para a rua são pequenas e altamente colocadas, sendo fechadas por meio de um sistema de tábuas furadas e esculpidas em vez de vidro. Deste modo fica oculto o morador, podendo, contudo, obter uma vista do que se passa fora. Todavia, as janelas dos andares superiores são, freqüentemente, de considerável grandeza, e construídas numa saliência para fora da parede da casa. Foi esta a espécie da janela pela qual foi atirada Jezabel por mandado de Jeú. Nas casas dos ricos a parte mais baixa das paredes é adornada de tapeçarias de veludo ou damasco, suspensas em ganchos, podendo esses ornamentos subir ou descer segundo se quer (Et
morada, vivenda, palácio, palacete, tugúrio, teto, chalé, lar, fogo, canto, palheiro, palhoça, choupana, casebre, cabana, tenda, barraca, arribana, choça, colmo, habitação, mansarda, pardieiro, biombo, cômodo, prédio, solar, castelo. – Habitação é, de todos os vocábulos deste grupo, o mais genérico. De “ato de habitar”, que é o que significa propriamente esta palavra habitação, passou a designar também a própria casa, que se habita: casa, ou palácio, ou choupana, ou biombo – tudo será habitação. – Casa é “o edifício de certas proporções destinado à habitação do homem”; e por extensão, designa, em linguagem vulgar, toda parte onde se abrigam alguns animais: a casa do escaravelho; a casa dos coelhos, etc. – Morada é “à habitação onde se mora, ou onde se fica por algum tempo, onde alguém se aloja provisoriamente”. – Vivenda é a “habitação onde se vive”, e sugere a ideia da maior ou menor comodidade com que a gente aí se abriga e vive. Por isso, usa-se quase sempre com um adjetivo: bela vivenda; vivenda detestável. – Palácio é “o edifício de proporções acima do normal, grandioso e magnífico”. Palacete é diminutivo de palácio, designando, portanto, “prédio rico e elegante”. – Tugúrio (latim tugurium, de tegere “cobrir”) é “o abrigo onde qualquer vivente se recolhe, ou habitualmente ou por algum tempo”. Este nome dá-se também, por modéstia ou por falsa humildade, à própria habitação magnífica. – Teto (latim tectum, também de tegere) é quase o mesmo que tugúrio: apenas teto não se aplica a um abrigo de animais, e sugere melhor a ideia de conchego, de proteção, de convívio amoroso: “teto paterno”; “era-lhe o céu um teto misericordioso”. – Chalé é palavra da língua francesa, hoje muito em voga, significando “casa de escada exterior, no estilo suíço, ordinariamente revestida de madeira, cujo teto de pouca inclinação é coberto de feltro, asfalto ou ardósia, e forma grande saliência sobre as paredes”. (Aul.). – Lar é a “habitação considerada como abrigo tranquilo e seguro da família”. – Fogos é o nome que se dá, nas estatísticas, às casas habitadas de um distrito, de uma cidade, ou de uma povoação: “a aldeia vizinha não chega a ter cem fogos”. – Canto, aqui, é “o lugar, o sítio, a morada humilde e desolada, onde alguém como que se refugia afastando-se do mundo”. – Palheiro é propriamente o lugar onde se guarda palha: designa, portanto, neste grupo, “abrigo ou habitação muito rústica e grosseira”. – Palhoça é “pequena casa coberta de palha”. – Choupana é – diz Aul. – “casa rústica de madeira, ou de ramos de árvores para habitação de pastores”. – Cabana (do italiano capánna) é “casinha coberta de colmo ou de palha, onde se abrigam à noite os camponeses, junto ou no meio das roças ou lavouras”. – Casebre é “pequena casa velha e arruinada, onde mora gente muito pobre”. – Tenda é “armação coberta para abrigo provisório ou de passagem em caminho ou em campanha”. – Barraca é “tenda ligeira, coberta de tela de lona ordinariamente”. – Arribana é “palheiro que serve mais para guarda de animais e trem de viagem propriamente que para habitação, prestando-se quando muito para pernoite ao abrigo de intempéries”. – Choça é “habitação ainda mais rústica e grosseira que a choupana”. Dizemos que o selvagem procura a sua choça (e não, pelo menos com a mesma propriedade –, a sua choupana). – Colmo, aqui, é “o colmo tomado pela cabana que é dele coberta”. – Mansarda afasta-se um pouco do francês de que a tomamos (mansarde é propriamente água-furtada ou trapeira, isto é – o último andar de uma casa tendo a janela ou janelas já abertas no telhado): tem, no português usual, mais a significação de “habitação 256 Rocha Pombo humilde, incômoda e difícil, onde há pobreza”. – Pardieiro é – diz Aul. – “edifício velho e em ruínas”: “Já me cansam estas perpétuas ruínas, estes pardieiros intermináveis” (Garrett). – Biombo é “um pequeno recinto separado de uma sala por meio de tabique móvel, e que serve de dormitório, de gabinete”, etc. Costuma-se dizer: “vou para o meu biombo” para significar que se vai para casa. – Cômodo, aqui, é “uma parte de prédio que se aluga por baixo preço e por pouco tempo ordinariamente”. – Prédio (latim prœdium, do prœs “garante, penhor, fiador”) é propriamente “bem de raiz, propriedade real”; mas, aqui, designa “a casa que é nossa própria, a propriedade que consta da casa e do terreno onde está construída”. – Solar é “a propriedade (terras e casa) considerada como representando uma tradição de família, tendo passado por herança de pais a filhos desde alguns séculos”. – Castelo era antiga habitação fortificada, fora das cidades, e onde residiam os grandes senhores feudais. Hoje é “habitação nobre, luxuosa, onde se vive com opulência”.
[...] Aqui [no mundo etéreo], temos o poder de moldar a substância etérea, conforme pensamos. Assim, também as nossas casas são produtos das nossas mentes. Pensamos e construímos. É uma questão de vibração do pensamento e, enquanto mantivermos essas vibra ções, conservaremos o objeto que, du rante todo esse tempo, é objetivo para os nossos sentidos.
Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 10
Casa Construção em que pessoas moram. Na Palestina as casas eram feitas de pedra. Os pobres viviam às vezes em cavernas. As pessoas errantes, que se deslocavam em busca de alimentos e de pastagens para os seus rebanhos, viviam em barracas feitas com peles de cabra ou de camelo (Gn
Limitar
verbo transitivo direto Determinar os limites de; demarcar, lindar: aquela cerca limita o terreno.Reduzir a determinadas proporções: limitar seus desejos.
Tornar certo, fixo; fixar, estipular, designar: limitar a época dos exames.
Formar limites com; convizinhar: o Brasil limita com a Argentina.
verbo pronominal Consistir unicamente em: sua ceia limitava-se a uma xícara de chá.
Contentar-se, dar-se por satisfeito em: limitava-se a contemplá-la.
Etimologia (origem da palavra limitar). Do latim limitare, “repartir, demarcar, limitar”.
Tragar
verbo transitivo Engolir rapidamente, com avidez e sem mastigar: tragou o almoço.Absorver rapidamente, fazer desaparecer.
[Popular] Aguentar, tolerar.
verbo intransitivo Aspirar, engolir a fumaça do tabaco para expeli-la depois, em parte pelo nariz.
Tragar Engolir; devorar (1Co
Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Strongs
בַּיִת
(H1004)
provavelmente procedente de 1129 abreviado; DITAT - 241 n m
- casa
- casa, moradia, habitação
- abrigo ou moradia de animais
- corpos humanos (fig.)
- referindo-se ao Sheol
- referindo-se ao lugar de luz e escuridão
- referindo-se á terra de Efraim
- lugar
- recipiente
- lar, casa no sentido de lugar que abriga uma família
- membros de uma casa, família
- aqueles que pertencem à mesma casa
- família de descendentes, descendentes como corpo organizado
- negócios domésticos
- interior (metáfora)
- (DITAT) templo adv
- no lado de dentro prep
- dentro de
גְּבוּל
(H1366)
procedente de 1379; DITAT - 307a; n m
- fronteira, território
- fronteira
- território (porção de terra contida dentro dos limites)
- região, território (da escuridão) (fig.)
כִּי
(H3588)
uma partícula primitiva; DITAT - 976; conj
- que, para, porque, quando, tanto quanto, como, por causa de, mas, então, certamente, exceto, realmente, desde
- que
- sim, verdadeiramente
- quando (referindo-se ao tempo)
- quando, se, embora (com força concessiva)
- porque, desde (conexão causal)
- mas (depois da negação)
- isso se, caso seja, de fato se, embora que, mas se
- mas antes, mas
- exceto que
- somente, não obstante
- certamente
- isto é
- mas se
- embora que
- e ainda mais que, entretanto
לָקַח
(H3947)
uma raiz primitiva; DITAT - 1124; v
- tomar, pegar, buscar, segurar, apanhar, receber, adquirir, comprar, trazer, casar, tomar esposa, arrebatar, tirar
- (Qal)
- tomar, pegar na mão
- tomar e levar embora
- tomar de, tirar de, pegar, carregar embora, tirar
- tomar para ou por uma pessoa, procurar, pegar, tomar posse de, selecionar, escolher, tomar em casamento, receber, aceitar
- tomar sobre si, colocar sobre
- buscar
- tomar, liderar, conduzir
- tomar, capturar, apanhar
- tomar, carregar embora
- tomar (vingança)
- (Nifal)
- ser capturado
- ser levado embora, ser removido
- ser tomado, ser trazido para
- (Pual)
- ser tomado de ou para fora de
- ser roubado de
- ser levado cativo
- ser levado, ser removido
- (Hofal)
- ser tomado em, ser trazido para
- ser tirado de
- ser levado
- (Hitpael)
- tomar posse de alguém
- lampejar (referindo-se a relâmpago)
אֵל
(H413)
partícula primitiva; DITAT - 91; prep
- para, em direção a, para a (de movimento)
- para dentro de (já atravessando o limite)
- no meio de
- direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
- contra (movimento ou direção de caráter hostil)
- em adição a, a
- concernente, em relação a, em referência a, por causa de
- de acordo com (regra ou padrão)
- em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
- no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)
נָתִיב
(H5410)
procedente de uma raiz não utilizada significando vaguear; DITAT - 1440a,1440b; n m/f
- pisado com os pés, caminho, vereda
- caminho, vereda, viajante
בִּין
(H995)
uma raiz primitiva; DITAT - 239; v
- discernir, compreender, considerar
- (Qal)
- perceber, discernir
- compreender, saber (com a mente)
- observar, marcar, atentar, distinguir, considerar
- ter discernimento, percepção, compreensão
- (Nifal) ter discernimento, ser inteligente, discreto, ter compreensão
- (Hifil)
- compreender
- fazer compreender, dar compreensão, ensinar
- (Hitpolel) mostrar-se com discernimento ou atento, considerar diligentemente
- (Polel) ensinar, instruir
- (DITAT) prudência, consideração