Enciclopédia de Êxodo 19:16-16

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ex 19: 16

Versão Versículo
ARA Ao amanhecer do terceiro dia, houve trovões, e relâmpagos, e uma espessa nuvem sobre o monte, e mui forte clangor de trombeta, de maneira que todo o povo que estava no arraial se estremeceu.
ARC E aconteceu ao terceiro dia, ao amanhecer, que houve trovões e relâmpagos sobre o monte, e uma espessa nuvem, e um sonido de buzina mui forte, de maneira que estremeceu todo o povo que estava no arraial.
TB Ao terceiro dia, depois de raiar o dia, houve trovões e relâmpagos. Uma nuvem espessa cobriu o monte, e ouviu-se um sonido de buzina mui forte; estremeceu todo o povo que estava no arraial.
HSB וַיְהִי֩ בַיּ֨וֹם הַשְּׁלִישִׁ֜י בִּֽהְיֹ֣ת הַבֹּ֗קֶר וַיְהִי֩ קֹלֹ֨ת וּבְרָקִ֜ים וְעָנָ֤ן כָּבֵד֙ עַל־ הָהָ֔ר וְקֹ֥ל שֹׁפָ֖ר חָזָ֣ק מְאֹ֑ד וַיֶּחֱרַ֥ד כָּל־ הָעָ֖ם אֲשֶׁ֥ר בַּֽמַּחֲנֶֽה׃
BKJ E aconteceu que, no terceiro dia de manhã, houve trovões e relâmpagos, e uma densa nuvem sobre o monte, e a voz da trombeta soou o toque longo, assim tremeu todo o povo que estava no acampamento.
LTT E aconteceu que, ao terceiro dia, ao amanhecer, houve trovões e relâmpagos sobre o monte, e uma espessa nuvem, e um sonido de buzina mui forte, de maneira que estremeceu todo o povo que estava no arraial.
BJ2 Ao amanhecer do terceiro dia, houve trovões, relâmpagos e uma espessa nuvem sobre a montanha, e um clamor muito forte de trombeta; e o povo que estava no acampamento pôs-se a tremer.
VULG Jamque advenerat tertius dies, et mane inclaruerat : et ecce cœperunt audiri tonitrua, ac micare fulgura, et nubes densissima operire montem, clangorque buccinæ vehementius perstrepebat : et timuit populus qui erat in castris.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Êxodo 19:16

Êxodo 9:23 E Moisés estendeu a sua vara para o céu, e o Senhor deu trovões e saraiva, e fogo corria pela terra; e o Senhor fez chover saraiva sobre a terra do Egito.
Êxodo 9:28 Orai ao Senhor (pois que basta) para que não haja mais trovões de Deus nem saraiva; e eu vos deixarei ir, e não ficareis mais aqui.
Êxodo 19:9 E disse o Senhor a Moisés: Eis que eu virei a ti numa nuvem espessa, para que o povo ouça, falando eu contigo, e para que também te creiam eternamente. Porque Moisés tinha anunciado as palavras do seu povo ao Senhor.
Êxodo 20:18 E todo o povo viu os trovões, e os relâmpagos, e o sonido da buzina, e o monte fumegando; e o povo, vendo isso, retirou-se e pôs-se de longe.
Êxodo 40:34 Então, a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do Senhor encheu o tabernáculo,
I Samuel 12:17 Não é, hoje, a sega dos trigos? Clamarei, pois, ao Senhor, e dará trovões e chuva; e sabereis e vereis que é grande a vossa maldade, que tendes feito perante o Senhor, pedindo para vós um rei.
II Crônicas 5:14 e não podiam os sacerdotes ter-se em pé, para ministrar, por causa da nuvem, porque a glória do Senhor encheu a Casa de Deus.
Jó 37:1 Sobre isto também treme o meu coração e salta do seu lugar.
Jó 38:25 Quem abriu para a inundação um leito e um caminho para os relâmpagos dos trovões,
Salmos 18:11 Fez das trevas o seu lugar oculto; o pavilhão que o cercava era a escuridão das águas e as nuvens dos céus.
Salmos 29:3 A voz do Senhor ouve-se sobre as águas; o Deus da glória troveja; o Senhor está sobre as muitas águas.
Salmos 50:3 Virá o nosso Deus e não se calará; adiante dele um fogo irá consumindo, e haverá grande tormenta ao redor dele.
Salmos 77:18 A voz do teu trovão repercutiu-se nos ares; os relâmpagos alumiaram o mundo; a terra se abalou e tremeu.
Salmos 97:4 Os seus relâmpagos alumiam o mundo; a terra viu e tremeu.
Jeremias 5:22 Não me temereis a mim? ? diz o Senhor; não temereis diante de mim, que pus a areia por limite ao mar, por ordenança eterna, que ele não traspassará? Ainda que se levantem as suas ondas, não prevalecerão; ainda que bramem, não a traspassarão.
Hebreus 12:18 Porque não chegastes ao monte palpável, aceso em fogo, e à escuridão, e às trevas, e à tempestade,
Hebreus 12:21 E tão terrível era a visão, que Moisés disse: Estou todo assombrado e tremendo.
Apocalipse 1:10 Eu fui arrebatado em espírito, no dia do Senhor, e ouvi detrás de mim uma grande voz, como de trombeta,
Apocalipse 4:1 Depois destas coisas, olhei, e eis que estava uma porta aberta no céu; e a primeira voz, que como de trombeta ouvira falar comigo, disse: Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer.
Apocalipse 4:5 E do trono saíam relâmpagos, e trovões, e vozes; e diante do trono ardiam sete lâmpadas de fogo, as quais são os sete Espíritos de Deus.
Apocalipse 8:5 E o anjo tomou o incensário, e o encheu do fogo do altar, e o lançou sobre a terra; e houve depois vozes, e trovões, e relâmpagos, e terremotos.
Apocalipse 11:19 E abriu-se no céu o templo de Deus, e a arca do seu concerto foi vista no seu templo; e houve relâmpagos, e vozes, e trovões, e terremotos, e grande saraiva.

Gematria

Gematria é a numerologia hebraica, uma técnica de interpretação rabínica específica de uma linhagem do judaísmo que a linhagem Mística.

três (3)

A união dos significados do 1 com o 2. A ligação entre a criatura e o Criador objetivando a excelência no mundo.

Também é o equilíbrio dos elementos na criação. O processo constante de evolução de uma pessoa. Muitas leis, tradições e costumes judaicos são embasados neste número, de forma que sua conexão com a leitura e escrita da Torá é ressaltada. É conhecido também como a confirmação de um fato que se completou.



Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

ex 19:16
Sabedoria do Evangelho - Volume 4

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 14
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 17:1-9


1. Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro, Tiago e João seu irmão, e elevouos à parte a um alto monte.


2. E foi transfigurado diante deles: seu rosto resplandeceu como o sol, e suas vestes tornaram-se brancas como a luz.


3. E eis que foram vistos Moisés e Elias conversando com ele.


4. Então Pedro disse a Jesus: "Senhor, é bom estarmos aqui; se queres, farei aqui três tendas; para ti uma, para Moisés uma e uma para Elias!".


5. Falava ele ainda, quando uma nuvem de luz os envolveu e da nuvem saiu uma voz dizendo: "Este é meu Filho, o Amado, que me satisfaz: ouvi-o".


6. Ouvindo-a, os discípulos caíram com a face por terra e tiveram muito medo.


7. aproximando-se Jesus, tocou neles e disse: "levantaivos e não temais".


8. Erguendo eles os olhos a ninguém mais viram, senão só a Jesus.


9. Enquanto desciam do monte, ordenou-lhes Jesus dizendo: "A ninguém conteis esta visão, até que o Filho do Homem se tenha levantado dos mortos".


MC 9:2-8


2. Seis dias depois tomou Jesus consigo a Pedro, Tiago e João e elevou-os à parte, a sós, a um alto monte. E foi transfigurado diante deles.


3. E seu manto tornou-se resplandecente e extremamente branco, como neve, qual nenhum lavandeiro na terra poderia alvejar.


4. E foram vistos Elias e Moisés, e estavam conversando com Jesus.


5. Então Pedro disse a Jesus: "Rabi, é bom estarmos aqui: façamos três tendas, uma para ti, uma para Moisés e uma para Elias".


6. porque não sabia o que havia de dizer, pois tinham ficado aterrorizados.


7. E surgiu uma nuvem envolvendoos, e da nuvem veio uma voz: "Este é meu Filho, o Amado: ouvi-o".


8. E eles, olhando de repente em redor, não viram mais ninguém, senão só Jesus com eles.


9. Enquanto desciam do monte, ordenou-lhes que não contassem a ninguém o que tinham visto, senão quando o Filho do Homem se tivesse levantado dentre os mortos.


LC 9:28-36


28. E aconteceu que cerca de oito dias depois desses ensinos, tende tomado consigo Pedro, João e Tiago. subiu para orar.


29. E aconteceu na que oração, a forma de seu rosto ficou diferente e as roupas dele brancas e relampejantes.


30. E eis que dois homens conversavam com ele, os quais eram Moisés e Elias,


31. que apareceram em substância e discutiam sobre sua saída, que ele estava para realizar em Jerusalém. 32. Pedra e seus companheiros estavam oprimidos de sono, mas conservando-se despertos, viram sua substância e os dois homens ao lado dele.


33. Ao afastarem-se estes de Jesus, disse-lhe Pedro: "Mestre, é bom estarmos aqui. Façamos três tendas, uma para ti, uma para Moisés e uma para Elias", não sabendo o que dizia.


34. Enquanto assim falava, surgiu uma nuvem que os envolvia, e aterrorizaram-se quando entraram na nuvem.


35. E da nuvem saiu uma voz, dizendo: "Este é meu Filho, o Amado, ouvi-o".


36. Tendo cessado a voz, foi achado Jesus só. Eles se calaram e, naqueles dias, a ninguém contaram coisa alguma do que haviam visto.


Interessante observar o cuidado dos três evangelistas, em relacionar o episódio da chamada "Transfigura ção" com a "Confissão de Pedro" ou, talvez melhor, com os ensinos a respeito do Discipulato (cfr. Lucas).


Mateus e Marcos precisam a data, assinalando que o fato ocorreu exatamente SEIS DIAS depois, ao passo que Lucas diz mais displicentemente, "cerca de oito dias". Como nenhum dos narradores demonstra preocupações cronológicas em seus Evangelhos, chama nossa atenção esse pormenor. Como também somos alerta dos pelo fato estranho de João, testemunha ocular do invulgar acontecimento, têlo silenciado totalmente em suas obras, embora nos tenha ficado o testemunho de Pedro (2. ª Pe. 1:17-19) .


A narrativa dos três é bastante semelhante, embora Lucas seja o único a tocar em três pontos: a oração de Jesus, o sono dos discípulos, e o assunto conversado com os desencarnados.


Começa a narrativa dos três, dizendo que Jesus leva ou "toma consigo" (paralambánai) Pedro, Tiago e João, e os leva "à parte". Essa expressão paralambánai kat"idían é de cunho clássico (cfr. Políbio, 4. 84. 8: Plutarco. Morales, 120 e; Diodoro de Sicília, 1 . 21).

Os três discípulos que acompanharam Jesus, foram por Ele escolhidos em várias circunstâncias (cfr. MT 26:37; MC 5:37; MC 14:33; LC 8:51), tendo sido citados por Paulo (GL 2:9) como "as colunas da comunidade". Pedro havia revelado a individualidade de Jesus pouco antes, e fora o primeiro discípulo que com João se afastara do Batista para seguir Jesus; João, o "discípulo a quem Jesus amava" (cfr. JO 13:23; JO 19:26; JO 21:20) e talvez mesmo sobrinho carnal de Jesus (cfr. vol. 3); Tiago, irmão de João, foi decapitado em Jerusalém no ano 44 (AT 12:2), tendo sido o primeiro dos discípulos, escolhidos como emissários, que testemunhou com seu sangue a Verdade dos ensinos de Jesus.


Com os três Jesus "subiu ao monte", com artigo definirlo (Lucas), ou "os ELEVOU a um alto monte".


Mas não se identifica qual o monte. Surgiu, então, a dúvida entre os exegetas: será o Hermon ou o Tabor?


O Salmo diz "que o Tabor e o Hermon se alegram em Teu Nome" (89:12) ...


Alguns opinam pelo Hermon, a 2. 793 m de altura, perto do local da "confissão de Pedro", Cesareia de Filipe. Objeta-se, todavia, que é recoberto de neve perpétua e que, situado em região pagã, dificilmente seria encontrada, no dia seguinte, no sopé, a multidão a esperá-lo, enquanto discutia com os demais discípulos, que haviam permanecido na planície, sobre a dificuldade que tinham de curar o jovem epil éptico.


Outros preferem o Tabor. Além dessas razões, alegam: que "seis dias" são tempo suficiente para chegar com calma de volta à Galileia. O Tabor é um tronco de cone, com um platô no alto de cerca de 1 km de circuito; fica a sudeste de Nazaré situado no final do planalto de Esdrelon, que ele domina a 320 m de altura (562 m acima do nível do mar e 800 m acima do Lago de Tiberíades). Tem a seu favor a tradição desde o 4. º século, atestada por Cirilo de Jerusalém (Catech. 12:16, in Patrol. Graeca, vol. 33, col. 744) e por Jerônimo que, ao escrever sobre Paula, afirmava que ela scandebat montem Thabor, in quo transfiguratus est Dominus (Ep. 108. 13, in Patrol. Lat. vol. 20, cal. 889, e Ep. 46,12, ibidem, col.


491), isto é, "subia ao monte Tabor, onde o Senhor se transfigurou".


Objetam alguns que lá devia haver um forte, de que fala Flávio JosefO (Bel1. Jud. 2-. 20. 6 e 4. 1. 1. 8), mas isso só ocorreu 36 anos depois, na guerra contra Vespasiano.


Do alto do Tabor, fértil em árvores odoríferas, contempla-se todo o campo do ministério de Jesus: Can á, Naim, Cafamaum, uma parte do Lego de Tiberíades, e, 8 km a noroeste, Nazaré.


Chegam ao cume, Jesus se põe a orar (Lucas) e, durante a prece, "se transfigura". Mateus e Marcos não temem usar metemorphôthê, "metamorfoseou-se", que exprime uma transformação com mudança de forma exterior. Lucas evita esse verbo, preferindo metaschêmatízein ("revestir outra forma"), talvez para que os pagãos, a quem se dirigia, não supussessem uma das metamorfoses da mitologia.


Essa transformação se operou no rosto, que tomou "outra forma"; embora não se diga qual, a informação de Mateus é que "resplandecia como o sol". Também as vestes se tornaram "brancas como a luz" (Mat.) ou "brancas qual nenhum lavandeiro seria capaz de alvejar (Marc.) ou "brancas e relampejantes" (Lucas).


Mateus e Marcos falam em "visão" (ôphthê, aoristo passivo singular, "foi visto"), enquanto Lucas apenas anota que "dois homens", que eram Moisés e Elias, conversavam com Ele.


Moisés, o libertador e legislador dos israelitas, servo obediente e fiel de YHWH, e Elias, o mais valoroso e adiantado intérprete, em sua mediunidade privilegiada, do pensamento de YHWH. Agora vinham ambos encontrar, aniquilado sob as vestes da carne, aquele mesmo YHWH, o "seu DEUS", com o simbólico nome de JESUS: traziam-Lhe a garantia da amizade e a fidelidade de seus serviços, sobretudo nos momentos difíceis: dos grandes sofrimentos que se aproximavam. Lucas esclarece que a conversa girou exatamente em torno do "êxodo", ou seja, da saída de Jesus do mundo físico, que se realizaria em Jerusalém dentro de pouco tempo, através da porta estreita de incalculáveis dores morais e físicas. Embora desencarnados, continuavam servos fiéis de "seu Deus". Digno de nota o emprego desse mesmo termo "êxodo" por parte de Pedro (2. ª Pe. 1:15), quando se refere à sua próxima desencarna ção. E talvez recordando-se dessa palavra, Lucas usa o vocábulo oposto (eísodos) "entrada" (AT 13:24) ao referir-se à chegada de Jesus no planeta em corpo físico.


Como vemos, trata se de verdadeira e legítima "sessão espírita", realizada por Jesus em plena natureza, a céu aberto, confirmando que as proibições, formuladas pelo próprio Moisés ali presente, não se referiam a esse tipo de sessões, mas apenas a "consultar" os espíritos dos mortos sobre problemas materiais (cfr. LV 19:31 e DT 18:11), em situações em que só se manifestam espíritos de pouca ou nenhuma evolução. Tanto assim que era condenado o médium "presunçoso" que pretendesse falar em nome de YHWH, sem ser verdade (mistificação) e o que servisse de instrumento a "outros" espíritos (DT 18:20). Mas conversar com entidades evoluídas, jamais poderia ter sido condenado por Moisés que assiduamente conversava com YHWH e que, agora mesmo, o estava fazendo, embora em posição invertida.


Quanto à presença de Elias, que Jesus afirmou categoricamente haver reencarnado na pessoa de João Batista, (cfr. MT 11:14) observemos que o episódio da "transfiguração" se passa após a decapitação do Batista (cfr. MT 14:10 e MC 6:27; vol. 3). Por que, então, teria o precursor tomado a forma de uma encarnação anterior? Que isso é possível, não há dúvida. Mas qual a razão e qual o objetivo? Só entrevemos uma resposta: recordar o tempo em que, sob as vestes carnais de Elias, esse Espírito fiel e ardoroso servira de médium e intérprete ao próprio Jesus, que então respondia ao nome de YHWH.


Outra indagação fazem os hermeneutas: como teriam os discípulos reconhecido Moisés, que viveu

1500 anos antes e Elias que viveu 900 anos antes, se não havia nenhum retrato deles coisa terminantemente proibida (cfr. EX 20:4; LV 26:1; DT 4:16, DT 4:23 e DT 4:5:8)? No entanto, ninguém afirmou que os discípulos os "reconheceram". Lucas, em sua frase informativa, diz que "viram dois homens"; depois esclarece por conta própria: "que eram Moisés e Elias". Pode perfeitamente deduzir-se daí que o souberam por informação de Jesus (que os conhecia muito bem, como YHWH que era). Essa dedução tanto pode ser verídica que, logo depois, ao descerem do monte os quatro (vê-lo-emos no próximo cap ítulo) a conversa girou precisamente sobre a vinda de Elias antes do ministério de Jesus. Como poderia vir, se ainda estava "no espaço"? E o Mestre lhes explica o processo da reencarnação.


Também em Lucas encontramos outra indicação preciosa, que talvez lance nova luz sobre o episódio.


Diz ele que "os discípulos estavam oprimidos pelo sono, mas conservando-se plenamente despertos" (tradução de diagrêgorêsantes, particípio aoristo de diagrêgoréô, que é um verbo derivado de egrêgora, do verbo egeírô, "despertar"). Quiçá explique isso que o episódio se passou no plano espiritual (astral, ou talvez mental). Eles estavam em sono, ou seja, fisicamente em transe hipnótico (mediúnico), com o corpo adormecido; mas se mantinham plenamente despertos, isto é perfeitamente conscientes nos planos menos densos (astral ou mental); então, o que de fato eles viram, não foi o corpo físico de Jesus modificado, mas sim a forma espiritual do Mestre e, a seu lado, as formas espirituais de Moisés e Elias. Inegavelmente a frase de Lucas sugere pelo menos a possibilidade dessa interpretação. Mais tarde, na agonia, é também Lucas que chama a atenção sobre o sono desses mesmos três discípulos (LC 22:45).


Mateus e Marcos parecem indicar que Pedro fala ainda na presença de Moisés e Elias, mas Lucas esclarece que ele só se manifestou depois que eles desapareceram. Impulsivo e extrovertido como era, não conseguiu ficar calado. E sem saber o que dizer, propõe construir três tendas, uma para cada um cios visitantes e uma para Jesus.


Interessante observar que em Marcos encontramos o vocábulo que deve ter sido usado por Pedro "Rabbi", enquanto Mateus o traduz para "Senhor" (kyrie) e Lucas para "Mestre" (epistata, ver vol. 2). Perguntase qual a razão das tendas. Talvez porque já era noite? Mas quantas vezes dormira Jesus ao relento, sem que Pedro se preocupasse... Alguns hermeneutas indagam se a expressão "construir tendas" não terá, por eufemismo, significado apenas "permanecer lá", isto é, não mais voltar à planície. E a hipótese é bastante lógica e forte, digna de ser aceita.


Pedro não obteve resposta. Estava ainda a falar quando os envolveu (literalmente "cobriu") a todos uma nuvem (Mat. : de luz), e os três jogaram-se de rosto ao chão, aterrorizados. Na escritura, a nuvem era um sinal da presença de YHWH (cfr. EX 16:10; EX 19:9, EX 19:16; 24:15,16; 33:9-11; LV 16:2; NM 11:25, etc.) . Daí pode surgir outra interpretação, que contradiz a primeira hipótese, de haver-se passado a cena no plano espiritual. A nuvem poderia ser o ectoplasma que tivesse servido para materialização dos espíritos e que, ao desfazer-se a forma, tomava aspecto de nuvem difusa, até o ectoplasma ser absorvido pelo ar. O mesmo fenômeno, aliás também atestado por Lucas apenas (AT 1:9) se observou ao dispersar-se o ectoplasma utilizado para a materialização do corpo astral de Jesus após a ressurreição; nessa circunstância, dois outros espíritos aproveitaram o ectoplasma para materializar-se e dizer aos discípulos boquiabertos, que fossem para seus afazeres; e logo após desaparecerem. Também aqui parece coincidir o aparecimento da nuvem com o desaparecimento dos dois espíritos.


Quando a nuvem os cobriu, foi ouvida uma voz (fenômeno comum nas sessões de materialização, e conhecido com o nome de "voz direta"), que proferiu as mesmas palavras ouvidas por ocasião do" Mergulho de Jesus" (MT 13:17; MC 1:11; LC 3:22; vol. 1): "este é meu filho, o Amado, que me alegra"; e os três evangelistas acrescentam unanimemente: "ouvi-o". No entanto, Pedro. testemunha ocular do fato, repete a frase sem o imperativo final: "recebendo de Deus Pai honra e glória, uma voz assim veio a Ele da magnífica glória: este é meu Filho, o Amado, que me satisfaz. E essa voz que veio do céu, nós a ouvimos, quando estávamos com Ele no monte santo"(2. ª Pe. 1:17-18).


Após a frase, que Marcos, com um hápax (exápina) diz "ter cessado", tudo voltou à normalidade. Mas, segundo Mateus, eles permaneceram amedrontados. Foi quando Jesus, tocando os, mandou-os levantarse, dizendo que não tivessem medo. Levantando-se, eles viram apenas Jesus, já em seu estado físico normal.


Termina Lucas informando que tal impressão causou o fato, que os três nada disseram a ninguém "por aqueles dias". Esse silêncio aparece como uma ordem dada por Jesus aos três, "ao começarem a descer o monte", fixando-se o prazo: "até que o Filho do Homem se levante dentre os mortos" (ou "seja ressuscitado").


Procuremos penetrar, agora, o sentido profundo do episódio narrado pelos três sinópticos.


Esclareçamos, de início, que as instruções de João o evangelista, quanto à iniciação ao adeptado e sua conquista, seguem caminho diferente dos três outros evangelistas, e por isso essa passagem foi substituída por outra: as bodas de Caná (cfr. vol. 1). Daí não haver tocado no assunto. Mas outras razões podem ser dadas: tendo experimentado esse esponsalício pessoalmente, não quis divulgá-lo por discrição. Ou também: tendo sido narrado pelos três, inútil seria revivê-lo depois que estava divulgado havia pelo menos 30 anos.


Examinemos rapidamente os dados fornecidos pelos textos.


Mateus e Marcos assinalam, com precisão que a cena se deu SEIS dias depois. Não nos interessa saber depois "de que"; e sim assinalar que o fato se passou no SÉTIMO dia. Alertados, pois, para isso (que Lucas, mais intelectualizado por formação, interpretou como pura indicação cronológica e registrou com imprecisão: cerca de oito dias), imediatamente compreendemos que se trata, mais uma vez, do último passo sério de uma iniciação esotérica. Daí a necessidade de prestar toda a atenção aos pormenores, ao que está escrito, ou ao que está sugerido, embora não dito, às ilações silenciosas de um texto que, evidentemente, tinha que aparecer disfarçado, indicando apenas, despretensiosamente, uma ocorrência no mundo físico.


Antes de entrarmos nos comentários "místicos", observemos o episódio à luz dos mistérios iniciáticos o Jesus passara, em sua peregrinação terrena, pelos três primeiros graus: o MERGULHO nas águas profundas do coração, a CONFIRMAÇÃO, obtida com a Voz ouvida logo após o mergulho, completando assim os mistérios menores. E recebera bem a "prova" do terceiro grau, as "tentações", vencendoas em tempo curto e de maneira brilhante. Nem mesmo necessitara propriamente de uma metánoia

("modificação mental" ou, como prefere H. Rohden, "transmentação"): sua mente já estava firmada no Bem havia milênios; submeteu-se às provas por espontânea vontade (tal como ocorrera com o" mergulho" diante do Batista, MT 3:14-15), para exemplificar, deixando-nos o modelo vivo, que temos que seguir.


Superadas, pois, as tentações (3. ° grau) - e portanto vencida e domada totalmente a personagem transitória com sua ignorância divisionista, transbordante de egoísmo, vaidade e ambição - podia pretender o ingresso no 4. ° grau iniciático, nos mistérios maiores.


A cerimônia, realizada diante da Força Divina, conscientemente sentida dentro de cada um, mas também transcendente em a Natureza, dividia-se em duas partes.


A primeira partia do candidato (termo que significa "vestido de branco"; cfr. Marcos: "branco qual nenhum lavandeiro na Terra é capaz de alvejar"); consistia na "Ação de Graças" (em grego eucharist ía). O homem eleva suas vibrações ao máximo que lhe é possível, a fim de, sintonizando com Deus, agradecer o suprimento de Força (dynamis) e de Energia (érgon) que recebeu. Com isso, seu Espírito caminha ao encontro do Pai.


A essa Ação de Graças comparecem os "padrinhos" do novo ser que "inicia" a estrada longa e árdua do adeptado: dois "iniciados maiores", que se responsabilizam por ele, tornando-se fiadores de que realmente ele é digno de receber a Luz o Alto, e de que está APTO ao passo de suma gravidade que pretende dar. Ninguém melhor que Moisés e Elias para apresentar-se fiadores da pureza e santidade de YHWH, diante da Grande Ordem Mística e de seu Chefe, o Rei da Justiça e da Paz, MELQUISEDEC!


E lá estão eles, revestidos de luz, embora suas luzes fossem ainda inferiores às daquele que, para eles, fora "o seu Deus"!


Nesse encontro magnífico, o entretenimento permanecia na mesma elevação espiritual, e os assuntos tratados referiam-se exatamente aos passos seguintes: o quinto e as dores e a paixão indispensáveis para o sexto; conversavam a respeito da próxima "saída" que, dentro em pouco, se realizaria em Jerusalém.


Nesse alto nível de frequências vibratórias, puramente espirituais, em que o candidato aceita, de pleno grado e com alegria, tudo o que os "padrinhos" lhe apresentam como necessário à promoção, aguardava-se a aprovação do Alto, a poderosa manifestação (em grego epiphanía) que devia chegar do VERBO, através da palavra autorizada do Hierofante Máximo, declarando o candidato aceito no quarto grau, que lhe garantia o título oficial de "Iniciado". E Melquisedec mais uma vez faz soar SUA VOZ: "este é meu Filho, o Amado". Através do Sumo Sacerdote do Deus Altíssimo (HB 7:1) soava o SOM divino, e ao mesmo tempo vinha a autorização plena e total, para que pudesse ENSINAR os grandes mistérios àqueles que deles fossem dignos: OUVI-O!


Os três discípulos que ali haviam sido convocados testemunharam espiritualmente a cerimônia porque, em existências precedentes, já haviam passado por esse grau, embora em nível inferior, e estavam, agora, repetindo mais uma vez os sete passos, num nível mais elevado. Explicamo-nos: Realmente sabemos haver diversos planos em cada estágio evolutivo. No estágio hominal (como em tudo neste planeta), os planos são estruturados em setenários. Então, cada ser terá que submeter-se aos sete passos iniciáticos em cada um dos sete planos. O Homem atingirá o grau definitivo de "iluminado" após os três primeiros cursos de iniciação em três vidas diferentes, embora, talvez não sucessivas.


Ao completar o quarto curso, terá então o título definitivo de "iniciado", quando já se firmou na estrada certa. Depois do quinto curso, poderá receber o grau de "adepto". Após o sexto curso merecerá o mestrado supremo, será o "Hierofante". Só após o sétimo e último curso, será legitimamente chamado "O CRISTO". E foi isso que precisamente ocorreu com Jesus que, de direito, foi e é denominado Jesus, O CRISTO!


Só alguém que tenha um grau maior ou igual, poderá conceder a uma criatura os títulos legítimos.


Por isso, na Terra, só o Rei da Justiça e da Paz, o CRISTO MELQUISEDEC, poderia ter conferido a Jesus essa prerrogativa. E por essa razão foi escrito que Jesus, "sacerdote da Ordem de Melquisedec" (HB 5:6), "entrou, como precursor, por nós, quando se tornou Sumo Sacerdote, para sempre, da Ordem de Melquisedec" (HB 6:20).


Enquanto Jesus conquistava o quarto grau do sétimo plano, os três discípulos presentes eram recebidos e confirmados no mesmo quarto grau, mas de um plano inferior, que ousamos sugerir se tratava do quarto plano, pois se estavam preparando para o grau de "Iniciados", que realmente demonstraram ser, pelo futuro de suas vidas físicas, naquela encarnação.


Olhando-se as coisas sob esta realidade que acabamos de expor, é que verificamos quanta ilusão anda pelo mundo, no coração daqueles que se intitulam "iniciados" logo nos primeiros passos do caminho do Espírito; e sobretudo daqueles que julgam poder comprar uma palavra mágica que os torna instantânea e milagrosamente "iniciados" da noite para o dia...


Mas olhemos, agora o texto sob outro prisma. Estudemo-lo em sua interpretação mística do mundo mental, dentro do coração, na conquista do "reino dos céus".


Observemos que Jesus (a Individualidade) toma consigo PEDRO (a emoção, o corpo astral); TIAGO (corruptela portuguesa de Jacó - veja vol. 2 - com o sentido "o que suplanta", e que representa aqui o intelecto, que suplanta toda a animalidade, quando se desenvolve no plano hominal) e JOÃO (o intelecto já iluminado, cujo nome exprime "o dom de Deus" ou "a graça divina", cfr. vol. 1).


Por aí se compreende a razão da escolha. Qualquer passo que pretenda ser sério e construtivo espiritualmente, na individualidade, tem que contar, na personalidade, com esses três fundamentos: as emoções, o intelecto que suplantou a animalidade e o intelecto já iluminado pela intuição; por isso os evangelistas nos mostram Jesus a chamar, nos casos mais importantes, os três nomes-chaves: Pedro, Tiago e João.


Outra observação importante é o termo empregado por Mateus e Marcos (Lucas emprega anébê, "subiu) e que nos elucida com exatidão: anaphérei, ou seja, ELEVOU-OS. Com isso percebemos que houve uma elevação de vibrações, e bastante forte: ao monte alto (Mateus e Marcos). Lógico que não era preciso dar o nome do monte: foi ao Espírito, à mente, ao coração, que Jesus os "elevou", que a individualidade fez ascender a personalidade, subindo com Ela. E não deixa de salientar: "à parte", sozinhos, deixando na planície, ao sopé do monte, os demais discípulos, ou seja, os veículos inferiores.


Lucas, bem avisado, anota que os discípulos ficaram "oprimidos pelo sono" (hêsan bebaryménoi hypn ôi). No entanto, pode acrescentar que, apesar disso, se conservavam "plenamente despertos", isto é, numa superconsciência espiritual ativíssima, fora do corpo físico (desdobrados).


Passados os veículos superiores para o plano mental (mergulhados no coração), puderem observar aquilo que todos os grandes místicos atestaram sem discrepância, no oriente e no ocidente, em qualquer época: a percepção de uma luz intensíssima, que só poderia ser comparada, como o foi, ao SOL e à própria LUZ. Estavam os veículos em contato com o Eu Interno, com o CRISTO, com o Espírito em todo o seu resplendor relampejante: Deus é LUZ: mergulhar em Deus é mergulhar na LUZ.


Aí, nessa fulguração supernatural, observaram os três planos da individualidade, a tríade superior: a Centelha divina do Sol imortal, a partícula da Luz Incriada, representada por Jesus, pelo Cristo Cósmico mergulhado no ser; viram a Mente Criadora, que eles personalizaram em Moisés, criador da legislação para a personalidade; e o Espírito Individualizado, que o participante da experiência mística representa por Elias (cujo nome significa "Deus é meu Senhor"); Elias é o Espírito mais típico em sua ação espiritual, no Antigo Testamento. Aparece repentinamente nos livros históricos, sem filiação nem tradição, e também faz sua partida estranhamente num carro de fogo, como se se tratasse de alguém que não nasceu nem morreu ou que aqui tivesse vindo e ido proveniente de outro planeta. Tal como o Espírito imortal que, proveniente de uma individualização do Pensamento Universal, não conhece seu princípio nem jamais finalizará sua ascensão.


Aí temos, portanto, mais um exemplo vivo e palpitante, mais uma lição maravilhosamente exposta na prática, de um dos processos da unificação da personagem humana, em sua parte mais elevada, com a individualidade divina. A personagem descobre, nesse Encontro acima dos planos comuns, no nível altíssimo (alto monte) do mental, que seu verdadeiro EU tem três aspectos distintos, embora constituam um só princípio: 1. º o Cristo Cósmico, a Partícula divina; 2. º a Mente criadora (nóus) simbolizada em Moisés; 3. º o Espírito individualizado, do qual Elias serviu de símbolo. Esses três aspectos reúnemse numa única individualidade, com o sagrado nome de JESUS.


Daí a metamorfose que eles dizem que Jesus sofreu "no rosto": não era mais aquele Jesus do corpo físico, mas sim o JESUS-INDIVIDUALlDADE, ali observado nas três faces: Jesus o CRISTO, Moisés a Mente, Elias o Espírito.


O episódio da "transfiguração" torna-se, por tudo isso, um dos pilares fundamentais da mística cristã, uma das provas basilares da realidade do mundo espiritual que somos nós, esse microcosmo que é a redução finita de um macrocosmo infinito, incompreensível ao nosso intelecto personalístico; esse minuto-segundo, ponto físico euclidiano, que é uma projeção descritiva da eternidade, inconcebível ao nosso cérebro físico.


Lição perfeita em sua execução, revestida de impecável didática para quem olha e vê.


Dos veículos presentes ao excelso acontecimento, só as emoções se descontrolam. A parte puramente hominal do intelecto e a parte super-hominal do intelecto-iluminado, receberam a lição e silenciaram respeitosamente, absorvendo o ensino (o Lógos) e transmudando-se no Homem Novo que ali surge, no Super-Homem que naquele instante nasce para a Vida imanente. Mas as emoções se comovem profundamente, a ponto de não saber o que fazer: e nessa comoção, agitando-se, fazem o cenário desaparecer, diluem a visão, embora propondo permanecer indefinidamente nesse estado samádico, nesse êxtase supremo. Mas de qualquer forma, foi exteriorizado um "desejo"; mesmo sendo sublime, mesmo revelando a decisão de anular-se para permanecer naquela vibração puríssima, a emoção revolveu as águas cristalinas que espelhavam o céu na terra, e a descida foi perturbadora. Os veículos se aterrorizaram na queda de vibrações e caíram "prostrados com o rosto por terra", sem mais coragem de fitar a amplidão infinita.


Após essa revelação magnífica, tudo começa a voltar à normalidade, descendo os veículos espirituais ao corpo denso, e nele mergulhando como alguém que ao descer de um céu límpido e diáfano, penetrasse numa nuvem grosseira de materialidade. A "nuvem" da matéria toca-lhes a visão divina embaçalhes os olhos espirituais, diminui-lhes a agudeza perceptiva da superconsciência.


Surge ainda, no entanto, a afirmação espiritual do Verbo (Som, Pai), proclamando a individualidade, o Espírito individualizado, o CRISTO, como o Filho Amado, "que lhe proporciona alegria": é a declaração de Amor do Amante ao Amado, na união profunda de dois-em-um, no amplexo sublime do Esponsalício Místico. Nada mais natural que traduzir por palavras o ímpeto amoroso do Amante, porque o Amante é exatamente A PALAVRA, o VERBO, o LOGOS, o SOM Incriado, que tudo cria, sustenta e conserva com seu Amor-Ação Ativo e criador de PAI, permanentemente em função fecundadora. E, sendo PAI, nada mais natural que declarar que o Cristo-é "MEU FILHO". Também é óbvio que aconselhe aos veículos todos que O ouçam, seguindo-Lhe os ensinos e as inspirações.


Ao sentirem o impacto do natural peso mundo das células, ao penetrarem no mundo das formas, os veículos se oprimem, se amedrontam, e caem em quase desânimo, tristeza e saudade.


Mais uma vez a individualidade "tocando-os", fá-los levantar-se para reanimá-los aos embates físicos.


E eles vêem "apenas Jesus", apenas a individualidade despida da glória, em seu aspecto mais comum.


Não deixa esta, todavia, ao "descer do monte", ou seja, ao penetrar novamente na personagem terrena, de recomendar que silenciem o acontecimento. Os que realmente se amam, a ninguém revelam seus íntimos contatos amorosos: é o segredo da câmara nupcial que se leva ao túmulo. Assim, a personalidade deverá manter secretos esses encontros místicos, essas experiências indizíveis (2. ª Cor.


12:4). Sobretudo àqueles que não tiveram a experiência, aos que vivem NA personagem apenas, nada deverá jamais ser revelado: só poderá tratar-se desses raptos, desse Mergulho, com aqueles que já os VIVERAM, isto é, só quando o FILHO do Homem (ou o Super-Homem) tiver sido levantado da morte, do sepulcro da personagem física terrena, e definitivamente ingressado no "reino dos céus", só então será lícito condividir as experiências sublimes da unificação com o Cristo-Deus.


Mais uma prova de que se tratava realmente de um rito iniciático dos mistérios, é o silêncio imposto, o segredo que Jesus exige dos que a ele assistiram. Todas as cerimônias dos mistérios eram secretíssimas e ouvidos profanos delas não podiam ouvir falar. Nenhum dos escritores antigos que a elas assistiu as reproduz em suas obras. Mais tarde, depois que todos os passos fossem dados, poderia o fato ser divulgado, mas apenas como "um episódio" ocorrido no mundo físico, e não como o acesso a um grau iniciático, não como a conquista de um nível espiritual superior na escala dos Mistérios divinos.


Essa interpretação só poderia vir à luz no fim do ciclo zodiacal de Pisces (trevas), no alvorecer do signo do Aquário, quando tudo o que é oculto virá à luz, e os segredos celestiais jorrarão torrencialmente do Alto, para dessedentar os sequiosos de Espírito.


* * *

A "transfiguração" de Jesus é classificada com o termo metamorfose, típica dos mistérios iniciáticos gregos, fundamento da Mitologia. Muitas dessas metamorfoses são narradas pelos escritores iniciados nesses mistérios. Se os profanos pensam que são reais, enganam-se: são simbólicas da passagem de um estado a outro, ou de um estágio ao seguinte. Apuleio, por exemplo, simboliza e mergulho de Lúcius na matéria densa (encarnação), imaginando sua metamorfose num asno. As peripécias do animal são as ocorrências normais da vida humana na Terra. No fim, a iniciação nos mistérios de Ísis o faz voltar, muito mais experiente, à vida hominal, dedicando-se totalmente ao Espírito.


A metamorfose de Jesus, porém, foi de outro tipo: passou da carne ao Espírito, desintegrando momentaneamente a matéria em energia luminosa, embora ainda conservasse as características hominais da conformação externa, mas muito mais belas, por serem Energia Espiritual Radiante e Puríssima.



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Êxodo Capítulo 19 do versículo 1 até o 25
SEÇÃO III

O CONCERTO NO MONTE SINAI

Êxodo 19:1-24.18

Os israelitas chegaram ao lugar onde Deus queria fazer deles uma comunidade reli-giosa peculiarmente sua. Os meses "no monte Sinai realizaram duas coisas:

1) Israel recebeu a lei de Deus e instruções sobre o caminho de Deus; e

2) a multidão que saiu do Egito unificou-se no início de uma nação".' Este período é de grande importância para compreendermos a vontade de Deus revelada no cerne da lei.

As teorias críticas do século XIX, que negavam a existência do Tabernáculo e torna-vam a maioria destas leis mero reflexo de costumes vigentes em séculos posteriores. foram amplamente abandonadas nos últimos anos. Hoje em dia, a maioria dos estudio-sos admite que o âmago destas leis foi dado no monte Sinai por Moisés. Quem advoga que a lei é a revelação de Deus aceita que sua forma atual é substancialmente o teor recebido por Moisés. Mesmo quando os críticos negam esta idéia, não conseguem entrar em consenso sobre quais leis são mais recentes.'

A. O CONCERTO PROPOSTO POR DEUS, 19:1-25

1. A Apresentação do Concerto no Monte Sinai (19:1-8)

No terceiro mês depois da saída do Egito, os filhos de Israel chegaram ao deserto do Sinai (1; ver Mapa 3). A tradição judaica afirma que o dia foi o Pentecos-tes e que a Festa de Pentecostes comemorava o recebimento da lei. Porém, a expres-são hebraica no mesmo dia não é suficientemente específica para indicar um dia exato.

O relato da rápida resposta de Samuel ao que ele julgou ser a voz de Eli, e o reconhe-cimento de Eli de que Deus falava com o rapaz, é uma das histórias favoritas do Antigo Testamento. Samuel ainda não conhecia o Senhor (7) — em hebraico, yada, "conhe-cer", significa mais que o conhecimento intelectual (cf.comentário sobre 2,11) Implica em conhecimento pessoal. Até agora, Deus não tinha aparecido a Samuel com visões proféticas, embora o Senhor o preparasse para o lugar que deveria ocupar.

Em resposta às palavras de Samuel, Fala, Senhor, porque o teu servo ouve (9-10), ao quarto chamado do Senhor, Deus disse as suas primeiras palavras proféticas ao jovem. A esta altura nós podemos perceber a disposição para ouvir como uma condição para as palavras posteriores de Deus (cf. At 26:14-18). Aparentemente, houve algum tipo de aparição visual, pois o texto afirma, veio o Senhor, e ali esteve (10) — em hebraico, yatsab, "esteve", tipicamente quer dizer "apresentar-se perante" . A mensagem era simi-lar àquela trazida pelo homem de Deus, sem referência de nome, em 2:27-36, exceto que anunciava a proximidade da época do julgamento na casa de Eli. Vou eu a fazer (11) significa literalmente: "Eu estou fazendo". Os acontecimentos já naquela ocasião modela-vam aquilo que proporcionaria o cumprimento das predições feitas previamente. Inúme-ras traduções posteriores trazem "Eu irei fazer". Tinirão ambas as orelhas (11) era uma expressão comum que significava ouvir com horror e medo (cf. II Reis 21:12; Jr 19:3).

"Ouvindo o Chamado de Deus" é o tema dos versículos 1:10. As principais verdades são: (1) Deus está em silêncio quando a Sua Palavra não é conhecida, 1; (2) O chamado de Deus pode ser confundido, 2-7; (3) A Palavra de Deus é transmitida quando os seus servos ouvem, 8-10.
Como havia sido anunciado previamente, Eli deve compartilhar do destino dos seus filhos pecadores, embora ele mesmo tenha sido um homem virtuoso. O seu pecado foi não usar a sua autoridade para interromper ou pelo menos conter a conduta sacrílega dos dois, apesar de saber o que eles faziam de errado (13). Fazendo-se... execráveis — a Septuaginta diz "blasfemaram Deus". O problema tinha ultrapassado o "ponto sem re-torno", isto é, já era irreversível, e nem sacrifício nem oferta de manjares (14) pode-riam repará-lo. A repetição das palavras para sempre (13-14) indica a terrível certeza das ações poderosas de Deus. Parece que o primeiro aviso (2:27-36), embora expresso em um futuro absoluto, tinha o objetivo de ocasionar uma mudança na atitude de Eli com relação aos seus filhos (cf. o aviso de Jonas a Nínive, 3.4, e os seus resultados 3:10-4:1-2). Mas existe um fim definitivo para a rebelião impenitente, e um pecado para a morte, e para esse não há oração (1 Jo 5:16).

Somente com o firme pedido de Eli na manhã seguinte Samuel revelou-lhe a nature-za da mensagem que o Senhor tinha dado. Existe algo de patético e ainda assim nobre na maneira humilde como o sumo sacerdote aceita as tristes notícias de Samuel (18) 9.

O crescente reconhecimento, entre o povo de Israel, de que o Senhor estava com Samuel e fazia dele o Seu porta-voz, está indicado em 19-21. Cair em terra (19), isto é, "deixar de ocorrer, ou ser provada errada". Desde Dã até Berseba (20) é a típica manei-ra de descrever "a extensão e a amplitude da terra" (cf. Jz 20:1). Dã estava no extremo norte, Berseba era o ponto mais ao sul.

Profeta do Senhor (20). O registro de Atos 3:24: "E todos os profetas, desde Samuel, todos quantos depois falaram, também anunciaram estes dias", indica que Samuel foi o primeiro de uma nova ordem ou linhagem de profetas. A palavra nabi (provavelmente de compromisso, mas as promessas podem ser sinceras e nos lembrarão da responsabilida-de assumida. Se as pessoas tomarem decisões sem este temor religioso, seguirão o cami-nho da incredulidade.

Emoção religiosa não é coerção. Estas pessoas eram livres para aceitar ou rejeitar as propostas de Deus. O Senhor não força os homens a fazer um concerto com Ele, mas cria a atmosfera que possibilita a escolha favorável. Sem haver primeiro o trabalho de Deus,

  • homem nunca reage favoravelmente.
  • 2. A Santificação do Povo (19:9-15)

    O povo precisava se aprontar para desfrutar a maior experiência da vida humana -ouvir a voz de Deus. O Senhor disse a Moisés três coisas: Eis que eu virei a ti numa nuvem espessa; o povo ouvirá, falando eu contigo; e te crerá eternamente (9). Al-guns israelitas recusaram reconhecer Moisés como porta-voz de Deus; quando passavam por dificuldades, muitos em Israel hesitavam em confiar no servo de Deus. Apesar de tudo que Moisés dissera e fizera, os descrentes ainda afirmavam que era só a voz dele e que ele fazia mágicas. Mas agora estas pessoas "veriam" Deus na nuvem espessa e ouviriam a voz de Deus sem intermediários. Assim, Deus autenticaria as palavras de Moisés.

    De muitas formas é mesmo impossível acreditar que as palavras que uma pessoa fala são as palavras de Deus até ouvirmos pessoalmente Deus nos falar sem rodeios. Pelo que entendemos, os israelitas ouviam um som que não era a voz de Moisés, através do qual eles reconheciam Deus falando com eles (20.1; ver Dt 4:11-12). Para a maioria dos cristãos, a voz de Deus é ouvida pela voz do Espírito Santo no coração (Rm 8:16). Quando sua voz é ouvida, então a palavra de Deus através do homem, audível ou escrita. torna-se meio de fé. Ainda vigora a promessa relativa às pessoas que crêem em Moisés eternamente, visto que cristãos e judeus consideram Moisés o porta-voz de Deus.

    Para que Israel estivesse preparado para ouvir Deus diretamente, Moisés tinha de santificá-los hoje e amanhã (10). Esta santificação exterior, símbolo da pureza interior que só Deus dá (cf.comentários em 13.2), levaria dois dias inteiros. A limpeza externa abrangeria:

    1) Lavar o corpo,

    2) lavar as roupas e

    3) abster-se de relações sexuais.- Mesmo depois desta santificação, o povo tinha de ficar separado do monte por limites (12), ou cercas, para que nenhum homem ou animal tocasse o monte. Se tocasse, seria morto imediatamente. Se pessoa ou animal transpusesse a cerca, ninguém deveria tocar nessa pessoa ou nesse animal (13; cf. NTLH), pois fazer isso significaria toque direto no monte. Tal ofensor deveria ser morto a pedradas ou flechadas.

    Todos estes regulamentos tinham a função de ensinar ao povo a necessidade de santidade, a qualidade impressionante de Deus, e a exigência de absoluta obediência a Deus. A desatenção era intolerável; até um animal inocente teria de morrer se o dono não o mantivesse afastado do monte. Deus desceria diante dos olhos (11) do povo, mas este não deveria presumir intimidade com Ele. O caminho ainda não estava aberto para as pessoas irem à presença de Deus com ousadia (Hb 4:16).

    Embora no versículo 12 haja a proibição de subir o monte, algumas pessoas tinham a permissão de subir quando a buzina (13) soasse longamente. Pelo que deduzimos, as pessoas mencionadas no versículo 13 pertencem a um grupo especial; em outro momen-to, Moisés, os sacerdotes e os setenta anciãos (24.1,2) tiveram permissão de subir» Mes-mo assim, deveriam subir depois de ouvirem a buzina. O versículo alude ao ajuntamen to de pessoas quando Deus estava prestes a falar," embora o original hebraico signifique mais que isso. O sentido dos versículos 16:17 favorece a opinião de que a buzina chama-va Israel do acampamento para o pé do monte. Por isso, Moisés... santificou o povo (14; cf.comentários em 13.2).

    3. Deus no Monte Sinai (19:16-25)

    Com todas essas preparações e avisos, o povo estremeceu (16) quando Deus mani-festou sua presença. Chegara o momento de verem Deus, assim os israelitas puseram-se ao pé do monte (17). A experiência tinha o propósito de criar um verdadeiro temor de Deus nas pessoas e prepará-las para respeitar a lei de Deus.

    Além dos trovões e relâmpagos (16) e do sonido de buzina mui forte, a monta-nha estava em chamas; subia fumaça do fogo, como fumaça de um forno, e todo o monte tremia grandemente (18). Fumegava é melhor "estava coberto de fumaça" (NVI). Até Moisés tremeu de medo com a visão (Hb 12:21). Apesar de todo esse medo, com o clangor cada vez mais longo e forte da buzina, Moisés falava, e Deus lhe res-pondia em voz alta (19). A mesma voz que ele ouvira na sarça ardente agora falava do monte em som claro e apavorante que todos ouviam.

    Chamou o SENHOR a Moisés (20) para subir ao monte, ação proibida para os outros, e Moisés subiu. Quase imediatamente, Deus mandou Moisés de volta para re-forçar o aviso para o povo não traspassar os limites do monte santo (21). Os sacerdotes, que se chegam ao SENHOR (22), receberam uma mensagem especial. Quanto a san-tificar, ver os comentários no versículo 10 e em 13.2. Estas pessoas não eram os levitas, que ainda não tinham sido separados; eram provavelmente os primogênitos que exerci-am funções sacerdotais (ver 24.5).13 Talvez conjeturaram que tinham tanto direito quan-to Moisés de subir ao monte. Deus conhecia suas intenções, por isso ordenou que Moisés voltasse para evitar uma catástrofe. O SENHOR lançar-se sobre eles seria na forma de praga, ou com fogo ou morte direta, como no caso de Uzá (2 Sm 6.7,8).

    Moisés, desconhecedor das possíveis intenções do povo, lembrou Deus que todas as precauções foram tomadas e que ninguém subiria involuntariamente o monte Sinai i 23). Mas Deus sabia mais que Moisés; o servo do Senhor tinha de falar novamente para o povo que somente ele e Arão (24) poderiam subir. Aqui Deus está deixando claro que Ele escolhe quem quer, e que outros têm de permanecer em sua vontade. Também é importante discernir a voz de Deus e segui-la, mesmo quando achamos que não há peri-go. Deus conhece os corações dos homens e as pessoas não. Quanto a santifica-o (23), ver comentários em 13.2. Moisés (25) obedeceu, evitando assim uma tragédia.

    "A Santidade de Deus", revelada no capítulo 19:

    1) Requer santidade em quem se aproxima de Deus, 5,6,10,11;

    2) Separa Deus de todas a suas criaturas, 12,13;

    3) Mani-festa a presença de Deus em majestade aterrorizante, 16-20;

    4) Comunica-se com os pecadores, 7-9,21-25.


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Êxodo Capítulo 19 versículo 16
    Trovões:
    Conforme Ap 4:5; e ver Ex 9:23,

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Êxodo Capítulo 19 do versículo 1 até o 25
    *

    19:1

    vieram... Sinai. O deserto do Sinai ficava na seção sudeste da península do Sinai. O monte Sinai tem sido tradicionalmente identificado com o Jebel Musa, um monte com uma larga planície à sua base, que parece ajustar-se às evidências bíblicas (v. 2; conforme Dt 9:21, nota). O povo de Israel demorar-se-ia no Sinai por onze meses (Nm 10:11).

    * 19.3-6

    As palavras de Deus começam (v. 3) e terminam (v. 6) com uma instrução divina dada a Moisés. Entre elas há um sumário da fidelidade de Deus à aliança, bem como as responsabilidades pactuais de Israel.

    * 19:4

    e vos cheguei a mim. O livramento divino da escravidão não foi apenas libertação, mas também adoção. Deus livrou Israel e então os levou ao deserto, para conduzi-los a si, para fazer com que fossem dele (Gn 17:7, nota).

    * 19:5

    ouvirdes a minha voz, e guardardes a minha aliança. Esses termos resumem a reação humana apropriada à graciosa aliança com Deus (Gn 17:2, nota). A última frase (ver Gn 17:9,10; 1Rs 11:11; Sl 78:10; 103:18; 132:12; Ez 17:14) sempre refere-se à fidelidade a uma aliança previamente revelada. Visto que 6.4 refere-se ao êxodo como o cumprimento da aliança patriarcal, a revelação dada no monte Sinai deve também ser vista como uma extensão da Aliança abraâmica.

    propriedade peculiar. Conforme a frase seguinte o demonstra, Deus indica que Israel será seu tesouro pessoal, dentre tudo que existe (13 29:3'>1Cr 29:3). Pela eleição divina 1srael foi separado do mundo, que também pertence a Deus.

    * 19:6

    reino de sacerdotes e nação santa. Israel seria uma realeza sacerdotal, uma nação santa, separada do mundo tal como um sacerdote era dedicado na sociedade antiga. A ênfase, aqui, recai sobre o relacionamento de Israel com Deus, e não sobre qualquer ministério sacerdotal às nações, mas o relacionamento entre Israel e o Senhor também dá testemunho ao mundo. Os vs. 4-6a refletem a Aliança abraâmica de Gn 12:1-3. Aquilo que esta passagem preceitua para Israel, a Nova Aliança torna uma realidade para os crentes (1Pe 2:9-10; Ap 1:6; 5:10; 20:6).

    * 19:11

    estejam prontos para o terceiro dia. Disposições para assegurar a pureza ritual (lavando roupas, v. 10; abstenção de contatos sexuais, v. 15; Lv 15:18; 1Sm 21:4) que salvaguardariam a santidade do monte (vs. 12 e
    13) foram impostas em preparação para a teofania, uma manifestação visível especial da presença divina.

    descerá sobre o monte Sinai. O monte Sinai era o lugar do encontro do Senhor com o seu povo, e não a sua residência. O tabernáculo em breve seria sua habitação terrena.

    * 19:16

    Ao amanhecer do terceiro dia. Deus vem, conforme foi prometido, na manhã do terceiro dia. Nenhuma explicação natural dos vs. 16-19a (p.ex., uma erupção vulcânica) é suficiente. Essa foi uma manifestação divina na tempestade e no fogo.

    mui forte clangor de trombeta. Posteriormente, ocasiões especiais de adoração foram assinaladas pelo toque da trombeta (Nm 10:10).

    * 19:24

    sacerdotes. Isso pode referir-se àqueles que desempenhavam os deveres do sacerdócio antes do estabelecimento do sacerdócio levítico.



    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Êxodo Capítulo 19 do versículo 1 até o 25
    19:2, 3 O monte Sinaí (também chamado Horeb) é um dos lugares mais sagrados na história do Israel. Localizada na parte sul e central da península do Sinaí, esta montanha é onde Moisés se encontrou com Deus em uma sarça ardente, Deus fez seu pacto com o Israel e Elías escutou a Deus no som de um sussurro suave. Aqui Deus deu a seu povo as leis e guias para viver com retidão. Aprenderam as bênções potenciais da obediência (34.4-28) e as trágicas conseqüências da desobediência (34.32).

    19.4-6 Deus tinha um motivo para resgatar da escravidão aos israelitas. Agora estava preparado para lhes dizer qual era: Israel chegaria a ser um povo santo, uma nação de sacerdotes em que qualquer poderia aproximar-se de Deus livremente. Entretanto, não tomou muito tempo para que o povo corrompesse o plano de Deus. Então Deus estabeleceu aos levita como sacerdotes, representando o que deveria ter sido a nação inteira (Levítico 8:9). Mas com a vinda do Jesucristo, Deus estendeu uma vez mais seu plano a todos os crentes. Seremos um povo santo e "real sacerdócio" (1Pe 2:9). A morte e a ressurreição de Cristo, permitiu a cada um de nós nos aproximar de Deus com liberdade.

    19:5 por que escolheu Deus ao Israel como sua nação? Sabia que nenhuma nação na terra era o suficientemente boa para merecer ser chamada seu povo, seu "especial tesouro". Escolheu ao Israel, não por algo que tivessem feito, mas sim apesar das coisas más que fizeram e que fariam. por que queria ter uma nação especial na terra? Para representar seus caminhos, para ensinar sua Palavra e para ser uma presença salvadora no mundo. "Todas as nações da terra" seriam bentas através dos descendentes do Abraão (Gn 18:18). Gentis e reis viriam ao Senhor mediante o Israel, predisse Isaías (Is 60:3). Através da nação do Israel, nasceria o Messías, o escolhido de Deus. O escolheu uma nação e a colocou em um rigoroso programa de treinamento, para que algum dia pudesse ser um canal de suas bênções ao mundo inteiro.

    JETRO

    Pessoas como Jetro e Melquisedec -que não eram hebreus, mas entretanto, adoraram ao Deus verdadeiro- jogaram um papel muito importante no Antigo Testamento. Recordam-nos o compromisso de Deus com o mundo. Deus escolheu uma nação por meio da qual obraria; mas seu amor e interesse são para todas as nações!

    Os antecedentes religiosos do Jetro o prepararam, em vez de acautelá-lo para, ter fé em Deus. Quando viu e escutou o que Deus tinha feito pelos israelitas, sua resposta foi adorá-lo com todo seu coração. Mas também podemos pensar que durante quarenta anos como sogro do Moisés, Jetro tinha visto obrar a Deus moldando a um líder. Sua relação deveu ter sido muito próxima, já que Moisés aceitou prontamente seu conselho. Ambos se beneficiaram da relação. Jetro conheceu deus por meio do Moisés, e este recebeu hospitalidade, uma esposa e sabedoria do Jetro.

    O presente mais prezado que uma pessoa pode dar a outra é a fé em Deus. Mas esta fé se vê obstaculizada se a atitude do crente é: "Tenho o presente mais maravilhoso para ti, embora não tem nada com o que me retribuir". Os verdadeiros amigos dão e recebem entre si. A importância de transmitir o presente de uma relação com Deus não faz que o presente da outra pessoa seja insignificante. Mas bem, descobrimos que ao conduzir uma pessoa a Deus, aumentamos nossa sensibilidade do que Deus significa para nós. Quando damos o presente de Deus, O se dá ainda mais a nós.

    É, o que sabe de Deus, uma coleção de adivinhações, ou acaso tem uma relação viva com O? Só com uma relação vital pode transmitir a outros o entusiasmo de permitir que Deus guie sua vida. chegou ao ponto de dizer, junto com o Jetro: "Agora conheço que Jeová é maior que todos os deuses" (Ex 18:11)?

    Pontos fortes e lucros:

    -- Sogro do Moisés, chegou a reconhecer ao único Deus verdadeiro

    -- Era um mediador prático e um organizador

    Lições de sua vida:

    -- A supervisão e a administração são um trabalho de equipe

    -- O plano de Deus inclui a todas as nações

    Dados gerais:

    -- Onde: A terra do Madián e o deserto do Sinaí

    -- Ocupações: Pastor, sacerdote

    -- Familiares: Filha: Séfora. Genro: Moisés. Filho: Hobab

    Versículo chave:

    "E se alegrou Jetro de todo o bem que Jeová fazia ao Israel, ao havê-lo liberado de mão dos egípcios" (Ex 18:9).

    A história do Jetro se relata no Exodo 2:15-3.1; 18:1-27. Além disso lhe menciona em Jz 1:16.

    19.5-8 Em Gênese 15 e 17, Deus fez um pacto com o Abraão, prometendo que faria de seus descendentes uma grande nação. Agora essa promessa se estava cumprindo, reconfirmando seu pacto com a nação israelita, os descendentes do Abraão. Deus prometeu benzê-los e cuidá-los, o povo prometeu obedecê-lo; portanto o pacto estava selado. Mas as boas intenções do povo se dissiparam rapidamente. Fez você um compromisso com Deus? cumpriu com sua parte do trato?

    19.9-11 Ao Moisés lhe disse que consagrasse ao povo. Isto significava prepará-los física e espiritualmente para encontrar-se com Deus. A gente devia apartar do pecado e até das rotinas diárias comuns para poder dedicar-se a Deus. A ação de lavar-se e preparar-se servia para alistar suas mentes e corações. Quando nos encontramos com Deus para lhe adorar, deveríamos deixar de lado os interesses e preocupações da vida diária. Use seu tempo de preparação física para alistar sua mente a fim de encontrar-se com Deus.

    19:22 Ao afirmar "para que Jeová não faça neles estrago", o Senhor estava dizendo que destruiria a qualquer que não estivesse consagrado e preparado para encontrasse com O.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Êxodo Capítulo 19 do versículo 1 até o 25
    da Aliança (Ex 19:24)

    1. Introdução da Aliança (19: 1-8)

    1 No terceiro mês depois que os filhos de Israel haviam saído da terra do Egito, no mesmo dia chegaram ao deserto de Sinai. 2 E quando eles se retiraram Rephidim, e chegaram ao deserto de Sinai, eles acamparam no deserto; e não Israel acampados em frente do monte. 3 E subiu Moisés a Deus, eo Senhor chamou-o da montanha, dizendo: Assim falarás à casa de Jacó, e anunciarás aos filhos de Israel: 4 Vós tendes visto o que fiz aos egípcios, como vos levei sobre asas de águias, e vos trouxe a mim. 5 Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então sereis a minha possessão peculiar dentre todos os povos : porque toda a terra é minha: 6 e vós sereis para mim um reino de sacerdotes e uma nação santa. Estas são as palavras que falarás aos filhos de Israel. 7 E veio Moisés, e chamou os anciãos do povo, e expôs diante deles todas estas palavras que o Senhor lhe tinha ordenado. 8 E todo o povo respondeu a uma voz, Tudo o que o Senhor tem falado, faremos. E Moisés relatou as palavras do seu povo ao Senhor.

    Os filhos de Israel tinham apenas uma etapa de sua viagem para ir quando eles deixaram Refidim. Eles chegaram ao Sinai , no terceiro mês após a sua saída do Egito. Como observado em conexão com Ex 16:1)

    9 E disse o SENHOR a Moisés: Eis que eu virei a ti em uma nuvem espessa, para que o povo ouça, quando eu falar contigo, e também pode te creia para sempre. Moisés tinha anunciado as palavras do seu povo ao Senhor. 10 E disse o SENHOR a Moisés: Vai ao povo, e santifica-a-dia e amanhã, e lavem eles as suas vestes, 11 e estejam prontos para o terceiro dia; para o terceiro dia o Senhor descerá à vista de todo o povo sobre o monte Sinai. 12 E porás limites ao povo em redor, dizendo: Guardai-vos, para que não suba ao monte, nem toqueis o seu border; todo aquele que tocar o monte, certamente será morto; 13 nenhuma mão deve tocá-lo, mas ele será apedrejado ou asseteado; quer seja animal ou homem, não viverá: quando soar a buzina longamente, subirão ao monte. 14 E Moisés desceu do monte ao povo, e santificou o povo; e lavaram as suas vestes. 15 E disse ao povo: Estai prontos ao terceiro dia: não chegar perto de uma mulher.

    Depois que o Senhor e as pessoas tinham ambos expressaram a sua vontade de entrar em uma relação de aliança, o Senhor disse a Moisés que preparar o povo para uma reunião dos partidos da aliança. Ele estava indo para comparecer perante Israel em uma nuvem espessa, para que as pessoas possam ouvi-lo falar com Moisés e pode ganhar a confiança permanente no Moisés como porta-voz de Jeová. Mas antes que o encontro poderia ter lugar, as pessoas devem estar devidamente preparados. De acordo com as instruções dadas pelo Senhor a Moisés e sua aplicação por Moisés ao povo, esta preparação consistiu em quatro etapas: (1) a santificação de si próprios, aparentemente uma lavagem cerimonial de seus próprios corpos, (2) a lavagem também de suas roupas, (3) a abstenção por três dias a partir de relações sexuais (este parece ter sido um procedimento padrão no Antigo Testamento, como preparação para contato íntimo com o Senhor ou Seus coisas sagradas, 1Sm 21:4 , e também pode ter foram observados nos tempos do Novo Testamento, pelo menos por cristãos judeus, 1Co 7:5 ; Lv 19:2. ), a um inacessível (1Sm 6:20 ), aquele em contraste absoluto com o homem (Dn 11:9 ).

    É evidente que esta santidade de Deus podem ser comunicadas a outras pessoas e às coisas. Deus é separado de tudo o mais. Mas Ele pode chamar Suas criaturas através do abismo para estar mais perto dele ou até mesmo com Ele, separando-os de actividades comuns ou profanas e reservando-los totalmente para si mesmo. Ele pode, portanto, santificar o sábado, o terreno em que é uma sarça ardente com Seu fogo santo, mesmo a nação Ele escolhe para uma missão universal. Na verdade, o contato direto entre este Deus santo e qualquer pessoa ou coisa sempre muda a criatura-hallowing para o serviço de Deus o que pode ser equipado para o Seu uso, destruindo aquilo que não pode ou não vai ser assim equipada. É também evidente que há graus de esta santificação ou ser consagrado a Deus, Moisés e Arão pode subir a montanha a própria presença de Deus, os sacerdotes podem se aproximar do altar, mas não subir a montanha, e as pessoas enquanto santificados não pode mesmo tocar o monte, mas apenas ver a nuvem e ouvir a voz. Santidade, seja qual for o seu grau, inicialmente é uma questão de relacionamento ou posição.

    Como os filhos de Israel veio a entender a santidade separado de Deus, eles rapidamente reconhecido que uma parte importante desta separação foi Sua contradição absoluta de tudo o ímpio, pecador, ou imoral (Js 24:19 ). O pecado era a rebelião contra a sua vontade e ao contrário do seu próprio caráter, e, naturalmente, Ele foi, no mínimo, mais distintamente separado dele do que qualquer outra coisa. Assim, se uma pessoa era para ser separados para Deus, para ser santificado, ele deve não só ser cerimonialmente limpo de seu estado ímpio, mas também moral e espiritualmente limpos de seu estado pecaminoso. Essa concepção de santidade e santificação teares especialmente grande no Novo Testamento, e torna-se a base para a doutrina da inteira santificação pregado por João Wesley e seus seguidores. Mesmo aqui, o conceito de separação é fundamental e deve sempre avultam na experiência e na prática da santidade. Na medida em que o homem se separa, é a consagração, e na medida em que Deus completa a separação, é santificação-separação do pecado, do auto, do mundo, de tudo ao contrário de Deus, a justiça, a serviço de Deus, para o céu, para a própria natureza do próprio Deus.

    c. Ambiente da Aliança (19: 16-25)

    16 E sucedeu que, no terceiro dia, ao amanhecer, houve trovões e relâmpagos, e uma espessa nuvem sobre o monte, e uma voz de buzina mui forte, e todas as pessoas que estavam no arraial estremeceu. 17 E Moisés levou o povo fora do arraial ao encontro de Deus; e puseram-se na parte inferior do morro. 18 E o monte Sinai, toda ela, defumados, porque o Senhor descera sobre ele em fogo; ea fumaça subiu como a fumaça de uma fornalha, e todo o monte tremia grandemente. 19 E quando a voz da trombeta encerado mais alto e mais, Moisés falava, e Deus lhe respondia por uma voz. 20 Então o Senhor desceu sobre o monte Sinai, ao cume do monte; eo Senhor chamou Moisés para o topo do monte; e Moisés subiu. 21 E disse o SENHOR a Moisés: Desce, adverte ao povo, para que não se romper ao Senhor para ver, e muitos deles pereçam. 22 E que os sacerdotes . Também, que se aproxima de Jeová, santificar-se, para que o Senhor se lance sobre eles 23 E disse Moisés ao Senhor: O povo não poderá subir ao monte Sinai, porque tu nos cobrar, dizendo: Marca limites em cima do monte, e santifica .-la 24 E o Senhor disse-lhe: Vai, desce; e subirás tu, e Arão contigo;. Mas não os sacerdotes e as pessoas romper para chegar ao Senhor, para que ele não se lance sobre eles 25 Então Moisés desceu ao povo, e disse-lhes.

    Quando o período de preparação foi completa, o acampamento de Israel acordou com algumas inspiradoras vistas e sons. trovões e relâmpagos, e uma espessa nuvem coroou a montanha, e houve a explosão extremamente alto de um trompete , o sinal nomeado para reunir , mas aparentemente não soprado por lábios humanos. Agora fogo e fumaça apareceu em cima da montanha, e ele tremia grandemente . Alguns tentaram explicar estes fenômenos em termos de atividade tempestade ou terremoto e vulcão. Enquanto Deus poderia ter usado essas forças naturais para revelar a Sua presença, o registro parece indicar algo mais incomum do que isso. As pessoas ficaram impressionados, ao ponto de tremor, que Deus estava realmente encontrar com eles.

    Como a trombeta soava cada vez mais alto, chamado Moisés ao Senhor, eo Senhor o chamou para o topo da montanha. Mas, apesar das grandes preparações para observar a santidade da montanha, o Senhor ainda não estava satisfeito. Ele insistiu que Moisés voltar para o povo e salientar a importância de se hospedar em seus lugares designados. A pessoa que violou a ordem de Jeová e invadiram os santos recintos-upon-lhe o Senhor iria irromper . Se o infrator escapou da mão da punição humana (vv. Ex 19:12-13 ), ele não iria escapar da mão do julgamento divino.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Êxodo Capítulo 19 do versículo 1 até o 25
    1. A sabedoria do mundo (Ex 18)

    Os estudiosos da Bíblia discordam em relação à interpretação desse capítulo, se a advertência de Jetro a Moisés é do Senhor ou da carne. Alguns apontam paraNu 11:0:8), mas devemos testar tudo pela Palavra de Deus (Is 8:20). Perguntamo-nos se a "sabe-doria mundana" de Jetro agradava a Deus, pois o próprio Jetro não ti-nha certeza disso (veja v. 23). Ele estava disposto a alegrar-se com tudo que o Senhor fizera (vv. 9-10), mas não estava disposto a acredi-tar que Deus podia ajudar Moisés com os fardos diários da vida. Moi-sés adotou o esquema de Jetro, e o povo concordou com isso (Dt 1:9), mas não temos garantia de que Deus aprovou o novo arranjo. Na verdade, em Números 11, a atitu-de de Deus sugere que aconteceu o contrário.

    Os crentes enfrentam ataques diretos e abertos da carne, como os de Amaleque (17:8-16), mas tam-bém enfrentam idéias sutis da car-ne, como as de Jetro. Certamente, Moisés podia fazer qualquer traba-lho que Deus o chamasse a fazer, pois Deus nos capacita para cum-prir suas ordens. Como temos faci-lidade em sentir pena de nós mes-mos, em sentir que ninguém cuida de nós, e em achar que Deus nos deu um fardo grande demais! Leia Is 40:31 para ver a solução de Deus para esse problema.

    1. Notas introdutórias: a importância da Lei

    Nenhum tópico foi mais mal-entendi-do entre os cristãos que a Lei de Moi-sés e sua aplicação hoje aos crentes do Novo Testamento. Confundir as alianças de Deus é interpretar erro-neamente a mente de Deus e perder as bênçãos dele; portanto, sábio é o crente que examina a Pàlavra a fim de estabelecer a posição e o propósito de todo o sistema mosaico.

    1. Nome

    As pessoas, iniciando com Êxo-Dt 19:0), estavam sob o sis-tema mosaico. Chama-se isso de "a Lei de Moisés", "a Lei" e, às vezes, de "a Lei de Deus". Com freqüência, a chamamos, por uma questão de conveniência, de "lei moral" (em relação aos Dez Mandamen-tos), de "a lei cerimonial" (em re-lação aos exemplos e aos símbolos que encontramos no sistema sacrificial) e de "a lei civil" (em relação às leis diárias que regem a vida do povo). Na verdade, parece que a Bíblia não faz distinção entre as leis "moral" e "cerimonial", já que definitivamente uma é parte da ou-tra. Por exemplo, encontramos o quarto mandamento, que trata do dia de sábado, na lei moral, em-bora, com certeza, faça parte do sistema cerimonial e também dos dias santos judeus.

    1. Propósitos

    Para entender a Lei, precisamos nos lembrar que Deus já fizera uma aliança eterna com os judeus por intermédio de Abraão, o pai deles (Gn 15). Ele prometeu-lhes suas bênçãos e deu-lhes a posses-são da terra de Canaã. Mais tarde, "acrescentou-se" a Lei Mosaica à aliança abraâmica, mas isso não a anula (Gl 3:13-48). A lei entrou lado a lado com a aliança anterior de Deus (Rm 5:20), contudo era uma medida provisória de Deus (Gl 3:19). O Senhor deu a Lei apenas a Israel para mostrar que eles eram o povo escolhido de Deus e sua na-ção santa (Êx 19:4-6; SI 147:1 9-20). Deus não deu a Lei para salvar as pessoas, pois é impossível ser sal-vo por guardar a Lei (Gl 3:11; Rm 3:20). Ele deu a Lei a Israel pelas seguintes razões:

    1. Revelar sua glória e santidade (Dt 5:22-5)
    2. Revelar a pecaminosidade do homem (Rm 7:7,Rm 7:13; 1Tm 1:0)

    O "aio" era um servo treinado e cuja tarefa era preparar as crianças para a vida adulta. Quando a criança ama-durece e torna-se adulta, recebe sua herança e não precisa mais do aio. Israel, sob a Lei, estava em sua "in-fância espiritual", mas ela preparava esse povo para a vinda de Cristo (Gl 3:23-48); a um jugo, porque traz servidão (At 15:10; Gl 5:1; Rm 8:3); a um aio, porque prepara Israel para a vinda de Cristo (Gl 3:23-48; He 10:1-58 e Rm 3:20-45); (3) dar justiça (Gl 2:21); (4) dar paz ao coração (He 9:9); e (5) dar vida (Gl 3:21).

    1. Cristo e a Lei

    "Porque a lei foi dada por intermé-dio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo" (Jo 1:17). Obviamente, há um contraste entre o sistema legalista de Moisés para Israel e a posição graciosa que o cristão tem no corpo de Cristo. Cristo nasceu sob a Lei (Gl 4:4-48) e cumpriu a Lei sob todos os aspectos (Mt 5:1 Mt 5:7). Vemos a pessoa e a obra dele na Lei (Lc 24:44-42). Ele é a finalidade da Lei para trazer justiça ao crente (Rm 10:1-45; Cl 2:13-51).

    1. O cristão e a Lei

    O Novo Testamento deixa muito claro que o cristão não está sob a Lei (Rm 6:14 e Gl 5:18), mas vive na esfera da graça. Em Cristo, mor-remos para a Lei (Rm 7:1-45) e libertamo-nos da Lei (Rm 7:5-45). Não podemos nos enredar de novo na escravidão da Lei (Gl 5:1-48), o que significaria sair da esfera da graça e viver como servo, não como filho.

    Isso significa que o cristão pode agir sem a Lei e ignorar as exigências santas de Deus? É claro que não! Os inimigos de Paulo lançaram-lhe essa acusação, porque ele enfatizou a posição gloriosa do crente em Cris-to (Rm 6:1). Em 2Co 3:0). Não tentamos obedecer a Deus na força da carne, porque isso é im-possível (Rm 7:14); a carne é fraca e pecaminosa e não pode se submeter à Lei. Mas nos consideramos mortos para o pecado (Rm 6:0; Jc 2:19)

  • Não fazer ídolos ou imagens (At 17:29; Rm 1:22-45; 1Jo 5:21; 1Co 10:7,1Co 10:14)
  • Não tomar o nome de Deus em vão (Jc 5:12; Mt 5:33-40 e 6:5-9)
  • Lembrar o dia de sábado
  • Em nenhum lugar do Novo Testa-mento, repete-se esse mandamento para que a igreja lhe obedeça hoje. Mt 12:0; Mt 5:21-40)

  • Não cometer adultério (Mt 5:27-40; 1Co 6:9-46)
  • Não dar falso testemunho (Cl 3:9; Ef 4:25)
  • Não cobiçar (Ef 5:3; Lc 12:15-42)
  • Observe estes "resumos da Lei" no Novo Testamento. Nenhum deles menciona o sábado: Mt 19:16-40; Lc 18:18-42. É claro que os "novos mandamentos" de amor são a motivação fundamental para o cristão de hoje Jo 13:34-43; Rm 13:9-45). O Espírito derrama esse amor em abun-dância em nosso coração (Rm 5:5). Assim, amamos a Deus e aos outros e, dessa forma, não precisamos do controle externo de uma lei em nossa vida. A antiga natureza não conhecia a Lei, e a nova natureza não precisa da Lei. O sábado era o dia especial de Deus para os judeus que estavam sob a Antiga Aliança, mas, para a igreja, que está sob a Nova Aliança, o Dia do Senhor é o dia especial de Deus. O sá-bado simboliza a salvação por meio de obras: seis dias de trabalho e, depois, descanso; o Dia do Senhor simboliza a salvação por meio da graça: primei-ro o descanso e, depois, o trabalho. O sábado, os sacrifícios, as leis alimenta-res, o sacerdócio e os cultos do tabernáculo acabaram todos em Cristo.

    Moisés, depois de dar a Israel a Lei de Deus, que está nos Dez Man-damentos, explicou e aplicou a Lei aos vários aspectos da vida do ho-mem. Onde quer que haja lei, deve haver interpretação e aplicação; de outra forma, a lei não é praticada e não pode ser útil de forma alguma. No início, eram os sacerdotes que ensinavam e praticavam a Lei em Israel, mas, em anos posteriores, os rabinos e os escribas tornaram-se os professores oficiais da Lei. Infe-lizmente, a interpretação deles era tão autoritária quanto a Lei original, e foi esse erro que Jesus expôs por meio de seus ensinamentos, em es-pecial no Sermão da Montanha (Mt 5:0). Para obter mais percepções a esse respeito, veja também Mar-cos 7.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Êxodo Capítulo 19 do versículo 1 até o 25
    19.4 Águia. O Êxodo tinha sido um arrebatamento dramático da terra da escravidão, para o povo estar livre para servir a Deus.

    19.5,6 Eis o conteúdo da aliança de Deus com os homens - separados, santificados, e salvos para servir, adorar e gozar de eterna graça com Deus.
    19.10 Purifica-o. A purificação é um rito específico para sacerdotes, e daí podemos ver a aplicação imediata da promessa de Deus mencionada no v. 6, e abraçada unanimemente pelo povo (8); que os que aceitam às promessas e aos preceitos de Deus, já são sacerdotes i.e., servem a Deus e são veículos para revelar a Palavra a terceiros (Vd as refs. bíblicas).

    19.12 Limites. Todos os pormenores e cuidados para evitar que o povo se aproxime do monte, são para inculcar, de maneira bem clara e dramática, na mente do povo presente, que existe uma barreira enorme entre Deus, que é Santo, e o homem pecaminoso. Ninguém pode compreender o sacrifício de Cristo, sem reconhecer que foi feito tudo, nesse, para transpor essa barreira.

    19.15 Mulher. Um espírito de castidade, reverência e meditação pode preparar o homem para receber a revelação de Deus. A vida diária precisa ser interrompida, de vez em quando, para um levantamento de nossa condição espiritual.

    19.16 Se estremeceu. Qualquer revelação da natureza de Deus faz estremecer nosso pequeno "eu" com seus vícios, seus temores, sua soberba e sua falta habitual de fé e de obediência.

    19.21 Não traspasse. Quem viveu em perpétua rebelião contra Deus, como foi o caso desses israelitas, desde a primeira ação de Moisés para libertá-los em nome de Deus, não poderia contemplar Sua glória sem ser consumido. Assim será no Dia do julgamento: os que não amaram a Deus na terra, não O conhecerão como Salvador, mas sim, como Juiz, naquele Dia.

    19.22 Também os sacerdotes. Os sacerdotes são humanos, com falhas humanas. Jesus é divino e sem falha (He 7:20-58).

    19.23 Consagra-o. Moisés não podia consagrar o monte: é a presença de Deus que o torna santo. Mas, como profeta de Deus, pode proclamar essa consagração e colocar limites ao seu redor. • N. Hom. A Epístola aos Hebreus nos ensina que a solenidade e a reverência desta ocasião, não se podem comparar em importância com aquilo que Deus fez para nós no monte, perto de Jerusalém, onde Jesus foi crucificado para fazer uma Aliança de graça, de perdão e de santificação com o ser humano, não baseada na virtude humana (Êx 19:8, 24.3), mas no sangue de Jesus (He 12:18-58). Compreendemos, pois, que os trovões (16) representam a ira de Deus, a nuvem protege o homem da luz Eterna, e a buzina é o chifre do carneiro, usado para convocar os adoradores, v. 13.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Êxodo Capítulo 19 do versículo 1 até o 25
    IV. A PROMULGAÇÃO DA LEI (19.1—24.18)

    1) A teofania no Sinai (19:1-25)

    Com a chegada dos israelitas ao Sinai (v.1,2), o propósito principal do êxodo estava sendo atingido (conforme 3.12). Mas antes havia preparativos a serem realizados. A teofania no monte sagrado não era uma experiência a ser vivida de forma leviana; grande parte do capítulo é dedicada à forma em que os israelitas se prepararam para receber a revelação divina. v. 2. Como já foi indicado, a localização do monte Sinai é uma questão muito debatida. A tradição pende a favor de Jebel Musa (“montanha de Moisés”) no sul da península do Sinai, embora as reivindicações a favor da vizinha Ras Essafsafeh também tenham sido bem fundamentadas por alguns eruditos. Alguns que pensam que Ex 19 descreve uma erupção vulcânica preferem localizar o monte no noroeste da Arábia, visto que “não há evidências a favor da existência de vulcões na península do Sinai” (Hyatt). No entanto, é questionável se o nosso capítulo está descrevendo atividade vulcânica. Ainda outros apresentam razões para localizar o monte na região de Cades-Barnéia, interpretando 3.18 no sentido de que o Sinai estava muito mais próximo da fronteira egípcia do que está o local tradicional. Esse ponto de vista introduz conflitos desnecessários entre os vários conjuntos de dados apresentados no AT. Uma identificação conclusiva é impossível; o fato importante é que houve um Sinai. v. 3. Qualquer sugestão de que se pensava que Deus habitava no monte Sinai é mal fundamentada se for baseada nesse versículo, v. 4. Conforme Dt 32:10,Dt 32:11. Podemos discernir um padrão de aliança (ou tratado) nos v. 4-8: proclamação dos atos salvíficos de Deus (v. 4), formulação das condições da aliança (v. 5,6), resposta do outro partícipe da aliança (v. 7,8). Conforme a introdução ao cap. 20. v. 5. meu tesouro pessoal: usado várias vezes em referência a tesouros do rei (lCr 29.3; Ec 2:8). É a palavra traduzida por “jóias” na 5A em Ml 3:17. Embora toda a terra seja minha: “monoteísmo implícito” (Stalker). Reivindicações grandes e sublimes eram feitas em nome dos deuses da Babilônia e da Assíria, mas os deuses não podiam se elevar acima dos sucessos militares dos seus devotos. Em contraste a isso, o Deus de Israel nunca foi mais soberano do que quando o seu povo estava exilado e desalojado da sua terra. v. 6. um reino de sacerdotes: a expressão é única no AT, mas conforme Is 61:6. A idéia não era que houvesse uma casta sacerdotal entre o povo; em vez disso, todo o povo deveria usufruir de privilégios sacerdotais e ao mesmo tempo cumprir uma função sacerdotal em relação aos outros povos. No NT, 1Pe 2:9 aplica esse termo à igreja, o “novo Israel” (conforme Ap 1:6; Ap 5:10; Ap 20:6).

    v. 9. confiar sempre em você: conforme 14.31. O v. 9b é quase igual ao v. 8b. v. 10. lavar. conforme as medidas de purificação aplicadas pelos levitas antes de se apresentarem ao Senhor (Nu 8:21). v. 11. Deus somente apareceu no monte Sinai; ele não habitava lá da forma em que os deuses de Safon e do Olimpo o faziam (conforme comentário do v. 3). v. 12,13. As regras eram necessárias em virtude do efeito de contágio da “santidade” da montanha; poderia ser contraída até indiretamente (v. 13). v. 15. Relações entre marido e mulher poderiam desqualificar uma pessoa de participar dos ritos sagrados (conforme 1Sm 21:5). O v. 16 retrata a teofania em termos de um temporal. Visto que o v. 18 parece referir-se a uma erupção vulcânica, tem-se argumentado com freqüên-cia que duas tradições distintas da teofania foram combinadas para produzir o presente relato. As duas idéias não são mutuamente excludentes, sendo ambas em grande parte representações convencionais da presença divina, v. 21. A advertência é repetida no v. 24 (conforme v. 12,13) para transmitir a necessidade absoluta de que todos se mantivessem nos limites demarcados, v. 22. sacerdotes'. seria de admirar se os israelitas não tivessem tido nenhum tipo de oficial religioso antes da consagração dos “sacerdotes levitas”. O termo talvez até seja usado de forma prolép-tíca em relação a Arão, Nadabe e Abiú, em consideração à sua indicação posterior para o sacerdócio (28.1; conforme 24.1,2,9ss). Em 24.5, “jovens” são instruídos a oferecer sacrifícios relacionados à cerimônia da aliança, fulminará'. conforme 2Sm 6:0, mas lá as versões antigas vêm para socorrer o texto.)


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Êxodo Capítulo 19 do versículo 1 até o 38

    II. Israel no Sinai. 19:1 - 40:38.

    O ano da peregrinação ao Sinai teve dois resultados:
    1) Israel recebeu a Lei de Deus e foi instruída nos caminhos de Deus; e
    2) a multidão que escapou do Egito foi unificada, dando começo a uma nação. Este período é da maior importância para compreendermos a vontade e o propósito de Deus conforme revelado no restante do V.T. Este é o ponto central do que tão freqüentemente as Escrituras chamam de "a Lei". O registro da viagem ao Sinai e a doação da Lei ali, ocupam não só o restante do Êxodo, mas também o livro do Levítico e os primeiros capítulos de Números.

    A hipótese de Graf-Wellhausen, promulgada no século dezenove, que negou até mesmo a existência de um Tabernáculo, fez destas leis um simples reflexo dos costumes de séculos posteriores. Na primeira metade deste século temos um reverso desta filosofia, de modo que agora praticamente todos os mestres estão prontos a admitir que a estrutura e o coração da Lei são mosaicos. Críticos ainda insistem que a Lei, como nós a conhecemos aqui, foi modificada a partir do original e consideravelmente criticada em séculos posteriores. Embora não seja de todo impossível que conceitos e ordenanças fossem incluídos mais tarde, aqueles que consideram a Lei como uma revelação de Deus, aceitam-na na sua forma presente como sendo substancialmente aquilo que Moisés recebeu. Mesmo os críticos que negam isto teoricamente, acham que é difícil decidir qual das ordenanças teriam sido posteriormente acrescentadas.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Êxodo Capítulo 19 do versículo 1 até o 25
    V. A ENTREGA DA LEI, NO SINAI (Êx 19:1-24.18)

    a) Preparação para a recepção da lei do concerto (Êx 19:1-25)

    Moisés relembrou a promessa de Êx 3:12 e, sob orientação de Deus, levou o povo ao monte (2), no qual ele mesmo subiu (3) na expectativa de receber uma revelação especial. Deserto de Sinai (1) é a vasta região defronte do monte. O Sinai tem sido identificado como o Jebel Musa. Do monte (3). Provavelmente do meio da coluna de nuvem, que então descansava sobre o monte; conf. versículo 9. Sobre asas de águias (4). Ver Dt 32:11-5. Uma frase que expressa o terno cuidado de Deus por Seu povo, livrando-o de seus inimigos. Vos trouxe a mim (4). Para longe da influência pervertedora do Egito e para o conhecimento e a adoração do verdadeiro Deus.

    >Êx 19:5

    Minha propriedade peculiar (5). Em heb., segullah, que é traduzida em 1Cr 29:3 como "o ouro e a prata particular", aquilo que alguém tornou sua propriedade especial por meio de compra ou de outro esforço. Ver Dt 7:6 nota. Essa tornou-se uma freqüente designação de Israel, e então também da Igreja Cristã. Conf. Tt 2:14; 1Pe 2:9. Dando a Israel um lugar especial, em Seus propósitos, por causa disso Deus não rejeitou o resto de todos os outros povos, pois tudo é possessão Sua. Um reino sacerdotal (6). Mediante 1Pe 2:9 e Ap 1:6 compreendemos que pelo termo "reino" ficou entendido que cada pessoa em Israel deveria ser dotada de prerrogativas reais, sob um Soberano, o Senhor. Cada qual tinha igual privilégio de acesso a Deus, como sacerdotes, mas isso não evitava a nomeação de sacerdotes oficiais para os deveres do tabernáculo. Pela palavra "sacerdotal" talvez também ficasse subentendido que Israel devia agir como mediadora para conduzir as outras nações a Deus. Povo santo (6), isto é, separado das outras nações pelo fato de estar devotado ao Senhor, que é santo. Conf. Lv 11:44; 1Pe 1:16.

    >Êx 19:7

    Expôs diante deles... (7). Pelo lado humano, o concerto entre o Senhor e Israel estava baseado no consentimento voluntário do povo inteiro. Não lhes foi imposto. Para que o povo ouça (9). O próprio povo deveria tanto ver a manifestação da presença de Deus, na nuvem, como ouvir a Sua voz, a fim de que recebesse uma impressão duradoura e direta sobre a majestade do Senhor, e também a fim de que a lei que Moisés estava prestes a transmitir viesse como resultado de uma comunicação imediata da parte do próprio Deus.

    >Êx 19:10

    Santifica-os (10). A infinita santidade de Deus também deveria impressionar o povo mediante duas coisas. Primeira, a própria santificação deles: as ordenanças exteriores de lavagem de seus corpos e de suas vestes, e a abstinência de contacto sexual (conf. 1Co 7:5), simbolizavam a santidade interior sem a qual nenhum homem pode ver a Deus. Segunda, havia a cerca que os impediria, mesmo santificados, de tocarem no monte enquanto ele servisse de "santo dos santos", ou seja, o local da presença imediata de Deus (12). Diante dos olhos de todo o povo (11). Contudo, tudo quanto podiam suportar ver era a nuvem espessa que circundava a inaproximável glória de Deus (9). Tocará nele (13). "Nele", aqui, se refere ao homem ou animal que ultrapassasse o limite. Pondo as mãos sobre o tal, teriam de tocar na montanha. Portanto, o homem ou animal deveriam ser mortos à distância, com pedras ou flechas. A buzina (13). Esse era o sinal para Moisés e Aarão subirem ao monte (24). Uma chamada por meio de trombeta é o prelúdio normal de uma proclamação especial, particularmente de uma proclamação real. Aquele sonido particularmente terrível de buzina (16,19), acompanhado como foi por fenômenos sobrenaturais espantosos, anunciou uma manifestação divina, igualada em seu aspecto de efeito cataclísmico somente pela aparição do Senhor, no último dia. Conf. 1Ts 4:16; 1Co 15:52. Todo o monte de Sinai fumegava (18). Não se tratava meramente de nuvens com aparência de fumaça, mas da fumaça do fogo com o qual toda a montanha queimava. Ver Dt 4:12 nota.

    >Êx 19:21

    Desce... (21). O Senhor, tendo chamado Moisés até o alto da montanha, mandou-o novamente descer, para repetir de modo ainda mais enfático a advertência para que ninguém ultrapassasse as barreiras que tinham sido erigidas, a fim de olhar mais de perto o monte. Moisés disse que a repetição dessa ordem era desnecessária (23), mas Deus conhecia a intenção do povo, especialmente dos sacerdotes, que tinham a tendência de julgar-se mais santos que o resto; e Moisés obedeceu (25). Os sacerdotes (22). O sacerdócio levítico ainda não tinha sido instituído, mas certos indivíduos, provavelmente os primogênitos, tinham sido nomeados para os deveres sacerdotais; ver Êx 24:5.


    Dicionário

    Acontecer

    verbo transitivo indireto e intransitivo Ocorrer; ser ou se tornar real (num tempo ou espaço), casualmente ou como efeito de uma ação, de modo a alterar o sentido e afetar algo ou alguém: o evento acontecia na varanda do prédio; o amor simplesmente aconteceu.
    verbo intransitivo Dar-se uma situação ruim ou imprevisível: vai bebendo deste jeito e nem imagina o que vai te acontecer!
    Figurado Chamar a atenção ou ser alvo da atenção alheia; inspirar admiração ou ter sucesso: ele vivia querendo acontecer, mas não conseguia.
    Etimologia (origem da palavra acontecer). Do latim contigescere; contingere.

    suceder, ocorrer, dar-se, passar-se. – Quanto aos três primeiros, diz Bruns.: “Acontecer é termo genérico, aplicável a qualquer fato, previsto ou imprevisto, importante ou não. Geralmente, acontecer não relaciona o fato com outro anterior nem o atribui a determinada causa; não obstante, como termo genérico, não há dúvida que em tais casos seja bem empregado: aconteceu o que tínhamos previsto; aconteceu um desastre.” – Suceder é o mesmo que acontecer, mas encerra ideia de causa anterior. Dizendo – “aconteceu uma desgraça” – referimo-nos à desgraça em si, sem outra ideia acessória; dizendo “sucedeu uma desgraça” – apresentamos o fato como consequência de tal ou tal existência: “na perfuração dos túneis sucedem desgraças amiúde...” Ocorrer é o mesmo que suceder ou acontecer; emprega-se, porém, quando se quer dar a entender que do que sucede ou acontece se origina alguma consequência... – Dar-se é, aqui, um verbo que em todos os casos poderia substituir a qualquer dos três primeiros, significando o mesmo que acontecer, ou suceder, ou ocorrer. Dão-se às vezes desgraças que surpreendem os mais fortes ânimos. Deram-se acontecimentos extraordinários em Lisboa. Dizem que se deram naquele momento sucessos imprevistos. As ocorrências que se dão diariamente já não impressionam. – Passar-se está quase no mesmo caso: não é, porém, tão extensivo, e é de predicação mais precisa. Decerto que se não poderia dizer: “Passou-se uma catástrofe; passar-se-ia um desastre se não fora a nossa prudência”.

    Amanhecer

    verbo intransitivo Raiar, surgir o dia.
    Acordar, despertar: amanheci alegre.
    Estar ou encontrar-se ao romper do dia: amanhecemos na cidade.

    Arraial

    Acampamento

    Arraial ACAMPAMENTO (Ex 16:13).

    arraial s. .M 1. Acampamento de militares. 2. Pequena aldeia.

    Buzina

    Buzina TROMBETA (Ex 19:16, RC).

    buzina s. f. 1. Instrumento feito de chifre de boi, ou de outro material, usado na caça para orientar os cães. 2. Porta-voz. 3. Instrumento de carros motorizados para sinais acústicos de advertência. adj. Colérico, raivoso.

    Dia

    substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
    Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
    As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
    Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
    Época atual; atualidade: as notícias do dia.
    Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
    Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
    Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.

    substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
    Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
    As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
    Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
    Época atual; atualidade: as notícias do dia.
    Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
    Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
    Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.

    substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
    Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
    As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
    Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
    Época atual; atualidade: as notícias do dia.
    Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
    Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
    Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.

    substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
    Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
    As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
    Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
    Época atual; atualidade: as notícias do dia.
    Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
    Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
    Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.

    o ‘calor do dia’ (Mt 20:12) significa o tempo das nove horas, quando no oriente o sol resplandece vivamente no Céu. ‘Pela viração do dia’ (Gn 3:8) é justamente antes do sol posto. Antes do cativeiro, os judeus dividiam a noite em três vigílias: a primeira vigília durava até à meia-noite (Lm 2:19), a média ia da meia-noite até ao cantar do galo (Jz 7:19), e a da manhã prolongava-se até ao nascer do sol (Êx 14:24). No N.T., porém, há referências a quatro vigílias, divisão que os judeus receberam dos gregos e romanos: a primeira desde o crepúsculo até às nove horas (Mc 11:11Jo 20:19) – a segunda, desde as nove horas até à meia-noite (Mc 13:35) – a terceira, desde a meia-noite até às três da manhã (Mc 13:35) – e a quarta, desde as três horas até ao romper do dia (Jo 18:28). o dia achava-se dividido em doze partes (Jo 11:9). A hora terceira, a sexta, e a nona, eram consagradas à oração (Dn 6:10, At 2:15, e 3.1). Parte de um dia era equivalente nos cálculos ao dia todo (Mt 12:40). os judeus não tinham nomes especiais para os dias da semana, mas contavam-nos desde o sábado. Usa-se, também, a palavra ‘dia’, como significando dia de festa (os 7:5), e dia de ruína (18:20, e os 1:11). Deve ser notado que no cálculo da duração de um reinado, por exemplo, conta-se uma pequena parte do ano por um ano completo. E assim se um rei subia ao trono no último dia do ano, o dia seguinte era o princípio do segundo ano do seu reinado. (*veja Cronologia, Tempo, Ano.)

    Entre os índios e em geral no Oriente, a palavra que trasladamos por dia tem uma significação primitiva, que corresponde exatamente ao termo caldeu sare, revolução.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - O Velho Testamento

    [...] todo dia é também oportunidade de recomeçar, reaprender, instruir ou reerguer.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

    Cada dia é oportunidade de ascensão ao melhor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 58

    [...] cada dia é um ramo de bênçãos que o Senhor nos concede para nosso aperfeiçoamento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    No livro da existência, cada dia é uma página em branco que confiarás ao tempo, gravada com teus atos, palavras e pensamentos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada dia é nova oportunidade de orar, de servir e semear. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada dia é desafio sereno da Natureza, constrangendo-nos docemente à procura de amor e sabedoria, paz e elevação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada dia é a oportunidade desvendada à vitória pessoal, em cuja preparação falamos seguidamente de nós, perdendo-lhe o valor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada dia é um país de vinte e quatro províncias. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada dia é oportunidade de realizar o melhor. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] o dia que deixas passar, vazio e inútil, é, realmente, um tesouro perdido que não mais voltará.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Diante do tempo

    O dia e a noite constituem, para o homem, uma folha do livro da vida. A maior parte das vezes, a criatura escreve sozinha a página diária, com a tinta dos sentimentos que lhe são próprios, nas palavras, pensamentos, intenções e atos, e no verso, isto é, na reflexão noturna, ajudamo-la a retificar as lições e acertar as experiências, quando o Senhor no-lo permite.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Os Mensageiros• Pelo Espírito André Luiz• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 41

    [...] Cada dia é uma página que preencherás com as próprias mãos, no aprendizado imprescindível. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 31

    [...] O dia constitui o ensejo de concretizar as intenções que a matinal vigília nos sugere e que à noite balanceamos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1, cap• 6


    Dia
    1) Período de 24 horas (Rm 8:36;
    v. HORAS).


    2) Tempo em que a terra está clara (Rm 13:12).


    3) O tempo de vida (Ex 20:12).


    4) Tempos (Fp 5:16, plural).


    Dia O oposto à noite, à qual segue (Lc 21:37; Jo 9:4). Também espaço temporal de 24 horas. Os romanos contavam o dia de meia-noite a meia-noite — prática que perdura entre nós —, enquanto os judeus contemporâneos de Jesus iniciavam o dia com o surgimento da lua, concluindo-o no dia seguinte pela tarde. Para designar um dia completo, costumava-se empregar a expressão “noite e dia” (Mc 4:27; 5,5; Lc 2:37).

    Espessa

    adjetivo Com espessura grossa; que é resistente; consistente: mesa espessa.
    Cujas partes estão muito unidas; densa, compacta: nuvem espessa.
    Que está fechada; cerrada: mata espessa.
    Em grande quantidade; volumosa, pesada, farta: floresta espessa.
    Desprovida de claridade; opaca: noite espessa.
    Que age com descortesia; grossa, descortês.
    Etimologia (origem da palavra espessa). Feminino de espesso; do latim spissus.a.um.

    Estremecer

    verbo transitivo Fazer tremer; abalar, sacudir.
    Causar medo a; assustar.
    Amar enternecidamente.
    verbo intransitivo Tremer, súbita e repentinamente, por medo, emoção, surpresa etc.: estremeceu ao saber a verdade.

    Forte

    adjetivo Que possui força; que é resistente e vigoroso.
    Musculoso; cujos músculos são bem desenvolvidos: é um homem forte.
    Por Extensão Gordo; de corpo rechonchudo: criança forte.
    Figurado Resistente; em que há firmeza e resistência: pernas fortes.
    Corajoso; que não demonstra medo diante de situações difíceis: minha mãe é muito forte.
    Duro; que não estraga com facilidade: telhado forte.
    Entusiasmado; em que há intensidade, calor ou vigor: um abraço forte.
    Convincente ou valoroso; de valor reconhecido: opinião forte; gênio forte.
    Estável; cujas bases são firmes: Estado forte.
    Que tem talento ou vocação para: é forte em ciências.
    De cheiro ou sabor intenso: essência forte; condimento forte.
    Com alto teor alcoólico: bebida forte.
    Financeiramente estável: moeda forte.
    Pesado; diz-se do que contém temas adultos: filme forte.
    substantivo masculino Fortaleza; construção feita para defender uma cidade, região.
    substantivo masculino e feminino Pessoa corajosa: este jogo é para os fortes.
    advérbio De maneira intensa e vigorosa; vigorosamente: bateu forte o carro.
    Etimologia (origem da palavra forte). Do latim fortis.e.

    Forte – é o que sabe esperar no trabalho pacífico.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Agenda cristã• Pelo Espírito André Luiz• 42a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16


    Maneira

    substantivo feminino Modo ou método particular de fazer alguma coisa; jeito.
    Caráter pessoal que o artista atribuí à sua obra.
    Abertura lateral ou posterior das saias, permitindo que elas passem pelos ombros ou pelos quadris.
    Aparência externa; feição.
    substantivo feminino plural Modos corteses, educados de proceder ou de falar em sociedade; compostura e afabilidade no trato: boas maneiras.
    locução prepositiva À maneira de. Do mesmo modo que: ele filmou os acontecimentos à maneira de uma câmera fotográfica.
    locução conjuntiva De maneira que. Do modo como: podemos esculpir essa massa da maneira que quisermos.
    Etimologia (origem da palavra maneira). Do latim manaria, manuaria; feminino de manuarius.a.um.

    Monte

    substantivo masculino Relevo de importância muito variável: o monte Evereste eleva-se a 8.848.
    substantivo masculino Forma estrutural de uma região, que corresponde à camada dura de um anticlinal.
    Serra, cordilheira, montanha.
    Terra alta com arvoredos, matos, pastos etc.
    Figurado Quantidade de quaisquer coisas em forma de monte.
    Grupo, ajuntamento.
    Grande volume, grande quantidade.
    O bolo ou resultado das entradas de cada parceiro de um jogo.
    O total dos bens de uma herança.
    Figurado A porção de bens móveis e imóveis que em um inventário cabe em partilha a cada herdeiro; quinhão, lote.
    Jogo de azar em que o banqueiro coloca na mesa, tirando-as do baralho, quatro cartas para se apostar numas contra as outras, ganhando os parceiros que apostarem nas que primeiro saírem.
    Monte de Vênus, proeminência arredondada na sínfise pubiana da mulher.
    Monte de ouro, soma considerável de dinheiro.
    Correr montes e vales, andar longamente, sem destino.

    Monte Grande massa de terra que se eleva acima do terreno que está à sua volta. Os montes mencionados mais vezes nas Escrituras são os seguintes: ABARIM, ARARATE, BASÃ, CALVÁRIO ou Gólgota, CARMELO, EBAL, EFRAIM, GERIZIM, GILBOA, GILEADE, HERMOM, HOR, LÍBANOS, MORIÁ, NEBO, OLIVEIRAS, Perazim (Baal-Perazim), PISGA, SEIR, SIÃO, SINAI ou Horebe, TABOR. Outros montes: Efrom (Js 15:9), Halaque (Js 11:17, RA; RC, Calvo), Jearim (Js 15:10), Sefar (Gn 10:30), Salmom (Jz 9:48), Zemaraim (2Cr 13:4).

    =======================

    O MONTE

    V. MONTE SIÃO (Ez 17:23).


    Mui

    advérbio Antigo Em grande quantidade; muito: mui tardiamente.
    Gramática Forma apocopada de muito.
    Etimologia (origem da palavra mui). Forma derivada de muito.

    Nuvem

    substantivo feminino Conjunto de partículas de água muito finas, mantidas em suspensão pelos movimentos verticais do ar.
    Figurado Grande multidão: nuvens de setas voavam.
    Figurado O que perturba, empana.

    Nuvem Um conjunto de partículas de água ou de fumaça que se pode ver no ar (Gn 9:13; Lv 16:13; Jz 20:38). Às vezes uma nuvem era o símbolo visível da presença de Deus com seu povo, principalmente em relação ao TABERNÁCULO e ao TEMPLO (Ex 13:21; 34.5; 40:34-38; 1Rs 8:10).

    Povo

    substantivo masculino Conjunto das pessoas que vivem em sociedade, compartilham a mesma língua, possuem os mesmos hábitos, tradições, e estão sujeitas às mesmas leis.
    Conjunto de indivíduos que constituem uma nação.
    Reunião das pessoas que habitam uma região, cidade, vila ou aldeia.
    Conjunto de pessoas que, embora não habitem o mesmo lugar, possuem características em comum (origem, religião etc.).
    Conjunto dos cidadãos de um país em relação aos governantes.
    Conjunto de pessoas que compõem a classe mais pobre de uma sociedade; plebe.
    Pequena aldeia; lugarejo, aldeia, vila: um povo.
    Público, considerado em seu conjunto.
    Quantidade excessiva de gente; multidão.
    [Popular] Quem faz parte da família ou é considerado dessa forma: cheguei e trouxe meu povo!
    substantivo masculino plural Conjunto de países, falando em relação à maioria deles: os povos sul-americanos sofreram com as invasões europeias.
    Designação da raça humana, de todas as pessoas: esperamos que os povos se juntem para melhorar o planeta.
    Etimologia (origem da palavra povo). Do latim populus, i “povo”.

    Sonido

    substantivo masculino Som, rumor, ruído.

    Sonido CLANGOR (Ex 28:35).

    Terceiro

    numeral Ordinal de três; aquele que em ordem se segue ao segundo: terceiro filho.
    Qualificativo da pessoa gramatical de quem se fala.
    Terceiro Mundo, conjunto de países pouco desenvolvidos economicamente, que não pertencem nem ao grupo dos Estados industrializados de economia liberal, nem ao grupo dos de tipo socialista.
    Terceira via, terceira cópia de um documento original.
    Religião católica Ordem Terceira, associação de fiéis que, embora vivendo no mundo, se filiam a uma ordem religiosa.
    substantivo masculino Estranho, ou simplesmente uma terceira pessoa: mostrar-se discreto na presença de terceiros.
    Medianeiro, intercessor: recorreu à influência de terceiro junto ao ministro.
    Lógica Princípio da exclusão do terceiro, princípio que enuncia: "de duas proposições contraditórias, se uma é verdadeira, a outra é fatalmente falsa" (não existe outra possibilidade).
    substantivo masculino plural Outras pessoas.
    [Direito] Pessoas ou entidades que, não sendo parte direta numa causa ou processo, podem ter interesses ligados aos que ali estão em jogo.

    terceiro nu.M Ordinal correspondente a três. S. .M 1. Terceira pessoa. 2. O que ocupa o terceiro lugar. 3. Intercessor, medianeiro, alcoviteiro. 4. dir. Pessoa estranha à formação de certo ato jurídico ou contrato. 5. Agr. Parceiro, na parceria agrícola à terça. S. .M pl. Outras pessoas.

    Trovoar

    verbo intransitivo O mesmo que trovejar.

    trovoar
    v. Trovejar.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Êxodo 19: 16 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E aconteceu que, ao terceiro dia, ao amanhecer, houve trovões e relâmpagos sobre o monte, e uma espessa nuvem, e um sonido de buzina mui forte, de maneira que estremeceu todo o povo que estava no arraial.
    Êxodo 19: 16 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1446 a.C.
    H1242
    bôqer
    בֹּקֶר
    a manhã
    (the morning)
    Substantivo
    H1300
    bârâq
    בָּרָק
    relâmpago
    (and lightnings)
    Substantivo
    H1961
    hâyâh
    הָיָה
    era
    (was)
    Verbo
    H2022
    har
    הַר
    as montanhas
    (the mountains)
    Substantivo
    H2389
    châzâq
    חָזָק
    forte, robusto, poderoso
    (mighty)
    Adjetivo
    H2729
    chârad
    חָרַד
    tremer, estremecer, mover-se, estar com medo, estar assustado, estar apavorado
    (And trembled)
    Verbo
    H3117
    yôwm
    יֹום
    dia
    (Day)
    Substantivo
    H3515
    kâbêd
    כָּבֵד
    pesado, grande
    ([was] grievous)
    Adjetivo
    H3605
    kôl
    כֹּל
    cada / todo
    (every)
    Substantivo
    H3966
    mᵉʼôd
    מְאֹד
    muito
    (very)
    Adjetivo
    H4264
    machăneh
    מַחֲנֶה
    O campo
    (The camp)
    Substantivo
    H5921
    ʻal
    עַל
    sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
    ([was] on)
    Prepostos
    H5971
    ʻam
    עַם
    as pessoas
    (the people)
    Substantivo
    H6051
    ʻânân
    עָנָן
    nuvem, nublado, nuvens
    (in the cloud)
    Substantivo
    H6963
    qôwl
    קֹול
    a voz
    (the voice)
    Substantivo
    H7782
    shôwphâr
    שֹׁופָר
    ()
    H7992
    shᵉlîyshîy
    שְׁלִישִׁי
    terceiro, um terço, terça parte, terceira vez
    (the third)
    Adjetivo
    H834
    ʼăsher
    אֲשֶׁר
    que
    (which)
    Partícula


    בֹּקֶר


    (H1242)
    bôqer (bo'-ker)

    01242 בקר boqer

    procedente de 1239; DITAT - 274c; n m

    1. manhã, romper do dia
      1. manhã
        1. referindo-se ao fim da noite
        2. referindo-se à chegada da aurora
        3. referindo-se ao início do nascer do sol
        4. referindo-se ai início do dia
        5. referindo-se a grande alegria depois de uma noite de sofrimento (fig.)
      2. amanhã, próximo dia, próxima manhã

    בָּרָק


    (H1300)
    bârâq (baw-rawk')

    01300 ברק baraq

    procedente de 1299; DITAT - 287a; n m

    1. relâmpago
      1. relâmpagos, raios
      2. referindo-se à uma espada reluzente (fig.)

    הָיָה


    (H1961)
    hâyâh (haw-yaw)

    01961 היה hayah

    uma raiz primitiva [veja 1933]; DITAT - 491; v

    1. ser, tornar-se, vir a ser, existir, acontecer
      1. (Qal)
        1. ——
          1. acontecer, sair, ocorrer, tomar lugar, acontecer, vir a ser
          2. vir a acontecer, acontecer
        2. vir a existir, tornar-se
          1. erguer-se, aparecer, vir
          2. tornar-se
            1. tornar-se
            2. tornar-se como
            3. ser instituído, ser estabelecido
        3. ser, estar
          1. existir, estar em existência
          2. ficar, permanecer, continuar (com referência a lugar ou tempo)
          3. estar, ficar, estar em, estar situado (com referência a localidade)
          4. acompanhar, estar com
      2. (Nifal)
        1. ocorrer, vir a acontecer, ser feito, ser trazido
        2. estar pronto, estar concluído, ter ido

    הַר


    (H2022)
    har (har)

    02022 הר har

    uma forma contrata de 2042, grego 717 Αρμαγεδων; DITAT - 517a; n m

    1. outeiro, montanha, território montanhoso, monte

    חָזָק


    (H2389)
    châzâq (khaw-zawk')

    02389 חזק chazaq

    procedente de 2388; DITAT - 636a; adj

    1. forte, robusto, poderoso
      1. forte
        1. severo, violento, quente
        2. firme, duro
      2. uma pessoa forte (substantivo)

    חָרַד


    (H2729)
    chârad (khaw-rad')

    02729 חרד charad

    uma raiz primitiva; DITAT - 735; v

    1. tremer, estremecer, mover-se, estar com medo, estar assustado, estar apavorado
      1. (Qal)
        1. tremer, estremecer (referindo-se a uma montanha)
        2. tremer (referindo-se a pessoas)
        3. ser extremamente cuidadoso
        4. ir ou vir tremendo (com prep)
      2. (Hifil)
        1. fazer tremer
        2. guiar em terror, derrotar (um exército)

    יֹום


    (H3117)
    yôwm (yome)

    03117 יום yowm

    procedente de uma raiz não utilizada significando ser quente; DITAT - 852; n m

    1. dia, tempo, ano
      1. dia (em oposição a noite)
      2. dia (período de 24 horas)
        1. como determinado pela tarde e pela manhã em Gênesis 1
        2. como uma divisão de tempo
          1. um dia de trabalho, jornada de um dia
      3. dias, período de vida (pl.)
      4. tempo, período (geral)
      5. ano
      6. referências temporais
        1. hoje
        2. ontem
        3. amanhã

    כָּבֵד


    (H3515)
    kâbêd (kaw-bade')

    03515 כבד kabed

    procedente de 3513; DITAT - 943a; adj

    1. pesado, grande
      1. pesado
      2. maciço, abundante, numeroso
      3. pesado, insensível
      4. duro, difícil, pesado
      5. muito opressivo, numeroso, rico

    כֹּל


    (H3605)
    kôl (kole)

    03605 כל kol ou (Jr 33:8) כול kowl

    procedente de 3634; DITAT - 985a; n m

    1. todo, a totalidade
      1. todo, a totalidade de
      2. qualquer, cada, tudo, todo
      3. totalidade, tudo

    מְאֹד


    (H3966)
    mᵉʼôd (meh-ode')

    03966 מאד m e ̂ od̀

    procedente da mesma raiz que 181; DITAT - 1134 adv

    1. extremamente, muito subst
    2. poder, força, abundância n m
    3. grande quantidade, força, abundância, extremamente
      1. força, poder
      2. extremamente, grandemente, muito (expressões idiomáticas mostrando magnitude ou grau)
        1. extremamente
        2. em abundância, em grau elevado, excessivamente
        3. com grande quantidade, grande quantidade

    מַחֲנֶה


    (H4264)
    machăneh (makh-an-eh')

    04264 מחנה machaneh

    procedente de 2583; DITAT - 690c; n m

    1. acampamento, arraial
      1. arraial, lugar de acampamento
      2. acampamento de um exército armado, acampamento dum exército
      3. aqueles que acampam, companhia, grupo de pessoas

    עַל


    (H5921)
    ʻal (al)

    05921 על ̀al

    via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

    1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
      1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
      2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
      3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
      4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
      5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
      6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
      7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
      8. para (como um dativo) conj
    2. por causa de, porque, enquanto não, embora

    עַם


    (H5971)
    ʻam (am)

    05971 עם ̀am

    procedente de 6004; DITAT - 1640a,1640e; n m

    1. nação, povo
      1. povo, nação
      2. pessoas, membros de um povo, compatriotas, patrícios
    2. parente, familiar

    עָנָן


    (H6051)
    ʻânân (aw-nawn')

    06051 ענן ̀anan

    de 6049; DITAT - 1655a; n m

    1. nuvem, nublado, nuvens
      1. nuvens (referindo-se a nuvem teofânica)
      2. nuvem

    קֹול


    (H6963)
    qôwl (kole)

    06963 קול qowl ou קל qol

    procedente de uma raiz não utilizada significando chamar em voz alta; DITAT - 1998a,2028b; n. m.

    1. voz, som, ruído
      1. voz
      2. som (de instrumento)
    2. leveza, frivolidade

    שֹׁופָר


    (H7782)
    shôwphâr (sho-far')

    07782 שופר showphar ou שׂפר shophar

    procedente de 8231 no sentido original de cortar; DITAT - 2449c; n. m.

    1. chifre, chifre de carneiro

    שְׁלִישִׁי


    (H7992)
    shᵉlîyshîy (shel-ee-shee')

    07992 שלישי sh eliyshiŷ

    ordinal procedente de 7969; DITAT - 2403b; adj

    1. terceiro, um terço, terça parte, terceira vez
      1. numeral ordinal

    אֲשֶׁר


    (H834)
    ʼăsher (ash-er')

    0834 אשר ’aher

    um pronome relativo primitivo (de cada gênero e número); DITAT - 184

    1. (part. relativa)
      1. o qual, a qual, os quais, as quais, quem
      2. aquilo que
    2. (conj)
      1. que (em orações objetivas)
      2. quando
      3. desde que
      4. como
      5. se (condicional)