Enciclopédia de Eclesiastes 7:16-16

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ec 7: 16

Versão Versículo
ARA Não sejas demasiadamente justo, nem exageradamente sábio; por que te destruirias a ti mesmo?
ARC Não sejas demasiadamente justo, nem demasiadamente sábio: porque te destruirias a ti mesmo?
TB Não sejas demasiadamente justo, nem excessivamente sábio; para que te destruirias a ti mesmo?
HSB אַל־ תְּהִ֤י צַדִּיק֙ הַרְבֵּ֔ה וְאַל־ תִּתְחַכַּ֖ם יוֹתֵ֑ר לָ֖מָּה תִּשּׁוֹמֵֽם׃
BKJ Não sejas demasiadamente justo, nem faça a si mesmo muito sábio; por que te destruirias a ti mesmo?
LTT Não sejas (aos teus próprios olhos) demasiadamente justo, nem te faças demasiadamente sábio; por que destruirias tu a ti mesmo?
BJ2 Não sejas demasiadamente justo e nem te tornes sábio demais: por que irias te destruir?
VULG Hæc quoque vidi in diebus vanitatis meæ : justus perit in justitia sua, et impius multo vivit tempore in malitia sua.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Eclesiastes 7:16

Gênesis 3:6 E, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela.
Jó 11:12 Mas o homem vão é falto de entendimento; sim, o homem nasce como a cria do jumento montês.
Jó 28:28 Mas disse ao homem: Eis que o temor do Senhor é a sabedoria, e apartar-se do mal é a inteligência.
Provérbios 23:4 Não te canses para enriqueceres; dá de mão à tua própria sabedoria.
Provérbios 25:16 Achaste mel? Come o que te basta; para que, porventura, não te fartes dele e o venhas a vomitar.
Eclesiastes 12:12 E, de mais disso, filho meu, atenta: não há limite para fazer livros, e o muito estudar enfado é da carne.
Mateus 6:1 Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles; aliás, não tereis galardão junto de vosso Pai, que está nos céus.
Mateus 9:14 Então, chegaram ao pé dele os discípulos de João, dizendo: Por que jejuamos nós, e os fariseus, muitas vezes, e os teus discípulos não jejuam?
Mateus 15:2 Por que transgridem os teus discípulos a tradição dos anciãos? Pois não lavam as mãos quando comem pão.
Mateus 23:5 E fazem todas as obras a fim de serem vistos pelos homens, pois trazem largos filactérios, e alargam as franjas das suas vestes,
Mateus 23:23 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer essas coisas e não omitir aquelas.
Mateus 23:29 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que edificais os sepulcros dos profetas e adornais os monumentos dos justos
Mateus 23:38 Eis que a vossa casa vos ficará deserta.
Lucas 18:12 Jejuo duas vezes na semana e dou os dízimos de tudo quanto possuo.
Romanos 10:2 Porque lhes dou testemunho de que têm zelo de Deus, mas não com entendimento.
Romanos 11:25 Porque não quero, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado.
Romanos 12:3 Porque, pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não saiba mais do que convém saber, mas que saiba com temperança, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um.
I Coríntios 3:18 Ninguém se engane a si mesmo: se alguém dentre vós se tem por sábio neste mundo, faça-se louco para ser sábio.
I Coríntios 3:20 E outra vez: O Senhor conhece os pensamentos dos sábios, que são vãos.
Filipenses 3:6 segundo o zelo, perseguidor da igreja; segundo a justiça que há na lei, irrepreensível.
Colossenses 2:18 Ninguém vos domine a seu bel-prazer, com pretexto de humildade e culto dos anjos, metendo-se em coisas que não viu; estando debalde inchado na sua carnal compreensão,
Colossenses 2:23 as quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum, senão para a satisfação da carne.
I Timóteo 4:3 proibindo o casamento e ordenando a abstinência dos manjares que Deus criou para os fiéis e para os que conhecem a verdade, a fim de usarem deles com ações de graças;
Tiago 3:13 Quem dentre vós é sábio e inteligente? Mostre, pelo seu bom trato, as suas obras em mansidão de sabedoria.
Apocalipse 18:19 E lançaram pó sobre a cabeça e clamaram, chorando, e lamentando, e dizendo: Ai! Ai daquela grande cidade, na qual todos os que tinham naus no mar se enriqueceram em razão da sua opulência! Porque numa hora foi assolada.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Eclesiastes Capítulo 7 do versículo 1 até o 29
B. SABEDORIA PRÁTICA EM UM MUNDO PECAMINOSO, 7:1-29

Este capítulo contém uma série de provérbios e outras breves observações. Eles es-tão ligados pelo tema comum que faz sentido para o nosso tipo de mundo. A série é evocada pela pergunta de 6.12: "o que é bom nesta vida para o homem [...] ?".

1. A Base para Escolhas Sábias (7:1-4)

O versículo 1 começa com um jogo de palavras no hebraico: Shem (nome) é melhor que shemen (ungüento). Trata-se de um conselho sábio que diz: se você quer ter uma vida útil, viva de forma tal que construa uma boa reputação. A oportunidade na vida freqüentemente depende da sua imagem na cabeça de seus parceiros e amigos. Muitas vezes no Oriente os homens usam perfume para se tornarem socialmente mais aceitos. Mas para aceitabilidade realmente significativa o bom nome (a boa fama) é melhor que ungüento.

O restante dessa seção ressalta que uma abordagem séria da vida é melhor que um estado de espírito alegre. A vida é mais um negócio do que uma festa. Adotar essa condu-ta leva às melhores decisões e à melhor reputação. O dia da morte, etc. (1) provavel-mente significa: É melhor visitar o desolado do que ir a uma festa de aniversário. Esta interpretação é apoiada pelo versículo 2: Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete. A morte é o fim de todos os homens — uma experiência que é comum a todos — e esse fato atribui uma perspectiva correta a muitas decisões. Por essa razão, os vivos irão prestar a atenção devida ao fato.

Melhor é a tristeza do que o riso (3) porque momentos de tristeza nos fazem pensar seriamente. "Nesses casos a maioria dos homens se coloca no tribunal de sua própria consciência, e opta pelo aperfeiçoamento da vida".6 A declaração porque com a tristeza do rosto se faz melhor o coração dá a entender que "um choro intenso alivia a revolta emocional" (Berkeley, nota de rodapé). Por causa desses fatos, aquele que é sábio é propenso à seriedade:

A mente dos sábios está na casa do luto,

mas a mente dos tolos, na casa da alegria (4, Smith-Goodspeed).

2. Algumas Armadilhas antes de chegar ao Julgamento Correto (7:5-10) Julgamentos confiáveis se baseiam em saber quais informações devem ser rejeitadas e quais aceitas. Aqui, o Pregador indica algumas coisas que uma pessoa sábia vai evitar. Esta passagem serve como explicação prática do tópico: "Conselhos Bíblicos a Pessoas

Sábias de Deus":

a) Não aceite conselho errado (7:5-6). Dê ouvidos a conselheiros confiáveis, mesmo quando seus conselhos doem. A repreensão do sábio (5) pode machucar momentanea-mente; mas se ele é sábio, ele nos repreendeu porque estávamos errados e precisávamos de correção. A canção do tolo pode significar ou a bajulação para evitar a verdade que machuca ou simplesmente opiniões irresponsáveis. Ambos são como o crepitar dos espinhos debaixo de uma panela (6) — talvez eles sejam luminosos e com aspecto interessante, mas não cozinham a comida.'

b) Não permita que o seu julgamento seja distorcido por circunstâncias irrelevantes (7.7).

Um homem pode tomar decisões erradas e falar coisas erradas por pressões emocio-nais. A respeito dos filhos de Israel lemos o seguinte: "Indignaram-no também junto às águas da contenda, de sorte que sucedeu mal a Moisés, por causa deles" (Si 106:32-33). Somos advertidos que a opressão "e a extorsão faz do sábio um tolo, e o suborno destrói o entendimento e o julgamento" (AT Amplificado).

  1. Não tome decisões com base em coisas incidentais (7.8a). Melhor é o fim das coisas do que o princípio delas, diz o pregador; tome suas decisões da perspectiva de propósitos e alvos básicos; não faça caso de reações incidentais anteriores.
  2. Não seja impaciente (7.8b). Altivo de coração aqui provavelmente significa ser precipitado porque alguém está com pressa. A paciência persistente resolve muitos problemas que não se solucionariam por pressão imediata. "É melhor esperar em si-lêncio o desenrolar de uma questão, e não julgar ou agir até que isso aconteça, do que proceder de maneira impulsiva e com uma precipitação impetuosa, e assim trazer más conseqüências sobre alguém".8
  3. Não fique irritado (7.9). Não te apresses [...] a irar-te. A ira sempre é inimiga do pensamento claro e do julgamento confiável. Apenas os tolos deixam que essa inimiga da alma destrua suas relações pessoais e suas reputações como pessoas responsáveis.

Matthew Henry comenta: "Não fique irado antes da hora [...] Não fique irado por muito tempo [...] Aquele que antes se considerava tão sábio não deve dar lugar ao Diabo, não deve deixar que o sol se ponha sobre a sua ira, Ef 4:26-27".'

f) Não reclame dos tempos (7.10). Reclamar de modo rabugento que os dias pas-sados [são] melhores do que estes está além da conduta do homem sábio. Em primeiro lugar, mesmo se for verdadeiro, isso nunca contribui muito para resolver os problemas de hoje. Além do mais, nunca com sabedoria isso perguntarias, por-que mais freqüentemente do que imaginamos temos fatos insuficientes para formar um julgamento adequado. No que diz respeito à decisão e ação: "O hoje nos pertence, somente o hoje".

  1. Busque a Sabedoria (7:11-12)

Talvez alguém discorde e se imagine desafiando o Pregador com esta pergunta: "Qual o valor da sabedoria sem o dinheiro?". O sábio disse de maneira geral que a sabedoria era melhor que a riqueza (Pv 16:16). Qoheleth declara:

A sabedoria é tão boa quanto a herança,

um grande benefício para a humanidade (11, Moffatt).

Os que vêem o sol se refere ao homem em sua existência terrena. Ambas, sabedo-ria (12) e dinheiro, possuem valor,

mas a sabedoria faz mais bem do que o dinheiro, é uma proteção para a vida do homem (Moffatt).

Clarke comenta: "O dinheiro é o recurso que serve de apoio para a nossa vida física: mas a sabedoria — a religião do Deus verdadeiro — dá vida aos que a possuem. O dinhei-ro não pode obter o favor de Deus, nem dar vida à alma"?'

  1. Confie em Deus (7:13-14)

É provável que esses dois versículos estejam ligados com os versículos 11:12 (cf. a divisão de parágrafos em algumas versões). Quanto à distribuição da riqueza, ele diz: Atenta para a obra de Deus. De acordo com a sua provisão, Ele coloca o dinheiro nas mãos de poucos, mas a sabedoria está ao alcance de todos. Aquilo que é torto não se pode endireitar é uma metáfora que revela a soberania de Deus (cf.1.15). Qualquer coisa que for dada por Ele, é sabedoria para o homem no dia da prosperidade, para que goze do bem (14) e no dia da adversidade, para que leve em consideração. A expressão para que o homem nada ache que tenha de vir depois dele significa: "para impedir que o homem saiba o que vai acontecer" (Moffatt).

"Deus entrelaça suas provisões, e encobre suas provisões, para que, incapazes de enxergar o futuro, possamos aprender a depositar nossa confiança nele em vez de em qualquer bem terreno [...] Por conseqüência, torna-se necessário ao homem [...] aceitar tanto o torto como o reto, o mal como o bem, da mão de Deus, e confiar nele em tudo quanto suceder".11

  1. Evite o Farisaísmo e a Perversidade (7:15-18)

O argumento dessa passagem dá suporte a um ponto de vista situado entre, por um lado, o legalismo moral e, por outro, a licenciosidade moral de propósito. Trata-se de um juramento a favor da sabedoria dentro de um julgamento ético. Qoheleth apresenta como premissa no versículo 15 que recompensas justas para os que praticam o bem ou o mal não são evidentes nesta vida: um justo [...] perece e um ímpio prolonga os seus dias. Os versículos 16:17 se referem aos que são "inflexivelmente devotos", aos dema-siadamente sábios e aos extremamente perversos. Já que o homem não tem a sabedoria de Deus ele é aconselhado a moderar seu julgamento e suas ações. Não sejas demasia-damente justo (16) se refere ao tipo de virtuosismo farisaico que nosso Senhor tanto condenou (cf. Mt 5:20; Lc 5:32).12 O demasiadamente sábio é aquele que aspira uma sabedoria absoluta que não tolera qualquer diferença de opiniões. Extremos desse tipo destroem a influência de alguém para o bem e são desagradáveis a Deus.

Acerca de não sejas demasiadamente ímpio (17) Clarke comenta: "Não multipli-que a maldade, não acrescente a oposição direta à religiosidade ao restante dos seus crimes. Por que você iria provocar a Deus para que este o destruísse antes da hora?".13

Depois de todos esses conselhos de precaução, Qoheleth reconhece que um homem precisa dar um passo à frente quanto ao certo e errado. Bom é que retenhas isso (18, retidão). Rankin explica o versículo 18c desta maneira: "Aquele que teme a Deus irá cumprir suas tarefas em qualquer circunstância ou 'irá preservar uma atitude digna' (Odeburg) perante todos os homens".14

  1. Seja Sábio, mas Lembre-se de que Você é Humano (7:19-20)

Estes versículos resumem e ajudam a fundamentar o seguinte argumento, i.e., a sabedoria é boa, mas nenhum homem é perfeito. A sabedoria fortalece o sábio (19) "mais do que [ele poderia ser fortalecido por] dez governadores ou generais corajosos que estão na cidade" (AT Amplificado). A tradução do versículo 20 na ARC dá a entender que existe base para a doutrina da necessidade de o homem pecar. Tal base não está presente no hebraico. Acerca de uma passagem paralela que vem dos lábios de Salomão em I Reis 8:46, Clarke escreve: "O original [...] ki yechetu loch [...] deveria ser traduzido por SE eles pecarem contra Ti [...] ki ein Adam asher lo yecheta, pois não existe nenhum homem que TALVEZ não peque, i.e., não existe [...] nenhum que não seja suscetível a transgredir".15 Além do mais, o termo peque talvez não se refira aqui ao pecado no sentido de "uma violação deliberada da vontade de Deus". Rankin interpreta o versículo assim: "Não existe um homem absolutamente bom, um homem sem nenhuma falta moral".16

  1. Ignore Críticas Injustas (7:21-22)

O conselho sábio aqui é: não se chateie por todas as coisas que você escuta; você pode ter certeza de que algumas pessoas vão criticar o que você diz e faz; apenas lembre isto: o teu coração também já confessou muitas vezes que tu amaldiçoaste a outros. "Examinemos quanta verdade existe nas fofocas a nosso respeito; examinemos a nós mesmos em vez de imitar os fofoqueiros" (Berkeley, nota de rodapé). Existe um grande encorajamento em lembrar o que a Bíblia reivindica a respeito de julgamentos injustos — "E o SENHOR o ouviu" (Nm 12:2). Se Ele ouviu, e se nós pertencemos a Ele, não precisa-mos nos preocupar a respeito disso.

  1. Lembre-se de que Você não é Onisciente (7:23-24)

Tudo isso (23) se refere às questões que acabaram de ser comentadas. Qoheleth tinha tentado sinceramente "ver a vida de maneira constante e na sua totalidade", mas ele foi obrigado a admitir suas limitações. Moffatt apresenta uma tradução criteriosa: "Eu achei que tinha me tornado sábio, mas a sabedoria permaneceu fora do meu alcance. A realidade está adiante de mim; é profunda, muito profunda, e ninguém pode colocar suas mãos no coração das coisas". O tema é lembrado novamente em 8:16-17 (cf. 11:7-8). "Ainda que a sabedoria que é essencial para a nossa salvação seja adquirida rapida-mente, por meio do ensino do Espírito da sabedoria, mesmo assim na própria sabedoria existem níveis e profundidades que ninguém consegue alcançar ou penetrar".17

  1. Lembre-se do Mal no Homem (7:25-29)

O autor nos lembra novamente da sua investigação meticulosa: Eu apliquei o meu coração para saber (25). Ainda que seja impossível examinar as profundezas da realidade definitiva (23-24), podemos saber com certeza que a impiedade é loucura, e os desvarios são doidice. O pior na maldade da vida Qoheleth encontra na mulher que usa seus encan-tos para escravizar um homem. Ela é mais amarga do que a morte, a mulher cujo coração são redes e laços, e cujas mãos são ataduras. O homem que for bom diante de Deus pode, com a ajuda dele, escapar; mas o pecador virá a ser preso por ela.

O autor não afirma que todas as mulheres são ruins (cf. 9.9), mas a porcentagem é alta! Conferindo uma [...] com a outra (27), ou, como nós diríamos, comparando duas a duas, ele chegou a essa conclusão. Ele encontrou um homem entre mil [...] mas uma mulher entre todas estas não achei (28). Mesmo que o próprio Salomão não seja o autor desse parágrafo, tanto a situação como a disposição do coração se encaixam com ele. Como sua avaliação das mulheres poderia ser diferente? As mil mulheres em sua vida (I Reis 11:1-4) eram apenas seus brinquedos e fantoches. Como elas poderiam reagir diferentemente do que usar seu poder de influência que tinham sobre ele? "Tiradas de sua dignidade natural e usadas para satisfazer as necessidades, condenadas a ser brinquedos, treinadas apenas para atender aos sentidos, por que se espantar se elas caíram de seu devido lugar e honra?"?

No versículo 29, o autor suaviza o seu castigo de alguma forma ao reconhecer que existe uma tendência ao mal tanto nos homens como nas mulheres — porém buscou muitas invenções para fazer o mal (AT Amplificado). Esta é uma das poucas afirma-ções encontradas na Bíblia quanto à inocência original do homem e sua queda subseqüente (cf. Berkeley, nota de rodapé).


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Eclesiastes Capítulo 7 do versículo 13 até o 18

13 21:7-18'>Ec 7:13-18

Atenta para as obras de Deus. Agora, o autor do versículo quase certamente é o filósofo pessimista. Ele volta à doutrina densa do determinismo absoluto, um mundo assim criado por Deus, a Causa Única. Todas as coisas foram determinadas por Deus, e tudo o que acontece a um homem sucede por necessidade, tanto o que é bom quanto o que é mau. Temos, aqui, o torcido e o reto, definições humanas das obras que Deus impõe aos homens. Ambas as possibilidades são inevitáveis, pelo que os homens simplesmente devem submeter-se e parar de queixar-se. “Tudo quanto ocorre foi predestinado, ninguém pode alterar nada, tendo em vista melhorar as coisas. VerEc 1:15a; Ec 3:15 ; Ec 6:10” (O. S. Rankin, in ioc.). Sua disposição é imutável (Ec 3:14). E se dissermos “é injusto” ou “é errado”, somente terminaremos com uma rebelião insensata. O autor não levou em consideração a possibilidade de causas secundárias que, por certo, nos trazem todas as espécies de coisas desagradáveis, bem distantes da vontade de Deus. Ele foi obrigado a chegar a más conclusões, porquanto suas premissas básicas eram más. Portanto, o mal se origina do mal, mas o filósofo disse que estava prestando um serviço a Deus e, repetindo a terrível doutrina de que Deus é a causa do mal, ele dizia somente a verdade.

Ec 3 muito se esforça por provar a armadilha de blasfemar contra Deus. Outro tanto faz o calvinismo radical, e ambos caem no ardil de blasfemar contra Deus. Não faz bem algum que essa tese equivocada fale sobre propósitos inescrutáveis, além da compreensão finita (cf.Ec 8:17 ). Sabemos que isso existe, mas também sabemos que qualquer doutrina sã, sobre a vontade de Deus, negará que Ele seja a causa do mal. Jarchi chegou a supor que nem mesmo no pós-vida uma coisa torta se endireitasse, porque o propósito condenador não respeita a divisão artificial entre a vida antes e depois da morte.

Ec 7:14

No dia da prosperidade goza do bem. Deus é um especialista nos opostos, conforme Ec 3:1

Tudo isto vi nos dias da minha vaidade. O triste e pessimista filósofo agora se opõe a uma das máximas mais comuns das escolas de sabedoria. Diz-se: “Sê bom e terás dinheiro e boas coisas. Sê mau e sofrerás adversidade e terminarás morrendo prematuramente”. Mas eu digo: “Minhas observações têm demonstrado que essa máxima está equivocada. Na verdade, com grande frequência, o oposto é que é a verdade. O homem bom enfrenta adversidades e morre ainda jovem; o homem mau continua pecando e corrompendo-se por todo o caminho e, no entanto, vive por longo tempo e tem muito dinheiro. Ambos morrem como animais e são reduzidos ao mesmo nada (Edesiastes Ec 3:18-20); portanto, onde está a famosa justiça na qual você continua a falar?” (Conforme Ec 8:14. Ver 2:10).

Nosso homem, em seu pessimismo, falou como o triste filósofo, queixando-se, em altas vozes, de que suas expectações, como homem bom, não se cumpriram. Ver Eclesiástico 21.7. Por que os homens sofrem, e por que sofrem conforme sofrem? Ver no Dicionário o artigo chamado Problema do Mal, quanto a algumas tentativas respostas. O trecho de Sl 1:3,Sl 1:4 contém as expectações piedosas do judaísmo comum, que muito frequentemente fracassam. Apelamos para um pós-vida, para resolver esse problema, e dizemos coisas que serão endireitadas ali. O louco filósofo, entretanto, não abria a porta da esperança. Antes, conservava os homens encerrados no desespero.

Ec 7:16

Não sejas demasiadamente justo, nem exageradamente sábio. Como o filósofo pode ter-nos advertido para não sermos por demais piedosos? Consideremos o cenário. Aqueles orgulhosos homens da escola de sabedoria continuavam proferindo, o dia inteiro, suas declarações santas. Além disso, continuavam estudando a lei para descobrir mais e mais detalhes, e usavam sua capacidade de escrever para ajuntar um número cada vez maior de declarações piedosas, máximas e regras para que os homens obedecessem. Eles conservavam suas classes e infeccionavam seus alunos com exagerada piedade, pois não pensavam em mais nada. Se eram sinceros acerca disso tudo, então eram insensatos sinceros, que tinham exagerado. Portanto, que o leitor não irrite essa piedade exagerada.

Além disso, os exageradamente piedosos também eram exageradamente sábios. Era somente nisso que pensavam, eram pessoas saturadas pela lei. Comiam e dormiam a lei. Os extremos de conduta podem levar um homem à morte prematura, e não afastá-lo dela. A palavra “destruirias”, da segunda parte desta afirmação, é paralela à palavra do vs. Ec 7:15, “perece", que se refere aos que perecem relativamente jovens. Alguns supõem que o autor sagrado estivesse advertindo contra o tipo farisaico de autor-retidão, e isso pode ser em parte verdadeiro, mas esta assertiva volta-se principalmente contra a falta de moderação, na qual ele via um poder prolongador da vida. Por outra parte, com um ponto de vista tão pessimista, de que lhe aproveitava prolongar tão miserável vida? O homem, pois, caiu em incoerência.

Ec 7:17

Não sejas demasiadamente perverso nem sejas louco. Agora o triste filósofo instrui os ímpios a ser moderadamente ímpios! Eles também não deveríam ser exageradamente ímpios; nem deveríam os insensatos ser exageradamente insensatos. Essas coisas também podem provocar a morte prematura. Foi Deus quem criou os ímpios e os justos; ambos são produtos de Deus, pelo que o oposto da bondade foi feito por Deus! O falso sábio, esse louco filósofo, convidou os homens a serem moderados dentro das condições estabelecidas por Deus.

Adam Clarke (in loc.) queixou-se de um sermão que ouviu de um erudito doutor, que levou esse texto a sério demais, e chocou os ouvintes ao pregar que essa declaração deveria ser posta em prática, Por outro lado, é estúpido distorcer c que esse filósofo pessimista dizia, tentando transformá-lo em um porta-voz da ortodoxia.

Seja como for, os mártires fiéis e os criminosos são sepultados no mesmo cemitério. Na Greyfriars1 Churchyard em Edimburgo, Escócia, há uma inscrição pessimista no sepulcro de um homem bom:

Ele jaz aqui misturado aos assassinos e outros homens semelhantes, aos quais a justiça perseguiu justamente até a morte.

De acordo com a avaliação do filósofo, isso é tudo quanto terminaram obtendo, os bons e os maus, igualmente.

Ec 7:18

Bom é que retenhas isto, e também daquilo não retires a tua mão, "O mundo tem um aspecto justo e outro injusto, e um homem simplesmente deve levar ambas as coisas em consideração, sabendo lidar com elas. Ele deve aceitar o mundo conforme o encontra’’ (O, S. Rankin, in loc.), porquanto esses opostos são criados por Deus. Ele é a Causa Única de todas as coisas. E como podería ser diferente? Assim seguia o raciocínio do filósofo, que continuava a promover seu determinismo pessimista. Todavia, até hoje, o calvinismo radical promove a mesma doutrina, mas até piora as coisas, porquanto estende essa situação até o mundo além-túmulo; e, mais ainda, já que ele é eterno e imutável! Sinto-me triste em dizê-lo, mas essa é uma doutrina insana, independentemente de quem a tenha ensinado.

A última linha é obscura, se tomarmos o versículo palavra por palavra. Mas a Mishnah nos ajuda neste particular. Estamos abordando uma expressão idiomática que não pode ser traduzida literalmente. O homem que teme a Deus "de tudo isto sai ileso", frase que significa: "cumprirá os seus deveres em qualquer caso”, Ele “preservará uma atitude digna” (Odeberg), realizando seu dever. Aplicará cautela e moderação em seus atos e não ficará ofendido por excessos (ilustrado nos vss. Ec 7:17-18). Mas John Gill (in loc.) afirma que a frase "de tudo isso sai ileso” significa “livre de excessos”.

O Temor de Deus. Podemos ter aqui uma menção ao tradicional lemor do Senhor”, que exprime a espiritualidade do Antigo Testamento, comentada em Pv 1:7 e Sl 119:38, bem como, no Dicionário, no artigo chamado Temor. Ou. então, podemos ter o terror do filósofo, comentado em Ec 3:14. Seja como for, o homem temente a Deus terminará cumprindo os seus deveres, se tratar com respeito os opostos da vida, determinados por Deus, e não praticar excessos.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Eclesiastes Capítulo 7 do versículo 1 até o 29
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7:1

dia da morte. Para os piedosos, a morte é "muito melhor" (Fp 1:23), porquanto vão estar com Cristo.

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7:2-4

casa onde há luto. Um funeral provê uma indispensável perspectiva para a condição terminal universal.

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7:7

a opressão... o suborno. Essas experiências comuns podem ameaçar desestabilizar uma condição espiritual em tudo o mais boa (4.1-3).

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7:9

a ira se abriga. Se não for dominada, a ira acesa pelas frustrações da vida leva à insensatez.

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7:11-12

A sabedoria... dá vida. A verdadeira sabedoria concede benefícios nesta vida (contrastar com 8.8) e na vida vindoura. Cristo é a sabedoria remidora de Deus (1Co 1:30), tornando a sabedoria acessível aos pecadores.

*

7.13-18 Tanto as ilusões humanas de perfeição nesta vida, quanto o entregar-se à iniquidade, têm Deus por adversário.

*

7:13

quem poderá endireitar. Os decretos de Deus não podem ser revertidos. A maldição do capítulo terceiro de Gênesis só será anulada na consumação.

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7:14

prosperidade... da adversidade. Deus decreta tanto uma quanto outra coisa.

para que o homem nada descubra. O futuro é desconhecido.

*

7:15

justo... perverso. A pergunta que fica implícita nesta observação é formulada em Jr 12:1: "Porque prospera o caminho dos perversos?" E é tratada ainda mais prolongadamente em Sl 37 e 73.

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7:16-17

Não sejas demasiadamente justo... Não sejas demasiadamente perverso. O orgulho pode mascarar-se como justiça, até em pequenas coisas; por outra parte, há um impulso para o desregramento que ultrapassa todas as regras normais da vida.

*

7:18

isto, e também daquilo. Um correto conhecimento de Deus livra aqueles que possuem esse conhecimento dos excessos destrutivos da auto-justiça e da iniqüidade.

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7:19

fortalece ao sábio. A sabedoria é poderosa e encorajadora.

*

7:20

Não há homem justo. Todos são culpados diante de Deus (Sl 14:3; 53:3).

*

7:22

muitas vezes. Somos transgressores múltiplos aos olhos de Deus.

*

7:24

quem o achará. Ninguém pode compreender totalmente o entendimento de Deus, que é qualitativamente diferente do conhecimento humano (8.16,17; 1Co 2:11).

*

7:29

Deus fez o homem reto. Deus criou Adão moralmente bom (Gn 1:31), mas agora todos os homens pecam (Rm 3:23; 5:12). Ver "A Queda", em Gn 3:14.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Eclesiastes Capítulo 7 do versículo 1 até o 29
7.1-4 Isto parece contradizer o conselho prévio do Salomão de comer, beber e encontrar satisfação no trabalho de um: desfrutar do que Deus nos deu. Temos que desfrutar do que temos enquanto possamos, mas sempre recordando que pode chegar a adversidade. A adversidade nos recorda que a vida é breve, ensina-nos a viver sabiamente e refina nosso caráter. O cristianismo e o judaísmo lhe dão certo valor ao sofrimento e à dor. Os gregos e os romanos menosprezavam a dor, as religiões orientais procuram viver por cima do mesmo, mas os cristãos e os judeus o vêem como fogo que refina. A maioria estará de acordo em que aprendemos mais a respeito de Deus nos tempos difíceis que nos momentos de felicidade. Trata você de fugir da dor e o sofrimento a toda costa? Veja a dor e as lutas como grandes oportunidades para aprender de Deus.

7.2, 4 Muita gente evita pensar na morte, não quer enfrentá-la e está relutante a assistir aos funerais. Salomão não nos está respirando a que pensemos mórbidamente, mas sim sabe que às vezes é útil pensar na morte. Recorda-nos que ainda temos tempo para trocar, tempo para examinar a direção de nossa vida e tempo para confessar nossos pecados e encontrar o perdão de Deus. Devido a todos à larga morreremos, tem sentido planejar com antecipação o poder experimentar a misericórdia de Deus em vez de enfrentar sua justiça.

7:7 O dinheiro fala, e pode confundir a quem de outra maneira julgariam com justiça. Escutamos a respeito dos subornos que se dão aos juizes, aos policiais e às testemunhas. Os subornos se dão para prejudicar aos que dizem a verdade e para ajudar aos que se opõem a ela. A pessoa que aceita um suborno é néscia, por sábia que se cria. Alguns dizem que todos temos um preço, entretanto os que na verdade são sábios não podem ser comprados a nenhum preço.

7:8 Para terminar o que se começa se requer muito trabalho, sábio assessoramento, auto-disciplina e paciência. Qualquer que tenha visão pode começar um grande projeto. Mas a visão sem sabedoria freqüentemente tem como resultado projetos e metas inconclusos.

7:14 Deus permite que a todos cheguem bons tempos e maus tempos. Oferece-nos uma combinação de ambos tão boa que não podemos predizer o futuro, nem depender da sabedoria e o poder humanos. Nos tempos de prosperidade, nós adoramos ficar com a glória. Logo na adversidade, tendemos a culpar a Deus sem lhe agradecer as coisas boas que surgem dela. Quando a vida pareça segura e normal, não permita que a autosatisfacción nem a complacência o faça sentir-se muito seguro, porque Deus pode permitir que a adversidade o faça retornar ao. Quando a vida pareça incerta e incontrolável, não se desespere: Deus está ao leme e tirará coisas boas dos tempos difíceis.

7.16-18 Como pode ser alguém muito justo ou muito sábio? Esta é uma advertência contra a presunção religiosa: legalismo ou falsa justiça. Salomão estava dizendo que algumas pessoas são excessivamente soube ou justas ante seus próprios olhos, porque estão enganadas por seus próprios atos religiosos. São tão rígidas e têm uma visão tão curta que perdem a sensibilidade para a verdadeira razão de ser boas: honrar a Deus. O balanço é importante. Deus nos criou para ser pessoas totais que procuram sua justiça e bondade. portanto devemos evitar ambos os extremos: legalismo e imoralidade.

7.23-25 Salomão, o homem mais sábio do mundo, confessou quão difícil tinha sido atuar e pensar sabiamente. Recalcou o fato de que não importa quanto conhecimento tenha um, sempre existem mistérios que nunca compreenderemos. Assim acreditar que alguém tem suficiente sabedoria é sinal de que não a tem.

7.27, 28 Acaso pensava Salomão que as mulheres não podiam ter sabedoria? Não, porque no livro de Provérbios personificou à sabedoria como uma mulher responsável. O que Salomão quis dizer não é que as mulheres não sejam souberam, mas sim é difícil que qualquer pessoa, homem ou mulher, seja sábia ante Deus. Em sua busca, descobriu que a sabedoria era quase tão escassa entre os homens como entre as mulheres, mesmo que aos homens lhes dava um programa de educação religiosa em sua cultura e às mulheres não. Em efeito, o versículo está dizendo: "encontrei só uma pessoa entre mil que é sábia aos olhos de Deus. Não. encontrei muito menos que isso!"

7:29 Deus criou aos seres humanos para viver rectamente. Mas eles deixaram o caminho de Deus para seguir seus próprios caminhos descendentes.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Eclesiastes Capítulo 7 do versículo 1 até o 29
J. de coisas melhores (7: 1-14)

1 Um bom nome é melhor do que o óleo precioso; e no dia da morte, do que o dia do nascimento de alguém. 2 É melhor ir para a casa de luto do que ir à casa onde há banquete, porque naquela está o fim de todos os homens; e os vivos o aplicam ao seu coração. 3 Melhor é a mágoa do que o riso; porque com a tristeza do rosto o coração é feito feliz. 4 O coração dos sábios está na casa do luto, mas o coração dos tolos na casa da alegria.

5 É melhor ouvir a repreensão do sábio, do que para um homem de ouvir a canção dos tolos. 6 Pois qual o crepitar dos espinhos debaixo de uma panela, tal é o riso do tolo; também isso é vaidade. 7 Certamente extorsão constitui ao homem sábio tolo; e um suborno destrói o entendimento.

8 Melhor é o fim duma coisa do que do início desta, e o paciente em espírito é melhor do que o arrogante. 9 Não te apresses no teu espírito a raiva; para repousa raiva no seio dos tolos. 10 Não digas: Qual é a causa de que foram os dias passados ​​melhores do que estes? para tu não inquirir com sabedoria a respeito disso.

11 A sabedoria é tão bom como uma herança; sim, mais excelente é, para os que vêem o sol. 12 Porque a sabedoria serve de defesa, mesmo que o dinheiro é uma defesa; mas a excelência do conhecimento é, que a sabedoria preserva a vida daquele que tem nele. 13 Considera as obras de Deus; porque quem poderá endireitar o que ele fez torto? 14 No dia da prosperidade regozija-te, e no dia da adversidade considera; sim, Deus fez uma lado a lado o com o outro, a fim de que o homem não deve saber nada de que será depois dele.

Em Ec 6:12 Qoheleth levantou a questão de o que é bom para o homem em sua vida. É natural que ele deveria voltar-se para o movimento sabedoria em Israel, da qual ele fazia parte, para ver o que pode ajudá-la a dar para responder a esta . Esta unidade é uma resposta parcial. Ele é constituído por uma sucessão de provérbios ligados entre si pelos seus comentários. Gordis diz que é um heptad de enunciados, cada um dos quais começa com a palavra hebraica para bom , que pode ser traduzido melhor . Ele encontra-los em versos Ec 7:1 , Ec 7:2 , Ec 7:3 , Ec 7:4 , Ec 7:8 e Ec 7:11 . O personagem da passagem, com seus provérbios, seu paralelismo (ambos sinônimos e antitético), e seu uso de contraste, faz por falta de continuidade lógico que uma mente ocidental espera no raciocínio discursivo.Assim, não é de admirar que muitos comentaristas modernos têm insistido que o texto tenha sido adulterado por mãos subseqüentes, piedoso e, talvez, de outra forma, e que muito aqui não é estrangeira apenas para Qoheleth, mas contraditória com outras partes do livro. Parece estranho a este escritor que estudiosos modernos se sentir forçado a impor sobre um texto tão antigo nossos métodos e mentalidade. A desarticulação parecendo pode ser a maior marca de autenticidade aqui.

Esta passagem é constituída por um grupo de comparação. Qoheleth começa com uma reflexão sobre o valor de um bom nome. É como o aroma de óleo bom, mas é melhor. O ponto do primeiro verso, no entanto, encontra-se na última parte. O pregador está olhando para o lado mais difícil da vida. Ele está citando provérbio que mostram que o agradável eo alegre nem sempre são a melhor indicação do verdadeiro significado da vida. Pode-se, na verdade, aprender mais na escola do sofrimento do que na gargalhada. Assim, um homem pode saber mais na morte do que em vida, em jejum do que na festa, na dor do que no prazer, em sinal de luto do que na alegria, na repreensão do sábio do que na bajulação do tolo, na paciência do que em orgulho de espírito, na paciência do que de raiva. Esta é uma passagem em movimento que tem sua própria lógica e realismo. Festejando, diversão e lisonja são muito parecidos com o fogo que vem de espinhos secos. Eles são de pouco valor para cozinhar ou para o sustento da vida contra o frio. Os espinhos dar o seu calor rápida e intensamente, mas imediatamente os seus benefícios se foram. As lições mais profundas e melhor qualidade de vida são muitas vezes de ser encontrado nos momentos mais escuros da vida, nas experiências que a maioria iria evitam se for dada oportunidade. É nestes momentos que nos trazem de volta à realidade e nos permitem ver as coisas como elas são (v. Ec 7:10 ). Melhor sofrer falta e dor com a compreensão do que para apreciar os presentes que roubam um dos verdadeira perspectiva (v. Ec 7:7 ).

O pregador tem o prazer de deixar a sabedoria tem uma palavra a dizer. Tem a sua própria excelência, como o dinheiro , ou uma herança. É uma defesa e pode preservar a vida de quem a possui. Há algumas coisas que não pode fazer. Ele não pode perfurar a discernir por si só os propósitos de Deus. Assim Qoheleth só podemos concluir que Deus dá o dia da prosperidade e no dia da adversidade. Cada um tem a sua função no plano divino. A forma e ultimate homem projeto não pode ver. Ele deve, em fé humildemente ajustar e ouvir.

K. de moderação (7: 15-22)

15 Tudo isto vi nos dias raio de vaidade: há um homem justo que perece na sua justiça, e há um ímpio que prolonga sua vida . em seu mal fazendo- 16 Não seja demasiadamente justo, nem fazer-te excesso sábio; por que tu destruir a ti mesmo? 17 Não sejas demasiadamente ímpio, nem sejas tolo:? Por que serias morrer antes do teu tempo 18 É bom que deves tomar posse deste; sim, também de que não retirar a tua mão; pois aquele que teme a Deus escapa de todos eles.

19 A sabedoria é uma força para o homem sábio mais do que dez governadores que haja na cidade. 20 Pois não há homem justo sobre a terra, que faça o bem, e nunca peque. 21 também ter não ouvidos a todas as palavras que são faladas, para que não te ouvir o teu servo te amaldiçoar; 22 para, muitas vezes, também teu coração sabe que tu mesmo do mesmo modo tens amaldiçoado outros.

O Pregador continua sua sondagem da sabedoria. Ele olha para a sua resposta a uma questão mais problemática do que qualquer levantou ainda neste capítulo. É evidente que a justiça não é sempre recompensado nesta vida mais do que a maldade é sempre punida. Ele viu o justo perecer enquanto o ímpio prosperou. Qoheleth não está dizendo que o ensino de Provérbios, que a justiça tem suas recompensas e maldade suas penalidades (Pv 10:27. ; Pv 11:3 ), não é verdade. Ele diz que não é tão absoluta nesta vida, e tão óbvia, como seria de desejar que ele seja. O problema é intensa. É o suficiente para fazer um homem considerar a palavra do mundano que diz que a moderação cuidado é a resposta. Ele sabe que seria loucura para virar as costas para a justiça. Sua questão é de saber se é possível ser excessivamente justo. Alguns comentaristas acham que Qoheleth revela a influência do pensamento grego sobre ele aqui e que ele está defendendo a doutrina grega de "o meio termo." No entanto, dificilmente se pode dizer que este problema de "quanta piedade" e "o quanto o pecado" limitou-se aos gregos. O importante é que Qoheleth conclui que a única coisa segura a fazer é temer a Deus (Ec 7:18 ). Isso dificilmente indica uma defesa de compromisso com a maldade e conformidade que sacrifica convicção quando começa a custar. Na verdade, versículos 20:21 parecem indicar que não há realmente pouco perigo do excesso de justiça. Se a questão é de fanatismo, Qoheleth seria inalteravelmente contrário. Parece a este escritor que Qoheleth está falando aqui não suas próprias convicções, mas a sabedoria mundana comum de sua época que defendia uma quantidade moderada de justiça e sabedoria temperada com valores como o da maldade e loucura. Sem dúvida que foi o costume de os sábios do mundo naquele dia como em nossa própria para aconselhar o devoto para agir com toda a moderação na religião. A resposta de Qoheleth para isso é difícil de melhorar. Se um homem vai temer a Deus, a sua perspectiva será som. É quando perdemos o nosso temor de Deus que um cuidado "deste mundo" torna-nos espiritualmente impotente.

L. DE SABEDORIA E MULHERES (7: 23-29)

23 Tudo isto provei-o com sabedoria: Eu disse, eu vou ser sábio; mas estava longe de mim. 24 Aquilo que é, está longe oft e profundíssimo; que pode encontrá-lo fora? 25 Virei-me sobre, e meu coração foi criado para conhecer e para procurar, e buscar a sabedoria ea razão das coisas , e para conhecer que a impiedade é insensatez e que a estultícia é loucura. 26 E eu encontrar mais amarga do que a morte, a mulher cujo coração são redes e laços e cujas mãos são grilhões; quem agradar a Deus escapará dela;mas o pecador virá a ser preso por ela. 27 Eis que isto achei, diz o pregador, que estabelece uma coisa a outra, para achar a causa; 28 que minha alma ainda busca a; mas eu não encontrei: um homem entre mil achei eu, ., mas uma mulher entre todas aquelas que não achei 29 Eis que isto tão-somente achei: que Deus fez ao homem reto; mas eles buscaram muitas invenções.

O valor da sabedoria tenha sido indicada por Qoheleth. Agora, ele se vira para indicar suas limitações. Ele não fala de boatos. Em sua busca pelo sentido da vida sob o sol que tinha determinado a ser sábio e para encontrar a resposta de sabedoria. Deve ser lembrado que o movimento sabedoria em Israel não estava interessado em respostas intelectuais para abstratas, problemas teóricos. A sua orientação era para a vida, não a especulação. Assim, deveria ser o meio para a habilidade na arte de viver. Qoheleth procurou-o para fora. O resultado não foi satisfatório. A verdadeira sabedoria e a razão das coisas foram longe e profundíssimo (Ec 7:24 ). Parece que ele aprendeu mais sobre o mal do homem do que sobre a natureza do bem. A amarga experiência com uma mulher mal (ou mulheres mal) o fez consciente dos perigos de lá. Ele fala como alguém que tinha tido a experiência de Salomão com o sexo oposto (1Rs 11:1 ). Sua experiência com seu próprio sexo era um pouco melhor (Ec 7:28 ). A passagem é frequentemente citado por seu pessimismo. Note, entretanto, o que Qoheleth fez aprender. Ele descobriu que a sabedoria terrena não atende a clamor profundo do coração humano. O homem precisa de revelação para iluminar sua escuridão e para dirigir sua busca. Ele aprendeu a amargura da aliança com uma pessoa má, mas ele também aprendeu que Deus vai proteger de tanta amargura aquele que Lhe agrada. Ele aprendeu que não há segurança no pecado (Ec 7:26 ). Ele concluiu que Deus fez ao homem reto, mas própria perversidade do homem tinha levado em evasões tortuosos. Uma pergunta se ele não pode ver refletido aqui tanto Gn 1:31 e 3: 1 e ss . Há um sentido real em que este pequeno livro é um impressionante comentário sobre a queda.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Eclesiastes Capítulo 7 do versículo 1 até o 29
  • A sabedoria de Deus pode guiar- nos ao longo da vida (Ec 7:0;Ec 9:0;Ec 10:0)
  • Os capítulos 7—12 apresentam a palavra "sabedoria" (ou "sábio") quase trinta vezes. É verdade que a sabedoria do homem não pode pe-netrar nos planos de Deus, mas ele pode dar-nos sabedoria para conhe-cer e fazer sua vontade. O simples fato de que não podemos entender tudo não quer dizer que devemos desistir de tudo em desespero. Creia no Senhor e faça o que ele lhe pede para fazer.

    Você observou que, em todas essas seções, Salomão enfatizou o prazer das bênçãos de Deus e a realidade da morte? Leia Ec 3:12-21; 5:18—6:7 e Ec 8:15—9:4. Já que to-dos morreremos, não devíamos nos preocupar em trabalhar, ou em eco-nomizar dinheiro, ou em servir ao Senhor — isso está certo? Salomão diz que isso não está certo. Nos ca-pítulos 11—12, ele explica o que realmente quer dizer.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Eclesiastes Capítulo 7 do versículo 1 até o 29
    7.1 Melhor é. A boa fama baseia-se em fatos; o perfume é só aparência; no nascimento não nos é dado saber da sorte, como também da sorte eterna, do recém-nascido; na hora da morte, porém, dos filhos de Deus, sabemos de sua sorte bem-aventurada e eterna.

    7.4 Luto... alegria. A insensatez é superficial, evita o que é sério e não se lembra do dia da prestação de contas; a sabedoria enfrenta conscientemente o inevitável e se prepara para a morte e para o além.

    7.5 Repreensão. Devemos levar em conta a repreensão, tanto do amigo como também do inimigo, porque somos constantemente sujeitos ao erro. A "canção do insensato", caso se trate de doutrina dos falsos profetas, leva à ruína eterna.

    7.6 Espinhos. Há pequenos arbustos espinhosos no deserto, que, quando secos, queimam com tanta rapidez, que não chegam a produzir calor.

    7.7 Duas forças externas ameaçam a paz de espírito do homem: o medo e a cobiça que, pela força da repulsão ou de atração, desviam-no do caminho do bem.
    7.10 Jamais digas. A atitude que leva a chorar o passado como "bom tempo", torna-nos indolentes é tristes a respeito do presente e sem esperanças para o futuro.

    7.11 Havendo herança" Há quem traduza por " ...vale tanto como uma herança, uma fortuna" (conforme v. 12). Uma idéia semelhante se acha em 1Tm 6:6 onde "contentamento" significa "suficiência" ou "herança".

    7.13 Confiemos na boa vontade de; Deus que faz tudo convergir para o nosso bem (Is 28:29).

    7.15 Nos dias do minha vaidade. Neste seu estado lamentável fez mau juízo do procedimento de Deus quanto à "felicidade" do perverso e a cruz dos justos (conforme Sl 73:1-19, Sl 73:12-19).

    7.29 Deus fez o homem reto. O homem, criado por Deus em inocência e santidade, por sua própria culpa caiu em pecados (Jr 17:9; Rm 3:23; Rm 5:12).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Eclesiastes Capítulo 7 do versículo 1 até o 29

    3) O valor da sabedoria num mundo imperfeito (7:1-14)
    Com uma série de provérbios, alguns tomados por empréstimo e outros da sua autoria, o autor encara as realidades da vida e faz algumas sugestões. Ele percebe que a vida precisa ser vivida, apesar de suas desgraças, e que esperar a perfeição é abrir as portas para o desapontamento. Por isso, ele recomenda atitudes que vão ajudar a pessoa a aceitar as circunstâncias da vida, não importa o que vier, e tirar o máximo delas.
    Uma boa reputação é desejável, mas não pode ser garantida permanentemente até que a pessoa tenha completado a sua vida de maneira satisfatória. O dia da sua morte, então, é mais importante do que o dia do seu nascimento. E o clímax da sua vida: o seu nome está fmalmente seguro (7.1). E melhor, portanto, viver com a perspectiva da certeza da morte do que desperdiçar a vida com frivolidades vazias (v. 2-4).
    A repreensão sincera do sábio é melhor do que o elogio vazio do tolo, mas mesmo o homem sábio pode se tornar tolo se deixar se corromper pela avareza (v. 5-7). O homem paciente vai esperar pelo resultado final de uma questão. Ele não vai se orgulhar precipitadamente, não vai perder o controle e não vai tentar escapar da frustração presente por meio do desejo tolo de trazer de volta o passado (v. 8-10). A sabedoria e a riqueza, quando usadas juntas, podem melhorar a qualidade de vida de uma pessoa e lhe dar maior segurança (v. 11,12). Mas não importam as circunstâncias em que o homem se encontre, ele precisa aceitá-las como enviadas por Deus e não deve tentar mudá-las. Ele precisa lembrar que não pode entender o significado dos eventos complexos da vida, mas pode ao menos desfrutar do bem que lhe acontece (v. 13,14).
    7.1. bom nome-, reputação.perfumefiníssimo-o seu significado no provérbio é seu cheiro agradável. Várias vezes nessa seção o autor parece citar um provérbio comum, depois acrescenta seu comentário, com freqüência introduzido por “pois”; e.g., v. 2a é o provérbio, e v. 2b é o comentário, v. 2. E melhor ir a uma casa onde há luto-, porque faz a pessoa lembrar que a morte é o fim inevitável do homem. v. 3. coração-, no hebraico, está mais relacionado com a mente do que com as emoções. A sobriedade leva à melhoria da mente, a leviandade, não. De forma semelhante, o v. 4 contrasta a mente sábia e a mente tola.

    v. 5. a canção dos tolos-, o elogio dos tolos, v. 6. A fala e o riso dos tolos não produzem nada, a não ser barulho, v. 10. Conforme 1:9-11; 3.15. v. 11. Ou: (a) a sabedoria é boa quando alguém tem os recursos para desfrutar dela, e.g., Salomão (1.12—2.26); por isso, pior para o homem que é sábio mas pobre; ou (b) a herança deve ser usada com sabedoria, do contrário pode ser desperdiçada tolamente, aqueles que vêem o sol-, os vivos. v. 12. “E melhor ter sabedoria com uma herança [...] pois aí existe a proteção dupla da sabedoria e do dinheiro, e a vantagem de saber que a sabedoria protege a vida dos que a possuem” (Gordis).


    4) Um conselho para se evitarem os extremos (7:15-29)
    O autor observa que a justiça nem sempre conduz à felicidade, nem a maldade, ao sofrimento. Os justos podem morrer prematuramente; os ímpios podem ter vida longa. Isso leva o autor a sugerir um meio-termo, em que o prazer na vida de uma pessoa não vai ser arruinado ou por uma preocupação zelosa demais pela justiça e sabedoria, ou por uma atitude tolerante demais em relação à impiedade e à tolice. A pessoa que evita os dois extremos e que obedece a Deus será bem-sucedida no final (v. 15-18). E evidente que a justiça e a sabedoria são preferíveis ao pecado e à tolice, mas a pessoa também deveria encarar o simples fato de que todos pecam de vez em quando. Ninguém pode argumentar contra isso, porque todo homem sabe que ele mesmo é culpado dos pecados que vê em outros (v. 19-22).
    Mais uma vez, o autor destaca quanto ele se esforçou em buscar o significado por trás de toda existência, mas percebeu que compreender isso está além da capacidade humana. A sabedoria absoluta está além do seu alcance (v. 23,24). Então ele volta sua atenção ao domínio da conduta humana. Aqui ele ao menos consegue enxergar as vantagens da sabedoria e da razão sobre a insensatez e a loucura (v. 25). Suas experiências infelizes com mulheres lhe dão um exemplo de insensatez. Com o seu charme, elas o atraíram apenas para enganá-lo, deixando nele um sentimento de desconfiança e amargura. Ele conclui que é raro encontrar um homem sábio, mas a mulher sábia não existe (v. 26
    28). Ele não culpa Deus por isso, mas o homem, que é esperto demais para o seu próprio bem (v. 29).
    7.15. eu já vi: embora a doutrina do meio-termo fosse muito conhecida no mundo da filosofia grega, nosso autor desenvolve a idéia contra o pano de fundo de seu próprio pensamento e experiência, v. 16. excessivamente justo [...] demasiadamente sábio: a advertência é contra os extremos. Fanáticos religiosos (v. 16) assim como criminosos (v. 17) causam desastres, v. 18. reter uma coisa e não abrir mão da outra: dificilmente é uma referência à justiça e maldade; mais provavelmente é uma generalização apontando para o meio-termo, evitará ambos os extremos-, essa tradução livre de uma expressão idiomática difícil provavelmente capta o sentido pretendido pelo autor. v. 19. dez valentes: provavelmente uma referência à forma de governo de dez homens praticada nas cidades do Império Grego. v. 20.justo: associado ao sábio do v. 19. Para o autor, a justiça é inseparável da sabedoria, e a maldade, da insensatez (conforme v. 15ss,25).

    v. 23. Tudo isso: é uma referência ao que segue. v. 25. investigar [...] a razão de ser das coisas: buscar para chegar a uma conclusão. V. tb. o v. 27. v. 26. pecador, em contraste com o homem que agrada a Deus. E a forma em que cada um encontra o prazer que faz a diferença. V.comentário Dt 2:26. v. 28. Se as mulheres são avaliadas de forma muito negativa pelo autor, os homens não ficam longe disso — só um a mais numa amostra de mil! v. 29. homens-, heb. ’ãdãm, referência à humanidade como um todo, e não a homens em contraste com mulheres.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Eclesiastes Capítulo 7 do versículo 15 até o 22

    F. A Moderação é Melhor do que a Intemperança. Ec 7:15-22. A experiência mostra que o justo nem sempre vive mais e uma vida mais feliz do que o ímpio (cons. Sl 1:3, Sl 1:4). Portanto a melhor maneira de viver é moderadamente.


    Dúvidas

    Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia, por Norman Geisler e Thomas Howe
    Dúvidas - Comentários de Eclesiastes Capítulo 7 versículo 16
    Ec 7:16 - Como é possível ser muito justo?


    PROBLEMA:
    Jesus ordenou a seus seguidores: "sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste" (Mt 5:48). Deus disse: "portanto, vós sereis santos, porque eu sou santo" (Lv 11:45). Mas Salomão instrui: "não sejas demasiadamente justo" (Ec 7:16). Como pode alguém ser muito justo? É certo também que não se pode ser demasiadamente correto ou ter demasiado amor?

    SOLUÇÃO: Uma pessoa não pode ser completamente justa, mas pode ser demasiadamente justa. Os fariseus são um bom exemplo disso. Eles eram tão justos que tinham justiça própria. "Porquanto, desconhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à que vem de Deus" (Rm 10:3).


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Eclesiastes Capítulo 7 do versículo 15 até o 29
    i) A excelência e a dificuldade da sabedoria (Ec 7:15-21). A tentativa de reduzir a matéria bruta da vida a um sistema por meio de princípios morais naufraga nas anomalias da experiência. A consistente aplicação da moralidade entra em choque com a vida, que não pode ser forçada a entrar dentro desses moldes. Há necessidade de humildade e restrição tanto no pensamento como na prática da moralidade. Deve ser relembrado que toda a moralidade é condicionada pela finitude do homem e maculada por seus pecados. Precisamos ter cuidado para evitar o orgulho moral. "O orgulho moral é a pretensão do homem finito de que sua virtude altamente condicionada é a justiça final, e que seus padrões morais extremamente relativos são absolutos. O orgulho moral, assim, tornam a virtude o próprio veículo do pecado" (Niebohr, Human Nature, pág. 212).

    >Ec 7:23

    2. "CRÍTICA DA RAZÃO PURA" (Ec 7:23-21). A tentativa de reduzir a matéria bruta da vida a um sistema, por meio de idéias teóricas, naufraga semelhantemente. A mais penetrante sabedoria não pode atingir a harmonia final na qual os desacordos da existência são resolvidos; toda tentativa esbarra no problema do mal, "das radikal Bose", no coração humano. Eclesiastes encontra a mais obstinada manifestação do mal na fêmea da espécie humana (26); para ele a sabedoria de Sócrates aborta devido ao problema de Xantipa.

    >Ec 7:29

    3. A QUEDA (Ec 7:29). A conclusão, que é o máximo a que a sabedoria humana pode atingir, é que o homem caiu do estado em que por Deus foi criado, e mediante sua astúcia produziu sua própria destruição. As insolúveis contradições da vida têm seu ponto focal no fato que o homem está em choque consigo mesmo.


    Dicionário

    Demasiadamente

    Demasiadamente Demais (At 26:11).

    Destruir

    verbo transitivo direto Causar destruição; arruinar, demolir (qualquer construção): destruiu o prédio.
    Fazer desaparecer; extinguir, exterminar, matar: destruir os insetos nocivos.
    verbo transitivo direto e intransitivo Provocar consequências negativas, grandes prejuízos; arrasar: destruiu o país inteiro na guerra; a mentira destrói.
    verbo transitivo indireto [Popular] Sair-se bem em; arrasar: destruir com as inimigas.
    verbo transitivo direto e pronominal Derrotar inimigos ou adversários; desbaratar: destruir as tropas inimigas; o exército se destruiu rapidamente com o ataque.
    Etimologia (origem da palavra destruir). Do latim destrure, “causar destruição”.

    Justo

    Reto. 1. o sobrenome de José, também chamado Barsabás, que foi nomeado para suceder como apóstolo a Judas iscariotes (At 1:23). 2. Um crente de Corinto, hospedeiro de Paulo (At 18:7). 3. Um cristão romano, judeu, que estava com Paulo, quando este escreveu a sua epístola à igreja de Colossos, e a quem o Apóstolo chamou cooperador (C14.11). o seu primeiro nome era Jesus.

    1. Sobrenome de José Barsabás. Foi indicado, juntamente com Matias, para substituir Judas 1scariotes no colégio apostólico (At 1:23). Foi discípulo de Jesus durante todo o seu ministério público, desde o tempo de João Batista. Também testemunhou a ressurreição e a ascensão; portanto, possuía as qualificações necessárias para ser um apóstolo (vv. 21,22). Depois de orarem em busca da direção divina, Matias foi o escolhido, por meio de sorteio (vv. 24-26).


    2. Tito Justo, morador de Corinto, mencionado em Atos 18:7 como “homem temente a Deus”, em cuja casa Paulo se hospedou depois de ser proibido de pregar na sinagoga, que ficava exatamente ao lado de sua casa. O abrigo que ele concedeu ao apóstolo provocou consideravelmente os judeus. Como de costume, a abordagem de Paulo visava primeiramente aos israelitas e, em seguida, aos gentios, quando os judeus não queriam mais ouvir. Tito Justo provavelmente era um cidadão romano e começou a adorar a Deus sob a influência do ensino judaico. Sua hospitalidade proporcionou a Paulo um local relativamente seguro, de onde pôde prosseguir com seu ministério na cidade.


    3. Jesus Justo uniu-se a Paulo na saudação aos colossenses (Cl 4:11). Foi um dos amigos pessoais do apóstolo durante sua primeira prisão em Roma. Paulo chama a atenção para o fato de que ele era um judeu convertido, o que lhe proporcionava um conforto especial em meio à tribulação. P.D.G.

    ______________

    1 Nas versões da Bíblia em português esta expressão, “filhos de Jásen”, foi traduzida como nome próprio, “Bene-Jásen” (Nota do Tradutor)

    2 Idem

    L


    Ser perfeitamente justo é atributo da Natureza Divina; sê-lo no mais alto grau das suas possibilidades é glória do homem.
    Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 15

    O justo é aquele que se esforça por trilhar os caminhos do Senhor e por não sair deles; é o que pratica, em toda a extensão, as virtudes impostas aos homens como condição para chegarem a Deus; é o que pratica a verdadeira caridade; o que se oculta, vela seus atos e palavras, se faz humilde ante os homens e procura mesmo fazer-se humilde no segredo do coração [...]. O justo é aquele que faz o bem sem egoísmo, sem idéia preconcebida, sem esperar o reconhecimento dos beneficiados ou o louvor dos indiferentes e, ainda mais, sem contar com a recompensa que possa obter do Mestre. O justo é aquele que tem fé, forte e tenaz, que não pode ser abalada, que a tudo resiste, fé bondosa para com todos, que não se impõe pela força, que se insinua pouco a pouco pelo exemplo e pela prática das boas obras [...].
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2

    [...] o justo, [...] onde estiver, é sempre um cooperador de Deus.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 150


    Justo
    1) Certo; legítimo (peso: Lv 19:16; causa: Sl 17:1).


    2) A pessoa que, numa causa judicial, tem razão (Dt 25:1).


    3) No sentido religioso judeu, aquele que pratica a Lei e as cerimônias judaicas (Mc 2:17).


    4) A pessoa que está corretamente relacionada com Deus pela fé (Rm 1:17) e, por isso, procura nos seus pensamentos, motivos e ações obedecer àquilo que Deus, em sua Palavra, estabelece como modelo de vida (Rm 4:3;
    v. JUSTIÇA 2, e 3).


    5) A pessoa que está de acordo com a justiça de Deus (Sl 145:17;
    v. JUSTIÇA 1).


    justo adj. 1. Conforme à justiça, à razão e ao direito. 2. Reto, imparcial, íntegro. 3. Exato, preciso. 4. dir. Legítimo. 5. Que tem fundamento; fundado. 6. Merecido: Pena justa. 7. Que ajusta bem, que se adapta perfeitamente. 8. Ajustado. 9. Estreito, apertado, cingido. S. .M 1. Homem virtuoso, que observa exatamente as leis da moral ou da religião. 2. O que é conforme à justiça. 3. Gír. Chefe de polícia. Adv. Exatamente, justamente.

    Mesmo

    adjetivo Exprime semelhança, identidade, paridade: eles têm o mesmo gosto.
    O próprio, não outro (colocado imediatamente depois de substantivo ou pronome pessoal): Ricardo mesmo me abriu a porta; uma poesia de Fernando Pessoa, ele mesmo.
    Utilizado de modo reflexivo; nominalmente: na maioria das vezes analisava, criticava-se a si mesmo.
    Que possui a mesma origem: nasceram na mesma região.
    Imediatamente referido: começou a trabalhar em 2000, e nesse mesmo ano foi expulso de casa.
    substantivo masculino Que ocorre da mesma forma; a mesma coisa e/ou pessoa: naquele lugar sempre acontece o mesmo; ela nunca vai mudar, vai sempre ser a mesma.
    conjunção Apesar de; embora: mesmo sendo pobre, nunca desistiu de sonhar.
    advérbio De modo exato; exatamente, justamente: pusemos o livro mesmo aqui.
    De maneira segura; em que há certeza: sem sombra de dúvida: os pastores tiveram mesmo a visão de Nossa Senhora!
    Ainda, até: chegaram mesmo a negar-me o cumprimento.
    locução conjuntiva Mesmo que, ainda que, conquanto: sairei, mesmo que não queiram.
    locução adverbial Na mesma, sem mudança de situação apesar da ocorrência de fato novo: sua explicação me deixou na mesma.
    Etimologia (origem da palavra mesmo). Do latim metipsimus.

    Não

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    Sábio

    substantivo masculino Indivíduo que sabe em excesso; quem tem grandes e intensos conhecimentos; erudito: os sete sábios da Grécia.
    Aquele que tem conhecimento em certa área; especialista: sábio em ciências.
    Sujeito que age ou se expressa com moral e razão, com senso e equilíbrio; sensato: sábias palavras, sábias medidas.
    Filósofo, pensador que se destaca dos demais pelo seu excesso de conhecimento, pela sua experiência de vida e por viver de modo irrepreensível.
    adjetivo Que expressa erudição, excesso de conhecimento, sensatez e equilíbrio: professor sábio.
    Etimologia (origem da palavra sábio). Do latim sapìdus.a.um.

    [...] O verdadeiro sábio é muito humilde, sabe que ignora um infinito em comparação com o pouco que aprendeu.
    Referencia: BRAGA, Ismael Gomes• Elos doutrinários• 3a ed• rev• Rio de Janeiro: FEB, 1978• - cap• 7

    O homem sábio é aquele que está desperto para a vida em todas as suas manifestações. A cada fenômeno da existência, ele dedica um reconhecimento emocional; seja o vento, que balança as árvores e as folhagens anunciando a chegada da chuva; seja a criança faminta que passa, carregando a miséria da fome e da falta de carinho; seja um copo d’água, que pode eliminar a sede ou beneficiar a planta, encerrada em um vaso.
    Referencia: ABRANCHES, Carlos Augusto• Vozes do Espírito• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A experiência é minha escola


    Sábio Aquele que tem SABEDORIA 1, (Pv 8:33; Jc 3:13) ou SABEDORIA 2, (1Co 1:20).

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    (aos teus próprios olhos)
    Eclesiastes 7: 16 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Não sejas (aos teus próprios olhos) demasiadamente justo, nem te faças demasiadamente sábio; por que destruirias tu a ti mesmo?
    Eclesiastes 7: 16 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    937 a.C.
    H1961
    hâyâh
    הָיָה
    era
    (was)
    Verbo
    H2449
    châkam
    חָכַם
    ser sábio
    (let us deal wisely)
    Verbo
    H3148
    yôwthêr
    יֹותֵר
    superioridade, vantagem, excesso adv
    (more)
    Substantivo
    H408
    ʼal
    אַל
    não
    (not)
    Advérbio
    H4100
    mâh
    מָה
    o que / aquilo
    (what)
    Pronome
    H6662
    tsaddîyq
    צַדִּיק
    justo, lícito, correto
    (righteous)
    Adjetivo
    H7235
    râbâh
    רָבָה
    ser ou tornar-se grande, ser ou vir a ser muitos, ser ou tornar-se muito, ser ou vir a ser
    (and multiply)
    Verbo
    H8074
    shâmêm
    שָׁמֵם
    estar desolado, estar aterrorizado, atordoar, estupefazer
    (and shall be desolate)
    Verbo


    הָיָה


    (H1961)
    hâyâh (haw-yaw)

    01961 היה hayah

    uma raiz primitiva [veja 1933]; DITAT - 491; v

    1. ser, tornar-se, vir a ser, existir, acontecer
      1. (Qal)
        1. ——
          1. acontecer, sair, ocorrer, tomar lugar, acontecer, vir a ser
          2. vir a acontecer, acontecer
        2. vir a existir, tornar-se
          1. erguer-se, aparecer, vir
          2. tornar-se
            1. tornar-se
            2. tornar-se como
            3. ser instituído, ser estabelecido
        3. ser, estar
          1. existir, estar em existência
          2. ficar, permanecer, continuar (com referência a lugar ou tempo)
          3. estar, ficar, estar em, estar situado (com referência a localidade)
          4. acompanhar, estar com
      2. (Nifal)
        1. ocorrer, vir a acontecer, ser feito, ser trazido
        2. estar pronto, estar concluído, ter ido

    חָכַם


    (H2449)
    châkam (khaw-kam')

    02449 חכם chakam

    uma raiz primitiva; DITAT - 647; v

    1. ser sábio
      1. (Qal) ser ou tornar-se sábio, agir sabiamente
      2. (Piel) tornar sábio, ensinar sabedoria, instruir
      3. (Pual) ser feito sábio
      4. (Hifil) tornar sábio
      5. (Hitpael) mostrar-se sábio, iludir, mostrar a sabedoria de alguém

    יֹותֵר


    (H3148)
    yôwthêr (yo-thare')

    03148 יותר yowther

    particípio ativo de 3498; DITAT - 936d; n m

    1. superioridade, vantagem, excesso adv
    2. excesso, melhor conj
    3. além de, ainda mais, mais

    אַל


    (H408)
    ʼal (al)

    0408 אל ’al

    uma partícula negativa [ligada a 3808]; DITAT - 90; adv neg

    1. não, nem, nem mesmo, nada (como desejo ou preferência)
      1. não!, por favor não! (com um verbo)
      2. não deixe acontecer (com um verbo subentendido)
      3. não (com substantivo)
      4. nada (como substantivo)

    מָה


    (H4100)
    mâh (maw)

    04100 מה mah ou מה mah ou ם ma ou ם ma também מה meh

    uma partícula primitiva, grego 2982 λαμα; DITAT - 1149 pron interr

    1. o que, como, de que tipo
      1. (interrogativa)
        1. o que?
        2. de que tipo
        3. que? (retórico)
        4. qualquer um, tudo que, que
      2. (advérbio)
        1. como, como assim
        2. por que
        3. como! (exclamação)
      3. (com prep)
        1. em que?, pelo que?, com que?, de que maneira?
        2. por causa de que?
        3. semelhante a que?
          1. quanto?, quantos?, com qual freqüência?
          2. por quanto tempo?
        4. por qual razão?, por que?, para qual propósito?
        5. até quando?, quanto tempo?, sobre que?, por que? pron indef
    2. nada, o que, aquilo que

    צַדִּיק


    (H6662)
    tsaddîyq (tsad-deek')

    06662 צדיק tsaddiyq

    procedente de 6663; DITAT - 1879c; adj.

    1. justo, lícito, correto
      1. justo, correto (no governo)
      2. justo, reto (na causa de alguém)
      3. justo, correto (na conduta e no caráter)
      4. justo (no sentido de alguém justificado e vindicado por Deus)
      5. certo, correto, lícito, legítimo

    רָבָה


    (H7235)
    râbâh (raw-baw')

    07235 רבה rabah

    uma raiz primitiva; DITAT - 2103,2104; v.

    1. ser ou tornar-se grande, ser ou vir a ser muitos, ser ou tornar-se muito, ser ou vir a ser numeroso
      1. (Qal)
        1. tornar-se muitos, tornar-se numeroso, multiplicar (referindo-se a pessoas, animais, objetos)
        2. ser ou tornar-se grande
      2. (Piel) alargar, aumentar, tornar-se muitos
      3. (Hifil)
        1. tornar muito, tornar muitos, ter muitos
          1. multiplicar, aumentar
          2. fazer muito para, fazer muito a respeito de, transgredir grandemente
          3. aumentar sobremaneira ou excessivamente
        2. tornar grande, aumentar, fazer muito
    2. (Qal) atirar

    שָׁמֵם


    (H8074)
    shâmêm (shaw-mame')

    08074 שמם shamem

    uma raiz primitiva; DITAT - 2409; v.

    1. estar desolado, estar aterrorizado, atordoar, estupefazer
      1. (Qal)
        1. estar desolado, estar assolado, estar abandonado, estar aterrorizado
        2. estar aterrorizdo, estar assombrado
      2. (Nifal)
        1. ser desolado, ficar desolado
        2. estar aterrorizado
      3. (Polel)
        1. estar aturdido
        2. assombrado, causando horror (particípio)
          1. o que causa horror, o que aterroriza (substantivo)
      4. (Hifil)
        1. devastar, tornar desolado
        2. horrorizar, demonstrar horror
      5. (Hofal) jazer desolado, estar desolado
      6. (Hitpolel)
        1. causar ser desolado
        2. ser horrorizado, estar atônito
        3. causar-se desolação, causar ruína a si mesmo