Enciclopédia de Isaías 7:9-9

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

is 7: 9

Versão Versículo
ARA Entretanto, a capital de Efraim será Samaria, e o cabeça de Samaria, o filho de Remalias; se o não crerdes, certamente, não permanecereis.
ARC Entretanto a cabeça de Efraim será Samaria, e a cabeça de Samaria, o filho de Remalias; se o não crerdes, certamente não ficareis firmes.
TB e a capital de Efraim é Samaria, e o cabeça de Samaria é o filho de Remalias. Se o não crerdes, não haveis de permanecer.
HSB וְרֹ֤אשׁ אֶפְרַ֙יִם֙ שֹׁמְר֔וֹן וְרֹ֥אשׁ שֹׁמְר֖וֹן בֶּן־ רְמַלְיָ֑הוּ אִ֚ם לֹ֣א תַאֲמִ֔ינוּ כִּ֖י לֹ֥א תֵאָמֵֽנוּ׃ ס
BKJ E a cabeça de Efraim é Samaria e a cabeça de Samaria é filho de Remalias. Se vós não crerdes, certamente não sereis estabelecidos.
LTT Entretanto a cabeça de Efraim é Samaria, e a cabeça de Samaria é o filho de Remalias; se não crerdes, certamente não sereis firmados."
BJ2 A cabeça de Efraim é Samaria e a cabeça de Samaria é o filho de Romelias. Se não o crerdes, não vos mantereis firmes.[v]
VULG et caput Ephraim Samaria, et caput Samariæ filius Romeliæ. Si non credideritis, non permanebitis.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Isaías 7:9

I Reis 16:24 E de Semer comprou o monte de Samaria por dois talentos de prata, e edificou no monte, e chamou o nome da cidade que edificou do nome de Semer, senhor do monte de Samaria.
II Reis 15:27 No ano cinquenta e dois de Azarias, rei de Judá, começou a reinar Peca, filho de Remalias, e reinou sobre Israel, em Samaria, vinte anos.
II Crônicas 20:20 E, pela manhã cedo, se levantaram e saíram ao deserto de Tecoa; e, saindo eles, pôs-se em pé Josafá e disse: Ouvi-me, ó Judá e vós, moradores de Jerusalém: Crede no Senhor, vosso Deus, e estareis seguros; crede nos seus profetas e prosperareis.
Isaías 8:6 Porquanto este povo desprezou as águas de Siloé que correm brandamente e com Rezim e com o filho de Remalias se alegrou,
Isaías 30:12 Pelo que assim diz o Santo de Israel: Visto que rejeitais esta palavra, e confiais na opressão e na perversidade, e sobre isso vos estribais,
Atos 27:11 Mas o centurião cria mais no piloto e no mestre do que no que dizia Paulo.
Atos 27:25 Portanto, ó varões, tende bom ânimo! Porque creio em Deus que há de acontecer assim como a mim me foi dito.
Romanos 11:20 Está bem! Pela sua incredulidade foram quebrados, e tu estás em pé pela fé; então, não te ensoberbeças, mas teme.
Hebreus 11:6 Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é galardoador dos que o buscam.
I João 5:10 Quem crê no Filho de Deus em si mesmo tem o testemunho; quem em Deus não crê mentiroso o fez, porquanto não creu no testemunho que Deus de seu Filho deu.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

VISÃO PANORÂMICA DA GEOGRAFIA DO TERRITÓRIO HERDADO PELO ISRAEL BÍBLICO

TOPOGRAFIA FÍSICA
UMA TERRA PEQUENA
No estudo da terra de Israel, uma das primeiras descobertas que se faz é o reconhecimento de seu pequeno tamanho.
De acordo com a definição dada acima, a área central da herança do Israel bíblico na Cisjordânia cobre cerca de 17.600 quilômetros quadrados e sua herança na Transjordânia incorpora mais 10:100 quilômetros quadrados, o que perfaz uma área total de aproximadamente 27.700 quilômetros quadrados. Desse modo, a área total do território é quase a mesma do estado de Alagoas, da Bélgica ou de Ruanda, ou ainda do lago Erie, nos Estados Unidos.
Os leitores atuais da Bíblia tendem a pensar em termos de territórios imensos e com frequência ficam bastante surpresos quando percebem, por exemplo, que a distância entre o mar da Galileia e a costa mediterrânea, em linha reta, é de 55 quilômetros. Há uma distância de apenas 148 a 185 quilômetros entre a margem ocidental do deserto Oriental (no leste da Jordânia) e o Mediterrâneo. E a distância entre o mar da Galileia e Jerusalém é só cerca de 120 quilômetros. Conforme dito anteriormente, as extremidades tradicionais norte e sul da região central de Israel são, com frequência, descritas na Bíblia como "desde Da até Berseba" Na verdade, esses dois pontos extremos estão separados por uma distância da ordem de apenas 280 quilômetros. Em termos de Brasil, o equivalente aproximado seria de São Paulo a Poços de Caldas" ou "de Natal a Recife" Nos Estados Unidos, a distância aproximada seria "de Los Angeles a San Diego" e, na Europa, "de Milão a Veneza". O tamanho do território envolvido é surpreendentemente pequeno.

UMA TERRA DE LOCALIZAÇÃO ESTRATÉGICA
Apesar do tamanho diminuto, essa terra está estrategicamente situada em um contexto tanto intercontinental quanto interoceânico. Como ponte terrestre intercontinental, na Antiguidade era a única opção para qualquer viagem por terra entre a África, de um lado, e a Ásia ou a Europa, de outro. Como ponte terrestre interoceânica, fica ao lado da única massa de terra que separa o mundo do oceano Índico e o mundo do oceano Atlântico. Neste último aspecto, desde a Antiguidade remota uma vasta rede de comércio e comunicação tem levado para o Crescente Fértil bens provenientes de mundos bem longínquos (cravo vindo da Tailândia; canela, da Malásia; cássia, seda, cálamo, espicanardo, índigo, painço e gergelim, da Índia; lápis-lazúli e estanho, do Afeganistão; prata, da Espanha).
Por ser, na Antiguidade, ponto de contato tanto terrestre quanto marítimo, essa terra também se tornou uma ponte cultural internacional. Sua localização estratégica faz com que seja o lugar em que o Oriente se encontra com o Ocidente e o Norte com o Sul. Desde a Antiguidade remota, grandes potências com aspirações políticas e econômicas internacionais estiveram junto a suas fronteiras. Em termos históricos, o que acontecia nessa terra era quase sempre resultado do que estava ocorrendo ou havia recentemente ocorrido nos domínios de um de seus vizinhos. Foram, de fato, raros os momentos em que cidadãos dessa terra foram donos do próprio destino.
Durante o período bíblico a sorte dessa terra minúscula, mas estratégica, foi em grande parte determinada por gente de fora, fossem egípcios, assírios, babilônios, persas, partos, gregos, selêucidas, ptolomaicos ou romanos. Nesse aspecto, os filisteus e até mesmo os próprios israelitas têm de ser considerados estrangeiros que migraram para ali. A mesma tendência continuou existindo na história pós-bíblica, com os califas muçulmanos, os cruzados cristãos, os mamelucos egípcios, os turcos otomanos e os mandatários britânicos.
Por essa "ponte" marcharam os exércitos de Tutmés III, Amenhotep II, Seti I, Ramsés II, Merneptah, Sisaque I, Neco II, Salmaneser III, Tiglate-Pileser III, Salmaneser V, Sargão II, Senaqueribe, Esar-Hadom, Assurbanipal, Nabucodonosor II, Cambises II, Xerxes 1, Artaxerxes III, Alexandre III (o Grande), Ptolomeu I, Antíoco III, Antíoco IV, Herodes, o Grande, Pompeu, Vespasiano, Tito, Saladino, Ricardo Coração de Leão, Napoleão e Edmund Allenby, além de um número enorme de generais menos conhecidos.
Essa terra continua sendo uma das áreas mais instáveis e estratégicas do mundo.

UMA TERRA VARIADA
Apesar da pequena extensão, essa terra reflete uma variedade surpreendente, quase como a de um mosaico. Do ponto de vista sociológico, a variedade é evidente na menção aos vários "eus" na terra: girgaseus, cananeus, heveus, heteus, amorreus, perizeus, jebuseus, quenezeus, cadmoneus, queneus, refains etc. (Gn 10:16-18; 15:19-21; Ex 3:8-13.5; Nm 13:29; Dt 7:1-20.17; Js 3:10-12.8; 24.11; Jz 3:5-1Rs 9.20; cp. At 13:19). Na perspectiva da história colonialista, a terra foi conhecida por diversos nomes: Canaã, Palestina, Hatti, Djahy, Hurru, Retenu etc. Mas a ideia de variedade apresentada a seguir tem a ver com a topografia multiforme e diversificada da terra. Em seu eixo lateral, ela está dividida em pelo menos quatro zonas fisiográficas distintas.

PLANÍCIE COSTEIRA
A designação "planície Costeira" se refere à faixa marítima longitudinal que começa na extremidade sul da planície filisteia (no uádi el-Arish) e vai para o norte, chegando até a extremidade norte da planície de Aser (perto da atual Rosh HaNigra, que corresponde ao final da "Linha Verde", a fronteira atual entre Israel e Líbano). Essa planície é internamente segmentada por três obstáculos naturais - o monte Carmelo, o rio Crocodilo e o rio larcom - criando quatro planícies distintas. Além do mais, por motivos geográficos que serão explicados adiante, é conveniente subdividir a planície mais ao norte. Assim, a planície Costeira é constituída de cinco partes, que, do norte para o sul, são conhecidas como: (1) a planície de Aser (de Rosh HaNigra até as proximidades de Aco; cp. Is 17:10-11; 19:24-26); (2) a planície de Aco (a baía que tem forma de crescente e se estende ao redor do monte Carmelo; cp. Jz 4:13-16; 5.21); (3) a planície de Dor (uma faixa de terra bem estreita e situada entre o monte Carmelo e o rio Crocodilo; cp. Js 17:15-18); (4) a planície de Sarom (a área de terras baixas que vai do pântano do rio Crocodilo para o sul, até o Jarcom; cp. 1Rs 4:10-1Cr 5.16; 27.29; Is 33:9-35.2; 65.10; Ct 2:1); (5) a planície Filisteia (a região ao sul do larcom).
A planície costeira pode ser caracterizada com três palavras: "baixa" (uma referência à sua altitude relativa), "aberta" (uma referência à topografia plana) e "fértil (uma referência à produtividade agrícola da planície em tempos modernos).
Com exceção de umas poucas elevações situadas mais para dentro do continente, na extremidade oriental da Filístia, que chegam a quase 200 metros acima do nível do mar, a altitude da maior parte da planície Costeira é inferior a 100 metros, e boa parte dela tem uma altitude inferior a 45 metros acima do nível do mar.75 Uma análise do mapa revela que, nessa planície, as cidades bíblicas tendiam a se localizar não no seu centro, mas sim ao longo da costa (Aco, Cesareia, Jope, Asquelom e Gaza) ou em direção à sua margem oriental (Socó, Afeque, Gezer, Ecrom, Gate e Ziclague). De igual maneira, o mapa mostra que a artéria de transporte internacional (a chamada Grande Estrada Principal) corria ao longo da margem oriental dessa planície e não pelo centro. O mais provável é que a baixa altitude e a natureza relativamente nivelada da planície, combinadas com as serras de arenito calcário ao longo de grande parte da costa mediterrânea, que impediam uma drenagem natural, criavam uma área pantanosa bastante grande na planície durante toda a Antiguidade.
Esse obstáculo geográfico é a provável razão para o fato de a planície Costeira ter desempenhado um papel insignificante, quase nulo, na história bíblica. Exceto dois breves relatos sobre Gerar (Gn 20:26), nas narrativas patriarcais não há nenhuma referência a essa planície . Nenhuma das batalhas da ocupação israelita aconteceu ali, nenhuma área da planície foi habitada por Israel no início de sua ocupação , ali não havia cidades de refúgio e quase nenhuma das cidades levíticas, dali nenhum juiz nem profeta de Israel fez convocação ao povo, e nada aconteceu ali referente ao ministério registrado de Jesus.
Além de ser baixa, a planície também é aberta. Ao contrário da Cadeia Montanhosa Central da Galileia-Samaria-Judá, que, do ponto de vista geográfico, tendia a permanecer mais fechada e isolada devido à sua topografia elevada e sinuosa, a planície Costeira oferecia um terreno favorável à circulação, sem nenhum obstáculo Embora a terra, no geral, tenha sido descrita pouco antes neste texto como ponte terrestre internacional, era especialmente a planície Costeira, ao sul do monte Carmelo, que constituía essa ponte. Essa abertura também implicava mobilidade.
Durante o início do período bíblico, conflitos militares envolveram uso de carros de guerra (e.g., Ex 14:6; Dt 20:1; Js 11:4; Jz 1:19-4.3; 2Sm 1:6; observe-se também a proibição em Dt 17:16). Em contraste com as montanhas vizinhas, essa planície oferecia um terreno favorável ao uso de carros, inclusive a ataques-relâmpago, que não seriam barrados por grandes rochas ou terreno montanhoso. Aliás, há uma notável correspondência entre a área em que os cananeus conseguiam rodar seus carros e a área que Israel não conquistou durante o período de ocupação (Js 17:16-18). Ao mesmo tempo, essa abertura pode ajudar a explicar por que, depois do período bíblico, os filisteus não conseguiram sobreviver como entidade política nativa, ao passo que os israelitas, mais isolados, foram capazes de manter um sentimento duradouro de identidade nacional.
Por fim, essa planície é fértil; ou pelo menos se tornou fértil em tempos recentes. Uma olhada num mapa do Israel moderno mostra que a maior parte da região ocidental que o Plano da ONU para partição da Palestina, de 1947, designou para Israel está situada na planície Costeira, que, naquela época, era extremamente pantanosa e até mesmo infestada de malária. Entretanto, depois que a área foi devidamente drenada na década de 1950, houve grande prosperidade agrícola, pois se descobriram camadas profundas de riquíssimo solo arável resultante da erosão das montanhas ao lado e, como consequência, houve um grande e bem-sucedido esforço agrícola.

CADEIA MONTANHOSA CENTRAL
Constituída das regiões montanhosas da Galileia, Samaria, Judá e Neguebe, em sua natureza e topografia a Cadeia Montanhosa Central é exatamente o oposto da planície Costeira. A planície é "baixa, aberta e fértil"; a cadeia montanhosa é "alta, fechada e estéril". Enquanto, em seu ponto mais elevado, a planície chega a apenas uns 200 metros acima do nível do mar, em seu ponto mais baixo a Cadeia Montanhosa Central fica cerca de 450 metros acima do nível do mar, com muitos trechos superando os 900 metros. Onde as duas zonas se encontram, esse contraste de altitude pode ser bem pronunciado. É possível subir cerca de 800 metros viajando apenas de cinco a sete quilômetros do Mediterrâneo para o interior. Além do mais, a cadeia central é fechada. Essa cadeia, que na realidade é uma série de serras sinuosas e conectadas, funciona como barreira natural à circulação lateral.com exceção do ponto onde é interrompida pelo vale de lezreel/ Esdraelom. Em alguns lugares, para ir de um lado para o outro, além de ter de superar a ondulação difícil, era necessário atravessar até quatro ou cinco serras diferentes, separadas umas das outras por leitos profundos de uádis. Devido a seu terreno elevado e revolvido, a cadeia central é mais isolada e menos suscetível a aventureirismo internacional ou a ataques estrangeiros. Só raramente essa zona se revelou atraente para aqueles que construíam impérios. Por fim, a cadeia central é estéril e improdutiva. Constituída de calcário duro, sem minerais preciosos ou outros recursos naturais, e com grandes áreas que sofreram erosão e ficaram apenas com a pedra nua, parece improvável que alguma vez essa área montanhosa estéril, com somente 15 a 50 quilômetros de largura, tenha sido considerada capital político. No entanto, é justamente nessa região montanhosa que se desenrola boa parte da história bíblica. E aí que os patriarcas viveram, construíram altares e se comunicaram com seu Deus. É onde aconteceram as batalhas da conquista , onde Israel ocupou sua terra e foram fundadas muitas de suas instituições nacionais . É também onde, em seu devido momento, estiveram localizadas as capitais do Reino do Norte (Siquém, mais tarde Tirza e finalmente Samaria) e do Reino do Sul (Jerusalém). É aí que o judaísmo pós-exílico se estabeleceu e onde aconteceu boa parte do ministério registrado de Cristo . Galileia. Embora seja uma extensão das montanhas mais altas do Líbano, ainda assim a região elevada da Alta Galileia apresenta uma topografia bem complexa. O jebel Jarmuk (monte Merom) é o ponto mais alto de toda a Cisjordânia, mas é cercado por outros cumes que chegam a alturas superiores a 900 metros. Apesar de a Alta Galileia ter uma precipitação pluviométrica maior, seu terreno elevado e sua topografia fragmentada a tornam menos adequada para ocupação intensa. Na região nunca se estabeleceu aquilo que se pode chamar de cidade grande. No lado leste, a Baixa Galileia mantém o contorno irregular de sua vizinha no norte. Vê-se ali um enorme e alto afloramento de calcário, que, no flanco oriental, despenca no mar da Galileia. Nessa região se incluem o monte Tabor, os penhascos de Arbela e os vulcânicos Cornos de Hattin. Em contraste, as áreas central e oeste da Baixa Galileia apresentam o terreno mais plano de todo a cadeia central. A região é composta de várias serras paralelas que estão num eixo mais ou menos leste-oeste, entre as quais existem bacias relativamente abertas que são quase contíguas no lado ocidental. Vale de Jezreel/Esdraelom. Entre a região montanhosa da Baixa Galileia e a da Samaria, estende-se um vale que, em última instância, liga o vale do Jordão à planície Costeira, em Aco. Esse vale, que tem a forma de uma flecha apontada para o Mediterrâneo, é conhecido no Antigo Testamento hebraico como o vale de lezreel ("Deus semeou" ou "que Deus semeie"; e.g., Js 17:16; Jz 6:33; Os 1:5-2.
22) e, na época do Novo Testamento, por seu equivalente grego, Esdraelom.7 A estreita haste da flecha, em alguns pontos com não mais de três quilômetros de largura, estende-se de Bete-Sea até a cidade de Jezreel, margeada, no norte, pelo monte Moré e, no sul, pelo monte Gilboa, e drenada pelo rio Harode. Perto desse território ocorreu a triunfante vitória de Gideão sobre os midianitas (Jz
7) e a humilhante derrota de Saul nas mãos dos filisteus (1Sm 29:31). A base da ponta da flecha se estende por cerca de 28 quilômetros, a partir dos arredores, ao norte de Jenin, até o monte Tabor e, desses dois pontos, estende-se por cerca de 32 quilômetros até seu vértice, logo a oeste de Jocneão e perto do rio Quisom, em cujo pântano o carro de Sísera ficou atolado (Jz 5:21; cf. SI 83.9). A ponta dessa flecha, às vezes chamada de planície de Megido (2Cr 35:22; Zc 12:11), é baixa e plana. A planície é coberta por uma camada extremamente grossa de terra preta, em alguns lugares com mais de 90 metros de profundidade, e que se formou com a decomposição e erosão de basaltos da Galileia. Enquanto a planície de Jezreel tinha muitos acessos, o acesso para a principal artéria de transporte, conhecida como Grande Estrada Principal era em Megido. Os vinte estratos arqueológicos dessa cidade refletem uma ocupação quase contínua até o início do período romano. Na verdade, a cidade de Megido, uma base militar permanente, teve enorme importância durante cada período de sua história, sem exceção; não é exagero afirmar que, do ponto de vista militar, foi um dos pontos mais estratégicos de todo o sudoeste do Crescente Fértil. A partir do final do quarto milênio a.C. até o próprio século 20, Megido tem sido palco de repetidos confrontos militares. Samaria. Ao sul de Jezreel fica o distrito montanhoso de Samaria - que, em termos de altitude, vegetação e clima, é uma área intermediária e de transição entre a Galileia e Judá. No extremo noroeste, devido à sua beleza (Ct 7:5) e fertilidade (Is 35:2; Jr 50:19), o monte Carmelo ("vinha/jardim de Deus") era proverbial na Bíblia. Nos textos antigos está amplamente atestado que o monte era lugar de um santuário? Foi talvez nesse contexto que o monte Carmelo serviu de cenário para a disputa religiosa de Elias com os profetas de Baal (1Rs 18:17-40) e, em outra ocasião, como lugar de retiro espiritual para Eliseu (2Rs 2:25-4.25). No extremo nordeste, a região montanhosa de Samaria também é conhecida como as montanhas de calcário de Gilboa. Outros montes de Samaria, o monte Ebal e o monte Gerizim, cercam o vale em que Siquém, a principal cidade, está localizada. Samaria é toda montanhosa, e os cumes de j. el-Qurein, j. 'Ayrukabba, j. 'en-'Ena e j. el-'Asur (Baal-Hazor, cp. 2Sm 13:23) dominam o horizonte.
Embora montanhosa, Samaria também é entremeada por várias planícies pequenas e vales abertos, uma das quais está situada perto do ponto em que as encostas do Carmelo e do Gilboa se encontram, nas proximidades da cidade de Dotã . Entre as bacias de Samaria, essa planície de Dota é a maior e a mais intensamente cultivada, e é onde José foi vendido como escravo (Gn 37:12-28). Outra depressão, a planície comprida e estreita de Mikhmetat, vai de Siquém para o sul, até ser interrompida pelo j. Rahwat.
Ela é cortada pelo divisor de águas ao longo do qual a estrada da Serra Central ruma na direção de Jerusalém. Indo de Socó até Siquém e dividindo lateralmente o oeste de Samaria, fica o vale baixo conhecido como u. Shekhem. De modo parecido, indo de Tirza até o vale do Jordão e dividindo o leste de Samaria, encontra-se a fratura acentuada, conhecida como u. Far'ah. Juntos, esses dois vales são o ponto mais baixo de toda Samaria. Constituíam os caminhos mais fáceis e mais utilizados para atravessar a serra central de Samaria, o que ajuda a explicar por que determinados locais foram escolhidos para capitais de Israel durante o período do reino dividido (Siquém, Tirza, Samaria). Judá. Conquanto não haja uma fronteira geológica definida separando Samaria e Judá, existe uma acentuada diferença na topografia das duas regiões. A precipitação maior de chuva em Samaria contribuiu para a ocorrência de muito mais erosão e para a formação de uádis com leitos mais profundos. Judá é mais um planalto, menos seccionado devido a seu clima mais seco. À medida que se caminha para o sul de Judá, o terreno se torna mais adverso, mais irregular e mais estéril. A principal característica da superfície de Judá são rochas nuas e amplas áreas de pedras quebradas e soltas, sem nenhuma terra por causa da ação da chuva. Só ao longo da bacia hidrográfica, nas vizinhanças de Ramá e entre Belém e Hebrom, é que o solo de Judá permite o cultivo. Nas demais áreas, o solo superficial, que sofre erosão nas chuvas torrenciais de inverno, tem impedido em grande parte o cultivo da terra.
A apenas cerca de oito quilômetros a sudeste de Jerusalém, começa o deserto de Judá (Nm 21:20-1Sm 26.1,2; cp. Mc 1:4). Espetáculo assustador de desolação, o deserto de Judá, também conhecido como lesimom, é um deserto verdadeiro E uma terra despovoada, deprimente, selvagem, rochosa e improdutiva, e praticamente sem nenhuma ocorrência de chuva (SI 63.1). Até mesmo os nômades beduínos dos dias de hoje tendem a evitar a aridez e o terreno irregular desse deserto. Em sua margem oriental, o deserto de Judá mergulha quase verticalmente até o vale do Jordão abaixo e em alguns lugares a descida chega a 1.350 metros. Entre Jericó e a ponta sul do mar Morto, existem mais de 20 desfiladeiros profundos que foram cavados por uádis. Contudo, no período bíblico, esses uádis eram estreitos e sinuosos demais para permitirem estradas importantes e, por esse motivo, Judá estava naturalmente isolada no lado oriental. O profeta Isaías anunciou, porém, um tempo em que até a topografia contorcida e acidentada do deserto de Judá será endireitada e nivelada e todos os lugares escarpados serão aplanados (Is 40:3-4; ср. 41:18-20; 51.3).
No lado oeste, o final da cadeia central de Judá é apenas um pouco menos abrupto. Uma vala estreita e rasa (uádi Ghurab, uádi Sar) faz divisão entre a região montanhosa e uma região com topografia distinta, conhecida como Sefelá ("contraforte". cp. Dt 1:7; Js 9:1-10.40; 12.8; Iz 1.9; 1Rs 10:27-1C 27.28; 2Cr 9:27-26.10; 28.18; Jr 17:26-32.44; 33.13; Ob 19).
A Sefelá começa no vale de Aijalom e se estende para o sul por cerca de 55 quilômetros até a área de T. Beit Mirsim. Esses contrafortes cobrem uma área de aproximadamente 13 a 16 quilometros de largura e, o que e importante, estendem-se para o oeste até a vizinhança do que foram as cidades filisteias de Gezer, Ecrom e Gate . Composta principalmente de calcário macio, com uma superfície ondulante inclinando suavemente para o lado oeste, entrecortada por alguns uádis importantes e férteis, a Sefelá era uma zona intermediária entre a cadeia central de Judá (ocupada pelos israelitas) e o sul da planície Costeira (ocupada pelos filisteus).
Não é surpresa que, na Bíblia, a área tenha sido cenário de vários episódios de guerra motivada por razões econômicas entre os israelitas e os filisteus (Jz 15:4-5; 2Sm 23:11-12). Aliás, é possível que as disputas entre filisteus e israelitas fossem provocadas justamente pelo desejo de ambos os povos de dominar e explorar os ricos vales agrícolas da Sefelá.
Inicialmente, o Neguebe ("terra seca"; e.g., Gn 24:62; Nm 13:29; Js 15:19; Jz 1:15) designava o deserto estéril ao sul de Judá (e.g. Is 15:2-4; 18.19; 1Sm 27:10-2Sm 24.7; cp. os leques aluvianos que se estendem de Berseba até Arade). Ao longo do tempo, o sentido da palavra evoluiu e, pelo fato de essa região estéril ficar no sul, passou a ter o sentido de um ponto cardeal e, assim, designar o sul de quase qualquer lugar (Is 11:2; Zc 14:10-1Sm 30.14).
Hoje o Neguebe inclui aquilo que a Bíblia chama de deserto de Zim (Nm 20:1-34.3; Js 15:1) e o deserto de Para (Nm 10:12; Dt 1:1). A região do moderno Neguebe apresenta um ambiente adverso à atividade humana ou à sua povoação por um grande número de pessoas. A área depende totalmente de chuva, sempre escassa e incerta, embora o território tenha alguns poços nas vizinhanças de Berseba (Gn 26:18-22) e Cades-Barneia.
A localização estratégica da Palestina
A localização estratégica da Palestina
As regiões geográficas da Palestina
As regiões geográficas da Palestina
Altitude da Palestina
Altitude da Palestina
Samaria
Samaria
O vale de Jezreel
O vale de Jezreel

A DIVISÃO DO REINO

930 a.C.
O reinado de Salomão não foi uma era dourada" para todos os seus súditos. Os impostos cobrados para custear seus projetos de construção e manter sua corte luxuosa, juntamente com os trabalhos forçados,provocaram indignação. Muitos viram no efraimita Jeroboão, filho de Nabate, antigo supervisor do trabalho forçado, um defensor de sua causa,' por mais que a predição prematura do profeta Aías acerca da ascensão de Jeroboão ao trono tenha obrigado este último a se refugiar no Egito até a morte de Salomão.
Roboão, o sucessor de Salomão, rejeitou com insolência o conselho dos anciãos, preferindo seguir as instruções de um círculo de conselheiros mais jovens. Suas palavras: "Se meu pai vos impôs jugo pesado, eu ainda vo-lo aumentarei; meu pai vos castigou com açoites, porém eu vos castigarei com escorpiões" (1Rs 12:11) evidentemente não poderiam contribuir para torná-lo benquisto entre seus súditos. Quando Roboão se negou mais uma vez a atender às exigências do povo, as ez trios do norte apoiaram Jeroboão e deram as costas para o jovem rei e a casa de Davi.. "Que parte temos nós com Davi? Não há para nós herança no filho de Jessé! As vossas tendas, ó Israel! Cuida, agora, da tua casa, ó Davi! (IRs 12.16b).
As palavras das dez tribos do norte de Israel sinalizaram um acontecimento importante da história do Antigo Testamento: a divisão do reino, em 930 a.C.

CONSEQUÊNCIAS GEOGRÁFICAS
Com a separação das dez tribos do norte, restaram apenas Judá e Benjamim para dar continuidade à linhagem de Davi em Jerusalém. Simeão provavelmente deve ser incluído no reino do sul, pois seu território ficava no meio de Judá. Os israelitas voltaram à divisão do tempo de Davi, considerando "Israel" e "Judá" separadamente, talvez em função do encrave jebuseu de Jerusalém no centro do país antes de Davi tomar a cidade.

ISRAEL E JUDÁ SEGUE RUMOS DIFERENTES
Semaías, um profeta do Senhor, evitou a eclosão de uma guerra civil. As tribos do norte, sob Jeroboão, fundaram seu próprio reino, Israel, também chamado de "Efraim" (em função de sua tribo principal) pelo profeta Oséias e de "casa de José pelo profeta Amós (Am 5:6). Jeroboão se deu conta do poder e influência que o templo de Jerusalém poderia exercer sobre seu reino recém-formado. Se o povo tivesse de oferecer sacrifícios no santuário central, voltaria a se sujeitar ao rei Roboão de Judá e mataria Jeroboão. Sua solução para esse problema foi criar novos centros religiosos, colocando bezerros de ouro em Betel e Dã, nomeando sacerdotes não-levitas para ministrar nesses santuários e criando um novo calendário religioso. Esses foram os pecados de Jeroboão, filho de Nabate, lembrados pelas gerações subsequentes. De fato, do ponto de vista dos escritores bíblicos 1srael, o reino do norte, se viu sob a maldição de Deus desde que Jeroboão subiu ao trono. O exílio seria apenas uma questão de tempo. Israel não teve a estabilidade que, no geral, caracterizou Judá, seu vizinho ao sul. Ao contrário dos governantes das dez tribos de Israel, os descendentes de Davi governaram sobre Judá ininterruptamente. Baasa, Zinri, Onri, Jeú, Salum, Menaém, Peca e Oséias foram todos usurpadores. Além disso, o reino do norte teve mais de uma capital: primeiro Siquém, depois Tirza e, por fim, Samaria.

O ALTO EM DÁ
Resquícios dos centros religiosos de Jeroboão em Da (Iell el- Oadi) foram encontrados no nível IVA. A ausência de qualquer vestígio de um bezerro de ouro não surpreende. Porém, uma estrutura com 18 m de comprimento, construída sobre uma pedra lavrada, talvez fizesse parte do "alto". Três depósitos foram encontrados e, em um deles, dois potes grandes de mantimentos com capacidade para mais de 300 I, decorado com serpentes em relevo. Indícios de um altar e de um suporte para incenso foram descobertos num pátio. Também foi encontrada uma bacia embutida onde provavelmente era colocada a água para as libações.

A cronologia dos reinos divididos (930-586 a.C.)

UM ESCLARECIMENTO
O livro de Reis registra a história de Israel (o reino do norte) até o exílio na Assíria em 722 a.C.e a história de Judá (o reino do sul, centralizado em Jerusalém) até o exílio na Babilônia em 586 a.C. Enquanto o autor focaliza os dois reins alternadamente durante esse período, procuramos, à medida do possível, manter suas histórias separadas para minimizar a confusão. Essa tarefa é dificultada por nomes semelhantes como Jeorão de Judá e Jorão de Israel, Joás de Judá e Jeoás de Israel. Além do mais, o mesmo rei é chamado por nomes diferentes, como, por exemplo, Uzias ou Azarias de Judá. Felizmente, Acazias de Israel não foi contemporâneo de Acazias de Judá!

SINCRONISMO
Até mesmo uma leitura superficial do livro de Reis revela um grande número de informações que deveria facilitar a tarefa de elaborar uma cronologia detalhada. Os reis de Israel, por exemplo, costumam ser associados à cronologia dos reis de Judá e vice-versa: "No décimo quinto ano de Amazias, filho de Joás, rei de Judá, começou a reinar em Samaria Jeroboão, filho de Jeoás, rei de Israel" (2Rs 14:23). Chamamos esse recurso de sincronismo. Infelizmente, porém, ao invés de ajudar a definir as duas cronologias, esse sincronismo parece realçar as diferenças e criar complicações.

UM PONTO DE REFERÊNCIA EXTERNO
Sem dúvida, um ponto de referência externo é extremamente útil. Esse ponto de referência pode ser encontrado na cronologia dos assírios. Na Assíria, costumava-se registrar os anos de forma padronizada, conforme o rei da época e seus oficiais, chamados de epônimos. O ponto fixo dessas listas é um eclipse solar ocorrido durante o mandato do epônimo Bur-sagale, no reinado de Ashurdan Ill, rei da Assíria, um acontecimento que pode ser datado astronomicamente de 15 de junho de 763 a.C. De posse dessa informação, podemos calcular as datas dos reis da Assíria de 910 a.C. em diante.

DIFERENÇAS NA MANEIRA DE CALCULAR
A Bíblia coloca os dois anos do reinado de Acazias e os doze anos do reinado de Jorão entre Acabe e Jeú, dando a impressão de que o total foi de quatorze anos. No entanto, se Acabe morreu em 853 a.C. depois de ter contato com o rei Salmaneser Ill da Assíria em seu sexto ano de reinado (853 a.C). e se Jeú consentiu em pagar tributo a Salmaneser no décimo oitavo ano de reinado deste último (841 a.C.), então só há espaço para doze anos. Essa aparente discrepância pode ser explicada pelo fato de que os povos da antiguidade contavam os anos de forma inclusiva, isto é, a parte de um ano era contada como um ano inteiro. Assim, temos um ano inteiro mais one anos inteiros, totalizando os doze anos registrados.
No entanto, não é tão simples quanto parece, pois 1srael e Judá usavam métodos diferentes para calcular os anos de reinado. Para começar, Israel adotava a prática dos egípcios e contava o primeiro ano do rei a partir da sua entronização. Judá, pelo contrário, seguia a prática assíria e contava o primeiro ano do rei somente a partir do ano novo após sua entronização. O período entre a posse do rei e o final do ano civil é, às vezes, chamado de "o ano da ascensão ao trono". Esta prática continuou até o começo do século VIll a.C, quando Judá adotou o outro método.
Como se isto não bastasse, parece que havia dois calendários em uso, um começando na primavera e outro no outono!

CO-REGÊNCIA
Esta é uma forma de governo sugerida no próprio livro de Reis: "No ano quinto do reinado de Jorão, filho de Acabe, rei de Israel, reinando ainda Josafá em Judá, começou a reinar Jeorão, filho de Josafá, rei de Judá. (2Rs 8:16). Aqui, Jeorão subiu ao trono enquanto seu pai ainda estava vivo, um fenômeno chamado de "co-regência". Quase todos os conflitos de dados restantes põem ser solucionados pela postulação de várias co-regências. Algumas fazem sentido em termos políticos, como no caso de Josafá, rei de Judá, que se tornou co-regente quando seu pai Asa estava sofrendo de uma enfermidade nos pés e também no caso de Jotão, rei de Juda, que se tornou co-regente em 752 a.C. quando seu pai Uzias (Azarias) foi acometido de uma doença de pele chamada de forma tradicional, porém anacrônica, de "lepra".

RESUMINDO
Quando todos os fatores acima são levados em consideração, surge uma estrutura cronológica 99% confiável. No caso dos problemas que não são solucionados pelas explicações acima, outros fatores podem ser considerados. Não devemos, por exemplo, desconsiderar emendas a texto (como em II Reis 17:1, onde "duodécimo" talvez deva ser lido como "quarto"). Tendo em vista o estado de preservação das informações, porém, este expediente deve ser usado apenas como último recurso.

O reino dividido:
Israel e Judá Depois da morte de Salomão em 930 a.C., seu reino se dividiu em duas partes. O reino de Israel, ao norte, era centralizado em Samaria e foi governado por uma sucessão de dinastias de curta duração. O reino de Judá, ao sul, era centralizado em Jerusalém e foi governado por uma dinastia ininterrupta de descendentes de Davi.
O "alto" em Dã (Tell el-Qadi)
O "alto" em Dã (Tell el-Qadi)
O reino dividido: Israel e Judá
O reino dividido: Israel e Judá
Cronologia dos reis de Israel e Judá
Cronologia dos reis de Israel e Judá

PALESTINA - DISTRITOS GEOPOLÍTICOS

Antes de nos envolvermos numa análise mais aprofundada dos aspectos topográficos naturais da Palestina, é necessário definir e, em poucas palavras, delinear certos termos que as Escrituras usam para designar as várias subdivisões geográficas e/ou geopolíticas da terra. Mas, para isso, será proveitoso introduzir, primeiro, dois vocábulos geográficos modernos que, às vezes, são empregados para designar essa terra: Cisjordânia ("deste lado o lado ocidental do rio Jordão") e Transjordânia ("do outro lado [o lado oriental] do rio Jordão"). Já vimos como, em várias épocas, o rio Jordão serviu de fronteira tanto geográfica quanto política. E, antes de prosseguir, é fundamental entender a natureza temporária dessas subdivisões. As fronteiras de um distrito específico podem ter variado ao longo dos séculos, e não é possível estabelecê-las com precisão em cada período. Esse problema é especialmente agravado quando se tenta determinar as fronteiras de um distrito que existiu durante um longo período da história bíblica, talvez durante mais de um milênio. Além do mais, é necessário levar em conta que uma mesma área geográfica frequentemente tinha nomes diferentes em períodos diferentes.

CISJORDÂNIA
De uma perspectiva geopolítica, pode-se dizer que a Cisiordânia esteve dividida em quatro distritos durante a maior parte da história bíblica. Indo do norte para o sul, essas quatro secções foram: Fenícia, Galileia, Samaria e Judá/Judeia.

FENÍCIA
No Antigo Testamento, a Fenícia é em geral definida como uma área litorânea estreita, que se estendia por cerca de 200 quilômetros, desde o rio el-Kabir até o monte Carmelo, e, no lado oriental, era flanqueada pelas montanhas do Líbano e da Galileia. Na época do Novo Testamento, o monte Carmelo já havia caído nas mãos de monarcas de Tiro,62 de sorte que, para o lado sul, a Fenícia chegava até a planície de Dor. A Fenícia foi o cenário de dois milagres da Bíblia: em Sarepta, Eliseu ressuscitou o filho de uma viúva, o qual havia parado de respirar (1Rs 17:8-24), e, na região de Tiro e Sidom, Jesus curou a filha de uma mulher siro-fenícia (Mc 7:24-30). A Fenícia também recebeu várias das primeiras viagens apostólicas.

GALILEIA
Imediatamente a leste da região sul da Fenícia, ficava o distrito da Galileia, o território mais setentrional que o Israel antigo chegou a ocupar. A área central da Galileia se estendia do rio Litani e da região de Dá, no norte, até o vale de Jezreel, no sul, medindo cerca de 80 quilômetros de norte a sul e uns 40 quilômetros de leste a oeste. Em todas as épocas, o distrito esteve dividido por um estreito vale lateral que acompanhava uma falha geológica que saía de Aco/Ptolemaida, rumava para o leste e chegava até a moderna Rosh Pinna (apenas cerca de 16 quilômetros ao norte do mar da Galileia). Esse vale de Beth Kerem divide a Galileia em duas subdivisões: Alta Galileia e Baixa Galileia.3 A distinção é geográfica e não administrativa. O terreno acidentado e praticamente intransponível da Alta Galileia chega a mais de 1.000 metros de altitude, e parte de sua região central é a mais elevada de toda a Cisiordânia (o iebel Jarmuk fica mais de 1.200 metros acima do nível do mar). Na Baixa Galileia, os cumes ficam abaixo de 600 metros de altura. A maioria das referências à Galileia, inclusive todas as do Novo Testamento, é à Baixa Galileia. Por causa de sua localização no norte, a Galileia talvez fosse mais vulnerável à assimilação cultural e ao domínio militar (Is 9:1; Mt 4:15-16; 2Rs 15:29). Embora a Galileia tenha sido habitada pelas tribos de Naftali, Issacar, Zebulom e talvez parte de Aser durante o período da ocupação, a partir do cativeiro babilônico (1Rs 9:10-14) a sua população gentílica passou a ser majoritária. Por isso, o distrito era suspeito tanto do ponto de vista ideológico (Jo 1:46; cp. 7.41,52) quanto do linguístico (Mt 26:73b). Apesar disso, a Galileia se tornou muito importante, igualmente, para judeus e cristãos. Para os judeus, após a destruição de Jerusalém em 70 d.C., a cidade de Tiberíades se converteu, pouco a pouco, no centro da erudição talmúdica; ali o Sinédrio se reuniu pela última vez e a Mishná foi editada; ali se concentraram as famílias de Ben Asher e Ben Naphtali, da tradição massorética; ali também o venerado Códice Aleppo (a mais antiga e mais completa Bíblia hebraica existente) foi criado e é onde se encontram os túmulos dos sábios judeus Maimônides, rabino Akiva e Johanan ben Zekkai. Para os cristãos, a Galileia foi um centro das atividades de Jesus. Ele passou a infância no pacato vilarejo de Nazaré, baseou seu ministério no importante centro de Cafarnaum e, o que talvez seja o mais interessante, ali realizou a maioria de seus milagres públicos.

SAMARIA
Ao sul da Galileia, fica a terceira subdivisão: Samaria. Anteriormente era conhecida como região montanhosa de Efraim (Is 17:15-19.50; Jz 3:27-4.5; 1Sm 1:1-9.4; 1Rs 4:8-2Rs 5,22) e não deve ser confundida com a região montanhosa de Judá (v. a seguir). Por fim, o distrito de Samaria ganhou esse nome devido à terceira e última capital do Reino do Norte (1Rs 16:24). A região central de Samaria se estendia da borda do vale de Jezreel, rumo ao sul, chegando até as proximidades de uma linha topográfica natural que, saindo de Jericó para o oeste, passava pelo uádi Makkuk e ia até Ofra. A partir dali, a fronteira avancava além de Betel e Bete-Horom Superior, onde começava sua descida até Aijalom (cp. ]s 10.11,12) para, então, terminar na planície Costeira, em frente de Gezer. Assim, a Samaria abrangia uma área aproximada de 65 quilômetros de norte a sul e uns 50 quilômetros de leste a oeste (com base na descrição feita por Josefo, infere-se que a Samaria do Novo Testamento foi ligeiramente reduzida em sua área ao sul) 64 O centro geográfico natural de Samaria era a cidade de Siquém, situada no vale entre o monte Ebal e o monte Gerizim, e adjacente à atual cidade de Nablus. Ali a principal estrada rumo ao norte procedente de Jerusalém (estrada da Serra Central) se conectava com uma estrada secundária (estrada lateral de Efraim), que ligava Samaria tanto ao Mediterrâneo quanto ao rio Jordão. Por isso, não é de surpreender que Siquém tenha testemunhado períodos de ocupação prolongada que remontam a 4000 a.C. Durante boa parte do segundo milênio a.C., Siquém competiu com Jerusalém pela supremacia sobre a Palestina central. Esse local foi o primeiro lugar onde Abraão erigiu um altar e adorou ao Senhor em Canaã (Gn 12:6); onde os ossos de José finalmente encontraram descanso (Is 24:32; cp. Gn 50:25-26: Êx 13.19): onde, pela primeira vez 1srael tentou instituir a monarquia (Iz 9); onde aconteceu a divisão da monarquia unida de Israel (1Rs 12:1-16): onde esteve localizada a primeira capital do reino setentrional de Israel (1Rs 12:25) e onde lesus confrontou uma mulher iunto ao poco (Jo 4:5). Embora ofuscada pela cidade de Samaria durante a maior parte do período da monarquia dividida, a ascendência de Siquém foi reafirmada depois que os assírios deram fim ao Reino do Norte, em 722 a.C. Cativos estrangeiros foram estabelecidos em cidades samaritanas (2Rs 17:24-34). Alguns dos refugiados adotaram vários elementos da fé judaica e, com o tempo, passaram a se considerar judeus (e.g., Ed 4:2). Mas sua tentativa de se tornarem membros da comunidade judaica foi em grande medida repudiada pelos judeus pós-exílicos, o que gerou uma hostilidade religiosa que durou todo o restante do período bíblico (Lc 9:52-53; Jo 4:9-8.48). Assim mesmo, o samaritanismo sobreviveu aos séculos. Um relato medieval localizou em Damasco cerca de 400 samaritanos. Estimativas atuais sobre a população samaritana em Israel vão de 550 a 800 pessoas que, todos os anos, continuam a celebrar a Páscoa no alto do monte Gerizim, o monte sagrado deles (Jo 4:20).

JUDÁ
A quarta principal subdivisão geopolítica da Cisiordânia era Judá, que relatos históricos mais antigos chamavam de região montanhosa de Judá (Js 11:21-15.48; 20.7; 21.11; cp. 2C 21.11; 27.4; Lc 1:65). De acordo com II Reis 23:8, Judá ia de Geba, uma cidade estratégica localizada cerca de 8 quilômetros ao norte de Jerusalém, até tão ao sul quanto Berseba (Zc 14:10). Assim, quando compreendido também no contexto do limite norte de Israel na cidade de Da, isso está de acordo com a fórmula recorrente no Antigo Testamento ("de Da até Berseba"), que denota as fronteiras efetivas da região central de Israel (Jz 20:1-1Sm 3.20 2Sm 3:10-17.11; 24.2,15; 1Rs 4:25). Ainda é possível delinear especificamente a região central de Judá a partir de seu eixo lateral, indo para o leste até a descida abrupta para o deserto de Judá (Jesimom [Nm 21:20; cp. 1Sm 26:1 - Haquila, em frente de Jesimom]) e para o oeste até a descida íngreme e rochosa que termina num valado estreito que a separa da Sefelá (v. a seguir). A região central de ludá media não mais de 80 quilômetros de norte a sul e apenas uns 30 quilômetros de leste a oeste. Só raramente Judá atraiu o interesse dos construtores de impérios, pois era um território bem pequeno, em grande parte constituído de amplas áreas de terra incultivável, que ficava bastante isolado das rotas internacionais e nunca experimentou prosperidade material independente. Um estudioso descreveu Judá como uma terra isolada que promovia um estilo de vida pastoril e era o ambiente para fortalezas, altares e vilarejos.

IDUMEIA
Além das quatro principais entidades geopolíticas da Cisjordânia, a província da Idumeia desempenhou um papel secundário na política do período pós-exílico e do Novo Testamento. Idumeia é o nome grego aplicado especificamente a refugiados edomitas que fugiram para o noroeste para evitar a crescente pressão feita por seus vizinhos nabateus. Embora oscilasse bastante, ora separado da Judeia, ora a ela reanexado, o território idumeu chegou a cobrir a região que vai de Bete-Zur, perto de Hebrom, até Berseba, sua extremidade sul, e do mar Morto até os limites da planície da Filístia. Por fim, governantes macabeus subjugaram a Idumeia. Um deles (Alexandre laneu) nomeou Antipatro, um chefe local, para governar a região. É irônico que Herodes, o Grande, no devido tempo descendesse de Antípatro. Na condição de "rei dos judeus" (Mt 2:1), Herodes não se dispôs muito a descentralizar sua autoridade.

TRANSJORDÂNIA
A Transjordânia do Antigo Testamento é constituída de cinco entidades geopolíticas. Do norte para o sul, elas são. Basa, Gileade, Mishor, Moabe e Edom. O termo "Transjordânia" define especificamente a área que vai do monte Hermom até o golfo de Ácaba (cerca de 400 quilômetros de distância) e do vale do Jordão até as margens do deserto Oriental (entre 50 e 130 quilômetros). A natureza geopolítica dessa região é, na realidade, muito mais complicada do que a da vizinha Cisjordánia. Tentar, numa única análise, tratar da Transiordânia tanto do Antigo quanto do Novo Testamento é possível apenas em parte e, com certeza, trata-se de uma tarefa suscetível a imprecisão. Mas também aqui o propósito básico é fornecer a localização aproximada de entidades geopolíticas mencionadas nas Escrituras.

BASÃ
Basà significa "terra frutífera/plana" (Js 9:10-1Rs 4.13; 2Rs 10:33) e é o nome do território que as forças de Israel tomaram do controle de Ogue (Nm 21:33-35). Incluía 60 cidades muradas (Dt 3:4-5) e foi designado para Manassés Oriental (Dt 3:13). Do norte para o sul, Basa se estendia por aproximadamente 55 quilômetros, do monte Hermom (Js 12:45) até o rio Yarmuk,67 e, para o leste, chegava até Quente (Nm 32:42) e Salca (Dt 3:10), cidades situadas no monte Haura. Na época do Novo Testamento, a região ao norte do Yarmuk consistia basicamente nas províncias que formavam a tetrarquia de Herodes Filipe, filho de Herodes, o Grande.

GILEADE
A segunda entidade básica da Transjordânia é Gileade. Embora pareça que a Bíblia às vezes empregue essa palavra num sentido genérico, referindo-se a toda a Transiordânia ocupada (Dt 34:1-4; Js 22:9), a entidade geopolítica Gileade designa especificamente o domo elevado, montanhoso e ovalado que, do ponto de vista topográfico, é uma extensão oriental da elevação de Samaria (Jz 10:4-1Sm 13 7:25m 2.9; 2Rs 10:33). Esse domo começa a se elevar a apenas uns poucos quilômetros ao sul do Yarmuk e se estende na direção sul, chegando aproximadamente até o uádi Husban. que deságua no Jordão em frente a Jericó.
Longitudinalmente, o domo de Gileade era dividido por um desfiladeiro profundo, escavado pelo rio Jaboque, que separou Gileade em duas metades (cp. Js 12:5-13.31, a metade norte; Dt 3:12; Is 12:2, a metade sul). Na fronteira oriental, é possível delimitar Gileade apenas negativamente: não incluía a terra de Amom (Nm 21:23-24; Jz 11:13; cp. 1Sm 11:1-4), de modo que, em seu quadrante sudeste, não alcançava o deserto Oriental.
Em contraste com o significado do nome de seus vizinhos ao norte (Basa significa "terra plana") e ao sul (Mishor significa "planalto/chapada*), o provável significado do nome Gileade (terra acidentada") pode ajudar a esclarecer suas fronteiras.
Assim delineada, a região montanhosa de Gileade (Gn 31:21-23,25; Dt 3:12) cobria uma área de aproximadamente 55 quilômetros de norte a sul e não mais de uns 50 quilômetros de leste a oeste. Quase todo o norte de Gileade se tornou parte da herança de Manassés Oriental, ao passo que o sul foi entregue à tribo de Gade . A totalidade do domo foi de fato colonizada por Israel, provavelmente porque a altitude elevada permitia chover o suficiente para criar condições para um pouco de florestamento, agricultura e criação de animais (2Sm 18:6; Nm 32:1-4, 16,26; Js 22:8). Embora não saibamos sua exata natureza, o "bálsamo de Gileade", que tinha propriedades medicinais, era muito valorizado na Antiguidade (Jr 8:22-46.11; cp. Gn 37:25). Muitas cidades gregas que haviam sido estabelecidas durante o período alexandrino formaram um núcleo transjordaniano de oposição (em grande parte malsucedida) à independência judaica obtida pelos asmoneus. Mas, quando as legiões de Pompeu deram fim ao domínio asmoneu, muitas daquelas cidades foram devolvidas a seus compatriotas helênicos. Em alguns casos, certas cidades consideraram necessário constituir ligas para proteção mútua contra os vizinhos não gregos, assim como também estavam unidas em termos econômicos e sociais. Uma dessas confederações, conhecida como Decápolis ("dez cidades"), era constituída de localidades situadas principalmente ao longo das estradas comerciais do centro e do norte da Transiordânia.
Esse grupo é mencionado tanto na Bíblia (Mt 4:25: Mc 5:20-7.
31) quanto em fontes clássicas. No período do Novo Testamento, as cidades provavelmente incluíam, do norte para o sul, Damasco, Rafana, Canata, Hipos, Gadara, Citópolis, Pela, Diom, Gerasa e Filadélfia? Embora o propósito de uma confederação helenística assim tão pouco estruturada se choque com qualquer tentativa de definir fronteiras geográficas claras, é possível concluir que a região central da Decápolis se estendia transversalmente à região montanhosa de Gileade.

MISHOR
Ao sul da Gileade do Antigo Testamento, ficava o Mishor ("planalto", p. ex., Dt 3:10-4.43; Js 20:8), que se estendia por cerca de 40 quilômetros, desde Hesbom (Is 13:10) e Medeba (Is 13:16), no norte, até as cidades de Aroer (Is 13:9) e Dibom (Jr 48:22), situadas no sul, logo ao norte do cânion do Arnom e perto da Estrada Real. Outras cidades localizadas no Mishor eram Nebo (Ir 48.22). Sitim (onde os israelitas tiveram relações sexuais ilícitas com mulheres moabitas INm 25:1s.|).
Bete-Peor (perto de onde Moisés foi sepultado [Is 13:20; Dt 34:6] e onde Balaão pronunciou suas bêncãos desfavoráveis [Nm 22:41-23.13,141) e Bezer, uma das cidades israelitas de refúgio (Dt 4:43). O Mishor se tornou a heranca da tribo de Rúben. No entanto, como do ponto de vista geográfico o Mishor ficava a meio caminho entre a região central de Israel e a região central de Moabe, a luta para controlá-lo teve início ainda no período dos juízes (Jz 3:12-30, implícito). prosseguindo na época da monarquia unida (1Sm 14:47;25m 8.2,12) e chegando até os dias de Acabe e do rei moabita Messa. Mas, no pensamento dos profetas, o controle israelita da região do Mishor havia sido cedido aos mobitas (Is 15:1-9; 16.8,9; Jr 48:1-5,21-25,34-36,45-47; Ez 25:8-11). E provável que esse vaivém político ajude a explicar por que, apesar de descenderem do primogênito de Jacó (Gn 29:32-49.3,4), os rubenitas aparentemente foram incapazes de desempenhar um papel importante na história posterior de Israel.

MOABE/PEREIA
O planalto mais elevado que, partindo do Arnom, estendia-se para o sul, chegando até o ribeiro de Zerede, era a região mais importante e central do território moabita, tendo como capital a cidade de Quir-Haresete (2Rs 3:25; Is 16:7; cp. Nm 22:36; Is 15:1 ['Quir de Moabe", que é a forma encontrada na ARA, significa "cidade de Moabe"|). Durante o período do Novo Testamento, o distrito da Pereia? ocupava a região ocidental daquilo que havia sido o Mishor e Moabe. O historiador Josefo escreveu que, no norte, o distrito de Pereia chegava até a cidade de Pela e, no sul, até Maqueronte (uma cidade-fortaleza de onde se avistava o mar Morto e onde Herodes Antipas decapitou João Batista). Além disso, Josefo relata que Pereia começava no rio Jordão e ia para o leste, chegando até Filadélfia, e informa que a capital da Pereia era Gadara (T. Gadur, que não se deve confundir com a Gadara da Decápolis [Umm Qeis]) 73 Causam perplexidade as fronteiras norte e leste informadas por Josefo, pois tanto Pela quanto Filadélfia faziam parte da região da Decápolis. Talvez sua descrição signifique que as fronteiras das cidades-estados de Pela e Filadélfia encostavam na Pereia. De qualquer maneira, os geógrafos bíblicos justificadamente seguem critérios arqueológicos e topográficos, estabelecendo a fronteira oriental basicamente numa linha norte-sul que começa no norte, nas vizinhanças do jebel Munif, no alto Arnom. Parece que, dali, a fronteira norte acompanhou os contornos a jusante do uádi Yabis até sua foz no rio Jordão, em frente a Enom.

EDOM
O último distrito transiordaniano a ser listado é Edom, às vezes conhecido como Seir (Gn 32:3; Nm 24:18: Jz. 5.4; Is 21:11) ou monte Seir (Gn 14:6; Dt 1:2-2.5). Edom designa a terra e o reino situados no alto da estreita e longa cadeia de montanhas imponentes que, partindo do ribeiro de Zerede, dirige-se para o sul, quase até o golfo de Ácaba. No entanto, as terras centrais de Edom, saindo do ribeiro de Zerede, estendiam-se para o sul por cerca de 110 quilômetros até um planalto de onde se avista o uádi Hasma, parte de uma enorme dissecação no solo recoberta de areia, a qual se estendia na direção sudeste e era a porta de entrada para o sul da Arábia. A maioria dos cumes de Edom ultrapassa os 1:200 metros acima do nível do mar e, em mais da metade de sua extensão longitudinal, o terreno elevado fica acima dos 1:500 metros. E esse cenário assustador ficava claramente limitado, a oeste, pela Arabá e, a leste, pelas planícies do deserto Oriental. O resultado é que Edom propriamente dito media apenas 16 a 24 quilômetros num eixo leste-oeste, tendo, ao longo da serra altaneira, uma série de fortalezas e cidades que basicamente acompanhavam a Estrada Real. A combinação de fortificações tanto naturais quanto feitas pelo homem tornava Edom uma barreira intransponível para tráfego lateral. Cerca de 40 quilômetros ao sul de Zerede, uma falha geológica criou um cánion que, partindo da A rabá, abre-se em leque para o leste por mais ou menos 14 quilômetros. No fim desse uádi notável, ficava a antiga Punom, um centro importante de mineração de cobre e onde, de acordo com a Biblia (Nm 33:42), os israelitas acamparam durante a viagem de Cades-Barneia para as planícies de Moabe. Moisés solicitou ao rei de Edom permissão para que Israel atravessasse o território edomita para chegar à Estrada Real (Nm 20:14-21). Mas o rei rejeitou o pedido, o que exigiu que o grupo israelita vigiasse cerca de 160 quilômetros a mais por terreno árido e num calor escaldante, apenas para desviar de Edom (Dt2.1-8).
Sem dúvida, essa derrota psicológica foi relacionada com o incidente das "serpentes ardentes" (Nm 21:4-9; 33:42-49), em que Moisés foi forçado a erguer uma serpente de cobre nesse deserto. Com base no contexto geográfico, é possível entender por que a recusa do rei edomita não foi desafiada, apesar de ser improvável que os edomitas fossem numericamente superiores aos israelitas. Os penhascos imensos e as gargantas íngremes de Edom, mesmo nas encostas menos escarpadas do desfiladeiro de Punom, eram um alvo inacessível que, por capricho edomita, continuaria em esplêndido isolamento (Ob3). Situado junto às montanhas edomitas ocidentais e cerca de 32 quilômetros ao sul de Punom, há um cânion que se parece com uma cratera e contém as impressionantes ruínas de Petra, a fabulosa capital do Reino Nabateu, mais tarde ocupada pelos romanos.? Embora não se saiba quais foram seus ancestrais, os nabateus vieram a ocupar Edom no terceiro século a.C. e, já no primeiro século a.C., sua influência era sentida desde Damasco até Gaza e também até o interior da Arábia. Boa parte de seu poder era resultado do controle que exerciam sobre parte de uma lucrativa rede comercial que, àquela época, estendia-se do interior da atual Arábia Saudita até o Mediterrâneo Ocidental Chegava-se a Petra através de um estreito corredor de cerca de 1.600 metros, flanqueado em ambos os lados por elevados penhascos perpendiculares que, em alguns lugares, quase se tocavam. A bacia onde se situava a cidade propriamente dita era cercada de desfiladeiros de arenito, nos quais foram escavados estruturas e túmulos daquilo que, na Antiguidade, foi uma cidade de grande riqueza.
Por cerca de 65 quilômetros para o sul a partir da região central de Edom, descendo do uádi Hasma para o uádi Yutm, próximo ao golfo de Ácaba, fica uma cadeia bem estreita de intransitáveis montanhas de granito. Essas montanhas de Midia elevam-se a alturas que chegam perto de 1.750 metros acima do nível do mar. Nessa região, vestígios arqueológicos revelam uma cultura totalmente distinta de sua contraparte palestina e que é, às vezes, descrita como midianita. É nesta "cultura midianita que alguns estudiosos acreditam que Moisés talvez tenha se refugiado quando fugiu do faraó e ali serviu a seu sogro, um sacerdote de Midia (Ex 2:15-17:3.1).

Distritos do Antigo Testamento
Distritos do Antigo Testamento
Distritos do Novo Testamento
Distritos do Novo Testamento

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

EFRAIM

Atualmente: ISRAEL
Região da Tribo de Israel. João 11:5
Mapa Bíblico de EFRAIM


SAMARIA

Clique aqui e abra o mapa no Google (Latitude:32.283, Longitude:35.2)
Nome Grego: Σαμάρεια
Atualmente: Palestina
Capital do reino de Israel, no reino dividido. Região em que localizava-se a Galiléia e Nazaré, no início da Era Cristã. Cerca de 48 km distante de Jerusalém. A nova cidade encontra-se próximo às ruinas.

Samaria é o nome histórico e bíblico de uma região montanhosa do Oriente Médio, constituída pelo antigo reino de Israel, situado em torno de sua antiga capital, Samaria, e rival do vizinho reino do sul, o reino de Judá. Atualmente situa-se entre os territórios da Cisjordânia e de Israel.

Samaria é um termo construído pelo hebraico shomron, nome da tribo shemer, que era proprietária do local e o vendeu ao Omri, que teria sido o sexto rei de Israel.

Mapa Bíblico de SAMARIA



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Isaías Capítulo 7 do versículo 1 até o 25
SEÇÃO II

O LIVRO DE EMANUEL

Isaías 7:1-12.6

A. A CONSPIRAÇÃO SIRO-EFRAIMITA, 7:1-9.1

1. As Alternativas Divinas e Humanas (7:1-25)

A guerra siro-efraimita de 734 a.C. é uma das grandes crises no ministério de Isaías. Lado a lado estavam o jovem profeta de talvez trinta anos e o rei ainda mais jovem de não mais de vinte e um anos, com princípios políticos diametralmente opostos. Isaías, leal ao seu nome, insistia em que a salvação da nação ocorreria se confiassem em Deus para libertação e segurança. Acaz procurou jogar o jogo dos políticos em princípios pura-mente humanos ao apoiar a Assíria, a maior nação da sua época. Veja Introdução: "O Mundo nos Dias de Isaías", acerca de um pano de fundo histórico.

  1. A consternação de um rei (Isaías 7:1-2). Rezim e Peca fizeram uma aliança para guer-rear contra Jerusalém (1), mas não puderam tomar a cidade. A estremecida casa de Davi (2; o rei e seus conselheiros) tremeu quando ouviram que esses dois inimigos crônicos haviam se tornado amigos com o propósito de destronar Acaz (veja Gráfico A) e colocar um rei pró-Síria no trono.
  2. Um conselheiro do rei (7:3-9).


1) O conselho de calma e coragem (3-4). Deus falou a Isaías: Agora, tu e teu filho [...] saí ao encontro de Acaz (3). Acaz estava superintendendo o projeto de desvio do suprimento de água da cidade de fora dos muros, por meio de um aqueduto, para den-tro da cidade, a fim de impedir que fosse tomado pelo inimigo, um projeto completado por Ezequias (II Reis 18:17-2 Cron 32:3-4,30; Is 22:9-11). Isaías o encontrou num lugar amplo usado pelos homens que cuidavam da pública lavagem de roupa. Esse local servia para secar as roupas lavadas.' Se o rei estava desesperado quanto à defesa, Isaías lhe mostrou onde poderia encontrar a verdadeira defesa para a nação. Acaz não deve-ria entrar em pânico com a aproximação desses dois "restos de lenha fumegantes" (4, NVI). O comportamento certo para um tempo como esse é manter a calma e ter cora-gem e esperar no Senhor (Isaías 30.15).

  1. A conspiração dos filhos dos homens (5-9a). Rezim da Síria e Peca, o filho de Remalias,2 da terra de Efraim (5, principal tribo do Reino do Norte), estava planejando um golpe para estabelecer um novo governo. O Senhor assegurou a Acaz que o plano deles de "dividir e conquistar" não seria bem-sucedido (7). O decreto de Deus anula as tramas do homem. Esses reis e seu povo eram meros homens, que logo desapareceriam de cena (8-9).3
  2. A desconfiança significa aflição (9b). Isaías faz um jogo de palavras aqui, adver-tindo Acaz que se ele não quiser afirmar sua fé no verdadeiro Deus, seu reino não será confirmado .4

c) O sinal de Emanuel Isaías (7:10-17).


1) A prova oferecida pelo Eterno (10-13) veio quando Deus deixou que Acaz escolhes-se qualquer tipo de sinal (11) que ele desejasse, no céu, na terra, ou no mundo invisível, como uma confirmação miraculosa de sua fé. Se tivesse aceitado essa oferta, isso o deixa-ria debaixo da obrigação do programa divino, porque Deus nos dá motivos suficientes para confiar nos seus conselhos. A recusa de testar ou confiar (12) é expressa na forma de piedade simulada quando o rei cita (talvez com sarcasmo) Êxodo 17:2 e Deuteronômio 6:16. Acaz já havia decidido pedir a ajuda da Assíria e não desejava ser persuadido de que Deus e Isaías estivessem certos. O que prova a paciência de Deus (13) é a descrença inveterada do homem. Acaz não desejava testar nem confiar no Deus de Isaías, mas estava pronto a desdenhar, ignorar e afadigá-lo.


2) Sem fé? Então sem Messias (14-17) ! Isaías agora declara na presença do rei e sua corte ("casa de Davi") que, antes que os breves anos de uma infância passem, as terras da Síria, Efraim, e mesmo Judá, estariam todas devastadas pelos exércitos assírios. O nome Emanuel (14) que uma virgem' ia dar ao seu primeiro filho, representaria a "presença de Deus". Contudo, antes que a curta idade da inocência da criança tivesse passado, eles conheceriam os castigos de Deus. Isaías viu que qualquer realização das esperanças da nação messiânica em sua geração haviam agora sofrido um adiamento indefinido. Ao rejeitar o programa "Deus conosco", Judá agora conheceria o "Deus contra nós". Mais uma vez vieram aquelas alternativas inescapáveis para Acaz: Confie em Deus e aceite o significado de Isaías ("Deus é salvação") ou confie no homem e conheça o significado de Sear-Jasube ("somente um remanescente deverá escapar").6

"Emanuel" em Isaías 7.14 revela
1) Deus manifestado ao homem;

2) Deus identificado com o homem;

3) Deus associado com o homem, "o eterno Contemporâneo" (G. B. Williamson).

Manteiga e mel (15), mais corretamente "coalhada e mel" (NVI), não é apenas uma boa fórmula para a criança não desmamada, mas é igualmente a única comida disponí-vel em tempo de devastação e invasão.' A expressão antes que este menino saiba rejeitar o mal e escolher o bem (1) especifica pelo menos uma infância de três anos. Naquela época a terra de que te enfadas (16) — as terras dos dois reis que estavam criando tanto pânico em Judá — seriam abandonadas e a própria Judá estaria em piores dificuldades do que quando as dez tribos se separaram de Judá (17).

d) Quando a paciência de Deus se esgota (7:18-25). Naquele dia (18) é uma expres-são de grande importância que Isaías deve ter trombeteado nos ouvidos do jovem rei. Ele a repetiu quatro vezes nesses oito versículos.

As "moscas do Egito" e os "abelhões da Assíria" (18-19) serão agora chamados para infestar as colinas altas e os vales profundos de Judá. Além disso, Isaías informa ao rei: Com uma navalha alugada (20) alguém o rapará completamente. Cabeça [...] cabe-los dos pés descreve a totalidade do desastre futuro. Somente uma dieta simples e mínima será possível de rebanhos e manadas muito pequenos (21-22). O cultivo cessará. Todo lugar em que houver mil vides do valor de mil moedas de prata (23) haverá somente sarças e espinheiros. Numa terra que já fora cultivada somente o caçador perambulará (24). "E às colinas antes lavradas com enxada você não irá mais, porque terá medo das roseiras bravas e dos espinheiros; nesses lugares os bois ficarão à solta e as ovelhas correrão livremente" (25; NVI). Assim o Senhor falou por meio do seu profeta ao rei que não tinha fé.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Isaías Capítulo 7 versículo 9
Se o não crerdes:
O SENHOR será fiel à sua palavra, mas o rei deve colocar toda a sua confiança nas promessas do SENHOR e atuar em conseqüência disso. Se o não crerdes... certamente não permanecereis:
O texto hebraico faz aqui um jogo de palavras, porque expressa as idéias de crer (hebr. taaminu) e de permanecer (hebr. teamenu) com duas formas distintas de um mesmo verbo, que tem as mesmas consoantes da palavra amém. A tradução literal que aqui é feita tenta manter a força de expressão da frase hebraica.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Isaías Capítulo 7 do versículo 1 até o 25
*

7.1—11.16 Esses oráculos de juízo e esperança estão associados à guerra entre Judá e uma coligação de Israel e da Síria (734-732 a.C.). Acaz, rei de Judá, foi seriamente ameaçado pela aliança de Peca, rei de Israel, com Rezim, rei da Síria (2Rs 16:5-18; 2Cr 28:16-21). Eles ameaçaram invadir Judá se Acaz não os ajudasse contra a Assíria.

* 7:2

à casa de Davi. Essa expressão aponta para o então cabeça da casa de Davi, Acaz. Ela relembra a Aliança do Senhor com Davi, concedendo-lhe uma descendência eterna e um reino (2Sm 7:12-16). A tentativa de substituir a dinastia de Davi por outro (“o filho de Tabeel”, v. 6) não poderia mesmo vingar, pois isso colocava em risco as promessas de Deus.

ficou agitado. Acaz, o rei orgulhoso, foi incapaz de acalmar o seu povo. A reação do líder lançou pânico entre o seu povo (22.3, nota).

* 7:3

Um-Resto-Volverá. No hebraico, Shear-Jashub (10.20-22). Essa foi uma promessa de salvação e vida para os fiéis, diante da condenação iminente que Judá infiel sofreria; mas um remanescente permaneceria.

* 7:4

dois tocos. Dois reinos estavam prestes a serem destruídos: Damasco, em 732 a.C., por Tiglate-Pileser III, e Samaria, em 722 a.C., por Sargão II.

* 7:7

o SENHOR Deus. Ver nota em 25.8. O Senhor esvazia o conselho dos reis (8.9,10; 40.23; Sl 33:10,11).

* 7:8

sessenta e cinco anos. Deus cumpriria as suas promessas após a morte de Acaz (2Rs 17:24-41).

* 7:9

se o não crerdes... não permanecereis. Temos aqui um jogo de palavras que lança mão de diferentes significados de uma mesma palavra hebraica. A fé significa conhecer a promessa de Deus, assentir com ela intelectualmente e confiar em Deus de que ele cumprirá a sua promessa.

* 7:11

um sinal. Um sinal autenticaria a mensagem profética concernente ao futuro.

embaixo... em cima. Coisa alguma está fora da soberania de Yahweh (Dt 10:14; Sl 139:8; Rm 8:39).

* 7:13

ó casa de Davi. Ver nota em 7.2.

* 7:14

a virgem. Essa palavra hebraica ocorre por sete vezes no Antigo Testamento. Significa uma mulher jovem, em idade de casar-se, normalmente uma virgem (Gn 24:43). A Septuaginta (tradução grega do Antigo Testamento, feita em cerca de 150 a.C.), traduziu essa palavra hebraica por uma palavra que significa “virgem”, mais especificamente. O Novo Testamento compreendeu que Isaías estivesse fazendo uma designação à virgem Maria (Mt 1:23). Ver “O Nascimento Virginal de Jesus”, em Lc 1:27.

Emanuel. “Deus conosco”. Esse nome transmite a promessa divina de salvar, abençoar e proteger os filhos de Deus. A identidade da virgem e de seu filho tem sido assunto de consideráveis discussões. Três opiniões principais têm sido propostas: Primeiramente, alguns, especialmente judeus do século II d.C., entenderam essa profecia como sendo a esposa de Acaz e seu filho, Ezequias (2Rs 18:2). Mas conforme Jerônimo (cerca de 400 d.C.) salientou, Ezequias já havia nascido. Em segundo lugar, outros identificam a mulher como sendo a esposa de Isaías ou como uma mulher que seria sua noiva (8.3). O filho, pois, seria o filho de Isaías, Maher-Shalal-Hash-Baz. Essa interpretação é questionável. O termo hebraico aqui traduzido por “virgem” normalmente não era usado para uma mulher que já fosse mãe (de shear-Jashub, 7.3). Se alguém que estivesse noiva do profeta está em foco, então torna-se mister supormos que sua primeira esposa tivesse morrido. Além disso, a interpretação requer que o filho tivesse tido nomes contraditórios: Deus Conosco (Emanuel) e Rápido-Despojo-Presa-Segura (Maher-Shalal-Hash-Baz). Embora isso não seja impossível, parece improvável. Finalmente, a alimentação do menino de “manteiga e mel” sugere que ele cresceria após a destruição de Judá (v. 15, nota). A tradição sugere uma terceira interpretação, identificando o menino como o Messias, uma personagem divina cujo nascimento foi contrário à natureza. Essa interpretação equipara o Menino chamado “Emanuel” com a criança que possuía títulos divinos, em 9.6, e com o Rebento do capítulo onze. De acordo com Mateus, a virgem é Maria, e o Menino é Jesus Cristo (Mt 1:22,3). No v. 16, o nascimento, não obstante, parecia iminente. Talvez a profecia tivesse um cumprimento parcial no nascimento do filho de Isaías, Rápido-Despojo-Presa-Segura (8.1-3), enquanto que o cumprimento definitivo esperava pelo nascimento de Jesus Cristo, que ficaria com o trono de Deus para sempre.

* 7:15

manteiga e mel. Não temos aqui uma alimentação típica das criancinhas, mas aponta para um tempo quando as pessoas sobreviveriam de campos não lavrados (v.

22). O Menino é identificado com o remanescente.

quando souber desprezar o mal. A auto-gratificação tornou a liderança fracassada de Israel insensível para com os valores sociais e espirituais (5.11-23), mas essa alimentação sensibilizaria o Cristo para a obra do Senhor (42.1-4).

* 7:16

antes que. Este versículo parece significar que antes do tempo requerido para a criança tornar-se responsável — aos doze anos — Peca e Remalia seriam ambos derrotados. De acordo com essa interpretação, o “Menino” apontava, primariamente, para o filho de Isaías, e, em segundo lugar, para Cristo.

* 7:18

naquele dia. Ver nota em 2.11. A queda de Damasco, a queda de Samaria, e a devastação de Judá foram prelibações dos eventos do Juízo Final.

às moscas... às abelhas. Esses insetos vagueiam em grandes números, como as hordas de exércitos invasores.

* 7:19

nos vales profundos... nas fendas das rochas. Os lugares tradicionais de esconderijo não proveriam escape (2.19).

* 7:20

Uma navalha alugada. Rapar a cabeça era sinal de lamentação (15,2) e uma maneira de humilhar inimigos vencidos (2Sm 10:4,5). Acaz tinha contratado a Assíria para ajudá-lo contra a Síria e a Samaria, mas o Senhor usaria a Assíria para, em lugar disso, humilhar Israel (v. 17).

* 7:22

será tal a abundância. A terra perderia de tal maneira a sua população que o alimento limitado parecerá abundante.

manteiga e mel. Ver nota no v. 15. O remanescente terá alguma coisa para comer.

* 7.23-25

naquele dia. A terra cultivada será entregue à erva daninha, e dificilmente serviria sequer como pastagem.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Isaías Capítulo 7 do versículo 1 até o 25
7:1 Transcorria o ano 734 a.C. e uma aliança do reino do norte do Israel e Síria estava a ponto de atacar ao Acaz, rei do Judá em Jerusalém. Temia pelo possível final de seu reinado e porque os exércitos inimigos fossem matar a muita gente ou os levassem cativos (2Cr 28:5-21). Entretanto, como predisse Isaías, o reino do Judá não viu seu fim nesse momento. O sinal do Emanuel seria de liberação.

7:2 "A casa do Davi" se refere ao Judá, o reino do sul. "Efraín", a tribo dominante no norte, é uma referência ao Israel, o reino do norte.

7:3 Sear-jasub significa "um remanescente voltará". Deus disse ao Isaías que lhe desse este nomeie a seu filho como aviso de seu plano de misericórdia. Desde o começo de seu julgamento, Deus planejou restaurar um remanescente de seu povo. Sear-jasub lhe recordava ao povo a fidelidade de Deus para com eles.

7:3 O "aqueduto do lago de acima" possivelmente era o lugar da fonte do Gihón, localizada ao leste de Jerusalém. Esta era a fonte principal de água da cidade Santa e também a fonte que desembocava no famoso túnel do Ezequías (2Cr 32:30). A herdade do Lavador era uma paragem bem conhecida onde roupa ou tecidos recentemente fiados ficavam ao sol para secar e branquear (veja-se 32.6).

7.4-8.15 Isaías predisse a dissolução da aliança do Israel com Síria (7.4-9). devido a esta aliança, destruiriam ao Israel (8.1-4). Assíria seria o instrumento que Deus utilizaria para fazê-lo (7.8-25) e para castigar ao Judá. Mas Deus não permitiria que Assíria destruíra ao Judá (8.1-15). Perdoaria-os devido a que a misericórdia do plano de Deus não pode frustrar-se.

7:8 Acaz, um dos piores reis do Judá, negou-se a aceitar a ajuda de Deus e em seu lugar tratou de comprar a dos assírios, pagando-a com o ouro e a prata do templo (2Rs 16:8). Quando os assírios chegaram, trouxeram mais problemas que ajuda. No ano 722 a.C., Samaria, a capital do Efraín (outro nomeie para o Israel, o reino do norte), caiu ante os exércitos assírios, terminando assim o reino do norte.

7:12 Acaz pareceu reto ao dizer que não provaria a Deus com um sinal ("Não pedirei, e não tentarei ao Jeová"). Em realidade, Deus lhe disse que pedisse, entretanto, Acaz não queria saber o que Deus tinha que dizer. Freqüentemente utilizamos algumas desculpa, tais como não querer incomodar a Deus, para evitar nos comunicar com O. Não permita que nada lhe impeça de seguir escutando e obedecendo a Deus.

7.14-16 Virgem se traduz de uma palavra hebréia que significa mulher solteira com suficiente idade para estar casada, mulher sexualmente amadurecida (vejam-se Gn 24:43; Ex 2:8; Sl 68:25; Pv 30:19; Cantar dos Ct 1:3; Ct 6:8). Alguns compararam a esta jovem com a esposa do Isaías e seu filho recém-nascido (Ct 8:1-4). Mas não podia ser ela, dado que já tinha um filho, Sear-jasub, e a seu segundo filho não o chamaram Emanuel. Alguns acreditam que possivelmente a primeira esposa do Isaías tinha morrido e então esta é sua segunda esposa. O mais provável é que esta profecia tivesse um dobro cumprimento. (1) Uma jovem mulher solteira da casa do Acaz se casaria e teria um filho. Antes que passassem os três anos (um ano para o embaraço e dois para que o menino tivesse idade para falar), seriam destruídos os dois reis invasores. (2) Mt 1:23 entrevista Is 7:14 para mostrar um cumprimento posterior desta profecia na qual uma virgem chamada María concebeu e deu a luz um filho, Emanuel, o Cristo.

7:18 A mosca e a abelha são símbolos do julgamento de Deus (veja-se Ex 23:28). Egito e Assíria nesta ocasião não devastaram Judá. Ezequías aconteceu ao Acaz como rei e honrou a Deus, portanto O conteve sua mão de julgamento. Dois reis malvados governaram antes do Josías, de quem se dizia que não tinha havido outro rei que se convertesse tão completamente a Deus como ele (2Rs 23:25). Entretanto, o destino do Judá estava marcado pela maldade extrema do pai do Josías, Amón. Durante o reinado do Josías, Egito partiu contra os assírios. Josías então declarou a guerra ao Egito, apesar de que Deus lhe havia dito claramente que não o fizesse. depois de morrer (2Cr 35:20-27), só reis débeis governaram Judá. depois de três meses, os egípcios se levaram a filho do Josías, Joacaz. Nabucodonosor se levou a Babilônia ao Joacim, o seguinte rei. Egito e Assíria atiraram um golpe mortal ao Judá.

7:20 o Israel caiu porque contratou a Assíria para que os salvasse (2Rs 16:7-8). Símbolo de humilhação total: "raspará" com navalha o cabelo do Judá. Nu 6:9 explica que depois de poluída, uma pessoa que se apartava para Deus tinha que raspar sua cabeça como parte do processo de purificação. Raspar o cabelo do corpo era uma vergonha, uma exposição à nudez. Para um hebreu era humilhante que lhe raspasse a barba (2Sm 10:4-5).

7.21-25 Pisariam os ricos campos do Judá até convertê-los em pastizales adequados sozinho para apascentar ganhos. Já não seria uma terra de abundância, uma terra da "que flui leite e mel" (Ex 3:8), a não ser uma de manteiga, mel e espinheiros.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Isaías Capítulo 7 do versículo 1 até o 25
II. A VERDADEIRA ESPERANÇA DA NAÇÃO: Deus conosco (Is 7:1 , Is 9:1 e Is 11:1 .

A. a crise nacional e da promessa (7: 1-25)

O primeiro versículo deste capítulo é muito semelhante 2Rs 16:5)

1 E sucedeu que, nos dias de Acaz, filho de Jotão, filho de Uzias, rei de Judá, que Rezim, rei da Síria, e Peca, filho de Remalias, rei de Israel, subiram a Jerusalém, para a guerra contra -lo, mas não podia prevalecer contra Ec 2:1 E foi dito a casa de Davi, dizendo: A Síria fez aliança com Efraim. E o seu coração estava tremendo, e o coração do seu povo, como as árvores da floresta tremer com o vento.

3 Então disse o Senhor a Isaías: saí agora ao encontro de Acaz, tu e Shear-Jassub teu filho, no final do aqueduto da piscina superior, na estrada do campo do lavandeiro, 4 e dize-lhe: Cuida , e ficar quieto; não temas, nem o teu coração fraco, por causa destes dois pedaços de tições de fumar, para a ira de Rezim e da Síria, e do filho de Remalias. 5 Porquanto a Síria, Efraim e com o filho de Remalias, determinei mal contra ti, dizendo: 6 Subamos contra Judá, e maltratar-lo, e deixe-nos fazer uma brecha aí para nós, e criou um rei em meio a isso, até mesmo o filho de Tabeel; 7 , assim diz o Senhor Deus , Isto não subsistirá, nem tampouco acontecerá. 8 Pois a cabeça da Síria é Damasco, ea cabeça de Damasco é Rezim; e dentro de sessenta e cinco anos Efraim será quebrado em pedaços, para que ele não deve ser um povo: 9 e a cabeça de Efraim será Samaria, ea cabeça de Samaria o filho de Remalias. Se vocês não vão acreditar, certamente não haveis ser estabelecida.

Nos dias de Acaz. O texto parece implicar que Isaías não chegou a gravar este evento e profecia até depois da morte do Rei Acaz. Esta é a razão para a genealogia, o que não seria necessária durante a sua vida. Há dificuldades em reconstruir os acontecimentos históricos que antecederam as profecias deste capítulo, uma vez que o nosso conhecimento dos fatos é tão escasso. Além de algumas inscrições da Síria, que não estão preocupados com os detalhes dos acontecimentos em Israel e Judá, temos apenas 2Rs 16:7. ; Jr 29:10 ; Ez 9:2 2 Chron. , 22 ). A segunda objeção perde sua força quando consideramos que Isaías também assegurou Acaz que estes poderes que viria a ser destruídos não seria capaz de fazer-lhe qualquer dano imediato (vv. Is 7:4 , Is 7:16 ).

Em terceiro lugar, o jogo de palavras na declaração final é interessante, e testou a ingenuidade de tradutores. Alguns tentaram dar o efeito do hebraico: "Sem fé, sem fixidez"; "Sem confiança forte, não reduto fiel"; "Não confidência, não cumpridores." Tradução de Lutero foi muito admirado. " Glaubet ihr nicht, então Bleibet ihr nicht . "É gramaticalmente possível, com Young e outros, para interpretar o hebraico ki ​​como fazer o segundo causador cláusula: "Se vocês não vão acreditar, é porque vocês não estão estabelecidos." Entretanto , o contexto parece favorecer a interpretação mais comum de ki como equivalente a paráfrase de Anderson expressa isso claramente ", então.": "Se a sua fé não é certo (tha'aminu) seu trono não será segura (the'amenu ), "(No entanto, esta paráfrase erra em implicando muito estreito uma aplicação da declaração do rei.)

Esta é uma das verdades fundamentais de Isaías. Se as pessoas não iriam acreditar na palavra de Deus, eles não estaria nos próximos problemas. Este sempre foi verdade. Se o homem não vai acreditar em Deus, ele não tem nenhuma base sobre a qual a ficar em qualquer tempo de angústia. A importância da fé não pode ser subestimada, uma vez que "sem fé é impossível agradar a Deus" (He 11:6)

10 E o Senhor falou novamente a Acaz, dizendo: 11 Pede para ti um sinal do Senhor teu Deus; pede-o ou em baixo nas profundezas ou em cima nas alturas. 12 Acaz, porém, disse, não vou pedir, nem tentarei o Senhor. 13 E ele disse: Ouvi agora, ó casa de Davi: É uma coisa pequena para você para homens cansados, para que vos vai cansar também ao meu Deus? 14 Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal:. eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel 15 Manteiga e mel comerá, quando ele souber rejeitar o mal e escolher o bem. 16 Pois antes que o menino saiba rejeitar o mal e escolher o bem, a terra dos dois reis te enfadas será desamparada. 17 Jeová trará sobre ti, e sobre pessoas teus, e sobre a casa de teu pai, tem dias que não vêm, desde o dia em que Efraim se separou de Judah- mesmo o rei da Assíria.

Esta é a passagem em que encontramos a declaração discutido muito que Mateus (Mt 1:21) considera que devem ser respeitadas a Virgin Nascimento de Jesus. É importante vê-lo aqui em seu contexto histórico, a fim de avaliá-lo honestamente. Esse contexto é todo este capítulo. Vimos como, neste tempo de perigo nacional, o profeta Isaías chegou a Acaz fora da cidade e primeiro tentou acalmar o rei o suficiente para que ele pudesse pensar claramente e tomar uma decisão sábia como para o curso da nação de ação.Ele disse ao Rei Acaz que as duas nações mais temia em breve deixará de problemas Judá, e que ele deve acreditar esta palavra de Deus, ou ele pode levar a si mesmo e sua própria nação à ruína.

Esses comentaristas que separam a última parte do capítulo de nove primeiros versos (como Ewald, Hendewerk, Henderson, e outros) perder o ponto da oferta de um sinal, uma vez que eles levá-lo para fora do seu contexto. A expressão, o Senhor falou novamente, não implica uma mudança de lugar e tempo, mas apenas que o Senhor era persistente em continuar a lidar com Acaz, apesar da atitude deste último. Estas palavras, no entanto, parecem bastante surpreendente quando se percebe que é Isaías, que tem falado e que continua a falar. As palavras de Isaías são as palavras do Senhor! Mas, como qualquer leitor da Bíblia sabe, profetas do Antigo Testamento constantemente alegou estar falando as palavras do Senhor Deus. Este foi tão verdadeiro de Moisés e Samuel como dos profetas posteriores. Uma vez que este é tão comum no Antigo Testamento, é completamente desnecessário para sugerir, como faz Kittel, que o Senhor pode ter sido substituído por um de alguma forma original "Isaías." Não há nenhuma dificuldade em ver a declaração de Isaías nos seguintes versos como as palavras que o Senhor lhe deu para dizer a Acaz. Isaías alegou o tempo todo para ter sido enviado pelo Senhor e estar falando para Ele.

A afirmação de que o Senhor falou novamente enfatiza a paciência do Senhor com Acaz. O rei ficou tão teimoso e tão determinado a ter o seu próprio caminho que ele iria pagar nenhuma atenção à mensagem do profeta. No entanto, Deus não desistiu, por causa do rei e para o bem da nação. Desta vez, a palavra do Senhor para Acaz foi: Pede para ti um sinal do Senhor teu Deus . Ele estava certo de que ele poderia pedir qualquer tipo de sinal que ele desejava, como se toda a criação foram colocados perante o rei, a partir do qual ele foi convidado a escolher algum sinal de que Deus iria ignorar o enredo mal destes dois reis. Skinner observa que "Isaías jogou um jogo perigoso em apostando sua reputação em tão ilimitada uma escolha ... se ele não estava falando sob verdadeira inspiração divina." Certamente isto enfatiza a garantia de Isaías de que ele estava falando por Deus. Pelas palavras , teu Deus, Isaías lembra Acaz da relação que ele deveria manter com o Senhor.

A palavra "sinal" (Heb. 'oth) desempenha um papel importante no Antigo Testamento, e não necessariamente referir-se a qualquer coisa milagrosa. É algo que serve como uma indicação de que Deus está ou estará presente. Pode ser uma ocorrência sobrenatural que demonstra que Deus está trabalhando (conforme Ex 7:1 ; Gn 1:1 Sm 10:.. 1Sm 10:2ff ). Dois eventos pode ser previsto, e quanto mais perto ou primeiro deles pode ser feito o sinal do evento mais tarde (1Sm 2:34. ; 44 Jer: 29-30. ). Ainda mais importante para o entendimento dessa passagem é o fato de que dois eventos podem ser previstos, e a previsão do evento mais tarde pode ser feito o sinal do evento anterior (Ex 3:12. ; . Is 37:30 ).

Não é possível para nós ter a certeza do espírito em que Acaz recusou-se a pedir um sinal. Ele pode ter sido leviano, ou ele pode ter falado com ironia. Mas de qualquer forma, ele queria se livrar do profeta para que ele pudesse continuar com seu próprio planejamento. Para ter pedido um sinal teria sido evidência de que ele tinha alguma fé na capacidade de Deus para dar o sinal e para ajudá-lo em seu problema. Se ele tivesse um pouco de fé em Deus, neste momento, ele não estava disposto a mostrar que até mesmo a ponto de pedir o sinal que lhe foi oferecida. Ele não queria confiar em Deus; ele queria confiar na Assíria. Por sua recusa em pedir um sinal, Acaz foi claramente virando as costas para o Senhor, e definindo-se como o melhor juiz do que ele deve fazer. Ele não estava se recusando porque o teste Deus era proibido (Dt 6:16 ), uma vez que ele havia sido expressamente ordenado para pedir o sinal. Deus tinha oferecido o sinal para o incentivo do rei, a fim de dissuadi-lo de seu plano para ir para os assírios por socorro, mas ele foi colocado em seu próprio plano, e não quis ouvir.

É sem dúvida verdade que o homem teria um tempo mais fácil com os problemas da vida se ele iria aprender a observar e aceitar as evidências de que Deus está com ele para ajudar. Só que ele pode muitas vezes se sentem, o homem não está sozinho neste mundo; Deus nunca deixou-o a seus próprios dispositivos, e prometeu não fazê-lo: "Eu nunca te deixarei, nem te desampararei" (He 13:5 , mas algumas coisas devem ser ditas aqui.

A principal discussão tem centrado em torno da tradução da palavra 'almah (virgem). Margem ASV lê "Ou, solteira , "e RSV inverte a leitura aceite ea margem, colocando a tradução" jovem "no texto e" virgem "na margem. Na Septuaginta, os judeus antes de Cristo usou uma palavra grega, parthenos , que denota claramente virgindade. Mas as traduções gregas feitas pelos judeus depois da época de Cristo usar a palavra neanis , com o significado mais inócuo de "jovem". A interpretação cristã tradicional, influenciada por Mt 1:23 , tem sido de que Isaías estava falando claramente da nascimento virginal do Messias; mas tem havido uma opinião crescente de que se isso tivesse sido sua intenção, o profeta teria usado a palavra bethulah . Costuma-se dizer que a última palavra denota necessariamente virgindade.

A maioria dos comentaristas foram mais dogmática do que os fatos permitem, e têm obscurecido a questão. Não é possível provar, através de etimologia ou através do uso, que uma das palavras hebraicas denota clara e inequivocamente virgindade. A etimologia não pode ser traçada de forma positiva, e o uso de ambas as palavras não é claro em pontos. Bruce resume a evidência de uso assim: " 'almāh , que ocorre sete vezes, não parece ser utilizados de forma marcadamente diferente do bethulah , que ocorre cinquenta vezes. "Uma coisa é certa, e isso é que a palavra 'almah é nunca usado de uma mulher casada, enquanto bethulah às vezes é aplicada a quem é casado. Este fato por si só é suficiente para pôr em dúvida os argumentos contra a interpretar 'almahpara significar uma virgem.

O significado do verso é que Isaías previu algo incomum, e essa previsão era um sinal para Acaz que ele poderia ter coração, porque o Senhor ainda estava trabalhando fora Seus propósitos com o Seu povo. A promessa do nascimento do Messias poderia servir como um sinal para Acaz que Deus não havia abandonado o seu povo, e não abandoná-los, mas vai continuar a trabalhar para fora Seu plano para a sua redenção completa. Acaz claramente não entender todo o significado messiânico da previsão; ainda o que ele entendia era o suficiente para fazer essa mensagem mais um sinal de que Deus ainda estava dirigindo os caminhos das pessoas, e que continuaria a fazê-lo até que esses efeitos foram cumpridos na vinda do Messias. O significado desta previsão como um sinal é, então, o mesmo que o sinal a Moisés em Ex 3:12 .

E chamará o seu nome Emanuel. A Septuaginta confundiu a forma arcaica de este verbo (terceira pessoa do singular) para uma forma posterior segunda pessoa: ". chamada Tu" É desta forma que Mateus (Mt 1:23) cita que, uma vez que ele se encaixa, assim, a sua melhor forma narrativa. Assim, é a mãe que dá nome ao filho, como em Gn 4:1 ; 19:. Gn 19:37ff , etc. Na verdade, o nome "Deus está conosco" foi apenas descritiva, ou simbólica do fato de que Deus ainda estava com Seu povo pelo tempo representado.Certamente é um nome apropriado para o Senhor! E a esperança de que se expressa com tanta frequência nos escritos proféticos da vinda do Senhor ao Seu povo deu esperança à nação durante séculos antes de Sua vinda real. Que importa o que mais pode acontecer, desde que sabemos que Deus está conosco?

O versículo 15 , com a sua referência agora enigmático para o consumo de manteiga e mel, é parte do sinal, e é uma espécie de vaga indicação do período de tempo antes do evento significou no versículo 16 -o desolação dos dois reis inimigos. A dupla referência à dieta da criança e do conhecimento do bem e do mal serve para indicar claramente a infância do menino, e, portanto, um comprimento curto, mas de tempo indefinido. Até o final deste curto período de tempo, os dois reis do norte irão se apagar do quadro como poderes, e Deus enviou o rei da Assíria -não para ajudar Acaz, mas contra ele.

Para resumir, é como se Deus disse através de Isaías à Acaz recalcitrante: "Você se recusa a pedir um sinal, uma vez que você preferir seus próprios planos para os do Senhor, para que o Senhor mesmo vos dará um sinal. Este sinal é uma previsão do nascimento notável do Messias esperado. Você se recusa a participar nos planos de Deus, mas Ele vai realizá-los sem o seu auxílio, e enviará o seu Messias em seu próprio tempo. E antes que o tempo passou, que pode ser comparado com o comprimento de sua infância, os dois reis dos quais você está com tanto medo será desolado. Mas Deus vai enviar o rei da Assíria, contra você, como punição por sua rebeldia! "

Ao descrever a profundidade do problema que está para vir sobre a nação, Isaías diz que vai ser pior do que a qualquer momento que eles têm visto a partir do dia em que Efraim se separou de Judá . Desta forma, ele se refere ao tempo após a morte de Salomão, quando as dez tribos do norte se separou dos outros dois, de modo que a nação nunca foi novamente unidos.

3. A Desolação Coming (7: 18-25)

18 E sucederá que, naquele dia, que Jeová assobiam para o moscas que há no extremo dos rios do Egito, e às abelhas que estão na terra da Assíria. 19 E virão, e deve pousarão todas nos vales desertos e nas fendas das rochas, e em todos os espinheirais, e sobre todas as pastagens.

20 Naquele dia o Senhor vai fazer a barba com uma navalha que é contratado, nas partes além do Rio, mesmo com o rei da Assíria, a cabeça e os cabelos dos pés; e deve igualmente consumir a barba.

21 E sucederá que, naquele dia, que um homem criará uma vaca e duas ovelhas; 22 e ela deve vir a passar, que por causa da abundância do leite que elas devem dar, comerá manteiga; pois manteiga e mel comerá todo aquele que é deixado no meio da terra.

23 E será que acontecerá naquele dia que todo lugar, onde havia mil vides, mil de prata, será para espinhos e abrolhos. 24 com setas e com curva entrarão ali, porque toda a terra será . espinhos e abrolhos 25 E todos os outeiros que costumavam cavar com enxadas, tu não cheguemos lá por medo de espinhos e abrolhos; mas o que será para a quarta envio de bois e para serem pisados ​​pelas ovelhas.

Nesta conclusão a esta mensagem, Isaías elabora a ameaça afirmado no versículo 17 . Observe a forma como ele usa a frase repetitiva naquele dia para dirigir sua casa mensagem (vv. Is 7:18 , Is 7:20 , Is 7:21 , Is 7:23 ). Cada uma destas quatro ocorrências da frase introduz uma descrição de um aspecto do tempo de angústia. A autoridade de Deus sobre as nações é mostrado na que Ele pode ligar para o Egito e Assíria tão facilmente como um homem assobios para o seu cão. Assim, diz-se que o Senhor assobiará para a mosca ... e às abelhas, o que significa que ele irá convocar os exércitos dos dois países, e virão em enxames e se estabelecer em toda a terra. A navalha que é contratado é o rei da Assíria, a quem Acaz tinha pago o tributo, mas quem vai se voltar contra ele e sua nação. O desnudamento da terra pelos exércitos estrangeiros é mostrado para ser completa por meio da comparação com um homem que está em desgraça ao ser raspada da cabeça aos pés. O resultado será que vai haver tão poucas pessoas ficado na terra que se um homem tem sido capaz de resgatar uma vaca e duas ovelhas, ele vai ter uma abundância de leite para ele e todos os seus parentes que estão à esquerda. As vinhas vai crescer sem fiscalização e ser tomado por espinhos e abrolhos, de modo que eles vão ser lugares para os animais selvagens para se esconder e ser caçados. E todos os outeiros que costumavam cavar com enxadas, sendo abandonadas, vai se tornar nada, mas as pastagens para bovinos e ovinos. Essa é a terrível profecia de Isaías da desolação que há de vir sobre a terra por causa do pecado e incredulidade.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Isaías Capítulo 7 do versículo 1 até o 25
Is 7:0;Is 9:0;Is 10:0

Ao estudar as profecias do Antigo Testamento, há dois princípios im-portantes a serem levados em consi-deração: (1) os profetas vêem Cristo vindo em humilhação e em glória, mas não vêem o período de tempo entre esses dois eventos — a era da igreja (1Pe 1:10-60); e (2) cada profecia brotava de um contexto histórico preciso, no entanto olhava para além da época em questão, em direção ao futuro. Nesses capítulos, veremos esses princípios. O profeta está lidando com uma crise especí-fica na história de Judá — impedir o ataque de Israel (o Reino do Norte) e da Síria —, e ele diz à nação exa-tamente o que acontecerá. Nessas profecias, Isaías também anuncia a vinda do Messias. Observe as profe-cias que ele faz.

I. Judá será libertado dos inimigos (Is 7:1-23)

A. A situação (vv. 1-2)

A Assíria tornava-se forte e ameaça-va as outras nações, por isso Israel e Síria juntaram forças a fim de prote-ger-se. Queriam quejudá se alinhas-se com elas, no entanto o Reino do Sul não fez isso. Na verdade, Acaz negociava em segredo para que os assírios o protegessem (2Rs 16:1-12). A nação estava temerosa, pois Síria e Israel estavam para atacá-la e pa-recia não haver escapatória.

  1. A promessa (vv. 3-9)

Deus enviou Isaías e seu filho, Um- Resto-Volverá, para encontrar-se com o rei Acaz enquanto inspecio-nava o aqueduto de Jerusalém. Isaí-as transmitiu ao rei a mensagem de esperança e confiança: não tema a Síria e Israel, pois, em 65 anos, elas serão quebradas. A profecia confir-mou-se: em 732, a Assíria derrotou a Síria (Damasco) e, em 721, a Isra-el (Efraim, Samaria), no período de tempo indicado.

  1. O sinal (vv. 10-16)

Acaz agiu de forma muita piedo-sa ao recusar receber um sinal do Senhor. Assim, Deus afastou-se de Acaz e deu o sinal a toda a casa de Davi (v. 13). Esse sinal cumpriu-se, por fim, com o nascimento de Je-sus Cristo (Mt 1:23). Ele nasceu da virgem Maria e foi concebido pelo Espírito Santo (Lc 1:31-42). No ver-sículo 14, substituir a palavra "vir-gem" por "jovem" (BLH) é distorcer as Escrituras. Seu nome era "Ema-nuel", que significa "Deus está co-nosco" (veja 8:8 e 10). Jesus Cristo é Deus em carne humana, todavia sem pecado (Jo 1:14). Ele não é ape-nas um "homem bom" e um ótimo mestre, mas o próprio Filho do Se-nhor. Negar isso é negar a Palavra do Senhor (1Jo 4:1-62).

É possível (mas não obrigatório) que tenha havido algum tipo de cum-primento imediato da profecia como um sinal para o rei e a nação. Isso não quer dizer um nascimento virgi-nal miraculoso, já que apenas Jesus Cristo nasceu dessa forma. Contudo, sugere que uma virgem judia casou-se e, no ano seguinte, deu à luz um fi-lho. Antes que essa criança atingisse a idade judia de responsabilidade legal (12 anos), as nações inimigas, Israel e Síria, seriam derrotadas. Se esse sinal foi dado, como é provável, em 735 a.C., então a promessa seria cumpri-da por volta de 721. Como vimos, a Síria caiu em 732, e Samaria, em 721. E possível que a esposa de Isaías tenha dado à luz uma "criança que serviu como sinal"; Is 8:1-23 apresenta o registro do fato. Isso significaria que a primeira esposa do profeta morreu (a mãe de Um-Resto-Volverá, 7:3), e Isaías casou-se com a segunda esposa logo depois de anunciar essa profecia. Deus graciosamente livrou Judá de seus inimigos, apesar da descrença e do esquema do rei Acaz (ele roubou o templo para subornar a Assíria — 2Cr 28:21,2Cr 28:24-14, Isaías faz uma se-gunda predição da vinda do Mes-sias; vejaMt 4:1 Mt 4:3 Mt 4:6. Isaí-Jl 9:1 menciona as áreas que mais sofreram quando os assírios vie-ram sobre Israel, no entanto seriam elas que veriam a luz do Messias. Nos versículos 3:5, o profeta olha através do tempo, para a época em que Israel se alegraria e em que se livraria do jugo, quando as armas de guerra seriam queimadas como lenha — o tempo em que Jesus Cristo reinaria como o Príncipe da Paz. Veja aqui a humanidade ("um menino nos nasceu") e a deidade de Cristo ("um filho se nos deu"). A seguir, o profeta pula do nasci-mento humilde de Cristo para seu reinado glorioso, quando reinará sobre Jerusalém e haverá paz per-feita.

Em 9:8—10:34, Isaías continua a advertir Israel de seu julgamen-to iminente. Ele também adverte a Assíria de não ficar orgulhosa por causa de suas vitórias, pois é ape-nas uma ferramenta nas mãos do Senhor. Seu dia de derrota também chegará. Podemos ver na Assíria um símbolo do anticristo, que reunirá todas as nações contra Jerusalém na batalha de Armagedom. Da mesma forma como Deus derrotou a Assíria com seus poderes miraculosos, tam-bém derrotará Satanás e seus exérci-tos (Ap 19).


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Isaías Capítulo 7 do versículo 1 até o 25
7.1 Rezim. Reinou em Damasco entre 750 e 732 a.C., contemporâneo de Peca de Israel, 740-732 d.C.

7.2 Efraim. Nome dado a todo o Reino do Norte, sendo Efraim a maior das dez tribos que compunham aquela nação (Israel sem Judá). Mais tarde, o nome serviu para toda a região de Samaria e da Galiléia.

7.4 Tocos de tições. Estes tocos não oferecem o perigo de queimar a mão de quem os segurar. Filho de Remalias. Peca era um simples usurpador do trono de Israel (2Rs 15:25), mas na realidade quis lançar mão dá fana piedade para encobrir a má vontade e a falta de fé, evitando o confronto com Deus.

7.14 A virgem. Alguns teólogos querem traduzir isto por "mulher jovem", e não admitir esta profecia como do nascimento de Cristo de uma virgem. A mesma palavra hebraica, no entanto, 'almãh, se aplica a Miriã, menina de cerca Dt 14:0), e Rebeca (Gn 24:16, onde se ressalta a sua virgindade). A tradução da Bíblia para o grego, a Septuaginta (LXX), de época anterior ao nascimento de Cristo, traduz esta palavra por parthenos, "virgem", sem ambigüidade alguma. Assim também acontece em Mt 1:23, onde esta profecia se aplica claramente a Cristo, e ao nascimento dEle da virgem Maria. É claro, no contexto, que o profeta está prometendo um milagre indubitável; ora, não seria milagre uma mulher jovem, casada, ter um filho. Emanuel. Heb significa "Deus conosco" ('immãnüel, conforme Mt 1:23; Jo 15:4; Ef 3:17). De fato é uma criança singular (conforme 8.8; 8.10;

9.6). Quando Jesus nasceu, Deus de fato "se fez carne e habitou entre nós" (Jo 1:14; 2Co 5:192Co 5:19).

7.16 A terra. A Palestina do norte, as duas nações da Síria e de Israel. De fato, o reinado de Rezim terminou quando Tiglate-Pileser III da Assíria reduziu a Síria ao estado de nação conquistada, em 732 a.C. Samaria foi destruída dez anos mais tarde, depois de um longo cerco.

7.18 Refere-se às forças militares das grandes impérios vizinhos. A luta entre os dois esmagará a pequena nação que fica entre eles.
7.20 Navalha alugada. O rei da Assíria, instrumento nos mãos de Deus para aplicar punição (10:5-6). Doutro lado do rio. Além do Eufrates, na Mesopotâmia. Barba. Ser rapado desta maneira, constituía grande humilhação (conforme 2Sm 10:5). Refere-se à larga destruição da Palestina causada pela Assíria.

7.21 Vaca nova. Anteriormente, o, povo tinha sido rico em gado. Agora, só haveria o suficiente para as necessidades básicas da vida. Os restantes de entre o povo viveriam dos produtos naturais da terra (conforme Êx 3:8). Eis aí a aplicação imediata das palavras em 7.15, além do senso cristão; o profeta falava à sua situação e pronunciava também a obra de Cristo.

7.24 Flechas e arco. Por causa dos abrolhos, não somente deixaria de haver colheita, mas os próprios vinhais seriam lugar de caça.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Isaías Capítulo 7 do versículo 1 até o 25
b) O apelo ao rei Acaz (7:1-9)

O fracasso exterior do ministério de Isaías, predito no seu chamado para a missão, foi exemplificado de forma bem evidente alguns anos mais tarde, na época da guerra siro-efraimita, quando o próprio rei de Judá se mostrou cego para as realidades políticas e surdo para a palavra de Deus. O cap. 7 ilustra assim o cap. 6. A história é contada para o benefício do leitor, e por isso inclui elementos de ampliação e explanação; por exemplo, Acaz certamente conhecia muito bem a situação esboçada por Isaías nos v. 5,6.
Os reis de Damasco (Síria, v. 1) e de Israel estavam tentando se engajar numa causa comum contra os assírios e unir os Estados palestinos na sua confederação. Judá, sob o governo do rei Acaz, sabiamente resistiu às pressões diplomáticas, mas o resultado imediato disso foi que os exércitos sírio e israelita invadiram Judá e atacaram Jerusalém; era provavelmente o ano 734 a.C. O próprio Acaz foi substituído por um governante nomeado pelos sírios, Tabeel (v. 6); é claro que ele e o seu povo se assustaram (v. 2). Isaías, no entanto, longe de ficar amedrontado, só sentia desprezo pelos insignificantes reinos do Norte; até a grafia dos nomes Rezim e Tabeel foi colocada de forma propositadamente incorreta e irônica (e.g., “Tabeal” — como está na ARA, de forma correta — significa aproximadamente “não-serve-para-nada”!). A expressão muito vívida restos de lenha fumegante (v. 4) é francamente desdenhosa.

O cenário do confronto entre Acaz e Isaías foi fora da cidade, a leste (v. mapa, p. 1.037); é muito provável que o rei estivesse inspecionando o suprimento de água da cidade, sempre um problema sério em época de cerco de uma cidade. (Uma geração depois, Ezequias construiu o túnel de Siloé para aumentar o suprimento de água, na preparação para o cerco de Senaqueribe; qualquer que tenha sido a ocasião em que Jerusalém esteve cercada de todos os lados, o lugar em que Acaz e Isaías se encontraram caiu nas mãos dos inimigos; conforme 36.2).
Isaías foi instruído a levar o seu filho Sear-Jasube (v. 3) com ele, sem dúvida como um sinal subentendido para Acaz. O nome significa “um remanescente voltará”, um nome que significava em primeiro lugar a ameaça do desastre (especificamente deportação ou exílio), embora uma nota de esperança silenciosa não esteja ausente. O menino evidentemente já não era um bebê carregado nos braços, e podemos supor que ele tenha nascido logo após o chamado de Isaías e que por isso recebeu o nome que expressava tão bem a ameaça a Judá descrita em ó.llss. O nome agora assumia um significado especial. Até aqui, Judá tinha mal atraído a atenção da Assíria, mas, apavorado pela invasão siro-efraimita, Acaz agora propôs buscar a ajuda da Assíria (conforme 2Rs 16:7,2Rs 16:8), assim fazendo de Judá um vassalo do poder imperial. Qualquer revolta futura contra a Assíria conduziria à invasão e deportação como castigo; assim, o nome Sear-Jasube assumiu uma relevância que não tinha tido antes.

O propósito de Isaías, em concordância com isso, foi dissuadir Acaz de buscar o apoio assírio e persuadi-lo a compartilhar a fé inabalável de Isaías no Deus de Israel. Primeiramente, ele anunciou a promessa solene de Deus de que as intenções de guerra de Damasco e Samaria não levariam a nada. O v. 8 é difícil: em primeiro lugar, a palavra traduzida por pois na introdução do versículo deveria ser traduzida por “apesar de”, para dar alguma seqüência lógica ao pensamento; em segundo lugar, a menção de sessenta e cinco anos não é fácil de ser explicada, e talvez seja um leve erro do hebraico em lugar de “seis ou cinco anos” (i.e., “cinco ou seis anos”), que evidentemente faz mais sentido (assim JB, em inglês; mas consulte comentários mais detalhados). O sentido geral dos v. 8,9 aparentemente é que Rezim e Peca podem até ter o apoio de todos os recursos dos seus reinos, mas na realidade ainda assim são impotentes. Pode estar implicado aí também que Rezim e Peca são os governantes legítimos somente dos seus próprios reinos — e que Acaz é a cabeça legítima de Jerusalém e Judá (conforme J. A. Motyer, Tyndalle Bulletin 21, 1970, p. 121).

O último desafio lançado a Acaz e seus conselheiros é mais um dos brilhantes jogos de palavras de Isaías: Se vocês não ficarem firmes na fé (heb. ta'"minu), com certeza não resistirão (heb. tê'ãmênü). V. uma tentativa de reproduzir o jogo de palavras na nota de rodapé da CNBB. A palavra de Deus era clara: a escolha era entre a fé (em Deus, e não na Assíria!) e a perda permanente da independência e da estabilidade políticas. A fé em Deus era uma política tão real e decisiva quanto o apelo dispendioso à Assíria,

c) O sinal para Acaz (7:10-17)

Provavelmente transcorreu um tempo até o profeta retornar ao rei com uma nova palavra do Senhor; ao menos é o que sugere a observação de impaciência no v. 13. A situação histórica ainda não mudou; a ameaça representada pelos invasores sírios e israelitas ainda está amedrontando Acaz e seus conselheiros. A essa altura, Acaz deve ter tomado a decisão de apelar para a Assíria por auxílio militar, e é por isso que, com piedade aparente (conforme Dt 6:16), ele se recusou a pedir um sinal de Deus (v. 12). A última coisa que ele queria era uma prova palpável, por meio de um sinal como relâmpago ou terremoto, de que tinha tomado a decisão errada. Assim, ele rejeitou Deus; observe como a expressão seu Deus no v. 11 se torna meu Deus no v. 13.

Isaías havia predito anteriormente que os planos de Rezim e Peca não levariam a nada (v. 7); agora ele reafirma essa predição (v. 16), em termos que sugerem claramente os efeitos terríveis da invasão assíria vindoura sobre Damasco e o Reino do Norte de Israel, e depois prossegue imediatamente (v. 17) profetizando que a chegada das forças assírias vai representar problemas maiores do que Judá jamais conheceu na sua história de reino independente. (A última frase do v. 17 não fazia parte do oráculo falado, mas foi acrescentada para benefício do leitor.) Assim, o que começou como promessa termina como ameaça; o alívio temporário causado pela queda dos inimigos atuais de Judá seria mais do que compensado pelo domínio e opressão do novo “amigo” e aliado de Judá, a Assíria. O alívio temporário seria, como a proverbial calmaria antes da tempestade, um mero arauto das calamidades que se seguiriam.
O rei Acaz decidiu não pedir sinal algum, pois ele sabia que isso quase certamente seria embaraçoso para ele; mas Deus escolheu lhe dar um sinal mesmo assim, um sinal que não poderia ser omitido pelo rei nem pelo seu séqüito. (Esse é o sentido de descendentes de Davi, v. 13; “casa de Davi”, ARA; conforme v. 2.) O sinal seria o nascimento de Emanuel (v. 14).

Dificilmente há outro versículo na Bíblia que tenha sido mais debatido e discutido do que Is 7:14. As principais questões polêmicas são as seguintes;

a)    Em que consiste exatamente o “sinal” ? Na concepção virginal? No nascimento? No nome? Na situação modificada?
b)    O termo hebraico ‘almâh significa uma “jovem” (NTLH, BJ) ou uma virgem (ARA, ARC, NVI)? E será que a mulher citada é uma pessoa específica, ou a referência é geral?

c)    A frase de anunciação em Sl implica linhagem régia ou não?
d)    O nascimento é claramente futuro; mas será que a concepção da criança já ocorreu (como na NTLH) ou não (como na NVI)?
e)    O texto exige um cumprimento imediato ou não?
(Comentários mais extensos e dicionários bíblicos devem ser consultados na busca de argumentos mais detalhados acerca dessas questões.)
No entanto, alguns pontos podem ser afirmados com certo grau de certeza;

a) Nenhum cristão que leva Mt 1:20-40 a sério pode negar que o cumprimento definitivo desse texto ocorreu em Cristo; mas, mesmo assim, ainda ficam duas opções, i.e., o cumprimento único, em Cristo, ou então o cumprimento duplo, um na época de Acaz e outro no evento messiânico. A última opção de fato parece preferível, em vista das seguintes considerações.

b)    A palavra “sinal” (heb. ’ôt) requer um cumprimento razoavelmente próximo; uma predição pode ser feita para o longo prazo, mas um sinal é por definição um sinalizador na situação contemporânea que aponta para um evento mais distante. V. especialmente F. J. Helfmeyer, TDOT, i, verbete ’ôt).

c)    Apesar de diversas tentativas de demonstrar o contrário, ainda permanece duvidoso se a palavra hebraica ‘almâh significava somente “virgem”. Certamente era um termo que incluía as virgens; mas não pode ser restrito a elas.

d)    Num contexto em que nomes funcionavam claramente como sinais (Sear-Jasube em 7.3 e Maher-Shalal-Hash-Baz em 8:1-4), é altamente provável que o sinal tenha sido o nome “Emanuel”, e não a concepção ou o nascimento da criança.

e)    Parece provável, embora não certo, que a construção hebraica sugira que Isaías estava se referindo primeiramente a uma jovem já grávida; praticamente a mesma construção ocorre em Gn 16:11 (q.v.).

f)    Nenhuma exegese natural pode aplicar o v. 16 a um futuro muito distante.
g)    Não é muito provável que o Emanuel deveria ser o filho do próprio Isaías, visto que o seu filho Maher-Shalal-Hash-Baz provavelmente foi concebido e nasceu durante a mesma crise política (8:1-4). É ainda menos provável que Emanuel deveria ser filho de Acaz, visto que nesse caso o rei poderia facilmente evitar que esse sinal ocorresse, ao lhe dar um nome diferente. Realmente é verdade que nunca ouvimos falar de uma criança, seja de Isaías, seja de Acaz, que teve o nome Emanuel.
Com base nessas conclusões, podemos interpretar o texto da seguinte forma. Acaz se negara a buscar um sinal, visto que ele sabia no seu coração que um sinal demonstraria que Isaías estava certo. Mesmo assim, um sinal iria confrontá-lo; e este sinal foi que, antes que pudessem passar nove meses, os invasores sírios e israelitas teriam partido de forma tão dramática que muitas mulheres grávidas dariam o nome Emanuel — “Deus está conosco” — a seus recém-nascidos. (O nome Icabode, “a glória se foi”, conforme 1Sm

4.21,22, é uma boa comparação e contraste.) Em outras palavras, “Emanuel” se tornaria um nome de criança muito comum no ano seguinte. No entanto, o nome seria um sinal ou prova para Acaz, não de que a ameaça Sl-ro-efraimita já tinha passado (esse fato seria auto-evidente), mas de que o Deus que dessa maneira era reconhecido como estando “com” o seu povo tinha o propósito de causar graves dificuldades a eles por meio da Assíria. Quando essa ameaça se concretizaria? Em pouquíssimos anos, diz Isaías — antes que crianças que agora estavam no útero pudessem crescer até o discernimento maduro (v. 16). (A predição do v. 15 é explicada adiante nos v. 21,22.)
A escolha do nome Emanuel seria um sinal de fé por parte das mães (contrastando com a ausência de fé por parte de Acaz); e a fé e a confiança dessas pessoas simples e devotas seriam recompensadas no final. Aqui e em outros textos 1saías prediz a sobrevivência de um remanescente, por meio de quem viria mais tarde a escolha de Deus de um Rei e Messias. O juízo não poderia ser a última palavra de Deus para o seu próprio povo; viria o dia em que (não qualquer jovem mas) a virgem iria conceber e dar à luz o Filho cujo nome significaria a salvação final e definitiva do seu povo (Mt 1:21). Então finalmente a presença de Deus estaria com o seu povo de forma bem diferente e maravilhosa, experimentada não na ausência repentina dos inimigos de Judá, mas, antes, na presença permanente do Filho de Deus.

d) A ameaça para Acaz (7:18-25)
O capítulo conclui com quatro breves oráculos que Isaías pode ter anunciado em ocasiões diferentes, mas que combinados servem para ampliar a ameaça do v. 17. O propósito principal das palavras do profeta é mostrar a Acaz e Judá a natureza da ameaça apresentada pela Assíria, embora fique claro que a Assíria não vai agir como agente independente, mas como ferramenta nas mãos de Deus para castigar Judá.
v. 18,19. Não somente a Assíria, mas também o Egito, sob o domínio de Deus, vão causar problemas a Judá. O Egito era conhecido por suas moscas, a Assíria, por suas abelhas, e Deus é retratado como um apicultor que assobia às suas abelhas para que sigam as suas ordens. Obviamente, Judá é a terra a ser infestada pelos dois; o retrato pode ser das duas nações lutando entre Sl na Palestina, ou então de dois “aliados” de Judá depredando este último.

O v. 20 mostra engenhosamente a tolice da ação de Acaz em “contratar” os assírios de além do Eufrates (heb. “o rio”); Acaz queria que eles executassem uma operação secundária (i.e., derrotar Rezim e Peca), mas a verdade é que os assírios não saberiam respeitar tal limitação à sua ingerência nas questões palestinas. Os pêlos de suas pernas significa pêlos púbicos, e assim a imagem sugerida é de total humilhação.

Os v. 21,22 servem para ampliar o v. 15. Um quadro nitidamente idílico é usado para mostrar um território de Judá em grande parte despovoado e que voltou ao estado primitivo da natureza, coalhada e mel: um sinal de fartura natural, mas nesse contexto sugere a perda do que hoje seria chamado de benefícios da civilização; viver de batatas e amoras-pretas seria um paralelo moderno.

Os v. 23ss retratam novamente uma terra que retornou a seu estado natural; o v. 24 sugere que animais selvagens estão infestando algumas regiões do território despovoado de Judá. O desastre de 701 a.C., ao final do ministério de Isaías, deve ter produzido esse tipo de conseqüências em várias regiões do país.
Observe que os dois últimos oráculos afirmam ou sugerem o tema do remanescente tratado por Isaías; apesar da amplitude do desastre por vir, algumas pessoas do povo de Deus iriam sobreviver.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Isaías Capítulo 7 do versículo 1 até o 25
e) A mensagem do Senhor a Acaz (Is 7:1-23). Esta mensagem é de confiança em Deus. Rezim... e Peca (1). Ver também 2Rs 16:5-12; 2Cr 28:5-14. Síria (1). A Síria da Bíblia é "Aram" em hebraico. Damasco era a principal cidade dos estados arameus, desempenhando o papel decisivo nos seus destinos. Fez aliança (2); literalmente, a "Síria repousa em Efraim". Como Efraim era a principal tribo de Israel, o seu nome passou a designar todo o estado. Era da base avançada do território de Israel que o rei da Síria projetava levar a cabo a invasão.

>Is 7:3

Sear-Jasub (3), literalmente, "voltará um remanescente". Isto não se refere à catástrofe que envolverá os exércitos de Judá. Uma das doutrinas mais importantes de Isaías é a do Remanescente. De todo o povo que se afastou do Senhor, ficará um resto que regressará à luz e se regozijará na salvação do Senhor Deus. Ao dar este nome ao seu filho, Isaías afirma a realidade tanto do castigo como da misericórdia. A raça dos fiéis não será inteiramente arrancada da terra. Apenas um resto, mas, mesmo assim, uma verdadeira geração de fiéis que sobreviverá à sombra da mão bondosa de Deus e transformará em realidade a vontade divina.

>Is 7:4

Não temas... estes dois pedaços de tições fumegantes (4). Pretende-se acentuar que estes tições, outrora potencialmente perigosos, são agora quase impotentes, pouco mais do que meros troncos fumegantes. Assim, Isaías exprime o seu desprezo por eles. O filho de Tabeal (6). Nada se sabe a respeito deste homem. É significativo o fato de o profeta conhecer tão perfeitamente o plano da campanha que até sabe quem é a pessoa que se projeta sentar no trono. O nome é aramaico e, portanto, refere-se provavelmente a qualquer fantoche do rei da Síria.

>Is 7:8

A cabeça da Síria será Damasco... (8). O sentido deste versículo e do seguinte é: "Contemplai o poder aparente de Aram e de Israel, mas não o temais. As suas cabeças são apenas Rezim e o filho pretensioso de Remalias, mas Jerusalém é a cabeça de Judá, e a cabeça de Jerusalém é Jeová".

Dentro de sessenta e cinco anos (8). Alguns comentadores consideram estas palavras uma intercalação feita por um escriba em data posterior; afirmam eles que os profetas normalmente não dão uma data tão precisa às suas predições. No entanto, leia-se Jr 25:12-24. Este espaço de tempo é certamente o que medeou a profecia e a destruição final do poder de Israel. Sob os golpes repetidos das invasões de Tiglate-Pileser e, mais tarde, com a introdução de colonos estrangeiros por Esar-Hadom, o poder do reino do norte foi completamente aniquilado. Se o não crerdes, certamente não ficareis firmes (9). Há um notável trocadilho no original que é quase impossível reproduzir numa tradução. Eis algumas tentativas de fazer ressaltar o efeito original: "Sem fé não há fixidez"; "Sem confiança forte não há forte de confiança"; "Sem confiança não há permanência". Estas palavras dirigem-se a Acaz e àqueles dos seus seguidores que dão indícios de não estarem convencidos pela mensagem do profeta.

>Is 7:10

2. A RECUSA DO REI E O SINAL (Is 7:10-23). Para confirmar no coração e consciência do rei a verdade das suas palavras, Isaías diz-lhe que busque um sinal de Jeová (11). Receoso de que isto o pudesse obrigar a alterar de qualquer maneira a política externa que adotara, o rei recusa-se a fazê-lo (12), o que não impede que seja dado um sinal (14), o do nascimento de uma criança com o grande nome de Emanuel (14). É essa a certeza da esperança de que o Deus eterno não abandonara o Seu povo, antes em toda a sua vida o vigia, guarda e domina para glória Sua.

>Is 7:11

Sinal (11). Não necessariamente milagroso. Um sinal é um penhor palpável, uma prova da verdade que o profeta proclamava em nome de Jeová. Nem tentarei... (12); temos aqui puro subterfúgio e hipocrisia. O rei recebera ordem expressa de pedir este sinal, e não o fazer era recusar o auxílio do céu.

>Is 7:14

Eis que uma virgem conceberá... (14-16). É este um dos mais grandiosos trechos de Isaías, em torno do qual, nestes últimos tempos, se têm desencadeado tempestades de controvérsia e polêmica. Não podemos fazer aqui mais do que sublinhar alguns pormenores; para examinar mais a fundo esta questão, estudem-se obras de maior fôlego concebidas em maior detalhe. O problema é se esta passagem constitui uma referência específica e enfática à vinda do Messias e à maneira como se verificará o Seu nascimento, ou se temos aqui apenas uma referência estritamente limitada ao fato da presença de Jeová Todo Poderoso. Ao considerar este assunto, não se esqueça que é muito freqüente as profecias do Velho Testamento terem um sentido duplo, apontando para uma realização imediata e para outra mais tardia. Nos vers. 15 e 16, o que se descortina é, evidentemente, um livramento num futuro breve. O nascimento daquela criança com o nome sagrado de Emanuel ("Deus conosco") é um penhor da certeza da libertação. Mas, para além dele, há a promessa firme, a realizar mais tarde, da salvação por Jeová do Seu povo de Israel. Só mediante a vinda do Filho de Deus e a realidade da encarnação é que se abriu o caminho para a realização deste livramento ulterior e mais absoluto. O autor destas linhas é de opinião que não há possibilidade de tirar a esta passagem o seu sentido messiânico. Mesmo que se conceda que a palavra traduzida por "virgem" (em hebraico almah) não tem necessariamente esse sentido exclusivo e que o profeta pensa, antes de mais, num acontecimento imediato, permanece o fato de que a redenção dos filhos de Israel e de toda a raça humana é realizada por Alguém com o nome de Emanuel, e acerca do Qual lemos, através do ensino explícito desse mesmo Alguém, que os profetas dEle escreveram e falaram (ver Lc 24:27).

Com respeito ao reino futuro a que Isaías se refere (ver Is 7:16-23; Is 8:8), Delitzsch faz o seguinte comentário: "Se, nestes capítulos 7:9 Isaías encara a Assíria absolutamente como o Império Mundial, isto se revela verdadeiro na medida em que os impérios, do babilônio ao romano, constituem, na realidade, apenas o desenrolar de um processo que teve início na Assíria. E se aqui, no capítulo 7, ele pensa que o filho da Virgem cresce sob a opressão assíria, isto também é verdadeiro no sentido de que Jesus nasceu, de fato, numa época em que a Terra Santa se encontrava sob a supremacia do império universal, num estado de coisas cuja causa remontava à descrença de Acaz". Parece não haver motivo válido para não descortinar na pessoa do Messias, o Filho de Deus, a realização definitiva desta profecia.

>Is 7:17

3. JUDÁ ASSOLADO (Is 7:17-23). Agora o profeta transmite a mensagem de castigo sobre o país que Acaz governa. Os exércitos hostis que o invadirão deixá-lo-ão desolado e solitário. As imagens de que Isaías se serve para reforçar a sua mensagem são duma intensidade esmagadora e de extraordinário vigor descritivo: como moscas e abelhas (18), como uma navalha alugada (20), como um povo reduzido às condições de existência típicas do deserto (Is 19:21-23), e, finalmente, temos o quadro dum país inteiramente desolado, crescendo cardos e espinhos onde outrora a terra fértil florescia em beleza e pujança (23-25). Às moscas... às abelhas (18). A idéia sugerida é de uma hoste inúmera. As moscas constituem um símbolo apropriado do Egito, onde o calor úmido que ali reina as produz em abundância. Assobiará (18), chamará por meio de assobios; ver o versículo 26. Alguém criará uma vaca (21). Os sobreviventes serão tão escassos que pouco gado bastará para produzir leite em abundância (22). Moedas de prata, (23), isto é, chéqueles de prata.


Dicionário

Cabeça

substantivo feminino Extremidade superior do corpo do homem e anterior do de um animal, que contém o cérebro e os órgãos de vários sentidos: a cabeça compõe-se do crânio e da face.
Especialmente, o crânio: quebrar a cabeça.
Tudo quanto tem alguma relação de situação ou de forma com a cabeça: cabeça de alfinete.
Começo: a cabeça de um capítulo.
Parte de um órgão mecânico ou de um conjunto que tem ação particular.
Figurado Espírito, imaginação: ter uma coisa na cabeça.
Razão, sangue-frio: perder a cabeça.
Indivíduo: pagar tanto por cabeça.
Vida: isso custou-lhe a cabeça.
Caráter, inteligência: boa, má cabeça.
Vontade: seguir sua própria cabeça.
Direção, autoridade: a cabeça de uma empresa.
Militar Elemento mais avançado de uma coluna.
Perder a cabeça, não se dominar; exaltar-se.
Ter a cabeça no lugar, ter juízo, bom senso.
Baixar a cabeça, humilhar-se, envergonhar-se.
Curvar a cabeça, submeter-se.
De cabeça, de memória.
Virar a cabeça, perturbar mentalmente; fazer adotar outras opiniões.
substantivo masculino Chefe: o cabeça da revolução.

substantivo feminino Extremidade superior do corpo do homem e anterior do de um animal, que contém o cérebro e os órgãos de vários sentidos: a cabeça compõe-se do crânio e da face.
Especialmente, o crânio: quebrar a cabeça.
Tudo quanto tem alguma relação de situação ou de forma com a cabeça: cabeça de alfinete.
Começo: a cabeça de um capítulo.
Parte de um órgão mecânico ou de um conjunto que tem ação particular.
Figurado Espírito, imaginação: ter uma coisa na cabeça.
Razão, sangue-frio: perder a cabeça.
Indivíduo: pagar tanto por cabeça.
Vida: isso custou-lhe a cabeça.
Caráter, inteligência: boa, má cabeça.
Vontade: seguir sua própria cabeça.
Direção, autoridade: a cabeça de uma empresa.
Militar Elemento mais avançado de uma coluna.
Perder a cabeça, não se dominar; exaltar-se.
Ter a cabeça no lugar, ter juízo, bom senso.
Baixar a cabeça, humilhar-se, envergonhar-se.
Curvar a cabeça, submeter-se.
De cabeça, de memória.
Virar a cabeça, perturbar mentalmente; fazer adotar outras opiniões.
substantivo masculino Chefe: o cabeça da revolução.

l. Esta palavra é muitas vezes empregada figuradamente na Sagrada Escritura. Cristo é a cabeça da igreja (Cl 1:18) em virtude de sua eminência e da sua influência, comunicando vida, saúde, força a cada crente. o marido é, também, a cabeça da mulher (Gn 3:16), com respeito à preeminência do sexo (1 Pe 3,7) e à excelência do conhecimento 1Co 14:35). A pedra que os edificadores rejeitaram foi feita a cabeça (a principal pedra) do ângulo (Sl 118:22). 2. Nas visões de Ezequiel os sacerdotes piedosos costumavam cortar rente o cabelo de suas cabeças, mas não com a navalha de barba – e faziam isso como sinal de varonilidade, e com o fim de evitar aqueles costumes do sacerdócio pagão (Ez 44:20). (*veja Cabelo.)

Cabeça A parte superior ou anterior do corpo do ser humano e dos animais. Em sentido figurado, “chefe” (Ef 4:15); 5.23). “Ter a cabeça exaltada” quer dizer “vencer” (Sl 27:6). Rapar a cabeça era sinal de tristeza (1:20) ou de voto (Nu 6:9); (At 18:18). V. IMPOSIÇÃO DE MÃOS e MENEAR.

Efraim

-

Fértil. Segundo filho de José, nascido no Egito (Gn 41. 52). Quando foi levado à presença do patriarca Jacó com Manassés, Jacó pôs a sua mão direita sobre ele. Quis José mudar as posições dos seus dois filhos, mas Jacó recusou (Gn 48:8-20).

(Heb. “frutífero”). Embora seja o progenitor de uma das tribos de Israel, ele não era filho de Jacó, mas seu neto. José levou seus filhos Manassés e Efraim diante do patriarca, a fim de que fossem abençoados (Gn 48). Posteriormente, isso resultou na subdivisão de José em duas linhagens que compuseram as doze tribos de Israel (Gn 49:22-26; cf. Dt 33:13-17).

Na narrativa do nascimento dos filhos de José (Gn 41:50-52), o mais velho, Manassés, recebeu esse nome porque, conforme o pai disse, o Senhor fizera com que esquecesse todos os seus problemas. O filho mais novo foi chamado Efraim, porque Deus o tinha feito prosperar na terra do Egito. Mais tarde, quando apresentou seus filhos a Jacó, para a bênção, José esperava que o mais velho recebesse a bênção de filho primogênito (Gn 48:13), mas, irônica e inesperadamente, o patriarca inverteu os braços, colocou a mão direita na cabeça de Efraim e, dessa maneira, assegurou a ele os direitos da primogenitura (vv. 14,19,20).

Embora Efraim não seja mencionado especificamente na bênção de Gênesis 49, fica claro que Jacó o tinha em mente quando abençoou seu filho amado: “José é um ramo frutífero” (v. 22). “Frutífero” é um jogo de palavras com o próprio nome de Efraim, “o frutífero”. Na bênção de Deuteronômio, a ideia da frutificação é novamente destacada, embora não exista nenhuma forma da palavra, exceto o próprio nome Efraim (Dt 33:17). Essas bênçãos proféticas se cumpriram tanto no tamanho como no poderio da tribo de Efraim e também em sua localização privilegiada na região montanhosa, no centro de Canaã. Sua liderança tornou-se evidente no arranjo do acampamento de Israel na marcha do Egito para a Terra Prometida: ela liderava as três tribos que ficavam no lado oeste (Nm 2:18-24). Josué era dessa tribo (Nm 13:8) e sob seu comando ela recebeu e ocupou uma das maiores porções da terra, depois da conquista de Canaã (Js 16:5-10). O Tabernáculo foi erguido no centro religioso de Silo, cidade localizada em Efraim, onde a Arca da Aliança foi colocada no tempo de Josué (Js 18:1; Js 22:12). O próprio Josué foi sepultado no coração desse território (Js 24:30).

Depois da divisão do reino, Jeroboão colocou um de seus santuários idólatras na cidade de Betel (1Rs 12:29), em Efraim, e estabeleceu sua capital em Siquém, que, naquela época, estava no distrito administrativo dessa tribo, conforme foi definido por Salomão (v. 25). O próprio Jeroboão, na verdade, era efraimita (1Rs 11:26), e a partir dessa época o centro da vida política e religiosa do reino do Norte foi Efraim. Isso se tornou tão forte que Israel geralmente era chamado de Efraim, até o tempo de sua queda e deportação pelos assírios em 722 a.C. (cf. Is 7:8-9,17; Jr 7:15; Jr 31:9; Os 4:17; Os 5:3-5). E.M.


Efraim [Fruta em Dobro] -

1) Filho de José (Gn 41:50-52).

2) Tribo que ocupava a parte central de Canaã (Js 16:5-10).

Efraim Local para onde Jesus se retirou (Jo 11:54). É possível que se identifique com Et-Taiyebeh, localidade próxima ao deserto e situada a noroeste de Jerusalém.

Filho

substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
Por Extensão A cria de descente de algum animal.
Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
[Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.

substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
Por Extensão A cria de descente de algum animal.
Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
[Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.

substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
Por Extensão A cria de descente de algum animal.
Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
[Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.

Nossos filhos são companheiros de vidas passadas que retornam ao nosso convívio, necessitando, em sua grande maioria, de reajuste e resgate, reconciliação e reeducação. [...]
Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19

[...] todo filho é um empréstimo sagrado que, como tal, precisa ser valorizado, trabalhando através do amor e da devoção dos pais, para posteriormente ser devolvido ao Pai Celestial em condição mais elevada. [...]
Referencia: DIZEM os Espíritos sobre o aborto (O que)• Compilado sob orientação de Juvanir Borges de Souza• Rio de Janeiro: FEB, 2001• - cap• 1

O filhinho que te chega é compromisso para a tua existência.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

[...] os filhos [...] são companheiros de vidas passadas que regressam até nós, aguardando corrigenda e renovação... [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos desta e doutra vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 39

Os filhos são doces algemas de nossa alma.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Os filhos não são almas criadas no instante do nascimento [...]. São companheiros espirituais de lutas antigas, a quem pagamos débitos sagrados ou de quem recebemos alegrias puras, por créditos de outro tempo. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 49

Os filhos são liames de amor conscientizado que lhes granjeiam proteção mais extensa do mundo maior, de vez que todos nós integramos grupos afins.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vida e sexo• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 2

[...] Os filhos são as obras preciosas que o Senhor confia às mãos [dos pais], solicitando-lhes cooperação amorosa e eficiente.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 135

[...] os filhos são associados de experiência e destino, credores ou devedores, amigos ou adversários de encarnações do pretérito próximo ou distante, com os quais nos reencontraremos na 5ida Maior, na condição de irmãos uns dos outros, ante a paternidade de Deus.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 38


Filho
1) Pessoa do sexo masculino em relação aos pais (Gn 4:17)

2) Descendente (Ml 3:6); (Lc 1:16). 3 Morador de um país (Am 9:7) ou de uma cidade (Jl 3:6).

4) Membro de um grupo (2Rs 2:15), RC).

5) Qualidade de uma pessoa (Dt 13:13), RC; (2Sm 3:34); (Mc 3:17); (Lc 10:6); (Jo 12:36).

6) Tratamento carinhoso (1

Firmes

masc. e fem. pl. de firme
2ª pess. sing. pres. conj. de firmar

fir·me
adjectivo de dois géneros
adjetivo de dois géneros

1. Que não se move; fixo.

2. Estável; sólido.

3. Que não treme, que não vacila.

4. Constante; inabalável.

5. Que tem prazo fixo (falando-se da compra de fundos públicos).

nome masculino

6. [Brasil] Terreno elevado, em meio de igapós ou de terras alagadiças.

7. Ponto de apoio.


fir·mar -
verbo transitivo e pronominal

1. Tornar ou ficar firme.

2. Colocar ou colocar-se com firmeza. = APOIAR, SEGURAR

verbo transitivo

3. Colocar assinatura em. = ASSINAR, RATIFICAR

4. Confirmar, assegurar.

5. Fixar (ex.: firmar a atenção).

6. Estribar.

verbo pronominal

7. Fazer finca-pé.


Não

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

Remalias

-

aquele a quem Jeová adornou

Pai de Peca, mencionado na Bíblia somente na expressão “Peca, filho de Remalias”. Peca tornou-se rei de Israel depois de assassinar Pecaías (2Rs 15:16-2Cr 28:6; Is 7:1-4; Is 8:6; etc.). Para mais detalhes, veja Peca.


Samaria

-

-

Samaria [Torre de Guarda] -

1) Monte situado 12 km a nordeste de Siquém (Am 6:1)

2) Capital do reino do Norte, construída nesse monte por Onri (1Rs 16:24); (Jr 23:13); Ez 23; (Os 7:1-7); 8:5-6; (Am 4:1). Seu nome atual é Sebastieh.
3) Região central da Terra Santa, abrangendo as tribos de Efraim e Manassés do Oeste. Ao norte ficava a Galiléia; a leste, o Jordão; ao sul, a Judéia; e, a oeste, o Mediterrâneo (2Rs 17:24-26;)

Samaria Capital do Reino do Norte de Israel fundada pelo rei Amri em 880 a.C. Com o tempo, o nome estendeu-se à região dos arredores (Lc 17:11; Jo 4:4ss.).

Sera

abundância

Será

substantivo deverbal Ação de ser; ato de se colocar num local, situação ou circunstância determinada no futuro: amanhã ele será o novo diretor.
Ação de passar a possuir uma identidade ou qualidade intrínseca: ele será médico.
Ação de apresentar temporariamente determinada forma, estado, condição, aspecto, tempo: um dia ele será rico; o exame será na semana que vem.
Etimologia (origem da palavra será). Forma Der. de ser.

substantivo deverbal Ação de ser; ato de se colocar num local, situação ou circunstância determinada no futuro: amanhã ele será o novo diretor.
Ação de passar a possuir uma identidade ou qualidade intrínseca: ele será médico.
Ação de apresentar temporariamente determinada forma, estado, condição, aspecto, tempo: um dia ele será rico; o exame será na semana que vem.
Etimologia (origem da palavra será). Forma Der. de ser.

(Heb. “abundância”). Filha de Aser, a qual, juntamente com seus irmãos, é listada entre os que desceram ao Egito com Jacó (Gn 46:17; Nm 26:46-1Cr 7:30).


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Isaías 7: 9 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Entretanto a cabeça de Efraim é Samaria, e a cabeça de Samaria é o filho de Remalias; se não crerdes, certamente não sereis firmados."
Isaías 7: 9 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

735 a.C.
H1121
bên
בֵּן
crianças
(children)
Substantivo
H3588
kîy
כִּי
para que
(that)
Conjunção
H3808
lôʼ
לֹא
não
(not)
Advérbio
H518
ʼim
אִם
se
(If)
Conjunção
H539
ʼâman
אָמַן
apoiar, confirmar, ser fiel
(And he believed)
Verbo
H669
ʼEphrayim
אֶפְרַיִם
Efraim
(Ephraim)
Substantivo
H7218
rôʼsh
רֹאשׁ
cabeça, topo, cume, parte superior, chefe, total, soma, altura, fronte, começo
(heads)
Substantivo
H7425
Rᵉmalyâhûw
רְמַלְיָהוּ
()
H8111
Shômᵉrôwn
שֹׁמְרֹון
()


בֵּן


(H1121)
bên (bane)

01121 בן ben

procedente de 1129; DITAT - 254; n m

  1. filho, neto, criança, membro de um grupo
    1. filho, menino
    2. neto
    3. crianças (pl. - masculino e feminino)
    4. mocidade, jovens (pl.)
    5. novo (referindo-se a animais)
    6. filhos (como caracterização, i.e. filhos da injustiça [para homens injustos] ou filhos de Deus [para anjos])
    7. povo (de uma nação) (pl.)
    8. referindo-se a coisas sem vida, i.e. faíscas, estrelas, flechas (fig.)
    9. um membro de uma associação, ordem, classe

כִּי


(H3588)
kîy (kee)

03588 כי kiy

uma partícula primitiva; DITAT - 976; conj

  1. que, para, porque, quando, tanto quanto, como, por causa de, mas, então, certamente, exceto, realmente, desde
    1. que
      1. sim, verdadeiramente
    2. quando (referindo-se ao tempo)
      1. quando, se, embora (com força concessiva)
    3. porque, desde (conexão causal)
    4. mas (depois da negação)
    5. isso se, caso seja, de fato se, embora que, mas se
    6. mas antes, mas
    7. exceto que
    8. somente, não obstante
    9. certamente
    10. isto é
    11. mas se
    12. embora que
    13. e ainda mais que, entretanto

לֹא


(H3808)
lôʼ (lo)

03808 לא lo’

ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

  1. não
    1. não (com verbo - proibição absoluta)
    2. não (com modificador - negação)
    3. nada (substantivo)
    4. sem (com particípio)
    5. antes (de tempo)

אִם


(H518)
ʼim (eem)

0518 אם ’im

uma partícula primitiva; DITAT - 111; part condicional

  1. se
    1. cláusula condicional
      1. referindo-se a situações possíveis
      2. referindo-se a situações impossíveis
    2. em juramentos
      1. não
    3. se...se, se...ou, se..ou...ou
    4. quando, em qualquer tempo
    5. desde
    6. partícula interrogativa
    7. mas antes

אָמַן


(H539)
ʼâman (aw-man')

0539 אמן ’aman

uma raiz primitiva; DITAT - 116; v

  1. apoiar, confirmar, ser fiel
    1. (Qal)
      1. apoiar, confirmar, ser fiel, manter, nutrir
        1. pai adotivo (substantivo)
        2. mãe adotiva, enfermeira
        3. pilares, suportes da porta
    2. (Nifal)
      1. ser estável, ser fiel, ser carregado, firmar
        1. ser carregado por uma enfermeira
        2. firmado, certificado, duradouro
        3. confirmado, estável, seguro
        4. verificado, confirmado
        5. digno de confiança, fiel, confiável
    3. (Hifil)
      1. permanecer firme, confiar, ter certeza, acreditar
        1. permanecer firme
        2. confiar, crer

אֶפְרַיִם


(H669)
ʼEphrayim (ef-rah'-yim)

0669 אפרים ’Ephrayim

dual de 672, grego 2187 Εφραιμ; n pr m

Efraim = “duplo monte de cinzas: Eu serei duplamente frutífero”

  1. segundo filho de José, abençoado por ele e tendo preferência sobre o primogênito Manassés
  2. a tribo, Efraim
  3. o território montanhoso de Efraim
  4. algumas vezes usado para nomear o reino do norte (Oséias ou Isaías)
  5. uma cidade próxima a Baal-Hazor
  6. uma porta principal de Jerusalém

רֹאשׁ


(H7218)
rôʼsh (roshe)

07218 ראש ro’sh

procedente de uma raiz não utilizada aparentemente significando sacudir; DITAT - 2097; n. m.

  1. cabeça, topo, cume, parte superior, chefe, total, soma, altura, fronte, começo
    1. cabeça (de homem, de animais)
    2. topo, cume (referindo-se à montanha)
    3. altura (referindo-se às estrelas)
    4. líder, cabeça (referindo-se a homem, cidade, nação, lugar, família, sacerdote)
    5. cabeça, fronte, vanguarda, começo
    6. o principal, selecionado, o melhor
    7. cabeça, divisão de exército, companhia, grupo
    8. soma

רְמַלְיָהוּ


(H7425)
Rᵉmalyâhûw (rem-al-yaw'-hoo)

07425 רמליהו R emalyahuŵ

procedente de uma raiz não utilizada e de 3050 (talvez com o sentido de enfeitar); n. pr. m.

Remalias = “protegido pelo SENHOR”

  1. pai do rei Peca, do reino do Norte (Israel)

שֹׁמְרֹון


(H8111)
Shômᵉrôwn (sho-mer-one')

08111 שמרון Shom erown̂

procedente do part. ativo de 8104, grego 4540 σαμαρεια; DITAT - 2414d; n. pr. l. Samaria = “montanha para vigilância”

  1. a região na parte norte da Palestina pertencente ao reino do Norte, que era formado pelas 10 tribos de Israel que se separaram do reino do Sul depois da morte de Salomão durante o reinado de seu filho Roboão, sendo inicialmente governadas por Jeroboão
  2. a capital do reino do Norte ou Israel localizada 50 km (30 milhas) ao norte de Jerusalém e 10 km (6 milhas) a noroeste de Siquém