Enciclopédia de Jeremias 2:9-9

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jr 2: 9

Versão Versículo
ARA Portanto, ainda pleitearei convosco, diz o Senhor, e até com os filhos de vossos filhos pleitearei.
ARC Portanto ainda pleitearei convosco, diz o Senhor; e até com os filhos de vossos filhos pleitearei.
TB Pelo que ainda contenderei convosco, diz Jeová, e contenderei com os, filhos de vossos filhos.
HSB לָכֵ֗ן עֹ֛ד אָרִ֥יב אִתְּכֶ֖ם נְאֻם־ יְהוָ֑ה וְאֶת־ בְּנֵ֥י בְנֵיכֶ֖ם אָרִֽיב׃
BKJ Portanto ainda pleitearei convosco, diz o SENHOR, e com os filhos de vossos filhos pleitearei.
LTT Portanto, ainda contenderei convosco, diz o SENHOR; e até com os filhos de vossos filhos contenderei.
BJ2 Por isso vou, novamente, entrar em processo contra vós - oráculo de Iahweh -, contra os filhos de vossos filhos vou entrar em processo.
VULG Propterea adhuc judicio contendam vobiscum, ait Dominus, et cum filiis vestris disceptabo.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Jeremias 2:9

Êxodo 20:5 Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor, teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem
Levítico 20:5 então, eu porei a minha face contra aquele homem e contra a sua família e o extirparei do meio do seu povo, com todos os que se prostituem após ele, prostituindo-se após Moloque.
Isaías 3:13 O Senhor se levanta para pleitear e sai a julgar os povos.
Isaías 43:26 Procura lembrar-me; entremos em juízo juntamente; apresenta as tuas razões, para que te possa justificar.
Jeremias 2:29 Por que disputais comigo? Todos vós transgredistes contra mim, diz o Senhor.
Jeremias 2:35 E ainda dizes: Eu estou inocente; certamente, a sua ira se desviou de mim. Eis que entrarei em juízo contigo, porquanto dizes: Não pequei.
Ezequiel 20:35 E vos levarei ao deserto dos povos e ali entrarei em juízo convosco face a face.
Oséias 2:2 Contendei com vossa mãe, contendei, porque ela não é minha mulher, e eu não sou seu marido; e desvie ela as suas prostituições da sua face e os seus adultérios de entre os seus peitos.
Miquéias 6:2 Ouvi, montes, a contenda do Senhor, e vós, fortes fundamentos da terra; porque o Senhor tem uma contenda com o seu povo e com Israel entrará em juízo.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Jeremias Capítulo 2 do versículo 1 até o 37
SEÇÃO III

ACUSAÇÃO CONTRA A CASA DE JACÓ

Jeremias 2:1-10.25

Esta seção é constituída de diversos discursos, talvez proferidos em diferentes épocas nos primeiros anos do ministério de Jeremias. Os capítulos 2:6 quase certamente vêm do reino de Josias; Jeremias 7, com seu famoso sermão do Templo, quase certamente vem do primeiro ano de Jeoaquim; enquanto que Jeremias 8; 9; 10 provavelmente vêm do reino de Josias ou então dos primeiros anos de Jeoaquim. Eles são agrupados aqui evidentemen-te porque apresentam um tema comum — uma acusação a toda a casa de Israel. Essas profecias revelam a preocupação dominante do profeta nos seus primeiros anos de minis-tério. Algumas delas parecem dirigidas ao povo do Reino do Norte, outras para Judá, mas todas à Casa de Jacó. Muitos dos pensamentos expressos nessa seção nos lembram de Oséias, cuja vida e ministério parecem ter tido uma influência decisiva na vida de Jeremias. Repetidas vezes o profeta lembra o povo que ele está falando em nome de Deus.

Podemos estar bastante seguros de que as profecias como as encontramos aqui não são idênticas com as profecias inicialmente escritas. Essa seção, sem dúvida, foi incluída no manuscrito que foi destruído por Jeoaquim (cf. o cap. 36). Temos aqui a segunda edição, porque as profecias foram novamente ditadas a Baruque por Jeremias, "e ainda se acrescentaram a elas muitas palavras semelhantes" (Jr 36:32). Esse material adicional e a organização tópica dos escritos podem explicar por que algumas das passagens não parecem se ajustar apropriadamente.

A. A INFIDELIDADE DE ISRAEL, Jr 2:1-3.5

1. Memórias Tristes (2:1-3)

Deus fala aqui de um dia melhor quando Israel era uma jovem noiva: Lembro-me [...] do amor dos teus desposórios (2). Toda seção é escrita em forma poética ("Eu me lembro [...1 como noiva, você me amava", NVI; cf. RSV, Moffatt, et al.). Durante aqueles primeiros anos de privação no deserto, quando o povo de Israel vivia uma vida nômade, era completamente dependente de Deus, e não tinha rivais em relação ao afeto. Naquele tempo (simbólico de uma vida de completa dependência de Deus), Israel não tinha ne-nhuma outra fonte onde buscar sustento e era integralmente devoto ao Senhor. Isso ocorreu numa terra que se não semeava, significando que até então eles ainda não eram um povo agrícola. Porém, mais tarde, na segurança da civilização estabelecida, i.e., depois de conquistar Canaã, começaram a depositar sua confiança em coisas materiais e esqueceram da simplicidade dos tempos antigos. Ao depender de "seguranças secundári-as",' Israel perdeu seu primeiro amor.

Naqueles dias remotos sob a mão de Moisés, Israel era santidade para o SENHOR (3). Isso significava que era santo porque pertencia sem reservas a Ele. Essa santidade significa que Israel era "separado" para Deus para um propósito sagrado; portanto, espe-rava-se dele uma conduta santa precisamente por causa desse relacionamento. O Se-nhor sempre se entristecia quando essa conduta não se realizava.

Sempre que Deus fala daqueles dias do primeiro amor, a repulsiva palavra que es-preita no pano de fundo chama-se infidelidade. A nação havia se tornado infiel aos votos de casamento (aliança) realizados com o Senhor no Sinai. Com uma força crescente e de várias formas diferentes essa verdade será martelada por Jeremias.

  1. Ingratidão pelo Grande Livramento (2:4-8)

Em seguida, Jeremias relembra o povo de que eles haviam se esquecido da "cova de onde foram cavados". Deus os havia libertado de maneira maravilhosa da escravidão no Egito; Ele os havia guiado através do deserto, por uma terra de ermos e de covas, por uma terra de sequidão e sombra de morte (6) ; Ele lhes tinha dado Canaã, uma terra fértil (7). Mas, em vez de apreciar a bondade de Deus, esqueceram-se das suas misericórdias, corromperam a terra e fizeram da sua herança uma abominação.

Os líderes da nação tinham sido os principais transgressores até essa altura. Os sacerdotes e os que tratavam da lei não me conheceram (8).2 A história nos ensina que uma nação sempre começa a morrer pela parte superior da hierarquia. Isso ocorreu com Israel. Os pastores (lit. pastores de ovelhas, mas significando governantes), os profetas' e os sacerdotes eram culpados. Em vez de voltar-se para o Senhor, que havia sido seu grande Benfeitor em tantas ocasiões, esses líderes religiosos se apega-ram a esses deuses falsos e profetizavam em nome deles. Essa estranha conduta fez com que Deus perguntasse: Que injustiça acharam vossos pais em mim, para se afastarem de mim, indo após a vaidade? (5). (Vaidade aqui significa inutilidade, e é aplicado aos ídolos como inexistentes). A resposta para a pergunta acima é que ne-nhuma iniqüidade podia ser encontrada em Deus, mas um nefasto espírito de ingrati-dão caracterizava Israel. Foi essa atitude ingrata que abriu as comportas da iniqüidade sobre a nação.

  1. A Desnatural Ingratidão de Israel (2:9-13)

Apesar da ingratidão de Israel, Deus não desistiu da nação delinqüente. Portanto, ainda pleitearei (lit., lutarei ou discutirei) convosco (9), i.e., para fazê-los voltar. A apostasia de Israel é, na verdade, uma coisa desconcertante. À luz de todas as anteriores ações de Deus em seu favor, parece antinatural que eles abandonassem o Senhor para servir a ídolos. Deus os admoesta: Passai às ilhas de Quitim e vede; e enviai a Quedar,' e atentai bem [...] Houve alguma nação que trocasse os seus deuses? [...] Todavia, o meu povo trocou (10-11). Israel tratou o Senhor de maneira pior que as nações pagãs tratavam seus deuses, posto não serem deuses (11). Como uma nação podia fazer uma coisa como essa? A única resposta é que o pecado incute no homem paixões estranhas e desnaturais. Espantai-vos [...] ó céus (12), pelas coisas que fazem as pessoas que em certa época chegaram a conhecer as riquezas da misericórdia e do amor de Deus! Mas os pecados da infidelidade e ingratidão são maldades gêmeas que abrem a alma para todo tipo de loucura e insensatez.

Deus continua: Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas (13). A metáfora é tanto mais significativa quando percebemos que a Palestina é uma terra árida. Trocar o manancial com suas águas frescas e espumantes pelas águas estagnadas e pútridas de cisternas é irracional. E voltar-se para cisternas que estão rotas e não podem reter as águas é inimaginável. Mas foi isso que Israel fez ao se voltar para os deuses inúteis e ineficientes na sua aptidão de ajudar.

4. Incapaz de Aprender da História (2:14-19)

Nesses versículos, Deus parece questionar os homens dos dias de Jeremias: Por que, pois, veio (Israel, o Reino do Norte) a ser presa? Os filhos de leão (guerreiros fortes) bramaram sobre ele [...] suas cidades se queimaram, e ninguém habita nelas (14-15). Será que era pelo fato de o Reino do Norte ter tantas desvantagens? Será que ele era apenas um pobre escravo nascido na casa de Deus? A resposta esperada é: Não. Israel teve todas as vantagens. O Senhor tinha feito muitas coisas maravilhosas por ele. Portanto, a razão para a sua destruição deve ser encontrada em outra parte.

Em seguida, Deus introduz em seu argumento algo muito mais familiar aos homens de Judá. Os filhos de Nofa (Mênfis) e de Tafnes5 te quebraram o alto da cabeça. Porventura, não procuras isso para ti mesmo? (16-17). Quase conseguimos ver os homens de Jerusalém tremerem. A referência aqui é à derrota vergonhosa do exército de Judá para Neco, rei do Egito, na batalha de Megido quando Josias foi morto (II Reis 23:29--30). Por que isso aconteceu a Judá? E por qual motivo foi Israel para o cativeiro? A resposta de Deus é a mesma para as duas nações: Deixando o SENHOR, teu Deus (17).

Apesar dessas humilhações havia um partido pró-Egito em Judá, bem como um partido pró-Assíria. Ambos eram ativos na política da época de Jeremias. O versículo 18 é uma reprimenda divina: Agora, pois, que te importa a ti o caminho do Egito, para beberes as águas de Sior (o Nilo) ? E [...] o caminho da Assíria? [...] A tua malícia te castigará (19a). O rio (18) deve ser o Eufrates (veja mapa 1). Confiar em poderes estrangeiros em vez de confiar no Senhor sempre foi uma armadilha para as nações que criam em Deus. Tanto Oséias quanto Isaías se opuseram a alianças com nações estrangeiras. A real acusação por trás dessas palavras é que Judá foi incapaz de aprender da situação de Israel, ou dos seus próprios infortúnios. É trágico quando ho-mens e nações não conseguem enxergar o poder devastador do pecado. Mesmo hoje cada geração parece compelida a sofrer uma indescritível agonia por não aprender da ação de Deus na história.

  1. O Pecado Desenfreado nos Deixa Profundamente Manchados (2:20-25)

Jeremias agora fala da profundidade e extensão do pecado da casa de Jacó. Várias figuras são usadas para descrever a condição da casa de Jacó: uma vinha, uma prostitu-ta, um objeto profundamente manchado, uma jovem dromedária, e uma jumenta montês do deserto no cio. Mas, primeiro, Deus lembra Israel dos seus muitos livramentos de tempos passados, e como o povo havia prometido: Nunca mais transgredirei (20). Mas continuou agindo como uma prostituta — em todo outeiro alto e debaixo de toda árvore verde, i.e., adorando falsos deuses nos diversos santuários nas regiões rurais. A nação teve um início excelente no Sinai, sob a liderança de Moisés; ela havia sido planta-da como vide excelente, uma semente inteiramente fiel (lit., verdadeira; v. 21). No entanto, ela degenerou-se no pior tipo de vinha silvestre. Essa condição degenerada ti-nha se tornado tão profundamente enraizada que os agentes de limpeza mais poderosos conhecidos no mundo antigo (salitre, ou soda, e sabão,
22) eram inúteis para tirar a mancha.

Para piorar as coisas, Israel está evidentemente cego para sua real condição, porque diz: Não estou contaminado (23). Na verdade a questão é a seguinte: no seu amor por deuses estrangeiros ele se tornou atrevido e arisco como uma jovem camela do deserto, ou como uma jumenta montês do deserto (24) quando está no cio. Israel é tão impetu-oso que nenhuma restrição será eficaz. A nação continua resoluta na sua teimosia. Na primeira parte do versículo 25 há uma exortação de Deus para a salvação: "Não deixe que seus pés fiquem sem sapatos, ou a sua garganta fique seca devido à falta de água" (Basic Bible). Apesar de toda súplica por mudança, ela responde aos que andam em pecado: Não há esperança; [...] porque amo os estranhos e após eles andarei (25). Dessa forma, o pecado desenfreado nos arrasta para o desespero eterno. Não que Deus estivesse indisposto a perdoar, mas porque o homem deliberadamente escolheu, em ple-na consciência das implicações envolvidas, a satisfação do "eu" carnal.

  1. A Impudência de Judá (Jr 2:26-3.
    5)

A transgressão irrestrita acaba levando a um estado de impudência (falta de vergo-nha) onde o indivíduo é incapaz de se importar. Isso agora pode ser visto em relação ao destino de Judá. Embora apanhado no seu pecado como um ladrão e envergonhado por causa da sua conduta, seus reis [...] príncipes [...I e os seus profetas (26) continuam praticando a prostituição espiritual. Eles dizem ao pedaço de madeira (uma árvore ou ídolo de madeira) : Tu és meu pai; e à pedra (ídolo) : Tu me geraste (27). Eles desde-nhosamente viraram as costas para o Senhor a fim de fazerem o que bem lhes apraz; no entanto, quando aparece a dificuldade, sem o menor constrangimento voltam-se no-vamente para o Senhor e clamam por sua ajuda. Isso revela a completa irracionalidade do pecado, e Deus os repreende: Onde, pois, estão os teus deuses, que fizeste para ti? Que se levantem, se te podem livrar (28). Não havia falta desses deuses, porque cada cidade tinha pelo menos um deus. Quando o castigo continuava, eles se voltam na sua miséria e reclamam contra Deus como se não tivessem cometido nenhum pecado, e tivessem todo direito de esperar sua ajuda.

Apesar do fato de Deus permitir o sofrimento para afastá-los do seu pecado, eles não aprenderam da sua experiência. Eles não aceitaram a correção (30), mas mataram os verdadeiros profetas com a espada, na sua loucura em servir outros deuses. Deus novamente apela para a razão: Por que, pois, diz o meu povo: Desligamo-nos de ti (melhor: "estamos livres", RSV) ; nunca mais a ti viremos? (31). Essas pessoas tinham um espírito indisciplinado; elas não tinham consideração pelas leis de Deus ou dos ho-mens. Imaturas e inconstantes como crianças, insistiam em vir a Deus somente quando lhes agradava. Porventura, esquece-se uma virgem dos seus enfeites? [...] Toda-via, o meu povo se esqueceu de mim (32). A prática da religião por Judá era uma mera questão de conveniência. O Senhor era alguém que podia ser usado se necessário, ou esquecido por inumeráveis dias, de acordo com a conveniência de Judá.

Moffatt interpreta a primeira parte do versículo 33 da seguinte maneira: "Vocês direcionaram seu curso para planos secretos de amor". A nação de Judá tinha se tornado tão astuta na questão do pecado que podia ensinar mesmo aos especialistas na área da imoralidade. A última parte do versículo 34 é obscura. Ela evidentemente significa que Judá tem aumentado a sua culpa ao manchar suas vestes com o sangue dos pobres que Deus havia considerado inocentes de qualquer má ação. Ao mesmo tempo, Judá diz: Eu estou inocente (35). A situação é muito grave quando os homens acreditam nas suas próprias mentiras. Isso não é nada menos do que insanidade moral.

Deus novamente anuncia a vinda do juízo sobre a nação. Eis que entrarei em juízo ("passarei a sentença", NVI) contigo, porquanto dizes: Não pequei (35). Judá era uma nação responsável; ela seria julgada adequadamente. O Senhor parece dizer: "Visto que você não leva a sério a sua maldade, mudando de rumo aqui e acolá, você será envergonhado pelo Egito, como foi envergonhado pela Assíria" (36), uma referência à futilidade em confiar no Egito (cf. 46:1-28). No dia do juízo, Judá chorará de vergonha com as mãos sobre a sua cabeça (37) — em completa aflição e desespero. Deus rejei-tou todas as coisas em que Judá havia colocado a sua confiança. Ele não prosperará em nenhum dos seus caminhos Conseqüentemente, a palavra é de julgamento e juízo. Judá acordará para sua condição vergonhosa somente quando for tarde demais. Brincar com o pecado, mudar de uma aliança estrangeira para outra, recusar-se a prestar atenção às admoestações de Deus, indicam uma instabilidade que se iguala à sua completa falta de vergonha. O que, então, aguarda Judá?

1) O juízo é certo;

2) Consternação e desolação estão batendo à sua porta;

3) Aqueles em quem confiava e dependia vão deixá-lo na mão na hora crucial;

4) Ele terá de confessar que tudo isso não precisava ter sido seu destino.

A falta de vergonha de Judá é então ilustrada mais uma vez pela figura do casamen-to descrito em Jr 2:1. A linguagem lembra Oséias (Os 2:1-5; 9.1). Jeremias refuta a idéia de um arrependimento barato. Religiosamente, Judá tinha se maculado com muitos amantes (Jr 3:1), no entanto, parece que achava que poderia voltar para Deus a qualquer momento. Vivia despreocupadamente, sem se importar com o seu pecado. Claramente, o povo havia alcançado o ponto em que era incapaz de perce-ber a sua situação. Isso pode ser visto na frase seguinte: Manchaste a terra com as tuas devassidões [...] tu tens a testa de uma prostituta ("atrevido como uma pros-tituta", Moffatt), e não queres ter vergonha (2-3). Judá tinha agora se solidificado no seu pecado.

Que o povo tinha alcançado esse ponto na sua falta de vergonha é confirmado pelo fato de conseguir usar uma linguagem tão afável a Deus como: Pai meu, tu és o guia da minha mocidade (4), e ao mesmo tempo estar ardentemente devotado a outros deuses. Judá era uma nação bastante confusa, nada diferente de indivíduos e nações hoje. Com seus lábios eles faziam uma grande demonstração de devoção ao Senhor, mas ao mesmo tempo faziam todas as coisas más que se possam imaginar (5). As palavras do versículo 4 podem referir-se à reforma de Josias que ocorreu nos primeiros anos do ministério de Jeremias.' Evidentemente, o povo sujeitava-se exteriormente à ordem do rei de Judá, mas em seus corações permaneciam imutáveis. Eles meramente mistura-vam a adoração ao Senhor e a adoração a outros deuses a quem serviam. Dessa forma, corrompiam o serviço a Deus.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Jeremias Capítulo 2 versículo 9
O SENHOR decidiu iniciar um processo judicial contra o seu povo infiel e põe os céus como testemunha (v. Jr 2:12; conforme Is 1:2). Os motivos da acusação são arrolados nos vs. Jr 2:5-8,Jr 2:10-11,Jr 2:13.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Jeremias Capítulo 2 do versículo 1 até o 37
*

2.1—6.30

Jeremias usa várias figuras vívidas (como comparar Judá a um jumento selvagem e a uma prostituta) a fim de indiciar Judá por infidelidade a Deus (2.1—3.5), e para avisar sobre certos juízos, se a nação não se arrepender e voltar para Deus (3.6—6.30).

* 2:2

Jerusalém. Em Hebraico, cidades são personificadas como feminino (7.29, nota).

tua afeição. Quanto a essa palavra hebraica, (hesed), ver Sl 36:5, nota.

jovem... quando noiva. O início do relacionamento de Israel com o Senhor, no deserto, após o êxodo do Egito, é lembrado como puro e devotado, como uma noiva para com o seu noivo. Ver Os 2:14-16 quanto a uma figura similar.

* 2:3

consagrado... as primícias. Esses termos são extraídos da vida de adoração. Como santo, Israel era consagrado ao Senhor (Ez 22:26); as "primícias" são algo pertencente especificamente ao Senhor (Dt 26:2; Os 9:10).

se faziam culpados. A ofensa causada pelos tais resultava do manuseio não-autorizado das coisas santas.

* 2:7

vós a contaminastes... da minha herança. Ver Dt 21:23. O povo santo de Deus (Dt 7:6) habitava na terra que Deus lhes deu como herança. A terra podia ser contaminada, ou, em termos religiosos, podia tornar-se uma "imunda", pelo pecado, porquanto ela permanecia uma possessão de Deus. Ver Lv 25:23.

* 2:8

Os sacerdotes. Esses também podiam ser aqueles que manusearam a lei (18.18; Dt 31:9), ou podiam ser um grupo de escribas (8.8).

pastores. Uma figura com freqüência usado para indicar os governantes (23.1-4).

profetas. Esses profetas eram um grupo oficial ao qual Jeremias com freqüência se opôs, por causa da apostasia deles (23.9-40; 28).

* 2:9

ainda pleitearei convosco. A metáfora do tribunal é reiniciada (v. 5; Os 4:1; Mq 6:1,2).

* 2:10

Chipre... Quedar. Essas localizações representam o oeste e o leste, respectivamente. O apelo toma sentido da posição especial de Israel, a saber, a sua aliança com o Senhor, e da assertiva de Jeremias de que os deuses das nações são impotentes.

* 2:12

ó céus. Ver também Is 1:2. Os céus e a terra servem de testemunhas do pacto (Dt 30:19; 31:28; 32:1).

* 2:13

dois males. Jeremias salienta a seriedade do pecado de Judá.

águas vivas. Só Deus provê água capaz de transmitir vida (Is 55:1; Jo 4:10; 7.37-39).

cisternas rotas. Os deuses que tomaram para si mesmos eram inúteis, vazios.

* 2:15

Os leões novos. Esses são os inimigos de Israel (4.7), que anunciavam desolações.

* 2:16

Mênfis... Tafnes. Cidades egípcias. O Egito e a Babilônia lutaram um com o outro para ver quem ficaria com Israel, entre 609 e 605 a.C.

o alto da cabeça. Algumas versões dizem aqui "coroa", uma referência possível a Josias, que foi morto por Faraó Neco, na batalha de Megido, em 609 a.C. (2Rs 23:29).

* 2:18

ao Egito... à Assíria. Um dos pecados mais persistentes de Israel e de Judá era buscar ajuda da parte de alianças políticas, em lugar de buscarem ajuda da parte do Senhor (Os 12:1).

as águas. Note a jactância do comandante de campo assírio, ao dizer que ele era um provedor das necessidades básicas mais digno de confiança do que o Senhor (2Rs 18:31).

* 2:20

outeiro alto... árvore frondosa. Ver Dt 12:2; 1Rs 14:23. Esses locais eram típicos para os santuários das divindades cananéias.

te prostituías. Judá é retratada aqui como uma meretriz, infiel ao Senhor (Ez 23:1-8; Os 3:1-5; 4.10-14).

* 2:21

vide excelente... vide brava. A metáfora da "vinha" com freqüência era usada por Israel (12.10; Sl 80:8-16; Is 5:1-7; Ez 17:1-10). Jesus Cristo é a verdadeira videira, e aqueles que nele permanecem são os ramos (Jo 15:1-8).

brava. Lit., "estrangeira". Estrangeira, aqui, conota as práticas religiosas pagãs.

* 2:22

laves. O pecado só é realmente lavado quando há arrependimento para com o próprio Senhor, como aquele que purifica, através do sangue da aliança eterna (Is 53:4-6; Hb 9:11-15; 13:20).

* 2:23

no vale. Provavelmente isso refere-se ao vale de Hinom, imediatamente ao sul de Jerusalém, onde ocorriam práticas cultuais abomináveis (7.31).

Dromedária. Uma jovem camela, caracteristicamente irresoluta, pronta para seguir qualquer novo impulso.

* 2:24

jumenta selvagem... cio. Essa metáfora é um quadro da concupiscência sexual.

* 2:28

os teus deuses... são tantos como as tuas cidades. A associação de deuses com localidades particulares é uma característica distintiva da religião pagã.

* 2:32

a virgem... a noiva. Tal esquecimento seria tão improvável que seria virtualmente impossível.

meu povo se esqueceu de mim. Ver Is 1:2,3.

* 2:34

o sangue de pobres. Isso se refere à perseguição dos fracos por parte dos fortes (um grande tema no livro de Amós; Am 2:6-8; 4:1).

* 2:37

mãos na cabeça. Uma postura para os cativos de guerra.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Jeremias Capítulo 2 do versículo 1 até o 37
2.1-3.5 Nesta seção, a analogia do matrimônio contrasta tremendamente o amor de Deus para seu povo com o amor deste por outros deuses e revela a infidelidade do Judá. Jeremías condena ao Judá (algumas vezes chama o Judá "Jerusalém", o nome de sua cidade capital) por procurar a segurança em coisas indignas, cambiantes e não no inalterável Deus. Possivelmente nos sintamos tentados a procurar a segurança nas posses, na gente ou em nossas habilidades, mas estes nos falharão. Não existe segurança duradoura além de nosso eterno Deus.

2:2 Apreciamos a um amigo que permanece fiel a seu compromisso e nos desilude o que não pode cumprir uma promessa. A Deus agradou quando seu povo o obedeceu ao princípio, mas se contrariou quando se negaram a cumprir seu compromisso. As tentações nos distraem de Deus. Pense em seu compromisso original de obedecer a Deus e pergunte-se se segue permanecendo fiel.

2:3 A primicia, ou a primeira porção, da colheita se separava para Deus (Dt 26:1-11). Dessa mesma forma o Israel estava dedicada a Deus em seus anos anteriores: ansiava agradar a Deus, como se fora seu jovem algema, um povo santo e devoto. Isto era um grande contraste com o povo dos tempos do Jeremías.

2.4-8 A nação unida incluía "a casa do Israel" e "a casa do Jacó" (Judá). Jeremías conhecia bem a história do Israel. Os profetas recitavam a história ao povo por várias razões: (1) lhes recordar a fidelidade de Deus; (2) assegurar-se de que o povo não a esqueceria (não tinham Bíblias que ler); (3) enfatizar o amor de Deus para eles; e (4) lhes recordar que houve um tempo em que estiveram perto de Deus. Devemos aprender da história para assim construir sobre os êxitos e evitar repetir os fracassos de outros.

2:8 Baal era o chefe masculino dos deuses da religião cananea. "Baales" (2,23) refere-se ao feito de que, na prática cananea, Baal se adorava em vários lugares. Baal era o deus da fertilidade. Sua adoração incluía sacrifício de animais, prostituição sagrada (homens e mulheres) nos lugares altos. Jezabel, a esposa do rei Acab, iniciou a prática da adoração ao Baal no reino do norte e finalmente se difundiu por todo Judá. A orientação sexual da adoração deste ídolo era uma constante tentação para os israelitas, quem tinha o chamado a ser Santos.

Jeremias

A resistência não é uma qualidade comum. Muitos carecem de compromissos, interesse e disposição a longo prazo que são vitais para cumprir uma tarefa apesar das probabilidades. Entretanto, Jeremías foi um profeta que resistiu.

O chamado do Jeremías nos ensina quão intimamente Deus nos conhece. Avalia-nos antes que ninguém saiba que existiremos. Cuida-nos enquanto estamos no ventre de nossa mãe. Planeja nossas vidas enquanto se formam nossos corpos. Valora-nos muito mais do que nos autovaloramos.

Jeremías teve que depender do amor de Deus para poder suportar. Pelo general, seus ouvintes eram antagônicos ou apáticos a suas mensagens. Desprezaram-no e freqüentemente o ameaçaram de morte. Pôde presenciar tanto o entusiasmo do despertar espiritual como a tristeza pela volta de uma nação à idolatria. À exceção do rei Josías, que foi bom, Jeremías observou que um rei atrás de outro esqueciam suas advertências e se separavam de Deus ao povo. Viu como assassinavam a outros companheiros profetas. A ele mesmo o perseguiram com rigor. Por último, observou a derrota do Judá à mãos dos babilonios.

Jeremías respondeu a tudo isto com a mensagem de Deus e com lágrimas humanas. Sentiu o amor direto de Deus por seu povo e o rechaço do povo a esse amor. Mas mesmo que se zangava com Deus e se sentia tentado a renunciar a tudo, Jeremías soube que devia seguir adiante. Deus o chamou para que resistisse. Expressou sentimentos profundos, mas além disso viu mais à frente, ao Deus que logo exerceria sua justiça, mas que depois de tudo administraria sua misericórdia.

Possivelmente nos resulte fácil indentificarnos com as frustrações e o desalento do Jeremías, mas devemos nos dar conta que a vida deste profeta também nos respira a ser fiéis.

Pontos fortes e lucros:

-- Escreveu dois livros do Antigo Testamento: Jeremías e Lamentações

-- Ministró durante os reinados dos últimos cinco reis do Judá

-- Foi um catalisador na grande reforma espiritual ocorrida durante o governo do Josías

-- Atuou como mensageiro fiel de Deus, apesar dos atentados que houve em seu contrário

-- Sofreu tanto pela condição queda do Israel que ganhou o título de "profeta chorão"

Lições de sua vida:

-- A opinião da maioria não é necessariamente a vontade de Deus

-- Embora o castigo pelo pecado é severo, há esperança na misericórdia de Deus

-- Deus não aceitará a adoração oca e hipócrita

-- Servir a Deus não garante a segurança na terra

Dados gerais:

-- Onde: Anatot

-- Ocupação: Profeta

-- Familiares: Pai: Hilcías

-- Contemporâneos: Josías, Joacaz, Joacim, Joaquín, Sedequías, Baruc

Versículos chave:

"E eu disse: Ah! ah, Senhor Jeová! Hei aqui, não sei falar, porque sou menino. E me disse Jeová: Não diga: Sou um menino; porque a tudo o que te envie irá você, e dirá tudo o que te mande. Não tema diante deles, porque contigo estou para te liberar, diz Jeová" (Jr_1:6-8).

A história do Jeremías se narra no livro do Jeremías. Além disso se menciona em Ed 1:1; Dn 9:2; Mt 2:17; Mt 16:14; Mt 27:9. Veja-se também II Crônicas 34:35 para a história do avivamiento espiritual sob o reinado do Josías.

2:10 Deus dizia que até as nações pagãs como Quitim (Chipre, no oeste) e Cedar (residência das tribos árabes que viviam no deserto ao leste da Palestina) permaneceram leais a seus deuses nacionais. Mas o Israel abandonou ao único Deus verdadeiro por um objeto indigno de adoração.

2:13 Quem apartaria um manancial de água resplandecente por uma cisterna, um poço que recolhia água de chuva? Deus disse a quão israelitas faziam exatamente isso quando se separavam do, a bebedouro viva, para adorar a outros ídolos. Não só isso, as cisternas que escolheram estavam rotas e vazias. O povo construiu sistemas religiosos para armazenar a verdade, mas não tinham valor algum. por que nos devemos agarrar das promessas quebrantadas de "cisternas" instáveis (dinheiro, poder, sistemas religiosos ou algo passageira que colocamos em lugar de Deus), quando Deus nos promete nos refrescar constantemente com O mesmo, bebedouro viva (Jo 4:10)?

2:16, 17 Menfis estava perto do que hoje é Cairo, no sob o Egito, e Tafnes estava na região nordeste do mesmo país. Jeremías ao melhor se referia a anterior invasão do Judá pelo faraó Sisac em 926 a.C. (1Rs 14:25), ou possivelmente tenha estado predizendo a invasão do faraó Necao em 609 a.C., quando morreria o rei Josías do Judá (2Rs 23:29-30). Jeremías quis assinalar que o povo se conduziu isto ao rebelar-se contra Deus.

2:22 A mancha do pecado é mais profunda que a pele. Israel tinha manchas que não podiam limpar-se, nem sequer com os limpadores mais fortes. A purificação espiritual deve ir até o coração e este trabalho só o pode fazer Deus. Não podemos evitar os efeitos do pecado e esperar que desapareçam. Seu pecado originou uma profunda mancha que Deus pode tirar e o fará se você estiver disposto a que O limpe (Is 1:18; Ez 36:25).

2.23-27 O povo se compara a animais que procuram casal em tempos de zelo. Com desenfreio, correm para o poder, o dinheiro, as alianças com potências estrangeiras e a outros deuses. Os ídolos não procuram a ninguém. A gente procura os ídolos e logo corre com ligeireza em detrás deles. Depois se sente tão cômoda em seu pecado que não pode pensar em renunciar a ele. Sua única vergonha é que a apanhem. Se desejarmos algo a tal ponto que estamos dispostos a fazer algo para consegui-lo, este é um sinal de que somos viciados nela e estamos fora de sintonia com Deus.

2:30 Ser um profeta nesses tempos implicava grandes riscos. Os profetas tinham que criticar as políticas de reis malvados e isto os fazia parecer traidores. Os reis odiavam aos profetas por levantar-se contra suas políticas e, pelo general, o povo os odiava por pregar contra seus estilos idólatras de vida. (Veja-se At 7:52.)

2.31, 32 O esquecimento já seja acidental ou intencional pode ser perigoso. Israel se esqueceu de Deus ao centrar seus afetos nos encantos do mundo. Quanto mais nos concentremos nos prazeres do mundo, mais fácil resultará que nos esqueçamos do amparo, o amor, a fiabilidad, a direção de Deus e, sobre tudo, do mesmo. O que lhe agrada mais? esqueceu-se de Deus ultimamente?

2:36 Deus não está contra as alianças nem das sociedades de trabalho, mas sim está contra que a gente confie em outros para receber a ajuda que solo deve provir do. Este era o problema nos tempos do Jeremías. depois dos dias do Davi e Salomão, Israel se dividiu devido a que os líderes procuraram a ajuda de outras nações e deuses e não do verdadeiro Deus. Jogaram políticas de poder, pensando que seus vizinhos fortes os protegeriam. Mas Judá logo aprenderia que esta aliança com o Egito seria tão desalentadora como sua antiga aliança com Assíria (2Rs 16:8-9; Is 7:13-25).

REIS QUE VIVERAM DURANTE A VIDA DO Jeremias

Josías - 2 Rseis 22:1--23.30 Reinou do 640-609 a.C. Em sua major parte bom.

Mensagem entregua: 3:6-25

Joacaz - 2Rs 23:31-33 2Ki_23:--609 a.C. - Malvado

Mensagem entregua: 22:11-17

Joacim - 2 Rseis 23:34--24.7 - - 609-598 a.C. - Malvado

Mensagem entregua: 22:18-23; 25:1-38; 26:1-24; 27:1-11; 35:1-19; 36:1-32

Joaquín - 2Rs 24:8-17 2Ki_24:- 598-597 a.C. - Malvado

Mensagem entregua: 13 18:27-22:24-30

Sedequías - 2 Rseis 24:18--25.26 - 597-586 a.C. - Malvado

Mensagem entregua: 21:1-14; 24:8-10; 27:12-22; 32:1-5; 34:1-22; 37:1-21; 38:1-28; 51:59-64


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Jeremias Capítulo 2 do versículo 1 até o 37

II. Sermões públicos NO REINADO Josias (Jr 2:1)

1 E a palavra do Senhor veio a mim, dizendo: 2 Vai, e clama aos ouvidos de Jerusalém, dizendo: Assim diz o Senhor: Lembro-me de ti a bondade da tua mocidade, do amor dos teus esponsais; como me seguias no deserto, numa terra não semeada. 3 Israel era santidade ao Senhor, os primeiros frutos de seu aumento: tudo o que devorá-lo poderá ser culpado; o mal vinha sobre eles, diz o Senhor.

Primeira mensagem de Jeremias depois de sua missão divina foi dirigido de acordo com a promessa Dt 1:7 ). A criação da aliança no Sinai selou o casamento. Com o novo relacionamento chegou uma nova natureza, a santidade ao Senhor ;uma nova esperança, primícias de seu aumento ; e uma nova proteção, tudo o que lhe devorar poderá ser culpado . No entanto, como Jeremias continua a mostrar, esse amor início logo cresceu frio, como Israel adoraram o bezerro de ouro e começou a substituir outras divindades no lugar de Jeová Deus.

Apostasia 2. Presente de Israel (


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Jeremias Capítulo 2 do versículo 1 até o 37
2.2 Me seguias. No oriente, a esposa seguia após o esposo.

2.3 Primícias do sua colheita. A porção mais preciosa da colheita, que deveria ser movida pelo sacerdote perante Jeová (Lv 23:10-14; Nu 18:12, Nu 18:13). Os que maltratavam a Israel eram tão culpados como aqueles que comiam, mas não tinham o direito de comer o alimento consagrado (Lv 22:16).

2.5 Nulidade. Hálito, nada, bolha; termos característicos para indicar os deuses falsos em contraste com o Deus vivo e verdadeiro; hevel, é a palavra traduzida por "vaidade" em Provérbios. Seguindo esses deuses vazios 1srael assimilava seu caráter - tal deus, tal povo (vd. nota em 51.18).

2.8 Pastores, também é usado no AT para indicar governantes e príncipes. Vd. 1Rs 22:17).

2.23 Baalins. Deuses cananeus da fertilidade. Vale, de Hinom, e um dos lados - sul, e oeste, de Jerusalém - onde imolavam seus filhos ao ídolo de Moloque (vd. 19.6n). Dromedário. Um camelo com pescoço curto e uma só bossa que ainda não teve filhote, famoso por sua velocidade, usado para levar despachos urgentes, o telégrafo antigo.

2.24 Fatigar-se. Os deuses falsos não precisavam cansar-se para buscar conquistar Israel, pois ela mesma buscava com ansiedade.

2.25 Inútil. A desesperada determinação de continuar no pecado.

2.27 Pedaço de madeira... pedra. Postes de madeira e obeliscos de pedra, que simbolizavam o deus adorado. Costas ou pescoço, que figurava a apostasia. Levanta-te. Na hora da tributação haveria de clamar a Jeová.

2.29 A paciência de Jeová estava sendo demasiado testada.
2.30 Disciplina. Instrução por palavra e advertência, bem como correção mediante castigo.

2.32 Cinto. Peça de ornamentação com que a noiva se enfeitava no dia do casamento. Jeová é o adorno mais precioso do seu povo.

2.35,36 A despeito de sua alegada inocência, buscavam entrar em aliança com outras nações em salvaguarda contra ataques hostis. A fidelidade a Jeová nunca os decepcionaria, mas preferiram confiar mais nos homens e nas nações do que em Jeová. 2.37 Mãos no cabeça. Os prisioneiros de guerra foram transportados dessa maneira. • N. Hom. O segundo capítulo descreve o paganismo, a rebelião e a desgraça total que sempre surgem quando os ministros procuram ser fiéis a Deus, pregando e vivendo Sua palavra. Compare vv. 4, 8 e 37.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Jeremias Capítulo 2 do versículo 1 até o 37

2) Primeira mensagem: advertência de julgamento (2.1—3.5)
Essas mensagens iniciais são as mais típicas na condenação da apostasia de Israel (2.1—3,5) e na declaração do castigo de Deus com uma série de chamados ao arrependimento (3.6—6.30). O apelo à história passada é dirigido à própria capital Jerusalém (v. 1-3). Israel já havia mostrado “devoção leal” (NEB) e amor a Deus e, por isso, o seguira persistentemente. Por isso, era considerado separado e santo, como os primeiros frutos (Dt 26:1-5).

a)    O apelo ao bom senso (2:4-13). Será que alguma vez Deus abandonou o seu próprio povo? Mesmo assim, o povo (v. 5), os sacerdotes e governantes (v. 8) não perguntam ao Senhor se ele ainda é o seu Deus (Glória, v. 11) e sua eterna fonte [...] viva (v. 13). Todo o fracasso se devia ao fato de terem abandonado Deus e sua lei (v. 8), e assim tinham contaminado a minha terra (v. 7) ao confiarem em deuses inúteis (irreais, sem conteúdo) e em falsos profetas (v. 8). Isso era algo que nenhuma nação pagã em qualquer lugar, seja no oeste (Quitim, Chipre) ou no leste (Quedar no norte da Arábia) faria (v. 10, 11). Por isso, o Senhor apresenta uma queixa formal (faço denúncias) diante de testemunhas, mas a acusação é irrespondível. Os céus (Dt 32:1; Is 1:2) e a terra são duas testemunhas geralmente invocadas. Acerca do retrato vívido das fontes de água deficientes contrastadas com a provisão farta de Deus (v. 13), conforme Is 55:1; Jo 4:10-43; Ap 21:6.

b)    A apostasia em Israel (2:14-19). O caminho ladeira abaixo do pecado é traçado. Os escravos ou eram comprados, ou nascidos escravos. O Senhor havia redimido Israel da primeira situação assim no Egito (Ex 20:2), mas agora, por meio de alianças políticas, eles haviam aberto as portas para ataques contra Judá vindos do sul, das capitais do delta, Mênfis (heb. Noph) e Tafnes, e se colocaram debaixo do poder das potências da época. A ameaça da Assíria, cujo símbolo era um leão, conduziu à queda do Reino do Norte em 722 a.C., e depois disso a terra foi invadida por leões (v. 15; conforme 2Rs 17:25). A nova escravidão resultou diretamente da submissão fútil ao Egito (o Nilo “negro”) e à Assíria (rio Eufra-tes). v. 17,18. A decadência é assim auto-in-fligida e resulta da desobediência obstinada. Quando o Senhor dirigia a nação (o gr. omite isso), Israel retornava, v. 19. Apostasia (aqui abandonar o Senhor) é o tema-chave em Jr

3:6-8,11,14-22; 5.6; 31.22). É sinônimo de desviar-se do Senhor e ocorre quando a honra e a reverência devidas a Deus (temor de mim é uma expressão forte em Gn 31:42) estão ausentes.

c)    Degeneração em Israel (2:20-28).
Desde o tempo em que tivera amor leal por Deus (v. 2), Israel havia muito abandonado a proteção controladora da lei e da aliança (Jugo e correias) e se perdera em relações ilícitas com falsos deuses (geralmente baalins cana-neus) e nas práticas perversas exigidas pela adoração a eles. Isso é coerentemente retratado como fornicação no AT. v. 21. Jeremias com freqüência reforça o que diz com perguntas. Visto que a videira seleta (sõrêq) tinha agora se tornado selvagem (como visto por Is 5:1-23), a única solução é arrancá-la. v. 22. O pecado é indelével, v. 23-25. O chamado para mudar de direção exige reconhecimento da inutilidade, da falta de propósito e da falta de esperança da vida, apesar da aparente ocupação constante com a determinação em pecar. Israel é comparado a uma camela ou jumenta no cio correndo por todo lado à procura de machos, v. 25. Em contraste com isso, parece que nenhum esforço a impediria de correr atrás de deuses estrangeiros, v. 26. Nenhuma das classes que conduzem a nação ao erro (conforme v. 5,8) mostra acanhamento em buscar ajuda em tempos de desastre do mesmo Deus que rejeitaram. Dessa forma, dão testemunho da existência dele e da sua capacidade de ajudar. Para levá-los ao arrependimento, o profeta os desafia ironicamente a pedirem ajuda a seus novos senhores.

d)    Complacência em Israel (2:29-37). A calamidade e o castigo divino ainda não ensinaram o povo a dar atenção à palavra de Deus. Jeremias lhes suplica que lembrem do Senhor e, dessa forma, fiquem conscientes da sua culpa. Mesmo assim, eles ainda alegam inocência (v. 35) como nenhum hebreu piedoso deveria fazer (conforme Sl 51:4). Se eles se esquecem de Deus (v. 31,32) e rejeitam as evidências claras contra eles (v. 3335), o castigo precisa inevitavelmente ocorrer (v. 36,37). v. 37. As mãos na cabeça eram um sinal de vergonha (2Sm 13:19).


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Jeremias Capítulo 2 do versículo 1 até o 18

B. Repreensões e Advertências, Principalmente do Período de Josias. 2:1 - 20:18.

Estas seis seções, que são generalizadas e repetitivas no caráter, parecem datar do primeiro período do ministério do profeta. Talvez constituam exemplo típico de suas pregações.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Jeremias Capítulo 2 do versículo 1 até o 37
II. A INTIMAÇÃO DA NAÇÃO (Jr 2:1-24). Israel foi outrora a noiva de Iavé (2), tão bela quão pura, santidade para o Senhor (3; ver Dn 2:2-28).

>Jr 2:4

2. A CONTENDA COM ISRAEL (Jr 2:4-24). Iavé aviva a memória de Israel lembrando-lhe toda a Sua misericórdia para com esse povo (6-7) e provando-lhe que não fora Ele quem faltara ao prometido. Israel é que havia contaminado a terra (7); os seus profetas tinham profetizado por Baal (8), principal deus dos fenícios, cujo culto havia sido introduzido em Israel depois de Salomão se haver aliado com essa nação. Chittim (10), o povo de Kition, uma cidade em Chipre. Alguns eruditos identificam Chittim com os hititas. Quedar (10), representa o oriente, assim como Chittim representa o ocidente. Os vers. 11 e 12 resumem o horror do profeta ao compenetrar-se da apostasia do seu povo. Ao contrário das nações pagãs, que permaneciam fiéis às suas divindades, Israel preferia deuses que não lhe davam lucro a Iavé, o seu próprio Deus. Até os céus pasmavam de tal sacrilégio. A imagem cisternas rotas (13) sugere água estagnada que se escapa facilmente pelas fendas, contrastando com a água pura de uma fonte perene (literalmente viva).

>Jr 2:14

3. A HUMILHAÇÃO DE ISRAEL (Jr 2:14-24). Neste parágrafo, vemos como o pecado assoberba uma nação. Israel, nascido livre, vai-se transformar num escravo. Escravo nascido em casa (14); havia duas espécies de escravos: os adquiridos por compra e os nascidos em casa do amo, que eram sua propriedade permanente. A infidelidade a Deus não é apenas uma coisa má; acarreta também prejuízos bem tristes (15). Conduz ainda à dependência de alianças estrangeiras, com a conseqüente corrupção espiritual e moral. Nofe Tachphanes (16); cidades egípcias. O primeiro era o nome que os hebreus davam a Mênfis, capital do Baixo Egito, não longe do Cairo moderno. O seu ensinador trágico seria a catástrofe com toda a amargura que acarreta, visto não teres o Meu temor contigo (19). Sihor (18) significa "rio lamacento" e parece referir-se ao Nilo.

>Jr 2:20

4. A DEGENERAÇÃO DE ISRAEL (Jr 2:20-24). Te andas encurvando e corrompendo (20). Ver vers. 2. Os profetas comparavam freqüentemente a idolatria à infidelidade conjugal. Vide excelente (21); ver. Is 5:1-23, onde temos um emprego paralelo desta metáfora. Os vers. 22-25 descrevem o caráter arraigado da sua iniqüidade e da sua espantosa teimosia em continuar no seu pecado. Jeremias compara o seu povo a uma fera do deserto no cio, possuída de tão forte desejo sexual que qualquer macho que a pretenda a poderá encontrar sem fadiga, como se fosse a fêmea a perseguir o macho. Amo os estranhos e após eles andarei (25). Os estranhos são outros deuses. O anseio dos israelitas de participar nas práticas idólatras das nações pagãs era tão grande que estavam resolvidos a não permitir que qualquer coisa os impedisse de o fazer.

No tempo da tua tribulação (28). A hora de provação que se aproximava obrigá-los-ia a reconhecer com vergonha quão inúteis eram aqueles objetos de pau e de pedra. Como um ladrão, seriam apanhados em flagrante (26-27; ver também o vers. 36). O seu apelo de auxílio (27) seria inevitavelmente rejeitado devido à falsidade dos seus protestos de inocência (ver vers. 23 e 35).

>Jr 2:29

5. A EXPLICAÇÃO A ISRAEL (Jr 2:29-24). Deus explica as razões dos infortúnios que se abatem sobre Israel. Desligamo-nos de Ti (31). Apesar da bondade do Senhor para com os israelitas (ver vers. 6-7), eles haviam afirmado a sua completa independência, não demonstrando sequer o menor vestígio de comezinha gratidão humana (32).


Dicionário

Ainda

advérbio Até este exato momento; até agora: o professor ainda não chegou.
Naquele momento passado; até então: eu fui embora da festa, mas minha mãe ainda ficou por lá.
Num instante recente; agora mesmo: ainda há pouco ouvi seus gritos.
Que tende a chegar num tempo futuro; até lá: quando ele voltar, ela ainda estará esperando.
Num certo dia; algum dia indeterminado: você ainda vai ser famoso.
Em adição a; mais: há ainda outras concorrentes.
No mínimo; ao menos: ainda se fosse rico, mas não sou.
De modo inclusivo; inclusive: gostava de todos os alunos, inclusive os mais bagunceiros.
Etimologia (origem da palavra ainda). Etm a + inda.

Diz

3ª pess. sing. pres. ind. de dizer
2ª pess. sing. imp. de dizer

di·zer |ê| |ê| -
(latim dico, -ere)
verbo transitivo

1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

2. Referir, contar.

3. Depor.

4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

verbo intransitivo

8. Condizer, corresponder.

9. Explicar-se; falar.

10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

verbo pronominal

11. Intitular-se; afirmar ser.

12. Chamar-se.

13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

nome masculino

14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

15. Estilo.

16. Maneira de se exprimir.

17. Rifão.

18. Alegação, razão.


quer dizer
Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

tenho dito
Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


Filhós

substantivo masculino e feminino [Popular] Filhó. (Pl.: filhoses.).

Pleitear

verbo transitivo direto Contestar na justiça: pleiteou os alugueis atrasados do inquilino.
verbo intransitivo Ficar discutindo; manter em litígio: não decidiam, só pleiteavam.
verbo transitivo direto Argumentar a favor de algo ou de outrem: os acionistas pleiteavam a favor da venda da companhia.
Almejar algo; buscar ou competir: pleiteavam pelo único lugar.
Transformar algo no tópico da discussão: não resolveu suas pendências até pleiteá-las exaustivamente.
Esforçar-se com afinco para obtenção de algo: pleiteava uma vaga na faculdade.
verbo transitivo indireto Disputar face a face; competir: pleitear com os inimigos.
Etimologia (origem da palavra pleitear). Pleito + ar.

Discutir; disputar

Pleitear
1) Discutir na justiça (Jr 2:9).


2) Defender (Sl 43:1).


Senhor

substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Jeremias 2: 9 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Portanto, ainda contenderei convosco, diz o SENHOR; e até com os filhos de vossos filhos contenderei.
Jeremias 2: 9 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

627 a.C.
H1121
bên
בֵּן
crianças
(children)
Substantivo
H3068
Yᵉhôvâh
יְהֹוָה
o Senhor
(the LORD)
Substantivo
H3651
kên
כֵּן
tão / assim
(so)
Adjetivo
H5002
nᵉʼum
נְאֻם
disse / dito
(said)
Substantivo
H5750
ʻôwd
עֹוד
novamente
(again)
Substantivo
H7378
rîyb
רִיב
demandar, contender
(and did quarrel)
Verbo
H854
ʼêth
אֵת
de / a partir de / de / para
(from)
Prepostos


בֵּן


(H1121)
bên (bane)

01121 בן ben

procedente de 1129; DITAT - 254; n m

  1. filho, neto, criança, membro de um grupo
    1. filho, menino
    2. neto
    3. crianças (pl. - masculino e feminino)
    4. mocidade, jovens (pl.)
    5. novo (referindo-se a animais)
    6. filhos (como caracterização, i.e. filhos da injustiça [para homens injustos] ou filhos de Deus [para anjos])
    7. povo (de uma nação) (pl.)
    8. referindo-se a coisas sem vida, i.e. faíscas, estrelas, flechas (fig.)
    9. um membro de uma associação, ordem, classe

יְהֹוָה


(H3068)
Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

03068 יהוה Y ehovaĥ

procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

  1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
    1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

כֵּן


(H3651)
kên (kane)

03651 כן ken

procedente de 3559; DITAT - 964a,964b adv

  1. assim, portanto, estão
    1. assim, então
    2. assim
    3. portanto
    4. assim...como (em conjunto com outro adv)
    5. então
    6. visto que (em expressão)
    7. (com prep)
      1. portanto, assim sendo (específico)
      2. até este ponto
      3. portanto, com base nisto (geral)
      4. depois
      5. neste caso adj
  2. reto, justo, honesto, verdadeiro, real
    1. reto, justo, honesto
    2. correto
    3. verdadeiro, autêntico
    4. verdade!, certo!, correto! (em confirmação)

נְאֻם


(H5002)
nᵉʼum (neh-oom')

05002 נאם n e’um̂

procedente de 5001; DITAT - 1272a; n m

  1. (Qal) oráculo, declaração (de profeta)
    1. oráculo, declaração (de profeta em estado de êxtase)
    2. oráculo, declaração (nas outras ocorrências sempre precedendo um nome divino)

עֹוד


(H5750)
ʻôwd (ode)

05750 עוד ̀owd ou עד ̀od

procedente de 5749; DITAT - 1576a subst

  1. repetição, continuação adv
  2. ainda, novamente, além disso
    1. ainda, ainda assim (referindo-se a continuidade ou persistência)
    2. ainda, ainda assim, além disso (referindo-se a adição ou repetição)
    3. novamente
    4. ainda, ainda mais, além disso

רִיב


(H7378)
rîyb (reeb)

07378 ריב riyb ou רוב ruwb

uma raiz primitiva; DITAT - 2159; v.

  1. demandar, contender
    1. (Qal)
      1. demandar
        1. fisicamente
        2. com palavras
      2. conduzir um caso ou processo (legal), processar
      3. apresentar queixa
      4. discutir
    2. (Hifil) contender com

אֵת


(H854)
ʼêth (ayth)

0854 את ’eth

provavelmente procedente de 579; DITAT - 187; prep

  1. com, próximo a, junto com
    1. com, junto com
    2. com (referindo-se a relacionamento)
    3. próximo (referindo-se a lugar)
    4. com (poss.)
    5. de...com, de (com outra prep)