Enciclopédia de Lamentações de Jeremias 4:13-13

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

lm 4: 13

Versão Versículo
ARA Foi por causa dos pecados dos seus profetas, das maldades dos seus sacerdotes que se derramou no meio dela o sangue dos justos.
ARC Por causa dos pecados dos profetas, das maldades dos seus sacerdotes, que derramaram o sangue dos justos no meio dela. Num.
TB É por causa dos pecados dos seus profetas e por causa das iniquidades dos seus sacerdotes
HSB מֵֽחַטֹּ֣את נְבִיאֶ֔יהָ עֲוֺנ֖וֹת כֹּהֲנֶ֑יהָ הַשֹּׁפְכִ֥ים בְּקִרְבָּ֖הּ דַּ֥ם צַדִּיקִֽים׃ ס
BKJ Por causa dos pecados dos seus profetas, e das iniquidades dos seus sacerdotes, que derramaram o sangue do justo no meio dela,
LTT Foi por causa dos pecados dos profetas dela, das maldades dos seus sacerdotes, que derramaram o sangue dos justos no meio dela.
BJ2 Por causa dos pecados de seus profetas, das faltas de seus sacerdotes, derramou-se, no meio dela, o sangue dos justos!
VULG Propter peccata prophetarum ejus, et iniquitates sacerdotum ejus, qui effuderunt in medio ejus sanguinem justorum.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Lamentações de Jeremias 4:13

Jeremias 2:20 Quando eu já há muito quebrava o teu jugo e rompia as tuas algemas, dizias tu: Nunca mais transgredirei; contudo, em todo outeiro alto e debaixo de toda árvore verde te andas encurvando e corrompendo.
Jeremias 5:31 os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes dominam pelas mãos deles, e o meu povo assim o deseja; e que fareis no fim disso?
Jeremias 6:13 Porque, desde o menor deles até ao maior, cada um se dá à avareza; e, desde o profeta até ao sacerdote, cada um usa de falsidade.
Jeremias 14:14 E disse-me o Senhor: Os profetas profetizam falsamente em meu nome; nunca os enviei, nem lhes dei ordem, nem lhes falei; visão falsa, e adivinhação, e vaidade, e o engano do seu coração são o que eles vos profetizam.
Jeremias 23:11 Porque tanto o profeta como o sacerdote estão contaminados; até na minha casa achei a sua maldade, diz o Senhor.
Jeremias 26:8 E sucedeu que, acabando Jeremias de dizer tudo quanto o Senhor lhe havia ordenado que dissesse a todo o povo, pegaram nele os sacerdotes, e os profetas, e todo o povo, dizendo: Certamente, morrerás.
Lamentações de Jeremias 2:14 Os teus profetas viram para ti vaidade e loucura e não manifestaram a tua maldade, para afastarem o teu cativeiro; mas viram para ti cargas vãs e motivos de expulsão. Sâmeque.
Ezequiel 22:26 Os seus sacerdotes transgridem a minha lei, e profanam as minhas coisas santas; entre o santo e o profano não fazem diferença, nem discernem o impuro do puro; e de meus sábados escondem os seus olhos, e assim sou profanado no meio deles.
Miquéias 3:11 Os seus chefes dão as sentenças por presentes, e os seus sacerdotes ensinam por interesse, e os seus profetas adivinham por dinheiro; e ainda se encostam ao Senhor, dizendo: Não está o Senhor no meio de nós? Nenhum mal nos sobrevirá.
Sofonias 3:3 Os seus príncipes são leões rugidores no meio dela; os seus juízes são lobos da tarde, que não deixam os ossos para o outro dia.
Mateus 23:31 Assim, vós mesmos testificais que sois filhos dos que mataram os profetas.
Mateus 23:33 Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?
Lucas 11:47 Ai de vós que edificais os sepulcros dos profetas, e vossos pais os mataram!
Atos 7:52 A qual dos profetas não perseguiram vossos pais? Até mataram os que anteriormente anunciaram a vinda do Justo, do qual vós agora fostes traidores e homicidas;
I Tessalonicenses 2:15 os quais também mataram o Senhor Jesus e os seus próprios profetas, e nos têm perseguido, e não agradam a Deus, e são contrários a todos os homens.

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Tabela: Profetas e Reis de Judá e de Israel (Parte 2)

Reis do reino de Judá (continuação)
777 a.C.

Jotão: 16 anos

762

Acaz: 16 anos

746

Ezequias: 29 anos

716

Manassés: 55 anos

661

Amom: 2 anos

659

Josias: 31 anos

628

Jeoacaz: 3 meses

Jeoiaquim: 11 anos

618

Joaquim: 3 meses e 10 dias

617

Zedequias: 11 anos

607

Jerusalém e seu templo são destruídos pelos babilônios durante o reinado de Nabucodonosor. Zedequias, o último rei da linhagem de Davi, é tirado do trono

Reis do reino de Israel (continuação)
c. 803 a.C.

Zacarias: reinado registrado de apenas 6 meses

Em algum sentido, Zacarias começou a reinar, mas pelo visto seu reinado não foi plenamente confirmado até c. 792

c. 791

Salum: 1 mês

Menaém: 10 anos

c. 780

Pecaías: 2 anos

c. 778

Peca: 20 anos

c. 758

Oseias: 9 anos a partir de c. 748

c. 748

Parece que foi somente em c. 748 que o reinado de Oseias foi plenamente estabelecido ou recebeu o apoio do monarca assírio Tiglate-Pileser III

740

A Assíria conquista Samaria e domina 1srael; o reino de Israel de dez tribos, ao norte, chega ao seu fim

Lista de profetas

Isaías

Miqueias

Sofonias

Jeremias

Naum

Habacuque

Daniel

Ezequiel

Obadias

Oseias


Tabela: Profetas e Reis de Judá e de Israel (Parte 1)

Reis do Reino de duas tribos, ao sul Reino de Judá
997 a.C.

Roboão: 17 anos

980

Abias (Abião): 3 anos

978

Asa: 41 anos

937

Jeosafá: 25 anos

913

Jeorão: 8 anos

c. 906

Acazias: 1 ano

c. 905

Rainha Atalia: 6 anos

898

Jeoás: 40 anos

858

Amazias: 29 anos

829

Uzias (Azarias): 52 anos

Reis do Reino de dez tribos, ao norte Reino de Israel
997 a.C.

Jeroboão: 22 anos

c. 976

Nadabe: 2 anos

c. 975

Baasa: 24 anos

c. 952

Elá: 2 anos

Zinri: 7 dias (c. 951)

Onri e Tibni: 4 anos

c. 947

Onri (sozinho): 8 anos

c. 940

Acabe: 22 anos

c. 920

Acazias: 2 anos

c. 917

Jeorão: 12 anos

c. 905

Jeú: 28 anos

876

Jeoacaz: 14 anos

c. 862

Jeoacaz e Jeoás: 3 anos

c. 859

Jeoás (sozinho): 16 anos

c. 844

Jeroboão II: 41 anos

Lista de profetas

Joel

Elias

Eliseu

Jonas

Amós


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 4 do versículo 1 até o 22
SEÇÃO IV

CANÇÃO DE UM REINO DEVASTADO

Lamentações 4:1-22

Esse poema é uma canção de contrastes. Ele compara a glória antiga do reino de Judá, representada por Jerusalém, com sua infeliz condição atual. Jeremias foi uma testemunha ocular do terrível desastre em 587-586 a.C., quando Jerusalém caiu diante dos babilônios. Podemos sentir o palpitar de tristeza que preponderou durante o cerco e a subseqüente demolição da cidade. O poema é um acróstico alfabético como nos capítu-los 1:2, com a exceção de que as estrofes aqui têm duas linhas em vez de três. O pecado de Judá é o tema predominante do capítulo. Essa idéia não está completamente ausente nos capítulos anteriores, mas nesse capítulo 4 ela aparece como o motivo principal para o colapso do reino. A extensão do pecado de Judá é tratada nos versículos 1:12, e as conseqüências do seu pecado são o tema dos versículos 13:22. Assim, os motivos morais do destino de Judá ocupam a mente do poeta.

A. O PODER DEGRADANTE DO PECADO, 4:1-12

A gravidade do pecado de Judá e Jerusalém tem sua raiz na rebeldia do coração. A descrição aqui revela até que ponto uma nação pode chegar quando seus fundamentos morais são removidos. O gemido do profeta, ao lamentar acerca da glória passada de Judá e a condição devastadora na qual se encontra agora, é suficiente para quebrar o coração. "Como os poderosos caíram!".

O poeta entoa uma canção triste acerca da incrível mudança que sobreveio a essa outrora orgulhosa nação e sua capital: Como se escureceu o ouro! (1). Escurecida e deslustrada, a cidade dourada não passa de um monte de cinzas. Ele lamenta a completa destruição do Templo: Como estão espalhadas as pedras do santuário ao canto de todas as ruas; i.e., espalhadas por toda a cidade. Os jovens da nação, a esperança da sua vida futura, estão estirados pelas ruas da cidade. Em vida eles eram comparados a ouro (2) ; agora eles não passam de um amontoado de barro, semelhante a vasos de barro quebrados no monte de refugo do oleiro!

As mães de Judá, perturbadas pelo sofrimento, tratam seus bebês pior do que o fazem os animais selvagens. Apesar do fato de os chacais (3) serem animais de rapina violentos, eles não se esquecem dos seus filhotes. Enquanto as avestruzes são conheci-das por serem negligentes e cruéis com seus filhotes (39:13-17), as mães de Judá são ainda piores; elas se tornaram cruéis (desumanas). Com a morte do seu instinto mater-no, elas deixam seus bebês morrerem por falta de alimento. Os meninos clamam por pão (4), mas ninguém lhes dá atenção. Mulheres que se vestiam em carmesim (púrpu-ra) e comiam iguarias delicadas agora perambulam sem destino pelas ruas. Elas che-garam a um ponto degradante: abraçam esterco (5) em busca de comida.

Jerusalém teve um destino ainda mais triste do que Sodoma. Sodoma se subver-teu [...] em um momento (6) pela mão de Deus, mas o castigo de Jerusalém tornou-se quase insuportável. A referência a Sodoma ressalta a dimensão da culpa de Jerusalém. Ela era a cidade que tinha o Templo, a lei e os profetas. Visto que teve tanta luz e privi-légio, ela mereceu um castigo mais severo do que Sodoma. Deve ter sido difícil para um poeta judeu escrever o versículo 6. Esse versículo retrata de uma forma inesquecível a compreensão de Jeremias do poder degradante do pecado.

"Seus príncipes" — em vez de nazireus (7) — outrora belos em aparência, bem nutridos e populares no meio do povo, estão agora em uma condição deplorável. Seus rostos estão "mais escuros do que a escuridão" (8, lit.) ; seus nomes estão esquecidos; o povo não os reconhece, porque não passam de esqueletos ambulantes, mirrados e sem vida como um pedaço de pau.

A condição de Judá e Jerusalém é tão deplorável que os mortos à espada (9) são mais ditosos do que os vivos. O cerco à cidade havia privado os viventes das necessidades mais básicas da vida. Algumas mulheres piedosas (10), impelidas pela fome, cozeram seus próprios filhos, para servirem de alimento. Ninguém imaginaria que Jerusalém pudesse chegar a esse ponto! Mesmo os reis da terra (12) estão estupefatos com o destino dessa nação e dessa cidade. O pecado, depois de consumado, gera a morte (Tg 1:15).

Nos versículos 1:12, vemos "Os Efeitos Degradantes do Pecado".

1) A beleza da vida desaparece (1).

2) Os recursos da mocidade são perdidos (2).

3) A dignidade da mulher se torna pior do que a dos animais do campo (4-5, 10).

4) Os efeitos do pecado são mais amplos onde a luz foi mais brilhante (6) ;

5) Até os líderes se tornam confusos e quebrados (7) ;
6) O castigo final é pavorosamente radical (11-12).

B. O PODER DESMORALIZANTE DO PECADO, 4:13-16

A responsabilidade pela ruína de Judá é atribuída diretamente aos líderes religiosos da nação.

Foi por causa do pecado dos seus profetas e das maldades dos seus sacerdotes (13, RSV).

É na vida desses homens que vemos o poder desmoralizante do pecado. Eles poderi-am ter evitado a destruição do país. Em vez disso:

  1. Seu ensinamento e seu exemplo mutilaram a vida moral da nação.
    a) Eles não eram aptos para discernir entre a voz de Deus e a voz dos seus próprios corações. b) Eles profetizaram falsamente, dizendo: "Paz, paz, quando não há paz" (Jr 6:14).
    c) Eles su-cumbiram à pressão dos tempos e pregavam o que o povo queria ouvir; eles não expuse-ram os pecados do povo, para que pudessem ser sarados (2.14). d) Eles estavam com medo de defender o que era certo; eles colocaram a popularidade acima da justiça. e) Eles chegaram a crer na mentira como se fosse verdade, e na verdade como se fosse mentira. Jeremias já havia "trovejado", em oportunidades anteriores, contra esses falsos líderes do povo (Jr 5:31-6.13 23:11-16), mas eles frustraram todos os seus esforços para levar o povo ao arrependimento genuíno.
  2. Eles eram culpados de assassinato, talvez não diretamente, mas indiretamente. De-baixo da aparência externa da religião, derramaram o sangue dos justos no meio da nação (13). O conselho e a influência deles resultaram na morte dos justos (veja Jr 26:20-24).
  3. Chegou o dia em que o mundo deles ruiu sobre suas cabeças. Quando a cidade de Jerusalém foi destruída, eles ficaram desnorteados. Eles erram (perambulam ou tateiam) como cegos nas ruas (14). Sua confusão era resultado da cegueira dos seus corações. Eles não estavam preparados para as emergências da vida.
  4. O pecado deles se revelou. Suas máscaras foram tiradas quando suas predições provaram ser falsas. O povo então reconheceu quem eles realmente eram; impostores desprezíveis e miseráveis. O castigo deles era ser tratado como leprosos morais. Os ho-mens gritavam para eles: Desviai-vos [...] Imundo! Desviai-vos [...] não toqueis (15).
  5. Eles foram expulsos da sua terra pelo seu próprio povo. A maldição de Caim esta-va sobre eles. Eles andam errantes entre as nações (15), mas nem lá são desejados.
  6. Eles sofreram a vingança divina. A ira do SENHOR os havia espalhado (16). Ape-sar do fato de serem sacerdotes e velhos (anciãos), nenhum favor foi concedido a eles, tanto por Deus como pelos homens. Como Governante moral do universo, Deus assumiu a responsabilidade de garantir que esses falsos líderes fossem punidos.

C. O PODER ENGANADOR DO PECADO, 4:17-20

Essa seção é um reconhecimento de que a nação tinha colocado sua confiança no lugar errado. O poeta faz a confissão pelo povo. Jeremias olha para o passado — para a época do cerco da cidade (17-18), a queda da cidade (18), a fuga do rei e dos seus nobres (19), e a captura de Zedequias (20).

O profeta declara que

1) a nação foi enganada em colocar sua confiança em aliados estrangeiros. Os nossos olhos desfaleciam, esperando vão socorro (17). Jeremias e outros profetas haviam advertido Judá para não colocar sua confiança em homens, mas a nação tinha rejeitado a palavra do Senhor e continuou a confiar no Egito. Faraó havia feito uma tentativa, em certa ocasião, de livrar Jerusalém (Jr 37), mas todo o episódio foi um completo e lamentável fracasso. O salmista também tinha clamado: "Vão é o socorro do homem" (Si 60.11), mas é impressionante o que atrai as pessoas quando elas estão em descompasso com Deus.

  1. A nação tinha sido iludida ao acreditar que poderia resistir à Babilônia. Embora Jeremias tivesse proclamado repetidas vezes que Deus havia entregado o Oriente Médio nas mãos de Nabucodonosor (Jr 25), o povo de Judá não acreditou. Eles continuaram a rebelar-se até que a cidade caiu. Estão cumpridos os nossos dias, porque é vindo o nosso fim (18).
  2. Eles foram ludibriados ao pensar que poderiam escapar se fugissem. Sobre os montes nos perseguiram (19). Isso evidentemente se refere à fuga de Zedequias e seus príncipes (Jr 39:4-7). Quando o povo começa a desobedecer a Deus, continua pen-sando que o próximo passo será o passo certo. Mas esse nunca é o caso.
  3. A nação estava iludida ao pensar que as promessas de Deus à casa de Davi eram incondicionais. Eles interpretaram mal o caráter de Deus e seus métodos de operação. Agora lamentam: O respiro das nossas narinas, o ungido do SENHOR, foi preso nas suas covas (20). A referência aqui é à captura de Zedequias pelos babilônios na "flores-ta" do Jordão, e o fim da monarquia davídica. Os versículos revelam a lealdade do povo de Judá à casa real, mas também revelam que a confiança no homem como fonte de sabedoria e força máxima está equivocadamente fora de lugar.

D. O PODER DESTRUIDOR DO PECADO, 4:21-22

Temos aqui um exemplo de como o pecado do orgulho pode destruir uma nação. Edom (veja mapa 1), embora descendente de Abraão e parente de Judá, sempre foi arro-gante e altivo em relação a Israel. Seu orgulho alcançou proporções grandiosas na sua reação à queda de Jerusalém em 587-586 a.C. Ele tinha colaborado com o inimigo, traído seus vizinhos e retido sua ajuda aos necessitados. Aproveitando-se do infortúnio do seu parente, chegou a tomar uma parte do território de Judá (Ez 35:10-12). Agora Edom se alegra de maneira perversa com o castigo de Judá e com o seu próprio livramento dos horrores da guerra. Mas no auge da sua exultação ouve-se uma voz, anunciando sua condenação.

O início do versículo 21 é repleto de ironia: Regozija-te e alegra-te, ó filha de Edom — i.e., divirta-se agora — o cálice chegará também para ti. A referência é ao cálice do furor de Deus como profetizado por Jeremias 25:15-28). Embebedar-te-ás: Edom experimentará todas as coisas que acompanham a embriaguez: vergonha, confu-são, tristeza e destruição.

No versículo 22, o poeta confessa abertamente que Judá e Jerusalém foram castiga-dos severamente pelas mãos do Senhor. Mas Judá sofreu seu castigo, e esse tempo aca-bou. O castigo da tua maldade está consumado. Dias melhores estão por vir para Judá. Ele nunca mais te levará para o cativeiro. A implicação é que Judá tem um futuro, mas Edom não. Quando chegar o dia do castigo de Edom, Ele descobrirá (reve-lará) os seus pecados. Edom cairá e nunca mais se levantará (Ob 18).


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 4 do versículo 12 até o 22

Causas do Cerco (Lm 4:12-20)

Lm 4:12
Não creram os reis da terra. Os habitantes de Jerusalém se consideravam invencíveis, e outro tanto pensavam muitos povos. Suas fortificações eram imensas. Foram necessários 30 meses para que os babilônios vencessem as defesas da cidade. Mas, quando romperam as muralhas, eles se precipitaram sobre as vítimas como uma matilha de chacais ferozes, que em breve tinham efetuado horrenda matança, assassinando jovens e velhos, homens e mulheres, indiscriminadamente. Jeremias tinha avisado ao povo que a cidade não era tão forte quanto o povo pensava, pois cairia na hora da provação. Ver Jr 7:4; Jr 27:14. Mas os judeus preferiam ouvir a bela história dos falsos profetas que continuavam a falar em paz e prosperidade. Se vários inimigos tinham alcançado certa medida de sucesso contra a cidade, suas defesas tinham sido reconstruídas e aprimoradas, e havia suprimento de água garantido por um túnel subterrâneo. Ver II Crô. 32:2-5; 2Cr 33:14, Esses elaborados preparativos atrasaram os babilônios, mas não os fizeram parar.

Lm 4:13

Foi por causa dos pecados dos seus profetas. As inúmeras injustiças de Jerusalém (Judá), incluindo a execução de pessoas inocentes, o que encheu a cidade com o sangue delas, finalmente requereram a destruição do lugar, em consonância com a Lei Moral da Colheita segundo a Semeadura (ver a respeito no Dicionário). Cf. este versículo com Lm 2:14. “Visto que os profetas e os sacerdotes, por sua orientação, eram culpados pelas condições da nação, eles eram, de fato, assassinos dos inocentes” (Theophile J. Meek, in toe). Os inocentes cujo sangue fora derramado viveram antes e depois do cerco babilônico. Foi uma questão assassina do começo ao fim. “Os seres mais miseráveis, sob a pretensão do zelo pela verdadeira fé, perseguiam e matavam profetas e sacerdotes genuínos, bem como o povo de Deus, fazendo o sangue deles ser derramado no meio da cidade” (Adam Clarke, in loc.). Ver 2Cr 36:14. “Essas palavras apontam para incidentes como a morte de Zacarias, filho de Joiada (2Cr 24:21); o-sangue inocente derramado por Manassés (2Rs 24:21); e, provavelmente, outras atrocidades que não ficaram registradas, mas ocorreram durante o cerco. Contra a vida de Jeremias também foram feitas tentativas, mas sem êxito (Jr 26:7). Os verdadeiros profetas eram vistos como traidores (Jr 26:7)” (Ellicott, in loc.).

Lm 4:14

Eram como cegos nas ruas. Os profetas e sacerdotes, tão cheios de violência e iniquidade, diziam-se iluminados, mas na realidade eram homens cegos, manchados de sangue, poluídos como leprosos, e se tornaram um nojo para todos ao redor. Este versículo parece salientar sua condição moral e espiritual antes do cerco, e então seus atos literais, quando o cerco os tomou de surpresa. “Quando a cidade foi conquistada, eles fugiram e, quais cegos, não sabiam em que direção ir; antes, ficaram vagueando de lugar para lugar, buscando um refúgio" (John GUI, in loc.). Conforme este versículo com Dt 28:28; Jr 23:12; Is 29:10, “Os homens não podiam tocar em suas vestes, pois estavam empapadas de sangue (Nu 19:16)” (Fausset, in loc.).

Lm 4:15

Apartai-vos, imundos! gritavam-lhes. Aqueles homens rudes foram tratados como leprosos. Ninguém queria aproximar-se deles e tocar em suas vestes que causavam nojo. Por isso gritavam para que se mantivessem afastados e chamavam-nos de imundos. Ver Lv 13:45. Eles se tornaram como Caim, fugitivos e vagabundos na terra, párias, abandonados. “Deus dispersou os líderes de Jerusalém, pois eles haviam conduzido o povo ao pecado” (Charles H. Dyer, in loc). “Aqueles assassinos tugiram de seus próprios compatriotas e se viram igualmente repelidos entre os pagãos” (Ellicott, in loc). Ver Dt 28:65.

Lm 4:16

A ira do Senhor os espalhou. Não toram as condições adversas que espalharam aqueles réprobos. Foi o juízo divino contra eles que os tornou fugitivos. O hebraico diz, literalmente: A “face de Yahweh” os dispersou. Foi o rosto de Deus, em carranca, que os assustou e os lançou em confusão e terror. Aqueles homens iníquos tinham caído na desgraça. E todos os homens passaram a evitá-los, pois estavam debaixo da maldição divina. Os homens não tinham mais respeito pelo oficio e pela posição deles. Eles tinham perdido tanto o favor divino quanto o favor humano.

Nem se compadece dos anciãos. As pessoas de idade avançada mereciam respeito, mas não agora. A palavra “ancião" substituiu o termo “profetas" para enfatizar o horror da situação. Aqueles em quem o povo tinha confiado agora não mereciam mais confiança e favor.
Lm 4:17

Os nossos olhos ainda desfalecem. A cena agora muda de volta para o povo geral, pois o autor terminou sua diatribe contra a liderança de Judá. O povo em vão esperou alguma Intervenção de ultimo minuto, quando algum aliado os salvaria do exército babilônico. Mas essa ajuda nunca se concretizou. O povo tinha olhado para o Egito como esse aliado (ver Isa. 36:6-10; Jer. 37:5-10), mas os egípcios mostraram-se admiravelmente fracos na hora azada. “Tanto Jeremias quanto Ezequiel tinham advertido contra a futilidade de confiar no Egito como proteção (ver Jer. 37:6-10; Ez 29:6,Ez 29:7). Essa falsa esperança só produziu uma amarga tristeza quando o exército babilônico, mais rápido que as águias (Hc 1:8
Espreitavam os nossos passos. Jerusalém tornou-se como um animal caçado, e o caçador (a Babilônia) não lhe dava paz, perseguindo, matando e saqueando. Nenhum homem podia andar nas ruas, pois alí encontraria morte súbita. Os que se escondiam eram descobertos e mortos em seus lares. O dia de Jeremias estava terminado; os poucos dias que lhes restavam estavam numerados, e logo se acabaram. O fim deles tinha chegado. Este versículo pode referir-se especificamente aos ataques preliminares contra o povo, a partir dos fortes e das torres que eles haviam construído, de onde atiravam setas e lançavam mísseis em qualquer um que fosse tolo o bastante para vaguear pelas ruas.

Lm 4:19

Os nossos perseguidores foram mais ligeiros. Estas palavras descrevem as tentativas de alguns para fugir da cidade, depois que a matança começou. Mas os que fugiram foram perseguidos e alcançados com flechas pelos soldados que tinham saído depois deles como águias velozes, efetuando ainda pior matança. Até mesmo os que se refugiaram nas colinas em torno de Jerusalém foram alcançados e executados sem tardança. Além disso, os babilônios também se achavam nos vales, de forma que ninguém conseguiu escapar. Eles eram onipresentes e assassinos. Pode haver aqui uma alusão à tentativa de fuga de Zedequias, seus familiares e dos nobres. Mas eles foram capturados nas planícies de Jericó. Em Ríbla, os filhos do rei foram executados diante de seus olhos; e então Zedequias foi cegado e lançado na prisão pelo resto da vida. Os príncipes foram todos executados. Ver Jer 52:7-9. Os babilônios eram especialistas do genocídio,

Lm 4:20

O fôlego da nossa vida, o ungido do Senhor. O rei era o comandante-em-ctiefe, e foi aqui chamado de “fôlego da nossa vida”. Diz a NCV: “aquele que era a nossa própria respiração". A referência é a Zedequias, que foi apanhado como um animal em uma cova. Eles haviam dito acerca dele; “Debaixo de sua sombra viveremos entre as nações”; mas ele não ofereceu nenhuma esperança na hora da provação. Ele tinha sido o ungido de Yahweh, uma referência à unção dos reis de Judá para o seu oficio. Ele parecia ter o favor de Deus, mas perdeu esse direito por causa de sua iniquidade e fraqueza. Quanto à unção dos reis de Israel, ver 1Sm 10:1; 1Sm 16:1; I Reis 1:39-45 e 2Rs 11:12, Quanto à tentativa de Zedequias escapar, ver Jer. 39:2-7. Descrevo o que aconteceu a ele e aos que tentaram fugir com ele, na última porção das notas do vs. Lm 4:19.

Lm 4:21

Regozija-te e alegra-te, ó filha de Edom. Visto que Yahweh tinha um pacto com Israel (Deu. 28-30), havia esperança de vindicação tanto contra a Babilônia como contra as nações que a tinham vexado ao longo da história. Os dois últimos versículos deste capítulo contrastam 1srael com seu principal inimigo, Edom, O contraste ilustra como o juizo de Israel tinha por intuito operar retribuição, mas também a restauração final.

Israel e Edom Contrastadas.

Condição Atual Condição Futura
Edom alegra-se diante Israel é restaurada
da condenação de Israel
Israel é punida Edom é punida.

“Dentre todos os seus vizinhos, nenhum era tão odiado por Israel quanto Edom (ver Isa. 34,1-17; 63.1-6; Eze. 35:1-15; Jer. 49:7-22; Oba 1:1-21). De acordo com isso, havia certa satisfação no pensamento de que em breve chegaria a vez de Edom ser destruída, e de que essa nação teria de beber da mesma taça de vergonhosa humilhação (conforme Jer. 25:15-29; Hc 2:15,Hc 2:16). Aqui e em Gn 36:28 (= 1Cr 1:42). “O triunfo de Edom por ocasião da queda de Sião foi, tal como no Salmo 137, a tristeza coroadora do lamentador. Mas juntamente com essa tristeza houve uma visão do julgamento, que também é uma visão de esperança” (Ellicott, in loc.).

O profeta usou aqui uma de suas metáforas favoritas, o cálice amargo que intoxica e destrói. Judá teria de beber esse cálice de causar desgosto, mas logo chegaria a vez de Edom bebê-lo. Ver Jr 25:17. Está em vista o juízo, e o cálice, falando-se finalmente, era o cálice de Yahweh, embora Ele utilizasse Instrumentos humanos para fazer as nações sorver Seu vinho de ira. Ver também Jr 13:12 ; 49.7— 22. Os que beberam do cálice ficaram embriagados, ou seja, foram totalmente vencidos pela ira de Yahweh. Em seguida, foram desnudados, para serem vistos e zombados por outros. O pecado deles os tinha encontrado.

Lm 4:22

O castigo da tua maldade está consumado, ó filha de Sião. Bastante é Bastante. A punição imposta pela Babilônia em seu ataque e subseqüente cativeiro tinha realizado sua obra. A iniqüídade fora punida, e o arrependimento fora inspirado por meio do julgamento. Conforme 1Pe 4:6. Os julgamentos de Deus são remediais, e não apenas retributivos. Em breve terminaria o exílio dos judeus na Babilônia. Haveria a restauração de Judá. O decreto misericordioso de Ciro enviaria de volta a Jerusalém um pequeno remanescente, e haveria um Novo Dia. Alguns estudiosos supõem que esta profecia se estenda à Era do Reino, sob o Messias, quando haverá acontecimentos revolucionários. Mas Edom cairia, e nenhuma promessa de renovação fazia parte do decreto divino. O oráculo de condenação de Edom (Jer.

49.7- 22) também termina sem nenhuma nota de esperança. Assim operava a lei da colheita segundo a semeadura, ditada pela vontade de Yahweh. Conforme Ob 1:4,Ob 1:21. Os pecados de Israel foram cobertos (perdoados e esquecidos), mas os pecados de Edom permaneceram expostos, pelo que os tremendos efeitos do juízo divino continuariam até que os edomitas desaparecessem da face da terra.


Champlin - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 4 versículo 13
Pecados dos seus profetas:
Conforme Jr 23:9-17; Lm 2:14.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 4 do versículo 1 até o 22
*

4.1-22 Este capítulo, que contém o mais vívido retrato das agonias de Judá, lamenta o castigo de Sião, mas dá a certeza de que como estava cessaria.

* 4:1

o ouro!... as pedras do santuário. O ouro e os ricos utensílios do templo de Salomão foram levados embora por Nabucodonosor (2Rs 25:9).

* 4:2

Os nobres filhos... puro ouro. A idéia do ouro é imediatamente transferida para as próprias pessoas, mais valiosas do que as riquezas do templo. Na qualidade de "propriedade peculiar" (Êx 19:5), elas tinham sido muitissimamente preciosas; mas agora eram o barro mais comum.

* 4:3

Até os chacais. Is 1:2,3.

Os avestruzes. Essas aves serviam de figura proverbial da dureza de coração dos pais para com seus filhos (39:16). Essa indiferença é um tema deste capítulo (v.10), desenvolvido a partir de 2.20.

* 4:5

comidas finas. A figura de alguém rico, que se alimentava delicadamente, e que cai subitamente em grande necessidade e perigo é reverberada com freqüência nos escritos dos profetas (Am 4:1-3; 6:1; Jr 6:2).

* 4:6

maldade. Essa palavra hebraica também pode ser traduzida por "castigo" ou por "iniqüidade", de acordo com o contexto, visto que as duas idéias estão tão intimamente ligadas uma à outra. Neste capítulo, essa conexão é forte, onde o intenso sofrimento de Judá é vinculado repetidamente a seu pecado desnatural.

Sodoma. Os profetas com freqüência usam Sodoma como um arquétipo do julgamento divino contra o pecado (Dt 29:23; Is 1:10; Jr 23:14; Ez 16:46; Os 11:8; Am 4:11; Lc 17:28-30). A comparação com Sodoma é aplicável aos pecados da cidade bem como ao temível julgamento divino que lhe sobreveio.

* 4:7

seus príncipes. Algumas versões dizem aqui "nazireus". Nm 6:1-21, nota.

mais brancos... mas ruivos. Essas são cores com freqüência associadas ao corpo humano.

* 4:8

Mas agora. Ironicamente, nas dificuldades que então predominavam, ninguém se distinguia como pessoa especial; todas as distinções tinham sido obliteradas.

* 4:9

Mais felizes foram as vítimas da espada. A desgraça do povo judeu era desesperada e miserável. A morte por meio da fome não é um julgamento sumário e instantâneo; em sua lentidão revela ao máximo os horrores do juízo divino a um grau temível (Dt 28:54-57).

* 4:10

mulheres... seus próprios filhos. Ver o v.3.

* 4:11

indignação. O enfoque volta à ira de Deus; no pecado cometido por Judá há uma explicação até para esses males.

* 4:12

os reis da terra. É possível que essa frase refira-se à suposta inexpugnabilidade de Sião, reforçada pelo dramático fracasso dos assírios que não conseguiram tomar a cidade, depois que Senaqueribe conquistou o resto de Judá, em 701 a.C. (13 12:19-37'>2Rs 18:13—19.37).

* 4:13

seus profetas... seus sacerdotes. Ver a nota em 2.20 e Jr 5:30,31; Mq 3:9-12.

* 4:14

Erram como cegos nas ruas. Dt 28:28,29.

andam contaminados de sangue. Deus, em sua ira, fez os sacerdotes e profetas de Sião se tornarem ritualmente imundos. Em outro lugar (Is 59:3) a frase refere-se a sangue derramado pela culpa. Ironicamente, o sangue que contaminava esses errantes cegos era o próprio sangue deles.

* 4:15

imundos! Lv 13:45.

Quando fugiram errantes. Cumpriu-se assim a maldição de Dt 28:65,66.

* 4:17

povo. Caracteristicamente, Israel e Judá buscaram ajuda nos pactos políticos, e não no Senhor (Is 7; 30.1-5; Jr 24).

* 4:19

as aves dos céus. Jr 4:13.

* 4:20

o ungido do SENHOR. Essa é uma referência à esperança no rei davídico, especialmente após as reformas instituídas por Josias (2Rs 22 e 23). Essa reforma, embora religiosa, tinha também asseverado a independência de Judá e parecia confirmar a antiga promessa feita a Davi (2Sm 7). O último rei de Judá, deportado por Nabucodonosor, foi Zedequias (2Rs 25:7). Não obstante, Jeremias prometera a salvação final através do Renovo justo de Davi, o Messias (Jr 23:5-8).

* 4:21-22

ó filha de Edom. Esse era um dos inimigos históricos de Israel. A inimizade dos edomitas era mais escandalosa por causa de uma antiga afinidade de sangue; Edom era outro nome para o irmão gêmeo de Jacó, Esaú (Gn 25:30). Mas a nação de Edom também cairia por sua vez (Obadias e Jr 49:7-22).

O castigo da tua maldade está consumado. Em outras palavras, "Tua culpa terá fim". Por causa da misericórdia e da compaixão de Deus, a culpa de seu povo chegaria ao fim e, em contraste com Edom, os judeus seriam libertados. Ver Is 40:2 e Jr 49:7-22.



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 4 do versículo 1 até o 22
4.1ss Este capítulo contrasta a situação anterior ao sítio de Jerusalém com a situação que o precedeu. Os sons e sinais de prosperidade se foram devido ao pecado do povo. Este capítulo adverte a não supor que quando a vida vai bem, sempre seguirá assim. Devemos evitar nos glorificar em nossa prosperidade para que não cair em bancarrota espiritual.

4.1-10 Quando uma cidade estava sob sítio, a muralha da cidade, construída para dar amparo, selava às pessoas que estava em seu interior. Não podiam sair aos campos em busca de comida nem água devido a que o inimigo estava acampado ao redor dela. Quando os mantimentos se terminaram na cidade, o povo observou que seus inimigos colhiam e comiam o produto dos campos. O sítio era uma prova de vontade para ver quem resistia mais. Jerusalém esteve sitiada durante dois anos. A vida se voltou tão difícil que o povo até se comia a seus filhos e os cadáveres os deixavam para que se apodrecessem nas ruas. perdeu-se toda esperança.

4:6 Sodoma, destruída pelo fogo que desceu do céu devido à maldade (Gênese 18:20-19.29), chegou a ser um símbolo do julgamento final de Deus. Mesmo assim o pecado de Jerusalém foi muito maior que o da Sodoma!

4.13-15 Estar poluído ou imundo significava não ser digno de entrar em templo nem adorar a Deus. Os sacerdotes e profetas deviam ter sido os mais cuidadosos em manter a pureza cerimoniosa para assim continuar levando a cabo seus deveres ante Deus. Entretanto, muitos sacerdotes e profetas fizeram o mal e se poluíram. Como líderes da nação, seu exemplo levou a povo ao pecado e provocou a queda final da nação e de Jerusalém, sua cidade capital.

4:17 Judá pediu ajuda ao Egito para brigar em contra do exército babilônico. Egito deu falsas esperanças ao Judá, começaram a ajudar, mas logo se retiraram (Jr_37:5-7). Jeremías advertiu ao Judá que não se aliasse ao Egito. Disse aos líderes que confiassem em Deus, mas se negaram a escutá-lo.

4:20 Sedequías, apesar de ser chamado "o ungido do Jeová", teve pouca profundidade espiritual e pouco poder de liderança. Em vez de depositar sua fé em Deus e escutar ao Jeremías, o verdadeiro profeta de Deus, escutou aos falsos profetas. Para piorar a situação o povo decidiu seguir e confiar em seu rei (2Cr 36:11-23). Escolheram o caminho da confiança e complacência falsas ao querer sentir-se seguros em vez de seguir as instruções que Deus dava a seu povo através do Jeremías. Mas ao objeto de sua confiança, o rei Sedequías, capturaram-no.

4:21, 22 Edom era o archienemigo do Judá, mesmo que tinham um antepassado comum, Isaque (vejam-se Gn 25:19-26; Gn 36:1). Edom ajudou ativamente a Babilônia no sítio de Jerusalém. Como recompensa, Nabucodonosor deu ao Edom as terras dos subúrbios do Judá. Jeremías disse que Edom seria julgado por sua traição contra seus irmãos. (Vejam-se também Jr 49:7-22; Ez 25:12-14; Am 9:12; Ob 1:1-21)


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 4 do versículo 1 até o 22

IV. O povo sofredor (Lm 4:1)

1 Como é que o ouro se tornar dim! como é alterado o ouro mais puro!

As pedras do santuário são derramadas na cabeça de todas as ruas.

2 Os preciosos filhos de Sião, comparáveis ​​a ouro puro,

Como eles são reputados por vasos de barro, obra das mãos do oleiro!

3 Até os chacais abaixam o peito, dão de mamar aos seus filhos;

A filha do meu povo tornou-se cruel como os avestruzes no deserto.

4 A língua da criança que mama se apega ao céu da boca de sede:

Os meninos pedem pão, e ninguém lho reparte.

5 Os que comiam iguarias delicadas desfalecem nas ruas;

Eles que se criavam em escarlata abraçam monturos.

6 Para a iniqüidade da filha do meu povo é maior do que o pecado de Sodoma,

Isso foi subvertida como num momento, sem que as mãos foram impostas sobre ela.

7 Os seus nobres eram mais alvos do que a neve, eles eram mais brancos do que o leite;

Eles eram mais vermelhos de corpo do que os rubis, e mais polidos era como a de safira.

8 Seu semblante é mais negro do que a carvão; eles não são reconhecidos nas ruas:

Seus cleaveth de pele para os ossos; ele secou-se, tornou-se como um pau.

9 E os que são mortos à espada, são melhores do que os que são mortos à fome;

Para estes pinho de distância, atingidas através de, por falta dos frutos dos campos.

10 As mãos das mulheres compassivas cozeram seus próprios filhos;

Eles serviram de alimento na destruição da filha do meu povo.

O poeta se lembra de duas características do cerco-humilhação e fome. Ele desenvolve a característica de humilhação nos versículos


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 4 do versículo 1 até o 22
4.1- 22 Sião lamenta-se da sua triste situação nos vv. 1-12. Confessa seus pecados nos vv. 13-20. Ameaça-se a Edom e conforta-se a Sião nos vv. 21 -22. Este capítulo tem relação com o cap. 2.
4.1,2 Pedras do santuário. Lit. "pedras de santidade”. Puro ouro. Estas figuras descritivas são inspiradas pelos materiais usados na construção do templo, mas nestes versículos são uma descrição do alto e sagrado valor que Deus atribui ao seu povo que, aqui, nestas circunstâncias, tem se desvalorizado.

4.3 Avestruzes. É sabido que estas descuidam de suas crias (39:13).

4.6 Num momento. A destruição de Sodoma foi instantânea, mas Jerusalém ficou agonizando por, muito tempo. Sodoma foi destruída pela mão de Deus, mas no caso de Jerusalém, Deus usou as forças do inimigo do povo. Na destruição de Sodoma, não houve mais oportunidades para o arrependimento, depois do início do julgamento, ao passo que Jerusalém tivera um profeta espiritual, Jeremias, pela boca do qual Deus oferecia várias oportunidades para o povo se arrepender.

4.12 Até os pagãos estavam influenciados pela crença popular entre os judeus que dizia que Jerusalém era inviolável. Jeremias protestava contra este falso senso de segurança, Jr 27:14. N. Hom. A cegueira espiritual:
1) Os próprios profetas e sacerdotes sofreram disto, ainda que tivessem menos desculpa e mais influência paro desviar o povo;
2) Esta cegueira podia distinguir a força do inimigo, mas não podia perceber que os pecados do povo eram a causa da invasão;
3) A causa da cegueira era a maldade dos sacerdotes, v. 13;
4) O resultado disto fê-los aterrarem pelas ruas, sendo chamados de imundos, vv. 14, 15. Eram leprosos espirituais que contaminavam o povo, Lv 13:45.

4.17 Povo que não podia livrar. O Egito, no qual Judá havia posto sua esperança, apesar das advertências dos profetas (Jr 37:7).

4.20 Ungido do Senhor. Trata-se aqui de Zedequias, o último rei de Judá (2Rs 25:4-12; Jr 52:7-11).

4.21 Regozija-te e alegra-te. É o ensinamento de Ec 11:9 - ria e divirta-se com os prazeres deste mundo, se este é o único alvo da sua vida, mas nem por isso evitará o julgamento. divino. Uz. A terra onde Jó morava (1:1). Aparentemente, houve vários pequenos reinos nesta área (Jr 25:20).

4.22 Edom. Três profetas predisseram a destruição de Edom pela sua atitude de malícia para com Jerusalém no dia da angústia desta, quais sejam, Jeremias (49:7-13), Ezequiel (25:12-14) e Obadias (11-13). Nota-se que, embora os caps. 1-3 terminem com uma oração pela misericórdia divina, o cap. 4:21-22 traz uma profecia de que Edom será punido pela sua traição contra a nação irmã, Judá. O pecado de Sião será "coberto", consumado, perdoado, mas o pecado de Edom será "descoberto" e abertamente punido.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 4 do versículo 1 até o 22
IV. QUARTO LAMENTO (4:1-22)

Para manter a simetria do livro, esse capítulo foi preparado para corresponder de perto ao cap. 2. Assim como no cap. 2, aqui também a antiga glória da nação é contrastada fortemente com a sua miséria presente, e os oficiais, especialmente os profetas profissionais (4.13 2:14), são castigados por terem enganado o povo. A ira de Javé é também considerada claramente a razão da desgraça presente (conforme 3.6,11,16).

1) A glória se foi (4:1-16)
Essa seção é dividida em três subseções pelos v. 6, 11 e 16, atribuindo cada descrição em última instância à ira de Javé. v. 1-6. Essa seção trata dos filhos de Sido; antes preciosos como ouro, agora são descartados como escória. pedras sagradas: não é uma referência aos blocos do templo, mas, como sugere J. A. Emerton {ZAW 79 [1967], p. 233-6), “sagradas” (qõdes) é equivalente aos cognatos acadianos, árabes e aramaicos que significam “jóia”. Assim, a expressão pedras sagradas corresponde ao ouro fino do v. la. A atitude negligente das avestruzes (v. 3) em relação a seus filhotes é proverbial (39:13-18). A menção da destruição terrível de Sodoma (v. 6) destaca novamente o uso de imagens dos textos de advertência da aliança (conforme Dt 29:220ss), e realizado pelas mãos de homens ímpios, e não por Deus. v. 7-11. Essa subseção trata dos líderes que antes eram tão orgulhosos e facilmente reconhecidos por sua aparência, que agora não são reconhecidos nas ruas, mas compartilham o destino comum e a aparência comum. O termo príncipes usado na NVI na verdade é “nazireus” no TM, mas o sentido do termo aparentemente é de nobreza, como, e.g., em Gn 49:6, em que José é o nãzir dos seus irmãos (conforme Dt 33:16). A sua aparência está terrivelmente afetada pela fome a que a cidade está sujeita. Esses retratos vívidos e horrendos têm todos a marca do relato de uma testemunha ocular. Há épocas em que os sobreviventes quase aparentam ter ficado com a parte pior. v. 11. consumiu os seus alicerces-, retoma a metáfora arquitetônica e corresponde a seu uso em 2.8ss. v. 12-16. As defesas de Jerusalém eram tão impressionantes que seria difícil alguém imaginar que ela pudesse ser capturada, mas ela caiu em virtude da fraqueza interior causada pelo pecado dos seus profetas e pelas maldades dos seus sacerdotes (v. 13). Os que haviam sido encarregados especialmente de instruir o povo acerca das exigências de pureza de Deus falharam, e agora estão sujos de sangue (v. 14), e são eles mesmos a origem da impureza. Assim, vendo o povo que os sacerdotes estão contaminados pelo contato com cadáveres (Lv 21.1ss), não vai se aproximar deles, e eles não encontram lugar para empregar os seus talentos, v. 16. 0 próprio Senhor os espalhou-, assim como no cap. 2, o Senhor não vai aceitar agora o símbolo religioso como um substituto da justiça.


2) Juncos quebrados: Amigos infiéis (4:17-22)
Como no cap. 2, a confiança depositada em lugar errado foi amargamente retribuída: ficávamos à espera de uma nação que não podia salvar-nos (v. 17). Apesar das advertências de Jeremias, a nação esperou a ajuda do Egito contra os babilônios (Jr 37:7), mas isso era algo fútil. O muro foi rompido, e toda a resistência chegou ao final. Os reis e seus soldados fugiram da cidade, mas foram capturados no vale perto de Jerico quando Zedequias foi aprisionado (Jr 52:6-24; 2Rs 25:3-12). As expressões o próprio fôlego e sob a sua sombra (v. 20) aplicadas ao rei de Judá são derivadas do uso egípcio associado ao faraó. Os títulos tão pomposos eram de pouco consolo agora que o rei estava preso numa prisão babilónica. O Egito e Zedequias não eram as únicas fontes de desapontamento; Edom na verdade se alegrou com a queda de Judá (Ob 10-16). Isso era um ato de extrema traição por parte de um “irmão”, e Sião é consolada a pensar que embora o seu próprio castigo seguiu, de maneira justa, o seu percurso completo, a mesma justiça seria aplicada a Edom (v. 21).


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 4 do versículo 1 até o 22

Lamentações 4

IV. O povo Sofredor de Sião. Lm 4:1-22.

Neste capítulo temos algo da narrativa da testemunha ocular tanto da culpa de Sião quanto do seu castigo. O inspirado poeta-profeta primeiro descreve seu destino como povo, e então dá a explicação moral desse destino.


Moody - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 4 do versículo 12 até o 20

B. As Causas e o Clímax da Catástrofe de Sião. Lm 4:12-20. Aqui o escritor luta com a explicação moral de tal infelicidade. Os versículos 12:16 destacam que aquilo que os pagãos julgavam ser impossível de acontecer com Sião – que ela pudesse ser invadida pelo inimigo – foi realizado em conseqüência dos pecados dos seus profetas, sacerdotes e anciãos. Judá destruiu-se por causa do pecado.


Moody - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 4 do versículo 13 até o 15

13-15. Que se derramou . . . o sangue dos justos. Ai desses líderes culpados do derramamento de sangue justo e inocente, agora contaminados pelo sangue dos homens que antes evitavam. (Tocar em um cadáver era considerado como impureza cerimonial.)


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 4 do versículo 13 até o 20
b) As conseqüências do pecado (Lm 4:13-25). O povo, igualmente, fora levado a perceber que a confiança em um aliado terreno (tal como o Egito, Jr 37:7) estava condenada ao desapontamento (17); e nem mesmo a possessão do reino davídico podia servir de garantia da bênção e da proteção divinas (20). O ungido do Senhor (20). Era Zedequias, o último infeliz rei de Judá, cuja sorte é descrita em 2Rs 25:4-12. Dessa maneira, os líderes eclesiásticos, os políticos, o próprio rei-todos se tinham mostrado impotentes para desviar os julgamentos de Deus da nação culpada da qual foi dito: é vindo o nosso fim (18).

Dicionário

Causa

substantivo feminino Aquilo que faz com que uma coisa seja, exista ou aconteça.
O que é princípio, razão ou origem de alguma coisa; motivo.
O que pode acontecer; fato ou acontecimento.
[Jurídico] O motivo pelo qual alguém se propõe a contratar: causa lícita, ilícita.
[Jurídico] Razão que leva alguém dar início a um processo judicial; esse processo; ação, demanda: causa cível.
Interesse coletivo a partir do qual um grupo se rege; partido: a causa do povo.
Etimologia (origem da palavra causa). Do latim causa; caussa.ae.

motivo, razão, móvel, pretexto. – Todas estas palavras designam aquilo que se tem como determinante das nossas ações; mas não poderiam ser aplicadas indistintamente, mesmo aquelas que parecem mais semelhantes. – Causa é o que produz uma ação; em certos casos, é o fato em virtude Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 259 do qual se dá um outro fato. F. deixou de vir devido ao mau tempo (o mau tempo foi causa da ausência). A causa da intervenção da força pública foi o tumulto que ali se levantou. – Motivo e móvel são os nomes que damos ao fato, à consideração, ao intento, etc., que nos leva a fazer alguma coisa ou a agir de certo modo em dadas circunstâncias. – Motivo é simplesmente o que opera em nós excitando-nos, impelindo a nossa vontade de praticar uma ação, ou de conduzir-nos deste ou daquele modo em dadas circunstâncias. – Móvel é “um motivo mais ponderoso, que opera tanto sobre o espírito como sobre o coração”. – Razão é “o motivo que se invoca para justificar algum ato, o móvel que se dá como causa da ação”. – Pretexto é “uma razão falsa ou fictícia que se dá para não dar a verdadeira”.

A Causa é a mola oculta que aciona a vida universal.
Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 3, cap• 15


Derramar

verbo transitivo Cortar os ramos de; aparar, podar, desramar: derramar árvores.
Fazer correr um líquido, verter, entornar: derramar a água servida da bacia.
Esparzir, espalhar: derramar flores pelo caminho.
Distribuir, repartir: derramar muito dinheiro para corromper autoridades.
verbo pronominal Espalhar-se; dispersar-se; propagar-se; difundir-se.
Entornar-se.
Derramar o sangue (de alguém), matar ou ferir (alguém).
Derramar lágrimas, chorar.
Derramar lágrimas de sangue, chorar de arrependimento, de sentimento de culpa.

entornar. – Por mais que se confundam na linguagem vulgar estes dois verbos, é preciso não esquecer que há entre eles uma distinção que se pode ter como essencial. – Derramar é deixar sair pelos bordos, ou “verter-se o líquido que excede à capacidade” do vaso, ou que sai deste “por alguma fenda ou orifício.” – Entornar é “derramar virando ou agitando o vaso; verter todo ou parte do líquido que o recipiente contém. Uma vasilha, mesmo estando de pé, pode derramar; só entorna quando voltada”. – Acrescentemos que entornar se aplica tanto à coisa que se contém no vaso como ao próprio vaso. Entorna-se o copo; e entorna-se o vinho. Derrama-se o vinho (agitando o copo ou enchendo-o demais); mas não se derrama o copo. – Se alguém dissesse a um rei: – “Entornai, senhor, sobre mim a vossa munificiência, ou as vossas graças” – esse rei responderia naturalmente: – “Sim, derramarei sobre ti das minhas graças”... (se as entornasse... decerto não teria o rei mais graças que dar a outros).

Justos

masc. pl. de justo

jus·to
(latim justus, -a, -um)
adjectivo
adjetivo

1. Conforme ao direito.

2. Conforme à razão.

3. Imparcial, recto.INJUSTO, PARCIAL

4. Razoável, sensato.

5. Exacto.

6. Ajustado.

7. Adequado.

8. Que ajusta ou assenta bem.

9. Apertado.LARGO

nome masculino

10. Pessoa que procede com justiça.

11. Bem-aventurado.

12. Aquele que não é grande pecador.

13. O que é conforme com a justiça.


à justa
Exactamente; nem de mais nem de menos.

ao justo
Ao certo.

bater o justo
Dizer a verdade.

pagar o justo pelo pecador
Recair um castigo ou uma consequência sobre quem não tem culpa ou sobre um grupo onde há inocentes e culpados.


Meio

numeral A metade de uma unidade: dois meios valem um inteiro.
substantivo masculino Ponto médio no espaço ou no tempo: o meio da praça.
O ambiente onde se vive: o meio influencia as pessoas.
Modo para se chegar a um fim; recurso: usou de meios desonestos.
Figurado Local onde se vive ou se exerce uma atividade: meio acadêmico.
Mais ou menos; nem muito, nem pouco: estou meio chateada hoje.
O que tende a ser possível; possibilidade: não há meio de obter isso!
Corpo ou ambiente em que se passam fenômenos especiais ou se desenvolvem microrganismos: um meio ácido.
substantivo masculino plural Bens, haveres, recursos: os fins justificam os meios.
adjetivo Que é a exata metade de um todo: meio litro; meia hora.
advérbio Pela metade, um tanto: porta meio aberta; era meio estranho.
Por meio de. Mediante, graças a:obteve o emprego por meio de fraude.
Etimologia (origem da palavra meio). Do latim medius.ii.

numeral A metade de uma unidade: dois meios valem um inteiro.
substantivo masculino Ponto médio no espaço ou no tempo: o meio da praça.
O ambiente onde se vive: o meio influencia as pessoas.
Modo para se chegar a um fim; recurso: usou de meios desonestos.
Figurado Local onde se vive ou se exerce uma atividade: meio acadêmico.
Mais ou menos; nem muito, nem pouco: estou meio chateada hoje.
O que tende a ser possível; possibilidade: não há meio de obter isso!
Corpo ou ambiente em que se passam fenômenos especiais ou se desenvolvem microrganismos: um meio ácido.
substantivo masculino plural Bens, haveres, recursos: os fins justificam os meios.
adjetivo Que é a exata metade de um todo: meio litro; meia hora.
advérbio Pela metade, um tanto: porta meio aberta; era meio estranho.
Por meio de. Mediante, graças a:obteve o emprego por meio de fraude.
Etimologia (origem da palavra meio). Do latim medius.ii.

Nun

10 letra do alfabeto hebraico, peixe

Profetar

verbo intransitivo e transitivo direto Variação de profetizar.
Etimologia (origem da palavra profetar). Do latim prophetare.

Sacerdotes

masc. pl. de sacerdote

sa·cer·do·te
(latim sacerdos, -otis)
nome masculino

1. Religião Pessoa que fazia sacrifícios às divindades.

2. Religião Pessoa que ministra os sacramentos de uma igreja. = PADRE

3. Figurado O que exerce profissão muito honrosa e elevada.


sumo sacerdote
Religião Pessoa que está no topo da hierarquia de uma igreja.

Feminino: sacerdotisa.

Veja Levitas.


Sangue

substantivo masculino Líquido viscoso e vermelho que, através das artérias e das veias, circula pelo organismo animal, coordenado e impulsionado pelo coração.
Por Extensão Seiva; sumo ou líquido que, num vegetal, circula no interior do seu organismo.
Figurado Família; quem compartilha a mesma descendência ou hereditariedade.
Figurado A existência; a ação de permanecer vivo: deram o sangue pela causa!
Figurado Vigor; energia, força e vitalidade: a empresa contratou sangue novo.
Figurado Violência; excesso de confrontos físicos; em que há morte: só se via sangue naquele espetáculo.
Por Extensão Menstruação; eliminação mensal de sangue proveniente do útero.
[Teologia] A natureza, contrapondo-se à graça.
Etimologia (origem da palavra sangue). Do latim sanguen.inis.

Aparece pela primeira vez mencionado no caso do assassinato de Abel (Gn 4:10). Comer carne com sangue era coisa proibida (Gn 9:4), e essa proibição foi de um modo especial estabelecida na Lei (Lv 17:10-12), e tratada pela igreja cristã (At 15:20-29). o derramamento de sangue no sacrifício era ato freqüente no ritual hebraico. o uso de sangue na Páscoa (Êx 12:7-13) era o mais significativo destes atos, pondo o fato em relação com a obra de Jesus. Em Hb 9:10 são os antigos sacrifícios contrapostos ao ‘único sacrifício pelos pecados’, oferecidos por Jesus. Noutros lugares trata-se de um modo particular do sangue derramado na cruz do Calvário (e.g. Rm 5:9Ef 1:7Cl 1:20 – 1 Pe 1.19 – 1 Jo 1:7Ap 1:5). o termo sangue tem um certo número de significações secundárias. ‘Carne e sangue’ significa a natureza humana, contrastando com o corpo espiritual dado aos crentes 1Co 15:50) ou quer dizer a humanidade em contraste com Deus (Gl 1:16). A causa ‘entre caso e caso de homicídio’ (Dt 17:8) envolvia pena capital, se o caso estava satisfatoriamente averiguado.

[...] é, provavelmente, o veículo da vida e, assim sendo, concebe-se que o corpo espiritual carregue consigo elementos vitais. [...]
Referencia: WYLM, A• O rosário de coral: romance baseado na fenomenologia psíquica• Trad• de Manuel Quintão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1983• - pt• 2


Sangue
1) Líquido que circula no coração, artérias e veias, contendo em si a vida (Gn 9:4)

2) Morte violenta (Mt 27:24-25) , na cruz (Rm 5:9); (Cl 1:20);
v. NTLH).

3) Morte espiritual (At 18:6); 20.26;
v. NTLH).

Sangue Símbolo da vida. Os sacrifícios do Antigo Testamento exigiam, na maior parte, o derramamento de sangue (Lv 17:10-14; Dt 12:15-16); também seu aproveitamento — incluindo animais não dessangrados — era proibido aos israelitas, mas não aos gentios que viviam entre eles (Dt 12:16-24; 14,21). A expressão carne e sangue refere-se ao ser humano em sua condição terrena (Mt 16:17). O sangue de Jesus — derramado pela humanidade (Mt 26:28; Mc 14:24; Lc 22:20) — é o fundamento sobre o qual se obtém o perdão dos pecados.

L. Morris, The Cross...; C. Vidal Manzanares, El judeocristianismo...; Idem, Diccionario de las tres...


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Lamentações de Jeremias 4: 13 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Foi por causa dos pecados dos profetas dela, das maldades dos seus sacerdotes, que derramaram o sangue dos justos no meio dela.
Lamentações de Jeremias 4: 13 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

586 a.C.
H1818
dâm
דָּם
sangue
(of the blood)
Substantivo
H2403
chaṭṭâʼâh
חַטָּאָה
pecado, pecaminoso
(sin)
Substantivo
H3548
kôhên
כֹּהֵן
sacerdote, oficiante principal ou governante principal
([was] priest)
Substantivo
H5030
nâbîyʼ
נָבִיא
porta-voz, orador, profeta
([is] a prophet)
Substantivo
H5771
ʻâvôn
עָוֺן
perversidade, depravação, iniqüidade, culpa ou punição por iniqüidade
(my punishment)
Substantivo
H6662
tsaddîyq
צַדִּיק
justo, lícito, correto
(righteous)
Adjetivo
H7130
qereb
קֶרֶב
meio, entre, entranha, centro
(in herself)
Substantivo
H8210
shâphak
שָׁפַךְ
derramar, despejar, entornar
(whoever sheds)
Verbo


דָּם


(H1818)
dâm (dawm)

01818 דם dam

procedente de 1826 (veja 119), grego 184 Ακελδαμα; DITAT - 436; n m

  1. sangue
    1. referindo-se ao vinho (fig.)

חַטָּאָה


(H2403)
chaṭṭâʼâh (khat-taw-aw')

02403 חטאה chatta’ah ou חטאת chatta’th

procedente de 2398; DITAT - 638e; n f

  1. pecado, pecaminoso
  2. pecado, oferta pelo pecado
    1. pecado
    2. condição de pecado, culpa pelo pecado
    3. punição pelo pecado
    4. oferta pelo pecado
    5. purificação dos pecados de impureza cerimonial

כֹּהֵן


(H3548)
kôhên (ko-hane')

03548 כהן kohen

particípio ativo de 3547; DITAT - 959a; n m

  1. sacerdote, oficiante principal ou governante principal
    1. rei-sacerdote (Melquisedeque, Messias)
    2. sacerdotes pagãos
    3. sacerdotes de Javé
    4. sacerdotes levíticos
    5. sacerdotes aadoquitas
    6. sacerdotes araônicos
    7. o sumo sacerdote

נָבִיא


(H5030)
nâbîyʼ (naw-bee')

05030 נביא nabiy’

procedente de 5012; DITAT - 1277a; n m

  1. porta-voz, orador, profeta
    1. profeta
    2. falso profeta
    3. profeta pagão

עָוֺן


(H5771)
ʻâvôn (aw-vone')

05771 עון ̀avon ou עוון ̀avown (2Rs 7:9; Sl 51:5)

procedente de 5753; DITAT - 1577a; n m

  1. perversidade, depravação, iniqüidade, culpa ou punição por iniqüidade
    1. iniqüidade
    2. culpa de iniqüidade, culpa (como grande), culpa (referindo-se a condição)
    3. conseqüência ou punição por iniqüidade

צַדִּיק


(H6662)
tsaddîyq (tsad-deek')

06662 צדיק tsaddiyq

procedente de 6663; DITAT - 1879c; adj.

  1. justo, lícito, correto
    1. justo, correto (no governo)
    2. justo, reto (na causa de alguém)
    3. justo, correto (na conduta e no caráter)
    4. justo (no sentido de alguém justificado e vindicado por Deus)
    5. certo, correto, lícito, legítimo

קֶרֶב


(H7130)
qereb (keh'-reb)

07130 קרב qereb

procedente de 7126; DITAT - 2066a; n. m.

  1. meio, entre, entranha, centro
    1. parte interna
      1. sentido físico
      2. como sede do pensamento e da emoção
      3. como faculdade do pensamento e da emoção
    2. no meio, entre, dentre (um grupo de pessoas)
    3. entranhas (de animais sacrificados)

שָׁפַךְ


(H8210)
shâphak (shaw-fak')

08210 שפך shaphak

uma raiz primitiva; DITAT - 2444; v.

  1. derramar, despejar, entornar
    1. (Qal)
      1. derramar, despejar
      2. derramar (sangue)
      3. despejar (raiva ou coracão) (fig.)
    2. (Nifal) ser despejado, ser derramado
    3. (Pual) ser despejado, sed derramado
    4. (Hitpael)
      1. ser despejado
      2. derramar-se