Enciclopédia de Lamentações de Jeremias 5:11-11

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

lm 5: 11

Versão Versículo
ARA Forçaram as mulheres em Sião; as virgens, nas cidades de Judá.
ARC Forçaram as mulheres em Sião, as virgens nas cidades de Judá.
TB Humilharam as mulheres em Sião;
HSB נָשִׁים֙ בְּצִיּ֣וֹן עִנּ֔וּ בְּתֻלֹ֖ת בְּעָרֵ֥י יְהוּדָֽה׃
BKJ Eles violentaram as mulheres em Sião, e as donzelas nas cidades de Judá.
LTT Estruparam as mulheres em Sião, as virgens nas cidades de Judá.
BJ2 Violaram as mulheres em Sião, as virgens nas cidades de Judá.
VULG Mulieres in Sion humiliaverunt, et virgines in civitatibus Juda.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Lamentações de Jeremias 5:11

Deuteronômio 28:30 Desposar-te-ás com uma mulher, porém outro homem dormirá com ela; edificarás uma casa, porém não morarás nela; plantarás uma vinha, porém não lograrás o seu fruto.
Isaías 13:16 E suas crianças serão despedaçadas perante os seus olhos; as suas casas serão saqueadas, e a mulher de cada um, violada.
Zacarias 14:2 Porque eu ajuntarei todas as nações para a peleja contra Jerusalém; e a cidade será tomada, e as casas serão saqueadas, e as mulheres, forçadas; e metade da cidade sairá para o cativeiro, mas o resto do povo não será expulso da cidade.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

SIÃO

Atualmente: ISRAEL
Monte Sião

Coordenadas: 31° 46' 18" N 35° 13' 43" E

Monte Sião (em hebraico: הַר צִיוֹן; romaniz.: Har Tsiyyon; em árabe: جبل صهيون; romaniz.: Jabel Sahyoun) é um monte em Jerusalém localizado bem ao lado da muralha da Cidade Antiga e historicamente associado ao Monte do Templo. O termo é frequentemente utilizado para designar a Terra de Israel.

A etimologia da palavra "Sião" ("ṣiyyôn") é incerta.

Mencionado na Bíblia em II Samuel (II Samuel 5:7) como sendo o nome do local onde estava uma fortaleza jebusita conquistada pelo rei Davi, sua origem provavelmente é anterior à chegada dos antigos israelitas. Se for semítico, pode ser derivado da raiz hebraica "ṣiyyôn" ("castelo"), da árabe "ṣiyya" ("terra seca") ou ainda da árabe "šanā" ("proteger" ou "cidadela"). É possível que o termo também esteja relacionado à raiz árabe "ṣahî" ("subir até o topo") ou "ṣuhhay" ("torre" ou "o cume da montanha"). Uma relação não-semítica com a palavra hurriana "šeya" ("rio" ou "riacho") também já foi sugerida.

Sahyun (em árabe: صهيون, Ṣahyūn ou Ṣihyūn) é a palavra para "Sião" em árabe e em siríaco. Um vale chamado "Wâdi Sahyûn" (uádi significa "vale") aparentemente preserva o nome original e está localizado a aproximadamente três quilômetros do Portão de Jaffa da Cidade Velha.

A frase "Har Tzion" aparece nove vezes na Bíblia judaica, mas escrita com um tsade e não um zayin.

De acordo com o relato em II Samuel (II Samuel 5:7), depois de conquistar a "fortaleza de Sião", David construiu ali seu palácio e a Cidade de David. O local foi mencionado também em Isaías 60:14, nos Salmos e em I Macabeus (ca. século II a.C.).

Depois da conquista da cidade jebusita, o monte da Cidade Baixa foi dividido em diversas partes. A mais alta, ao norte, tornou-se o local onde estava o Templo de Salomão. Com base em escavações arqueológicas que revelaram seções da muralha deste primeiro templo, acredita-se que ali era de fato o antigo Monte Sião.

No final do período do Primeiro Templo, Jerusalém se expandiu para o oeste. Pouco antes da conquista romana de Jerusalém e da destruição do Segundo Templo, Josefo descreveu o Monte Sião como uma colina do outro lado do vale para o oeste. Assim, a colina ocidental que se estendia pelo sul da Cidade Velha acabou sendo conhecida como "Monte Sião" e assim permanece desde então. No final do período romano, uma sinagoga foi construída na entrada da estrutura conhecida como "Túmulo de Davi", provavelmente por causa da crença de que Davi teria trazido a Arca da Aliança até ali vinda de Bete-Semes e Quiriate-Jearim antes da construção do Templo.

Em 1948, o Monte Sião foi ligado ao bairro de Yemin Moshe, em Jerusalém Ocidental, através de um túnel estreito. Durante a guerra da independência, uma forma alternativa para evacuar feridos e transportar suprimentos aos soldados que estavam no alto do monte se fez necessária. Um teleférico capaz de carregar 250 kg foi instalado e era operado apenas à noite para evitar ser detectado. O aparelho ainda existe e está no Hotel Monte Sião.

Entre 1948 e 1967, quando a Cidade Velha esteve sob ocupação jordaniana, aos israelenses foi negada a permissão de irem até seus lugares santos. O Monte Sião foi designado uma terra de ninguém entre Israel e Jordânia. O monte era o local mais próximo do local do antigo Templo de Jerusalém ainda acessível aos israelenses. Até a reconquista de Jerusalém Oriental durante a Guerra dos Seis Dias, os israelenses subiam no teto do Túmulo de Davi para orar.

A sinuosa estrada que leva ao topo do Monte Sião é conhecida como "Caminho do Papa" ("Derekh Ha'apifyor") e foi pavimentada em homenagem às históricas visitas a Jerusalém pelo papa Paulo VI em 1964.

Entre os mais importantes estão a Abadia da Dormição, o Túmulo de Davi e a Sala da Última Ceia. A maior parte dos historiadores e arqueologistas não acreditam que o "Túmulo de Davi" seja de fato o local onde estaria enterrado o rei Davi. A Câmara do Holocausto ("Martef HaShoah"), a precursora do Yad Vashem, também está no Monte Sião, assim como o cemitério protestante onde Oscar Schindler, um "justo entre as nações" que salvou mais de 1 200 judeus durante o Holocausto, está enterrado.

Em 1874, o britânico Henry Maudsley descobriu uma grande seção de rochas e diversos grandes tijolos de pedra no Monte Sião que, acredita-se, formavam a base da "Primeira Muralha" citada por Josefo. Muitas delas haviam sido utilizadas para construir uma murada de contenção à volta do portão principal da escola do bispo Gobat (local que depois ficou conhecido como "Instituto Americano para Estudos da Terra Santa" e a "Universidade de Jerusalém").

Mapa Bíblico de SIÃO


JUDÁ

O Reino de Judá limitava-se ao norte com o Reino de Israel, a oeste com a inquieta região costeira da Filístia, ao sul com o deserto de Neguev, e a leste com o rio Jordão, o mar Morto e o Reino de Moabe. Sua capital era Jerusalém.
Mapa Bíblico de JUDÁ



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 5 do versículo 1 até o 22
SEÇÃO V

A ORAÇÃO DE UMA NAÇÃO PENITENTE

Lamentações 5:1-22

Nesse poema de encerramento não há um acróstico alfabético. No entanto, temos 22 versículos, indicativos de que esses cinco poemas fazem parte de um todo. Esse capítulo se assemelha mais a uma oração do que a uma canção de lamento. Embora grande parte do texto seja um recital das misérias que o povo tem passado, eles são enumerados para clamar pela compaixão de Deus e para receber sua ajuda. Elas são usadas como uma confissão (recitadas pela congregação) para levar o povo a humilhar-se e confessar seus pecados e lançar-se nos braços misericordiosos de Deus. O poeta clama ao Senhor para olhar com misericórdia para a condição miserável deles. Ele reconhece que suas aflições são resultado do pecado (7). Há muito pesar e tristeza por causa dessas coisas, e pela condição desoladora de Sião. A única esperança deles surge do fato de que, diferentemen-te dos tronos da terra, o trono de Deus é eterno, e Ele é plenamente confiável na sua forma de agir com os homens.

A. O APELO FINAL, 5:1-6

Lembra-te, Senhor (1). Há mais nesse lembra-te do que possa aparentar superfi-cialmente. Essa expressão faz parte de uma linguagem de oração. Há nela um sentido de grande urgência. É uma linguagem que respira esperança e fé. Ela implica em que, se a atenção e a consideração de Deus podem ser obtidas, a ajuda logo estará a caminho.

Nesse apelo fervoroso, Jeremias chama a atenção de Deus para o sofrimento e opró-brio que seu povo escolhido tem passado. Estranhos e forasteiros (2) têm ocupado a herdade (terra) e as casas que Deus lhes tinha dado. O povo de Deus estava desampara-do como órfãos e viúvas (3) que não tinham pais ou maridos para defendê-los. As coisas mais necessárias da vida precisam ser compradas dos seus captores: nossa água por dinheiro [...] por preço vem a nossa lenha (4). Acaso precisavam pagar pela água das suas próprias cisternas? Se esse é um quadro de Judá após a queda de Jerusalém, é possí-vel que esse seja o caso. O jugo de servidão era especialmente doloroso: Os nossos perse-guidores estão sobre os nossos pescoços (5). Eles eram forçados a trabalhar constan-temente para os seus inimigos, e não tinham tempo para descansar. A humilhação de ter de estender as mãos (submeter-se) aos egípcios e aos assírios para não morrer de fome, era quase mais do que podiam suportar. A menção dos egípcios e assírios simboliza os inimigos do leste e do oeste; i.e., eles estavam cercados de inimigos por todos os lados.

Judá faz seu apelo final com um forte clamor e com lágrimas. Parece não haver res-sentimento contra Deus pelo castigo sofrido, somente penitência e vergonha. O apelo é feito com a convicção de que, embora Deus tenha castigado, Ele também perdoará. Visto que obtiveram sua atenção, e Ele viu a aflição deles, seus sofrimentos não durarão para sempre. Deus também não permitirá que os opressores escapem ilesos, sem julgamento.

  • A CONFISSÃO COMPLETA, 5:7-18
  • O poeta confessa que há uma razão moral para o estado em que se encontra a nação: Nossos pais pecaram [...] nós levamos as suas maldades (7). Ele reconhece que havia uma solidariedade na nação judaica da qual nenhuma geração podia escapar. Os filhos sofriam pelos pecados dos pais. Eles eram escravizados pelos seus antigos servos (8). Eles obtinham seu pão com o perigo de suas vidas (9), por causa dos ladrões do deserto, os beduínos selvagens, que eram semelhantes a uma espada do deserto. A pele deles estava enegrecida como um forno (10) ; i.e., quente por causa da febre decor-rente da fome. Suas mulheres foram violentadas (11), seus príncipes e velhos (12), desonrados. Os jovens foram obrigados a moer nos moinhos (13), i.e., a fazer o trabalho das mulheres, e mesmo "os meninos cambaleiam sob o fardo de lenha" (NVI). Todo gozo (15) de viver havia desaparecido; só restava a lamentação. Prosperidade e honra desa-pareceram. Caiu a coroa da nossa cabeça (16) ; i.e., a soberania nacional e a condição de estado já não existiam mais para os judeus. A nação já não existe.

    O clímax dessa passagem é alcançado quando o próprio poeta confessa no lugar da sua geração: ai de nós, porque pecamos (16). Finalmente, toda a verdade é confessa-da! Jeremias não mais permitirá que Judá coloque toda a culpa na geração passada (nossos pais, 7), embora fosse culpada. Sempre é um bom sinal quando os homens pa-ram de confessar os pecados dos outros e começam a reconhecer sua própria culpa. E ele completa a confissão. Por causa do pecado, "toda a cabeça está enferma", e todo o nosso coração desmaiou (17; Is 1:5). Por causa do pecado, se escureceram os nossos olhos de tanto chorar. Por causa do pecado, Sião está assolada e em ruínas.

  • A ÚNICA ESPERANÇA, 5:19-22
  • Com a sua confissão completa, a esperança começa a ressurgir no coração do povo. Não mais preocupados consigo mesmos, pensamentos da grandeza de Deus começam a dominar suas mentes. Eles exultam: Tu, SENHOR, permaneces eternamente (19). Di-ferentemente dos deuses dos pagãos, o Senhor é o Eterno — o Deus Vivo. Todos os outros poderes e reinos podem desintegrar-se e cair, mas teu trono (seu governo moral sobre a humanidade) continua por todas as gerações. Tudo o mais pode desaparecer, mas Deus permanece! Nele encontramos refúgio para a alma! Nele nosso coração pode descansar em segurança! Nele existe uma base ampla para a esperança! "Visto que seu trono per-manece eternamente no céu, Ele não deixará seu reino sucumbir na terra".1 Portanto, para a psicologia hebraica, não parece ilógico o povo fazer um pedido por meio de uma pergunta: Por que nos desampararias por tanto tempo? (20). Debaixo da superfí-cie, a pergunta está repleta de esperança, porque está baseada na concepção hebraica do caráter de Deus.

    Os versículos 21:22 devem ser entendidos como uma unidade. Ela é expressa de maneira estranha para a mente moderna, mas no hebraico o significado pode ser discernido quando lido à luz do versículo 19. Visto que Deus é o eterno Governante moral do universo, seu povo pode ter esperança. É isso que ocorre nos últimos dois versículos do livro — o povo se lança, sem reservas, nos braços misericordiosos de Deus. Eles estão plenamente conscientes de que a submissão e a entrega são a única saída para sua difícil situação: "Converte-nos para ti, Senhor, para que sejamos convertidos [...] a não ser que já nos tenhas rejeitado inteiramente e estejas excessivamente irado contra nós" (21-22, lit.). O versículo 22 é de difícil interpretação, mas é quase certamente uma admissão de que Judá merece ser totalmente rejeitado. Contudo, o povo está cheio de esperança.

    Dessa forma, o livro termina com a nota de uma fé despreocupada — uma fé que se lança plenamente nos braços misericordiosos de um Deus eterno.


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 5 do versículo 1 até o 18

    Lm 5:1-18

    Lembra-te, Senhor, do que nos tem sucedido. Se Yahweh lembrasse o Seu povo e visse sua condição de miséria, poderia deixar de lado Sua indiferença (ver Sl 10:1; Sl 28:1; Sl 15:3) e aliviar-lhe os sofrimentos. Esse é o tema principal dos vss. Lm 5:1-18). O Deus que vê e simpatiza também seria um Deus que age para mudar as coisas. Conforme o versículo com Sl 89:50,Sl 89:51. Este capítulo repete os “ais” de Judá, à espera do remédio da compaixão de Deus.

    Lm 5:2

    A nossa herança passou a estranhos. Parte da herança dos judeus era a Terra Prometida, o lugar onde eles deviam viver. Mas era também o próprio Yahweh, a herança espiritual, o templo e seu culto que unia Judá e a tornava uma nação única. Naturalmente, Judá abandonou essa herança, tendo-se voltado para a idolatria-adultério-apostasia. Ver Sl 79:1, onde Israel é a herança de Deus. Está em vista aqui, particularmente, a herança física de Judá, o território, bem como suas casas, que eles tinham construído na Terra Prometida. Conforme Ex 23:30 e Lv 20:24. Mas os babilônios tomaram essa herança. Eles são chamados de estrangeiros, destituído do direito de fazer o que fizeram, e cerlamente a Palestina não lhes pertencia, em sentido algum. Mas os pecados de Judá fizeram os judeus ser deserdados. A maioria das casas dos príncipes e dos oficiais foi incendiada (Jr 52:13), mas mesmo assim havia edificações em número suficiente para abrigar os invasores. A herança da Terra Prometida era uma importante provisão do pacto abraâmico (ver Gn 15:18). Os apóstatas haviam abandonado o pacto, pelo que foram abandonados e sua terra foi entregue a estrangeiros.

    Lm 5:3

    Somos órfãos, já não temos pai. Os poucos sobreviventes judeus perderam, literalmente, seus pais, pelo que agora eram órfãos, e os poucos pais que sobreviveram perderam seus preciosos filhos. Poucas mulheres continuaram casadas, pois seus maridos foram mortos, e a maioria das mulheres casadas agora eram viúvas. As mulheres mais bonitas foram levadas para engrossar os haréns da Babilônia, e as mulheres não tão bonitas foram submetidas a trabalho escravo. Ademais, o Marido de Judá abandonou, desgostoso, o Seu povo, pelo que, espiritualmente falando, Judá foi deixada na viuvez. Em Israel, os membros da sociedade mais carentes eram os órfãos e as viúvas (ver os comentários sobre Lm 1:1). Mas aquele versículo salienta, principalmente, a viuvez espiritual, que acabo de mencionar. Ver também Jr 3:19 quanto a esse tema.

    Lm 5:4,Lm 5:5

    A nossa água por dinheiro a bebemos. O pescoço dos vencidos foi pisado pelas botas dos babilônios. (Vs. 5). Alguns pensam que a metáfora é o jugo adicionado pela Revised Standard Version. Perseguições e labor forçado macularam a vida dos poucos sobreviventes. “O poeta estava frisando a completa vassalagem e degradação do povo" (Theophile J. Meek, in loc.). Essa servidão aumentou devido ao fato de que eles tinham de pagar pela água e pela lenha (vs. Lm 5:4). Eles pagavam essas coisas com o trabalho, e vendendo ou negociando qualquer item de valor que tivesse restado, em troca de alimentos, água e lenha. “A perseguição e o medo seguiam-lhes os calcanhares (conforme Deu. 28:65-67; Ez 5:2,Ez 5:12)" (Charles H. Dyer, in loc.).

    Conforme estes versículos com Sl 66:12; Is 51:23 e Js 10:24. Essa questão de pagarem pelas necessidades básicas pode referir-se ao tributo forçado que foi imposto aos poucos judeus que restauram em Judá. Ou então tudo passou a ser taxado. Aben Ezra mistura as idéias dos vss. Lm 5:4 e 5: “Se carregamos água ou lenha em nossas costas, o inimigo nos persegue; eles nos tomam os nossos haveres”. Seja como for, os judeus foram forçados a trabalhar dia e noite, e não tinham descanso, nem mesmo nos dias de sábado. Portanto, o trabalho de uma semana deixava-os literalmente exaustos. Uma servidão do tipo egípcio tornou-se a maneira de vida dos sobreviventes.

    Eles nos fazem trabalhar duro como se fôssemos animais, com jugo no pescoço. Ficamos cansados e não temos descanso.

    (NCV)

    Lm 5:6,Lm 5:7

    Submetemo-nos aos egípcios e aos assírios. Os pais, que haviam pecado, “não mais existiam”. Tinham deixado o palco da vida, mas seus descendentes eram pecadores ativos, como haviam sido seus pais, na época deles. A idolatria, naturalmente, é o principal pecado destacado, quer dos pais, quer de seus descendentes. Os que viveram no passado distante receberam formas de juízo da parte de Yahweh, e agora os que viviam nos dias de Jeremias deviam suportar o látego babilônico (vs. Lm 5:6). Alguns deles escaparam e foram para o Egito ou para o território da antiga Assíria. É possivel que os dois nomes locativos (vs. Lm 5:6) visem somente dar direções gerais: o Ocidente e o Oriente. Os que escaparam tiveram de trabalhar arduamente naqueles lugares, somente para sobreviver. Assim, não tinham uma vida fácil e satisfatória. Mas o vs. Lm 5:6 é entendido por alguns eruditos como as alianças feitas com potências estrangeiras para garantir o simples suprimento de pão.

    Além disso, a Assiria podia apontar para a Babilônia, pois esta ocupou os territórios essenciais da potência anterior, Nesse caso, está em foco a servidão. Os judeus trabalhavam como escravos apenas para continuar comendo e vivendo. Cf, este versículo com Jr 50:15. Mas a referência ao Egito quase certamente diz respeito aos fugitivos judeus que se dirigiram ao local para escapar dos babilônios. Ver Jr 52:14. O sentido geral é que os vários sobreviventes sofreram sortes variegadas, embora todas más. Desse modo, foram severamente julgados, por continuarem no pecado (especíalmente a idolatria) de seus antepassados.

    Lm 5:8
    Escravos dominam sobre nós. Que o leitor acompanhe estes pontos:
    1. É provável que aqui os escravos sejam os oficiais do governo babiiônico, por serem apenas servos de Nabucodonosor. Alguns deles podiam ter sido escravos anos antes, pois não era incomum que os servos se elevassem a altas posições, caso mostrassem ser pessoas habilidosas. Conforme sobre Tobias, o escravo, em Ne 2:10,Ne 2:19.

    2. Alguns crêem que esses escravos não eram os oficiais, mas os escravos literais dos oficiais, que foram delegados para dirigir os judeus escravizados. "Escravos sob os governadores caldeus governavam os judeus (Ne 5:15). Israel, que tinha sido um reino de sacerdotes (Ex 19:6), tomou-se um escravo de escravos, de acordo com a maldição de Gn 9:25” (Fausset, in loc.).

    3. Outra idéia aqui é que o restante dos judeus, em Judá, passou a ser governado por baixos oficiais de nenhuma potência especial, enviados pelos babilônios àquele lugar, que não merecia receber grane atenção.
    4. Adam Clarke (in loc.) pensa que os soldados babilônios estão em vista, pois eles não eram muito mais que escravos do império.

    Lm 5:9

    Com perigo de nossas vidas providenciamos o nosso pão. Que o leitor acompanhe os seguintes pontos enumerados:

    1. Quando Jerusalém caiu, alguns judeus fugiram para o deserto e tentaram manter a vida ali. Mas foram atacados pelas tribos beduínas, que se ressentiam da presença deles.
    2. Ou então, ladrões, sabendo que havia fugitivos estabelecidos naquelas paragens solitárias, resolveram atacá-los, já que eles eram totalmente incapazes de defender-se. O simples fato de ficar vivo e comer tinha-se tornado uma aventura perigosa, tal era a turbulência daqueles dias.

    3. Ou então os poucos sobreviventes que permaneceram em Judá (por não terem fugido) foram atacados por gangues errantes, tanto nos lugares onde viviam como nos lugares aonde iam em busca de suprimentos básicos. A expressão “espada do deserto” provavelmente refere-se aos assaltantes árabes, bandidos sanguinários do deserto que viviam errantes procurando qualquer oportunidade de mostrar-se maléficos. Conforme Jr 40:14. Ver também Dt 28:31.

    Lm 5:10

    Nossa pele se esbraseia como um forno. Que o leitor acompanhe os pontos seguintes:

    1. O trio terrível, espada-fome-pestilência, quase aniquilou os judeus. Ver Jr 14:12; Jr 24:10; Jr 29:17; Jr 38:2; Jr 42:17 e Jr 44:13. Aqui a fome é enfatizada. A agricultura do país foi destruída, tal como foram destruídos os agricultores, pelo que não havia suprimentos alimentares nas cidades. Os desnutridos judeus foram vítimas de várias enfermidades; e talvez a febre tenha sido destacada aqui como um dos miseráveis resultados da febre e da fome.

    2. O forno aqui referido é o corpo, e não os ventos quentes que varriam a desolação, idéia que alguns estudiosos têm apresentado.

    3. Ou então os ventos requeimantes devem ser entendidos como uma metáfora do forno. Condições climáticas agravavam a fome e faziam os famintos sofrer ainda mais. Concordando com a segunda dessas idéias, Charles H. Dyer (in loc.) disse: “A pele dos judeus era febril, devido à ausência de alimentos adequados (conforme Lm 4:8)”. “A fome resseca os poros, e a pele torna-se como se fosse sabrecada pelo sol (30:30; Sl 119:83)” (Fausset, in loc.).

    Lm 5:11

    Forçaram as mulheres em Sião. O estupro sempre foi e continua sendo um procedimento padrão na guerra. Ter acesso fácil às mulheres de uma cidade capturada fazia parte do salário dos soldados. O saque é outra porção do pagamento dos que arriscam a vida. Homero diz-nos que os gregos, quando foram a Tróia para recuperar Helena, que tinha sido sequestrada, entraram em um pacto de que não retornariam à sua terra nativa sem terem estuprado alguma esposa troiana. Como é claro, eies fizeram isso por vingança, mas tal coisa poderia ter sido feita mesmo que a “causa" da guerra não fosse o seqüestro de Helena. Uma vez consumado o estupro, as mulheres selecionadas foram enviadas para engrossar os haréns da Babilônia. E as mulheres de beleza secundária tornaram-se escravas das damas babilônicas. A última parte do versículo mostra que as virgens não escaparam do estupro em massa. “Esse mal foi predito por Moisés (ver Dt 28:30,Dt 28:32) e também por Jeremias (Jr 6:12)” (Adam Clarke, in loc.). Ver também Zc 14:2.

    Lm 5:12
    Os príncipes foram por eles enforcados. Que o leitor acompanhe os pontos seguintes:
    1. Os que tinham liderado a rebelião contra a Babilônia receberam um tratamento destituído de misericórdia, como ser pendurados pelas mãos e ali ficar até morrer de fome ou de exposição às condições atmosféricas. Até os líderes mais velhos receberam tão desumano tratamento, pois a idade avançada deles não foi respeitada.
    2. A crucificação não está em vista aqui, embora alguns tenham pensado nisso. Nem a impaiação parece estar em vista, embora essa fosse uma forma comum de execução na época.

    3. Alguns reduzem a desgraça a ter o corpo pendurado, para ficar expostos na presença de outros e para que as aves dos céus o comessem. Conforme I Sam. 31.10-12. Sabe-se que esse era um ato comum de humilhação aplicado por assírios e babilônios.

    4. Se as mãos que figuram em algumas versões são as mãos dos babilônios, então estão em foco as atrocidades que eles praticaram contra os judeus. O enforcamento pode estar então em vista, “Era costume dos persas, depois de executar um homem, decapitá-lo e pendurar o corpo em um poste... (Heródoto, Hist., lib.ví, cap. 30, lib. vii.c.238)” (Adam Clarke, in loc.).

    Lm 5:13
    Os jovens levaram a mó. Os jovens, e até mesmo meros meninos, foram submetidos a trabalho escravo, sendo postos a fazer funcionar a pedra de moinho ou a carregar pesadas cargas de lenha ou coisas parecidas. As guerras antigas eram sempre a principal fonte de trabalho escravo, uma importante atividade internacional. Hoje em dia as pessoas são reduzidas a “escravidão do salário”, e não têm vida melhor que os escravos antigos. De fato, muitos assalariados vivem em piores condições que os escravos, pois pelo menos a maioria dos escravos antigos tinha o bastante para comer, o que não é o caso de muitos “escravos do salário". Ver no Dicionário os verbetes chamados Escravidão e também Escravo, Escravidão, quanto a descrições dessa prática desumana, que nunca morreu, embora tenha tido sua forma modificada. “Quanto à indignidade de moer, o trabalho de escravos e escravas, ver Jz 16:21 e Is 47:2.

    Lm 5:14

    Os anciãos já não se assentam na porta. Terminaram todas as funções sociais normais. Não havia mais comércio nem julgamentos nas portas da cidade, onde os anciãos eram proeminentes. Nem a música e a dança eram mais ouvidas e testemunhadas. Os lugares de assembléia, com qualquer propósito, foram obliterados, e não havia número suficiente de pessoas para reunir-se. Não existiam mais tribunais nas portas da cidade, onde um homem poderia apresentar suas queixas e ver corrigidas as injustiças. Além disso, já não havia número suficiente de pessoas para entrar em litígio. Nada havia para celebrar com música e danças, nem havia músicos que tocassem instrumentos musicais ou dançarinos que enfeitassem ocasiões festivas. Ver 29:7,29:8.

    Embora Satanás esbofeteie, embora venham provações,
    Que esta bendita segurança controle:
    Cristo considerou nosso estado de impotência.

    (H. G. Spafford)

    Lm 5:15

    Cessou o júbilo de nosso coração. A alegria se azedou, e a dança perdeu o sentido, visto que quem dança exprime alegria. As lamentações eram a única atividade dos sobreviventes. “Não resta alegria em nossos corações. Nossa dança transformou-se em tristeza” (NCV). Conforme Jz 21:21. O próprio contexto da sociedade judaica foi despedaçado. Toda atividade cessou. Os poucos sobreviventes que restaram lutavam desesperadamente apenas para sobreviver, mas a vida não era digna de ser vivida.

    Lm 5:16

    Caiu a coroa da nossa cabeça. Esta frase significa a perda da condição de nação. Uma nação inteira havia morrido. Os restos dela estavam sujeitos a um governo estrangeiro. Ver Jr 13:18. Judá tinha deixado de ser uma nação. Os babilônios eram especializados no genocídio. O pequeno restante veria um Novo Dia, e a minúscula comunidade criaria uma pequena cidade-estado, que se transformaria novamente em nação. Mas isso só ocorrería no futuro. O presente nada era senão sofrimentos de um remanescente minúsculo e sem privilégios. Conforme este versículo com 19:9 e Sl 89:39,Sl 89:44. Tudo isso sucedeu por causa da idolatria-adultério-apostasia que Yahweh precisou julgar a fim de purificar o povo de Judá.

    Lm 5:17
    Por isso caiu doente o nosso coração. Corações desmaiavam no meio da melancolia, e os olhos tiveram sua acuidade visual diminuída pelo choro constante. Era uma situação desesperadora, e a maioria dos atingidos morreu desse modo. Alguns poucos de seus filhos viram a restauração da nação, Conforme Lm 1:22 ; Lm 2:11. Este versículo é um lembrete dos horrores listados e descritos nos vss. Lm 5:8-15. Ver também Lm 3:48,Lm 3:49.

    Lm 5:18

    Pelo monte Sião que está assolado, O coração deles estava desmaiado e os olhos estavam turvos de chorar (vs. Lm 5:17), especialmente em vista da destruição e incêndio do templo, e do fim da glória do culto em Sião. Onde Yahweh era antes honrado, e onde peregrinos vinham para celebrar alegremente as festas anuais, agora somente feras, como os chacais, estavam presentes. Eles se tinham mudado, uma vez que o povo que podia lutar estava morto. Conforme esta declaração com Lm 4:3. Ver também Is 35:7; Jr 9:11; Jr 10:22; Jr 49:33; Sl 63:10. Os animais passam a ocupar os lugares de onde o temor do homem foi removido.


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 5 do versículo 1 até o 22
    *

    5.1-22 Repassando os efeitos contínuos da degradação de Sião, o poeta fez um apelo final em prol da restauração.

    * 5:1

    Lembra-te... do que nos tem sucedido. Essa é uma típica abertura de uma lamentação comunal. Sião não mais aparece nas agonias imediatas do cerco e do saque (tal como se vê no capítulo 4), mas em um estágio posterior da aflição, quando a súbita violação da terra já tinha cedido lugar a uma opressão dura e humilhante.

    * 5:2

    A nossa herança. A Terra Prometida, como um todo, era a herança de Israel da parte de Deus (Dt 4:21; 12:9), enquanto que o território de Judá foi dado especificamente à tribo desse nome (Js 15:20-63).

    a estranhos... a estrangeiros. Deus havia dado a Terra Prometida a Israel, e até lhes tinha conferido instruções para que expelissem os estrangeiros. Agora tudo isso virara de ponta cabeça.

    * 5:3

    somos órfãos... são como viúvas. A posição dessas classes era precária e dependente. Israel recebera ordens para cuidar deles, visto que sua condição negava-lhes acesso normal aos produtos da terra (Dt 14:28,29).

    * 5:4

    A nossa água por dinheiro a bebemos. Essa necessidade era uma inversão irônica de Dt 6:10,11, e, especificamente, de Js 9:21-23.

    * 5:5

    não temos descanso. Essa condição era outra inversão de uma bênção prometida em Deuteronômio (Dt 12:9; Lm 1:3).

    * 5:6

    aos egípcios e aos assírios. Esse tipo de submissão não somente era humilhante, mas também perigosa (2Rs 18:14).

    * 5:7

    Nossos pais pecaram... nós é que levamos o castigo. Uma descrição semelhante de solidariedade entre as gerações se acha em Êx 20:5, bem como nos Livros de 1 e II Reis, com seus registros de culpa acumulada através das gerações. Passagens tais como Ez 18 (notas; Jr 31:29,30) esclarecem aqueles que questionam a justiça de alguém ser julgado por pecados que ele não cometeu. Ezequiel respondeu que aqueles que compartilham do julgamento de seu pai compartilharam nos pecados de seu pai: cada geração fica com a culpa de seus próprios pecados, e não com os pecados das gerações anteriores tão-somente.

    * 5:8

    Escravos dominam. Quando escravos babilônicos davam ordens a Israel, havia uma irônica distorção nos relacionamentos verdadeiros entre Deus, Israel e as nações. Israel, na realidade, era uma nação libertada da escravidão (Dt 15:12-18); e aqueles que não serviam ao verdadeiro Deus deveriam estar em escravidão. Ver 1.1, nota.

    * 5:9

    espada do deserto. Talvez isso se refira aos assaltantes do deserto, que tiravam proveito da comunidade debilitada de Israel.

    * 5.11-13

    Temos aqui quadros vergonhosos.

    as virgens. A perda da virgindade fora do casamento impunha vergonha a uma mulher e à sua família, e talvez conseqüências adicionais sérias (13 5:22-21'>Dt 22:13-21).

    enforcados. Temos aí uma forma de tortura ou uma forma de execução por meio de exposição aos elementos.

    Os jovens levaram a mó. Esse era um trabalho degradante para um homem jovem (Jz 16:21).

    * 5:14 Este versículo transmite algo do estado da vida normal em Judá, mediante a descrição do que havia cessado. A "porta", que tinha funções legais e sociais, estava agora deserta. Os prazeres descuidados dos "jovens" tinham sido substituídos pela vida dura, retratada nos versículos anteriores.

    * 5:16

    a coroa. Alguns tomam isso como referência a Jerusalém em particular (Lm 1:1; 2:15; 5:18). Provavelmente representa a glória de Israel e de Judá entre as nações (Êx 19:6).

    ai de nós, porque pecamos. Ver a nota no v.7.

    * 5:18

    monte Sião, que está assolado. O poeta fecha aqui o círculo, tendo partido de 1.1, reiniciando o tema do escândalo de a cidade escolhida por Deus jazer destruída e abandonada.

    * 5:19

    Tu, SENHOR, reinas eternamente. Embora a "realeza" do povo judeu (v. 16) não fosse mais uma realidade, a realeza do Senhor permanece para sempre.

    * 5:20

    Por que...? Soa de novo a nota de lamentação. Não havia como sair facilmente da dor que fora expressa; mas a afirmação da soberania de Deus é feita no meio daquela dor (v.19). A lógica dos vs. 19 e 20 tem paralelo em Sl 89, pois ali os vs. 1-37 louvam a soberania de Deus, e nos vs. 38-51 se pergunta "Até quando, Senhor?" (Sl 89:46).

    * 5:21

    Converte-nos a ti... renova. Esses dois verbos derivam-se de um mesmo verbo, no hebraico. Seu uso é ambíguo, visto que a restauração poderia ser um retorno físico de exilados à Terra Prometida, ou um retorno moral e religioso (arrependimento). Essa ambigüidade, porém, é necessária, porquanto os profetas nunca divisaram uma restauração à terra que fosse separada do arrependimento para com Deus. Quanto a um paralelo exato desse pensamento, ver Jr 31:18.

    * 5:22

    Por que nos rejeitaste. O poeta não quis encerrar o lamento com uma nota elevada. Não obstante, a nota final não é de desespero, e, sim, uma petição. Os cinco poemas do livro de Lamentações chegam até nós derivados da tristeza do julgamento experimentado, mas também salientam a compaixão de Deus como base de um futuro livramento.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 5 do versículo 1 até o 22
    5.1ss depois de expressar o alto grau de sua dor, o verdadeiro crente deve voltar-se para Deus em oração. Aqui Jeremías orou para pedir misericórdia por seu povo. Ao final de sua oração se pergunta se Deus estava "irado contra nós em grande maneira". Deus não permaneceria zangado com eles para sempre, como o diz em Mq 7:18 "Não reteve para sempre sua irritação, porque se deleita em misericórdia".

    5:14 Durante tempos de paz e prosperidade os líderes e anciões da cidade se sentariam às portas dela e falariam sobre política, teologia e filosofia, e direção de negócios.

    5:22 Um grande chamado desprezado por uma vida deficiente traz como resultado um grande sofrimento. Lamentações nos descreve o amargo sofrimento que o povo de Jerusalém experimentou quando seu pecado os alcançou e Deus lhes deu as costas. Cada meta material pela que viveram se derrubou. Entretanto, apesar de que Deus se separou deles por seu pecado, não os abandonou: essa era seu maior esperança. Apesar de seu passado pecaminoso, Deus os restauraria se se voltavam para O. Não há esperança exceto no Senhor. portanto, nossa dor não deve nos apartar a não ser nos aproximar do.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 5 do versículo 1 até o 22

    CONDIÇÃO A. ZION'S SAD (


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 5 do versículo 1 até o 22
    5.1- 22 Um salmo de lamentação da comunidade e de petição pela restauração, comparável com Sl 44:0; Sl 79:0; Sl 80:0. • N. Hom. A miséria do povo de Judá sob o jugo da Babilônia, vv. 1-14. A monarquia davídica não estaria mais regendo, e o templo estaria em escombros, vv. 15-18. Pede-se atenção misericordiosa de Deus, vv. 19-22. Justo é que esta triste poesia de lamentações termine com uma oração que reconhece a ira divina mas, mesmo assim, apela para Deus, como a única esperança do seu povo.

    5.3 O versículo dá a impressão de que o autor foi um dos remanescentes deixados na Palestina e que conheceu de perto a situação.
    5.5 Pescoço. O jugo dos conquistados (Js 10:24). Deus prometeu que quebraria este jugo sobre o pescoço de seu povo (Jr 30:8).

    5.7 Deus visita a iniqüidade dos pais nos filhos (Êx 20:5-6), mas como cada um também tem o seu próprio pecado a lhe acusar (Jr 30:27-30), por isso Lm 5:16 não pode negar que o pecado ainda está presente.

    5.8 Escravos. Tobias, um servo, tinha autoridade em Judá, Ne 2:19.

    5.14 Anciãos... na porta. A porta pública da cidade era o assento dos líderes locais; que agora tinham ido para o cativeiro.

    5.20 Tanto tempo. Os judeus perderam o amparo divino pela segunda vez em 70 d.C. devido à sua rejeição de Cristo. Toda a nação voltará a converter-se no futuro (Zc 12:1013-1; Rm 11:25-45).

    5.21 Isto será o cumprimento das profecias mencionadas na nota anterior, veja Is 11:1012. O livro encerra-se com uma linguagem de esperança (v. 20), sem, todavia, negar a situação do momento que vivia, v. 22.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 5 do versículo 1 até o 22
    V. QUINTO LAMENTO (5:1-22)

    Esse quinto lamento difere dos outros em uma série de aspectos. Em primeiro lugar, já não usa o formato acróstico, embora seja constituído de 22 versículos. E um exemplo de um “lamento comunitário” como os encontrados em Sl 44:0; Sl 74:0; Sl 79:0; Sl 80:0 e 83. A simetria do livro é mantida pelo fato de o cap. 5 ter sido escrito para corresponder em grande parte ao cap. 1, e muitos dos sentimentos do cap. 1 são retomados aqui. A grande mudança, no entanto, é que esse capítulo final inclui agora a esperança do indivíduo (conforme cap.


    3) transferida para a comunidade em geral. Em certo sentido, Sião já não está sozinha, mas é o “nós” do cap. 5, devastada, sem dúvida, mas já não desprovida de esperança.

    1)    Ah, se nunca tivéssemos pecado (5:1-18)
    v. 3. órfãos [...] viúvas: ecoando a situação no cap. 1 após a destruição da cidade. O governo babilónico foi estabelecido e se mostrou cruel; estamos exaustos (v. 5). Acerca de não temos como descansar (v. 5), v. 1.3. Como no cap. 1, há uma reflexão acerca dos seus delitos do passado entre as nações. O sentimento do v. 7 não tem a intenção de abrandar a sua responsabilidade presente, mas, em concordância com o sentido “comunitário” do poema, destaca as conseqüências inevitáveis das nossas ações sobre o nosso próximo. A comunidade passou a valorizar o significado profundo do seu pecado por causa das suas conseqüências: Ai de nós, porque temos pecado! (v. 16; melhor seria traduzir por “Ai de nós porque alguma vez pecamos!”). Tudo que Sião mais valorizava está perdido, e a seção conclui com um clímax de perda, porque até o monte Sião está deserto (v. 18).


    2)    Mas Deus, rico em misericórdia (5:19-22)
    Embora os símbolos da presença de Deus tenham partido, Javé permanece, e, apesar de Israel estar subjugado, ele ainda governa soberano sobre todos os homens. Assim como Israel experimentou o poder restaurador de Javé antigamente, o povo pode ainda orar com esperança: Restaura-nos para ti, Senhor (v.

    21). O versículo final com a sua repetida nota discordante fez repetir-se nos cultos na sinagoga o v. 21, para concluir em um tom de esperança. Mas os v. 20,21 constituem um microcosmo do livro todo; a esperança imprensada entre desespero brilha de forma ainda mais forte.
    BIBLIOGRAFIA
    Fuerst, W. J. The Books of Ruth, Esther, Ecclesiastes, Song of Songs, Lamentations. CBC. Cambridge, 1975.

    Gordis, R. The Song of Songs and Lamentations. New York, 1974.

    Gottwald, N. K. Studies in the Book of Lamentations.

    SBT14, ed. rev., London, 1962.

    Harrison, R. K. Jeremiah and Lamentations. TOTC. London, 1973 [Jeremias e Lamentações: introdução e comentário, Edições Vida Nova, 1980]. Hillers, D. R. Lamentations. AB. New York, 1972. Knight, G. A. F. Esther, Song of Songs, Lamentations. TC. London, 1955.

    Kraus, H. J., Klagelieder,Threni, Biblischer Komentar, Neukirchen-Vluyn, 1968.

    Meek, T. J. & Merrill, W. P. The Book of Lamentations.

    IB VI, New York e Nashville, 1956.

    Rudolph, W. Das Buch Ruth-Das Hohe Lied-Die Klagelieder, Kommentar zum Alten Testament Deutsch. Gütersloh, 1962.

    Wood, G. F. Lamentations. Jerome Bible Commentary. London, 1969.

    Stephens-Hodge, L. E. H. Lamentations. NBCR. London, 1970.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 5 do versículo 1 até o 22

    Lamentações 5

    V. As Súplicas da Sião Penitente. Lm 5:1-22.

    Este capítulo é realmente uma oração nacional feita a Jeová, a única esperança e auxílio de Sião.


    Moody - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 5 do versículo 1 até o 18

    A. Sião Roga a Jeová que Considere a Sua Aflição e Desgraça. Lm 5:1-18. O versículo 1 introduz o tema com a quinta apóstrofe de Sião a Jeová. O desesperado pedido de Sião merece a atenção de Jeová.


    Moody - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 5 do versículo 11 até o 13

    11-13. Aqui estão os casos específicos de sofrimento individual, tais como estupro, insulto e trabalho além das forças.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 5 do versículo 11 até o 18
    b) A vergonha do pecado (Lm 5:11-18)

    Aqui temos mais uma rápida visão sobre as espantosas retribuições que o povo de Deus havia atraído contra si mesmo mediante a persistente transgressão contra as Suas leis. Porém, o sentimento é de tristeza e não de ressentimento. Estão ausentes todos os pensamentos de vingança pessoal, pois a retidão do julgamento de Deus havia sido livremente reconhecida, e a questão é deixada em Suas próprias mãos. O poeta em nome de seu povo, venceu por intermédio de humildade contrita e submissão paciente. Para os mancebos era vergonhoso moer (13) visto que era trabalho próprio de mulheres (cfr. Jz 16:21). Raposas (18), são, naturalmente, chacais.


    Dicionário

    Cidades

    fem. pl. de cidade

    ci·da·de
    (latim civitas, -atis, condição de cidadão, direito de cidadão, conjunto de cidadãos, cidade, estado, pátria)
    nome feminino

    1. Povoação que corresponde a uma categoria administrativa (em Portugal, superior a vila), geralmente caracterizada por um número elevado de habitantes, por elevada densidade populacional e por determinadas infra-estruturas, cuja maioria da população trabalha na indústria ou nos serviços. = URBE

    2. [Por extensão] Conjunto dos habitantes dessa povoação.

    3. Parte dessa povoação, com alguma característica específica ou com um conjunto de edifícios e equipamentos destinados a determinada actividade (ex.: cidade alta; cidade universitária).

    4. Vida urbana, por oposição à vida no campo (ex.: ele nunca gostou da cidade).

    5. História Território independente cujo governo era exercido por cidadãos livres, na Antiguidade grega. = CIDADE-ESTADO, PÓLIS

    6. [Brasil] [Administração] Sede de município brasileiro, independentemente do número de habitantes.

    7. [Brasil, Informal] Entomologia Vasto formigueiro de saúvas dividido em compartimentos a que chamam panelas.


    fem. pl. de cidade

    ci·da·de
    (latim civitas, -atis, condição de cidadão, direito de cidadão, conjunto de cidadãos, cidade, estado, pátria)
    nome feminino

    1. Povoação que corresponde a uma categoria administrativa (em Portugal, superior a vila), geralmente caracterizada por um número elevado de habitantes, por elevada densidade populacional e por determinadas infra-estruturas, cuja maioria da população trabalha na indústria ou nos serviços. = URBE

    2. [Por extensão] Conjunto dos habitantes dessa povoação.

    3. Parte dessa povoação, com alguma característica específica ou com um conjunto de edifícios e equipamentos destinados a determinada actividade (ex.: cidade alta; cidade universitária).

    4. Vida urbana, por oposição à vida no campo (ex.: ele nunca gostou da cidade).

    5. História Território independente cujo governo era exercido por cidadãos livres, na Antiguidade grega. = CIDADE-ESTADO, PÓLIS

    6. [Brasil] [Administração] Sede de município brasileiro, independentemente do número de habitantes.

    7. [Brasil, Informal] Entomologia Vasto formigueiro de saúvas dividido em compartimentos a que chamam panelas.


    Forçar

    verbo transitivo Fazer ceder à força; quebrar, romper: forçar uma porta.
    Constranger, violentar.
    Conquistar, conseguir obter por força.
    Levar a um esforço excessivo: forçar a voz.
    Aumentar, exagerar: forçar a dose de um remédio.
    Torcer, subornar, corromper.
    Estuprar.
    Militar Forçar as linhas, rompê-las, desbaratá-las.

    verbo transitivo Fazer ceder à força; quebrar, romper: forçar uma porta.
    Constranger, violentar.
    Conquistar, conseguir obter por força.
    Levar a um esforço excessivo: forçar a voz.
    Aumentar, exagerar: forçar a dose de um remédio.
    Torcer, subornar, corromper.
    Estuprar.
    Militar Forçar as linhas, rompê-las, desbaratá-las.

    Judá

    -

    Louvor. É este um nome que em diversos lugares aparece com a forma de Judas e de Juda. E também a Judéia se chama Judá em certo número de exemplos. 1. Pela primeira vez ocorre em Gn 29:35 – é Lia que dá esse nome ao seu quarto filho quando disse: ‘Esta vez louvarei o Senhor. E por isso lhe chamou Judá.’ Nasceu em Harã, na Mesopotâmia. À exceção de José, ele figura mais vezes na história de israel do que qualquer dos seus irmãos. Foi ele que aconselhou a venda de José aos mercadores ismaelitas, querendo evitar a sua morte (Gn 37:26-27). Ele se nos apresenta como o diretor dos negócios da família e, como se diz em 1 Cr 5.2, ‘foi poderoso entre os seus irmãos’. Naquelas memoráveis viagens ao Egito, para comprar trigo, foi Judá que fez objeções ao fato de querer Jacó conservar Benjamim junto de si – e foi ele também que, oferecendo os seus próprios filhos como reféns, fez todos os esforços para trazer de novo Benjamim (Gn 43:3-10). Em todas as ocorrências dramáticas entre os filhos de israel e seu irmão José, bem como no caso de ser a família removida para o Egito, foi Judá quem sempre falou pelos outros. E Jacó reconheceu a ascendência de Judá sobre seus irmãos, o que se mostra nas últimas palavras que o patriarca lhe dirigiu: ‘os filhos de teu pai se inclinarão a ti’ (Gn 49:8-10). Judá teve cinco filhos, dois dos quais morreram novos. os outros três, Selá, Perez e Sera, foram com seu pai para o Egito (Gn 46:12). Estes filhos nasceram na Palestina numa parte do país, de que a família, já uma tribo, se apossou de novo, no tempo da conquista. (*veja Judá, Judéia.) 2. Levita do tempo de Zorobabel, que auxiliou a restaurar o templo (Ed 3:9). Provavelmente devia ler-se Hodavias. 3. Levita que mandou embora a sua mulher estranha (Ed 10:23). 4. Um indivíduo da tribo de Benjamim. o superintendente de uma parte de Jerusalém, no tempo de Neemias (Ne 11:9). 5. Levita, provavelmente o mesmo que Judá 2 (Ne 12:8). 6. Chefe dos que fizeram a dedicação dos muros, ou então, talvez, devamos compreender por esse nome a própria tribo (Ne 12:34). 7. Um sacerdote na dedicação dos muros (Ne 12:36).

    1. Nascido em Padã-Arã, era o quarto filho de Jacó e Lia (Gn 29:35; Gn 35:23). Tornou-se o progenitor de uma das doze tribos de Israel. Pouco se sabe sobre ele; quando os irmãos decidiram matar José, Judá falou com eles e recusou-se a participar do assassinato de alguém de sua própria carne e sangue; sugeriu que o vendessem como escravo para os mercadores midianitas (Gn 37:26-27).

    Em certa ocasião, Judá saiu para passar uns dias com seu amigo Hira, em Adulão, onde conheceu e casou-se com uma mulher filha de um cananeu chamado Sua. Teve vários filhos com ela (Gn 38:1-11). Um deles, chamado Er, era ímpio e foi morto pelo Senhor (v. 7). A esposa dele, cujo nome era Tamar, foi dada a seu irmão Onã, o qual recusou-se a ter filhos com ela. Ele também foi morto, por não obedecer ao Senhor nesta questão. Em vez de dá-la ao seu terceiro filho, Judá mandou-a para a casa de seu pai e lhe disse que levasse uma vida de viúva. Algum tempo depois, a esposa de Judá morreu e ele foi novamente visitar seu amigo Hira. Tamar, usando de um estratagema, seduziu o próprio sogro e engravidou. Quando soube de tudo, Judá reconheceu que não a tratara com justiça; por ser viúva, levou-a para sua casa, onde cuidou dela. Quando deu à luz, Tamar teve gêmeos: Perez e Zerá (Gn 38:26-30; Gn 46:12).

    Há um grande contraste entre o pecado sexual de Judá, ao aproximar-se de uma mulher que se fazia passar por prostituta (Gn 38), e a fidelidade de José, o qual recusou-se a deitar com a esposa de Potifar. Todo o relato sobre Judá é narrado pelo escritor bem no meio da história do sofrimento de José, na prisão, devido ao seu comportamento íntegro (Gn 37:39-40).

    Judá aparece novamente em cena quando os irmãos viajaram pela segunda vez ao Egito, a fim de comprar alimentos, durante a fome que assolava a humanidade. Ele lembrou ao pai que o primeiro-ministro do Egito avisara que não os receberia a menos que levassem o irmão mais novo, Benjamim, junto com eles (ainda não sabiam que era José, desejoso de ver o irmão). Judá prometeu ao pai que ele próprio se ofereceria como refém para que Benjamim regressasse do Egito em segurança. Sem dúvida, tanto Jacó como Judá percebiam que havia possibilidade de perderem mais um membro da família (Gn 43:8). Parece que ele se tornou o líder dos irmãos, nos contatos que tiveram com José (Gn 44:14-34). Finalmente, o governador revelou sua identidade e trouxe todos eles, inclusive Jacó, para viver no Egito. Judá levou todos os familiares para a terra de Gósen (Gn 46:28).

    Quando estava próximo da morte, Jacó abençoou seus filhos e profetizou que Judá seria a maior de todas as tribos. Predisse que o cetro (símbolo da realeza) jamais se apartaria de sua mão (Gn 49:8-10).

    Quando a terra de Canaã foi distribuída entre as tribos, no tempo de Moisés e de Josué, Judá recebeu como herança a região ao redor de Hebrom, ao sul de Jerusalém. A bênção de Jacó sobre este filho provou ser correta e duradoura. Judá permaneceu a tribo abençoada por Deus e, depois da invasão de Israel pelos assírios, tornou-se o reino abençoado por Deus. O rei Davi era descendente de Judá e entre os seus filhos, no futuro, estaria o Salvador Jesus. Desta maneira, o cetro seria estabelecido para sempre entre os descendentes de Judá (Lc 3:33).


    2. Um dos levitas que se casaram com mulheres estrangeiras depois do retorno do exílio na Babilônia (Ed 10:23).


    3. Filho de Senua, da tribo da Benjamim, foi colocado como segundo superintendente da cidade de Jerusalém, após o exílio na Babilônia (Ne 11:9).


    4. Um dos levitas que ajudaram no ministério da música no Templo, após o retorno do exílio na Babilônia (Ne 12:8).


    5. Um dos líderes da tribo de Judá que participaram do culto de dedicação dos muros de Jerusalém, quando a obra de reconstrução foi concluída, na época de Neemias (Ne 12:34).


    6. Outro envolvido na celebração da festa de dedicação dos muros de Jerusalém, sob a liderança de Neemias (Ne 12:36). P.D.G.


    Judá
    1) Quarto filho de Jacó e Lia (Gn 29:35). Aparece como líder entre os irmãos (Gn 37:26-27); 43:3-10; 44:16-34). Casou com mulher cananéia (Gn 38:1-11) e foi pai de gêmeos com Tamar, sua nora (Gn 38:12-30). Recebeu de Jacó a bênção do CETRO (Gn 49:8-12). Foi antepassado de Davi (Rth 4:12,18-2)

    2) e de Cristo (Mt 1:3)

    2) Uma das 12 TRIBOS do povo de Israel, formada pelos descendentes de JUDÁ 1. Na divisão da terra, essa tribo recebeu a maior parte do sul da Palestina (Jos 15:1-12:2) 0-63).

    3) Reino localizado no sul da Palestina. Foi formado quando as dez tribos do Norte se revoltaram contra Roboão e formaram o Reino de Israel sob o comando de Jeroboão I, em 931 a.C. (1Rs 12;
    v. o mapa OS REINOS DE ISRAEL E DE JUDÁ). Durou até 587 a.C., quando Jerusalém, sua capital, foi tomada e arrasada pelos babilônios, e o povo foi levado ao CATIVEIRO (1Rs 12—22; 2Rs; (2Ch 11—36).

    4) Nome usado em Esdras (5.8; 9.9), Neemias (2,7) e Ageu (1.1,14; 2,2) a fim de indicar a PROVÍNCIA para onde os

    Mulheres

    fem. pl. de mulher

    mu·lher
    (latim mulier, -eris)
    nome feminino

    1. Ser humano do sexo feminino ou do género feminino (ex.: o casal teve três filhos: duas mulheres e um homem; a mulher pode ovular entre a menarca e a menopausa; mulher transgénero).

    2. Pessoa do sexo ou género feminino depois da adolescência (ex.: a filha mais nova já deve estar uma mulher). = MULHER-FEITA, SENHORA

    3. Pessoa do sexo ou género feminino casada com outra pessoa, em relação a esta (ex.: o padre declarou-os marido e mulher). = CÔNJUGE, ESPOSA

    4. Pessoa do sexo ou género feminino com quem se mantém uma relação sentimental e/ou sexual (ex.: eu e a minha mulher escolhemos não casar). = COMPANHEIRA, PARCEIRA

    5. Conjunto de pessoas do sexo ou género feminino (ex.: defesa dos direitos da mulher).

    adjectivo de dois géneros
    adjetivo de dois géneros

    6. Que tem qualidades ou atributos considerados tipicamente femininos (ex.: considera-se muito mulher em tudo).


    de mulher para mulher
    Entre mulheres, com frontalidade e franqueza, de modo directo (ex.: vamos falar de mulher para mulher; conversa de mulher para mulher).

    mulher da vida
    [Depreciativo] Meretriz, prostituta.

    mulher de armas
    Figurado Aquela que demonstra coragem, força, espírito de luta (ex.: é uma mulher de armas que luta persistentemente pelos seus valores e objectivos). = CORAJOSA, GUERREIRA, LUTADORA

    mulher de Deus
    Figurado Aquela que é bondosa, piedosa.

    [Informal, Figurado] Locução, usada geralmente de forma vocativa, para exprimir impaciência ou espanto (ex.: preste atenção, mulher de Deus!).

    mulher de Estado
    [Política] Líder que governa com competência, empenho e conhecimento dos assuntos políticos (ex.: a antiga primeira-ministra foi uma grande mulher de Estado). = ESTADISTA

    mulher de lei(s)
    Aquela que é especialista em leis. = ADVOGADA, LEGISTA

    mulher de letras
    Literata, escritora.

    mulher de negócios
    Aquela que se dedica profissionalmente a actividades empresariais ou comerciais, gerindo o seu negócio ou o de outrem. = EMPRESÁRIA

    mulher de partido
    [Política] Aquela que participa activamente na vida e nas decisões do grupo político a que pertence (ex.: acima de tudo, é uma mulher de partido, apesar de não conviver bem com a disciplina partidária).

    [Antigo, Depreciativo] Mulher que exerce a prostituição. = MERETRIZ, PROSTITUTA

    mulher fatal
    Mulher muito sensual e sedutora. = VAMPE

    mulher pública
    Aquela que desempenha funções de interesse público, sobretudo na política ou na administração de um Estado ou de um país (ex.: como mulher pública, a vereadora defendeu sempre os interesses da população que a elegeu).

    [Antigo, Depreciativo] Meretriz, prostituta.


    Sião

    substantivo masculino [Música] Antigo instrumento musical chinês, espécie de flauta de pã, composta de uma série de tubos de bambu de diversos comprimentos.
    Etimologia (origem da palavra sião). Do topônimo Sião.

    antigo nome, que o antigo povo thai dava aos seus vizinhos birmaneses, e provavelmente deriva do topônimo do idioma pali "suvarnabhuma", "terra do ouro", com a parte final, a raiz pali "sama", que de diversas maneiras denota diferentes nuances de cor, freqüentemente marrom ou amarelo, mas às vezes verde ou preto.

    (2 Sm 5.7, etc.). A fortaleza de Jerusalém.

    Sião
    1) Fortaleza dos JEBUSEUS (2Sm 5:7);
    v. CIDADE DE DAVI 1).

    2) O monte, antes chamado de Moriá, onde foi construído o TEMPLO (2Cr 3:1). 3 A cidade de Jerusalém (2Rs 19:21) ou a terra de Israel (Is 34:8).

    4) O céu (He 12:22).

    Sião Colina de Jerusalém, ao sul do Templo e ao norte de Siloé. Às vezes, identifica-se com Jerusalém (Mt 21:5; Jo 12:15).

    Virgens

    virgem | adj. 2 g. s. 2 g. | s. f. | s. 2 g. | adj. 2 g. | s. f. pl.

    vir·gem
    (latim virgo, -inis)
    adjectivo de dois géneros e nome de dois géneros
    adjetivo de dois géneros e nome de dois géneros

    1. Que ou quem nunca teve relações sexuais.

    nome feminino

    2. Religião Mãe de Jesus Cristo.

    3. [Por extensão] Rapariga, geralmente solteira.

    4. [Astronomia] Constelação zodiacal. (Geralmente com inicial maiúscula.) = VIRGO

    5. [Astrologia] Signo do Zodíaco, entre Leão e Balança. (Geralmente com inicial maiúscula.) = VIRGO

    nome de dois géneros

    6. [Astrologia] Indivíduo desse signo zodiacal. = VIRGO

    adjectivo de dois géneros
    adjetivo de dois géneros

    7. Que mostra castidade ou pureza. = CASTO, PURO

    8. Que está intacto.

    9. Que não tem manha nem maldade. = INGÉNUO, INOCENTE, SINGELO

    10. Que mostra sinceridade ou franqueza. = FRANCO, SINCERO

    11. Que nunca foi explorado (ex.: floresta virgem; terreno virgem).

    12. Que nunca foi usado (ex.: CD virgem; papel virgem).

    13. Diz-se do azeite obtido a partir de azeitonas através de processos físicos (pressão ou centrifugação), sem produtos químicos e com acidez não superior a 2%.

    14. Diz-se da cortiça que corresponde à primeira tiragem da casca do sobreiro.


    virgens
    nome feminino plural

    15. [Brasil] Grossas traves de madeira que sustentam os dormentes nos engenhos de açúcar.


    virgem extra
    Diz-se do azeite obtido a partir de azeitonas através de processos físicos (pressão ou centrifugação), sem produtos químicos e com acidez muito baixa, não superior a 0,8%. = EXTRAVIRGEM


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Lamentações de Jeremias 5: 11 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Estruparam as mulheres em Sião, as virgens nas cidades de Judá.
    Lamentações de Jeremias 5: 11 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    586 a.C.
    H1330
    bᵉthûwlâh
    בְּתוּלָה
    ir através de, atravessar
    (it goes)
    Verbo - presente indicativo médio ou passivo - 3ª pessoa do singular
    H3063
    Yᵉhûwdâh
    יְהוּדָה
    Judá
    (Judah)
    Substantivo
    H5892
    ʻîyr
    עִיר
    agitação, angústia
    (a city)
    Substantivo
    H6031
    ʻânâh
    עָנָה
    (Qal) estar ocupado, estar atarefado com
    (and they shall afflict)
    Verbo
    H6726
    Tsîyôwn
    צִיֹּון
    de Sião
    (of Zion)
    Substantivo
    H802
    ʼishshâh
    אִשָּׁה
    mulher, esposa, fêmea
    (into a woman)
    Substantivo


    בְּתוּלָה


    (H1330)
    bᵉthûwlâh (beth-oo-law')

    01330 בתולה b ethuwlaĥ

    particípio pass. de uma raiz não utilizada significando separar; DITAT - 295a; n f

    1. virgem

    יְהוּדָה


    (H3063)
    Yᵉhûwdâh (yeh-hoo-daw')

    03063 יהודה Y ehuwdaĥ

    procedente de 3034, grego 2448 Ιουδα e 2455 Ιουδας; DITAT - 850c; n pr m Judá = “louvado”

    1. o filho de Jacó com Lia
    2. a tribo descendente de Judá, o filho de Jacó
    3. o território ocupado pela tribo de Judá
    4. o reino composto pelas tribos de Judá e Benjamim que ocuparam a parte do sul de Canaã depois da nação dividir-se dois reinos após a morte de Salomão
    5. um levita na época de Esdras
    6. um supervisor de Jerusalém na época de Neemias
    7. um músico levita na época de Neemias
    8. um sacerdote na época de Neemias

    עִיר


    (H5892)
    ʻîyr (eer)

    05892 עיר ̀iyr

    ou (no plural) ער ̀ar ou עיר ̀ayar (Jz 10:4)

    procedente de 5782 uma cidade (um lugar guardado por um vigia ou guarda) no sentido mais amplo (mesmo de um simples acampamento ou posto); DITAT - 1587a,1615; n m

    1. agitação, angústia
      1. referindo-se a terror
    2. cidade (um lugar de vigilância, guardado)
      1. cidade

    עָנָה


    (H6031)
    ʻânâh (aw-naw')

    06031 ענה ̀anah

    uma raiz primitiva [possivelmente melhor identificada com 6030 pela idéia de menosprezar ou intimidar]; DITAT - 1651,1652; v.

    1. (Qal) estar ocupado, estar atarefado com
    2. afligir, oprimir, humilhar, ser oprimido, ser curvado
      1. (Qal)
        1. ser abaixado, tornar-se baixo
        2. ser rebaixado, estar abatido
        3. ser afligido
        4. inclinar-se
      2. (Nifal)
        1. humilhar-se, curvar
        2. ser afligido, ser humilhado
      3. (Piel)
        1. humilhar, maltratar, afligir
        2. humilhar, ser humilhado
        3. afligir
        4. humilhar, enfraquecer-se
      4. (Pual)
        1. ser afligido
        2. ser humilhado
      5. (Hifil) afligir
      6. (Hitpael)
        1. humilhar-se
        2. ser afligido

    צִיֹּון


    (H6726)
    Tsîyôwn (tsee-yone')

    06726 ציון Tsiyown

    o mesmo (geralmente) que 6725, grego 4622 σιων; DITAT - 1910; n. pr. l. Sião = “lugar escalvado”

    1. outro nome para Jerusalém, especialmente nos livros proféticos

    אִשָּׁה


    (H802)
    ʼishshâh (ish-shaw')

    0802 אשה ’ishshah

    procedente de 376 ou 582; DITAT - 137a; n f

    1. mulher, esposa, fêmea
      1. mulher (contrário de homem)
      2. esposa (mulher casada com um homem)
      3. fêmea (de animais)
      4. cada, cada uma (pronome)