Enciclopédia de Daniel 4:6-6

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

dn 4: 6

Versão Versículo
ARA Por isso, expedi um decreto, pelo qual fossem introduzidos à minha presença todos os sábios da Babilônia, para que me fizessem saber a interpretação do sonho.
ARC Por mim pois se fez um decreto, pelo qual fossem introduzidos à minha presença todos os sábios de Babilônia, para que me fizessem saber a interpretação do sonho.
TB Portanto, expedi um decreto que se apresentassem perante mim todos os sábios de Babilônia, para que me fizessem saber a interpretação do sonho.
HSB וּמִנִּי֙ שִׂ֣ים טְעֵ֔ם לְהַנְעָלָ֣ה קָֽדָמַ֔י לְכֹ֖ל חַכִּימֵ֣י בָבֶ֑ל דִּֽי־ פְשַׁ֥ר חֶלְמָ֖א יְהֽוֹדְעֻנַּֽנִי׃
BKJ Portanto, decretei que trouxessem diante de mim todos os homens sábios de Babilônia, para que me fizessem conhecer a interpretação do sonho.
LTT Por isso fiz um decreto, para que fossem introduzidos à minha presença todos os sábios de Babilônia, para que me declarassem a interpretação do sonho.
BJ2 "Baltassar, chefe dos magos, eu sei que em ti reside o espírito dos deuses santos e que nenhum segredo é embaraçoso para ti. Eis,[g] pois, o sonho que eu tive: dá-me a sua interpretação.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Daniel 4:6

Gênesis 41:7 E as espigas miúdas devoravam as sete espigas grandes e cheias. Então, acordou Faraó, e eis que era um sonho.
Isaías 8:19 Quando vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os adivinhos, que chilreiam e murmuram entre dentes; ? não recorrerá um povo ao seu Deus? A favor dos vivos interrogar-se-ão os mortos?
Isaías 47:12 Deixa-te estar com os teus encantamentos e com a multidão das feitiçarias em que trabalhaste desde a tua mocidade, a ver se podes tirar proveito ou se, porventura, te podes fortificar.
Daniel 2:2 E o rei mandou chamar os magos, e os astrólogos, e os encantadores, e os caldeus, para que declarassem ao rei qual tinha sido o seu sonho; e eles vieram e se apresentaram diante do rei.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

JOSIAS E A ASCENSÃO DA BABILÔNIA

639-605 a.C.
JOSIAS
Josias (639. 609 .C.) foi coroado rei de Judá aos oito anos de idade. O escritor de Crônicas observa que, no oitavo ano de seu reinado (632 a.C.), Josias "começou a buscar o Deus de Davi, seu pai" (2Cr 34:3). Entre o décimo segundo e décimo oitavo ano (628-622 a.C.), Josias se dedicou a um programa de reforma radical. Despedaçou ou queimou objetos, altares e ídolos pagãos, erradicou os sacerdotes pagãos e'prostitutos cultuais, profanou os altos e remove elementos pagãos que haviam sido colocados no templo do Senhor. Seu programa abrangeu não apenas Jerusalém, mas também as cidades dos territórios de Manassés, Efraim e Simeão. A reforma chegou até ao território de Naftali que, em outros tempos, havia pertencido ao reino do norte, Israel, mas sobre o qual o rei de Judá pôde exercer influência devido ao enfraquecimento do poder da Assíria. Josias profanou o alto em Betel instituído por Jeroboão, filho de Nabate, ao queimar os ossos dos sacerdotes de deuses estrangeiros em seus altares pagãos.' No décimo oitavo ano do reinado de Josias, o sumo sacerdote Hilquias encontrou uma cópia do Livro da Lei no templo do Senhor? Não se sabe ao certo a natureza desse livro, mas ao ouvir a leitura de suas palavras, Josias rasgou as vestes e exclamou:
"Grande é o furor do Senhor que se acendeu contra nós, porquanto nossos pais não deram ouvidos às palavras deste livro" (2Rs 22:13). A fim de cumprir as prescrições do Livro da Lei, Josias aboliu os médiuns e feiticeiros, os ídolos do lar e todas as outras abominações vistas na terra de Judá e em Jerusalém.
O escritor de Reis afirma que nem mesmo a reforma ampla de Josias foi suficiente para evitar o julgamento iminente do Senhor e cita as palavras da profetisa Hulda: "Eis que trarei males sobre este lugar e sobre os seus moradores, a saber, todas as palavras do livro que leu o rei de Judá. Visto que me deixaram e queimaram incenso a outros deuses, para me provocarem à ira com todas as obras das suas mãos, o meu furor se acendeu contra este lugar e não se apagará" (2Rs 22:16-17). Para seu consolo, Josias recebeu a garantia de que não testemunharia a calamidade vindoura.


A MORTE DE JOSIAS
A queda da Assíria em 612 a.C.havia provocado um desequilíbrio no poder no Oriente Próximo, Preocupado com a força crescente da Babilônia, o faraó Neco (610-595 a.C.) enviou um exército à Síria para ajudar o que restava das forças assírias e conter os babilônios, afirmando ter recebido essa ordem de Deus. Josias não acreditou no discurso do rei egípcio e o confrontou em Megido, no norte de Israel, em 609 .C., onde morreu em combate. Sua morte prematura aturdiu a nação. Jeremias compôs lamentos' e, cento e trinta anos depois, o profeta Zacarias faria referência à morte de Josias como uma ocasião de grande pranto.

HABACUQUE
A morte de Josias interrompeu de forma brusca o programa de reformas em Judá. Deus parecia ter abandonado seu povo e reis subseqüentes não manifestaram nenhum desejo de seguir ao Senhor. Neco não ficou satisfeito com o governo de Jeoacaz, filho de Josias. Por isso, em Ribla, na Síria, ordenou que fosse substituído por seu irmão Jeoaquim (Eliaquim). Consternado com a destruição e violência ao seu redor, o profeta Habacuque clamou ao Senhor e recebeu uma resposta inesperada: "Vede entre as nações, olhai, maravilhai-vos e desvanecei, porque realizo, em vossos dias, obra tal, que vós não crereis, quando vos for contada. Pois eis que suscito os caldeus, nação amarga e impetuosa, que marcham pela largura da terra, para apoderar-se de moradas que não são suas. Eles são pavorosos e terríveis, e criam eles mesmos o seu direito e a sua dignidade. Os seus cavalos são mais ligeiros do que os leopardos, mais ferozes do que os lobos no anoitecer são os seus cavaleiros que se espalham por toda parte; sim, os seus cavaleiros chegam de longe, voam como águia que se precipita a devorar-lhes todos vêm para fazer violência. Habacuque 1:5-90

NABUCODONOSOR ASSUME O PODER
Avançado em anos, Nabopolassar, rei da Babilônia, colocou o exército sob o comando de seu filho e sucessor ao trono, Nabucodonosor. Em 605 a.C, Nabucodonosor derrotou o exército egípcio em Carquemis, junto ao rio Eufrates (próximo à atual fronteira entre a Turquia e a Síria).? Marchando para para o sul, Nabucodonosor invadiu Judá na tentativa de garantir a lealdade de Jeoaquim de Judá, o antigo vassalo e aliado de Neco.
Quando Jeoaquim estava prestes a se render, Nabucodonosor foi informado da morte de seu pai e voltou à Babilônia pelo caminho do deserto, levando consigo alguns objetos do templo do Senhor e vários jovens da família real e da nobreza de Judá. Quatro desses jovens se mostraram conselheiros valiosos para o novo rei: Daniel, Hananias, Misael e Azarias. Essa foi a primeira e menor de quatro deportações que acabariam resultando no exílio dos habitantes de Judá na Babilônia.

Vista da planicie de Jezreel (Esdraelom) do alto do monte de Megido
Vista da planicie de Jezreel (Esdraelom) do alto do monte de Megido
Neco luta contra Josias e Nabucodonasor Entre 609 e 605 a.C., Judá enfrentou ameaças de duas frentes: Neco, rei do Egito, matou Josias, rei de Judá, na batalha de Megido em 609 a.C; Nabucodonosor, príncipe da Babilônia, derrotou o Egito em Carquemis
Neco luta contra Josias e Nabucodonasor Entre 609 e 605 a.C., Judá enfrentou ameaças de duas frentes: Neco, rei do Egito, matou Josias, rei de Judá, na batalha de Megido em 609 a.C; Nabucodonosor, príncipe da Babilônia, derrotou o Egito em Carquemis
Uma reconstituição da porta de Ishtar, da Babilônia, representada em sua forma final, depois de ter sido revestida com tijolos vitrificados mostrando touros e dragões (sirrush).
Uma reconstituição da porta de Ishtar, da Babilônia, representada em sua forma final, depois de ter sido revestida com tijolos vitrificados mostrando touros e dragões (sirrush).

O EXÍLIO DE JUDÁ

604-582 a.C.
JEOAQUIM
A morte do rei Josias em 609 a.C. pôs fim à reforma religiosa em Judá e, durante o reinado de Jeoaquim, filho de Josias, as práticas pagas voltaram a se infiltrar no reino do sul. O profeta Jeremias repreendeu Jeoaquim por explorar o povo e construir um palácio luxuoso com os frutos dessa exploração.' É possível que o palácio em questão seja a construção encontrada em Ramat Rahel, apenas alguns quilômetros ao sul de Jerusalém. Além de ordenar o assassinato do profeta Urias por profetizar contra a cidade e a terra, Jeoaquim se opôs pessoalmente ao profeta Jeremias e queimou um rolo com palavras de Jeremias que leudi havia lido diante do rei.
Jeoaquim se tornou vassalo de Nabucodonosor em 604 a.C. (um ano depois da vitória deste último em Carquemis), mas, incentivado pelo Egito, se rebelou três anos depois. Nabucodonosor só tratou dessa rebelião em 598 a.C., quando ordenou que Jeoaquim fosse preso com cadeias de bronze e levado à Babilônia. Foi nessa ocasião que Jeoaquim morreu, aos 36 anos de idade, não se tendo certeza se ele morreu de causas naturais ou como resultado de uma conspiração. Jeremias profetizou que Jeoaquim não seria sepultado de forma honrosa; seria sepultado como se sepulta um jumento: arrastado e jogado para fora das portas de Jerusalém.

A SEGUNDA DEPORTACÃO
Jeoaquim foi sucedido por Joaquim, seu filho de dezoito anos de idade que reinou por apenas três meses e dez dias.4 Em 597 a.C, Nabucodonosor cercou Jerusalém e Joaquim se rendeu. "Nabucodonosor sitiou a cidade de Judá e, no segundo dia do mês de Adar (15/16 março), tomou a cidade e prendeu seu rei. Nomeou um rei do seu agrado para a cidade e trouxe consigo para a Babilônia um grande tributo" (Crônica Babilônica, Rev. 12-13). Na "segunda deportação", Nabucodonosor levou para a Babilônia o rei Joaquim e sua mãe, esposas, oficiais e governantes da terra, bem como toda a guarda constituída de setecentos homens valentes e mil artífices e ferreiros, num total de dez mil pessoas," entre as quais estava um jovem aprendiz de sacerdote chamado Ezequiel." Também levou consigo os tesouros do palácio real e objetos de ouro que Salomão havia feito para o templo do Senhor. Na Babilônia, Joaquim recebeu uma pensão da corte real. Seu nome (Ya'u-kinu) ocorre em tabletes babilânios datados de c. 595-570 a.C.nos quais se encontram registradas as rações fornecidas a ele e seus filhos: "Meio panu (c. 14 I) para Ya'u- kinu, rei da terra de Judá. Dois sila e meio (c. 2 I) para os cinco filhos do rei da terra de Judá. Vários anos mais tarde, depois da morte de Nabucodonosor em 562 a.C., seu filho e sucessor Amel-Marduque (Evil-Merodaque) libertou Joaquim da prisão e permitiu que comesse à mesa do rei para o resto da vida.

O CERCO A JERUSALÉM
O profeta Jeremias amaldiçoou Joaquim e declarou que nenhum de seus descendentes se assentaria no trono de Davi.& Nabucodonosor escolheu Matanias, tio de Joaquim, para ocupar o trono de Judá e mudou seu nome para Zedequias, convocando-o a apresentar-se diante dele na Babilônia em 593 a.C. para jurar lealdade. Porém, alguns anos depois, Zedequias deu ouvidos aos egípcios e se rebelou. A Babilônia reagiu com violência. Nabucodonosor e seu exército acamparam em torno de Jerusalém e levantaram tranqueiras ao seu redor: De acordo com II Reis 25:1, o cerco se iniciou aos dez dias do décimo mês (15 de janeiro) de 588 a.C. Uma invasão dos egípcios sob o comando do faraó Hofra (589-570a.C.) obrigou Nabucodonosor a levantar temporariamente o cerco a Jerusalém. Porém, conforme Jeremias havia predito, os babilônios voltaram. Jeremias defendeu a rendição e foi lançado numa cisterna, de onde foi transferido posteriormente para o pátio da guarda. A situação tensa é descrita em 22 cartas em óstracos encontrados na cidade de Laquis que fazia parte do reino de Judá. A linguagem usada nessas cartas é semelhante à de Jeremias. Em uma delas, o coman- dante de um posto avançado relata não poder mais ver os sinais (provavelmente feitos com fogo) que Azeca devia enviar: "Esteja o meu senhor informado de que continuamos aguardando os sinais de Laquis, conforme todos os sinais que o meu senhor me deu não conseguimos ver Azeca" (Carta de Laquis 4:10-12). Talvez Azeca já houvesse sido capturada pelos babilônios ou, mais provavelmente, as condições do tempo não permitiram a visualização dos sinais. Outra carta menciona um profeta anônimo como portador de uma mensagem. Até hoje, não foi possível determinar a identidade desse portador. No nono dia do quarto mês (18 de julho de 586 a.C.), a fome em Judá se tornou tão severa que o povo não tinha mais o que comer. O inimigo penetrou o muro da cidade e Zedequias e seu exército fugiram durante a noite, mas foram capturados nas campinas de Jericó. Zedequias foi levado a Ribla, na Síria, onde, depois de testemunhar a morte de seus filhos, foi cegado e deportado para a Babilônia preso em cadeias de bronze.

A TERCEIRA DEPORTAÇÃO
Um mês depois que os babilônios penetraram o muro de Jerusalém, no sétimo dia do quinto mês (14 de agosto de 586 a.C.), Nebuzaradà, comandante da guarda imperial, queimou o templo do Senhor, o palácio real e todas as casas de Jerusalém e derrubou seus muros. Nebuzaradà levou para o exílio o povo da cidade, os que passaram para o lado da Babilônia e o restante da população, deixando apenas o povo mais pobre da terra para cuidar das vinhas e campos. Nessa "terceira deportação" maior parte dos habitantes de Judá foi levada para a Babilônia. Outras calamidades, porém, ainda sobreviriam ao reino do sul.

A QUARTA DEPORTAÇÃO
Os babilônios nomearam Gedalias, um judeu de família nobre, para governar sobre Judá. Um selo com a inscrição pertencente a Gedalias, aquele que governa a casa", foi encontrado em Laquis. Mas, pouco tempo depois de sua nomeação, Gedalias foi assassinado por Ismael, um membro da família real. Vários dos judeus restates, incluindo Jeremias que havia sido liberto da prisão quando Jerusalém foi tomada, fugiram para o Egito, apesar da advertência profética de Jeremias para que permanecessem em Judá. Outro grupo de judeus foi exilado na Babilônia em 582 a.C. O Esta pode ser descrita como a "quarta deportação"

O TRAUMA DO EXÍLIO
Os judeus que sobreviveram à longa jornada para a Babilônia provavelmente foram colocados em assentamentos separados dos babilônios e receberam permissão de se dedicar à agricultura e trabalhar para sobreviver," mas o trauma do exílio é expressado claramente pelo salmista:

"As margens dos rios da Babilônia, nós nos assentávamos e chorávamos, lembrando-nos de Sião. Nos salgueiros que lá havia, pendurávamos as nossas harpas, pois aqueles que nos levaram cativos nos pediam canções, e os nossos opressores, que fôssemos alegres, dizendo: Entoai-nos algum dos cânticos de Sião. Como, porém, haveríamos de entoar o canto do SENHOR em terra estranha?"
Salmo 137:1-4
A deportação de Judá O mapa mostra os locais ligados às deportações do povo de Judá pelos babilônios em 597, 586 e 582 a.C.
A deportação de Judá O mapa mostra os locais ligados às deportações do povo de Judá pelos babilônios em 597, 586 e 582 a.C.
Carta de Laquis n° 2, um óstraco ou carta escrita num fragmento de cerâmica, para Yaosh, governador militar da cidade de Laquis, em Judá, 588 a.C
Carta de Laquis n° 2, um óstraco ou carta escrita num fragmento de cerâmica, para Yaosh, governador militar da cidade de Laquis, em Judá, 588 a.C
Balaustrada de uma janela do palácio de Ramat Rachel, próximo de Jerusalém; possivelmente, uma obra de Jeoaquim, rei de Judá (609-598 a.C.).
Balaustrada de uma janela do palácio de Ramat Rachel, próximo de Jerusalém; possivelmente, uma obra de Jeoaquim, rei de Judá (609-598 a.C.).

DANIEL E NABUCODONOSOR

605-562 a.C.
DANIEL E SEUS AMIGOS
Daniel e seus três amigos, Hanaias, Misael e Azarias, haviam sido deportados para a Babilônia em 605 .C. Assim que chegaram, tiveram de tomar a decisão de não se contaminar com a comida e o vinho do rei, provavelmente pelo fato desses alimentos e bebidas serem oferecidos a ídolos.' Nabucodonosor ficou impressionado com esses quatro novos membros de sua corte. Ao interrogá-los, descobriu que eram dez vezes melhores do que todos os magos e encantadores de seu reino em todas as questões de cultura e sabedoria. No segundo ano de seu reinado (604 a.C.), Nabucodonosor teve um sonho.- Talvez com o intuito de obter uma interpretação divinamente inspirada, o rei perturbado declarou que seus conselheiros teriam de lhe dizer, em primeiro lugar, qual havia sido o sonho e, em seguida, a interpretação. Com a ajuda de Deus, Daniel relatou a Nabucodonosor o sonho no qual o rei viu uma grande estátua dividida em quatro partes e deu uma interpretação referente a cinco reinos, dos quais o primeiro era a Babilônia.
De acordo com Daniel 3:1, Nabucodonosor ordenou a construção de uma estátua revestida de ouro no campo de Dura, talvez Duru-sha-karrabi, nos arredores da cidade da Babilônia. E possível que essa estátua com 27 m de altura incluísse um pedestal ou coluna. Nabucodonosor ordenou que todos se curvassem e adorassem a estátua, mas os três amigos de Daniel, conhecidos por seus nomes babilônicos Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, recusaram obedecer e foram lançados numa fornalha usada para assar tijolos. O Senhor os preservou miraculosamente: um quarto homem, "semelhante a um filho dos deuses como exclamou Nabucodonosor, permaneceu com eles na fornalha.

OUTRO SONHO
Daniel serviu na corte de Nabucodonosor com grande dedicação. O rei teve outro sonho, no qual viu uma grande árvore ser cortada, restando apenas seu toco e raízes.' Daniel interpretou o sonho como uma referência ao rei e o instou a deixar seus caminhos perversos, de modo que, das suas raízes, uma nova vida pudesse crescer. Nabucodonosor recusou dar ouvidos ao seu conselheiro e, doze meses depois, enquanto andava pelo terraço do seu palácio, o rei se gabou: "Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com o meu grandioso poder e para a glória da minha majestade" (Dn 4:30).

A BABILÔNIA DE NABUCODONOSOR
Com seus 1.012 hectares de extensão a Babilônia de Nabucodonosor era, sem dúvida, grande; era maior do que as cidades antigas de Alexandria, Antioquia e Constantinopla, porém menor do que Roma. O muro externo que cercava num perímetro de 27 km era largo suficiente para permitir o trânsito de carros em parte superior. Uma ponte foi construída sobre o Eufrates e a cidade se expandiu para a margem ocidental do rio. A ponte possuía plataformas de madeira que podiam ser recolhidas caso um inimigo atacasse. Das cerca de cem portas, a maior era a do norte, dedicada à deusashtar construída originalmente com tijolos esmaltados simples, com relevos de leões dragões e touros. Posteriormente, Nabucodonosor revestiu a porta toda com tijolos esmaltados de azul com esses mesmos despenhos. Dessa porta, estendia-se uma passagem de 920 m de comprimento que o rel percorria todos os anos na comemoração do akitu. o Festival do Ano Novo. A cidade também possuía templos grandiosos: O enorme zigurate de ttemenanku Esagila (templo de Marduque, deus oficial da babllona. sobre o qual ticavam tres estatuas gigantescas de outo. pesando quase 150 toneladas; e pelo menos outros 53 templos muitos deles com pinaculos revestidos de ouro ou prata, tulgurantes como o sol. O palácio de Nabucodonosor era uma construcao ampla na parte norte da cidade. Seu maior cômodo, a sala do trono, media 52 m por 17 m. Um imenso painel de tijolos esmaltados desse local se encontra hoje no Museu do Estado em Berlim. Acredita-se que os "jardins suspensos", uma das sete maravilhas do mundo antigo, ficavam ao norte do palácio, onde havia espaço de sobra para vanos terracos com arcos, arvores, arbustos e plantas floridas de todo tipo para lembrar Amytis, esposa de Nabucodonosor, das montanhas da Média (atual Irã), sua terra natal.

O ORGULHO DE NABUCODONOSOR
Acredita-se que toram necessários 164 milhões de tijolos só para construir o muro de proteção do lado norte da Babilônia. Em vários dos tijolos de sua grande cidade, Nabucodonosor mandou inscrever as seguintes palavras: "Eu sou Nabucodonosor, rei da Babilônia, que provê para Esagila e Ezida (dois templos), filho mais velho de Nabopolassar, rei da Babilônia". Porém, de acordo com o livro de Daniel, Senhor se cansou da arrogância do rei. Nabucodonosor foi expulso do meio do povo e condenado a pastar como um boi. Seu cabelo cresceu como as penas da água e suas unhas.como as garras de uma ave. A sanidade do rei foi restaurada somente depois de ele reconhecer que o domínio do Senhor era eterno e seu reino de geração em geração. Um tato significativo é a existência de pouquíssimas inscrições dos anos finais do reina-do de Nabucodonosor, sobre os quais não remos praticamente nenhuma informação. A loucura, portanto, poderia ser datada desses últimos anos. Daniel 4:32 específica sua duração como "sete tempos", talvez sete anos mas um período menos especifico também e possível e talvez preferível
Planta urbana da Babilônia
Planta urbana da Babilônia
Uma reconstituição da parte norte da cidade da Babilônia depois de ter sido reconstruida por Nabucodonosor. Pode-se ver claramente a Via Processional que levava à porta de Ishtar, o grande zigurate (Etemenanki); o palácio do norte
Uma reconstituição da parte norte da cidade da Babilônia depois de ter sido reconstruida por Nabucodonosor. Pode-se ver claramente a Via Processional que levava à porta de Ishtar, o grande zigurate (Etemenanki); o palácio do norte
Uma reconstituição da parte norte da cidade da Babilônia depois de ter sido reconstruida por Nabucodonosor.
Uma reconstituição da parte norte da cidade da Babilônia depois de ter sido reconstruida por Nabucodonosor.

A QUEDA DA BABILÔNIA E O DECRETO DE CIRO

562-537 a.C.
DEPOIS DE NABUCODONOSOR
Nabucodonosor faleceu em 562 a.C.e foi sucedido por seu filho, Evil-Merodaque (Amel- Marduque), que libertou Joaquim, o rei cativo de Judá. Evil-Merodaque ocupou o trono por apenas dois anos (562-560 a.C.) antes de ser assassinado por seu antigo general e cunhado Neriglissar (560-556 a.C.). Depois de um reinado de quatro anos, Neriglissar morreu e foi sucedido por seu filho, Labashi-Marduque (556 a.C.). Este foi assassinado pouco tempo depois e Nabonido (556-539 a.C.), que talvez tenha se casado com uma filha de Nabucodonosor, tomou o trono.

NABONIDO NA ARÁBIA
Nabonido nomeou seu filho, Bel-shar-usur (o rei Belsazar de Dn 5:1), regente e partiu para Tema, um oásis na região oeste do deserto árabe. Capturou Tema, exterminou a maioria dos habitantes e estabeleceu sua autoridade nesse local onde permaneceu dez anos, de 553 a 543 a.C.O motivo alegado para sua estadia foi a restauração do templo de Sin, o deus-lua, em Tema. Mas o que o levou, de fato, a passar tanto tempo longe da Babilônia? Talvez estivesse protegendo a rota de incenso que saía do lêmen e passava pelo oeste da Arábia, para evitar que caísse nas mãos do rei egípcio Amásis 1l (570-526 a.C.). Talvez sua devoção a Sin, o deus-lua, o tivesse distanciado dos sacerdotes de Marduque na Babilônia e lhe pareceu melhor não voltar para lá. Ou, ainda, talvez o rei babilônio estivesse enfermo. De acordo com a "Oração de Nabonido", dos "Manuscritos do Mar Morto" em Qumran, Nabonido foi afligido por úlceras malignas durante sete anos na cidade de Tema.

A QUEDA DA BABILÔNIA
Os judeus que creram na palavra protética de Jeremias se deram conta de que os setenta anos de exílio (calculados desde a primeira deportação em 605 .C.) preditos por ele estavam chegando ao fim.
Enquanto Nabonido estava na Arábia, uma nova potência mundial começou a surgir. Os medos e persas, sob o governo de Ciro II, se deslocaram para o norte e flanquearam os babilônios. Em 547 a.C., Ciro derrotou Creso de Lídia, no oeste da Turquia, e tomou sua capital, Sardes. Reconhecendo a ameaça crescente da Pérsia, Nabonido voltou para a Babilônia e, no final do verão de 539 a.C., os persas atacaram. Ciro derrotou os exércitos babilônios em Opis, junto ao rio Tigre. No décimo quarto dia de tisri (10 de outubro), Sipar foi capturada sem reagir e Nabonido fugiu. Na Babilônia, Belsazar não se senti ameaçado, pois os muros inexpugnáveis da cidade podiam resistir-a vários anos de cerco. Num gesto desafiador, Belsazar pediu que lhe trouxessem as taças de ouro e prata do templo do Senhor em Jerusalém e, pouco depois, uma inscrição misteriosa apareceu na parede do palácio real: "MENE, MENE, TEQUEL e PARSIM'". Daniel, então com cerca de oitenta anos de idade e aposentado de suas funções na corte, foi chamado para interpretar a mensagem. As palavras eram relacionadas a três pesos: mina, siclos e meia mina e incluía trocadilhos como PARSIM (singular PERES), uma referência aos persas.
A interpretação de Daniel - "MENE: Contou Deus o teu reino e deu cabo dele. TEQUEL: Pesado foste na balança e achado em falta. PERES: Dividido foi o teu reino e dado aos medos e aos persas" (Dn 5:26-28) - se cumpriu de imediato. "Naquela mesma note, foi morto Belsazar, rei dos caldeus. E Dario, o medo, com cerca de sessenta e dois anos, se apoderou do reino" (D 5:30-31). De acordo com a Crônica de Nabonido, no décimo sexto dia de tisri (12 de outubro), Ugbaru, o governador rebelde de Gútio (Assíria), e os exércitos de Ciro entraram na Babilônia sem travar uma única batalha.

DARIO, O MEDO
O livro de Daniel atribui a captura da Babilônia a "Dario, o medo". Alguns estudiosos O equiparam a Ugbaru, mas a Crônica de Nabonido registra a morte de Ugbaru em 6 de novembro daquele ano. Há quem identifique Dario com outro oficial, chamado Gubaru, que poderia ou não ser Ugbaru. No entanto, não há evidências específicas de que Ugbaru ou Gubaru fosse medo, chamado rei, que seu nome fosse Dario, filho de Xerxes e tivesse 62 anos de idade. Sabe-se, porém, que Ciro, o rei da Pérsia, tinha cerca de 62 anos quando se tornou rei da Babilônia e usava o título "rei dos medos". Assim, Dario, o medo, pode ser apenas outro nome para Ciro da Pérsia, sendo possível, nesse caso, traduzir Daniel 6:28 como: "Daniel, pois, prosperou no reinado de Dario, isto é, no reinado de Ciro, o persa". Apesar de Ciro também não ser filho de Xerxes, mas sim de Cambises, sua mãe, Mandane, era meda.

OS PERSAS TOMAM A BABILÔNIA
De acordo com os historiadores gregos Heródoto e Xenofonte, os persas desviaram o curso do rio Eufrates para Aqarquf, uma depressão próxima da Babilônia, atravessaram o rio com água pela altura das coxas e chegaram à dançando e se divertindo numa festa e Xenofonte afirma que os persas atacaram durante uma festa, quando toda Babilônia costumava beber e se divertir a noite toda". Assim, o banquete de Belsazar foi seu último ato antes de cair nas mãos do exército persa. O fato de Belsazar ser regente de Nabonido explica a oferta feita a Daniel para ser o terceiro no reino.
Ao que parece, Nabonido foi capturado e levado de volta à Babilônia. No terceiro dia de marquesvã (29 de outubro), Ciro entrou na Babilônia.

CIRO PUBLICA SEU DECRETO
Muitos habitantes da Babilônia ficaram satisfeitos com o fim do reinado de Nabonido e podemos acreditar nas palavras de Ciro registradas no "Cilindro de Ciro": "Todos os habitantes da Babilônia, bem como toda a terra da Suméria e Acádia, príncipes e governadores, se curvaram diante dele e beijaram seus pés, exultantes por serem seus súditos. Com o rosto resplandecente e grande alegria, o receberam como senhor, pois, graças ao seu socorro, haviam saído da morte para a vida e sido poupados de danos e calamidades" Ciro tratou bem os babilônios. Na verdade, ele procurou tratar com respeito todos os seus súditos leais, inclusive os judeus. Ciente da profecia de Jeremias, segundo a qual a desolação de Jerusalém duraria setenta anos, Daniel pediu a Deus para intervir? As orações de Daniel foram respondidas prontamente. Em 538 a.C., Ciro fez uma grande proclamação, registrada no final de 2Crônicas, o último livro da Bíblia hebraica: "Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O SENHOR, Deus dos céus, me deu todos os reinos da terra e me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que está em Judá; quem entre vós é de todo o seu povo, que suba, e o SENHOR, seu Deus, seja com ele. 2Crônicas 36.23; Esdras 1:2-3a Cumpriu-se, desse modo, a predição feita pelo profeta Isaías aproximadamente 160 anos antes acerca de Ciro, o ungido do Senhor: "Que digo de Ciro: Ele é meu pastor e cumprirá tudo o que me apraz; que digo também de Jerusalém: Será edificada; e do templo: Será fundado." Isaías 44.28

DANIEL NA COVA DOS LEÕES
No terceiro ano de Ciro como rei da Babilônia (537 a.C.), quando o primeiro grupo de exilados regressou a Jerusalém, Daniel estava com pelo menos oitenta anos de idade e não voltou com eles. Talvez tenha se contentado em descansar nas palavras de Deus no final de sua profecia: "Tu, porém, segue o teu caminho até ao fim; pois descansarás e, ao fim dos dias, te levantarás para receber a tua herança" (Dn 12:13). Dario, o medo, se deixou levar por uma trama urdida por seus conselheiros e foi obrigado a condenar Daniel a ser lançado numa cova de leões. Porém, depois de passar a noite na cova, Daniel disse ao rei angustiado: "O meu Deus enviou seu anjo e fechou a boca aos leões". Do ponto de vista dos escritores bíblicos, da mesma forma como havia desencadeado os acontecimentos que permitiriam ao seu povo exilado deixar a Babilônia, Deus livrou seu servo justo, Daniel.
O relevo em pedra mostra o rei da Assíria caçando leões. Proveniente do palácio do rei Assurbanipal (669. 627 a.C). Nínive.
O relevo em pedra mostra o rei da Assíria caçando leões. Proveniente do palácio do rei Assurbanipal (669. 627 a.C). Nínive.
A estela encontrada na Babilônia mostra o rei babilônio Nabonido (556-539 a.C.) em pé, diante dos emblema das divindades Sin, Shamash e Ishtar.
A estela encontrada na Babilônia mostra o rei babilônio Nabonido (556-539 a.C.) em pé, diante dos emblema das divindades Sin, Shamash e Ishtar.
O Cilindro de Ciro, um relato babilônio da ascensão do rei persa Ciro ao trono da Babilônia em 539 a.C, descreve como Ciro foi bem recebido pelos babilônios.
O Cilindro de Ciro, um relato babilônio da ascensão do rei persa Ciro ao trono da Babilônia em 539 a.C, descreve como Ciro foi bem recebido pelos babilônios.
O Império Babilônio depois de Nabucodonosor Depois da morte de Nabucodonosor em 562 a.C., o Império Babilônio entrou em declínio e, por fim, foi capturado pelos persas sob o comando de Ciro em 539 a.C.
O Império Babilônio depois de Nabucodonosor Depois da morte de Nabucodonosor em 562 a.C., o Império Babilônio entrou em declínio e, por fim, foi capturado pelos persas sob o comando de Ciro em 539 a.C.

ESTRADAS E TRANSPORTE NO MUNDO BÍBLICO

UMA QUESTÃO DE RECONSTRUÇÃO
Uma questão legítima que poderá ser levantada é sobre a possibilidade de se chegar a uma ideia relativamente confiável dos sistemas de transportes existentes desde os tempos bíblicos mais antigos. Antes do período romano, praticamente se desconhece a existência de até mesmo um pequeno trecho de um caminho ou estrada pavimentado ligando cidades antigas. E não há atestação de que, antes desse período, tenham existido quaisquer mapas de estradas no Crescente Fértil. No entanto, apesar das questões extremamente variadas e complexas que precisam ser levadas em conta quando se aborda esse assunto de forma abrangente, estudiosos que têm procurado delinear estradas antigas tendem a seguir uma combinação de quatro tipos de indícios: (1) determinismo geográfico; (2) documentação escrita; (3) testemunho arqueológico; (4) marcos miliários romanos. Determinismo geográfico se refere aos fatores fisiográficos e/ou hidrológicos em grande parte imutáveis existentes no antigo mundo bíblico e que determinavam as rotas seguidas por caravanas, migrantes ou exércitos. Esses caminhos permaneceram relativamente inalterados durante longos períodos (exceto onde a geopolítica os impedia ou em casos isolados de circulação ilegal). Parece que, em geral, as regiões de baixada ou planície ofereciam menores obstáculos ao movimento humano e maior oportunidade para o desenvolvimento de redes de transporte ou movimentação de tropas. Em contraste, cânions profundos, cavados por rios que às vezes se transformavam em corredeiras, eram um obstáculo a ser evitado em viagens. Caso fossem inevitáveis, deviam ser atravessados a vau em lugares que oferecessem dificuldade mínima. As barreiras representadas por pântanos infestados de doenças, a esterilidade e o calor escaldante de zonas desérticas e as áreas estéreis de lava endurecida eram obstáculos descomunais, a serem evitados a qualquer custo.
Encostas de montanhas com florestas densas, muitas vezes com desfiladeiros sinuosos, eram regularmente cruzados em canais, por mais estreitos ou perigosos que eles fossem. Por sua vez, os trechos em que as serras podiam ser percorridas por grandes distâncias sem a interrupção de desfiladeiros ou vales tendiam a ser usados em viagens durante todos os períodos. A necessidade de se deslocar de uma fonte de água doce abundante a outra foi, durante todas as eras, um pré-requísito para viagens. De maneira que, muito embora não disponhamos de um mapa antigo do mundo bíblico, ainda assim é possível inferir logicamente e com alto grau de probabilidade a localização das principais estradas, em especial quando o princípio do determinismo geográfico pode ser suplementado por outros tipos de indício.
A documentação escrita ajuda com frequência a delinear uma estrada com maior precisão. Esse tipo de indício pode estar na Bíblia, em fontes extrabíblicas antigas, escritores clássicos, antigos itinerários de viagem, geógrafos medievais ou viajantes pioneiros mais recentes. Algumas fontes escritas buscam fazer um levantamento de uma área de terra ou traçar um itinerário e, para isso, empregam tanto medidas de distância quanto direções; citam a distância entre dois ou mais pontos conhecidos de uma forma que pode ser reconstruída apenas mediante a pressuposição de uma rota específica entre esses pontos. Às vezes, essas fontes podem descrever uma rota em termos do tipo de terreno no meio do caminho (ao longo de uma determinada margem de um rio; perto de um cânion, vau, poco de betume ou oásis; ao lado de um determinado canal, ilha ou montanha etc.) ou um ponto de interesse situado ao longo do caminho e digno de menção. Cidades ao longo de uma rota podem ser descritas como parte de um distrito em particular ou como contíguas a uma determinada província, partilhando pastagens comuns, enviando mensagens por meio de sinais de fogo ou ficando simultaneamente sob o controle de certo rei. Distâncias aproximadas entre cidades, junto com uma rota presumida, podem ser inferidas a partir de textos que falam de um rei ou de um mensageiro que toma sua ração diária no ponto A no primeiro dia, no ponto B no dia seguinte, no ponto C no terceiro dia e assim por diante. Um exército ou caravana pode receber certo número de rações diárias a fim de percorrer um determinado trajeto, ou o texto pode dizer que uma viagem específica levou determinado número de dias para terminar.

No conjunto, fontes textuais não foram escritas com o propósito de ajudar alguém a delinear com absoluta certeza o trajeto de estradas. São fontes que tratam de assuntos extremamente diversos. Os detalhes geográficos oferecidos são muitos, variados e às vezes incorretos. Elas não oferecem o mesmo grau de detalhamento para todas as regiões dentro do mundo bíblico. Mesmo assim, seu valor cumulativo é fundamental, pois, com frequência, dão detalhes precisos que permitem deduzir com bastante plausibilidade o curso de uma estrada ou oferecem nuanças que podem ser usadas com proveito quando combinadas com outros tipos de indícios. Além do determinismo geográfico e da documentação escrita, o testemunho arqueológico pode ajudar a determinar o curso de antigas estradas. Identificar uma cidade antiga mediante a descoberta de seu nome em dados arqueológicos escavados no lugar ajuda a esclarecer textos que mencionam o local e proporciona um ponto geográfico fixo. Porque Laís/Da (T. el-Qadi) foi identificada positivamente a partir de uma inscrição encontrada em escavações no local, uma especificidade maior foi automaticamente dada a viagens como as empreendidas por Abraão (Gn
14) ou Ben-Hadade (1Rs 15:2Cr 16). Mesmo nas vezes em que o nome de uma cidade antiga permanece desconhecido, é útil quando vestígios arqueológicos revelam o tipo de ocupação que pode ter havido no lugar. Por exemplo, um palácio desenterrado permite a inferência de que ali existiu a capital de um reino ou província, ao passo que um local pequeno, mas muito fortificado, pode indicar um posto militar ou uma cidade-fortaleza. Quando se consegue discernir uma sequência de lugares semelhantes, tal como a série de fortalezas egípcias da época do Reino Novo descobertas no sudoeste de Gaza, é possível traçar o provável curso de uma estrada na região. Numa escala maior, a arqueologia pode revelar padrões de ocupação durante períodos específicos. Por exemplo, na 1dade do Bronze Médio, muitos sítios em Canaã parecem ter ficado junto a vias de transporte consolidadas, ao passo que, aparentemente, isso não aconteceu com povoados da Idade do Bronze Inicial. Da mesma forma, um ajuntamento de povoados da Idade do Bronze Médio alinhou-se ao longo das margens do Alto Habur, na Síria, ao passo que não se tem conhecimento de um agrupamento assim nem imediatamente antes nem depois dessa era.
Esse tipo de informação é útil caso seja possível ligar esses padrões de ocupação às causas para ter havido movimentos humanos na área. De forma que, se for possível atribuir a migrações a existência desses sítios da Idade do Bronze Médio, e os locais de migração são conhecidos, os dados arqueológicos permitem pressupor certas rotas que tinham condições de oferecer pastagens para animais domesticados e alimentos para os migrantes, ao mesmo tempo que praticamente eliminam outras rotas. É claro que havia muitos fatores climatológicos e sociológicos que levavam a migrações na Antiguidade, mas o fato é que, enquanto viajavam, pessoas e animais tinham de se alimentar com aquilo que a terra disponibilizava.
Às vezes a arqueologia permite ligar o movimento de pessoas ao comércio. A arqueologia pode recuperar obietos estranhos ao local onde foram encontrados (escaravelhos egípcios, sinetes cilíndricos mesopotâmicos etc.) ou descobrir produtos primários não nativos do Crescente Fértil (estanho, âmbar, cravo, seda, canela etc.). Para deduzir o percurso de estradas, seria então necessário levar em conta o lugar de onde procedem esses objetos ou produtos primários, a época em que foram comercializados e a localização de mercados e pontos intermediários de armazenagem. Onde houve tal comércio, durante um longo período (por exemplo, a rota báltica do âmbar vindo da Europa, a rota da seda proveniente do sudeste asiático ou a rota de especiarias do oeste da Arábia Saudita), é possível determinar rotas de produtos primários razoavelmente estabelecidas. Com frequência essa informação arqueológica pode ser ligeiramente alterada por documentos escritos, como no caso de textos que tratam do itinerário de estanho e indicam claramente os locais de parada nesse itinerário através do Crescente Fértil, durante a Idade do Bronze Médio.
Outra possibilidade é, por meio da arqueologia, ligar a uma invasão militar movimentos humanos para novos lugares. Isso pode ocorrer talvez com a descoberta de uma grande estela comemorativa de vitória ou de uma camada de destruição que pode ser sincronizada com uma antemuralha de tijolos cozidos, construída encostada no lado externo do muro de uma cidade. As exigências da estratégia militar, a manutenção das tropas e a obtenção de suprimentos eram de tal monta que algumas regiões seriam quase invulneráveis a qualquer exército. Em tempos recentes, estudiosos que buscam delinear vias e estradas antigas passaram a se beneficiar da possibilidade de complementar seus achados arqueológicos com fotografias aéreas e imagens de satélite, podendo assim detectar vestígios ou até mesmo pequenos trechos de estradas que não foram totalmente apagados. Um quarto tipo de indício usado na identificacão de estradas antigas são os marcos miliários romanos, embora erigir marcos ao longo das estradas antedate ao período romano (Jr 31:21).153 Até hoie iá foram encontrados entre 450 e 500 marcos miliários romanos no Israel moderno. e quase 1.000 foram descobertos pela Ásia Menor 154 No Israel moderno, existem marcos miliários construídos já em 69 d.C.; no Líbano moderno, conhecem-se exemplares de uma data tão remota como 56 d.C. Por sua vez, marcos miliários da Ásia Menor tendem a ser datados de um período romano posterior, e não parece que a maioria das estradas dali tenha sido pavimentada antes da "dinastia flaviana", que comecou com Vespasiano em 69 d.C. - uma dura realidade que é bom levar em conta quando se consideram as dificuldades de viagem pela Ásia Menor durante a época do apóstolo Paulo.
Em geral, esses marcos miliários assinalam exatamente a localizacão de estradas romanas, que frequentemente seguiam o curso de estradas muito mais antigas. A localização e as inscricões dos marcos miliários podem fornecer provas de que certas cidades eram interligadas na mesma sequência registrada em textos mais antigos. Por exemplo, cerca de 25 marcos miliários localizados junto a 20 diferentes paradas foram descobertos ao longo de um trecho de uma estrada litorânea romana entre Antioquia da Síria e a Ptolemaida do Novo Testamento. Tendo em conta que algumas das mesmos cidades localizadas ao longo daquela estrada foram do acordo com textos assírios, visitadas pelo rei Salmaneser II 20 voltar de sua campanha militar em Istael (841 a.C.)
, os marcos miliários indicam a provável estrada usada pelo monarca assírio. Nesse caso, essa inferência s explicitamente confirmada pela descoberta do monumento a vitória de Salmaneser, esculpido num penhasco junto a co do rio Dos, logo ao sul da cidade libanesa de Biblos. De modo semelhante, esses mesmos marcos miliários permitem determinar as fases iniciais da famosa terceira campanha militar de Senaqueribe (701 a.C.), em que o monarca assírio se gaba de que "trancou Ezequias em ¡erusalém como a um pássaro numa gaiola". Igualmente, esses marcos de pedra permitem delinear o trajeto que Ramsés II, Ticlate-Pileser III, Esar-Hadom, Alexandre, o Grande, Cambises II, Céstio Galo, Vespasiano e o Peregrino de Bordéus percorreram em Canaã.

DIFICULDADES DE VIAGEM NA ANTIGUIDADE
Os norte-americanos, acostumados a um sistema de estradas interestaduais, ou os europeus, que percorrem velozmente suas autoestradas, talvez achem difícil entender a noção de viagem na Bíblia. Hoje, as viagens implicam uma "Jura realidade", com bancos estofados em couro, suspensão de braço duplo, revestimento de nogueira no interior do automóvel e sistemas de som e de controle de temperatura.
Uma vasta gama de facilidades e serviços está prontamente acessível a distâncias razoáveis. A maioria das estradas de longa distância tem asfalto de boa qualidade, boa iluminação, sinalização clara e patrulhamento constante. Centenas de cavalos de forca nos transportam com conforto e velocidade. Quando paramos de noite, podemos, com bastante facilidade, conseguir um quarto privativo com cama, TV a cabo, servico de internet. banheiro privativo com água quente e fria e outras facilidades. Em poucos instantes, podemos encontrar um grande número de restaurantes e lanchonetes, com variados alimentos que iá estarão preparados para nós. Podemos levar conosco música e leitura prediletas, fotografias de parentes, cartões de crédito e mudas de roupa limpa. Podemos nos comunicar quase que instantaneamente com os amigos que ficaram - temos ao nosso dispor fax, SMS, e-mail e telefone. E não prestamos muita atenção ao perigo de doenças transmissíveis ou à falta de acesso a medicamentos.
Como as viagens eram profundamente diferentes na época da Bíblia! Na Antiguidade, às vezes até as principais estradas internacionais não passavam de meros caminhos sinuosos que, depois das chuvas de inverno. ficavam obstruídos pelo barro ou não passavam de um lodacal e. durante os muitos meses de calor abafado e escaldante, ficavam repletos de buracos.
Em certos pontos daquelas estradas, os viajantes precisavam atravessar terreno difícil, quase intransponível. Quem viajava podia ter de enfrentar os riscos de falta de água, clima pouco seguro, animais selvagens ou bandoleiros.
Tais dificuldades e perigos ajudam a explicar por que, na Antiguidade, a maior parte das viagens internacionais acontecia em caravanas Viaiar em grupo oferecia alguma protecão contra intempéries e agentes estrangeiros. Um considerável volume de dados provenientes da Mesopotâmia e da Ásia Menor indica que, em geral, as caravanas eram grandes e quase sempre escoltadas por guardas de segurança armados para essa tarefa. Exigia-se que os caravanistas permanecessem estritamente na rota predeterminada. Não era incomum caravanas incluírem até 100 ou 200 jumentos, alguns carregando produtos preciosíssimos (cp. Gn 37:25; Jz 5:6-7; 1Rs 10:2; J6 6:18-20; Is 21:13-30.6; Lc 2:41-45). 156 Caravanas particulares são atestadas raras vezes na Antiguidade.
Viajantes ricos tinham condições de comprar escravos para servirem de guardas armados (Gn 14:14-15), mas pessoas mais pobres andavam em grupos ou então se incorporavam a um grupo governamental ou comercial, que se dirigia a um destino específico. Os dados também mostram que muitas viagens aconteciam sob a proteção da escuridão: viajar à noite livrava do calor sufocante do sol do meio-dia e diminuía a probabilidade de ser detectado por salteadores e bandoleiros.
Aliás, pode ser que a viagem à noite tenha contribuído diretamente para a ampla difusão do culto à Lua, a forma mais comum de religião em todo o Crescente Fértil.
Outro fator a se considerar sobre viagens por terra durante o período bíblico é a distância limitada que era possível percorrer num dia. Na realidade, as distâncias podiam variar devido a uma série de fatores: diferentes tipos de terreno, número e tipo de pessoas num determinado grupo de viajantes, tipo de equipamento transportado e alternância das estações do ano. Em função disso, o mundo antigo tinha conhecimento de distâncias excepcionais cobertas num único dia. Heródoto fez uma afirmação famosa sobre mensageiros viajando a grande velocidade pela Estrada Real da Pérsia Tibério percorreu a cavalo cerca de 800 quilômetros em 72 horas, para estar junto ao leito de seu irmão Druso, que estava prestes a morrer. 58 E alguns textos antigos contam que, durante o período romano, correios do império chegavam a percorrer, em média, quase 160 quilômetros por dia. Mas essas foram excecões raras no mundo bíblico e devem ser assim reconhecidas.
Os dados são, em geral, uniformes, corroborando que, no mundo bíblico, a iornada de um dia correspondia a uma distância de 27 a 37 quilômetros, com médias ligeiramente mais altas quando se viajava de barco rio abaixo. 16 Médias diárias semelhantes continuaram sendo, mais tarde, a norma em itinerários dos períodos clássico, árabe e medieval, do Egito até a Turquia e mesmo até o Irá. Mesmo cem anos atrás, relatos de alguns itinerários e viagens documentam médias diárias semelhantemente baixas. Vários episódios da Bíblia descrevem o mesmo deslocamento limitado em viagens:


Por outro lado, caso tivessem seguido o trajeto mais longo, acompanhando o rio Eufrates até Imar e, dali, prosseguido pela Grande Estrada Principal adiante de Damasco (a rota normal), teriam conseguido uma média diária mais típica. Distâncias diárias semelhantes também são válidas para o Novo Testamento. 163 Em certa ocasião, Pedro viajou 65 quilômetros de Jope a Cesareia e chegou no segundo dia ao destino (At 10:23-24). A urgência da missão do apóstolo permite inferir que ele pegou um caminho direto e não fez nenhuma parada intermediária (mais tarde, Cornélio disse que seus enviados levaram quatro dias para fazer a viagem de ida e volta entre Jope e Cesareia [At 10:30.) Em outra oportunidade, uma escolta militar levou dois dias de viagem para transportar Paulo às pressas para Cesareia (At 23:23-32), passando por Antipátride, uma distância de cerca de 105 quilômetros, considerando-se as estradas que os soldados mais provavelmente tomaram. Segundo Josefo, era possível viajar em três dias da Galileia a Jerusalém, passando pela Samaria (uma distância de cerca de 110 quilômetros).

A LOCALIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS ESTRADAS
A GRANDE ESTRADA PRINCIPAL
Aqui chamamos de Grande Estrada Principal aquela que, no mundo bíblico, era, sem qualquer dúvida, a estrada mais importante. 165 Essa estrada ia do Egito à Babilônia e a regiões além, e, em todas as épocas, interligava de forma vital todas as partes do Crescente Fértil. A estrada começava em Mênfis (Nofe), perto do início do delta do Nilo, e passava pelas cidades egípcias de Ramessés e Sile, antes de chegar a Gaza, um posto fortificado na fronteira de Canaã. Gaza era uma capital provincial egípcia de extrema importância e, com frequência, servia de ponto de partida para campanhas militares egípcias em todo o Levante. Esse trecho sudoeste da estrada, conhecido pelos egípcios como "caminho(s) de Hórus", era de importância fundamental para a segurança do Egito. De Gaza, a estrada se estendia até Afeque/ Antipátride, situada junto às nascentes do rio Jarcom; essa efusão era um sério obstáculo ao deslocamento e forçava a maior parte do tráfego a se desviar continente adentro, isto é, para o leste. Prosseguindo rumo ao norte, a estrada se desviava das ameaçadoras dunas de areia e do pântano sazonal da planície de Sarom até que se deparava inevitavelmente com a barreira que era a serra do monte Carmelo. Gargantas que atravessavam a serra permitiam passar da planície de Sarom para o vale de Jezreel. A mais curta delas, hoje conhecida como estreito de Aruna (n. 'Iron), era a mais utilizada. O lado norte dessa garganta estreita dava para o vale de lezreel e era controlado pela cidade militar de Megido.
Em Megido, a estrada se dividia em pelo menos três ramais. Um levava para Aco, no litoral, e então seguia para o norte, acompanhando o mar até chegar a Antioquia da Síria. Um segundo ramal começava em Megido e se estendia na diagonal, cruzando o vale de Jezreel numa linha criada por uma trilha elevada de origem vulcânica. Passava entre os montes Moré e Tabor e chegava às proximidades dos Cornos de Hattin, onde virava para o leste, percorria o estreito de Arbela, com seus penhascos íngremes, e finalmente irrompia na planície ao longo da margem noroeste do mar da Galileia. Uma terceira opção saía de Megido, virava para o leste, seguia o contorno dos flancos do norte das serras do monte Carmelo e monte Gilboa, antes de chegar a Bete-Sea, uma cidade-guarnição extremamente fortificada. É provável que, durante a estação seca, esse trecho margeasse o vale, mas, nos meses de inverno, seguisse por um caminho mais elevado, para evitar as condições pantanosas. Em Bete-Sea, a Grande Estrada Principal dava uma guinada para o norte e seguia ao longo do vale do Jordão até chegar à extremidade sul do mar da Galileia, onde ladeava o mar pelo lado oeste, até chegar a Genesaré, perto de Cafarnaum. Durante a época do Novo Testamento, muitos viajantes devem ter cruzado o lordão logo ao norte de Bete-Seã e atravessado o vale do Yarmuk e o planalto de Gola, até chegar a Damasco.
De Genesaré, a Grande Estrada Principal subia a margem ocidental do Alto Jordão e chegava perto da preeminente cidade-fortaleza de Hazor, que protegia as áreas mais setentrionais de Canaã. Perto de Hazor, a estrada virava para o nordeste, na direção de Damasco, ficando próxima às saliências da serra do Antilíbano e tentando evitar as superfícies basálticas da alta Golã e do Haurã.
De Damasco, seguia um caminho para o norte que contornava as encostas orientais do Antilibano até chegar à cidade de Hamate, às margens do rio Orontes. Aí começava a seguir um curso mais reto para o norte, passando por Ebla e chegando a Alepo, onde fazia uma curva acentuada para o leste, na direção do Eufrates. Chegando ao rio, em Emar, a estrada então, basicamente, acompanhava o curso da planície inundável do Eufrates até um ponto logo ao norte da cidade de Babilônia, onde o rio podia ser atravessado a vau com mais facilidade.
Avançando daí para o sul, a estrada atravessava a região da Babilônia, passando por Uruque e Ur e, finalmente, chegando à foz do golfo Pérsico.

A ESTRADA REAL
Outra rodovia importante que atravessava as terras bíblicas era conhecida, no Antigo Testamento, como Estrada Real (Nm 20:17-21.
22) e, fora da Bíblia, como estrada de Trajano (via Nova Traiana). Foi o imperador Trajano que transformou essa rota numa estrada de verdade, no segundo século d.C. A estrada começava no golfo de Ácaba, perto de Eziom-Geber, e, em essência, seguia pelo alto do divisor de águas de Edom e Moabe, passado pelas cidades de Petra, Bora, Quir-Haresete, Dibom e Hesbom, antes de chegar a Amã
Saindo de Ama, atravessava os planaltos de Gileade e Basã para chegar até Damasco, onde se juntava à Grande Estrada Principal.

A ANTIGA ESTRADA ASSÍRIA DE CARAVANAS
Usada para o transporte comercial e militar de interesse assírio até a Ásia Menor, a Antiga Estrada Assíria de Caravanas é conhecida desde o início do segundo milênio a.C. A partir de quaisquer das cidades que serviram sucessivamente de capitais da Assíria, o mais provável é que a estrada avançasse para o oeste até chegar às vizinhanças do jebel Sinjar, de onde seguia bem na direção oeste e chegava à base do triângulo do rio Habur. A estrada então acompanhava o curso de um dos braços do Habur até além de T. Halaf, chegando a um lugar próximo da moderna Samsat, onde era possível atravessar mais facilmente o Eufrates a vau. Dali, a estrada seguia por um importante desfiladeiro nos montes Taurus (exatamente a oeste de Malatya), atravessava a planície Elbistan e, por fim, chegava à estratégica cidade hitita de Kanish. Uma extensão da estrada então prosseguia, atravessando o planalto Central da Anatólia e passando por aqueles lugares que, mais tarde, tornaram-se: Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia. Em sua descida para o litoral egeu, a estrada cruzava lugares que, posteriormente, vieram a ser: Laodiceia, Filadélfia, Sardes e Pérgamo. De Pérgamo, a estrada corria basicamente paralela ao litoral egeu e chegava à cidade de Troia, localizada na entrada da Europa.

VIAGEM POR MAR
As viagens marítimas no Mediterrâneo parecem não ter sofrido muita variação durante o período do Antigo Testamento. Com base em textos de Ugarit e T. el-Amarna, temos conhecimento de que, na 1dade do Bronze Final, existiram navios com capacidade superior a 200 toneladas. E, no início da Idade do Ferro, embarcações fenícias atravessavam o Mediterrâneo de ponta a ponta. Inicialmente, boa parte da atividade náutica deve ter ocorrido perto de terra firme ou entre uma ilha e outra, e, aparentemente, os marinheiros lançavam âncora à noite. A distância diária entre pontos de ancoragem era de cerca de 65 quilômetros (e.g., At 16:11-20,6,14,15). Frequentemente os primeiros navegadores preferiam ancorar em promontórios ou ilhotas próximas do litoral (Tiro, Sidom, Biblos, Arvade, Atlit, Beirute, Ugarit, Cartago etc.); ilhas podiam ser usadas como quebra-mares naturais e a enseada como ancoradouro. O advento do Império Romano trouxe consigo uma imensa expansão nos tipos, tamanhos e quantidade de naus, e desenvolveram-se rotas por todo o mundo mediterrâneo e além. Antes do final do primeiro século da era cristã, a combinação de uma força legionária empregada em lugares remotos, uma frota imperial naval permanente e a necessidade de transportar enormes quantidades de bens a lugares que, às vezes, ficavam em pontos bem distantes dentro do império significava que um grande número de naus, tanto mercantes quanto militares, estava singrando águas distantes. Desse modo, as rotas de longa distância criavam a necessidade de construir um sistema imperial de faróis e de ancoradouros maiores, com enormes instalações de armazenagem.

Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
As estradas da Palestina
As estradas da Palestina

JARDIM DO ÉDEN

Deus criou, para o primeiro casal, um lugar para morar, um lugar em que havia árvores, rios e animais, um lugar que veio a ser conhecido como "Éden" (Gn 2:4b-15). A dramaticidade desse relato arrebatador tem fascinado leitores de todas as idades, tem levado filósofos e teólogos a reflexões sérias e profundas e tem sido a inspiração para a pena de muitos poetas e para o pincel de muitos pintores. Mas, quando tentamos reconstruir o contexto geográfico desse texto bíblico e localizar o Éden, descobrimos que, em vários níveis, muito permanece envolto na obscuridade.

O verbo do qual deriva a palavra "Éden" sempre aparece com sentido ambíguo no Antigo Testamento. Outros substantivos homônimos de Éden chegam a ocorrer no Antigo Testamento, estando relacionados com: (1) o nome de alguém (2Cr 29:12-31.15); (2) coisas deleitosas/preciosas (2Sm 1:24; SI 36.8; Jr 51:34); (3) uma região ou território na Mesopotâmia (2Rs 19:12; Is 37:12; Ez 27:23; Am 1:5). Apesar disso, continua sendo difícil confirmar a exata nuança de determinado substantivo, a menos que seja possível encontrar um cognato fora da Bíblia, em textos do antigo Oriente Próximo, em contextos bem nítidos e esclarecedores.

No caso de "Éden", um cognato (edinu) aparece em acádico/ sumério, designando uma planície ou estepe presumivelmente situada em algum lugar da Mesopotâmia. Em ugarítico e, mais recentemente, em aramaico, uma palavra semelhante ('dn) parece denotar um lugar fértil e bem irrigado. Felizmente a citação em acádico aparece em um texto léxico ao lado de seu equivalente sumério e a atestação em aramaico se encontra num texto bilíngue aramaico e acádico, em que a palavra correspondente no lado em acádico também denota um sentido de abundância ou profusão. Com isso, a interpretação mais comum desses dados é que eles sugerem que o Éden deveria estar situado numa área relativamente fértil da estepe da Mesopotâmia ou perto dela.

A interpretação costumeira é que o relato bíblico está escrito da perspectiva de Canaã. Desse modo, a localização do Éden para o lado do oriente (Gn 2:8) também aponta na direção da Mesopotâmia. Além disso, o Éden é descrito como um "jardim" (Gn 2:15), onde era possível encontrar um rio (2,10) e ribeiros/fontes para regar o solo (2.6). Tendo em mente o escasso suprimento de água em Canaã, é talvez previsível que o escritor bíblico tivesse tomado um termo acádico emprestado para descrever uma situação inexistente em seu próprio ambiente: a abundância de água. A observação inicial, que situa o Éden numa área fértil em algum lugar da planície mesopotâmica, é reforçada por outros dois fatores: (1) sabe-se que dois dos rios mencionados na narrativa - o Tigre e o Eufrates - atravessavam a Mesopotâmia; (2) o nome bíblico associado a cada um desses dois rios corresponde exatamente ao nome encontrado em textos mesopotâmicos.

Tentativas fantasiosas de situar o Éden na Etiópia, Austrália, Índia, Paquistão, Egito, Alemanha, Suécia, Mongólia, Américas, África, ilhas Seicheles, Extremo Oriente, oceano Índico, linha do equador, Polo Norte ou qualquer outro lugar não merecem atenção. Nem são mais plausíveis aqueles esforços de interpretação segundo a qual a narrativa apresenta quatro rios que, na Antiguidade, acreditava-se que circundavam o globo. Tal hipótese pressupõe que a passagem tem natureza lendária e/ou que o escritor bíblico não conhecia seu mundo. Nossa observação inicial também não concorda com uma interpretação alegórica existente na igreja antiga (e.g., Orígenes) de que o Éden era um paraíso da alma. Essa interpretação associa os quatro rios às virtudes da prudência, coragem, justiça e domínio próprio, criando um paraíso de perfeição divina - mas um paraíso que está além das esferas geográfica e histórica.

Contudo, mesmo depois de aceitar um contexto mesopotâmico para o jardim, a identificação dos dois primeiros rios - Pisom e Giom - continua sendo problemática. Com exceção de umas poucas referências incidentais em escritos judaicos posteriores, esses dois rios não são atestados em nenhum outro texto antigo. Seus nomes não têm nenhuma semelhança com quaisquer nomes pelos quais os rios daquela região são conhecidos hoje em dia, e as próprias palavras sugerem que poderiam ser descrição do movimento do rio e não o seu nome (pisom significa "descer em cascata/jorrar'", e giom significa "borbulhar/permear").

Apesar disso, já desde o primeiro século d.C. tem sido costumeiro identificar o Pisom com o rio Ganges e o Giom com o Nilo, embora correspondências alternativas para o Pisom incluam os rios 1ndo e Danúbio e uma alternativa para o Giom seria a fonte de Giom, em Jerusalém. Jerônimo deve receber o crédito de ter introduzido na tradição cristã a identificação dos quatro rios como o Tigre, o Eufrates, o Ganges e o Nilo. Também são inúteis as tentativas de identificar o Pisom e o Giom com base em suas supostas relações com os descendentes de Havilá e Cuxe (Gn 2:11-13). No caso de Havila, o Antigo Testamento menciona pelo menos dois clãs com esse nome (Gn 10:7-29), não sendo possível demonstrar que qualquer um deles estivesse localizado na Mesopotâmia. De modo análogo, na Bíblia, Cuxe normalmente designa uma área do Sudão, embora em pelo menos um texto (Gn 10:8) o termo possa estar se referindo aos cassitas, uma dinastia de um povo que ocupou uma área da Babilônia durante boa parte do segundo milênio a.C.

A menção a ouro e bdélio em Havilá (Gn 2:12) também não ajuda numa busca geográfica. Na Antiguidade, o ouro era encontrado em lugares longínquos como Índia e Egito, mas também era bem comum em boa parte da Mesopotâmia e não estava limitado a qualquer região específica. Quanto ao bdélio, até mesmo a tradução da palavra continua sendo duvidosa: pode se referir a uma pedra preciosa, como rubi ou cristal de rocha, ou a uma substância medicinal aromática, como algum tipo de goma resinosa.

O mapa mostra uma área setentrional (urartiana) e uma meridional (suméria), nas quais é possível que o jardim estivesse localizado. Pode-se apresentar um argumento bem convincente em favor de cada um desses pontos de vista. O ponto de vista urartiano busca apoio em Gênesis 2:10, que afirma que um rio saía para regar o jardim e então se dividia em quatro braços. Os proponentes desse ponto de vista sustentam que esse texto exige situar o Éden num lugar de onde rios irradiam. Uma parte das nascentes do Tigre, de um lado, e uma das principais fontes do alto Eufrates (Murad Su), de outro, surgem no planalto urartiano, a oeste do lago Van, próximo da moderna cidade de Batman, na Turquia, estando separadas uma da outra por pouco mais de 800 metros.

Aproximadamente na mesma região ficam as nascentes dos rios Araxes e Choruk. Com frequência, defensores de uma hipótese setentrional identificam esses rios com o Pisom e o Giom.

Proponentes do ponto de vista sumério buscam apoio em Gênesis 2:12b (NVI), que associa o rio Pisom ao lugar da "pedra de ônix. Na Bíblia, a palavra "Onix" é regularmente explicitada mediante a anteposição da palavra "pedra" (Ex 25:7-28.9; 35.9,27; 39.6; 1Cr 29:2, NVI), o que, no caso dos demais minerais, é raro no Antigo Testamento. No mundo mesopotâmico, o único mineral que vinha acompanhado da palavra "pedra" é conhecido hoie em dia como lápis-lazúli, uma pedra azul-escura de valor elevado que, em toda a Mesopotâmia e em outras regiões, era geralmente usada em ornamentos régios ou oficiais (observe-se a inclusão do ônix como parte da ornamentação das vestes do sumo sacerdote [Êx 28.20; 39.13]).

Caso a palavra traduzida por "ônix" de fato se referisse ao lápis-lazúli, o ponto de vista sumério ganharia grande reforço, visto que, na Antiguidade, só existia uma fonte conhecida desse mineral - o Afeganistão. O lápis-lazúli era levado para a Mesopotâmia por vias de transporte que começavam no sul, mas aparentemente não pelas que partiam do norte. Textos acádicos mencionam o "rio de lápis-lazúli, que é identificado com o rio Kerkha ou o rio Karun, ou um trecho do baixo Tigre, logo acima de sua confluência com o Eufrates. No entanto, a expressão nunca é empregada para um rio do centro ou do norte da Mesopotâmia. Por esse motivo, alguns estudiosos propõem uma localizacão suméria para o rio Pisom e, nesse cenário, o candidato mais provável ao Giom é ou o rio Karun, ou o rio Kerkha, ou o uádi al-Batin (que, conforme se sabe, foi um rio verdadeiro que atravessava o deserto da Arábia e desaguava no curso de água Shatt el-Arab, logo ao norte do golfo Pérsico). No século 16. João Calvino introduziu, na teologia cristã, uma modificação do ponto de vista sumério, embora em grande parte sua exegese tenha sido emprestada de Agostinho Steuco, estudioso do Antigo Testamento que, à época, também era o bibliotecário do papa.7 Steuco afirmava que "quatro fontes/bracos" (Gn 2:10b) era uma referência tanto ao lugar onde os rios surgiam quanto ao lugar onde desembocavam no mar. Com essa ideia, Calvino sustentou que eles eram, de fato, quatro bracos distintos de um único rio dentro de Éden, com os dois cursos d'água de cima descendo de suas fontes até dentro do jardim e os dois de baixo fluindo do jardim e descendo até o golfo Pérsico. Calvino descreveu o que equivale a um alto Eufrates e um baixo Eufrates, e um alto Tigre e um baixo Tigre, havendo, no meio do mapa, um ponto de confluência onde suas águas se misturavam durante uma curta distância. De acordo com o reformador nesse ponto havia uma ilha onde o Eden estava localizado. Apesar da análise geográfica imprecisa de Calvino e até mesmo de sua exegese forçada, por mais de 200 anos sua localização do Éden teve destaque na história de comentários e de Bíblias protestantes.

Uma advertência extra é necessária. Ao descrever acontecimentos mais antigos da Bíblia, alguns atlas bíblicos20 e outras fontes cartográficas? fazem referência a uma "antiga costa litorânea" que se estendia por cerca de 200 quilômetros para o norte do golfo Pérsico e chegava até Ur, desse modo inundando (e na prática eliminando) a denominada localização suméria do Éden. Com base em investigações científicas publicadas por volta de 1900, mas com ideias talvez já existentes no primeiro século d.C., essa teoria se baseia na hipótese geológica de que o delta avançou pouco a pouco (e sempre nesse sentido) da região de Ur (e Samarra junto ao Tigre) até a atual costa litorânea. o que aconteceu, ao longo do tempo, exclusivamente como resultado da sedimentação depositada pelos rios Tigre e Eufrates. Com essa pressuposição, a teoria fez ainda outras pressuposições uniformitaristas quanto à datação e à distância e afirmou que esta "antiga costa litorânea" devia ser datada de aproximadamente 5000-4000 a.C. Pesquisas mais recentes, tanto geológicas quanto paleoclimatológicas, demonstraram, de forma definitiva, que essas suposições anteriores eram bem prematuras e não são mais defensáveis. Hoje sabemos que, por volta de 5000 a 4000 a.C., os níveis do mar eram mais baixos do que os níveis atuais, em geral em cerca de três metros. Atualmente submersas a pouca distância do litoral, ruínas de habitações daquele período são conhecidas no lado norte do golfo Pérsico, o que indica que, naquela época, a antiga costa litorânea do golfo Pérsico se estendia mais para o sul, e não mais para o norte. Na realidade, a sedimentação provocada pelos rios Tigre e Eufrates, embora seja bem ampla e acentuada a partir das vizinhanças de Samarra (Tigre) e Ramadi (Eufrates) até quase o ponto onde os rios se unem para formar o canal Shatt el-Arab, é praticamente inexistente dali para o sul, nos 160 quilômetros seguintes até chegar à atual costa litorânea do golfo Pérsico. Em função disso, não se pode desconsiderar o ponto de vista sul/sumério sobre o Éden apenas com base nesse tipo de análise geográfica ultrapassada.

O Jardim do Éden
O Jardim do Éden

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Potências mundiais preditas por Daniel

A imagem, ou estátua, de Daniel capítulo 2
O leão com asas representando Babilônia

Babilônia

Daniel 2:32-36-38; 7:4

607 a.C. Rei Nabucodonosor destrói Jerusalém

O urso representando a Medo-Pérsia

Medo-Pérsia

Daniel 2:32-39; 7:5

539 a.C. Conquista Babilônia

537 a.C. Ciro decreta a volta dos judeus para Jerusalém

O leopardo com asas representando a Grécia

Grécia

Daniel 2:32-39; 7:6

331 a.C. Alexandre, o Grande, conquista a Pérsia

A fera de dez chifres representando Roma e a potência anglo-americana

Roma

Daniel 2:33-40; 7:7

63 a.C. Início do domínio sobre Israel

70 d.C. Destrói Jerusalém

Grã-Bretanha e Estados Unidos

Daniel 2:33-41-43

1914-1918 d.C. Durante a Primeira Guerra Mundial, passa a existir a Potência Mundial Anglo-Americana


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

BABILÔNIA

Atualmente: IRAQUE
Cidade junto ao Rio Eufrates, foi capital do império babilônico da Mesopotâmia meridional. O povoamento da Babilônia na baixa Mesopotâmia, foi formado pelos sumérios e acádios, por volta de 3000 a.C. Foi desta região que emigrou o patriarca Abraão que deu origem ao povo hebreu. Hamurabi foi o fundador do primeiro Império Babilônico. Conseguiu unificar os semitas e sumérios. Durante seu governo (1728 a.C.-1686 a.C.), cercou a capital com muralhas, restaurou templos importantes e outras obras públicas. Implantou um código de leis morais, o mais antigo da história e que ficou conhecido como o Código de Hamurabi no qual estabeleceu regras de vida e determinou penas para as infrações, baseadas na lei do olho por olho, dente por dente. A Babilônia foi um centro religioso e comercial de grande importância na Antigüidade. Suas muralhas tinham cerca de 100 metros de altura, equivalente a um edifício de 34 andares. A largura destas muralhas correspondia a largura de uma rua, com capacidade para que dois carros pudessem andar lado a lado. Os assírios foram gradualmente conquistados pelos babilônicos, que tinham o auxílio dos medas, entre 626 e 612 a.C., ano em que Nínive finalmente foi tomada. A Babilônia tornou-se a nova ameaça e os egípcios, pressentindo o perigo, partiram em socorro à Assíria, mas foram derrotados pelos babilônicos na batalha de Carquemis, em 604. O rei Jeoaquim de Judá, passou a pagar tributo a Nabucodonosor da Babilônia como relata II Reis 24. O império babilônico não teve vida longa. Em menos de um século, já sofria grandes pressões. Em 538 a.C., Quando Belsasar participava, juntamente com sua corte de uma grande festa, os exércitos medo-persas invadiram a Babilônia colocando fim ao domínio babilônico.
Mapa Bíblico de BABILÔNIA



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Daniel Capítulo 4 do versículo 1 até o 37

C. O JULGAMENTO PESSOAL DE NABUCODONOSOR, Dn 4:1-37

  1. Atribuição de Louvor ao Deus Altíssimo (4:1-3)

O quarto capítulo de Daniel tem sido descrito como o documento governamental mais marcante dos tempos antigos. Iniciando com a inscrição Nabucodonosor, rei (1), esse documento falava com autoridade imperial a todos os povos, nações e línguas. Sem expressar vergonha ou apresentar desculpas, essa proclamação exaltava a Deus, o Altíssimo (2). Poucos líderes mundiais em qualquer época têm sobrepujado Nabucodonosor em dar glória a Deus ou em expressar de forma correta seu sublime caráter. Esse capítulo bem poderia ser chamado de "Teodicéia do Imperador" — uma vindicação sublime dos julgamentos de Deus e sua justiça.

Como são grandes os seus sinais,

como são poderosas as suas maravilhas!

O seu reino é um reino eterno;

o seu domínio dura de geração em geração (3, NVI).

  1. Um Sonho Perturbador (4:4-18)

Não há uma indicação clara acerca do período no reinado de Nabucodonosor em que essa experiência humilde e esclarecedora veio a ele. Keil sugere que ela ocorreu "no período final do seu reinado, depois de ter participado de muitas guerras para a funda-ção e estabelecimento do seu império mundial, mas também, após concluir a maior parte das suas construções esplêndidas".5

Não havia nada em seu ambiente que trouxesse profunda satisfação ao rei. Ele ha-via varrido o mundo com suas conquistas. Ele tinha sido altamente bem-sucedido como projetista e construtor, tanto na Babilônia como em todo seu vasto império. Agora, em casa, estava sossegado [...] e florescente no seu palácio (4). Mas sua paz e satisfação foram quebradas por um sonho que o perturbou profundamente. Como ele havia feito anteriormente em uma ocasião semelhante, convocou todos os sábios de Babilônia (6). Mas, apesar de toda sua sabedoria e ostentação eles não fizeram saber (7) o misté-rio ao rei. Não está inteiramente claro se Daniel foi chamado nessa primeira convocação.

Talvez ele tenha sido propositadamente excluído pelo rei até que a maioria dos sábios tivesse a oportunidade de provar o que eles eram capazes de fazer. Mas, por fim, en-trou na minha presença Daniel (8). Dele, o rei testificou: eu sei que há em ti o espírito dos deuses santos (9).

O rei tinha visto em seu sonho uma árvore (10) que crescia cada vez mais de maneira que a sua altura chegava até ao céu (11) e parecia cobrir toda a terra. Sua folhagem era tão formosa e o fruto tão abundante que provia alimento e sombra para todos (12) — homens, aves e animais do campo. Então, um ser celestial chamado de vigia, um santo (13) apareceu e quebrou o silêncio com uma ordem poderosa: Derribai a árvore, e cortai-lhe os ramos, e sacudi as suas folhas, e espalhai o seu fruto (14).

O mensageiro celestial continuou a mostrar detalhes específicos do sonho amedrontador, o qual soava como um presságio de julgamento. E, na verdade, era um julgamento, mas um julgamento temperado com misericórdia. Porque Nabucodonosor estava em rota de colisão, mas Deus seria fiel a ele.
Keil' sugere que é possível que na identificação do rei do decreto dos vigiadores (17) haja uma alusão à antiga teologia babilônica. Na hierarquia das deidades havia trinta deuses conselheiros servindo cinco grandes deuses planetários. Quinze deles eram encarregados pelo mundo superior e quinze pelo mundo inferior. A cada dez dias um mensageiro de cada conselho visitava o outro mundo e trazia uma palavra. Mas, inde-pendentemente da limitação teológica que Nabucodonosor tivesse tido, ele veio a conhe-cer um Deus superior, o Altíssimo, que tem domínio sobre os reinos dos homens.

3. A Interpretação de Daniel (Daniel 4:19-27)

Quando os filósofos e cientistas pagãos da corte desistiram de interpretar o sonho e estavam em completa confusão, Daniel foi introduzido e saudado pelo rei com deferência respeitosa, reveladora de sua alta estima por esse servo de Deus. Tu podes; pois há em ti o espírito dos deuses santos (18), disse o rei. Mas Daniel, quando ouviu o sonho, foi dominado por um grande espanto e ficou sem falar durante uma hora. Então, encorajado pelo rei, ele expressou o motivo do seu espanto: Senhor meu, o sonho seja contra os que te têm ódio, e a sua interpretação, para os teus inimigos (19).

A enorme árvore era, na verdade, o próprio rei. Seu crescimento e força estupenda apresentavam um quadro exato do seu grande poder. A tua grandeza cresceu e che-gou até ao céu, e o teu domínio, até à extremidade da terra (22). Mas o resultado trágico era que essa grandeza estava com os dias contados. O rei, conhecido em toda a terra pela sua capacidade, perderia a razão e se arrastaria pelo chão como um animal do campo. Ele, que era honrado como o maior entre os seres humanos, perderia sua condi-ção de humano e se tornaria como um boi que se alimenta de ervas. Até que passem sobre ele sete tempos (23) indicava sete anos de insanidade para o rei.

Mas no meio desse presságio chocante de julgamento, que para o rei deve ter soado mais terrível do que a morte, veio a garantia da infinita fidelidade e misericór-dia de Deus. Embora a árvore fosse cortada, o tronco (23; "toco", NVI) foi deixado para reviver e crescer novamente. Além disso, ele foi cercado de cadeias de ferro e de bronze, um símbolo da firmeza e constância da promessa de Deus de sobrevivên-cia e restauração. No final da sua interpretação, Daniel estava parado diante do rei rogando para que ele se arrependesse dos seus pecados de injustiça e opressão, a fim de que Deus prolongasse a sua tranqüilidade (27).

  1. Cumprimento e Destronização (Dn 4:28-33)

A falha de Nabucodonosor em prestar atenção e voltar-se para Deus por meio de um arrependimento genuíno é um reflexo ilustrativo da fraqueza e perversidade humanas. Doze meses (29) se passaram e a visão apavorante desvaneceu-se. Talvez a visão não viesse a se tornar realidade.

Certo dia, em um momento de glorificação própria, o rei começou a se exultar pelas suas grandes realizações. Enquanto caminhava pelo "terraço do palácio real" (NVI), de-baixo dos seus pés estava o edificio mais esplêndido que a Babilônia já tinha visto, ador-nado em ouro com ladrilhos lustrosos de cores brilhantes. Próximo do palácio ficava a montanha artificial e os mágicos jardins suspensos construídos para a sua rainha das montanhas da Média. Esta era a grande Babilônia (30). De uma pequena cidade de um lado do rio Eufrates o rei havia dobrado sua área para os dois lados do rio. Ele a havia enchido com novas construções e templos com uma arquitetura distinta. Ele a havia cercado com muros conhecidos pela sua altura e largura. Parelhas de carruagens podiam correr lado a lado sobre esses muros. Cerca de 210 quilômetros desses muros cercavam a cidade. Cem aberturas, com portões de bronze, controlavam o acesso à cida-de. Do lado de fora dos muros ficava um reservatório de cerca de 220 quilômetros de circunferência, conservando e controlando as águas do Eufrates. Canais para navegação e irrigação cobriam toda a área. Diques e represas alinhavam o Eufrates até o mar, e diversos quebra-mares tornavam o Golfo Pérsico seguro para a navegação.

Com esse tipo de visão enchendo a sua mente, podemos imaginar a soberba do rei. Aquele que já tinha tudo glorificou-se a si mesmo: Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei

para glória da minha magnificência? (30). Inflado de amor-próprio, a ponto de explodir, ele ruiu em um abismo de trevas espirituais e mentais.

O interlúdio de insanidade de Nabucodonosor aqui relatado não é conhecido em nenhuma outra fonte, como bem podemos entender. Qualquer referência a esse fato nas fontes babilônicas seria cuidadosamente apagada depois que o rei recuperou a sua sani-dade e posição. O orgulho extremo do monarca foi castigado por meio de um julgamento fulminante e humilhante A forma específica de demência que atingiu o rei Nabucodonosor é conhecida como licantropia.

  1. Restauração (Dn 4:34-37)

Esse capítulo encerra de maneira apropriada a narração do rei acerca da sua recu-peração e sua declaração de louvor ao Deus Altíssimo. Como Deus havia prometido, seu reino foi preservado. Seu ministério de conselheiros, do qual Daniel provavelmente fazia parte, administrou o reino durante os "sete tempos" (32) da incapacidade do rei. Se esses sete tempos representavam sete anos, como a maioria dos comentaristas interpreta, isso mostra algo da consideração e estima que os subordinados do rei tinham por ele, bem como a providência fiel de Deus em inclinar os seus corações nesse sentido.

Talvez alguns se perguntem: Por que Deus permitiu a restauração? Ou, então: Por que Deus garantiu essa restauração a um autocrata tão egocêntrico como Nabucodonosor? Não foi para que Deus pudesse revelar a sua glória por meio desse homem?

Deus tinha planejado essa experiência como uma disciplina especial de aprendizado para Nabucodonosor. Seu propósito especial era, nas palavras de Daniel: até que co-nheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens e o dá a quem quer (25). E nós lemos que a recuperação ocorreu quando eu, Nabucodonosor, levan-tei os meus olhos ao céu (34).

O rei tinha aprendido bem a sua lição. Tudo que sabia acerca de Deus até então, muito ou pouco, ele agora expressa por meio de um louvor profundo. A natureza do Deus Altíssimo distingue-se em claro contraste ao paganismo e superstição daqueles dias. Nesse texto vemos revelados:
1) A eternidade de Deus — ao que vive para sempre (34).

2) Sua soberania — cujo domínio é um domínio sempiterno, e cujo reino é de geração em geração.
3) Sua onipresença — segundo a sua vontade, ele opera com

  1. exército do céu e os moradores da terra (35).

    4) Sua onipotência — não há quem possa estorvar a sua mão e lhe diga: Que fazes?.
    5) Sua justiça — "Porque tudo o que ele faz é certo, e todos os seus caminhos são justos" (37, NVI).

Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Daniel Capítulo 4 do versículo 4 até o 9

A Incapacidade dos Magos e o Sucesso de Daniel (Dn 4:4-9)

Dn 4:4

Eu, Nabucodonosor, estava tranquilo em minha casa. A Septuaginta data os acontecimentos descritos no décimo oitavo ano do reinado de Nabucodonosor. Trata-se, porém, como é claro, de uma glosa.
O rei diz-nos quão pacífica e livre de cuidados era sua vida pagã, a qual foi perturbada pela intervenção do Deus de Israel, o Deus Altíssimo. Ele descansava em seu palácio. Suas conquistas tinham sido essencialmente realizadas. Ele estava apreciando a boa vida, em todos os seus prazeres e excitações. De repente, tornou-se instrumento da revelação divina. O impacto foi tão grande que esta carta saiu inspirada. Ele precisava contar a seus súditos as maravilhas que tinham sacudido sua vida. Tal perturbação espiritual, porém, produziría mudanças para melhor e, através dessa mudança, outras pessoas seriam instruídas. O homem estava florescendo em sua vida material, mas estava em um deserto quanto à sua vida espiritual.

Dn 4:5

Tive um sonho, que me espantou. A agitação da revelação, através de um sonho-visão, perturbou a vida descansada do rei. As experiências místicas com frequência aterrorizam no começo, e foi isso o que ocorreu. Após o primeiro susto, a mente do homem foi tomada de ansiedade. Ele sabia que algo importante havia sido comunicado, mas não tinha capacidade de interpretar o sonho. Os fantasmas da visão continuaram a circular por seu cérebro e não lhe deram descanso. Ele estava alarmado e espantado. Ver Dn 3:24 e o vs. Dn 4:19, em seguida. A mesma palavra também é usada em Dn 5:6,Dn 5:9,Dn 5:10; Dn 7:15,Dn 7:28, sempre para falar de uma mente perturbada. Em contraste com Jl 2:28, este livro não parece fazer diferença entre sonhos e visões espirituais. Ver no Dicionário os artigos Sonhos e Visão (Visões). Ver também as notas em Dn 2:1,Dn 2:2,

Dn 4:6,Dn 4:7

Por isso expedi um decreto. Para tentar compreender a nova visão, o rei (ele não mencionou a primeira, sobre a imagem, cap. Dn 2:1) usou o mesmo procedimento que antes. Ele expediu um decreto, convocando todos os psíquicos profissionais e outras classes de sábios a interpretar o sonho-visão. O vs. Dn 4:7 lista esses sábios, mas há uma lista mais ampla em Dn 2:2. Aqui foram adicionados os “encantadores", mas devemos subentendê-los no capítulo 2. Os caldeus são a casta coletiva dos sábios. Esta narrativa ignora a questão das ameaças de morte para os sábios e seus familiares, caso houvesse falha na interpretação (ver Dn 2:5). E o apelo passa diretamente a Daniel, uma vez constatado que os sábios não podiam solucionar a enigmática visão do rei. Conforme este versículo com Dn 2:27, onde a enumeração da casta dos sábios se parece mais com a dos presentes versículos.

Dn 4:8

Por fim se me apresentou Daniel. Esta história deixa de lado a busca por Daniel, confoime se vê no capítulo 2, como se ela não tivesse ocorrido. É provável que as duas histórias sejam independentes. Este quarto capítulo por certo não é visto como dependente do segundo, de modo algum. Não apresenta nenhuma progressão. Faz-nos pensar que o rei, em seguida, descobriu Daniel. Daniel também é chamado de Beltessazar. Ver a mudança do nome de Daniel em Dn 1:7. Ele recebeu novo nome de acordo com Bel (Marduque), o principal deus da Babilônia. E. acima de todas as pessoas que o rei conhecia, Daniel estava cheio do Espírito dos deuses santos. Essa linguagem é pagã, naturalmente. O rei deveria ter dito “cheio com o Espírito de Deus”. Daniel era um homem inspirado, um gigante espiritual de quem se podería esperar toda a forma de maravilhas, acima do que se podería esperar de qualquer homem mortal. O Ser divino estava com ele, e isso o tomava um homem extraordinário. O rei aferrou-se ao seu paganismo e às suas expressões, mas reconheceu que tinha muito para aprender de Daniel e sua fé hebraica.

Dn 4:9

Beltessazar, chefe dos magos. Continuando a usar seu vocabulário pagão, o rei chamou Daniel de “chefe” da casta dos sábios. Ele era o melhor dos psíquicos profissionais. O espírito dos deuses, segundo dizia o rei, estava com Daniel, pelo que ele atuava acima das capacidades de um homem normal. Ele era um intermedário do Ser divino. Era tão poderoso que conhecia todos os mistérios. Ele podia interpretar as visões ou sonhos do rei. O que o rei disse era muito complementar, mas podemos estar certos de que eram elogios sinceros, ou ele não se teria incomodado em convocar Daniel. Conforme este versículo com Dn 2:48 ; Dn 5:11. Nenhum mistério era difícil demais para Daniel (ver Dn 2:19). Conforme Ez 28:3, que se refere a um antigo sábio chamado Daniel, que alguns supõem ser o profeta bíblico. Quanto ao espírito dos deuses santos, conforme o vs. Dn 4:18 e também Dn 5:11,Dn 5:14.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Daniel Capítulo 4 do versículo 1 até o 37
*

4:1

O rei Nabucodonosor. Esse incidente final, no livro de Daniel, associado com Nabucodonosor deve ser colocado perto do fim do seu reinado de quarenta e três anos, quando seus projetos de construção estavam terminados e o seu poder estava no auge (conforme vs. 4, 30). Ele representa o mais poderoso reino da terra (vs. 10-12, nota) em oposição ao governo do Deus Altíssimo. Os registros babilônicos de longos períodos de ausência e de atos blasfemos por parte do rei Nabonido (governou entre 556 e 539 a.C.; 5.1, nota) assemelha-se, de algumas maneiras, à narrativa de Daniel sobre Nabucodonosor. Uma outra composição escrita, chamada "Oração de Nabonido", foi descoberta entre os Papiros do Mar Morto, (documentos escondidos antes do ano 70 d.C. por uma comunidade judaica em Qumran e encontrados em 1947). Essa "oração" também é semelhante àquilo que Daniel disse sobre Nabucodonosor. Nabonido foi separado da sociedade por um período de sete anos, tendo sido restaurado com a ajuda de um exilado judeu após a confissão de seus pecados. Entretanto, a sua aflição é descrita como uma forma de enfermidade da pele, e não como um distúrbio mental.

*

4:2

Deus, o Altíssimo. Ver notas em 2.47; 3.26.

*

4:3

Quão grandes. A confissão de Nabucodonosor, neste versículo e nos vs. 34 e 35 comunica o tema central do livro de Daniel, a saber, a absoluta soberania do Deus de Israel.

*

4:6-7

Ver notas em 1.20 e 2.2.

*

4:8

Beltessazar. Ver nota em 1.7.

o espírito dos deuses. O Espírito Santo era o autor imediato do extraordinário poder de Daniel para conhecer e interpretar segredos (2.19, nota). As palavras de Nabucodonosor concordam com isso, embora ele pudesse estar pensando em um outro deus conhecido por ele, e não no Deus de Daniel.

*

4.10-12

Uma árvore. Ver Ez 31 quanto a uma extensa descrição da Assíria que usa a figura de uma árvore. Um simbolismo imaginário é usado tanto com relação a indivíduos justos quanto indivíduos ímpios, e também sobre nações (Sl 1:3; 37:35; 52:8; 92:12; Jr 11:16,17 e 17.8).

*

4:11

a sua altura chegava até ao céu. A palavra "céus" é um vocábulo chave neste capítulo. Embora o reino de Nabucodonosor chegasse em sua altura, da terra ao céu, os céus condenavam o seu orgulho, relembrando-lhe que sua autoridade e até sua sanidade mental eram dádivas de Deus.

*

4:13

vigilante. Um nome usado somente aqui no Antigo Testamento para indicar um anjo.

*

4:16

e lhe seja dado coração de animal. O distúrbio mental mediante o qual uma pessoa se imagina um animal é chamado de "zoantropia" (um nome composto das palavras gregas que significam "animal" e "homem").

passem sobre ela sete tempos. Isso significa sete períodos de duração não-especificada (conforme vs. 23 e
25) como estações, anos ou meses.

*

4:22

és tu, ó rei. Com essa declaração, mais ou menos como Natã fizera com Davi (2Sm 12:7), Daniel aplicou o sonho a Nabucodonosor.

*

4:25

a tua morada será com os animais do campo. Com detalhes nítidos, Daniel explicou como a mente de Nabucodonosor entraria em colapso. Ele seria privado de seu trono, e perderia a sua dignidade de ser humano, criado para controlar os animais, e não para imitá-los.

o Altíssimo tem domínio. O propósito da humilhação de Nabucodonosor era o de compelí-lo a reconhecer a soberania de Deus.

* 4:26

o teu reino tornará a ser teu. A Nabucodonosor foi prometido que a despeito da severidade e a duração de sua enfermidade, ele recuperaria o trono, quando reconhecesse a soberania de Deus.

que o céu domina. Ver referência lateral. Essa é a primeira vez nas Escrituras onde a palavra "céu" é usada como substituição para "Deus" (4.37). Conforme Mt 5:3 com Lc 6:20.

*

4.34,35,37

Embora Nabucodonosor confesse a soberania de Deus, ele não confessa a crença que o Deus de Israel é o único Deus. Ver nota teológica, "Deus Reina: A Soberania Divina", índice .

*

4:37

Rei do céu. Esse título ímpar sintetiza o tema do capítulo: o governo divino, exercido do céu (vs. 3,26 e notas).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Daniel Capítulo 4 do versículo 1 até o 37
4.2, 3 Embora Nabucodonosor elogiou ao Deus do Daniel, não acreditava plenamente no nem se submetia unicamente ao. Muita gente vai à igreja e utiliza um vocabulário espiritual, mas no fundo não acreditam em Deus nem lhe obedecem. Profissão não sempre é sinônimo de posse. até que ponto suas crenças estão ao mesmo tempo de sua obediência?

4:17 Os babilonios acreditavam em vigilantes, seres espirituais que cuidavam o universo. Nabucodonosor explicou que estes mensageiros estavam anunciando o que aconteceria a ele e por que.

4:19 Quando Daniel compreendeu o sonho do Nabucodonosor, ficou pasmado. Como podia estar tão profundamente angustiado pelo destino do Nabucodonosor, o rei culpado da destruição de sua casa e de sua nação? Daniel o tinha perdoado, e por isso Deus podia utilizar ao Daniel. Muito freqüentemente quando alguém nos faz mal, nos faz muito difícil esquecer o passado. Provavelmente até nos alegremos de que essa pessoa sofra. Perdoar é deixar o passado atrás. você pode amar a alguém que o feriu? Peça ajuda a Deus para perdoar, esquecer e amar. Possivelmente Deus possa utilizar o de uma maneira extraordinária na vida dessa pessoa!

4.23ss Embora o mundo inteiro pensava que Nabucodonosor era um rei poderoso (até divino), Deus demonstrou que era um homem comum. Deus humilhou ao Nabucodonosor para demonstrar que O, não Nabucodonosor, era o Senhor das nações. O orgulho possivelmente seja uma das tentações mais perigosas. Não deixe que seus triunfos lhe façam te esquecer de Deus.

4.27-33 Daniel lhe implorou ao rei que trocasse, e Deus lhe concedeu doze meses para que o fizesse. Tristemente, não houve arrependimento no orgulhoso coração deste rei, e o sonho se cumpriu.

4:34 Os reis da antigüidade tratavam de não mencionar suas debilidades nem suas derrotas em seus monumentos e em seus registros oficiais. Entretanto, a partir dos registros do Nabucodonosor, podemos inferir que por um tempo durante seus quarenta e três anos de reinado não governou. No registro bíblico se explicam a soberba do Nabucodonosor e o castigo que recebeu.

4:36 A peregrinação do Nabucodonosor com Deus é um dos tema deste livro. Em 2.47, reconheceu que Deus revelava sonhos ao Daniel. Em 3.28, 29 elogiou a Deus por liberar aos três hebreus. A pesar do reconhecimento do Nabucodonosor de que Deus existe e obra grandes milagres, em 4.30 vemos que ainda não reconhecia a Deus como Senhor. Podemos reconhecer que Deus existe e que realiza grandiosos milagres, mas Deus não vai moldar nossas vidas até que o reconheçamos como Senhor.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Daniel Capítulo 4 do versículo 1 até o 37
D. Nabucodonosor DOENÇA (4: 1-37)

Enquanto alguns têm pensado que este capítulo está na forma de uma carta, ele se parece mais com o relatório de uma entrevista concedida após o evento. Em relatório, o capítulo é escrito por Daniel, que permite que o rei para falar na primeira pessoa nas passagens que dizem que o rei fez (vv. Dn 4:1-18 ), mas quem usa a terceira pessoa durante a gravação que aconteceu com o rei (vv. Dn 4:28-33 ). O evento, evidentemente, ocorreu no final do reinado de Nabucodonosor, que reinou entre 605-562 AC A LXX lançamento do evento no décimo oitavo ano de Nabucodonosor, mas não há nenhuma evidência substancial para isso, já que na época Nabucodonosor estava envolvido na captura de Jerusalém (587 AC ).

1. Prefácio: O Edital do Rei (4: 1-3)

1 O rei Nabucodonosor, a todos os povos, nações e línguas que moram em toda a terra: Paz. vos sejam multiplicadas, 2 Isto pois parecia bom para mim. 3 Quão grandes são os seus sinais! a mim, para mostrar os sinais e maravilhas que Deus, o Altíssimo, tem feito, e quão poderosas as suas maravilhas! O seu reino é um reino eterno, e seu domínio de geração em geração.

O primeiro parágrafo contém um édito do rei convidando todas as pessoas a reconhecer e ouvir o relatório. O rei foi certamente auxiliado por Daniel na elaboração do edital, pois contém muito coloração religiosa. Desde a forma de o edital é um testemunho, é adequado para muito do que estar na primeira pessoa.

Nabucodonosor, o rei. A forma de saudação se assemelha a outros saudações provenientes da Babilônia e reis persas do período. A paz vos sejam multiplicadas. A saudação é judeu, mas se preparado por Daniel, isso é compreensível.

Ele tem parecia bom para mim. Desde o sonho e sua realização foram eventos sobrenaturais, o rei reconheceu a mão de Deus em sua vida. Em sua humildade, ele queria dar glória a Deus. Deus Altíssimo é o mesmo nome da divindade que Nabucodonosor usado em Dn 3:26 quando se fala do Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego (veja nota lá).

Quão grandes são os seus sinais O terceiro verso é quase uma réplica do Sl 145:13)

1. O relatório de um Sonho (4: 4-9)

4 Eu, Nabucodonosor, estava sossegado em minha casa, e próspero no meu palácio. 5 Tive um sonho que me espantou; e os pensamentos na minha cama e as visões da minha cabeça me perturbaram. 6 Portanto expedi um decreto para trazer todos os sábios de Babilônia diante de mim, para que pudessem dar a conhecer a mim a interpretação do sonho. 7 Então entraram os magos, os encantadores, caldeus e os adivinhadores; e eu contei o sonho diante deles; mas eles não me fazerem saber a sua interpretação. 8 Mas no último Daniel entrou na minha presença, cujo nome era Beltessazar, segundo o nome do meu deus, e no qual há o espírito dos deuses santos; e eu disse o sonho diante dele, dizendo , 9 Beltessazar, chefe dos magos, porque eu sei que o espírito dos santos deuses está em ti, e nenhum mistério te, dize-me as visões do meu sonho que eu já vi, e o interpretação.

A história de Nabucodonosor começa com a condição de paz que prevaleceu para a última parte do seu reinado após suas conquistas foram concluídas. Paz e prosperidade cuidou dele quando ele se sentou em segurança no seu trono. Mas seu contentamento foi quebrado por um sonho, as circunstâncias de que ele continua a se relacionar. De algum modo, o rei pareceu reconhecer um sonho divino de um comum, pois ele estava com medo, assim como em um momento anterior (Dn 2:1)

10 Eram assim as visões da minha cabeça, estando eu na minha cama: eu vi, e eis uma árvore no meio da terra; e que a sua altura foi ótimo. 11 A árvore cresceu, e se fez forte, cuja altura chegava até o céu, e era vista até o fim de toda a terra. 12 A sua folhagem era formosa, eo seu fruto abundante, e havia nela sustento para todos: os animais do campo achavam sombra debaixo dela, e as aves do céu faziam morada nos seus ramos, e toda a carne se mantinha. 13 Eu estava olhando nas visões da minha cabeça na minha cama, e eis que um vigia, um santo, descia do céu. 14 Ele clamou em alta voz e disse assim, Cortai a árvore, e cortou-lhe os ramos, sacudi as suas folhas e espalhai o seu fruto: deixe os animais fugir de debaixo dela, e as aves dos seus ramos.15 No entanto deixassem o tronco com as suas raízes na terra, mesmo com uma cinta de ferro e de bronze, na erva do campo; e seja molhado do orvalho do céu, e seja a sua porção com os animais na erva da terra: 16 deixe seu coração ser alterado a partir do homem, e deixar o coração de um animal ser-lhe dada; e sete vezes passem sobre ele. 17 Esta sentença é por decreto dos vigias, e por mandado dos santos; com a intenção de que os vivos saibam que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens, eo dá a quem quer, e colocou-se sobre ele o menor dos homens. 18 Este sonho eu, rei Nabucodonosor, temos visto; e tu, Beltessazar, dize a interpretação, porquanto todos os sábios do meu reino não puderam fazer-me saber a interpretação; mas tu és capaz;para o espírito dos santos deuses está em ti.

A conta do sonho contém duas partes: a descrição da árvore e do decreto do observador ou um santo. A árvore é o item central do sonho; o decreto diz o que vai acontecer com a árvore.

Eu vi, e eis uma árvore. A árvore estava parado sozinho no meio da terra:. cuja altura era grande Tanto em fontes do Antigo Testamento e no secular escrevendo a árvore é um símbolo de alguma pessoa importante (nota parábola de Jotão, para os cidadãos de Siquém, 9 Jz 7:21. ). Ezequiel, também, compara o rei da Assíria, um cedro do Líbano (Ez. 31: 3-14 ). Na Babilônia, uma das inscrições de Nabucodonosor compara a cidade para uma grande árvore frondosa. Heródoto, historiador grego, compara Xerxes a uma oliveira cujos ramos se espalhar sobre a terra (História , VII, 19).

A árvore cresceu e era forte. No decorrer do sonho da árvore deve ter subiu rapidamente e assumiu uma aparência formidável. Pode ser visto a partir do horizonte mais distante. O que um símbolo apropriado para o rei que controlava a terra!

Versículo Dn 4:12 caracteriza a árvore quanto à sua aparência e produtividade. Era justo, deu muito fruto, e forneceu abrigo tanto para os animais e as aves. Uma vez que Daniel havia identificado a árvore como o rei Nabucodonosor, estas características seria muito evidente. O rei da Babilônia era o pai e protetor de todos os súditos de seu império.

Nabucodonosor continua o relato do sonho, relatando que ele viu um vigia, um santo, significando "um ser celestial", embora ele usa sua própria terminologia pagã. O ser celestial clamou em alta voz e disse assim: Cortai a árvore . ... A árvore estava a ser cortada e dispersas, mas um toco era permanecer. O coto era ficar no campo com os animais, com uma faixa com uma banda de bronze e ferro, para ser molhado com o orvalho.

O versículo 16 sugere a interpretação, observando que seu coração estava a ser alterado a partir do homem. Isso só pode aplicar-se ao rei, para quem o coto é um símbolo. E deixar o coração de um animal ser-lhe dada. A frase indica algo da doença ou a loucura que estava por vir sobre o rei. Assim, uma dica quanto à interpretação é dada na conta do sonho como o ser celestial desdobra-lo. É muito provável que o rei estava parcialmente consciente de que o sonho tinha referência a si mesmo.

E deixe sete vezes passem sobre ele. A frase nunca é claramente interpretado pelo contexto. Não é claro se sete vezes refere-se a sete semanas, meses, anos ou algum outro período de tempo. A maioria dos comentaristas identificá-lo com um ano.

Versículo Dn 4:17 estados do propósito do julgamento. Enquanto os observadores e o santo transmitir a mensagem, é o próprio Deus que decreta o julgamento. Sua finalidade é ensinar que Deus é Aquele que define e dispõe de governantes terrenos.

3. Interpretação de Daniel (4: 19-27)

1. O Significado (4: 19-26)

19 Então Daniel, cujo nome era Beltessazar, ficou mudo por um tempo, e os seus pensamentos o perturbaram. Respondeu o rei e disse: Beltessazar, não deixe que o sonho, nem a sua interpretação, thee problemas. Respondeu Beltessazar, e disse: Senhor meu, seja o sonho para os que te odeiam, ea sua interpretação para os teus adversários. 20 A árvore que viste, que cresceu, e se fez forte, cuja altura chegava até o céu, e era vista até toda a terra; 21 cujas folhas eram formosas, eo seu fruto abundante, e havia nela sustento para todos; em que os animais do campo habitou, e em cujos ramos as aves do céu tinham a sua habitação: 22 és tu, ó rei, que cresceste, e tornar-se forte; pois a tua grandeza cresceu, e chegou até o céu, eo teu domínio até a extremidade da terra. 23 E quanto ao que viu o rei, um vigia, um santo, que descia do céu, e dizendo: Cortai a árvore, e destruí-lo; no entanto, deixar o tronco com as suas raízes na terra, mesmo com uma cinta de ferro e de bronze, na erva do campo, e seja molhado do orvalho do céu; e seja a sua porção com os animais do campo, até sete vezes passem sobre ele; 24 esta é a interpretação, ó rei, e é o decreto do Altíssimo, que é vindo sobre o rei meu senhor: 25 que tu serás tirado dentre os homens, ea tua morada será com os animais do campo, e tu serás comer erva como os bois, e serás molhado do orvalho do céu, e sete vezes sobre ti passarão; até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens, eo dá a quem quer. 26 E quanto ao que eles deixassem o tronco com as raízes da árvore; teu reino voltará para ti, depois que tu tiveres conhecido que o céu reina.

A resposta de Daniel ao rei incluiu um olhar perturbado, a interpretação do sonho, e uma exortação ao arrependimento. Como um homem de Deus, ele era sensível ao rei, ao sonho, e para o Deus a quem servia.

Em seguida, Daniel ... ficou mudo por um tempo. A interpretação do sonho foi imediatamente dado a ele e estava em dúvida, de pé entre seus bons desejos para o rei ea terrível significado da interpretação. Nabucodonosor estava ciente da perplexidade, dizendo: Não deixe o sonho, nem a sua interpretação, thee problemas. cortesia Tanto o rei e admiração de Daniel para o rei fica em pé esta troca de declarações. Em seguida, Daniel passou.

A árvore que viste . ... Daniel repete textualmente a descrição da árvore. É a ti, ó rei, que cresceu e se tornar forte. A árvore do sonho era um símbolo do rei Nabucodonosor, que no decorrer de trinta a quarenta anos havia conquistado o Oriente Próximo, construiu a magnífica cidade de Babilônia, e estendeu o reino para o mundo então conhecido. Will Durant diz dele:

Ele viveu quase até suas esperanças, pois, embora analfabeta e não inquestionavelmente sane, tornou-se o governante mais poderoso de seu tempo no Oriente Médio, e o maior guerreiro, estadista e construtor em toda a sucessão de reis babilônicos após se Hammurabi.

Esta é a interpretação. Depois de recitar a próxima parte do sonho, Daniel continua com o seu significado, dando glória a Deus, porque o decreto é do Altíssimo. Daniel usa o nome de Deus, que o rei tinha usado, mas ele queria que ele saber que o vigia, um santo eram do próprio Deus. Enquanto o rei tinha usado terminologia pagã, Daniel usa-lo apenas para acomodar a interpretação ao rei.

A árvore de corte era um símbolo da queda do rei: . serás tirado dentre os homens, ea tua morada será com os animais do campo Embora seja improvável que as palavras de interpretação foram totalmente compreendidos pelo rei, eles deveria tê-lo avisado de alguma calamidade iminente. As três frases, expulsos de homens, morar com os animais, e comer erva como os bois, fazer ponto, à luz do cumprimento, em alguma aberração mental.

O tempo do juízo é mencionado novamente como sete vezes e até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens.

A interpretação termina com uma referência para o coto. Teu reino será certifique-se de ti é melhor traduzida, "teu reino permanecerão para ti." O julgamento não deve durar todo o comprimento do reinado do rei, mas ele receber o reino de volta antes do final de sua vida.

A chave para a interpretação é o pensamento de que o orgulho deve ser humilhado diante do grande Deus do universo. Que Nabucodonosor era um rei orgulhoso é testemunhado não só por esta passagem, mas também pelos registros da Babilônia.

b. The Message (Dn 4:27)

27 Portanto, ó rei, aceita o meu conselho para ti, e quebrar os teus pecados pela justiça, e as tuas iniqüidades, usando de misericórdia com os pobres; se pode haver prolongue a tua tranqüilidade.

Depois de interpretar o sonho, Daniel exorta o rei a mudar seu modo de vida; ele insiste: Quebre os teus pecados pela justiça, ou seja, Daniel não está prometendo o rei uma vida de salvação pelas obras, mas pedindo uma reforma moral "cessar de pecar e realizar a justiça.". A promessa não é que o julgamento será evitado, mas que haverá um alongamento dos dias de paz. Justiça e misericórdia são qualidades necessárias governos terrestres para que possam refletir o padrão divino de governo. Daniel, como os outros profetas antes dele, não tinha medo de proclamar a mensagem da justiça aos homens em lugares altos.

4. de Nabucodonosor Insanity (4: 28-33)

28 Tudo isso veio sobre o rei Nabucodonosor. 29 No final de doze meses, quando passeava no palácio real de Babilônia. 30 falou o rei e disse: Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a morada real, ? pela força do meu poder e para a glória da minha majestade 31 Ainda estava a palavra na boca do rei, quando caiu uma voz do céu, dizendo : Ó rei Nabucodonosor, para ti se diz: O reino tem desviado de ti: 32 e serás tirado dentre os homens; ea tua morada será com os animais do campo; serás comer erva como os bois; e sete vezes sobre ti passarão; até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens, eo dá a quem quer. 33 Na mesma hora a palavra se cumpriu sobre Nabucodonosor, e foi tirado dentre os homens, e comia erva como os bois, e seu corpo foi molhado do orvalho do céu, até que lhe cresceu o cabelo como de águias penas , e as suas unhas como as das aves garras .

Como o capítulo representa uma entrevista com o rei, não se poderia esperar, o rei para ensaiar na primeira pessoa os detalhes da doença. Portanto, eles são lançados a terceira pessoa pelo repórter. O parágrafo primeiro afirma o cumprimento geral do sonho, então descobre os detalhes, revelando a verdade do provérbio: "A soberba precede a ruína, ea altivez do espírito precede a queda" (Pv 16:18 ).

A realização do sonho veio 12 meses depois de ter sido vivida e interpretada, enquanto Nabucodonosor foi . passeava sobre o palácio real de Babilônia Em um poderoso vangloriar o rei declarou: ? Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei ... Durant explica:

Nabucodonosor passou os pedágios deste comércio, os tributos desses sujeitos, e os impostos de seu povo, em embelezar o seu capital e saciar a fome dos sacerdotes. Quase todos os tijolos até agora recuperadas a partir do site da Babilônia conter a inscrição orgulhoso: "Eu sou Nabucodonosor, rei da Babilônia."

Quando o orgulho do homem atingiu o seu pico, o juízo de Deus caiu. A voz do céu falou com o coração ea mente do rei, ó rei Nabucodonosor ... O reino tem desviado de ti (conforme Lc 12:16 ). Estas palavras fizeram saber ao rei a realização do sonho; ele não estava em dúvida quanto ao significado do evento.

Na mesma hora a palavra se cumpriu. A aflição do rei é conhecida como licantropia, uma aflição mental em que o doente pensa que é um animal. Às vezes ele é denominado boanthropy, quando o paciente se vê como uma vaca ou boi. Este é mais quase a natureza do caso do rei, para a conta é clara- comia erva como os bois.

Os críticos do livro de Daniel alegaram que não há registro de qualquer aflição na vida de Nabucodonosor, e que a situação mais de perto se aplica a Nabonido. No entanto, como estudiosos conservadores têm apontado desde a época de Hengstenberg, há duas referências tradicionais que fazem alusão a alguma doença estranha na vida de Nabucodonosor. Um vem de Abydenus através de Eusébio e fala do desaparecimento do rei Nabucodonosor, depois de desfrutar de um momento de êxtase em seu telhado e proferindo uma previsão a respeito de uma mula persa. Outra de Berossus estados, "Após o início da parede do qual falei, Nabuchadonosor adoeceu e morreu, após um reinado de 43 anos." A semelhança destas tradições, com o recorde de Daniel encontra a sua melhor explicação em um evento comum .

5. Conclusão: O Testemunho do Rei (4: 34-37)

34 E, ao fim dos dias, eu, Nabucodonosor, levantei os meus olhos ao céu, e meu entendimento voltou a mim, e eu bendisse o Altíssimo, e louvei, e glorifiquei ao que vive para sempre; porque o seu domínio é um domínio eterno, e seu reino é de geração em geração; 35 e todos os moradores da terra são reputados em nada; e ele o faz de acordo com a sua vontade no exército do céu e os moradores da terra; e ninguém pode deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes? 36 Ao mesmo tempo o meu entendimento voltou a mim; e para a glória do meu reino, minha majestade e brilho voltou a mim; e os meus conselheiros e os meus senhores procuraram a mim; e fui restabelecido no meu reino, e excelente grandeza foi-me acrescentada. 37 Agora eu, Nabucodonosor, louvo e exalto e glorifico ao Rei do céu; para todas as suas obras são verdade, e os seus caminhos justos; e aqueles que andam na soberba ele é capaz de humilhar.

Depois da nota de cumprimento, o registro da entrevista novamente pega o testemunho pessoal do rei. Dois itens destacam-se: o que o rei fez, e o que Deus fez em restaurar o rei à sua antiga posição.

O rei testemunhou, eu ... levantei os meus olhos ao céu. ... eu bendisse o Altíssimo. ... Eu louvei e glorifiquei ao que vive para sempre. Estes sugerem reconhecimento, adoração e glorificação de Deus, cujo domínio é eterno e cuja vontade é onipotente. Se um rei pagão, que encontrou a sanidade é capaz de louvar a Deus em linguagem exaltada como este, quanto mais a cristãos que foram resgatados por Deus em Cristo!

Não só o rei fazer alguma coisa, mas Deus estava ativo em restaurar a sanidade e poder ao monarca destronado. compreensão Minas voltou a mim significa restauração à sanidade e saúde. Como resultado disto, o rei foi restaurada para o seu trono, sua majestade, e seus conselheiros. Em uma explosão de fechamento de exultação ele declara: Agora eu ... louvor e exaltar e homenagear o Rei do Céu. O orgulho foi humilhado eo monarca pagão reconhece o Deus da verdade e da justiça. A lição é simples, mas muitas vezes difícil de aprender, Deus está sempre no trono e controla a mente do homem, bem como as rédeas da história. Tanto a saúde e santidade estão em suas mãos. É de se presumir que outro não arrebatar o trono de Nabucodonosor neste momento porque Daniel, que estava ao lado do rei, preservado para o monarca.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Daniel Capítulo 4 do versículo 1 até o 37
Esse capítulo é um documento ofi-cial babilônio, escrito pelo próprio rei. É a história da conversão dele, e que história! Lembre-se que a história foi escrita sete anos após a experiência; portanto, os versícu-los 1:3-37 são o testemunho pú-blico de Nabucodonosor a respeito do que Deus fez a ele e por ele. Trataremos desses versículos no fim de nosso estudo. Agora, o relato do sonho do rei.

I. O sonho recebido (4:4-18)

Deus enviou esse sonho ao rei em uma época de paz e de prosperi-dade, pois esse sonho era realmen-te uma admoestação divina que o alertava para o fato de que, no fim, seus pecados o alcançariam. Ele sentia-se seguro, mas era uma fal-sa segurança, semelhante à que Je-sus cita na parábola do fazendeiro rico (Lc 12:15-42). O julgamento de Deus cairá quando este mundo perverso repousar em "paz e segu-rança" (1Co 5:3). O único descanso e a única paz verdadeira estão em Jesus Cristo.

O sonho foi este: ele viu uma árvore imensa que cobria a terra toda. Os pássaros e animais se re-fugiavam debaixo dela. E ele ouviu uma voz angélica dizer: "Derribai a árvore". A árvore foi cortada, mas a cepa foi deixada na erva úmida, ata-da com ferro e bronze durante "sete tempos". É desnecessário dizer que o rei ficou muito perturbado com o sonho, ainda mais por já ter recebi-do outro sonho que tratava do futu-ro de seu reino.

O rei reuniu seus homens sá-bios, porém eles não foram capazes de explicar o sonho. Lembre-se do orgulho deles no capítulo 2: "Dize o sonho a teus servos, e daremos a interpretação". Bem, o rei contou- lhes esse sonho, e eles não soube-ram explicá-lo. A sabedoria mun-dana fez com que se vangloriassem de grande sabedoria, contudo eles não podiam entender nem explicar as coisas de Deus (1Co 2:14-46). O rei sabia que apenas um homem podia resolver o problema — Da-niel, o homem do Senhor. Assim, ele chamou Daniel e contou-lhe o sonho que o deixara perplexo. Na-bucodonosor tinha poder, riqueza e glória, mas era incapaz de desven-dar o futuro. O cristão mais pobre é, de longe, mais rico que ele, pois na Palavra temos o projeto de Deus para o futuro.

II. O sonho revelado (4:19-27)

Deus usou Daniel para ser a "luz nas trevas", pois o Senhor revelou o significado do sonho a ele. Mas a revelação deixou o profeta atônito por algum tempo. Talvez por causa do longo tempo de espera pela história do rei. Ficou claro para Da-niel que a mensagem do sonho era séria. Ele não a considerou levia-namente nem a transmitiu desaten-tamente. O verdadeiro profeta está sempre em consonância com sua mensagem, ele sente o peso dela e transmite a Palavra de Deus com fidelidade. Muitas pessoas pensam que a sabedoria e o conhecimento espirituais sempre transmitem ale-gria e testemunho; no entanto, às vezes, trazem sofrimento e silêncio. Leia Ez 10:1-27 e veja a reação do profeta em relação aos 70 anos de cativeiro.

Não é difícil apreender a expli-cação do sonho. A árvore representa Nabucodonosor e seu grande reino (vv. 20-22). Deus, com freqüência, usa uma árvore para retratar um rei-no; por exemplo, em Ezequiel 31 e Mt 13:31-40. A árvore é um bom símbolo de um reino terreno porque está enraizada na terra e de-pende dela para alimento e estabi-lidade. Os animais e as aves que se refugiam sob a árvore e se alimen-tam de seus frutos representam as outras nações que procuram a pro-teção da Babilônia. Com certeza, a Babilônia transformara-se em um reino grande e poderoso. Todavia, isso não era motivo para Nabucodo-nosor vangloriar-se, pois fora Deus quem lhe dera o trono e o reino. Essa era a lição que o rei aprendería de forma difícil.

O "vigilante" e o "santo" é um anjo do Senhor designado para trabalhar no reino babilônio. Da-niel 10:4-20 informa que os anjos são muito ativos em assuntos das nações do mundo. O anjo anun-ciou: "Cortai a árvore", e isso que-ria dizer que o rei Nabucodonosor perdería o trono. Que experiência para o rei! Na verdade, durante sete anos, ele não viveria como ho-mem, mas como um animal. A ár-vore seria cortada, e a cinta de fer-ro impediría seu crescimento, mas o julgamento não seria permanen-te. Após sete anos, Nabucodonosor seria humano de novo, voltaria a raciocinar e subiria ao seu trono em grande glória.

Por que Deus operava dessa maneira na vida do rei? Para ensinar- lhe a humildade. Lembre-se que, na estátua do sonho do rei, a cabeça dele era de ouro, e, no capítulo 3, o rei fez uma estátua toda de ouro a fim de atrair adoração e louvor para si mesmo. Deus mostraria a esse monarca orgulhoso que, de fato, em seu coração ele era um animal. Na verdade, no capítulo 7, Daniel terá uma visão que mostra que todos os impérios não são nada além de ani-mais selvagens. Daniel advertiu o rei de que se arrependesse e mudasse seus caminhos. Ele implorou: "Por-tanto, ó rei, aceita o meu conselho e põe termo, pela justiça, em teus pe-cados e em tuas iniqüidades [...] e talvez se prolongue a tua tranqüili- dade". Afinal, Deus falara com o rei em duas ocasiões distintas — pelo sonho do capítulo 2 e pelo episódio da fornalha, no capítulo 3 — e é pe-rigoso fechar os ouvidos para Deus.

  • O sonho realizado (4:28-37)
  • Aconteceu como Daniel previu. Deus deu um ano para Nabucodo- nosor meditar a respeito da admoes- tação e afastar-se de seus pecados, porém o rei não prestou atenção à advertência. Na verdade, ele se or-gulhava cada vez mais de suas reali-zações. Veja Ec 8:11 e Pro-vérbios 29:1. Todavia, chegou o dia em que o julgamento caiu sobre ele, e a verdadeira natureza bestial do rei revelou-se para todos. Homens tiraram-no do palácio, e ele viveu por sete anos como um animal do campo, comendo ervas como os bois. Quando o Senhor quer humi-lhar um rei orgulhoso, ele faz isso com rapidez e de forma radical.

    Isso não durou para sempre. Após sete anos, Nabucodonosor converteu-se. O primeiro passo (o rei relata) foi: "Levantei os olhos ao céu" (v. 34). Que pena que ele não tenha levantado os olhos para o céu muito antes! "Eu bendisse o Altíssi-mo, e louvei". Com certeza, isso soa como um homem cuja vida mudou pela fé no Senhor. O rei aprendera sua lição: ele não era nada, Deus é tudo. Os versículos 34:35 relatam as várias doutrinas práticas que Nabuco-donosor aprendeu com essa experi-ência de humildade. É trágico que os governantes atuais não consigam ver que não são nada e que Deus é tudo. O versículo 17 afirma essa lição com clareza: "O Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens.

    Voltemos aos versículos 1:3. Eis o poderoso ditador discursando para todas as pessoas do mundo e envian-do-lhes paz. Com certeza, Nabuco-donosor não era conhecido por suas atividades pacíficas, pois era um ho-mem cruel de guerra. O versículo 1 quase parece uma epístola de Pedro, ou de Paulo, do Novo Testamento. Nos versículos 2:3, observe como ele dá toda a glória a Deus e refere-se à grandiosidade do Senhor. De novo, isso não parece coisa desse ditador pagão. Apenas sete anos antes, ele dissera: "Não é esta a grande Babi-lônia que eu edifiquei?". Ele vanglo-riava-se de seu poder e de sua ma-jestade, sem uma sílaba de louvor a Deus ou gratidão ao Senhor. Bem, agora tudo mudou. O rei escreve um documento oficial em que dá testemunho pessoal do que Deus fez por ele. O versículo 37 apresenta a declaração máxima do documento: "Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, exalço e glorifico ao Rei do céu" — não mais a Nabucodono-sor — que "pode humilhar aos que andam na soberba". Nesse capítulo, não temos uma visão antecipada do que acontecerá às nações nos últi-mos dias? No momento em que elas se vangloriarem de sua grandiosida-de e glória, Deus mandará sete anos de julgamento medonho sobre elas e as humilhará. A seguir, no fim do período da tribulação, Cristo retor-nará à terra e estabelecerá seu rei-no. As nações que confiaram nele entrarão no reino glorioso, as outras serão expulsas. Os crentes, como Nabucodonosor, serão convertidos do orgulho e da descrença e desfru-tarão a bênção de Deus.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Daniel Capítulo 4 do versículo 1 até o 37
    4.1 Este capítulo está na forma de um depoimento do próprio rei.
    4.2 A declaração deste versículo e também a do seguinte, contêm tanta linguagem dos fiéis na boca de um rei pagão, que muitos duvidam do valor histórico do trecho - mas isto é ignorar que influência Daniel teve no Palácio real.
    4.5 Mais um sonho à noite: se as atividades do rei, e as honras que recebera, fizeram-no afastar-se de Deus, tinha, então, Deus, todos os meios de alcançá-lo a sós, Ap 2:23;Sl 139:1-19.

    4.13 Um vigilante. Uma palavra que indica um ser sem corpo mortal; que nunca dorme, que reconhecemos como um anjo de Deus.

    4.14 A perda de todas as características de nobreza e autoridade em Nabucodonosor.
    4.15 A cepa. O restante, básico, como se lê em Is 6:13.

    4.16 Coração. É comum nos sonhos que o símbolo inanimado passe de súbito a ter uma aplicação pessoal. Sete tempos. Sete anos.

    4.17 Eis aqui o conteúdo da lição que o grande rei ainda precisava aprender; eis o motivo justo e benigno de um castigo tão forte.
    4.19 Atônito. Daniel tinha verdadeira estima por Nabucodonosor, que um grande homem tem por outro. Se o livro de Daniel tivesse sido escrito pelos fundadores da seita dos fariseus, segundo a teoria popular, não teriam eles inventado tal amizade entre os dois.

    4.22 És tu, ó rei. Desde o princípio, o rei devia ter reconhecido que ele mesmo era visado na mensagem noturna, daí seu espanto.

    4.23 Atado com cadeias. A expressão é aplicável tanto à maneira de proteger uma árvore valiosa, como a de preservar um maníaco.

    4.25 O rei será acometido de distúrbio mental que o fará fugir da vida humana e escolher a de um irracional - assim aquele que ficava bêbado com os louvores dos homens também vai ser ensinado por Deus a ser racional e sábio nas coisas eternas, até compreender a natureza da Providência divina e o domínio de Deus. • N. Hom. A mensagem do sonho podia ter desviado o rei do seu caminho de soberba, polo conselho do profeta (v. 27), mas o seu grande orgulho (v. 30) exigiu uma grande cura feita pelo Médico dos médicos (v. 33), pois se alguém diz que a tortura teria sido cruel demais, então só Nabucodonosor é que tem o direito de se queixar, mas ei-lo dando glória a Deus, v. 37. Devemos estar prontos a, ver no sofrimento a oportunidade, de Deus nos guiar pela Sua mão até a os céus.
    4.26 O céu domina. Insista-se muito na lição a ser aprendida pelo rei: a doutrina da providência divina e da mordomia humana de coisas que pertencem a Deus, ao céu, segundo esta expressão.

    4.27 Tuas iniqüidades. Daniel se mostrara verdadeiro profeta em anunciar a solução divina para o problema do rei, e agora não podia deixar de, sendo profeta, avisar ao rei contra os terríveis efeitos dos seus pecados de injustiça social.

    4.29 Doze meses. Houve a possibilidade do arrependimento.

    4.30 Glória do minha majestade. O rei está reivindicando dois qualificativos: que tradicionalmente se reservam ao próprio Deus.

    4.31 Já passou. Um provérbio inglês diz que a soberba, precede a uma queda, mas aqui se vê que a queda já está definida pela soberba.

    4.33 É o único versículo que o rei não podia ter escrito, pois ele nem deve ter sabido o que lhe aconteceu quando Deus lhe tirou a capacidade de pensar e lhe deixou sem meios de comunicação com os homens.
    4.34 Bendisse o Altíssimo. A verdadeira adoração que provém da experiência própria, não se tratando, pois, apenas da influência dos três de seus oficiais 3:29.

    4.35 A linguagem de Isaías, que tinha profetizado o cativeiro do povo de Deus e sua libertação final (Is 40:17; Is 43:13; Is 45:9).

    4.36 Buscaram-me. Os oficiais do império recomeçaram a recorrer a ele como rei. Não quer dizer que a ilustre monarca tinha sido abandonado na floresta. Restabelecido. Era do interesse dos grandes conservar o mesmo rei, ainda que doente, pois a queda do rei significava a queda de toda a hierarquia.

    4.37 Humilhar. Deus tem poder para converter o coração humano.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Daniel Capítulo 4 do versículo 1 até o 37
    IV. A LOUCURA DE NABUCODONOSOR
    (4:1-37)
    Numa carta a seus súditos, Nabucodonosor explica por que ele havia decidido adorar o Deus de um povo pequeno, subjugado e deportado (v. 1-3). Os v. 19-33 estão numa narrativa em terceira pessoa, contrastando com a primeira pessoa dos versículos iniciais e finais; a mudança pode ter sido usada para efeitos dramáticos.

    1) O sonho do rei (4:4-18)
    Quando tudo estava bem, mais um sonho pressagioso afligiu o rei; dessa vez, ele conseguiu lembrar o sonho, mas os seus experts ficaram perplexos novamente. Como alto oficial de Estado, Daniel foi chamado por último, tratado pelo rei pelo seu nome babilónico (também nos v. 9,18,19); conforme 1.7 acerca da declaração orgulhosa em homenagem ao nome do meu deus, e o espírito dos santos deuses: “inspirado”; o plural “deuses” provavelmente está correto, v. 10-12. Anteriormente, havia sido uma enorme imagem; agora, era uma grande árvore o objeto central, em cada caso representando o próprio rei. Uma árvore viçosa e exuberante representava a prosperidade (conforme Sl 1:3), atraindo os homens e os animais em busca de abrigo e descanso, v. 13. uma sentinela, um anjo: o v. 17 mostra que ele era um agente da Trindade, reflexo celestial dos serviços de informação dos reis terrenos, como em Zc 1:10; Zc 3:10, com poder de agir com base no que observava, v. 14. A sentença foi severa, mas não fatal, visto que permaneceu um toco (v. 15); conforme Is 6:13. presos...-. evoca diversas explicações. Se a personificação da frase seguinte já começou, o que talvez se esteja sugerindo são as restrições mentais da loucura; se a árvore continua, uma proteção contra danos, ou um artifício para impedir o crescimento. Nenhuma dúvida do significado ficou nas palavras seguintes Ele será molhado..., e daí o desespero do rei. v. 16. sete tempos-, o aram. de “tempos” significa “um período específico”, indefinido nesse caso; nada há que favoreça anos (versus épocas) ou qualquer outra medida de tempo. v. 17. para que todos os que vivem saibam-. toca no efeito mais abrangente, produzido pelo rei, que decide divulgar esse relato. Ninguém poderia saber sem uma interpretação confiável.


    2) A interpretação (4:19-27)
    A hesitação agora foi de Daniel, quando percebeu a mensagem aterradora do sonho, v. 19. Ele respondeu ao encorajamento elegante do rei, com estilo apropriado à corte, dando pistas sutis de um prognóstico desfavorável. v. 20,21. Daniel repetiu a descrição, exceto pela expressão na qual havia alimento para todos, para aumentar o impacto do seu veredicto, és tu, ó rei. v. 22-26. Há um pouco de lisonja convencional nessa caracterização (conforme 2.38), pois Nabucodonosor estava consciente dos perigos da Média no leste e dos gregos no oeste, fora do seu domínio. Por maior que fosse, o rei estava sujeito ao decreto do Altíssimo. A árvore era uma metáfora; a metamorfose do homem seria real. o teu reino te será devolvido quando reconheceres..:, a experiência seria real, desagradável, mas essencial para que o orgulho do rei não voltasse à tona, e teria a promessa de segurança depois desse período, os Céus dominam-, esse é o exemplo mais antigo desse termo que representa a Deus, amplamente usado em anos posteriores, e.g., Lc 15:18. v. 27. A interpretação conclui com uma exortação para que ele se comportasse como se esperava dos reis, aliás, como nas suas inscrições Nabucodonosor afirma ter feito. Talvez, então, continues a viver em paz: é melhor entender essa expressão como referência ao tempo após o rei ter reconhecido o Altíssimo, como Young entende, e não como um arrependimento que poderia anular o decreto. Porteous observa que Nabucodonosor “recebeu a verdade principal que ele tinha de aprender sem interpretação, mas uma verdade geral tem pouca influência, a não ser que seja apropriada pelo indivíduo. Nabucodonosor precisa primeiro aprender humildade antes que possa se apropriar realmente da verdade geral da soberania de Deus”.


    3) O cumprimento (4:28-37) v. 29. Doze meses não tinham produzido mudança do cenário. Com a evidência do seu poder diante dos seus pés, o rei falou palavras semelhantes àquelas gravadas em milhares de tijolos das suas construções e em inscrições mais longas e jactanciosas. v. 31. veio do céu uma voz: não houve mediador humano, v. 33. A sentença [...] cumpriu-se: o mestre dos homens preferiu a postura dos servos do homem, os animais; todo o cuidado e interesse pessoal tinham desaparecido. O rei viveu em campo aberto, longe dos seus semelhantes (conforme 39:5-18), sofrendo de uma enfermidade conhecida na medicina como licantropia, um tipo de esquizofrenia. Os babilônios consideravam esse comportamento um sinal da ira divina, v. 34. A doença durou o tempo anunciado e teve o seu efeito desejado. O rei orou a Deus, e foi restaurado à sanidade, sendo o reconhecimento da preeminência de Deus o único caminho para a sanidade de qualquer homem. O louvor que Nabucodonosor presta a Deus amplia as suas palavras iniciais: o governo de Deus não é limitado pela morte, nem os seus desejos, contrariados por seus súditos, v. 36. Vendo que ele estava no seu perfeito juízo, aperfeiçoado, aliás, os nobres mostraram-se ansiosos por uma audiência, e a reputação do rei melhorou, v. 37. Todo o propósito da enfermidade foi concluído com a declaração final do rei. o Rei dos céus é uma expressão singular no ATOS, embora seja um título comum dos deuses babilónicos, os deuses cujo poder nunca havia sido percebido dessa forma.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Daniel Capítulo 4 do versículo 1 até o 37

    Dn 4:1.

    Começando com uma pequena saudação (vs. Dn 4:1-3), seguida das palavras do próprio rei sobre as circunstâncias na cone (vs. Dn 4:4-9), ele apresenta a narrativa de um sonho (vs. Dn 4:10-18), que Daniel interpretou (vs, 19-27), e que se cumpriu nas experiências humilhantes de Nabucodonosor (vs. Dn 4:28-33), seguidas de maneira feliz pela recuperação e restauração do rei (vs. Dn 4:34-37).


    Moody - Comentários de Daniel Capítulo 4 do versículo 6 até o 7

    6, 7. Apelar para os seus conselheiros não tinha propósito. Esse grupo de pomposos charlatães já há muito devia ter sido desfeito.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Daniel Capítulo 4 do versículo 1 até o 18
    IV. SEGUNDO SONHO INTERPRETADO POR DANIEL Dn 4:1-37

    a) O sonho de Nabucodonosor (Dn 4:1-18)

    A doxologia (1-3), com a qual tem início o quarto capítulo, apresenta algumas dificuldades, visto que sua linguagem exibe familiaridade com o pensamento bíblico, e alguns mantêm que isso é de estranhar, tendo vindo da parte de um monarca pagão. Não nos devemos esquecer, todavia, que Daniel exercia influência sobre o rei e que a linguagem teocrática do edito provavelmente se deve à influência de Daniel.

    >Dn 4:8

    Nabucodonosor assevera que havia tido um sonho que os caldeus não tinham podido interpretar, mas que Daniel, no qual há o espírito dos deuses santos (8) havia interpretado o sonho. Essa frase particular poderia ser parafraseada como "aquilo que pertence à verdadeira deidade pode ser encontrado em Daniel". Talvez o motivo pelo qual o rei não convocou Daniel imediatamente tenha sido, não que ele se esquecera de Daniel, mas por haver percebido que o sonho dizia respeito à humilhação que teria de sofrer nas mãos do Deus de Daniel. Ele nada queria ter com o Deus de Daniel, até que fosse obrigado a apelar para Ele, impelido por necessidade extrema.

    >Dn 4:10

    Nos versículos 10:18 é relatado o conteúdo do sonho. No meio da terra (10); isto é, a árvore ocupava sobre a terra uma posição central que assim atraía a atenção. Evidentemente o rei reconheceu a si mesmo nesse simbolismo. Um vigia, um santo (13); isto é, um vigia que era santo; somente um indivíduo é referido aqui. A linguagem é própria do paganismo, pois foi o rei quem falou. Provavelmente o rei, ao mencionar o vigia, se referia aos anjos que conhecia devido à religião babilônica. No versículo 16 o tronco da árvore é personificado. Seu coração deveria ser transformado "para" o que não era humano. Isso seria feito até que passem sobre ele sete tempos (ou períodos de tempo, cuja duração não é declarada). Visto que a duração do tempo não é revelada, não nos assiste o direito de identificar a duração em termos de anos. O rei interpreta o decreto como tendo sido originado nos santos (17), mas essa interpretação pagã é repudiada por Daniel, que afirma tratar-se do decreto do Altíssimo que viera sobre o rei (24).


    Dicionário

    Babilônia

    substantivo feminino Metrópole construída sem planificação: o antigo bairro virou uma babilônia.
    Figurado Babel; ausência de ordem, de regras; grande confusão e desordem.
    História Antiga cidade da região da Mesopotâmia, situada entre os rios Eufrates e Tigre, atualmente constitui o território do Iraque.
    Etimologia (origem da palavra babilônia). Do latim babylonius.a.um.

    Babilônia, Bavêl, em hebraico, está relacionada com a palavra Bilbul, que significa mistura, confusão. Bavêl corresponde ao mundo e suas nações, onde o sagrado, o mundano e o proibido estão todos misturados e é difícil diferenciá-los.

    Babilônia
    1) Nome de uma região e de sua capital (Gn 10:10), NTLH; (2Rs 20:12). A cidade foi construída na margem esquerda do rio Eufrates, onde agora existe o Iraque. (Gn 11:1-9) conta como a construção de uma torre ali não foi terminada porque Deus confundiu a língua falada pelos seus construtores.
    2) Provavelmente Roma (1Pe 5:13); (Ap 14:8); 16.19;

    Decreto

    substantivo masculino Ordem, decisão ou determinação legal, emitida por uma autoridade superior, pelo chefe de Estado, por uma instituição, civil ou militar, laica ou religiosa.
    [Jurídico] Mandado expedido judicialmente: decreto de confisco de bens; decreto de busca e apreensão.
    Intenção; ação que expressa ou manifesta um desejo, uma vontade: decreto de Deus.
    Etimologia (origem da palavra decreto). Do latim decretum.i.

    substantivo masculino Ordem, decisão ou determinação legal, emitida por uma autoridade superior, pelo chefe de Estado, por uma instituição, civil ou militar, laica ou religiosa.
    [Jurídico] Mandado expedido judicialmente: decreto de confisco de bens; decreto de busca e apreensão.
    Intenção; ação que expressa ou manifesta um desejo, uma vontade: decreto de Deus.
    Etimologia (origem da palavra decreto). Do latim decretum.i.

    lei; aviso, resolução. – Decreto é “o que se determina” (num caso Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 335 particular); lei é “o que se estatui ou se prescreve para casos gerais, como fixando princípios que os devem reger”. No entender de Lacerda, “decreto, segundo a origem, exprime a ação de discutir e julgar, é o resultado das opiniões dos que discerniram, isto é, debateram e tomaram resolução acerca de alguma coisa. – Lei é a expressão da vontade soberana, e é nela que repousa a ordem pública. As cortes decretam, e os seus decretos só têm força de lei pela aceitação do soberano”. Bruns., que diz haver Lacerda compreendido mal estes dois vocábulos, nem por isso foi mais feliz, explicando-nos que “no regímen atual, só os corpos legislativos podem fazer leis propriamente ditas. Qualquer lei que tenha outra origem – se tal origem for elevada – é apenas um decreto. A lei é a expressão da vontade de todos; o decreto é a medida que um ministro julga útil”. – Quanto a decreto, pelo menos, é Lacerda quem está com a verdadeira noção. É ele que se concilia com outros sinonimistas, mesmo quanto à lei. – “Decreto”, diz Alves Passos, “vem do latim discernere, e exprime a ação de discutir e julgar – é o resultado das opiniões dos que discerniram. – Lei é a expressão da vontade soberana, e é sobre ela que repousa a ordem pública. (Lacerda, como se viu, repete esta definição.) Os parlamentos decretam, e os seus decretos só adquirem força de lei pela aceitação do soberano. ‘As Cortes... decretaram, e nós sancionamos a lei seguinte...’ – assim se verifica entre nós a promulgação das leis”. – Em outra parte, tratando de decisões de concílio, cânones e decretos, escreve o mesmo autor: “Decisões de Concílio são todas as suas determinações a respeito das matérias da sua competência: é o termo genérico, que abrange cânones e decretos. – Cânones são as decisões relativas ao dogma e à fé, e são obrigatórios para todos os fiéis sem exceção de pessoa, porque são sancionados pela autoridade do Espírito Santo, cuja assistência perpétua foi prometida à Igreja51. – Decretos são as decisões que regulam a disciplina eclesiástica: os decretos dos Concílios não são obrigatórios num Estado senão depois de obterem a sanção e assentimento do Rei e dos Prelados nacionais”. – Lafaye trata largamente dos dois vocábulos, ilustrando, como sempre faz, de grande número de exemplos clássicos as suas definições. Mas Bourg. e Berg. resumem perfeitamente o melhor nestes termos: “A lei (do latim lex) é uma determinação emanada de uma autoridade, e ordenando ou proibindo certas coisas: é um termo geral que exprime a vontade de todos e se aplica a todos. O decreto (do latim decretum, supino do verbo decernere52 ‘decidir’) é, ao contrário, particular no seu objeto e em sua origem: um decreto pode não aplicar-se senão a uma pessoa, ou a um pequeno número de pessoas, e pode não tratar senão de um só ponto (ou de uma só questão). Em suma, o decreto exprime apenas a vontade de um só homem, ou de um pequeno número de homens: não é, pois, essencialmente obrigatório, como a lei, para todos, e em todas as circunstâncias. É uma lei que, nos países livres, fixa o orçamento e a taxa do imposto; é por decretos que são nomeados os altos funcionários. Além de tudo, decreto serve muitas vezes para designar as mesmas prescrições da lei: devemos todos obedecer aos decretos desta lei. Enfim, os decretos podem adquirir força de lei, tornar-se leis verdadei51 Cânones corresponde a leis na ordem temporal. 52 Viu-se que Alv. Pas. dá como do latim discernere. É evidente que se engana; pois discernere não só não dá no supino decretum, e sim discretum, como é decernere que significa “julgar”, “decidir”, “pôr termo”; enquanto que discernere quer dizer “separar”, “diferençar”, “distinguir”, “discernir”. 336 Rocha Pombo ras, mediante certas sanções: é assim que as decisões do conselho dos Quinhentos traziam o nome de decretos, até que fossem transformadas em leis pela sanção do conselho dos Anciãos”. – Os dois últimos vocábulos do grupo distinguem-se deste modo: aviso é uma decisão, dentro da lei, é claro (ou interpretando, explanando pontos ambíguos ou confusos da lei), e em caso concreto, de administração, ou mesmo de direito; resolução, aqui53, é decreto ou aviso (mais propriamente decreto) estatuindo o que convém sobre uma dada questão ou matéria, ou em caso ocorrente. Aviso aplica-se particularmente a atos de ministros; os corpos legislativos tomam também resoluções.

    Decreto
    1) Ordem de um chefe de Estado ou de outra alta autoridade, com força de lei (At 17:7)

    2) Ordem divina (Sl 119:16), RA).

    Fossar

    verbo transitivo Revolver a terra com a tromba.
    Figurado Meter o nariz em negócios alheios; bisbilhotar.

    Interpretação

    substantivo feminino Ação de interpretar, de perceber o sentido de algo ou de atribuir um sentido a algo; explicação: interpretação de um texto, de um sonho.
    Comentário crítico: interpretação de uma obra.
    [Teatro] Modo de representação que o ator atribui ao trabalho que representa.
    [Artes] Modo como uma obra dramática, musical, coreográfica é representada ou dançada.
    [Música] Ação de tornar sensível a um ouvinte o conteúdo de uma partitura: uma boa interpretação musical.
    expressão Interpretação fotográfica. Indicação, em uma cópia, das informações descobertas numa fotografia aérea, para exploração da área; fotointerpretação.
    Etimologia (origem da palavra interpretação). Do latim interpretatio.onis.

    Presença

    substantivo feminino Fato de uma pessoa estar num lugar específico; comparecimento.
    Existência de uma coisa em um lugar determinado: presença de mosquitos.
    Fato de existir, de ter existência real num local; existência: a presença de índios na Amazônia.
    Participação em alguma coisa: sua presença trouxe glamour ao evento.
    Figurado Manifestação de uma personalidade forte capaz de chamar a atenção dos demais: sempre foi um sujeito sem presença.
    Figurado Algo ou alguém que não se consegue ver, mas que se sente por perto: sinto sua presença sempre comigo.
    Etimologia (origem da palavra presença). Do latim praesentia.ae.

    presença s. f. 1. Fato de estar presente. 2. Existência, estado ou comparecimento de alguém num lugar determinado. 3. Existência de uma coisa em um dado lugar. 4. Aspecto da fisionomia. 5. Modos, porte. 6. Juízo, opinião, parecer, voto.

    Saber

    verbo transitivo direto , transitivo indireto e intransitivo Ter conhecimento; ficar ou permanecer informado; conhecer: saber o horário das aulas; sei que amanhã irá chover; nunca soube o que se passava com ela; era humilhado e não se opunha.
    verbo transitivo direto Expressar conhecimentos determinados: saber cantar; saber dançar.
    Suspeitar sobre; pressentir: sabia que ele conseguiria vencer.
    Possuir capacidade, habilidade para; conseguir: soube fazer os exercícios.
    Alcançar alguma coisa; fazer por merecer: soube aceitar os prêmios.
    verbo transitivo direto predicativo Julgar ou possuir como; considerar: sempre o sabia apaixonado.
    verbo transitivo indireto e intransitivo Sentir o sabor de; possuir sabor de: os doces não sabem a nada; soube-me bem aquele bolo.
    substantivo masculino Conjunto de conhecimentos; em que há sabedoria; erudição: buscava esforçosamente o saber.
    Etimologia (origem da palavra saber). Do latim sapere.

    verbo transitivo direto , transitivo indireto e intransitivo Ter conhecimento; ficar ou permanecer informado; conhecer: saber o horário das aulas; sei que amanhã irá chover; nunca soube o que se passava com ela; era humilhado e não se opunha.
    verbo transitivo direto Expressar conhecimentos determinados: saber cantar; saber dançar.
    Suspeitar sobre; pressentir: sabia que ele conseguiria vencer.
    Possuir capacidade, habilidade para; conseguir: soube fazer os exercícios.
    Alcançar alguma coisa; fazer por merecer: soube aceitar os prêmios.
    verbo transitivo direto predicativo Julgar ou possuir como; considerar: sempre o sabia apaixonado.
    verbo transitivo indireto e intransitivo Sentir o sabor de; possuir sabor de: os doces não sabem a nada; soube-me bem aquele bolo.
    substantivo masculino Conjunto de conhecimentos; em que há sabedoria; erudição: buscava esforçosamente o saber.
    Etimologia (origem da palavra saber). Do latim sapere.

    Saber é o supremo bem, e todos os males provêm da ignorância.
    Referencia: DENIS, Léon• No invisível: Espiritismo e mediunidade• Trad• de Leopoldo Cirne• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 22

    O saber é qual árvore de crescimento demorado: todos os anos lhe caem as folhas que serviram para sua nutrição; ela, porém, se mostra, lenta mas firmemente, aumentada na altura e na grossura. [...]
    Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 13

    [...] saber é duvidar, porque é apreender que nada se sabe. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 13a efusão

    [...] O saber, no seu verdadeiro e reto uso, é a mais nobre e mais poderosa aquisição dos homens. [...]
    Referencia: WANTUIL, Zêus e THIESEN, Francisco• Allan Kardec: meticulosa pesquisa biobibliográfica e ensaios de interpretação• Rio de Janeiro: FEB, 1979-1980• 3 v• - v• 1, cap• 14

    [...] Quantas criaturas há, no meio espírita, que não têm condições de fazer amplos estudos da Doutrina, talvez até desconheçam os mais credenciados autores de nossa leitura e, no entanto, vivem a Doutrina pelo exemplo... Pode ser que não tenham estrutura intelectual para dissertar sobre uma tese espírita, mas absorvem o pensamento da Doutrina às vezes muito mais do que gente intelectualizada. E entre elas, não poderá haver Espíritos que já trazem muito conhecimento de outras vidas? Parece que sim. Tudo nos conduz afinal o raciocínio a um ponto de remate: também na seara espírita, como em qualquer seara do conhecimento, o saber da erudição e da pesquisa é necessário, tem o seu inegável valor. Mas o saber daqueles que não são cultos perante os valores intelectuais e, no entanto, vivem a Doutrina através da experiência cotidiana, é claro que têm muita autoridade pelo exemplo!
    Referencia: AMORIM, Deolindo• Análises espíritas• Compilação de Celso Martins• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 20


    Sonho

    os orientais, e particularmente os judeus, tinham em grande consideração os sonhos, e recorriam, para a sua interpretação àqueles que diziam saber explicá-los. Vê-se quanto é antigo esse costume, na história do padeiro e copeiro-mór de Faraó (Gn
    40) – o próprio Faraó (Gn 41), e Nabucodonosor (Dn 2), quiseram, também, que fossem explicados os seus sonhos. os midianitas davam crédito a essas representações mentais, como parece depreender-se daquele sonho que um midianita relatou ao seu companheiro, em cuja interpretação Gideão viu um feliz prognóstico (Jz 7:13-15). Considerai também os sonhos de Abimeleque (Gn 20:3a 7), de Labão (Gn 31:24), de José (Mt 1:20), dos Magos (Mt 2:12), e da mulher de Pilatos (Mt 27:19). E cuidadosamente deve ser notado que maior número de sonhos eram concedidos àqueles que não tinham a vantagem de viver sob o pacto judaico.

    do Latim somniu

    Conjunto de ideias e imagens mais ou menos confusas e disparatadas, que se apresentam ao espírito durante o sono; utopia; ficção; fantasia; visão; aspiração.


    O sonho é a lembrança do que o Espírito viu durante o sono. [...] Os sonhos são efeito da emancipação da alma, que mais independente se torna pela suspensão da vida ativa e de relação. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 402

    [...] podem ser: uma visão atual das coisas presentes, ou ausentes; uma visão retrospectiva do passado e, em alguns casos excepcionais, um pressentimento do futuro. Também muitas vezes são quadros alegóricos que os Espíritos nos põem sob as vistas, para dar-nos úteis avisos e salutares conselhos, se se trata de Espíritos bons; para induzir-nos em erro e nos lisonjear as paixões, se são Espíritos imperfeitos os que no-lo apresentam. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 101

    Os sonhos são o resultado da liberdade do Espírito durante o sono; às vezes são a recordação dos lugares e das pessoas que o Espírito viu ou visitou nesse estado. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3, it• 137

    [...] é a liberdade condicionada que todas as noites experimentamos, como consolo às tribulações da vida encarnada.
    Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 56

    [...] o sonho ordinário, puramente cerebral [é] simples repercussão de nossas disposições físicas ou de nossas preocupações morais. É também o reflexo das impressões e imagens arquivadas no cérebro durante a vigília. [...] Por último vêm os sonhos profundos, ou sonhos etéreos, o Espírito se subtrai à vida física, desprende-se da matéria, percorre a superfície da Terra e a imensidade, onde procura os seres amados, seus parentes, seus amigos, seus guias espirituais. Vai, não raro, ao encontro das almas humanas, como ele desprendidas da carne durante o sono, com as quais se estabelece uma permuta de pensamentos e desígnios. Dessas práticas conserva o Espírito impressões que raramente afetam o cérebro físico, em virtude de sua impotência vibratória. Essas impressões se gravam, todavia, na consciência, que lhes guarda os vestígios, sob a forma de intuições, de pressentimentos, e influem, mais do que se poderia supor, na direção da nossa vida, inspirando os nossos atos e resoluções. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• No invisível: Espiritismo e mediunidade• Trad• de Leopoldo Cirne• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 13

    Segundo os antigos, existem duas espécies de sonhos: o sonho propriamente dito, em grego, onar, é de origem física, e o sonho repar, de origem psíquica. Encontra-se esta distinção em Homero, que representa a tradição popular, assim como em Hipócrates, que é representante da tradição científica. Muitos ocultistas modernos adotaram definições análogas. Em tese geral, segundo eles dizem, o sonho propriamente dito seria um sonho produzido mecanicamente pelo organismo, e o sonho psíquico um produto da clarividência adivinhadora; ilusório um, verídico o outro. É, porém, às vezes, muito difícil estabelecer uma limitação nítida e distinta entre essas duas classes de fenômenos. O sonho vulgar parece devido à vibração cerebral automática, que continua a produzir-se no sono, quando a alma está ausente. Estes sonhos são, muitas vezes, absurdos; mas este mesmo absurdo é uma prova de que a alma está fora do corpo físico e deixou de regular-lhe as funções. Com menos facilidade nos lembramos do sonho psíquico, porque não impressiona o cérebro físico, mas somente o corpo psíquico, veículo da alma que está exteriorizada no sono.
    Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 5

    [...] O sonho é para a alma o que é o ar para o pássaro, o que a vista das estrelas é para o prisioneiro. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 13a efusão

    [...] o chamado processo de controle de sonho [...] [é assim descrito por Mr. Muldoon:] [...] Ao sonharmos, estamos no plano astral ou extra-físico. Assim sendo, entramos no astral cada vez que vamos dormir e o corpo sutil se destaca do corpo físico, conservando-se a maior ou menor distância deste. O objetivo, então, será o de fazer coincidir a ação individual, no sonho, com a ação do próprio perispírito. Quando isso ocorrer, o corpo astral se desdobra. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Sobrevivência e comunicabilidade dos Espíritos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 3

    [...] afora ligeiras intercorrências de fundo fisiológico, é lembrança das atividades do Espírito nos planos em que é chamado à verificação de valores próprios, no campo da compreensão imortalista que edifica situações conscienciais, quando, durante o sono, adquire uma liberdade relativa de locomoção nas esferas extraterrenas peculiares a cada posição evolutiva da alma.
    Referencia: Ó, Fernando do• Apenas uma sombra de mulher• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

    [...] os sonhos são fatos ou acontecimentos que já se passaram, estão se realizando, ou vão suceder mais hoje, mais amanhã. [...]
    Referencia: Ó, Fernando do• Uma luz no meu caminho• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 2

    Todos eles [sonhos] revelam, em sua estrutura, como fundamento principal, a emancipação da alma, assinalando a sua atividade extracorpórea, quando então se lhe associam, à consciência livre, variadas impressões e sensações de ordem fisiológica e psicológica.
    Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 17

    Toda comunicação obtida durante o sono deve ser classificada entre os sonhos, com a diferença, porém, de que os sonhos ordinários provêm geralmente de recordações, ou da luta da matéria com o Espírito, ao passo que os sonhos da natureza do de José são revelações [...].
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

    Na maioria das vezes, o sonho constitui atividade reflexa das situações psicológicas do homem no mecanismo das lutas de cada dia. Em determinadas circunstâncias, contudo, como nos fenômenos premonitórios, ou nos de sonambulismo, em que a alma encarnada alcança elevada porcentagem de desprendimento parcial, o sonho representa a liberdade relativa do espírito prisioneiro da Terra, quando, então, se poderá verificar a comunicação inter vivos, e, quanto possível, as visões proféticas, fatos esses sempre organizados pelos mentores espirituais de elevada hierarquia, obedecendo a fins superiores, e quando o encarnado em temporária liberdade pode receber a palavra e a influência diretas de seus amigos e orientadores do plano invisível.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 49


    Sonho Série de cenas vistas durante o sono. Nos tempos antigos foi usado por Deus para comunicar mensagens às pessoas (Gn 20:3); (Nu 12:6); (1Rs 3:5); (Mt 1:20). É usado também na MAGIA, pela qual se procura conhecer o futuro e obter conhecimentos ocultos (Dt 13:1-3); (Jr 23:25-28); (Zc 10:2).

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Daniel 4: 6 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Por isso fiz um decreto, para que fossem introduzidos à minha presença todos os sábios de Babilônia, para que me declarassem a interpretação do sonho.
    Daniel 4: 6 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    582 a.C.
    H1768
    dîy
    דִּי
    quem, o qual, que indicação do genitivo
    (forasmuch)
    Partícula
    H2445
    chakkîym
    חַכִּים
    cidade da Palestina na costa do Mediterrâneo, localizada junto às tribos de Dã e Efraim, e
    (Joppa)
    Substantivo - dativo feminino no singular
    H2493
    chêlem
    חֵלֶם
    ()
    H2942
    ṭᵉʻêm
    טְעֵם
    .. .. ..
    (.. .. ..)
    Substantivo
    H3046
    yᵉdaʻ
    יְדַע
    conhecer
    (it known)
    Verbo
    H3606
    kôl
    כֹּל
    Porque
    (because)
    Substantivo
    H4481
    min
    מִן
    de / a partir de / de / para
    (from)
    Prepostos
    H5954
    ʻălal
    עֲלַל
    entrar, ir para dentro, vir para dentro
    (went in)
    Verbo
    H6591
    pᵉshar
    פְּשַׁר
    ()
    H6925
    qŏdâm
    קֳדָם
    antes
    (before)
    Prepostos
    H7761
    sûwm
    שׂוּם
    pôr, fazer, designar
    (has been issued)
    Verbo
    H895
    Babel
    בַּבֶל
    da Babilônia
    (of Babylon)
    Substantivo


    דִּי


    (H1768)
    dîy (dee)

    01768 די diy (aramaico)

    aparentemente procedente de 1668; DITAT - 2673 part de relação

    1. quem, o qual, que indicação do genitivo
    2. aquele que, o que pertence a, aquilo conj
    3. que, porque

    חַכִּים


    (H2445)
    chakkîym (khak-keem')

    02445 חכים chakkiym (aramaico)

    procedente de uma raiz correspondente a 2449; DITAT - 2729a; adj

    1. homem sábio, sábio

    חֵלֶם


    (H2493)
    chêlem (khay'-lem)

    02493 חלם chelem (aramaico)

    procedente de uma raiz correspondente a 2492; DITAT - 2730; n m

    1. sonho

    טְעֵם


    (H2942)
    ṭᵉʻêm (teh-ame')

    02942 טעם t e ̂ em̀ (aramaico)

    procedente de 2939, e equivalente a 2941; DITAT - 2757a; n m

    1. decreto, gosto, juízo, ordem
      1. sabor
      2. juízo, discrição
      3. relatório
      4. ordem

    יְדַע


    (H3046)
    yᵉdaʻ (yed-ah')

    03046 ידע y eda ̂ (aramaico)̀

    correspondente a 3045; DITAT - 2765; v

    1. conhecer
      1. (Peal) conhecer
      2. (Afel) deixar alguém saber, comunicar, informar, fazer conhecer

    כֹּל


    (H3606)
    kôl (kole)

    03606 כל kol (aramaico)

    correspondente a 3605; DITAT - 2789; n m

    1. todo, tudo, a totalidade
      1. a totalidade de, tudo
      2. todo, toda, todos, todas, nenhum

    מִן


    (H4481)
    min (min)

    04481 מן min (aramaico)

    correspondente a 4480; DITAT - 2833; prep

    1. de, fora de, por, em razão de, em, mais que
      1. de, fora de (referindo-se a lugar)
      2. de, por, como resultado de, em razão de, em, de acordo com (de fonte)
      3. de (referindo-se ao tempo)
      4. além, mais que (em comparações)

    עֲלַל


    (H5954)
    ʻălal (al-al')

    05954 עלל ̀alal (aramaico)

    correspondente a 5953 (no sentido de impelir em), para entrar; DITAT - 2911; v

    1. entrar, ir para dentro, vir para dentro
      1. (Peal) entrar, vir para dentro
      2. (Afel) fazer entrar, introduzir
      3. (Hofal) ser trazido para dentro

    פְּשַׁר


    (H6591)
    pᵉshar (pesh-ar')

    06591 פשר p eshar̂ (aramaico)

    procedente de 6590; DITAT - 2949a; n. m.

    1. interpretação (de sonho)

    קֳדָם


    (H6925)
    qŏdâm (kod-awm')

    06925 קדם qodam (aramaico) ou קדם q edam̂ (aramaico) (Dn 7:13)

    correspondente a 6924; DITAT - 2966a; prep.

    1. antes, diante de
      1. diante de
      2. defronte de

    שׂוּם


    (H7761)
    sûwm (soom)

    07761 שום suwm (aramaico)

    correspondente a 7760; DITAT - 3006; v.

    1. pôr, fazer, designar
      1. (Peal)
        1. fazer, decretar, estabelecer (decreto)
        2. fazer, designar
        3. estabelecer, fixar
      2. (Itpeal) ser feito, ser estabelecido, ser disposto

    בַּבֶל


    (H895)
    Babel (baw-bel')

    0895 בבל Babel (aramaico)

    correspondente a 894; DITAT - 197; n pr loc Babel ou Babilônia = “confusão (por mistura)”

    1. Babel ou Babilônia, o antigo lugar eóu capital da Babilônia (atual Hillah) situado junto ao Eufrates