Enciclopédia de Levítico 5:14-14

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

lv 5: 14

Versão Versículo
ARA Disse mais o Senhor a Moisés:
ARC E falou o Senhor a Moisés dizendo:
TB Disse mais Jeová a Moisés:
HSB וַיְדַבֵּ֥ר יְהוָ֖ה אֶל־ מֹשֶׁ֥ה לֵּאמֹֽר׃
BKJ E falou o SENHOR a Moisés, dizendo:
LTT E falou o SENHOR a Moisés, dizendo:
BJ2 Iahweh falou a Moisés e disse:
VULG Locutusque est Dominus ad Moysen, dicens :

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Levítico 5:14

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

O nome divino nas Escrituras Hebraicas

 Tetragrama nas letras hebraicas usadas antes do exílio em Babilônia

O nome divino em letras hebraicas antigas, usadas antes do exílio babilônico

 Tetragrama nas letras hebraicas usadas depois do exílio em Babilônia

O nome divino em letras hebraicas usadas após o exílio babilônico

O nome divino, representado pelas consoantes hebraicas יהוה, ocorre quase 7 mil vezes nas Escrituras Hebraicas. Nesta tradução, essas quatro letras, chamadas de Tetragrama, são vertidas como “Jeová”. Esse é de longe o nome que mais aparece na Bíblia. Embora os escritores inspirados se refiram a Deus usando muitos títulos e termos descritivos, como “Todo-Poderoso”, “Altíssimo” e “Senhor”, o Tetragrama é o único nome pessoal usado por eles para identificar a Deus.

O próprio Jeová Deus orientou os escritores da Bíblia a usarem seu nome. Por exemplo, ele inspirou o profeta Joel a escrever: “Todo aquele que invocar o nome de Jeová será salvo.” (Joel 2:32) Deus também inspirou um salmista a escrever: “Que as pessoas saibam que tu, cujo nome é Jeová, somente tu és o Altíssimo sobre toda a terra.” (Salmo 83:18) Só nos Salmos — um livro de escritos poéticos que eram cantados e recitados pelo povo de Deus —, o nome divino ocorre cerca de 700 vezes. Então, por que o nome de Deus não aparece em muitas traduções da Bíblia? Por que esta tradução usa a forma “Jeová”? E o que significa o nome divino, Jeová?

Várias ocorrências do Tetragrama no livro de Salmos

Trechos dos Salmos num Rolo do Mar Morto, datado da primeira metade do primeiro século d.C. O texto tem o estilo das letras hebraicas usadas após o exílio babilônico, mas o Tetragrama ocorre várias vezes nas letras hebraicas antigas

Por que o nome de Deus não aparece em muitas traduções da Bíblia? Por várias razões. Alguns acham que o Deus Todo-Poderoso não precisa de um nome específico para identificá-lo. Outros provavelmente foram influenciados pela tradição judaica de evitar usar o nome de Deus por medo de profaná-lo. Ainda outros acreditam que, como ninguém pode saber com certeza a pronúncia exata do nome de Deus, é melhor usar um título, como “Senhor” ou “Deus”. No entanto, esses argumentos não têm base sólida pelos seguintes motivos:

Os que afirmam que o Deus Todo-Poderoso não precisa de um nome específico desconsideram o fato de que existem cópias antigas de Sua Palavra que trazem o nome pessoal de Deus; algumas dessas cópias são datadas de antes da época de Cristo. Conforme já mencionado, Deus inspirou os escritores de sua Palavra a incluir nela seu nome cerca de 7 mil vezes. Fica claro que ele quer que conheçamos e usemos o seu nome.

Os tradutores que removem o nome de Deus por respeito à tradição judaica se esquecem de um fato muito importante: embora alguns escribas judeus tenham se recusado a pronunciar o nome de Deus, eles não o removeram de suas cópias da Bíblia. Nos rolos antigos descobertos em Qumran, perto do mar Morto, o nome de Deus ocorre muitas vezes. Alguns tradutores da Bíblia dão uma indicação de onde o nome divino aparecia no texto original colocando em seu lugar o título “SENHOR”, em letras maiúsculas. Mas a questão é: Se esses tradutores reconhecem que o nome ocorre milhares de vezes nos textos originais, o que os faz pensar que podem substituir ou remover da Bíblia o nome de Deus? Quem eles acham que lhes deu autoridade para fazer essas alterações? Somente eles podem responder a essas perguntas.

Os que afirmam que o nome divino não deve ser usado porque não se sabe a pronúncia exata, não se importam em usar o nome Jesus. No entanto, os discípulos de Jesus no primeiro século pronunciavam o nome dele de uma forma bem diferente do modo como a maioria dos cristãos o pronuncia hoje. Entre os cristãos judeus, o nome de Jesus provavelmente era pronunciado Yeshúa‛, e o título “Cristo” era pronunciado Mashíahh, isto é, “Messias”. Os cristãos que falavam grego o chamavam de Iesoús Khristós; e os cristãos que falavam latim, Iésus Chrístus. Sob inspiração, foi registrada na Bíblia a tradução grega desse nome. Isso indica que os cristãos do primeiro século faziam o que era razoável: usavam a forma do nome mais comum em seu idioma. De modo similar, a Comissão da Tradução do Novo Mundo da Bíblia considera razoável usar a forma “Jeová”, mesmo que ela não tenha exatamente a mesma pronúncia que o nome divino tinha no hebraico antigo.

Por que a Tradução do Novo Mundo usa a forma “Jeová”? Em português, as quatro letras do Tetragrama (יהוה) são representadas pelas consoantes YHWH. O Tetragrama não tinha vogais, assim como todas as palavras escritas no hebraico antigo. Na época em que o hebraico antigo era o idioma do dia a dia, era fácil os leitores saberem que vogais deviam ser usadas.

Cerca de mil anos após as Escrituras Hebraicas terem sido completadas, eruditos judeus desenvolveram um sistema de sinais ou pontos que indicavam as vogais que deveriam ser usadas na leitura do idioma hebraico. Mas, naquela época, muitos judeus tinham a ideia supersticiosa de que era errado falar em voz alta o nome de Deus e por isso pronunciavam outras expressões em seu lugar. Assim, ao copiarem o Tetragrama, parece que eles combinavam as vogais dessas expressões com as quatro consoantes que representam o nome divino. É por esse motivo que os manuscritos com esses sinais vocálicos não ajudam a determinar como o nome de Deus era originalmente pronunciado em hebraico. Alguns acham que era pronunciado “Iavé” ou “Javé”, enquanto outros sugerem outras possibilidades. Um Rolo do Mar Morto que contém um trecho, em grego, de Levítico translitera o nome divino como Iao. Além dessa forma, antigos escritores gregos também sugerem a pronúncia Iae, Iabé e Iaoué. Mas não há motivos para sermos dogmáticos. Simplesmente não sabemos como os servos de Deus no passado pronunciavam esse nome em hebraico. (Gênesis 13:4; Êxodo 3:
15) O que sabemos é o seguinte: Deus usou seu nome muitas vezes ao se comunicar com seus servos, eles também o usavam ao se dirigir a ele e esse nome era usado sem restrição quando eles conversavam com outros. — Êxodo 6:2; 1 Reis 8:23; Salmo 99:9.

Então, por que esta tradução usa a forma “Jeová” do nome divino? Porque essa forma tem uma longa história em português.

O nome de Deus, Jeová

O nome de Deus em Gênesis 15:2 na tradução do Pentateuco de William Tyndale, 1530

A primeira edição da Bíblia completa em português em um só volume, a versão Almeida publicada em 1819, empregou milhares de vezes o nome de Deus na forma “JEHOVAH”. A comissão tradutora da Versão Brasileira (1
917) também decidiu usar a forma “Jehovah”, e na sua edição de 2010 a grafia foi atualizada para “Jeová”. A nota de rodapé de Êxodo 6:3 na tradução Matos Soares (oitava edição) declara: “O texto hebreu diz: ‘O meu nome Javé ou Jeová.’”

Formas similares do nome divino também são encontradas em outros idiomas. Por exemplo, a primeira ocorrência, em inglês, do nome pessoal de Deus em uma Bíblia foi em 1530, na tradução do Pentateuco de William Tyndale. Ele usou a forma “Iehouah”. Com o tempo, o idioma sofreu mudanças, e a grafia do nome divino foi modernizada.

Em sua obra Studies in the Psalms (Estudos dos Salmos), publicada em 1911, o respeitado erudito bíblico Joseph Bryant Rotherham usou o nome “Jehovah” em vez de “Yahweh”. Explicando o motivo, ele disse que queria empregar uma “forma do nome que fosse mais conhecida (e perfeitamente aceitável) aos leitores da Bíblia em geral”. Em sua obra Apostilas aos Dicionários Portugueses, de 1906, o filólogo e lexicógrafo português Gonçalves Viana declarou: “A forma Jeová, porém, já está tão usual, que seria pedantismo empregar Iavé, ou Iaué, a não ser em livros de pura filologia semítica ou de exegese bíblica.”

O Tetragrama

O Tetragrama YHWH: “Ele faz com que venha a ser”

 O verbo “vir a ser; tornar-se” em hebraico

O verbo HWH: “vir a ser; tornar-se”

O que significa o nome Jeová? O nome Jeová, em hebraico, é derivado de um verbo que significa “vir a ser; tornar-se”. Muitos eruditos acreditam que esse nome reflete a forma causativa desse verbo hebraico. Assim, a Comissão da Tradução do Novo Mundo da Bíblia entende que o nome de Deus significa “Ele faz com que venha a ser”. Visto que a opinião dos eruditos varia, não podemos ser dogmáticos sobre esse significado. No entanto, essa definição reflete bem o papel de Jeová como o Criador de todas as coisas e o Cumpridor do seu propósito. Ele não só fez com que o Universo e as criaturas inteligentes existissem, mas, com o desenrolar dos acontecimentos, ele também continua fazendo com que a sua vontade e o seu propósito se realizem.

Portanto, o significado do nome Jeová não se limita ao sentido transmitido pelo verbo relacionado encontrado em Êxodo 3:14, que diz: “Eu Me Tornarei O Que Eu Decidir Me Tornar”, ou “Eu Mostrarei Ser O Que Eu Mostrar Ser”. Essas palavras não descrevem o pleno sentido do nome de Deus. Na verdade, elas revelam apenas um aspecto da personalidade dele: o de se tornar o que for necessário, em cada circunstância, para cumprir seu propósito. Então, embora o nome Jeová inclua essa ideia, não está limitado ao que ele decide se tornar. O nome Jeová inclui também a ideia de que ele causa, ou faz acontecer, o que ele decidir em relação à sua criação e ao cumprimento de seu propósito.


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Levítico Capítulo 5 do versículo 1 até o 19
b) As transgressões que requerem oferta pelo pecado (5:1-13). Existem três casos que exigem a oferta pelo pecado. O primeiro tem a ver com o homem que viu ou ficou sabendo de algo que tenha relação com um caso, mas que, quando convocado pelo magistrado, se recusou a revelar o que sabe. A tradução ouvindo uma voz de blasfêmia (1) é ambí-gua. A palavra hebraica vertida por voz, Hirsch a traduz por "demanda"." Há várias ocasiões em que "voz" poderia ter sido traduzida por "reclamação, súplica, pedido, peti-ção, demanda" (cf. Gn 3:17-4.23). A Revised Standard Version traduz a expressão assim: "adjuração pública para testemunhar". Moffatt traduz o versículo: "Se alguém pecar per-manecendo calado quando é adjurado a apresentar provas como testemunha de algo que viu ou soube". Adjurar é colocar sob juramento, jurar, colocar sob pena de maldição.

Não devemos presumir que caso um hebreu escondesse a verdade ou falseasse os fatos causando prejuízo a outrem, ele ficasse livre da culpa oferecendo uma oferta pelos pecados. O versículo 5 mostra que ele tinha de confessar o pecado, e 6.5 indica que ele tinha de fazer a devida restituição. Para exemplos de homens que mantiveram silêncio até serem postos sob juramento, ver Josué 7:19; Juízes 17:2; Mateus 26:63 e João 9:24. A restituição está implícita neste tipo de erro, conforme assinala esta declaração: Levará a sua iniqüidade (1) ; nos casos subseqüentes, o texto diz apenas que a parte envolvida é culpada (2-4).

O segundo caso diz respeito à impureza cerimonial contraída por tocar em besta-fera imunda (2, "animal selvagem", NVI), animal imundo (animal domesticado), rép-til imundo (lit., "coisas pululantes") ou imundícia dum homem (3,4). Os capítulos 12:15 oferecem uma análise mais profunda sobre casos de impureza; ver as considerações expostas ali. Pelo que deduzimos, aqui a pessoa se tornava imunda sem perceber, desta forma negligenciando os ritos purificatórios prescritos (Lv 11:24-31). Ao ficar sabendo que estava cerimonialmente imundo, o hebreu tinha a responsabilidade em fazer o sacrifício necessário.

O terceiro caso trata da promessa feita irrefletidamente. Se o homem tolamente jurar fazer algo que é ruim (4), ele errará em cumprir o voto. Contudo, é culpado por ter feito tal voto. Se prometer fazer algo bom e não puder cumprir, é culpado deste fracasso. Em ambos os casos, o culpado tem de confessar o pecado (5) e apresentar a oferta pelo pecado. No versículo 6, esta oferta é chamada expiação ("expiação da culpa", 15; ou, mais apropriadamente, "oferta pela transgressão", ou "oferta pela culpa"). A análise da oferta pela transgressão começa somente em 5.14. O uso do termo aqui está indubitavelmente ligado ao fato de que transgressão significa "culpa". Lógico que há estreita relação entre a oferta pelo pecado e a oferta pela transgressão.

A compaixão básica inerente na lei está refletida nos versículos 7:13. Nos tempos do Novo Testamento, a lei era encarada como algo penoso. Jesus acusa os escribas e fariseus de tornar a lei insuportável para os homens (Mt 23:2-4). Esta passagem levítica revela preocupação pelos pobres. Se o indivíduo não tivesse condições financeiras para levar um gado miúdo, poderia levar duas rolas ou dois pombinhos (7). Se ainda fosse muito, poderia levar a décima parte de um efa (uns 3,7 litros) de flor de fari-nha (11). Note a semelhança entre esta passagem e Lv 1:14-17.

Um dos pássaros era para ser oferecido em holocausto (10). Allis ressalta que na oferta pelo pecado somente a gordura era queimada no altar.' Considerando que em caso de pássaros seria impossível remover a gordura, a carne de um pássaro era consumida totalmente no altar, representando a porção do Senhor da oferta pelo pecado (chamava-se holocausto, porque o sacrifício era queimado inteiro no altar), enquanto que o outro pássaro era dado ao sacerdote, representando sua porção da oferta pelo pecado.

O oferecimento de farinha como oferta pelo pecado diferia da oferta de manjares regular no ponto em que não acompanhava óleo ou incenso. O punho cheio de memorial era queimado no altar junto com as outras ofertas queimadas (12). Assim, ficava mis-turado com as ofertas no altar e atingia o valor de um sacrifício de sangue. Portanto, esta oferta não é exceção ao princípio de que "sem derramamento de sangue não há remissão" (Hb 9:22).

5. A Lei da Oferta pela Culpa (Lv 5:14-6.
7)

A palavra traduzida por transgressão (15) é derivada de um radical que significa "agir deslealmente ou traiçoeiramente". O contexto para este pecado é o concerto. Não devemos nos esquecer de que estas leis não são dadas para os homens em geral. São dadas para os israelitas em particular, homens que entraram em concerto com o Senhor e assumiram certas responsabilidades. O Senhor tem de ser o Deus deles e eles têm de ser o seu povo. Indubitavelmente, é por isso que não há cláusulas para violações delibe-radas e voluntariosas do concerto — pecar "à mão levantada". Semelhante pecado poria o transgressor fora do próprio concerto que estas leis definem. Note o palavreado: Quan-do alguma pessoa cometer uma transgressão e pecar por ignorância.

Há dois casos que exigem a oferta pela transgressão (culpa). Um é a retenção não intencional das coisas sagradas do SENHOR. Isto diz respeito a dízimos, ofertas, primícias e coisas semelhantes. Estes pertenciam a Deus e tinham de ser dados aos sacerdotes. O ofertante devia levar uma oferta, um carneiro sem mancha do reba-nho, de valor comparável à perda que os sacerdotes tinham sofrido. O significado do original não é muito claro no que tange à estimação em siclos de prata. Pelo que se deduz, significa a estipulação de uma quantia em dinheiro do valor da oferta a fim de se calcular o montante da quinta parte (16, 20% do valor) que, como multa, seria pago em restituição. Em vez de estar baseado no siclo babilônico que era de valor menor, Êxodo 30:13 identifica que o siclo do santuário (15) estava baseado no padrão monetário fenício. A base moral da legislação levítica é óbvia aqui. Micklem diz:

Levítico se ocupa com o ritual da oferta pelo pecado, mas a exigência de arre-pendimento lança por terra a idéia supersticiosa de que a oferta em si tem a eficácia de tirar o pecado. Não há indicação de que sem arrependimento haja expiação. Se levantarmos a objeção teológica de que Deus não exige nada mais que arrependi-mento para conceder perdão, negligenciamos a exigência de restituição tanto quan-to possível. O verdadeiro arrependido não só diz: "Perdoa-me", mas também: "O que faço quanto a isso?"'

O segundo caso de oferta pela culpa diz respeito a atos que são proibidos na lei do concerto, os quais exigem restituição, mas que são desconhecidos pelo pecador (17-19). Visto que ninguém sabe qual foi a perda, ou mesmo se houve perda, o ofertante leva a oferta pela transgressão sem a expiação adicional. Note o desejo de se guardar do mais leve pecado. Quando examinado à luz do concerto e de sua redenção graciosa, tal sacrifício é visto como o desejo natural da consciência sensível de expressar positivamente gratidão e dependência. Repare na atitude de Jó em 1:5. O ideal é a inculpabilidade.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Levítico Capítulo 5 versículo 14
É difícil determinar com exatidão em que se diferenciavam a oferta pelo pecado (Lv 4:1). Uma nota distintiva dessa última era que a vítima sacrificada devia ser sempre um carneiro (conforme vs. 15-16,18). Além disso, se a fraude cometida contra Deus ou contra o próximo podia ser estimada em dinheiro, acrescentava-se a obrigação de reparar a dívida, restituindo-se a Deus ou à pessoa prejudicada o preço do defraudado mais uma quinta parte (v. 16).

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Levítico Capítulo 5 do versículo 1 até o 19
*

5.1-13

Tem sido debatido se esta seção pertence àquilo que a precede (as ofertas pelo pecado, cap.
4) ou àquilo que se segue (as ofertas pela culpa, 5.14—6.7). Por causa da semelhança entre 4.1 e 5.14, bem como por causa da ocorrência da expressão hebraica "oferta pelo pecado" por todo o trecho de 4.1 a 5.13, muitos têm argumentado que a descrição sobre a oferta pela culpa começa em 5.14. Por outro lado, a ocorrência da palavra hebraica ’asham (que significa "culpa" ou "oferta pela culpa") tem levado alguns eruditos à conclusão de que a discussão sobre a oferta pela culpa começa em 5.1.

* 5.1-6

Estes versículos tratam acerca dos pecados de omissão, pecados de inadvertência e pecados de precipitação. Os casos aqui em vista são: (a) o pecado de recusar testemunho (v. 1); (b) o pecado do contato com qualquer coisa imunda (vs. 2 e 3); (c) o pecado de fazer juramentos precipitados (v. 4).

* 5:2

imunda. Ver notas nos caps. 11-16.

* 5:5

Esses pecados requerem confissão a Deus, na presença de um sacerdote, bem como uma oferta pelo pecado para perdão do pecador (conforme 1Jo 1:7,9).

* 5.7-10

A oferta pelo pecado, oferecida por um homem pobre, era como o holocausto mais humilde (1.14-17), exceto pela aspersão do sangue (5.9; conforme 1.15).

* 5:10

Ver "A Expiação", índice.

* 5.11-13

Os itens destacados aqui como ofertas pelo pecado assemelham-se àqueles da oferta de manjares, no cap.2, embora não sejam incluídos aqui nem o óleo e nem o incenso.

* 5.14—6.7

Moisés dá aqui instruções aos leigos acerca das ofertas pela culpa. Se o enfoque das ofertas pelo pecado estava sobre a purificação do pecador, a oferta pela culpa preocupava-se com a restituição ou reparação. Foram mencionados três tipos de pecados que requeriam ofertas pela culpa: o abuso contra "as coisas sagradas do SENHOR" (5.15,16); supostos pecados que envolviam coisas "proibidas" (5.17-19); e violação dos direitos e da propriedade do próximo (6.2-7).

* 5:16

coisas sagradas. Uma referência aos dízimos e ofertas, bem como a propriedades dedicadas a Deus (22.7,10,14; 27.28).

acrescentará o seu quinto. Nos casos onde uma oferta pela culpa era requerida, toda propriedade adquirida fraudulentamente também precisava ser restaurada, além de dar um quinto a mais (conforme 6.5).

* 5.17-19

Conforme indica a frase "ainda que não o soubesse" (v. 17), esses três versículos dizem respeito à pessoa que suspeitasse ter transgredido contra a lei divina ou outra pessoa, embora sem ter a certeza disso. Um remédio sacrificial foi prescrito para aqueles que tivessem uma consciência sobrecarregada. Neste caso, não há qualquer exigência de reparação, por causa da natureza do delito, que é incerta.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Levítico Capítulo 5 do versículo 1 até o 19
5:4 Alguma vez jurou que fará ou que não fará algo, e logo se dá conta de quão tola foi sua promessa? O povo de Deus está chamado a manter sua palavra, mesmo que faça promessas difíceis de cumprir. Jesus advertiu em contra do juramento (no sentido de fazer votos ou promessas) quando disse, "Mas seja seu falar: Sim, sim; não, não; porque o que é mais disto, de mal procede" (Mt 5:37). Nossa palavra deveria ser suficiente. Se sentirmos que devemos fortalecê-la com um juramento, algo anda mal com nossa sinceridade. As únicas promessas que não devemos cumprir são aquelas que nos levam a pecado. Uma pessoa sábia e controlada evita fazer promessas apressadas.

5:5 O sistema completo de sacrifícios não podia ajudar ao pecador a menos que este trouxesse sua oferenda com uma atitude arrependida e um desejo de confessar seu pecado. Atualmente, devido à morte de Cristo na cruz, não temos que sacrificar animais. Mas segue sendo vital que confessemos nossos pecados, porque a confissão mostra que estamos conscientes de nosso pecado, da santidade de Deus, da humildade que devemos ter ante O e a disposição de nos voltar desse pecado (Sl 51:16-17). Ainda a morte do Jesus será de pouco valor para nós se não nos arrependermos e o seguimos. É como uma vacina para uma enfermidade perigosa, não ajudará se não entrar na corrente sangüínea.

5.14-19 A oferenda pela culpa era a forma de fazer-se carrego do pecado que se comete inconscientemente. Era para aqueles que tinham pecado de algum jeito contra as "coisas santas" -o tabernáculo ou o sacerdócio- tanto como para aqueles que sem intenção pecavam contra alguém. Em ambos os casos, tinha que sacrificar um carneiro sem defeito, mais uma compensação por sua perda a aqueles danificados por esse pecado, mais vinte por cento como multa. Mesmo que a morte de Cristo tem feito desnecessárias para nós hoje em dia as oferendas de culpa, ainda precisamos fazer o correto com aqueles a quem firo.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Levítico Capítulo 5 do versículo 1 até o 19
(2) O pecado da negligência (5: 1-13)

1 E, se alguém pecar, em que ele ouve a voz de adjuration, sendo ele uma testemunha, se ele tem visto ou conhecido, se o não denunciar ele , então ele levará a sua iniqüidade. 2 Ou se alguém tocar qualquer imundo coisa, seja a carcaça de um animal imundo, seja cadáver de gado imundo, seja cadáver de réptil imundo, e ser escondido dele, e ele é imunda, ele será culpado. 3 Ou se ele tocar imundícia de homem, tudo o que a sua imundícia estar com os quais ele é imundo, e isso oculto dele; quando ele souber, então ele será culpado. 4 Ou, se alguém jurar temerariamente com os seus lábios fazer mal ou para fazer o bem, em tudo o que um homem deve pronunciar temerariamente com juramento, e se esconderam dele ; quando ele souber, então ele será culpado numa destas coisas . 5 E será que, quando ele será culpado numa destas coisas , que ele deve confessar aquilo em que houver pecado: 6 e ele trará a sua culpa, da oferta ao Senhor, pelo pecado que cometeu, uma fêmea do rebanho, um cordeiro ou um bode, para oferta pelo pecado; e o sacerdote fará expiação por ele do seu pecado.

7 E se suas posses não bastarem para um cordeiro, então trará sua oferta pela culpa por aquilo em que houver pecado, duas rolas ou dois pombinhos, ao Senhor; um como oferta pelo pecado, eo outro para um holocausto. 8 E os trará ao sacerdote, que deve oferecer aquilo que é para a oferta pelo pecado em primeiro lugar, tirar a cabeça junto ao pescoço, mas deve não dividi-lo em pedaços: 9 e espargirá do sangue da oferta pelo pecado em cima do lado do altar; e o resto do sangue deve ser drenado para fora na base do altar: é uma oferta pelo pecado. 10 E ele oferecerá a segunda para um holocausto, segundo a ordenança; e o sacerdote fará expiação por ele do seu pecado que cometeu, e ele será perdoado.

11 Mas, se as suas posses não bastarem para duas rolas ou dois pombinhos, então ele trará a sua oferta por aquilo em que houver pecado, a décima parte de um efa de flor de farinha para oferta pelo pecado: porá nenhum óleo sobre ela, nem se colocar o incenso; pois é uma oferta pelo pecado. 12 E trará ao sacerdote, e o sacerdote tomará um punhado como o memorial, ea queimará sobre o altar, em cima das ofertas de Jeová feitas por fogo; é . oferta pelo pecado 13 E o sacerdote fará expiação por ele, como tocar o seu pecado com que pecou em alguma destas coisas, e ele será perdoado; e o restante será do sacerdote, como a oferta de cereais.

Da leitura versículos 6:7 na ReiTiago 5ersion, pode parecer que esta seção tem referência a oferta pela culpa, em vez de a oferta pelo pecado. No entanto, a margem de padrão americano indica que o termo hebraico para "oferta pela culpa" no versículo 6pode ser traduzida como "por sua culpa", e por isso a frase pode ler-se: ". Ele trará por sua culpa ao Senhor ..." A Septuaginta também é útil aqui. Lê-se: "Ele trará para suas transgressões contra o Senhor, pelo pecado que cometeu ...".

Parece certo por esta razão que os versos aqui referem-se a oferta pelo pecado do capítulo anterior. Isto é ainda mais indicado pelo fato de que a vítima para a oferta pela culpa, referida nos versos finais deste capítulo, foi sempre um carneiro (para comentários sobre esses versículos, veja a discussão sobre o capítulo 4 ).

5. A oferta pela culpa (5: 14-6: 7 ; 7: 1-10 ).

A palavra hebraica traduzida por "culpa" nesta passagem significa uma invasão dos direitos dos outros, especialmente no que diz respeito à propriedade ou serviço. Essa invasão, seja feito conscientemente ou por ignorância, está errado. Para corrigir o errado requer restituição e compensação ao lesado. Assim, enquanto nos olhos da lei ritual de Israel todas as ofensas eram pecados, todos os pecados não eram ofensas.

Deus, portanto, especificado um sacrifício diferente para fornecer expiação quando um israelita defraudado ou ferido outra pessoa em relação às coisas materiais do que ele fez quando o homem havia cometido uma infracção que não violou diretamente sobre os direitos dos outros. Este sacrifício era conhecida como a ofensa ou culpa (RSV) oferta. Oferta do sacrifício foi sempre acompanhada pela tomada de adorador, na medida do possível, reparação integral para a pessoa lesada. Isto envolveu fazer a restituição e pagar uma compensação de vinte por cento adicional (Lv 5:16 ; Lv 6:5 ). Tal oferta caro tendem a tornar as pessoas conscientes do preço do pecado.

O fato de que o carneiro tinha que ser oferecido, bem como reparações feitas, indica que o pecado contra um de colegas homens também é pecado contra Deus (Mt 5:23. , Mt 5:24 ; Mt 19:19 ; 1Ts 4:6. ). Para resolver a questão de forma aceitável, então, requer o Seu perdão, tão certo como ele requer a favor da parte ofendida.

O sacrifício aqui foi morto pelo sacerdote, como no caso de a oferta pelo pecado (7: 1-8 ), e foi acompanhado com uma oferta de cereais (7: 8-10 ). No caso da oferta pela culpa, no entanto, o sangue da vítima não foi aplicada para os chifres do altar de holocaustos, como no caso do sacrifício de expiação do pecado (4: 1-26 ), mas era aspergido ao redor do altar (Lv 7:2 , Lv 5:18 ; Lv 6:6 , Lv 5:18 ; Lv 6:6 ).

A lei sobre a oferta pela culpa foi dividido em duas seções: ofensas nas coisas que por lei ou um ato de consagração foram considerados como pertencentes ao Senhor, e transgressões nas coisas referentes a homens.

1. No que diz respeito a Deus (5: 14-19)

14 E o Senhor disse a Moisés, dizendo: 15 Se alguém cometer uma transgressão, e pecar sem querer, nas coisas sagradas do Senhor; então trará sua oferta pela culpa ao Senhor um carneiro sem defeito, do rebanho, conforme a tua avaliação em prata por siclos, segundo o siclo do santuário, para oferta pela culpa: 16 e fará restituição para que que ele fez de errado na coisa sagrada, e ainda lhe acrescentará a quinta parte, e dar ao sacerdote; e o sacerdote fará expiação por ele com o carneiro da oferta pela culpa, e ele será perdoado.

17 E, se alguém pecar, e fazer qualquer das coisas que o Senhor ordenou que não se fizessem; embora soubesse que não, mas ele é culpado, e levará a sua iniqüidade. 18 E ele fará um carneiro sem defeito, do rebanho, conforme a tua avaliação para oferta pela culpa, o sacerdote; e o sacerdote fará expiação por ele a respeito daquilo em que ele cometeu um erro sem querer e sabia que não, e ele será perdoado. 19 É uma oferta pela culpa: ele é certamente culpado perante o Senhor.

As coisas sagradas do Senhor (v. Lv 5:15) referem-se a questões como comer inadvertida de um homem de carne do primogênito do seu gado, ou a carne de uma oferta pelo pecado, ou talvez usando seu dízimo para si mesmo.

Os versículos 14:16 aplicam-se a casos em que o israelita podia determinar o valor envolvido na sua transgressão. Os versículos 17:19 lidar com situações onde o homem estava ciente de uma transgressão, mas foi incapaz de determinar a medida exacta da sua ofensa.

Isso mostra que Deus reivindicou de seu próprio povo determinados direitos aos seus bens materiais. Jeová lembrou severamente Israel desta em passagens como Ml 3:8 . E o Novo Testamento que nos ensinam que Deus ainda deseja que nós usamos nossos bens materiais liberalmente para o avanço de Sua obra (Mt 19:21. , Mt 19:22 ; Mt 25:34 ; Lc 6:38 ; At 20:35 ; 1Co 16:2. ; 2Co 9:6 ; Ef 4:28. ; 1Tm 6:17. ; 1Jo 3:17 ).


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Levítico Capítulo 5 do versículo 1 até o 19
  • Oferta pela culpa — Cristo pagou a dívida do pecado (Lv 5:1—6:7)
  • As ofertas pelos pecados e pela cul-pa são muito próximas. Na verdade, elas retratam dois aspectos da morte de Cristo em favor do pecador per-dido. A oferta pelo pecado lida com o pecado como parte da natureza humana, com o fato de que todas as pessoas são pecadoras, enquanto a pela culpa enfatiza os atos pecami-nosos de forma individual. Observe que, na oferta pela culpa, o ofensor tem de restituir pelo que fez (5:16; 6:4-5). Portanto, essa oferta lembra- nos de que o pecado é caro e que, quando há arrependimento sincero, há restituição e reembolso. Levítico 5:14-19 enfatiza que transgredimos contra Deus, enquanto Lv 6:1-7 desta-ca a culpa em relação a outra pes-soa. Nos dois casos, vê-se o pecado como uma dívida a ser paga, e, cla-ro, Cristo pagou total e completa-mente essa dívida.

    É interessante notar a ordem em que a Bíblia registra esses sa-crifícios. Deus inicia com a oferta queimada, a completa consagração de seu Filho à obra redentora, pois o plano de salvação inicia-se na eternidade passada. Contudo, do ponto de vista do homem, a ordem é inversa. Primeiro, vemos que co-metemos vários tipos de pecados e, depois, percebemos que esta-mos em dívida com Deus e com o homem. Isso é a oferta pela culpa. Contudo, à medida que o trabalho de condenação continua, percebe-mos que somos pecadores — nossa verdadeira natureza é pecaminosa! Isso é oferta pelo pecado. Depois, o Espírito revela-nos Cristo, aquele que fez paz por intermédio do san-gue de sua cruz, e descobrimos a oferta pacífica. Quando crescemos em graça, entendemos a perfeição de nosso Senhor e que ele "nos concedeu gratuitamente no Ama-do"; essa é a oferta de manjares. O resultado disso tudo deve ser nossa consagração total ao Senhor — a oferta queimada.

    Não precisamos de quaisquer sacrifícios hoje. "Porque, com uma única oferta, aperfeiçoou para sem-pre quantos estão sendo santificados" (He 10:14). Aleluia! Que Salvador!


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Levítico Capítulo 5 do versículo 1 até o 19
    5:14-6.7 Vários motivos da oferta pela culpa. Este sacrifício era semelhante ao da oferta pelo pecado, indicando ao homem a sua culpabilidade e a sua necessidade de ser salvo do julgamento por Cristo, que carrega nossos pecados; somente que a ênfase é sobre o prejuízo causado e a satisfação que se devia à pessoa prejudicada. A morte de Cristo operou a expiação em favor dos pecadores, mas foi pela Sua obediência que cumpriu "toda a justiça", todas as exigências da Lei, Mt 3:15; Gl 4:4. Ao crente se imputa a justiça, de Cristo, 1Co 1:30; Rm 4:3. A restituição que se fizesse, devia ser em espírito de arrependimento, o que é o principal, Sl 51:17. Jesus ensina que o homem deve reconciliar-se com seu irmão, antes de trazer sua oferta, Mt 5:24. A fé sem obras é morta, Jc 2:17.

    5.15 Ofensa. Heb ma'al, "engano", "infidelidade", "quebra da lei”. Aqui se aplica a pecados públicos, danos cujo valor podia ser calculado. É este o pormenor que o destaca do pecado em geral, e que exige um tipo específico de sacrifício com as seguintes formalidades;
    1) O sangue derramado que opera a expiação, 6.7;
    2) A restituição à pessoa lesada do valor dos danos causados, e mais 20%, 6.5;
    3) A confissão do pecado, implícita no ato de trazer, uma oferta pela culpa 6.6;
    4) A fé implicitamente demonstrada no fato de o crente procurar a expiação que Deus oferece mediante este sacrifício, 6.6;
    5) O perdão de Deus, a segurança para o pecador que cumpriu as condições exigidas, 6.7.

    5.16 Oferta pela culpa. Em heb, é uma palavra só: 'ãshãm, que quer dizer "culpa" no sentido de danos e estragos, e também é o nome técnico do tipo de sacrifício que a culpa requer. Cristo é o único que cumpre completa e satisfatoriamente tudo aquilo que é previsto nesta oferta, imputando-nos sua justiça, cf.2Co 5:21, onde a palavra "pecado" tem exatamente o sentida de 'ãshãm. A profecia de Isaías usa a mesma palavra para a obra de Cristo, Is 53:10. O sacrilégio é aquele que só pode ser transformado pela obra sacrificial de Cristo, Rm 3:21,Rm 3:26.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Levítico Capítulo 5 do versículo 1 até o 19
    (5)    Delitos que exigem oferta pelo pecado (5:1-6). Quatro delitos que exigem propiciação por meio da oferta pelo pecado são alistados aqui em uma série de orações condicionais (v. 1-4) e depois são explicados os procedimentos (v. 5,6). v. 1. Era considerado um delito alguém manter silêncio se havia visto ou ouvido algo e tinha sido designado por juramento a ser testemunha. O hebraico reflete o aspecto de alguém ser chamado para servir de testemunha (ARA: “tendo ouvido a voz da imprecação”; conforme Jz 17:2; Mt 26:63,Mt 26:64sofrerá as consequências: i.e., será considerado culpado de um delito. Porter pensa que o delito descrito nesse versículo não está na mesma categoria que aqueles dos v. 2-4, não sendo propiciáveis por sacrifício. Mas parece desnecessário levar o significado da frase tão longe assim. v. 2. Impureza proveniente do contato com cadáver de qualquer tipo de animal (conforme Gn 1:24) é culpável. Noth pensa que os v. 2-4 não se referem à pessoa culpada da infração original, mas a alguém que tinha conhecimento da infração e não esclareceu a pessoa interessada; esses versículos estariam então contemplando situações semelhantes à do v. 1. Embora o hebraico possa apoiar esse tipo de interpretação, não é o seu sentido mais natural, ainda que não tenha consciência disso é melhor do que “e é escondido por ele” da NEB (esta última expressão diz que o delito verdadeiro é o ato de esconder). A expressão hebraica tem um paralelo em 4.13, em que “escondido de” é o único significado possível e está implícito no texto da NEB: “não conhecido da assembléia”, v. 6. pelo pecado que cometeu: a RSV traduz o hebraico ’ãsãm por “oferta pelo pecado”, que é o significado mais comum. Há, de fato, uma ligação estreita entre as ofertas pelo pecado e pela culpa, mas esta só é introduzida no v. 14. Visto que os delitos não são os mais sérios, um animal fêmea (ovelha ou cabra) são aceitos como oferta de reparação.

    (6) Concessões para os pobres (5.7
    13). Uma gradação no valor das ofertas pelo pecado, relacionada à importância da pessoa envolvida no caso, já se evidenciou no cap. 4. As concessões alistadas nessa seção visam o benefício das pessoas comuns (4:27-35) que talvez sejam pobres demais para trazer até mesmo uma ovelha (observe que a menção de uma ovelha no v. 7 retoma 4:32-35, e não

    5.6). v. 7. Na expressão pela culpa do seu pecado está mais uma vez embutida a palavra hebraica ’ãsãm, como no v. 6. o outro como holocausto-, como “reconhecimento da gratidão pela concessão” (Snaith, PCB). A aceitação de uma das aves como holocausto mostrava que a pobreza não era barreira para a comunhão com Deus. v. 8,9. O ritual da ave como oferta pelo pecado difere daquele apresentado como holocausto de aves (1:14-17). Nesse caso, a cabeça da ave não deveria ser arrancada, e um pouco do seu sangue deveria ser aspergido no lado do altar. v. 10. de acordo corn a forma prescrita: de acordo com as prescrições em 1:14-17. v. 11. um jarro da melhor farinha', “exatamente a mesma quantidade de maná que era suficiente para o sustento de um dia” (Bonar) era exigida dos bem pobres. A ausência de óleo e de incenso diferenciava essa oferta da oferta de cereal (conforme 2.1). v. 12. porção memorial', ou “símbolo”; conforme comentário Dt 2:2. Embora não fosse uma oferta de sangue, essa porção era queimada em cima das ofertas dedicadas ao Senhor, preparadas no fogo, sugerindo que não era em nada menos eficaz que as ofertas de sangue (“ofertas no fogo” é “usado principalmente de ofertas de animais” (BDB). “Dessa forma, o que aparece como uma exceção ao princípio de que ‘sem derramamento de sangue não há perdão’ (He 9:22) de fato deixa de ser uma exceção, mas serve para ilustrar o princípio da substituição vicária, que é também o principal objetivo de ilustração e reforço do ritual do sacrifício” (O. T. Allis).

    e) As ofertas pela culpa (5.14—6.7)

    A oferta pela culpa tem muito em comum com a oferta pelo pecado, mas também inclui o princípio da compensação; ela era exigida em casos de prejuízo causado a um indivíduo e podia ser estimada em termos monetários. Se era impossível fazer restituição à pessoa prejudicada ou ao seu parente, então a compensação era destinada aos sacerdotes (Nu 5:8).

    (1) Delitos em relação às coisas consagradas (5:14-16). v. 15. coisa sagrada-, a forma mais comum consistia na retenção das ofertas (dízimos, primeiros frutos etc.) ou na apresentação de ofertas não adequadas aos padrões. Em cada um desses casos, isso era sem intenção, avaliado em prata-, uma salvaguarda adequada em razão do tipo de infração que estava sendo retificada, peso padrão do santuário-, conforme comentário de Ex 30:13. O hebraico traz “siclo”, e esse siclo-padrão era mais pesado que o siclo comercial “leve”, v. 16. O infrator tinha de pagar também a compensação (resultando no valor do que havia sido retido mais um quinto) ao sacerdote porque os sacerdotes tiveram perdas, já que se havia negado a eles a sua porção designada das coisas consagradas ao Senhor (v. 15). (Acerca de detalhes dos direitos dos sacerdotes, v. Nu 18:8-4).

    (2)    Pecados por ignorância (5:17-19). v. 17. O princípio é ampliado para incluir o que é proibido em qualquer dos mandamentos do Senhor, embora estritamente no contexto de delitos cometidos por descuido, v. 18. Visto que podia bem ser que o infrator não tivesse condições de levantar o montante pelo qual se tornara responsável, não há menção de compensação. Foi isso que se tornou conhecido no judaísmo posterior como “oferta pelo pecado suspensa”, porque era trazida em casos em que a responsabilidade não podia ser provada com absoluta certeza.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Levítico Capítulo 5 do versículo 1 até o 19
    Lv 5:1

    No cap. Lv 5:1-6 enumeram-se os pecados que exigem a oferta pelo pecado: a recusa em apresentar-se para servir de testemunha, a impureza pelo contacto com animais imundos ou com imundícies humanas, e finalmente o juramento temerário. São, na realidade, pecados de ignorância (cfr. Lv 4:13; Lv 5:2-4). Ao saber do pecado, o culpado confessará... trará ao Senhor... fará expiação (5-6). Até ao vers. 13 nota-se uma certa ralação entre a oferta pelo pecado e pelo sacrilégio, se bem que só a partir do vers. 14 se trate deste último caso. A palavra "culpado" deriva de ’ ashem, da mesma raiz que "oferta pelo pecado de sacrilégio" ’ asham. Cfr. Lv 4:13, 22, 27, onde se exige a oferta pelo pecado, e ainda Lv 5:17; Lv 6:4 a propósito do sacrilégio. Mas, enquanto este exige a restituição, supõe-se que só a partir do vers. 14 se trata, realmente, dessa oferta, não obstante no vers. 6 haver alusões à mesma. Daí a confusão gerada no espírito de certos comentadores, unânimes, no entanto, em admitir uma íntima ligação entre as duas espécies de oferta.

    Desde que naqueles casos era obrigatória a oferta pelo pecado, os mais pobres poderiam oferecer duas rolas ou dois pombinhos em vez do cordeiro da praxe (7). Um seria considerado como oferta pelo pecado, o outro como holocausto. Já que no primeiro caso toda a carne, com exceção da gordura, se destinava ao sacerdote (Lv 6:26), é fácil de compreender que, devido à dificuldade de separar a gordura nos pássaros, a carne fosse consumida totalmente no altar, como se representasse a porção do Senhor. (Ainda que fosse uma oferta pelo pecado, por ser totalmente consumida, chama-se "holocausto"). O outro pássaro era dado ao sacerdote, como representando a sua porção em oferta pelo pecado. E assim se explica porque se exigiam as duas aves. Em caso de extrema pobreza uma oferta de farinha podia substituir a oferta dos animais (11), embora nessa se dispensasse o azeite a o incenso normalmente incluídos na oferta de manjares (Lv 2:1-16). O sacerdote, além disso, "dela tirará o seu punho cheio por seu memorial", queimando-o sobre as ofertas no altar (12). E assim essa refeição não deixava de ter o seu valor de sacrifício cruento, por se associar às ofertas, que se queimavam sobre o altar. Era, pois, um verdadeiro sacrifício pelo pecado, e, ao fazê-lo, o sacerdote expiava, na realidade, as culpas próprias ou alheias. Deste modo o que parece ser uma exceção ao princípio de que "sem derramamento de sangue não há remissão" (He 9:22), deixa de ser uma exceção, servindo antes para reforçar o princípio de substituição vicariante que serve de objetivo principal no ritual do sacrifício.

    >Lv 5:14

    5. A OFERTA PELO SACRILÉGIO (Lv 5:14-6.7). (Cfr. também Lv 7:1-10). Este sacrifício refere-se ao pecado que exige uma restituição, mesmo antes da oferta, e apresenta-se sob duas formas: uma, pela transgressão de faltar em dar as "coisas sagradas do Senhor" (15) isto é, nos dízimos, nas ofertas, nas primícias, etc., como pertencendo a Deus, e exigindo a entrega ao sacerdote ou o resgate; outra, pela transgressão "contra os mandamentos do Senhor" (17). Já que as mesmas palavras se encontram várias vezes em Lv 4 (Lv 4:2, 13, 22, 27), não há dúvida que o pecado em causa exigia uma restituição.


    Dicionário

    Moisés

    substantivo masculino Espécie de cesta acolchoada que serve de berço portátil para recém-nascidos; alcofa.
    Religião Profeta que, para cristãos e judeus, foi responsável pela escritura dos dez mandamentos e dos cinco primeiros livros da Bíblia (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio), sendo a junção destes o livro sagrado dos Judeus (a Torá ou Tora); nesta acepção, usar com letras maiúsculas.
    Etimologia (origem da palavra moisés). Do nome próprio Moisés, do hebraico "Moshe", talvez do termo egípcio "mesu",.

    Salvo das águas. (Êx 2:10) – mais provavelmente, porém, é termo egípcio, significando filho, criança. Foi o grande legislador dos hebreus, filho de Anrão e Joquebede, da tribo de Levi. Ele nasceu precisamente no tempo em que o Faraó do Egito tinha resolvido mandar matar todas as crianças recém-nascidas do sexo masculino, pertencentes à família israelita (Êx 2:1-4 – 6.20 – At 7:20Hb 11:23). A sua mãe colocou-o num ‘cesto de junco’, à borda do Nilo. A filha de Faraó, que o salvou, deu-lhe o nome de Moisés, e educou-o como seu filho adotivo, de maneira que pôde ele ser instruído em toda a ciência dos egípcios (Êx 2:5-10At 7:21-22). Quando depois é mencionado, já ele era homem. Vendo que um israelita recebia bastonadas de um egípcio, e julgando que ninguém o via, matou o egípcio e enterrou o cadáver na areia. Mas alguém tinha observado o ato, e Moisés, sabendo disto, fugiu para a terra de Midiã, onde casou com Zípora, filha de Jetro, chefe ou sacerdote das tribos midianitas, tornando-se pastor dos rebanhos de seu sogro (Êx 2:11-21At 7:29). Foi no retiro e simplicidade da sua vida de pastor que Moisés recebeu de Deus a ordem de ir livrar os filhos de israel. Resolveu, então, voltar para o Egito, acompanhando-o sua mulher e os seus dois filhos – mas não tardou muito que ele os mandasse para a casa de Jetro, permanecendo eles ali até que tornaram a unir-se em Refidim, quando ele estava à frente da multidão dos israelitas. Pouco depois de se ter separado da mulher e dos filhos, encontrou Arão que, em negociações posteriores, foi o orador, visto como Moisés era tardo na fala (Êx 4:18-31). A ofensa de Moisés em Meribá foi três vezes repetida (Nm 20:1-13 – 27,14) – não acreditava que a água pudesse sair da rocha por simples palavras – então, desnecessariamente, feriu a rocha duas vezes, revelando com isto uma impaciência indesculpável – não atribuiu a glória do milagre inteiramente a Deus, mas antes a si próprio e a seu irmão: ‘porventura faremos sair água desta rocha?’ Faleceu quando tinha 120 anos de idade, depois de lhe ter mostrado o Senhor, do cume do monte Nebo, na cordilheira de Pisga, a Terra Prometida, na sua grande extensão. Este ‘ o sepultou num vale, na terra de Moabe, defronte de Bete-Peor – e ninguém sabe, até hoje, o lugar da sua sepultura’ (Dt 34:6). o único traço forte do seu caráter, que em toda a confiança podemos apresentar, acha-se em Nm 12:3: ‘Era o varão Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra.’ A palavra ‘manso’ não exprime bem o sentido – a idéia que a palavra hebraica nos dá é, antes, a de ser ele ‘muito sofredor e desinteressado’. Ele juntou-se aos seus compatriotas, vivendo eles a mais terrível escravidão (Êx 2:11 – 5,4) – ele esqueceu-se de si próprio, para vingar as iniqüidade de que eram vítimas os hebreus (Êx 2:14) – quis que seu irmão tomasse a direção dos atos libertadores em lugar de ele próprio (Êx4,13) -além disso, desejava que toda a gente hebréia recebesse dons semelhantes aos dele (Nm 11:29). Quando lhe foi feito o oferecimento de ser destruído o povo, podendo ele ser depois a origem de uma grande nação (Êx 32:10), pediu, na sua oração a Deus, que fosse perdoado o pecado dos israelitas, ‘ae não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste’ (Êx 32:32). (A respeito da conduta de Moisés na sua qualidade de libertador e legislador dos israelitas, vejam-se os artigos: Lei, Faraó, Pragas (as dez), Mar Vermelho, etc.)

    Moisés era filho de Anrão (da tribo de Levi) e Joquebede; era irmão de Arão e Miriã. Nasceu durante os terríveis anos em que os egípcios decretaram que todos os bebês do sexo masculino fossem mortos ao nascer. Seus pais o esconderam em casa e depois o colocaram no meio da vegetação, na margem do rio Nilo, dentro de um cesto de junco. A descoberta daquela criança pela princesa, filha de Faraó, foi providencial e ela salvou a vida do menino. Seu nome, que significa “aquele que tira” é um lembrete desse começo obscuro, quando sua mãe adotiva lhe disse: “Eu o tirei das águas”.

    Mais tarde, o Senhor o chamou para ser líder, por meio do qual falaria com Faraó, tiraria seu povo do Egito e o levaria à Terra Prometida. No processo desses eventos 1srael sofreu uma transformação, pois deixou de ser escravo de Faraó para ser o povo de Deus. Os israelitas formaram uma comunidade, mais conhecida como o povo da aliança, estabelecida pela graça e pela soberania de Deus (veja Aliança).

    O Antigo Testamento associa Moisés com a aliança, a teocracia e a revelação no monte Sinai. O grande legislador foi o mediador da aliança mosaica [do Sinai] (Ex 19:3-8; Ex 20:18-19). Esse pacto foi uma administração da graça e das promessas, pelas quais o Senhor consagrou um povo a si mesmo por meio da promulgação da Lei divina. Deus tratou com seu povo com graça, deu suas promessas a todos que confiavam nele e os consagrou, para viverem suas vidas de acordo com sua santa Lei. A administração da aliança era uma expressão concreta do reino de Deus. O Senhor estava presente com seu povo e estendeu seu governo especial sobre ele. A essência da aliança é a promessa: “Eu serei o vosso Deus e vós sereis o meu povo” (Ex 6:7; Dt 29:13; Ez 11:20).

    Moisés foi exaltado por meio de sua comunhão especial com o Senhor (Nm 12:68; Dt 34:10-12). Quando Arão e Miriã reclamaram contra a posição privilegiada que ele ocupava, como mediador entre Yahweh e Israel, ele nada respondeu às acusações (Nm 12:3). Pelo contrário, foi o Senhor quem se empenhou em defender seu servo (Nm 12:6-8).

    O Senhor confirmou a autoridade de Moisés como seu escolhido, um veículo de comunicação: “A ele me farei conhecer... falarei com ele...” (v. 6; veja Dt 18:18). Separou-o como “seu servo” (Ex 14:31; Dt 34:5; Js 1:1-2) — uma comunhão de grande confiança e amizade entre um superior e um subalterno. Moisés, de maneira sublime, permaneceu como servo de Deus, mesmo depois de sua morte; serviu como “cabeça” da administração da aliança até o advento da Nova aliança no Senhor Jesus Cristo (Nm 12:7; veja Hb 3:2-5). De acordo com este epitáfio profético de seu ministério, Moisés ocupou um lugar único como amigo de Deus. Experimentou o privilégio da comunhão íntima com o Senhor: “E o Senhor falava com Moisés” (Ex 33:9).

    A diferença fundamental entre Moisés e os outros profetas que vieram depois dele está na maneira direta pela qual Deus falava com este seu servo. Ele foi o primeiro a receber, escrever e ensinar a revelação do Senhor. Essa mensagem estendeu-se por todos os aspectos da vida, inclusive as leis sobre santidade, pureza, rituais, vida familiar, trabalho e sociedade. Por meio de Moisés, o Senhor planejou moldar Israel numa “comunidade separada”. A revelação de Deus os tornaria imunes às práticas detestáveis dos povos pagãos, inclusive a adivinhação e a magia. Esta palavra, dada pelo poder do Espírito, transformaria Israel num filho maduro.

    A posição e a revelação de Moisés prefiguravam a posição única de Jesus. O grande legislador serviu ao reino de Deus como um “servo fiel” (Hb 3:2-5), enquanto Cristo é “o Filho de Deus” encarnado: “Mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa” (Hb 3:6). Moisés, como o Senhor Jesus, confirmou a revelação de Deus por meio de sinais e maravilhas (Dt 34:12; veja também Ex 7:14-11:8; 14:5 a 15:21).

    Embora Moisés ainda não conhecesse a revelação de Deus em Cristo, viu a “glória” do Senhor (Ex 34:29-35). O apóstolo Paulo confirmou a graça de Deus na aliança mosaica quando escreveu à igreja em Roma: “São israelitas. Pertencem-lhes a adoção de filhos, a glória, as alianças, a lei, o culto e as promessas. Deles são os patriarcas, e deles descende Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém” (Rm 9:4-5)

    Moisés, o maior de todos os profetas antes da encarnação de Jesus, falou sobre o ministério de outro profeta (Dt 18:15-22). Foi testemunha de Deus para Israel de que um cumprimento ainda maior os aguardava: “Moisés, na verdade, foi fiel em toda a casa de Deus, como servo, para testemunho das coisas que se haviam de anunciar” (Hb 3:5). A natureza desse futuro não era nada menos do que o resto que viria (Hb 4:1-13) em Cristo, por causa de quem Moisés também sofreu (Hb 11:26).

    A esperança escatológica da revelação mosaica não é nada menos do que a presença de Deus no meio de seu povo. A escatologia de Israel começa com as alianças do Senhor com Abraão e Israel. Moisés — o servo de Deus, o intercessor, o mediador da aliança — apontava para além de sua administração, para uma época de descanso. Ele falou sobre este direito e ordenou que todos os membros da comunidade da aliança ansiassem pelo descanso vindouro na celebração do sábado (heb. “descanso”), o sinal da aliança (Ex 31:14-17) e da consagração de Israel a uma missão sagrada (Ex 31:13), a fim de serem abençoados com todos os dons de Deus na criação (Dt 26:18-19; Dt 28:3-14). Moisés percebeu dolorosamente que o povo não entraria naquele descanso, devido à sua desobediência e rebelião (Dt 4:21-25). Ainda assim, falou sobre uma nova dispensação, aberta pela graça de Deus, da liberdade e da fidelidade (Dt 4:29-31; Dt 30:5-10: 32:39-43). Ele olhou para o futuro, para uma época de paz, tranqüilidade e plena alegria na presença de Deus, de bênção e proteção na Terra Prometida (Dt 12:9-10; Dt 25:19; Ex 33:14; Js 1:13).

    Essa esperança, fundamentada na fidelidade de Deus (Dt 4:31), é expressa mais claramente no testemunho final de Moisés, “o Hino do Testemunho” (Dt 32). Nele, o grande legislador recitou os atos do amor de Deus em favor de Israel (vv.1-14), advertiu contra a rebelião e o sofrimento que isso acarretaria (vv.15-35) e confortou os piedosos com a esperança da vingança do Senhor sobre os inimigos e o livramento do remanescente de Israel e das nações (vv. 36-43). Fez até uma alusão à grandeza do amor de Deus pelos gentios! (vv. 36-43; Rm 15:10).

    O significado escatológico do Hino de Moisés reverbera nas mensagens proféticas de juízo e de esperança, justiça e misericórdia, exclusão e inclusão, vingança e livramento. A administração mosaica, portanto, nunca tencionou ser um fim em si mesma. Era apenas um estágio na progressão do cumprimento da promessa, aliás, um estágio importantíssimo!

    Como precursor da tradição profética, Moisés viu mais da revelação da glória de Deus do que qualquer outro homem no Antigo testamento (Ex 33:18; Ex 34:29-35). Falou sob a autoridade de Deus. Qualquer um que o questionasse desafiava a autoridade do Senhor. Israel encontrava conforto, graça e bênção, porque em Moisés se reuniam os papéis de mediador da aliança e intercessor (Ex 32:1-34:10; Nm 14:13-25). Ele orou por Israel, falou ousadamente como seu advogado diante do Senhor e encorajou o povo a olhar além dele, próprio, para Deus (veja Profetas e Profecias). W.A.VG.


    Moisés Líder escolhido por Deus para libertar os israelitas da escravidão do Egito (Exo 2—18), para fazer ALIANÇA 1, com eles (Exo 19—24), para torná-los povo de Deus e nação independente (Exo 25—) (Num
    36) e para prepará-los a fim de entrarem na terra de Canaã (Deu 1—33). Nasceu de pais israelitas, mas foi adotado pela filha do faraó do Egito, onde foi educado (Ex 2:1-10); (At 7:22). Após colocar-se ao lado de seu povo e matar um egípcio, fugiu para MIDIÃ 2, onde se casou com Zípora (Ex 2:11-22) Passados 40 anos, Deus o chamou e o pôs como líder da libertação do povo de Israel (Exo
    3) Por mais 40 anos Moisés cumpriu o mandado de Deus e morreu às portas da terra de Canaã, no monte NEBO (Dt 34). Alguns estudiosos colocam a data da morte de Moisés em torno de 1440 a.C., e outros a colocam por volta de 1225 a.C., dependendo da posição sob

    Moisés Levita da casa de Amram (Ex 6:18.20), filho de Jocabed. Conforme o Antigo Testamento, deveria ser morto como conseqüência do decreto genocida do faraó (provavelmente Tutmósis 3, embora outros apontem Ramsés II) que ordenara a morte dos meninos israelitas. Deixado nas águas do Nilo por sua mãe, foi recolhido por uma irmã do faraó, que o educou (Êx 2). Após matar um egípcio que maltratava alguns israelitas, precisou exilar-se, indo viver na terra de Madiã (Ex 2:11-15). Nesse local foi pastor, teve esposa e filhos e recebeu uma revelação de Deus, que o enviava ao Egito para libertar Israel (Êx 3). Retornou então e, em companhia de seu irmão Aarão, tentou convencer o faraó (possivelmente Amenotep II, Menreptá, segundo outros) para que deixasse o povo sair. O fato aconteceu somente depois de uma série de pragas, especialmente após a última em que morreu seu primogênito (Êx 5:13). A perseguição que o monarca egípcio empreendeu teve um final desastroso no mar dos Juncos. A marcha de Israel pelo deserto levou-o até o Sinai, onde Moisés recebeu os Dez mandamentos, assim como um código de leis para regerem a vida do povo (Ex 20:32-34). Conforme o Talmude, foi também quando receberam a lei oral. A falta de fé do povo — manifestada na adoração de uma imagem em forma de bezerro enquanto Moisés estava no monte — malograria logo mais a entrada na Terra Prometida. Moisés morreu sem entrar nela e o mesmo sucedeu com a geração libertada do Egito, exceto Josué e Caleb.

    A figura de Moisés é de uma enorme importância e a ele se atribui a formação de um povo cuja vida centrar-se-ia no futuro, certamente com altos e baixos, mas em torno do monoteísmo.

    O judaísmo da época de Jesus considerava-o autor da Torá (Mt 22:24; Mc 7:10; 10,3ss.) e mestre de Israel (Mt 8:4; 23,2; Jo 7:22ss.). Jesus atribui-lhe uma clara importância quando se apresentou como messias (Jo 5:39-47). Lamentou que seu papel tivesse sido usurpado pelos escribas (Mt 23:2ss.) e que muitos citassem Moisés como excusa para sua incredulidade (Jo 7:28ss.). Jesus considerou-se superior a Moisés, a cuja Lei deu uma nova interpretação (Mt 5:17- 48). Essa visão — confirmada pela narrativa da Transfiguração (Mt 17:3) — aparece também no cristianismo posterior (Jo 1:17.45).

    J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y...; f. f. Bruce, Acts...; C. Vidal Manzanares, El Hijo de Ra, Barcelona 1992; Idem, El judeo-cristianismo...


    Senhor

    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Levítico 5: 14 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E falou o SENHOR a Moisés, dizendo:
    Levítico 5: 14 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1445 a.C.
    H1696
    dâbar
    דָבַר
    E falou
    (And spoke)
    Verbo
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H413
    ʼêl
    אֵל
    até
    (unto)
    Prepostos
    H4872
    Môsheh
    מֹשֶׁה
    Moisés
    (Moses)
    Substantivo
    H559
    ʼâmar
    אָמַר
    E disse
    (And said)
    Verbo


    דָבַר


    (H1696)
    dâbar (daw-bar')

    01696 דבר dabar

    uma raiz primitiva; DITAT - 399; v

    1. falar, declarar, conversar, comandar, prometer, avisar, ameaçar, cantar
      1. (Qal) falar
      2. (Nifal) falar um com o outro, conversar
      3. (Piel)
        1. falar
        2. prometer
      4. (Pual) ser falado
      5. (Hitpael) falar
      6. (Hifil) levar embora, colocar em fuga

    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    אֵל


    (H413)
    ʼêl (ale)

    0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

    partícula primitiva; DITAT - 91; prep

    1. para, em direção a, para a (de movimento)
    2. para dentro de (já atravessando o limite)
      1. no meio de
    3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
    4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
    5. em adição a, a
    6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
    7. de acordo com (regra ou padrão)
    8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
    9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

    מֹשֶׁה


    (H4872)
    Môsheh (mo-sheh')

    04872 משה Mosheh

    procedente de 4871, grego 3475 Μωσης; DITAT - 1254; n pr m Moisés = “tirado”

    1. o profeta e legislador, líder do êxodo

    אָמַר


    (H559)
    ʼâmar (aw-mar')

    0559 אמר ’amar

    uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

    1. dizer, falar, proferir
      1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
      2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
      3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
      4. (Hifil) declarar, afirmar