Enciclopédia de Obadias 1:9-9

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ob 1: 9

Versão Versículo
ARA Os teus valentes, ó Temã, estarão atemorizados, para que, do monte de Esaú, seja cada um exterminado pela matança.
ARC E os teus valentes, ó Temã, estarão atemorizados, para que da montanha de Esaú seja cada um exterminado pela matança.
TB Os teus valentes, ó Temã, estarão atemorizados, a fim de que, pela matança, cada um seja exterminado do monte de Esaú.
HSB וְחַתּ֥וּ גִבּוֹרֶ֖יךָ תֵּימָ֑ן לְמַ֧עַן יִכָּֽרֶת־ אִ֛ישׁ מֵהַ֥ר עֵשָׂ֖ו מִקָּֽטֶל׃
BKJ E os teus homens poderosos, ó Temã, ficarão desanimados, para o fim que todo o monte de Esaú pode ser cortado pelo abate.
LTT E os teus poderosos, ó Temã, estarão atemorizados, para que cada homem do monte de Esaú seja exterminado pela matança.
BJ2 Teus guerreiros se acovardarão, Temã,[m] de modo que será exterminado todo homem da montanha de Esaú. Por causa do morticínio,
VULG Et timebunt fortes tui a meridie, ut intereat vir de monte Esau.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Obadias 1:9

Gênesis 36:11 E os filhos de Elifaz foram: Temã, Omar, Zefô, Gaetã e Quenaz.
Deuteronômio 2:5 Não vos entremetais com eles, porque vos não darei da sua terra, nem ainda a pisada da planta de um pé; porquanto a Esaú tenho dado a montanha de Seir por herança.
I Crônicas 1:45 E morreu Jobabe, e reinou em seu lugar Husão, da terra dos temanitas.
Jó 2:11 Ouvindo, pois, três amigos de Jó todo este mal que tinha vindo sobre ele, vieram, cada um do seu lugar: Elifaz, o temanita, e Bildade, o suíta, e Zofar, o naamatita; e concertaram juntamente virem condoer-se dele e consolá-lo.
Salmos 76:5 Os que são ousados de coração foram despojados; dormiram o seu sono, e nenhum dos homens de força achou as próprias mãos.
Isaías 19:16 Naquele tempo, os egípcios serão como mulheres, e tremerão, e temerão por causa do movimento da mão do Senhor dos Exércitos, porque ela se há de mover contra eles.
Isaías 34:5 Porque a minha espada se embriagou nos céus; eis que sobre Edom descerá e sobre o povo do meu anátema, para exercer juízo.
Isaías 63:1 Quem é este que vem de Edom, de Bozra, com vestes tintas? Este que é glorioso em sua vestidura, que marcha com a sua grande força? Eu, que falo em justiça, poderoso para salvar.
Jeremias 49:7 Contra Edom. Assim diz o Senhor dos Exércitos: Acaso, não há mais sabedoria em Temã? Já pereceu o conselho dos sábios? Corrompeu-se a sua sabedoria?
Jeremias 49:20 Portanto, ouvi o conselho do Senhor, que ele decretou contra Edom, e os seus desígnios, que ele intentou contra os moradores de Temã; certamente, os menores do rebanho os arrastarão; certamente, assolará as suas moradas sobre eles.
Jeremias 49:22 Eis que, como águia, subirá, e voará, e estenderá as asas sobre Bozra; e o coração dos valentes de Edom, naquele dia, será como o coração da mulher que está em suas dores.
Jeremias 50:36 A espada virá sobre os mentirosos, e ficarão insensatos; a espada virá sobre os seus valentes, e desmaiarão.
Ezequiel 25:13 portanto, assim diz o Senhor Jeová: Também estenderei a mão contra Edom, e arrancarei dele homens e animais; e o tornarei em deserto desde Temã, e até Dedã cairão à espada.
Amós 1:12 Por isso, porei fogo a Temã, e ele consumirá os palácios de Bozra.
Amós 2:16 E o mais animoso entre os valentes fugirá nu naquele dia, disse o Senhor.
Obadias 1:21 E levantar-se-ão salvadores no monte Sião, para julgarem a montanha de Esaú; e o reino será do Senhor.
Naum 3:13 Eis que o teu povo no meio de ti será como mulheres; as portas da tua terra estarão de todo abertas aos teus inimigos; o fogo consumirá os teus ferrolhos.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

OS PATRIARCAS: AS EVIDÊNCIAS BÍBLICAS

Início do segundo milênio a.C.

UM CONTEXTO CRONOLÓGICO

Gênesis 12:50 trata da relação de Deus com um homem, Abraão, e seus descendentes: Isaque, Jacó (Israel) e seus doze filhos, dos quais José é o mais destacado. É difícil situar os "patriarcas", como costumam ser chamados, num período histórico exato. Para isso, é preciso considerar, em grande medida, a data fornecida para um acontecimento posterior da história bíblica, a saber, o êxodo, para o qual são definidas duas datas (como veremos em detalhes mais adiante).
Uma das datas para o êxodo é 1447 a.C.' Considerando-se que os israelitas permaneceram no Egito durante 430 anos, pode-se concluir que Jacó e seus filhos chegaram ao Egito em 1877 a.C. Assim, Abraão deve ter nascido na metade do século XXII a.C.
A outra data para o êxodo é c. 1270 a.C. Aceitando-se os mesmos dados mencionados acima, Abraão deve ter nascido por volta de 2000 a.C.
Alguns estudiosos também consideram que a estadia de Israel no Egito foi mais curta e situam os patriarcas num período posterior (mais próximo de nossa época), entre os séculos 20 e XVI a.C., a Média Idade do Bronze II.

ABRÃO VIAJA DE UR PARA HARÀ Tera, o pai de Abrão (como ele era conhecido naquele tempo), deixou "Ur dos caldeus"* e se assentou em Harà, na fronteira norte da Mesopotâmia, 32 km a sudeste da atual cidade turca de Urfa. Para alguns, Ur e Urfa se referem ao mesmo lugar, mas, nesse caso, Abrão teria voltado pelo mesmo caminho de onde veio antes de partir para Canaâ. Na verdade, a designação "Ur dos caldeus" resolve a questão. Os caldeus foram um povo que viveu no sul do Iraque do final do segundo milênio em diante.
Assim, Ur dos caldeus deve ser identificada com a cidade famosa de Ur, no sul do Iraque, conhecida hoje como Tell el- Muqayyar. Ur era um dos centros de uma civilização sofisticada vários séculos antes de Abraão, como indicam o Cemitério Real de Ur e o zigurate (templo em forma de torre) de Ur-Nammu, datados respectivamente de c. 2500 a.C. e 2113-2096 a.C.

ABRÃO VIAJA DE CANAÁ PARA O EGITO

Quando Abrão estava com cerca de 75 anos de idade, ele respondeu ao chamado de Deus para deixar seu país, seu povo e a casa de seu pai e se dirigir à terra que o Senhor lhe mostraria.* Abrão foi para Canaã, a terra prometida, mas uma grave escassez de alimento o levou a buscar refúgio no Egito. Lá, sua esposa Sarai (chamada posteriormente de Sara) chamou a atenção do Faraó.

EM CANAÃ

Ao voltar a Canaã, Abrão se tornou extremamente rico em rebanhos, prata e ouro. Tinha tantos rebanhos que precisou se separar de seu sobrinho, Ló, o qual escolheu armar suas tendas próximo a Sodoma, cujos habitantes eram conhecidos por sua grande perversidade. De acordo com Gênesis 19:24-25, "fez o Senhor chover enxofre e fogo, da parte do Senhor, sobre Sodoma e Gomorra. E subverteu aquelas cidades, e toda a campina". Não há dúvidas que Sodoma e Gomorra ficavam próximas, ou talvez debaixo, do atual mar Morto, mas é impossível determinar a localização exata das duas cidades proporção extraordinária de sal (25 por cento) do mar Morto pode ser evidência dessa calamidade.
Abrão (Pai exaltado) se tornaria Abraão (Pai de muitos)." ¡ Agar, a serva de Sara, lhe deu à luz Ismael e a própria Sara lhe deu à luz Isaque (o filho da promessa).° Quando Sara faleceu em Quiriate-Arba (atual Hebrom), Abraão comprou de Efrom, o heteu, um campo com uma caverna e ali sepultou a esposa. Posteriormente, Abraão, seu filho Isaque, Rebeca, esposa de Isaque, seu filho Jacó e Lia, a esposa de Jacó, também foram sepultados nesse local.
Isaque reabriu os poços que haviam sido cavados por Abraão no vale de Gerar e, de acordo com João 4:5-6, Jacó cavou um poço em Sicar, próximo a Siquém.
Fica evidente que os patriarcas eram homens de grande riqueza e influência em Canaã. Abrão tinha trezentos e dezoito "homens dos mais capazes" à sua disposição.' Aliás, a expressão "homens dos mais capazes" é bastante antiga, pois também aparece em textos egípcios de execração (maldição) do final do século XIX a.C. Os patriarcas se casaram com parentas: Isaque se casou com Rebeca, sobrinha neta de seu pai, e Jacó se casou com suas primas Lia e Raquel. Essas três mulheres eram da região de Harã, também chamada Harâ- Naharaim e Pada-Arã.

 

 

Por Paul Lawrence


Árvore genealógica dos patriarcas
Árvore genealógica dos patriarcas
Viagem de Abraão: Saiu de Ur, no sul do Iraque em direção a Harã.
Viagem de Abraão: Saiu de Ur, no sul do Iraque em direção a Harã.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Obadias Capítulo 1 do versículo 1 até o 21
SEÇÃO I

O JULGAMENTO DE EDOM

Obadias 1:9

O livro começa com o título: Visão de Obadias (1). O termo traduzido por visão é a palavra comumente usada para descrever o teor de uma revelação divina dada a um dos profetas (Is 1:1; Jr 14:14; Ez 7:26; Na 1.1). Ao se referir à pregação ("novas", ARA; "notícia", BV) do SENHOR, talvez Obadias afirme que cita algum dos profetas de Deus — palavras as quais percebia que na ocasião eram particularmente pertinentes (cf. Jr 49:14). O embaixador (ou "mensageiro", ARA) que foi enviado às nações pode ter sido uma pessoa ou pessoas subversivas enviadas por um rei para incitar as nações circunvizinhas contra Edom. Também é possível que o profeta se refira a um espírito instigador do desassossego geral, inveja e má vontade para com Edom (ver mapa

1) entre as nações vizinhas, que fora resultado de causas políticas. Qualquer que tenha sido a situação serviu como mensageiro do Senhor, pois Deus a usou para dar início ao seu propósito de julgar os edomitas.

Deus não interfe nos assuntos edomitas, de certa maneira notavelmente milagrosa, mas elaborava a conspiração e deslealdade das nações circunvizinhas. Estes fatos nos lembram que "há no mundo forças históricas em operação que tornam precária a posição de qualquer nação, por mais forte que pareça. A mensagem de Obadias é peculiarmente apropriada como declaração profética que toda nação poderosa, rica e bem estabelecida faz bem em ouvir"!

Eis que te fiz pequeno... tu és mui desprezado (2) é mais bem traduzido pelo modo profético: "Eis que te farei pequeno [...]; tu serás totalmente desprezado" (ECA). O texto hebraico diz respeito a algo já determinado na mente de Deus, mas que ainda está no futuro humano (cf. ATA; NTLH; NVI; VBB).

A terra de Edom se estendia ao longo das encostas da cadeia de montanhas rocho-sas do monte Seir, em direção do golfo de Áqaba e chegava quase ao mar Morto. O território variava de regiões férteis, que produziam trigo, uva, figo, romã e azeitona, a altos picos montanhosos separados por desfiladeiros profundos. A meio caminho na principal cadeia montanhosa, elevava-se o monte Hor, alto e sombrio acima do terreno circunvizinho e a curta distância da capital Sela ou Petra, que se situava em um pro-fundo vale cercado por 60 metros de precipício, acessível somente por uma abertura estreita de uns 3,5 metros de largura.

Assim, os edomitas habitavam literalmente nas fendas das rochas (3), cuja posi-ção era praticamente impenetrável e inconquistável. Por muitas gerações tinham vivido seguros. Nenhum inimigo conseguira entrar pelos caminhos estreitos dos desfiladeiros que conduziam às principais cidades talhadas nas paredes rochosas das montanhas. Nessas posições, uma pequena companhia militar de edomitas podia facilmente defen-der a passagem entre as montanhas contra um exército inteiro de invasores. Essa posi-ção elevada permitia que observassem as atividades dos povos em redor. Como o leão pronto para se lançar sobre a presa, os edomitas sempre estavam alertas para se dedicar ao saque de seus vizinhos sempre que a ocasião fosse oportuna.

Por ser um povo inteligente, os edomitas desenvolveram uma civilização muito su-perior às tribos que vagavam pelos desertos circunvizinhos. De suas casas no alto, con-trolavam as rotas comerciais de Áqaba e do Egito (ver mapa 1). Este comércio lhes dava acesso a mercadorias e riquezas desconhecidas por seus vizinhos. Em conseqüência dis-so, ficaram orgulhosos, arrogantes e hostis (3).

Viviam isolados e sozinhos como a águia, com suas casas no alto da solidez monta-nhosa — por assim dizer, entre as estrelas (4). Mas por seu orgulho eles seriam derru-bados, de acordo com o princípio de vida expressado em Provérbios 16:18: "A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda". A bravata de Edom também é condenada em Ezequiel 35:13.

Os julgamentos de Deus tinham de ser severos. O profeta lembra os edomitas que quando um grupo de ladrões faz uma invasão noturna, ou quando colhedores de uva passam por um vinhedo, sempre deixam algo. Mas não será assim com os espoliadores que virão contra Edom. A nação será totalmente devastada. Edom, o descendente de Esaú. (6), será reduzido a nada. Seus bens e riquezas entesourados, escondidos nas ca-vernas mais secretas, inacessíveis e armazenados nas fortalezas mais espetaculares, serão vasculhados e confiscados (cf. Jr 49:10). A tradução que George Adam Smith2 faz dos versículos 5:6 é proveitosa:

Como tu estás completamente arruinado!

Se ladrões noturnos tivessem entrado em tua casa,
Eles teriam roubado mais do que precisassem?
Se colhedores de uva tivessem entrado em teu terreno,
Eles não teriam deixado os respigos?
Como Esaú foi pilhado,
Como foram roubados seus tesouros!

Os edomitas buscavam abrigo e segurança nas fendas das rochas. Ao rirem talvez da profecia de Obadias, mostravam-se confiantes em sua pátria rochosa, nunca antes invadida. Estavam certos de que ali estariam protegidos até da vingança de Deus profetizada pelo profeta. Mas, sua esperança de refúgio era vã, como é a esperança de todos os que resistem a Deus. Só nele há segurança. Existe alguém acerca de quem Isaías escre-veu que é "como um esconderijo contra o vento, e como um refúgio contra a tempestade, [...] e como a sombra de uma grande rocha em terra sedenta" (Is 32:2). Deus é único. Em nosso Senhor Jesus Cristo todos que quiserem acham refúgio seguro de toda deflagração de julgamento que vier. W. O. Cushing alegrou-se com essa realidade e escreveu:

Oh, firme na Rocha que é mais alta que eu,

Minha alma fugiria de seus conflitos e tristezas.
Sou tão pecador, estou tão cansado, Teu somente serei.

Tu és a bendita "Rocha dos Séculos", em Ti me refugio. (N. do T.)

Os edomitas orgulhavam-se de seus tesouros, como os povos e nações de hoje. Mas a Bíblia contém muitos avisos para não pormos a confiança nas riquezas terrenas. Leia Salmo 62:10; Provérbios 23:5; I Timóteo 6:5-11 e comprove a verdade destes ensinamentos divinos.

A destruição de Edom seria muito mais amarga, porque viria das mãos de amigos: Todos os teus confederados... os que gozam da tua paz (7). Nações que foram alia-das enganarão os edomitas. Aqueles que na qualidade de amigos íntimos comeram de sua comida usarão esta falsa amizade para conspirar contra eles. Os edomitas, há muito eminentes por sua sabedoria e prudência (4:1; Jr 49:7), aferraram-se tolamente à segurança de sua posição geográfica, com vastos compartimentos de riquezas e sua situ-ação política. Não perceberiam o desenrolar dos acontecimentos enquanto seus supostos amigos armassem armadilhas para apanhá-los. Estes mesmos amigos e aliados expulsa-riam os edomitas de suas terras, ao lançá-los para fora dos teus limites.

Não se pode confiar na sabedoria mundana 1Co 1:18-19,27). "O orgulho e a autoconfiança seduzem o homem à queda. Quando ele está caído, a autoconfiança traída passa imediatamente para o desespero. [...] Os homens não usam os recursos que lhe restam, porque o que eles valorizam, os deixa na mão. A confiança indevida é o pai do medo indevido". 3

Armadilha (7) ou "ciladas" (BV; NVI).

A situação trágica descrita por Obadias desenvolveu-se em Edom logo após esta profecia. Nos séculos 6 e V a.C. os registros históricos mostram que, sob força de coação árabe, os edomitas foram expulsos do país e instalaram-se no sul da Palestina.
A montanha de Esaú (8) era a principal fortaleza de Edom, que consistia nos altos pontos proeminentes da região de Sela ou Petra. Temã (9) era importante cidade edomita distante cerca de oito quilômetros da capital. Os teus valentes... estarão atemoriza-dos — o desânimo destes guerreiros é descrito com mais detalhes em Jeremias 49:22.

A atitude de Edom é excelente ilustração de "os trágicos frutos do orgulho":

1) O orgulho de coração é enganoso, 3a: no comércio, nos assuntos intelectuais e nos valores morais;

2) O orgulho de coração é atrevido, 3c, pois se atreve a contar com as vantagens materiais e a própria habilidade humana sem pensar na intervenção divina;

3) O orgu-lho de coração é destrutivo, 4 (cf. Pv 16:18; Lc 14:11), já que Deus pode usar vários meios de abater os orgulhosos: dificuldades econômicas, incapacidade física, perda, conflito doméstico, difamação ou até a morte.

SEÇÃO II

RAZÕES PARA O JULGAMENTO

Obadias 10:14

Deus nunca age em julgamento sem uma boa razão. Nessa seção, o Senhor revela para os edomitas por que julgará destrutivamente. O principal pecado contra Jeová foi o tratamento cruel que deram aos próprios irmãos no tempo da tragédia e sofrimento. A expressão teu irmão Jacó (10) é usada para realçar a relação que existia entre os edomitas, por serem filhos de Esaú, e os homens de Judá, que eram filhos de seu irmão gêmeo Jacó.

Neste ponto, o Antigo Testamento prenuncia as declarações solenes do Novo Testa-mento concernentes à nossa atitude para com todos os homens, pois cada um deles deve ser considerado como irmão. Tudo que fazemos a favor ou contra nosso irmão realizamos a favor ou contra o próprio Deus (Mt 25:31-46; 1 Jo 3:10-15; 4.20,21). Não há dúvida de que muitas das aflições sociais que sofremos hoje em dia, como as questões raciais, são em grande parte colheita que fazemos das sementes ruins que as gerações passadas semearam. Ninguém pode escapar da lei inalterável: "Tudo o que o homem semear, isso também ceifará" (Gl 6:7).

Os atos de antagonismo pelos quais Edom seria julgado remontavam à recusa em conceder passagem para Israel viajar por suas fronteiras durante o êxodo do Egito à Palestina (Nm 20:14-21). Este procedimento alcançou um ponto culminante no modo em que Edom tratou Judá, quando Nabucodonosor saqueou Jerusalém em 586 a.C. Nessa ocasião, os edomitas fiaram indiferentes e não ofereceram ajuda até que se certificasse para qual lado dirigia-se a maré da batalha. Mas este procedimento os tornou parte do exército invasor (11). Nesta versão bíblica a acusação fica bem clara: "No dia em que foste indiferente com teu irmão Jacó, no dia em que os estranhos levaram cativo o seu exército e carregaram a sua riqueza, e os estrangeiros entraram pelas suas portas e lançaram sortes sobre Jerusalém, tu mesmo eras um deles" (ATA; cf. BV).

Pelos versículos 12:14, entendemos que os edomitas na verdade ajudaram os babilônios quando viram que Nabucodonosor seria o vencedor. O profeta detalha grafica-mente alguns procedimentos utilizados por eles para esse fim. Não devias olhar para o dia (12), ou seja, "não devias ter olhado com prazer para o dia" (ARA). Olhar, satisfei-to, para o seu mal (13) seria "olhar com prazer para o sofrimento deles" (ATA; cf. BV; ECA). Não temos informação histórica sobre os métodos exatos que os edomitas usaram para colaborar com os invasores. Talvez tivessem se unido ao saque da nação ferida (estender as tuas mãos contra o seu exército seria "ter lançado mão nos seus bens", ARA; cf. NTLH; NVI) e bloqueado a fuga dos refugiados (parar nas encruzilhadas, para exterminares os que escapassem,
14) e até entregue traiçoeiramente os judeus fugitivos às mãos babilônicas (entregar os que lhe restassem). Por estes procedimen-tos, Edom procurava colocar-se sob as boas graças diante dos invasores babilônicos vito-riosos, mas estas ações eram indesculpáveis para Deus. Jeremias 49:7-22 e II Reis 25 são provavelmente escrituras paralelas a esta porção de Obadias.

SEÇÃO III

O DIA DO SENHOR

Obadias 15:21

Obadias dá a entender que o julgamento de Edom não terminará apenas com a expulsão dos edomitas de sua pátria amada. Ele faz referência ao dia do SENHOR (15), um dos grandes temas do Antigo Testamento (Jl 1:15-3.14; Sf 1:7). Esta profecia, como muitas outras, anuncia que o dia está perto, ou seja, decididamente próximo e iminente, mas nenhum texto profético declara o tempo exato de sua ocorrência. Nem sabemos o modo e métodos do dia. Mas entendemos algo do seu caráter. Naquele dia, só

  • Senhor será exaltado (Is 2:11), e todas as nações que se esquecem de Deus serão castigadas (Sl 9:17).
  • Edom estará entre essas nações ímpias que finalmente serão julgadas. Obadias lhes anuncia: Como tu fizeste, assim se fará contigo (15). Esta profecia sugere o ensino do Novo Testamento em passagens como Mateus 6:14-15; 18:21-35; Lucas 6:31; Tiago 2:13.

    O profeta lembra aos edomitas a orgia e bebedeira que fizeram em Jerusalém na ocasião em que a cidade foi pilhada por Nabucodonosor. Obadias diz que, semelhan-temente, todas as nações (16) que vivem sem Deus beberão da sua ira e a destruição será como se nunca tivessem sido (cf. Jr 25:15-28).

    Em contraste com essa cena, no monte Sião (17), em Jerusalém, o local do Templo santo, haverá livramento (escape, cf. NTLH) da ira divina. E o monte será santo. Aqui, esta santidade está relacionada apenas parcialmente com a qualidade moral tão destacada no Novo Testamento. Obadias se refere à liberdade da contaminação de na-ções ímpias e, assim, indica proteção contra o do ataque (Jl 2:32-3.17). A casa de Jacó, ou seja, Judá, recuperará os territórios que Deus outrora lhe dera. A Septuaginta traduz o versículo de forma interessante: "A casa de Jacó receberá por herança aqueles que os tomaram por herança" (17).

    A casa de José (18) refere-se ao Reino do Norte, que, em 721 a.C., fora destruído por Sargão. Em concordância com as profecias de Oséias 1:11 e Ezequiel 37:16-22, Israel se unirá a Judá, o Reino do Sul, e juntos, como a chama queima a palha, destruirão Edom (cf. Is 11:13-14).

    Os versículos 19:20 falam da extensão da herança de Israel. A história narra que durante o exílio de Israel os edomitas ocuparam as cidades do Sul (19) de Judá, o Neguebe (cf. ARA), a região ao sul de Hebrom em direção ao deserto de Parã. Depois do exílio, os do Sul, ou seja, os homens de Judá que voltarem do exílio, possuirão Edom, a monta-nha de Esaú. As planícies são a região que fica a oeste de Hebrom em direção ao mar. Os que possuirão Efraim e Samaria são, provavelmente, os homens de Israel que anti-gamente tinham possuído a região montanhosa da Palestina. Estas conquistas foram realizadas no século II a.C., quando os judeus, sob a liderança dos macabeus, atacaram e ocuparam as áreas indicadas.

    Os cativos (20) se referem aos exilados. Este exército dos filhos de Israel seria os moradores do Reino do Norte que, em 721 a.C., foram deportados por Sargão depois da queda de Samaria. Os cananeus eram os fenícios. Zarefate era uma cidade que ficava entre Tiro e Sidom (ver mapa
    1) ; é a Sarepta de Lucas 4:26. Os cativos de Jeru-salém eram os habitantes do Reino do Sul que, em 586 a.C., foram levados por Nabucodonosor para Sefarade, provavelmente Sardes, na Ásia Menor.

    Os dois temas principais do livro de Obadias estão resumidos no último versículo. O profeta anuncia que os salvadores israelitas, homens sábios de perspicácia espiritual e fé, reinarão em Edom, o território outrora ocupado pelos ímpios e mundanos filhos de Esaú. O plano de Deus é que, no fim, o espiritual se eleve sobre o profano. E o reino será do SENHOR: Deus reinará sobre tudo e sobre todos (Sl 22:28-103.19; Zc 14:9; Ap 11:15).


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Obadias Capítulo 1 versículo 9
    Temã: Ver Jr 49:7,

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Obadias Capítulo 1 do versículo 1 até o 21
    *

    1 Visão. Uma revelação sobrenatural declarada à visão ou audição interior do profeta. Obadias introduz a mensagem que ele recebeu do Senhor sobre Edom.

    Assim diz o SENHOR Deus. Deus revelou o conteúdo da profecia (conforme 2Pe 1:21). Isto eleva a qualidade moral de sua severidade acima da vontade vingativa do homem até a pureza da justiça divina.

    Edom. O rancor entre Edom e Israel começou no período patriarcal. Deus abençoou Isaque e Rebeca com filhos gêmeos, Esaú e Jacó (Gn 25:21-26; conforme Ml 1:2, 3; Rm 9:10-13). A rivalidade pessoal entre Jacó e Esaú (Gn 27), de quem as nações de Israel e Edom descenderam, se transformou num conflito de dimensões nacionais (13 2:15-15'>Ex 15:13-15; Nm 20:14-21; 1Sm 14:47; 2Sm 8:13, 14; 1Rs 11:14, 15; 2Rs 8:20-22; 14:7). Edom também representa simbolicamente os inimigos do povo de Deus (Is 63:1-6).

    levantemo-nos contra Edom, para a guerra. Falando para o seu povo, o profeta vê significado divino nas notícias de uma conspiração contra Edom. Por detrás da trama humana, o Senhor Soberano está operando. O fato de que essas notícias chegaram aos ouvidos de Obadias em conexão com esta visão não era coincidência; era um sinal do cumprimento da profecia.

    * 2-14 Deus declara guerra contra Edom, resolvendo humilhar (vs. 2-4) e saquear (vs. 5-7) aquela nação. Nenhum sábio governante ou bravo guerreiro em Edom resistirá ao ataque divino (vs. 8-10). Edom, que havia sido cruelmente indiferente para com as angústias de Judá (vs. 11-14), irá cair.

    * 3 fendas das rochas. A palavra em hebraico para “rochas” (sela‘) também era o nome de uma cidade fortificada nas altas regiões rochosas de Edom. O acidentado terreno da montanha de Edom desencorajava a invasão de fora e encorajava a complacência em seu interior.

    * 3, 4 A pergunta arrogante de Edom (“Quem me deitará por terra?”) é respondida com a solene resolução de Deus (“de lá te derrubarei”).

    *

    4 remontares como águia... entre as estrelas. Uma descrição hiperbólica do falso sentimento de segurança dos edomitas. Apesar da aparente segurança de Edom, ninguém pode se elevar acima de Deus. Embora Edom parecesse invencível, Deus chamou Israel para compreender que nenhum poder terreno pode escapar à sua justiça soberana.

    * 7 As nações conspiradoras do v. 1 revelam ser os próprios aliados de Edom. É uma questão de justiça que Edom fosse traída pelos amigos, tendo apunhalado o “irmão Jacó” (v. 10) pelas costas.

    * 8-10 Embora sábio e poderoso, Edom não será páreo para o Senhor.

    * 9 Temã. O nome pessoal de um descendente de Esaú (Gn 36:11), que também era usado para a nação edomita.

    *

    11, 12 Edom é condenado por ter violado a lei de compaixão fraternal ao se unir, como divertimento malicioso, aos inimigos de Deus enquanto esses destruíam Judá. A interação entre “teu irmão” no v. 10 e os “estrangeiros” invasores aqui é poderosa. A exploração da adversidade de um irmão demonstrou que o verdadeiro propósito de Edom estava em conseguir ficar em posição elevada no mundo, sem levar em conta os absolutos morais e espirituais. As sementes do caráter moral de Edom foram semeadas pelo seu ancestral Esaú que mostrou que se importava mais com os prazeres terrenos do que com o reino de Deus ao desprezar as bênçãos decorrentes de seu direito como primogênito e casando-se com mulheres hititas (Gn 25:29-34; 26:34, 35; conforme 27.46—28.1). Traduzido nos termos do Novo Testamento, Edom personifica o espírito “do mundo” (1Jo 2:15-17).

    * 15-18 O dia da retribuição divina destruirá todos os inimigos de Deus e vindicará seu povo, através de quem ele executará seu julgamento.

    * 15

    o Dia do SENHOR... sobre todas as nações. Para o dia do Senhor, ver Is 2:11,12. Agora o profeta coloca o julgamento de Edom contra o pano de fundo global da prestação de contas moral que Deus faz com todas as nações. Este episódio com Edom é somente uma pequena amostra do julgamento da parte de Deus; ele não irá parar enquanto não tiver limpado seu mundo de todos os seus inimigos. A conexão entre Edom e o resto das nações é a sua rebelião contra Deus, que todas elas têm em comum.

    * 16 A orgia dos ébrios edomitas no monte do templo sagrado em Jerusalém é respondida à altura com a taça da ira de Deus sendo forçada pelos lábios de Edom e todas as nações que profanaram as coisas de Deus.

    *

    17 o monte será santo. Não mais vítima da pilhagem de exércitos, o Monte Sião será novamente santo, limpo, purificado por Deus.

    * 18 ninguém mais restará. Aqueles “que restaram” (v. 14) de Judá irão se reerguer como um fogo ardente de ira divina para consumir Edom, não deixando um único sobrevivente sequer. Embora Edom fosse poderoso nos dias de Obadias, na perspectiva de Deus essa nação não é nada.

    * o Senhor o falou. Assim como uma assinatura, esta oração enfatiza a imutabilidade das intenções de Deus. Ele já se comprometeu.

    * 19, 20 O povo exilado de Deus voltará a ocupar a terra de sua herança, as fronteiras que serão restauradas e expandidas.

    *

    19

    Deus promete ao seu povo que as fronteiras do reino davídico serão restauradas ao sul (“o monte de Esaú”), ao oeste (Filístia), ao norte (“os campos de Efraim e... de Samaria”), e ao leste (“Gileade”).

    * 20 As fronteiras do reino davídico não serão apenas restauradas (v. 19), mas também estendidas até alcançar o Sarepta ao norte, entre Tiro e Sidom.

    Sefarade. A localização é incerta. As suposições incluem Sardes na Ásia Menor, Espanha, e Média. Deus leva o seu povo exilado a crer que nenhuma deportação terrena poderá removê-los além do alcance do seu amor.

    *

    21 Salvadores. O povo de Deus, transformado de fugitivo (v. 14) em libertador, irá reinar sobre aquele que foi certa vez um território inimigo.

    o reino será do SENHOR. Embora toda a realidade criada pertença ao Senhor já agora (Sl 47:2; 145:13), Obadias está ressaltando um aspecto diferente aqui — que o reino será do Senhor quando ele julgar seus inimigos e libertar seu povo definitivamente. Deus será tudo em todos, e seu povo, triunfante, glorioso, reinará para sempre com ele. Nessa promessa, Judá encontrou esperança para um futuro sem mais perseguição edomita; aqui também a igreja encontra esperança para o futuro, quando o reino deste mundo tiver se tornado no reino do nosso Senhor e de seu Cristo (Ap 11:15).


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Obadias Capítulo 1 do versículo 1 até o 21
    ABDIAS foi profeta no Judá ao redor de 853 a.C.

    Ambiente da época: Edom sempre era um espinho no flanco do Judá. Freqüentemente participaram dos taques que outros inimigos iniciaram.

    Mensagem principal: Deus julgará ao Edom por suas más ações em contra do povo de Deus.

    Importância da mensagem: Ao igual a Edom foi destruída e desapareceu como nação, assim Deus destruirá aos soberbos e malvados.

    Profetas contemporâneos: Elías (875-848) Miqueas (865-853) e Jehú (855-840?)

    1 Abdías foi um profeta do Judá que falou do julgamento de Deus contra a nação do Edom. Há duas datas que usualmente se dão a esta profecia: (1) entre os anos 848:841 a.C., quando ao rei Joram e Jerusalém os atacaram a coalizão filisteu-árabe (2Cr 21:16ss), ou (2) em 586 a.C., quando os babilonios destruíram por completo a Jerusalém (2 Rseis 25; II Crônicas 36). Edom se regozijou pelas desgraças do Israel e Judá, mesmo que os edomitas e judeus descendiam de dois irmãos, Esaú e Jacó (Gn 25:19-26). Mas do mesmo modo que estes dois irmãos estavam em constante conflito, Israel e Edom raramente estavam em paz. Deus pronunciou julgamento sobre o Edom por suas ações insensíveis e maliciosas para seu povo.

    3 Edom era o vizinho do Judá se localizado ao sul e compartilhavam uma fronteira comum. Os vizinhos não sempre são amigos e Edom não queria ter nada que ver com o Judá. Seu capital nesse tempo era Sela (talvez tenha sido logo a cidade da Petra). Sela se considerava uma cidade impenetrável porque estava em um escarpado e perto de um canhão ao que solo chegava por um caminho estreito. As coisas que Edom considerava como fortaleza desta cidade constituíram sua ruína: (1) a segurança na cidade (vv. 3, 4), Deus os faria baixar das alturas; (2) a soberba por sua auto-suficiência (Gn 5:4), Deus os humilharia; (3) a riqueza (vv. 5, 6), os ladrões roubariam tudo o que tivessem; (4) os aliados (Gn 5:7), Deus faria que se voltassem contra Edom; (5) a sabedoria (vv. 8, 9), tudo seria destruído.

    3 Os edomitas se sentiam seguros e orgulhosos de sua auto-suficiência. Mas se enganavam devido a que não há segurança perdurável se separados de Deus. Está sua segurança em objetos ou em pessoas? Pergunte-se quanta segurança perdurável lhe oferecem realmente. As posses e a gente pode desaparecer em um momento, mas Deus não troca. Solo O pode nos oferecer verdadeira segurança.

    4 Os edomitas estavam orgulhosos de sua cidade cravada na rocha. Na atualidade é considerada como uma das maravilhas do mundo antigo, mas solo como atração turística. A Bíblia adverte que a soberba é a rota mais segura para a autodestruição (Pv 16:18). Ao igual a Sela (Petra) e Edom caíram, a gente soberba cairá. Uma pessoa humilde está mais segura que uma pessoa soberba, já que a humildade nos dá uma perspectiva mais adequada da gente mesmo e do mundo.

    4-9 Deus não pronunciou estes julgamentos severos contra Edom por vingança a não ser para exercer justiça. Deus é moralmente perfeito e demanda justiça e retidão perfeitas. Os edomitas simplesmente estavam obtendo o que se mereciam. devido a que assassinaram, seriam assassinados. devido a que roubaram, sofreriam roubos. devido a que se aproveitaram de outros, aproveitariam-se deles. Não peque pensando que "ninguém se inteirará" ou "que não o apanharão". Deus conhece todos nossos pecados, e O será justo.

    8 Edom se caracterizava por seus sábios. Existe uma diferença, entretanto, entre a sabedoria do homem e a sabedoria de Deus. Os edomitas puderam ter sido sábios nos caminhos do mundo, mas foram parvos porque ignoraram e se burlaram de Deus.

    9 Elifaz, um dos três amigos do Jó (Jó_2:11), era do Temán, oito quilômetros ao leste da Petra. Temán foi chamado assim pelo neto do Esaú (Gn 36:10-12).

    10, 11 Os israelitas descendiam do Jacó, e os edomitas de seu irmão, Esaú (Gn 25:19-26). Em vez de ajudar ao Israel e ao Judá quando o necessitavam, Edom permitiu que fossem destruídos e inclusive saquearam o que ficava. Edom se constituiu em seu inimigo, e seria destruído. Qualquer que não ajude ao povo de Deus é inimigo de Deus. Se você não ajudou a alguém em tempos de necessidade, pecou. O pecado não inclui sozinho o que fazemos, mas também o que nos negamos a fazer. Não despreze nem negue ajuda aos necessitados.

    12 Edom estava contente de ver o Judá em problemas. Seu rancor os levou a querer ver destruída à nação. Por esta má ação, Deus apagou ao Edom. Quão freqüentemente se alegra pelas desgraças de outros? devido a que unicamente Deus é o juiz, nunca devemos nos alegrar das desgraças de outros, inclusive se pensarmos que as merecem (veja-se Pv 24:17).

    12-14 De todos os vizinhos do Judá e Israel, Edom era o único ao que não lhe prometeu nenhuma misericórdia por parte de Deus. Isto foi devido a que saquearam Jerusalém, e se alegraram por suas desgraças. Traíram a seus irmãos de sangue em momentos de crise e ajudaram a seus inimigos. (Vejam-se também Sl 137:7; Jr 49:7-22; Ez 25:12-14; Am 1:11-12.)

    15 por que a vingança de Deus cairia sobre as nações gentis? Edom não era a única nação que se alegrou com a queda do Judá. Todas as nações e os indivíduos serão julgados pela forma em que tratam ao povo de Deus. Algumas nações da atualidade tratam ao povo de Deus em forma favorável, enquanto que outras são hostis para eles. Deus julgará a todas as pessoas de acordo com a forma em que tratem a outros, especialmente aos crentes (Ap 20:12-13). Jesus falou disto em Mt 25:31-46.

    17-21 Judas Macabeo derrotou aos edomitas em 185 a.C. A nação já não existia no primeiro século D.C. No tempo da profecia do Abdías, pôde ter parecido que Edom sobreviveria mais que Judá. Mas Edom se desvaneceu e Judá segue existindo. Isto demonstra a absoluta certeza da Palavra de Deus e do castigo que aguarda todos os que maltrataram a

    19 Neguev era a região mais ao sul no Judá. Era uma região árida e quente. As colinas estavam no leste do Judá.

    20 As fronteiras do reino poderiam haver-se estendido até a Sefela (campos filisteus) e Sarepta, ao sul, entre Tiro e Sidón na costa mediterránea. Sefarad deve ter sido a cidade do Sardis.

    21 Abdías levou a mensagem de Deus sobre o castigo do Edom. Deus estava molesto tanto por sua rebelião interna como pela externa. A gente da atualidade se parece muito a dos tempos do Abdías. Vemos a arrogância, a inveja e a falsidade e nos perguntamos quando terminará tudo isto. Apesar dos efeitos do pecado, entretanto, Deus tem o controle. Quando em frente luta, não se desespere, nem renuncie a toda esperança. Saiba que quando tudo esteja dito e feito, o Senhor seguirá sendo o Rei, e a confiança que você deposite no não será em vão.

    21 Edom é um exemplo de todas as nações que são hostis com Deus. Nada pode romper a promessa de Deus de proteger a seu povo da destruição total. No livro do Abdías vemos quatro aspectos da mensagem de Deus sobre o julgamento: (1) o mal certamente será castigado; (2) os que são fiéis a Deus têm a esperança de um novo futuro; (3) Deus é soberano na história da humanidade; (4) o propósito final de Deus é estabelecer seu reino eternal. Os edomitas tinham sido cruéis com o povo de Deus. Eram arrogantes e soberbos, e se aproveitavam das desgraças alheias. Qualquer nação que maltrate às pessoas que obedecem a Deus será castigada, apesar do invencível que pareça. De maneira similar nós, como indivíduos, não devemos permitir nos sentir tão "cômodos" com nossa riqueza ou segurança que não possamos ajudar ao povo de Deus em necessidade. Isto é pecado. E devido a que Deus é justo, as pessoas que semeiam pecado colherão castigo.

    HISTÓRIA DO CONFLITO ENTRE o Israel E EDOM

    A nação do Israel descendia do Jacó; a nação do Edom descendia do Esaú.: Gn 25:23

    Jacó e Esaú lutaram no ventre de sua mãe.: Gn 25:19-26

    Esaú vendeu sua primogenitura e a bênção passou ao Jacó.: Gn 25:29-34

    Edom não quis deixar passar aos israelitas por sua terra.: Nu 20:14-22

    Os reis do Israel tiveram conflitos constantes com o Edom.:

    -- Saul: 1Sm 14:47-48

    -- Davi: 2Sm 8:13-14

    -- Salomão: 1Rs 11:14-22

    -- Joram: 2Rs 8:20-22; 2Cr 21:8ss

    -- Acaz: 2Cr 28:16

    Edom respirou a Babilônia para que destruíra Jerusalém.: Sl 137:7


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Obadias Capítulo 1 do versículo 1 até o 21
    Situação I. EDOM'S: os progressos em sua situação (. Obad 1-9)

    1 Visão de Obadias.

    Assim diz o Senhor Deus a respeito de Edom: Temos ouvido novas da parte do Senhor, que um embaixador é enviado por entre as nações, dizendo : Levantai-vos, e levantemo-nos contra ela para a guerra. 2 Eis que te fiz pequeno entre as nações .: tu és muito desprezado 3 A soberba do teu coração te enganou, ó tu que habitas nas fendas das rochas, cuja habitação é alta; que dizes no teu coração: Quem me derrubará em terra? 4 Embora subas ao alto como águia, e embora o teu ninho ser definido entre as estrelas, eu te trará dali, diz Jeová.

    5 Se viessem a ti ladrões, ou assaltantes de noite (como estás destruído!), não furtariam somente o que lhes bastasse? Se vindimadores viessem a ti, não deixariam alguns rabiscos? 6 Como são as coisas de Esaú procurou! como são os seus tesouros ocultos! 7 Todos os homens de teu confederação te trouxe em teu caminho até à fronteira: os homens que estavam em paz contigo te enganaram, e prevaleceram contra ti; os que comem o teu pão lay uma armadilha debaixo de ti.: não há nele entendimento8 Acaso não acontecerá naquele dia, diz o Senhor, destruir os sábios de Edom, eo entendimento do monte de Esaú? 9 E os teus valentes, ó Temã, te espantes, a fim de que cada um pode ser cortado a partir do monte de Esaú pela matança.

    Obadias afirma claramente os passos para baixo da situação de Edom. Eles são os seguintes: (1) Jeová agita as nações contra Edom (v. Ob 1:1 ;) (2) Edom, portanto, é desprezada pelas nações (v. Ob 1:2 ); (3) coração enganado de Edom é descoberto (vv. Ob 1:3 , Ob 1:4 ); (4) conquistadores de Edom será pior do que ladrões (vv. Ob 1:5 , Ob 1:6 ); (5) as nações confiança de Edom, homens de teu confederação (homens, Enos , ou seja, os homens fracos), vai traí-los (v. Ob 1:7 ); (6) Jeová vai tirar sabedoria de conselheiros e coragem dos soldados (vv. Ob 1:8, Ob 1:9 ).

    O título deste livro é A Visão de Obadias . Em seguida, as palavras a respeito de Edom siga imediatamente, ligando a sua visão com o seu Revelador, Jeová. O livro é, na forma de uma cena de tribunal. Os participantes são os edomitas que estão sendo arraigned, os israelitas, que são os acusadores, e Jeová que é o Juiz. O nome do profeta significa "servo ou adorador de Jeová." Nada mais se sabe de Obadias. Os edomitas eram descendentes de Esaú e ocuparam uma região montanhosa cerca de cem quilômetros de comprimento e 20 milhas de largura, considerada por eles como inexpugnável.

    Três vezes neste breve capítulo Obadias lembra ao leitor que estas não são as suas palavras, mas de Jeová (vv. Ob 1:1 , Ob 1:8 , Ob 1:18 ). Por iniciativa do Senhor, nações vizinhas sobre Edom são despertadas contra ela: Levantai-vos, e levantemo-nos contra ela para a guerra . A palavra eis que dá especial ênfase à mensagem. Jeová fala com os edomitas como eles enfrentam o juiz: "O orgulho é a sua queda. Você tem uma falsa segurança. Você será humilhado "(vv. Ob 1:1-4 ).

    O assaltante agarrando seu saque pela força leva apenas o que ele deseja, principalmente. O ladrão que rouba secretamente e sem força leva apenas aquilo que parece de valor. Vindimadores deixar gleanings (conforme Jr 49:9 ; Dt 23:7 ). Versículo Ob 1:12 : A partir de indiferença Edom passa a se alegrar ... sobre os filhos de Judá, no dia da sua ruína, progredindo, assim, ao prazer positivo na humilhação de Israel. Ela se sente compelido a falar orgulhosamente (ou seja, hebraico, "amplia a boca" com o riso; conforme Sl 35:21. ; Is 57:4 ; Os 2:1 ; Sf 1:7 , Sf 1:14 ; Ez 25:1 ).

    Tal como vós bebestes no meu santo monte (v. Ob 1:16 ). Santo monte de Jeová, Monte Sião, foi o local do templo do Senhor em Jerusalém (conforme Is 11:9 . Os ímpios de Edom, Judá, Israel, e todas as nações "este cálice do vinho da ira" de Jeová, "estar embriagado, e vomitar, e cairá, e não mais se levantar" (Jr 25:15 , Jr 25:27) .

    IV. RESTAURAÇÃO DE ISRAEL (Am 1:17 ).

    Na primeira parte da visão de Obadias as diversas nações são chamados a executar o julgamento contra Edom. Aqui (v. Ob 1:18) Israel e Judá se tornam os instrumentos, Jacó e José representando as doze tribos. Edom será completamente aniquilada, mesmo como o fogo consome completamente arrasadas. Esta profecia encontrou sua realização nas mãos dos judeus, pela primeira vez por Judas Macabeu (166 AC) e completamente sob João Hircano (135 AC ). A restauração do reino davídico, no sul é prevista e foi cumprida em nossos dias. Mesmo na Faixa de Gaza foi capturada dos árabes por Israel em junho de 1967. Para cumprir a profecia, no norte do campo de Efraim eo campo de Samaria seria restaurada para Israel, e no leste do Rio Jordão Benjamin possuiria Gilead . A partir de Sarepta (entre Sidon e Tiro) ao longo do Mar Mediterrâneo em direção ao sul, a fronteira ocidental é esticar, incluindo as cidades do Sul, ou seja, Negueb, como estudiosos acreditam. Estas fronteiras ampliadas passam a ser os bens (v. Ob 1:17) do remanescente fiel de Israel e Judá por determinação divina, porque o Senhor o disse (v. Ob 1:18 ).

    Jeová triunfos (v. Ob 1:21 ). Neste trecho final do livro, o autor passa do temporal para o eterno, do Mt. física Zion julgar o monte de Esaú ao reinado espiritual do Rei dos reis no poder supremo sobre toda a terra. Obadias junta pela visão "a voz de uma grande multidão, ... dizendo: Aleluia, porque o Senhor nosso Deus, o Todo-Poderoso, reina" (Ap 19:6 ).

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    Wade, GW "O Livro de Obadias," Westminster Comentários . London: Methuen de 1925.

    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Obadias Capítulo 1 do versículo 1 até o 21
    Obadias

    O período: 586 a.C.; o lugar: Je-rusalém; o evento: a destruição de Jerusalém pelo exército babilônio. Percebemos a fúria dos soldados quando destroem os muros, ma-tam as pessoas e queimam a ci-dade. Mas também vemos mais uma coisa. Um grupo de cidadãos da nação vizinha — os edomitas — quando se levanta do outro lado e encoraja o exército babi-lônio: "Arrasai, arrasai-a. [...] Fe-liz aquele que pegar teus filhos e esmagá-los contra a pedra" (SI 137:7-9). Quem são essas pesso-as que desejam que essas coisas terríveis aconteçam com seus vizi-nhos? Eles são irmãos dos judeus. Os edomitas eram descendentes de Esaú, irmão mais velho de Jacó (Gn 25:21-26). No exterior, Esaú parecia um homem muito melhor que Jacó, cheio de esquemas; no entanto, Deus escolheu Jacó e re-jeitou Esaú. Esaú mudou-se para as montanhas, do sul, e estabe-leceu o reino edomita (Iduméia), contudo seus descendentes per-manecem inimigos.

    Esse pequeno relato de Oba-dias (o menor do Antigo Testamen-to) lida com esses dois irmãos: Esaú e Jacó — Edom e Israel. O profeta apresenta uma mensagem dupla:

    I. A vingança de Deus sobre Esaú (vv. 1-16)

    Jr 49:7-24 já anunciara a des-truição de Edom; na verdade, Oba-dias apresenta algumas citações de Jeremias. Esse é o "rumor" ou "rela-to" que Obadias ouviu. Deus vinga-ria Israel e destruiría Edom. Por quê? Por causa de seus pecados. Quais eram esses pecados?

  • Orgulho (vv. 3-4)
  • Edom era uma nação pequena que se gabava de suas realizações. Na verdade, Edom foi entalhada na ro-cha, realmente o povo estava "ani-nhado" na rocha (v. 4). A principal cidade de Edom, Petra, foi escavada nos lados das montanhas, e a forta-leza parece inexpugnável. Compare comIs 14:12-23.

  • Alianças (v. 7)
  • Os edomitas aliaram-se com as na-ções circunvizinhas para oprimir Je-rusalém, em vez de compartilhar o fardo de seus irmãos de Israel.

  • Violência (v. 10)
  • Os edomitas ajudaram na destruição de Jerusalém. Como? Ao não fazer nada para impedi-la e ao encorajar os que, de fato, fizeram o estrago. Eles estavam presentes (v. 11) e não ficaram do lado dos judeus. Isso nos faz lembrar do sacerdote e do levita na parábola que Cristo contou so-bre o bom samaritano (Lc 10:31-42).

    Podemos não levantar realmente a mão para ferir alguém, mas ao assis-tir e não fazer nada somos cúmpli-ces do crime.

  • Alegria (v. 12)
  • Edom deveria chorar pela calami-dade que aconteceu com seu ir-mão; contudo, em vez disso, ale-grou-se e sentiu prazer. Veja Pro-vérbios 24:1-7-1 8.

  • Saque (v. 13)
  • Eles tiraram vantagem da situação dos judeus e roubaram as riquezas do povo e da cidade. Deus viu essa pilhagem, embora os ladrões te-nham escapado.

  • Obstrução da fuga de judeus (v. 14)
  • Alguns judeus tentaram fugir e prote-ger suas famílias, todavia os edomitas bloquearam o caminho deles. Eles até ajudaram a capturar os que fugiram e os levaram para os babilônios.

  • Celebrações com bebida (v. 16)
  • Os edomitas pegaram os suprimen-tos de vinho e fizeram uma grande celebração. Por fim, o inimigo deles fora derrotado.

    Observe que o versículo 15, no entanto, informa que Deus os tratará da mesma forma que trataram os ju-deus. Veja tambémSl 137:8-19. Eles traíram os judeus, por isso seus aliados também os traíram (v. 7).

    Eles pilharam e saquearam; assim, a nação deles também seria roubada (vv. 5-6). Edom foi violenta e seria totalmente exterminada (vv. 9-10). Edom queria a destruição dos ju-deus, no entanto foi destruída pelos babilônios (v. 10,18). Edom colheu o que plantou. Veja também Isaí- as 34:5-15; Ezequiel 25:12-14; 35:1- 15; Jl 1:11-30.

    II. Deus dá vitória a Jacó (w. 17-21)

    "Mas", essa pequena partícula que inicia o versículo 17 marca o ponto de virada. Deus promete livramen-to e purificação para o monte Sião. Sim, Israel pecou, e o templo foi destruído por causa do pecado dele, todavia o Senhor restaura e purifica "a casa de Jacó", mas não a de Esaú (os edomitas). No versículo 18, ob-serve que há reunião e restauração, pois a casa de José (as tribos do sul) e a casa de Jacó são como fogo con-tra Edom. Chegará o dia em que os judeus "possuirão as suas herdades" — sua terra, seu templo, sua cidade e seu reino. Nos versículos 1:7-20, a palavra-chave é "possuir". Sem dúvida, a terra pertence a Israel por causa da promessa do Senhor a Abraão. Ele também possui sua cidade. Contudo, não tem a posse total dessas coisas, pois as nações gentias têm dominado sua terra há séculos. Todavia, aproxima-se o dia em que Jesus Cristo retornará para devolver a Israel suas posses a fim de que as usufrua e use-as para a glória de Deus.

    "E o reino será do Senhor." Que forma maravilhosa de terminar esse breve livro! Hoje, o Rei é rejeitado, e o trono de Davi está vazio, em Jeru-salém. Os judeus estão na triste situa-ção descrita emDn 3:4-28 — sem rei, sem sacerdote, sem sacrifício e sem sacerdócio. No entanto, quando Cristo retornar, a nação levantará os olhos para o Traspassado e será pu-rificada e perdoada, e o reino será estabelecido. Daniel viu Cristo, a Pe-dra, descer e esmagar todos os reinos do mundo (Ez 2:44-27). Não impor-ta o que aconteça com os interesses de Israel enquanto as nações gentias tentam controlá-lo ou capturá-lo, te-nha certeza de que Deus cuida de seu povo e, um dia, lhe dará o reino prometido.

    Todavia, devemos nos apro-fundar se quisermos apreender toda a mensagem espiritual que esse livro transmite, pois "Esaú" e "Jacó" representam mais que dois irmãos e duas nações. Eles repre-sentam duas forças que se opõem — a carne e o Espírito. Esaú era um homem bem-apessoado, ativo, sau-dável, sociável, atlético; Jacó era caseiro e cheio de truques e de pla-nos egoístas. Se tivéssemos de es-colher entre esses dois jovens, sem dúvida, escolheriamos Esaú. Deus, porém, escolheu Jacó. Ao longo da Bíblia, o Senhor é conhecido como "o Deus de Jacó". Isso é a graça do Senhor. A salvação é mérito, é gra-ça, e graça apenas. Deus usou Jacó como pai das tribos de Israel. O Se-nhor deu suas alianças e promessas a Jacó, não a Esaú.

    Assim, Jacó representa o filho de Deus, escolhido pela graça do Se-nhor, aquele que muitas vezes peca e fracassa, porém, no fim, ganha sua herança. Ele representa a luta entre a carne e o Espírito (Gl 5:16-48). Esaú representa a carne — atraente, poderoso, orgulhoso, ávido e rebel-de, além de sempre parecer estar do lado vencedor. Entretanto, Deus pronunciou o julgamento sobre a carne, e, um dia, esse julgamento virá. Edom era orgulhoso e rebelde e riu quando Jerusalém caiu. Con-tudo, depois de cinco anos, Edom também caiu ante os babilônios — e onde está Edom hoje? Este mundo vangloria-se da carne, do que ela realiza, de como ela é forte, contu-do chegará o dia em que toda a car-ne cairá diante da vitória de Cristo. Leia Ap 19:11-66 e observe com cuidado os versículos 17:18 que mencionam a "carne" repetidas vezes.

    A batalha entre Esaú e Jacó, car-ne e Espírito, acontece ao longo de toda a Bíblia. Os Herodes do Novo Testamento eram edomitas. Um de-les matou os bebês judeus na espe-rança de destruir a Cristo (Mt 2:16-40. Car-ne versus Espírito, orgulho versus submissão, os caminhos do homem versus os de Deus: a batalha con-tinuará até o retorno de Cristo e o estabelecimento do reino.

    A história tem uma lei de retri-buição: as nações recebem das ou-tras exatamente o que lhes deram (v. 15). VejaJr 50:29. As nações gentias, especificamente, serão cha-madas a prestar contas pela forma como trataram os judeus. Pode levar muito tempo, mas o julgamento de Deus cairá sobre todos os que se re-cusaram a fazer a vontade dele.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Obadias Capítulo 1 do versículo 1 até o 21
    1 Obadias. Quer dizer "servo do Senhor", nome comum na Bíblia. Assim diz o Senhor Deus. Esta é uma expressão que indica a autoridade divina da profecia inteira. Edom. Esta nação, composta dos descendentes de Esaú, irmão de Jacó (que veio a ser chamado Israel), repetidas vezes estava em guerra contra a nação irmã, Israel. O caso mais terrível desta inimizade, entretanto, revelou-se quando os babilônios destruíram a cidade de Jerusalém juntamente com o templo em 586 a.C., oportunidade aproveitada pelos edomitas para depredar o que restava da cidade e das fazendas abandonadas.

    2 A mensagem para Edom começa neste versículo, depois da introdução que descreve o assunto e a situação.
    3 Habitas nas fendas das rochas. Refere-se à capital de Edom, a grande cidade de pedra esculpida, na rocha sólida e por isso mesmo chamada Sela ("rocha" em hebraico) e Petra ("rocha" em latim). Alta morada. A maior parte de Edom era rochosa e alta; o que resta de Sela mostra quão seguros os edomitas podiam se sentir. Aliás, os vv. 6 e 7 dão a entender que só uma traição podia abrir o caminho àquela fortaleza.

    6 Esaú. Pai de todos os edomitas, e irmão gêmeo de Jacó, ao qual odiava por causa da profecia de que Esaú serviria a Jacó (Gn 25:23, 30). Esta rivalidade contra Israel foi herdada pelos edomitas (2Cr 21:8-14; Nu 20:14-4). Esquadrinhados. Talvez haja aqui uma dupla referência:
    1) Obra de um espião a revelar os segredos da fortaleza; e
    2) Obra dos soldados invasores, nada deixando de valor na cidade assaltada.

    7 Na época de Obadias, a infiltração dos árabes na direção de Edom já havia começado, mas foi apenas no século V a.C. que a capital caiu em suas mãos, da maneira aqui profetizada. Por outro lado, porém, parece que o mesmo Nabucodonosor que destruiu a Jerusalém, invadiu a Edom alguns anos mais tarde, isto é, no ano 581 a.C.
    11-14 Este trecho relembra o que os edomitas tinham feito depois da destruição de Jerusalém, fazendo por merecer, assim, posteriormente, um fim semelhante.
    15 O Dia do Senhor. Heb yôm yehõwâh, o dia no qual Deus julga abertamente, publicamente, sem haver escape (Sf 1:14-36). Todos os "dias do Senhor" são apenas prelúdios do grande período final do julgamento, preeminentemente o Dia do Senhor descrito em Apocalipse, caps. 6 até 20, que começa com o derramamento dos julgamentos sobre a terra, e tem por clímax a volta pessoal de Cristo, a destruição dos inimigos de Deus (Ap 19:11-66) e o estabelecimento do Seu reino (Ap 20:1-66).

    16 Bebestes. Refere-se à ira de Deus.

    17 Livramento. Um meio de escape. É possível que aqui se profetize a vinda do Salvador que, no monte Sião, em Jerusalém, viria a oferecer-se como libertação do pecado e das suas conseqüências eternas.

    18 Ninguém mais restará. Não existe mais nenhum edomita no mundo de hoje.

    20 Sefarade. Uma cidade que ficava, entre Tiro e Sidom, mencionada em 1Rs 17:9 e Lc

    4.26 sob o nome de Sarepta.
    21 Salvadores. Os próprios judeus aplicam esta palavra ao Messias e aos Seus servos.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Obadias Capítulo 1 do versículo 1 até o 21
    Am 1:1

    Título (v. la)
    A profecia de Obadias é chamada de Visão (heb. hãzôn), um termo usado para falar da natureza revelatória da compreensão profética do significado de eventos históricos específicos. A visão do profeta é idêntica à palavra de Javé (conforme v. lb).

    I. O JUÍZO DE DEUS SOBRE EDOM (V. 1B-10)
    v. 1. O título o Sobe?'ano, o Senhor (heb. 'Adõnãi Yahweh) destaca a honra e a majestade do Deus de Israel: só ele é “Senhor (heb. ’ãdôn) de toda a terra” (Sl 97:5; Mq 4:13Zc 4:14); ele é o Senhor soberano da história. a respeito de Edom\ os edomitas habitavam a região montanhosa a sudeste de Judá, entre o mar Morto e o golfo de Acaba. Nós ouvimos: Obadias fala como líder de uma comunidade de profetas. “Rumores” na 5A no lugar de mensagem (“notícias” ou “uma revelação”) é enganoso. Um mensageiro (“arauto”; anjo?)/o/ enviado às nações para chamá-las à guerra contra Edom. v. 2-4. A palavra de Deus vem contra uma nação orgulhosa. O povo que pensa que é tão grande e elevado vai ser rebaixado, nas cavidades das rochas (heb. sela‘): o hebraico faz eco com a fortaleza de Selá nas montanhas de Edom (conforme 2Rs 14:7), que controlava a bacia em que mais tarde os nabateus construíram a famosa cidade de Petra. Mas a autoconfiança de Edom é falsa; mesmo que fosse capaz de subir tão alto como a águia e conseguisse fazer o seu ninho nas estrelas, não seria capaz de fugir do juízo de Deus. v. 5. A condenação que está para cair sobre Edom é retratada por figuras de linguagem muito nítidas. Os saqueadores de Edom são comparados a ladrões que vêm de noite como colhedores de uvas; ladrões normalmente só pegam o que eles querem, e colhedores de uvas deixam um resto para os pobres (Lv

    19.10); mas os que saquearem Edom não deixarão nada. v. 6,7. O profeta lamenta a morte de Edom como se já fosse um evento do passado. O estilo é o de um canto fúnebre. Esaú\ observe o uso do nome de um indivíduo para representar um grupo maior, uma forma de pensamento tipicamente semítica que os estudiosos chamam “personalidade coletiva”. Conforme também o uso de “Edom” (Esaú) e “Jacó” para personificar os edomitas e israelitas em todo o livro. (Acerca dessa idéia tão importante do ATOS, conforme E. Jacob, Theology of the OT, 1958, p. 153-6; e esp. H. W. Robinson, Corporate Personality in Ancient Israel, 1964.) v. 8. Os montes de Esaú representam a região montanhosa habitada pelos edomitas em contraste com o “monte Sião” (Jerusalém; conforme v. 17). v. 9. Temã era a cidade principal de Edom e era protegida pela cidade-fortaleza próxima de Selá; os seus habitantes eram famosos pela sua sabedoria (conforme Jr 49:7; Is 51:17; Jr 25:15,Jr 25:16; Hc 2:15,Hc 2:16; Zc 12:2Ez 23:32-34; Lm 4:21). v. 17,18. Mas um remanescente de Israel será firmado no monte Sião reconsagrado (conforme Os 3:17); a descendên-áa de Jacó (i.e., Judá, o Reino do Sul) e a de José (i.e., Israel, o Reino do Norte; conforme Jl 5:6Zc 10:6) serão reunidas (conforme Is 11:13,Is 11:14; Jr 3:18Jr 23:5,Jr 23:6; Jr 31:1; Ez 37:15-27; Dn 2:2; Mq 2:12Zc 9:10), e a descendência de Esaú (Edom) será destruída, v. 19,20. A restauração de Judá vai incluir uma expansão do seu território; os israelitas do Neguebe vão receber a terra de Edom (os montes de Esaú); os israelitas da Sefelá vão ocupar a planície costeira conhecida como terra dos filisteus; o território do antigo Reino do Norte (Efraim e Samaria) será novamente ocupado pelos israelitas, como também Gileade e a Transjordânia; os exilados vão voltar a possuir a terra até o extremo norte em Sarepta e até o extremo sul no Neguebe. V. um mapa para entender melhor os locais geográficos mencionados, v. 20. A localização exata de Sefarade é desconhecida; a identificação mais provável é com Sardis na Asia Menor (conhecida entre os persas como Sfarda). v. 21. vencedores', líderes levantados pelo Senhor entre o povo como nos dias dos juízes (conforme Jz 2:16; Jz 3:9,Jz 3:15 etc.) serão estabelecidos em Jerusalém para governar a terra de Edom (e as outras nações). O reino que será estabelecido não será simplesmente um reino humano, mas será do Senhor (conforme “Reino”, DTE).

    BIBLIOGRAFIA
    Allen, L. C. The Books of Joel, Obadiah, Jonah and Micah. NICOT. Grand Rapids, 1976.

    Bevver, J. A. Obadiah, in: A Critical and Exegetical Commentary on Micah, Zephaniah, Nahum, Obadiah and Joel. J. M. P. Smith et al. ICC. Edinburgh e New York, 1911.

    Eaton, J. H. Obadiah, Nahum, Habakkuk and Zephaniah. TC. London, 1961.

    Meyers, J. Hosea to Jonah. Layman’s Bible Commentary. London e Richmond, 1959. Wade, G. W. The Books of the Prophets Micah, Obadiah, Joel and Jonah. WC. London, 1925.

    Watts, J. D. W. Obadiah: A Critical Exegetical Commentary. Grand Rapids, 1970.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Obadias Capítulo 1 do versículo 8 até o 9

    IV. Edom é Acusada. Versículos Ob 1:8-14.

    A. A Intenção do Juiz. Versículos Ob 1:8, Ob 1:9. O Juiz declara que pretende expor a frivolidade da sabedoria e do poder de que Edom se jactava.


    Dúvidas

    Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia, por Norman Geisler e Thomas Howe
    Dúvidas - Comentários de Obadias Capítulo 1 versículo 9
    OBADIAS - Se o livro de Obadias é uma escritura inspirada, por que então ele não é citado no NT?

    (Esta questão é abordada no comentário de Ec 1:1.)

    OBADIAS - A profecia de Obadias é simplesmente uma expressão do nacionalismo judeu?

    PROBLEMA:
    A profecia de Obadias é essencialmente uma mensagem de juízo moral e divino sobre as nações. Dos 21 versículos que compõem este livro, 16 são dirigidos como pronunciamentos de juízos que estavam para vir contra Edom e 5 versículos são dedicados ao futuro triunfo de Israel sobre Edom. Mas isso não é apenas uma afirmação do nacionalismo judeu, e não uma revelação de Deus?

    SOLUÇÃO: O livro de Obadias é uma revelação da soberania de Deus apresentada em meio à uma desgraça e derrota da nação. A impotência do povo de Deus contra os seus inimigos era um reflexo do poder do Deus de Israel. Yahveh não era um Deus derrotado? Não estava Ele sem poder para resistir aos inimigos do seu povo? "Não!", foi a retumbante resposta de Obadias! O Deus de Israel manterá as suas promessas mesmo que o futuro não pareça bom. As nações não entenderam que sua vitória temporária sobre o povo de Israel era uma obra do próprio Deus. A mensagem de Obadias é que o Deus de Israel sempre possui o controle total da situação e cumprirá seu propósito. É uma mensagem de fé, esperança e de vitória sobre os inimigos de Deus.

    Mas o triunfo de Israel será uma bênção para todas as nações. A apostasia de Israel trouxe juízo. Mas, "se o fato de terem sido eles rejeitados trouxe reconciliação ao mundo, que será o seu restabelecimento, senão vida dentre os mortos?" (Rm 11:15). O livro de Obadias não é simplesmente uma expressão do nacionalismo judeu. É uma declaração da fidelidade de Deus e um testemunho de sua justiça moral, pela qual ele por fim estabelecerá a justiça na terra.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Obadias Capítulo 1 do versículo 1 até o 9
    I. A IMINENTE DESTRUIÇÃO DE EDOM. Ob 1:9

    Esta seção inicial da profecia de Obadias, que descreve algum terrível desastre, aparentemente prestes a desabar sobre Edom, é prefaciada pelas palavras: Assim diz o Senhor Jeová a respeito de Edom (1). Jeová realmente não fala senão no versículo 2, e a forma da passagem intercalada, Temos ouvido a pregação do Senhor..., sugere que Obadias está aqui citando um oráculo profético anterior, que, segundo ele acredita, está a ponto de ser cumprido. É interessante, por conseguinte, notar que a maior parte desta seção aparece, quase palavra por palavra (ainda que não na mesma ordem) em Jr 49:7 e segs. Obadias estava, talvez, citando Jeremias, a quem talvez tenha ouvido a pregar em Jerusalém; ou ambos os profetas poderiam ter usado uma profecia mais antiga; Jeremias e Obadias certamente não foram os primeiros a falar de Edom do modo que fizeram. (Ver também Introdução).

    O motivo imediato da afirmação de Obadias, na qual ele lança mão das palavras de um profeta anterior, parece estar indicado no versículo 7. Esse versículo, que não tem paralelo em Jeremias, nos dá a idéia (embora o hebraico seja um tanto obscuro nos detalhes) que os próprios vizinhos e confederados dos edomitas se estavam voltando contra eles. Os "teus confederados" e "os que gozam da tua paz", eram ou traiçoeiramente hostis ou não estavam prestando a ajuda que era esperada deles. Nessa situação, Obadias viu a propriedade das palavras... foi enviado às nações um embaixador, dizendo: Levantai-vos, e levantemo-nos contra ela (Edom) para a guerra (1).

    O principal motivo para a orgulhosa confiança de Edom era sua posição quase inexpugnável. Os edomitas não foram os primeiros nem os últimos a depositar sua confiança numa cidade fortaleza entre rochas. Porém, nem sua forte posição e nem sua sagacidade (Edom era famosa igualmente por sua sabedoria) puderam livrá-los então. Não importando quão alto fosse Edom, até os ninhos inacessíveis das águias, ou até entre as próprias estrelas, Deus dizia: dali te derrubarei (4). As fendas das rochas é a capital, Sela (mais tarde denominada Petra).

    >Ob 1:5

    Um quadro da totalidade da vindoura destruição de Edom nos é dado no versículo 5. Caso se tratasse de um assalto ordinário por parte de um bando de ladrões, então muita coisa poderia ser salva. Roubadores de noite, visto que dependeriam de velocidade e surpresa, só conseguiriam levar uma quantidade limitada de saque, e assim furtariam somente o que lhes bastasse, assim como os que furtam frutas deixam muito fruto ainda atrás de si. Mas Edom, em contraste, é "deixada limpa", como diríamos, e a total devastação evoca a exclamação do profeta como estás destruído!

    >Ob 1:6

    Outro quadro sobre a total destruição de Edom é a exposição de todos os esconderijos contidos em suas inacessíveis e misteriosas fortalezas (6). Tudo é esquadrinhado e deixado vazio. Visto que o julgamento de Edom é visto aqui no contexto do julgamento final do dia do Senhor (15), suas características são mais dignas de ser estudadas. Sempre faz parte do juízo de Deus trazer "à luz as coisas ocultas das trevas" (1Co 4:5). Edom se vangloriava em sua sabedoria, poder e riquezas (cfr. Jr 9:23 e segs.); mas os seus esconderijos seriam esquadrinhados (6) seus sábios haveriam de perecer (8), e seus valentes ficariam atemorizados (9).


    Dicionário

    Esaú

    -

    Era o que hoje chamaríamos de uma pessoa “acomodada”. Adorava a liberdade da vida ao ar livre (Gn 25:27) e não levava nada a sério. Suas atitudes rudes e a maneira como fugia das dificuldades da vida foram a causa de sua trágica queda. Era o filho primogênito dos gêmeos de Isaque e Rebeca (Gn 25:25) e tornou-se o favorito do pai (vv. 27,28). A disputa entre os dois ficou mais inflamada quando o patriarca percebeu que estava às portas da morte (Gn 27:1) e, portanto, era a hora de passar a bênção da família para seu filho primogênito; entretanto, Rebeca e Jacó o enganaram, ao aproveitar o fato de que não podia mais enxergar, de maneira que o mais novo recebeu a bênção no lugar do primeiro (vv. 5-19). Esaú teve uma explosão de genuína tristeza e fúria (Gn 27:34-41), mas sua natureza de pessoa “acomodada” não permitiu que sustentasse muito tempo a animosidade. Assim, quando Jacó retornou temeroso de Padã-Arã, o irmão o recebeu como se nada tivesse acontecido (Gn 32:3-7; Gn 33:1-4).

    Infelizmente, seus descendentes edomitas mostraram ser muito mais intratáveis, e a pequena pedra que os dois irmãos atiraram no lago da história fez círculos cada vez maiores (Sl 137:7; Am 1:11; Ob 9:14). Esaú, entretanto, nada levava a sério. Quando seus pais reprovaram as esposas que escolhera (Gn 26:34), saiu e casou-se com outra mulher, filha de Ismael (Gn 28:6-9). Para ele, os problemas da vida podiam ser resolvidos facilmente! De fato, só foi capaz de ficar zangado com a fraude de Jacó porque não levou a sério a transação que fizeram anteriormente, na qual vendeu seu direito de primogenitura. Ao voltar de uma caçada, cansado e faminto, Esaú encontrou o irmão ocupado na cozinha. O aroma era tentador demais e, numa atitude típica dele, viu tudo de uma maneira exagerada: qual seria a utilidade do direito de primogenitura se morresse de fome? Essa decisão frívola, entretanto, teve conseqüências irreversíveis. O que Esaú considerava como “ter um ponto de vista complacente”, a Bíblia chama de “devasso” e “profano” (Hb 12:16) — a atitude de viver como se não existisse vida eterna nem valores absolutos. Para ele, não houve oportunidade para arrependimento (Hb 12:17). J.A.M.


    Esaú [Peludo]

    Irmão gêmeo de Jacó (Gn 25:25). Vendeu o direito de PRIMOGENITURA ao seu irmão por um cozido de lentilhas (Gn 25:30-34). Perseguiu Jacó para matá-lo (Gn 27), porém mais tarde fez as pazes com ele (Gn 32:3—33.17).


    Cabeludo. Filho de isaque e Rebeca, e irmão gêmeo de Jacó. Atribui-se o seu nome ao fato de ter aparecido no seu nascimento ‘ruivo, todo revestido de pelo’ (Gn 25:2ó). o seu outro nome, Edom (vermelho), usado pelos seus descendentes, foi derivado da sopa de lentilhas, de cor avermelhada, que ele obteve de Jacó, quando, vindo da caça, estava esfomeado (Gn 25:30). Esaú era caçador, homem do campo, ao mesmo tempo impetuoso e valente, contrastando, assim, de modo notável com o pacífico, meigo e prudente Jacó. Ele era generoso e considerado ‘homem do mundo’. o procedimento de Esaú, vendendo o seu direito de primogênito, foi caprichoso e profano. Foi um ato profano porque as bênçãos que acompanhavam a primogenitura eram não só de caráter civil, mas também espirituais: as promessas feitas por Deus a Abraão tinham a sua realização na linha dos primogênitos. Estes altos privilégios foram desprezados por Esaú, que é, por isso, citado pelo autor da epístola aos Hebreus como tipo de todos aqueles que se afastam de Cristo (Hb 12:16-17). Quando tinha quarenta anos de idade, casou Esaú com duas mulheres cananéias, sendo este ato causa de grande desgosto para isaque e Rebeca (Gn 26:34). Esaú, pelo fato da transferência das bênçãos, sendo extraordinariamente lesado por seu irmão Jacó, prometeu vingar-se dele (Gn 27:41). Mas Rebeca tratou de mandar Jacó para a casa de seus parentes, na Mesopotâmia (Gn 27:43). Quando Jacó estava de volta para a terra de Canaã, veio encontrar o seu irmão, próspero na vida e muito rico – e sendo Esaú dotado de caráter generoso, não só perdoou a seu irmão, mas ofereceu-se para escoltá-lo até à sua casa, no monte Seir. Jacó aceitou, mas acusado por sua consciência, evidentemente receava servir-se da oferecida escolta (Gn 32:6-8). o próximo encontro de Esaú e Jacó foi no funeral de isaque, quase 20 anos depois. Desta vez tomou Esaú a sua parte, que tinha na herança, e, afastando quaisquer pensamentos de inimizade que lhe viessem a respeito da bênção, voltou para o monte Seir. E desejando fazer daquela região a sua pátria, expulsou os primitivos habitantes (Gn 36:8). (*veja Jacó e Edom.)

    Matança

    substantivo masculino Massacre; extermínio de muitas pessoas; assassinato coletivo.
    Ação ou efeito de matar animais para consumir suas carnes.
    Ação ou consequência de vender alguma coisa no comercio informal por um preço muito elevado.
    Regionalismo. Trabalho feito com cuidado, com apuro.
    Ação ou efeito de massacrar.
    Etimologia (origem da palavra matança). Matar + ança.

    Matança Mortandade; massacre (He 7:1).

    Montanha

    substantivo feminino Geologia Elevação relativamente elevada caracterizada pelo desnivelamento entre o cume e os vales que a cercam.
    Série composta por vales, montes, penedos; serra: prefiro montanhas do que praia.
    Figurado Amontoado de coisa, grande conjunto de objetos: tenho uma montanha de problemas para tratar.
    Etimologia (origem da palavra montanha). Do latim montanea.

    monte, serra; serrania, cordilheira; colina, cerro (cerrote), outeiro, morro, lomba, lombada. – Têm de comum estes vocábulos a significação de porção de terra mais ou menos elevada, sendo monte o gênero e os outros as diferenciações. – Monte é, pois, toda elevação de terra que se destaca do solo circunjacente, “com declive mais ou menos rápido, mas sempre bastante sensível”. – Montanha é “o monte de grandeza considerável”, e que se distingue tanto pela amplitude como pela elevação. – Serra, como define Lac., é “uma montanha prolongada, com vários cabeços e picos, que semelham de algum modo e fazem lembrar a serra do carpinteiro, circunstância da qual parece ter-lhe vindo o nome”. Se a serra se ramifica muito, e tem extensão descomunal, toma o nome de serrania. – Cordilheira (ou cadeia de montanhas) é “uma vastíssima extensão de serras que parecem encadeadas umas nas outras”. – Morro é “um monte não muito alto e de suave declive”. – Outeiro (ou oiteiro) é um pequeno monte, ou um monte de elevação ainda menor que a do morro. – Colina distingue-se de oiteiro por sugerir a ideia de terra fecunda e lavrada. – Cerro é “um pequeno monte penhascoso e abruto”. – Lomba é colina de menor elevação, porém de mais amplitude e mais suave. É também o dorso ondeado da colina. – Lombada é “uma série de lombas, ou uma lomba que se estende demais”. – Exemplos: – as montanhas da Suíça; – o monte Atos, o Ararat; – a serra da Prata, a serra da Estrela; as serranias que formam a cordilheira dos Andes; – a colina de Sião; – o oiteiro da Glória; – o morro do Pinto; o cerro, ou o cerrote do Dedo de Deus, em Copacabana; – as lombas da savana.

    O

    substantivo masculino Décima quinta letra que compõe o alfabeto português e sua quarta vogal.
    apositivo Que, numa série, está após o elemento designado pela letra "n": fileira O.
    Gramática Como artigo, refere-se aos nomes masculinos, acompanhando-os: o carro; o caderno.
    Gramática Restringe a referência de um substantivo ao ser, ou coisa, percebido no contexto, situação ou texto: o juiz começará o julgamento.
    pronome demonstrativo Faz com que qualquer palavra ou expressão se torne um substantivo: o nascer do dia.
    Gramática Usa-se como sinônimo de: isso, aquilo, quando se referir a um substantivo não determinado: falou o que não devia e foi embora.
    pronome pessoal De mesmo sentido que "a ele": insultou-o, mas pediu desculpas.
    [Símbolo] Representação do Oxigênio (elemento químico), simbolizado por O.
    Forma abreviada de Oeste (ponto cardeal situado no lado em que o sol se põe), simbolizado por O.
    Etimologia (origem da palavra o). Do pronome arcaico, lo; pelo latim illu.m.

    Seja

    seja conj. Usa-se repetidamente, como alternativa, e equivale a ou: Seja um seja outro. Interj. Denota consentimento e significa de acordo!, faça-se!, vá!

    Tema

    Filho de Ismael, portanto neto de Abraão e Hagar, foi líder de clã (Gn 25:15-1Cr 1:30).


    substantivo masculino Assunto, matéria: dissertou sobre um tema difícil.
    Proposição que deve ser desenvolvida por um aluno: sorteou-se o tema da composição.
    Liturgia Texto da Escritura que serve de base para o sermão.
    Música Idéia musical constituída por um fragmento melódico ou rítmico sobre o qual se compõe uma peça.
    Gramática Segmento vocabular formado pelo radical ampliado por uma vogal temática e que está pronto para receber desinências e sufixos.

    Filho de ismael, tendo a tribo o seu nome, e sendo o país ocupado pela gente que a formava (Gn 25:15 – 1 Cr 1.30 – 6:19is 21:14Jr 25:23). Teyma é ainda uma cidade bem conhecida do norte da Arábia, na estrada das caravanas de Damasco.

    substantivo masculino Assunto, matéria: dissertou sobre um tema difícil.
    Proposição que deve ser desenvolvida por um aluno: sorteou-se o tema da composição.
    Liturgia Texto da Escritura que serve de base para o sermão.
    Música Idéia musical constituída por um fragmento melódico ou rítmico sobre o qual se compõe uma peça.
    Gramática Segmento vocabular formado pelo radical ampliado por uma vogal temática e que está pronto para receber desinências e sufixos.

    Temá

    Chefe de uma das famílias de servidores do Templo cujos descendentes retornaram do exílio na Babilônia nos dias de Esdras e dedicaram-se ao trabalho no Santuário (Ed 2:53; Ne 7:55).


    Temã

    Líder edomita, neto de Esaú e Ada (mulher cananita); era filho de Elifaz (Gn 36:11-15,42; 1Cr 1:36-53).


    Temã Cidade de EDOM 2, conhecida pela sabedoria do seu povo (Jr 49:7).

    º

    ò | contr.
    ó | interj.
    ó | s. m.
    o | art. def. m. sing. | pron. pess. | pron. dem.
    o | s. m. | adj. 2 g. | símb.
    ô | s. m.

    ò
    (a + o)
    contracção
    contração

    [Arcaico] Contracção da preposição a com o artigo ou pronome o.

    Confrontar: ó e oh.

    ó 1
    (latim o)
    interjeição

    Palavra usada para chamar ou invocar.

    Confrontar: oh e ò.

    Ver também dúvida linguística: oh/ó.

    ó 2
    nome masculino

    Nome da letra o ou O.

    Confrontar: ò.

    o |u| |u| 2
    (latim ille, illa, illud, aquele)
    artigo definido masculino singular

    1. Quando junto de um nome que determina.

    pronome pessoal

    2. Esse homem.

    3. Essa coisa.

    pronome demonstrativo

    4. Aquilo.

    Confrontar: ó.

    Ver também dúvida linguística: pronome "o" depois de ditongo nasal.

    o |ó| |ó| 1
    (latim o)
    nome masculino

    1. Décima quarta letra do alfabeto da língua portuguesa (ou décima quinta, se incluídos o K, W e Y). [É aberto como em avó, fechado como em avô, átono ou mudo como em mudo, e tem o valor de u em o [artigo], etc.]

    2. [Por extensão] Círculo, anel, elo, redondo.

    3. Quando em forma de expoente de um número, designa que esse número é ordinal, ou significa grau ou graus.

    adjectivo de dois géneros
    adjetivo de dois géneros

    4. Décimo quarto, numa série indicada por letras (ou décimo quinto, se incluídos o K, W e Y).

    símbolo

    5. Símbolo de oeste.

    6. [Química] Símbolo químico do oxigénio. (Com maiúscula.)

    Plural: ós ou oo.

    ô
    (latim o)
    nome masculino

    [Brasil] Palavra usada para chamar ou invocar. = Ó

    Confrontar: o.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Obadias 1: 9 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E os teus poderosos, ó Temã, estarão atemorizados, para que cada homem do monte de Esaú seja exterminado pela matança.
    Obadias 1: 9 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    853 a.C.
    H1368
    gibbôwr
    גִּבֹּור
    forte, valente n m
    (mighty men)
    Adjetivo
    H2022
    har
    הַר
    as montanhas
    (the mountains)
    Substantivo
    H2865
    châthath
    חָתַת
    estar quebrantado, estar abalado, estar quebrado, estar abolido, estar com medo
    (be discouraged)
    Verbo
    H376
    ʼîysh
    אִישׁ
    homem
    (out of man)
    Substantivo
    H3772
    kârath
    כָּרַת
    cortar, cortar fora, derrubar, cortar uma parte do corpo, arrancar, eliminar, matar, fazer
    (be cut off)
    Verbo
    H4616
    maʻan
    מַעַן
    para o fim que
    (to the end that)
    Substantivo
    H6215
    ʻÊsâv
    עֵשָׂו
    Esaú
    (Esau)
    Substantivo
    H6993
    qeṭel
    קֶטֶל
    ()
    H8487
    Têymân
    תֵּימָן
    filho de Elifaz, neto de Esaú, e um dos nobres de Edom
    (Teman)
    Substantivo


    גִּבֹּור


    (H1368)
    gibbôwr (ghib-bore')

    01368 גבור gibbowr ou (forma contrata) גבר gibbor

    forma intensiva procedente de 1396; DITAT - 310b adj

    1. forte, valente n m
    2. homem forte, homem corajoso, homem valente

    הַר


    (H2022)
    har (har)

    02022 הר har

    uma forma contrata de 2042, grego 717 Αρμαγεδων; DITAT - 517a; n m

    1. outeiro, montanha, território montanhoso, monte

    חָתַת


    (H2865)
    châthath (khaw-thath')

    02865 חתת chathath

    uma raiz primitiva; DITAT - 784; v

    1. estar quebrantado, estar abalado, estar quebrado, estar abolido, estar com medo
      1. (Qal)
        1. estar destruído, estar quebrado
        2. estar abalado
      2. (Nifal) estar quebrantado, estar quebrado
      3. (Piel) estar quebrantado, estar abalado, estar amedrontado
      4. (Hifil)
        1. tornar abalado
        2. abalar, apavorar
        3. quebrantar

    אִישׁ


    (H376)
    ʼîysh (eesh)

    0376 איש ’iysh

    forma contrata para 582 [ou talvez procedente de uma raiz não utilizada significando ser existente]; DITAT - 83a; n m

    1. homem
      1. homem, macho (em contraste com mulher, fêmea)
      2. marido
      3. ser humano, pessoa (em contraste com Deus)
      4. servo
      5. criatura humana
      6. campeão
      7. homem grande
    2. alguém
    3. cada (adjetivo)

    כָּרַת


    (H3772)
    kârath (kaw-rath')

    03772 כרת karath

    uma raiz primitiva; DITAT - 1048; v

    1. cortar, cortar fora, derrubar, cortar uma parte do corpo, arrancar, eliminar, matar, fazer aliança
      1. (Qal)
        1. cortar fora
          1. cortar fora uma parte do corpo, decapitar
        2. derrubar
        3. talhar
        4. entrar em ou fazer uma aliança
      2. (Nifal)
        1. ser cortado fora
        2. ser derrubado
        3. ser mastigado
        4. ser cortado fora, reprovar
      3. (Pual)
        1. ser cortado
        2. ser derrubado
      4. (Hifil)
        1. cortar fora
        2. cortar fora, destruir
        3. derrubar, destruir
        4. remover
        5. deixar perecer
      5. (Hofal) ser cortado

    מַעַן


    (H4616)
    maʻan (mah'-an)

    04616 מען ma aǹ

    procedente de 6030; DITAT - 1650g; subst

    1. propósito, intento prep
      1. por causa de
      2. em vista de, por causa de
      3. para o propósito de, para aquela intenção, a fim de que conj
      4. a fim de

    עֵשָׂו


    (H6215)
    ʻÊsâv (ay-sawv')

    06215 עשו Èsav

    aparentemente uma forma do part. pass. de 6213 no sentido original de manipular, grego 2269 Ησαυ; n. pr. m.

    Esaú = “peludo”

    1. o filho mais velho de Isaque e Rebeca e irmão gêmeo de Jacó; vendeu o direito de primogenitura por comida quando estava faminto e a bênção divina ficou com Jacó; progenitor dos povos árabes

    קֶטֶל


    (H6993)
    qeṭel (keh'-tel)

    06993 קטל qetel

    procedente de 6991; DITAT - 2008a; n. m.

    1. matança

    תֵּימָן


    (H8487)
    Têymân (tay-mawn')

    08487 תימן Teyman ou תמן Teman

    o mesmo que 8486;

    Temã = “sul” n. pr. m.

    1. filho de Elifaz, neto de Esaú, e um dos nobres de Edom
    2. a tribo que se originou de 1, conhecida pela sabedoria do seu povo n. pr. l.
    3. a região ocupada pelos descendentes de 1, localizada a leste da Iduméia