Enciclopédia de Naum 1:9-9

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

na 1: 9

Versão Versículo
ARA Que pensais vós contra o Senhor? Ele mesmo vos consumirá de todo; não se levantará por duas vezes a angústia.
ARC Que pensais vós contra o Senhor? ele mesmo vos consumirá de todo: não se levantará por duas vezes a angústia.
TB Que é o que projetais contra Jeová? Ele vai destruir duma vez; não se levantará por duas vezes a angústia.
HSB מַה־ תְּחַשְּׁבוּן֙ אֶל־ יְהוָ֔ה כָּלָ֖ה ה֣וּא עֹשֶׂ֑ה לֹֽא־ תָק֥וּם פַּעֲמַ֖יִם צָרָֽה׃
BKJ Que imaginais vós contra o SENHOR? Ele vos consumirá por completo; a aflição não se levantará uma segunda vez.
LTT Que pensais vós (ó ninivitas) contra o SENHOR? Ele mesmo fará a vossa completa destruição; não se levantará por duas vezes a angústia.
BJ2 Que meditais sobre Iahweh?[g] É ele que reduz ao nada; a opressão não se levanta duas vezes.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Naum 1:9

I Samuel 3:12 Naquele mesmo dia, suscitarei contra Eli tudo quanto tenho falado contra a sua casa; começá-lo-ei e acabá-lo-ei.
I Samuel 26:8 Então, disse Abisai a Davi: Deus te entregou, hoje, nas mãos a teu inimigo; deixa-mo, pois, agora, encravar com a lança de uma vez na terra, e não o ferirei segunda vez.
II Samuel 20:10 E Amasa não se resguardou da espada que estava na mão de Joabe, de sorte que este o feriu com ela na quinta costela e lhe derramou por terra as entranhas; e não o feriu segunda vez, e morreu; então, Joabe e Abisai, seu irmão, foram atrás de Seba, filho de Bicri.
Salmos 2:1 Por que se amotinam as nações, e os povos imaginam coisas vãs?
Salmos 21:11 Porque intentaram o mal contra ti; maquinaram um ardil, mas não prevalecerão.
Salmos 33:10 O Senhor desfaz o conselho das nações; quebranta os intentos dos povos.
Provérbios 21:30 Não há sabedoria, nem inteligência, nem conselho contra o Senhor.
Isaías 8:9 Alvoroçai-vos, ó povos, e sereis quebrantados; dai ouvidos, todos os que sois de longínquas terras; cingi-vos e sereis feitos em pedaços, cingi-vos e sereis feitos em pedaços.
Ezequiel 38:10 Assim diz o Senhor Jeová: E acontecerá, naquele dia, que terás imaginações no teu coração e conceberás um mau desígnio.
Naum 1:11 De ti saiu um que pensa mal contra o Senhor, um conselheiro de Belial.
Atos 4:25 que disseste pela boca de Davi, teu servo: Por que bramaram as gentes, e os povos pensaram coisas vãs?
II Coríntios 10:5 destruindo os conselhos e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo,

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Naum Capítulo 1 do versículo 1 até o 15
SEÇÃO I

O GOVERNO DE DEUS

Naum 1:1-6

A. TÍTULOS 1:1

É extremamente provável que esta declaração introdutória tenha sido acrescentada por um editor com a finalidade de identificar a obra. Está composta de duas partes: a primeira apresenta o propósito da mensagem, e a segunda determina o autor. Há quem afirme que a parte dois foi declarada especificamente com o fim de catalogar o livro entre os rolos do Templo. Ele era indubitavelmente usado na adoração do Templo tempos mais tarde, e também lá pelo ano de 612 a.C. Mas o livro não era primariamente uma produ-ção litúrgica como muitos têm defendido com veemência.'

Certo ponto de vista declara que a porção básica do escrito (Naum 1:9-2,13) era uma men-sagem ou debate público, no qual o profeta argumentava com pessoas de opiniões diver-gentes sobre os acontecimentos graves e significativos da época.2 Se esta opinião estiver correta, abre a probabilidade de esta profecia ter sido entregue em Jerusalém.

Peso (1; "oráculo", ECA; "sentença", ARA; "mensagem", NTLH; "advertência", NVI) é termo técnico que denota a mensagem de um sacerdote-profeta em nome de um deus. Significa literalmente "o levantamento" da voz. É lógico que o oráculo era sobre Nínive e não para Nínive, capital do Império Assírio. Por quase dois séculos, este poder tirânico fora a grande força política e militar no mundo conhecido dos hebreus. Foi sob o reinado de Sargão II que, em 722 a.C., Israel (o Reino do Norte) foi extinto. Mais tarde, sob o reinado de Senaqueribe, Judá ficou, por tolice de Acaz, sujeito ao domínio da Assíria e começou a pagar anualmente pesados tributos. Assurbanipal foi o último grande rei do império, e reis menos importantes ocuparam o trono na época da profecia de Naum. Mas Judá ainda estava sob o domínio do vasto império. A capital Nínive, sede do governo assírio, situava-se junto ao rio Tigre (ver mapa 1).

O segundo título (
- 1b) é único na literatura, visto que o habitual era ter apenas um. Também é único no uso da palavra livro. Visão é termo técnico e denota que a fonte da inspiração profética era o discernimento divino. Naum, que significa "o consolador", é muito apropriado à mensagem quando corretamente entendido, pois certos intérpretes pensam tratar-se de adição fictícia, mas há escassa base que apóie esta suposição.

A maioria dos estudiosos encontra provas de um poema acróstico que começa no versículo 2 e usa a primeira metade do alfabeto hebraico. Trata-se de forma literária que de modo nenhum compromete o conteúdo da mensagem. Há muita discordância sobre este ponto, pois o acróstico está incompleto. Por esta causa, muitos dos que desejam defender esta teoria do poema são obrigados a considerar que o próprio texto está exces-sivamente adulterado. Semelhantemente, há discordância considerável quanto à exten-são desta construção em particular. O rabino Lehrman afirma: "Os esforços em prover as letras que faltam não justificam as muitas correções propostas".3

B. A NATUREZA DE DEUS, 1.2,3a

O versículo 3 é o texto áureo do livro. Traduzido assim fica mais claro: "O Senhor demora para irar-se e é grande em poder, mas o Senhor de maneira nenhuma deixará o pecado sem punição".

O profeta não fala de uma raiva petulante que é provocada por assuntos incidentais. Ele se refere à santidade completa de Deus que mantém o amor e a justiça em tensão criativa. O texto profético fala da paciência de Jeová, mas Naum sabe que a penalidade é inevitável. A natureza de Deus requer que o Senhor puna o pecado, porque a natureza do pecado exige essa punição. Esta ação não indicia a bondade de Deus. Mas, caso não se opusesse ao mal, indiciaria a santidade divina.

Paulo proclama a mesma mensagem em Romanos 2:3-5: "E tu, ó homem, que julgas os que fazem tais coisas, cuidas que, fazendo-as tu, escaparás ao juízo de Deus? Ou desprezas tu as riquezas da sua benignidade, e paciência, e longanimidade, ignorando que a benignidade de Deus te leva ao arrependimento? Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus". É deste modo que Deus governa o mundo: Recompensa a justiça, é paciente com a maldade, mas no fim a pune.

É apropriado lembrarmos aqui que, certo tempo atrás, Deus enviara um profeta a Nínive para pregar o arrependimento. Sob o ministério relutante de Jonas, os ninivitas se arrependeram com pano de saco e cinza (Jn 3:5-10). Não sabemos quanto tempo durou este arrependimento, mas agora eles se arrependeram de terem se arrependido. Se Jonas é exaltado como profeta missionário, Naum não deveria ser refutado por proclamar jul-gamento sobre o povo que recebeu a mensagem missionária, sobretudo levando em conta que ele baseia a proclamação em tal conceito fundamental da natureza de Deus.

O profeta menciona três características de Deus que precisamos explicar. O SE-NHOR é um Deus zeloso (2; "tem ciúmes", BV), vingativo e cheio de ira. Não se trata de emoções humanas. Se a teologia moderna nos ensinou algo, é que não há linguagem unívoca sobre Deus. Atribuir paixões humanas ao Senhor é, na melhor das hipóteses, usar de analogia. A transcendência de Deus anula todo esforço em entendê-lo em termos humanos. A crítica com base nesta linguagem não percebe o significado das referências bíblicas à deidade.

O termo toma vingança (nokem, "vingador") é usado três vezes nesta passagem. Talvez esta repetição dê a entender que a Assíria exilara Israel três vezes e, portanto, receberia três punições adequadas aos seus crimes.

C. O PODER DE DEUS, 1.3b-6

O homem sempre teve muito medo das forças da Natureza. É natural associar o poder da deidade com a manifestação da grandiosidade do poder de Deus. Era de se esperar que a humanidade obscurecida pelo pecado exaltasse a força da Natureza à estatura de deuses e fizesse cultos e sacrifícios de conciliação. Esta passagem não afirma que Deus faz parte da Natureza (no sentido de ser uma de suas deidades). O profeta mostra que o Todo-poderoso é o dominador das forças e entidades da ordem natural. Ele é o Senhor dos mares, dos rios, das montanhas e das pessoas. Há dois movimentos que simbolizam o poder de Jeová: o furacão no mar e o simum4 na terra.

A parte "a" do versículo 4 refere-se possivelmente ao recuo do mar Vermelho e à divisão do rio Jordão. É esta a interpretação mais natural e adotada por Adam Clarke. Basã, Carmelo e Líbano (4) são algumas das regiões mais férteis da Palestina, as últimas a serem afetadas pela seca. Os versículos 5:6 descrevem a ira de Deus na linguagem de terremoto, vulcão e tempestade violenta e devastadora.

Adorai o Rei, gloriosíssimo,

E com gratidão cantai o seu amor maravilhoso:
Nosso Escudo e Defesa, o Ancião de Dias,
Encerrado em pavilhão esplendoroso e cingido com louvores.

Cantai o seu poder e cantai a sua graça,

Cujo manto é luz, cujo espaço é abobadado.
Seus carros de ira que as densas nuvens formam,
E as trevas são o seu caminho nas asas da tempestade.

Robert Grant

(Ver "Adorem o Rei", Hinário para o Cantor Cristão, n2233, verso 1, linha 1 do verso 2 e linhas 2 a 4 do verso 3, letra em inglês de Robert Grant e em português de Werner Kaschel [São Paulo: Bompastor, 2003, 3.a reimpressão]). (N. do T.).

SEÇÃO II

A APLICAÇÃO DA SOBERANIA DE DEUS

Naum 1:7-2.13

A. APLICAÇÕES DIVERSAS, 1.7,8

Depois de ter falado sobre a natureza de Deus que forma a base do governo do mun-do, o profeta passa a mostrar sua dupla aplicação. Estas passagens são "teológicas e afirmam os princípios gerais da providência divina, pela qual a subversão do tirano é certa e a libertação do povo de Deus é garantida". 1

1. Deus é uma Fortaleza para os Fiéis (1,7)

O texto profético declara que Jeová é bom. Não se trata de favor caprichoso da mes-ma maneira que sua ira não é julgamento petulante. O profeta quer dizer que Deus é fiel na administração da justiça. Àqueles que o servem, o SENHOR é... uma fortaleza no dia da angústia. Talvez haja aqui alusão às cidades de refúgio (cf. Êx 21:13; Nm 35:9-14; Js 20:7-9). Mas considerando as circunstâncias da ocasião, é mais provável que o profeta queira transmitir a idéia de trincheiras de proteção. Neste caso, desejava fazer uma comparação com os muros de Nínive. Pareciam inconquistáveis, mas no dia da provação dariam pouca proteção a quem confiou neles. Por outro lado, Deus é uma forta-leza que não deixa na mão quem nele puser a confiança.

Ao considerarmos a extrema aflição daqueles dias, esta era uma promessa maravi-lhosa à pequena nação de Judá. Um grande império estava a ponto de esfacelar-se, e outras potências emergiam. Era iminente uma batalha de gigantes, cujo confronto colo-cava as minúsculas nações vassalas em um dia de angústia.

É verdade que o cumprimento desta promessa não ocorreu na história subseqüente de Judá. Após a reforma de Josias (ver Introdução), o povo judeu caiu de novo na idola-tria. Mas a natureza geral da asseveração é tamanha que não há necessidade de argumentação em prol de prosperidade material como sinal do favor de Deus. Não obstante, é reconfortante lembrar que o SENHOR... conhece — cuida dos que confiam nele.

2. Deus se Vinga dos Seus Inimigos (1,8)

A inundação transbordante é referência tão clara às circunstâncias pertinentes à queda de Nínive que certos estudiosos questionam o texto. Mas, ao pormos de lado a análise textual, quem crê na inspiração divina não acha mais difícil acreditar em tal predição específica do que crer que Isaías predisse a proteção de Jerusalém quando o exército assírio, sob o comando de Senaqueribe, estava diante das portas da cidade (Is 37:33-34). O Antigo Testamento menciona muitas vezes a destruição por inundação, lite-ral (38:25; Sl 32:6; Is 54:9) e figurativamente (Is 8:7; Dn 9:26-11.22).

Conforme o original hebraico, o seu lugar (i.e., "o lugar de Nínive", ECA; cf. ARA; BV; NVI) é alusão tão específica que os termos mais apropriados foram adotados na maioria das traduções, sobretudo desde que a Septuaginta traduziu por "adversários" (cf. NTLH). J. H. Eaton sugere que a melhor tradução é "o seu santuário" e faz um comentário incisivo:

A rapidez desta alusão a uma inimiga [cidade] específica causa surpresa, e levou muitos intérpretes a evitarem o significado óbvio do texto tradicional. Contudo, a referência, em essência e modo, é típica de Naum; ela nos prepara para o discurso direto com a mesma inimiga no versículo 11; e corresponde exatamente a Naum 2:5-7, onde o seu templo é devastado pela inundação ao mesmo tempo em que ela é feita cativa.'

Sugeriu-se também que o uso do gênero feminino indique algo por trás da capital em si — à deusa de Nínive, Istar. Por isso, o conflito é elevado a uma guerra entre deidades adversárias. Este significado também está na base dos versículos 11:14 (ver comentários ali).

As duas últimas frases deste versículo declaram a totalidade da destruição, e a pas-sagem sucessiva a reforça. As trevas perseguirão os seus inimigos é mais correta e comoventemente traduzido por "[O Senhor] perseguirá os seus inimigos [...] para dentro das trevas" (ECA).

Nos versículos 1:8, temos um quadro notável do "Deus da ira e misericórdia":

1) A ira de Deus expressa:
a) sua justiça, 3;
b) seu poder, 4-6;
c) sua soberania tremenda, 2,8;

2) A misericórdia de Deus é revelada na bondade, proteção e interesse por quem confia nele, 7 (W. T. Purkiser).

B. DISCURSOS A QUEM RECEBE A JUSTIÇA, Naum 1:9-15; 2.2

A partir do versículo 9, há mudança abrupta e o discurso é dirigido aos ninivitas. Uma série de declarações diretas torna muito dificil acompanhar o texto, porque a troca de destinatário é feita de um momento para o outro. Primeiro fala com Nínive e depois com Judá, e, de um lado para o outro, o orador desponta em eloqüência veemente. A sucessão rápida de discursos nestes versículos levou muitos a acreditar que a recitação deste poema era acompanhada por ação dramática para tornar o significado claro aos ouvintes.

  1. Desafio à Assíria (1:9-11)

O profeta faz um desafio aos assírios: Que pensais vós contra o SENHOR? (9), talvez para dizer: "Quem vocês pensam que Deus é?" É um brado de menosprezo, visto que "o profeta zombeteiramente lhes pergunta o que eles podem fazer em face de Deus ter decretado a destruição".3

O versículo 10 é difícil de traduzir, mas o sentido está razoavelmente claro. Nínive é comparada a espinhos, que são difíceis de eliminar da terra e queimam com dificul-dade quando estão molhados, mas que se consomem como palha diante do fogo do julgamento divino. Esta era uma ilustração que os israelitas de mente agrícola facil-mente entenderiam.

A significação plena desta passagem é que a destruição da cidade seria completa. Naum declarou: Não se levantará por duas vezes a angústia. Não haveria necessi-dade de outro castigo divino. A história atesta essa verdade.

Ainda que... se saturem de vinho como bêbados é frase que indica que a maio-ria dos tradutores tem uma visão mais específica do versículo 10. Trata-se de uma ampli-ficação do texto, o que envolve uma interpretação bem como uma tradução. Há versões que a omitem e traduzem o versículo inteiro simplesmente assim: "Como uma moita de espinheiros, como a palha seca, vocês serão completamente destruídos" (NTLH). Contu-do, Lehrman e Maier concordam com as traduções que fazem esse tipo de interpretação do hebraico. Quanto ao que significa exatamente, Maier oferece duas alternativas. A primeira, fala que os ninivitas se sentiam tão seguros atrás de suas defesas que bebiam e farreavam, e esqueciam-se do perigo iminente. O rabino Lehrman concorda com este ponto de vista. A segunda opção diz que o profeta prediz a impotência dos assírios, ao declarar que são tão fracos quanto um soldado bêbado. O próprio Maier parece advogar esta interpretação e afirma: "De acordo com a tradição, Nínive foi tomada quando os defensores estavam em meio a uma festa animada regada por bebidas".4

O alguém mencionado no versículo 11 é aplicado a Senaqueribe, que era o inimigo mais agressivo de Judá e o invadiu quando Ezequias era rei (2 Rs 18.13ss). O hebraico traduzido por saiu é um termo técnico usado para referir-se a expedições e invasões militares (cf. 1 Sm 8.20; Is 42:13; Zc 14:3). As pessoas consideravam as invasões atos dirigidos contra o próprio Jeová, visto que estava associado ao povo pela relação de con-certo. A deportação também dera golpe terrível contra o Templo e sua adoração. Em II Reis 18:29-35, repare no escárnio que Rabsaqué, general de Senaqueribe, fez de Deus.

No plano de fundo há uma referência mais sinistra. Conselheiro de Belial é ex-pressão traduzida de diversas maneiras. A palavra Belial é repetida no versículo 15, onde é traduzida por ímpio. A interpretação freqüente é que significa uma figura corres-pondente a Satanás ou o diabo no pensamento cristão, uma personificação do mal. Por trás do poder da Assíria estava o poder das trevas. Sua impotência se tornará evidente diante da onipotência de Jeová.

  1. Consolação para Judá (1.12,13)

O original hebraico nestes versículos é ambíguo, e a palavra é consolo para os opri-midos que por muito tempo foram pisoteados pelo inimigo. A frase enigmática: Por mais seguros que estejam e por mais numerosos que sejam, é traduzida por: "Embora sejam fortes e muitos" (VBB; cf. NTLH; NVI). A despeito da força do inimigo, este jugo de escravidão será quebrado. O profeta entende que os acontecimentos da história são obra de Deus, e que a aflição de Judá está sob controle divino: Eu te afligi, mas não te afligirei mais (12).

  1. Aniquilação da Assíria (1,14)

O profeta chama a atenção à natureza religiosa do conflito e ao triunfo de Jeová sobre os deuses vis de Nínive. Os assírios tinham zelo particular por seus templos, que estavam repletos de esculturas esculpidas e baixos-relevos talhados em pedra. 5A finali-dade da destruição é predominante na profecia. Mais ninguém do teu nome seja semeado pode ser traduzido por "o teu nome não será mais lembrado" (Moffatt; cf. NTLH).

  1. Previsão de Libertação (Naum 1.15; 2,2)

Naum copia uma passagem linda e famosa de Isaías: Eis sobre os montes os pés do que traz boas-novas, do que anuncia a paz! (15). É assim que o profeta ilustra os mensageiros que trilham os caminhos monteses, a fim de levar aos habitantes de Jeru-salém as boas notícias da destruição do inimigo. Em sua perspectiva otimista, vê que estes acontecimentos e situações são os primeiros lampejos de um período de ouro. Nesse tempo, toda a nação de Israel voltará a ter uma relação produtiva com Jeová e a paz será estabelecida. O versículo 2 do segundo capítulo dá continuidade a este discurso. Maier faz extensa defesa desta posição, mas o peso da erudição bíblica balança para o outro lado. Quando colocamos 2:20 imediatamente após 1.15, teremos a seguinte leitura: Eis sobre os montes os pés do que traz boas-novas, do que anuncia a paz! Celebra as tuas festas, ó Judá, cumpre os teus votos, porque o ímpio não tornará mais a passar por ti; ele é inteiramente exterminado. Porque o SENHOR trará outra vez a excelência de Jacó, como a excelência de Israel; porque os que despejam os despejaram e corromperam os seus sarmentos.

"As boas novas dos altos céus" é o tema dos versículos 12:15. O Evangelho é, por definição, as boas-novas, 15, as boas notícias de:

1) Libertação, 13;

2) Consolo, 12;

3) Paz, 15; e

4) A defesa da justiça, 14,15b (W T. Purkiser).


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Naum Capítulo 1 do versículo 1 até o 9

Poema Acróstico (Naum 1:1-9)

Quanto a notas expositivas completas sobre o artificio literário chamado acróstico, ver a introdução ao Salmo 34. Os dizeres são introduzidos por sucessivas letras hebraicas, seguindo a ordem alfabética. Entretanto, há aqui uma perturbação que pode refletir a intervenção de um editor subseqüente que não preservou a suposta forma original da introdução. A forma literária do acróstico pode produzir uma bela expressão poética, mas geralmente impede o fluxo livre da mensagem.

Na 1:1

Sentença contra Nínive. Este oráculo foi chamado, iiteralmente, de “sentença” ou “peso", visto ser uma mensagem pesada e difícil, mas que devia ser suportada pelos Ímpios. Era uma mensagem difícil contra Nínive, pois o tempo da queda do império assírio tinha finalmente chegado. Nínive não seria capaz de carregar esse peso. Quanto a oráculos chamados pesos ou sentenças, conforme Is 13:1; Is 15:1; Is 17:1; Is 19:1; Is 21:1,Is 21:11,Is 21:13; Is 22:1; Jr 23:33,Jr 23:38 e Hc 1:1. A visão é o meio de revelar a sentença.

O elcosita. A cidade em vista é Elcós. Ver no Dicionário o artigo chamado Elcós, Elcosita, quanto a detalhes. As tradições concernentes a esse lugar, que põem ali o túmulo de Naum, são todas incertas. Durante séculos, lendas têm afirmado que o lugar era próximo de Nínive. Parte da história diz que os cativos de Israel foram deportados para lá (durante o cativeiro assírio), e Naum estava entre os cativos. Mas o fato é que Elcós era desconhecida, e as tradições provavelmente não têm valor histórico algum. Jerônimo põe Elcós na Galiléia, mas outros estudiosos a colocam em Judá.

A profecia de Naum ocorreu cerca de 135 a 150 anos depois da profecia de Jonas. O arrependimento dos ninivitas, no caso do profeta Jonas, adicionou esses muitos anos à vida nacional da Assíria, mas tal chance não seria estendida novamente aos assírios. Ver no Dicionário o verbete chamado Cativeiro Assírio.

Na 1:2
O Senhor é Deus zeloso e vingador.
Temos aqui uma série de afirmações assustadoras. Um Poder vingativo atacava. Esse Poder é um Deus zeloso (ver Dt 4:24; Dt 5:9; Dt 6:15; Dt 32:16,Dt 32:21)! Ele estava ofendido pelo que a Assíria fizera contra o Seu povo. Seu povo era Seu filho (Ex 4:22), que aqueles réprobos estavam maltratando. Esse Deus zeloso também era o Deus vingativo, e foi por essa razão que a Assíria terminou tão mal. Esse Deus também estava cheio de ira, e isso O levou a ferir e esmagar os ofensores. Os inimigos de Deus são objetos de Seu ódio e de Seu poder demolidor. Os assírios deviam ter parado de aniquilar outras vítimas. Quando eles puseram suas mãos imundas sobre Israel, isso era ir longe demais na ousadia. Quanto à vingança de Deus, ver Dt 32:35,Dt 32:41. Ver no Dicionário o verbete chamado Ira de Deus. Houve ocasião em que 185.000 invasores assírios foram aniquilados diante dos portões de Jerusalém (ver II Reis 19:35-37). Mas isso nada foi, em comparação com o que aconteceu mais tarde, quando os babilônios e seus aliados puseram fim ao poder opressor dos assírios. Esse foi um ato de Yahweh, que defendeu a honra de Seu povo.

Na 1:3

O Senhor é tardio em irar-se. As boas novas é que esse Deus temível não age com precipitação nem arbitrariamente. Ele vive buscando os pecadores, a fim de abatê-los, mas Sua ira se contém e é controlada pela vontade divina, esperando o tempo certo para castigar. Deus tem grandíssimo poder, mas Ele é, igualmente, o poder que restringe atos precipitados, até chegar o momento certo para agir. Por outro lado, Deus não chega somente para punir os culpados. Em primeiro lugar, um profeta sai a dizer ao povo o que acontece quando não há arrependimento em relação a feitos ousados. O povo precisa ser levado a sentir a ira de Deus. Se o povo estremecer e se arrepender, poderá sair da crise sem maiores incidentes. Naturalmente, o povo terá de começar a viver de modo diferente, antes que a panela de Deus comece a ferver com o calor da ira divina. Quanto à longanimidade Deus, conforme Ex 34:6; Nu 14:18; Ne 9:17; Sl 103:8; Sl 145:8; Jl 2:13 e Jn 4:2.

“Deus é iongânimo e paciente (ver 2Pe 3:9) por causa de Seu desejo que as pessoas se arrependam. Isso foi demonstrado pelo fato de que Jonas foi enviado a Nínive, cerca de cem anos antes que Naum começasse a profetizar” (Elliott, E. Johnson, in loc.).

... mas grande em poder. Deus tem o poder de efetuar mudanças na natureza: “Onde o Senhor vai, redemoinhos e tempestades exibem o Seu poder; as nuvens são a poeira levantada pelos Seus pés” (NCV). Se Ele tem poder sobre a natureza, que ultrapassa do controle de qualquer ser humano, então por certo Ele tem poder sobre os homens. Conforme esta parte do versículo com 9:17. Quanto à questão das nuvens e da poeira, ver 2Sm 22:10 e Sl 18:9. Conforme este versículo com Hab. 3:6-10.

Na 1:4

Ele repreende o mar, e o faz secar. Este versículo prossegue com a descrição do poder de Deus sobre a natureza, dando a entender que Ele pode fazer qualquer coisa que Lhe agrade, no caso do mero homem. Deus pode repreender o mar e fazê-lo secar-se, como sucedeu quando Israel ficou entalado entre o exército egípcio e o mar Vermelho (ver Ex 14:21; Sl 66:6; Sl 106:9; Is 50:2; Is 51:10). O Senhor resseca os rios ou desvia-os de seu leito normal, como fez com o rio Jordão, quando este servia de empecilho para que o povo de Israel chegasse à Terra Prometida. As áreas férteis de Basã e Carmelo se ressecaram diante de Sua palavra; Deus enviou a seca e ventos quentes da parte do oriente. Basã era regada pelo rio larmuque, e o Carmelo ficava à beira-mar, onde obtinha grande abundância de chuvas. Mas Deus reverteu o curso nornial da natureza e ressecou aqueles lugares. A cadeia do Líbano, ao norte, continua Síria adentro, e era famosa por suas florestas de cedro, mas não estaria isenta da seca, se assim Yahweh o dissesse. Conforme Os 14:7. Não há inflorescência sobre a terra que o hálito quente de Yahweh não reduza à podridão.

Na 1:5

Os montes tremem perante ele, e os outeiros se derretem. Este versículo continua a descrição do poder de Deus sobre a natureza, dando a entender que Deus pode fazer qualquer coisa que Lhe agrade, no caso do mero homem. Ver no Dicionário o artigo chamado Soberania de Deus. A presença de Deus causa terremotos, erupções vulcânicas e a desolação da terra. Essa desolação afeta a própria terra, e também os que nela habitam. As montanhas e os povos estremecem de medo diante do Senhor. Quanto aos montes como símbolos da estabilidade — e, no entanto, eles estremecem diante do poder divino —, considere o leitor o caso do monte Sinai, em Ex 19:18, Quanto às colinas que se dissolvem, ver Mq 1:4. “Notemos que os portentos naturais são considerados produtos da ação direta de Yahweh” (Charles L. Taylor, Jr., in loc.). O Criador não abandonou Sua criação, mas, antes, intervém, punindo ou recompensando os homens, isso reflete o Teísmo. Contrastar essa idéia com a do Deísmo, que ensina que a força criadora (pessoal ou impessoal) abandonou a sua criação ao controle das leis naturais. Ver sobre ambos os termos no Dicionário.

Com só olhar para a terra ele a faz tremer; toca as montanhas, e elas fumegam.

(Sl 104:32)

Na 1:6
Quem pode suportar a sua indignação?
Este versículo sumaria o terror referido nos vss. Na 1:2-5. Conforme este versículo com Sl 24:3. Ver também Jr 51:25,Jr 51:26.

Na 1:7

O Senhor é bom, é fortaleza no dia da angústia. Toda essa conversa sobre um feroz julgamento não nos deve fazer esquecer de que Yahweh é bom e até os Seus mais severos juízos têm por intuito restaurar, e não meramente tirar vingança. Seja como for, quando Yahweh julgou os assírios, ele estava fazendo um favor para o mundo inteiro da época. Ele é uma fortaleza para o bem, um lugar onde os homens podem refugiar-se e receber proteção. Esses são símbolos militares. Yahweh, Sabaote (o General dos Exércitos), protege o Seu povo. Conforme essa figura com Sl 27:1; Sl 31:4; Sl 52:7. Quanto ao Senhor como bom, ver Ex 34:6; Sl 106:1; Sl 107:1; 136;1 e Jr 33:11.

“Aqui é enfatizado outro lado da natureza divina. A ira de Yahweh se derrama sobre aqueles que O odeiam; mas quanto àqueles que depositam Nele a sua confiança, Ele mostra amor e misericórdia (ver Dt 5:9 ss.). A longa história de Israel, do período assírio até o fim, foi uma longa agonia de espera... Desapontada em uma de suas expectações, a nação de Israel apenas a transformava em outra expectação, e continuou esperando grande coisas da parte de Deus” (J. M. P. Smith, in loc).

Na 1:8

Mas com inundação transbordante acabará duma vez com o lugar desta cidade. Este versículo prossegue com a temível mensagem dos vss. Na 1:2-6, adicionando outra figura para falar sobre a ira de Deus. “O dííúvio inundante" varrerá todos os adversários de Israel e de Deus para o esquecimento, Diz o hebraico original, literalmente, “ponto final". Foi exatamente isso que sucedeu a Ninive e ao império assirio. “Essa referência à inundação poderia sugerir, figuradamente, uma invasão sem restrições por parte de um exército (cf, Isa, 8,7,8; Jer, 47,2; Dn 9:26,Na 2:8)” (Eliiott E. Johnson, in loc.). Quanto ao ponto final, cf, Dn 9:26; Dn 11:10,Dn 11:22,Dn 11:40. Diodoro Siculo (Hist. Na 1:2, par,
111) diz-nos que as forças combinadas dos medos e dos babilônios totalizavam 400:000 homens armados.


Champlin - Comentários de Naum Capítulo 1 do versículo 9 até o 11

Vingança contra as Conspirações (Naum 1:9-11)

Na 1:9

Que pensais vós contra o Senhor? Um único ato de vingança divina seria suficiente para pôr “ponto final” à Assíria, e foi assim que o império assírio morreu em um único dia. Isso pôs fim às conspirações dos assírios centra o Senhor e o Seu povo de Israel. Eles colheram o que tinham semeado, violência por violência, morte por morte (Ver Gl 6:7,Gl 6:8). “A visitação divina seria tão completa que não haveria necessidade de repeti-la” (Ellicott, in loc.). O império assírio desapareceu da face da terra, para alívio de todos, Naturalmente, a Babilônia, tão ou mais terrível que a Assíria, tomou seu lugar, e as matanças descontroladas prosseguiram. Conforme o vs. 12, Como é óbvio, os assírios não tombaram em razão de nenhuma batalha única, mas o tempo de seu declínio e queda foi muito rápido, pelo que, para todos os propósitos práticos, ocorreu em face de um “único golpe”. Ver no Dicionário o verbete sobre a Assíria, último parágrafo, onde há uma descrição da rápida queda da Assíria. O poder de Yahweh se voltou contra esse povo. A hora da queda da Assíria tinha chegado, e nenhum peder na terra poderia adiá-la.

Na 1:10
Porque, ainda que eles se entrelaçam com os espinhos... serão inteiramente consumidos como palha seca.
Os espinhos queimam de forma furiosa e se consomem rapidamente, pelo que a figura de uma rápida e total destruição é bem falada por esta figura. Cf Is 10:12,Is 10:13. O original hebraico diz que aqueles que se queimaram também estavam embriagados, o que parece uma estranha combinação. Talvez o resultado tenha sido esse por causa de duas palavras similares, “entrelaçam” (no hebraico, sebukim) e “bêbados" (no hebraico, sebuim). Quanto a esse jogo de palavras, o profeta Naum combinou um estranho par de vocábulos. Algumas traduções, entretanto, ficam apenas com a idéia de um incêndio rápido, o que requer emenda do texto bíblico.

As orgias de bebidas alcoólicas conduzem à destruição, visto que os homens perdem o controle de sua mente e de seu corpo quando se embriagam. Conside-rem-se os casos de Ben-Hadade, rei da Síria, e de Belsazar, rei da Babilônia (ver 1Rs 1:16; Dan 6.1-28). A taça de vinho também sugere a taça da ira de Deus. Ver Is 51:17 e Jr 25:15.

Na 1:11
De ti, Nfnive, saiu um que maquina o mal contra o Senhor.
“Talvez a referência direta aqui seja a Senaqueribe, o qual quase destruiu a Judá, antes do tempo determinado. Ele havia planejado o mal e teria destruído a cidade de Jerusalém se o anjo do Senhor não tivesse salvado o dia (ver 2Rs 19:36,2Rs 19:37). Provavelmente também podem ter sido sugeridos outros reis: Pul (2Rs 15:10); Tiglate-Pileser (2Rs 15:29); Salmaneser (2Rs 17:6); Senaqueribe (2Rs 18:17; 2Rs 19:23). Ou então conselheiros maldosos, como Senaqueribe e Rabsaqué” (Adam Clarke, in loc.). “Rabsaqué aconselhou o povo de Israel a não ouvir seu rei nem confiar em seu Deus, mas a render-se a ele (II Reis 18:29-31)” (John GUI, in loc.).


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Naum Capítulo 1 do versículo 1 até o 15
*

1:1 Título do livro. Ver Introdução. Autor; Data e Ocasião.

* 1.2-14 O hino introdutório (vs. 2-8), que em hebraico forma um poema acróstico incompleto, descreve de maneira entusiástica o Senhor como o Juiz universal com poder para realizar a sua vontade.

* 1.2, 3 O caráter do Senhor forma a chave para o que vem a seguir.

* 1.2 zeloso. Este atributo refere-se à reação movida pelo seu zelo contra qualquer transgressão à sua santidade ou qualquer tentativa de dividir a sua glória. Seu zelo requer lealdade absoluta e revela-se como ira contra a rejeição de si ou de seu senhorio.

vingador... vingador... toma vingança. Fiel à sua natureza, o Juiz universal não deixa nenhum pecado impune e penaliza cada uma das faltas dos ímpios. A tripla repetição da palavra hebraica para “vingança” enfatiza grandemente uma retribuição inescapável e apropriada.

adversários... inimigos. Esta terminologia é típica dos salmos e de narrações de guerras santas.

*

1.3 tardio em irar-se. Uma confissão bem conhecida da paciência de Deus com os pecadores (Êx 34:6, “longânimo”; Jn 4:2).

grande em poder... jamais inocenta o culpado. A paciência de Deus nunca implica que ele seja fraco ou que ele tolere o mal (Gn 18:25).

* 1.3-6 O profeta oferece um retrato poético do poder do Senhor manifestado em seu controle da natureza na criação e em outras ocasiões em que houve intervenção em favor do seu povo (Sl 18:7-15; Êx 14:21, 22; Mt 8:26). O israelita piedoso reconhecia a obra do Senhor na natureza. Mas a ela não deve ser confundida com Deus ou adorada como Deus; ela é o anfiteatro da revelação.

* 1.4 Ele repreende. Estas palavras retratam vividamente o poder de Deus em sujeitar as forças da natureza, tanto durante a criação quanto durante a travessia do Mar Vermelho (Êx 14).

mar... rios. Usados aqui como paralelos poéticos (Is 50:2; Sl 74:12-15). A abundante vegetação do fértil “Basã,” “Carmelo,” e “Líbano” murcha quando o vento quente do deserto, enviado pelo Senhor, sopra sobre ela.

1:5 A percepção da aproximação do Senhor enche a terra e suas criaturas de terror. Toda criação parece sentir-se ameaçada pelo caos, até mesmo as coisas aparentemente permanentes (“os montes... a terra”) tremem e desaparecem.

* 1:6 As questões retóricas enfatizam a impossibilidade de se resistir à ira de Deus. Essa ira é comparada ao fogo (Dt 4:24; Hb 12:29).

*

1.7 bom. O termo denota a benevolência do Senhor como sendo a fonte de todo verdadeiro bem-estar e prosperidade do ser humano, e é, particularmente, uma confissão de sua bênção e bondade provenientes da Aliança (Sl 73:1). O povo do Senhor experimenta seu grandioso poder como santo amor. Quando o socorro se faz necessário, Deus é uma fortaleza inexpugnável (Sl 46).

* 1.8 inundação... trevas. Figuras marcantes do severo julgamento.

* 1.9-14 A queda dos ímpios, representados por Nínive, culmina no consolo do povo de Deus, Judá.

* 1.9 pensais vós contra. Todas as estratégias assírias se revelarão fúteis. Sua luta e seus planos são agora contra o Senhor, que decidiu destruí-los, e o fará de uma vez por todas.

*

1.11 um que maquina o mal. Talvez uma referência a Asurbanipal (Introdução: Data e Ocasião).

vil. Ver referência lateral. A palavra sugere algo demoníaco.

* 1.12-14 Uma confortante mensagem divina assegura ao povo de Deus de que a queda da Assíria implica no fim de sua humilhação.

* 1.12 Assim diz o SENHOR. Uma fórmula bem conhecida da mensagem profética.

* 1.13 quebrarei o jugo deles... romperei os teus laços. Figuras poéticas expressivas de emancipação (Jr 2:20; Sl 2:3).

*

1.14 ordem. A palavra enfatiza autoridade e infalibilidade.

teu nome. A completa extinção e perda de poder e prestígio são reservadas para os assírios.

casa dos teus deuses. O templo e outros objetos da confiança e orgulho da Assíria serão destruídos.

sepulcro. O termo representa a destruição final de Nínive, de seu rei, e de seu povo em 612 a.C.

* 1.15-2.13 Esta seção foi escrita no tempo presente profético. Os eventos que ainda ocorrerão no futuro são aqui retratados como se já estivessem presentes, e eventos num futuro ainda mais remoto são retratados como ocorrendo ao mesmo tempo que aqueles que ocorrem muito antes. Esta profecia intensa de julgamento é uma “visão” poética (1.1; conforme Nm 12:6-8), e não pretende ser um relato histórico preciso e detalhado dos eventos que se sucederam posteriormente, em 612 a.C.

*

1:15

Ver Is 52:7. A aproximação do mensageiro de “boas novas,” cujos pés pisam “nos montes” de Judá, inicia um novo período de serviço grato ao Senhor. As boas novas são resumidas na significante palavra “paz” (hebraico shalom), que indica não somente o fim das hostilidades mas também o retorno às condições normais e abundantes de vida e de bem-estar geral.

cumpre... votos. Períodos de tribulação nacional ou opressão estrangeira freqüentemente tornavam difícil a celebração de importantes festas do templo, se não impossível. Os “votos” feitos no período prévio de aflição deviam ser cumpridos agora (Sl 116:14, 17-19).



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Naum Capítulo 1 do versículo 1 até o 15
NAHUM serve como profeta para o Judá e Assíria desde ano 663 aos 654 a.C.

Ambiente da época: Manasés, um dos reis mais perversos do Judá, governava a terra. Abertamente desafiou a Deus e perseguiu a seu povo. Assíria, a potência mundial dessa época, fez do Judá um súdito. O povo do Judá queria ser como os assírios, quem parecia ter todo o poder e as posses que queriam.

Mensagem principal: O poderoso império assírio que oprimia ao povo de Deus logo cairia.

Importância da mensagem : Os que praticam o mal e oprimem a outros algum dia terão um final amargo.

Profeta contemporâneo: Sofonías (640-621)

1:1 Nahum, como Jonás, foi um profeta no Nínive, a capital do Império Assírio e profetizou entre 663-654 a.C. Um século antes, Jonás viu a cidade arrepender-se (veja o livro do Jonás), mas esta caiu de novo na maldade. Assíria, a potência mundial que controlava o Crescente Fértil, parecia incontenible. Seus selvagens e rudes guerreiros conquistaram o Israel, o reino do norte, e provocavam grande sofrimento ao Judá. portanto, Nahum proclamou a ira de Deus contra a maldade de Assíria. Em muito poucas décadas, Babilônia derrubaria ao Nínive.

1:2 Unicamente Deus tem o direito de ser ciumento e de levar a cabo a vingança. O ciúmes e a vingança podem ser termos que nos encham de surpresa ao associar-se com Deus. Pelo general, quando os humanos zelam e se venham, atuam com um espírito egoísta. Entretanto, é apropriado que Deus insista em nossa lealdade completa e é justo que O castigue aos malfeitores que não se arrependam. Seu zelo e vingança não estão mesclados com o egoísmo. Seu propósito é erradicar o pecado e restaurar a paz no mundo (Dt 4:24; Dt 5:9).

1:3 Deus é lento para a ira, mas quando está preparado para castigar, até a terra treme. Muitas pessoas não procuram deus porque vêem maldade no mundo e hipocrisia na igreja. Não compreendem que como Deus é lento para a ira, oferece a seu seguidores tempo para falar da realidade de seu amor aos pecadores. Mas o castigo chegará; Deus não deixará pecado sem castigo para sempre. Quando a gente pergunte por que Deus não castiga o mal imediatamente, lhes ajude a recordar que se o fizesse, nenhum de nós estaria aqui. Todos devemos estar agradecidos de que Deus nos conceda tempo para nos voltar para O.

1:6 Nenhuma pessoa sobre a terra pode desafiar a Deus, o Todo-poderoso, o Criador do universo e ficar impune. Deus, quem controla o sol, as galáxias e as vastas extensões longínquas, também controla o esplendor e a queda das nações. Como podia um reino temporário como Assíria, por capitalista que fora, desafiar seu poder grandioso? Se Assíria tivesse podido ver o futuro e o montão de escombros no que se converteria e que Deus seguiria sendo o mesmo! Não desafie a Deus; seu poder é maior que o de todos os exércitos e todas as nações juntas.

1.6, 7 Para os que se negam a acreditar, o julgamento de Deus é como fogo consumidor, que não se acaba. Para os que o amam, sua misericórdia significa segurança e paz, suprindo todas nossas necessidades sem que seus recursos se esgotem. A relação que temos depende de nós. Que classe de relação escolherá você?

1:11 O rei que "imaginou mal contra Jeová" possivelmente foi: (1) Asurbanipal (669-627 a.C.), rei de Assíria durante a maior parte da vida do Nahum e quem levou a Assíria à cúpula de seu poder; (2) Senaquerib (705-681), quem abertamente desafiou a Deus (2Rs 18:13-35), levando a cabo uma rebelião contra Deus; (3) nenhum rei em particular, a não ser a malvada monarquia em sua totalidade. O fato é que Nínive seria destruída por haver-se rebelado contra Deus.

1:15 As boas novas para o Judá, a quem Assíria destruiu, foram que seus conquistadores e atormentadores seriam destruídos e nunca se voltariam a levantar para voltá-la para atormentar. Nínive foi completamente apagada, de tal forma que suas ruínas não se identificaram a não ser até 1845.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Naum Capítulo 1 do versículo 1 até o 15
I. TITLE (Na 1:1 , 8)

2 O Senhor é um Deus zeloso e vingador; Jeová vingador e cheio de indignação; Jeová toma vingança contra os seus adversários, e guarda a ira contra os seus inimigos. 3 O Senhor é tardio em irar-se, e grande em poder, e não inocenta o culpado . O Senhor tem o seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são o pó dos seus Pv 4:1 Ele repreende o mar, eo faz secar, e esgota todos os rios; desfalecem Basã e Carmelo; . ea flor do Líbano murcha 5 Os montes tremem perante ele, e os outeiros se derretem; ea terra se upheaved diante dele, sim, o mundo, e tudo o que nela habitam. 6 Quem parará diante do seu furor? e quem pode subsistir diante do ardor da sua ira? a sua cólera se derramou como um fogo, e as rochas são quebradas em pedaços por ele.

8 E com uma inundação-atropelando ele vai fazer um final cheio de seu lugar, e prosseguirá os seus inimigos na escuridão.

O livro de Jonas e do livro de Naum tanto lidar com a cidade de Nínive. O livro de Jonas retrata o Deus da misericórdia (Ob 4:11 ). A profecia de Naum retrata o mesmo Deus, mas como um Deus irado (Na 1:2 : longanimidade, lento para a cólera

C. Os versículos 3:5 : Alimentação. Inigualável. de grande poder

C. Versículo Na 1:6 : Poder. Irresistível. Quem poderá resistir?

B. O versículo 7 :. Goodness Jeová é bom

A. O versículo 8 : Vengeance, fim cabal

Há seis palavras marcantes depictive de Deus em raiva, juntamente com imagens intensificando o retrato. São eles: ciúmes, vingança, ira -todos encontrado no versículo 2 ; raiva no versículo 3 ; indignação e ferocidade no versículo 6 . Apenas como um investiga a essência de cada uma dessas várias palavras para a raiva que ele pegar o impacto total desta fase da revelação divina. (Cada palavra hebraica expressivo de raiva encontrado no Antigo Testamento é embalado também dentro da frase gráfico e sóbria Novo Testamento, "ira do Cordeiro," Ap 6:16 , conforme Sl 78:49 ).

. 1 . Jealous O léxico dá a forma substantiva para a palavra hebraica traduzida por "ciúmes", como ardor, zelo, o ciúme , e a forma verbal: "estar com ciúmes, zeloso". A palavra ciúmes aqui tem a força de nossa palavra "zeloso. "Se alguém é zeloso para uma pessoa ou fazer com que ele é, porque ele ama essa pessoa ou causa. Então, basicamente, a palavra "inveja" tem sua origem em uma atitude carinhosa para com uma pessoa ou causa. Quando o povo de Deus ou causa é prejudicada Seu amor por eles é tocado.Ele fica com ciúmes, ou seja, zeloso para eles ou ele, não com uma vingança carnal, mas como uma consequência do Seu amor. Um grande amante deve necessariamente ser um grande inimigo. Deus aqui retrata claramente isso.

2. Vengeance. vingança do homem é retaliação, a motivação de ser definitivamente egoísta. A vingança de Deus é, mas a realização de um direito fundamental do universo: a colher o que se plantou. Em outras palavras, ela fala do castigo que decorre logicamente delito (o fruto natural de maldades). A execução deste castigo é estritamente a prerrogativa de Deus. Enquanto a raiva tem sua origem no amor de Deus, a punição para o pecado mostra o fluxo de saída de Sua justiça para com os malfeitores, ou seja, objetivamente, por isso, ele se vinga.

3. Wrath. Jeová ... está cheio de ira (lit., "é senhor ou mestre da ira"). Esta palavra tem a intensificação de grande calor. De fato, o léxico dá como primeiro significado da palavra "calor", depois "raiva", "fúria". Ele foi por diversas vezes traduzida como "senhor da fúria irado", "possuidor de calor irado." É uma palavra que é executado ao longo dos livros dos profetas (conforme Is 51:17. , Is 51:22 ; Jr 4:4) -a comando positivo para os cristãos.

6. Fierceness. O significado desta última palavra que descreve o ódio ao pecado e à terrível retribuição Ele é obrigado a ministrar, por causa de seu caráter como Deus, e por causa da essência do pecado de Deus, tem como idéia raiz intensidade de branco calor. Aqui é retratada a intensidade da queima de raiva divina. Isaías chama de "ira" (Is 13:9 ). Quem pode resistir a Deus quando a intensidade feroz da ira santa se derramou como um fogo sobre ele de repente e esmagadoramente (Dt 4:24 )? Quando ele fala toda a natureza é atingidas pelo temor: o terremoto montanhas, os outeiros se derretem, a terra está upheaved, rochas são quebradas em pedaços por ele, e tudo o que nela habitam ouvirão. Para aqueles despreparados para enfrentá-lo, com uma inundação-atropelando ele vai fazer um final cheio de seu lugar, e prosseguirá os seus inimigos na escuridão .

Embora essa visão de Jeová como o Deus da vingança foi dada principalmente para Nínive, suas verdades eternas são igualmente aplicáveis ​​para nós hoje. "Acreditar no amor de Deus é ter a certeza da Sua ira."

RAIVA B. DEUS EXIGE DISCRIMINAÇÃO (Na 1:7 ). A primeira parte do versículo pode ser traduzido, "Jeová é uma boa fortaleza no dia da angústia." Isso é consistente com o pensamento de Pv 18:10 : "O nome de Jeová é uma torre forte; O corre o justo para ele, e é seguro "(conforme Sl 34:8 ; Os 3:16 ). A LXX traduz esta parte como, "O Senhor é bom para aqueles que esperam por ele." Isto, também, está em linha com as Escrituras (conforme Sl 25:3. , Is 40:31 ; Lm 3:25. ).

Na grande visão de Deus de vingança, dado por revelação para Naum, aprendemos que as prerrogativas punitivas de Deus crescer fora de seu grande amor, que Ele é lento para trazer a pecar homens e mulheres a punição por seus maus caminhos, mas que, quando Ele passou por cima da atitude de amor e misericórdia para com a atitude da justiça, Ele é tão temível, e implacável como um furacão solta em toda a sua fúria. Mas Ele sempre se lembra e se preocupa com o Seu próprio. Ele os que nele se refugiam conhece.

III. Visão da cidade altiva no AFLIÇÃO (Na 1:9)

9 O que vos conceber contra o Senhor? ele vai fazer uma destruição final; aflição não se levantará pela segunda vez. 10 Para se entrelacem como os espinhos, e embriagada como com a sua bebida, eles são consumidos como restolho totalmente seco. 11 Há um saiu de ti, que maquina o mal contra o Senhor, que a maldade counselleth. 12 Assim diz o Senhor: ainda que sejam em plena força, e da mesma forma muitos, mesmo assim eles devem ser cortados, e ele passará. Apesar de eu ter te aflitos, Afligirei ti não mais. 13 E agora eu quebrarei o seu jugo de sobre ti, e romperei os teus laços.

14 E o Senhor deu ordem a teu respeito, para que não mais do teu nome ser semeada: fora da casa dos teus deuses quiserem eu cortar a imagem de escultura e as de fundição; Farei a tua sepultura; pois tu és vil.

15 Eis que, sobre os montes os pés do que anuncia boas novas, que publisheth paz! Celebra as tuas festas, ó Judá, cumpre os teus votos; para o ímpio não tornará mais a passar por ti; ele é inteiramente exterminado.

O que vos conceber contra o Senhor? O pensamento é agravada pelo uso da haste intensiva do verbo hebraico para "inventar", que significa esquema completamente contra os propósitos de Jeová. Jeová responde em como estirpe ", então eu invento" uma destruição final, nenhuma aflição segunda-Um vai acabar todos (conforme 1Sm 26:8. ). Parece que esta foi dirigida a Judá, que temia invasões frescos pelos assírios. Ele, o Senhor, fará um fim total do inimigo. Embora as defesas dos assírios pode ser tão difícil de romper como uma sebe de espinhos e, embora os habitantes de Nínive ser embebido com vinho, ambos devem ser consumidos como restolho. O idealizador do versículo 11 é, sem dúvida, Senaqueribe, embora as palavras são dirigidas a Nínive (v. Na 1:9 ).Estudiosos variam de opiniões quanto a quem a última parte do versículo 12 é o destinatário: Apesar de eu ter te aflitos, Afligirei ti não mais. comentários do piloto,

"Ainda que ... eu te aflitos (O Judah) Afligirei ti não mais" (assim Keil, Marti). O marg. é uma ameaça para a Assíria: "E eu vou te afligir (O ​​Assíria) para que eu te afligem no more" (assim Ew, Oi, Nós, Dav, Smith....), ou seja, o golpe será uma final.

Jeová liberta Judah do jugo da Assíria, como profetizou Isaías (conforme Is 10:27. ; Is 14:25 ; Jr 30:8. ). Então, com certeza é o profeta da aniquilação total da Assíria que ele vê os mensageiros que vão para as montanhas e colinas de Judá, com a gloriosa notícia, exortando o povo de Judá para manter seus votos que eles fizeram em tempos de adversidade (conforme 2Sm 23:6 ), e para manter suas festas anuais de ação de graças pela sua libertação sobrenatural, para ele é inteiramente exterminado (conforme Isaías 52:7. ).


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Naum Capítulo 1 do versículo 1 até o 15
I. Deus é zeloso: Nínive cairá (1)

A palavra "zeloso" (ou "ciumento") aplicada a Deus não sugere inve-ja nem egoísmo. Ela tem o sentido de ser cuidadoso com sua glória e santidade. Ele arde com fúria contra o pecado, embora ame o pecador. Da mesma forma que um marido é zeloso com sua esposa e, por isso, a protege, Deus é zeloso com seu povo e sua lei e, por essa razão, age com santidade e justiça. Ele tarda em irar-se; na verdade, concedeu 150 anos de misericórdia a Nínive. Todavia, os assírios foram muito lon-ge em sua brutalidade e violência, e o Senhor tinha de julgá-los.

Deus tem poder para julgar? É claro que sim. Veja o poder dele na natureza (vv. 3-6), nos ventos e nas tempestades, em chuvas eestiagens, sobre a terra e o mar. Quem pode se manter de pé diante do poder dele? Hoje, parece que as nações se esquecem do poder do Deus Todo-Poderoso. Elas agem como se o Senhor não existisse. Mas tenha certeza de que o dia do julgamento virá, e, nesse dia, nenhuma nação escapará.

Nos versículos 8:13, Naum des-creve a queda da cidade com duas imagens: uma grande inundação que varre tudo; e o fogo que a con-sumirá como palha seca. É interes-sante observar que Nínive, de fato, caiu por causa de uma inundação. Os medos e os babilônios cerca-ram a cidade por muitos meses e fizeram pequenas escavações. De-pois, a estação de chuvas chegou, e os dois rios próximos de Nínive começaram a encher. Um historia-dor afirma que os medos rompe-ram um dos diques sobre o rio. De qualquer maneira, as águas mais volumosas bateram contra os mu-ros de Nínive e os puseram abaixo. A cidade foi literalmente destruí-da pela inundação; veja também Na 2:6. Deus não precisa de exércitos, ele pode usar as gotas minúsculas da chuva!

Nesse capítulo, Deus faz duas promessas magníficas a seu povo. Em 1:7, ele assegura-lhe sua bon-dade e diz-lhe que ele estará segu-ro desde que confie nele. Em 1:12, ele afirma que não o afligirá mais com o exército assírio como fez antes. Não importa a dificuldade que tenhamos, podemos confiar em Deus para cuidar de nós e nos ajudar.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Naum Capítulo 1 do versículo 1 até o 15
1.1 Nínive. Era a capital assíria, e quando Naum escreveu esta profecia, era a maior do mundo. Foram os assírios; o povo mais poderoso entre os povos semitas e os primeiros conquistadores do mundo. Os muros ao redor da cidade tinham 30 m de altura, e eram tão espessos que três carruagens podiam correr lado a lado em cima deles. Estes muros eram fortificados com 1.500 torres de 60 m de altura. Era uma cidade vil. "Sua vastidão era eclipsada por sua vileza" (S. Baxter). Naum. Sabemos muito pouco de Naum, somente o que está, registrado neste livro. Seu nome significa "conforto" (conforme NCB, p 886).

• N. Hom. 1.2,3 Uma visão rápida de Deus. Note-se algumas

características dEle: Zeloso, vingador, cheio de ira, indignação, furor e cólera. Deus é um Deus de amor, mas também de ira. Aqueles que não entregarem suas vidas a Ele, um dia conhecerão a Sua ira, a qual é reservada para os Seus inimigos. Em Cristo somos salvos da ira de Deus (conforme 1Ts 1:10).

1.3 Contém 5 grandes verdades com respeito a Deus:
1) Ele é tardio em irar-se;
2) Ele é grande em poder,
3) Ele jamais inocenta o culpado;
4) Ele é onipotente;
5) Ele é soberano.
1:4-6 A soberania e o poder de Deus são expostos.

• N. Nom. 1.6 A ira de Deus:
1) As razões: a) orgulho; b) crueldade; c) impenitência, (cf. todo o livro);
2) O remédio; a) reconhecimento de Deus; b) confiança nEle (conforme v.7);
3) Características: a) é tardia (Êx 34:6-7; Ne 9:17b; Sl 103:8, Jo 4:2); b) é certa (cf.14:13; Sl 76:7; Na 1:6); c) é justa (cf.Lm 1:18; Rm 2:5, Rm 2:6; Rm 3:5); d) é evitável (cf.Jo 3:14-43; Rm 8:1).

1.7 Isto deve ser continuamente lembrado, enquanto você estudar este livro.
• N. Hom. 1.7,8 Amigos e inimigos de Deus:
1) para Seus amigos, v. 7; "bom... é fortaleza no dia da angústia...";
2) Para Seus inimigos, v. 8; "Ele acabará de uma vez..."
1:8-15 Deus promete destruir os inimigos do Seu povo, os assírios e toda a cidade de Nínive. Esta profecia foi cumprida no segundo século d.C., chegando até a localização da mesma tornar-se incerta.
1.11 Refere-se a um dos reis assírios. Muitos comentaristas pensam que se trata de Senaqueribe.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Naum Capítulo 1 do versículo 1 até o 15
I. MANIFESTAÇÃO DO VINGADOR DIVINO (1:1-15)
v. 1-9. Nesse salmo tão vívido, Deus é apresentado como o Senhor da natureza e da história. A sua vinda e passagem são descritas como uma tempestade vindo com ímpeto do leste da região rochosa de Basã para a serra do Carmelo junto ao mar, e secando a nova folhagem do Líbano. A vinda também é semelhante ao tremor e deslocamento da terra, quando o Senhor aparece, ou à ardência do fogo dos vulcões. Assim, no tempo certo, qual vento de fúria que sopra onde quer, vem um Deus irado contra Nínive (v. 1-6).
O Senhor, porém, é carinhoso para com aqueles que esperam por ele, e na sombra do cruel império, os povos curvados e escondidos tinham esperado bastante (v. 7). Eles estão seguros, enquanto o redemoinho da vingança passa como a torrente de uma inundação que desce o leito de um uádi. Ele persegue os seus inimigos na escuridão da tempestade (v. 8). Nenhum inimigo ousa se opor a ele uma segunda vez (v. 9). “Os problemas não surgirão duas vezes” (George Adam Smith). Há sentimento e compaixão nessas palavras. Habacuque talvez tenha ouvido o coro dos levitas cantando esse salmo quando ele era menino. Como adulto, viu Babilônia se levantar para assumir o poder, a capacidade de destruição e o imperialismo de Nínive.

v. 10-15. E fácil perceber o tom de exul-tação em Naum. Precisamos enxergar a Assíria como as suas vítimas a enxergavam, lembrar as pilhas de corpos ofegantes, com as mãos cortadas e os olhos furados, deixados a morrer em agonia, os nobres esfolando os pobres prisioneiros ainda vivos perfurados com uma estaca no estômago, as pirâmides de cabeças, os restos fumegantes das cidades. George Adam Smith descreve isso assim: “Vamos nos colocar entre o povo, que por tanto tempo havia sido contrariado, esmagado e desmoralizado pelo império mais brutal que jamais foi tolerado a exercer a sua força sobre a face da terra, e vamos concordar com o autor, que no momento não sente nem pensa nada do seu Deus, a não ser que ele é um Deus de vingança. Assim como o luto de um homem desolado pela perda de um ente querido, assim também a vingança de um povo escravizado tem um tempo que deve ser respeitado” (The Book of the Twelve Prophets, v. II, p. 90).

O profeta vê os tiranos do mundo como uma enchente relâmpago, uma parede de água que passa rapidamente e se afasta. A imagem é ampliada para retratar também os que foram engolidos, afligidos por uma época e depois salvos (v. 12), e agora o jugo do agressor e as algemas da escravidão são quebrados (v. 13). E como é verdadeira a sombria profecia do versículo seguinte. A cidade dos jardins vai se tornar o túmulo da sua beleza e grandeza. E aí, de forma vívida no versículo final do capítulo, a congregação ouve a ordem de levantar os olhos para a linha do horizonte ao norte onde serão ouvidos os pés do mensageiro, como os do corredor que levou a notícia de Maratona a Atenas, a notícia de que o tirano caíra, o terror se fora. Os que se lembram de 1918 e 1945 vão entender o júbilo. Nunca mais o perverso a invadirá.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Naum Capítulo 1 do versículo 9 até o 15
c) O castigo dos inimigos (Na 1:9-15)

Neste arranjo temos separado o versículo 9 do poema litúrgico, embora, conforme salientamos acima, certo número de críticos o incluam no hino. Partindo do princípio de que Naum não compôs o poema em ordem acróstica alfabética, mas que foi adicionado posteriormente à sua profecia, esses comentadores consideram que os versículos 10:11 são os primeiros versículos genuínos de Naum. Alguns, efetivamente, desejam colocar os versículos 10:11 após o versículo primeiro do capítulo 2, tornando assim esses dois versículos uma parte do cântico de guerra que descreve o ataque contra Nínive.

Entretanto, há uma íntima ligação entre esses versículos e aqueles que os precedem. O mesmo tema é manuseado e os dois pensamentos previamente observados são desenvolvidos, isto é, o castigo dos inimigos do Senhor e o conseqüente alívio para aqueles a quem esses inimigos oprimiam.

Apesar de que a vingança de Deus os ameaça, os inimigos de Deus ainda não estão subjugados quanto à sua mente. Continuam recusando-se a acreditar que Ele os ferirá. Mas Ele está prestes a cuidar do caso deles. O castigo que o Senhor lhes imporá será completo e final. Ele não terá necessidade de ferir por duas vezes (9). Ao descrever esse julgamento, Naum usa uma metáfora favorita entre os profetas (ver Is 5:24; Os 2:5; Am 1:18).

>Na-1.11

Um conselheiro de Belial (11). Parece que Naum via a perversidade do povo assírio sumarizada na pessoa de um de seus líderes. Esse líder é tão desprezível que um opróbrio especial o aguarda (14). Sua família deixará de existir, seus deuses serão derrubados e ele mesmo será morto.

>Na-1.12

Como conseqüência da derrubada dos inimigos do Senhor, haverá alívio para Seu povo oprimido (12-13). A chegada dessas boas novas é declarada de modo pitoresco e belo. Talvez, porque essas boas novas necessariamente deveriam ser levadas até Jerusalém, por sobre estradas montanhosas, tenham sido anunciadas, pelos profetas dessa forma (cfr. Is 52:7). Eis sobre os montes os pés do que traz boas novas, do que anuncia a paz! Em gratidão por sua libertação, Judá é exortado a cultivar sua vida religiosa (15). Juntamente com esta seção pode ser considerado Na 2:2. O Senhor trará outra vez. O significado pode ser expresso como segue: "a vinha de Judá florescerá novamente como a vinha de Israel, embora os destruidores tenham-no destruído e estragado os seus sarmentos".

Desse modo, Naum trata, em seu tema, da queda de Nínive de uma maneira geral e introdutória. Ele estabeleceu o quadro em relação à justiça de Deus e em relação ao povo oprimido de Judá. Nos dois capítulos restantes ele se volta para seu assunto de modo particular, dando os detalhes, estabelecendo sua realização em quadros de âmbito mundial que retratam batalhas, sem rivais na literatura hebraica.


Dicionário

Angústia

substantivo feminino Condição de quem está muito ansioso, inquieto; aflição.
Ansiedade física acompanhada de dor; sofrimento, tormento.
Inquietude profunda que oprime o coração: uma angústia mortal.
Diminuição de espaço; redução de tempo; carência, falta.
[Filosofia] Experiência metafísica, para os filósofos existencialistas, através da qual o homem toma consciência do ser.
[Filosofia] Condição sentimental que, para Heidegger (1889-1976), nasce da consciência de que não se pode evitar a morte.
[Filosofia] Sentimento de ameaça que, para Kierkegaard (1813-1855), não se consegue determinar nem medir, sendo próprio da condição humana.
Etimologia (origem da palavra angústia). Do latim angustia, "misérias".

A palavra angústia vem do latim "angere" que significa apertar, afogar e estreitar, dai "angustus" que significa estreito, apertado e de curta duração. Sentir-se afogado, sem ar, apertado, sem saída é muito ruim, contudo a palavra aponta uma saída: a angústia dura pouco. Seja paciente!

Angústia Aflição; agonia; ansiedade (Gn 35:3); (Rm 8:35).

Consumir

verbo transitivo direto Gastar; utilizar-se de alguma coisa: o televisor consumia muita energia: consumiu muito tempo naquele emprego.
Ingerir; fazer a ingestão de algum alimento: consumia muitas vitaminas.
Utilizar até o final: consumiu o xampu em algumas semanas.
verbo transitivo direto e pronominal Acabar por completo: a tempestade consumiu a plantação; a plantação consumiu-se em água.
Debilitar; prejudicar a saúde de: consumiu os nervos naquele emprego; consumia-se lentamente com a doença.
Aborrecer; sentir ou causar aborrecimento: consumia o professor com ofensas; consumia-se pelas críticas.
Figurado Estar repleto de sentimentos reprimidos, como: ciúme, raiva.
Etimologia (origem da palavra consumir). Do latim consumire.

Consumir
1) Gastar ou corroer até a destruição; destruir (Ex 3:2); (Gl 5:15), RC).

2) Acabar com (Gn 31:40).

Duas

numeral Uma mais outra (2); o número que vem imediatamente após o 1 (na sua forma feminina): lá em casa somos três, eu e minhas duas irmãs.
Gramática Feminino de dois, usado à frente de um substantivo que pode ser contado.
Etimologia (origem da palavra duas). Feminino de dois; do latim duas.

Levantar

verbo transitivo direto e pronominal Pôr ao alto; erguer: levantar uma mesa; levantou-se do sofá.
verbo transitivo direto , bitransitivo e pronominal Erguer do chão; dar mais altura a; apanhar, hastear: levantar uma casa, uma bandeira; levantou um muro na sala; o carro não se levanta sozinho!
verbo transitivo direto e intransitivo Aumentar a intensidade de; reforçar: levantou a voz; sua voz levantou.
verbo bitransitivo Levar na direção mais alta; elevar: levantar a cabeça para ver melhor.
verbo transitivo direto Expor como uma ideia; sugerir: levantar questões.
Espalhar em várias direções; dispersar: o carro levantou muita poeira.
Incentivar uma rebelião; revoltar: discursos inflamados levantaram o povo.
Reunir em grande quantidade; arrecadar: levantar recursos para a igreja.
Passar a possuir; receber: foi ao banco e levantou vultosa soma.
Dar por findo; encerrar: levantar a sessão.
Elogiar muito algo ou alguém; enaltecer: levantou seus feitos no livro.
Elevar-se nos ares (o avião); voar: levantar voo.
verbo intransitivo Deixar de chover: o tempo levantou.
verbo pronominal Pôr-se de pé; erguer-se; acordar: levanto-me cedo.
Voltar a ter boa saúde: levantei-me depois daquela doença.
Exaltar-se; manifestar-se: a opinião pública facilmente se levanta.
Levantar-se contra alguém; insultar: meu filho se levantou contra mim.
Erguer-se no horizonte: o Sol ainda não se levantou.
verbo transitivo direto predicativo Eleger uma pessoa em detrimento dos demais: Canudos levantou Antônio Conselheiro seu líder.
Etimologia (origem da palavra levantar). Do latim levantare, "erguer".

Mesmo

adjetivo Exprime semelhança, identidade, paridade: eles têm o mesmo gosto.
O próprio, não outro (colocado imediatamente depois de substantivo ou pronome pessoal): Ricardo mesmo me abriu a porta; uma poesia de Fernando Pessoa, ele mesmo.
Utilizado de modo reflexivo; nominalmente: na maioria das vezes analisava, criticava-se a si mesmo.
Que possui a mesma origem: nasceram na mesma região.
Imediatamente referido: começou a trabalhar em 2000, e nesse mesmo ano foi expulso de casa.
substantivo masculino Que ocorre da mesma forma; a mesma coisa e/ou pessoa: naquele lugar sempre acontece o mesmo; ela nunca vai mudar, vai sempre ser a mesma.
conjunção Apesar de; embora: mesmo sendo pobre, nunca desistiu de sonhar.
advérbio De modo exato; exatamente, justamente: pusemos o livro mesmo aqui.
De maneira segura; em que há certeza: sem sombra de dúvida: os pastores tiveram mesmo a visão de Nossa Senhora!
Ainda, até: chegaram mesmo a negar-me o cumprimento.
locução conjuntiva Mesmo que, ainda que, conquanto: sairei, mesmo que não queiram.
locução adverbial Na mesma, sem mudança de situação apesar da ocorrência de fato novo: sua explicação me deixou na mesma.
Etimologia (origem da palavra mesmo). Do latim metipsimus.

Não

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

Senhor

substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


Vezar

verbo transitivo direto e pronominal Passar a ter vezo; adquirir certo hábito e/ou costume; acostumar-se.
Etimologia (origem da palavra vezar). A + vezo + ar.
verbo transitivo direto [Popular] Conseguir ou tomar a posse de; passar a possuir (alguma coisa).
Etimologia (origem da palavra vezar). Vezo + ar.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
(ó ninivitas)
Naum 1: 9 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Que pensais vós (ó ninivitas) contra o SENHOR? Ele mesmo fará a vossa completa destruição; não se levantará por duas vezes a angústia.
Naum 1: 9 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

697 a.C.
H1931
hûwʼ
הוּא
ele / ela / o / a
(it)
Pronome
H2803
châshab
חָשַׁב
pensar, planejar, estimar, calcular, inventar, fazer juízo, imaginar, contar
(and he counted it)
Verbo
H3068
Yᵉhôvâh
יְהֹוָה
o Senhor
(the LORD)
Substantivo
H3617
kâlâh
כָּלָה
conclusão, término, fim total, destruição completa, consumação, aniquilação
(altogether [as bad])
Substantivo
H3808
lôʼ
לֹא
não
(not)
Advérbio
H4100
mâh
מָה
o que / aquilo
(what)
Pronome
H413
ʼêl
אֵל
até
(unto)
Prepostos
H6213
ʻâsâh
עָשָׂה
E feito
(And made)
Verbo
H6471
paʻam
פַּעַם
golpe, batida, pé, pegada, bigorna, ocorrência
([is] now)
Substantivo
H6869
tsârâh
צָרָה
dificuldades, aflição, problema
(of my distress)
Substantivo
H6965
qûwm
קוּם
levantar, erguer, permanecer de pé, ficar de pé, pôr-se de pé
(that rose up)
Verbo


הוּא


(H1931)
hûwʼ (hoo)

01931 הוא huw’ do qual o fem. (além do Pentateuco) é היא hiy’

uma palavra primitiva; DITAT - 480 pron 3p s

  1. ele, ela
    1. ele mesmo, ela mesma (com ênfase)
    2. retomando o suj com ênfase
    3. (com pouca ênfase seguindo o predicado)
    4. (antecipando o suj)
    5. (enfatizando o predicado)
    6. aquilo, isso (neutro) pron demons
  2. aquele, aquela (com artigo)

חָשַׁב


(H2803)
châshab (khaw-shab')

02803 חשב chashab

uma raiz primitiva; DITAT - 767; v

  1. pensar, planejar, estimar, calcular, inventar, fazer juízo, imaginar, contar
    1. (Qal)
      1. pensar, considerar
      2. planejar, imaginar, significar
      3. acusar, imputar, considerar
      4. estimar, valorizar, considerar
      5. inventar
    2. (Nifal)
      1. ser considerado, ser pensado, ser estimado
      2. ser computado, ser reconhecido
      3. ser imputado
    3. (Piel)
      1. refletir, considerar, estar consciente de
      2. pensar em fazer, imaginar, planejar
      3. contar, considerar
    4. (Hitpael) ser considerado

יְהֹוָה


(H3068)
Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

03068 יהוה Y ehovaĥ

procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

  1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
    1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

כָּלָה


(H3617)
kâlâh (kaw-law')

03617 כלה kalah

procedente de 3615; DITAT - 982a; n f

  1. conclusão, término, fim total, destruição completa, consumação, aniquilação
    1. conclusão
      1. completamente, totalmente (adv)
    2. destruição completa, consumação, aniquilação

לֹא


(H3808)
lôʼ (lo)

03808 לא lo’

ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

  1. não
    1. não (com verbo - proibição absoluta)
    2. não (com modificador - negação)
    3. nada (substantivo)
    4. sem (com particípio)
    5. antes (de tempo)

מָה


(H4100)
mâh (maw)

04100 מה mah ou מה mah ou ם ma ou ם ma também מה meh

uma partícula primitiva, grego 2982 λαμα; DITAT - 1149 pron interr

  1. o que, como, de que tipo
    1. (interrogativa)
      1. o que?
      2. de que tipo
      3. que? (retórico)
      4. qualquer um, tudo que, que
    2. (advérbio)
      1. como, como assim
      2. por que
      3. como! (exclamação)
    3. (com prep)
      1. em que?, pelo que?, com que?, de que maneira?
      2. por causa de que?
      3. semelhante a que?
        1. quanto?, quantos?, com qual freqüência?
        2. por quanto tempo?
      4. por qual razão?, por que?, para qual propósito?
      5. até quando?, quanto tempo?, sobre que?, por que? pron indef
  2. nada, o que, aquilo que

אֵל


(H413)
ʼêl (ale)

0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

partícula primitiva; DITAT - 91; prep

  1. para, em direção a, para a (de movimento)
  2. para dentro de (já atravessando o limite)
    1. no meio de
  3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
  4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
  5. em adição a, a
  6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
  7. de acordo com (regra ou padrão)
  8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
  9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

עָשָׂה


(H6213)
ʻâsâh (aw-saw')

06213 עשה ̀asah

uma raiz primitiva; DITAT - 1708,1709; v.

  1. fazer, manufaturar, realizar, fabricar
    1. (Qal)
      1. fazer, trabalhar, fabricar, produzir
        1. fazer
        2. trabalhar
        3. lidar (com)
        4. agir, executar, efetuar
      2. fazer
        1. fazer
        2. produzir
        3. preparar
        4. fazer (uma oferta)
        5. atender a, pôr em ordem
        6. observar, celebrar
        7. adquirir (propriedade)
        8. determinar, ordenar, instituir
        9. efetuar
        10. usar
        11. gastar, passar
    2. (Nifal)
      1. ser feito
      2. ser fabricado
      3. ser produzido
      4. ser oferecido
      5. ser observado
      6. ser usado
    3. (Pual) ser feito
  2. (Piel) pressionar, espremer

פַּעַם


(H6471)
paʻam (pah'-am)

06471 פעם pa am̀ ou (fem.) פעמה pa amah̀

procedente de 6470; DITAT - 1793a; n. f.

  1. golpe, batida, pé, pegada, bigorna, ocorrência
    1. pé, ruído de pata, ruído de passo, pisada
    2. bigorna
    3. occorrência, vez, golpe, batida
      1. uma vez, duas vezes, três vezes, de tempo em tempo, desta vez, duma vez, agora desta vez, agora ... agora, uma vez ... outra vez

צָרָה


(H6869)
tsârâh (tsaw-raw')

06869 צרה tsarah

procedente de 6862; DITAT - 1973c,1974b; n. f.

  1. dificuldades, aflição, problema
  2. importunador, esposa rival

קוּם


(H6965)
qûwm (koom)

06965 קום quwm

uma raiz primitiva; DITAT - 1999; v.

  1. levantar, erguer, permanecer de pé, ficar de pé, pôr-se de pé
    1. (Qal)
      1. levantar
      2. levantar-se (no sentido hostil)
      3. levantar-se, tornar-se poderoso
      4. levantar, entrar em cena
      5. estar de pé
        1. manter-se
        2. ser estabelecido, ser confirmado
        3. permanecer, resistir
        4. estar fixo
        5. ser válido (diz-se de um voto)
        6. ser provado
        7. está cumprido
        8. persistir
        9. estar parado, estar fixo
    2. (Piel)
      1. cumprir
      2. confirmar, ratificar, estabelecer, impor
    3. (Polel) erguer
    4. (Hitpael) levantar-se, erguer-se
    5. (Hifil)
      1. levar a levantar, erguer
      2. levantar, erigir, edificar, construir
      3. levantar, trazer à cena
      4. despertar, provocar, instigar, investigar
      5. levantar, constituir
      6. fazer ficar em pé, pôr, colocar, estabelecer
      7. tornar obrigatório
      8. realizar, levar a efeito
    6. (Hofal) ser levantado