Enciclopédia de Zacarias 9:4-4

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

zc 9: 4

Versão Versículo
ARA Eis que o Senhor a despojará e precipitará no mar a sua força; e ela será consumida pelo fogo.
ARC Eis que o Senhor a despojará, e ferirá no mar a sua força, e ela será consumida pelo fogo.
TB Eis que o Senhor a desapossará e ferirá o seu poder no mar, e ela será devorada pelo fogo.
HSB הִנֵּ֤ה אֲדֹנָי֙ יֽוֹרִשֶׁ֔נָּה וְהִכָּ֥ה בַיָּ֖ם חֵילָ֑הּ וְהִ֖יא בָּאֵ֥שׁ תֵּאָכֵֽל׃
LTT Eis que o Senhor a lançará fora das possessões dela e ferirá a força que ela tinha no meio do mar, e ela será consumida pelo fogo ①.
BJ2 Eis que o Senhor se apoderará dela, precipitará no mar a sua força, e ela será devorada pelo fogo.
VULG Ecce Dominus possidebit eam : et percutiet in mari fortitudinem ejus, et hæc igni devorabitur.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Zacarias 9:4

Provérbios 10:2 Os tesouros da impiedade de nada aproveitam; mas a justiça livra da morte.
Provérbios 11:4 Não aproveitam as riquezas no dia da ira, mas a justiça livra da morte.
Isaías 23:1 Peso de Tiro. Uivai, navios de Társis, porque está assolada, a ponto de não haver nela casa nenhuma, e de ninguém mais entrar nela; desde a terra de Quitim lhes foi isto revelado.
Ezequiel 26:3 portanto, assim diz o Senhor Jeová: Eis que eu estou contra ti, ó Tiro, e farei subir contra ti muitas nações, como se o mar fizesse subir as suas ondas.
Ezequiel 26:17 E levantarão uma lamentação sobre ti e te dirão: Como pereceste, ó bem-povoada e afamada cidade, que foste forte no mar; tu e os teus moradores, que atemorizaram a todos os teus visitantes!
Ezequiel 27:26 Os teus remeiros te conduziram sobre grandes águas; o vento oriental te quebrantou no meio dos mares.
Ezequiel 28:2 Filho do homem, dize ao príncipe de Tiro: Assim diz o Senhor Jeová: Visto como se eleva o teu coração, e dizes: Eu sou Deus e sobre a cadeira de Deus me assento no meio dos mares (sendo tu homem e não Deus); e estimas o teu coração como se fora o coração de Deus,
Ezequiel 28:8 À cova te farão descer, e morrerás da morte dos traspassados no meio dos mares.
Ezequiel 28:16 Na multiplicação do teu comércio, se encheu o teu interior de violência, e pecaste; pelo que te lançarei, profanado, fora do monte de Deus e te farei perecer, ó querubim protetor, entre pedras afogueadas.
Ezequiel 28:18 Pela multidão das tuas iniquidades, pela injustiça do teu comércio, profanaste os teus santuários; eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo, que te consumiu a ti, e te tornei em cinza sobre a terra, aos olhos de todos os que te veem.
Joel 3:8 E venderei vossos filhos e vossas filhas pela mão dos filhos de Judá, que os venderão aos de Seba, a uma nação remota, porque o Senhor o disse.
Amós 1:10 Por isso, porei fogo ao muro de Tiro, e ele consumirá os seus palácios.

Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 ①

Alexandre usou as ruínas da antiga Tirus para construir um aterro até a Tirus nova, que estava em uma ilha, a destruiu, e levou em exílio os sobreviventes dela.


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Zacarias Capítulo 9 do versículo 1 até o 17
SEÇÃO II

ORÁCULOS DEPOIS DA CONSTRUÇÃO DO TEMPLO

Zacarias 9:1-14.21

Ao iniciarmos a segunda seção da profecia de Zacarias percebemos imediata-mente que estamos em outra situação histórica e profética. Abruptamente e sem avi-so, cessam as promessas preciosas de um futuro glorioso para Sião e lemos anúncios tristes e desastrosos para nações e cidades que aparecem pela primeira vez na narra-tiva deste profeta. Há mudança significativa na fraseologia. A fórmula introdutória já não é "a palavra do SENHOR", mas o peso da palavra do SENHOR. Esta ex-pressão ritual é anteposta a dois grupos de profecias compostos de três capítulos cada (Zc 9:1-12.1).

Zacarias está agora bem avançado em idade, e estes pesos exercem grande pressão em seu espírito. Mas à medida que são anunciados, despontam as glórias do Messias e do seu reinado universal. As visões da primeira seção estavam relacionadas primariamente com acontecimentos contemporâneos, sobretudo a reconstrução do Templo; a segunda seção é primariamente futurista. Mostra o caminho para a vinda de Cristo e descreve assuntos em Israel e no mundo quando o reino de Cristo estiver instaurado e a "santida-de ao SENHOR" for o lema da terra inteira.

A. O PESO DE HADRAQUE, Zc 9:1-11.17

Este é o primeiro de dois "pesos" que compõem o teor da segunda seção de Zacarias. A palavra hebraica significa "oráculo" como também peso (1). É provavelmente deriva-da de um radical que tem o sentido de "levantar", ou seja, levantar a voz, sobretudo quando o anúncio é de caráter ameaçador ou "difícil de carregar ou transmitir". 1

1. Os Preparativos para o Messias (Zc 9:1-8)

Os problemas iniciais que o resto que voltara do exílio enfrentou com a reconstrução da cidade e do Templo agora estão quase todos resolvidos. Contudo, Jerusalém se encon-tra cercada e pressionada, ao norte, pela Síria e Tiro, e ao sul, por Asquelom, Gaza e Ecrom (ver mapa 2). É para animar os judeus que Zacarias prediz a proximidade de uma invasão na qual estes vizinhos fortes e hostis serão destruídos. Esta é uma paráfrase do versículo 1: "Esta mensagem fala sobre a maldição que Deus lançou contra as terras de Hadraque e Damasco porque o Senhor vigia de perto todos os homens, do mesmo modo que observa Israel" (BV). O oráculo declara que as cidades da Síria estavam sob o juízo de Deus, e destaca especialmente três cidades: Hadraque, Damasco (1) e Hamate (2), que ficava 160 quilômetros ao norte de Damasco; e Hadraque situava-se provavelmen-te na mesma região, embora seu local exato não seja conhecido. A segunda parte do versículo 1 não está clara. Talvez signifique que os olhos do homem (ou quem sabe seja melhor de "Arã" ou "Síria", NTLH) e de todas as tribos de Israel se voltarão para o SENHOR em reverente contemplação de seus julgamentos justos.

As próximas a cair seriam Tiro e Sidom, as principais cidades da Fenícia, apesar do fato de, em certo sentido mundano, serem muito sábias (2). O profeta declara que, embora Tiro edificou para si fortalezas e amontoou prata como o pó e ouro fino como a lama das ruas... o Senhor a despojará e ferirá no mar a sua força, e ela será consumida pelo fogo (3,4). A cidade de Tiro estava situada em uma ilha distante uns 800 metros do continente e totalmente cercada por muros maciços. Mas ainda que se considerasse inconquistável, as calamidades preditas por Zacarias verdadeiramente se abateram sobre ela. Alexandre, o Grande, construiu um dique artificial do continente à ilha e, depois de um assédio de sete meses, destruiu completamente a cidade orgulhosa e matou milhares de seus habitantes.

A Filístia ficava ao sul de Tiro, e a queda desta naturalmente amedrontaria as cida-des menos fortalecidas que ficavam no caminho de Alexandre. Asquelom o verá e te-merá, também Gaza e terá grande dor; igualmente Ecrom, porque a sua espe-rança (que Tiro pudesse socorrer) será iludida (5). O rei de Gaza morreria e Asquelom ficaria despovoada. Um povo mestiço (em vez de bastardo, 6; cf. NTLH) moraria em Asdode, e a soberba dos filisteus seria totalmente esmagada. O profeta prediz que, depois de abandonar a prática pagã de comer sangue, o resto da Filístia ficaria para o nosso Deus (7). Isto significa que os filisteus se converteriam à fé de Israel. Será como príncipe em Judá significa "que os filisteus [...] assumirão seu lugar, governo e povo como uma das divisões da nação judaica".2 Ecrom será como um jebuseu significa que esta cidade filistéia se tornaria como Jebus (Jerusalém). Josefo declara que ocorreu mes-mo essa incorporação de filisteus aos judeus. O versículo 8 é uma promessa de proteção para Judá, enquanto seus vizinhos estiverem nas garras do invasor: E me acamparei ao redor da minha casa, contra o exército, para que ninguém passe e... volte.

O profeta prevê a carreira promissora de Alexandre, o Grande (336-323 a.C.). Não é por acaso que esta passagem precede a predição do rei messiânico. Na opinião de Zacarias, o grande guerreiro preparava o caminho para Cristo. "Nesta previsão, o pro-feta leu o futuro com mais nitidez do que poderia ter percebido naqueles dias", observa acertadamente J. E. McFadyen, "pois, pela expansão do idioma grego que adveio de suas conquistas, Alexandre nem sonhava que preparava o caminho para a Da [Septuagintal e o Novo Testamento, nos quais a história de nosso Deus foi contada para todo o mundo. De certo modo jamais suposto por ele ou por Zacarias, Alexandre foi um dos preparadores do caminho para a vinda do Senhor".3 Esta interpretação da predição de Zacarias está em perfeita harmonia com o parecer de Pedro sobre a profe-cia do Antigo Testamento (ver 1 Pe 1.10,11).

2. A Apresentação do Messias (Zc 9:9-12)

Por estar o caminho pronto para o advento, agora vem o rei messiânico (9). Os intér-pretes tanto cristãos como judeus, tanto liberais como conservadores, vêem aqui indubitável predição messiânica. Dentan comenta: "O profeta encara o exército de Ale-xandre somente como uma ferramenta na mão de Deus. Cavalgam invisivelmente com ele o Deus de Israel e o há muito esperado Príncipe da paz, que está a ponto de entrar em Jerusalém e restabelecer [...] as glórias espirituais do antigo reino de Davi".4 Collins afirma: "A referência a Cristo é direta e imediata". 5 O intérprete judeu Eli Cashdan cita Rashi com o mesmo sentido: "Esta só pode ser referência ao rei Messias de quem é dito: E o seu domínio se estenderá de um mar a outro mar, visto que não encontramos outro rei com domínio tão vasto durante os dias do segundo Templo".6 E com exatidão, T. T. Perowne analisa: "Não há acontecimento na história judaica que corresponda sequer tipicamente com esta predição". Quando Jesus de Nazaré entrou em Jerusalém no domingo que antecedeu sua morte, cumpria conscientemente esta grande profecia e apresentava-se para a cidade como o rei messiânico há tanto tempo esperado.

Zacarias anuncia que a entrada do rei será ocasião de grande alegria em Jerusalém. Ver Lucas 19:37-40 para comprovar o cumprimento desta predição.

O profeta descreve o caráter do Messias: Ele é justo e Salvador (9; "ele vem triun-fante e vitorioso", NVI). Em hebraico, Salvador é um particípio passivo e deveria ser traduzido, literalmente, por "sendo salvo" (no sentido de ser divinamente defendido). Ao ressuscitar Jesus, Deus ratificou as declarações messiânicas de nosso Senhor e o defendeu diante de seus algozes. No dia do Pentecostes, Pedro declarou: "A esse Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo" (Atos 2:36). Este também é o sentido da afirmação de Paulo de que Jesus foi "declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espí-rito de santificação, pela ressurreição dos mortos" (Rm 1:4; grifos meus). Quando entrou em Jerusalém montado em um jumentinho, Jesus não apenas se proclamou o Messias registrado por Zacarias; também se entregou aos inimigos e a Deus — na certeza de que com sua morte iminente o Pai o defenderia, ao ressuscitá-lo dos mortos (cf. Mac 10:32-34). Portanto, sua entrada era "triunfante e vitoriosa", como o profeta predissera.

Pobre e montado sobre um jumento (9), pois é o prometido Príncipe da paz. Zacarias anuncia que o Messias não será um conquistador montado em um cavalo de guerra, mas será um rei humilde que cavalga em um despretensioso animal de carga, usado para fins pacíficos. "Até hoje no Oriente os jumentos são usados, conforme des-crição no cântico de Débora, por altos funcionários, mas somente quando estão em missão civil e não em incumbência militar".9 Seu reinado se assemelhará ao seu caráter: E destruirei os carros de Efraim e os cavalos de Jerusalém, e o arco de guerra será destruído; e ele anunciará paz às nações; e o seu domínio se estenderá de um mar a outro mar e desde o rio até às extremidades da terra (10). O Príncipe da paz acabará com todo tipo de equipamento militar quando seu reino estiver completamente estabelecido (cf. Is 2:4). Efraim (Israel) e Jerusalém desfrutarão a prometi-da bênção de paz na era messiânica. Os mares mencionados por Zacarias são indubitavelmente o Mediterrâneo e o Morto, ao passo que o rio se refere ao Eufrates. A linguagem significa que o reino messiânico se estenderá até às fronteiras extremas da terra. Compare a profecia de Isaías acerca de Cristo: "Porque toda bota com que anda o guerreiro no tumulto da batalha e toda veste revolvida em sangue serão queimadas como lenha no fogo. Porque um Menino nos nasceu, um Filho nos foi dado, e o governo estará sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso, Conselheiro, Deus Pode-roso, Pai Eterno, Príncipe da Paz. Não haverá fim ao aumento do [seu] governo ou à paz no trono de Davi e no seu reino, que está firmemente estabelecido e firmado na justiça e na retidão desde agora e para sempre. O zelo do Senhor dos exércitos fará isso" (Is 9:5-7, VBB).

Ao falar para a filha de Sião, Zacarias compara seu estado cativo com os presos em uma cova em que não água (11). Tais cativos encaram a morte inevitável e horrível. Esse seria o destino de Israel, se não fosse por causa do sangue do teu concerto (cf. Êx 24:5-7). Devido a este concerto, os israelitas são chamados presos de esperança e exortados a voltar à fortaleza (12).

3. O Programa do Messias (Zc 9:13-10.
12)

a) A prometida vitória de Sião sobre a Grécia (9:13-17). "Este oráculo está singular-mente fora de compasso com o espírito do último, que anunciou a chegada da paz messiânica", admite George Adam Smith. Mas cita a observação de Stade sobre os capí-tulos 9:14: É freqüente "um resultado ser primeiramente declarado para depois o orá-culo descrever o processo pelo qual foi alcançado". 1° Ao estudarmos estes capítulos, deve-mos manter em mente esta informação.

A maioria dos comentaristas concorda que o versículo 13 inicia um novo tópico, como destaca Smith. Nos versículos 13:17, Deus faz uma promessa de vitória e liberdade para Judá. A bênção, não deixemos de notar, tem de ser de Deus. O Senhor meramente usa seu povo como armas: Judá como arco, Efraim como flechas e Sião como espada (13). O ataque de Sião tem de ser contra a Grécia. Nos dias de Zacarias, os gregos já chamavam a atenção do Oriente Próximo. Os judeus que voltaram do cativeiro já teriam ouvido falar do incêndio de Sardes (em 499 a.C.) e da batalha de Maratona (em 490 a.C.). Mais recentemente, as vitórias dos gregos sobre Xerxes em Salamina, Platéia e Micale (em 480-479 a.C.) chamaram a atenção de Neemias e seus contemporâneos. A palavra Grécia (hb. Javan) deve ser entendida em seu significado mais amplo, aplicável a todos os helenistas na região mediterrânea.

"Na ótica dos comentaristas judeus, o versículo prediz as guerras empreendidas com sucesso pelos heróis macabeus contra os regentes gregos da Síria. Rashi faz a seguinte paráfrase: 'No fim, os gregos tomarão o reino das mãos dos reis da Pérsia; eles vos mal-tratarão, mas curvarei Judá para mim como um arco de guerra, e os judeus farão guerra contra Antíoco nos dias dos asmonianos". 11

Os versículos 14:15 destacam a verdade de que é Deus quem dará vitória ao seu povo. O versículo 14 significa, provavelmente, que usará os poderes da Natureza para cumprir seus propósitos. No versículo 15, o profeta descreve a perfeição da vitória: "Defenderá o seu povo e eles dominarão seus inimigos, pisando-os com os pés. Sentirão o gosto da vitória e gritarão em triunfo. Vão arrasar os seus inimigos e deixarão atrás de si um terrível massacre" (BV). O versículo 16 apresenta a preciosidade do povo de Deus: Eles são seu rebanho e pedras ("jóias", NVI) de uma coroa. No versículo 17, Zacarias tem um vislumbre da terra restabelecida de Judá: "Como será bom e belo esse país!" (NTLH).


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Zacarias Capítulo 9 do versículo 1 até o 15
*

9.1—11.17

O profeta volve agora a sua atenção para o futuro do reino de Deus, desenvolvendo o seu tema mediante dois longos oráculos (caps. 9—11 e 12—14). A primeira profecia da última metade do livro enfoca a vinda de Deus, o Rei, a fim de julgar os incrédulos. Os versículos de abertura (9.1-8) retratam Deus como um guerreiro vingador que virá tomar posse de sua terra, com a destruição de todos os inimigos pagãos que atravessam seu caminho (conforme Is 9:6, nota). Ele virá do norte para Jerusalém (conforme 9:14-17, onde Deus é retratado como quem viria do sul para Jerusalém), acontecimento esse que leva à proclamação de 9.9. Alguns interpretam esse quadro profetizado como uma invasão, vinda do norte, descrevendo a conquista da Palestina, em 333 a.C., por parte de Alexandre, o Grande. Essa pode ser uma interpretação correta, mas seu significado maior diz respeito ao próprio Deus, que voltará à terra a fim de vingar o seu povo. Ver Introdução: Características e Temas.

* 9:1

sentença pronunciada pelo Senhor. Essa frase exata é usada por três vezes no Antigo Testamento (aqui e em Zc 12:1 e Ml 1:1). "Sentença" significa que o profeta estava sob forte compulsão para entregar a mensagem de Deus.

terra de Hadraque. Conhecida como Hatarica, nas inscrições cuneiformes assírias, essa é a cidade mais ao norte citada nos vs. 1-8. A descrição aqui é bastante geral, e não devemos buscar um cumprimento específico.

Damasco. A capital da Síria, o país vizinho de Israel, ao norte.

O SENHOR põe os olhos sobre os homens. Todos os povos estão sob o escrutínio dos olhos do Senhor sob eles fixados; por semelhante modo, os povos olharão para o Rei Todo-poderoso quando ele se aproximar com a sua justiça, a fim de julgar a humanidade.

*

9:2

Hamate. Uma cidade localizada no rio Orontes, ao norte de Damasco.

Tiro e Sidom. Cidades fenícias do litoral do mar Mediterrâneo. Eram centros comerciais por todo o período bíblico. A descrição delas como centros "cuja sabedoria é grande" pode relacionar-se à esperteza nos negócios. O julgamento divino dessas duas cidades é um tema profético comum (Jr 47:1-7; Ez 28:11-23).

*

9:5

Ascalom... Gaza... Ecrom. Essas fortes cidades da Filístia não serão capazes de resistir ao poder do guerreiro que se aproximará, sendo este o próprio Deus. Essas cidades foram destinadas para o castigo por diversas vezes no Antigo Tstamento (Is 14:28-32; Ez 25:15-17; Am 1:6-8).

*

9:9-10

Esta importante profecia do Antigo Testamento recebe cumprimento tanto na entrada triunfal de Jesus, em Jerusalém (Mt 21:1-11; Jo 12:12-16) como durante o seu reinado messiânico (v. 10, nota).

*

9:9

ó filha de Sião. Um título comumente usado para falar da santa cidade de Deus, Jerusalém, e seus habitantes (Is 1:8, nota; 62.11 e Sf 3:14).

o teu Rei. A descendência real de Davi, prometida reiteradamente (2Sm 7:12-14; Sl 132:11; Is 9:7; 11.1-5; Jr 23:5,6; 33.15-22; Ez 34:23,24;37:24,25).

em jumento. Um sinal da humildade de Cristo. Ver a nota em Mt 21:1-11.

*

9.10

os carros... os cavalos. Implementos de guerra seriam abolidos duante o reinado pacífico do Rei justo (Is 2:1-4; 11.6-9). O Antigo Testamento com freqüência prediz a paz universal nos tempos do Rei-Messias (Is 57:19; Mq 4:1-5; conforme Ef 2:12-18).

domínio... de mar a mar. O governo universal e soberano de Deus é fundamental na religião do Antigo Testamento (Sl 72:8; 96.3-5; Dn 2:44-47; 7:13,14,27). Cristo é aquele que trará o dominínio universal do Pai à terra (Mt 12:28; Fp 2:9-11; Ap 19:11-16).

* 9:11

sangue da tua aliança. Uma referência à provisão da aliança divina para expiar o pecado (Êx 24:8; Mt 26:28).

*

9:13

ó Grécia. Literalmente, diz aqui o original hebraico, "ó Javã" (Gn 10:2). Essa referência não se refere necesariamente às guerras dos Macabeus (segundo século a.C.), que ocorreram durante o período intertestamentário, e nem indica que o autor sagrado tenha vivido durante aquele período. A Grécia pode ser usada como símbolo das nações pagãs que guerreavam contra o povo de Deus.

*

9:14

redemoinhos do sul. O Deus de Israel é agora retratado como quem vinha da região sul do deserto, montado nas nuvens da tempestade (2Sm 22:8-16; Sl 29). Visto que o monte Sinai foi o lugar onde ele apareceu quando tirou o seu povo do Egito, o Antigo Testamento, algumas vezes, retrata Deus como vindo daquela região.

* 9:15

encher-se-ão... ficarão ensopados. O povo de Deus estaria exultando de santa alegria, por causa da vitória e da presença de Deus (At 2:13-21; Ef 5:18).

*

9:16

rebanho... pedras de uma coroa. O povo de Deus repousa em segurança, sob os cuidados divinos (13.7; Ez 34:11-24; 37:24), e se tornará glorioso como um resultado da presença do Senhor (2Co 3:18).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Zacarias Capítulo 9 do versículo 1 até o 17
9.5-7 Zacarías menciona quatro cidades chave em Filistéia: destruiriam ao Ascalón, Gaza e Ecrón e ao Asdod tomariam estrangeiros. Isto se devia a sua grande maldade e idolatria. Mas os que permanecessem na terra, Israel os adotaria, como aconteceu aos jebuseos. (Quando Davi conquistou a Jerusalém, não destruiu aos jebuseos, mas sim os absorveu dentro do Judá.)

9:8 Alguns séculos depois dos dias do Zacarías, Antíoco IV Epífanes invadiria o Israel; e em 70 D.C., Tito, um general romano, destruiria por completo o templo. Esta promessa, portanto, pôde ter sido condicional de acordo com a obediência do povo. Entretanto, viria um dia quando o povo de Deus nunca mais teria que preocupar-se com inimigos invasores (Jl 3:17).

9:9 A entrada triunfal do Jesus cavalgando em Jerusalém (Mt 21:1-11) prediz-se aqui, quinhentos anos antes de que ocorresse. Assim como se cumpriu esta profecia quando Jesus veio à terra, sem dúvida se cumprirão as profecias de sua Segunda Vinda. Temos que estar preparados para sua volta porque O vem.

9:10 Efraín é outro nome do reino do norte ou Israel. Quando vemos duas montanhas distantes, parecem estar muito perto, possivelmente até pareçam tocar-se entre si. Mas à medida que nos aproximamos, vemos que em realidade estão muito longe, inclusive até separadas por um grande vale. Esta é a situação de muitas das profecias do Antigo Testamento. O versículo 9 se cumpre claramente na primeira vinda de Cristo, mas o versículo 10 agora pode ver-se que faz referência a sua Segunda Vinda. Nesse tempo todas as nações se sujeitarão a Cristo. Seu reino abrangerá toda a terra. Em Fp 2:9-10 nos diz que tudo joelho se dobrará ante Cristo e toda língua confessará que O é o Senhor.

9:11 Os pactos nos tempos do Antigo Testamento se selavam ou confirmavam com sangue, da mesma forma que assinaríamos um contrato. O antigo pacto se selava com o sangue dos sacrifícios, assinalando ao futuro quando o sangue de Cristo se derramaria no Calvário como "sua assinatura" para confirmar o novo pacto de Deus com seu povo. Porque O estabeleceu este pactuo com eles, liberou-os da "cisterna em que não há água": o cativeiro.

9.14-17 Depois do reinado do Salomão, o reino se dividiu no reino do norte (chamado o Israel ou Efraín) e o reino do sul (chamado Judá). Esta profecia diz que todo o Israel, norte e sul, algum dia se reunirá. A primeira parte deste capítulo nos diz como Deus ajudará a seu povo a evitar a guerra; agora Deus explica que ajudará a seu povo quando a guerra seja inevitável. Os versículos 14 aos 17 explicam como os judeus venceriam aos gregos. Entretanto, também é uma figura que ilustra a futura vitória final sobre o mal do povo de Deus.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Zacarias Capítulo 9 do versículo 1 até o 17
CLUSTERING D. ORACLES SOBRE MESSIAS DO PRIMEIRO ADVENTO (9: 1-11: 17)

Os oito primeiros capítulos da profecia de Zacarias foram escritos quando o profeta era um homem jovem, e no espaço de cerca de dois anos (520-518 AC ). Eles não só formar um pouco mais do que metade do espaço do livro, mas são, de as duas porções, de longe a mais importante. No entanto, os últimos seis capítulos não são de forma a serem contados como sem importância.

Os últimos seis capítulos foram escritos muito mais tarde, provavelmente quando o profeta estava bem ao longo dos últimos anos. Eles são profecias, como tal, não a descrição de visões, como a maioria dos oito primeiros capítulos são.

Porque estes últimos seis capítulos são tão diferentes no tom, muitos estudiosos têm sugerido que eles não foram escritos pelo próprio Zacarias. Mas, como é mostrado no início da "Introdução", existem bases estilísticas e outros para a compreensão de que o mesmo homem, inspirada pelo Espírito, escreveu todos os capítulos.

1. Jerusalém será salvo de Alexander (9: 1-8)

1 O peso da palavra do Senhor sobre a terra do Hadraque, e Damasco será o seu lugar de descanso (para o olho do homem e de todas as tribos de Israel é para com Jeová); 2 e Hamate, também, que confina com o assunto; Tiro e Sidon, porque eles são muito sábio. 3 E Tiro edificou para si fortalezas, e amontoou prata como o pó, e ouro como a lama das ruas. 4 Eis que o Senhor a despojará, e ferirá o seu poder no mar; e ela será consumida pelo fogo. 5 Ashkelon verá isso, e de medo; Gaza também, e terá grande dor; e Ekron, porque a sua esperança será posta à vergonha; eo rei de Gaza perecerá, e Asquelom não será habitada. 6 E um bastardo habitará em Asdode, e exterminarei a soberba dos filisteus. 7 E eu vou tirar-lhe sangue para fora de sua boca, e sua abominações dentre os seus dentes; e ele também ficará como um resto para o nosso Deus; e ele será como chefe em Judá, e Ecrom como um jebuseu.

8 E eu acamparei sobre a minha casa contra o exército, para que ninguém passe, nem volte; e não opressor passará mais por eles, porque agora vi com os meus olhos.

Nesta passagem, o profeta vê que muitos estados e cidades-estado vai cair antes que algum exército sem nome, mas que Jerusalém será poupado. Como se lê Josephus e outros historiadores, é claro que Alexandre, o Grande e seu exército cumpriu essa profecia. Alexander derrotou os persas em 333 AC , na Batalha de Isso, na Ásia Menor. Desde a vitória, Alexandre mudou para o sul e derrubou, local por local, os estados e cidades-estados que vieram sob o domínio da Pérsia, e alguns, como Tiro, que nunca tinha sido subjugados por Persia. Tudo isso Zacarias prediz.

Só aqui, em todo o Antigo Testamento, é o país da Hadraque (v. Zc 9:1) mencionado. Ela costumava ser pensado como, talvez, um lugar mítico, mas estudos recentes identifica com Hatarika, mencionado nos anais dos reis assírios e localizado perto de Damasco.

Alexandre, o Grande fez esta conquista dos povos; mas como o Senhor estava atrás de vitória os pagãos de Nabucodonosor sobre Judá, assim Jeová figurou em vitórias de Alexandre. Assim, em vez de todo mundo olhando com consternação com este exército e sua geral, o olho do homem (humanidade, v. Zc 9:2) olhou para com Jeová.

Tyre está no caminho da avalanche deste exército. Tiro, um orgulhoso e pomposo, esperto nos negócios, o New York do mundo (ver Ezequiel 28. ), que nunca havia sido vencido por qualquer exército! Salmaneser da Assíria tinha sitiado esta cidade por cinco anos, sem sucesso; e Nabucodonosor, Pv 13:1)

9 Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém: eis que o teu rei vem a ti; ele é justo e traz a salvação; ele é humilde e vem montado sobre um jumento, sobre um jumentinho, filho de jumenta. 10 E eu vou cortar a carros de Efraim e os cavalos de Jerusalém; eo arco de guerra será extirpada; e ele anunciará paz às nações; eo seu domínio se estenderá de mar a mar, e desde o rio até os confins da terra.

11 Quanto a ti, por causa do sangue do teu pacto, libertei os teus presos da cova em que não havia água. 12 Voltai à fortaleza, ó presos de esperança; ainda hoje vos anuncio que pagarei o dobro a ti. 13 Pois curvei Judá para mim, enchi com Efraim o arco;e eu vai agitar a teus filhos, ó Sião, contra os teus filhos, ó Grécia, e farei de ti como a espada de um valente. 14 E o Senhor será visto sobre eles; e as suas flechas sairão como o relâmpago; e o Senhor Deus fará soar a trombeta, e irá com redemoinhos do sul.15 O Senhor dos exércitos os protegerá; e eles devorarão, e pisarão os fundibulários; e beberão, e fazer um barulho como pelo vinho; e eles serão fartos como bacias, como os cantos do altar. 16 E o Senhor seu Deus vai salvá-los naquele dia como o rebanho do seu povo; para eles serão como as pedras de uma coroa, elevadas sobre a terra dele. 17 Pois quão grande é a sua bondade, e quão grande é a sua formosura! grão deve fazer os jovens florescer, e vinho novo as virgens.

Em contraste com Alexandre, o Grande, Zacarias vê que outro tipo de rei que um dia vai aparecer no palco da história humana. Jerusalém é a exultam (v. Zc 9:9 ), para o seu próprio rei [teu rei], um dia, vir a ela.

Ele será apenas (justos), em contraste com o rei grego. Ele será humilde, e montado sobre um jumento, que também será um contraste com o homem da Macedônia.

Bem conhecido é o cumprimento desta profecia, quando Cristo entrou em Jerusalém no que chamamos de Domingo de Ramos-a Entrada Triunfal (ver Mt 21:4 ; Jo 12:14 , Jo 12:15 ; conforme . Is 62:11 ).

O restante deste capítulo (vv. Zc 9:11-17) simplesmente diz de maneiras em que Jeová vai ajudar seus prisioneiros de esperança (v. Zc 9:12 ). Interessante é o fato de que a Grécia (v. Zc 9:13) é mencionado ao contrário de Sião, uma vez que, na primeira parte do capítulo, Alexander, o grego, não tinha realmente sido mencionado pelo nome, embora suas façanhas foram evidentemente profetizou.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Zacarias Capítulo 9 do versículo 1 até o 17
9.1 Hadraque. O nome da cidade ou distrito perto de Damasco, ao sul de Hamate.

9.2 Tiro e Sidom, cidades da Fenícia, eram as duas mais velhas e ricas cidades do mundo. A maior parte de suas riquezas foi obtida através do comércio marítimo.

9.3,4 Tiro parecia impossível ser vencida, por causa da sua riqueza e poder, mas Deus prediz a sua ruína e isto foi exatamente o que aconteceu na invasão da Palestina por Alexandre o Grande (333 a.C.).
9.5,6 Estes versos descrevem a conquista e marcha de Alexandre, ao longo da praia, e retrata o terror que as cidades filistéias sentiram quando ouviram que mesmo a grande Tiro tinha sido destruída.
9.8 No meio de todo esse perigo, a Israel é prometida a proteção divina Alexandre protegeu a Jerusalém em 332 a.C., cumprindo cabalmente esta predição.

9.9 A entrada triunfal de Cristo é claramente prescrita aqui. Foi cumprida exatamente, quando ele entrou triunfalmente em Jerusalém (Mt 21:5 e paralelos). • N. Hom. Infinita Majestade e Humildade Encarnadas. Em Cristo, o Messias coroado por Deus e o Seu povo, encontramos:
1) Justiça sem egoísmo;
2) Salvação sem mesquinhez;
3) Humildade sem desdém; tudo isto na pessoa do Emanuel, "Deus conosco” (conforme Is 9:6, Is 9:7), e, portanto, acessível a toda e qualquer classe, raça, cor, posição e necessidade dos homens.

9.10 O Messias, quando reinar na Terra, falará não somente da paz, mas trará com Ele a paz, a qual se estenderá de mar a mar, Na primeira vinda trouxe paz com Deus pelo Seu sangue vertido (13.1; Ap 1:5, Ap 1:6). Na segunda vinda trará a paz ao mundo no Seu reino, justo e poderosa (Mq 4:3, Mq 4:4).

9.11 Sangue do tua aliança (conforme Êx 24:34). Em vez de uma morte horrível, como qualquer cativo numa cova sem água, Deus, por causa de Seu pacto, os torna presos de esperança (12).

9.13 Deus aparece aqui como guerreiro, tomando Judá para seu arco e Efraim como flecha, curvando a arma contra os inimigos de Sião. Provavelmente este trecho fala das vitórias dos judeus macabeus (170-140 a.C.) sobre os selêucidas, herdeiros dos poderes de Alexandre.
9.14 Do Sul. A mais violenta tempestade freqüentemente vem do deserto (conforme Is 21:1).

9.15 Encher-se-ão com o sangue dos seus inimigos.

9.16 O povo de Deus é descrito por duas figuras neste verso, que demonstram a Sua relação com Eles: rebanho; pedras de uma coroa. Lembram-nos de passagens como Jo 10:0 e Ap 20:6; Ap 22:5.

9.17 Proteção e provisão divina para Seu povo, devemos concordar com estas palavras (conforme Jr 31:12-24).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Zacarias Capítulo 9 do versículo 1 até o 17
Segunda seção: Profecias messiânicas (9.114.21)

I. A RESTAURAÇÃO DE JUDÁ (9.1—11.3)

1) Invasão divina (9:1-8)
As diferenças marcantes entre a primeira e a segunda seções do livro (conforme Introdução) concentram-se principalmente no sentido da urgência acerca das promessas da primeira seção, associadas particularmente ao tema da reconstrução do templo nos seus trechos finais, enquanto na segunda seção há um tom apocalíptico mais acentuado e uma conotação messiânica mais forte. Mesmo assim, as duas seções estão evidentemente ligadas pela ênfase dada ao plano do livramento divino. Se, como mostra o texto, o templo e o seu futuro estão em primeiro plano na mente do profeta na primeira seção (especialmente caps. 7 e 8), o fato de que horizontes diferentes e mais indefinidos pareçam estar em vista na segunda seção, intercalados com uma série de passagens proféticas relativamente breves com um estilo em geral diferente, não precisa ser considerado indicação clara de autoria diferente. Vai muito além das evidências sugerir que uma unidade de autoria implicaria “uma estranha dupla personalidade” (assim
C. Stuhlmacher, Haggai, Zechariah, Malachi, in: The Jerome Biblkal Comentary, p. 395).

v. 1. “Peso da palavra do Senhor” (ARG), refletindo o texto hebraico, na NVI é abreviado por A advertência do Senhor. “Peso” não é, como sugerem algumas versões, um título a ser sobreposto à obra, mas introduz a expressão seguinte:“palavra do Senhor”. Embora “palavra” com freqüência seja uma referência a um oráculo profético, isso não representa dificuldade alguma aqui. “Oráculo” (heb. massã) é derivado do verbo nãsã, “levantar”, daí “peso”. O termo ocorre com freqüência em conexão com a obra essencial de um profeta no ATOS, mas somente em três ocorrências é ligado imediatamente à expressão “palavra do Senhor”; aqui, em 12.1 e em Ml 1:1. Descreve um peso colocado sobre os ombros do profeta, uma mensagem que não pode de maneira alguma ser anunciada com facilidade, assim submetendo o profeta a grande compulsão.

A NVI traduz incorretamente contra a terra de Hadraque. A preposição hebraica aqui significa “em” (“na”), como traz a BJ. O topônimo Hadraque não é mencionado em lugar algum do ATOS, a não ser aqui. Provavelmente deve ser identificado com uma cidade no norte da Síria, Hatarikka, assim chamada em inscrições cuneiformes da Assíria, (conforme J. B. Pritchard, ANET, 1955, p. 282-3). A palavra do Senhor também cairá sobre Damasco (lit. “e Damasco seu lugar de descanso”). Damasco, a capital da Síria, era inimiga tradicional de Israel. A mensagem aparentemente é que a palavra do Senhor, tendo operado em Judá, começa a ter influência sobre seus vizinhos. porque os olhos do Senhor estão sobre toda a humanidade. A ARC traz “porque o olhar do homem e de todas as tribos de Israel se volta para o Senhor”, que é uma tradução literal do texto hebraico. Mas Adam (homem) em hebraico pode ser confundido na transmissão textual com aram, uma pequena diferença na escrita da letra dalet (d), trocando-a por resh (r), semelhante à anterior, só que mais arredondada. Da mesma forma, “olho de” (heb. ‘êyn) pode ser confundido com “cidades de” (‘ãrê), embora isso seja menos provável. Por isso, precisamos nos esforçar para ficar o mais próximo do significado que o contexto parece exigir. Por essa razão, talvez seja melhor ler “Porque os olhos do Senhor estão sobre Arã (Síria) assim como estão sobre todas as tribos de Israel”, que segue com naturalidade a primeira parte do versículo, como também se conecta de maneira adequada com o que segue. (Conforme a BJ, que traz ainda outra possibilidade), v. 2. Hamate: Mencionada em Jl 6:2 como cidade de alguma importância. As referências mais antigas no ATOS mostram que esse lugar, perto do rio Oron-tes, era uma colônia autônoma (Gn 10:18) que em certa época teve boas relações com Israel (conforme 2Sm 8:9,2Sm 8:10; 1Cr 18:9, 1Cr 18:10). Foi também o cenário da perseguição de Nabucodo-nosor ao exército egípcio após a batalha de Garquemis em 605 a.C. (conforme D. J. Wiseman, Chronicles of Chaldean Kings, 1956, p. 69). A cidade ainda existe hoje e é conhecida como Hamah, entre Alepo e Damasco. Tiro era uma cidade industrial importante em épocas antigas, e era lembrada particularmente por causa de seus acordos comerciais com Davi e Salomão. Mais tarde, no século VIII a.C., Tiro passou a ser pressionada pela Assíria, e seu futuro foi retratado de forma sombria por Jeremias e Ezequiel (conforme Jr 27:1-24; Ez 26:1

28.19). V. um esboço importante da história de Tiro em D. J. Wiseman, Tiro, NBD; conforme P.

K. Hitti, History of Syria (Londres, 1951).

Sidom foi uma das primeiras cidades fenícias, e era especialmente conhecida por seu porto, embora sejam muito sábias: Isso, como J. G. Baldwin observa (Haggai, Zechariah, Malachi, p. 159), é uma tradução incorreta. O verbo está no singular — “é muito sábia”. A expressão deve ser lida então como o início da próxima frase, para trazer: “Embora seja muito sábia, Tiro construiu para Sl uma fortaleza”. Aqui temos também um jogo de palavras; Tiro (heb. sõr) e fortaleza (heb. mãsôr). acumulou prata [...] e ouro: Hirão I, rei de Tiro (c. 979-945 a.C.), construiu um caminho elevado ligando o porto à sua fortaleza (2Cr 8:5). Essa referência a ouro e prata, assim como reflete a afluência geral da economia de Tiro, possivelmente reflita também a importação de ouro e prata — uma operação realizada com a colaboração de Salomão (conforme 1Rs 10:22;

2Cr 9:21). v. 4. o Senhor se apossará dela e lançará no mar...\ Apesar da sua força e recursos financeiros, Tiro está destinada à destruição. O seu “poder” (heb. hayit) é provavelmente uma referência abrangente à sua força econômica e suas imensas defesas. O substantivo hebraico certamente abarca os dois significados. E o que sobrar após o ataque será consumido pelo fogo, exatamente como também Amós havia predito (conforme Jl 1:10). Se algum cumprimento específico desse oráculo deve ser achado na história, provavelmente deva ser visto na conquista de Tiro por Alexandre, o Grande, em 332 a.C. Embora a cidade tenha se recuperado depois disso em certa medida na época dos selêucidas, nunca mais se elevou à proeminência antiga, v. 5. Ao ver isso Ascalom ficará com medo [...] ficará deser-ta\ O profeta adapta livremente um oráculo anterior pronunciado contra as três cidades dos filisteus mencionadas aqui (conforme Jl 1:0). A derivação do substantivo é incerta, mas parece ter alguma conexão com uma raiz árabe que significa “estar imundo, podre”. Aqui, provavelmente, faz referência a uma população multirracial como a que deu problemas a Neemias (conforme Ne 13:24). A Filístia era o território na costa sudoeste da terra santa e era ocupado pelos filisteus desde tempos bíblicos antigos. O nome moderno “Palestina” para a terra santa é derivado desse nome. Desde o tempo de Josué, o povo dos filisteus se tornou uma fonte constante de frustração para os israelitas, particularmente durante os reinados de Saul e Davi. Essa menção ao povo filisteu é a última no ATOS (conforme os verbetes Filisteus e Filístia no NBD). O orgulho desse povo, diz o profeta, será quebrado; o seu sistema sacrificial pagão será eliminado, e a Filístia vai se tornar um remanescente (“Aquele que restar”, v. 7), isto é, será incorporada ao cerne fiel do povo de Judá (conforme 8.6). Ecrom será como os jebuseus: Ecrom, uma das cinco cidades principais dos filisteus, recebe a promessa de um futuro pacífico de coexistência, assim como a que foi garantida aos antigos residentes cananeus dos arredores de Jerusalém depois que Davi capturou essa cidade. v. 8. Tendo assim a fronteira marítima do sudoeste sob controle, a terra agora estará segura. O Senhor vem agora para defender sua terra e seu povo. Os seus olhos (conforme 4.10) vigiam a sua segurança para que nenhum invasor ou inimigo viole seus direitos de propriedade novamente.


2) O Rei-Messias (9.9,10)

A fim de ter uma melhor perspectiva do futuro, o profeta focaliza a atenção agora na chegada do rei. Esse oráculo breve é bem conhecido a partir do NT (conforme Mt 21:4,Mt 21:5; Jo

12.14,15) em que, no entanto, há um desvio considerável do texto hebraico e da Septuaginta. v. 9. Alegre-se muito [...] Exulte-. Indica o fervor do anúncio do profeta, cidade de Sido (heb. “filha”): Como já foi observado, “filha” é um termo que no ATOS com freqüência denota relações cortadas (e.g., Is 1:8; Jr 4:31Lm 2:1). Esse trecho é uma exceção. Em contraste, Jerusalém recebe a notícia de que o seu tempo de espera acabou; a chegada do seu rei é iminente. Ele é justo (heb. saddíq) (conforme Is 9:7; Is 11:4,Is 11:5), isto é, ativamente justo na correção de injustiças e opressão de épocas anteriores, vitorioso-. A ARA traz “[justo e] Salvador” (heb. nôshã\ lit. “salvou” no sentido de que a vitória para ele está garantida. Essa disposição de justiça e salvação lado a lado encontra um paralelo nos trechos do Servo em Isaías. Assim, fica estabelecido imediatamente o vínculo com o Servo do Senhor (conforme H. G. Mitchell, Haggai, ZechariahMalachi, in loc.), e esse fato teria fornecido material essencial suficiente para que o oráculo tivesse proeminência nas narrativas da Paixão no NT. O Rei-Messias é humilde (heb. ‘ãni), indicando que ele vem com mansidão ou em paz. O adjetivo hebraico é usado com freqüência para denotar os “pobres”. Era por conta da pobreza que as pessoas muitas vezes sofriam nas mãos dos seus vizinhos mais ricos nos dias do ATOS, e é como reflexo disso que o adjetivo assume o significado de “humilde” (conforme 7.10; 11:7-11). O rei vem montado num jumento, fortalecendo a imagem de um governante pacífico. O uso do termo “jumento”, no entanto, possivelmente associa o oráculo à bênção de Jacó sobre Judá, na qual o governante antevisto “amarrará seu jumento [...] ao ramo mais seleto” (Gn 49:10,

11). A presença de dois animais é produto do paralelismo hebraico. Só se tem em mente aqui um animal. O fato de que os dois animais aparecem em uma das referências do NT a esse oráculo (conforme Mt 21:7, mas contraste com Jo 12:14,Jo 12:15) indica uma obediência rigorosa e literal ao texto hebraico por parte dos evangelistas. (V. um exame exaustivo desse e de outros trechos do NT em F. F. Bruce, The Book of Zechariah and the Passion Narrative, 7SL, v. 43, Nu 2:0 em que o autor dá voz ao anseio universal por paz. A contribuição do profeta para esse anseio está no seu anúncio de que essas esperanças serão satisfeitas finalmente no rei que Deus escolher.


3) A vitória de Judá (9:11-17)
Com o cenário pronto para a vinda do rei de Israel e o estabelecimento da paz mundial, o profeta se volta agora para o livramento de
Judá. Em concordância com a promessa a seu povo no tempo de Moisés, Deus vai intervir por causa do sangue da minha aliança (conforme Ex

24.8). A base original do tratamento especial que Deus dá a seu povo nunca é esquecida. A essência hemática da aliança era lembrada diariamente nos serviços do tabernáculo (cf. Ex 29:38-46) e lembrada por Jeremias (conforme Jr

31.31). Contudo, as palavras “sangue da aliança” ocorrem somente aqui, em Ex 24:8 e em Mc 14:24. Na última referência, assumem seu significado total. Além disso, as palavras que seguem — libertarei os seus prisioneiros (heb. tempo perfeito) — sugerem que o profeta conseguia enxergar a intervenção de Deus estendendo-se além das circunstâncias particulares do exílio, que mesmo assim é visto como um livramento de um poço sem água. Essa expressão é lida como uma glosa por uma série de estudiosos, basicamente porque não cabe no teor geral do contexto e parece destruir sua estrutura poética. As palavras são omitidas em algumas versões (NEB em inglês). E questionável, porém, se essa crítica é justificada. O profeta está falando de uma mudança dramática na sorte do povo, e por isso provavelmente usaria uma linguagem vívida e bem variegada ao descrever o seu livramento do cativeiro.

v. 12. Voltem à sua fortaleza (He 1:0’bissãrôn): Embora o substantivo seja de derivação desconhecida, as diversas sugestões de emenda textual pouco fazem para melhorar o sentido. A maioria das versões deixa o texto como está porque num sentido bem real Judá e Jerusalém eram fortalezas de proteção divina na qual os exilados que retornaram podiam confiar seguramente. Esses exilados haviam sido prisionríros da esperança, cativados pela expectativa do dia do livramento, e fortalecidos pela declaração: restaurarei tudo em dobro para vocês, sem dúvida sugerindo que o desespero do cativeiro seria substituído por muita alegria, v. 13. O poder de Deus, porém, ainda está com o seu povo. O Norte e o Sul compartilhariam do propósito de Deus na vitória, assim como o arco e a flecha precisam ser usados juntos. Levando adiante a figura de linguagem, os filhos de Sião são a espada do Todo-poderoso a ser brandida contra os filhos da Grécia (heb. yãwãri). Essa linha do poema é omitida pela NEB e considerada uma glosa explicativa por uma série de comentaristas (conforme H. G. Mitchell, op. cit., p. 279-80). As razões geralmente apresentadas são que as primeiras duas linhas formam um dístico e este normalmente seria seguido de um segundo dístico. Mas essas palavras quebram o padrão e, por isso, são um acréscimo ao texto. Esse tipo de acréscimo, crêem alguns estudiosos, teria sido feito facilmente no período dos macabeus, em que a menção específica da Grécia teria sido um meio conveniente de atualizar as palavras do profeta tornando-as mais inteligíveis numa situação que envolvia a luta contra o helenismo. Mas a versão grega retém as palavras, e isso é evidência forte de que devemos manter as palavras no nosso texto. Embora o termo heb. yãwãn normalmente seja interpretado por “Grécia”, a referência aqui provavelmente seja mais ampla e deva ser aplicada a povos estrangeiros (conforme Introdução).

v. 14. O profeta emprega agora uma linguagem apocalíptica distinta ao retratar a batalha decisiva contra os inimigos de Israel. Deus aparecerá (conforme Hc 3:3,Hc 3:11) soando a trombeta para a batalha à medida que avança em meio às tempestades do sul — isso provavelmente lembra a sua aparição a Moisés, Arão e os anciãos de Israel (conforme Ex 24:9,10,15) e possivelmente também o cântico de Débora (conforme Jz 5:0). v. 16. Assim, com o retrato em mente do povo restaurado e jubilando sem restrições em virtude do livramento poderoso realizado por Deus, o profeta os vê como jóias de uma coroa, símbolos vivos de tudo que o Senhor fez por eles. v. 17. As condições de paz serão acompanhadas de condições de fartura na terra a ser povoada por homens e mulheres jovens, juntos sinalizando um futuro mais feliz e frutífero para a nação.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Zacarias Capítulo 9 do versículo 1 até o 21

IV. O Futuro das Nações, Israel e o Reino do Messias. 9:1 - 14:21. A. A Primeira Sentença. 9:1 - 11:17


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Zacarias Capítulo 9 do versículo 3 até o 4
b) O julgamento contra Tiro (Zc 9:3-4)

A "sabedoria" atribuída a Tiro e Sidom (ver versículo 2), tinha caráter puramente mundano. Por meio de seu comércio aquelas cidades se haviam tornado imensamente ricas; porém, a riqueza geral se equiparava à sua grande iniqüidade. Tiro, que ficava situada numa ilha cerca de oitocentos metros do continente, edificara para si mesmo fortalezas, cercando-se de grandes muros. Porém, embora os habitantes de Tiro se sentissem seguros em suas defesas, vieram contra eles as calamidades preditas nestes versículos. Alexandre, em sua determinação para dominar a cidade, construiu, mesmo em meio a dificuldades quase incríveis, um molhe artificial que ligava a ilha com o continente e destruiu completamente a orgulhosa cidade. (Cfr. Ez 26:17).


Dicionário

Despojar

Roubar ou saquear como ato de guerra. O substantivo despojos refere-se aos objetos pilhados dessa forma.

Despojar
1) Roubar (Ex 3:22); (2Co 11:8)

2) Despir (Mt 27:28), RA).

3) Largar; abandonar (Ef 4:22).

despojar
v. 1. tr. dir. Privar da posse; desapossar, espoliar. 2. tr. dir. Privar. 3. pron. Privar-se; deixar, largar. 4. pron. Despir-se. 5. tr. dir. Roubar, defraudar, saquear.

espoliar, esbulhar, desapossar, extorquir, privar. – Tirar a alguém o que lhe pertence – é a significação destes verbos. Despoja-se, no entanto, cometendo violência física. Esbulha-se privando o esbulhado ou de fazendas, ou de bens morais. – Espoliar emprega-se de preferência, e talvez com mais propriedade, no sentido moral. Despojaram o cadáver de quanto levava consigo; despojaram de galhos a árvore; de suas vestes a criança; de tudo os míseros vencidos. Esbulhou de todos os lucros o sócio; e quer ainda esbulhá-lo do próprio crédito. Espoliar-nos deste direito de protesto – não é poder que esteja em homens. – Desapossar = “privar da posse em que se estava, impedir que se continue a ser dono, ou a ter domínio de... – ou – sobre... – Extorquir = “arrebatar, tirar alguma coisa com grande e clamorosa violência”. – Privar = “obstar a que se continue no gozo, ou na posse de alguma coisa”. Desapossaram-no da casa; extorquiram-lhe dinheiro, fazenda, confissão, testemunho; privaram-no de relações com a família, de dizer a verdade, de ir à festa. Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 353

Eis

advérbio Aqui está; veja, perceba, olhe: eis o prêmio que tanto esperava.
Eis que/quando. De maneira inesperada; subitamente: eis que, inesperadamente, o cantor chegou.
Etimologia (origem da palavra eis). De origem questionável.

Ferir

verbo transitivo Golpear; fazer chaga ou ferimento em.
Machucar: a sandália nova está ferindo o pezinho da menina.
Atritar algo para fazer chispa: ferir a pedra do isqueiro.
Figurado Magoar, ofender: ferir a sensibilidade do amigo.
Causar impressão desagradável: palavras que ferem os ouvidos.
Contrariar: ferir as conveniências; ferir os interesses de alguém.
verbo pronominal Golpear-se, cortar-se, machucar-se: ferir-se nos espinhos da roseira.
Figurado Magoar-se, ofender-se: ele se feriu com a injustiça do chefe.

Ferir
1) Produzir ferimento (Gn 3:15)

2) Dar pancada em (Nu 20:11). 3 Matar (Nu 21:24).

4) Atacar (Js 10:4).

5) Castigar (Isa 19:)

Fogo

substantivo masculino Desenvolvimento simultâneo de calor, de luz e de chama produzido pela combustão viva de certos corpos, como a madeira, o carvão etc.
Fogueira, incêndio, labareda, lume.
Fogão ou lugar onde se cozinha ou se faz fogo para qualquer fim; lareira: conversávamos junto ao fogo.
Calor intenso e molesto: o dia de hoje foi um fogo.
Figurado Veemência, ardor, paixão: o fogo da cólera.
Fuzilaria, guerra, combate.
Figurado Fogo de palha, entusiasmo passageiro ou aparente.
Figurado Excitação, ardência sexual: mulher de muito fogo.
Negar fogo, falhar, iludir, desanimar.
Pegar fogo, incendiar-se, inflamar-se.
Fazer fogo, acender.
Comer fogo, fazer alguma coisa com grande sacrifício ou passar dificuldades.
Figurado Atiçar fogo, açular, incitar.
Brincar com o fogo, expor-se ao perigo, arriscar-se.
Figurado Ser fogo, ser difícil, irredutível, indomável, intransigente.
A fogo lento, pouco a pouco.
Tocar fogo na canjica, animar.
Figurado Pôr as mãos no fogo (por alguém), responsabilizar-se, confiar em.
interjeição Voz de disparo em combate ou aviso de incêndio.
substantivo masculino plural Fogos de artifício, peças pirotécnicas fáceis de inflamar para festejos juninos e outras comemorações.

Fogo (que em latim se dizia "ignis" = ignição do carro) tem origem noutra palavra latina, "focu", cujo primeiro sentido é lar doméstico, lareira, e só posteriormente passou a significar fogo. Por via culta, "focu" nos deu foco, já com sentidos novos.

Deus revelou a Sua presença na sarça ardente por meio do fogo (Êx 3:2), e desceu ao monte Sinai entre chamas e relâmpagos (Êx 19:18). Aquele fogo que desceu do céu, primeiramente sobre o altar do tabernáculo, e mais tarde sobre o altar do templo de Salomão, quando da sua dedicação, ali se conservou constantemente alimentado, e cuidadosamente sustentado de dia e de noite pelos sacerdotes. o fogo para fins sagrados, que não fosse obtido do altar, era chamado ‘fogo estranho’ – e por ser este usado por Nadabe e Abiú, foram estes sacerdotes mortos com fogo que veio de Deus (Lv 10:1-2Nm 3:4 – 26.61). o emprego do fogo para fundir metais já era conhecido dos hebreus no tempo do Êxodo (32.24). Em dia de sábado nenhum lume se acendia para qualquer fim doméstico (Êx 35:3Nm 15:32-36). os adoradores do deus Moloque, ou queimavam os seus filhos no fogo, ou os faziam passar por ele (2 Rs 16.3 – 21.6 – 2 Cr 33.6). o Espirito Santo é comparado ao fogo (Mt 3:11At 2:3), sendo a sua obra converter e purificar as almas, inflamando-as de amor a Deus e de zelo pela Sua Glória. A Palavra de Deus é, também, apresentada como semelhante ao fogo (Jr 23:29). Empregam-se, além disso, os termos ‘fogo’ e ‘chama’, para exprimir vivos sentimentos e a inspiração divina, e descrever calamidades temporais e futuros castigos (Sl 66:12Jr 20:9Jl 2:30Ml 3:2Mt 25:41Mc 9:43).

[...] No pensamento de Jesus, o fogo eterno não podia passar, portanto, de simples figura, pouco lhe importando fosse essa figura interpretada à letra, desde que ela servisse de freio às paixões humanas. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 6, it• 7

Imagem, semelhante a tantas outras, tomada como realidade. [...] O homem não encontrou comparação mais enérgica do que a do fogo, pois, para ele, o fogo é o tipo do mais cruel suplício e o símbolo da ação mais violenta. Por isso é que a crença no fogo eterno data da mais remota antiguidade, tendo-a os povos modernos herdado dos mais antigos. Por isso também é que o homem diz, em sua linguagem figurada: o fogo das paixões; abrasar de amor, de ciúme, etc.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 974 e 974a

[...] A Teologia reconhece hoje que a palavra fogo é usada figuradamente e que se deve entender como significando fogo moral. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 1009

O fogo exprime emblematicamente a expiação como meio de purificação e, portanto, de progresso para o Espírito culpado.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 3


Fogo Um dos símbolos com o qual se descreve o castigo eterno: o inferno (Mt 5:22). Passagens como as de Lc 3:16 ou 12:49ss. referem-se, evidentemente, à dupla opção de vida diante da qual se coloca todo ser humano: ou aceitar o Evangelho de Jesus, o messias, e ser mergulhado (batizado) no Espírito Santo ou rejeitá-lo e ser lançado ao fogo eterno, destinado ao diabo e a seus anjos (Mt 25:41-46).

C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, Las sectas frente a la Biblia, Madri 1992.


Forca

substantivo feminino Jogo em que se deve adivinhar uma palavra pelas letras que a compõem, sendo que cada erro corresponde ao desenho de uma parte de um corpo sendo enforcado.
Instrumento usado para executar uma pena de morte por estrangulamento, suspensão de alguém pelo pescoço.
Essa pena; o enforcamento: Saddam Huassei foi condenado à forca.
Figurado Ação feita para enganar; ardileza.
Grafismo. Erro de paginação causada por uma linha que destoa das demais; linha enforcada.
Etimologia (origem da palavra forca). Do latim furca.ae.

Forca Armação na qual um condenado morre ESTRANGULADO por uma corda (Et 5:14).

substantivo feminino Jogo em que se deve adivinhar uma palavra pelas letras que a compõem, sendo que cada erro corresponde ao desenho de uma parte de um corpo sendo enforcado.
Instrumento usado para executar uma pena de morte por estrangulamento, suspensão de alguém pelo pescoço.
Essa pena; o enforcamento: Saddam Huassei foi condenado à forca.
Figurado Ação feita para enganar; ardileza.
Grafismo. Erro de paginação causada por uma linha que destoa das demais; linha enforcada.
Etimologia (origem da palavra forca). Do latim furca.ae.

substantivo feminino Jogo em que se deve adivinhar uma palavra pelas letras que a compõem, sendo que cada erro corresponde ao desenho de uma parte de um corpo sendo enforcado.
Instrumento usado para executar uma pena de morte por estrangulamento, suspensão de alguém pelo pescoço.
Essa pena; o enforcamento: Saddam Huassei foi condenado à forca.
Figurado Ação feita para enganar; ardileza.
Grafismo. Erro de paginação causada por uma linha que destoa das demais; linha enforcada.
Etimologia (origem da palavra forca). Do latim furca.ae.

Força

[...] é apenas o agente, o modo de ação de uma vontade superior. É o pensamento de Deus que imprime o movimento e a vida ao Universo.
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

A força é ato, que significa compromisso no bem ou no mal.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A força é palavra que edifica ou destrói.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A força é determinação que ampara ou menospreza.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -


Mar

O mar é a fotografia da Criação. Todo ele se pode dizer renovação e vida, tendo em si duas forças em contínuo trabalho – a da atração e a da repulsão, M que se completam na eterna luta, pois, se faltasse uma, nulo estaria o trabalho da outra.
Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Um adeus

O mar, gigante a agitar-se / Em primitivos lamentos, / É o servidor do equilíbrio / Dos terrestres elementos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 18


Mar Na Bíblia, qualquer grande extensão de Água, salgada (mar Mediterrâneo) ou doce (lago da Galiléia).


1) Os mares mencionados na Bíblia são: a) MEDITERRÂNEO, ou o Mar, ou mar dos Filisteus, ou Grande, ou Ocidental (Nu 34:6); b) MORTO, ou da Arabá, ou Oriental, ou Salgado (Js 3:16); c) VERMELHO, ou de Sufe, ou do Egito (Ex 13:18); d) ADRIÁTICO (At 27:27).


2) Os lagos são os seguintes: a) da GALILÉIA, ou de Genesaré, ou de Quinerete, ou de Tiberíades (Mt 4:18); b) de MEROM (Js 11:5).


3) MONSTRO (7:12; Sl 74:13).

====================================

O MAR

V. MEDITERRÂNEO, MAR (Nu 13:29).


Mar Designação que se dá ao lago de Tiberíades (Mt 4:13). Os evangelhos relatam episódios de Jesus caminhando sobre suas águas e dando ordens às suas ondas (Mt 8:24-27; 14,24-27; Mc 4:37-41; 6,47-50; Lc 8:23-25; Jo 6:17-20), como o fez YHVH em tempos passados (Sl 89:9ss.; Jn 1; Na 1:4).

oceano. – Resumindo Bourg. e Berg. diz um autor: “Designa-se com estas palavras a vasta extensão de água salgada que cobre a maior parte da superfície do nosso planeta”. – Mar é o termo que ordinariamente se aplica para designar alguma das partes dessa extensão; e também para designar o conjunto das águas que circulam o globo, mas só quando esse conjunto é considerado de modo vago e geral (em sentido absoluto) e mais quanto à natureza que à vastidão dessa extensão. Dizemos: o mar e o céu; o mar é imenso; as areias do mar. E dizemos também o mar Báltico; o mar do Norte; o mar, os mares da costa, etc. Oceano designa em geral a vasta extensão dos mares. Usa-se, porém, às vezes para designar somente uma das suas partes, mas só quando essa parte forma uma das grandes divisões em que o mar se considera: o oceano Atlântico e o oceano Pacífico são as duas grandes divisões do oceano. – Antigamente dizia-se também – o mar Atlântico.

os hebreus davam o nome de mar a qualquer grande massa de água. Esse termo compreendia o oceano (Gn 1:2 – 1 Rs 10.22 – 38:8) – o Mediterrâneo, que era chamado o mar último, o mar ocidental, tendo ainda vários outros nomes (Dt 11:24 – 34.2 – J12.20 – Êx 23:31 – 1 Rs 4.20 – Sl 80:11) – o mar Vermelho (Êx 10:19Js 24:6) – o mar Morto (ou Salgado) (Nm 34:3Js 18:19) – o mar da Galiléia (ou Quinerete) (Nm 34:11Mt 4:15Mc 3:7) – o mar de Jazer, um pequeno lago que fica perto de Hesbom (Jr 48:32). Além disso, aplicava-se algumas vezes a palavra aos grandes rios, como o Nilo (is 11:15), o Eufrates, o Tigre, que estavam sujeitos aos transbordamentos anuais, sendo inundados os territórios circunjacentes.

substantivo masculino Grande extensão de água salgada; oceano: o mar ocupa uma grande parte da superfície da Terra.
Uma parte limitada ou a água que compõe essa grande extensão: o mar Cáspio; banho de mar.
A região situada na costa; área no litoral de: este final de semana vou para o mar!
Figurado Grande quantidade; o que é imenso: ganhou um mar de dinheiro na loteria.
Figurado Excesso de líquido que escoa ou derramamento exagerado de: mar de sangue.
Figurado O que provoca fascinação, admiração; excessivamente belo.
Etimologia (origem da palavra mar). Do latim mare.is.

substantivo masculino Grande extensão de água salgada; oceano: o mar ocupa uma grande parte da superfície da Terra.
Uma parte limitada ou a água que compõe essa grande extensão: o mar Cáspio; banho de mar.
A região situada na costa; área no litoral de: este final de semana vou para o mar!
Figurado Grande quantidade; o que é imenso: ganhou um mar de dinheiro na loteria.
Figurado Excesso de líquido que escoa ou derramamento exagerado de: mar de sangue.
Figurado O que provoca fascinação, admiração; excessivamente belo.
Etimologia (origem da palavra mar). Do latim mare.is.

Senhor

substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


Sera

abundância

Será

substantivo deverbal Ação de ser; ato de se colocar num local, situação ou circunstância determinada no futuro: amanhã ele será o novo diretor.
Ação de passar a possuir uma identidade ou qualidade intrínseca: ele será médico.
Ação de apresentar temporariamente determinada forma, estado, condição, aspecto, tempo: um dia ele será rico; o exame será na semana que vem.
Etimologia (origem da palavra será). Forma Der. de ser.

substantivo deverbal Ação de ser; ato de se colocar num local, situação ou circunstância determinada no futuro: amanhã ele será o novo diretor.
Ação de passar a possuir uma identidade ou qualidade intrínseca: ele será médico.
Ação de apresentar temporariamente determinada forma, estado, condição, aspecto, tempo: um dia ele será rico; o exame será na semana que vem.
Etimologia (origem da palavra será). Forma Der. de ser.

(Heb. “abundância”). Filha de Aser, a qual, juntamente com seus irmãos, é listada entre os que desceram ao Egito com Jacó (Gn 46:17; Nm 26:46-1Cr 7:30).


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
אֲדֹנָי יָרַשׁ נָכָה יָם חַיִל אָכַל אֵשׁ
Zacarias 9: 4 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Eis que o SenhorH136 אֲדֹנָיH136 a despojaráH3423 יָרַשׁH3423 H8686 e precipitaráH5221 נָכָהH5221 H8689 no marH3220 יָםH3220 a sua forçaH2428 חַיִלH2428; e ela será consumidaH398 אָכַלH398 H8735 pelo fogoH784 אֵשׁH784.
Zacarias 9: 4 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

520 a.C.
H136
ʼĂdônây
אֲדֹנָי
senhor
(Lord)
Substantivo
H1931
hûwʼ
הוּא
ele / ela / o / a
(it)
Pronome
H2009
hinnêh
הִנֵּה
Contemplar
(Behold)
Partícula
H2428
chayil
חַיִל
força, poder, eficiência, fartura, exército
(their wealth)
Substantivo
H3220
yâm
יָם
mar
(Seas)
Substantivo
H3423
yârash
יָרַשׁ
tomar, desapropriar, tomar posse de, herdar, deserdar, ocupar, empobrecer, ser um
(is heir)
Verbo
H398
ʼâkal
אָכַל
comer, devorar, queimar, alimentar
(freely)
Verbo
H5221
nâkâh
נָכָה
golpear, açoitar, atingir, bater, sacrificar, matar
(should kill)
Verbo
H784
ʼêsh
אֵשׁ
fogo
(burning)
Substantivo


אֲדֹנָי


(H136)
ʼĂdônây (ad-o-noy')

0136 אדני ’Adonay

uma forma enfática de 113; DITAT - 27b; n m

  1. meu senhor, senhor
    1. referindo-se aos homens
    2. referindo-se a Deus
  2. Senhor - título, usado para substituir Javé como expressão judaica de reverência

הוּא


(H1931)
hûwʼ (hoo)

01931 הוא huw’ do qual o fem. (além do Pentateuco) é היא hiy’

uma palavra primitiva; DITAT - 480 pron 3p s

  1. ele, ela
    1. ele mesmo, ela mesma (com ênfase)
    2. retomando o suj com ênfase
    3. (com pouca ênfase seguindo o predicado)
    4. (antecipando o suj)
    5. (enfatizando o predicado)
    6. aquilo, isso (neutro) pron demons
  2. aquele, aquela (com artigo)

הִנֵּה


(H2009)
hinnêh (hin-nay')

02009 הנה hinneh

forma alongada para 2005; DITAT - 510a; part demons

  1. veja, eis que, olha, se

חַיִל


(H2428)
chayil (khah'-yil)

02428 חיל chayil

procedente de 2342; DITAT - 624a; n m

  1. força, poder, eficiência, fartura, exército
    1. força
    2. habilidade, eficiência
    3. fartura
    4. força, exército

יָם


(H3220)
yâm (yawm)

03220 ים yam

procedente de uma raiz não utilizada significando rugir; DITAT - 871a; n m

  1. mar
    1. Mar Mediterrâneo
    2. Mar Vermelho
    3. Mar Morto
    4. Mar da Galiléia
    5. mar (geral)
    6. rio poderoso (Nilo)
    7. o mar (a bacia grande no átrio do templo)
    8. em direção ao mar, oeste, na diração oeste

יָרַשׁ


(H3423)
yârash (yaw-rash')

03423 ירש yarash ou ירשׂ yaresh

uma raiz primitiva; DITAT - 920; v

  1. tomar, desapropriar, tomar posse de, herdar, deserdar, ocupar, empobrecer, ser um herdeiro
    1. (Qal)
      1. tomar posse de
      2. herdar
      3. empobrecer, ficar pobre, ser pobre
    2. (Nifal) ser desapossado, ser empobrecido, vir a ficar pobre
    3. (Piel) devorar
    4. (Hifil)
      1. levar a possuir ou herdar
      2. levar outros a possuir ou herdar
      3. empobrecer
      4. desapossar
      5. destruir, levar a ruína, deserdar

אָכַל


(H398)
ʼâkal (aw-kal')

0398 אכל ’akal

uma raiz primitiva; DITAT - 85; v

  1. comer, devorar, queimar, alimentar
    1. (Qal)
      1. comer (tendo o ser humano como sujeito)
      2. comer, devorar (referindo-se aos animais e pássaros)
      3. devorar, consumir (referindo-se ao fogo)
      4. devorar, matar (referindo-se à espada)
      5. devorar, consumir, destruir (tendo coisas inanimadas como sujeito - ex., peste, seca)
      6. devorar (referindo-se à opressão)
    2. (Nifal)
      1. ser comido (por homens)
      2. ser devorado, consumido (referindo-se ao fogo)
      3. ser desperdiçado, destruído (referindo-se à carne)
    3. (Pual)
      1. fazer comer, alimentar
      2. levar a devorar
    4. (Hifil)
      1. alimentar
      2. dar de comer
    5. (Piel)
      1. consumir

נָכָה


(H5221)
nâkâh (naw-kaw')

05221 נכה nakah

uma raiz primitiva; DITAT - 1364; v

  1. golpear, açoitar, atingir, bater, sacrificar, matar
    1. (Nifal) ser ferido ou golpeado
    2. (Pual) ser ferido ou golpeado
    3. (Hifil)
      1. ferir, golpear, bater, açoitar, bater palmas, aplaudir, dar um empurrão
      2. golpear, matar, sacrificar (ser humano ou animal)
      3. golpear, atacar, atacar e destruir, conquistar, subjugar, devastar
      4. golpear, castigar, emitir um julgamento sobre, punir, destruir
    4. (Hofal) ser golpeado
      1. receber uma pancada
      2. ser ferido
      3. ser batido
      4. ser (fatalmente) golpeado, ser morto, ser sacrificado
      5. ser atacado e capturado
      6. ser atingido (com doença)
      7. estar doente (referindo-se às plantas)

אֵשׁ


(H784)
ʼêsh (aysh)

0784 אש ’esh

uma palavra primitiva; DITAT - 172; n f

  1. fogo
    1. fogo, chamas
    2. fogo sobrenatural (junto com teofania)
    3. fogo (para cozinhar, assar, crestar)
    4. fogo do altar
    5. a ira de Deus (fig.)