Enciclopédia de Números 23:1-1

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

nm 23: 1

Versão Versículo
ARA Então, Balaão disse a Balaque: Edifica-me, aqui, sete altares e prepara-me sete novilhos e sete carneiros.
ARC ENTÃO Balaão disse a Balaque: Edifica-me aqui sete altares, e prepara-me aqui sete bezerros e sete carneiros.
TB Então disse Balaão a Balaque: Edifica-me aqui sete altares e prepara-me aqui sete novilhos e sete carneiros.
HSB וַיֹּ֤אמֶר בִּלְעָם֙ אֶל־ בָּלָ֔ק בְּנֵה־ לִ֥י בָזֶ֖ה שִׁבְעָ֣ה מִזְבְּחֹ֑ת וְהָכֵ֥ן לִי֙ בָּזֶ֔ה שִׁבְעָ֥ה פָרִ֖ים וְשִׁבְעָ֥ה אֵילִֽים׃
BKJ E Balaão disse a Balaque: Edifica-me aqui sete altares, e prepara-me aqui sete novilhos e sete carneiros.
LTT Então Balaão disse a Balaque: Edifica-me aqui sete altares, e prepara-me aqui sete novilhos e sete carneiros.
BJ2 Balaão disse a Balac: "Edifica-me aqui sete altares e prepara-me sete novilhos e sete carneiros."
VULG Dixitque Balaam ad Balac : Ædifica mihi hic septem aras, et para totidem vitulos, ejusdemque numeri arietes.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Números 23:1

Êxodo 20:24 Um altar de terra me farás e sobre ele sacrificarás os teus holocaustos, e as tuas ofertas pacíficas, e as tuas ovelhas, e as tuas vacas; em todo lugar onde eu fizer celebrar a memória do meu nome, virei a ti e te abençoarei.
Êxodo 27:1 Farás também o altar de madeira de cetim; cinco côvados será o comprimento, e cinco côvados, a largura (será quadrado o altar), e três côvados, a sua altura.
Números 23:29 Balaão disse a Balaque: Edifica-me aqui sete altares e prepara-me aqui sete bezerros e sete carneiros.
Números 29:32 E, no sétimo dia, sete bezerros, dois carneiros, catorze cordeiros de um ano, sem mancha;
I Samuel 15:22 Porém Samuel disse: Tem, porventura, o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios como em que se obedeça à palavra do Senhor? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros.
II Reis 18:22 Se, porém, me disserdes: No Senhor, nosso Deus, confiamos, porventura, não é este aquele cujos altos e cujos altares Ezequias tirou, dizendo a Judá e a Jerusalém: Perante este altar vos inclinareis em Jerusalém?
I Crônicas 15:26 E sucedeu que, ajudando Deus os levitas que levavam a arca do concerto do Senhor, sacrificaram sete novilhos e sete carneiros.
II Crônicas 29:21 E trouxeram sete novilhos, e sete carneiros, e sete cordeiros, e sete bodes, para sacrifício expiatório, pelo reino, e pelo santuário, e por Judá, e Ezequias disse aos filhos de Arão, os sacerdotes, que os oferecessem sobre o altar do Senhor.
Jó 42:8 Tomai, pois, sete bezerros e sete carneiros, e ide ao meu servo Jó, e oferecei holocaustos por vós, e o meu servo Jó orará por vós; porque deveras a ele aceitarei, para que eu vos não trate conforme a vossa loucura; porque vós não falastes de mim o que era reto como o meu servo Jó.
Salmos 50:8 Não te repreenderei pelos teus sacrifícios, ou holocaustos, de contínuo perante mim.
Provérbios 15:8 O sacrifício dos ímpios é abominável ao Senhor, mas a oração dos retos é o seu contentamento.
Isaías 1:11 De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios, diz o Senhor? Já estou farto dos holocaustos de carneiros e da gordura de animais nédios; e não folgo com o sangue de bezerros, nem de cordeiros, nem de bodes.
Ezequiel 33:31 E eles vêm a ti, como o povo costuma vir, e se assentam diante de ti como meu povo, e ouvem as tuas palavras, mas não as põem por obra; pois lisonjeiam com a sua boca, mas o seu coração segue a sua avareza.
Ezequiel 45:23 E, nos sete dias da festa, preparará um holocausto ao Senhor, de sete bezerros e sete carneiros sem mancha, cada dia durante os sete dias; e o sacrifício de expiação de um bode cada dia.
Mateus 23:13 Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que fechais aos homens o Reino dos céus; e nem vós entrais, nem deixais entrar aos que estão entrando.
Judas 1:11 Ai deles! Porque entraram pelo caminho de Caim, e foram levados pelo engano do prêmio de Balaão, e pereceram na contradição de Corá.

Gematria

Gematria é a numerologia hebraica, uma técnica de interpretação rabínica específica de uma linhagem do judaísmo que a linhagem Mística.

Sete (7)

Este número ocupa um lugar de relevância nas leis e costumes judaicos. Os ciclos normais na criação do mundo, o descanso, ou melhor, o reflexo dos atributos emocionais que o ser humano possui: Está intimamente ligado com assuntos sentimentais. Éuma expressão para uma dimensão espiritual. Também alude ao sustento, áj que quando es guarda oShabat (7° dia), cria-se oreceptáculo para o sustento abundante dos demais dias da semana. Todos os sétimos são queridos.



Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

A conquista da Transjordânia

século XV ou XIII a.C.
MOISÉS ENVIA ESPIAS
Guiado por uma nuvem provida pelo Senhor, Moisés conduziu seu povo a Cades-Barnéia (atuais fontes de Qudetrat) na região nordeste da península do Sinai. Dali, enviou doze homens para espiar a terra de Canaã, a qual o Senhor havia dado as israelitas.? Os espias atravessaram a terra toda, chegando até Reobe ao norte e, depois, voltaram do vale de Escol com romás e figos e um cacho de uvas pendurado numa vara carregada por dois homens.? Os espias ficaram impressionados com a fertilidade de Canaà, uma "terra que mana leite e mel", mas seu relatório não foi inteiramente favorável. As cidades de Canaá eram fortificadas e a terra devorava quem vivia nela. Os habitantes eram de estatura gigantesca e, em comparação com eles, os espias pareciam gafanhotos. Quando os israelitas ouviram esse relatório, gritaram em voz alta, choraram e murmuraram contra Moisés e Arão: "Tomara tivéssemos morrido na terra do Egito ou mesmo neste deserto! E por que nos traz o Senhor a esta terra, para cairmos à espada e para que nossas mulheres e nossas crianças sejam por presa? Não nos seria melhor voltarmos para o Egito?" (Nm 14:2-3). Dois espias, Josué e Calebe, estavam certos de que o Senhor ajudaria os israelitas a conquistar Canaã, mas a opinião dos outros dez espias prevaleceu, levando o Senhor a expressar seu desprazer a Moisés e Arão. Todos os murmuradores com vinte anos de idade ou mais morreriam no deserto. Os israelitas passariam quarenta nos vagando pelo deserto até que toda aquela geração tivesse morrido. Uma tentativa do povo de entrar em Canaà sem a permissão de Moisés redundou em fracasso e os amalequitas e cananeus perseguiram o exército israelita at Horma

A VOLTA A CADES-BARNÉIA
Trinta e oito anos depois os israelitas voltaram a Cades-Barnéia, onde Miriã, a irmã de Moisés, faleceu. Quando a nova geração começou a murmurar devido à falta de água, como seus pais haviam feito, o Senhor disse a Moisés para falar à rocha de modo a produzir água. Exasperado, Moisés feriu a rocha e a água jorrou, mas o Senhor o informou que, por não haver confiado que Deus demonstraria seu poder publicamente, Moisés não entraria na terra prometida."

EDOM NÃO DÁ PASSAGEM A ISRAEL
Ao invés de prosseguir em direção ao norte e lutar contra os povos locais para entrar em Canaã, os israelitas planejaram passar pelas terras a leste do mar Morto e do rio Jordão e entrar em Canaã pelo leste. Para seguir esse caminho teriam de entrar no território dos edomitas, os descendentes de Esaú, o irmão gêmeo de Jacó. Moisés enviou mensageiro pedindo passagem, mas o rei de Edom recusou, obrigando os israelitas a contornarem o território edomita. No monte Hor, Arão, irmão de Moisés, faleceu aos 123 anos de idade.

A DERROTA DE SEOM
Os israelitas atravessaram o vale de Zerede e se dirigiram ao vale do rio Arnom, na frontera com Moabe. Naquela época, grande parte do território moabita era governado por um rei amorreu chamado Seom. Além de recusar passagem aos israelitas, Seom os atacou em Jasa. Os livros de Números e Deuteronòmio no Antigo Testamento tratam dessa campanha e registram os acontecimentos de um ponto de vista claramente israelita, afirmando que Israel ocupou Hesbom, a capital de Scom, e destruiu completamente todas as cidades e habitantes do seu reino.

A DERROTA DE OGUE
Quando Moisés e o povo prosseguiram em direção ao norte, para a terra de Basã, a região a nordeste do mar da Galiléia, Ogue, rei de Basà, que reinava em Astarote, saiu à guerra em Edrei (Der'a) na Síria. Ogue foi derrotado e sessenta das suas cidades fortificadas com grandes muralhas, portas e ferrolhos passaram para as mãos dos israelitas. Mais uma vez 1srael destruiu completamente as cidades e todos os seus habitantes. O livro de Deuteronômio faz uma observação curiosa acerca da cama de Ogue, a qual, na época em que o livro foi escrito, ainda podia ser vista em Rabá dos amonitas, atual Amá. O móvel com 4 m de comprimento é descrito como um "leito de ferro". Uma tradução preferível é "decorado com ferro"; porém, tendo em vista vários sarcofagos de basalto terem sido encontrados em Basâ, outra interpretação sugerida "sarcófago de basalto". As vitórias dos israelitas sobre Seom e Ogue lhes deram um território amplo a leste do Jordão, uma base segura para preparar a campanha militar contra os povos do outro lado do rio Jordão. As tribos de Rúben e Gade e a meia tribo de Manassés receberam a garantia de que poderiam ocupar as terras a leste do Jordão desde que participassem da conquista de Canaá junto com as outras tribos de Israel.

BALAÃO
Em seguida, os israelitas acamparam nas campinas de Moabe (também chamadas de Sitim) defronte a cidade de Jerico, mas separadas dela pelo rio Jordão. Balaque, rei de Moabe, contratou um adivinhador chamado Balaão para proferir maldições contra os israelitas. Os mensageiros do rei foram buscar Balaão em Petor, na terra de Amav, ou seja, no vale de Sajur, entre Alepo e Carquemis, junto ao Eufrates, uma região correspondente, hoje, ao norte da Síria. Na verdade, todos os oráculos de Balaão registrados no livro de Números são bênçãos, e não maldições. Assim, quando se viu incapaz de amaldiçoar os israelitas, Balaão os seduziu ao culto a Baal e à imoralidade sexual com mulheres moabitas. Posteriormente, ele pagaria por isso com a vida." Este adivinhador, conhecido principalmente pelo episódio em que sua jumenta lhe falou, também aparece numa inscrição aramaica escrita em nanquim sobre gesso de Tell Deir Alla (chamada na Bíblia de Sucote) na atual Jordânia, datada de c. 800 a.C.O texto em questão mostra como a fama de Balaão era ampla.

DEUTERONÔMIO
Talvez devido à imoralidade e idolatria dos israelitas nas campinas de Moabe, Moisés considerou necessário repetir a lei à nova geração prestes a entrar na terra prometida. As palavras proferidas pelo líder de Israel nessa ocasião constituem o livro conhecido como Deuteronômio (um termo grego que significa "segunda lei" ou "lei repetida"). A segunda definição ("lei repetida") deve ser preferida, pois o livro é uma reiteração da lei já transmitida, e não uma segunda parte da mesma. A forma básica de Deuteronômio é semelhante à de Êxodo- Levítico. No final do livro, Moisés ensina um cântico ao povo para ajudá-los a lembrar das palavras do Senhor e obedecê-las e abençoa cada uma das doze tribos de Israel.

A MORTE DE MOISÉS
Deus ordenou que Moisés subisse o monte Nebo, defronte de Jerico, e visse a terra prometida. Devido à desobediência do líder de Israel em Cades-Barnéia, Deus não lhe permitiu entrar em Canaã. Do alto do monte Nebo (provavelmente o atual Jebel en-Neba, com 835 m de altura), Moisés pôde ver grande parte da terra prometida estendendo-se mais de 1.000 m abaixo dele, desde o pico branco e brilhante do monte Hermom, ao norte do mar da Galiléia, até Zoar, na extremidade sul do mar Morto. Também deve ter visto as cidades de Jerico, Jerusalém e Belém. No alto deste monte, aos cento e vinte anos de idade, Moisés faleceu inteiramente lúcido. De acordo com o autor do posfácio de Deuteronômio, o Senhor sepultou Moisés em Moabe, no vale defronte de Bete-Peor. "E ninguém sabe, até hoje, o lugar da sua sepultura (…..] Nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, com quem o Senhor houvesse tratado face a face, no tocante a todos os sinais e maravilhas que, por mando do Senhor, fez na terra do Egito, a Faraó, a todos os seus oficiais e a toda a sua terra; e no tocante a todas as obras de sua poderosa mão e aos grandes e terríveis feitos que operou Moisés à vista de todo o Israel" (Dt 34:66-10-12).

A missão dos espias israelitas e a conquista da Transjordânia
A missão dos espias israelitas e a conquista da Transjordânia

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Números Capítulo 23 do versículo 1 até o 30
C. A PRIMEIRA PROFECIA, Nm 23:1-13

  1. Os Preparativos (23:1-6)

Em preparação ao trabalho a ser feito, Balaão orientou Balaque a construir sete altares, sobre os quais fossem sacrificados sete bezerros e sete carneiros (1). Balaão ordenou então que Balaque ficasse ao pé do seu holocausto (3), enquanto ele se afas-tava sozinho, dizendo: "Talvez o SENHOR venha encontrar-se comigo" (3, NTLH). Deus se encontrou mesmo com Balaão e lhe deu uma mensagem. Quando voltou, encontrou Balaque esperando fielmente junto ao holocausto (6), e entregou a profecia que Deus lhe dera.

  1. A Revisão dos Acontecimentos (23:7-9)

A primeira porção da profecia fala dos acontecimentos que trouxeram Balaão a esse lugar: De Arã me mandou trazer Balaque... dizendo: Vem, amaldiçoa-me a Jacó (7). Balaão então perguntou: Como amaldiçoarei o que Deus não amaldiçoa? E como detestarei, quando o SENHOR não detesta? (8). O profeta estava refletindo sobre a promessa que fizera ao Senhor, de que falaria somente o que Deus lhe mandasse.

3. Os Pontos Altos (23.9,10)

  1. O primeiro insight aborda a solidão histórica de Israel: Eis que este povo habi-tará só e entre as nações não será contado (9).6 Esta profecia não só falava da situação de Israel naqueles dias, mas via sua solidão ao longo dos séculos.
  2. A segunda seção diz respeito ao cumprimento da profecia feita a Abraão: Quem contará o pó de Jacó e o número da quarta parte de Israel? (10). Uma vez mais, Balaão falava sobre o que vira do lugar alto e acerca do que estava vendo pelos olhos do espírito nos séculos vindouros.
  3. A mensagem final é um insight maravilhoso a respeito do caráter daqueles a quem ele deveria amaldiçoar: A minha alma morra da morte dos justos, e seja o meu fim como o seu.' Balaão revelou o insight que Deus lhe dera: este povo era bom, não devia ser amaldiçoado, mas abençoado.

4. A Reação de Balaque (23:11-13)

A reação de Balaque foi imediata: Que me fizeste? Chamei-te para amaldiço-ar os meus inimigos, mas... os abençoaste. Balaão apenas o lembrou do acordo de que só falaria o que o SENHOR lhe pusesse na boca (12). Diante disso, Balaque o levou a um lugar do qual poderiam ver só uma porção do acampamento israelita. Racio-cinou, talvez, que Balaão poderia amaldiçoar melhor o acampamento quando não o visse tanto.

D. A SEGUNDA PROFECIA, 23:14-26

  1. A Preparação (23:14-17)

Como fez antes, Balaão edificou sete altares e ofereceu um bezerro e um car-neiro sobre cada altar (14) ; depois, Balaão se afastou sozinho para se "encontrar com Deus, o SENHOR" (15, NTLH). Ao voltar com a palavra que recebera de Deus (16), encontrou os príncipes dos moabitas e Balaque ao lado da oferta queimada (17).

  1. O Caráter de Deus (23:18-20)

A primeira parte desta profecia falava diretamente com Balaque (18) e o instruiu sobre o caráter de Deus. Ele tinha de entender que Deus não é homem (19). Deus não pode ser forçado a mentir, nem persuadido a mudar de opinião sobre um assunto como esse que eles tratavam. Deus queria mostrar a Balaque que Ele não podia ser persuadido a mudar de opinião, pouco importando quantas vezes fosse pedido que Balaão profeti-zasse. Como disse Balaão: Eis que recebi mandado de abençoar; pois ele tem aben-çoado, e eu não o posso revogar (20).

  1. A Fonte da Força de Jacó (23:21-24)

A bênção de Balaão foi mais longe do que apresentar o caráter de Deus. Mostrou a Balaque que seria impossível predizer "desgraça" ou "sofrimento"' (NVI; cf. NTLH) para Israel, porque o Senhor o "perdoara" (ATA). Balaão continuou: O SENHOR, seu Deus, é com ele e nele, e entre eles se ouve o alarido (a glória) de um rei (o Senhor) ' (21). Deus estava com Israel e provara por muitas evidências que Ele não desapontaria seu povo.

A lição era patente. Balaão disse: Deus os tirou do Egito e "os chifres [a força] deles são como os do boi selvagem" (22, RSV). Ressaltou ainda para Balaque que não havia "feitiçaria em Jacó, nem bruxaria se achava em Israel" (23, VBB)." "No devido tempo e mesmo hoje se dirá de Jacó e Israel: 'Vede só o que Deus tem feitor" (ATA). Os israelitas possuíam força que vinha do Deus Todo-poderoso. De nada adiantava tentar angariar forças para derrotá-los.

Em seguida, Balaão destacou uma profecia que era bem conhecida por Israel e, sem dúvida, muito repetida nos círculos familiares (Gn 49:8-9) : "Vede, [que] povo!" (24, RSV). Este povo se levantará como leoa e não se deitará até que coma a presa. A profe-cia predisse a vitória última de Israel sobre seus inimigos, justo a verdade que Balaque não queria ouvir.

4. O Desespero de Balaque (23.25,26)

Nesta altura, Balaque ficou desesperado. Ele não conseguia fazer com que Balaão falasse as palavras que ele queria ouvir. Então propôs ao profeta: Nem totalmente o amaldiçoarás, nem totalmente o abençoarás (25) ; no modo de falar de hoje: "Se você não pode dizer o que quero ouvir, não diga nada!" Mas Balaão se manteve firme à propo-sição original: Tudo o que o SENHOR falar, aquilo farei (26).

E. A TERCEIRA PROFECIA, 23:27-24.13

  1. O Prelúdio (23:27-24,2)

"Aí Balaque levou Balaão até o alto do monte Peor [outro lugar alto], no lado que dá para o deserto" (28, NTLH; cf. ARA). Fizeram o mesmo padrão de sacrifícios (29).


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Números Capítulo 23 do versículo 1 até o 30
*

23:1

sete... sete... sete. O número sete tinha uma profunda significação simbólica no antigo Oriente Próximo. Sendo a soma dos números sagrados três e quatro, com freqüência o número sete aparece em contextos rituais (Gn 21:28; 33:3; Êx 12:15; 29.35-37).

* 23.18-24

O segundo oráculo de Balaão reafirma a determinação de Deus em abençoar a Israel, conferindo-lhes a vitória sobre os moabitas. O versículo 21 é surpreendente, em vista dos pecados descritos no livro de Números. A despeito das falhas deles, Deus considerava seu povo como justos por causa de suas promessas da aliança, e ele proveu os meios para o perdão deles (Gn 17:2, nota).

* 23.27-30

Supersticiosamente, Balaque resolveu ver se outra localização ou sacrifícios adicionais poderiam trazer um resultado mais favorável.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Números Capítulo 23 do versículo 1 até o 30
23.1-3 O número sete era sagrado para muitas nações e religiões daquela época. Um "monte descoberto" denota um sítio de maior elevação sobre a montanha, sem folhagem.

23:27 O rei Balac levou ao Balaam a diferentes lugares para tratar de incitá-lo a que amaldiçoara aos israelitas. Pensava que uma mudança de cenário poderia fazer trocar de opinião ao Balaam. Mas uma mudança de lugar não troca a opinião de Deus. Devemos aprender a enfrentar a fonte do problema. O trocar de lugar para escapar do problema só complica a solução. Os problemas que estão arraigados em nós não resolvem com uma mudança de cenário. O trocar geograficamente ou de trabalho só pode nos distrair da necessidade de experimentar uma mudança em nosso coração.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Números Capítulo 23 do versículo 1 até o 30
Primeiro sacrifício D. Balaão (23: 1-12)

1 E Balaão disse a Balaque: Edifica-me aqui sete altares, e prepara-me aqui sete novilhos e sete carneiros. 2 E Balak fez como Balaão dissera; e Balaque e Balaão ofereceram em cada altar um novilho e um carneiro. 3 Então Balaão disse a Balaque: Fica com o teu holocausto, e eu irei; porventura o Senhor virá ao meu encontro; e todo aquele que ele me mostrar, eu to direi. E ele foi a uma altura nua. 4 E Deus se encontrou com Balaão, e disse-lhe: Eu Preparei os sete altares, e ofereci um novilho e um carneiro sobre cada altar. 5 E o Senhor pôs uma palavra na boca de Balaão e disse: Volta para Balaque, e assim falarás. 6 E voltou a ele, e eis que ele estava de pé ao seu holocausto, ele e todos os príncipes de Moabe. 7 E, tomando a sua parábola e disse:

De Aram tem Balak me trouxe,

O rei de Moab desde as montanhas do Oriente:

Vem, amaldiçoa-me a Jacó;

E vem, denuncia a Israel.

8 Como amaldiçoarei a quem Deus não amaldiçoou?

E como denunciarei a quem o Senhor não denunciou?

9 Pois do cume das penhas o vejo,

E a partir das colinas eu o contemplo:

Lo, é um povo que habita só,

E não será contado entre as nações.

10 Quem poderá contar o pó de Jacó

Número da quarta parte de Israel?

Que eu morra a morte dos justos,

E seja o meu fim como o deles!

11 Então disse Balaque a Balaão: Que fizeste comigo? Chamei-te para amaldiçoar os meus inimigos, e eis que já tens os abençoaste. 12 E, respondendo ele, disse: Eu não terei cuidado de falar o que o Senhor puser na minha boca?

Construir sete altares não foi característico de Jeová-adoração; um altar foi o suficiente. É evidente que a influência pagãos entra em foco aqui. Balaão quer colocar em um grande show para convencer Balak que ele está tentando fazer o que se espera dele.Em seu coração, porém, ele está determinado a permanecer dentro dos limites que o Senhor traçou para ele.

Estando na proximidade da oferta identificou o adorador com o sacrifício (v. Nu 23:3 ). Desta passagem Clarke diz:

Já vimos que a bênção ea maldição, desta forma foram considerados como ritos religiosos, e, portanto, deve ser sempre precedida de sacrifício. Veja esta exemplificado no caso de Isaque, antes que ele abençoou Jacó e Esaú, Gn 27:1)

13 E Balak disse-lhe: Vem, peço-te, comigo a outro lugar, de onde possas vê-los; verás, mas a maior parte deles, e dali não vê-los todos:. e amaldiçoa-o dali 14 E, tomando-o para o campo de Zofim, ao cume de Pisga, e edificou sete altares, e ofereceu um novilho e um carneiro sobre cada altar. 15 E disse a Balaque: Fica aqui junto do teu holocausto, enquanto eu me encontro com o Senhor Ap 16:1 E o Senhor se encontrou com Balaão, pôs uma palavra na boca, e disse: Volta para Balaque, e assim falarás. 17 E veio a ele, e eis que ele estava de pé ao seu holocausto, e os príncipes de Moabe com ele. E Balak disse-lhe: Que falou o Senhor? 18 E ele tomou a sua parábola, e disse:

Levanta-te, Balaque, e ouve;

Escutai-me, filho de Zipor:

19 Deus não é homem, para que minta;

Nem filho do homem, para que se arrependa:

Hath disse ele, e ele não vai fazer isso?

Ou falaria, e ele não vai fazer isso bom?

20 Eis que recebi mandado de abençoar;

Pois ele tem abençoado, e eu não o posso revogar.

21 Não fez observa iniqüidade em Jacó;

Nem se vê maldade em Israel;

Senhor seu Deus é com ele,

E o grito de um rei está entre eles.

22 Deus os levou a sair do Egito;

Ele tem como se fosse a força do boi selvagem.

23 Certamente, não há encantamento com Jacó;

Também não há qualquer adivinhação com Israel:

Agora deve-se dizer de Jacó e de Israel,

O que Deus tem feito!

24 Eis que o povo se levanta como uma leoa.

E como um leão Acaso ele se erguer:

Ele não se deitará até que devore a presa,

E beber o sangue dos feridos.

25 Então disse Balaque a Balaão: Nem o amaldiçoes, nem tampouco o abençoes a todos. 26 Mas Balaão respondeu, e disse a Balaque: Não te falei eu, dizendo: Tudo o que o Senhor falar, isso tenho de fazer?

Balak faz outra tentativa de obter Balaão para amaldiçoar Israel, tentando mais uma vez para ter o trabalho feito à distância, do alto de um lugar alto. Desta vez, no entanto, Balak leva-lo para um lugar onde ele pode ver apenas uma parte das pessoas, pensando que ele estaria mais disposto a pronunciar a maldição sobre um segmento do que o todo (v. Nu 23:14 ). Clarke diz:

Balak pensou que a visão de como um imenso acampamento tinha intimidado Balaão, e isso ele pode reunir a partir do que ele disse no décimo versículo: "Quem poderá contar o pó de Jacó, etc." Ele pensou, portanto, que ele poderia obter Balaão para amaldiçoar -los em partes destacadas, até que todo o acampamento deve ser dedicada à destruição por execrations sucessivas.

Mais uma vez Balaão tenta confundir a questão (v. Nu 23:15 ). Ele permite Balak para construir sete altares a Baal e depois muda para ter uma conferência com Jeová. Jeová reitera a sua palavra a Balaão (v. Nu 23:16 ), e quando Balak pede Balaão disse Jeová (v. Nu 23:17 ), a questão é ainda mais confuso com Balaão de falar em uma parábola poética ao invés de dar uma resposta direta. É o Senhor, que detém o controle dominante sobre Balaão. Um estudioso observa:

Balaão aqui vê o Senhor como Aquele que o obriga a abençoar Israel, porque Ele deve levar a efeito a Sua Palavra prometida. O Senhor é a fonte da força do seu povo; assim não há encantamento pode ser eficaz contra eles. Balaão conclui comparando Israel a um leão perseguição, que as capturas e devora a sua presa.

Balak é agora bastante chateado com vacilante de Balaão, dilatórios (v. Nu 23:25 ). Torna-se evidente que Balaão está tentando reproduzir ambas as extremidades para o meio-de agradar tanto Balak e Jeová. Balak está agora com medo de que Balaão pode mostrar sua simpatia total e completa para Israel. Balak assume a posição de que Balaão não deve abençoar Israel se ele não vai amaldiçoá-los. Balaão aponta para Balak que ele deve obedecer a Jeová (v. Nu 23:26 ).


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Números Capítulo 23 do versículo 1 até o 30
  1. A visão que Balaão tem de Israel (Nu 23:0)

Balaque queria que Balaão amaldi-çoasse Israel para, dessa forma, pro-teger Midiã e Moabe, mas, cada vez que Balaão abria a boca, abençoava Israel, em vez de amaldiçoar.

  1. A primeira visão — o chamado de Israel (23:1-12)

Balaão deixa claro que não pode amaldiçoar Israel, porque Deus abençoou esse povo. Ele vê a nação como um povo especial, chamado pelo Senhor e separado das outras nações (Dt 26:18-5; Dt 32:8-5). Do ponto de vista humano, eles eram falhos, mas, do ponto de vista divino, eram o povo de Deus para sempre. Nessa altura, Balaque estava furioso, mas levou Balaão para olhar Israel de outro lu-gar.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Números Capítulo 23 do versículo 1 até o 30
23.3 O que me mostrar. Balaão sabia que só podia falar aquilo que vinha de Deus, mas parece que estava utilizando estes ritos no sentido de agouros (24,1) ou encantamentos, isto é, métodos que a magia pagã usava com intuito falso: de tentar mudar a vontade de uma divindade.

23.4 Deus. Aqui, a palavra hebraica é Elohim que é o título de Deus como criador de tudo, capaz, portanto, de Se comunicar com o espírito de um profeta que não era da Povo Escolhido.

23.5 O Senhor. Aqui, o nome de Deus Jhwh (Jeová), o Deus que se revela como Redentor dos que nEle crêem; a mudança de nome é significante, pois aqui se seguem as profecias que apontam para o Messias, o Senhor Jesus Cristo, o Redentor Eterno. • N. Hom. O vigésimo terceiro capítulo nos ensina:
1) Os desejos cobiçosos dominam as ações: o esforço de Balaão para ganhar o prêmio se vê nos vv. 1, 15 e 29;
2) A impossibilidade dos esforços humanos alterarem a vontade de Deus - aquilo que é direito sempre permanece direito;
3) A necessidade de obediência a qualquer custo, mesmo contra a nossa própria inclinação;
4) A futilidade de mostrarmos desejos piedosos quando nosso comportamento está longe de ser piedoso, v. 10;
5) A glória do povo de Deus: a) sua separação do mundo, v. 9; b) seu número, v. 10; c) sua retidão, v. 21 (no sentido de Deus não lhe imputar o pecado, Sl 32:1-19; Gl 3:27; Fp 3:9); d) sua proteção, concedida por Deus, v. 21; e) seu poder, vv. 21-22, que emana de Deus; f) sua prosperidade, vv. 2324.

23.8 Como posso. Ao homem é impossível amaldiçoara a quem o próprio Deus abençoou, Gn 12:3.

23.10 Quem contou o pó de Jacó? Isto é, a descendência de Jacó seria tão incansável como é o pó da terra, que seria o cumprimento da promessa divina feita a Abraão, Gn 12:2, 13.6.

23.15 Ao encontro do Senhor. O hebraico apenas diz: "ao encontro"; Balaão não conhece a Deus pessoalmente, pela Sua revelação total; só O conhece como poder sobrenatural, v. 5 com nota.

23.19 Em versos, em dois pares de paralelismos, ensina-se que Deus não voltará atrás naquilo que pronunciou, e que tem poder para cumprir totalmente tudo aquilo que na Sua Palavra prometeu. Por Si mesmo jurou que vai redimir Seus eleitos e cumprir as suas esperanças, He 6:13-58; Rm 4:21. Prometeu aceitar todos quantos vêm para Ele, dando-lhes a vitória sobre o pecado e a ressurreição gloriosa de entre os mortos. Deus não mente Tt 1:2.

23.20 Recebi ordem. Muitas vezes as bênçãos de Deus são administradas por instrumentos humanos. Muitos crentes são despertados e edificados por evangelistas, pastores e ensinadores cristãos. • N. Hom. Versículos 21:24 revelam nove bênçãos que Deus concede ao Seu povo:
1) A Justificação: Não viu iniqüidade;
2) A Comunhão com Deus: o Senhor seu Deus esta com ele;
3) A Vitória: aclamações ao seu Rei. Pela fé o crente tem a vitória sobre o mundo e aprende a aclamar Cristo como Vencedor em tudo 1Jo 5:4; 1Jo 4:0) A Redenção: Deus os tirou do Egito. O verdadeiro Israel foi redimido em tudo, Gl 3:13; Tt 2:14; Dn 13:14; Dn 5:0) A Força: como as do boi selvagem. Esta força provém de Cristo; Ef 6:10; Ef 6:0) Imunidade às Artes do Diabo: não vale encantamento. Veja 1Jo 5:18;
7) Ser Parte do Plano de Deus: Que coisas tem feito Deus;
8) A Invencibilidade se ergue como leão. Cristo, o Leão da tribo de Judá, Ap 5:5, leva os propósitos do Seu povo ao sucesso final;
9) O Descanso Final: não se deita até que devore a presa. Veja Rm 16:20; Rm 6:14; 1Co 15:26.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Números Capítulo 23 do versículo 1 até o 30

b)    O sacrifício (23:1-6)
“Os povos da Antiguidade geralmente faziam acompanhar todas as suas empreitadas mais importantes de sacrifícios, para se assegurarem da ajuda e da proteção dos deuses; mas isso se aplicava especialmente às suas cerimônias de súplicas” (Keil). Balaão pede a Balaque que construa sete altares, não como uma marca de politeísmo, mas sim porque o número sete era sagrado para muitos povos antigos. O holocausto (v. 3,6), uma oferta queimada, era uma forma de sacrifício tão antiga quanto os patriarcas (conforme Gn 8:20). Com base no v. 2, parece que o rei Balaque cumpria a função de sacerdote, assim como também Balaão. Balaque deve ficar junto ao seu holocausto (v. 3), “como na presença de Deus, como um que se oferece a Sl mesmo e os seus sacrifícios para obter o favor dele” (M. Poole). v. 3. Talvez o Senhor venha ao meu encontro: muitos estudiosos têm concluído Dt 24:1. As montanhas do oriente estão em contraste aqui com as montanhas de Moabe (v. 9). Balaão não consegue amaldiçoar o povo de Israel porque este é objeto do favor de Deus e é diferente de todos os outros povos (v. 8,9). v. 9. não se considera como qualquer nação', “que não se tornaram um com os povos” (NEB). Essa separação não era algo meramente exterior. Como mostram Ex 33:16 e Lv 20:24,26, era principalmente uma separação para o Senhor. Quando o povo perdeu a sua característica de separado para o Senhor, também perdeu a sua separação exterior; conforme Dt 30:3, em que o povo é visto espalhado entre todos os povos em virtude de sua desobediência, v. 10. o pó de Jacó\ conforme Gn 13:16; 28:14. quarta parte de Israel'. Israel estava dividido em quatro acampamentos (conforme cap. 2). E possível que Balaão tenha conseguido enxergar apenas um, conforme 22.41. Mas o significado da palavra hebraica é incerto. Tradicionalmente tem-se associado o significado dessa palavra com “quarta parte” ou “quarto”, mas o significado pode ser “nuvens de pó” (BJ: “nuvem”) como em Albright. A LXX traz “povos”, e a NEB, “hordas”. Morra eu a morte dos justos (y’shãrim), e seja o meu fim como o deles!: “justos” se refere ao povo de Israel, o “Jesurum” de Deus (conforme Dt 32:15; Dt 33:5,Dt 33:26). Ele gostaria de morrer como um judeu piedoso, coroado com a bênção de Deus. O fim parece referir-se à prosperidade relacionada a seus filhos; a idéia de bênção depois da morte dificilmente estaria na mente de Balaão. Mas ele não viveu a vida dos justos, e portanto não morreu como eles (conforme 31.8 e Js 13:22).

d)    O topo do Pisga (23:11-17)
Balaque leva Balaão ao topo do Pisga.

Talvez tenha sido o mesmo lugar de onde Moisés viu a terra (conforme Dt 3:27; Dt 34:1). v. 13. você poderá vê-los [...] você verá: Keil entende que o verbo está no “tempo” presente, referindo-se à vista sobre Bamote-Baal (conforme 22.41). Assim também a BJ. O topo do Pisga em Dt

3.27 oferece uma visão muito ampla.
e)    O segundo oráculo de Balaão (23:18-24)
Como Balaque já estava em pé (v. 17), Levante-se (v. 18) deve ser uma ordem para encorajar a Sl mesmo. No v. 19, Balaão diz a Balaque que não espere que Deus se amipen-


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Números Capítulo 23 do versículo 1 até o 6
XV. AS PROFECIAS. Nu 22:41-4; Nu 23:27-4). Levantam-se sete altares para a oferta de sacrifícios (Nu 23:1-4, Nu 23:14, Nu 23:29-4). Balaão aconselha Balaque a permanecer junto do seu holocausto, enquanto ele se afasta um tanto (Nu 23:3, Nu 23:15). Balaão recebe uma mensagem do Senhor e volta para Balaque (Nu 23:5, Nu 23:16), que se encontra junto ao holocausto com os príncipes de Moabe (Nu 23:6, Nu 23:17). A partida e o regresso não se repetem antes do terceiro discurso, como se explica em Nu 24:1.

Dicionário

Altares

masc. pl. de altar

al·tar
(latim altare, -is)
nome masculino

1. Mesa em que o sacerdote pagão sacrifica à divindade.

2. Mesa consagrada, geralmente com um retábulo, onde se celebra missa.

3. Mesa a que se sentam os dignitários maçónicos.

4. Figurado Religião, culto.

5. Objecto de amor e veneração; ara.


Aqui

advérbio Neste lugar: aqui não há preconceitos raciais.
A este lugar: jamais voltarei aqui.
Nesta ocasião, neste momento, agora: nunca simpatizei com ele, e aqui o digo sem rebuços.
locução adverbial Aqui e ali, ora num lugar, ora noutro; esparsamente.

cá. – Escreve Roq., que estes dois advérbios“ valem o mesmo que ‘este lugar’, ou ‘neste lugar’ onde se acha a pessoa que fala. A diferença entre os dois consiste em que aqui designa o lugar de um modo absoluto, e sem referência alguma a outro lugar;
v. g.: Aqui vivo, aqui estou, etc. Cá tem maior extensão, pois além de designar o lugar onde se está, acrescenta por si só a exclusão de outro lugar determinado (lá) que direta ou indiretamente se contrapõe àquele em que nos achamos. Vivo aqui; janto aqui – supõe, só e absolutamente, o lugar onde vivo e onde janto, sem excluir determinadamente outro lugar, e sem sugerir a menor ideia de dúvida, preferência, ou relação alguma respetivamente a outro. Mas – janto hoje cá; esta noite durmo cá – exclui determinadamente o lugar onde costumo jantar ou dormir. No estilo familiar entende-se – aqui por ‘nesta casa’; pois quando alguém diz – F. jantou aqui ontem; ou – passou ontem aqui a noite – é como se dissesse – jantou, passou a noite ‘nesta casa’. Quando cá se contrapõe a lá indica a terra ou o lugar em que estamos comparando com outro de que já falamos, e a que nos referimos como se vê no ditado vulgar – Cá e lá más fadas há”.

Balaque

-

hebraico: devastador, gastando

Filho de Zipor, foi o rei moabita que convocou Balaão para amaldiçoar o povo de Israel, movido pelo medo, ao tomar conhecimento da vitória dos israelitas sobre outros povos. Achou que seria possível contratar Balaão para lançar uma maldição sobre os hebreus e, assim, derrotá-los (Nm 22). A despeito da insensatez de Balaão, Deus o usou várias vezes para confrontar Balaque e abençoar o povo, ao invés de amaldiçoar (Nm 23:11), para consternação do rei moabita. Os escritores bíblicos viram Balaque como um exemplo de extrema imprudência e uma ilustração de como os pagãos subestimam o poder do Deus de Israel. Tentar amaldiçoar o povo a quem Senhor abençoou só poderia resultar em maldição sobre si mesmo! (Js 24:9; Jz 11:25). As gerações futuras são desafiadas a lembrar do exemplo de Balaque e dessa maneira evitar o juízo de Deus (Mq 6:5). Da mesma forma, o falso ensino deve ser evitado, devido à sedução e aos efeitos perigosos que causa sobre a congregação (Ap 2:14). S.V.


Balaque [Esgotado ? Devastador ?]

Rei de Moabe que contratou Balaão para que amaldiçoasse os israelitas (Nm 22—24).


Balaão

-

Significação desconhecida, talvez devorador. Um adivinho ou profeta, a quem Balaque, rei de Moabe, ordenou que amaldiçoasse os israelitas. Era filho de Beor, e residia em Petor, na Mesopotâmia (Nm 22:5). Em lugar de amaldiçoar os inimigos de Balaque, ele, por instrução e impulso divinos, os abençoou, predizendo a futura grandeza de israel (Ne 13:2Mq 6:5 – 2 Pe 2.15 – Jd 11 – e Ap 2:14). Ainda que vivia entre os pagãos, tinha Balaão algum conhecimento do verdadeiro Deus, sendo, além disso, homem de grande inteligência, com fama de santidade e sabedoria. Era considerado profeta entre a sua gente, que, em conformidade com as idéias de muitas outras nações da antigüidade, tinha o curioso costume de entregar aos deuses destruidores os inimigos, antes de entrar em combate com ele. Balaão negociara com os seus dons especiais, como se mostra no fato de terem os mensageiros de Balaque levado consigo presentes para recompensarem o profeta pelos seus encantamentos, quando foram ter com ele a pedido do rei. os israelitas haviam começado as suas conquistas na Terra Santa, e por isso o rei de Moabe, com os midianitas, seus aliados, procurou por todos os meios deter o seu avanço. Todavia, Balaão, avisado por Deus, recusou, embora desejoso do seu lucro (2 Pe 2.15), levar a efeito o que o rei desejava – e só depois de ter ido a sua casa outra deputação mais importante é que ele resolveu partir. Mas isso era contra a vontade de Deus, que pela boca da jumenta fez de algum modo compreender a Balaão o seu mau passo. Viu-se depois o resultado deste fato. Não somos, porém, levados a crer que ele se tornou verdadeiro crente no Senhor, porque mais tarde vamos encontrá-lo empregando vilmente todos os esforços para conseguir a destruição dos israelitas (Nm 25). E morreu quando combatia pelos midianitas contra aqueles, que ele tinha pensado em amaldiçoar (Nm 31:8-16).

Permanece como uma advertência quanto aos perigos de se permitir que um forasteiro (Balaão era de Petor, região do Eufrates) se infiltre e perversamente crie tumulto na comunidade de Deus. Esse falso profeta tipificou a situação de instabilidade de Israel no tempo de Moisés. A intervenção do legislador em favor do povo impedira a aniquilação da nação sob o juízo do Senhor (Nm 22:49). Após testemunhar uma grande vitória pelas mãos de Deus, os hebreus logo foram seduzidos pelas práticas dos moabitas (veja Números 25).

De acordo com Números 22, Balaão foi convocado pelo rei Balaque, de Moabe. Deus interveio, mandando um anjo bloquear seu caminho. Há uma ironia no fato de que a jumenta reconheceu o ser angelical, como também a intervenção de Deus, enquanto Balaão nada percebeu. A história desse falso profeta é mais bem lembrada pelas palavras do animal, que mostrou maior sabedoria do que seu dono e era capaz de proferir oráculos mais sábios! Finalmente, Balaão foi autorizado a prosseguir sua jornada.

Balaão experimentava uma comunicação privilegiada com Deus, que falava com o povo por meio dos oráculos; entretanto, da mesma maneira que os israelitas, ele acendeu a ira de Deus, com sua relutância em fazer “somente o que Eu te disser” (Nm 22:20s). Seduzido pela bajulação (Nm 22:17) e mais interessado em descobrir um meio de acomodar os interesses do que em prestar atenção aos oráculos que sairiam de sua própria boca, Balaão entrou para a tradição rabínica como um diplomata eficiente, mas enganador. Balaque não estava interessado nas palavras de Balaão (Nm 24:10s). De acordo com Números 31:8-16, esse falso profeta aconselhou os midianitas a atrair os israelitas para os pecados sexuais em Peor. Por essa razão, foi morto por Moisés e seus homens junto com os reis midianitas (Nm 31). A despeito da mistura de verdadeiros e falsos oráculos e da lealdade mista do profeta, Deus continuou a intervir, para guiar seu povo na vitória sobre seus inimigos.

Dessa maneira, o episódio de Balaão tornou-se mais um exemplo da total soberania de Deus que opera para o bem de seu povo.

II Pedro 2:15, Judas 11 e Apocalipse 2:14 advertem o povo de Deus quanto ao perigo de aceitarem em seu meio um pagão com uma maneira de falar suave e eloqüente, que se apóia em seu conhecimento como uma forma de religiosidade, e desvia-se para sua própria destruição. Uma aparência de piedade encobre convicções frágeis e superficiais, que podem ser compradas (Nm 22:17), e também um arrependimento superficial (v. 34), o qual tem vida curta.

II Pedro 2:15-16 mostra Balaão como um homem de talento profético, mas com desejo de usar os dons de Deus, a fim de alcançar seus objetivos pessoais. Assim, o apóstolo alertou para o perigo das palavras “arrogantes de vaidade”, porque funcionam como uma cobertura para os desejos malignos. O cristão deve ser grato porque tal vaidade de coração será exposta no dia do julgamento (Jd 11). Para o apóstolo João, ao escrever à igreja em Pérgamo, o pior pecado não é de fato o da auto-engano, porque este no final será exposto. Pelo contrário, a maneira como Balaão foi induzido ao adultério espiritual por Balaque é muito pior (veja mais detalhes em Balaque). E, assim, o juízo mais rigoroso está reservado para os que conscientemente induzem outros ao erro. Como aconteceu com Balaão, as conseqüências do pecado finalmente os apanham (cf. Nm 31:8; Js 13:22). S.V.


Balaão [Senhor do Povo ? Devorador ?] - Profeta da cidade de Petor, na MESOPOTÂMIA. Ele abençoou o povo de Israel, mas depois o levou ao pecado (Nu 22:5—24:
2) 5; 31.8,16; (2Pe 2:15); (Jz 11).

Bezerros

masc. pl. de bezerro

be·zer·ro |ê| |ê|
(origem controversa)
nome masculino

1. Vitelo em fase de amamentação (geralmente até à idade de um ano).

2. Pele curtida desse animal.


Carneiros

masc. pl. de carneiro
masc. pl. astr. de carneiro

car·nei·ro 2
(latim vulgar carnarium, -ii, gancho para carnes)
nome masculino

1. Subterrâneo sepulcral. = CRIPTA

2. Depósito de ossadas exumadas dos cemitérios.

3. Cemitério.


car·nei·ro 1
(latim vulgar *carnarius, animal de boa carne)
nome masculino

1. [Zoologia] Mamífero ruminante e lanígero do género Ovis, da família dos bovídeos.

2. Macho da ovelha.

3. Carne desse animal.

4. Pele ou lã desse animal (ex.: casaco de carneiro).

5. [Informal] Pessoa dócil ou submissa.

6. Antigo Máquina de guerra para arrombar portas e se desconjuntar muralhas. = CARNEIRO, VAIVÉM

7. [Astronomia] Constelação zodiacal. (Geralmente com inicial maiúscula.) = ÁRIES

8. [Astrologia] Signo do Zodíaco, entre Peixes e Touro. (Geralmente com inicial maiúscula.) = ÁRIES

9. Cada uma das pequenas ondas espumosas causadas pelo vento. (Mais usado no plural.)

10. Cada uma das pequenas nuvens brancas arredondadas que cobrem o céu de maneira descontínua. (Mais usado no plural.) = CÚMULO

11. [Agricultura] Gorgulho da fava.

12. [Portugal: Madeira] Ictiologia Designação comum a várias espécies de peixes do género Scorpaena, da família dos escorpenídeos, com espinhos venenosos, encontrados em águas atlânticas e mediterrânicas de pouca profundidade. = ESCORPENA, PEIXE-PEDRA, RASCASSO


carneiro hidráulico
Máquina para elevar água. = ARÍETE HIDRÁULICO


Dissê

1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

di·zer |ê| |ê| -
(latim dico, -ere)
verbo transitivo

1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

2. Referir, contar.

3. Depor.

4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

verbo intransitivo

8. Condizer, corresponder.

9. Explicar-se; falar.

10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

verbo pronominal

11. Intitular-se; afirmar ser.

12. Chamar-se.

13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

nome masculino

14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

15. Estilo.

16. Maneira de se exprimir.

17. Rifão.

18. Alegação, razão.


quer dizer
Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

tenho dito
Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


Edificar

verbo transitivo direto Erguer ou elevar uma construção de acordo com uma estrutura pré-estabelecida e com o auxílio dos materiais necessários: edificar um apartamento.
Desenvolver uma ideologia, uma teoria etc.; instituir: edificar uma nova doutrina religiosa.
verbo transitivo direto , intransitivo e pronominal Ser levado ou conduzido em direção ao aperfeiçoamento moral e/ou religioso; conduzir à virtude: o conhecimento edifica o ser humano; livros educativos edificam; edificavam-se indo ao teatro regularmente.
Etimologia (origem da palavra edificar). Do latim aedificare.

Edificar
1) Construir (2Sm 7:5); (Mt 7:24)

2) Elevar social e espiritualmente (1Co 10:23); (1Ts 5:11).

Então

advérbio Agora ou naquela circunstância: acabei então de perceber que havia sido enganada!
Em determinada situação; nessa circunstância: o chefe está bem-humorado, então não há discussão.
Numa situação futura; num momento afastado do presente: você precisa se casar, então irá entender do que estou falando.
interjeição Que demonstra espanto; em que há admiração: então, você se casou?
Que se utiliza para animar (alguém): então, força!
substantivo masculino Período de tempo que passou: numa lembrança de então, recordou-se da juventude.
Etimologia (origem da palavra então). Do latim in + tunc/ naquele momento.

Preparar

verbo transitivo Aprontar, arranjar, dispor com antecedência.
Predispor favoravelmente.
Estudar, organizar previamente.
Dar preparo a, ensinar.
Química Obter (um corpo qualquer) por meio de composição ou decomposição: preparar o oxigênio.
verbo pronominal Aparelhar-se, apetrechar-se.
Vestir-se convenientemente; enfeitar-se, ataviar-se.

preparar
v. 1. tr. dir. e pron. Aparelhar(-se), aprontar(-se), dispor(-se) antecipadamente. 2. pron. Arranjar-se, ataviar-se. 3. tr. dir. Educar, habilitar. 4. tr. dir. Predispor. 5. tr. dir. Armar, dispor, maquinar. 6. tr. dir. Estudar, meditar, memorizar. 7. tr. dir. Dosar e combinar os ingredientes para um medicamento. 8. tr. dir. Tratar (plantas, animais ou partes do corpo humano) a fim de conservar ao natural para fins de estudo.

Sete

numeral Número que vem imediatamente após o seis, na sequência natural dos números inteiros: os sete dias da semana.
substantivo masculino Algarismo que representa o número sete: 77 escreve-se com dois setes.
A carta do baralho marcada com esse número.
[Brasil] Pop. Pintar o sete, exceder-se, fazer diabruras, divertir-se à vontade; O mesmo que pintar a manta, pintar a saracura e pintar.
locução adverbial A sete chaves, muito seguramente, de modo inviolável, muito bem (guardado, escondido, fechado): guarde o segredo a sete chaves.

o uso do número sete sugere-nos considerações particulares a seu respeito. Pela primeira vez aparece na narrativa da criação (Gn 2:1-3), e acha-se na lei com relação às festas (Êx 2. 15 – Lv 25. 8 – Dt 16. 9), e à consagração de sacerdotes e altares (Êx 29:30-35,37), ao estado da pessoa imunda (Lv 12:2), ao espargimento de sangue (Lv 4:6), e de azeite (Lv 14:16). Com respeito a pessoas em número de sete notam-se: filhos (Rt 4:15 – 1 Sm 2.5 – Jr 15:9At 19:14), conselheiros (Ed 7:14Et 1:10-14) – donzelas (Et 2:9) – homens de sabedoria (Pv 26:16), homens necessitados (Ec 11:2), mulheres (Ap 8:2), espíritos (Ap 1:4), demônios (Mc 16:9). Coisas em sete: animais (Gn 7:2), vacas e espigas de trigo (Gn 41:2-7), altares (Nm 23:1) colunas (Pv 9:1), correntes de água (is 11:15), varas e tranças (Jz 16:7-13), olhos (Zc 3:9), estrelas (Am 5:8), selos (Ap 5:1) etc. Sete vezes, em algumas passagens, é a inclinação (Gn 33:3), o castigo (Lv 26:18-21), o louvor a Deus (Sl 119:164), o pagamento (Pv 6:31), o perdão (Mt 18:22). Fazia-se, também, uso do número sete como número redondo (5:19, etc.), e como sete vezes mais, no sentido de inteiramente (Gn 4:15).

Terceiro filho de Adão e Eva, quando Adão tinha 130 anos de idade. Nasceu depois que Caim matou Abel. Gênesis 4:25 diz que Eva deu-lhe esse nome porque “Deus me deu outro descendente em lugar de Abel, que Caim matou”. O vocábulo hebraico talvez derive do verbo “conceder” ou “apontar”. Devido ao pecado de Caim e à morte de Abel, a linhagem oficial de Adão e Eva foi estabelecida por meio de Sete, gerado à semelhança e conforme a imagem de Adão (Gn 5:3-8).

Sete teve um filho chamado Enos (Gn 4:26-1Cr 1:
1) e foi nessa época “que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”. Esse fato provavelmente é citado para enfatizar que foi por meio de Sete que a linhagem piedosa teve continuidade. Essa tornou-se a linhagem messiânica através de Noé, Abraão, Davi e finalmente Jesus (Lc 3:38). P.D.G.


Sete [Deu]

Filho de Adão e pai de Enos (Gn 4:25-26).


Sete 1. Número que simboliza uma totalidade (Mt 18:21ss.; Mc 8:5.20). 2. O número de frases pronunciadas por Jesus na cruz, as quais são convencionalmente conhecidas como “Sete Palavras” (Mt 27:46 e par.; Lc 23:34; 23,43; 23,46; Jo 19:26-27; 19,28; 19,30).

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
בִּלעָם אָמַר בָּלָק בָּנָה שֶׁבַע מִזְבֵּחַ כּוּן שֶׁבַע פַּר שֶׁבַע אַיִל
Números 23: 1 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Então, BalaãoH1109 בִּלעָםH1109 disseH559 אָמַרH559 H8799 a BalaqueH1111 בָּלָקH1111: Edifica-meH1129 בָּנָהH1129 H8798, aqui, seteH7651 שֶׁבַעH7651 altaresH4196 מִזְבֵּחַH4196 e prepara-meH3559 כּוּןH3559 H8685 seteH7651 שֶׁבַעH7651 novilhosH6499 פַּרH6499 e seteH7651 שֶׁבַעH7651 carneirosH352 אַיִלH352.
Números 23: 1 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

1407 a.C.
H1109
Bilʻâm
בִּלְעָם
o filho de Beor, um homem dotado com o dom da profecia n pr loc
(to Balaam)
Substantivo
H1111
Bâlâq
בָּלָק
murmurar, resmungar, queixar-se, dizer algo contra em um tom baixo
(they grumbled)
Verbo - Indicativo Imperfeito Ativo - 3ª pessoa do plural
H1129
bânâh
בָּנָה
E feito
(and made)
Verbo
H2088
zeh
זֶה
Esse
(This)
Pronome
H352
ʼayil
אַיִל
carneiro
(and a ram)
Substantivo
H3559
kûwn
כּוּן
ser firme, ser estável, ser estabelecido
(has been established)
Verbo
H413
ʼêl
אֵל
até
(unto)
Prepostos
H4196
mizbêach
מִזְבֵּחַ
um altar
(an altar)
Substantivo
H559
ʼâmar
אָמַר
E disse
(And said)
Verbo
H6499
par
פַּר
novo
(young)
Substantivo
H7651
shebaʻ
שֶׁבַע
sete (número cardinal)
(and sevenfold)
Substantivo


בִּלְעָם


(H1109)
Bilʻâm (bil-awm')

01109 בלעם Bil am̀

provavelmente procedente de 1077 e 5971, grego 903 Βαλααμ; DITAT - 251b Balaão = “não do povo” n pr m

  1. o filho de Beor, um homem dotado com o dom da profecia n pr loc
  2. uma cidade em Manassés

בָּלָק


(H1111)
Bâlâq (baw-lawk')

01111 בלק Balaq

de 1110, grego 904 Βαλακ; n pr m

Balaque = “devastador”

  1. um rei de Moabe que contratou Balaão para amaldiçoar Israel

בָּנָה


(H1129)
bânâh (baw-naw')

01129 בנה banah

uma raiz primitiva; DITAT - 255; v

  1. construir, reconstruir, estabelecer, fazer continuar
    1. (Qal)
      1. construir, reconstruir
      2. construir uma casa (i.e., estabelecer uma família)
    2. (Nifal)
      1. ser construído
      2. ser reconstruído
      3. estabelecido (referindo-se a exilados restaurados) (fig.)
      4. estabelecido (tornado permanente)
      5. ser constituído (de esposa sem filhos tornando-se a mãe de uma família através dos filhos de uma concubina)

זֶה


(H2088)
zeh (zeh)

02088 זה zeh

uma palavra primitiva; DITAT - 528; pron demons

  1. este, esta, isto, aqui, qual, este...aquele, esta...esta outra, tal
    1. (sozinho)
      1. este, esta, isto
      2. este...aquele, esta...esta outra, outra, outro
    2. (aposto ao subst)
      1. este, esta, isto
    3. (como predicado)
      1. este, esta, isto, tal
    4. (encliticamente)
      1. então
      2. quem, a quem
      3. como agora, o que agora
      4. o que agora
      5. pelo que
      6. eis aqui
      7. imediatamente
      8. agora, agora mesmo
    5. (poético)
      1. onde, qual, aqueles que
    6. (com prefixos)
      1. neste (lugar), então
      2. nestas condições, por este meio, com a condição que, por, através deste, por esta causa, desta maneira
      3. assim e assim
      4. como segue, coisas tais como estes, de acordo com, com efeito da mesma maneira, assim e assim
      5. daqui, portanto, por um lado...por outro lado
      6. por este motivo
      7. Apesar disso, qual, donde, como

אַיִל


(H352)
ʼayil (ah'-yil)

0352 איל ’ayil

procedente do mesmo que 193; DITAT - 45d,e,f,g; n m

  1. carneiro
    1. carneiro (como alimento)
    2. carneiro (como sacrifício)
    3. carneiro (pele tingida de vermelho, para o tabernáculo)
  2. pilares, verga, umbrais, pilastra
  3. homem forte, líder, chefe
  4. árvore grande, terebinto

כּוּן


(H3559)
kûwn (koon)

03559 כון kuwn

uma raiz primitiva; DITAT - 964; v

  1. ser firme, ser estável, ser estabelecido
    1. (Nifal)
      1. estar estabelecido, ser fixado
        1. estar firmemente estabelecido
        2. ser estabelecido, ser estável, ser seguro, ser durável
        3. estar fixo, estar firmemente determinado
      2. ser guiado corretamente, ser fixado corretamente, ser firme (sentido moral)
      3. preparar, estar pronto
      4. ser preparado, ser arranjado, estar estabelecido
    2. (Hifil)
      1. estabelecer, preparar, consolidar, fazer, fazer firme
      2. fixar, aprontar, preparar, providenciar, prover, fornecer
      3. direcionar para (sentido moral)
      4. arranjar, organizar
    3. (Hofal)
      1. estar estabelecido, estar firme
      2. estar preparado, estar pronto
    4. (Polel)
      1. preparar, estabelecer
      2. constituir, fazer
      3. fixar
      4. direcionarr
    5. (Pulal) estar estabelecido, estar preparado
    6. (Hitpolel) ser estabelecido, ser restaurado

אֵל


(H413)
ʼêl (ale)

0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

partícula primitiva; DITAT - 91; prep

  1. para, em direção a, para a (de movimento)
  2. para dentro de (já atravessando o limite)
    1. no meio de
  3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
  4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
  5. em adição a, a
  6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
  7. de acordo com (regra ou padrão)
  8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
  9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

מִזְבֵּחַ


(H4196)
mizbêach (miz-bay'-akh)

04196 מזבח mizbeach

procedente de 2076; DITAT - 525b; n m

  1. altar

אָמַר


(H559)
ʼâmar (aw-mar')

0559 אמר ’amar

uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

  1. dizer, falar, proferir
    1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
    2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
    3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
    4. (Hifil) declarar, afirmar

פַּר


(H6499)
par (par)

06499 פר par ou פר par

procedente de 6565; DITAT - 1831a; n. m.

  1. touro, novilho castrado, boi

שֶׁבַע


(H7651)
shebaʻ (sheh'-bah)

07651 שבע sheba ̀ou (masc.) שׂבעה shib ah̀

procedente de 7650; DITAT - 2318; n. m./f.

  1. sete (número cardinal)
    1. como número ordinal
    2. em combinação - 17, 700, etc