Enciclopédia de Atos 7:51-51

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

at 7: 51

Versão Versículo
ARA Homens de dura cerviz e incircuncisos de coração e de ouvidos, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim como fizeram vossos pais, também vós o fazeis.
ARC Homens de dura cerviz, e incircuncisos de coração e ouvido: vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim vós sois como vossos pais.
TB Homens de dura cerviz e incircuncisos de coração e de ouvido, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim como fizeram vossos pais, também vós o fazeis.
BGB Σκληροτράχηλοι καὶ ἀπερίτμητοι ⸀καρδίαις καὶ τοῖς ὠσίν, ὑμεῖς ἀεὶ τῷ πνεύματι τῷ ἁγίῳ ἀντιπίπτετε, ὡς οἱ πατέρες ὑμῶν καὶ ὑμεῖς.
HD {Homens} de dura cerviz e incircuncisos nos corações e nos ouvidos, vós sempre resistis ao Espírito Santo; como os vossos Pais, {sois} também vós.
BKJ Duros de cerviz, e incircuncisos de coração e ouvidos; vós sempre resistis ao Espírito Santo; como fizeram vossos pais, assim fazei vós.
LTT Ó homens de- nucas- que- não- se- dobram (para aceitar o jugo), e incircuncisos no coração e nos ouvidos! Vós sempre resistis ao Espírito, o Santo. Como fizeram os vossos pais, do mesmo modo fazeis vós (agora).
BJ2 Homens de dura cerviz, incircuncisos de coração e de ouvidos, vós sempre resistis ao Espírito Santo![g] Como foram vossos pais, assim também vós!
VULG Dura cervice, et incircumcisis cordibus et auribus, vos semper Spiritui Sancto resistitis : sicut patres vestri, ita et vos.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Atos 7:51

Êxodo 32:9 Disse mais o Senhor a Moisés: Tenho visto a este povo, e eis que é povo obstinado.
Êxodo 33:3 a uma terra que mana leite e mel; porque eu não subirei no meio de ti, porquanto és povo obstinado, para que te não consuma eu no caminho.
Êxodo 33:5 Porquanto o Senhor tinha dito a Moisés: Dize aos filhos de Israel: Povo obstinado és; se um momento eu subir no meio de ti, te consumirei; porém agora tira de ti os teus atavios, para que eu saiba o que te hei de fazer.
Êxodo 34:9 e disse: Senhor, se agora tenho achado graça aos teus olhos, vá agora o Senhor no meio de nós; porque este é povo obstinado; porém perdoa a nossa iniquidade e o nosso pecado e toma-nos pela tua herança.
Levítico 26:41 eu também andei com eles contrariamente e os fiz entrar na terra dos seus inimigos; se, então, o seu coração incircunciso se humilhar, e tomarem por bem o castigo da sua iniquidade,
Deuteronômio 9:6 Sabe, pois, que não é por causa da tua justiça que o Senhor, teu Deus, te dá esta boa terra para possuí-la, pois tu és povo obstinado.
Deuteronômio 9:13 Falou-me mais o Senhor, dizendo: Atentei para este povo, e eis que ele é povo obstinado.
Deuteronômio 10:16 Circuncidai, pois, o prepúcio do vosso coração e não mais endureçais a vossa cerviz.
Deuteronômio 30:6 E o Senhor, teu Deus, circuncidará o teu coração e o coração de tua semente, para amares ao Senhor, teu Deus, com todo o coração e com toda a tua alma, para que vivas.
Deuteronômio 31:27 Porque conheço a tua rebelião e a tua dura cerviz; eis que, vivendo eu ainda hoje convosco, rebeldes fostes contra o Senhor; e quanto mais depois da minha morte.
II Crônicas 30:8 Não endureçais, agora, a vossa cerviz, como vossos pais; dai a mão ao Senhor, e vinde ao santuário que ele santificou para sempre, e servi ao Senhor, vosso Deus, para que o ardor da sua ira se desvie de vós.
Neemias 9:16 Porém eles, nossos pais, se houveram soberbamente, e endureceram a sua cerviz, e não deram ouvidos aos teus mandamentos.
Neemias 9:30 Porém estendeste a tua benignidade sobre eles por muitos anos e protestaste contra eles pelo teu Espírito, pelo ministério dos teus profetas; porém eles não deram ouvidos; pelo que os entregaste na mão dos povos das terras.
Salmos 75:5 não levanteis a fronte altiva, nem faleis com cerviz dura.
Salmos 78:8 e não fossem como seus pais, geração contumaz e rebelde, geração que não regeu o seu coração, e cujo espírito não foi fiel para com Deus.
Isaías 48:4 Porque eu sabia que eras duro, e a tua cerviz, um nervo de ferro, e a tua testa, de bronze.
Isaías 63:10 Mas eles foram rebeldes e contristaram o seu Espírito Santo; pelo que se lhes tornou em inimigo e ele mesmo pelejou contra eles.
Jeremias 4:4 Circuncidai-vos para o Senhor e tirai os prepúcios do vosso coração, ó homens de Judá e habitantes de Jerusalém, para que a minha indignação não venha a sair como fogo e arda de modo que não haja quem a apague, por causa da malícia das vossas obras.
Jeremias 6:10 A quem falarei e testemunharei, para que ouça? Eis que os seus ouvidos estão incircuncisos e não podem ouvir; eis que a palavra do Senhor é para eles coisa vergonhosa; não gostam dela.
Jeremias 9:25 Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que visitarei a todo circuncidado com o incircunciso.
Jeremias 17:23 Mas não deram ouvidos, nem inclinaram as orelhas; antes, endureceram a sua cerviz, para não ouvirem e para não receberem correção.
Ezequiel 2:4 E os filhos são de semblante duro e obstinados de coração; eu te envio a eles, e lhes dirás: Assim diz o Senhor Jeová.
Ezequiel 44:7 Porquanto chamastes estranhos, incircuncisos de coração e incircuncisos de carne, para estarem no meu santuário, para o profanarem em minha casa, quando oferecereis o meu pão, a gordura e o sangue; e eles invalidaram o meu concerto, por causa de todas as vossas abominações.
Ezequiel 44:9 Assim diz o Senhor Jeová: Nenhum estranho, incircunciso de coração ou incircunciso de carne, entrará no meu santuário, dentre os estranhos que se acharem no meio dos filhos de Israel.
Zacarias 7:11 Eles, porém, não quiseram escutar, e me deram o ombro rebelde, e ensurdeceram os seus ouvidos, para que não ouvissem.
Mateus 23:31 Assim, vós mesmos testificais que sois filhos dos que mataram os profetas.
Atos 6:10 E não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que falava.
Atos 7:9 E os patriarcas, movidos de inveja, venderam a José para o Egito; mas Deus era com ele.
Atos 7:27 E o que ofendia o seu próximo o repeliu, dizendo: Quem te constituiu príncipe e juiz sobre nós?
Atos 7:35 A este Moisés, ao qual haviam negado, dizendo: Quem te constituiu príncipe e juiz? A este enviou Deus como príncipe e libertador, pela mão do anjo que lhe aparecera no sarçal.
Atos 7:39 Ao qual nossos pais não quiseram obedecer, antes o rejeitaram e, em seu coração, se tornaram ao Egito,
Romanos 2:25 Porque a circuncisão é, na verdade, proveitosa, se tu guardares a lei; mas, se tu és transgressor da lei, a tua circuncisão se torna em incircuncisão.
Romanos 2:28 Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que o é exteriormente na carne.
Efésios 4:30 E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o Dia da redenção.
Filipenses 3:3 Porque a circuncisão somos nós, que servimos a Deus no Espírito, e nos gloriamos em Jesus Cristo, e não confiamos na carne.
Colossenses 2:11 no qual também estais circuncidados com a circuncisão não feita por mão no despojo do corpo da carne: a circuncisão de Cristo.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

As dez pragas

século XV ou XIII a.C.
De acordo com o livro de Êxodo, o Senhor ordenou que Moisés e seu irmão mais velho, Arão, se dirigissem ao faraó. Arão lançou diante do faraó o seu bordão e este se transformou numa serpente.' Os magos e feiticeiros dos egípcios conseguiram reproduzir esse feito com suas ciências ocultas, mas a vara de Arão engoliu a vara dos egípcios. Então, o Senhor lançou sobre a terra uma série de pragas devastadoras, culminando com a morte dos primogênitos do Egito. O escritor de Êxodo descreve pragas que mostram o controle do Senhor sobre diversos aspectos de sua criação e o contrasta implicitamente com a impotência dos deuses e da magia do Egito. Ele registra o propósito de Deus: "Saberão os egípcios que eu sou o Senhor, quando estender cu a mão sobre Egito e tirar do meio deles os filhos de Israel" (Éx 7.5). E possível sugerir explicações naturais para todas as pragas, com exceção da última; o caráter miraculoso das mesmas diz respeito à sua sequência devastadora e a fato de metade delas (as de número 4, 5, 7, 9 e
10) não ter atingido especificamente os israelitas.

1. Sangue
O nível das águas do Nilo se eleva em julho e agosto e chega ao seu ponto mais alto em setembro quando, normalmente o rio adquire um aspecto avermelhado devido à presença de partículas do solo suspensas na água. Neste caso, porém, trata-se de uma ocorrência incomum. Alguns estudiosos sugerem que milhões de organismos microscópicos chamados de flagelados, provavelmente originários do lago Tana, na Etiópia, conferiram às águas do Nilo a cor vermelha semelhante a sangue. Os peixes morreram, provocando mau odor e tornado a água impotável. Durante a noite, os flagelados precisariam de uma quantidade maior de oxigênio, mas durante o dia, o expeliriam. Essa variação poderia ser a causa da morte dos peixes, pois estes precisam de um nível constante de oxigênio.

2. Rãs
Sabe-se da ocorrência de invasões de rãs que saem do rio e vão para a terra no final do período de cheias (setembro-outubro). A água poluída poderia estimular as rás a saírem do rio e se espalharem pela terra (chegando a entrar nos aposentos do faraó). A morte súbita das rãs teria sido causada, talvez, pela contaminação dos peixes em decomposição.

3. Piolhos
Seres humanos e animais sofreram uma infestação de piolhos. O termo original também pode indicar um tipo de mosquito que talvez tenha se multiplicado nas poças que ficavam nas margens do Nilo quando as águas baixavam.

4. Moscas
Enxames densos de moscas (talvez mutucas) devastaram a terra. Esses insetos também podem ter se procriado nas poças às margens do rio.

5. Pestilência entre os animais
A quinta praga, possivelmente uma epidemia de antraz propagada pelas rãs, exterminou os rebanhos egípcios.

6. Úlceras
Tanto os seres humanos quanto os animais de toda a terra tiveram úlceras supurantes.

7. Granizo
Uma vez que o granizo é uma ocorrência incomum numa terra quente como o Egito, esta tempestade foi, sem dúvida, extraordinária. Arrasou todas as plantações e desfolhou as árvores. De acordo com Êxodo 9.31, o linho e a cevada já haviam florescido e foram destruídos pelo granizo, mas o trigo e o centeio ainda não tinham germinado. E possível inferir, então, que esta tempestade ocorreu em janeiro ou fevereiro.

8. Gafanhotos
Em março ou abril, os ventos orientais predominantes podiam trazer, talvez do Sudão, nuvens de gafanhotos migradores no seu estágio imaturo e mais voraz. Os insetos cobriram a terra até que esta escureceu e consumiram toda a vegetação que havia sobrevivido ao granizo.

9. Trevas
Os três dias de trevas podem ter sido causados pela hamsin, uma tempestade de areia comum no mês de março. Depois que os gafanhotos limparam toda a vegetação da terra, a tempestade levantou ainda mais pó.

10. A morte dos primogênitos
A décima praga ocorreu entre março e abril, quando os judeus de hoje celebram a Páscoa. Esta é a única praga para a qual não há nenhuma explicação natural, constituindo uma ocorrência inequivocamente sobrenatural. "Aconteceu que, à meia-noite, feriu o Senhor todos os primogênitos na terra do Egito, desde o primogênito de Faraó, que se assentava no seu trono, até ao primogênito do cativo que estava na cnxovia, e todos os primogênitos dos animais" (Êx 12.29).

A TRAVESSIA DO MAR
Os egípcios instaram os israelitas a deixar a terra. Êxodo 12.37 registra a partida de seiscentos mil homens, sem contar as mulheres e crianças. Considerando que o termo eleph (traduzido, em geral, como "mil") também pode significar ll grupos familiares alguns estudiosos sugerem um número muito menor. Depois de permitir a partida, o faraó mudou de ideia e perseguiu os escravos na tentativa de recuperar parte importante da força de trabalho do seu reino. Durante a noite, um forte vento oriental empurrou as águas do mar e o transformou em terra seca, permitindo as israelitas atravessar o mar em segurança. Então, o mar se fechou e afogou os egípcios que os perseguiam. Esse livramento dramático foi considerado na história subsequente de Israel como o acontecimento constitutivo do povo de Israel.

Em nossas traduções da Biblia, diz-se que as águas do "mar Vermelho" foram divididas e depois se fecharam sobre os perseguidores egípcios. A designação hebraica yam suph significa, na verdade, "mar de juncos" e, provavelmente se refere a um dos lagos rasos ao norte do golfo de Suez, e não ao que chamamos de mar Vermelho, ou seja, o próprio golfo de Suez. Evidencias geográficas, oceanográficas e arqueológicas sugerem que o golfo de Suez se estendia bem mais para o norte do que nos dias de hoje e que o lago Amargo se estendia bem mais para o sul. Existe a possibilidade de que os dois fossem ligados no segundo milênio a.C. Outros possíveis locais de travessia são os lagos Timsah e Ballah, mais ao norte.


Uma objeção levantada ocasionalmente é a impossibilidade de haver juncos em regiões alagadiças de água salgada. No entanto, alguns juncos e caniços tolerantes ao sal, chamados de halófilos, crescem em regiões desse tipo. Tanto Rashi (rabino Solomon ben Isaac), um estudioso do século XI, quanto os reformadores do século XVI Martinho Lutero e João Calvino adotaram a designação "mar de Juncos". Mas o nome "mar Vermelho" foi sedimentado em nosso linguajar devido ao seu uso na Septuaginta (a tradução grega do Antigo Testamento) e no Novo Testamento.

 

Por Paul Lawrence

As duas rotas possíveis que os israelitas usaram para cruzar o mar de Juncos em sua fuga do Egito
As duas rotas possíveis que os israelitas usaram para cruzar o mar de Juncos em sua fuga do Egito

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

at 7:51
Sabedoria do Evangelho - Volume 5

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 20
CARLOS TORRES PASTORINO

LC 12:1-12


1. Nesse ínterim, tendo-se reunido dezenas de milhares de pessoas, de tal forma que pisavam uns sobre os outros, começou a dizer a seus discípulos primeiro: "Precatai-vos contra o fermento que é a hipocrisia dos fariseus.

2. Nada existe encoberto que não se descubra, nem oculto que não se conheça.

3. Por isso, tudo o que dissestes nas trevas, será ouvido na luz; e o que falastes ao ouvido, na adega, será proclamado dos terraços.

4. Digo-vos, a vós meus amigos, não temais os que matam o corpo, e depois disso nada mais conseguem fazer.

5. Mostrar-vos-ei a quem temer; temei o que, depois de matar, tem o poder de lançar na geena; sim, digo-vos, temei a esse.

6. Não se vendem cinco passarinhos por dois asses? E nem um deles está esquecido diante de Deus.

7. Mas até os cabelos de vossa cabeça estão todos contados. Não temais: valeis mais que muitos passarinhos.

8. Digo-vos mais: todo o que me confirmar perante os homens, também o Filho do Homem o confirmará perante os mensageiros de Deus;

9. mas o que me negar diante dos homens, será renegado diante dos mensageiros de Deus.

10. Todo aquele que proferir um ensino contra o Filho de Homem, ser-lhe-á relevado; mas o que blasfemar contra o santo Espírito, não lhe será relevado.

11. Todas as vezes que vos levarem perante as sinagogas, os magistrados e as autoridades, não vos preocupeis como ou com que vos defendereis ou o que falareis;

12. porque o santo Espírito vos ensinará nessa mesma hora o que deveis dizer".



Aqui temos uma série de exortações do Mestre a Seus discípulos, para que não temam os perigos, quando se trata de anunciar a boa-nova do "Reino de Deus" dentro dos homens.


O evangelista fala de dezenas de milhares de pessoas (myria = 10. 000) dizendo literalmente: episynachtheisõn tõn myriádõn toú ochlóu, isto é, "se superajuntavam às dezenas de milhares de povo", a tal ponto que pisavam uns sobre os outros em torno de Jesus para ouvir-Lhe a voz. Os comentaristas julgam isso uma hipérbole. A própria Vulgata traduz multis turbis circumstantibus, "estando em redor muito povo", não obedecendo ao original.


Há uma enumeração de percalços, que são encontrados quando alguém acorda esse assunto vital e decisivo para a espiritualização da humanidade.


1) "O fermento que é a hipocrisia dos fariseus". O fermento que permanece oculto, que ninguém vê, e no entanto tem ação tão forte que "leveda a massa toda" (cfr. MT 13:33; MC 13:21; 1CO 5:6 e GL 5:9). A comparação do fermento com a hipocrisia aparece em outros pontos (cfr. MT 16:6-11, 12; MC 8:15). Não acreditar, portanto, de boa-fé, "abrindo o jogo" nas aparências dos que se dizem ou fingem, mas NÃO SÃO. Muitos exteriorizarão piedade, fé, santidade, mas são apenas "sepulcros caiados". Cuidado com eles!, adverte-nos o Mestre.


2) O segundo princípio vale para essa admoestação que acabou de ser dada e também para o que se segue: tudo o que estiver escondido e oculto virá a luz. Os hipócritas serão vergonhosamente des mascarados ao desvestir-se da matéria, única que lhes permite enganar, pois o "espírito" se encaminhará automaticamente, por densidade, por peso atômico ou por sintonia vibratória, para o local que lhe seja afim.


Doutra parte, todos os segredos iniciáticos ou não, aprendidos de boca a ouvido, serão divulgados a seu tempo. O que foi dito a portas fechadas, será proclamado de cima dos terraços, às multidões. É o que está ocorrendo hoje: tudo está sendo dito. Não mais adiantam sociedades ou fraternidades "secretas": a imprensa divulga todos os segredos. Quem tem ouvidos de ouvir ouve: quem não os tem, nada percebe...


3) Prossegue o terceiro aviso, de que há dois perigos que precisam ser bem distinguidos:

a) os que "matam o corpo", que é coisa sem importância. que qualquer pessoa pode sofrer sem lhe causar transtorno maior, como o próprio Jesus o demonstraria em Sua pessoa, deixando que assassinassem com requintes de crueldade Seu corpo - e com isso até conquistando o amor de toda a humanidade - e depois reaparecendo vivo e glorioso, como vencedor da morte;


b) e o perigo real, que vem "daquele" que tem o poder (exousía) de lançar na "geena". Já vimos que" geena" (vol. 2) é o "vale dos gemidos", ou seja, este planeta, em que "gememos" (cfr. 2. ª Cor. 5:4 e 2PE 1:13-14). Portanto, só devemos temer a volta constante e inevitável às reencarnações compulsórias, que nos fazem sofrer neste "vale de lágrimas", dores morais e físicas indescritíveis e desoladoras. E quem pode lançar-nos nas reencarnações é nosso Eu Profundo. Isso é revelado com especial carinho, de pai a filhos: "eu vou mostrar o que deveis temer". Mas, matar o corpo, crucificálo. Queimá-lo, torturá-lo? Outro melhor será construído!


Depois é dada a razão por que não devemos temer. O Pai, que está EM TUDO e EM TODOS, mesmo nas mínimas coisas, está também DENTRO de cada um. Se cuida dos passarinhos, que cinco deles custam "dois vinténs", como não cuidará muito mais carinhosamente dos homens. "Seus amigos"? É a argumentação a minore ad majus. Se até todas os fios de cabelo de nossa cabeça estão contados (coisa que a criatura humana não consegue fazer), porque o Pai está inclusive dentro de cada um deles, muito mais saberá com antecedência, o que conosco se passa e "o de que necessitamos" (MT 6:8).


4) Segue um ensino de base: só quem confirmar o Cristo perante os homens, será por Ele confirmado perante os mensageiros divinos. Volta aqui o verbo homologein (veja atrás) que já estudamos. A interpretação comum até hoje, de "confessar o Cristo", trouxe no decorrer dos séculos enorme série de criaturas que não temeram confessar o Cristo e por Ele dar a vida, em testemunho de sua crença, tornando-se "mártires" (testemunhas) diante dos verdugos e perseguidores.


5) A advertência seguinte é urna repetição do que foi dito atras (MT 12:32; MC 3:29), embora lá se refira a quem atribua ao adversário uma obra divina, e aqui venha em outro contexto. Mas o sentido é o mesmo. Em nossa evolução estamos caminhando entre dois pólos: o negativo, reino do adversário, a matéria, do qual nos vamos afastando aos poucos: e o positivo, reino de Deus, o Espirito, do qual lentamente nos aproximamos. A quem ensinar contra o Filho do Homem (Jesus ou qualquer outro Manifestante Crístico), lhe será relevado o erro: isso embora possa atrasar-lhe a caminhada, não o faz regredir; mas quem, ao invés de caminhar para o Espírito já puro (livre da matéria, porque o adversário também é Espírito embora revestido de ou transformado em matéria), esse não terá como ser relevado, pois virou as costas ao ponto de chegada e passou a caminhar na direção contrária, mergulhando mais na matéria (Antissistema). Os agravos das personagens constra as personagens não têm gravidade. Mas quando atingem o Espírito, assumem graves características cármicas.


Há uma observação a fazer. Neste trecho (vers. 10 e 12) não aparece pneuma hágion, mas hágion pneuma; isto é, não "Espírito Santo", mas "Santo Espírito". Abaixo, voltaremos ao assunto.


6) A última advertência transforma-se numa garantia de que, quando diante das autoridades, eles não devem preocupar-se com a defesa nem com as respostas "porque o santo Espírito lhes ensinará nessa mesma hora, o que devem dizer". Trata-se de uma inspiração direta, da qual numerosos exemplos guardou a história, bastando-nos recordar, além dos ocorridos com os discípulos daquela época (cfr. AT 4:5-21; AT 7:1-53; 22:1-21; 23:1-7; 24:10-21 e 26:2-29) as respostas indiscutivelmente inspiradas de Joana d"Arc, diante do tribunal de bispos que a condenou à fogueira.


Note-se que em Mateus (Mateus 10:18) e Marcos (Marcos 13:9) fala-se em governadores e reis, termos que Lucas substitui por "magistrados" (archaí), e autoridades" (exousíai) expressões que também aparecem reunidas em Paulo (EF 3:10; CL 1:16 e TT 3:1).


De tudo se deduz que não devem temer os discípulos: a vitória espiritual está de antemão garantida, embora pereça o corpo físico.


PNEUMA HAGION


Trata-se de uma observação de linguística: o emprego do adjetivo hágion, ao lado do substantivo pneuma. Sistematicamente, o substantivo precede: pneuma hágion ("Espírito santo"). No entanto, Lucas, e só Lucas, inverte nove vezes, contra 41 vezes em que segue a construção normal. Qual a razão?


Para controle dos estudiosos, citamos os passos, nos quatro autores dos Evangelhos, dando os diversos textos em que aparece a palavra pneuma com suas diversas construções:

1 - tò pneuma tò hágion = o Espírito o santo.


MT 12:32; MC 3:29; MC 12:36; MC 13:11; LC Ev. 3:22; 10:21; AT 1:16; AT 2:33; AT 5:3, AT 5:32; 7:51:10:44, 47; 11:15; 13:2; 15:8, 28; 19:6; 20:28; 21:4; 28:25.


Em João aparece uma só vez, e assim mesmo em apenas alguns códices tardios, havendo forte suspeição de haver sido acrescentado posteriormente (em14:26).


2 - Pneuma hágion (indefinido, sem artigo) = um espírito santo: MT 1:18, MT 1:20; 3:11; MC 1:8; LC Ev. 1:15, 41, 67; 2:25; 3:16; 4:1; 11:13: AT 1:2, AT 1:5:2:4; 4:8, 25; 7:55; 8:15, 17, 19; 9:17; 10:38; 11:16, 24; 13:9, 52; 19:2 (2 vezes); JO 20:22.


3 - tò hágion pneuma = o santo Espírito (inversão): MT 28:19, num versículo indiscutivelmente apócrifo; LC Ev. 12:10, 12; AT 1:8:2:38; 4:31; 9:31:10:45; 13:4; 16:6. E em todo o resto do Novo Testamento, só aparece essa inversão uma vez mais, em Paulo (1CO 6:19), onde, assim mesmo, alguns códices trazem a ordem comum.


Para completar o estudo da palavra pneuma nos Evangelhos, mesmo sem acompanhamento do adjetivo hágion, damos mais os seguintes passos.


4 - tò pneuma = o espírito: MT 4:1; MT 10:20; MT 12:18, MT 12:31; MC 1:10, MC 1:12; LC Ev. 2:27; 4:14; AT 2:17, AT 2:18; 6:10; 8:18, 29; 10:19; 11:12, 28; 16:7; 20:22; 21:4; JO 1:32, JO 1:33; 3:6, 8, 34; 6:63; 7:39; 14:17; 15:26; 16:13.


5 - pneuma (indefinido, sem artigo) = um espírito: MT 3:16; MT 12:28; MT 22:43; LC Ev. 1:17; 4:18; AT 6:3:8:39; 23:89; JO 3:5, JO 3:6; 4:23, 24; 6:63; 7:39.


Resumindo:









































































Mat.Marc.Luc.Luc.João
Ev.Ev.Ev.At.Ev.Totais
1. tò pneuma tò hágion1321521
2. pneuma hágion31717129
3. tò hágion pneuma279
4. tò pneuma422111029
5. pneuma324615
totais116155417103

* * *

O evangelista resume, neste trecho, uma série de ensinamentos, de que só escreveu o esquema mas como sempre em linguagem comum, embora deixando claro indícios para os que possuíssem a "chave" poderem descobrir outras interpretações da orientação dada pelo Mestre.


No atual estágio da humanidade, conseguimos descobrir pelo menos três interpretações, senão a primeira a exotérica que vimos acima.


A segunda interpretação que percebemos refere-se às orientações deixadas em particular aos discípulos da Escola Iniciática "Assembleia do Caminho". E, antes de prosseguir, desejamos citar uma frase de Monsenhor Pirot (o. c. vol. 10, pág 158). Ainda que católico, parece inconscientemente concordar com a nossa tese (vol. 4) e escreve: "Seus discípulos teriam podido ser tentados a organizar círculos fechados, só comunicando a alguns apenas a plena iniciação que tinham recebido".


A contradição flagrante do início do trecho demonstra à evidência que algo de oculto existe nas palavras escritas. Com efeito, é dito que "se supercongregavam (epi + syn + ágô) dezenas de milhares de povo ", a ponto de "se pisarem mutuamente, uns por cima dos outros" e, no entanto acrescenta que" falou a seus discípulos" apenas! Como? Difícil de entender, se não lermos nas entrelinhas a realidade, de que modo falou apenas a alguns, no meio de uma multidão.


No âmbito fechado da Escola Iniciática é compreensível. Às instruções que dava o Mestre aos discípulos encarnados, compareciam também os discípulos desencarnados, que se preparavam para reencarnar, a fim de, nos próximos decênios, continuar a obra dos Evangelizadores de então. O que o evangelista notou é que esses espíritos desencarnados compareciam "as dezenas de milhares" (cálculo estimativo, pela aparência, já que é bem difícil aos encarnados, mesmo videntes, contar o número de desencarnados que se apresentam em bloco numa reunião). Sendo desencarnado, eram visto, juntos (syn), uns como que "por cima" dos outros (epi). pisando-se (literalmente katapatéô é "pisar em cima") ou seja, uns espíritos mais no alto outros mais em baixo. Compreendendo assim, fica clara a descrição e verdadeira.


Seguem se as instruções dadas aos iniciados:

1) Precisam. primeiro que tudo (prôton) tomar cuidado com o fermento que é a hipocrisia do tipo dos fariseus, e que, mesmo iniciando-se pequenina, cresce assustadoramente com o decorrer do tempo.


Em outras palavras, eles mesmos devem ser verdadeiros, demonstrando o que são; e não apresentar-se falsamente com um adiantamento espiritual que não possuem ainda. Sinceridade, sem deixar que os faça inchar um convencimento irreal. Honestidade consigo mesmo e com os outros, analisando-se para se não ficarem supondo mais do que são na realidade. Naturalidade, não agindo de um modo quando sós e de outro quando observados.


2) A segunda instrução refere-se aos ensinamentos propriamente ditos. Da mesma forma que não adianta exteriorizar algo que não exista na realidade íntima, porque tudo virá à tona cedo ou tarde, desmascarando o hipócrita, o mentiroso, assim também de nada valerá querer manter secretos

—quando o tempo for chegado - os ensinos iniciáticos que ali estão sendo dados. Haverá gente que se arvorará em "dono" do ensino do Cristo, interpretando-o somente à letra e combaterá, perseguindo abertamente ou por portas travessas, os que buscam revelar a Verdade desses ensinos.


Nada disso terá resultado. A Verdade surgirá por si mesma, tudo o que estiver oculto será revelado, às vezes pelas pessoas menos credenciadas, e todos, com o tempo terão acesso à verdadeira interpretação. O que está dito "na adega" (en tois tamieíois), será apregoado por cima dos tetos; tudo o que foi ensinado nas trevas, será ouvido na luz plena da Imprensa. Preparem-se, pois, porque os que se supõem "donos" do assunto, encarnados ou desencarnados, se levantarão dispostos a destruir as revelações. Não haja susto, nem medo, porque não os atingirão.


3) Sobre isso versa a terceira instrução, esclarecendo perfeitamente que o HOMEM NÃO É SEU CORPO. Por isso, podem os perseguidores da Verdade lançar nas masmorras, torturar, queimar e assassinar nas fogueiras das inquisições os corpos de todos eles: a Verdade permanecerá de pé, íntegra inatingível e indestrutível. "Eles" matam apenas os corpos e nada mais podem fazer, embora se arvorem o poder que eles mesmos se atribuem ridiculamente de condenar ao inferno eterno.


Mas isso é apenas vaidade e convencimento tolos e vazios. São palavras sem fundamento real.


E o Mestre, o Hierofante e Rei, Sumo Sacerdote da "Assembleia do Caminho", assume o tom carinhoso para falar "a seus amigos", e diz que só há um que deve ser temido: aquele que tem o poder real de lançar a criatura na "geena" deste vale de lágrimas, em novas encarnações compulsórias. E o único que possui essa capacidade é o Eu Profundo, o Cristo Interno que, ao verificar que não progredimos como devêramos, nos mergulha de novo neste "vale dos gemidos", em nova encarnação de aprendizado.


Porque tudo o que geralmente chamamos "resgate" é, na realidade, nova tentativa de aprendizado, embora doloroso. O Espirito que erra numa vida, em triste experiência, por sair do rumo, e comete desatinos, voltará mais outra ou outras vezes para repetir a mesma experiência em que fracassou, a ver se aprende a evitá-la e se se resolve a comportar-se corretamente, reiniciando a caminhada no rumo certo. Se alguém comete injustiças ou crueldades que prejudiquem aos outros, voltará na vida seguinte à "geena" para assimilar a lição de experimentar em si mesmo o que fez a outrem. Verá quanto dói em si mesmo o que fez os outros sofrerem. Mas isso não é castigo, nem mesmo, sob certos aspectos é resgate: trata-se de APRENDIZADO, de experiências práticas, único modo de que a Vida dispõe para ensinar: a própria vida. A esse Eu Profundo, Cristo-em-nós, devemos temer. É nosso Mestre - nosso "único Mestre (MT 23:10) - e Mestre severo que nos ensina de fato, cumprindo Sua tarefa à risca, sem aceitar "pistolões". E, para não incorrer em sua justa e inflexível atuação, temos que ouvir-Lhe as intuições, com a certeza absoluta de que Ele está vigilante a cada minuto segundo, plenamente desperto, sem distrações nem enganos, e permanece ativo em cada célula, em cada fio de cabelo.


4) Por que temer, então, os perseguidores das personagens transitórias, que nascem já destinadas a desaparecer, que se materializam somente durante mínima fração de tempo, para logo se desmaterializarem?


Cada fio de cabelo está contado e numerado (êríthmêntai) por esse mesmo Cristo que está em nós, em cada célula, em cada cabelo, em cada passarinho, por menor e mais comum que seja, em cada inseto, em cada micróbio: em tudo. Se a Divindade que está EM TUDO e EM TODOS cuida das coisas minúsculas e sem importância (cinco são vendidos por dois vinténs) como não cuidará de nós, SEUS AMIGOS, já muito mais evoluídos e com o psiquismo desenvolvido, com o Espírito apto a reconhecê-Lo?


5) Depois dessa lição magnífica, passa o evangelista a resumir outro ensino, no qual tornamos a encontrar o mesmo verbo homologéô que interpretamos como "sintonizar". Aqui também cabe esse mesmo sentido. Todo aquele que, em seu curso de iniciação, tiver conseguido sintonizar com o Cristo Interno ("comigo") durante a encarnação terrena ("perante os homens"), esse terá confirmada, quando atingir o grau de liberto das encarnações humanas a sintonia de Filho do Home "entre os Espíritos de Luz", já divinizados, que se tornaram Anjos ou Mensageiros de Deus.


Mas se não conseguiu essa sintoma, negando o Cristo e ligando-se à matéria (Antissistema) "será renegado" pelos Espíritos Puros, e terá que reencarnar: não alcançou a sintoma, a frequência vibratória da libertação definitiva. Em sua volta à carne, continuará o trabalho de aprendizado e treinamento iniciático, até que chegue a esse ápice, que é a meta de todos nós.


6) A instrução seguinte é o resumo do que já foi exposto em Mateus e Marcos, com o mesmo sentido.


Mas Lucas, nesta esquematização, abreviou demais a lição. Felizmente as anotações dos dois outros discípulos nos permitem penetrar bem nitidamente o pensamento do Mestre.


7) A última instrução deste trecho é uma garantia a todos os discípulos que se iniciaram na Escola de Jesus. As perseguições virão. Os interrogatórios serão realizados com incrível abuso de poder e falsidade cruel e ironia sarcástica, por indivíduos que revelam possuir cérebros cristalizados em carapaças de fanatismo. Não importa. O Espírito será iluminado pelo Cristo Interno, e as respostas, embora não aceitas, virão à luz, para exemplo e lição.


* * *

Mas percebemos terceira interpretação: O Cristo Interno, Eu Profundo, dirige-se ao Espírito da própria criatura e à personagem.


Sendo a personagem, de fato, constituída de trilhões de células, cada qual com sua mente, não há exagero nem hipérbole na anotação de Lucas. São mesmo "dezenas de milhares de multidão que se aglomeram, pisando umas sobre as outras". Não obstante, o Cristo se dirige às mais evoluídas, capazes de entendimento por terem o psiquismo totalmente desenvolvido: o intelecto, que é o "parlamento representativo" das mentes de todas as células e órgãos.


Resumamos a série de avisos e instruções dadas em relação aos seis principais planos de consciência da personagem encarnada, através do intelecto, que é onde funciona a "consciência atual". Recomenda que:

1. º - não assuma, no físico as atitudes falsas da hipocrisia farisaica, de piedade inexistente, de sorrisos que disfarçam esgares de raiva;


2. º - quanto às sensações do duplo, não adiantará escondê-las: serão reveladas: e as palavras faladas em segredo serão ouvidas, e as sensações furtadas às escondidas no escuro, virão à luz: tudo o que fazemos, fica registrado no plano astral;


3. º - quanto às emoções do astral, lembre-se de que constitui o astral das células e órgãos um grup "amigo", pois durante milênios acompanham a evolução da criatura. Mas que não se emocione no caso de alguém fazer-lhe perder o físico através da morte, porque não será destruído o astral. Devem temer-se as coisas que coagem a novamente lançá-lo na "geena", no sofrimento das encarnações dolorosas: os vícios, os gozos infrenes, os desejos incontrolados, as ambições desmedidas, a sede de prazeres, os frêmitos de raiva. No entanto, apesar de tudo, o Eu Profundo controla tudo, até os fios de cabelo, e portanto ajudará a recuperação total, não abandonando ninguém;


4. º - o próprio intelecto deve buscar ardorosamente a sintoma com Ele, o Cristo, a fim de que receba a indispensável elevação ao plano mental abstrato, e não permaneça mais preso ao plano astral animalesco.


Mas se não for conseguida a sintonia, porque negou o Cristo Interno, ficará preso à parte inferior da animalidade, e permanecerá renegado diante da Mente, mensageira divina;


5. º - o Espírito individualizado não se importe com os ensinos errados que forem dados contra as criaturas humanas, contra os homens: mas que jamais se rebele nem blasfeme contra o Espírito, já puro e perfeito, porque o que Ele faz, mesmo as dores, está sempre certo;


6. º - a Mente não se amedronte, quando convocada a responder perante autoridades perseguidoras: o Espírito puro do Cristo Interno jamais a abandonará, e na hora do perigo lhe inspirará tudo o que deve transmitir como defesa e resposta às inquirições.


Outras interpretações devem existir, mas não nas alcançamos ainda. O fato, porém, é que essas já são suficientes como normas de vida e de comportamento para todos aqueles que desejam penetrar no caminho e segui-lo até o fim.



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Atos Capítulo 7 do versículo 1 até o 60
2. A Defesa de Estêvão (Atos 7:1-53)

O que é freqüentemente chamado de apologia de Estêvão — tomando essa palavra no seu sentido original e correto de "defesa" — é, na realidade, uma apresentação positi-va dos ensinos cristãos, particularmente como diferenciados dos pensamentos judaicos do século I. Bruce resumiu bem os dois principais argumentos das palavras de Estêvão: "1. Deus não está restrito localmente e não habita edifícios materiais; 2. A nação judaica sempre foi rebelde; da mesma forma que as gerações anteriores se opuseram aos profe-tas, a partir de Moisés, assim também esta geração matou 'o Justo".1"

Lake e Cadbury detalham um pouco mais o assunto. Eles dizem que as três notas recorrentes aqui são: "1. A ausência de um templo ou até mesmo de um país fixo nos dias dos patriarcas; 2. A tendência geral de Israel de rebelar-se contra os seus líderes e guias divinamente indicados; 3. O paralelismo entre o tratamento que os judeus dispensaram a Jesus e o tratamento dos seus antepassados para com José, Moisés e os profetas".'

a. Abraão (Atos 7:1-8). Estêvão tinha sido falsamente acusado de blasfêmia (6.13). Ele tinha reagido com amor santo, e o seu rosto brilhava como o de um anjo (6.15). Agora, o sumo sacerdote (1), agindo como presidente do Sinédrio, exigiu uma resposta: Porventura, é isto assim? Em outras palavras: "Você disse as coisas que estas teste-munhas afirmam que lhe ouviram dizer?" (6,14)

De forma cortês, Estêvão dirigiu-se aos membros do Sinédrio como varões ir-mãos [companheiros judeus] e pais (2). Estes "anciãos de Israel" eram considerados os pais que governavam a nação. Os cristãos devem sempre se dirigir aos seus superi-ores com cortesia.

Uma excelente explicação da frase introdutória, O Deus da glória, é dada por Alexander, que escreve: "O Deus da glória não é meramente o glorioso [e maravilhoso] Deus, ou o Deus digno de ser glorificado (Sl 29:1; Ap 4:11), porém, mais especificamente, aquele Deus que sensatamente se revelou anteriormente, o que é um sentido notável de glória... no Antigo Testamento".1" Estêvão assim se identificava com a fé religiosa da sua audiência. Alexander acrescenta: "Pela mesma razão, ele chama Abraão de nosso pai, professando assim a sua adesão às tradições e associações nacionais a respeito do seu grande fundador".

Este Deus auto-revelado apareceu a Abraão. Mas onde? Não na Terra Santa, em primeiro lugar, mas em um território pagão, na Mesopotâmia — que significa "entre rios" (o Tigre e o Eufrates).

Estêvão declarou que antes que Abraão habitasse em Harã, Deus lhe ordenou que saísse da sua terra e dentre a sua parentela (3). Em Gênesis 12:1, este mandamento parece localizar-se em Harã. A aparente contradição é solucionada supondo que o chamado, primeiramente dado em Ur dos caldeus (cf. Gn 15:7; Ne 9:7), foi renovado em Harã. Estêvão afirmou que Abraão foi para Canaã depois que seu pai faleceu (4). O Antigo Testamento diz que: Tera tinha setenta anos de idade quando gerou Abraão (Gn 11:26), Abraão tinha setenta e cinco anos quando deixou Harã (Gn 12:4), e Tera viveu até duzentos e cinco anos de idade (Gn 11:32). Isto indicaria que Tera viveu sessenta anos depois que Abraão saiu de Harã. Como isto pode ser harmonizado com a afirmação de

Estêvão? A solução mais simples é supor que Abraão era um filho mais jovem de Tera, citado em primeiro lugar em Gênesis 11:26, em vista de sua grande importância. Assim, aquela passagem significaria que Tera gerou filhos quando tinha setenta anos de idade, mas que Abraão nasceu muito depois. O termo "remover" (4) que consta em algumas versões, significa que Deus o levou a outro local (RSV).

A princípio, o patriarca não teve nem sequer o espaço de um pé (5) de terra em Canaã, embora mais tarde ele comprasse um terreno para sepultura (Gn 23). Mas Deus prometeu dar a ele, e aos seus descendentes, a posse de toda a terra antes mesmo que ele tivesse um filho. O Senhor também disse a Abraão que a sua descendência (6, prole ou posteridade) seria peregrina (moraria temporariamente) em terra alheia (no Egito). Ali eles seriam levados em escravidão e maltratados por quatrocentos anos. Estêvão estava citando aqui Gênesis 15:13. Em Êxodo 12:40, a frase é mais exata: "O tempo que os filhos de Israel habitaram no Egito foi de quatrocentos e trinta anos".

Um problema cronológico surge, no entanto, pelo fato de que Paulo apresenta os "quatrocentos e trinta anos" como o período desde a promessa de Abraão até a entrega da Lei no Sinai (Gl 3:16-17). Isto está de acordo com Êxodo 12:40, como se lê na Septuaginta e no Pentateuco Samaritano: "O tempo que os filhos de Israel habitaram no Egito e Canaã foi de 430 anos". Isto faria com que os quatro séculos incluíssem tanto o período patriarcal de Canaã quanto o período de escravidão no Egito. Josefo é favorável a esta cronologia e adicionalmente divide o período de 430 anos igualmente entre os dois paí-ses. Ele afirma: "Eles deixaram o Egito... 430 anos depois que o nosso antepassado Abraão veio a Canaã, mas somente 215 anos depois que Jacó foi levado ao Egito".' A evidência de Josefo, entretanto, é enfraquecida pelo fato de que em duas outras passagens,' ele retrata a permanência no Egito com duração de quatrocentos anos. Este é um dos pro-blemas da história bíblica que ainda permanece insolúvel. Só podemos esperar que futuras descobertas arqueológicas possam esclarecê-lo. Provavelmente a maioria dos arque-ólogos da atualidade prefira o total mais curto da cronologia de Paulo, da Septuaginta, e do Pentateuco Samaritano.

Deus também prometeu que Ele julgaria (7) a nação do Egito, punindo os egípcios e libertando os israelitas da escravidão. As palavras acrescentadas: e me servirão neste lugar não são explícitas na promessa registrada a Abraão (Gn 15:13-14), mas estão implícitas na afirmação: "a quarta geração tornará para cá" (Gn 15:16; cf. Êx 3:12).

Para Abraão, Deus deu o pacto da circuncisão (8), que está registrado em Gênesis 17:21. O ritual era realizado ao oitavo dia depois do nascimento de cada criança do sexo masculino.

Os três grandes patriarcas da nação hebraica foram Abraão, Isaque e Jacó. O termo patriarcas — palavra grega para "pais do início" — aqui (8-9) se aplica especificamente aos doze filhos de Jacó. Mas em 2.29 aplica-se a Davi, e em Hebreus 7:4 a Abraão. Estas são as únicas ocorrências desta palavra no Novo Testamento.

O uso da palavra assim no versículo 8 parece estranho, mas é explicado por Lake e Cadbury da seguinte forma: "Possivelmente o 'assim' seja enfático e signifique 'embora ainda não houvesse um santuário, todas as condições essenciais para a religião em Isra-el estavam satisfeitas".'

b. José (Atos 7:9-16). Foi a inveja (9), ou o "ciúme", o que fez com que os irmãos de José o vendessem aos mercadores que o levaram para o Egito. Mas mesmo ali — fora da Terra Santa! — Deus era com ele. Estêvão estava demonstrando que a presença de Deus não estava limitada à Terra Prometida.

Embora José tivesse sido traído pelos seus irmãos e vendido à escravidão, Deus livrou-o de todas as suas tribulações (10). Exteriormente, o jovem José chegou ao seu limite quando foi aprisionado por recusar-se a fazer o mal. Mas mesmo como um escravo aprisionado por falsas acusações, ele permaneceu fiel a Deus. Um dia, a situação foi completamente revertida. Faraó... o constituiu governador sobre o Egito e toda a sua casa. Assim, Deus honrou o seu servo fiel.

A história da reconciliação de José com seus irmãos (Gn
45) está aqui resumida em poucas frases (11-13). Fome (11) seria a seca e a escassez de alimentos. Trigo" ainda é chamado de "milho" nas ilhas Britânicas (cf. Phillips). Ele enviou ali nossos pais, ou seja, os filhos de Jacó.

Depois de José dar-se a conhecer aos seus irmãos, ele mandou chamar Jacó, seu pai (14), para vir até ele. No total, a parentela chegava a 75 almas. Em Gênesis 46:27 Êxodo 1:5, está dito que eram setenta os que foram ao Egito, No entanto, nos dois casos a Septuaginta afirma que eram 75. Estêvão, sendo helênico, naturalmente estava citando o número da Septuaginta. A explicação mais simples desta pequena diferença é dizer que setenta aqui é um número que foi arredondado. Em Deuteronômio 10:22, a Septuaginta concorda com o texto hebraico ao dar setenta como o número daqueles que foram para o Egito. Josefo está de acordo com isto.' Cadbury chama a atenção para a reivindicação de que "um fragmento hebraico não publicado, encontrado em aproximadamente 1953 perto do mar Morto, diz em Êxodo 1:5 setenta e cinco, como a LXX e o livro de Atos".

A freqüente menção ao Egito (15) neste parágrafo é comentada por Lumby• "Agora, toda a raça que Deus tinha escolhido para si estava no Egito, longe da terra da promes-sa, e permaneceu ali por um longo período, mas Deus estava com eles no seu exílio, e a sua adoração foi preservada durante o tempo todo"."

Ao fechar o seu relato do período patriarcal, Estêvão afirma que os pais (os filhos de Jacó), tendo morrido, foram transportados para Siquém, onde foram depositados na sepultura que Abraão comprara por certa soma de dinheiro aos filhos de Hamor (16). Provavelmente, a frase adicionada, o pai de Siquém, deva ser traduzida "em Siquém" (ASV, RSV) ; o termo pai não está na língua original, como indicado pelo itálico na versão KJV em inglês.

Gênesis 50:13 diz que Jacó foi sepultado na cova do campo de Macpela, em Hebrom. Mas a presente passagem pode ser interpretada indicando que somente os filhos de Jacó, não o seu pai, foram sepultados em Siquém. Somos informados especificamente que José, um dos filhos de Jacó, foi sepultado ali (Js 24:32).

Um problema histórico está envolvido na afirmação de Estêvão de que este sepulcro em Siquém foi comprado por Abraão. O Antigo Testamento nos diz que Abraão comprou a cova do campo de Macpela, em Hebrom, como sua sepultura (Gn 23:16-17). Foi Jacó quem comprou o terreno em Siquém (Gn 33:19).

Muitos estudiosos sentem que a única explicação plausível é a de que, por um enga-no de um copista, a palavra Abraão foi substituída por "Jacó"." Bruce acompanha Lake Cadbury supondo que os relatos das duas compras, a de Abraão e a de Jacó, foram vistas "telescopicamente" aqui, e afirma: "A visão de telescópio das duas transações nes-te versículo pode ser comparada com outros exemplos de compressão neste discurso, por exemplo, a aparente visão de telescópio de dois chamados de Abraão no versículo 2, e as duas citações no versículo 7"."

Talvez a melhor solução seja aquela que foi dada por Knowling" e Plumptre. Eles afirmam que, como Abraão construiu um altar em Siquém quando entrou pela primeira vez na Terra Prometida (Gn 12:6-7), ele pode ter comprado terras ali para uma sepultura. Quando Abraão se moveu mais ao sul, para Hebrom, este lugar pode ter sido perdido e conseqüentemente comprado novamente, mais tarde, por Jacó.

O significado da menção a Siquém aqui é explicado por Lumby da seguinte manei-ra: "Estêvão insiste em `Siquém' da mesma maneira como antes ele tinha insistido no `Egito', para marcar que, nos tempos antigos, outros lugares eram conservados com reverência pelo povo escolhido, e que há muito tempo Deus tinha sido adorado em Siquém, embora na época em que Ele estava falando, o local era a residência dos seus inimigos, os samaritanos"."

c. Moisés (Atos 7:17-43). O discurso de Estêvão consiste principalmente em um rápido apanhado da história do povo escolhido de Deus, e está relacionado a três grandes perso-nagens: 1. Abraão (1-8) ; 2. José (9-16) ; 3. Moisés (17-43). Indiscutivelmente, a maior atenção é dada ao último dos três. Este fato se deve à abundância de material — referen-te à carreira de Moisés — que era relevante à tese principal de Estêvão. Ele tinha de-monstrado que Deus visitou Abraão na Mesopotâmia e que Ele estava com José no Egito. Em outras palavras, a Presença divina não se restringia a assim chamada Terra Santa. Deus está em toda a parte.

Mas no caso de Moisés, havia diversas provas da presença de Deus fora de Canaã. Na verdade, em toda a sua notável carreira, e apesar da grande obra que Ele realizou por Israel, o próprio Moisés nunca entrou na Terra Prometida.
A vida de Moisés é apresentada aqui em quatro aspectos: 1. A infância (17-22) ; 2. O desafio (23-29) ; 3. A comissão (30-34) ; 4. A conquista (35-43). Mesmo no Egito, uma terra pagã, Deus visitou o seu povo, dando-lhes um libertador. Moisés foi milagrosamente preservado, tanto em seu nascimento, quanto em sua infância. Com quarenta anos de idade, ele sentiu o peso da opressão do seu povo. Moisés tentou um movimento para libertá-los, mas isto foi prematuro, e ele ainda não estava preparado para tal tarefa. Ele teve de passar os quarenta anos seguintes esperando e aprendendo, enquanto cuidava de ovelhas do outro lado do deserto. No final deste período, ele recebeu o seu chamado e a sua tarefa na sarça ardente. Então, vieram quarenta anos de conquista — com a vitó-ria sobre os deuses do Egito, a vontade de Faraó, o exército de Faraó, o mar Vermelho, um deserto seco e fatigante, uma nação obstinada e desobediente.

(1) Infância (Atos 7:17-22). Deus nunca deixa de agir a tempo. O texto grego diz, literal-mente: "Aproximando-se, porém, o tempo da promessa" (17). Não era o plano divino que Israel permanecesse no Egito, no meio de um paganismo licencioso e cheio de luxúria (cf. Gn 39:7-20). Assim, Deus permitiu que os israelitas fossem escravizados e maltratados, até que pudessem ficar felizes por deixar o Egito. Então, oitenta anos antes da sua par-tida, o Senhor produziu o nascimento do libertador. Salvando-o da morte na infância, Deus o preparou para esta tarefa significativa durante quarenta anos de treinamento real no governo, no palácio de Faraó. A isto se seguiram outros quarenta anos de apren-dizado paciente e submissão no deserto solitário. Como são sábios os caminhos de Deus! Como o tempo da promessa se aproximava, Deus estava trabalhando.

Esta era a promessa já citada por Estêvão (cf. 7). Os "quatrocentos anos" (6) já estavam quase terminando. Era a hora de colocar as máquinas em funcionamento para o Êxodo.
Ao invés das palavras que Deus tinha jurado a Abraão, o melhor texto grego parece ser "que Deus tinha consentido (ou prometido) a Abraão". Na verdade, o manuscrito mais antigo existente do livro de Atos (Papiro 45, século III) apresenta "prometido", usando um verbo que tem a mesma raiz do substantivo para promessa. No intervalo desses anos, o povo — os israelitas — cresceu e se multiplicou no Egito.

Finalmente, levantou-se outro rei, que não conhecia a José (18). A arqueologia nos prestou um grande serviço ao esclarecer o significado deste versículo. Não se tratava sim-plesmente de outro rei, mas de uma nova dinastia. Agora parece que José era o primeiro ministro do Egito durante o governo dos reis hicsos," no período entre 1710 e 1550

Albright escreve: "Recentemente descobrimos que os hicsos eram quase completa-mente semitas.... [e] falavam a mesma língua falada pelos hebreus".' E acrescenta: "O Faraó que 'não conhecia a José' deve ter sido um dos reis da Décima Oitava Dinastia"." Agora o quadro fica claro. José foi feito primeiro ministro por um Faraó que perten-cia à mesma raça (semita) que ele próprio. Isto também explica por que Jacó e os seus filhos receberam "o melhor da terra" do Egito (Gn 47:6-11), no fértil Delta. Mas a sorte dos israelitas mudou completamente quando uma dinastia nativa egípcia derrubou o governo estrangeiro dos hicsos. Os hebreus seriam odiados por causa da sua antiga asso-ciação com os hicsos.

O novo Faraó usou de astúcia contra os israelitas (19). Este é o significado do verbo composto (somente aqui no NT), cuja verdadeira força é bem expressa por Phillips -"castigou inteligentemente". De modo surpreendente, esta palavra grega é usada com a mesma conexão na Septuaginta sobre Êxodo 1:10, onde se diz que este Faraó disse aos egípcios, sobre o povo israelita: "usemos sabiamente para com ele".

Seguindo esta política, Faraó maltratou ("tratou com crueldade", ASV) 213 os israelitas, a ponto de fazê-los enjeitar as suas crianças, ou "de forçá-los a enjeitar seus filhos" (RSV; cf. NEB, Phillips). Lumby, discordando desta interpretação do texto original, diz: "As palavras são mais uma descrição do que o rei egípcio fez na sua tirania (Êx 1:22), do que (como na versão AV) aquilo que os israelitas foram forçados a fazer pelo seu desespero".214 Knowling2" e Lechler2' concordam com esta opinião, como também a nota de margem da versão ASV. Mas a maioria dos comentaristas apóia as versões tradicionais em inglês neste ponto. A questão é se mesmo sob a pressão dos egípcios, os hebreus expuseram os seus filhos à morte. O texto grego não é completamente claro.

Nesta hora terrível da história de Israel, nasceu Moisés (20). Ele era formoso -literalmente "formoso aos olhos de [perante] Deus". Esta é uma maneira tipicamente semita de dizer que ele era "uma criança de notável beleza" (Phillips). A criança foi mantida em casa por três meses (cf. Êx 2:2). Quando ele não podia mais ficar escondi-do, foi enjeitado (ou exposto; 21). Na verdade, ele foi cuidadosamente colocado em uma pequena "arca de juncos" impermeabilizada com betume (Êx 2:3), e posto junto à borda do rio Nilo. Ali, foi descoberto pela filha de Faraó, que o tomou... e o criou como seu próprio filho. O resultado foi que Moisés foi educado em toda a ciência dos egípcios e era poderoso em suas palavras e obras (22). Esta afirmação foi interpretada por alguns como uma contradição de Êxodo 4:10, onde Moisés diz ser "pesado de língua". Bruce comenta: "... mas a referência [no livro de Atos] pode ser à palavra escrita"." Tendo observado esta sugestão e outras, Alexander comenta: "A necessidade de todas estas explicações é removida pela simples observação de que a passagem em Êxodo está relacionada com a fluência, mas esta com a energia e a força do discurso"." Knowling concorda com esta opinião.'

(2) Desafio (Atos 7:23-29). A passagem em Êxodo 2:11 identifica este evento como tento ocorrido "sendo Moisés já grande" (cf. Hb 11:24). Estêvão é mais específico; Ele diz: quando completou a idade de quarenta anos (23) — literalmente, "quando completava qua-renta anos de vida". Uma tradução correta também seria: "Ele estava se aproximando dos quarenta anos de idade" (NEB). Embora isto não seja afirmado especificamente no Antigo Testamento, a tradição rabínica dividiu a vida de Moisés em três períodos de quarenta anos: 1. No palácio do Faraó; 2. No outro lado do deserto; 3. Conduzindo os filhos de Israel para fora do Egito e pelo deserto. Uma comparação entre as passagens do Antigo Testamento confirma duas destas três divisões. Em Êxodo 7:7 está dito que Moisés tinha oitenta anos quando começou a conduzir os israelitas. Deuteronômio 34:7 registra que ele tinha cento e vinte anos de idade quando morreu. Mas o livro de Atos é o único lugar das Escrituras onde se afirma que ele tinha cerca de quarenta anos quando tentou, pela primeira vez, ajudar os israelitas.

Veio-lhe ao coração ir visitar o seu próprio povo. Lumby comenta: "O mesmo verbo é usado em Lucas 7:16, 'Deus visitou o seu povo', e significa 'supervisionar com bondade' (cf. episkeptesthai, Tg 1:27), e este é o sentido antigo do verbo visitar em português".' De maneira similar, Alexander diz que este verbo "quase que invariavelmente significa (a única exceção é a de 6, 3 [`escolhei']) visitar com o objetivo de dar assistência ou alivio".

Ele acrescenta: "O sentido mais apropriado neste ponto é o básico, cuidar, que implica que Moisés agora teve o objetivo não de simplesmente ir ver os seus irmãos, mas de ajudá-los nos seus interesses, tornando-se o seu protetor".222

Quando Moisés viu um escravo israelita sendo "tratado injustamente" (Phillips; esta é a representação mais exata do grego) o defendeu (24). O verbo encontrado somente aqui no Novo Testamento significa literalmente "desviou". Como sabemos que Moisés encontrou "um varão egípcio que feria a um varão hebreu" (Êx 2:11), o quadro é o de Moisés colocando-se entre os dois homens para defender o escravo. Ele vingou o ofendido

— lit., "exausto", e matou o egípcio. O relato do Antigo Testamento indica que Moisés matou o opressor — provavelmente um dos cruéis supervisores de Faraó — pois afirma que ele "escondeu-o na areia" (Êx 2:12).

O versículo 25 (não há correspondente no AT) é literalmente: "Moisés cuidava que seus irmãos entenderiam que Deus os queria salvar por intermédio dele; eles, porém, não compreenderam". O uso duplo do termo "would", no caso do idioma inglês, transmite uma impressão equivocada, ao colocar o assunto no futuro.

No dia seguinte... foi por eles visto (26) — ou "apareceu a eles", exatamente a mesma forma de I Coríntios 15:5-8. O relato do Antigo Testamento indica que havia "dois varões hebreus" (Êx 2:13) que pelejavam, ou "contendiam". Ele procurou levá-los à paz — literalmente "tentou reconciliá-los [somente aqui no NT] à paz". Ele lhes pergun-tou (lit.) : "Por que vos tratais injustamente?" Aquele que ofendia (27) o repeliu, dizen-do: "Quem te constituiu príncipe e juiz sobre nós?" É típico da natureza humana que, em uma disputa, a pessoa culpada seja aquela que recusa a reconciliação.

Este israelita mau prosseguiu (28), fazendo uma pergunta que era verdadeiramente alarmante: "Queres tu matar-me, como ontem mataste o egípcio?" Evidentemente, a notícia já havia sido divulgada.
Tomado pelo medo, Moisés fugiu e esteve como estrangeiro — lit., "tornou-se um pere-grino" — na terra de Midiã (29). Alexander comenta: "Midiã é uma espécie de forma intermediária entre a palavra hebraica Midian e a grega Madiam, o nome de um dos filhos de Abraão com Quetura (Gn 25:2), também aplicado aos seus descendentes, uma tribo nômade que perambulava no deserto entre Moabe, o Sinai e o mar Vermelho" 223 Como em todos os casos deste tipo, a forma "Midiã" do Antigo Testamento deve ser usada aqui. Nestas terras onde ele era um peregrino, ou um estrangeiro, Moisés se casou e gerou dois filhos (Êx 2:21-22; 18:1-4).

  • Tarefa (7:30-34). Completados quarenta anos (30) — lit., "Tendo sido cumpri-dos quarenta anos" — apareceu-lhe — a mesma forma de "foi... visto" (26) — o anjo224 do Senhor, no deserto do monte Sinai, numa chama de fogo de um sarçal (cf. Êx 3:2-10). Moisés, quando viu isto (31), se maravilhou da visão; e, aproximando-se para observar — lit.,"considerar cuidadosamente" — foi-lhe dirigida a voz do Se-nhor, assegurando-lhe que era o Deus de seus pais (32) que lhe estava aparecendo. Com temor, Moisés não ousava olhar.
  • O Senhor disse a Moisés que tirasse as sandálias, porque o lugar em que estava era terra santa (33). Esta terra não era o Templo, nem a Cidade Santa, nem mesmo a Terra Santa. Era Midiã, um território estrangeiro. Ainda assim, Deus declarou que era terra santa. Mais uma vez, Estêvão afirma sua tese principal de que a Presença divina não está restrita a nenhum país ou a nenhuma nação em particular.

    Tenho visto (34) é literalmente: "Tendo visto, eu vi". Esta expressão idiomática é mais bem traduzida como "Certamente vi" (cf. Êx 3:7, onde a Septuaginta apresenta esta mesma forma). Deus declarou que Ele tinha visto a aflição (os maus tratos) do seu povo no Egito; Ele ouvira os seus gemidos e descera para livrá-los. A seguir, veio a tarefa: Agora, pois, vem, e enviar-te-ei ao Egito. Era chegada a hora de Deus para que Moisés agisse.

  • A Conquista (Atos 7:35-43). No texto grego, este está no início de 35,36,37 e 38, assim como na metade de 35 (o mesmo é idêntico em grego, com este no início), e enfatiza a importância de Moisés no plano de Deus.
  • A este Moisés, ao qual haviam negado (35) — literalmente "recusado a reconhe-cer" — Deus enviou como príncipe e libertador. A palavra grega (somente aqui no NT) não é encontrada em obras de autores seculares. Ela quer dizer, literalmente, "aquele que resgata ou redime". Alexander diz: "Como existe uma alusão evidente ao paralelismo entre Cristo e Moisés, e como a libertação do Egito foi do mesmo tipo da libertação dos pecados, não existe a necessidade de abrandar a expressão para significar uma mera libertação, sem referência a resgate ou a redenção, no seu sentido".'

    Pela mão significa literalmente "com a mão" — um símbolo de poder comum no Antigo Testamento. O anjo era o próprio Senhor, como indicado em Êxodo 3:4 — "E, vendo o Senhor que se virava para lá a ver, bradou Deus a ele do meio da sarça". Assim, pela mão do anjo significa "com o poder de Deus".

    A relação deste versículo com o argumento de Estêvão pode ser expressa da seguinte maneira: "Deus, diz ele, enviou de volta o Moisés rejeitado para ser um príncipe e liber-tador, e deixa que eles cheguem à conclusão de que o que Deus havia feito no caso de Moisés, também faria no caso do profeta que Moisés tinha predito como alguém que seria como ele mesmo".' Aconteceria com Cristo exatamente o que aconteceu com Moisés: o patriarca tinha sido rejeitado na sua primeira aparição ao seu povo, mas foi aceito na sua segunda vinda.

    Este [em grego, "este aqui"] os conduziu para fora da escravidão no Egito, fazen-do [lit., "depois de ter mostrado"] prodígios e sinais (36), como fez Jesus, e que estão registrados nos Evangelhos. Os milagres na terra do Egito seriam as dez pragas; no mar Vermelho seriam a divisão das águas, a libertação do seu povo e a destruição dos seus inimigos Os registros dos milagres no deserto são encontrados particularmente no livro de Números.

    O profeta (37) que Deus levantaria para tomar o lugar de Moisés foi, primeira-mente, Josué (Dt 18:15), mas finalmente Jesus (os dois nomes significam a mesma coisa). Esta dupla aplicação — o cumprimento parcial e próximo e o cumprimento dis-tante e completo — é chamado de princípio "telescópico" da profecia (ver os comentá-rios sobre Atos 3:22).

    Moisés esteve entre a congregação [ecclesia] no deserto, com o anjo (38) — a presença de Deus. Foi Deus quem falou com ele no monte Sinai, e com nossos pais. Moisés... o qual [singular] recebeu as palavras de vida [vivas] para no-las dar ["a vocês" nos dois manuscritos gregos mais antigos].

    Ao qual nossos pais não quiseram obedecer (39) é uma frase que possui uma estrutura estranha em inglês (o "to" deferia ser omitido). Antes o rejeitaram (Moisés) e, em seu coração, se tornaram ao Egito (cf. Êx 16:3; Nm 11:4-5; 14.4). "Rejeitar" é o mesmo verbo usado no versículo 27 em algumas versões (outras utilizam "repelir"). A respeito do homem no incidente anterior, Alexander diz: "Assim como ele recusou a mediação com o seu próximo, também o povo recusou a sua mediação entre eles e Deus".227 Este tema principal da rejeição está presente em todo o discurso de Estêvão.

    A citação no versículo 40 é de Êxodo 32:1. Eles fizeram o bezerro (41) é uma única palavra em grego, encontrada somente aqui e em comentários sobre esta passagem.

    Como o povo de Deus rejeitou ao Senhor e ao líder que Ele havia escolhido, o Senhor se afastou (pelejou contra eles, cf. Is 63:10) e os abandonou (cf. Rm 1:24-26,
    28) a que servissem ao exército do céu (42) — a adoração pagã ao sol, à lua e às estrelas (cf. Dt 4:19-17.3). O livro dos profetas provavelmente se refere ao "livro dos Doze" (profetas menores).' A citação (42-43) é de Amós 5:25-27.

    Existe um problema que surge pelo fato de o texto hebraico e da Septuaginta diferi-rem consideravelmente. O texto hebraico de Amós 5:26-27 diz: "Levastes Sicute, vosso rei, Quium, vossa imagem, e o vosso deus-estrela, que fizestes para vós mesmos. Por isso, vos desterrarei para além de Damasco" (versão Almeida Revista e Atualizada).' A Septuaginta interpretou Sicute como "tabernáculo" e "vosso rei" como "Moloque" (que tem as mesmas consoantes que melekh, "rei"). Renfã "é semelhante a Repa, outro nome para Seb, o deus egípcio do planeta Saturno".'

    O que Estêvão está enfatizando é que a idolatria que apareceu de maneira chocan-te no Sinai tinha se desenvolvido durante o período do reinado, e se transformado em uma intensa adoração de corpos celestes. Por causa disso, o povo de Israel foi levado ao cativeiro.

    Em lugar de "além de Damasco" (tanto no texto hebraico quanto no grego de Am 5:27), encontramos a expressão além de Babilônia. Bruce escreve: "Amós estava predizendo o cativeiro sob os assírios, um castigo adequado para aqueles que praticassem a adoração aos astros dos assírios. Estêvão tem mente o cativeiro na Babilônia, algo que não seria estranho para alguém que estivesse falando em Jerusalém".2" Alexander conclui que esta alteração "não é um erro nem uma distração, mas se destina a trazer a profecia, sem nenhuma mudança real de significado, ao contato e a estar de acordo com as associações históricas do povo em relação ao exílio na Babilônia".'

    d. Tabernáculo e Templo (Atos 7:44-50). Os judeus da época de Jesus acreditavam que o Templo de Jerusalém era o único lugar em todo o mundo onde se manifestava a Presença divina, Shekinah. Por isso, eles ficaram tão irritados com o relato: "Este homem não cessa de proferir palavras blasfemas contra este santo lugar" (6.13). Mas Estêvão agora recorda os membros do Sinédrio que os seus pais (44) tinham no deserto o tabernáculo. Este tabernáculo esteve fora da Terra Santa, mas ali a presença de Deus foi revelada pela Shekinah no santuário.

    O tabernáculo do Testemunho é o que a Septuaginta apresenta em lugar do hebraico "tabernáculo da congregação", ou, mais exatamente, "a tenda da congregação" (Êx 33:7).

    Uma tradução melhor talvez fosse "o tabernáculo do testemunho" (ASV) ou "a tenda do Testemunho" (NEB), como o texto hebraico em Êxodo 38:21. A arca é também chamada de "arca do testemunho": ...depois que houveres posto na arca o Testemunho, que eu te darei..." (Êx 25:21). Este testemunho triplo consistia na vara de Arão, que tinha floresci-do, do vaso com o maná, e as tábuas onde estavam escritos os Dez Mandamentos. Estes seriam os testemunhos perpétuos da autoridade de Deus sobre o seu povo, e também do seu cuidado por eles.

    Deus ordenou a Moisés que construísse o Tabernáculo segundo o modelo que Ele lhe tinha mostrado no monte Sinai. A palavra grega para modelo é typos (tipo). É a mesma palavra que é traduzida como "figuras" no versículo 43. Bruce observa: "Este typos pode estar em contraste com o typoi idólatra do versículo 43".

    Este Tabernáculo o qual nossos pais, recebendo-o também (45) — lit., "tendo-o por sua vez recebido" (cf. ASV, RSV) — o levaram com Josué (algumas versões mencionam "Jesus"), quando entraram na posse — "quando tomaram posse".234 As nações seri-am os cananeus e outros habitantes da Palestina. A última frase, até aos dias de Davi, pode referir-se à expulsão dos gentios ou às sucessivas gerações que receberam o Tabernáculo. As duas coisas chegaram ao seu final com o reinado de Davi.

    Este maior de todos os reis de Israel achou graça diante de Deus (46), e pe-diu — literalmente, "pediu para si mesmo" (voz intermediária) ; "pediu permissão, o que está em perfeito acordo com o desejo de governar e o objetivo da sua vida, tão maravilhosamente expresso no Salmo 132"235 — que pudesse achar tabernáculo para o Deus de Jacó. A palavra que significa tabernáculo é diferente da encontrada no versículo 44, embora tenha a mesma raiz. Ela significa simplesmente "um abrigo". Na verdade, Davi desejava construir uma estrutura permanente para a pre-sença de Deus. Mas Salomão lhe edificou casa (47) ; Davi não obteve a permissão para fazê-lo.

    Então vem o principal impulso do discurso de Estêvão, o verdadeiro centro do seu argumento: o Altíssimo não habita em templos feitos por mãos de homens (48).

    Salomão expressou o mesmo pensamento em sua oração de consagração (2 Cr 6.18). A palavra templos não aparece nos manuscritos mais antigos, que simplesmente apre-sentam o plural do adjetivo "feito por mãos de homens". A maioria das versões modernas acrescenta a palavra "casas" (cf. ASV).

    A maior parte do versículo 48 deveria estar situada no versículo 47, como se estives-se repetindo aquilo que Salomão afirmara em sua oração, na ocasião em que consagrou o Templo. A última frase do versículo 48, como diz o profeta, deveria, assim, estar colocada com o versículo 49.

    Para consolidar o seu argumento, Estêvão citou (49-50) o Antigo Testamento. O sig-nificado desta Escritura é descrito assim por Alexander: "O profeta citado é Isaías (66, 1.2), e a passagem é aquela em que ele conclui as duas profecias com uma predição expressa da mudança das revelações, da época em que Jeová já não mais habitaria em templos (v. 1), mas sim nos corações humanos (v. 2) ; quando o ritual, embora instituído divinamente, não se mostrasse menos odioso do que a própria idolatria (v. 3), aqueles que ainda se apegassem a ele receberiam a temida justiça (v. 4) ".236

    e. O Réu Transforma-se em Acusador (Atos 7:51-53). Pareceria, neste ponto, que o discur-so de Estêvão foi interrompido, ou pelo menos que ele percebeu uma oposição crescente, pois o seu tom mudou bruscamente. Bruce comenta: "Esta repentina repreensão pode ter sido ocasionada por alguma reação irada contra o que ele acabara de dizer. Está claro que ele estava atacando algumas das crenças mais profundas que aqueles homens ti-nham em relação ao Templo".'

    Estêvão acusou os seus ouvintes de serem de dura cerviz (51) — sklerotracheli (somente aqui no NT, encontrada na LXX, e.g. Êx 33:3), sugerindo a imagem de um boi teimoso que se recusa a receber o jugo no seu pescoço — incircuncisos de coração -cf. Lv 26:41; Ez 44:7e ouvido (cf. Jr 6:10). A respeito da linguagem utilizada aqui, Lumby escreve: "Assim como o ritual da circuncisão era o sinal da submissão à religião judaica, também a palavra incircunciso, na sua exigência mais completa, tornou-se um sinônimo da resistência obstinada ao que Deus tinha revelado, e a frase, no texto, conse-qüentemente significa 'vocês, que fecharam os seus corações e ouvidos à verdade'".'

    Mas a idéia da circuncisão traz consigo uma conotação adicional no Novo Testamen-to. Paulo fala da verdadeira circuncisão como sendo aquela "do coração" (Rm 2:29). Ele escreve aos colossenses: "No qual também estais circuncidados com a circuncisão não feita por mão no despojo do corpo da carne: a circuncisão de Cristo" (Cl 2:11). A circunci-são cristã é a purificação do coração de todos os pecados. Este pensamento já tinha sido sugerido por Moisés: "Circuncidai, pois, o prepúcio do vosso coração e não mais endureçais a vossa cerviz" (Dt 10:16) — fazendo a mesma combinação que Estêvão faz aqui. Estas passagens destacam o fato de que a essência do pecado é a rebelião contra a vontade de Deus. Isto deve ser removido do coração na santificação completa. Os líderes da nação eram culpados, como foram os seus pais, de resistirem ao Espírito Santo que procurava iluminá-los e guiá-los.

    Os seus pais tinham perseguido os profetas (52). Eles tinham ido mais longe, e ti-nham assassinado aqueles que prediziam a vinda do Justo — o Messias (cf. Atos 3:14).

    Estas palavras de Estêvão foram um eco daquilo que Jesus já havia dito (cf. Mt 5:12-23:29-37; Lc 13:34). Mas ele acrescentou que aquilo que Jesus tinha predito aconteceria; os membros do Sinédrio eram os traidores e homicidas do Messias. Este foi o pior pecado dos líderes rebeldes e obstinados da nação judaica.

    Mataram refere-se aos pais, que tinham recebido a Lei no Sinai (53). A ordenação dos anjos talvez seja mais bem traduzida assim: "como foi ministrado [organizado] pelos anjos" (ASV). Esta idéia não está explícita no relato do Antigo Testamento, embora este-ja sugerida na Septuaginta de Deuteronômio 33:2. Josefo reflete este costume ao escre-ver: "Nós recebemos de Deus a mais excelente das nossas doutrinas, e a parte mais santa da nossa lei pelos anjos".' Paulo faz a melhor correspondência à afirmação de Estêvão quando diz, sobre a lei: "Foi posta pelos anjos na mão de um medianeiro" (G1 3.19). A mesma idéia é sugerida em Hebreus 2:2. Ainda assim, a lei dada deste modo não tinha sido observada.

    3. A Morte de Estêvão (Atos 7:54-60)

    À medida que os membros do Sinédrio ouviam a denúncia que Estêvão fazia da sua rebelião obstinada, enfureciam-se em seu coração (54). O verbo é o mesmo usado em Atos 5:33 (ver os comentários ali). Rangiam os dentes contra ele reflete Salmos 35:16.

    Qual foi a reação de Estêvão a esta explosão de ódio? Estando cheio do Espírito Santo e fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus — "i.e., uma manifestação sensível da sua presença".24° Ele também viu Jesus, que estava à direita de Deus — "a posição de honra e de poder equivalente".241 Como Jesus normalmente é representado sentado à direita do Pai (Mt 26:64; Ef 1:20; Cl 3:1; Hb 1:3-13; 8.1; 10.12), a maioria dos comentaristas, desde Gregório, o Grande, assumiram a palavra "estar", nesta passagem, como simplesmente implicando que Jesus levantou-se para assistir e receber o seu pri-meiro mártir.

    Estêvão deu testemunho do que ele estava vendo (56). A expressão Filho do Ho-mem ocorre somente aqui no Novo Testamento fora dos Evangelhos. Nos Evangelhos, é um título usado por Jesus para referir-se a si mesmo, aproximadamente oitenta vezes.

    A cena que se seguiu é um comentário triste sobre o judaísmo daqueles dias. Os ouvintes de Estêvão gritaram com grande voz, taparam os ouvidos — como para não ouvir mais nenhuma de suas palavras — e arremeteram unânimes contra ele (57). Eles o expulsaram da cidade — para que não mais corrompesse o lugar sagrado! — e o apedrejaram (58). A lei exigia que as testemunhas atirassem as primeiras pedras ao criminoso condenado (Dt 17:7). Estas falsas testemunhas (cf. 6,13) depuseram as suas vestes aos pés de um jovem chamado Saulo. Esta é a primeira menção àquele que iria se tornar o grande apóstolo Paulo. O jovem fariseu nunca se esqueceu da cena que testemu-nhou naquele dia.

    Então apedrejaram a Estêvão (59). Em evocação, tem o particípio singular, indi-cando Estêvão. Este trecho poderia ser traduzido da seguinte forma: "Ele estava cha-mando...".' Esta oração do primeiro mártir, na hora da morte — Senhor, não lhes imputes este pecado (60) foi um eco da oração do Senhor na cruz: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem" (Lc 23:34). Estêvão tinha o espírito do seu Mestre.

    Este incidente destaca o "Triunfo em meio à Tragédia": 1. A vingança humana (54) ; 2. A visão celestial (55-56) ; 3. A maldade horrível (57-58) ; 4. O perdão divino (55-60).


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Atos Capítulo 7 versículo 51
    Dura cerviz:
    Obstinados (conforme Ex 32:9; Ex 33:3,Ex 33:5; Dt 10:16; Dt 31:27).At 7:51 Incircuncisos de coração e de ouvidos:
    Referência à atitude pagã; ver Lv 26:41; Jr 4:4; Jr 6:10; Jr 9:26.At 7:51 Sempre resistis ao Espírito Santo:
    Conforme Is 63:10.

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Atos Capítulo 7 do versículo 1 até o 60
    *

    7.2 O Deus da glória. Este título relembra a divina glória que Deus mostrou a seu povo no tempo de Moisés: a coluna de nuvem (Êx 14:19; 16:10; Sl 105:39), a coluna de fogo (Êx 14:24), a glória do Senhor no monte (Êx 24:15-18; 2Co 3:7), e a glória sobre o tabernáculo (Êx 40:34,35; conforme Jo 1:14).

    * 7.4 da terra dos caldeus. Babilônia, na Mesopotâmia setentrional (moderno Iraque).

    * 7.6 quatrocentos anos. Êx 12:40 traz “quatrocentos e trinta anos”, mas Estêvão está falando em números redondos, e pode ter estado seguindo o texto de Gn 15:13 que traz “quatrocentos anos”.

    * 7.8 aliança da circuncisão. Deus estabeleceu esta aliança com Abraão. Ele era o pai de todo Israel, mas viveu séculos antes da vinda de Moisés. Moisés instituiu os costumes que os adversários de Estêvão tentavam proteger.

    *

    7.14 setenta e cinco pessoas. O texto hebraico de Êx 1:5 traz “setenta”. Mas a tradução grega do Antigo Testamento, em que este sermão está basicamente seguindo, e os fragmentos de Êxodo encontrados entre os manuscritos do Mar Morto diz “setenta e cinco”. A explicação dos setenta e cinco deve ser encontrada nos cinco descendentes adicionais de José incluídos na tradução grega de Gn 46:20, onde dois filhos de Manassés, dois filhos de Efraim, e um neto de Efraim estão incluídos.

    * 7.16 Siquém... no sepulcro que Abraão ali comprara. Estêvão condensou os eventos relativos às compras dos sepulcros dos patriarcas. Jacó foi enterrado na caverna de Macpela em Hebrom (Gn 50:13); e de acordo com Josefo (Antigüidades 2,199) os irmãos de José foram enterrados em Hebrom. Os ossos de José, contudo, foram colocados na terra que Jacó havia comprado dos filhos de Emor (Gn 33:19; 50:25; Êx 13:19; Js 24:32). Os ouvintes de Estêvão sabiam que Jacó e seus filhos haviam sido enterrados em dois lugares diferentes (Hebrom e Siquem). A narrativa aqui é altamente condensada.

    * 7.22 Moisés foi educado em toda a ciência dos egípcios. Êx 2:10 declara que quando Moisés cresceu, a ama (mãe de Moisés) levou-o para a filha de Faraó e ele “tornou-se seu filho”, entendendo-se que na casa real lhe seria dada uma completa educação egípcia. Dois estudiosos do primeiro século, o historiador Josefo e o filósofo Filo, contam do extensivo aprendizado de Moisés.

    * 7.38 na congregação no deserto. “Congregação” traduz a palavra grega ekklesia (“igreja”, ver 5.11 nota).

    o anjo que lhe falava no monte Sinai. Embora Moisés tenha recebido a lei de Deus no Monte Sinai (Êx 20:1,21), os anjos tiveram alguma parte na sua instituição (v. 53; Dt 33:2; Gl 3:19; Hb 2:2). A respeito do Anjo do Senhor, ver nota em Gn 16:7 e Jz 2:1.

    *

    7.44 O tabernáculo do Testemunho. O tabernáculo do Antigo Testamento continha a arca da aliança e as tábuas dos Dez Mandamentos, que eram chamadas de “o Testemunho”. Mais adiante, representando a presença de Deus e seu poder vivificante estava a mesa dos pães consagrados (Êx 37:10-16; Hb 9:2), o candelabro de sete hastes (Êx 37:17-23; conforme Jo 8:12; Ap 1:12-18), e o altar de incenso (Êx 37:25-29), que simbolizavam as orações do povo de Deus subindo para o onipresente Deus (Sl 141:2; Ap 8:3,4).

    * 7.51 Homens de dura cerviz e incircuncisos de coração e ouvidos. Eles não ouviriam com o coração, e não obedeceriam ao Senhor e nem às Escrituras que Estêvão havia citado. Estas metáforas são figuras do Antigo Testamento que significam teimosia e falta de regeneração espiritual (Êx 32:9; 33:3,5; Dt 9:6; 10:16; 30:6; Jr 4:4).

    * 7.52 do Justo. Um título usado para o Senhor Todo Poderoso (Is 24:16) e para Jesus Cristo (22.14; 1Jo 2:1).

    * 7.55 a glória de Deus. O brilho da presença de Deus (Ap 15:8; 21:11,23).

    que estava à sua direita. Normalmente diz-se que Jesus está assentado à direita de Deus, porque sua obra estava terminada (Rm 8:34; Cl 3:1; Hb 10:12), mas aqui ele está em pé para receber Estêvão ou para defendê-lo. Nesta cena o Filho do Homem é ao mesmo tempo Juiz e Advogado. Ver nota teológica “O Reino Celestial de Jesus”, índice.

    *

    7.56 Eis que vejo... o Filho do homem. A visão que Estêvão teve do Filho do Homem no céu deve ter recordado vividamente o Sinédrio que, quando eles perguntaram a Jesus, “És tu o Cristo?”, ele respondeu “Eu sou, e vereis o Filho do Homem assentado à direita do Todo-Poderoso, e vindo com as nuvens do céu” (Mc 14:61,62). Estêvão viu o mesmo Jesus sentado no céu à mão direita de Deus, comprovando a verdade do que ele estava dizendo, e condenando o Sinédrio.

    * 7.58 um jovem chamado Saulo. Saulo, mais tarde chamado Paulo, era um fariseu, associado com o Sinédrio (Fp 3:5). Provavelmente ele foi um instigador do julgamento de Estêvão (8.3; 9.1,2). Neste ponto Lucas introduz Saulo, a segunda grande figura deste livro.

    *

    7.60 não lhes imputes este pecado. Comparar com a declaração de Jesus em Lc 23:34.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Atos Capítulo 7 do versículo 1 até o 60
    7:1 O supremo sacerdote era possivelmente Caifás, o mesmo que questionou e condenou antes ao Jesus (Jo 18:24).

    7.2ss Esteban deu início a uma extensa exposição a respeito da relação do Israel com Deus. Da história do Antigo Testamento mostrou que os judeus uma vez atrás de outra rechaçaram a mensagem de Deus e seus profetas, e que este concílio negou ao Messías, o Filho de Deus. Apresentou três pontos principais: (1) a história do Israel é a história dos fatos de Deus no mundo, (2) os homens adoraram a Deus muito antes que houvesse um templo, porque Deus não vive em um templo, (3) a morte do Jesus foi um exemplo mais da rebelião do Israel e o rechaço a Deus.

    7.2ss Em realidade, Esteban não se defendeu. Em lugar disso tomou a ofensiva, aferrando-se à oportunidade para resumir seus ensinos a respeito do Jesus. Esteban acusou aos líderes religiosos por falhar em obedecer as leis de Deus, as leis que eles com orgulho manifestavam seguir meticulosamente. Esta foi a mesma acusação que Jesus elevou contra eles. Quando atestamos do Jesus, não precisamos estar à defensiva, a não ser simplesmente devemos manifestar nossa fé.

    7:8 A circuncisão era um sinal da promessa ou o pacto entre Deus, Abraão e a nação do Israel (Gn 17:9-13). A mensagem do Esteban resumiu a história do Israel, expressando como o pacto se tomou em conta através do tempo. Esteban assinalou que Deus sempre respeitou a parte que lhe correspondia na promessa feita, mas o Israel falhou uma e outra vez até o final. Apesar de que os judeus contemporâneos do Esteban seguiam adhiriéndose à cerimônia da circuncisão, eram negligentes em obedecer. Os corações da gente estavam longe de Deus. Sua falta de fé e desobediência significam sua falha em guardar a parte do pacto que lhe correspondia.

    ESTEBAN

    Ao redor do mundo, freqüentemente o evangelho veio enraizando-se em lugares preparados pelo sangue de mártires. antes de que uma pessoa sua vida pelo evangelho, antes deve viver pelo evangelho. Uma das maneiras em que Deus prepara a seus servos é se localizando-os em posições insignificantes. Seu desejo de servir a Cristo se traduz na realidade de servir a outros. Esteban foi um administrador eficaz e também um bom mensageiro antes de ser mártir.

    Esteban foi um dos nomeados para distribuir mantimentos na igreja primitiva. Desde muito antes se desatou uma violenta perseguição contra os cristãos, existia já ostracismo social. Pelo general, quão judeus aceitavam ao Jesus como o Messías os separavam de seus familiares. Como resultado, os crentes dependiam um do outro para seu sustento. Compartilhar casas, mantimentos e outros recursos era uma distinção prática e necessária da igreja primitiva. À larga o número dos discípulos obrigou à organização do serviço. descuidavam-se a muitas pessoas. Começaram as falações. Nomeado-los para administrar se escolheram por sua integridade, sabedoria e sensibilidade para Deus.

    Esteban, além de ser um bom administrador, também era um pregador eficaz. Quando no templo se teve que enfrentar a diferentes grupos antagônicos, a lógica do Esteban ao responder era convincente. Isto se deduz da defesa que fez ante o concílio. Apresentou um resumo da história judia e fez uma aplicação contundente que paralisou a seus ouvintes. Durante sua defesa deveu ter em conta que ditava sua própria sentença de morte. Os membros do Sanedrín não podiam permitir que seus motivos malignos ficassem ao descoberto. Apedrejaram-no até matá-lo, enquanto ele orava em favor deles. Suas palavras finais mostram quanto se assemelhou ao Jesus em pouco tempo. Sua morte teria um impacto duradouro no jovem Saulo (Paulo) do Tarso, quem deixaria de ser o perseguidor violento dos cristãos para converter-se no maior dos campeões do evangelho que a igreja tenha conhecido.

    A vida do Esteban é um desafio contínuo a todos os cristãos. Como foi o primeiro em morrer pela fé, seu sacrifício motiva perguntas: Quantos regas corremos ao seguir ao Jesus? Estaríamos dispostos a morrer pelo? Queremos na verdade viver para Cristo?

    Pontos fortes e lucros:

    -- Um dos sete diáconos escolhidos para fiscalizar a distribuição de mantimentos aos necessitados na igreja primitiva

    -- Conhecido por suas qualidades espirituais de fé, sabedoria, graça e poder, e pela presença do Espírito em sua vida

    -- Líder, professor e polemista sobressalente

    -- O primeiro em dar sua vida pelo evangelho

    Lições de sua vida:

    -- O esforço por obter o excelente em tarefas insignificantes é a preparação para responsabilidades maiores

    -- Conhecer verdadeiramente a Deus guia a ações práticas e compassivas em favor da gente

    Dados gerais:

    -- Responsabilidades na igreja: Diácono, distribuidor de mantimentos entre os necessitados

    -- Contemporâneos: Paulo, Caifás, Gamaliel, os apóstolos

    Versículos chave:

    "E apedrejavam ao Esteban, enquanto ele invocava e dizia: Senhor Jesus, recebe meu espírito. E posto de joelhos, clamou a grande voz: Senhor, não tome neste conta pecado. E havendo dito isto, dormiu" (At 7:59-60).

    A história do Esteban se narra em Feitos 6:3-8.2. Também se menciona em At 11:19; At 22:20.

    7:17 O repasse do Esteban a respeito da história dos judeus nos dá um claro testemunho da fidelidade e a soberania de Deus. Apesar dos contínuos enguiços em seu povo escolhido e os turbulentos acontecimentos do mundo, Deus foi elaborando seu plano. Quando atravessar circunstâncias confusas, recorde: (1) Deus tem o controle, nada lhe surpreende; (2) este mundo não é tudo o que existe; este passará, mas Deus é eterno; (3) Deus é justo e fará justiça, castigando ao malvado e recompensando ao fiel; (4) Deus o quer usar (ao igual a José, Moisés e Esteban) para se distinga neste mundo.

    7:37 Os judeus em um início pensaram que este "profeta" era Josué, mas Moisés se referia ao Messías que viria (Dt 18:15). Pedro faz o mesmo neste versículo (Dt 3:22).

    7:38 Esteban usou a palavra "ecclesia" (traduzido "assembléia") para descrever a congregação ou povo de Deus no deserto. Esta palavra significa "os chamados" e a usavam os cristãos do primeiro século para descrever sua própria comunidade ou "assembléia". O ponto do Esteban era que a Lei dada através do Moisés aos judeus era o sinal do pacto. Por obediência, continuariam sendo o povo do pacto de Deus. Mas como desobedeceram (7.39), romperam o pacto e perderam o direito a ser o povo escolhido.

    7:38 Em Gl 3:19 e Hb 2:2, parece que Deus deu ao Moisés a Lei através dos anjos. Ex 31:18 diz que Deus escreveu os Dez Mandamentos ("escritas com o dedo de Deus"). Ao parecer, Deus usou mensageiros angélicos para entregar sua Lei ao Moisés.

    7:42 Exército do céu se refere à prática de adorar deidades associadas com estrelas e planetas.

    7:43 Aqui Esteban dá mais detalhes da idolatria que se fala em 7.40. Estes eram ídolos que o Israel adorava durante sua peregrinação no deserto (Ex 32:4). Moloc era o deus associado com o sacrifício de meninos e Renfán era um deus egípcio. Amós também nomeia deidades assírias que o Israel adorava (Am 5:25-27).

    7.44-50 Ao Esteban o acusaram de falar em contra do templo (6.13). Apesar de reconhecer a importância do mesmo, sabia que não era mais importante que Deus. Deus não está limitado; O não vive sozinho em um santuário, a não ser onde hajam corações de fé dispostos a lhe receber (Is 66:1-2). Salomão soube quando orou na dedicação do templo (2Cr 6:18). Deus quer viver em nós. Vive O em você?

    7:52 A muitos profetas perseguiram e mataram: Urías (Jr_26:20-23); Jeremías (Jr_38:1-6); Isaías (a tradição diz que o rei Manasés o matou; veja-se 2Rs 21:16); Amós (Am 7:10-13); Zacarías (não o autor do livro bíblico, a não ser o filho do sacerdote Joiada: 2Cr 24:20-22); Elías (1Rs 19:1-2). Jesus também usou uma parábola para referir-se a como os judeus rechaçaram sempre aos mensageiros de Deus e como os perseguiram (Lc 20:9-19). O Justo se refere ao Messías.

    7.55-58 Esteban viu a glória de Deus e ao Jesus o Messías à mão direita do Muito alto. As palavras do Esteban são similares às que Jesus disse ante o concílio (Mt 26:64; Mc 14:62; Lc 22:69). A visão do Esteban ratificou as palavras do Jesus e encolerizou aos dirigentes judeus que condenaram ao Jesus à morte por blasfêmia. Não toleraram as palavras do Esteban, por isso o tiraram da cidade e lhe apedrejaram. Talvez a gente não nos mate por lhes falar de Cristo, mas vão dar a entender que não querem ouvir a verdade e até tratarão freqüentemente de nos calar. Siga honrando a Deus com sua conduta e palavras; apesar de que muitos fiquem em seu contrário e sua mensagem, outros seguirão a Cristo. Recorde, a morte do Esteban provocou um profundo impacto no Saulo, quem logo se converteu no missionário maior do mundo. Até os que lhe oponham agora podem mais tarde voltar-se para Cristo.

    7:58 Ao Saulo também lhe chama Paulo (veja-se 13.9), o grande missionário que escreveu muitas das epístolas do Novo Testamento. "Saulo" era seu nome hebreu; Paulo, seu nome grego, usou-se ao iniciar seu ministério aos gentis. Quando Lucas apresenta ao Paulo, este detestava e perseguia os seguidores do Jesus. É um contraste com o Paulo do que Lucas se ocupará em grande parte do resto do livro de Feitos: um devoto seguidor de Cristo e um dotado pregador do evangelho. Paulo tinha a qualidade única para falar com os judeus a respeito do Jesus porque antes perseguia os que acreditavam no Jesus e entendia esta oposição. Paulo é um grande exemplo de que para Deus não há nenhuma pessoa impossível de alcançar nem trocar.

    7:59 A pena por blasfêmia, falar com irreverência de Deus, era morrer apedrejado (Lv 24:14). Os furiosos líderes religiosos, sem julgamento nem veredicto, apedrejaram ao Esteban. Não entendiam que as palavras do Esteban eram certas porque não procuravam a verdade. Solo queriam defender seus pontos de vista.

    7:60 Ao morrer Esteban, falou palavras muito similares às palavras do Jesus na cruz (Lc 23:34). Os primeiros cristãos se gozavam ao sofrer como Jesus sofreu porque isso significava que lhes tinham por dignos (Lc 5:41). Esteban estava preparado para sofrer como Jesus, até ao ponto de pedir perdão por seus assassinos. Esta atitude perdonadora vem sozinho do Espírito Santo. O Espírito também pode nos ajudar a atuar como Esteban o fez, com amor por nossos inimigos (Lc 6:27). Como reagiria você se alguém o ferisse por causa do que crie?

    EFEITOS DA MORTE DO ESTEBAN

    A morte do Esteban não foi em vão. A seguir verá alguns dos fatos que se devem (direta ou indiretamente) à perseguição iniciada com o martírio do Esteban.

    1. Viaje evangelístico do Felipe (At 8:4-40)

    2. A conversão do Saulo (Paulo) (At 9:1-30)

    3. Viagem missionária do Pedro (Feitos 9:32-11.18)

    4. funda-se a igreja na Antioquía e Síria (At 11:19ss)


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Atos Capítulo 7 do versículo 1 até o 60
    B. DA DEFESA ESTEVÃO e ao indiciamento do Conselho (7: 1-53)

    A aparência de justiça aparece na permissão do sumo sacerdote concedido Estevão a responder perante o Sinédrio as acusações feitas contra ele. ". Não é, obviamente, um discurso de defesa no sentido forense do termo" Bruce observa corretamente que o discurso de Estevão Bruce continua:

    Tal discurso como este não era de forma calculada para garantir uma absolvição perante o Sinédrio. É mais uma defesa do cristianismo puro como forma designado por Deus para adoração; Estevão aqui mostra-se o precursor dos apologistas cristãos posteriores, especialmente aqueles que defendiam o cristianismo contra o judaísmo.

    O ponto crucial do discurso de Estevão revela que ele tinha entendido o verdadeiro significado da universalidade do cristianismo como expresso por Cristo com a mulher samaritana no poço de Jacó:

    Mulher, crê-me que a hora vem, quando nem neste monte, nem em Jerusalém [templo], vós vos adorar o Pai. ... Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade: para tal Acaso o Pai procura para seus adoradores. Deus é Espírito, e os que o adoram devem adorá-lo em espírito e verdade (Jo 4:21 A mesma astúcia com a nossa raça, e maltrataram nossos pais, que eles deveriam expulsar seus bebês até o fim que não vivessem. 20 Nesse tempo nasceu Moisés, e era mui formoso; e ele foi alimentado três meses em casa de seu pai; 21 e quando ele foi expulso a filha de Faraó o recolheu e criou como seu próprio filho. 22 E Moisés foi instruído em toda a ciência dos egípcios; e era poderoso em suas palavras e obras. 23 Mas, quando ele era quase quarenta anos, veio-lhe ao coração ir visitar seus irmãos, os filhos de Israel. 24 E vendo um deles sofrer injustamente, defendeu-o, e vingou o oprimido, matando o egípcio: 25 e ele cuidava que seus irmãos entenderiam que Deus pela sua mão estava dando-lhes libertação; mas eles não entenderam. 26 E no dia seguinte, ele apareceu-lhes quando brigavam, e quis levá-los à paz, dizendo: Senhores, vós sois irmãos; por que vos um ao outro? 27 Mas o que ofendia o seu próximo o repeliu, dizendo: Quem te constituiu príncipe e juiz sobre nós? 28 : Queres matar-me como mataste o egípcio ontem? 29 E Moisés fugiu A esta palavra, e tornou-se peregrino na terra de Midiã, onde gerou dois filhos. 30 E quando se cumpriram 40 anos, um anjo lhe apareceu no deserto do monte Sinai, numa chama de fogo em um arbusto. 31 E quando Moisés viu, admirou-se da visão; e, aproximando-se para eis que veio a voz do Senhor, 32 Eu sou o Deus de teus pais, o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó. E Moisés, todo trêmulo, não ousava olhar. 33 E o Senhor disse-lhe: Tira as alparcas dos teus pés, porque o lugar em que estás é terra santa. 34 Tenho visto a aflição do meu povo que está no Egito, e ouvi os seus gemidos, e desci para libertá-los: e agora vir, eu te enviarei ao Egito. 35 A este Moisés que eles haviam repelido, dizendo: Quem te constituiu príncipe e juiz? a este enviou Deus como príncipe e libertador, pela mão do anjo que apareceu para ele no mato. 36 Este homem levou para fora, fazendo maravilhas operadas e sinais no Egito, e no Mar Vermelho, e no deserto por quarenta anos. 37 Este é aquele Moisés que disse aos filhos de Israel, um profeta é Deus vos levantará dentre vossos irmãos, semelhante a mim.

    O Deus da glória apareceu. ... Este é aquele Moisés que disse aos filhos de Israel, um profeta é Deus vos levantará dentre vossos irmãos, semelhante a mim (vv. At 7:2 ). Por uma recontagem estudado e prolongado da história judaica, com o qual seus ouvintes estão familiarizados, Estevão reflete sua reverência extrema para, e fé em que ambos, Deus e Seu servo Moisés e, assim, refuta a sua acusação de que ele blasfemou contra Deus e Moisés.

    A facilidade com que Estevão relata a história de povo escolhido de Deus, a partir do chamado de Abraão em Ur para a entrega da Lei no Sinai, revela tanto o seu conhecimento profundo desses fatos históricos e sua compreensão do seu significado espiritual, que culminou com a promessa do Messias (v. At 7:37 e At 3:22 ). Assim Estevão mostra, não só que ele acredita e reverencia a Deus e Moisés, mas que Deus através de Moisés preparou o caminho para a vinda do Cristo, a quem ele pregava. Em vez de blasfemar contra Deus e Moisés, como eles cobrado, Estevão mostra que a fé em Deus e Moisés é estabelecida por meio da fé em Cristo, que é o Filho do primeiro e do cumprimento do tipo da segunda.

    Resposta 3. Estêvão à Terceira Charge (7: 38-43)

    38 Este é o que esteve na congregação no deserto, com o anjo que lhe falava no monte Sinai, e com nossos pais, o qual recebeu palavras de vida para dar a nós: 39 ao qual os nossos pais não quiseram obedecer, antes o impulso -lo a partir deles, e virou-se em seus corações para o Egito, 40 dizendo a Arão: Faze-nos deuses que vão adiante de nós; porque, quanto a este Moisés, que nos levou para fora da terra do Egito, não sabemos o que é tornar-se . daquele 41 E eles fizeram um bezerro, naqueles dias, e trouxe um sacrifício ao ídolo, e se alegraram nas obras das suas mãos. 42 Mas Deus se afastou, e os abandonou para servir o exército dos céus; como está escrito no livro dos profetas,

    Será que vós me oferecerem vítimas e sacrifícios

    Quarenta anos no deserto, ó casa de Israel?

    43 E vós tomastes o tabernáculo de Moloque,

    E a estrela do deus Renfã,

    As figuras que vós fizestes para adorá-los:

    E eu vou levá-lo para além da Babilônia.

    Estevão continua sua defesa, indicando que Moisés era parte integrante da verdadeira igreja [de Deus] no deserto (v. At 7:38-A ), que culminou em Cristo, o Messias, e que foi pela mão deste Moisés que Deus, através um anjo, deu a Israel a Lei, os oráculos vivos.Além disso, ele mostra a partir de sua própria história que seus pais haviam rejeitado a Moisés e a Lei que Deus lhes deu por meio dele; enquanto ele, Estevão, em vez de blasfemar contra a Lei, reverenciado lo pelo que ele tinha a intenção de Deus: oráculos vivos concebidos como um "tutor para nos conduzir a Cristo" (Gl 3:24)

    44 Nossos pais tinham o tabernáculo do testemunho no deserto, assim como ele nomeado, que disse a Moisés que o fizesse segundo o modelo que tinha visto. 45 que também nossos pais, por sua vez, levaram com Josué quando entraram na posse das nações que Deus empurrado para fora da presença de nossos pais, até os dias de Davi; 46 . Que achou graça diante de Deus, e pediu que pudesse achar tabernáculo para o Deus de Jacó 47 E Salomão lhe edificou uma casa. 48 Mas o Altíssimo não habita emcasas feitas com as mãos; como diz o profeta:

    49 O céu é o meu trono,

    E a terra o escabelo dos meus pés:

    Que tipo de casa me quereis construir? diz o Senhor:

    Ou qual é o lugar do meu repouso?

    50 Não a minha mão todas estas coisas?

    Nossos pais tinham o tabernáculo do testemunho no deserto (v. At 7:44 , At 7:49 ; 2Cr 2:6 ).

    Acusação 5. Estevão do Conselho (7: 51-53)

    51 Homens de dura cerviz, e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao Espírito Santo: como fizeram vossos pais, assim também vós. 52 A qual dos profetas não perseguiram vossos pais? e eles os mataram, que mostrou antes da vinda do Justo; a quem vós já se tornaram traidores e homicidas; 53 vós, que recebestes a lei por ordenação dos anjos, e não a guardastes.

    Homens de dura cerviz, e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao Espírito Santo; como fizeram vossos pais, assim também vós (v. At 7:51 ). Finalmente, tendo incontestavelmente limpou-se da acusação de blasfêmia, Estevão transforma todo o argumento sobre os dirigentes dos judeus e diretamente acusa-los com a altura do crime de blasfêmia, por meio de sua desobediência deliberada e persistente para, e rejeição da lei de Deus e seu cumprimento realizado em Jesus Cristo o Messias (ver Nu 15:30. , Nu 15:31 ). Assim, ele estabeleceu dois grandes fatos: primeiro , que, como Paulo declarou mais tarde (Gl 3:23 ), apenas a Lei serviu para levar o homem a Cristo, e que o seu valor instrumental agora é passado, uma vez que Cristo, o Messias tem já veio; e segundo, que eles, seus acusadores, elas mesmas estão inevitavelmente condenado pelo crime muito de que o acusaram, a blasfêmia, o que acarreta a pena de morte.

    MARTÍRIO C. Estêvão GLORIOSO (7: 54-60)

    Estevão tornou-se o primeiro mártir cristão, e ele deu a sua vida que o evangelho seja unshackled do legalismo judaico para encontrar o seu caminho para os corações de todos os homens em todo o mundo.

    1. A indignação do Conselho (At 7:54)

    54 E, ouvindo eles estas coisas, elas foram cortadas para o coração, e rangiam sobre ele com os dentes.

    Weymouth diz: "Eles ficaram furiosos e rangeram os dentes contra ele." A realização da sua situação humilhante, depois do discurso de Estevão, deveria ter trazido-los ao arrependimento e submissão a Cristo, como no dia de Pentecostes. No entanto, ele só inflamou a sua ira e destronou a sua razão, e, portanto, um tribunal ordenada e digna de repente se tornou uma cena de violência caótica mob-mad. O vulcão havia muito tempo ardia, mas agora, de repente, irrompeu em toda a sua fúria destruidora, inundando sua vítima inocente com sua ira escaldante.

    2. O consolo de Estevão (At 7:55 , 56)

    55 Mas ele, estando cheio do Espírito Santo, fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus, e Jesus em pé à mão direita de Deus, 56 e disse: Eis que vejo os céus abertos eo Filho do homem em pé à mão direita de Deus.

    Mas ele ... viu a glória de Deus . Através da chuva de morte-pedras, Estevão pegou uma visão de Deus revelada de glória que foi colocado acima na loja para ele e viu Jesus em pé à mão direita de Deus, na identificação com o Seu santo martirizado, esperando para recebê-lo na glória eterna. Diz-se que este é o único registro bíblico de Cristo em pé, depois de Sua ascensão. Com Davi, Estevão poderia dizer: "Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum; para tu estás comigo "( Sl 23:4. ). A palavra evidencia a continuidade da vida nova que eles já apreciado. Ele sugere que eles haviam compreendido o significado da imortalidade através de Cristo.

    Vincent significativamente observa a respeito da morte de Estêvão, como expresso nas palavras, ele caiu no sono , que esta expressão marcas

    ... Sua calma e morte pacífica. Embora os autores pagãos por vezes utilizado sono para significar a morte , foi apenas como uma figura poética. Quando Cristo, por outro lado, disse: "Nosso amigo Lázaro dorme ... ", ele usou a palavra, e não como uma figura, mas como a expressão de um fato . No mistério da morte, em que o pagão só viu nada, Jesus assistiu-se a vida, descanso, acordando-os elementos que entram em sono. E assim, no discurso cristão e do pensamento, como a doutrina da ressurreição atingiu suas raízes mais profundas, a palavra morta , com a sua finalidade sem esperança, deu lugar para a palavra mais gracioso e esperançoso sono . O pagão enterrando-se realizado em seu nome qualquer sugestão de esperança e conforto. Era um lugar de sepultura, um esconderijo, um monumentum , um mero memorial de algo ido; um columbário ou pomba-berço, com seus pequenos compartimentos para urnas de cinza; mas o pensamento cristão da morte como sono, trouxe com ele em discurso cristão o pensamento parentela de uma câmara de descanso, e encarnou na palavra cemitério ... o lugar para se deitar para dormir .

    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Atos Capítulo 7 do versículo 1 até o 60

    Esse capítulo registra o mais longo discurso do relato de Atos, como também o ponto de virada na histó-ria espiritual de Israel. Ele apresenta o terceiro assassinato importante da nação Qoão Batista, Cristo e, agora, Estêvão), e sua rejeição final da men-sagem da salvação. Em seu discurso, Estêvão revê a história de Israel e co-menta que a nação sempre rejeitou os líderes escolhidos por Deus em sua primeira apresentação e, depois, os aceitava em sua segunda apresen-tação. Moisés e José são exemplos desse padrão (7:13,35). Israel tam-bém tratou Cristo da mesma forma: João Batista e os apóstolos o apresen-taram à nação, mas ela recusou-o; no entanto, o receberá quando ele aparecer pela segunda vez.

    1. A aliança de Deus com Abraão (7:1-8)

    13 14:1'>Gênesis 13:14-18 e Gênesis 15 e 17 relatam a aliança com Abraão. Essa aliança inclui a posse da ter-ra prometida pela descendência de Abraão e a promessa de multiplica-ção da semente dele nos anos vin-douros. A circuncisão selava essa promessa. A aliança com Abraão era o fundamento da nação judaica. Deus não fez essa aliança com os gentios, e ela não se aplica à igreja. Entendemos de forma errônea as Es-crituras e as desvirtuamos se "espi-ritualizarmos" essas promessas e as aplicarmos à igreja. Os judeus não receberam nem a terra nem o reino prometidos por Deus em virtude da desobediência deles. No entanto, essa aliança ainda permanece e será cumprida quando Cristo retornar e estabelecer seu reino sobre a terra.

    1. A rejeição de José por Israel (7:9-16)

    De várias formas, José tem uma se-melhança maravilhosa com Cristo:

    1. ele era o amado de seu pai (Gn 37:3; Mt 3:1 Mt 3:7); (2) era odiado pelos irmãos (Gn 37:4-8; Jo 15:25); (3) era invejado pelos irmãos (Gn 37:11; Mc 15:10); (4) foi vendido pelo pre-ço de escravo (Gn 37:28; Mt 26:15); (5) foi humilhado e serviu como servo (Gn 39:1 ss; Fp 2:04ss; Fp 2:9-50); (8) os irmãos não o reconheceram no primeiro encontro (Gn 42:8; At 3:1 At 3:7); (9) ele se revelou a eles no segundo encon-tro (Gn 45:1 ss; At 7:13; Zc 12:10); (10) ele tomou uma noiva gentia quando foi rejeitado pelos irmãos (Gn 41:45; At 15:6-44).

    Aqui, o argumento de Estêvão é que os judeus trataram Cristo da mesma forma que os patriarcas tra-taram José, porém ele faz essa acu-sação apenas no fim de seu discur-so. Cristo sofreu para salvar Israel e toda a humanidade da mesma forma que José sofreu para salvar seu povo, contudo os judeus não rece-beram a Cristo.

    1. A rejeição de Moisés por Israel (7:7-41)

    Moisés, como José, tem uma seme-lhança impressionante com Cristo: (1) foi perseguido e quase morto em criança (Êx 1:22 e 4:19; Mt 2:13-

    1. ; (2) ele recusou o mundo a fim de salvar seu povo (He 11:24-58; Mt 4:8; 2Co 8:9); (3) na primei-ra vez em que tentou ajudar Israel, foi recusado (Êx 2:11-14; Is 53:3);
    2. tornou-se pastor (Êx 3:1; Jo 10:0); (6) da segun-da vez, seus irmãos o receberam (Êx 4:29-31; At 7:5); (7) ele liber-tou o povo da escravidão por meio do sangue do cordeiro (Êx 12; 1Pe 2:24). Moisés foi profeta (Dt 18:15-5).

    O versículo 38 chama Israel de a "congregação no deserto", e isso merece um comentário. A pa-lavra ekklesia significa "assembléia convocada" e não sugere que Isra-el fosse a "igreja" do Antigo Testa-mento. O Antigo Testamento não apresenta profecias a respeito da igreja. No Antigo Testamento, Isra-el (povo terreno) não tem o mesmo relacionamento com Deus que os crentes (povo celestial) do Novo Testamento têm.

    Israel desobedeceu à vontade de Deus e rejeitou-a, embora contas-se com a presença do Senhor e com um líder devoto (v. 38)! "[Eles] no seu coração, voltaram para o Egito" (v. 39)! Eles se voltaram para a ido-latria, e Deus desistiu deles. Eles não fizeram a mesma coisa quando Cris-to esteve com eles na terra? Moisés realizou milagres, satisfez as neces-sidades deles no deserto e deu-lhes a Palavra do Senhor; Cristo também realizou obras poderosas, alimentou o povo e deu-lhes a Palavra de Deus — contudo eles o rejeitaram!

    1. A rejeição dos profetas por Israel (7:42-50)

    Nesses versículos, Estêvão refere-se a Jl 5:25-30 e aIs 66:1-23. Os judeus pensavam que estavam protegidos de injúria e que Deus os abençoaria porque tinham o templo. Todos os profetas os advertiram de que, se o coração deles não fosse correto, o templo não lhes assegura-ria bênçãos. Como se pode confinar Deus, que enche todo o céu e a ter-ra, a um templo feito por mãos hu-manas? A vida religiosa de Israel era uma formalidade: Os judeus adota-vam as formas exteriores da religião, mas o coração não estava certo com o Senhor. Eles rejeitaram a voz dos profetas e até os perseguiram e mata-ram (veja Mt 23:29-40); e rejeitaram as Palavras e crucificaram o Profeta (Cristo) quando ele apareceu (v. 37)!

    1. O julgamento de Israel é selado (7:51-60)

    Israel cometeu dois assassinatos e estava para cometer o terceiro. Ele rejeitou o Pai que enviou João Ba-tista, a fim de preparar o caminho para Cristo, ao permitir que fosse morto. E rejeitou o Filho quando crucificou Cristo. Agora, cometia o "pecado imperdoável" de resistir ao Espírito Santo ao assassinar Es-têvão (Mt 12:31-40). Deus perdo-aria a nação pelo tratamento que deu a seu Filho, mas não podia perdoá-la agora, já que resistira ao Espírito que testemunhou tão po-derosamente por seu Filho. Deus forneceu à nação todas as evidên-cias de que Cristo era seu Messias, mas os judeus preferiram endure-cer a cerviz e o coração (7:51). Da mesma forma que os pecadores de hoje fazem!

    Estêvão usou a Palavra, e essa "espada do Espírito" (Ef 6:17; He 4:12) penetrou até o coração deles e os condenou. Estêvão, quando estava para ser morto, levantou os olhos para o céu e viu a glória de Deus. Agora, poder-se-ia dizer isto da nação de Israel: "Icabô [...] foi- se a glória de Israel" (1Sm 4:19-9), contudo Estêvão viu essa glória em Cristo, como também nós a vemos hoje (2Co 4:1 ss). Passagens como Sl 110:1, Mc 16:19 e He 1:3 e 10:12 indicam que Cristo "assentou-se" porque termi-nara sua obra, mas o versículo 55 fala que ele estava em pé. Algu-mas pessoas sugerem que ele se levantou para receber seu mártir, Estêvão, quando este chegou em glória. Outros pensam que Cristo estava de pé como uma testemu-nha a fim de testificar a mensagem e o ministério de seu servo, pois essa era a postura da testemunha nas cortes judaicas. Outro ponto a observar é que a morte de Estêvão encerra a oferta para que os judeus aceitem o Rei e representa o pon-to de virada de Atos, pois a igreja passa a assumir o papel predomi-nante, e o ministério de Cristo à direita de Deus é em favor da igre-ja. Talvez devamos ter em menteLc 22:69, pois, com certeza, os líderes judeus se lembraram do testemunho de Cristo.

    A oração de Estêvão mostra seu amor pelo povo e lembra a interces- são que Cristo fez do alto da cruz. Talvez Estêvão tenha pensado que Cristo estava de pé a fim de enviar julgamento sobre a nação por seus repetidos pecados (veja SI 7:
    6) e orou pedindo graça e o adiamento da ira. O uso do verbo "adormecer" é uma bela imagem do que a morte representa para o crente!
    O julgamento de Israel estava selado; no capítulo seguinte, vemos o evangelho da graça (não a men-sagem do reino) mudar dos judeus para os samaritanos e os gentios.

    Os capítulos 1:7 descrevem o "período de teste" em que, pela terceira vez, ofereceu-se o reino a Israel. Os capítulos 8:12 relatam o "período de transição" em que aconteceram as seguintes mudan-ças:

    1. A Antioquia passa a ser o centro da atividade, não Jerusalém.
    2. A mensagem muda dos ju-deus para os samaritanos e, a seguir, para os gentios.
    3. À medida que Paulo se torna líder, as atividades de Pedro ficam menos importantes.
    4. A atividade da igreja substi-tui o comunismo da "economia do reino". A igreja existia desde o Pen- tecostes, no entanto o ministério de graça de Paulo revela o sentido dela e seu lugar no projeto de Deus.
    5. O evangelho da graça de Deus substitui o evangelho do rei-no. Se o eunuco etíope era negro (como dizem alguns), então nos ca-pítulos 8:10 temos três conversões notáveis que fazem paralelo com as dos três filhos de Noé, em Gê-nesis 10:18. O etíope poderia ser descendente de Cam; Paulo, judeu, de Sem; e Cornélio, gentio, de Jafé. Dessa forma, temos um retrato da propagação do evangelho para toda a humanidade.

    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Atos Capítulo 7 do versículo 1 até o 60
    7.2 Estêvão. Não responde diretamente às acusações Dt 6:11-5. Sua defesa apresenta o universalismo do evangelho que marca o meio termo entre Pedro e Paulo. Dois argumentos irritam profundamente:
    1) Deus não limita seus encontros com os homens (ex. Abraão, José, Moisés) ao templo em Jerusalém. As primeiras grandes revelações de Deus ocorreram em terras estrangeiras, Ur, Harã, Egito, Sinai. Estêvão limita sua narração da história gloriosa de Israel entre Abraão e Salomão que construiu o templo.
    2) Israel sempre foi rebelde, rejeitando os profetas e finalmente crucificando o Justo (52).

    7.4 Harã. Cidade importante de comércio nos tempos de Abraão (séc. XIX a.C.). Nas descobertas arqueológicas, na região de Harã, já se acharam nomes como Naor, Serugue, Terá, etc.

    7.6 Quatrocentos anos. Conforme Gn 15:13. É número arredondado. Mais precisamente 430 anos, segundo Êx 12:40 e Gl 3:17. Peregrina. O povo de Deus não deve se apegar a terra ou país neste Mundo (conforme He 11:8; 16).

    7.7 Servirão neste lugar. Se for citação de Êx 3:12, refere ao Sinai, não a Jerusalém. Deus pode ser cultuado em qualquer lugar.

    7:9-16 Tal qual os irmãos trataram a José, os judeus trataram a Jesus (seu irmão na carne, Rm 9:5). Sem usar o nome de Cristo uma vez sequer, Estêvão O anuncia por meio de tipos e figuras, destacando as de José e Moisés (20-43). Graça (10). Conforme Gn 39:21. Sabedoria, refere-se à capacidade sobrenatural de interpretar sonhos.

    7.13 Segunda vez. Tanto José como Moisés visitaram a "seus irmãos" duas vezes (23, 30). Cristo na Sua segunda vinda será reconhecido pelos judeus (Zc 12:10).

    7.14 Setenta e cinco pessoas. Gn 46:26 e Êx 1:5 têm 70. Estêvão provavelmente inclui a família de José nascida no Egito.

    7.16 Siquém... José foi sepultado em Siquém (Js 24:32). Jacó foi sepultado em Hebrom (Gn 49:29ss). Estêvão encaixa os dois acontecimentos numa só referência, como as duas chamadas de Abraão em v. 2.

    7.22 Jesus, como Moisés, era "poderoso em palavras e obras," (Lc 24:19). Ambos vieram como pacificadores (24; Ef 2:17). Como os judeus escravizados não compreenderam que Moisés era seu libertador, os judeus não perceberam que Jesus veio para os salvar.

    7.27 Autoridade e juiz. A vida de Jesus paralela à de Moisés. Os judeus ressentiram-se profundamente do exercício de autoridade por Jesus (Mc 11:28-41; Jo 2:18; conforme At 10:42; At 17:31).

    7.29 Midiã. Região nas redondezas do Golfo de Acaba. Dois filhos. Gérson e Eliezer (Êx 2:22; 18:4; conforme Jz 18:29n).

    7.30 Um anjo. Isto é, o Anjo do Senhor (conforme 5.19). Em Êx 3, a Personagem que fala com Moisés é "o Anjo do SENHOR" "o SENHOR” e "Deus”. Vv. 31, 32 aqui, tornam claro que Deus falou com Moisés.

    7.33 Sandália. Até hoje, no Oriente Médio, um lugar sagrado não deve ser pisado senão descalço.

    7.34 Eu te enviarei. O libertador, rejeitado pelo seu povo, é escolhido por Deus (conforme 4,11) para cumprir sua missão.

    7.35 Negaram. O A.T. não usa este verbo com respeito a Moisés, mas At 3:13, At 3:14 o aplica a Jesus. Chefe e libertador. Esta frase descreve a Jesus Cristo em 5.31 (conforme a nota). Gr Lutrotes, "libertador", palavra muito rara, refere-se a Cristo em Lc 24:21.

    7.37 Um profeta semelhante a mim. Um texto messiânico, já citado em 3.22, muito útil num apelo aos judeus, sendo Moisés quem fala.

    7.38 Congregação (gr ekklesia) "igreja". No contexto de Dt 18:16, aplica-se a Israel congregado para receber a Lei. A igreja do AT dependia de Moisés (1Co 10:2); a do NT de Cristo (H b 2:10-12) que a conduz ao verdadeiro descanso. Palavras vivas. Obedecer à Lei é viver (Dt 4:1; Lv 18:5 citado em Gl 3:12; Rm 10:5). A fraqueza humana (Rm 8:3) transformou a Lei de Deus em instrumento de morte (Rm 7:10; Rm 3:10-45. Isaías declarou que nem o céu pode conter a Deus; como o poderia uma simples criação humana? Deuses falsos podem ter suas casas, mas o Altíssimo é onipresente (conforme Mc 14:58; At 17:24).

    7.51 Dura cerviz... linguagem muito familiar do A.T. (conforme Êx 33:5; Lv 26:41; Dt 10:16; Jr 4:4; Jr 6:10). Resistis ao Espírito Santo. • N. Hom. Resistiram-no,
    1) Seguindo o exemplo dos pais (52);
    2) Desobedecendo à palavra de Deus;
    3) Rejeitando e crucificando a Cristo (52, 55, 56).

    7.52 justo. Título primitivo de Jesus (conforme 3.14; 22.14); mais tarde atribuído a Tiago, meio-irmão de Jesus. Traidores. Os judeus, obrigando os romanos a crucificar seu Messias, traíram-no. Estêvão, não admite a ignorância como desculpa (contraste-se com Pedro em 3.17).

    • N. Hom. 7.55 A Trindade Sustenta o Crente Fiel:
    1) O Espírito Santo o enche com paz e amor (60; Gl 5:22);
    2) A glória de Deus se manifesta trazendo firmeza e esperança (Jo 17:5; 1Pe 1:5-60);
    3) Jesus Cristo exaltado, de pé, abre os céus para o receber (conforme Mc 14:62) :

    7.57 A declaração de Estêvão acerca de Jesus parecia blasfêmia aos membros do Sinédrio que crucificaram a Jesus por esse suposto pecado. Arremeteram. Sugere linchamento mais do que execução de justiça.

    7.58 Testemunhas. As mesmas, falsas, Dt 6:13, Dt 6:14, que a lei exigia fossem os primeiros a lançar as pedras. Saulo. Paulo, antes da conversão, evidentemente membro do Sinédrio, aprovava tudo (conforme 22.20).

    7.59,60 Estevão morreu como Cristo, seu exemplo (1Pe 2:21-60).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Atos Capítulo 7 do versículo 1 até o 60

    3) A defesa de Estêvão (7:2-53)
    O método de Estêvão. A primeira vista, um longo resumo da história de Israel parece um meio estranho de “defesa” contra as acusações registradas em 6.11,14, mas isso (a) conseguiu captar a atenção para a mensagem, visto que os juízes não poderiam interromper ou abreviar um resumo da sua própria história sagrada; (b) era um apelo ao conceito válido dos hebreus de que Deus se revela por meio do que faz na história, e não somente no que proclama pelos seus profetas. Os ouvintes de Estêvão deveriam entender a diversidade de auto-revelação de Deus como o Deus glorioso (v. 2) e enxergar o seu próprio crime prefigurado no comportamento dos líderes nacionais, que haviam rejeitado repetidamente tanto a revelação divina quanto os homens que Deus havia levantado para promover os seus propósitos.

    A experiência de Abraão (v. 2-8).
    O título Deus glorioso faz um elo com a visão concedida a Estêvão antes do seu martírio (v. 55,56). E significativo que Abraão tenha conhecido Deus e se submetido às suas ordens em terras distantes, primeiro em Ur e depois em Harã. A terra foi prometida, mas os propósitos providenciais de Deus foram cumpridos de diversas formas antes de ter sido ocupada por Israel.

    A experiência de José (v. 9-16). Deus revelou parte dos seus propósitos ao fiel José, mas os patriarcas, motivados por inveja, se opuseram a esses propósitos, embora Deus tivesse transformado o seu mal em bem. O ponto é que José, rejeitado por seus irmãos e exaltado pelo faraó pagão, tomou-se o meio de salvação de sua família em tempos de fome. Como resultado, a nação foi multiplicada fora da Palestina. O paralelo com o Messias rejeitado está completo. A referência às setenta e cinco pessoas (v. 14) difere do cálculo de Gn 46:27 e Ex 1:5, mas concorda com a LXX, versão que aparece num antigo manuscrito hebraico do Êxodo em Cunrã. O número exato depende da inclusão ou exclusão da família de José e do número dos seus filhos. A referência ao lugar de sepultamento dos pais hebreus (v. 16) apresenta uma dificuldade, visto que Jacó foi sepultado em Hebrom, na caverna de Macpela que Abraão comprou de Efrom, o hitita (conforme Gn 23:16 com 49.29ss), enquanto José foi sepultado em Siquém, na propriedade comprada por Jacó dos filhos de Hamor. A expressão anterior Seus corpos foram levados de volta generaliza a situação, e temos uma fusão óbvia de duas compras: uma realizada por Abraão diretamente, e outra, de forma mediada, por seu descendente Jacó. Temos de lembrar o forte sentimento de solidariedade racial entre os hebreus e que Estêvão está falando de improviso.

    A experiência de Moisés no Egito (v. 17-29). O tema ainda são os propósitos de Deus e a cegueira de Israel. Apesar da falha aparente das promessas durante o cativeiro no Egito, Deus salvou Moisés da morte e o fez passar por um treinamento na corte egípcia. As experiências espirituais de Moisés são resumidas em He 11:24-58, mas aqui vislumbramos o seu plano de libertação do seu povo, talvez por meio da sua posição e influência. A sua proposta foi rejeitada com escárnio pelos hebreus. O homem que o lançou de lado representa os muitos que rejeitam Deus, até o tempo do próprio Caifás.

    A experiência de Moisés como líder do povo (v. 30-41). O tema da auto-revelação do Deus da glória está muito claro em referência às labaredas de uma sarça em chamas (v. 30), que transformaram Horebe em terra santa (v. 33). Os israelitas haviam dito: Quem o nomeou líder e juiz?, mas depois de quarenta anos Deus disse a Moisés: Venha agora, e eu o enviam de volta. O anjo é praticamente identificado com Javé, como em Ex 3.2ss.

    Todo o livro de Êxodo está resumido no v. 36, e mais uma rejeição criminosa do instrumento de Deus é registrada nos v. 39-41, quando o povo levantou o bezerro de ouro ao pé do monte em que Deus manifestou a sua presença.

    A predição do “profeta” de Dt 18:15-5 (conforme At 3:22-23) lança a consumação do propósito de Deus para frente, adiante de Moisés e do sistema que ele foi conduzido a estabelecer, e é uma resposta parcial à acusação de

    6.11. Moisés, como porta-voz de Deus, proclamou as palavras vivas, que foram violadas pelo povo pecador. E os seus descendentes foram mais obedientes ao testemunho de Moisés? Foi Estêvão quem disse palavras blasfemas contra ele, ou foi o Sinédrio que o negou por seus atos como os seus pais tinham feito?

    O tema do templo (v. 42-50). A denúncia forte de Amós contra os apóstatas remontou às condições aparentemente ideais da adoração no tabernáculo no deserto (Jl 5:25-30). O tabernáculo da aliança (v. 44) foi feito de acordo com o modelo, mas qual era a condição espiritual interior do povo? O livro dos profetas (v. 42) é uma referência aos Doze Profetas Menores; Estêvão cita da LXX, exceto pelo fato de que “além de Damasco” se torna além da Babilônia, à luz do exílio babilónico.

    A história do “santuário” é resumida nos v. 44-50 e está associada à acusação de “falar contra este santo lugar” (6.13). Estêvão reconhece a origem divina do tabernáculo e do templo que o substituiu, mas, em concordância com a revelação mais elevada do AT, ele vê a “habitação” material como uma figura e promessa de uma realidade espiritual final. O testemunho do trono e do templo nos reinados de Davi e Salomão foi eficiente e bem difundido de acordo com os termos da oração inaugural de Salomão, o que evidencia uma visão clara tanto da infinitude do Criador quanto do significado universal da casa (2Cr 6:12-14). Mas a geração que rejeitou o Cristo tinha sido carnalmente orgulhosa de seus privilégios e particularista na sua perspectiva. Para eles, a citação de Is 66:1,Is 66:2 era especialmente adequada.

    Estêvão acusa os seus juízes (v. 51-53). Talvez Estêvão tivesse algo a mais a dizer acerca da revelação da glória “na face de Jesus Cristo”, mas sinais de impaciência entre os juízes talvez o tivessem advertido a chegar rapidamente à conclusão. Percebendo que não receberia um julgamento justo, foi conduzido pelo Espírito a pronunciar um solene “ai” contra os líderes que haviam rejeitado o próprio Cristo e o convite amável ao arrependimento, feito pelo Cristo ressur-reto por meio dos apóstolos. A “circuncisão” deles era insignificante, pois não afetava o coração e o ouvido (conforme Dt 10:16; Jr 4:4 etc.); eles haviam resistido ao empenho do Espírito Santo de forma até mais persistente que os seus pais, pois os seus predecessores haviam martirizado os profetas, e eles haviam traído e assassinado o Justo (conforme 3.14; 22.14), tema de promessas proféticas. Afirmando ser os guardiões da lei, na verdade eram os chefes dos transgressores. Com esse tom, o testemunho bastante difundido em Jerusalém foi levado à conclusão, e se ouviu mais uma vez o lamento sobre a cidade.


    4) O martírio de Estêvão (7.54—8.1a)
    A ira dos juízes (v. 54). A formulação “estavam cortados até os seus corações” (RV) é mais expressiva do que “ficaram furiosos” (NVI) e preserva a metáfora por trás de diapriõ (conforme “tremiam de raiva em seus corações”, BJ). As palavras de Estêvão tinham revelado o fanatismo, a rebeldia e a hipocrisia deles, e, como eles não estavam dispostos a se arrepender, lançaram-se contra ele com uma veemência mais adequada a um linchamento do que a um procedimento no tribunal (v. 57,58). Alguns vestígios de respeito por procedimentos legais podem ser vistos no fato de que as testemunhas são os primeiros a jogar pedras (conforme Lv 24:14), e Saulo parece ter presidido ao apedrejamento (v. 58).

    A visão de Estêvão (v. 55,56). A glória havia partido de Jerusalém e estava centrada à direita de Deus, onde Estêvão viu o Filho do homem em pé para recebê-lo (conforme Lc 12:8). A relação entre a visão e o tema do sermão não pode ser negligenciada. Conforme o testemunho do próprio Cristo diante do mesmo tribunal, fundamentado em Ez 7:13,Ez 7:14 (Mt 26:64-40).

    As orações e a morte de Estêvão (v. 59,60). Pilatos, provavelmente, estava em Ce-saréia e enfrentando tantos problemas que Caifás e seus companheiros acharam que era seguro tomar as questões nas suas próprias mãos, levando Estêvão ao apedrejamento sem apelarem à confirmação de Roma. A morte por apedrejamento era um procedimento horrível, mas menos vergonhoso que a crucificação. A primeira oração de Estêvão foi semelhante à última do seu Senhor: Senhor Jesus, recebe o meu espírito, com referência óbvia à visão, que pode ter durado até o fim. A sua oração final foi semelhante ao primeiro pedido de Cristo na cruz: Senhor, não os consideres culpados deste pecado. Os líderes estavam perpetrando mais um crime terrível, mas Estêvão ansiava pela bênção sobre a nação, apesar disso (conforme Rm 9:1-45).

    As frases simples e reveladoras de Lucas destacam o contraste dramático entre a violência cruel do apedrejamento e a alegria e a paz interior do mártir e intercessor que adormeceu na terra para se juntar ao seu Senhor no céu.

    Saulo de Tarso é mencionado (7.58;8.1a). A menção de Saulo como o que presidiu ao apedrejamento associa o martírio à primeira perseguição geral da igreja e, indiretamente, à fase subsequente da evangelização conduzida pelo antigo perseguidor. Ele aparece como um inimigo, mas “resistir ao aguilhão” da consciência, sem dúvida, começou quando ele ouviu o testemunho de Estêvão e viu o seu fim triunfal. Saulo já era líder do judaísmo farisaico (8.1; 9.1,2; 22.5; 26.10; G1 1.14), e, visto que votou a favor de sentenças de morte contra os nazarenos, pode ter sido membro do Sinédrio, apesar de ser ainda bastante jovem na época.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Atos Capítulo 7 do versículo 51 até o 52

    51, 52. Se o Templo não é necessário para se adorar a Deus, não é também uma garantia que os homens, nele, adorarão a Deus corretamente. Estêvão acusou aqueles que adoravam no Templo de serem duros e incircuncisos de coração e de ouvidos, de resistirem ao Espírito Santo, e de traírem e matarem o Justo, seguindo assim o exemplo de seus rebeldes antepassados. Estêvão fora acusado de blasfemar contra a lei de Moisés. Sua resposta foi que na realidade não era ele que era culpado desse pecado mas o povo judeu, que desde os tempos de Moisés transgredira a Palavra de Deus. Ele fora acusado de blasfemar contra Deus por rejeitar o Templo. Sua resposta foi que a história de Israel provou por si mesma que o Templo era apenas uma instituição temporária e não era essencial para a verdadeira adoração a Deus.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Atos Capítulo 7 do versículo 1 até o 60
    b) Defesa e morte de Estêvão (At 7:1-8.1)

    Preso e interrogado pelo Sinédrio, Supremo Tribunal da nação judaica, presidido naqueles dias pelo Sumo Sacerdote, Estêvão expôs o seu caso sob a forma de uma resenha histórica, como era costume entre os judeus. Os dois principais temas de seu discurso são, primeiro, que a nação, a partir dos dias de Abraão, nunca se preocupou em fixar-se num lugar da terra; uma tenda móvel, por conseguinte, servia mais de santuário do que um edifício permanente. E segundo, que a nação, a partir do tempo de Moisés, sempre se rebelara contra Deus e se opusera aos Seus mensageiros, numa série de atos que culminara em eles matarem "o Justo". Dificilmente se podia imaginar houvesse uma linha de argumentos menos adequados a apaziguar aqueles juízes. Após urna ou duas interrupções de ira, que Estêvão enfrentou com verdadeiro gênio profético, foi impedido de terminar seu discurso; lançaram-no fora do edifício e apedrejaram-no. Se sua morte foi um simples ato de linchamento legal ou um excesso de jurisdição da parte do Sinédrio, não está bastante claro. Provavelmente tanto foi uma coisa como outra. Se bem que a ratificação do Procurador fosse tecnicamente necessária para a execução, ele no momento estava em Cesaréia, sua residência costumeira. Caifás e Pilatos certo que se entendiam mutuamente, em virtude do que se confiava que este último fechasse os olhos quando isso convinha. (Era caso excepcionalíssimo um governador romano deixar o mesmo Sumo Sacerdote no exercício da função durante todo o período de sua Procuradoria, como Pilatos fez com Caifás).

    Então lhe perguntou o sumo sacerdote (1), funcionando como presidente do tribunal. Quando estava na Mesopotâmia, antes de habitar em Harã (2). Harã fora uma florescente cidade na primeira metade do segundo milênio A. C., época a que pertenceu Abraão. De acordo com o Texto Recebido de Gn 11:31, 12.5, foi depois da chegada de Abraão a Harã que as palavras citadas aqui no vers. 3 lhe foram ditas. Porém Filo e Josefo concordam com Estevão que Abraão recebeu uma comunicação divina antes de se dirigir a Harã (cfr. Gn 15:7, Ne 9:7). Mas prometeu... (5). Cfr. Gn 17:8. E falou Deus assim... (6). É citação de Gn 15:13 e seg. Quatrocentos anos (6). A exegese rabínica contava quatrocentos anos do nascimento de Isaque ao êxodo. E me servirão neste lugar (7). Estas palavras vêm de Êx 3:12, onde são proferidas a Moisés e onde o lugar referido é Horebe. O entrelaçamento de passagens separadas é característica do discurso de Estêvão, aqui resumido. Então lhe deu a aliança da circuncisão (8); cfr. Gn 17:10, 21.4. "Assim, embora ainda não houvesse um lugar sagrado, todas as condições essenciais à religião de Israel foram cumpridas" (Lake e Cadbury).

    >At 7:9

    Os patriarcas, invejosos de José, venderam-no para o Egito (9). A narrativa, a começar daqui até ao vers. 34, consiste em grande parte, numa miscelânea de passagens tiradas de Gn 37; Ex 3. Setenta e cinco pessoas (14). O Texto Hebraico Recebido, de Gn 46:27, Êx 1:5, Dt 10:22 dá setenta pessoas, inclusive Jacó e seus dois filhos; o número setenta e cinco vem dos LXX de Gn 46:27 e Êx 1:5; omite Jacó e José, porém conta nove filhos deste último. E foram transportados para Siquém (16). Jacó foi sepultado na caverna de Macpela em Hebrom (Gn 49:29 e segs.); José foi sepultado em Siquém (Js 24:32). No sepulcro que Abraão ali comprara a dinheiro os filhos de Emor (16). Abraão comprara a caverna de Macpela, em Hebrom, aos heteus (Gn 23:16); Jacó comprou a terra em Siquém, que deu a José (e onde este foi sepultado), os filhos de Hemor (Js 24:32). Não somente passagens separadas (ver o vers. 7), como incidentes distintos são entrelaçados no resumo que Lucas apresenta do discurso de Estêvão.

    >At 7:18

    Até que se levantou ali outro rei que não conhecia a José (18); provavelmente é referência a fundação da 19a Dinastia (cerca de 1320 A. C.). Era mui formoso (20); lit. "formoso aos olhos de Deus" (como vem na ARA). A filha de Faraó o recolheu (21); isto é, adotou-o. Eusébio chama-a Merris; cfr. Meri, filha de Ramessés II e de uma princesa hetéia. Moisés foi educado em toda a ciência dos egípcios (22). Estêvão é mais moderado que a generalidade dos escritores heleno-judaicos, que apresentam Moisés como fundador de toda a ciência e cultura e até de toda a civilização do Egito. Era poderoso em palavras e obras (22). Moisés, em Êx 4:10, negou que fosse eloqüente, mas a referência aqui pode ser a palavras escritas. Josefo (Ant. 2,10) refere uma lenda das proezas guerreiras de Moisés. Quando completou quarenta anos (23). Êx 2:11 diz simplesmente "sendo Moisés já homem". Cuidava que seus irmãos entenderiam... (25). Esta explicação do seu ato não consta no Velho Testamento. Filo, como Estêvão, considera a defesa dos israelitas por parte de Moisés, neste ponto de sua carreira, como habilidade política decisiva. E note-se aqui o paralelo: Moisés apresentou-se como mensageiro de paz e livramento, mas foi rejeitado; Jesus, no devido tempo, foi tratado do mesmo modo. Nasceram-lhe dois filhos (29); isto é, Gérson e Eliézer (Êx 2:22, 18. 3-4). Apareceu-lhe no deserto do monte Sinai um anjo (30). Estêvão frisa que Deus não está preso a uma cidade ou país; apareceu a Abraão na Mesopotâmia, e no deserto a Moisés, na terra em que este era peregrino (29). Este anjo é o mensageiro da Presença divina, que fala como Deus (32). A este... enviou Deus como chefe e libertador (35). O rejeitado é o salvador designado por Deus; é isto o que se vê nos casos de José, Moisés e Jesus. Pela mão (35), isto é, com a assistência (ARA).

    >At 7:37

    Deus vos suscitará... um profeta (37). Esta citação de Dt 18:15 (ver At 3:22, acima) ajuda ainda a estabelecer paralelo entre Moisés e Cristo. É este quem esteve na congregação no deserto (38). Provavelmente é alusão a Dt 18:16 (seguindo imediatamente as palavras citadas no verso anterior), onde se faz menção do "povo reunido em assembléia (heb. qahal, LXX ekklesia) em Horebe. Como Moisés esteve com a antiga ekklesia, assim Cristo está com a nova ekklesia, sendo porém esta ainda uma igreja peregrina, "a congregação no deserto". Com o anjo que lhe falava (38). Em Êx 32:34 Deus diz a Moisés, "o meu anjo irá adiante de ti"; mais tarde, porém, por insistência de Moisés, Ele faz uma promessa mais pessoal, "Minha presença (isto é, "Eu mesmo", autos nos LXX), irá contigo" (Êx 33:14). Em Jubileus At 1:27-2.1, entretanto, um anjo fala com Moisés no Sinai (ver o vers. 53, abaixo). Naqueles dias fizeram um bezerro (41). Ver Ex 32, onde vem narrado este incidente.

    >At 7:42

    Mas Deus se afastou e os entregou ao culto da milícia celestial (42). Esta declaração aparentemente não se baseia em a narrativa das peregrinações no deserto, como vem no Velho Testamento, mas parece ser uma inferência da passagem de Jl 5:25-30, citada nos vers. 42,43. No Texto Recebido, hebraico, de Amós, o povo de Israel é avisado que o rei assírio o desterrará para "além de Damasco", e que eles levarão para lá os utensílios da idolatria, em virtude da qual essa calamidade está prestes a vir sobre eles. Nos LXX (citação aqui com variantes), essa idolatria-o culto da milícia celestial, especialmente do planeta Saturno-é datada do período do deserto. Porventura me oferecestes... no deserto? (42). A construção grega faz esperar resposta negativa. Não foi a Jeová, mas às deidades astrais do paganismo que eles adoraram. O tabernáculo de Moloque (43). Em contraste com o tabernáculo do testemunho (44). O hebraico significa "Sakkut vosso rei", sendo Sakkut um nome acadiano do deus do planeta Saturno. A estrela do vosso deus Renfã (43). Uma versão de Amós tem "Chiun", forma de Kaiuanu, nome assírio de Saturno; nos LXX (citados aqui) o nome assírio é substituído por outro egípcio do mesmo deus planetário, aqui representado por Renfá. Para além da Babilônia (43). Estêvão tem o cativeiro babilônico em mente, como era natural a quem falava em Jerusalém, e por isso diz "para além da Babilônia", em lugar de "para além de Damasco", como diz Amós, referindo-se ao princípio do cativeiro assírio.

    >At 7:44

    O tabernáculo do testemunho (44), assim chamado porque encerrava o "testemunho" que Deus dera a Israel, consistindo nas tábuas da Lei-vindo dai chamar-se a arca, que as abrigava, "arca do testemunho" (por ex. Êx 25:22). Segundo o modelo que tinha visto (44); citado de Êx 25:40 (cfr. o desenvolvimento desta idéia em He 9:1 e segs.). Levaram-no com Josué (45) (cfr. He 4:8). Até aos dias de Davi (45). O processo do desalojamento dos cananeus, começado sob Josué, só se completou no tempo de Davi; além disso, e mais especialmente, gerações sucessivas foram passando a tenda uma a outra, até ao reinado de Davi (2Sm 7:6; cfr. 1Cr 17:5).

    >At 7:46

    Pediu para achar tabernáculo para o Deus de Jacó (46). Cfr. Sl 132:5. Algumas excelentes autoridades em crítica textual têm aqui "a casa de Jacó", porém esta lição fica em rude conexão com o vers. 47, Mas foi Salomão quem lhe edificou a casa. A ênfase é dada a casa -casa fixa, distinta de tenda móvel. Estêvão considera a construção do templo um passo atrás, e rebate a idéia de Deus morar numa casa, citando Is 66:1-23 (49-50). De outras divindades podia-se conceber tal coisa, porém não do Altíssimo (48). Este ataque inequívoco ao centro acariciadíssimo da religião nacional causou provavelmente uma explosão de ira, que deu lugar à invectiva do vers. 51.

    >At 7:51

    Homens de dura cerviz... (51). A linguagem desta denúncia é vazada no Velho Testamento; cfr. Êx 33:5, Lv 26:41; Dt 10:16, Is 63:10, Jr 4:4, Jr 4:6.10, Jr 4:9.26, Ez 44:7. Eles mataram os que anteriormente anunciavam a vinda do Justo (52). Cfr. a acusação de nosso Senhor em Mt 23:29-40 e a inferência de Suas palavras em Mc 12:2-41; Lc 13:33-42. Vós que recebestes a lei por ministério de anjos (53). Quanto à mediação da lei pelos anjos, cfr. Gl 3:19; He 2:2. A idéia não consta no Velho Testamento, mas se encontra em Jubileus 1.29, Testamento de Ez 6:2, Josefo (Ant. 15:5-3) e Filo (Sobre Sonhos 1:141 e segs.).

    >At 7:54

    Ouvindo eles isto... (54). Interromperam o discurso; ouviram mais do que desejavam. Jesus que estava (de pé) à direita de Deus (55). Não devemos insistir aqui na idéia de Jesus estar de pé, contrariamente à menção mais regular de se achar Ele sentado à direita de Deus. Vejo os céus abertos e o Filho do homem em pé à destra de Deus (56). Este é o único lugar do Novo Testamento, fora dos Evangelhos, onde ocorre o título "Filho do homem" (a expressão em Ap 1:13; Ap 14:14 é diferente). Muitos membros do Sinédrio devem ter lembrado as palavras do próprio Jesus (Mc 14:62), que arrancaram deles o veredicto de blasfêmia. As testemunhas deixaram suas vestes aos pés de um jovem, chamado Saulo (58). Era dever das testemunhas lançar as primeiras pedras. A menção de Saulo sugere que lhe tocou alguma responsabilidade no ato, o que se confirma em At 8:1. Senhor, não lhes imputes este pecado (60). Contraste-se a oração de Zacarias, morrendo em situação semelhante (2Cr 24:22). E Saulo consentia na sua morte (At 8:1). Isto pode significar, porém não necessariamente, que ele era membro do Sinédrio. Cfr. At 22:20; At 26:10.


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Atos Capítulo 7 do versículo 1 até o 60

    16. Em Defesa da Fé ( Atos 7:1-53 )

    E o sumo sacerdote disse: "Estas coisas são assim?" E ele disse: "Ouvi-me, irmãos e pais! O Deus da glória apareceu a nosso pai Abraão, quando ele estava na Mesopotâmia, antes de habitar em Harã, e disse-lhe:" Apartai-vos de seu país e os seus parentes, e entram em a terra que eu te mostrar. " Então ele partiu da terra dos caldeus, e se estabeleceram em Haran. E a partir daí, depois que seu pai faleceu, Deus o trouxe para o país em que você está vivendo agora. E Ele não lhe deu nela herança, nem sequer um pé de solo, e ainda, mesmo quando ele não teve filhos, Ele prometeu que lhe daria a ele como uma possessão, e à sua descendência depois dele Mas Deus falou para o efeito, que a sua descendência seria estrangeiros em uma terra estrangeira. , e que eles seriam escravizados e maltratados por quatrocentos anos. "E o que quer nação que os tiver escravizado Eu mesmo julgará", disse Deus ', e depois que eles vão sair e me servirão neste lugar. " E deu-lhe a aliança da circuncisão; e assim por Abraão tornou-se pai de Isaque, eo circuncidou ao oitavo dia; e Isaque foi pai de Jacó, e dos doze patriarcas e os patriarcas ficou com ciúmes de José e vendido. José no Egito E ainda Deus estava com ele, e livrou de todas as suas tribulações, e lhe deu graça e sabedoria perante Faraó, rei do Egito;.. e que o constituiu governador sobre o Egito e toda a sua casa agora uma fome vieram de todo o Egito e Canaã, e grande tribulação com ele; e nossos pais não conseguia encontrar comida Mas tendo ouvido Jacó que havia trigo no Egito, enviou nossos pais lá pela primeira vez E na segunda visita se deu a conhecer.. a seus irmãos, e da família de José foi divulgada a Faraó. E José mandou palavra e convidou Jacó seu pai e todos os seus parentes para chegar a ele, setenta e cinco pessoas em todos. E Jacó desceu ao Egito e ali faleceu, ele e nossos pais. E a partir daí eles foram removidos para Siquém, e depositados na sepultura que Abraão tinha comprado por uma soma de dinheiro aos filhos de Hamor, em Siquém. Mas como o tempo da promessa se ​​aproximava que Deus tinha assegurado a Abraão, o povo cresceu e se multiplicou no Egito, até que se levantou outro rei sobre o Egito, que nada sabia sobre José. Foi ele quem aproveitou perspicaz de nossa raça, e maltratados nossos pais para que eles se expõem seus filhos e que não iria sobreviver. E foi nessa época que nasceu Moisés; e ele era lindo aos olhos de Deus; e ele foi alimentado três meses, em casa de seu pai. E depois que ele tinha sido exposto, a filha de Faraó o levou embora, e alimentou-o como seu próprio filho. E Moisés foi instruído em toda a ciência dos egípcios, e ele era um homem de poder em palavras e ações. Mas quando ele estava se aproximando da idade de quarenta anos, ele entrou em sua mente para visitar seus irmãos, os filhos de Israel. E quando ele viu um deles sendo tratado injustamente, defendeu-o e levou a vingança para o oprimido por derrubando o egípcio. E ele cuidava que seus irmãos entenderiam que Deus lhes concedia livramento por meio dele; mas eles não entenderam. E no dia seguinte, ele apareceu a eles como eles estavam lutando juntos, e ele tentou reconciliar-los em paz, dizendo: Homens, sois irmãos, por que você ferir um ao outro? Mas aquele que foi uma lesão no vizinho o empurrou, dizendo: Quem você um governante e juiz sobre nós? Você não quer me matar como matou o egípcio ontem, não é? ' E neste observação Moisés fugiu, e tornou-se um estrangeiro na terra de Midiã, onde ele se tornou pai de dois filhos. E depois de 40 anos se passaram, um anjo lhe apareceu no deserto do monte Sinai, na chama de um espinheiro em chamas. E quando Moisés viu, ele começou a se maravilhar com a vista; e quando ele se aproximou para olhar mais de perto, veio a voz do Senhor: 'Eu sou o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, Isaque e Jacó. " E Moisés tremia de medo e não se aventurar a olhar. Mas o Senhor disse-lhe: "Tire as sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é terra santa. Eu certamente já viu a opressão de meu povo no Egito, e ouvi os seus gemidos, e desci para libertá-los; Vinde então, e eu vos enviarei ao Egito. Este Moisés que eles repudiaram, dizendo: Quem te constituiu príncipe e juiz? é aquele que Deus enviou para ser um governante e libertador, com a ajuda do anjo que lhe apareceu no espinheiro. Este homem conduziu para fora, fazendo prodígios e sinais na terra do Egito, e no Mar Vermelho e no deserto por quarenta anos. Este é o Moisés que disse aos filhos de Israel: 'Deus levantará para você um profeta como eu de seus irmãos. " Este é o único que estava na congregação no deserto, junto com o anjo que lhe falava no monte Sinai, e que foi com nossos pais; E recebeu palavras de vida para passar para você. E nossos pais não estavam dispostos a ser obediente a ele, mas o repudiaram e em seus corações voltaram ao Egito, dizendo a Arão: Faze-nos deuses para que vão adiante de nós; a esse Moisés que nos tirou da terra do Egito, não sabemos o que aconteceu com ele. 'E naquele tempo fizeram um bezerro e ofereceram sacrifícios ao ídolo, e se alegravam nas obras das suas mãos. Mas Deus virou-se e entregou-os para servir o exército dos céus; como está escrito no livro dos profetas: "Não era a mim que você ofereceu vítimas e sacrifícios por quarenta anos no deserto, era isso, ó casa de Israel? Você também levou consigo o tabernáculo de Moloque ea estrela do deus Rompha, as imagens que vós fizestes para adorá-los. Além disso, vou retirá-lo além da Babilônia. Nossos pais tinham o tabernáculo do testemunho no deserto, assim como ele, que falou a Moisés mandou que ele fizesse segundo o modelo que tinha visto. E tê-la recebido, por sua vez, nossos pais trouxeram-lo com Josué sobre desapropriando as nações que Deus expulsou diante de nossos pais, até o tempo de Davi. E Davi achou graça diante de Deus, e pediu que ele pudesse encontrar uma morada para o Deus de Jacó. Mas foi Salomão que construiu uma casa para ele. No entanto, o Altíssimo não habita em templos feitos por mãos humanas; como diz o profeta: "O céu é o meu trono, E a terra é o estrado dos Meus pés; Que tipo de casa você vai construir para mim? ' diz o Senhor; "Ou o lugar é lá para o meu repouso? Não foi minha mão que fez todas estas coisas? ' Vocês, homens de dura cerviz, e incircuncisos de coração e ouvidos estão sempre resistem ao Espírito Santo; você está fazendo exatamente como fizeram vossos pais. Qual dos profetas que os vossos pais não perseguiram? Até mataram os que anteriormente anunciaram a vinda do Justo, cuja traidores e assassinos que você já se tornaram; vós que recebestes a lei por ordenação dos anjos, e ainda não mantê-lo "(. 7: 1-53 )

    Para alcançar o mundo de forma eficaz com o evangelho, os crentes devem ser capazes de defender a sua fé. Quando Paulo instruiu Tito de ordenar como pastores homens que eram capazes de "segurar firme a fiel palavra, que é de acordo com a doutrina, para que seja poderoso, tanto para exortar na sã doutrina e de refutar os que o contradizem" ( Tt 1:9 ). Infelizmente, muitos cristãos não são capazes de fazer isso, tendo pouca ou nenhuma compreensão de por que eles acreditam. Na falta de uma base sólida para sua fé, eles são facilmente "jogou aqui e ali por ondas e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia enganam fraudulosamente" ( Ef 4:14 ). Atormentado pela dúvida e ignorante da fé, eles são testemunhas ineficazes para o Senhor Jesus Cristo.

    Apologética é o estudo da defesa da fé. O Inglês palavra deriva da palavra grega apologia , que significa "um discurso em defesa de alguma coisa." Em At 25:16 , descreve defesa de um acusado em seu julgamento. Paulo deu uma apologia à multidão enfurecida em Jerusalém ( At 22:1 ). No versículo 7 do mesmo capítulo, Paulo falou de "defesa e confirmação do evangelho." Esse versículo delineia os dois lados da apologética: defender a fé contra ataque, e apresentação de alegações de verdade do cristianismo para os incrédulos.

    Paulo não era apenas adepto de apresentar o evangelho, mas também um dos seus defensores mais hábeis. Atos 17:2-3 descreve Paulo o apologista no trabalho: "De acordo com o costume de Paulo, ele foi para eles [a sinagoga em Tessalônica], e por três sábados discutiu com eles as Escrituras, explicando e dando provas de que o Cristo padecesse e ressuscitasse dentre os mortos, e dizendo: "Este Jesus que eu estou anunciando-vos é o Cristo '." Assim como Paulo, todos os crentes devem "batalhar pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos" ( Jd 1:3. ), que era um tema que nunca se cansou de ouvir falar.

    Outro objetivo do discurso de Estevão era para indiciar os seus ouvintes para a rejeição do Messias. Ao longo de sua mensagem, que acusação constrói lentamente até atingir um clímax devastador em versos 51:53 . Ele mostra que, ao rejeitar o Messias, eles estavam imitando seus pais apóstatas, que rejeitaram José, Moisés, e até mesmo o próprio Deus. Estevão não era o blasfemo, eles eram.

    Finalmente, Estevão procurou apresentar-lhes Jesus como o Messias, usando José e Moisés como tipos de Cristo.
    Esta passagem apresenta defesa quádruplo de Estevão contra as falsas acusações de blasfêmia contra ele instaurada. Qualquer comentador é melhor servido por não buscar todas as possíveis longa discussão sobre o Antigo Testamento faz referência Estevão emprega, mas pela busca de capturar os temas dramáticos e fluxo desta mensagem magistral. O propósito de Estevão não é a recitar a história, mas para provar que ele não é culpado de blasfêmia contra Deus, Moisés, a lei, ou o templo. Seus acusadores foram, no entanto, porque eles rejeitaram o Messias.

    Deus

    E o sumo sacerdote disse: "Estas coisas são assim?" E ele disse: "Ouvi-me, irmãos e pais! O Deus da glória apareceu a nosso pai Abraão, quando ele estava na Mesopotâmia, antes de habitar em Harã, e disse-lhe:" Apartai-vos de seu país e os seus parentes, e entram em a terra que eu te mostrar. " Então ele partiu da terra dos caldeus, e se estabeleceram em Haran. E a partir daí, depois que seu pai faleceu, Deus o trouxe para o país em que você está vivendo agora. E Ele não lhe deu nela herança, nem sequer um pé de solo, e ainda, mesmo quando ele não teve filhos, Ele prometeu que lhe daria a ele como uma possessão, e à sua descendência depois dele Mas Deus falou para o efeito, que a sua descendência seria estrangeiros em uma terra estrangeira. , e que eles seriam escravizados e maltratados por quatrocentos anos. "E o que quer nação que os tiver escravizado Eu mesmo julgará", disse Deus ', e depois que eles vão sair e me servirão neste lugar. " E deu-lhe a aliança da circuncisão; e assim por Abraão tornou-se pai de Isaque, eo circuncidou ao oitavo dia; e Isaque foi pai de Jacó, e dos doze patriarcas e os patriarcas ficou com ciúmes de José e vendido. José no Egito E ainda Deus estava com ele, e livrou de todas as suas tribulações, e lhe deu graça e sabedoria perante Faraó, rei do Egito;.. e que o constituiu governador sobre o Egito e toda a sua casa agora uma fome vieram de todo o Egito e Canaã, e grande tribulação com ele; e nossos pais não conseguia encontrar comida Mas tendo ouvido Jacó que havia trigo no Egito, enviou nossos pais lá pela primeira vez E na segunda visita se deu a conhecer.. a seus irmãos, e da família de José foi divulgada a Faraó. E José mandou palavra e convidou Jacó seu pai e todos os seus parentes para chegar a ele, setenta e cinco pessoas em todos. E Jacó desceu ao Egito e ali faleceu, ele e nossos pais. E a partir daí eles foram removidos para Siquém, e depositados na sepultura que Abraão tinha comprado por uma soma de dinheiro aos filhos de Hamor, em Siquém. ( 7: 1-16 )

    Estevão aborda o crime mais grave de primeira a acusação de blasfêmia contra Deus. Ele estabelece que acredita plenamente no Deus de Israel, e que a Antiga Aliança não for revogada, mas cumpriu no cristianismo, e isso é a vontade de Deus.
    sumo sacerdote (provavelmente Caifás, que estava no cargo até UM . D .
    36) começou o processo, pedindo Estevão, são assim estas coisas? Ele estava perguntando: "Como você se declara para as acusações contra você: Culpado ou inocente? " A resposta de Estevão não parece, à primeira vista, ser uma resposta direta a essa pergunta. Comentários Richard Longenecker,

    A defesa de Estevão perante o Sinédrio não é propriamente uma defesa no sentido de uma explicação ou pedido de desculpas calculado para ganhar uma absolvição. Pelo contrário, é uma proclamação da mensagem cristã em termos do judaísmo popular do dia e uma acusação dos líderes judeus pela sua incapacidade de reconhecer Jesus de Nazaré como o Messias ou a apreciar a salvação oferecida por ele.("At", em Frank E. Gaebelein, ed,. Comentário Bíblico do Expositor, vol 9. [Grand Rapids: Zondervan, 1981], 337)

    Estevão usa um somatório histórico demorado para fazer o seu caso. Seu estilo de resposta tinha suas raízes em tais passagens do Antigo Testamento como Ne 9:5. ). Depois de abrir com a fonte soberana de todo o plano, ele se volta para o nosso pai Abraão,o pai da fé e do povo de Deus. Sua linha de abertura e, em seguida, ter a sua crença na soberania de Deus de Abraão e reconheceu a paternidade de Abraão sobre Israel. Ele estava testemunhando que ele não era nem um blasfemador de Deus, nem um traidor de seu povo. Que ascenderam a um apelo "não culpado".

    Estevão, em seguida, afirmou sua crença firme no controle soberano de Deus sobre o destino de Israel. Ele começou por descrever o chamado de Abraão quando ele estava na Mesopotâmia, antes de habitar em Haran. Há uma discrepância histórica aparente aqui. Abraão era originalmente da cidade de Ur ( Gn 11:31 ). Estevão coloca a chamada enquanto ele ainda vivia naquela cidade antes de habitar em Haran. Gênesis 12:1-4 , no entanto, parece colocar o chamado de Deus depois de Abraão tinha deixado Ur e se estabeleceram em Haran. Desde Estevão foi totalmente controlado pelo Espírito Santo ( At 6:5 ; At 7:55 ) os fatos devem ser corretas e pode ser harmonizada com outra Escritura. Evidentemente, Deus originalmente chamado de Abraão em Ur ( Gn 15:7 ). Isto coloca um outro problema interessante com um texto aparentemente contraditória. Homer Kent, Jr., o comentário é útil:

    A morte do pai de Abraão Tera é colocado antes da partida de Abraão de Haran. A comparação dos dados em Gênesis ( 11:26 , 32 ; 12: 4 ) parece indicar que Tera viveu mais 60 anos após Abraão esquerda. Gênesis afirma que Terá tinha 70 anos quando ele foi pai de seu filho mais velho, presumivelmente Abraão ( 11:26 ). Desde Abraão tinha 75 anos quando ele deixou Haran ( 12: 4 ), Tera teria sido 145. Ainda Tera não morreu até que ele estava 205 ( 11:32 ). A melhor solução parece ser que Abraão não era o filho mais velho de Tera, mas foi nomeado primeiro porque ele era o mais proeminente (11:26 ). Se Abraão nasceu quando Terá tinha 130, os números são harmonizados. ( Jerusalém a Roma [Grand Rapids: Baker, 1992], 68)

    Deus, então o trouxe para esse país (Israel) em que foram vivendo agora. obediência de Abraão sob a soberania de Deus realizou o propósito de Deus para sua vida.

    Como Paulo foi mais tarde para fazer (cf. Rm 4. ; . Gal 3 ), Estevão centra-se em Abraão como um homem de fé. Completamente pela fé ele obedeceu chamada soberana de Deus e deixou sua terra natal, sem saber exatamente para onde estava indo. Mesmo quando ele chegou em seu novo país, Deus não lhe deu nela herança, nem sequer um pé de chão. A única terra Abraão possuía era sua sepultura (Gen. 23 ). Tudo o que ele recebeu e que , quando ele não teve filhos, -foi a promessa de Deus e prometer que daria a terra para ele como uma possessão, e à sua descendência depois dele (cf. Gn 12:7 ; Gn 15:18 ). O tamanho exato da estada de Israel no Egito foi de 430 anos ( Ex 0:40. ); Estevão dá um número redondo de Gênesis. Abraão creu na promessa de Deus de que tudo o que nação que os tiver escravizado Eu mesmo a julgar. Deus prometeu ainda que depois de seu tempo em cativeiro, eles iriam sair e servir -Lo neste lugar (a terra de Israel; cf. Gn 15:14 ). Jesus foi condenado à morte pelo depoimento de testemunhas falsas; José foi preso por causa das falsas acusações da mulher de Potifar. Assim como Deus libertou Jesus da prisão da morte e exaltou, por isso também que Ele libertar José da prisão e enalteceu a um alto cargo.Como José foi capaz de entregar seus irmãos pecadores da morte física, para que Jesus oferece Seus irmãos da morte espiritual.

    Após a rejeição de José por seus irmãos, Estevão lembra-lhes, a fome veio sobre todo o Egito e Canaã, e grande tribulação com ele; e nossos pais não conseguia encontrar comida. Da mesma forma, a rejeição de Jesus de Israel mergulhou-as em uma fome-a fome espiritual que vai durar até aquele dia ", quando todo o Israel será salvo" ( Rm 11:26 ).

    Devido à gravidade da fome, tendo ouvido Jacó que havia trigo no Egito, ele enviou os pais lá pela primeira vez. Não foi até a sua segunda visita, no entanto, que se deu a conhecer a seus irmãos, e da família de José foi divulgado a Faraó. É só um pouco antes da segunda vinda de Cristo que Israel vai reconhecê-Lo por quem Ele é (cf. Zacarias 12:10-13: 1. ; 14 ).

    Depois de revelar-se a seus irmãos, José mandou palavra e convidou Jacó seu pai e todos os seus parentes para chegar a ele, setenta e cinco pessoas ao todo. Gênesis 46:26-27 ; Ex 1:5 dizer que setenta pessoas desceram para o Egito. No entanto, o texto da Septuaginta de Gn 46:27 lê setenta e cinco. Estevão, sendo um helenista, que naturalmente têm usado a figura da Septuaginta. A figura maior foi aparentemente chegou por incluindo no total de descendentes de José nascidos no Egito. Gleason Archer escreve:

    Concluímos, portanto, que ambos os totais [do texto hebraico Massorético ea Septuaginta] estão correctas, embora eles foram calculados de forma diferente. Próprios filhos de Jacó numeradas doze; seus netos por eles numerados e cinqüenta e dois; já existiam quatro bisnetos nascidos em Canaã na época da migração, para um total de sessenta e seis. Manassés e Efraim, nascido no Egito, aumentou o total de sessenta e oito; Jacó e sua esposa (o que ela era) trouxe-o até setenta. Mas a Septuaginta adicionados os sete netos do primeiro-ministro [José] e omitida Jacó e sua esposa a partir do registro.

    Isso nos leva à conclusão de que Estevão relatado corretamente o número setenta e cinco, de acordo com a Septuaginta em Gn 46:27 e Ex 1:5 , Ex 1:5 no texto Massorético estão corretas com o seu total de setenta. Ou figura é correcta, dependendo se os netos de José estão incluídos. (Quatro bisnetos de Jacó foram incluídos ainda na contagem texto Massorético de setenta.) ( Enciclopédia de Dificuldades da Bíblia [Grand Rapids: Zondervan, 1982], 379)

    Depois de Jacó desceu ao Egito, ele faleceu naquela nação, juntamente com todos os pais. Depois de sua morte, eles foram removidos para Siquém, e depositados na sepultura que Abraão tinha comprado por uma soma de dinheiro aos filhos de Hamor em Siquém. O versículo 16 apresenta duas dificuldades. Em primeiro lugar, Jacó não foi enterrado em Siquém , mas na sepultura de Abraão em Machpelah ( Gn 50:13 ). Por causa disso, o antecedente de que no verso 15 , deve ser restrito aos pais (José e seus irmãos) apenas, e não inclui Jacó. De acordo com Js 24:32 , José foi enterrado em Siquém; Estevão aqui nos informa que outros filhos de Jacó também foram enterrados lá.

    A dificuldade mais grave reside na afirmação de Estevão que Abraão comprou o túmulo de uma soma de dinheiro aos filhos de Hamor, em Siquém. De acordo com Js 24:32 , foi Jacó que comprou o terreno em Siquém. Muitas explicações foram dadas, mas dois parecem mais razoáveis. Em primeiro lugar, é inteiramente possível que Abraão fez a compra original dos filhos de Hamor (o povo, ou tribo a que pertencia) em Siquém. Ele construiu ali um altar ( Gn 12:6-7 ) e muito provavelmente comprou o lote de terreno em que ele construiu. Abraão não se estabelecer lá, no entanto, e com o tempo o site pode ter revertido para as pessoas que ocupam de Hamor, necessitando, portanto, de recompra do mesmo (Archer, de Jacó Enciclopédia de Dificuldades da Bíblia , 379-81; W. Arndt, Será que a Bíblia contradiz Itself ? [reimpressão, St. Louis: Concordia, 1955], 14-17).

    Uma segunda explicação possível é que Estevão telescópios as contas de Abraão da compra do site de Macpela e aquisição do site do Siquém de Jacó. Isso seria consistente com a sua telescópica das duas chamadas de Abraão em verso 2 (Bruce, O Livro dos Atos , 149 n 39; Simon J. Kistemaker,. New Testament Commentary: Atos [Grand Rapids: Baker, 1990], 249 ).

    Seria temerário para carregar ou Estevão ou Lucas com um erro com base em nosso conhecimento limitado. É absolutamente inconcebível que alguém tão imerso no Velho Testamento como Estevão teria feito uma asneira histórico tão óbvio. Além disso, ele pode ter tido um propósito definido em mente ao se referir a Siquém, já que em sua época de que cidade estava dentro do território dos odiados samaritanos. (Para uma discussão dos motivos teológicos de Estevão para mencionar Siquém, ver Rex A. Koivisto, "Discurso de Estevão:? A Theology da Errors" Graça Theological Journal 8 [Primavera 1987]:. 101-14) Também não é plausível que uma cuidadosa e divinamente inspirada historiador, como Lucas (cf. Lc 1:1-4 ) teria registrado erroneamente discurso de Estevão.

    Para carregar ou Lucas ou Estevão com um erro tem sérias implicações para a doutrina da inspiração. Para fazer isso ou é afirmar que o Espírito da Verdade inspirado erro, ou negar que toda a Bíblia é inspirada. O primeiro é um absurdo do ponto de blasfêmia; os últimos contradiz 2Tm 3:16 . E se toda a Escritura não é inspirada, quem decide o que é eo que não é inspirada? Falível razão humana certamente não está qualificada para julgar sobre a Palavra de Deus. O problema, então, encontra-se com a veracidade da nem Estevão nem Lucas, mas apenas com a nossa falta de informações completas.

    Estevão, assim, se defende da acusação de que ele blasfemou contra Deus. Ele não faz, mas afirma a grande obra aliança de Deus através de Abraão e os patriarcas.

    Moisés

    Mas como o tempo da promessa se ​​aproximava que Deus tinha assegurado a Abraão, o povo cresceu e se multiplicou no Egito, até que se levantou outro rei sobre o Egito, que nada sabia sobre José. Foi ele quem aproveitou perspicaz de nossa raça, e maltratados nossos pais para que eles se expõem seus filhos e que não iria sobreviver. E foi nessa época que nasceu Moisés; e ele era lindo aos olhos de Deus; e ele foi alimentado três meses, em casa de seu pai. E depois que ele tinha sido exposto, a filha de Faraó o levou embora, e alimentou-o como seu próprio filho. E Moisés foi instruído em toda a ciência dos egípcios, e ele era um homem de poder em palavras e ações. Mas quando ele estava se aproximando da idade de quarenta anos, ele entrou em sua mente para visitar seus irmãos, os filhos de Israel. E quando ele viu um deles sendo tratado injustamente, defendeu-o e levou a vingança para o oprimido por derrubando o egípcio. E ele cuidava que seus irmãos entenderiam que Deus lhes concedia livramento por meio dele; mas eles não entenderam. E no dia seguinte, ele apareceu a eles como eles estavam lutando juntos, e ele tentou reconciliar-los em paz, dizendo: Homens, sois irmãos, por que você ferir um ao outro? Mas aquele que foi uma lesão no vizinho o empurrou, dizendo: Quem você um governante e juiz sobre nós? Você não quer me matar como matou o egípcio ontem, não é? ' E neste observação Moisés fugiu, e tornou-se um estrangeiro na terra de Midiã, onde ele se tornou pai de dois filhos. E depois de 40 anos se passaram, um anjo lhe apareceu no deserto do monte Sinai, na chama de um espinheiro em chamas. E quando Moisés viu, ele começou a se maravilhar com a vista; e quando ele se aproximou para olhar mais de perto, veio a voz do Senhor: 'Eu sou o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, Isaque e Jacó. " E Moisés tremia de medo e não se aventurar a olhar. Mas o Senhor disse-lhe: "Tire as sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é terra santa. Eu certamente já viu a opressão de meu povo no Egito, e ouvi os seus gemidos, e desci para libertá-los; Vinde então, e eu vos enviarei ao Egito. Este Moisés que eles repudiaram, dizendo: Quem te constituiu príncipe e juiz? é aquele que Deus enviou para ser um governante e libertador, com a ajuda do anjo que lhe apareceu no espinheiro. Este homem conduziu para fora, fazendo prodígios e sinais na terra do Egito, e no Mar Vermelho e no deserto por quarenta anos. Este é o Moisés que disse aos filhos de Israel: 'Deus levantará para você um profeta como eu de seus irmãos. " ( 7: 17-37 )

    Tendo sucesso defendeu-se da acusação de blasfêmia contra Deus, Estevão agora se desloca para a segunda acusação, a rejeição de Moisés. Ele mostra que, assim como ele reverencia a Deus, assim também ele honrar Moisés. Mais uma vez, ele pede "não culpado". Estevão elucida que a defesa, continuando sua pesquisa histórica. Nos primeiros dezesseis versos, ele cobriu o período de Abraão a José, a partir do chamado de Abraão até o cativeiro de Israel no Egito. Agora, ele se move para o segundo grande período da história de Israel, de Moisés até o cativeiro babilônico.
    tempo da promessa refere-se ao tempo em que Deus cumpriria sua promessa de . Abraão Essa promessa foi de que "Ele daria [a terra] para ele como uma possessão, e à sua descendência depois dele" (At 7:5 ), e o povo de Israel tinha aumentado e se multiplicou no Egito. Eles estavam contentes lá, e não tinha retornado à terra que Deus lhes havia prometido. O tempo para a promessa de Deus para ser cumprida tinha chegado, e Ele soberanamente eventos para mover a Israel do Egito orquestrada.

    Neste momento, surgiu um outro rei sobre o Egito, que nada sabia sobre José ( Ex 1:8 ). Ele maltratado eles, obrigando-os a expor seus filhos a fim de que . não sobreviveriam Este infanticídio jogando bebês para fora para ser deixada aos elementos limitou-se a crianças do sexo masculino ( Ex. 1: 15-22 ).

    Deus tinha preparado o seu libertador, no entanto. Foi neste cruciais vez na história de Israel que Moisés nasceu. Os detalhes da vida e ministério de Moisés eram bem conhecidos ao Sinédrio, então Estevão meramente resume-los para fazer o seu ponto. Sensível à acusação de que ele havia blasfemado Moses, Estevão faz questão de elogiar ele, descrevendo-o como encantadora aos olhos de Deus.

    Moisés não poderia escapar do perigo do tempo, e, depois de ser alimentado três meses, em casa de seu pai, ele também foi exposto. Como tantas outras crianças, ele estava a ser jogado no Nilo para afogar ( Ex 1:22 ) . Seus pais, no entanto, colocou-o em uma cesta para que ele não iria morrer. De acordo com o plano soberano de Deus, a filha de Faraó o encontrou, levou-o para longe, e alimentou-o como seu próprio filho ( Ex. 2: 1-6 ). Como o neto adotivo do faraó, Moisés foi instruído em toda a ciência dos egípcios. Estevão continua a mostrar seu respeito por Moisés, descrevendo-o como um homem de poder em palavras e ações. Moisés era um homem notável. Suas qualidades naturais de liderança, juntamente com a educação mais abrangente no mundo antigo, o fez unicamente qualificada para sua tarefa.

    O chamado de Deus veio quando ele estava se aproximando da idade de quarenta anos. Naquela época, ele entrou em sua mente para visitar seus irmãos, os filhos de Israel. Embora tenha sido criado na casa de Faraó, Moisés nunca tinha esquecido o seu povo. Sem dúvida, sua mãe incutiu nele que durante os anos Deus tinha arranjado providencialmente que ela servir como sua enfermeira ( Ex. 2: 7-9 ).Ele decidiu ajudar o seu povo sitiado. Vendo um deles sendo tratado injustamente, defendeu-o e levou a vingança para o oprimido por derrubando o egípcio. Ao tomar essa ação assassina, Moisés cuidava que seus irmãos entenderiam que Deus lhes concedia livramento por meio dele. Seu objetivo em visitá-los foi não pagar uma visita social, mas para livrá-los de seus opressores. Eles, no entanto,não entendi. Embora Moisés tinha mostrado seu compromisso com eles, matando um egípcio, eles falharam em reconhecer ou reconhecê-lo como seu libertador.

    No dia seguinte, ele apareceu a dois deles como eles estavam lutando juntos, e ele tentou reconciliar-los em paz, dizendo: "Homens, vocês são irmãos, por que você ferir um ao outro?" Moisés viu-se não só como o libertador da nação, mas também como um pacificador entre os indivíduos. Seus esforços não foram apreciados, no entanto, e ele foi rejeitado. O que era uma lesão no vizinho o empurrou, dizendo sarcasticamente, "Quem te constituiu príncipe e juiz sobre nós?" Em seguida, ele acrescentou ameaçadoramente, "Você não quer dizer que matar-me, como ontem mataste o egípcio, não é? " ( Ex 2:14 ). Percebendo seu assassinato do egípcio tornou-se amplamente conhecido, fugiu Moisés, e tornou-se um estrangeiro na terra de Midiã, onde ele se tornou pai de dois filhos ( 02:15 Ex. , 22 ). Sem dúvida, vendo-o como o líder de um movimento insurrecional judaica, o faraó procurou, sem sucesso, executá-lo ( Ex 2:15 ). Rejeição tolice de Israel de Moisés serviu para alongar seu tempo em cativeiro por 40 anos. Isso, também, é análoga à rejeição do Libertador messiânico e conseqüente perda alongou da bênção de Israel.

    Moses viveu entre os midianitas para os 40 anos. No final da época, um anjo lhe apareceu no deserto do monte Sinai, na chama de um espinheiro ardente ( Ex 3:1. ). Apesar de seu povo eram continuamente infiel a Ele, Deus permaneceu fiel à sua aliança.

    Estevão atinge seu ponto. Os próprios Moisés que eles haviam repudiado, dizendo: "Quem te constituiu príncipe e juiz?" é aquele que Deus enviou para ser um governante e libertador, com a ajuda do anjo que lhe apareceu no espinheiro. Este é um padrão constante de orgulho histórico-espiritual de Israel, aliada à ignorância espiritual que faz com que eles rejeitam a libertadores Deus lhes envia. Algumas vezes se argumenta que Jesus não poderia ter sido o Messias, ou então Israel teria reconhecido ele. Como Estevão salienta, no entanto, rejeitaram tanto José e Moisés. Esta foi sua resposta típica para aqueles que Deus enviou para entregá-los. Jesus falou dessa atitude em Mateus 21:33-46 .

    Moisés cumpriu sua missão e os conduziu para fora, fazendo prodígios e sinais na terra do Egito, e no Mar Vermelho e no deserto por quarenta anos. ainda a rebelião de Israel contra Deus sob Moisés, apesar das maravilhas e sinais que tinham visto no a terra do Egito e na divisão do Mar Vermelho, e no deserto, causou-lhes um outro atraso. Por causa dessa rebelião, eles vagaram fora da Terra Prometida por quarenta mais anos.

    A partir de discussão de Estevão de Moisés, é óbvio que ele tem o maior respeito por ele. A acusação de blasfêmia contra Moisés é tão falsa como a de blasfemar contra Deus. Na verdade, Estevão virou o jogo no Sinédrio, mostrando que a própria nação tinha sido culpados de rejeitar Moisés. 'Resposta a Moisés' Os judeus vida, como sua resposta a José, paralelo a sua resposta a Cristo.
    Estevão lembra-lhes que Moisés predisse Messias viria, profetizando para os filhos de Israel, "Deus levantará para você um profeta como eu de seus irmãos." Essa passagem, tirada do Dt 18:15 , era bem conhecido de todos Estêvão contemporâneos. Em Jo 6:14 , a multidão disse a Jesus: "Este é verdadeiramente o profeta que devia vir ao mundo." Afirmaram que Ele era o One Moisés tinha prometido que viria, uma afirmação com a qual esses judeus não concordaria. Eles estavam fazendo, assim, mais uma vez o que seus pais fizeram-rejeitando o libertador enviado de Deus. Somente este era mais grave do que todos os outros juntos. Este era o Messias que eles estavam rejeitando.

    Tivesse o Sinédrio estavam dispostos a considerar os fatos, eles não poderiam ter perdido os paralelos entre a história de sua nação e seu comportamento em relação a Jesus. Também não poderia ter perdido os paralelos entre Jesus e Moisés. Moisés se humilhou ao deixar palácio do Faraó; Jesus se humilhou, tornando-se homem ( Filipenses 2:7-8. ). Moisés foi rejeitado no início, por isso foi Jesus ( Jo 1:11 ).Moisés era um pastor; Jesus é o Bom Pastor ( Jo 10:11 , Jo 10:14 ). Moisés redimiu o seu povo da escravidão no Egito; Jesus redime os homens da escravidão do pecado. A história de Moisés prefigura a história de Jesus Cristo.

    A Lei

    Este é o único que estava na congregação no deserto, junto com o anjo que lhe falava no monte Sinai, e que foi com nossos pais; E recebeu palavras de vida para passar para você. E nossos pais não estavam dispostos a ser obediente a ele, mas o repudiaram e em seus corações voltaram ao Egito, dizendo a Arão: Faze-nos deuses para que vão adiante de nós; a esse Moisés que nos tirou da terra do Egito, não sabemos o que aconteceu com ele. ' E naquele tempo fizeram um bezerro e ofereceram sacrifícios ao ídolo, e se alegravam nas obras das suas mãos. Mas Deus virou-se e entregou-os para servir o exército dos céus; como está escrito no livro dos profetas: "Não era a mim que você ofereceu vítimas e sacrifícios por quarenta anos no deserto, era isso, ó casa de Israel? Você também levou consigo o tabernáculo de Moloque ea estrela do deus Rompha, as imagens que vós fizestes para adorá-los.Além disso, vou retirá-lo além da Babilônia. ( 7: 38-43 )

    É uma fácil transição de Moisés com a lei, uma vez que os dois estão intimamente associados. Enquanto Moisés estava com a congregação de Israel no deserto, ele recebeu o direito de o anjo que faloucom ele no monte Sinai e que foi com nossos pais. Que os anjos estavam envolvidos na entrega da lei é evidente, versículo 53 (cf . . Gl 3:19 ; He 2:2 ). É divino, revelação autorizada.

    Estevão afirma sua crença na lei, mais uma vez fazendo um apelo "não culpado". Ele declara que Deus foi o autor da lei, os anjos eram seu mediador, e Moisés era seu destinatário. Isso certamente não era uma blasfêmia, e do Sinédrio sabia disso.
    Tendo defendeu-se suficientemente e mais, Estevão agora vai para a ofensiva. Nossos pais, ele lembra-lhes, não estavam dispostos a ser obediente a ele, mas o repudiaram e em seus corações voltaram ao Egito. Não era Estevão que desobedeceram a lei, mas os próprios pais do Sinédrio reverenciado. Estevão não rejeitou Moisés, mas esses mesmos pais repudiou Moisés e da lei, e em seus corações voltaram ao Egito. Por incrível que pareça, apesar de terem sido cruelmente oprimidos lá, olharam para trás com saudade de sua época no Egito ( Nu 11:5 ). Sua rejeição de Moisés sobrepôs a sua rejeição da lei. Aaron obrigou-os e fez um bezerro, e os israelitas ofereceram sacrifícios ao ídolo, e se alegravam nas obras das suas mãos. adoração do bezerro era uma parte integrante da religião egípcia. Propensão de Israel para a idolatria, que começou no Sinai, contradiz as alegações orgulhosos do Sinédrio que Israel era o povo da lei. Ainda antes de ser entregue a eles, eles o rejeitaram.

    Embora Deus tinha todo o direito de destruir a nação, Ele permaneceu fiel à sua aliança. Três mil foram executados ( Ex 32:28 ), mas a nação foi poupado. Deus se afastou em juízo, no entanto, e os entregou para servir o exército dos céus. Assim como Ele judicialmente abandonou a gentios ( Rm 1:24 , Rm 1:26 , Rm 1:28 ), assim também Deus fez abandonar o Seu povo à idolatria (cf. Os 4:17 ). Desde o tempo do deserto vagando pelo cativeiro babilônico, a idolatria era um problema incessante de Israel.

    Estevão apoia seu ponto citando as palavras de Deus, está escrito no livro dos profetas: Não era a mim que você ofereceu vítimas e sacrifícios por quarenta anos no deserto, era isso, ó casa de Israel?Você também levou consigo o tabernáculo de Moloque ea estrela do deus Rompha, as imagens que vós fizestes para adorá-los. Além disso, vou retirá-lo para além da Babilônia ( Amós 5:25-27 ).Deve-se notar que Amos usou a palavra "Damasco", onde Estevão usa Babilônia. Tanto o hebraico e da Septuaginta dizer "Damasco". Amos estava profetizando o cativeiro do reino do norte nas mãos da Assíria-a deportação, que os levaram para além de Damasco. Mais tarde, o reino do sul foi levado cativo para a Babilônia. Estevão, guiados pelo Espírito de inspiração, escolhe para expandir o texto de Amos para abraçar o juízo de Deus sobre toda a nação. Uso de Estevão dessa profecia sucintamente resume a história triste, idólatra de Israel (cf. Dt 17:3 ; 2Rs 21:3 , Ex 25:40 ). A geração do deserto não poderia alegar ignorância da glória de Deus, uma vez que o tabernáculo estava no meio deles. Nem poderia os posteriores pais que, tendo recebido o tabernáculo , por sua vez, trouxe-o com Josué sobre desapropriando as nações que Deus lançou para fora Israel ( Js 3:1 ). Esse templo tinha sido substituído por um construído por Zorobabel ( Ed 5:2 ).

    Estevão contrafortes seu ponto citando Isaías , o profeta, que escreveu: "O céu é o meu trono, ea terra é o estrado dos Meus pés; que tipo de casa você vai construir para mim?" diz o Senhor; "Ou o lugar é lá para o meu repouso Não foi minha mão que fez todas essas coisas?" ( Is 66:1 )

    Estevão seguida, desenha o paralelo à sua sangrenta conclusão. Como seus pais haviam matado aqueles que tinham previamente anunciado a vinda do Justo, o Messias, por isso teve de se tornarem Seustraidores e assassinos. Enquanto orgulhando-se de ter recebestes a lei por ordenação dos anjos, eles não mantê-lo. Eles foram sem desculpas, já que a lei apontava para Cristo ( Jo 5:39 ). Estevão mais uma vez ecoa as palavras de seu Senhor, que disse a esses mesmos líderes, "Se você acredita Moisés, você acreditaria em mim, porque ele escreveu de mim" ( Jo 5:46 ). Eles não tinham nenhum respeito real para Moisés ou a lei ou eles nunca teriam assassinado o One Moisés prometeu ( Gn 18:15 ) ou a de quem a lei falou.

    Apesar de sua glória orgulhoso que "se tivéssemos vivido nos dias de nossos pais, não teríamos sido parceiros com eles para derramar o sangue dos profetas" ( Mt 23:30 ), que tinham feito muito pior. Seus pais haviam assassinado os profetas de Deus; eles haviam assassinado seu Filho, o Justo (um título usado somente aqui e em At 3:14 e 22:14 ). Agora eles estavam a cometer mais um assassinato.Estevão em breve tornar-se outro na longa linha dos mensageiros de Deus morto por nação escolhida de Deus, e com o primeiro morto por pregar o nome de Cristo.

    Que resultou em sua execução, em vez de sua absolvição não manchar o brilho de defesa e acusação de Estevão. Ele permanecerá para sempre um dos maiores sermões já proferidas. O Sinédrio deve ter ouvido isso com seus corações e se arrependeu. Tragicamente, eles não fizeram.

    17. O primeiro mártir cristão ( Atos 7:54-8: 1-A )

    E, ouvindo eles isto, eles foram cortados para os vivos, e eles começaram a ranger os dentes contra ele. Mas ele, cheio do Espírito Santo, fitando os olhos no céu e viu a glória de Deus, e Jesus em pé à direita de Deus; e ele disse: "Eis que vejo os céus abertos eo Filho do homem em pé à mão direita de Deus." Mas eles gritaram com grande voz, e cobriu os ouvidos, e eles correram para ele com um impulso. E quando ele tinha conduzido para fora da cidade, eles começaram a apedrejá-lo, e as testemunhas depuseram lado os seus mantos aos pés de um jovem chamado Saulo. E eles foram sobre a lapidação Estevão como ele invocou o Senhor e disse: "Senhor Jesus, recebe o meu espírito!" E caindo de joelhos, clamou com grande voz: "Senhor, não imputes este pecado eles!" E, havendo dito isto, ele adormeceu. E Saul estava de acordo com farto colocando-o à morte. ( 7: 54-8: 1-A )

    Na primavera de 1521, foi convocado um monge católico romano e professor de teologia para comparecer perante o imperador Carlos 5 e da Dieta Imperial do Sacro Império Romano. Para os anos anteriores, Martin Luther tinha destemidamente criticou os abusos da Igreja Romana. Suas críticas se espalharam em chamas os ressentimentos de longa fumegantes do povo alemão em direção a Roma.Decididos a pôr fim à revolta popular religiosa Luther tinha acendido, o jovem imperador convocou-o para Worms, onde a dieta convocaria. Lá, ele seria julgado, e se condenado, ele enfrentou a execução.Amigo de Lutero Spalatin ele advertiu contra indo para Worms, embora tivesse um conduto a salvo do Imperador. Um século antes, João Hus havia sido queimado na fogueira, no Concílio de Constança, sua conduta segura passar, não obstante. Em resposta, Lutero escreveu que ele iria entrar Worms, apesar das "portas do inferno e os poderes das trevas", mesmo que não houvesse ", como muitos demônios em que, como não havia telhas nos telhados das casas" (Harold J. Grimm, A Reforma Era [New York: Macmillan, 1954], 137). Ele apareceu antes da dieta e se recusou a renegar o que tinha escrito. Ele tomaria de volta nada, afirmou ele, que seus acusadores não podia provar errado a partir da Escritura:

    A menos que eu seja convencido pelo testemunho das Escrituras ou por motivo claro (por que eu não confio tanto no papa ou em conselhos sozinho, uma vez que é sabido que eles têm muitas vezes erram e se contradizem), sou obrigado pelas Escrituras citei e minha consciência é cativa da Palavra de Deus. Eu não posso e não vou retirar nada, uma vez que não é seguro nem certo ir contra a consciência. Eu não posso fazer o contrário, aqui estou eu, que Deus me ajude, Amém. (Lewis W. Spitz, O Rise da Modern Europe: A Reforma Protestante [New York: Harper & Row, 1985], 75)

    Mil e quinhentos anos antes, um servo de milagres de Cristo foi julgado por sua vida. Como Lutero, Estevão ficou solidamente sobre a rocha da revelação divina. E como Lutero, sua posição corajosa era mudar o curso da história. Seu discurso em sua própria defesa era um relato magistral da história de Israel. Nela, ele habilmente defendeu-se, e, por extensão, todos os cristãos, contra as falsas acusações de que ele havia blasfemado contra Deus, Moisés, a lei, e do templo. Evangelista fiel Estevão seguida, partiu para a ofensiva, encerrando seu discurso com uma denúncia bolhas de hipocrisia do Sinédrio. Ao fazer isso, ele virou o jogo sobre seus acusadores. Foram eles, e não ele, que estava condenado por blasfêmia.
    Os versos finais do capítulo 7 recorde dos últimos momentos da vida de Estevão. Pois, ao contrário Lutero, que foi subtraído à segurança por Eleitor Frederico, o Sábio da Saxônia, Estevão foi para pagar por sua ousadia com sua vida. É um dramático, passagem em movimento. Embora ele foi morto, Estevão não era a vítima, ele foi o vencedor. Morte meramente inaugurou Estevão à presença do seu Senhor. A maior parte da turba assassina (com a notável exceção do jovem Saulo de Tarso), embora vivessem em, pereceria eternamente.

    Um contraste entre Estevão e seus assassinos tece o seu caminho através desta breve passagem. Então extremo é o contraste que pode ser dito para simbolizar o contraste entre o céu eo inferno. Esse contraste pode ser visto a partir de quatro ângulos: é o contraste entre a ser preenchido com raiva e ser cheio do Espírito, entre cegueira espiritual e visão espiritual, entre a morte ea vida, e entre o amor eo ódio.

    Cheio de raiva Versus Cheios do Espírito

    E, ouvindo eles isto, eles foram cortados para os vivos, e eles começaram a ranger os dentes contra ele. Mas ele, cheio do Espírito Santo, ( 7: 54-55a )

    O Sinédrio tinha nenhuma dúvida ouviu a primeira parte do discurso de Estevão com interesse e acordo. Afinal, ele estava simplesmente recitando história-a querida tópico da nação para seus corações. Mas, como sua deriva tornou-se cada vez mais claro, eles começaram a crescer desconfortável. E quando ouviram castigation definitivas de Estevão deles em versículos 51:53 , que foram cortados ao rápido.Diapriō ( corte para a rápida ) significa literalmente "a viu pela metade." As palavras de Estevão rasgado o verniz da sua espiritualidade falsa e expô-los para os hipócritas blasfemas que eram.

    Enfurecido, em vez de quebrado em arrependimento por palavras de Estêvão, eles começaram a ranger os dentes contra ele. Esse ato expressaram sua raiva e frustração (cf. Sl 35:16. ; Sl 37:12 ), e nos lembra de uma geração de pecadores obstinados para vir . Quando os anjos derramar as taças da ira e juízo de Deus durante a Tribulação, os pecadores, então, também irá se recusar obstinAdãoente a se arrepender:

    E o quarto anjo derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe dado queimar os homens com fogo. E os homens se queimaram com o intenso calor; e blasfemaram o nome de Deus, que tem poder sobre estas pragas; e não se arrependeram, de modo a dar-Lhe glória. E o quinto anjo derramou a sua taça sobre o trono da besta; eo seu reino se fez tenebroso; e eles mordiam as suas línguas por causa da dor, e blasfemaram o Deus do céu por causa das angústias e das úlceras; e não se arrependeram das suas obras ... E o sétimo anjo derramou a sua taça no ar; e uma voz saiu do templo do trono, dizendo: "Está feito." E houve relâmpagos e sons e trovões; e houve um grande terremoto, como não tinha havido desde que o homem passou a ser sobre a terra, tão grande terremoto foi, e tão poderoso. E a grande cidade foi dividida em três partes, e as cidades das nações caíram. E a grande Babilônia se lembrou Deus, para lhe dar o cálice do vinho do furor da sua ira. E toda a ilha fugiu, e os montes não foram encontrados. E enormes pedras de granizo, cerca de £ 100 cada, desceu do céu sobre os homens; e os homens blasfemaram de Deus por causa da praga da saraiva, porque a sua praga era extremamente grave. ( Apocalipse 16:8-11 , 17-21 )

    Até mesmo os julgamentos mais severos sempre para bater a terra não fará com que os pecadores obstinados para se arrepender. Três vezes na passagem acima eles mostram a sua raiva contra Deus por blasfemar contra Ele.
    Ouvintes de Estevão parecem tão resistentes e insensível para com a verdade. Este foi pelo menos a terceira vez que tinham ouvido o evangelho apresentado (cf. 4: 8 e seguintes .; 5: 27ff .), mas sua raiva escalado e eles continuaram a endurecer o coração. É uma dura realidade que quando os homens persistem em deliberAdãoente endurecendo seus corações, Deus pode intervir e judicialmente endurecê-los.O apóstolo Paulo alertou essas pessoas, "O Espírito Santo, com razão, falou pelo profeta Isaías a vossos pais, dizendo: Vai a este povo e dizer:" Você vai continuar a ouvir, mas você não vai entender; e você vai continuar a ver, mas você não vai perceber "'" ( Atos 28:25-26 ). De Israel, escreveu ele,

    E depois? O que Israel está buscando, não tenha obtido, mas aqueles que foram escolhidos alcançaram, e os outros foram endurecidos; assim como está escrito: "Deus lhes deu um espírito de atordoamento, olhos para não ver e ouvidos para não ouvir, até o dia de hoje." E Davi diz: "Deixe sua mesa se ​​tornar uma armadilha e uma armadilha, e uma pedra de tropeço e uma retribuição para eles. Deixe seus olhos escurecerá a ver não, e dobrar as costas para sempre." ( Rom. 11: 7-10 )

    Da mesma forma, depois de Faraó endureceu repetidamente o seu coração, Deus endureceu-lo (cf. Ex 8:15. , Ex 8:19 , Ex 8:32 ; Ex 9:7 , com Ex 10:1 ). Bem que o escritor de Hebreus avisar,

    Portanto, assim como diz o Espírito Santo: "Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações, como quando eles me provocaram, como no dia da tentação no deserto, onde vossos pais Me tentaram, testando-me, e vi meu . obras por quarenta anos Portanto, eu estava irritado com esta geração, e disse: 'Estes sempre erram em seu coração, e eles não sabiam os meus caminhos "; Assim jurei na minha ira:' Eles não entrarão no meu repouso." "Tome cuidado, irmãos, para que não haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para se apartar do Deus vivo. ( 3: 7-12 )

    O Sinédrio tinha ouvido falar a verdade. Eles tinham ouvido o ensinamento de Jesus e testemunharam Seus milagres. Eles também tinham ouvido a pregação dos apóstolos e visto os milagres que realizavam.Por causa de sua rejeição contínua, Estevão não dar-lhes outro convite, mas uma acusação, uma que eles cheio de raiva. Eles rangeram os dentes naquele dia, e talvez a maioria deles estão fazendo a mesma coisa hoje no inferno. Sua ação visualizaram o que eles estariam fazendo por toda a eternidade. Jesus repetidamente descrito o inferno como um lugar onde não é ranger de dentes. Em 13 41:40-13:42'>Mateus 13:41-42 Ele advertiu que "o Filho do Homem enviará os seus anjos, e eles retirarão do seu Reino todos os obstáculos, e aqueles que cometem a iniquidade, e lançá-los na fornalha de fogo; na aquele lugar ali haverá choro e ranger de dentes ". Ele advertiu os judeus incrédulos que "muitos virão do oriente e do ocidente, e reclinar-se à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó, no reino dos céus, mas os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores; naquele lugar haverá choro e ranger de dentes "( Mateus 8:11-12. ; cf. . Mt 13:50 ; Mt 22:13 ; Mt 24:51 ; Mt 25:30 ; Lc 13:28 ). O sofrimento do inferno vai incluir a raiva e frustração sem fim daquelas pessoas que vai sempre sentir tanto intensa convicção do seu pecado condenável e raiva para com Deus. As pessoas que rejeitam a graça de Deus e amor não vai sentir remorso sob Seu julgamento. Na verdade, isso só vai torná-los mais irritado.

    Em nítido contraste, Estevão era cheio do Espírito Santo. Em meio à tempestade de fúria que uivava em torno dele, Estevão permaneceu calmo, totalmente entregue ao controle do Espírito. Huparchō (sendo ) "adequAdãoente [expressa] continuação de um estado antecedente ou condição" (G. Abbott-Smith, um léxico manual de grego do Novo Testamento [Edinburgh: T. & T. Clark, 1977], 457), um significado reforçado pelo seu uso aqui no tempo presente. Ser cheio do Espírito era um modo de vida para Estevão (cf. 6: 3 , 5 ; Ef 5:18. ). Por isso, ele não tem que fazer os ajustes em sua vida, quando chegou a hora de enfrentar a morte.

    O Espírito produz o fruto de uma vida piedosa no cotidiano dos crentes. Mas, como Ele fez por Estevão, Ele também prevê graça especial e força em tempos de crise. "Quando pois, vos levarem às sinagogas e os governantes e as autoridades", Jesus disse aos seus seguidores: "não ficar ansioso sobre como ou o que você deve falar em sua defesa, ou o que você deve dizer, pois o Espírito Santo vos ensinará na mesma hora o que deveis dizer "( Lucas 12:11-12 ). Pedro escreveu: "Se você está injuriado para o nome de Cristo, você é abençoado, porque o Espírito da glória e de Deus repousa sobre vós" ( 1Pe 4:14). O Espírito concede graça aos crentes perseguidos, habilitando-os para glorificar a Deus em suas mortes. Estevão foi o protótipo para incontáveis ​​milhares de mártires cristãos cujas mortes têm confirmado que a verdade.

    Cristãos, então, não deve fugir de situações difíceis. Assim como Paulo, eles podem dizer: "Eu estou muito contente com fraquezas, nas injúrias, nas angústias, nas perseguições, nas dificuldades, pelo amor de Cristo, pois, quando sou fraco, então é que sou forte" ( . 2 Cor 0:10 ) . Eles devem corajosamente comunicar Cristo em todas as circunstâncias, sabendo que o Espírito Santo lhes conceda a graça de enfrentar as conseqüências triunfante e com alegria e paz.

    Cegueira espiritual e Visão Espiritual

    fitando os olhos no céu e viu a glória de Deus, e Jesus em pé à direita de Deus; e ele disse: "Eis que vejo os céus abertos eo Filho do homem em pé à mão direita de Deus." Mas eles gritaram com grande voz, e cobriu os ouvidos, e eles correram para ele com um impulso. ( 7: 55b-57 )

    Um crente cheio do Espírito Santo continua "buscando as coisas do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus" ( Cl 3:1. ), Ezequiel ( Ez 1:26-28. ), Paulo ( 2 Cor. 12: 2 —4 ), e João ( Ap 4:1 ; Mt 26:64 ; Lc 22:69 ; At 2:34 ; Ef 1:20. ; Cl 3:1 ; He 12:2 ). Estevão vê Jesus de pé para mostrar sua preocupação para ele. Ele também destaca a acolher Estevão ao céu.

    Então encantado era Estevão com sua visão beatífica que ele explodiu, Eis que vejo os céus abertos eo Filho do homem em pé à mão direita de Deus. Para o Sinédrio, tal declaração foi a última gota, a sua tolerância para esta blasfemo estava exausta. Uso de Estevão da frase Filho do Homem pode ter sido o punhal mais nítida, porque ele os levou de volta para o julgamento de outro prisioneiro. Como Estevão, Jesus foi acusado de blasfêmia por falsas testemunhas, mas Ele se manteve em silêncio. Finalmente, frustrado, o sumo sacerdote exigiu que ele fala: "Eu te conjuro pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus." Jesus disse-lhe: "Você mesmo disse, no entanto eu vos digo, a seguir você verá o Filho do Homem sentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu" ( Mt 26:1. ; cf. Mt 23:16 Matt. , 24 ). Eles continuaram na tradição arrependido de seus pais ao rejeitar mais um dos mensageiros de Deus para eles. E, tendo rejeitado e morto o Messias, não é surpreendente que eles rejeitam e matar um de Seus arautos mais fiéis.

    Escolha de Lucas hormao ( apressado ) retrata vividamente a fúria do Sinédrio. É a palavra usada para descrever a corrida louca do rebanho de suínos possuído por um demônio para o Mar da Galiléia (Mc 5:13 ; Mt 8:32 ). Ele também é usado em At 19:29 para descrever a multidão frenética que correu para o teatro em Éfeso. Para colocá-lo em termos de vernáculo moderno Inglês, eles perderam.Deixando de lado a dignidade e decoro, a mais alta corte Israel foi reduzida a um urro, turba assassina.

    Morte e Vida

    E quando ele tinha conduzido para fora da cidade, eles começaram a apedrejá-lo, e as testemunhas depuseram lado os seus mantos aos pés de um jovem chamado Saulo. E eles foram sobre a lapidação Estevão como ele invocou o Senhor e disse: "Senhor Jesus, recebe o meu espírito!" ( 7: 58-59 )

    Comentaristas discordam sobre se Estevão foi abatido pela violência mob ou legalmente executado. A cena se presta para a primeira interpretação, assim como a falta de autoridade do Sinédrio para levar a cabo a pena de morte ( Jo 18:31 ). Os detalhes da morte de Estevão, no entanto, mostram que eles tentaram segurar a algumas características da legalidade. Eles não apedrejaram Estevão até que o tinha levado para fora da cidade. Isso estava de acordo com a liminar de Lv 24:14 . Além disso, o apedrejamento foi o castigo por blasfêmia de acordo com Lv 24:16 . Antes eles começaram a apedrejá Estevão, as testemunhas depuseram lado os seus mantos aos pés de um jovem chamado Saulo. Dt 17:7 ). Apesar de seus esforços, ele estava com sérios problemas com a Roma, o que logo me lembro dele como governador. Além disso, ele normalmente vivia em Cesaréia, não em Jerusalém, e, portanto, foi, provavelmente, nem de longe a cena.

    É duvidoso, porém, que o procedimento completo para execução por apedrejamento prescrito no Mishna foi realizado no caso de Estevão. Esse procedimento chamado de a vítima ser empurrado de um de dez metros de altura parapeito. Se isso não matá-lo, a primeira testemunha deixou cair uma grande pedra em seu coração. No caso improvável de que ele sobreviveu a isso, a segunda testemunha, em seguida, caiu mais uma pedra em cima dele. É altamente improvável que Estevão teria sido em qualquer condição de falar se isso tivesse sido feito no seu caso (cf. vv. 59-60 ). O mais provável é a cena de pessoas com raiva incontroláveis ​​empurrando, empurrando e jogando pedras aleatoriamente em Estevão. Deve notar-se a partir de At 8:2 ). Sementes de sua própria conversão surpreendente certamente foram plantadas naquele dia.

    A multidão continuou com o trabalho terrível de apedrejamento Estevão. Como a morte se aproximava, ele invocou o Senhor e disse: "Senhor Jesus, recebe o meu espírito!" Seu grito ecoou a do nosso Senhor na cruz: "Pai, nas tuas mãos Eu entrego o meu espírito "( Lc 23:46 ), com uma exceção importante: Jesus cometeu-se ao Pai, Estevão ao Senhor Jesus. Isso ele fez isso atesta a divindade de Cristo, a quem ele obviamente considerado igual ao Pai.

    Esta confissão de Estevão indica que ele esperava para entrar na presença do Senhor, logo que ele morreu. A Bíblia não ensina qualquer atraso em tudo entre a vida aqui e no céu, ou algum lugar de retenção, como o purgatório ou algum estado inconsciente chamado soul-sono. Em vez disso, a Escritura ensina que os crentes entrar na presença de Cristo, imediatamente após a morte ( 2Co 5:8. ).Nosso Senhor prometeu o ladrão na cruz que Ele iria levá-lo para o Paraíso (a morada de Deus e os justos) naquele mesmo dia ( Lc 23:43 ). Sua parábola do homem rico e Lázaro ( Lucas 16:19-31 ) ensinou que os mortos nunca são inconscientes ou desconhecem as suas circunstâncias. Apocalipse 6:9-11 descreve os mártires da tribulação como acordado na presença divina e capazes de defender com o Senhor por vingança contra seus assassinos.

    Oração confiante de Estevão foi respondida. Após a sua morte, ele foi conduzido imediatamente à presença do Senhor, ele havia servido tão fielmente.

    Ódio e Amor

    E caindo de joelhos, clamou com grande voz: "Senhor, não imputes este pecado eles!" E, havendo dito isto, ele adormeceu. E Saul estava de acordo com farto colocando-o à morte. ( 7: 60-8: 1-A )

    A multidão derramou seu ódio por Estevão por apedrejá-lo sem piedade. Seu coração, ao contrário, foi preenchido apenas com amor por eles. Em meio às pedras que voam, Estevão caiu de joelhos eexclamou em alta voz: "Senhor, não imputes este pecado eles!" Como teve seu amado Senhor diante dele, Estevão pediu perdão de Deus, em nome de seus algozes. Ele estava orando para a sua salvação, uma vez que é a única maneira que Deus perdoa o pecado. A morte do profeta Zacarias, filho de Joiada, fornece uma comparação instrutiva. Segundo Crônicas 24: 20-22 descreve seu assassinato:

    Então o Espírito de Deus veio sobre Zacarias, filho do sacerdote Joiada; e ele estava em cima do povo e disse-lhes: "Assim, Deus disse: 'Por que você transgredir os mandamentos do Senhor, e não prosperar? Porquanto abandonastes o Senhor, Ele também se esqueceu de você." "Então, eles conspiraram contra ele e sob o comando do rei, eles apedrejaram até a morte no átrio da casa do Senhor. Assim o rei Joás não se lembrou da bondade que seu pai Jehoiada lhe havia mostrado, mas ele matou seu filho. E ele, como ele morreu, disse: "Que o Senhor veja e vingar!"
    Como Estevão, Zacarias foi injustamente condenado à morte. Ao contrário de Estevão, no entanto, a sua oração foi morrendo por justiça e vingança, não o perdão.

    Somente os cristãos podem amar como Estevão fez ", porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dada" ( Rm 5:5 ). O sono é uma bela maneira de descrever a morte de um crente. É indolor e temporário e leva um a partir da experiência de cansaço, trabalho e consciência de todos os problemas da vida com o frescor de um novo dia (cf. João 11:11-12 ; 1Co 11:301Co 11:30 ; 1Co 15:20 ; 1Ts 4:141Ts 4:14. ; 1Ts 5:10 ).

    Lucas fecha seu relato da vida de Estevão com uma nota muito importante. Ele nos lembra mais uma vez da presença de Saul, observando que Saul estava de acordo com a colocação farto Estevão à morte. Por sua própria confissão Saul era "o principal dos pecadores" com intenção homicida para todos os crentes em Jesus Cristo ( 13 54:1-15'>1 Tim. 1: 13— 15 ). Que ódio assassino era evidente aqui. Como já foi referido, a pregação ousada de Estêvão, e, especialmente, sua coragem calma e amor que perdoa em face da morte, profundamente afetado Saul como seu testemunho mais tarde, em At 22:20 reconhece.Da influência de Estevão veio Paulo, e de lidar com a morte Saul Deus fez Paulo, cujo evangelho, trazendo vida penetrou todo o mundo romano, sempre alterando o curso da história. Como Agostinho colocou, "Se Estevão não tivesse orado, a igreja não teria tido Paulo".

    Tanto na vida e na morte, Estevão era tão parecido com o seu Senhor. Jesus foi cheio do Espírito Santo, assim era Estevão. Jesus estava cheio de graça, assim era Estevão. Jesus corajosamente enfrentou o estabelecimento religioso de sua época, o mesmo que fizeram Estevão. Jesus foi condenado por mentir testemunhas, assim era Estevão. Jesus teve um julgamento simulado, assim fez Estevão. Jesus foi executado embora inocente de qualquer crime, assim era Estevão. Ambos foram acusados ​​de blasfêmia. Ambos morreram fora da cidade e foram enterrados por simpatizantes. E, como já observado, tanto orou pela salvação de seus algozes. Já houve um homem mais parecido com Jesus?


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Atos Capítulo 7 do versículo 1 até o 60

    Atos 7

    O homem que decidiu sair — At 7:1-7

    Como já vimos, o método defensivo de Estêvão foi tomar uma visão panorâmica da história judia. Em sua mente não havia meramente uma seqüência de eventos. Para ele cada pessoa e cada fato simbolizavam algo, eram em realidade um espécime e uma amostra das reações dos homens diante dos mandatos de Deus. Começou com Abraão, porque para os judeus a história começava com ele, na forma mais literal.
    Em Abraão, Estêvão vê três coisas.

    1. Foi um homem que respondeu à ordem: "Saí..." Como o autor de Hebreus estabelece, Abraão "saiu sem saber aonde ia" (He 11:8). Foi um homem de espírito aventureiro.

    Lesslie Newbigin, o ministro escocês que chegou a ser bispo na 1greja do Sul da Índia, conta-nos que quando tudo estava encaminhado rumo à união, viam-se sempre detidos por pessoas que queriam saber aonde se dirigiriam com tal ou qual passo. No final alguém teve que dizer a esses melindrosos: "Um cristão não tem direito a perguntar aonde vai".
    Para Estêvão o homem de Deus era aquele que obedecia os mandamentos divinos mesmo que não tivesse a menor idéia das conseqüências.

    1. Abraão era homem de fé. Não sabia aonde se dirigia, mas cria que sob a direção de Deus encontraria algo melhor. Embora não tivesse filhos, e quando, humanamente falando, parecia impossível que os tivesse, creu na promessa de que algum dia seus descendentes herdariam a terra que Deus lhes tinha prometido. Abraão era um homem que cria na veracidade das promessas de Deus.
    2. Era um homem que tinha esperança. Apesar de que nunca viu plenamente realizada a promessa, nunca duvidou de que se cumpriria. De modo que Estêvão apresenta a estes judeus um quadro da vida aventureira, sempre lista para responder ao mandato: "Sal...", que contrastava com o desejo deles de aferrar-se ao passado e não trocar nunca.

    LÁ NO EGITO

    Atos 7:8-16

    O quadro de Abraão é seguido pelo de José. A chave da vida de José está resumida em suas próprias palavras em Gn 50:20. Nesse momento seus irmãos temiam que, depois da morte de seu pai Jacó, José se vingaria deles pelo que lhe tinham feito. A resposta de José foi a seguinte: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem”. José foi um homem para quem o aparente desastre se converteu em triunfo. Foi vendido ao Egito como escravo, encarcerado injustamente, esquecido pelos homens que tinha ajudado; entretanto, chegou o dia em que se converteu no primeiro-ministro do Egito.

    Estêvão resume as características de José em duas palavras: Deus lhe deu graça e sabedoria.

    1. A palavra graça é bonita. Em seu significado mais simples expressa beleza física. Logo significa essa beleza de caráter que todos amam. Seu equivalente mais próximo é encanto. José tinha o encanto que tem sempre um homem realmente bom. Teria sido muito fácil para ele converter-se em um homem azedo, amargurado e desiludido. Mas José realizava fielmente todas as tarefas que lhe davam, e servia com igual devoção como escravo na prisão ou primeiro-ministro de um país. Foi primordialmente um homem que punha todo seu empenho em realizar o que suas mãos podiam fazer.
    2. Não há palavra mais difícil de definir que a palavra sabedoria. Significa muito mais que a mera inteligência, ou astúcia ou a compreensão intelectual da verdade. Mas a própria vida de José nos dá a chave do significado da palavra. Em essência, a sabedoria é a capacidade de ter uma perspectiva de longo alcance, de ver as coisas como Deus as vê. Mais uma vez se vê o contraste. Os judeus estavam perdidos na contemplação de seu passado e envoltos estaticamente nos labirintos de sua própria lei. Mas José era o homem que dava as boas-vindas a todas as tarefas novas, embora se tratasse de algo repulsivo; o homem que tinha uma perspectiva de longo alcance, que é a perspectiva da vida que Deus tem.

    O HOMEM QUE NUNCA ESQUECEU
    A SEUS IRMÃOS DE RAÇA

    Atos 7:17-36

    O próximo em aparecer em cena é Moisés. Para os judeus, Moisés estava por cima de todos os homens que tinham obedecido o mandato de Deus: "Sal..." Era literalmente o homem que tinha deixado um reino para responder ao chamado de Deus para ser o condutor de seu povo. Nossa história bíblica nos conta muito pouco dos primeiros dias de Moisés; mas os historiadores judeus tinham muito mais a relatar. Sabemos que Moisés foi encontrado pela filha de Faraó quando seus pais o tinham tirado de seu lar, e que ela o criou como se fosse seu próprio filho.
    Mas Josefo, o historiador judeu, conta-nos muito mais que isso. Segundo ele, Moisés era um menino tão bonito que quando a ama o levava em seus braços pelas ruas, as pessoas paravam para vê-lo. Era um menino tão brilhante que ganhava em todos em velocidade e afã com que estudava. Um dia a filha de Faraó o apresentou a seu pai e lhe pediu que o fizesse seu sucessor no trono do Egito. O Faraó concordou. Depois disto — continua a lenda — o Faraó tomou sua própria coroa e brincando a pôs sobre a cabeça do pequeno Moisés, ao que o menino respondeu tirando-a da cabeça, negando-se a levá-la posta e a jogou no chão. Um dos sábios egípcios que estava presente disse que esse era um sinal de que se não o matava imediatamente, esse menino estava destinado a trazer desastres à coroa do Egito. Mas a filha de Faraó tomou a Moisés em seus braços e persuadiu a seu pai de que não ouvisse a advertência. Quando Moisés cresceu se converteu em um dos maiores generais egípcios e dirigiu uma campanha vitoriosa na longínqua Etiópia, onde se casou com uma princesa do lugar.

    Ao considerar isto podemos nos dar conta do que Moisés deixou de lado. Em realidade deixou um reino para tirar seu povo ao deserto, para Deus, em uma grande aventura. Assim, pois, mais uma vez Estêvão fala do mesmo. O homem de grandeza não é um homem que como os judeus está preso a seu passado e ciumento de seus privilégios; o homem verdadeiramente grandioso é aquele que está preparado a responder ao chamado: "Sai..." e deixar toda a comodidade e tranqüilidade que tinha.

    UM POVO DESOBEDIENTE

    Atos 7:37-53

    Neste momento a dissertação de Estêvão se acelera. Todo o tempo esteve condenando por inferência a atitude dos judeus; e agora essas acusações implícitas se convertem em explícitas. Nesta seção que conclui sua defesa Estêvão entreteceu vários fios de seu pensamento.

    1. Insiste nas rebeliões contínuas e repetidas e na desobediência do povo. Nos dias de Moisés se rebelaram fabricando o bezerro de ouro. Nos tempos de Amós seus corações foram atrás de Moloque e dos deuses das estrelas. A referência ao Livro dos Profetas é o que chamamos Profetas Menores. A citação é em realidade de Amós 5:25— 27. É distinta de nossa versão devido a Estêvão citar da versão grega de Amós e não da hebraica.
    2. Insiste em que tiveram os privilégios mais surpreendentes. Receberam os profetas; o tabernáculo do testemunho, assim chamado porque nele se guardavam as tábuas da Lei; a Lei que lhes foi entregue pelos anjos. Duas coisas devem ficar lado a lado: havia contínuas rebeliões e desobediências e também privilégios contínuos. A pessoa quanto mais privilégios tem, maior é sua condenação se tomar o caminho equivocado. De modo que Estêvão insiste em que a condenação da nação judia é completa porque apesar do fato de haverem tido todas as oportunidades para agir melhor, eles se rebelaram contínua e conseqüentemente contra Deus.
    3. Estêvão insiste em que limitaram a Deus equivocadamente. O templo que deveria ter sido a bênção maior se converteu em sua maior maldição. Tinham chegado a adorar o templo em lugar de a Deus. Tinham terminado com um Deus judeu que vivia em Jerusalém em lugar de ter um Deus para todos os homens, cuja morada era todo o universo.
    4. Estêvão os acusa de terem açoitado continuamente os profetas; e logo chegamos à acusação máxima: ele os acusa de terem assassinado o próprio Filho de Deus. E notemos que Estêvão não os escusa com a desculpa de sua ignorância como o fez Pedro. Não é a ignorância, mas sim a desobediência rebelde a que os levou a cometer esse crime. Há ira nas palavras finais de Estêvão, mas também tristeza. Existe a ira do homem que vê que seu povo cometeu o mais terrível dos crimes; mas existe a tristeza do homem que vê que seu povo rechaçou o destino que Deus lhe ofereceu.

    O PRIMEIRO MÁRTIR

    Atos 7:54-60

    Uma dissertação como esta não podia ter outro final; Estêvão desafiou a morte e ela chegou. Mas Estêvão não viu as caras retorcidas de ira. Seu olhar tinha transpassado o tempo e viu Jesus à mão direita de Deus. Mas quando o disse, para eles só foi a maior das blasfêmias. A pena por blasfêmia, por falar mal de Deus, era morrer apedrejado (Dt 13:6 ss.). Devemos notar que não foi um juízo. Foi um linchamento, porque o Sinédrio não tinha direito de condenar ninguém à morte. O que matou a Estêvão foi uma explosão de ira cega e incontrolada.

    O método de lapidação era o seguinte. Levava-se a réu a uma certa altura e o despenhava. Esta era a obra das testemunhas. Se morria na queda, bem; se não, jogavam-se sobre ele grandes pedras até que finalmente morria.
    Há na cena certas coisas que devemos notar a respeito de Estêvão.

    1. Vemos o segredo de seu valor. Seu segredo era que além do que todos esses homens pudessem fazer com ele, via que à sua espera estavam as boas-vindas de seu Senhor. Via o martírio como a entrada ao trono de Cristo.
    2. Vemos Estêvão seguindo o exemplo de seu Senhor. Assim como Jesus orou pelo perdão dos que O executavam (Lc 23:34) Estêvão também o fez.

    Quando George Wishart ia ser executado, o verdugo duvidou. Wishart se aproximou e o beijou. "Vamos", disse, "eis aqui uma prova de que te perdôo." Toda a lição da história é que o homem que segue a Cristo até o fim, achará forças para fazer coisas que parecem humanamente impossíveis.

    1. Para Estêvão o terrível tumulto terminou em uma estranha paz. Dormiu. Chegou-lhe a paz que sobrevém ao homem que fez o que era certo embora tenha que morrer por isso.

    Notas de Estudos jw.org

    Disponível no site oficial das Testemunhas de Jeová
    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Atos Capítulo 7 versículo 51
    obstinados: Lit.: “de dura cerviz”. Esta é a única vez que a palavra grega usada aqui aparece nas Escrituras Gregas Cristãs, mas ela foi usada algumas vezes na Septuaginta para traduzir uma palavra hebraica com sentido parecido. — Veja as notas de rodapé em Ex 33:3-5; 34:9; Dt 9:6; Pv 29:1.

    incircuncisos no coração e nos ouvidos: Esta expressão vem das Escrituras Hebraicas. Ela é usada em sentido figurado para indicar que alguém é teimoso e não reage ao que é falado. (Lv 26:41, nota de rodapé; Jr 9:25-26; Ez 44:7-9) Por exemplo, em Jr 6:10, a expressão literal “seu ouvido é incircunciso” (nota de rodapé) foi traduzida como “eles estão com os ouvidos tapados”. Assim, corações e ouvidos que não reagem às orientações de Deus são chamados de incircuncisos.


    Dicionário

    Assim

    advérbio Deste modo, desta forma: assim caminha a humanidade.
    Igual a, semelhante a; do mesmo porte ou tamanho de: não me lembro de nenhum terremoto assim.
    Em que há excesso; em grande quantidade: havia gente assim!
    Do mesmo tamanho; desta altura: o meu filho já está assim.
    conjunção Portanto; em suma, assim sendo: você não estudou, assim não conseguiu passar no vestibular.
    Gramática Utilizado para dar continuidade ao discurso ou na mudança de pensamento: vou ao cinema amanhã; assim, se você quiser, podemos ir juntos.
    locução adverbial De valor concessivo-adversativo. Assim mesmo, mesmo assim ou ainda assim; apesar disso, todavia, entretanto: advertiram-no várias vezes, mesmo assim reincidiu.
    locução interjeição Assim seja. Queira Deus, amém; oxalá.
    expressão Assim ou assado. De uma maneira ou de outra.
    Assim que. Logo que: assim que ele chegar vamos embora!
    Assim como. Bem como; da mesma maneira que: os pais, assim como os filhos, também já foram crianças.
    Etimologia (origem da palavra assim). Do latim ad sic.

    Cerviz

    Cerviz Parte do animal que sofre um endurecimento por suportar um jugo. Jesus utiliza a dureza da cerviz para designar a obstinação e a incredulidade de alguns judeus de sua geração (Mt 18:6; Mc 9:42; Lc 15:20; 17,2).

    substantivo feminino A parte posterior do pescoço, a nuca; cachaço.
    Por Extensão Cabeça, pescoço.
    Dobrar a cerviz, submeter-se aos poderosos, à escravização; humilhar-se.

    Cerviz Parte posterior do pescoço. “Endurecer a cerviz” é “ser desobediente, rebelde” (Ne 9:29); (At 7:51).

    A parte posterior do pescoço; nuca

    Como

    assim como, do mesmo modo que..., tal qual, de que modo, segundo, conforme. – A maior parte destas palavras podem entrar em mais de uma categoria gramatical. – Como significa – “de que modo, deste modo, desta forma”; e também – “à vista disso”, ou – “do modo que”. Em regra, como exprime relação comparativa; isto é – emprega-se quando se compara o que se vai afirmar com aquilo que já se afirmou; ou aquilo que se quer, que se propõe ou se deseja, com aquilo que em mente se tem. Exemplos valem mais que definições: – Como cumprires o teu dever, assim terás o teu destino. – O verdadeiro Deus tanto se vê de dia, como de noite (Vieira). – Falou como um grande orador. – Irei pela vida como ele foi. – Assim como equivale a – “do mesmo modo, de igual maneira que”... Assim como se vai, voltar-se-á. Assim como o sr. pede não é fácil. Digo-lhe que assim como se perde também se ganha. Destas frases se vê que entre como e assim como não há diferença perceptível, a não ser a maior força com que assim como explica melhor e acentua a comparação. – Nas mesmas condições está a locução – do mesmo modo que... Entre estas duas formas: “Como te portares comigo, assim me portarei eu contigo”; “Do mesmo modo que te portares comigo, assim (ou assim mesmo) me portarei contigo” – só se poderia notar a diferença que consiste na intensidade com que aquele mesmo modo enuncia e frisa, por assim dizer, a comparação. E tanto é assim que em muitos casos 290 Rocha Pombo não se usaria da locução; nestes, por exemplo: “Aqueles olhos brilham como estrelas”; “A menina tem no semblante uma serenidade como a dos anjos”. “Vejo aquela claridade como de um sol que vem”. – Tal qual significa – “de igual modo, exatamente da mesma forma ou maneira”: “Ele procedeu tal qual nós procederíamos” (isto é – procedeu como nós rigorosamente procederíamos). Esta locução pode ser também empregada como adjetiva: “Restituiu-me os livros tais quais os levara”. “Os termos em que me falas são tais quais tenho ouvido a outros”. – De que modo é locução que equivale perfeitamente a como: “De que modo quer o sr. que eu arranje o gabinete?” (ou: Como quer o sr. que eu arranje...). – Segundo e conforme, em muitos casos equivalem também a como: “Farei conforme o sr. mandar” (ou: como o sr. mandar). “Procederei segundo me convier” (ou: como me convier).

    como adv. 1. De que modo. 2. Quanto, quão. 3. A que preço, a quanto. Conj. 1. Do mesmo modo que. 2. Logo que, quando, assim que. 3. Porque. 4. Na qualidade de: Ele veio como emissário. 5. Porquanto, visto que. 6. Se, uma vez que. C. quê, incomparavelmente; em grande quantidade: Tem chovido como quê. C. quer, loc. adv.: possivelmente. C. quer que, loc. conj.: do modo como, tal como.

    Coração

    substantivo masculino Órgão torácico, oco e muscular, que funciona como o motor central da circulação do sangue.
    Figurado Parte anterior do peito em que se sente as pulsações cardíacas.
    Objeto com a forma estilizada desse órgão: corrente um coração de prata.
    Figurado Conjunto das faculdades emocionais; sede da afetividade; caráter, índole: tem um bom coração.
    Figurado O que se traz na memória: trago seu nome gravado em meu coração.
    Figurado Demonstração de afeição; amor: conquistaste meu coração.
    Figurado Parte central de alguma coisa; objeto situado no centro: sua casa fica no coração da cidade.
    expressão Coração duro. Coração de pedra; pessoa sem sentimentos.
    Coração de leão. Grande coragem.
    Coração mole. Predisposição para se comover ou se emocionar.
    Coração de ouro. Generosidade, grande bondade.
    Abrir o coração. Fazer confidências.
    Cortar o coração. Causar grande dor ou constrangimento.
    Com o coração nas mãos. Com toda a sinceridade.
    De coração ou de todo o coração. Com o máximo de empenho; com toda a boa vontade; com toda a sinceridade.
    Sem coração. Diz-se da pessoa insensível.
    [Medicina] Coração de atleta. Hipertrofia do coração por excesso de exercício.
    [Medicina] Coração artificial. Aparelho destinado a assegurar a circulação do sangue, quando necessário isolar do circuito sanguíneo do coração natural, para uma intervenção cirúrgica.
    Etimologia (origem da palavra coração). Pelo espanhol corazón.

    os hebreus empregavam esta palavra no sentido de ser a sede de toda a vida mental – inteligência, vontade e emoção (Ez 13:2os 7:11Lc 8:15At 16:14).

    [...] O coração, por exemplo, é o recanto por onde flui o calor suave e generoso das boas impressões que ele guarda acerca da vida e das esperanças por tempos melhores. É o espaço interior propício a que se realize sua capacidade de acolher em plenitude a lei do Amor e suas manifestações.
    Referencia: ABRANCHES, Carlos Augusto• Vozes do Espírito• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O coração é o meu templo

    [...] O coração é o terreno que mais deveremos cultivar, pois é dele que nascem as forças de nossa vida. [...]
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    Espontaneidade do sentimento nos nossos atos, nas idéias e em sua expressão.
    Referencia: DELANNE, Gabriel• O fenômeno espírita: testemunho dos sábios• Traduzido da 5a ed• francesa por Francisco Raymundo Ewerton Quadros• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mediunidades diversas

    [...] o coração é mais do que a bomba que impulsiona o sangue por todo o organismo. Sendo o órgão fisiológico mais resistente que se conhece no ser pensante, porquanto começa a pulsar a partir do vigésimo quinto dia de vida do feto, continua em ação palpitando cem mil vezes diariamente, no que resultam quarenta milhões de vezes por ano, e quando cessa a vida se desorganiza, advindo a morte dos equipamentos orgânicos com a sua conseqüente degenerescência. A pouco e pouco, alguns cientistas dão-se conta de que ele é portador de uma energia vital, que o mantém e o impulsiona ininterruptamente. Essa energia seria permutável, podendo ser intercambiada com outros indivíduos que se beneficiariam ou não, conforme o teor de que se constitua, positiva ou negativa, cálida ou fria, estimuladora ou indiferente. Seguindo essa linha de raciocínio, estão concluindo que esse órgão é portador da faculdade de pensar, tornando afirmativa a tradicional voz do coração a que se referem poetas, escritores, artistas, amantes e... Jesus.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Cérebro e coração

    Nosso coração é um templo que o Senhor edificou, a fim de habitar conosco para sempre.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18


    Coração
    1) Órgão que bombeia o sangue (Ex 28:29).

    2) Em sentido figurado, o coração é a sede do intelecto (Gn 6:5), dos sentimentos (1Sm 1:8) e da vontade (Sl 119:2).

    Coração Nos evangelhos, a palavra tem um conteúdo simbólico, servindo para designar os sentimentos (Jo 16:6.22), o íntimo da personalidade (Mt 15:8; Mc 7:6), a origem do pensamento (Mc 2:6.8; Lc 3:15) e do entendimento (Lc 24:25). Também em sentido figurado, afirma-se que o coração é o lugar das decisões morais (Mt 22:37; Mc 12:30; Lc 10:27) e, por isso, onde se opta pela fé e se acolhe Jesus (Lc 24:32) ou ainda onde acontece a incredulidade (Mc 6:52). Quem decidiu seguir Jesus tem um coração puro (Mt 5:8) e nele reina a paz (Jo 14:1.27).

    Do latim cor, cordis, que significa “coração” ou “órgão que bombeia o sangue para o corpo”.

    Dura

    substantivo feminino Característica do que se conserva ou permanece por um longo período de tempo; duração: briga de pouca dura.
    Etimologia (origem da palavra dura). Forma regressiva de durar.
    substantivo feminino [Gíria] Ação ou efeito de endurecer, de se tornar duro, inflexível, de repreender com intensidade; crítica, reprimenda: deu uma dura no filho!
    expressão Dar uma dura. Chamar a atenção de alguém em relação a alguma coisa, especialmente um comportamento reprovável.
    Etimologia (origem da palavra dura). Feminino de duro.

    Era um lugar na província de Babilônia, que dava o seu nome à planície que o rodeava, sendo aqui onde o rei Nabucodonosor mandou levantar a imagem de ouro (Dn 3:1). Dura tem sido identificado com o terreno plano de Dowair ou Duair, ao sudeste de Babilônia, onde foi descoberto o pedestal de uma colossal estátua.

    Espírito

    Pela sua essência espiritual, o Espírito é um ser indefinido, abstrato, que não pode ter ação direta sobre a matéria, sendo-lhe indispensável um intermediário, que é o envoltório fluídico, o qual, de certo modo, faz parte integrante dele. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 11, it• 17

    O Espírito mais não é do que a alma sobrevivente ao corpo; é o ser principal, pois que não morre, ao passo que o corpo é simples acessório sujeito à destruição. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 13, it• 4

    [...] Espíritos que povoam o espaço são seus ministros [de Deus], encarregados de atender aos pormenores, dentro de atribuições que correspondem ao grau de adiantamento que tenham alcançado.
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18, it• 3

    [...] Os Espíritos são os que são e nós não podemos alterar a ordem das coisas. Como nem todos são perfeitos, não aceitamos suas palavras senão com reservas e jamais com a credulidade infantil. Julgamos, comparamos, tiramos conseqüências de nossas observações e os seus próprios erros constituem ensinamentos para nós, pois não renunciamos ao nosso discernimento.
    Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    Os Espíritos podem dividir-se em duas categorias: os que, chegados ao ponto mais elevado da escala, deixaram definitivamente os mundos materiais, e os que, pela lei da reencarnação, ainda pertencem ao turbilhão da Humanidade terrena. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19

    [...] um Espírito pode ser muito bom, sem ser um apreciador infalível de todas as coisas. Nem todo bom soldado é, necessariamente, um bom general.
    Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21

    O Espírito não é, pois, um ser abstrato, indefinido, só possível de conceber-se pelo pensamento. É um ser real, circunscrito que, em certos casos, se torna apreciável pela vista, pelo ouvido e pelo tato.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•

    O princípio inteligente do Universo.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 23

    [...] Os Espíritos são a individualização do princípio inteligente, como os corpos são a individualização do princípio material. A época e o modo por que essa formação se operou é que são desconhecidos.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 79

    [...] os Espíritos são uma das potências da Natureza e os instrumentos de que Deus se serve para execução de seus desígnios providenciais. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 87

    [...] alma dos que viveram corporalmente, aos quais a morte arrebatou o grosseiro invólucro visível, deixando-lhes apenas um envoltório etéreo, invisível no seu estado normal. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 9

    [...] não é uma abstração, é um ser definido, limitado e circunscrito. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 53

    Hão dito que o Espírito é uma chama, uma centelha. Isto se deve entender com relação ao Espírito propriamente dito, como princípio intelectual e moral, a que se não poderia atribuir forma determinada. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 55

    Espírito – No sentido especial da Doutrina Espírita, os Espíritos são os seres inteligentes da criação, que povoam o Universo, fora do mundo material, e constituem o mundo invisível. Não são seres oriundos de uma criação especial, porém, as almas dos que viveram na Terra, ou nas outras esferas, e que deixaram o invólucro corporal.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

    E E EA alma ou Espírito, princípio inteligente em que residem o pensamento, a vontade e o senso moral [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 10

    [...] a alma e o perispírito separados do corpo constituem o ser chamado Espírito.
    Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 14

    Os Espíritos não são, portanto, entes abstratos, vagos e indefinidos, mas seres concretos e circunscritos, aos quais só falta serem visíveis para se assemelharem aos humanos; donde se segue que se, em dado momento, pudesse ser levantado o véu que no-los esconde, eles formariam uma população, cercando-nos por toda parte.
    Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 16

    Há no homem um princípio inteligente a que se chama alma ou espírito, independente da matéria, e que lhe dá o senso moral e a faculdade de pensar.
    Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, Profissão de fé espírita raciocinada

    Os Espíritos são os agentes da potência divina; constituem a força inteligente da Natureza e concorrem para a execução dos desígnios do Criador, tendo em vista a manutenção da harmonia geral do Universo e das leis imutáveis que regem a criação.
    Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, Profissão de fé espírita raciocinada

    [...] Uma mônada – um centro de força e de consciência em um grau superior de desenvolvimento, ou então, uma entidade individual dotada de inteligên cia e de vontade – eis a única definição que poderíamos arriscar-nos a dar da concepção de um Espírito. [...]
    Referencia: AKSAKOF, Alexandre• Animismo e Espiritismo• Trad• do Dr• C• S• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• 2 v• - v• 2, cap• 4

    [...] é o modelador, o artífice do corpo.
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, Comunicações ou ensinos dos Espíritos

    [...] ser livre, dono de vontade própria e que não se submete, como qualquer cobaia inconsciente, aos caprichos e exigências de certos pesquisadores ainda mal qualificados eticamente, embora altamente dotados do ponto de vista cultural e intelectual.
    Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 14

    O Espírito, essência divina, imortal, é o princípio intelectual, imaterial, individualizado, que sobrevive à desagregação da matéria. É dotado de razão, consciência, livre-arbítrio e responsabilidade.
    Referencia: BARBOSA, Pedro Franco• Espiritismo básico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - pt• 2, Postulados e ensinamentos

    [...] causa da consciência, da inteligência e da vontade [...].
    Referencia: BODIER, Paul• A granja do silêncio: documentos póstumos de um doutor em Medicina relativos a um caso de reencarnação• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Apêndice

    [...] um ser individualizado, revestido de uma substância quintessenciada, que, apesar de imperceptível aos nossos sentidos grosseiros, é passível de, enquanto encarnado, ser afetado pelas enfermidades ou pelos traumatismos orgânicos, mas que, por outro lado, também afeta o indumento (soma) de que se serve durante a existência humana, ocasionando-lhe, com suas emoções, distúrbios funcionais e até mesmo lesões graves, como o atesta a Psiquiatria moderna ao fazer Medicina psicossomática.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - As Leis Divinas

    [...] depositário da vida, dos sentimentos e das responsabilidades que Deus lhe outorgou [...].
    Referencia: CASTRO, Almerindo Martins de• O martírio dos suicidas: seus sofrimentos inenarráveis• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• -

    [...] a alma ou o espírito é alguma coisa que pensa, sente e quer [...].
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A alma é imortal• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - pt• 1, cap• 1

    O estudo do Espírito tem de ser feito, portanto, abrangendo os seus dois aspectos: um, ativo, que é o da alma propriamente dita, ou seja, o que em nós sente, pensa, quer e, sem o qual nada existiria; outro, passivo – o do perispírito, inconsciente, almoxarifado espiritual, guardião inalterável de todos os conhecimentos intelectuais, tanto quanto conservador das leis orgânicas que regem o corpo físico.
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    [...] O que caracteriza essencialmente o espírito é a consciência, isto é, o eu, mediante o qual ele se distingue do que não está nele, isto é, da matéria. [...]
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    [...] é o ser principal, o ser racional e inteligente [...].
    Referencia: DELANNE, Gabriel• O fenômeno espírita: testemunho dos sábios• Traduzido da 5a ed• francesa por Francisco Raymundo Ewerton Quadros• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 4

    Chamamos Espírito à alma revestida do seu corpo fluídico. A alma é o centro de vida do perispírito, como este é o centro da vida do organismo físico. Ela que sente, pensa e quer; o corpo físico constitui, com o corpo fluídico, o duplo organismo por cujo intermédio ela [a alma] atua no mundo da matéria.
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

    [...] O espírito não é, pois, nem um anjo glorificado, nem um duende condenado, mas sim a própria pessoa que daqui se foi, conservando a força ou a fraqueza, a sabedoria ou a loucura, que lhe eram peculiares, exatamente como conserva a aparência corpórea que tinha.
    Referencia: DOYLE, Arthur Conan• A nova revelação• Trad• da 6a ed• inglesa por Guillon Ribeiro; traços biográficos do autor por Indalício Mendes• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

    O Espírito [...] é a causa de todos os fenômenos que se manifestam na existência física, emocional e psíquica. Viajor de incontáveis etapas no carreiro da evolução, armazena informações e experiências que são transferidas para os respectivos equipamentos fisiológicos – em cada reencarnação – produzindo tecidos e mecanismos resistentes ou não a determinados processos degenerativos, por cujo meio repara as condutas que se permitiram na experiência anterior. [...] Da mesma forma que o Espírito é o gerador das doenças, torna-se o criador da saúde, especialmente quando voltado para os compromissos que regem o Cosmo.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

    O Espírito, através do cérebro e pelo coração, nos respectivos chakras coronário, cerebral e cardíaco, emite as energias – ondas mentais carregadas ou não de amor e de compaixão – que é registrada pelo corpo intermediário e transformada em partículas que são absorvidas pelo corpo, nele produzindo os resultados compatíveis com a qualidade da emissão.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

    O Espírito, em si mesmo, esse agente fecundo da vida e seu experimentador, esE E Etabelece, de forma consciente ou não, o que aspira e como consegui-lo, utilizando-se do conhecimento de si mesmo, único processo realmente válido para os resultados felizes.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O sofrimento

    O Espírito, igualmente, é também uma energia universal, que foi gerado por Deus como todas as outras existentes, sendo porém dotado de pensamento, sendo um princípio inteligente, enquanto que todos os demais são extáticos, mecânicos, repetindo-se ininterruptamente desde o primeiro movimento até o jamais derradeiro...
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Consciência

    Individualidades inteligentes, incorpóreas, que povoam o Universo, criadas por Deus, independentes da matéria. Prescindindo do mundo corporal, agem sobre ele e, corporificando-se através da carne, recebem estímulos, transmitindo impressões, em intercâmbio expressivo e contínuo. São de todos os tempos, desde que a Criação sendo infinita, sempre existiram e jamais cessarão. Constituem os seres que habitam tudo, no Cosmo, tornando-se uma das potências da Natureza e atuam na Obra Divina como coopera-dores, do que resulta a própria evolução e aperfeiçoamento intérmino. [...] Indestrutíveis, jamais terão fim, não obstante possuindo princípio, quando a Excelsa Vontade os criou.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - cap• 3

    O Espírito é a soma das suas vidas pregressas.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - cap• 17

    [...] Todos somos a soma das experiências adquiridas numa como noutra condição, em países diferentes e grupos sociais nos quais estagiamos ao longo dos milênios que nos pesam sobre os ombros. [...]
    Referencia: FREIRE, Antônio J• Ciência e Espiritismo: da sabedoria antiga à época contemporânea• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

    [...] O Espírito é tudo aquilo quanto anseia e produz, num somatório de experiências e realizações que lhe constituem a estrutura íntima da evolução.
    Referencia: FREIRE, Antônio J• Ciência e Espiritismo: da sabedoria antiga à época contemporânea• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25

    Herdeiro do passado, o espírito é jornaleiro dos caminhos da redenção impostergável.
    Referencia: GAMA, Zilda• Do calvário ao infinito• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - L• 3, cap• 8

    O Espírito é o engenheiro da maquinaria fisiopsíquica de que se vai utilizar na jornada humana.
    Referencia: GAMA, Zilda• Redenção: novela mediúnica• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Tendências, aptidões e reminiscências

    [...] O ser real e primitivo é o Espírito [...].
    Referencia: GAMA, Zilda• Redenção: novela mediúnica• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Suicídio sem dor

    Porque os Espíritos são as almas dos homens com as suas qualidades e imperfeições [...].
    Referencia: GAMA, Zilda• Redenção: novela mediúnica• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Calvário de luz

    [...] O Espírito – consciência eterna – traz em si mesmo a recordação indelével das suas encarnações anteriores. [...]
    Referencia: GURJÃO, Areolino• Expiação• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - A doutrina do hindu

    [...] princípio inteligente que pensa, que quer, que discerne o bem do mal e que, por ser indivisível, imperecível se conserva. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 9a efusão

    [...] Só o Espírito constitui a nossa individualidade permanente. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 37a efusão

    [...] é o único detentor de todas as potencialidades e arquivos de sua individualidade espiritual [...].
    Referencia: MELO, Jacob• O passe: seu estudo, suas técnicas, sua prática• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 4

    Em verdade, cada espírito é qual complexa usina integrante de vasta rede de outras inúmeras usinas, cujo conjunto se auto-sustenta, como um sistema autônomo, a equilibrar-se no infinito mar da evolução.
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Universo e vida• Pelo Espírito Áureo• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    [...] O que vale dizer, ser o Espírito o Élan Vital que se responsabiliza pela onda morfogenética da espécie a que pertence. Entendemos como espírito, ou zona inconsciente, a conjuntura energética que comandaria a arquitetura física através das telas sensíveis dos núcleos celulares. O espírito representaria o campo organizador biológico, encontrando nas estruturas da glândula pineal os seus pontos mais eficientes de manifestações. [...]
    Referencia: SANTOS, Jorge Andréa dos• Forças sexuais da alma• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Introd•

    O nosso Espírito será o resultado de um imenso desfile pelos reinos da Natureza, iniciando-se nas experiências mais simples, na escala mineral, adquirindo sensibilidade (irritabilidade celular) no mundo vegetal, desenvolvendo instintos, nas amplas variedades das espécies animais, e a razão, com o despertar da consciência, na família hominal, onde os núcleos instintivos se vão maturando e burilando, de modo a revelar novos potenciais. [...]
    Referencia: SANTOS, Jorge Andréa dos• Visão espírita nas distonias mentais• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 3

    [...] A verdadeira etimologia da palavra espírito (spiritus, sopro) representa uma coisa que ocupa espaço, apesar de, pela sua rarefação, tornar-se invisível. Há, porém, ainda uma confusão no emprego dessa palavra, pois que ela é aplicada por diferentes pensadores, não só para exprimir a forma orgânica espiritual com seus elementos constitutivos, como também a sua essência íntima que conhece e pensa, à qual chamamos alma e os franceses espírito.
    Referencia: SARGENT, Epes• Bases científicas do Espiritismo• Traduzido da 6a ed• inglesa por F• R• Ewerton Quadros• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 1

    O Espírito, em sua origem, como essência espiritual e princípio de inteligência, se forma da quintessência dos fluidos que no seu conjunto constituem o que chamamos – o todo universal e que as irradiações divinas animam, para lhes dar o ser e compor os germes de toda a criação, da criação de todos os mundos, de todos os reinos da Natureza, de todas as criaturas, assim no estado material, como também no estado fluídico. Tudo se origina desses germes fecundados pela Divindade e progride para a harmonia universal.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    [...] a essência da vida é o espírito [...].
    Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - O Espiritismo e a mulher

    O Espírito humano é a obra-prima, a suprema criação de Deus.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Equação da felicidade

    [...] Somos almas, usando a vestimenta da carne, em trânsito para uma vida maior. [...] somos um templo vivo em construção, através de cujos altares se E E Eexpressará no Infinito a grandeza divina. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 2

    Figuradamente, o espírito humano é um pescador dos valores evolutivos, na escola regeneradora da Terra. A posição de cada qual é o barco. Em cada novo dia, o homem se levanta com a sua “rede” de interesses. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 21

    Somos uma grande família no Lar do Evangelho e, embora separados nas linhas vibratórias do Espaço, prosseguimos juntos no tempo, buscando a suprema identificação com o Cristo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada espírito é um continente vivo no plano universal.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Reflexões

    [...] o espírito é a obra-prima do Universo, em árduo burilamento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Evolução e livre-arbítrio

    [...] Sendo cada um de nós uma força inteligente, detendo faculdades criadoras e atuando no Universo, estaremos sempre engendrando agentes psicológicos, através da energia mental, exteriorizando o pensamento e com ele improvisando causas positivas, cujos efeitos podem ser próximos ou remotos sobre o ponto de origem. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

    [...] Cada espírito é um elo importante em extensa região da corrente humana. Quanto mais crescemos em conhecimentos e aptidões, amor e autoridade, maior é o âmbito de nossas ligações na esfera geral. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

    Somos, cada qual de nós, um ímã de elevada potência ou um centro de vida inteligente, atraindo forças que se harmonizam com as nossas e delas constituindo nosso domicílio espiritual.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18

    [...] Somos diamantes brutos, revestidos pelo duro cascalho de nossas milenárias imperfeições, localizados pela magnanimidade do Senhor na ourivesaria da Terra. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19

    Cada Espírito é um mundo onde o Cristo deve nascer...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 37

    [...] gema preciosa e eterna dos tesouros de Deus [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Nosso “eu”

    Cada Espírito é um mundo vivo com movimento próprio, atendendo às causas que criou para si mesmo, no curso do tempo, gravitando em torno da Lei Eterna que rege a vida cósmica.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

    O Espírito, encarnado ou desencarnado, na essência, pode ser comparado a um dínamo complexo, em que se verifica a transubstanciação do trabalho psicofísico em forças mentoeletromagnéticas, forças essas que guardam consigo, no laboratório das células em que circulam e se harmonizam, a propriedade de agentes emissores e receptores, conservadores e regeneradores de energia. Para que nos façamos mais simplesmente compreendidos, imaginemo-lo como sendo um dínamo gerador, indutor, transformador e coletor, ao mesmo tem po, com capacidade de assimilar correntes contínuas de força e exteriorizá-las simultaneamente.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Mecanismos da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 5

    O espírito é um monumento vivo de Deus – o Criador Amorável. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 12


    Espírito Ver Alma.

    Espírito
    1) A parte não-material, racional e inteligente do ser humano (Gn 45:27; Rm 8:16).


    2) A essência da natureza divina (Jo 4:24).


    3) Ser não-material maligno que prejudica as pessoas (Mt 12:45).


    4) Ser não-material bondoso que ajuda as pessoas (Hc 1:14;
    v. ANJO).


    5) Princípio que norteia as pessoas (2Co 4:13; Fp 1:17).


    6) ESPÍRITO SANTO (Gl 3:5).


    Veja Espírito Santo.


    Ao passo que o termo hebraico nephesh – traduzido como alma – denota individualidade ou personalidade, o termo hebraico ruach, encontrado no Antigo Testamento, e que aparece traduzido como espírito, refere-se à energizante centelha de vida que é essencial à existência de um indivíduo. É um termo que representa a energia divina, ou princípio vital, que anima os seres humanos. O ruach do homem abandona o corpo por ocasião da morte (Sl 146:4) e retorna a Deus (Ec 12:7; cf. 34:14).

    O equivalente neotestamentário de ruach é pneuma, ‘espírito’, proveniente de pneo, ‘soprar’ ou ‘respirar’. Tal como ocorre com ruach, pneuma é devolvida ao Senhor por ocasião da morte (Lc 23:46; At 7:59). Não há coisa alguma inerente à palavra pneuma que possa denotar uma entidade capaz de existência consciente separada do corpo.


    substantivo masculino Princípio imaterial, alma.
    Substância incorpórea e inteligente.
    Entidade sobrenatural: os anjos e os demónios.
    Ser imaginário: duendes, gnomos, etc.
    Pessoa dotada de inteligência superior.
    Essência, ideia predominante.
    Sentido, significação.
    Inteligência.
    Humor, graça, engenho: homem de espírito.
    Etimologia (origem da palavra espírito). Do latim spiritus.

    Homens

    masc. pl. de homem

    ho·mem
    (latim homo, -inis)
    nome masculino

    1. [Biologia] Mamífero primata, bípede, do género Homo, em particular da espécie Homo sapiens, que se caracteriza pela postura erecta, mãos preênseis, inteligência superior, capacidade de fala e que é considerado o tipo do género humano (ex.: o aparecimento do homem na Terra ocorreu há milhares de anos).

    2. Humanidade; espécie humana (ex.: desastres ambientais causados pelo homem; a guerra é própria do homem). (Também se escreve com maiúscula inicial.)

    3. Ser humano do sexo masculino ou do género masculino (ex.: só teve filhos homens; o homem pode produzir espermatozóides a partir da puberdade; homem transgénero).

    5. Pessoa do sexo ou género masculino depois da adolescência (ex.: está um bonito homem). = HOMEM-FEITO

    6. Pessoa do sexo ou género masculino casada com outra pessoa, em relação a esta (ex.: o homem divorciou-se da mulher). = CÔNJUGE, ESPOSO, MARIDO

    7. Pessoa do sexo ou género masculino com quem se mantém uma relação sentimental e/ou sexual (ex.: conheci o meu homem na universidade e estamos juntos até hoje). = COMPANHEIRO, PARCEIRO

    8. Conjunto das pessoas do sexo ou género masculino (ex.: estudo revela que o suicídio é mais violento no homem do que na mulher; que representações sociais se fazem do homem na publicidade?).

    9. Pessoa que faz parte de uma equipa ao serviço de alguém ou de alguma instituição (ex.: os bombeiros têm cerca de 100 homens no terreno; prevê-se o envio de mais homens para controlar a situação na fronteira). (Mais usado no plural.)

    adjectivo de dois géneros
    adjetivo de dois géneros

    10. Que tem qualidades ou atributos considerados tipicamente masculinos (ex.: ele é muito homem).


    abominável homem das neves
    Criatura lendária dos Himalaias, peluda e de formas humanas. = YETI

    de homem para homem
    Entre homens, com sinceridade e de modo directo (ex.: conversar de homem para homem; diálogo de homem para homem).

    homem de armas
    Figurado Aquele que é corajoso, destemido, que enfrenta com força e ânimo as adversidades (ex.: o avô era um homem de armas e desistir não era opção). = LUTADOR

    Antigo Guerreiro, soldado (ex.: os besteiros e os homens de armas defenderam o castelo).

    homem de Deus
    Figurado O que é bondoso, piedoso.

    [Informal, Figurado] Locução, usada geralmente de forma vocativa, para exprimir impaciência ou espanto (ex.: quem é que fez isso, homem de Deus?).

    homem de Estado
    [Política] Aquele que governa com competência, empenho e conhecimento dos assuntos políticos (ex.: o arquivo documenta a vida de um dos maiores homens de Estado). = ESTADISTA

    homem de lei(s)
    Aquele que é especialista em leis. = ADVOGADO, LEGISTA

    homem de letras
    Literato, escritor.

    homem de mão
    Pessoa que está a serviço de outrem, geralmente para executar tarefas ilegais ou duvidosas (ex.: a investigação descobriu vários homens de mão do banqueiro agora acusado).

    homem de Neandertal
    [Antropologia] Primata antropóide do paleolítico médio, que surgiu na Europa e na Ásia, caracterizado por grande volume cerebral. = NEANDERTAL

    homem de negócios
    Aquele que se dedica profissionalmente a actividades empresariais ou comerciais, gerindo o seu negócio ou o de outrem. = EMPRESÁRIO

    homem de palha
    [Depreciativo] Homem fraco ou sem préstimo, física ou moralmente.

    homem de partido
    [Política] Aquele que participa activamente na vida e nas decisões do grupo político a que pertence (ex.: militante desde jovem, é um homem de partido há várias décadas).

    homem de pé
    Peão.

    homem público
    Aquele que desempenha funções de interesse público, sobretudo na política ou na administração de um Estado ou de um país (ex.: fez carreira como homem público).

    Plural: homens.

    masc. pl. de homem

    ho·mem
    (latim homo, -inis)
    nome masculino

    1. [Biologia] Mamífero primata, bípede, do género Homo, em particular da espécie Homo sapiens, que se caracteriza pela postura erecta, mãos preênseis, inteligência superior, capacidade de fala e que é considerado o tipo do género humano (ex.: o aparecimento do homem na Terra ocorreu há milhares de anos).

    2. Humanidade; espécie humana (ex.: desastres ambientais causados pelo homem; a guerra é própria do homem). (Também se escreve com maiúscula inicial.)

    3. Ser humano do sexo masculino ou do género masculino (ex.: só teve filhos homens; o homem pode produzir espermatozóides a partir da puberdade; homem transgénero).

    5. Pessoa do sexo ou género masculino depois da adolescência (ex.: está um bonito homem). = HOMEM-FEITO

    6. Pessoa do sexo ou género masculino casada com outra pessoa, em relação a esta (ex.: o homem divorciou-se da mulher). = CÔNJUGE, ESPOSO, MARIDO

    7. Pessoa do sexo ou género masculino com quem se mantém uma relação sentimental e/ou sexual (ex.: conheci o meu homem na universidade e estamos juntos até hoje). = COMPANHEIRO, PARCEIRO

    8. Conjunto das pessoas do sexo ou género masculino (ex.: estudo revela que o suicídio é mais violento no homem do que na mulher; que representações sociais se fazem do homem na publicidade?).

    9. Pessoa que faz parte de uma equipa ao serviço de alguém ou de alguma instituição (ex.: os bombeiros têm cerca de 100 homens no terreno; prevê-se o envio de mais homens para controlar a situação na fronteira). (Mais usado no plural.)

    adjectivo de dois géneros
    adjetivo de dois géneros

    10. Que tem qualidades ou atributos considerados tipicamente masculinos (ex.: ele é muito homem).


    abominável homem das neves
    Criatura lendária dos Himalaias, peluda e de formas humanas. = YETI

    de homem para homem
    Entre homens, com sinceridade e de modo directo (ex.: conversar de homem para homem; diálogo de homem para homem).

    homem de armas
    Figurado Aquele que é corajoso, destemido, que enfrenta com força e ânimo as adversidades (ex.: o avô era um homem de armas e desistir não era opção). = LUTADOR

    Antigo Guerreiro, soldado (ex.: os besteiros e os homens de armas defenderam o castelo).

    homem de Deus
    Figurado O que é bondoso, piedoso.

    [Informal, Figurado] Locução, usada geralmente de forma vocativa, para exprimir impaciência ou espanto (ex.: quem é que fez isso, homem de Deus?).

    homem de Estado
    [Política] Aquele que governa com competência, empenho e conhecimento dos assuntos políticos (ex.: o arquivo documenta a vida de um dos maiores homens de Estado). = ESTADISTA

    homem de lei(s)
    Aquele que é especialista em leis. = ADVOGADO, LEGISTA

    homem de letras
    Literato, escritor.

    homem de mão
    Pessoa que está a serviço de outrem, geralmente para executar tarefas ilegais ou duvidosas (ex.: a investigação descobriu vários homens de mão do banqueiro agora acusado).

    homem de Neandertal
    [Antropologia] Primata antropóide do paleolítico médio, que surgiu na Europa e na Ásia, caracterizado por grande volume cerebral. = NEANDERTAL

    homem de negócios
    Aquele que se dedica profissionalmente a actividades empresariais ou comerciais, gerindo o seu negócio ou o de outrem. = EMPRESÁRIO

    homem de palha
    [Depreciativo] Homem fraco ou sem préstimo, física ou moralmente.

    homem de partido
    [Política] Aquele que participa activamente na vida e nas decisões do grupo político a que pertence (ex.: militante desde jovem, é um homem de partido há várias décadas).

    homem de pé
    Peão.

    homem público
    Aquele que desempenha funções de interesse público, sobretudo na política ou na administração de um Estado ou de um país (ex.: fez carreira como homem público).

    Plural: homens.

    Ouvido

    substantivo masculino Sentido pelo qual se percebem os sons; sentido da audição.
    [Anatomia] Antigo órgão da audição, atualmente denominado por orelha.
    [Música] Abertura no tampo dos instrumentos de corda ou orifício nos instrumentos de palheta.
    [Música] Facilidade de fixar na memória peças musicais, ou de distinguir qualquer falta de afinação.
    [Militar] Orifício usado para colocar pólvora em armas de fogo e de artilharia.
    adjetivo Que se conseguiu ouvir, perceber pela audição: som ouvido.
    locução adverbial De ouvido. Sem ter estudado, só por ter ouvido: aprender música de ouvido.
    expressão Duro de ouvido. Diz-se de quem não ouve bem.
    Entrar por um ouvido e sair pelo outro. Não dar importância ao que ouve, não levar em conta, especialmente um conselho, advertência.
    Fazer ouvidos de mercador. Fingir que não ouve; não atender ao que se pede ou pergunta.
    Ser todo ouvidos. Prestar toda a atenção, ouvir atentamente.
    Etimologia (origem da palavra ouvido). Do latim auditum.

    Em diversos casos esta palavra é usada figuradamente como em Jr 6:10, onde ouvidos incircuncisos são ouvidos desatentos à Palavra de Deus. os ‘ouvidos abertos’ do salmo 34.15 significam que Deus presta constante atenção às orações do Seu povo, ao passo que a expressão ‘endurece-lhe os ouvidos’ (is 6:10) refere-se às almas desobedientes que não querem ouvir. Entre os judeus, o escravo que renunciava ao privilégio de poder libertar-se no ano sabático, tinha de sujeitar-se a ser a sua orelha furada com uma sovela pelo seu senhor, como sinal de perpétua escravidão. A cerimônia era realizada na presença de algum juiz, ou magistrado, e era um ato voluntário (Êx 21:5-6).

    Os ouvidos são sentinelas do conhecimento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7


    Ouvido Ver Escutar.

    País

    substantivo masculino Local de nascimento; coletividade, social e política, da qual alguém faz parte; pátria ou terra: meu país é o Brasil.
    Área política, social e geograficamente demarcada, sendo povoada por indivíduos com costumes, características e histórias particulares.
    Designação de qualquer extensão de terra, local, território ou região.
    Reunião das pessoas que habitam uma nação.
    Reunião do que está relacionado com um grupo de pessoas, situação econômica, hábitos culturais, comportamentais, morais etc.; meio.
    Figurado Local cujos limites não foram demarcados; lugar: país das maravilhas.
    Etimologia (origem da palavra país). Do francês pays/ pelo latim pagensis.

    substantivo masculino Local de nascimento; coletividade, social e política, da qual alguém faz parte; pátria ou terra: meu país é o Brasil.
    Área política, social e geograficamente demarcada, sendo povoada por indivíduos com costumes, características e histórias particulares.
    Designação de qualquer extensão de terra, local, território ou região.
    Reunião das pessoas que habitam uma nação.
    Reunião do que está relacionado com um grupo de pessoas, situação econômica, hábitos culturais, comportamentais, morais etc.; meio.
    Figurado Local cujos limites não foram demarcados; lugar: país das maravilhas.
    Etimologia (origem da palavra país). Do francês pays/ pelo latim pagensis.

    Resistir

    verbo transitivo indireto e intransitivo Não ceder ao choque de outro corpo: o ferro frio resiste ao malho; no calor, o plástico não resiste.
    verbo transitivo indireto Opor força à força; defender-se: resistir aos ataques do inimigo.
    Figurado Conservar-se firme, não sucumbir, não ceder: resistir à fadiga, à tentação.
    Durar, subsistir, conservar-se: apesar de doente, vou resistindo.
    verbo intransitivo Ter comportamento que salvaguardam a própria vida: com o perigo eminente, preferiu não resistir.
    Etimologia (origem da palavra resistir). Do latim resistere.

    resistir
    v. 1. tr. ind. Oferecer resistência a. 2. tr. ind. Não ceder, não se dobrar; defender-se. 3. tr. ind. Fazer face a (um poder superior); opor-se. 4. tr. ind. e Intr. Conservar-se firme e inabalável; não sucumbir. 5. tr. ind. Não aceder; negar-se, recusar-se. 6. tr. ind. Sofrer, suportar. 7. tr. ind. e Intr. Conservar-se, durar, subsistir. 8. tr. dir. Ant. Oferecer resistência a.

    Santo

    adjetivo Que se refere à divindade; considerado sagrado.
    Relacionado com religião, com ritos sagrados.
    Que recebeu canonização, passando a ser cultuado pelos fiéis.
    Que vive de acordo com as leis de Deus e da Igreja.
    Por Extensão Que é puro em sua essência; perfeito: santo casamento.
    Por Extensão Que demonstra inocência; simples: esse aí é um santo!
    Por Extensão Cuja conduta serve de exemplo e modelo.
    Por Extensão Que não se consegue violar nem corromper: preceito santo.
    Por Extensão Que faz bem; que tem utilidade; eficaz: santo motorista.
    Religião Diz-se dos dias que antecedem do domingo de Páscoa, em que a igreja não permite o trabalho, sendo consagrados ao culto religioso.
    substantivo masculino A imagem da pessoa que foi alvo dessa canonização.
    Quem recebeu canonização e é cultuado pelos fiéis.
    Aquele que vive de acordo com as regras de Deus e da Igreja.
    Pessoa cuja conduta e/ou comportamento servem como exemplo ou modelo.
    Por Extensão Indivíduo que se mostra inocente; ingênuo.
    Religião Designação atribuída aos orixás, entidades, em cultos afro-brasileiros.
    Etimologia (origem da palavra santo). Do latim sanctus.a.um.

    hebraico: sagrado, separado; Latim: inocente, sagrado

    [...] bons Espíritos [...] são seus mensageiros e os executores de sua vontade [de Deus].
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A prece

    O mais santo [é] [...] aquele que descer da própria grandeza, estendendo mãos fraternas aos miseráveis e sofredores, elevando-lhes a alma dilacerada aos planos da alegria e do entendimento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Jesus no lar• Pelo Espírito Neio Lúcio• Prefácio de Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 24

    Santo – atributo dirigido a determinadas pessoas que aparentemente atenderam, na Terra, à execução do próprio dever.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 8


    Santo
    1) Que possui SANTIDADE (Is 6:3-7; Ex 29:29; Lv 11:45; 1Pe 1:16).


    2) Título de Deus que ressalta a sua SANTIDADE 1, (Hc 1:12; Is 5:24, Santo de Israel).


    Santo No Antigo Testamento, considerava-se santo todo aquele que era consagrado ao Senhor (a terra, o sábado, os sacrifícios etc.) e — muito especialmente — Deus é Santo exatamente para contrapor-se a tudo que é pecaminoso (Is 6). O povo de Israel tinha a especial obrigação de ser santo, isto é, consagrado a Deus (Dt 7:6; 14,2; 26,19 etc.). Nos evangelhos, recebem esse atributo os anjos (Mc 8:38), os profetas (Lc 1:70), o Templo (Mt 24:15) e, por antonomásia, Jesus (Mc 1:24; Lc 1:35; Jo 6:69). A chamada para ser santo só pode ser ouvida a partir da perspectiva que Jesus oferece, pois é ele que santifica os homens (Jo 17:17-19).

    C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, Diccionario de las tres...


    Sempre

    advérbio Em todo tempo; a toda hora; perpetuamente ou eternamente: espero que nosso casamento seja sempre assim.
    De um modo contínuo; em que há continuidade; constantemente ou continuamente: está sempre irritado.
    Em que há ou demonstra hábito; que se desenvolve ou ocorre de maneira habitual; geralmente: almoça sempre no trabalho.
    De um modo invariável; de qualquer modo; invariavelmente: com alunos ou não, o professor vem sempre à escola.
    Em que há finalidade; por fim; enfim: fez uma crítica construtiva, isso sempre ajuda.
    Na realidade; de maneira verdadeira; realmente: é um absurdo o que você fez! Sempre é um patife!
    conjunção Que expressa adversão; no entanto ou todavia: machuca-me o seu comportamento, sempre te escuto.
    substantivo masculino Tudo que se refere ao tempo (passado ou futuro).
    Etimologia (origem da palavra sempre). Do latim semper.

    sempre adv. 1. A toda a hora, a todo o momento, em todo o tempo. 2. Constantemente, continuamente, sem cessar. 3. Afinal, enfi.M 4. Com efeito, efetivamente. Conj. Contudo, entretanto, no entanto, todavia. S. .M Todo o tempo (o passado, o presente, o futuro).

    Sois

    substantivo deverbal Ação de ser; ato de expressar permanentemente uma condição, característica ou capacidade particular: vós sois o melhor amigo que tenho; sois o único Deus acima de todos os outros.
    Não confundir com: sóis.
    Etimologia (origem da palavra sois). Forma Der. de ser.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    σκληροτράχηλος καί ἀπερίτμητος καρδία καί οὖς ἀεί ἀντιπίπτω πνεῦμα ἅγιος ὡς ὑμῶν πατήρ καί ὑμεῖς
    Atos 7: 51 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Duros de cerviz, e incircuncisos de coração e ouvidos; vós sempre resistis ao Espírito Santo; como fizeram vossos pais, assim fazei vós.
    Atos 7: 51 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    31 d.C.
    G104
    aeí
    ἀεί
    sempre
    (always)
    Advérbio
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G2588
    kardía
    καρδία
    coração
    (in heart)
    Substantivo - dativo feminino no singular
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3775
    oûs
    οὖς
    .. .. ..
    (.. .. ..)
    Substantivo
    G3962
    patḗr
    πατήρ
    um lugar no sudeste da Palestina junto ao limite do território dos cananeus, próximo a
    (unto Lasha)
    Substantivo
    G40
    hágios
    ἅγιος
    Abimeleque
    (Abimelech)
    Substantivo
    G4151
    pneûma
    πνεῦμα
    terceira pessoa da trindade, o Santo Espírito, co-igual, coeterno com o Pai e o Filho
    ([the] Spirit)
    Substantivo - neutro genitivo singular
    G4644
    sklērotráchēlos
    σκληροτράχηλος
    uma capital do baixo Egito localizada na margem ocidental do Nilo a cerca 15 km (9
    (Memphis)
    Substantivo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G496
    antipíptō
    ἀντιπίπτω
    ()
    G5613
    hōs
    ὡς
    como / tão
    (as)
    Advérbio
    G564
    aperítmētos
    ἀπερίτμητος
    um sacerdote na época de Davi
    (of Immer)
    Substantivo


    ἀεί


    (G104)
    aeí (ah-eye')

    104 αει aei

    de um nome primário arcaico (aparentemente significa duração continuada); adv

    1. perpetuamente, incessantemente
    2. invariavelmente, em toda e qualquer situação: quando de acordo com as circunstâncias algo é ou deve ser feito outra vez

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    καρδία


    (G2588)
    kardía (kar-dee'-ah)

    2588 καρδια kardia

    forma prolongada da palavra primária kar (Latim, cor “coração”); TDNT - 3:605,415; n f

    1. coração
      1. aquele orgão do corpo do animal que é o centro da circulação do sangue, e por isso foi considerado como o assento da vida física
      2. denota o centro de toda a vida física e espiritual

      1. o vigor e o sentido da vida física
      2. o centro e lugar da vida espiritual
        1. a alma ou a mente, como fonte e lugar dos pensamentos, paixões, desejos, apetites, afeições, propósitos, esforços
        2. do entendimento, a faculdade e o lugar da inteligência
        3. da vontade e caráter
        4. da alma na medida em que é afetada de um modo ruim ou bom, ou da alma como o lugar das sensibilidades, afeições, emoções, desejos, apetites, paixões
      3. do meio ou da parte central ou interna de algo, ainda que seja inanimado


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    οὖς


    (G3775)
    oûs (ooce)

    3775 ους ous

    aparentemente, palavra primária; TDNT - 5:543,744; n n

    ouvido

    metáf. faculdade de perceber com a mente, faculdade de entender e conhecer


    πατήρ


    (G3962)
    patḗr (pat-ayr')

    3962 πατηρ pater

    aparentemente, palavra raiz; TDNT - 5:945,805; n m

    1. gerador ou antepassado masculino
      1. antepassado mais próximo: pai da natureza corporal, pais naturais, tanto pai quanto mãe
      2. antepassado mais remoto, fundador de uma família ou tribo, progenitor de um povo, patriarca: assim Abraão é chamado, Jacó e Davi
        1. pais, i.e., ancestrais, patriarcas, fundadores de uma nação
      3. alguém avançado em anos, o mais velho
    2. metáf.
      1. o originador e transmissor de algo
        1. os autores de uma família ou sociedade de pessoas animadas pelo mesmo espírito do fundador
        2. alguém que tem infundido seu próprio espírito nos outros, que atua e governa suas mentes
      2. alguém que está numa posição de pai e que cuida do outro de um modo paternal
      3. um título de honra
        1. mestres, como aqueles a quem os alunos seguem o conhecimento e treinamento que eles receberam
        2. membros do Sinédrio, cuja prerrogativa era pela virtude da sabedoria e experiência na qual se sobressaíam; cuidar dos interesses dos outros
    3. Deus é chamado o Pai
      1. das estrelas, luminares celeste, porque ele é seu criador, que as mantém e governa
      2. de todos os seres inteligentes e racionais, sejam anjos ou homens, porque ele é seu criador, guardião e protetor
        1. de seres espirituais de todos os homens
      3. de cristãos, como aqueles que através de Cristo tem sido exaltados a uma relação íntima e especialmente familiar com Deus, e que não mais o temem como a um juiz severo de pecadores, mas o respeitam como seu reconciliado e amado Pai
      4. o Pai de Jesus Cristo, aquele a quem Deus uniu a si mesmo com os laços mais estreitos de amor e intimidade, fez conhecer seus propósitos, designou para explicar e propagar entre os homens o plano da salvação, e com quem também compartilhou sua própria natureza divina
        1. por Jesus Cristo mesmo
        2. pelos apóstolos

    ἅγιος


    (G40)
    hágios (hag'-ee-os)

    40 αγιος hagios

    de hagos (uma coisa grande, sublime) [cf 53, 2282]; TDNT 1:88,14; adj

    1. algo muito santo; um santo

    Sinônimos ver verbete 5878


    πνεῦμα


    (G4151)
    pneûma (pnyoo'-mah)

    4151 πνευμα pneuma

    de 4154; TDNT - 6:332,876; n n

    1. terceira pessoa da trindade, o Santo Espírito, co-igual, coeterno com o Pai e o Filho
      1. algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza sua personalidade e caráter (o Santo Espírito)
      2. algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza seu trabalho e poder (o Espírito da Verdade)
      3. nunca mencionado como um força despersonalizada
    2. o espírito, i.e., o princípio vital pelo qual o corpo é animado
      1. espírito racional, o poder pelo qual o ser humano sente, pensa, decide
      2. alma
    3. um espírito, i.e., simples essência, destituída de tudo ou de pelo menos todo elemento material, e possuído do poder de conhecimento, desejo, decisão e ação
      1. espírito que dá vida
      2. alma humana que partiu do corpo
      3. um espírito superior ao homem, contudo inferior a Deus, i.e., um anjo
        1. usado de demônios, ou maus espíritos, que pensava-se habitavam em corpos humanos
        2. a natureza espiritual de Cristo, superior ao maior dos anjos e igual a Deus, a natureza divina de Cristo
    4. a disposição ou influência que preenche e governa a alma de alguém
      1. a fonte eficiente de todo poder, afeição, emoção, desejo, etc.
    5. um movimento de ar (um sopro suave)
      1. do vento; daí, o vento em si mesmo
      2. respiração pelo nariz ou pela boca

    Sinônimos ver verbete 5923


    σκληροτράχηλος


    (G4644)
    sklērotráchēlos (sklay-rot-rakh'-ay-los)

    4644 σκληροτραχηλος sklerotrachelos

    de 4642 e 5137; TDNT - 5:1029,816; adj

    teimoso

    obstinado, inflexível, cabeçudo


    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    ἀντιπίπτω


    (G496)
    antipíptō (an-tee-pip'-to)

    496 αντιπιπτω antipipto

    de 473 e 4098 (inclue seu substituto); v

    1. resistir, correr contra
    2. ser adverso, opor-se, lutar contra

    ὡς


    (G5613)
    hōs (hoce)

    5613 ως hos

    provavelmente do comparativo de 3739; adv

    1. como, a medida que, mesmo que, etc.

    ἀπερίτμητος


    (G564)
    aperítmētos (ap-er-eet'-may-tos)

    564 απεριτμητος aperitmetos

    de 1 (como partícula negativa) e um suposto derivado de 4059; TDNT - 6:72,831; adj

    1. incircunciso
      1. metáf. aqueles de quem coração e ouvidos estão tampados i.e. de quem a alma e os sentidos estão fechados para a admoestação divina