Enciclopédia de Efésios 2:5-5

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ef 2: 5

Versão Versículo
ARA e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, ? pela graça sois salvos,
ARC Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos),
TB mesmo quando estávamos mortos pelos nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo (pela graça sois salvos),
BGB καὶ ὄντας ἡμᾶς νεκροὺς τοῖς παραπτώμασιν συνεζωοποίησεν τῷ Χριστῷ— χάριτί ἐστε σεσῳσμένοι—
BKJ estando nós ainda mortos em nossos pecados, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos),
LTT Mesmo- ainda estando nós mortos nos nossos pecados, nos vivificou juntamente com o Cristo (pela graça sois aqueles tendo sido salvos),
BJ2 quando estávamos[a] mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo - pela graça[b] fostes salvos! -
VULG et cum essemus mortui peccatis, convivificavit nos in Christo (cujus gratia estis salvati),

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Efésios 2:5

João 5:21 Pois assim como o Pai ressuscita os mortos e os vivifica, assim também o Filho vivifica aqueles que quer.
João 6:63 O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos disse são espírito e vida.
Atos 15:11 Mas cremos que seremos salvos pela graça do Senhor Jesus Cristo, como eles também.
Romanos 3:24 sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus,
Romanos 4:16 Portanto, é pela fé, para que seja segundo a graça, a fim de que a promessa seja firme a toda a posteridade, não somente à que é da lei, mas também à que é da fé de Abraão, o qual é pai de todos nós
Romanos 5:6 Porque Cristo, estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios.
Romanos 5:8 Mas Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.
Romanos 5:10 Porque, se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida.
Romanos 8:2 Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.
Romanos 11:5 Assim, pois, também agora neste tempo ficou um resto, segundo a eleição da graça.
Romanos 16:20 E o Deus de paz esmagará em breve Satanás debaixo dos vossos pés. A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja convosco. Amém!
Efésios 2:1 E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados,
Efésios 2:8 Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus.
Efésios 5:14 Pelo que diz: Desperta, ó tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá.
Tito 2:11 Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens,
Tito 3:5 não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas, segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo,
Apocalipse 22:21 A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos vós. Amém!

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

ef 2:5
Sabedoria do Evangelho - Volume 4

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 13
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 16:24-28


24. Jesus disse então o seus discípulos: "Se alguém quer vir após mim, neguese a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.


25. Porque aquele que quiser preservar sua alma. a perderá; e quem perder sua alma por minha causa, a achará.


26. Pois que aproveitará ao homem se ganhar o mundo inteiro e perder sua alma? Ou que dará o homem em troca de sua alma?


27. Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com seus mensageiros, e então retribuirá a cada um segundo seu comportamento.


28. Em verdade vos digo, que alguns dos aqui presentes absolutamente experimentarão a morte até que o Filho do Homem venha em seu reino. MC 8:34-38 e MC 9:1


34. E chamando a si a multidão, junto com seus discípulos disse-lhes: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.


35. Porque quem quiser preservar sua alma, a perderá; e quem perder sua alma por amor de mim e da Boa-Nova, a preservará.


36. Pois que adianta a um homem ganhar o mundo inteiro e perder sua alma?


37. E que daria um homem em troca de sua alma?


38. Porque se alguém nesta geração adúltera e errada se envergonhar de mim e de minhas doutrinas, também dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na glória de seu Pai com seus santos mensageiros". 9:1 E disse-lhes: "Em verdade em verdade vos digo que há alguns dos aqui presentes, os quais absolutamente experimentarão a morte, até que vejam o reino de Deus já chegado em força".


LC 9:23-27


23. Dizia, então, a todos: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia sua cruz e siga-me.


24. Pois quem quiser preservar sua alma, a perderá; mas quem perder sua alma por amor de mim, esse a preservará.


25. De fato, que aproveita a um homem se ganhar o mundo inteiro, mas arruinar-se ou causar dano a si mesmo?


26. Porque aquele que se envergonhar de mim e de minhas doutrinas, dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na sua glória, na do Pai e na dos santos mensageiros.


27. Mas eu vos digo verdadeiramente, há alguns dos aqui presentes que não experimentarão a morte até que tenham visto o reino de Deus.


Depois do episódio narrado no último capítulo, novamente Jesus apresenta uma lição teórica, embora bem mais curta que as do Evangelho de João.


Segundo Mateus, a conversa foi mantida com Seus discípulos. Marcos, entretanto, revela que Jesu "chamou a multidão" para ouvi-la, como que salientando que a aula era "para todos"; palavras, aliás, textuais em Lucas.


Achava-se a comitiva no território não-israelita ("pagão") de Cesareia de Filipe, e certamente os moradores locais haviam observado aqueles homens e mulheres que perambulavam em grupo homogêneo.


Natural que ficassem curiosos, a "espiar" por perto. A esses, Jesus convida que se aproximem para ouvir os ensinamentos e as exigências impostas a todos os que ambicionavam o DISCIPULATO, o grau mais elevado dos três citados pelo Mestre: justos (bons), profetas (médiuns) e discípulos (ver vol. 3).


As exigências são apenas três, bem distintas entre si, e citadas em sequência gradativa da menor à maior. Observamos que nenhuma delas se prende a saber, nem a dizer, nem a crer, nem a fazer, mas todas se baseiam em SER. O que vale é a evolução interna, sem necessidade de exteriorizações, nem de confissões, nem de ritos.


No entanto, é bem frisada a vontade livre: "se alguém quiser"; ninguém é obrigado; a espontaneidade deve ser absoluta, sem qualquer coação física nem moral. Analisemos.


Vimos, no episódio anterior, o Mestre ordenar a Pedro que "se colocasse atrás Dele". Agora esclarece: " se alguém QUER ser SEU discípulo, siga atrás Dele". E se tem vontade firme e inabalável, se o QUER, realize estas três condições:

1. ª - negue-se a si mesmo (Lc. arnésasthô; Mat. e Mr. aparnésasthô eautón).


2. ª - tome (carregue) sua cruz (Lc. "cada dia": arátô tòn stáurou autoú kath"hêméran);

3. ª - e siga-me (akoloutheítô moi).


Se excetuarmos a negação de si mesmo, já ouvíramos essas palavras em MT 10:38 (vol. 3).


O verbo "negar-se" ou "renunciar-se" (aparnéomai) é empregado por Isaías (Isaías 31:7) para descrever o gesto dos israelitas infiéis que, esclarecidos pela derrota dos assírios, rejeitaram ou negaram ou renunciaram a seus ídolos. E essa é a atitude pedida pelo Mestre aos que QUEREM ser Seus discípulos: rejeitar o ídolo de carne que é o próprio corpo físico, com sua sequela de sensações, emoções e intelectualismo, o que tudo constitui a personagem transitória a pervagar alguns segundos na crosta do planeta.


Quanto ao "carregar a própria cruz", já vimos (vol. 3), o que significava. E os habitantes da Palestina deviam estar habituados a assistir à cena degradante que se vinha repetindo desde o domínio romano, com muita frequência. Para só nos reportarmos a Flávio Josefo, ele cita-nos quatro casos em que as crucificações foram em massa: Varus que fez crucificar 2. 000 judeus, por ocasião da morte, em 4 A. C., de Herodes o Grande (Ant. Jud. 17. 10-4-10); Quadratus, que mandou crucificar todos os judeus que se haviam rebelado (48-52 A. D.) e que tinham sido aprisionados por Cumarus (Bell. Jud. 2. 12. 6); em 66 A. D. até personagens ilustres foram crucificadas por Gessius Florus (Bell. Jud. 2. 14. 9); e Tito que, no assédio de Jerusalém, fez crucificar todos os prisioneiros, tantos que não havia mais nem madeira para as cruzes, nem lugar para plantá-las (Bell. Jud. 5. 11. 1). Por aí se calcula quantos milhares de crucificações foram feitas antes; e o espetáculo do condenado que carregava às costas o instrumento do próprio suplício era corriqueiro. Não se tratava, portanto, de uma comparação vazia de sentido, embora constituindo uma metáfora. E que o era, Lucas encarrega-se de esclarecê-lo, ao acrescentar "carregue cada dia a própria cruz". Vemos a exigência da estrada de sacrifícios heroicamente suportados na luta do dia a dia, contra os próprios pendores ruins e vícios.


A terceira condição, "segui-Lo", revela-nos a chave final ao discipulato de tal Mestre, que não alicia discípulos prometendo-lhes facilidades nem privilégios: ao contrário. Não basta estudar-Lhe a doutrina, aprofundar-Lhe a teologia, decorar-Lhe as palavras, pregar-Lhe os ensinamentos: é mister SEGUILO, acompanhando-O passo a passo, colocando os pés nas pegadas sangrentas que o Rabi foi deixando ao caminhar pelas ásperas veredas de Sua peregrinação terrena. Ele é nosso exemplo e também nosso modelo vivo, para ser seguido até o topo do calvário.


Aqui chegamos a compreender a significação plena da frase dirigida a Pedro: "ainda és meu adversário (porque caminhas na direção oposta a mim, e tentas impedir-me a senda dolorosa e sacrificial): vai para trás de mim e segue-me; se queres ser meu discípulo, terás que renunciar a ti mesmo (não mais pensando nas coisas humanas); que carregar também tua cruz sem que me percas de vista na dura, laboriosa e dorida ascensão ao Reino". Mas isto, "se o QUERES" ... Valerá a pena trilhar esse áspero caminho cheio de pedras e espinheiros?


O versículo seguinte (repetição, com pequena variante de MT 10:39; cfr. vol. 3) responde a essa pergunta.


As palavras dessa lição são praticamente idênticas nos três sinópticos, demonstrando a impress ão que devem ter causado nos discípulos.


Sim, porque quem quiser preservar sua alma (hós eán thélei tên psychên autòn sõsai) a perderá (apolêsei autên). Ainda aqui encontramos o verbo sôzô, cuja tradução "salvar" (veja vol. 3) dá margem a tanta ambiguidade atualmente. Neste passo, a palavra portuguesa "preservar" (conservar, resguardar) corresponde melhor ao sentido do contexto. O verbo apolesô "perder", só poderia ser dado também com a sinonímia de "arruinar" ou "degradar" (no sentido etimológico de "diminuir o grau").


E o inverso é salientado: "mas quem a perder "hós d"án apolésêi tên psychên autoú), por minha causa (héneken emoú) - e Marcos acrescenta "e da Boa Nova" (kaì toú euaggelíou) - esse a preservará (sósei autén, em Marcos e Lucas) ou a achará (heurêsei autén, em Mateus).


A seguir pergunta, como que explicando a antinomia verbal anterior: "que utilidade terá o homem se lucrar todo o mundo físico (kósmos), mas perder - isto é, não evoluir - sua alma? E qual o tesouro da Terra que poderia ser oferecido em troca (antállagma) da evolução espiritual da criatura? Não há dinheiro nem ouro que consiga fazer um mestre, riem que possa dar-se em troca de uma iniciação real.


Bens espirituais não podem ser comprados nem "trocados" por quantias materiais. A matemática possui o axioma válido também aqui: quantidades heterogêneas não podem somar-se.


O versículo seguinte apresenta variantes.


MATEUS traz a afirmação de que o Filho do Homem virá com a glória de seu Pai, em companhia de Seus Mensageiros (anjos), para retribuir a cada um segundo seus atos. Traduzimos aqui dóxa por "glória" (veja vol. 1 e vol. 3), porque é o melhor sentido dentro do contexto. E entendemos essa glória como sinônimo perfeito da "sintonia vibratória" ou a frequência da tônica do Pai (Verbo, Som). A atribui ção a cada um segundo "seus atos" (tên práxin autoú) ou talvez, bem melhor, de acordo com seu comportamento, com a "prática" da vida diária. Não são realmente os atos, sobretudo isolados (mesmo os heroicos) que atestarão a Evolução de uma criatura, mas seu comportamento constante e diuturno.


MARCOS diz que se alguém, desta geração "adúltera", isto é, que se tornou "infiel" a Deus, traindo-O por amar mais a matéria que o espírito, e "errada" na compreensão das grandes verdades, "se envergonhar" (ou seja "desafinar", não-sintonizar), também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier com a glória do Pai, em companhia de Seus mensageiros (anjos).


LUCAS repete as palavras de Marcos (menos a referência à Boa Nova), salientando, porém, que o Filho do Homem virá com Sua própria glória, com a glória do Pai, e com a glória dos santos mensageiros (anjos).


E finalmente o último versículo, em que só Mateus difere dos outros dois, os quais, no entanto, nos parecem mais conformes às palavras originais.


Afirma o Mestre "alguns dos aqui presentes" (eisin tines tõn hõde hestótõn), os quais não experimentar ão (literalmente: "não saborearão, ou mê geúsôntai) a morte, até que vejam o reino de Deus chegar com poder. Mateus em vez de "o reino de Deus", diz "o Filho do Homem", o que deu margem à expectativa da parusia (ver vol. 3), ainda para os indivíduos daquela geração.


Entretanto, não se trata aqui, de modo algum, de uma parusia escatológica (Paulo avisa aos tessalonicenses que não o aguardem "como se já estivesse perto"; cfr. 1. ª Tess. 2: lss), mas da descoberta e conquista do "reino de Deus DENTRO de cada um" (cfr. LC 17:21), prometido para alguns "dos ali presentes" para essa mesma encarnação.


A má interpretação provocou confusões. Os gnósticos (como Teodósio), João Crisóstomo, Teofilacto e outros - e modernamente o cardeal Billot, S. J. (cfr. "La Parousie", pág. 187), interpretam a "vinda na glória do Filho do Homem" como um prenúncio da Transfiguração; Cajetan diz ser a Ressurreição;


Godet acha que foi Pentecostes; todavia, os próprios discípulos de Jesus, contemporâneos dos fatos, não interpretaram assim, já que após a tudo terem assistido, inclusive ao Pentecostes, continuaram esperando, para aqueles próximos anos, essa vinda espetacular. Outros recuaram mais um pouco no tempo, e viram essa "vinda gloriosa" na destruição de Jerusalém, como "vingança" do Filho do Homem; isso, porém, desdiz o perdão que Ele mesmo pedira ao Pai pela ignorância de Seus algozes (D. Calmet, Knabenbauer, Schanz, Fillion, Prat, Huby, Lagrange); e outros a interpretaram como sendo a difusão do cristianismo entre os pagãos (Gregório Magno, Beda, Jansênio, Lamy).


Penetremos mais a fundo o sentido.


Na vida literária e artística, em geral, distinguimos nitidamente o "aluno" do "discípulo". Aluno é quem aprende com um professor; discípulo é quem segue a trilha antes perlustrada por um mestre. Só denominamos "discípulo" aquele que reproduz em suas obras a técnica, a "escola", o estilo, a interpretação, a vivência do mestre. Aristóteles foi aluno de Platão, mas não seu discípulo. Mas Platão, além de ter sido aluno de Sócrates, foi também seu discípulo. Essa distinção já era feita por Jesus há vinte séculos; ser Seu discípulo é segui-Lo, e não apenas "aprender" Suas lições.


Aqui podemos desdobrar os requisitos em quatro, para melhor explicação.


Primeiro: é necessário QUERER. Sem que o livre-arbítrio espontaneamente escolha e decida, não pode haver discipulato. Daí a importância que assume, no progresso espiritual, o aprendizado e o estudo, que não podem limitar-se a ouvir rápidas palavras, mas precisam ser sérios, contínuos e profundos.


Pois, na realidade, embora seja a intuição que ilumina o intelecto, se este não estiver preparado por meio do conhecimento e da compreensão, não poderá esclarecer a vontade, para que esta escolha e resolva pró ou contra.


O segundo é NEGAR-SE a si mesmo. Hoje, com a distinção que conhecemos entre o Espírito (individualidade) e a personagem terrena transitória (personalidade), a frase mais compreensível será: "negar a personagem", ou seja, renunciar aos desejos terrenos, conforme ensinou Sidarta Gotama, o Buddha.


Cientificamente poderíamos dizer: superar ou abafar a consciência atual, para deixar que prevaleça a super-consciência.


Essa linguagem, entretanto, seria incompreensível àquela época. Todavia, as palavras proferidas pelo Mestre são de meridiana clareza: "renunciar a si mesmo". Observando-se que, pelo atraso da humanidade, se acredita que o verdadeiro eu é a personagem, e que a consciência atual é a única, negar essa personagem e essa consciência exprime, no fundo, negar-se "a si mesmo". Diz, portanto, o Mestre: " esse eu, que vocês julgam ser o verdadeiro eu, precisa ser negado". Nada mais esclarece, já que não teria sido entendido pela humanidade de então. No entanto, aqueles que seguissem fielmente Sua lição, negando seu eu pequeno e transitório, descobririam, por si mesmos, automaticamente, em pouco tempo, o outro Eu, o verdadeiro, coisa que de fato ocorreu com muitos cristãos.


Talvez no início possa parecer, ao experimentado: desavisado, que esse Eu verdadeiro seja algo "externo".


Mas quando, por meio da evolução, for atingido o "Encontro Místico", e o Cristo Interno assumir a supremacia e o comando, ele verificará que esse Divino Amigo não é um TU desconhecido, mas antes constitui o EU REAL. Além disso, o Mestre não se satisfez com a explanação teórica verbal: exemplificou, negando o eu personalístico de "Jesus", até deixá-lo ser perseguido, preso, caluniado, torturado e assassinado. Que Lhe importava o eu pequeno? O Cristo era o verdadeiro Eu Profundo de Jesus (como de todos nós) e o Cristo, com a renúncia e negação do eu de Jesus, pode expandir-se e assumir totalmente o comando da personagem humana de Jesus, sendo, às vezes, difícil distinguir quando falava e agia "Jesus" e quando agia e falava "o Cristo". Por isso em vez de Jesus, temos nele O CRISTO, e a história o reconhece como "Jesus", O CRISTO", considerando-o como homem (Jesus) e Deus (Cristo).


Essa anulação do eu pequeno fez que a própria personagem fosse glorificada pela humildade, e o nome humano negado totalmente se elevasse acima de tudo, de tal forma que "ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na Terra e debaixo da terra" (Filp. 2:10).


Tudo isso provocou intermináveis discussões durante séculos, por parte dos que não conseguiram penetrar a realidade dos acontecimentos, caracterizados, então, de "mistério": são duas naturezas ou uma? Como se realizou a união hipostática? Teria a Divindade absorvido a humanidade?


Por que será que uma coisa tão clara terá ficado incompreendida por tantos luminares que trataram deste assunto? O Eu Profundo de todas as criaturas é o Deus Interno, que se manifestará em cada um exatamente na proporção em que este renunciar ao eu pequeno (personagem), para deixar campo livre à expressão do Cristo Interno Divino. Todos somos deuses (cfr. Salmo 81:6 e JO 10:34) se negarmos totalmente nosso eu pequeno (personagem humana), deixando livre expansão à manifestação do Cristo que em todos habita. Isso fez Jesus. Se a negação for absoluta e completa, poderemos dizer com Paulo que, nessa criatura, "habita a plenitude da Divindade" (CL 2:9). E a todos os que o fizerem, ser-lhes-á exaltado o nome acima de toda criação" (cfr. Filp. 2:5-11).


Quando isto tiver sido conseguido, a criatura "tomará sua cruz cada dia" (cada vez que ela se apresentar) e a sustentará galhardamente - quase diríamos triunfalmente - pois não mais será ela fonte de abatimentos e desânimos, mas constituirá o sofrimento-por-amor, a dor-alegria, já que é a "porta estreita" (MT 7:14) que conduzirá à felicidade total e infindável (cfr. Pietro Ubaldi, "Grande Síntese, cap. 81).


No entanto, dado o estágio atual da humanidade, a cruz que temos que carregar ainda é uma preparação para o "negar-se". São as dores físicas, as incompreensões morais, as torturas do resgate de carmas negativos mais ou menos pesados, em vista do emaranhado de situações aflitivas, das "montanhas" de dificuldades que se erguem, atravancando nossos caminhos, do sem-número de moléstias e percalços, do cortejo de calúnias e martírios inomináveis e inenarráveis.


Tudo terá que ser suportado - em qualquer plano - sem malsinar a sorte, sem desesperos, sem angústias, sem desfalecimentos nem revoltas, mas com aceitação plena e resignação ativa, e até com alegria no coração, com a mais sólida, viva e inabalável confiança no Cristo-que-é-nosso-Eu, no Deus-

Imanente, na Força-Universal-Inteligente e Boa, que nos vivifica e prepara, de dentro de nosso âmago mais profundo, a nossa ascensão real, até atingirmos TODOS, a "plena evolução crística" (EF 4:13).


A quarta condição do discipulato é também clara, não permitindo ambiguidade: SEGUI-LO. Observese a palavra escolhida com precisão. Poderia ter sido dito "imitá-Lo". Seria muito mais fraco. A imitação pode ser apenas parcial ou, pior ainda, ser simples macaqueação externa (usar cabelos compridos, barbas respeitáveis, vestes talares, gestos estudados), sem nenhuma ressonância interna.


Não. Não é imitá-Lo apenas, é SEGUI-LO. Segui-Lo passo a passo pela estrada evolutiva até atingir a meta final, o ápice, tal como Ele o FEZ: sem recuos, sem paradas, sem demoras pelo caminho, sem descanso, sem distrações, sem concessões, mas marchando direto ao alvo.


SEGUI-LO no AMOR, na DEDICAÇÃO, no SERVIÇO, no AUTO-SACRIFÍCIO, na HUMILDADE, na RENÚNCIA, para que de nós se possa afirmar como Dele foi feito: "fez bem todas as coisas" (MC 7. 37) e: "passou pela Terra fazendo o bem e curando" (AT 10:38).


Como Mestre de boa didática, não apresenta exigências sem dar as razões. Os versículos seguintes satisfazem a essa condição.


Aqui, como sempre, são empregados os termos filosóficos com absoluta precisão vocabular (elegantia), não deixando margem a qualquer dúvida. A palavra usada é psychê, e não pneuma; é alma e nã "espírito" (em adendo a este capítulo daremos a "constituição do homem" segundo o Novo Testamento).


A alma (psychê) é a personagem humana em seu conjunto de intelecto-emoções, excluído o corpo denso e as sensações do duplo etérico. Daí a definição da resposta 134 do "Livro dos Espíritos": "alma é o espírito encarnado", isto é, a personagem humana que habita no corpo denso.

Aí está, pois, a chave para a interpretação do "negue-se a si mesmo": esse eu, a alma, é a personagem que precisa ser negada, porque, quem não quiser fazê-lo, quem pretender preservar esse eu, essa alma, vai acabar perdendo-a, já que, ao desencarnar, estará com "as mãos vazias". Mas aquele que por causa do Cristo Interno - renunciar e perder essa personagem transitória, esse a encontrará melhorada (Mateus), esse a preservará da ruína (Marcos e Lucas).


E prossegue: que adiantará acumular todas as riquezas materiais do mundo, se a personalidade vai cair no vazio? Nada de material pode ser-lhe comparado. No entanto, se for negada, será exaltada sobre todas as coisas (cfr. o texto acima citado, Filp. 2:5-11).


Todas e qualquer evolução do Espírito é feita exclusivamente durante seu mergulho na carne (veja atrás). Só através das personagens humanas haverá ascensão espiritual, por meio do "ajustamento sintônico". Então, necessidade absoluta de consegui-lo, não "se envergonhando", isto é, não desafinando da tônica do Pai (Som) que tudo cria, governa e mantém. Enfrentar o mundo sem receio, sem" respeitos humanos", e saber recusá-lo também, para poder obter o Encontro Místico com o Cristo Interno. Se a criatura "se envergonha" e se retrai, (não sintoniza) não é possível conseguir o Contato Divino, e o Filho do Homem também a evitará ("se envergonhará" dessa criatura). Só poderá haver a" descida da graça" ou a unificação com o Cristo, "na glória (tônica) do Pai (Som-Verbo), na glória (tônica) do próprio Cristo (Eu Interno), na glória de todos os santos mensageiros", se houver a coragem inquebrantável de romper com tudo o que é material e terreno, apagando as sensações, liquidando as emoções, calando o intelecto, suplantando o próprio "espírito" encarnado, isto é, PERDENDO SUA ALMA: só então "a achará", unificada que estará com o Cristo, Nele mergulhada (batismo), "como a gota no oceano" (Bahá"u"lláh). Realmente, a gota se perde no oceano mas, inegavelmente, ao deixar de ser gota microscópica, ela se infinitiva e se eterniza tornando-se oceano...

Em Mateus é-nos dado outro aviso: ao entrar em contato com a criatura, esta "receberá de acordo com seu comportamento" (pláxin). De modo geral lemos nas traduções correntes "de acordo com suas obras". Mas isso daria muito fortemente a ideia de que o importante seria o que o homem FAZ, quando, na realidade, o que importa é o que o homem É: e a palavra comportamento exprime-o melhor que obras; ora, a palavra do original práxis tem um e outro sentido.


Evidentemente, cada ser só poderá receber de acordo com sua capacidade, embora todos devam ser cheios, replenos, com "medida sacudida e recalcada" (cfr. Lc. 5:38).


Mas há diferença de capacidade entre o cálice, o copo, a garrafa, o litro, o barril, o tonel... De acordo com a própria capacidade, com o nível evolutivo, com o comportamento de cada um, ser-lhe-á dado em abundância, além de toda medida. Figuremos uma corrente imensa, que jorra permanentemente luz e força, energia e calor. O convite é-nos feito para aproximar-nos e recolher quanto quisermos.


Acontece, porém, que cada um só recolherá conforme o tamanho do vasilhame que levar consigo.


Assim o Cristo Imanente e o Verbo Criador e Conservador SE DERRAMAM infinitamente. Mas nós, criaturas finitas, só recolheremos segundo nosso comportamento, segundo a medida de nossa capacidade.


Não há fórmulas mágicas, não há segredos iniciáticos, não peregrinações nem bênçãos de "mestres", não há sacramentos nem sacramentais, que adiantem neste terreno. Poderão, quando muito, servir como incentivo, como animação a progredir, mas por si, nada resolvem, já que não agem ex ópere operantis nem ex opere operatus, mas sim ex opere recipientis: a quantidade de recebimento estará de acordo com a capacidade de quem recebe, não com a grandeza de quem dá, nem com o ato de doação.


E pode obter-se o cálculo de capacidade de cada um, isto é, o degrau evolutivo em que se encontra no discipulato de Cristo, segundo as várias estimativas das condições exigidas:

a) - pela profundidade e sinceridade na renúncia ao eu personalístico, quando tudo é feito sem cogitar de firmar o próprio nome, sem atribuir qualquer êxito ao próprio merecimento (não com palavras, mas interiormente), colaborando com todos os "concorrentes", que estejam em idêntica senda evolutiva, embora nos contrariem as ideias pessoais, mas desde que sigam os ensinos de Cristo;


b) - pela resignação sem queixas, numa aceitação ativa, de todas as cruzes, que exprimam atos e palavras contra nós, maledicências e calúnias, sem respostas nem defesas, nem claras nem veladas (já nem queremos acenar à contra-ataques e vinganças).


c) - pelo acompanhar silencioso dos passos espirituais no caminho do auto-sacrifício por amor aos outros, pela dedicação integral e sem condições; no caminho da humildade real, sem convencimentos nem exterioridades; no caminho do serviço, sem exigências nem distinções; no caminho do amor, sem preferências nem limitações. O grau dessas qualidades, todas juntas, dará uma ideia do grau evolutivo da criatura.


Assim entendemos essas condições: ou tudo, à perfeição; ou pouco a pouco, conquistando uma de cada vez. Mas parado, ninguém ficará. Se não quiser ir espontaneamente, a dor o aguilhoará, empurrandoo para a frente de qualquer forma.


No entanto, uma promessa relativa à possibilidade desse caminho é feita claramente: "alguns dos que aqui estão presentes não experimentarão a morte até conseguirem isso". A promessa tanto vale para aquelas personagens de lá, naquela vida física, quanto para os Espíritos ali presentes, garantindo-selhes que não sofreriam queda espiritual (morte), mas que ascenderiam em linha reta, até atingir a meta final: o Encontro Sublime, na União mística absoluta e total.


Interessante a anotação de Marcos quando acrescenta: O "reino de Deus chegado em poder". Durante séculos se pensou no poder externo, a espetacularidade. Mas a palavra "en dynámei" expressa muito mais a força interna, o "dinamismo" do Espírito, a potencialidade crística a dinamizar a criatura em todos os planos.


O HOMEM NO NOVO TESTAMENTO


O Novo Testamento estabelece, com bastante clareza, a constituição DO HOMEM, dividindo o ser encarnado em seus vários planos vibratórios, concordando com toda a tradição iniciática da Índia e Tibet, da China, da Caldeia e Pérsia, do Egito e da Grécia. Embora não encontremos o assunto didaticamente esquematizado em seus elementos, o sentido filosófico transparece nítido dos vários termos e expressões empregados, ao serem nomeadas as partes constituintes do ser humano, ou seja, os vários níveis em que pode tornar-se consciente.


Algumas das palavras são acolhidas do vocabulário filosófico grego (ainda que, por vezes, com pequenas variações de sentido); outras são trazidas da tradição rabínica e talmúdica, do centro iniciático que era a Palestina, e que já entrevemos usadas no Antigo Testamento, sobretudo em suas obras mais recentes.


A CONCEPÇÃO DA DIVINDADE


Já vimos (vol, 1 e vol. 3 e seguintes), que DEUS, (ho théos) é apresentado, no Novo Testamento, como o ESPÍRITO SANTO (tò pneuma tò hágion), o qual se manifesta através do Pai (patêr) ou Lógos (Som Criador, Verbo), e do Filho Unigênito (ho hyiós monogenês), que é o Cristo Cósmico.


DEUS NO HOMEM


Antes de entrar na descrição da concepção do homem, no Novo Testamento, gostaríamos de deixar tem claro nosso pensamento a respeito da LOCALIZAÇÃO da Centelha Divina ou Mônada NO CORA ÇÃO, expressão que usaremos com frequência.


A Centelha (Partícula ou Mônada) é CONSIDERADA por nós como tal; mas, na realidade, ela não se separa do TODO (cfr. vol. 1); logo, ESTÁ NO TODO, e portanto É O TODO (cfr. JO 1:1).


O "TODO" está TODO em TODAS AS COISAS e em cada átomo de cada coisa (cfr. Agostinho, De Trin. 6, 6 e Tomás de Aquino, Summa Theologica, I, q. 8, art. 2, ad 3um; veja vol. 3, pág. 145).


Entretanto, os seres e as coisas acham-se limitados pela forma, pelo espaço, pelo tempo e pela massa; e por isso afirmamos que em cada ser há uma "centelha" ou "partícula" do TODO. No entanto, sendo o TODO infinito, não tem extensão; sendo eterno, é atemporal; sendo indivisível, não tem dimensão; sendo O ESPÍRITO, não tem volume; então, consequentemente, não pode repartir-se em centelhas nem em partículas, mas é, concomitantemente, TUDO EM TODAS AS COISAS (cfr. l. ª Cor. 12:6).


Concluindo: quando falamos em "Centelha Divina" e quando afirmamos que ela está localizada no coração, estamos usando expressões didáticas, para melhor compreensão do pensamento, dificílimo (quase impossível) de traduzir-se em palavras.


De fato, porém, a Divindade está TODA em cada célula do corpo, como em cada um dos átomos de todos os planos espirituais, astrais, físicos ou quaisquer outros que existam. Em nossos corpos físicos e astral, o coração é o órgão preparado para servir de ponto de contato com as vibrações divinas, através, no físico, do nó de Kait-Flake e His; então, didaticamente, dizemos que "o coração é a sede da Centelha Divina".


A CONCEPÇÃO DO HOMEM


O ser humano (ánthrôpos) é considerado como integrado por dois planos principais: a INDIVIDUALIDADE (pneuma) e a PERSONAGEM ou PERSONALIDADE; esta subdivide-se em dois: ALMA (psychê) e CORPO (sôma).


Mas, à semelhança da Divindade (cfr. GN 1:27), o Espírito humano (individualidade ou pneuma) possui tríplice manifestação: l. ª - a CENTELHA DIVINA, ou Cristo, partícula do pneuma hágion; essa centelha que é a fonte de todo o Espirito, está localizada e representada quase sempre por kardia (coração), a parte mais íntima e invisível, o âmago, o Eu Interno e Profundo, centro vital do homem;


2. ª - a MENTE ESPIRITUAL, parte integrante e inseparável da própria Centelha Divina. A Mente, em sua função criadora, é expressa por noús, e está também sediada no coração, sendo a emissora de pensamentos e intuições: a voz silenciosa da super-consciência;


3. ª - O ESPÍRITO, ou "individualização do Pensamento Universal". O "Espírito" propriamente dito, o pneuma, surge "simples e ignorante" (sem saber), e percorre toda a gama evolutiva através dos milênios, desde os mais remotos planos no Antissistema, até os mais elevados píncaros do Sistema (Pietro Ubaldi); no entanto, só recebe a designação de pneuma (Espírito) quando atinge o estágio hominal.


Esses três aspectos constituem, englobamente, na "Grande Síntese" de Pietro Ubaldi, o "ALPHA", o" espírito".


Realmente verificamos que, de acordo com GN 1:27, há correspondência perfeita nessa tríplice manifesta ção do homem com a de Deus: A - ao pneuma hágion (Espírito Santo) correspondente a invisível Centelha, habitante de kardía (coração), ponto de partida da existência;


B - ao patêr (Pai Criador, Verbo, Som Incriado), que é a Mente Divina, corresponde noús (a mente espiritual) que gera os pensamentos e cria a individualização de um ser;


C - Ao Filho Unigênito (Cristo Cósmico) corresponde o Espírito humano, ou Espírito Individualizado, filho da Partícula divina, (a qual constitui a essência ou EU PROFUNDO do homem); a individualidade é o EU que percorre toda a escala evolutiva, um Eu permanente através de todas as encarnações, que possui um NOME "escrito no livro da Vida", e que terminará UNIFICANDO-SE com o EU PROFUNDO ou Centelha Divina, novamente mergulhando no TODO. (Não cabe, aqui, discutir se nessa unificação esse EU perde a individualidade ou a conserva: isso é coisa que está tão infinitamente distante de nós no futuro, que se torna impossível perceber o que acontecerá).


No entanto, assim como Pneuma-Hágion, Patêr e Hyiós (Espírito-Santo, Pai e Filho) são apenas trê "aspectos" de UM SÓ SER INDIVISÍVEL, assim também Cristo-kardía, noús e pneuma (CristoSABEDORIA DO EVANGELHO coração, mente espiritual e Espírito) são somente três "aspectos" de UM SÓ SER INDIVÍVEL, de uma criatura humana.


ENCARNAÇÃO


Ao descer suas vibrações, a fim de poder apoiar-se na matéria, para novamente evoluir, o pneuma atinge primeiro o nível da energia (o BETA Ubaldiano), quando então a mente se "concretiza" no intelecto, se materializa no cérebro, se horizontaliza na personagem, começando sua "crucificação". Nesse ponto, o pneuma já passa a denominar-se psychê ou ALMA. Esta pode considerar-se sob dois aspectos primordiais: a diánoia (o intelecto) que é o "reflexo" da mente, e a psychê propriamente dita isto é, o CORPO ASTRAL, sede das emoções.


Num último passo em direção à matéria, na descida que lhe ajudará a posterior subida, atinge-se então o GAMA Ubaldiano, o estágio que o Novo Testamento designa com os vocábulos diábolos (adversário) e satanás (antagonista), que é o grande OPOSITOR do Espírito, porque é seu PÓLO NEGATIVO: a matéria, o Antissistema. Aí, na matéria, aparece o sôma (corpo), que também pode subdividir-se em: haima (sangue) que constitui o sistema vital ou duplo etérico e sárx (carne) que é a carapaça de células sólidas, último degrau da materialização do espírito.


COMPARAÇÃO


Vejamos se com um exemplo grosseiro nos faremos entender, não esquecendo que omnis comparatio claudicat.


Observemos o funcionamento do rádio. Há dois sistemas básicos: o transmissor (UM) e os receptores (milhares, separados uns dos outros).


Consideremos o transmissor sob três aspectos: A - a Força Potencial, capaz de transmitir;


B - a Antena Emissora, que produz as centelas;


C - a Onda Hertziana, produzida pelas centelhas.


Mal comparando, aí teríamos:

a) - o Espirito-Santo, Força e Luz dos Universos, o Potencial Infinito de Amor Concreto;


b) - o Pai, Verbo ou SOM, ação ativa de Amante, que produz a Vida


c) - o Filho, produto da ação (do Som), o Amado, ou seja, o Cristo Cósmico que permeia e impregna tudo.


Não esqueçamos que TUDO: atmosfera, matéria, seres e coisas, no raio de ação do transmissor, ficam permeados e impregnados em todos os seus átomos com as vibrações da onda hertziana, embora seja esta invisível e inaudível e insensível, com os sentidos desarmados; e que os três elementos (Força-
Antena e Onda) formam UM SÓ transmissor o Consideremos, agora, um receptor. Observaremos que a recepção é feita em três estágios:

a) - a captação da onda


b) - sua transformação


c) - sua exteriorização Na captação da onda, podemos distinguir - embora a operação seja uma só - os seguintes elementos: A - a onda hertziana, que permeia e impregna todos os átomos do aparelho receptor, mas que é captada realmente apenas pela antena;


B - o condensador variável, que estabelece a sintonia com a onda emitida pelo transmissor. Esses dois elementos constituem, de fato, C - o sistema RECEPTOR INDIVIDUAL de cada aparelho. Embora a onda hertziana seja UMA, emitida pelo transmissor, e impregne tudo (Cristo Cósmico), nós nos referimos a uma onda que entra no aparelho (Cristo Interno) e que, mesmo sendo perfeita; será recebida de acordo com a perfeição relativa da antena (coração) e do condensador variável (mente). Essa parte representaria, então, a individualidade, o EU PERFECTÍVEL (o Espírito).


Observemos, agora, o circuito interno do aparelho, sem entrar em pormenores, porque, como dissemos, a comparação é grosseira. Em linhas gerais vemos que a onda captada pelo sistema receptor propriamente dito, sofre modificações, quando passa pelo circuito retificador (que transforma a corrente alternada em contínua), e que representaria o intelecto que horizontaliza as ideias chegadas da mente), e o circuito amplificador, que aumenta a intensidade dos sinais (que seria o psiquismo ou emoções, próprias do corpo astral ou alma).


Uma vez assim modificada, a onda atinge, com suas vibrações, o alto-falante que vibra, reproduzindo os sinais que chegam do transmissor isto é, sentindo as pulsações da onda (seria o corpo vital ou duplo etérico, que nos dá as sensações); e finalmente a parte que dá sonoridade maior, ou seja, a caixa acústica ou móvel do aparelho (correspondente ao corpo físico de matéria densa).


Ora, quanto mais todos esses elementos forem perfeitos, tanto mais fiel e perfeito será a reprodução da onda original que penetrou no aparelho. E quanto menos perfeitos ou mais defeituosos os elementos, mais distorções sofrerá a onda, por vezes reproduzindo, em guinchos e roncos, uma melodia suave e delicada.


Cremos que, apesar de suas falhas naturais, esse exemplo dá a entender o funcionamento do homem, tal como conhecemos hoje, e tal como o vemos descrito em todas as doutrinas espiritualistas, inclusive

—veremos agora quiçá pela primeira vez - nos textos do Novo Testamento.


Antes das provas que traremos, o mais completas possível, vejamos um quadro sinóptico:
θεός DEUS
πνεϋµα άγιον Espírito Santo
λόγος Pai, Verbo, Som Criador
υίός - Χριστό CRISTO - Filho Unigênito
άνθρωπος HOMEM
иαρδία - Χριστ

ό CRISTO - coração (Centelha)


πνεϋµα νους mente individualidade
πνεϋµα Espírito
φυΧή διάγοια intelecto alma
φυΧή corpo astral personagem
σώµα αίµα sangue (Duplo) corpo
σάρ

ξ carne (Corpo)


A - O EMPREGO DAS PALAVRAS


Se apresentada pela primeira vez, como esta, uma teoria precisa ser amplamente documentada e comprovada, para que os estudiosos possam aprofundar o assunto, verificando sua realidade objetiva. Por isso, começaremos apresentando o emprego e a frequência dos termos supracitados, em todos os locais do Novo Testamento.


KARDÍA


Kardía expressa, desde Homero (Ilíada, 1. 225) até Platão (Timeu, 70 c) a sede das faculdades espirituais, da inteligência (ou mente) e dos sentimentos profundos e violentos (cfr. Ilíada, 21,441) podendo até, por vezes, confundir-se com as emoções (as quais, na realidade, são movimentos da psychê, e não propriamente de kardía). Jesus, porém, reiteradamente afirma que o coração é a fonte primeira em que nascem os pensamentos (diríamos a sede do Eu Profundo).


Com este último sentido, a palavra kardía aparece 112 vezes, sendo que uma vez (MT 12:40) em sentido figurado.


MT 5:8, MT 5:28; 6:21; 9:4; 11:29; 12:34 13-15(2x),19; 15:8,18,19; 18;35; 22;37; 24:48; MC 2:6, MC 2:8; 3:5;


4:15; 6;52; 7;6,19,21; 8:11; 11. 23; 12:30,33; LC 1:17, LC 1:51, LC 1:66; 2;19,35,51; 3:5; 5:22; 6:45; 8:12,15;


9:47; 10:27; 12:34; 16:15; 21:14,34; 24;25,32,38; JO 12:40(2x); 13:2; 14:1,27; 16:6,22 AT 2:26, AT 2:37, AT 2:46; AT 4:32; 5:3(2x); 7:23,39,51,54; 8;21,22; 11;23. 13:22; 14:17; 15:9; 16;14; 21:13; 28:27(2x);


RM 1:21, RM 1:24; 2:5,15,29; 5:5; 6:17; 8:27; 9:2; 10:1,6,8,9,10; 16:16; 1. ª Cor. 2:9; 4:5; 7:37; 14:25; 2. ª Cor. 1:22; 2:4; 3:2,3,15; 4:6; 5:12; 6:11; 7:3; 8:16; 9:7; GL 4:6; EF 1:18; EF 3:17; EF 4:18; EF 5:19; EF 6:5, EF 6:22;


Filp. 1:7; 4:7; CL 2:2; CL 3:15, CL 3:16, CL 3:22; CL 4:8; 1. ª Tess. 2:4,17; 3:13; 2. ª Tess. 2:17; 3:5; 1. ª Tim. 1:5; 2. ª Tim.


2:22; HB 3:8, HB 3:10, HB 3:12, HB 3:15; HB 4:7, HB 4:12; 8:10; 10:16,22; Tiago, 1:26; 3:14; 4:8; 5:5,8; 1. ª Pe. 1:22; 3:4,15; 2. ª Pe. 1:19; 2:15; 1; 1. ª JO 3;19,20(2x),21; AP 2:23; AP 17:17; AP 18:7.


NOÚS


Noús não é a "fonte", mas sim a faculdade de criar pensamentos, que é parte integrante e indivisível de kardía, onde tem sede. Já Anaxágoras (in Diógenes Laércio, livro 2. º, n. º 3) diz que noús (o Pensamento Universal Criador) é o "’princípio do movimento"; equipara, assim, noús a Lógos (Som, Palavra, Verbo): o primeiro impulsionador dos movimentos de rotação e translação da poeira cósmica, com isso dando origem aos átomos, os quais pelo sucessivo englobamento das unidades coletivas cada vez mais complexas, formaram os sistemas atômicos, moleculares e, daí subindo, os sistemas solares, gal áxicos, e os universos (cfr. vol. 3. º).


Noús é empregado 23 vezes com esse sentido: o produto de noús (mente) do pensamento (nóêma), usado 6 vezes (2. ª Cor. 2:11:3:14; 4:4; 10:5; 11:3; Filp. 4:7), e o verbo daí derivado, noeín, empregado

14 vezes (3), sendo que com absoluta clareza em João (João 12:40) quando escreve "compreender com o coração" (noêsôsin têi kardíai).


LC 24. 45; RM 1:28; RM 7:23, RM 7:25; 11:34; 12:2; 14. 5; l. ª Cor. 1. 10; 2:16:14:14,15,19; EF 4:17, EF 4:23; Filp.


4:7; CL 2:18; 2. ª Tess. 2. 2; 1. ª Tim. 6:5; 2. ª Tim. 3:8; TT 1:15;AP 13:18.


PNEUMA


Pneuma, o sopro ou Espírito, usado 354 vezes no N. T., toma diversos sentidos básicos: MT 15:17; MT 16:9, MT 16:11; 24:15; MC 7:18; MC 8:17; MC 13:14; JO 12:40; RM 1:20; EF 3:4, EF 3:20; 1. ª Tim. 1:7;


2. ª Tim. 2:7; HB 11:13

1. Pode tratar-se do ESPÍRITO, caracterizado como O SANTO, designando o Amor-Concreto, base e essência de tudo o que existe; seria o correspondente de Brahman, o Absoluto. Aparece com esse sentido, indiscutivelmente, 6 vezes (MT 12:31, MT 12:32; MC 3:29; LC 12:10; JO 4:24:1. ª Cor. 2:11).


Os outros aspectos de DEUS aparecem com as seguintes denominações:

a) - O PAI (ho patêr), quando exprime o segundo aspecto, de Criador, salientando-se a relação entre Deus e as criaturas, 223 vezes (1); mas, quando se trata do simples aspecto de Criador e Conservador da matéria, é usado 43 vezes (2) o vocábulo herdado da filosofia grega, ho lógos, ou seja, o Verbo, a Palavra que, ao proferir o Som Inaudível, movimenta a poeira cósmica, os átomos, as galáxias.


(1) MT 5:16, MT 5:45, MT 5:48; MT 6:1, MT 6:4, MT 6:6, MT 6:8,9,14,15,26,32; 7:11,21; 10:20,29,32,33; 11:25,27; 12:50; 13:43; 15:13; 16:17,27; 18:10,14,19,35; 20:23; 23:9; 24:36; 25:34:26:29,39,42,53; MC 8:25; MC 11:25, MC 11:32; MC 11:14:36; LC 2:49; LC 2:6:36;9:26;10:21,22;11:2,13;12:30,32;22:29,42;23:34,46;24:49;JO 1:14, JO 1:18; JO 1:2:16;3:35;4:21,23;5:1 7,18,19,20,21,22,23,26,36,37,43,45,46,27,32,37,40,44,45,46,57,65;8:18,19,27,28,38,41,42,49,54;10:1 5,17,18,19,25,29,30,32,35,38;11:41;12:26,27,28,49,50;13:1,3;14:2,6,7,8,9,10,11,13,16,20,21,24,26,28, 31,15:1,8,9,10,15,16,23,24,26;16:3,10,15,17,25,26,27,28,32;17:1,5,11,21,24,25; 18:11; 20:17,21;AT 1:4, AT 1:7; AT 1:2:33;Rom. 1:7;6:4;8:15;15:6;1. º Cor. 8:6; 13:2; 15:24; 2. º Cor. 1:2,3; 6:18; 11:31; Gól. 1:1,3,4; 4:6; EF 1:2, EF 1:3, EF 1:17; EF 2:18; EF 2:3:14; 4:6; 5:20; FP 1:2; FP 2:11; FP 4:20; CL 1:2, CL 1:3, CL 1:12:3:17; 1. 0 Teõs. 1:1,3; 3:11,13; 2° Tess. 1:1 2; : 2:16; 1. º Tim. 1:2; 2. º Tim. 1:2; TT 1:4; Flm. 3; HB 1:5; HB 12:9; Tiago 1:17, Tiago 1:27:3:9; 1° Pe. 1:2,3,17; 2. º Pe. 1:17, 1. º JO 1:2,3; 2:1,14,15,16, 22,23,24; 3:1; 4:14; 2. º JO 3,4,9; Jud. 9; AP 1:6; AP 2:28; AP 3:5, AP 3:21; 14:1. (2) MT 8:8; LC 7:7; JO 1:1, JO 1:14; 5:33; 8:31,37,43,51,52,55; 14:23,24; 15:20; 17:61417; 1. º Cor. 1:13; 2. º Cor. 5:19; GL 6:6; Filp. 2:6; Cor. 1:25; 3:16; 4:3; 1. º Tess. 1:6; 2. º Tess. 3:1; 2. º Tim. 2:9; Heb. : 12; 6:1; 7:28; 12:9; Tiago, 1:21,22,23; 1. ° Pe. 1:23; 2. º Pe. 3:5,7; 1. º JO 1:1,10; 2:5,7,14; AP 19:13.


b) - O FILHO UNIGÊNITO (ho hyiós monogenês), que caracteriza o CRISTO CÓSMICO, isto é, toda a criação englobadamente, que é, na realidade profunda, um dos aspectos da Divindade. Não se trata, como é claro, de panteísmo, já que a criação NÃO constitui a Divindade; mas, ao invés, há imanência (Monismo), pois a criação é UM DOS ASPECTOS, apenas, em que se transforma a Divindade. Esta, além da imanência no relativo, é transcendente como Absoluto; além da imanência no tempo, é transcendente como Eterno; além da imanência no finito, é transcendente como Infinito.


A expressão "Filho Unigênito" só é usada por João (1:14,18; 13:16,18 e 1. a JO 4:9). Em todos os demais passos é empregado o termo ho Christós, "O Ungido", ou melhor, "O Permeado pela Divindade", que pode exprimir tanto o CRISTO CÓSMICO que impregna tudo, quanto o CRISTO INTERNO, se o olhamos sob o ponto de vista da Centelha Divina no âmago da criatura.


Quando não é feita distinção nos aspectos manifestantes, o N. T. emprega o termo genérico ho theós Deus", precedido do artigo definido.


2. Além desse sentido, encontramos a palavra pneuma exprimindo o Espírito humano individualizado; essa individualização, que tem a classificação de pneuma, encontra-se a percorrer a trajetória de sua longa viagem, a construir sua própria evolução consciente, através da ascensão pelos planos vibratórios (energia e matéria) que ele anima em seu intérmino caminhar. Notemos, porém, que só recebe a denominação de pneuma (Espírito), quando atinge a individualização completa no estado hominal (cfr. A. Kardec, "Livro dos Espíritos", resp. 79: "Os Espíritos são a individualização do Princípio Inteligente, isto é, de noús).


Logicamente, portanto, podemos encontrar espíritos em muitos graus evolutivos, desde os mais ignorantes e atrasados (akátharton) e enfermos (ponêrón) até os mais evoluídos e santos (hágion).


Todas essas distinções são encontradas no N. T., sendo de notar-se que esse termo pneuma pode designar tanto o espírito encarnado quanto, ao lado de outros apelativos, o desencarnado.


Eis, na prática, o emprego da palavra pneuma no N. T. :

a) - pneuma como espírito encarnado (individualidade), 193 vezes: MT 1:18, MT 1:20; 3:11; 4:1; 5:3; 10:20; 26:41; 27:50; MC 1:8; MC 2:8; MC 8:12; MC 14:38; LC 1:47, LC 1:80; 3:16, 22; 8:55; 23:46; 24. 37, 39; JO 1:33; JO 3:5, JO 3:6(2x), 8; 4:23; 6:63; 7:39; 11:33; 13:21; 14:17, 26; 15:26; 16:13; 19-30, 20:22; AT 1:5, AT 1:8; 5:3; 32:7:59; 10:38; 11:12,16; 17:16; 18:25; 19:21; 20:22; RM 1:4, RM 1:9; 5:5; 8:2, 4, 5(2x), 6, 9(3x), 10, 11(2x),13, 14, 15(2x), 16(2x), 27; 9:1; 12:11; 14:17; 15:13, 16, 19, 30; 1° Cor. 2:4, 10(2x), 11, 12; 3:16; 5:3,4, 5; 6:11, 17, 19; 7:34, 40; 12:4, 7, 8(2x), 9(2x), 11, 13(2x); 14:2, 12, 14, 15(2x), 16:32; 15:45; 16:18; 2º Cor. 1:22; 2:13; 3:3, 6, 8, 17(2x), 18; 5:5; 6:6; 7:1, 13; 12:18; 13:13; GL 3:2, GL 3:3, GL 3:5; 4:6, 29; 5:5,16,17(2x), 18, 22, 25(2x1); 6:8(2x),18; EF 1:13, EF 1:17; 2:18, 22; 3:5, 16; 4:3, 4:23; 5:18; 6:17, 18; Philp. 1:19, 27; 2:1; 3:3; 4:23; CL 1:8; CL 2:5; 1º Tess. 1:5, 6; 4:8; 5:23; 2. º Tess. 2:13; 1. º Tim. 3:16; 4:22; 2. º Tim. 1:14; TT 3:5; HB 4:12, HB 6:4; HB 9:14; HB 10:29; HB 12:9; Tiago, 2:26:4:4; 1. º Pe. 1:2, 11, 12; 3:4, 18; 4:6,14; 1. º JO 3:24; JO 4:13; JO 5:6(2x),7; Jud. 19:20; AP 1:10; AP 4:2; AP 11:11.


b) - pneuma como espírito desencarnado:


I - evoluído ou puro, 107 vezes:


MT 3:16; MT 12:18, MT 12:28; 22:43; MC 1:10, MC 1:12; 12:36; 13. 11; LC 1:15, LC 1:16, LC 1:41, LC 1:67; 2:25, 27; 4:1, 14, 18; 10:21; 11:13; 12:12; JO 1:32; JO 3:34; AT 1:2, AT 1:16; 2:4(2x), 17, 18, 33(2x), 38; 4:8; 25, 31; 6:3, 10; 7:51, 55; 8:15, 17, 18, 19, 29, 39; 9:17, 31; 10:19, 44, 45, 47; 11:15, 24, 28; 13:2, 4, 9, 52; 15:8, 28; 16:6, 7; 19:1, 2, 6; 20:22, 28; 21:4, 11; 23:8, 9; 28:25; 1. º Cor. 12:3(2x), 10; 1. º Tess. 5:9; 2. º Tess. 2:2; 1. ° Tim. 4:1; HB 1:7, HB 1:14; 2:4; 3:7; 9:8; 10:15; 12:23; 2. º Pe. 1:21; 1. ° JO 4:1(2x), 2, 3, 6; AP 1:4; AP 2:7, AP 2:11, AP 2:17, AP 2:29; 3:1, 6, 13, 22; 4:5; 5:6; 14:13; 17:3:19. 10; 21. 10; 22:6, 17.


II - involuído ou não-purificado, 39 vezes:


MT 8:16; MT 10:1; MT 12:43, MT 12:45; MC 1:23, MC 1:27; 3:11, 30; 5:2, 8, 13; 6:7; 7:25; 9:19; LC 4:36; LC 6:18; LC 7:21; LC 8:2; LC 10:20; LC 11:24, LC 11:26; 13:11; AT 5:16; AT 8:7; AT 16:16, AT 19:12, AT 19:13, AT 19:15, AT 19:16; RM 11:8:1. ° Cor. 2:12; 2. º Cor. 11:4; EF 2:2; 1. º Pe. 3:19; 1. º JO 4:2, 6; AP 13:15; AP 16:13; AP 18:2.


c) - pneuma como "espírito" no sentido abstrato de "caráter", 7 vezes: (JO 6:63; RM 2:29; 1. ª Cor. 2:12:4:21:2. ª Cor. 4:13; GL 6:1 e GL 6:2. ª Tim. 1:7)


d) - pneuma no sentido de "sopro", 1 vez: 2. ª Tess. 2:8 Todavia, devemos acrescentar que o espírito fora da matéria recebia outros apelativo, conforme vimos (vol. 1) e que não é inútil recordar, citando os locais.


PHÁNTASMA, quando o espírito, corpo astral ou perispírito se torna visível; termo que, embora frequente entre os gregos, só aparece, no N. T., duas vezes (MT 14:26 e MC 6:49).

ÁGGELOS (Anjo), empregado 170 vezes, designa um espírito evoluído (embora nem sempre de categoria acima da humana); essa denominação específica que, no momento em que é citada, tal entidade seja de nível humano ou supra-humano - está executando uma tarefa especial, como encarrega de "dar uma mensagem", de "levar um recado" de seus superiores hierárquicos (geralmente dizendo-se "de Deus"): MT 1:20, MT 1:24; 2:9, 10, 13, 15, 19, 21; 4:6, 11; 8:26; 10:3, 7, 22; 11:10, 13; 12:7, 8, 9, 10, 11, 23; 13:39, 41, 49; 16:27; 18:10; 22:30; 24:31, 36; 25:31, 41; 26:53; 27:23; 28:2, 5; MC 1:2, MC 1:13; 8:38; 12:25; 13:27, 32; LC 1:11, LC 1:13, LC 1:18, LC 1:19, 26, 30, 34, 35, 38; 4:10, 11; 7:24, 27; 9:26, 52; 12:8; 16:22; 22:43; 24:23; JO 1:51; JO 12:29; JO 20:12 AT 5:19; AT 6:15; AT 7:30, AT 7:35, AT 7:38, AT 7:52; 12:15; 23:8, 9; RM 8:38; 1. ° Cor. 4:9; 6:3; 11:10; 13:1; 2. º Cor. 11:14; 12:7; GL 1:8; GL 3:19; GL 4:14; CL 2:18; 2. º Tess. 1:7; 1. ° Tim. 3:16; 5:21; HB 1:4, HB 1:5, HB 1:6, HB 1:7, 13; 2:2, 5, 7, 9, 16; 12:22; 13:2; Tiago 2:25; 1. º Pe. 1:4, 11; Jud. 6; AP 1:1, AP 1:20; 2:1, 8, 12, 18; 3:1, 5, 7, 9, 14; 5:2, 11; 7:1, 11; 8:2, 3, 4, 5, 6, 8, 10, 12, 13; 9:1, 11, 13, 14, 15; 10:1, 5, 7, 8, 9, 10; 11:15; 12:7, 9, 17; 14:6, 9, 10, 15, 17, 18, 19; 15:1, 6, 7, 8, 10; 16:1, 5; 17:1, 7; 18:1, 21; 19:17; 20:1; 21:9, 12, 17; 22:6, 8, 16. BEEZEBOUL, usado 7 vezes: (MT 7. 25; 12:24, 27; MC 3:22; LC 11:15, LC 11:18, LC 11:19) só nos Evangelhos, é uma designação de chefe" de falange, "cabeça" de espíritos involuído.


DAIMÔN (uma vez, em MT 8:31) ou DAIMÓNION, 55 vezes, refere-se sempre a um espírito familiar desencarnado, que ainda conserva sua personalidade humana mesmo além túmulo. Entre os gregos, esse termo designava quer o eu interno, quer o "guia". Já no N. T. essa palavra identifica sempre um espírito ainda não-esclarecido, não evoluído, preso à última encarnação terrena, cuja presença prejudica o encarnado ao qual esteja ligado; tanto assim que o termo "demoníaco" é, para Tiago, sinônimo de "personalístico", terreno, psíquico. "não é essa sabedoria que desce do alto, mas a terrena (epígeia), a personalista (psychike), a demoníaca (demoniôdês). (Tiago, 3:15)


MT 7:22; MT 9:33, MT 9:34; 12:24, 27, 28; 10:8; 11:18; 17:18; MC 1:34, MC 1:39; 3:15, 22; 6:13; 7:26, 29, 30; 9:38; 16:9, 17; LC 4:33, LC 4:35, LC 4:41; 7:33; 8:2, 27, 29, 30, 33, 35, 38; 9:1, 42, 49; 10:17; 11:14, 15, 18, 19, 20; 13:32; JO 7:2; JO 8:48, JO 8:49, JO 8:52; 10:20, 21; AT 17:18; 1. ª Cor. 10:20, 21; 1. º Tim. 4:1; Tiago 2:16; Apoc 9:20; 16:24 e 18:2.


Ao falar de desencarnados, aproveitemos para observar como era designado o fenômeno da psicofonia: I - quando se refere a uma obsessão, com o verbo daimonízesthai, que aparece 13 vezes (MT 4:24;


8:16, 28, 33; 9:32; 12:22; 15:22; Marc 1:32; 5:15, 16, 18; LC 8:36; JO 10:21, portanto, só empregado pelos evangelistas).


II - quando se refere a um espírito evoluído, encontramos as expressões:

• "cheio de um espírito (plêrês, LC 4:1; AT 6:3, AT 6:5; 7:55; 11:24 - portanto só empregado por Lucas);


• "encher-se" (pimplánai ou plêthein, LC 1:15, LC 1:41, LC 1:67; AT 2:4; AT 4:8, AT 4:31; 9:17; 13:19 - portanto, só usado por Lucas);


• "conturbar-se" (tarássein), JO 11:33 e JO 13:21).


Já deixamos bem claro (vol 1) que os termos satanás ("antagonista"), diábolos ("adversário") e peirázôn ("tentador") jamais se referem, no N. T., a espíritos desencarnados, mas expressam sempre "a matéria, e por conseguinte também a "personalidade", a personagem humana que, com seu intelecto vaidoso, se opõe, antagoniza e, como adversário natural do espírito, tenta-o (como escreveu Paulo: "a carne (matéria) luta contra o espírito e o espírito contra a carne", GL 5:17).


Esses termos aparecem: satanãs, 33 vezes (MT 4:10; MT 12:26; MT 16:23; MC 1:13; MC 3:23, MC 3:26; 4:15; 8:33; LC 10:18; LC 11:18; LC 13:16; LC 22:3; JO 13:27, JO 13:31; AT 5:3; AT 26:18; RM 16:20; 1. º Cor. 5:5; 7:5; 2. º Cor. 2:11; 11:14; 12:17; 1. ° Tess. 2:18; 2. º Tess. 2:9; 1. º Tim. 1:20; 5:15; AP 2:9, AP 2:13, AP 2:24; 3:9; 12:9; 20:2, 7); diábolos, 35 vezes (MT 4:1, MT 4:5, MT 4:8, MT 4:11; 13:39; 25:41; LC 4:2, LC 4:3, LC 4:6, LC 4:13; 8:12; JO 6:70; JO 8:44; JO 13:2; AT 10:38; AT 13:10; EF 4:27; EF 6:11; 1. º Tim. 3:6, 7, 11; 2. º Tim. 2:26; 3:3 TT 2:3; HB 2:14; Tiago, 4:7; 1. º Pe. 5:8; 1. º JO 3:8, 10; Jud. 9; AP 2:10; AP 12:9, AP 12:12; 20:2,10) e peirázôn, duas vezes (MT 4:3 e MT 4:1. ª Tess. 3:5).


DIÁNOIA


Diánoia exprime a faculdade de refletir (diá+noús), isto é, o raciocínio; é o intelecto que na matéria, reflete a mente espiritual (noús), projetando-se em "várias direções" (diá) no mesmo plano. Usado 12 vezes (MT 22:37; MC 12:30: LC 1:51; LC 10:27: EF 2:3; EF 4:18; CL 1:21; HB 8:10; HB 10:16; 1. ª Pe. 1:13; 2. ª Pe. 3:1; 1. ª JO 5:20) na forma diánoia; e na forma dianóêma (o pensamento) uma vez em LC 11:17. Como sinônimo de diánoia, encontramos, também, synesis (compreensão) 7 vezes (MC 12:33; LC 2:47; 1. ª Cor. 1:19; EF 3:4; CL 1:9 e CL 2:2; e 2. ª Tim. 2:7). Como veremos logo abaixo, diánoia é parte inerente da psychê, (alma).


PSYCHÊ


Psychê é a ALMA, isto é, o "espírito encarnado (cfr. A. Kardec, "Livro dos Espíritos", resp. 134: " alma é o espírito encarnado", resposta dada, evidentemente, por um "espírito" afeito à leitura do Novo Testamento).


A psychê era considerada pelos gregos como o atualmente chamado "corpo astral", já que era sede dos desejos e paixões, isto é, das emoções (cfr. Ésquilo, Persas, 841; Teócrito, 16:24; Xenofonte, Ciropedia, 6. 2. 28 e 33; Xen., Memoráveis de Sócrates, 1. 13:14; Píndaro, Olímpicas, 2. 125; Heródoto, 3. 14; Tucídides, 2. 40, etc.) . Mas psychê também incluía, segundo os gregos, a diánoia ou synesis, isto é, o intelecto (cfr. Heródoto, 5. 124; Sófocles, Édipo em Colona, 1207; Xenofonte, Hieron, 7. 12; Plat ão, Crátilo, 400 a).


No sentido de "espírito" (alma de mortos) foi usada por Homero (cfr. Ilíada 1. 3; 23. 65, 72, 100, 104;


Odisseia, 11. 207,213,222; 24. 14 etc.), mas esse sentido foi depressa abandonado, substituído por outros sinônimos (pnenma, eikôn, phántasma, skiá, daimôn, etc.) .


Psychê é empregado quase sempre no sentido de espírito preso à matéria (encarnado) ou seja, como sede da vida, e até como a própria vida humana, isto é, a personagem terrena (sede do intelecto e das emoções) em 92 passos: Mar. 2:20; 6:25; 10:28, 39; 11:29; 12:18; 16:25, 26; 20:28; 22:37; 26:38; MC 3:4; MC 8:35, MC 8:36, MC 8:37; 10:45; 12:30; 14:34; LC 1:46; LC 2:35; LC 6:9; LC 9:24(2x), 56; 10:27; 12:19, 20, 22, 23; 14:26; 17:33; 21:19; JO 10:11, JO 10:15, JO 10:17, JO 10:18, 24; 12:25, 27; 13:37, 38; 15:13; AT 2:27, AT 2:41, AT 2:43; 3:23; 4:32; 7:14; 14:2, 22; 15:24, 26; 20:10, 24; 27:10, 22, 37, 44; RM 2:9; RM 11:3; RM 13:1; RM 16:4; 1. º Cor. 15:45; 2. º Cor. 1:23; 12:15; EF 6:6; CL 3:23; Flp. 1:27; 2:30; 1. º Tess. 2:8; 5:23; HB 4:12; HB 6:19; HB 10:38, HB 10:39; 12:3; 13:17; Tiago 1:21; Tiago 5:20; 1. º Pe. 1:9, 22; 2:11, 25; 4:19; 2. º Pe. 2:8, 14; 1. º JO 3:16; 3. º JO 2; AP 12:11; AP 16:3; AP 18:13, AP 18:14.


Note-se, todavia, que no Apocalipse (6:9:8:9 e 20:4) o termo é aplicado aos desencarnados por morte violenta, por ainda conservarem, no além-túmulo, as características da última personagem terrena.


O adjetivo psychikós é empregado com o mesmo sentido de personalidade (l. ª Cor. 2:14; 15:44, 46; Tiago, 3:15; Jud. 19).


Os outros termos, que entre os gregos eram usados nesse sentido de "espírito desencarnado", o N. T.


não os emprega com essa interpretação, conforme pode ser verificado:

EIDOS (aparência) - LC 3:22; LC 9:29; JO 5:37; 2. ª Cor. 5:7; 1. ª Tess. 5:22.


EIDÔLON (ídolo) - AT 7:41; AT 15:20; RM 2:22; 1. ª Cor. 8:4, 7; 10:19; 12; 2; 2. ª Cor. 6:16; 1. ª Tess.


1:9; 1. ª JO 5:21; AP 9:20.


EIKÔN (imagem) - MT 22:20; MC 12:16; LC 20:24; RM 1:23; 1. ª Cor. 11:7; 15:49 (2x) ; 2. ª Cor. 3:18; 4:4; CL 1:5; CL 3:10; HB 10:11; AP 13:14; AP 14:2, AP 14:11; 15:2; 19 : 20; 20 : 4.


SKIÁ (sombra) - MT 4:16; MC 4:32; LC 1:79; AT 5:15; CL 2:17; HB 8:5; HB 10:1.


Também entre os gregos, desde Homero, havia a palavra thumós, que era tomada no sentido de alma encarnada". Teve ainda sentidos diversos, exprimindo "coração" quer como sede do intelecto, quer como sede das paixões. Fixou-se, entretanto, mais neste último sentido, e toda, as vezes que a deparamos no Novo Testamento é, parece, com o designativo "força". (Cfr. LC 4:28; AT 19:28; RM 2:8; 2. ª Cor. 12:20; GL 5:20; EF 4:31; CL 3:8; HB 11:27; AP 12:12; AP 14:8, AP 14:10, AP 14:19; 15:1, 7; 16:1, 19; 18:3 e 19:15)


SOMA


Soma exprime o corpo, geralmente o físico denso, que é subdividido em carne (sárx) e sangue (haima), ou seja, que compreende o físico denso e o duplo etérico (e aqui retificamos o que saiu publicado no vol. 1, onde dissemos que "sangue" representava o astral).


Já no N. T. encontramos uma antecipação da moderna qualificação de "corpos", atribuída aos planos ou níveis em que o homem pode tornar-se consciente. Paulo, por exemplo, emprega soma para os planos espirituais; ao distinguir os "corpos" celestes (sómata epouránia) dos "corpos" terrestres (sómata epígeia), ele emprega soma para o físico denso (em lugar de sárx), para o corpo astral (sôma psychikôn) e para o corpo espiritual (sôma pneumatikón) em 1. ª Cor. 15:40 e 44.


No N. T. soma é empregado ao todo 123 vezes, sendo 107 vezes no sentido de corpo físico-denso (material, unido ou não à psychê);


MT 5:29, MT 5:30; 6:22, 25; 10:28(2x); 26:12; 27:58, 59; MC 5:29; MC 14:8; MC 15:43; LC 11:34; LC 12:4, LC 12:22, LC 12:23; 17:37; 23:52, 55; 24:3, 23; JO 2:21; JO 19:31, JO 19:38, JO 19:40; 20:12; Aros. 9:40; RM 1:24; RM 4:19; RM 6:6, RM 6:12; 7:4, 24; 8:10, 11, 13, 23; 12:1, 4; 1. º Cor. 5:13; 6:13(2x), 20; 7:4(2x), 34; 9:27; 12:12(3x),14, 15(2x), 16 (2x), 17, 18, 19, 20, 22, 23, 24, 25; 13:3; 15:37, 38(2x) 40). 2. 0 Cor. 4:40; 5:610; 10:10; 12:2(2x); Gól. 6:17; EF 2:16; EF 5:23, EF 5:28; Ft. 3:21; CL 2:11, CL 2:23; 1. º Tess. 5:23; HB 10:5, HB 10:10, HB 10:22; 13:3, 11; Tiago 2:11, Tiago 2:26; 3:2, 3, 6; 1. º Pe. 2:24; Jud. 9; AP 18:13. Três vezes como "corpo astral" (MT 27:42; 1. ª Cor. 15:14, duas vezes); duas vezes como "corpo espiritual" (1. º Cor. 15:41); e onze vezes com sentido simbólico, referindo-se ao pão, tomado como símbolo do corpo de Cristo (MT 26:26; MC 14:22; LC 22:19; RM 12:5; 1. ª Cor. 6:15; 10:16, 17; 11:24; 12:13, 27; EF 1:23; EF 4:4, EF 4:12, EF 4:16; Filp. 1:20; CL 1:18, CL 1:22; 2:17; 3:15).


HAIMA


Haima, o sangue, exprime, como vimos, o corpo vital, isto é, a parte que dá vitalização à carne (sárx), a qual, sem o sangue, é simples cadáver.


O sangue era considerado uma entidade a parte, representando o que hoje chamamos "duplo etérico" ou "corpo vital". Baste-nos, como confirmação, recordar que o Antigo Testamento define o sangue como "a alma de toda carne" (LV 17:11-14). Suma importância, por isso, é atribuída ao derramamento de sangue, que exprime privação da "vida", e representa quer o sacrifício em resgate de erros e crimes, quer o testemunho de uma verdade.


A palavra é assim usada no N. T. :

a) - sangue de vítimas (HB 9:7, HB 9:12, HB 9:13, HB 9:18, 19, 20, 21, 22, 25; 10:4; 11:28; 13:11). Observe-se que só nessa carta há preocupação com esse aspecto;


b) - sangue de Jesus, quer literalmente (MT 27:4, MT 27:6, MT 27:24, MT 27:25; LC 22:20; JO 19:34; AT 5:28; AT 20:28; RM 5:25; RM 5:9; EF 1:7; EF 2:13; CL 1:20; HB 9:14; HB 10:19, HB 10:29; 12:24; 13:12, 20; 1. ª Pe. 1:2,19; 1. ª JO 1:7; 5:6, 8; AP 1:5; AP 5:9; AP 7:14; AP 12:11); quer simbolicamente, quando se refere ao vinho, como símbolo do sangue de Cristo (MT 26:28; MC 14:24; JO 6:53, JO 6:54, JO 6:55, JO 6:56; 1. ª Cor. 10:16; 11:25, 27).


c) - o sangue derramado como testemunho de uma verdade (MT 23:30, MT 23:35; 27:4; LC 13:1; AT 1:9; AT 18:6; AT 20:26; AT 22:20; RM 3:15; HB 12:4; AP 6:10; 14,: 20; 16:6; 17:6; 19:2, 13).


d) - ou em circunstâncias várias (MC 5:25, MC 5:29; 16:7; LC 22:44; JO 1:13; AT 2:19, AT 2:20; 15:20, 29; 17:26; 21:25; 1. ª Cor. 15:50; GL 1:16; EF 6:12; HB 2:14; AP 6:12; AP 8:7; AP 15:3, AP 15:4; 11:6).


SÁRX


Sárx é a carne, expressão do elemento mais grosseiro do homem, embora essa palavra substitua, muitas vezes, o complexo soma, ou seja, se entenda, com esse termo, ao mesmo tempo "carne" e "sangue".


Apesar de ter sido empregada simbolicamente por Jesus (JO 6:51, JO 6:52, JO 6:53, JO 6:54, 55 e 56), seu uso é mais literal em todo o resto do N. T., em 120 outros locais: MT 19:56; MT 24:22; MT 26:41; MC 10:8; MC 13:20; MC 14:38; LC 3:6; LC 24:39; JO 1:14; JO 3:6(2x); 6:63; 8:15; 17:2; AT 2:7, AT 2:26, AT 2:31; RM 1:3; RM 2:28; RM 3:20; RM 4:1; RM 6:19; RM 7:5, RM 7:18, RM 7:25; 8:3, 4(2x), 5(2x), 6, 7, 8, 9, 13(2x); 9:358; 11:14; 13:14; 1. º Cor. 1:2629; 5:5; 6:16; 7:28;10:18; 15:39(2x),50; 2. º Cor. 1:17; 4:11; 5:16; 7:1,5; 10:2,3(2x); 1:18; 12:7; GL 2:16, GL 2:20; 3:3; 4:13, 14, 23; 5:13, 16, 17, 19, 24; 6:8(2x), 12, 13; EF 2:3, EF 2:11, EF 2:14; 5:29, 30, 31; 6:5; CL 1:22, CL 1:24; 2:1, 5, 11, 13, 18, 23; 3:22, 24; 3:34; 1. º Tim. 3:6; Flm. 16; HB 5:7; HB 9:10, HB 9:13; 10:20; 12:9; Tiago 5:3; 1. º Pe. 1:24; 3;18, 21; 4:1, 2, 6; 2. º Pe. 2:10, 18; 1. º JO 2:16; 4:2; 2. º JO 7; Jud. 7, 8, 23; AP 17:16; AP 19:21.


B - TEXTOS COMPROBATÓRIOS


Respiguemos, agora, alguns trechos do N. T., a fim de comprovar nossas conclusões a respeito desta nova teoria.


Comecemos pela distinção que fazemos entre individualidade (ou Espírito) e a personagem transitória humana.


INDIVIDUALIDADE- PERSONAGEM


Encontramos essa distinção explicitamente ensinada por Paulo (l. ª Cor. 15:35-50) que classifica a individualidade entre os "corpos celestiais" (sómata epouránia), isto é, de origem espiritual; e a personagem terrena entre os "corpos terrenos" (sómata epígeia), ou seja, que têm sua origem no próprio planeta Terra, de onde tiram seus elementos constitutivos (físicos e químicos). Logo a seguir, Paulo torna mais claro seu pensamento, denominando a individualidade de "corpo espiritual" (sôma pneumatikón) e a personagem humana de "corpo psíquico" (sôma psychikón). Com absoluta nitidez, afirma que a individualidade é o "Espírito vivificante" (pneuma zoopioún), porque dá vida; e que a personagem, no plano já da energia, é a "alma que vive" (psychê zôsan), pois recebe vida do Espírito que lhe constitui a essência profunda.


Entretanto, para evitar dúvidas ou más interpretações quanto ao sentido ascensional da evolução, assevera taxativamente que o desenvolvimento começa com a personalidade (alma vivente) e só depois que esta se desenvolve, é que pode atingir-se o desabrochar da individualidade (Espírito vivificante).


Temos, pois, bem estabelecida a diferença fundamental, ensinada no N. T., entre psychê (alma) e pneuma (Espírito).


Mas há outros passos em que esses dois elementos são claramente distinguidos:

1) No Cântico de Maria (LC 1:46) sentimos a diferença nas palavras "Minha alma (psychê) engrandece o Senhor e meu Espírito (pneuma) se alegra em Deus meu Salvador".


2) Paulo (Filp. 1:27) recomenda que os cristãos tenham "um só Espírito (pneuma) e uma só alma (psychê), distinção desnecessária, se não expressassem essas palavras coisas diferentes.


3) Ainda Paulo (l. ª Tess. 5:23) faz votos que os fiéis "sejam santificados e guardados no Espírito (pneuma) na alma (psychê) e no corpo (sôma)", deixando bem estabelecida a tríade que assinalamos desde o início.


4) Mais claro ainda é o autor da Carta dos Hebreus (quer seja Paulo Apolo ou Clemente Romano), ao


. utilizar-se de uma expressão sintomática, que diz: "o Logos Divino é Vivo, Eficaz; e mais penetrante que qualquer espada, atingindo até a divisão entre o Espirito (pneuma) e a alma (psychê)" (HB 4:12); aí não há discussão: existe realmente uma divisão entre espírito e alma.


5) Comparando, ainda, a personagem (psiquismo) com a individualidade Paulo afirma que "fala não palavras aprendidas pela sabedoria humana, mas aprendidas do Espírito (divino), comparando as coisas espirituais com as espirituais"; e acrescenta, como esclarecimento e razão: "o homem psíquico (ho ánthrôpos psychikós, isto é, a personagem intelectualizada) não percebe as coisas do Espírito Divino: são tolices para ele, e não pode compreender o que é discernido espiritualmente; mas o homem espiritual (ho ánthrôpos pneumatikós, ou, seja, a individualidade) discerne tudo, embora não seja discernido por ninguém" (1. ª Cor. 2:13-15).


Portanto, não há dúvida de que o N. T. aceita os dois aspectos do "homem": a parte espiritual, a tríade superior ou individualidade (ánthrôpos pneumatikós) e a parte psíquica, o quaternário inferior ou personalidade ou personagem (ánthrôpos psychikós).


O CORPO


Penetremos, agora, numa especificação maior, observando o emprego da palavra soma (corpo), em seu complexo carne-sangue, já que, em vários passos, não só o termo sárx é usado em lugar de soma, como também o adjetivo sarkikós (ou sarkínos) se refere, como parte externa visível, a toda a personagem, ou seja, ao espírito encarnado e preso à matéria; e isto sobretudo naqueles que, por seu atraso, ainda acreditam que seu verdadeiro eu é o complexo físico, já que nem percebem sua essência espiritual.


Paulo, por exemplo, justifica-se de não escrever aos coríntios lições mais sublimes, porque não pode falar-lhes como a "espirituais" (pnenmatikoí, criaturas que, mesmo encarnadas, já vivem na individualidade), mas só como a "carnais" (sarkínoi, que vivem só na personagem). Como a crianças em Cristo (isto é, como a principiantes no processo do conhecimento crístico), dando-lhes leite a beber, não comida, pois ainda não na podem suportar; "e nem agora o posso, acrescenta ele, pois ainda sois carnais" (1. ª Cor. 3:1-2).


Dessa forma, todos os que se encontram na fase em que domina a personagem terrena são descritos por Paulo como não percebendo o Espírito: "os que são segundo a carne, pensam segundo a carne", em oposição aos "que são segundo o espírito, que pensam segundo o espírito". Logo a seguir define a "sabedoria da carne como morte, enquanto a sabedoria do Espírito é Vida e Paz" (Rom, 8:5-6).


Essa distinção também foi afirmada por Jesus, quando disse que "o espírito está pronto (no sentido de" disposto"), mas a carne é fraca" (MT 26:41; MC 14:38). Talvez por isso o autor da Carta aos Hebreus escreveu, ao lembrar-se quiçá desse episódio, que Jesus "nos dias de sua carne (quando encarnado), oferecendo preces e súplicas com grande clamor e lágrimas Àquele que podia livrá-lo da morte, foi ouvido por causa de sua devoção e, não obstante ser Filho de Deus (o mais elevado grau do adeptado, cfr. vol. 1), aprendeu a obediência por meio das coisas que sofreu" (Heb, 5:7-8).


Ora, sendo assim fraca e medrosa a personagem humana, sempre tendente para o mal como expoente típico do Antissistema, Paulo tem o cuidado de avisar que "não devemos submeter-nos aos desejos da carne", pois esta antagoniza o Espírito (isto é constitui seu adversário ou diábolos). Aconselha, então que não se faça o que ela deseja, e conforta os "que são do Espírito", assegurando-lhes que, embora vivam na personalidade, "não estão sob a lei" (GL 5:16-18). A razão é dada em outro passo: "O Senhor é Espírito: onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade" (2. ª Cor. 3:17).


Segundo o autor da Carta aos Hebreus, esta foi uma das finalidades da encarnação de Jesus: livrar a personagem humana do medo da morte. E neste trecho confirma as palavras do Mestre a Nicodemos: "o que nasce de carne é carne" (JO 3:6), esclarecendo, ao mesmo tempo, no campo da psicobiologia, (o problema da hereditariedade: dos pais, os filhos só herdam a carne e o sangue (corpo físico e duplo etérico), já que a psychê é herdeira do pneuma ("o que nasce de espírito, é espírito", João, ibidem). Escreve, então: "como os filhos têm a mesma natureza (kekoinônêken) na carne e no sangue, assim ele (Jesus) participou da carne e do sangue para que, por sua morte, destruísse o adversário (diábolos, a matéria), o qual possui o império da morte, a fim de libertá-las (as criaturas), já que durante toda a vida elas estavam sujeitas ao medo da morte" (HB 2:14).


Ainda no setor da morte, Jesus confirma, mais uma vez, a oposição corpo-alma: "não temais os que matam o corpo: temei o que pode matar a alma (psychê) e o corpo (sôma)" (MT 10:28). Note-se, mais uma vez, a precisão (elegantia) vocabular de Jesus, que não fala em pneuma, que é indestrutível, mas em psychê, ou seja, o corpo astral sujeito a estragos e até morte.


Interessante observar que alguns capítulos adiante, o mesmo evangelista (MT 27:52) usa o termo soma para designar o corpo astral ou perispírito: "e muitos corpos dos santos que dormiam, despertaram".


Refere-se ao choque terrível da desencarnação de Jesus, que foi tão violento no plano astral, que despertou os desencarnados que se encontravam adormecidos e talvez ainda presos aos seus cadáveres, na hibernação dos que desencarnam despreparados. E como era natural, ao despertarem, dirigiram-se para suas casas, tendo sido percebidos pelos videntes.


Há um texto de Paulo que nos deixa em suspenso, sem distinguirmos se ele se refere ao corpo físico (carne) ou ao psíquico (astral): "conheço um homem em Cristo (uma individualidade já cristificada) que há catorze anos - se no corpo (en sômai) não sei, se fora do corpo (ektòs sômatos) não sei: Deus

sabe foi raptado ao terceiro céu" (l. ª Cor. 12:2). É uma confissão de êxtase (ou talvez de "encontro"?), em que o próprio experimentador se declara inapto a distinguir se se tratava de um movimento puramente espiritual (fora do corpo), ou se tivera a participação do corpo psíquico (astral); nem pode verificar se todo o processo se realizou com pneuma e psychê dentro ou fora do corpo.


Entretanto, de uma coisa ele tem certeza absoluta: a parte inferior do homem, a carne e o sangue, esses não participaram do processo. Essa certeza é tão forte, que ele pode ensinar taxativamente e sem titubeios, que o físico denso e o duplo etérico não se unificam com a Centelha Divina, não "entram no reino dos céus", sendo esta uma faculdade apenas de pneuma, e, no máximo, de psychê. E ele o diz com ênfase: "isto eu vos digo, irmãos, que a carne (sárx) e o sangue (haima) NÃO PODEM possuir o reino de Deus" (l. ª Cor. 15:50). Note-se que essa afirmativa é uma negação violenta do "dogma" da ressurreição da carne.


ALMA


Num plano mais elevado, vejamos o que nos diz o N. T. a respeito da psychê e da diánoia, isto é, da alma e do intelecto a esta inerente como um de seus aspectos.


Como a carne é, na realidade dos fatos, incapaz de vontades e desejos, que provêm do intelecto, Paulo afirma que "outrora andávamos nos desejos de nossa carne", esclarecendo, porém, que fazíamos "a vontade da carne (sárx) e do intelecto (diánoia)" (EF 2:3). De fato "o afastamento e a inimizade entre Espírito e corpo surgem por meio do intelecto" (CL 1. 21).


A distinção entre intelecto (faculdade de refletir, existente na personagem) e mente (faculdade inerente ao coração, que cria os pensamentos) pode parecer sutil, mas já era feita na antiguidade, e Jerem ías escreveu que YHWH "dá suas leis ao intelecto (diánoia), mas as escreve no coração" (JR 31:33, citado certo em HB 8:10, e com os termos invertidos em HB 10:16). Aí bem se diversificam as funções: o intelecto recebe a dádiva, refletindo-a do coração, onde ela está gravada.


Realmente a psychê corresponde ao corpo astral, sede das emoções. Embora alguns textos no N. T.


atribuam emoções a kardía, Jesus deixou claro que só a psychê é atingível pelas angústias e aflições, asseverando: "minha alma (psychê) está perturbada" (MT 26:38; MC 14:34; JO 12:27). Jesus não fala em kardía nem em pneuma.


A MENTE


Noús é a MENTE ESPIRITUAL, a individualizadora de pneuma, e parte integrante ou aspecto de kardía. E Paulo, ao salientar a necessidade de revestir-nos do Homem Novo (de passar a viver na individualidade) ordena que "nos renovemos no Espírito de nossa Mente" (EF 4:23-24), e não do intelecto, que é personalista e divisionário.


E ao destacar a luta entre a individualidade e a personagem encarnada, sublinha que "vê outra lei em seus membros (corpo) que se opõem à lei de sua mente (noús), e o aprisiona na lei do erro que existe em seus membros" (RM 7:23).


A mente espiritual, e só ela, pode entender a sabedoria do Cristo; e este não se dirige ao intelecto para obter a compreensão dos discípulos: "e então abriu-lhes a mente (noún) para que compreendessem as Escrituras" (LC 24:45). Até então, durante a viagem (bastante longa) ia conversando com os "discípulos de Emaús". falando-lhes ao intelecto e provando-lhes que o Filho do Homem tinha que sofrer; mas eles não O reconheceram. Mas quando lhes abriu a MENTE, imediatamente eles perceberam o Cristo.


Essa mente é, sem dúvida, um aspecto de kardía. Isaías escreveu: "então (YHWH) cegou-lhes os olhos (intelecto) e endureceu-lhes o coração, para que não vissem (intelectualmente) nem compreendessem com o coração" (IS 6:9; citado por JO 12:40).


O CORAÇÃO


Que o coração é a fonte dos pensamentos, nós o encontramos repetido à exaustão; por exemplo: MT 12:34; MT 15:18, MT 15:19; Marc 7:18; 18:23; LC 6:45; LC 9:47; etc.


Ora, se o termo CORAÇÃO exprime, límpida e indiscutivelmente, a fonte primeira do SER, o "quarto fechado" onde o "Pai vê no secreto" MT 6:6), logicamente se deduz que aí reside a Centelha Divina, a Partícula de pneuma, o CRISTO (Filho Unigênito), que é UNO com o Pai, que também, consequentemente, aí reside. E portanto, aí também está o Espírito-Santo, o Espírito-Amor, DEUS, de que nosso Eu é uma partícula não desprendida.


Razão nos assiste, então, quando escrevemos (vol. 1 e vol. 3) que o "reino de Deus" ou "reino dos céus" ou "o céu", exprime exatamente o CORAÇÃO; e entrar no reino dos céus é penetrar, é MERGULHAR (batismo) no âmago de nosso próprio EU. É ser UM com o CRISTO, tal como o CRISTO é UM com o PAI (cfr. JO 10. 30; 17:21,22, 23).


Sendo esta parte a mais importante para a nossa tese, dividamo-la em três seções:

a) - Deus ou o Espírito Santo habitam DENTRO DE nós;


b) - CRISTO, o Filho (UNO com o Pai) também está DENTRO de nós, constituindo NOSSA ESSÊNCIA PROFUNDA;


c) - o local exato em que se encontra o Cristo é o CORAÇÃO, e nossa meta, durante a encarnação, é CRISTIFICAR-NOS, alcançando a evolução crística e unificando-nos com Ele.


a) -


A expressão "dentro de" pode ser dada em grego pela preposição ENTOS que encontramos clara em LC (LC 17:21), quando afirma que "o reino de Deus está DENTRO DE VÓS" (entòs humin); mas tamb ém a mesma ideia é expressa pela preposição EN (latim in, português em): se a água está na (EM A) garrafa ou no (EM O) copo, é porque está DENTRO desses recipientes. Não pode haver dúvida. Recordese o que escrevemos (vol. 1): "o Logos se fez carne e fez sua residência DENTRO DE NÓS" (JO 1:14).


Paulo é categórico em suas afirmativas: "Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito Santo habita dentro de vós" (1. ª Cor. 3:16).


Οΰи οίδατε ότι ναός θεοϋ έστε иαί τό πνεϋµα τοϋ θεοϋ έν ϋµϊν οίиεί;

E mais: "E não sabeis que vosso corpo é o templo do Espírito Santo que está dentro de vós, o qual recebestes de Deus, e não pertenceis a vós mesmos? Na verdade, fostes comprados por alto preço. Glorificai e TRAZEI DEUS EM VOSSO CORPO" (1. ª Cor. 6:19-20).


Esse Espírito Santo, que é a Centelha do Espírito Universal, é, por isso mesmo, idêntico em todos: "há muitas operações, mas UM só Deus, que OPERA TUDO DENTRO DE TODAS AS COISAS; ... Todas essas coisas opera o único e mesmo Espírito; ... Então, em UM Espírito todos nós fomos MERGULHADOS en: UMA carne, judeus e gentios, livres ou escravos" (1. ª Cor. 12:6, 11, 13).


Καί διαιρέσεις ένεργηµάτων είσιν, ό δέ αύτός θεός ό ένεργών τα πάντα έν πάσιν... Дάντα δέ ταύτα ένεργεί τό έν иαί τό αύτό πνεύµα... Кαί γάρ έν ένί πνεύµατι ήµείς πάντες είς έν σώµα έβαπτίσθηµεν,
είτε ̉Ιουδαίοι εϊτε έλληνες, είτε δούλοι, εϊτε έλεύθεροι.
Mais ainda: "Então já não sois hóspedes e estrangeiros, mas sois concidadãos dos santos e familiares de Deus, superedificados sobre o fundamento dos Enviados e dos Profetas, sendo a própria pedra angular máxima Cristo Jesus: em Quem toda edificação cresce no templo santo no Senhor, no Qual tamb ém vós estais edificados como HABITAÇÃO DE DEUS NO ESPÍRITO" (EF 2:19-22). " Αρα ούν ούиέτι έστε ζένοι иαί πάροιиοι, άλλά έστε συµπολίται τών άγίων иαί οίиείοι τού θεού,
έποιиοδοµηθέντες έπί τώ θεµελίω τών άποστόλων иαί προφητών, όντος άиρογωνιαίου αύτού Χριστόύ
#cite Іησού, έν ώ πάσα οίиοδοµή συναρµολογουµένη αύζει είς ναόν άγιον έν иυρίώ, έν ώ иαί ύµείς
συνοιиοδοµείσθε είς иατοιиητήεριον τού θεού έν πνεµατ

ι.


Se Deus habita DENTRO do homem e das coisas quem os despreza, despreza a Deus: "quem despreza estas coisas, não despreza homens, mas a Deus, que também deu seu Espírito Santo em vós" (1. ª Tess. 4:8).


Тοιγαρούν ό άθετών ούи άνθρωπον άθετεί, άλλά τόν θεόν τόν иαί διδόντα τό πνεύµα αύτού τό άγιον είς ύµάς.

E a consciência dessa realidade era soberana em Paulo: "Guardei o bom depósito, pelo Espírito Santo que habita DENTRO DE NÓS" (2. ª Tim. 1:14). (20)


Тήν иαλήν παραθήиην φύλαζον διά πνεύµατος άγίου τού ένοιиούντος έν ήµϊ

ν.


João dá seu testemunho: "Ninguém jamais viu Deus. Se nos amarmos reciprocamente, Deus permanecer á DENTRO DE NÓS, e o Amor Dele, dentro de nós, será perfeito (ou completo). Nisto sabemos que permaneceremos Nele e Ele em nós, porque DE SEU ESPÍRITO deu a nós" (1. ª JO 4:12-13).


θεόν ούδείς πώποτε τεθέαται: έάν άγαπώµεν άλλήλους, ό θεός έν ήµϊν µένει, иαί ή άγάπη αύτοϋ τε-
τελειωµένη έν ήµϊν έστιν. Εν τουτω γινώσиοµεν ότι έν αύτώ µένοµεν иαί αύτός έν ήµϊν, ότι έи τοϋ
πνεύµατος αύτοϋ δέδώиεν ήµϊ

ν.


b) -


Vejamos agora os textos que especificam melhor ser o CRISTO (Filho) que, DENTRO DE NÓS. constitui a essência profunda de nosso ser. Não é mais uma indicação de que TEMOS a Divindade em nós, mas um ensino concreto de que SOMOS uma partícula da Divindade. Escreve Paulo: "Não sabeis que CRISTO (Jesus) está DENTRO DE VÓS"? (2. ª Cor. 13:5). E, passando àquela teoria belíssima de que formamos todos um corpo só, cuja cabeça é Cristo, ensina Paulo: "Vós sois o CORPO de Cristo, e membros de seus membros" (l. ª Cor. 12:27). Esse mesmo Cristo precisa manifestar-se em nós, através de nós: "vossa vida está escondida COM CRISTO em Deus; quando Cristo se manifestar, vós também vos manifestareis em substância" (CL 3:3-4).


E logo adiante insiste: "Despojai-vos do velho homem com seus atos (das personagens terrenas com seus divisionismos egoístas) e vesti o novo, aquele que se renova no conhecimento, segundo a imagem de Quem o criou, onde (na individualidade) não há gentio nem judeu, circuncidado ou incircunciso, bárbaro ou cita, escravo ou livre, mas TUDO e EM TODOS, CRISTO" (CL 3:9-11).


A personagem é mortal, vivendo a alma por efeito do Espírito vivificante que nela existe: "Como em Adão (personagem) todos morrem, assim em CRISTO (individualidade, Espírito vivificante) todos são vivificados" (1. ª Cor. 15:22).


A consciência de que Cristo vive nele, faz Paulo traçar linhas imorredouras: "ou procurais uma prova do CRISTO que fala DENTRO DE MIM? o qual (Cristo) DENTRO DE VÓS não é fraco" mas é poderoso DENTRO DE VÓS" (2. ª Cor. 13:3).


E afirma com a ênfase da certeza plena: "já não sou eu (a personagem de Paulo), mas CRISTO QUE VIVE EM MIM" (GL 2:20). Por isso, pode garantir: "Nós temos a mente (noús) de Cristo" (l. ª Cor. 2:16).


Essa convicção traz consequências fortíssimas para quem já vive na individualidade: "não sabeis que vossos CORPOS são membros de Cristo? Tomando, então, os membros de Cristo eu os tornarei corpo de meretriz? Absolutamente. Ou não sabeis que quem adere à meretriz se torna UM CORPO com ela? Está dito: "e serão dois numa carne". Então - conclui Paulo com uma lógica irretorquível - quem adere a Deus é UM ESPÍRITO" com Deus (1. ª Cor. 6:15-17).


Já desde Paulo a união sexual é trazida como o melhor exemplo da unificação do Espírito com a Divindade. Decorrência natural de tudo isso é a instrução dada aos romanos: "vós não estais (não viveis) EM CARNE (na personagem), mas EM ESPÍRITO (na individualidade), se o Espírito de Deus habita DENTRO DE VÓS; se porém não tendes o Espírito de Cristo, não sois Dele. Se CRISTO (está) DENTRO DE VÓS, na verdade o corpo é morte por causa dos erros, mas o Espírito vive pela perfeição. Se o Espírito de Quem despertou Jesus dos mortos HABITA DENTRO DE VÓS, esse, que despertou Jesus dos mortos, vivificará também vossos corpos mortais, por causa do mesmo Espírito EM VÓS" (RM 9:9-11). E logo a seguir prossegue: "O próprio Espírito testifica ao nosso Espírito que somos filhos de Deus; se filhos, (somos) herdeiros: herdeiros de Deus, co-herdeiros de Cristo" (RM 8:16). Provém daí a angústia de todos os que atingiram o Eu Interno para libertar-se: "também tendo em nós as primícias do Espírito, gememos dentro de nós, esperando a adoção de Filhos, a libertação de nosso corpo" (RM 8:23).


c) -


Finalmente, estreitando o círculo dos esclarecimentos, verificamos que o Cristo, dentro de nós, reside NO CORAÇÃO, onde constitui nosso EU Profundo. É ensinamento escriturístico.


Ainda é Paulo que nos esclarece: "Porque sois filhos, Deus enviou o ESPÍRITO DE SEU FILHO, em vosso CORAÇÃO, clamando Abba, ó Pai" (GL 4:6). Compreendemos, então, que o Espírito Santo (Deus) que está em nós, refere-se exatamente ao Espírito do FILHO, ao CRISTO Cósmico, o Filho Unigênito. E ficamos sabendo que seu ponto de fixação em nós é o CORAÇÃO.


Lembrando-se, talvez, da frase de Jeremias, acima-citada, Paulo escreveu aos coríntios: "vós sois a nossa carta, escrita em vossos CORAÇÕES, conhecida e lida por todos os homens, sendo manifesto que sois CARTA DE CRISTO, preparada por nós, e escrita não com tinta, mas com o Espírito de Deus Vivo; não em tábuas de pedra, mas nas tábuas dos CORAÇÕES CARNAIS" (2. ª Cor. 3:2-3). Bastante explícito que realmente se trata dos corações carnais, onde reside o átomo espiritual.


Todavia, ainda mais claro é outro texto, em que se fala no mergulho de nosso eu pequeno, unificandonos ao Grande EU, o CRISTO INTERNO residente no coração: "CRISTO HABITA, pela fé, no VOSSO CORAÇÃO". E assegura com firmeza: "enraizados e fundamentados no AMOR, com todos os santos (os encarnados já espiritualizados na vivência da individualidade) se compreenderá a latitude, a longitude a sublimidade e a profundidade, conhecendo o que está acima do conhecimento, o AMOR DE CRISTO, para que se encham de toda a plenitude de Deus" (EF 3:17).


Кατοιиήσαι τόν Χριστόν διά τής πίστεως έν ταϊς иαρδίαις ύµών, έν άγάπη έρριζωµένοι иαί τεθεµελιωµένοι, ϊνα έζισγύσητε иαταλαβέσθαι σύν πάσιν τοϊςάγίοιςτί τό πλάτος иαί µήиος иαί ύψος
иαί βάθος, γνώσαι τε τήν ύπερβάλλουσαν τής γνώσεως άγάπην τοϋ Χριστοϋ, ίνα πληρωθήτε είς πάν τό πλήρωµα τού θεοϋ.

Quando se dá a unificação, o Espírito se infinitiza e penetra a Sabedoria Cósmica, compreendendo então a amplitude da localização universal do Cristo.


Mas encontramos outro ensino de suma profundidade, quando Paulo nos adverte que temos que CRISTIFICAR-NOS, temos que tornar-nos Cristos, na unificação com Cristo. Para isso, teremos que fazer uma tradução lógica e sensata da frase, em que aparece o verbo CHRIO duas vezes: a primeira, no particípio passado, Christós, o "Ungido", o "permeado da Divindade", particípio que foi transliterado em todas as línguas, com o sentido filosófico e místico de O CRISTO; e a segunda, logo a seguir, no presente do indicativo. Ora, parece de toda evidência que o sentido do verbo tem que ser O MESMO em ambos os empregos. Diz o texto original: ho dè bebaiôn hemãs syn humin eis Christon kaí chrísas hemãs theós (2. ª Cor. 1:21).


#cite Ο δέ βεβαιών ήµάς σύν ύµίν είς Χριστόν иαί χρίσας ήµάς θεό

ς.


Eis a tradução literal: "Deus, fortifica dor nosso e vosso, no Ungido, unge-nos".


E agora a tradução real: "Deus, fortificador nosso e vosso, em CRISTO, CRISTIFICA-NOS".


Essa a chave para compreendermos nossa meta: a cristificação total e absoluta.


Logo após escreve Paulo: "Ele também nos MARCA e nos dá, como penhor, o Espírito em NOSSOS CORAÇÕES" (2. ª Cor. 1:22).


#cite Ο иαί σφραγισάµενος ήµάς иαί δούς τόν άρραβώνα τόν πνεύµατος έν ταϊς иαρδϊαις ήµώ

ν.


Completando, enfim, o ensino - embora ministrado esparsamente - vem o texto mais forte e explícito, informando a finalidade da encarnação, para TÔDAS AS CRIATURAS: "até que todos cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, ao Homem Perfeito, à medida da evolução plena de Cristo" (EF 4:13).


Мέρχι иαταντήσωµεν οί πάντες είς τήν ένότητα τής πίστοως. иαί τής έπιγνώσεως τοϋ υίοϋ τοϋ θεοϋ,
είς άνδρα τελειον, είς µέτρον ήλιиίας τοϋ πληρώµατος τοϋ Χριστοϋ.
Por isso Paulo escreveu aos Gálatas: "ó filhinhos, por quem outra vez sofro as dores de parto, até que Cristo SE FORME dentro de vós" (GL 4:19) (Тεиνία µου, ούς πάλιν ώδίνω, µέρχις ού µορφωθή Χριστός έν ύµϊ

ν).


Agostinho (Tract. in Joanne, 21, 8) compreendeu bem isto ao escrever: "agradeçamos e alegremonos, porque nos tornamos não apenas cristãos, mas cristos", (Christus facti sumus); e Metódio de Olimpo ("Banquete das dez virgens", Patrol. Graeca, vol. 18, col. 150) escreveu: "a ekklêsía está grávida e em trabalho de parto até que o Cristo tome forma em nós, até que Cristo nasça em nós, a fim de que cada um dos santos (encarnados) por sua participação com o Cristo, se torne Cristo". Também Cirilo de Jerusalém ("Catechesis mystagogicae" 1. 3. 1 in Patr. Graeca vol. 33, col. 1. 087) asseverou: " Após terdes mergulhado no Cristo e vos terdes revestido do Cristo, fostes colocados em pé de igualdade com o Filho de Deus... pois que entrastes em comunhão com o Cristo, com razão tendes o nome de cristos, isto é, de ungidos".


Todo o que se une ao Cristo, se torna um cristo, participando do Pneuma e da natureza divina (theías koinônoí physeôs) (2. ª Pe. 1:3), pois "Cristo é o Espírito" (2. ª Cor. 3:17) e quem Lhe está unido, tem em si o selo (sphrágis) de Cristo. Na homilia 24,2, sobre 1. ª Cor. 10:16, João Crisóstomo (Patrol.


Graeca vol. 61, col. 200) escreveu: "O pão que partimos não é uma comunhão (com+união, koinônía) ao corpo de Cristo? Porque não disse "participação" (metoché)? Porque quis revelar algo mais, e mostrar uma associação (synápheia) mais íntima. Realmente, estamos unidos (koinônoúmen) não só pela participação (metéchein) e pela recepção (metalambánein), mas também pela UNIFICAÇÃO (enousthai)".


Por isso justifica-se o fragmento de Aristóteles, supra citado, em Sinésio: "os místicos devem não apenas aprender (mathein) mas experimentar" (pathein).


Essa é a razão por que, desde os primeiros séculos do estabelecimento do povo israelita, YHWH, em sua sabedoria, fazia a distinção dos diversos "corpos" da criatura; e no primeiro mandamento revelado a Moisés dizia: " Amarás a Deus de todo o teu coração (kardía), de toda tua alma (psychê), de todo teu intelecto (diánoia), de todas as tuas forças (dynameis)"; kardía é a individualidade, psychê a personagem, dividida em diánoia (intelecto) e dynameis (veículos físicos). (Cfr. LV 19:18; DT 6:5; MT 22:37; MC 12:13; LC 10:27).


A doutrina é uma só em todos os sistemas religiosos pregados pelos Mestres (Enviados e Profetas), embora com o tempo a imperfeição humana os deturpe, pois a personagem é fundamentalmente divisionista e egoísta. Mas sempre chega a ocasião em que a Verdade se restabelece, e então verificamos que todas as revelações são idênticas entre si, em seu conteúdo básico.


ESCOLA INICIÁTICA


Após essa longa digressão a respeito do estudo do "homem" no Novo Testamento, somos ainda obrigados a aprofundar mais o sentido do trecho em que são estipuladas as condições do discipulato.


Há muito desejaríamos ter penetrado neste setor, a fim de poder dar explicação cabal de certas frases e passagens; mas evitamo-lo ao máximo, para não ferir convicções de leitores desacostumados ao assunto.


Diante desse trecho, porém, somos forçados a romper os tabus e a falar abertamente.


Deve ter chamado a atenção de todos os estudiosos perspicazes dos Evangelhos, que Jesus jamais recebeu, dos evangelistas, qualquer título que normalmente seria atribuído a um fundador de religião: Chefe Espiritual, Sacerdote, Guia Espiritual, Pontífice; assim também, aqueles que O seguiam, nunca foram chamados Sequazes, Adeptos, Adoradores, Filiados, nem Fiéis (a não ser nas Epístolas, mas sempre com o sentido de adjetivo: os que mantinham fidelidade a Seus ensinos). Ao contrário disso, os epítetos dados a Jesus foram os de um chefe de escola: MESTRE (Rabbi, Didáskalos, Epistátês) ou de uma autoridade máxima Kyrios (SENHOR dos mistérios). Seus seguidores eram DISCÍPULOS (mathêtês), tudo de acordo com a terminologia típica dos mistérios iniciáticos de Elêusis, Delfos, Crotona, Tebas ou Heliópolis. Após receberem os primeiros graus, os discípulos passaram a ser denominado "emissários" (apóstolos), encarregados de dar a outros as primeiras iniciações.


Além disso, é evidente a preocupação de Jesus de dividir Seus ensinos em dois graus bem distintos: o que era ministrado de público ("a eles só é dado falar em parábolas") e o que era ensinado privadamente aos "escolhidos" ("mas a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus", cfr. MT 13:10-17 ; MC 4:11-12; LC 8:10).


Verificamos, portanto, que Jesus não criou uma "religião", no sentido moderno dessa palavra (conjunto de ritos, dogmas e cultos com sacerdócio hierarquicamente organizado), mas apenas fundou uma ESCOLA INICIÁTICA, na qual preparou e "iniciou" seus DISCÍPULOS, que Ele enviou ("emissários, apóstolos") com a incumbência de "iniciar" outras criaturas. Estas, por sua vez, foram continuando o processo e quando o mundo abriu os olhos e percebeu, estava em grande parte cristianizado. Quando os "homens" o perceberam e estabeleceram a hierarquia e os dogmas, começou a decadência.


A "Escola iniciática" fundada por Jesus foi modelada pela tradição helênica, que colocava como elemento primordial a transmissão viva dos mistérios: e "essa relação entre a parádosis (transmissão) e o mystérion é essencial ao cristianismo", escreveu o monge beneditino D. Odon CaseI (cfr. "Richesse du Mystere du Christ", Les éditions du Cerf. Paris, 1964, pág. 294). Esse autor chega mesmo a afirmar: " O cristianismo não é uma religião nem uma confissão, segundo a acepção moderna dessas palavras" (cfr. "Le Mystere du Culte", ib., pág. 21).


E J. Ranft ("Der Ursprung des Kathoíischen Traditionsprinzips", 1931, citado por D . O. Casel) escreve: " esse contato íntimo (com Cristo) nasce de uma gnose profunda".


Para bem compreender tudo isso, é indispensável uma incursão pelo campo das iniciações, esclarecendo antes alguns termos especializados. Infelizmente teremos que resumir ao máximo, para não prejudicar o andamento da obra. Mas muitos compreenderão.


TERMOS ESPECIAIS


Aiôn (ou eon) - era, época, idade; ou melhor CICLO; cada um dos ciclos evolutivos.


Akoueíu - "ouvir"; akoueín tòn lógon, ouvir o ensino, isto é, receber a revelação dos segredos iniciáticos.


Gnôse - conhecimento espiritual profundo e experimental dos mistérios.


Deíknymi - mostrar; era a explicação prática ou demonstração de objetos ou expressões, que serviam de símbolos, e revelavam significados ocultos.


Dóxa - doutrina; ou melhor, a essência do conhecimento profundo: o brilho; a luz da gnôse; donde "substância divina", e daí a "glória".


Dynamis - força potencial, potência que capacita para o érgon e para a exousía, infundindo o impulso básico de atividade.


Ekklêsía - a comunidade dos "convocados" ou "chamados" (ékklêtos) aos mistérios, os "mystos" que tinham feito ou estavam fazendo o curso da iniciação.


Energeín - agir por dentro ou de dentro (energia), pela atuação da força (dybamis).


Érgon - atividade ou ação; trabalho espiritual realizado pela força (dynamis) da Divindade que habita dentro de cada um e de cada coisa; energia.


Exêgeísthaí - narrar fatos ocultos, revelar (no sentido de "tirar o véu") (cfr. LC 24:35; JO 1:18; AT 10:8:15:12, 14).


Hágios - santo, o que vive no Espírito ou Individualidade; o iniciado (cfr. teleios).


Kyrios - Senhor; o Mestre dos Mistérios; o Mistagogo (professor de mistérios); o Hierofante (o que fala, fans, fantis, coisas santas, hieros); dava-se esse título ao possuidor da dynamis, da exousía e do érgon, com capacidade para transmiti-los.


Exousía - poder, capacidade de realização, ou melhor, autoridade, mas a que provém de dentro, não "dada" de fora.


Leitourgia - Liturgia, serviço do povo: o exercício do culto crístico, na transmissão dos mistérios.


Legómena - palavras reveladoras, ensino oral proferido pelo Mestre, e que se tornava "ensino ouvido" (lógos akoês) pelos discípulos.


Lógos - o "ensino" iniciático, a "palavra" secreta, que dava a chave da interpretação dos mistérios; a" Palavra" (Energia ou Som), segundo aspecto da Divindade.


Monymenta - "monumentos", ou seja, objetos e lembranças, para manter viva a memória.


Mystagogo – o Mestre dos Mystérios, o Hierofante.


Mystérion - a ação ou atividade divina, experimentada pelo iniciado ao receber a iniciação; donde, o ensino revelado apenas aos perfeitos (teleios) e santos (hágios), mas que devia permanecer oculto aos profanos.


Oikonomía - economia, dispensação; literalmente "lei da casa"; a vida intima de cada iniciado e sua capacidade na transmissão iniciática a outros, (de modo geral encargo recebido do Mestre).


Orgê - a atividade ou ação sagrada; o "orgasmo" experimentado na união mística: donde "exaltação espiritual" pela manifestação da Divindade (erradamente interpretado como "ira").


Parábola - ensino profundo sob forma de narrativa popular, com o verdadeiro sentido oculto por metáforas e símbolos.


Paradídômi - o mesmo que o latim trádere; transmitir, "entregar", passar adiante o ensino secreto.


Parádosis - transmissão, entrega de conhecimentos e experiências dos ensinos ocultos (o mesmo que o latim tradítio).


Paralambánein - "receber" o ensino secreto, a "palavra ouvida", tornando-se conhecedor dos mistérios e das instruções.


Patheín - experimentar, "sofrer" uma experiência iniciática pessoalmente, dando o passo decisivo para receber o grau e passar adiante.


Plêrôma - plenitude da Divindade na criatura, plenitude de Vida, de conhecimento, etc.


Redençãoa libertação do ciclo de encarnações na matéria (kyklos anánkê) pela união total e definitiva com Deus.


Santo - o mesmo que perfeito ou "iniciado".


Sêmeíon - "sinal" físico de uma ação espiritual, demonstração de conhecimento (gnose), de força (dynamis), de poder (exousía) e de atividade ou ação (érgon); o "sinal" é sempre produzido por um iniciado, e serve de prova de seu grau.


Sophía - a sabedoria obtida pela gnose; o conhecimento proveniente de dentro, das experiências vividas (que não deve confundir-se com a cultura ou erudição do intelecto).


Sphrágis - selo, marca indelével espiritual, recebida pelo espírito, embora invisível na matéria, que assinala a criatura como pertencente a um Senhor ou Mestre.


Symbolos - símbolos ou expressões de coisas secretas, incompreensíveis aos profanos e só percebidas pelos iniciados (pão, vinho, etc.) .


Sótería - "salvação", isto é, a unificação total e definitiva com a Divindade, que se obtém pela "redenção" plena.


Teleíos - o "finalista", o que chegou ao fim de um ciclo, iniciando outro; o iniciado nos mistérios, o perfeito ou santo.


Teleisthai - ser iniciado; palavra do mesmo radical que teleutan, que significa "morrer", e que exprime" finalizar" alguma coisa, terminar um ciclo evolutivo.


Tradítio - transmissão "tradição" no sentido etimológico (trans + dare, dar além passar adiante), o mesmo que o grego parádosis.


TRADIÇÃO


D. Odon Casel (o. c., pág. 289) escreve: "Ranft estudou de modo preciso a noção da tradítio, não só como era praticada entre os judeus, mas também em sua forma bem diferente entre os gregos. Especialmente entre os adeptos dos dosis é a transmissão secreta feita aos "mvstos" da misteriosa sôtería; é a inimistérios, a noção de tradítio (parádosis) tinha grande importância. A paraciação e a incorporação no círculo dos eleitos (eleitos ou "escolhidos"; a cada passo sentimos a confirmação de que Jesus fundou uma "Escola Iniciática", quando emprega os termos privativos das iniciações heléntcas; cfr. " muitos são chamados, mas poucos são os escolhidos" - MT 22. 14), características das religiões grecoorientais. Tradítio ou parádosis são, pois, palavras que exprimem a iniciação aos mistérios. Tratase, portanto, não de uma iniciação científica, mas religiosa, realizada no culto. Para o "mysto", constitui uma revelação formal, a segurança vivida das realidades sagradas e de uma santa esperança. Graças a tradição, a revelação primitiva passa às gerações ulteriores e é comunicada por ato de iniciação. O mesmo princípio fundamental aplica-se ao cristianismo".


Na página seguinte, o mesmo autor prossegue: "Nos mistérios, quando o Pai Mistagogo comunica ao discípulo o que é necessário ao culto, essa transmissão tem o nome de traditio. E o essencial não é a instrução, mas a contemplação, tal como o conta Apuleio (Metamorphoses, 11, 21-23) ao narrar as experiências culturais do "mysto" Lúcius. Sem dúvida, no início há uma instrução, mas sempre para finalizar numa contemplação, pela qual o discípulo, o "mysto", entra em relação direta com a Divindade.


O mesmo ocorre no cristianismo (pág. 290).


Ouçamos agora as palavras de J. Ranft (o. c., pág. 275): "A parádosis designa a origem divina dos mistérios e a transmissão do conteúdo dos mistérios. Esta, à primeira vista, realiza-se pelo ministério dos homens, mas não é obra de homens; é Deus que ensina. O homem é apenas o intermediário, o Instrumento desse ensino divino. Além disso... desperta o homem interior. Logos é realmente uma palavra intraduzível: designa o próprio conteúdo dos mistérios, a palavra, o discurso, o ENSINO. É a palavra viva, dada por Deus, que enche o âmago do homem".


No Evangelho, a parádosis é constituída pelas palavras ou ensinos (lógoi) de Jesus, mas também simbolicamente pelos fatos narrados, que necessitam de interpretação, que inicialmente era dada, verbalmente, pelos "emissários" e pelos inspirados que os escreveram, com um talento superior de muito ao humano, deixando todos os ensinos profundos "velados", para só serem perfeitamente entendidos pelos que tivessem recebido, nos séculos seguintes, a revelação do sentido oculto, transmitida quer por um iniciado encarnado, quer diretamente manifestada pelo Cristo Interno. Os escritores que conceberam a parádosis no sentido helênico foram, sobretudo, João e Paulo; já os sinópticos a interpretam mais no sentido judaico, excetuando-se, por vezes, o grego Lucas, por sua convivência com Paulo, e os outros, quando reproduziam fielmente as palavras de Jesus.


Se recordarmos os mistérios de Elêusis (palavra que significa "advento, chegada", do verbo eléusomai," chegar"), ou de Delfos (e até mesmo os de Tebas, Ábydos ou Heliópolis), veremos que o Novo Testamento concorda seus termos com os deles. O logos transmitido (paradidômi) por Jesus é recebida (paralambánein) pelos DISCÍPULOS (mathêtês). Só que Jesus apresentou um elemento básico a mais: CRISTO. Leia-se Paulo: "recebi (parélabon) do Kyrios o que vos transmiti (parédote)" (l. ª Cor. 11:23).


O mesmo Paulo, que define a parádosis pagã como "de homens, segundo os elementos do mundo e não segundo Cristo" (CL 2:8), utiliza todas as palavras da iniciação pagã, aplicando-as à iniciação cristã: parádosis, sophía, logo", mystérion, dynamis, érgon, gnose, etc., termos que foram empregados também pelo próprio Jesus: "Nessa hora Jesus fremiu no santo pneuma e disse: abençôo-te, Pai, Senhor do céu e da Terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e hábeis, e as revelaste aos pequenos, Sim, Pai, assim foi de teu agrado. Tudo me foi transmitido (parédote) por meu Pai. E ninguém tem a gnose do que é o Filho senão o Pai, e ninguém tem a gnose do que é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho quer revelar (apokalypsai = tirar o véu). E voltando-se para seus discípulos, disse: felizes os olhos que vêem o que vedes. Pois digo-vos que muitos profetas e reis quiseram ver o que vedes e não viram, e ouvir o que ouvis, e não ouviram" (LC 10:21-24). Temos a impressão perfeita que se trata de ver e ouvir os mistérios iniciáticos que Jesus transmitia a seus discípulos.


E João afirma: "ninguém jamais viu Deus. O Filho Unigênito que esta no Pai, esse o revelou (exêgêsato, termo específico da língua dos mistérios)" (JO 1:18).


"PALAVRA OUVIDA"


A transmissão dos conhecimentos, da gnose, compreendia a instrução oral e o testemunhar das revelações secretas da Divindade, fazendo que o iniciado participasse de uma vida nova, em nível superior ( "homem novo" de Paulo), conhecendo doutrinas que deveriam ser fielmente guardadas, com a rigorosa observação do silêncio em relação aos não-iniciados (cfr. "não deis as coisas santas aos cães", MT 7:6).


Daí ser a iniciação uma transmissão ORAL - o LOGOS AKOÊS, ou "palavra ouvida" ou "ensino ouvido" - que não podia ser escrito, a não ser sob o véu espesso de metáforas, enigmas, parábolas e símbolos.


Esse logos não deve ser confundido com o Segundo Aspecto da Divindade (veja vol. 1 e vol. 3).


Aqui logos é "o ensino" (vol. 2 e vol. 3).


O Novo Testamento faz-nos conhecer esse modus operandi: Paulo o diz, numa construção toda especial e retorcida (para não falsear a técnica): "eis por que não cessamos de agradecer (eucharistoúmen) a Deus, porque, recebendo (paralabóntes) o ENSINO OUVIDO (lógon akoês) por nosso intermédio, de Deus, vós o recebestes não como ensino de homens (lógon anthrópôn) mas como ele é verdadeiramente: o ensino de Deus (lógon theou), que age (energeítai) em vós que credes" (l. ª Tess. 2:13).


O papel do "mysto" é ouvir, receber pelo ouvido, o ensino (lógos) e depois experimentar, como o diz Aristóteles, já citado por nós: "não apenas aprender (matheín), mas experimentar" (patheín).


Esse trecho mostra como o método cristão, do verdadeiro e primitivo cristianismo de Jesus e de seus emissários, tinha profunda conexão com os mistérios gregos, de cujos termos específicos e característicos Jesus e seus discípulos se aproveitaram, elevando, porém, a técnica da iniciação à perfeição, à plenitude, à realidade máxima do Cristo Cósmico.


Mas continuemos a expor. Usando, como Jesus, a terminologia típica da parádosis grega, Paulo insiste em que temos que assimilá-la interiormente pela gnose, recebendo a parádosis viva, "não mais de um Jesus de Nazaré histórico, mas do Kyrios, do Cristo ressuscitado, o Cristo Pneumatikós, esse mistério que é o Cristo dentro de vós" (CL 1:27).


Esse ensino oral (lógos akoês) constitui a tradição (traditio ou parádosis), que passa de um iniciado a outro ou é recebido diretamente do "Senhor" (Kyrios), como no caso de Paulo (cfr. GL 1:11): "Eu volo afirmo, meus irmãos, que a Boa-Nova que preguei não foi à maneira humana. Pois não na recebi (parélabon) nem a aprendi de homens, mas por uma revelação (apokálypsis) de Jesus Cristo".


Aos coríntios (l. ª Cor. 2:1-5) escreve Paulo: "Irmãos, quando fui a vós, não fui com o prestígio do lógos nem da sophía, mas vos anunciei o mistério de Deus. Decidi, com efeito, nada saber entre vós sen ão Jesus Cristo, e este crucificado. Fui a vós em fraqueza, em temor, e todo trêmulo, e meu logos e minha pregação não consistiram nos discursos persuasivos da ciência, mas numa manifestação do Esp írito (pneuma) e do poder (dynamis), para que vossa fé não repouse na sabedoria (sophía) dos homens, mas no poder (dynamis) de Deus".


A oposição entre o logos e a sophia profanos - como a entende Aristóteles - era salientada por Paulo, que se referia ao sentido dado a esses termos pelos "mistérios antigos". Salienta que à sophia e ao logos profanos, falta, no dizer dele, a verdadeira dynamis e o pnenma, que constituem o mistério cristão que ele revela: Cristo.


Em vários pontos do Novo Testamento aparece a expressão "ensino ouvido" ou "ouvir o ensino"; por exemplo: MT 7:24, MT 7:26; 10:14; 13:19, 20, 21, 22, 23; 15:12; 19:22; MC 4:14, MC 4:15, MC 4:16, MC 4:17, 18, 19, 20; LC 6:47; LC 8:11, LC 8:12, LC 8:13, LC 8:15; 10:39; 11:28; JO 5:24, JO 5:38; 7:40; 8:43; 14:24; AT 4:4; AT 10:44; AT 13:7; AT 15:7; EF 1:13; 1. ª Tess. 2:13; HB 4:2; 1. ª JO 2:7; Ap. 1:3.


DYNAMIS


Em Paulo, sobretudo, percebemos o sentido exato da palavra dynamis, tão usada nos Evangelhos.


Pneuma, o Espírito (DEUS), é a força Potencial ou Potência Infinita (Dynamis) que, quando age (energeín) se torna o PAI (érgon), a atividade, a ação, a "energia"; e o resultado dessa atividade é o Cristo Cósmico, o Kosmos universal, o Filho, que é Unigênito porque a emissão é única, já que espaço e tempo são criações intelectuais do ser finito: o Infinito é uno, inespacial, atemporal.


Então Dynamis é a essência de Deus o Absoluto, a Força, a Potência Infinita, que tudo permeia, cria e governa, desde os universos incomensuráveis até os sub-átomos infra-microscópicos. Numa palavra: Dynamis é a essência de Deus e, portanto, a essência de tudo.


Ora, o Filho é exatamente o PERMEAADO, ou o UNGIDO (Cristo), por essa Dynamis de Deus e pelo Érgon do Pai. Paulo já o dissera: "Cristo... é a dynamis de Deus e a sophía de Deus (Christòn theou dynamin kaí theou sophían, 1. ª Cor. 1:24). Então, manifesta-se em toda a sua plenitude (cfr. CL 2:9) no homem Jesus, a Dynamis do Pneuma (embora pneuma e dynamis exprimam realmente uma só coisa: Deus): essa dynamis do pneuma, atuando através do Pai (érgon) toma o nome de CRISTO, que se manifestou na pessoa Jesus, para introduzir a humanidade deste planeta no novo eon, já que "ele é a imagem (eikôn) do Deus invisível e o primogênito de toda criação" (CL 1:15).


EON


O novo eon foi inaugurado exatamente pelo Cristo, quando de Sua penetração plena em Jesus. Daí a oposição que tanto aparece no Novo Testamento Entre este eon e o eon futuro (cfr., i. a., MT 12:32;


MC 10:30; LC 16:8; LC 20:34; RM 12:2; 1. ª Cor. 1:20; 2:6-8; 3:18:2. ª Cor. 4:4; EF 2:2-7, etc.) . O eon "atual" e a vida da matéria (personalismo); O eon "vindouro" é a vida do Espírito ó individualidade), mas que começa na Terra, agora (não depois de desencarnados), e que reside no âmago do ser.


Por isso, afirmou Jesus que "o reino dos céus está DENTRO DE VÓS" (LC 17:21), já que reside NO ESPÍRITO. E por isso, zôê aiónios é a VIDA IMANENTE (vol, 2 e vol. 3), porque é a vida ESPIRITUAL, a vida do NOVO EON, que Jesus anunciou que viria no futuro (mas, entenda-se, não no futuro depois da morte, e sim no futuro enquanto encarnados). Nesse novo eon a vida seria a da individualidade, a do Espírito: "o meu reino não é deste mundo" (o físico), lemos em JO 18:36. Mas é NESTE mundo que se manifestará, quando o Espírito superar a matéria, quando a individualidade governar a personagem, quando a mente dirigir o intelecto, quando o DE DENTRO dominar o DE FORA, quando Cristo em nós tiver a supremacia sobre o eu transitório.


A criatura que penetra nesse novo eon recebe o selo (sphrágis) do Cristo do Espírito, selo indelével que o condiciona como ingresso no reino dos céus. Quando fala em eon, o Evangelho quer exprimir um CICLO EVOLUTIVO; na evolução da humanidade, em linhas gerais, podemos considerar o eon do animalismo, o eon da personalidade, o eon da individualidade, etc. O mais elevado eon que conhecemos, o da zôê aiónios (vida imanente) é o da vida espiritual plenamente unificada com Deus (pneuma-dynamis), com o Pai (lógos-érgon), e com o Filho (Cristo-kósmos).


DÓXA


Assim como dynamis é a essência de Deus, assim dóxa (geralmente traduzida por "glória") pode apresentar os sentidos que vimos (vol. 1). Mas observaremos que, na linguagem iniciática dos mistérios, além do sentido de "doutrina" ou de "essência da doutrina", pode assumir o sentido específico de" substância divina". Observe-se esse trecho de Paulo (Filp. 2:11): "Jesus Cristo é o Senhor (Kyrios) na substância (dóxa) de Deus Pai"; e mais (RM 6:4): "o Cristo foi despertado dentre os mortos pela substância (dóxa) do Pai" (isto é, pelo érgon, a energia do Som, a vibração sonora da Palavra).


Nesses passos, traduzir dóxa por glória é ilógico, não faz sentido; também "doutrina" aí não cabe. O sentido é mesmo o de "substância".


Vejamos mais este passo (l. ª Cor. 2:6-16): "Falamos, sim da sabedoria (sophia) entre os perfeitos (teleiois, isto é, iniciados), mas de uma sabedoria que não é deste eon, nem dos príncipes deste eon, que são reduzidos a nada: mas da sabedoria dos mistérios de Deus, que estava oculta, e que antes dos eons Deus destinara como nossa doutrina (dóxa), e que os príncipes deste mundo não reconheceram. De fato, se o tivessem reconhecido, não teriam crucificado o Senhor da Doutrina (Kyrios da dóxa, isto é, o Hierofante ou Mistagogo). Mas como está escrito, (anunciamos) o que o olho não viu e o ouvido não ouviu e o que não subiu sobre o coração do homem, mas o que Deus preparou para os que O amam.


Pois foi a nós que Deus revelou (apekalypsen = tirou o véu) pelo pneuma" (ou seja, pelo Espírito, pelo Cristo Interno).


MISTÉRIO


Mistério é uma palavra que modificou totalmente seu sentido através dos séculos, mesmo dentro de seu próprio campo, o religioso. Chamam hoje "mistério" aquilo que é impossível de compreender, ou o que se ignora irremissivelmente, por ser inacessível à inteligência humana.


Mas originariamente, o mistério apresentava dois sentidos básicos:

1. º - um ensinamento só revelado aos iniciados, e que permanecia secreto para os profanos que não podiam sabê-lo (daí proveio o sentido atual: o que não se pode saber; na antiguidade, não se podia por proibição moral, ao passo que hoje é por incapacidade intelectual);


2. º - a própria ação ou atividade divina, experimentada pelo iniciado ao receber a iniciação completa.


Quando falamos em "mistério", transliterando a palavra usada no Novo Testamento, arriscamo-nos a interpretar mal. Aí, mistério não tem o sentido atual, de "coisa ignorada por incapacidade intelectiva", mas é sempre a "ação divina revelada experimentalmente ao homem" (embora continue inacessível ao não-iniciado ou profano).


O mistério não é uma doutrina: exprime o caráter de revelação direta de Deus a seus buscadores; é uma gnose dos mistérios, que se comunica ao "mysto" (aprendiz de mística). O Hierofante conduz o homem à Divindade (mas apenas o conduz, nada podendo fazer em seu lugar). E se o aprendiz corresponde plenamente e atende a todas as exigências, a Divindade "age" (energeín) internamente, no "Esp írito" (pneuma) do homem. que então desperta (egereín), isto é, "ressurge" para a nova vida (cfr. "eu sou a ressurreição da vida", JO 11:25; e "os que produzirem coisas boas (sairão) para a restauração de vida", isto é, os que conseguirem atingir o ponto desejado serão despertados para a vida do espírito, JO 5-29).


O caminho que leva a esses passos, é o sofrimento, que prepara o homem para uma gnose superior: "por isso - conclui O. Casel - a cruz é para o cristão o caminho que conduz à gnose da glória" (o. c., pág. 300).


Paulo diz francamente que o mistério se resume numa palavra: CRISTO "esse mistério, que é o Cristo", (CL 1:27): e "a fim de que conheçam o mistério de Deus, o Cristo" (CL 2:2).


O mistério opera uma união íntima e física com Deus, a qual realiza uma páscoa (passagem) do atual eon, para o eon espiritual (reino dos céus).


O PROCESSO


O postulante (o que pedia para ser iniciado) devia passar por diversos graus, antes de ser admitido ao pórtico, à "porta" por onde só passavam as ovelhas (símbolo das criaturas mansas; cfr. : "eu sou a porta das ovelhas", JO 10:7). Verificada a aptidão do candidato profano, era ele submetido a um período de "provações", em que se exercitava na ORAÇÃO (ou petição) que dirigia à Divindade, apresentando os desejos ardentes ao coração, "mendigando o Espírito" (cfr. "felizes os mendigos de Espírito" MT 5:3) para a ele unir-se; além disso se preparava com jejuns e alimentação vegetariana para o SACRIF ÍCIO, que consistia em fazer a consagração de si mesmo à Divindade (era a DE + VOTIO, voto a Deus), dispondo-se a desprender-se ao mundo profano.


Chegado a esse ponto, eram iniciados os SETE passos da iniciação. Os três primeiros eram chamado "Mistérios menores"; os quatro últimos, "mistérios maiores". Eram eles:

1 - o MERGULHO e as ABLUÇÕES (em Elêusis havia dois lagos salgados artificiais), que mostravam ao postulante a necessidade primordial e essencial da "catarse" da "psiquê". Os candidatos, desnudos, entravam num desses lagos e mergulhavam, a fim de compreender que era necessário "morrer" às coisas materiais para conseguir a "vida" (cfr. : "se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica só; mas se morrer dá muito fruto", JO 12:24). Exprimia a importância do mergulho dentro de si mesmo, superando as dificuldades e vencendo o medo. Ao sair do lago, vestia uma túnica branca e aguardava o segundo passo.


2 - a ACEITAÇÃO de quem havia mergulhado, por parte do Mistagogo, que o confirmava no caminho novo, entre os "capazes". Daí por diante, teria que correr por conta própria todos os riscos inerentes ao curso: só pessoalmente poderia caminhar. Essa confirmação do Mestre simbolizava a "epiphanía" da Divindade, a "descida da graça", e o recem-aceito iniciava nova fase.


3 - a METÂNOIA ou mudança da mente, que vinha após assistir a várias tragédias e dramas de fundo iniciático. Todas ensinavam ao "mysto" novato, que era indispensável, através da dor, modificar seu" modo de pensar" em relação à vida, afastar-se de. todos os vícios e fraquezas do passado, renunciar a prazeres perniciosos e defeitos, tornando-se o mais perfeito (téleios) possível. Era buscada a renovação interna, pelo modo de pensar e de encarar a vida. Grande número dos que começavam a carreira, paravam aí, porque não possuíam a força capaz de operar a transmutação mental. As tentações os empolgavam e novamente se lançavam no mundo profano. No entanto, se dessem provas positivas de modifica ção total, de serem capazes de viver na santidade, resistindo às tentações, podiam continuar a senda.


Havia, então, a "experiência" para provar a realidade da "coragem" do candidato: era introduzido em grutas e câmaras escuras, onde encontrava uma série de engenhos lúgubres e figuras apavorantes, e onde demorava um tempo que parecia interminável. Dali, podia regressar ou prosseguir. Se regressava, saía da fileira; se prosseguia, recebia a recompensa justa: era julgado apto aos "mistérios maiores".


4 - O ENCONTRO e a ILUMINAÇÃO, que ocorria com a volta à luz, no fim da terrível caminhada por entre as trevas. Através de uma porta difícil de ser encontrada, deparava ele campos floridos e perfumados, e neles o Hierofante, em paramentação luxuosa. que os levava a uma refeição simples mas solene constante de pão, mel, castanhas e vinho. Os candidatos eram julgados "transformados", e porSABEDORIA DO EVANGELHO tanto não havia mais as exteriorizações: o segredo era desvelado (apokálypsis), e eles passavam a saber que o mergulho era interno, e que deviam iniciar a meditação e a contemplação diárias para conseguir o "encontro místico" com a Divindade dentro de si. Esses encontros eram de início, raros e breves, mas com o exercício se iam fixando melhor, podendo aspirar ao passo seguinte.


5 - a UNIÃO (não mais apenas o "encontro"), mas união firme e continuada, mesmo durante sua estada entre os profanos. Era simbolizada pelo drama sacro (hierõs gámos) do esponsalício de Zeus e Deméter, do qual nasceria o segundo Dionysos, vencedor da morte. Esse matrimônio simbólico e puro, realizado em exaltação religiosa (orgê) é que foi mal interpretado pelos que não assistiam à sua representação simbólica (os profanos) e que tacharam de "orgias imorais" os mistérios gregos. Essa "união", depois de bem assegurada, quando não mais se arriscava a perdê-la, preparava os melhores para o passo seguinte.


6 - a CONSAGRAÇÃO ou, talvez, a sagração, pela qual era representada a "marcação" do Espírito do iniciado com um "selo" especial da Divindade a quem o "mysto" se consagrava: Apolo, Dyonisos, Isis, Osíris, etc. Era aí que o iniciado obtinha a epoptía, ou "visão direta" da realidade espiritual, a gnose pela vivência da união mística. O epopta era o "vigilante", que o cristianismo denominou "epískopos" ou "inspetor". Realmente epopta é composto de epí ("sobre") e optos ("visível"); e epískopos de epi ("sobre") e skopéô ("ver" ou "observar"). Depois disso, tinha autoridade para ensinar a outros e, achando-se preso à Divindade e às obrigações religiosas, podia dirigir o culto e oficiar a liturgia, e também transmitir as iniciações nos graus menores. Mas faltava o passo decisivo e definitivo, o mais difícil e quase inacessível.


7 - a PLENITUDE da Divindade, quando era conseguida a vivência na "Alma Universal já libertada".


Nos mistérios gregos (em Elêusis) ensinava-se que havia uma Força Absoluta (Deus o "sem nome") que se manifestava através do Logos (a Palavra) Criador, o qual produzia o Filho (Kósmo). Mas o Logos tinha duplo aspecto: o masculino (Zeus) e o feminino (Deméter). Desse casal nascera o Filho, mas também com duplo aspecto: a mente salvadora (Dionysos) e a Alma Universal (Perséfone). Esta, desejando experiências mais fortes, descera à Terra. Mas ao chegar a estes reinos inferiores, tornouse a "Alma Universal" de todas as criaturas, e acabou ficando prisioneira de Plutão (a matéria), que a manteve encarcerada, ministrando-lhe filtros mágicos que a faziam esquecer sua origem divina, embora, no íntimo, sentisse a sede de regressar a seu verdadeiro mundo, mesmo ignorando qual fosse.


Dionysos quis salvá-la, mas foi despedaçado pelos Titãs (a mente fracionada pelo intelecto e estraçalhada pelos desejos). Foi quando surgiu Triptólemo (o tríplice combate das almas que despertam), e com apelos veementes conseguiu despertar Perséfone, revelando lhe sua origem divina, e ao mesmo tempo, com súplicas intensas às Forças Divinas, as comoveu; então Zeus novamente se uniu a Deméter, para fazer renascer Dionysos. Este, assumindo seu papel de "Salvador", desce à Terra, oferecendose em holocausto a Plutão (isto é, encarnando-se na própria matéria) e consegue o resgate de Perséfone, isto é, a libertação da Alma das criaturas do domínio da matéria e sua elevação novamente aos planos divinos. Por esse resumo, verificamos como se tornou fácil a aceitação entre os grego, e romanos da doutrina exposta pelos Emissários de Jesus, um "Filho de Deus" que desceu à Terra para resgatar com sua morte a alma humana.


O iniciado ficava permeado pela Divindade, tornando-se então "adepto" e atingindo o verdadeiro grau de Mestre ou Mistagogo por conhecimento próprio experimental. Já não mais era ele, o homem, que vivia: era "O Senhor", por cujo intermédio operava a Divindade. (Cfr. : "não sou mais eu que vivo, é Cristo que vive em mim", GL 2:20; e ainda: "para mim, viver é Cristo", Filp. 1:21). A tradição grega conservou os nomes de alguns dos que atingiram esse grau supremo: Orfeu... Pitágoras... Apolônio de Tiana... E bem provavelmente Sócrates (embora Schuré opine que o maior foi Platão).


NO CRISTIANISMO


Todos os termos néo-testamentários e cristãos, dos primórdios, foram tirados dos mistérios gregos: nos mistérios de Elêusis, o iniciado se tornava "membro da família do Deus" (Dionysos), sendo chamado.


então, um "santo" (hágios) ou "perfeito" (téleios). E Paulo escreve: "assim, pois, não sois mais estran geiros nem peregrinos, mas sois concidadãos dos santos e familiares de Deus. ’ (EF 2:19). Ainda em Elêusis, mostrava-se aos iniciados uma "espiga de trigo", símbolo da vida que eternamente permanece através das encarnações e que, sob a forma de pão, se tornava participante da vida do homem; assim quando o homem se unia a Deus, "se tornava participante da vida divina" (2. ª Pe. 1:4). E Jesus afirmou: " Eu sou o PÃO da Vida" (JO 6. 35).


No entanto ocorreu modificação básica na instituição do Mistério cristão, que Jesus realizou na "última Ceia", na véspera de sua experiência máxima, o páthos ("paixão").


No Cristianismo, a iniciação toma sentido puramente espiritual, no interior da criatura, seguindo mais a Escola de Alexandria. Lendo Filon, compreendemos isso: ele interpreta todo o Antigo Testamento como alegoria da evolução da alma. Cada evangelista expõe a iniciação cristã de acordo com sua própria capacidade evolutiva, sendo que a mais elevada foi, sem dúvida, a de João, saturado da tradição (parádosis) de Alexandria, como pode ver-se não apenas de seu Evangelho, como também de seu Apocalipse.


Além disso, Jesus arrancou a iniciação dos templos, a portas fechadas, e jogou-a dentro dos corações; era a universalização da "salvação" a todos os que QUISESSEM segui-Lo. Qualquer pessoa pode encontrar o caminho (cfr. "Eu sou o Caminho", JO 14:6), porque Ele corporificou os mistérios em Si mesmo, divulgando-lhes os segredos através de Sua vida. Daí em diante, os homens não mais teriam que procurar encontrar um protótipo divino, para a ele conformar-se: todos poderiam descobrir e utir-se diretamente ao Logos que, através do Cristo, em Jesus se manifestara.


Observamos, pois, uma elevação geral de frequência vibratória, de tonus, em todo o processo iniciático dos mistérios.


E os Pais da Igreja - até o século 3. º o cristianismo foi "iniciático", embora depois perdesse o rumo quando se tornou "dogmático" - compreenderam a realidade do mistério cristão, muito superior, espiritualmente, aos anteriores: tornar o homem UM CRISTO, um ungido, um permeado da Divindade.


A ação divina do mistério, por exemplo, é assim descrita por Agostinho: "rendamos graças e alegremonos, porque nos tornamos não apenas cristãos, mas cristos" (Tract. in Joanne, 21,8); e por Metódio de Olímpio: "a comunidade (a ekklêsía) está grávida e em trabalho de parto, até que o Cristo tenha tomado forma em nós; até que o Cristo nasça em nós, para que cada um dos santos, por sua participação ao Cristo, se torne o cristo" (Patrol. Graeca, vol. 18, ccl. 150).


Temos que tornar-nos cristos, recebendo a última unção, conformando-nos com Ele em nosso próprio ser, já que "a redenção tem que realizar-se EM NÓS" (O. Casel, o. c., pág. 29), porque "o único e verdadeiro holocausto é o que o homem faz de si mesmo".


Cirilo de Jerusalém diz: "Já que entrastes em comunhão com o Cristo com razão sois chamados cristos, isto é, ungidos" (Catechesis Mystagogicae, 3,1; Patrol. Graeca,, 01. 33, col. 1087).


Essa transformação, em que o homem recebe Deus e Nele se transmuda, torna-o membro vivo do Cristo: "aos que O receberam, deu o poder de tornar-se Filhos de Deus" (JO 1:12).


Isso fez que Jesus - ensina-nos o Novo Testamento - que era "sacerdote da ordem de Melquisedec (HB 5:6 e HB 7:17) chegasse, após sua encarnação e todos os passos iniciáticos que QUIS dar, chegasse ao grau máximo de "pontífice da ordem de Melquisedec" (HB 5:10 e HB 6:20), para todo o planeta Terra.


CRISTO, portanto, é o mistério de Deus, o Senhor, o ápice da iniciação a experiência pessoal da Divindade.


através do santo ensino (hierôs lógos), que vem dos "deuses" (Espíritos Superiores), comunicado ao místico. No cristianismo, os emissários ("apóstolos") receberam do Grande Hierofante Jesus (o qual o recebeu do Pai, com Quem era UNO) a iniciação completa. Foi uma verdadeira "transmiss ão" (traditio, parádosis), apoiada na gnose: um despertar do Espírito que vive e experimenta a Verdade, visando ao que diz Paulo: "admoestando todo homem e ensinando todo homem, em toda sabedoria (sophía), para que apresentem todo homem perfeito (téleion, iniciado) em Cristo, para o que eu também me esforço (agõnizómenos) segundo a ação dele (energeían autou), que age (energouménen) em mim, em força (en dynámei)". CL 1:28-29.


Em toda essa iniciação, além disso, precisamos não perder de vista o "enthousiasmós" (como era chamado o "transe" místico entre os gregos) e que foi mesmo sentido pelos hebreus, sobretudo nas" Escolas de Profetas" em que eles se iniciavam (profetas significa "médiuns"); mas há muito se havia perdido esse "entusiasmo", por causa da frieza intelectual da interpretação literal das Escrituras pelos Escribas.


Profeta, em hebraico, é NaVY", de raiz desconhecida, que o Rabino Meyer Sal ("Les Tables de la Loi", éd. La Colombe, Paris, 1962, pág. 216/218) sugere ter sido a sigla das "Escolas de Profetas" (escolas de iniciação, de que havia uma em Belém, de onde saiu David). Cada letra designaria um setor de estudo: N (nun) seriam os sacerdotes (terapeutas do psicossoma), oradores, pensadores, filósofos;

V (beth) os iniciados nos segredos das construções dos templos ("maçons" ou pedreiros), arquitetos, etc. ; Y (yod) os "ativos", isto é, os dirigentes e políticos, os "profetas de ação"; (aleph), que exprime "Planificação", os matemáticos, geômetras, astrônomos, etc.


Isso explica, em grande parte, porque os gregos e romanos aceitaram muito mais facilmente o cristianismo, do que os judeus, que se limitavam a uma tradição que consistia na repetição literal decorada dos ensinos dos professores, num esforço de memória que não chegava ao coração, e que não visavam mais a qualquer experiência mística.


TEXTOS DO N. T.


O termo mystérion aparece várias vezes no Novo Testamento.


A - Nos Evangelhos, apenas num episódio, quando Jesus diz a Seus discípulos: "a vós é dado conhecer os mistérios do reino de Deus" (MT 13:11; MC 4:11; LC 8:10).


B - Por Paulo em diversas epístolas: RM 11:25 - "Não quero, irmãos, que ignoreis este mistério... o endurecimento de Israel, até que hajam entrado todos os gentios".


Rom. 16:15 - "conforme a revelação do mistério oculto durante os eons temporais (terrenos) e agora manifestados".


1. ª Cor. 2:1 – "quando fui ter convosco... anunciando-vos o mistério de Deus".


1. ª Cor. 2:4-7 - "meu ensino (logos) e minha pregação não foram em palavras persuasivas, mas em demonstração (apodeíxei) do pneúmatos e da dynámeôs, para que vossa fé não se fundamente na sophía dos homens, mas na dynámei de Deus. Mas falamos a sophia nos perfeitos (teleiois, iniciados), porém não a sophia deste eon, que chega ao fim; mas falamos a sophia de Deus em mistério, a que esteve oculta, a qual Deus antes dos eons determinou para nossa doutrina". 1. ª Cor. 4:1 - "assim considerem-nos os homens assistentes (hypêrétas) ecônomos (distribuidores, dispensadores) dos mistérios de Deus".


1. ª Cor. 13:2 - "se eu tiver mediunidade (prophéteía) e conhecer todos os mistérios de toda a gnose, e se tiver toda a fé até para transportar montanhas, mas não tiver amor (agápé), nada sou". l. ª Cor. 14:2 - "quem fala em língua (estranha) não fala a homens, mas a Deus, pois ninguém o ouve, mas em espírito fala mistérios". 1. ª Cor. 15:51 - "Atenção! Eu vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados".


EF 1:9 - "tendo-nos feito conhecido o mistério de sua vontade"

EF 3:4 - "segundo me foi manifestado para vós, segundo a revelação que ele me fez conhecer o mistério (como antes vos escrevi brevemente), pelo qual podeis perceber, lendo, minha compreensão no mistério do Cristo".


EF 3:9 - "e iluminar a todos qual a dispensação (oikonomía) do mistério oculto desde os eons, em Deus, que criou tudo".


EF 5:32 - "este mistério é grande: mas eu falo a respeito do Cristo e da ekklésia.


EF 9:19 - "(suplica) por mim, para que me possa ser dado o logos ao abrir minha boca para, em público, fazer conhecer o mistério da boa-nova".


CL 1:24-27 - "agora alegro-me nas experimentações (Pathêmasin) sobre vós e completo o que falta das pressões do Cristo em minha carne, sobre o corpo dele que é a ekklêsía, da qual me tornei servidor, segundo a dispensação (oikonomía) de Deus, que me foi dada para vós, para plenificar o logos de Deus, o mistério oculto nos eons e nas gerações, mas agora manifestado a seus santos (hagioi, iniciados), a quem aprouve a Deus fazer conhecer a riqueza da doutrina (dóxês; ou "da substância") deste mistério nas nações, que é CRISTO EM VÓS, esperança da doutrina (dóxês)".


CL 2:2-3 - "para que sejam consolados seus corações, unificados em amor, para todas as riquezas da plena convicção da compreensão, para a exata gnose (epígnôsin) do mistério de Deus (Cristo), no qual estão ocultos todos os tesouros da sophía e da gnose".


CL 4:3 - "orando ao mesmo tempo também por nós, para que Deus abra a porta do logos para falar o mistério do Cristo, pelo qual estou em cadeias".


2. ª Tess. 2:7 - "pois agora já age o mistério da iniquidade, até que o que o mantém esteja fora do caminho".


1. ª Tim. 3:9 - "(os servidores), conservando o mistério da fé em consciência pura".


1. ª Tim. 2:16 - "sem dúvida é grande o mistério da piedade (eusebeías)".


No Apocalipse (1:20; 10:7 e 17:5, 7) aparece quatro vezes a palavra, quando se revela ao vidente o sentido do que fora dito.


CULTO CRISTÃO


Depois de tudo o que vimos, torna-se evidente que não foi o culto judaico que passou ao cristianismo primitivo. Comparemos: A luxuosa arquitetura suntuosa do Templo grandioso de Jerusalém, com altares maciços a escorrer o sangue quente das vítimas; o cheiro acre da carne queimada dos holocaustos, a misturar-se com o odor do incenso, sombreando com a fumaça espessa o interior repleto; em redor dos altares, em grande número, os sacerdotes a acotovelar-se, munidos cada um de seu machado, que brandiam sem piedade na matança dos animais que berravam, mugiam dolorosamente ou balavam tristemente; o coro a entoar salmos e hinos a todo pulmão, para tentar superar a gritaria do povo e os pregões dos vendedores no ádrio: assim se realizava o culto ao "Deus dos judeus".


Em contraste, no cristianismo nascente, nada disso havia: nem templo, nem altares, nem matanças; modestas reuniões em casas de família, com alguns amigos; todos sentados em torno de mesa simples, sobre a qual se via o pão humilde e copos com o vinho comum. Limitava-se o culto à prece, ao recebimento de mensagens de espíritos, quando havia "profetas" na comunidade, ao ensino dos "emissários", dos "mais velhos" ou dos "inspetores", e à ingestão do pão e do vinho, "em memória da última ceia de Jesus". Era uma ceia que recebera o significativo nome de "amor" (ágape).


Nesse repasto residia a realização do supremo mistério cristão, bem aceito pelos gregos e romanos, acostumados a ver e compreender a transmissão da vida divina, por meio de símbolos religiosos. Os iniciados "pagãos" eram muito mais numerosos do que se possa hoje supor, e todos se sentiam membros do grande Kósmos, pois, como o diz Lucas, acreditavam que "todos os homens eram objeto da benevolência de Deus" (LC 2:14).


Mas, ao difundir-se entre o grande número e com o passar dos tempos, tudo isso se foi enfraquecendo e seguiu o mesmo caminho antes experimentado pelo judaísmo; a força mística, só atingida mais tarde por alguns de seus expoentes, perdeu-se, e o cristianismo "foi incapaz - no dizer de O. Casel - de manterse na continuação, nesse nível pneumático" (o. c. pág. 305). A força da "tradição" humana, embora condenada com veemência por Jesus (cfr. MT 15:1-11 e MT 16:5-12; e MC 7:1-16 e MC 8:14-11; veja atrás), fez-se valer, ameaçando as instituições religiosas que colocam doutrinas humanas ao lado e até acima dos preceitos divinos, dando mais importância às suas vaidosas criações. E D. Odon Casel lamenta: " pode fazer-se a mesma observação na história da liturgia" (o. c., pág. 298). E, entristecido, assevera ainda: "Verificamos igualmente que a concepção cristã mais profunda foi, sob muitos aspectos, preparada muito melhor pelo helenismo que pelo judaísmo. Lamentavelmente a teologia moderna tende a aproximar-se de novo da concepção judaica de tradição, vendo nela, de fato, uma simples transmiss ão de conhecimento, enquanto a verdadeira traditio, apoiada na gnose, é um despertar do espírito que VIVE e EXPERIMENTA a Verdade" (o. c., pág. 299).


OS SACRAMENTOS


O termo latino que traduz a palavra mystérion é sacramentum. Inicialmente conservou o mesmo sentido, mas depois perdeu-os, para transformar-se em "sinal visível de uma ação espiritual invisível".


No entanto, o estabelecimento pelas primeiras comunidades cristãs dos "sacramentos" primitivos, perdura até hoje, embora tendo perdido o sentido simbólico inicial.


Com efeito, a sucessão dos "sacramentos" revela exatamente, no cristianismo, os mesmos passos vividos nos mistérios grego. Vejamos:
1- o MERGULHO (denominado em grego batismo), que era a penetração do catecúmeno em seu eu interno. Simbolizava-se na desnudação ao pretendente, que largava todas as vestes e mergulhava totalmente na água: renunciava de modo absoluto as posses (pompas) exteriores e aos próprios veículos físicos, "vestes" do Espírito, e mergulhava na água, como se tivesse "morrido", para fazer a" catarse" (purificação) de todo o passado. Terminado o mergulho, não era mais o catecúmeno, o profano. Cirilo de Jerusalém escreveu: "no batismo o catecúmeno tinha que ficar totalmente nu, como Deus criou o primeiro Adão, e como morreu o segundo Adão na cruz" (Catechesis Mistagogicae,

2. 2). Ao sair da água, recebia uma túnica branca: ingressava oficialmente na comunidade (ekklêsía), e então passava a receber a segunda parte das instruções. Na vida interna, após o "mergulho" no próprio íntimo, aguardava o segundo passo.


2- a CONFIRMAÇÃO, que interiormente era dada pela descida da "graça" da Força Divina, pela" epifanía" (manifestação), em que o novo membro da ekklêsía se sentia "confirmado" no acerto de sua busca. Entrando em si mesmo a "graça" responde ao apelo: "se alguém me ama, meu Pai o amará, e NÓS viremos a ele e permaneceremos nele" (JO 14:23). O mesmo discípulo escreve em sua epístola: "a Vida manifestou-se, e a vimos, e damos testemunho. e vos anunciamos a Vida Imanente (ou a Vida do Novo Eon), que estava no Pai e nos foi manifestada" (l. ª JO 1:2).


3- a METÁNOIA (modernamente chamada "penitência") era então o terceiro passo. O aprendiz se exercitava na modificação da mentalidade, subsequente ao primeiro contato que tinha tido com a Divindade em si mesmo. Depois de "sentir" em si a força da Vida Divina, há maior compreensão; os pensamentos sobem de nível; torna-se mais fácil e quase automático o discernimento (krísis) entre certo e errado, bem e mal, e portanto a escolha do caminho certo. Essa metánoia é ajudada pelos iniciados de graus mais elevados, que lhe explicam as leis de causa e efeito e outras.


4- a EUCARISTIA é o quarto passo, simbolizando por meio da ingestão do pão e do vinho, a união com o Cristo. Quem mergulhou no íntimo, quem recebeu a confirmação da graça e modificou seu modo de pensar, rapidamenle caminha para o encontro definitivo com o Mestre interno, o Cristo.


Passa a alimentar-se diretamente de seus ensinos, sem mais necessidade de intermediários: alimentase, nutre-se do próprio Cristo, bebe-Lhe as inspirações: "se não comeis a carne do Filho do Homem e não bebeis seu sangue, não tendes a vida em vós. Quem saboreia minha carne e bebe meu sangue tem a Vida Imanente, porque minha carne é verdadeiramente comida e meu sangue é

verdadeiramente bebida. Quem come minha carne e bebe o meu sangue, permanece em mim e eu nele" (JO 6:53 ss).


5- MATRIMÔNIO é o resultado do encontro realizado no passo anterior: e o casamento, a FUSÃO, a união entre a criatura e o Criador, entre o iniciado e Cristo: "esse mistério é grande, quero dizê-lo em relação ao Cristo e à ekklêsia", escreveu Paulo, quando falava do "matrimônio" (EF 5:32). E aqueles que são profanos, que não têm essa união com o Cristo, mas antes se unem ao mundo e a suas ilusões, são chamados "adúlteros" (cfr. vol. 2). E todos os místicos, unanimemente, comparam a união mística com o Cristo ti uma união dos sexos no casamento.


6- a ORDEM é o passo seguinte. Conseguida a união mística a criatura recebe da Divindade a consagra ção, ou melhor, a "sagração", o "sacerdócio" (sacer "sagrado", dos, dotis, "dote"), o "dote sagrado" na distribuição das graças o quinhão especial de deveres e obrigações para com o "rebanho" que o cerca. No judaísmo, o sacerdote era o homem encarregado de sacrificar ritualmente os animais, de examinar as vítimas, de oferecer os holocaustos e de receber as oferendas dirigindo o culto litúrgico. Mais tarde, entre os profanos sempre, passou a ser considerado o "intemediário" entre o homem e o Deus "externo". Nessa oportunidade, surge no Espírito a "marca" indelével, o selo (sphrágis) do Cristo, que jamais se apaga, por todas as vidas que porventura ainda tenha que viver: a união com essa Força Cósmica, de fato, modifica até o âmago, muda a frequência vibratória, imprime novas características e a leva, quase sempre, ao supremo ponto, à Dor-Sacrifício-Amor.


7- a EXTREMA UNÇÃO ("extrema" porque é o último passo, não porque deva ser dada apenas aos moribundos) é a chave final, o último degrau, no qual o homem se torna "cristificado", totalmente ungido pela Divindade, tornando-se realmente um "cristo".


Que esses sacramentos existiram desde os primeiros tempos do cristianismo, não há dúvida. Mas que não figuram nos Evangelhos, também é certo. A conclusão a tirar-se, é que todos eles foram comunicados oralmente pela traditio ou transmissão de conhecimentos secretos. Depois na continuação, foram permanecendo os ritos externos e a fé num resultado interno espiritual, mas já não com o sentido primitivo da iniciação, que acabamos de ver.


Após este escorço rápido, cremos que a afirmativa inicial se vê fortalecida e comprovada: realmente Jesus fundou uma "ESCOLA INICIÁTICA", e a expressão "logos akoês" (ensino ouvido), como outras que ainda aparecerão, precisam ser explicadas à luz desse conhecimento.


* * *

Neste sentido que acabamos de estudar, compreendemos melhor o alcance profundo que tiveram as palavras do Mestre, ao estabelecer as condições do discipulato.


Não podemos deixar de reconhecer que a interpretação dada a Suas palavras é verdadeira e real.


Mas há "mais alguma coisa" além daquilo.


Trata-se das condições exigidas para que um pretendente possa ser admitido na Escola Iniciática na qualidade de DISCÍPULO. Não basta que seja BOM (justo) nem que possua qualidades psíquicas (PROFETA). Não é suficiente um desejo: é mistér QUERER com vontade férrea, porque as provas a que tem que submeter-se são duras e nem todos as suportam.


Para ingressar no caminho das iniciações (e observamos que Jesus levava para as provas apenas três, dentre os doze: Pedro, Tiago e João) o discípulo terá que ser digno SEGUIDOR dos passos do Mestre.


Seguidor DE FATO, não de palavras. E para isso, precisará RENUNCIAR a tudo: dinheiro, bens, família, parentesco, pais, filhos, cônjuges, empregos, e inclusive a si mesmo: à sua vontade, a seu intelecto, a seus conhecimentos do passado, a sua cultura, a suas emoções.


A mais, devia prontificar-se a passar pelas experiências e provações dolorosas, simbolizadas, nas iniciações, pela CRUZ, a mais árdua de todas elas: o suportar com alegria a encarnação, o mergulho pesado no escafandro da carne.


E, enquanto carregava essa cruz, precisava ACOMPANHAR o Mestre, passo a passo, não apenas nos caminhos do mundo, mas nos caminhos do Espírito, difíceis e cheios de dores, estreitos e ladeados de espinhos, íngremes e calçados de pedras pontiagudas.


Não era só. E o que se acrescenta, de forma enigmática em outros planos, torna-se claro no terreno dos mistérios iniciáticos, que existiam dos discípulos A MORTE À VIDA DO FÍSICO. Então compreendemos: quem tiver medo de arriscar-se, e quiser "preservar" ou "salvar" sua alma (isto é, sua vida na matéria), esse a perderá, não só porque não receberá o grau a que aspira, como ainda porque, na condição concreta de encarnado, talvez chegue a perder a vida física, arriscada na prova. O medo não o deixará RESSUSCITAR, depois da morte aparente mas dolorosa, e seu espírito se verá envolvido na conturbação espessa e dementada do plano astral, dos "infernos" (ou umbral) a que terá que descer.


No entanto, aquele que intimorato e convicto da realidade, perder, sua alma, (isto é, "entregar" sua vida do físico) à morte aparente, embora dolorosa, esse a encontrará ou a salvará, escapando das injunções emotivas do astral, e será declarado APTO a receber o grau seguinte que ardentemente ele deseja.


Que adianta, com efeito, a um homem que busca o Espírito, se ganhar o mundo inteiro, ao invés de atingir a SABEDORIA que é seu ideal? Que existirá no mundo, que possa valer a GNOSE dos mistérios, a SALVAÇÃO da alma, a LIBERTAÇÃO das encarnações tristes e cansativas?


Nos trabalhos iniciáticos, o itinerante ou peregrino encontrará o FILHO DO HOMEM na "glória" do Pai, em sua própria "glória", na "glória" de Seus Santos Mensageiros. Estarão reunidos em Espírito, num mesmo plano vibratório mental (dos sem-forma) os antigos Mestres da Sabedoria, Mensageiros da Palavra Divina, Manifestantes da Luz, Irradiadores da Energia, Distribuidores do Som, Focos do Amor.


Mas, nos "mistérios", há ocasiões em que os "iniciantes", também chamados mystos, precisam dar testemunhos públicos de sua qualidade, sem dizerem que possuem essa qualidade. Então está dado o aviso: se nessas oportunidades de "confissão aberta" o discípulo "se envergonhar" do Mestre, e por causa de "respeitos humanos" não realizar o que deve, não se comportar como é da lei, nesses casos, o Senhor dos Mistérios, o Filho do Homem, também se envergonhará dele, considerá-lo-á inepto, incapaz para receber a consagração; não mais o reconhecerá como discípulo seu. Tudo, portanto, dependerá de seu comportamento diante das provas árduas e cruentas a que terá que submeter-se, em que sua própria vida física correrá risco.


Observe-se o que foi dito: "morrer" (teleutan) e "ser iniciado" (teleusthai) são verbos formados do mesmo radical: tele, que significa FIM. Só quem chegar AO FIM, será considerado APTO ou ADEPTO (formado de AD = "para", e APTUM = "apto").


Nesse mesmo sentido entendemos o último versículo: alguns dos aqui presentes (não todos) conseguirão certamente finalizar o ciclo iniciático, podendo entrar no novo EON, no "reino dos céus", antes de experimentar a morte física. Antes disso, eles descobrirão o Filho do Homem em si mesmos, com toda a sua Dynamis, e então poderão dizer, como Paulo disse: "Combati o bom combate, terminei a carreira, mantive a fidelidade: já me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia - e não só a mim, como a todos os que amaram sua manifestação" (2. ª Tim. 4:7-8).



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Efésios Capítulo 2 do versículo 1 até o 22
2. A Manifestação na Salvação dos Homens (2:1-10)

Paulo retoma agora a linha de pensamento que fora iniciada em 1.19, onde ele afir-ma que intercede para que os crentes efésios vejam qual é a sobreexcelente grandeza do poder de Deus. A ressurreição, exaltação e supremacia de Cristo sobre a igreja são mani-festações deste poder. No texto de Ef 2:1-10, o apóstolo declara que a renovação espiritual de todos os homens, judeus e gentios, faz parte e é parcela da ressurreição de Cristo, a manifestação suprema do poder de Deus. Este tema é declarado sucintamente no versículo 5: Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, Deus nos vivificou juntamente ("deu-nos vida", NVI) com Cristo. Esta secção desdobra-se em duas partes:
a) A velha vida de pecado (2:1-3) ;
b) a nova vida em Cristo (2:4-10). O contraste entre as passagens de Ef 2:1-3 e Ef 2:4-10 fala do poder grandioso de Deus.

a) A velha vida de pecado (2:1-3). Paulo distingue pelo menos cinco características da vida que outrora seus leitores levavam longe de Deus. A primeira, era uma vida de morte espiritual; eles estavam mortos em ofensas e pecados (1).' A morte espiritual é "a morte de pecado"," que é o estado de separação de Deus ocasionado por ofensas e pecados. Que o digam Adão e Eva (Gn 3:23) ! Sem sombra de dúvida, devemos entender que Paulo não está apenas dizendo que o homem sem Deus está "sujeito à morte ou sob sentença de morte; ele está realmente morto, porque está sob o controle de uma natureza pecadora"." As palavras análogas ofensa (paraptoma) e pecado (hamartiai) enfatizam a total natureza dessa morte. Ofensa alude "aos desejos da carne, notórios, evidentes e repulsivos", ao passo que pecado designa mais especificamente "os desejos da mente, os pecados de pensamento e idéias, de propósito e inclinação".'

A segunda característica dos pecadores é que eles andam segundo o curso deste mundo (2). A palavra grega para curso é aion, que significa literalmente "era". No sentido em que é empregada aqui, a palavra não carrega um sentido cronológico, porém, mais propriamente, "o caráter espiritual dos tempos". Este povo andava (conduzia a vida) em conformidade com os pensamentos e interesses deste presente mundo mau e transitório (cf. Rm 12:2-1 Co 7.31; Gl 1:4). Um fragmento palestino-siríaco do século VI traz a palavra kanona, que pode ser traduzida por "regras ou cânones de operação". Os homens espiritualmente mortos abandonam as normas e caminhos de Deus pelas nor-mas e caminhos deste mundo.

Terceira, estas pessoas andavam segundo o príncipe das potestades do ar (2). Este mundo tem um deus, o diabo. Em II Coríntios 4:4, Paulo menciona "o deus deste século"; em contrapartida, em I Timóteo 1:17, ele louva "ao Rei dos séculos". O diabo exerce autoridade no reino do ar. De acordo com Bruce, isto quer dizer que "ele é o líder das 'hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais', que nos informa Efésios 6:12".51 Os leitores de Paulo se curvavam antigamente ao deus transitório deste mundo e, assim, suas recompensas eram tão temporárias quanto o seu deus. Mas Cristo os libertou do diabo e suas legiões. O termo espírito refere-se aos poderes do mal, e indica a disposição interior de desobediência que fica ativa no coração dos homens quando estão sujeitos ao Maligno. Como observa Foulkes, os homens são "energizados" por Deus (20) ou pelas forças do mal; se for pelo mal, eles são corretamente "chamados filhos da desobediência".' Quarta, eles, e Paulo também, viviam nos desejos da nossa carne (3). Neste mo-mento, Paulo é constrangido a admitir que ele, embora um judeu, estava entre os "filhos da desobediência" antes de encontrar-se com Jesus. Nos desejos da nossa carne define "o domínio ou elemento no qual suas vidas foram gastas"." A vida era mantida dentro dos limites dos apetites e impulsos próprios da natureza humana caída ou dela provinha. Estes efésios se entregavam aos desejos (epithumia, "desejos ardentes") da carne (sarx, "natureza humana sob dominação do pecado"). Eles estavam fazendo ("satisfa-zendo", BJ, NVI) a vontade (thelema, "vontades", BJ, NVI) da carne e dos pensamentos. Este texto expõe duas fontes do mal:
1) A natureza caída do homem em geral, e

2) "o laboratório dos pensamentos, impressões, imaginações, volições pervertidos do homem em particular"."

Quinta característica, estas pessoas sem Deus eram por natureza filhos da ira (3). No estado pré-cristão, sem a ajuda do Espírito de Deus, os leitores, e Paulo também, estavam por natureza (congenitamente) entregues ao pecado. Uma lei do pecado os controlava e, assim, caíam sob a ira de Deus. A expressão filhos da ira não quer dizer "por nascermos bebês". O fato de todo homem da raça adâmica nascer pecador está reconhecido na expressão por natureza. Filhos da ira, aqui, significa simplesmente "objetos da ira". Como declara Purkiser enfaticamente, a ira de Deus "não é uma reação da sen-sibilidade e vontade divina, as quais podem ser mudadas ou alteradas. É o antagonismo infalível e incessante de Deus ao pecado, que permanecerá enquanto Deus for Deus".55

b) A nova vida em Cristo (2:4-10). Para Paulo, a situação difícil do gênero humano nunca é desesperadora. No plano de fundo tenebroso da morte espiritual, o apóstolo esboça uma caracterização fascinante da nova vida em Cristo. Há três características distintas desta nova vida.

Primeira, é uma vida iniciada em Deus (4,5). Em Cristo, Deus historicamente en-trou com ímpeto na trágica situação da humanidade, e hoje ele entra com ímpeto no estado pecador de cada ser humano arrependido para dar-lhe salvação. Tal é a força da forte conjunção que Paulo usou: Mas Deus (4). Ele sempre faz a diferença. Mesmo quando ainda estávamos mortos em nossas ofensas, seu amor estava agindo a nosso favor (cf. Rm 5:6-8). Misericórdia é a inclinação de Deus em direção aos pecado-res, porém, amor é Sua motivação em tudo o que faz por eles. Misericórdia é abundan-te (inesgotável), porém amor é imenso (indescritível e magnânimo). É "por causa" e não "através" deste grande amor que Deus nos escolheu e nos vivificou juntamente, "nos deu vida juntamente" (5). A palavra juntamente não aparece isolada no texto, mas está expressa pelo acréscimo do prefixo grego syn ao verbo vivificou. Paulo, indubitavelmente, utilizou este verbo composto para enfatizar que a salvação é o resultado da união com Cristo (cf. Rm 6:6-8; Cl 2:12-2 Tm 2.11). A ressurreição de Cristo não é só a garantia da regeneração espiritual; é também o meio da regeneração. Homens mortos são ressusci-tados e, com o Cristo ressurreto, renascidos pelo amor de Deus (cf. Rm 6:11). Para intei-rar-se da análise deste resumo espontâneo que Paulo faz sobre o evangelho: Pela graça sois salvos, ver comentários no versículo 8.

Segunda, a nova vida em Cristo é vida de ressurreição (6,7). Como cristãos, quer judeus quer gentios, tomamos parte na ressurreição de Cristo e também na sua exaltação. Deus nos ressuscitou juntamente (synegeiro) com ele, e nos fez assentar junta-mente (synkathizo). Estes verbos estão no tempo aoristo e expressam ação pontual e completa. Como diz Bruce: "Considera-se que os crentes já estão lá assentados com Cris-to, pelo ato e no propósito de Deus. Vivemos temporariamente na terra enquanto estamos neste corpo; mas 'em Cristo' estamos assentados com Ele onde Ele está"." Este é o signi-ficado de nos lugares celestiais (ver comentários em 1.3). O cristão, tendo sido erguido "do mais profundo inferno para o próprio céu" (Calvino), tem a vida e a cidadania no céu (cf. Fp 3:20). O propósito desta vida ressuscitada e exaltada do novo homem é mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça, pela sua benigni-dade para conosco em Cristo Jesus (7). "No futuro ilimitado, à medida que as eras se sucedem",' os homens espiritualmente ressuscitados exibirão a graça de Deus. Note a repetição do tema do louvor citado em Ef 1:6-12,14.

Terceira característica: obtemos a nova vida em Cristo (8-10). Fazendo uma ampli-ação no parêntese do versículo 5, Paulo apresenta "um dos grandes resumos evangéli-cos do Novo Testamento": Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus (8). A segunda parte deste versículo é paralela à primeira. Nossa salvação da escravidão ao pecado, brotando da graça de Deus e apro-priada pela fé, é o dom de Deus (cf. 1.7). Não obtemos por boas obras (a essência da religião legalista) o direito à libertação do pecado e da morte. Jamais!" Graça significa que tudo começa e termina com Deus. A salvação é, então, um presente de nosso Cria-dor. O versículo 10 enfatiza este fato: Porque somos feitura sua, criados em Cris-to Jesus. Simpson comenta: "Nós causamos nossa própria ruína, mas nele reside nos-so socorro. O Criador restaura com as próprias mãos sua obra-prima arruinada, e não `reparte o louvor da graça' "."

Enquanto a graça é a origem ou fonte de nossa salvação, a fé é o seu meio ou instru-mento. O pronome demonstrativo isso, no versículo 8, não é alusão à fé como dom de Deus. Como Wesley e outros sugerem, a referência é "à frase precedente: 'Sois salvos, por meio da fé' "." É a própria salvação que é o dom de Deus. A fé não faz reivindica-ções, para que não seja dito que foi por "mérito" ou "obra". Se tal prevalecesse, o homem que crê teria o direito de gabar-se ou gloriar-se em si mesmo (cf. Rm 4:2). Fé é a resposta livre e obediente do homem às propostas divinas de salvação. Mas, quando ela opera e o pecador possui a alegria da nova vida, sai a declaração espontânea: "É tudo de Deus!"

Paulo recomenda-nos, entretanto, que obras têm lugar na salvação de Deus. Quan-do a graça opera através da fé, um novo homem é criado para boas obras (10), como Deus planejou no princípio. As boas obras, que estão de acordo com os elementos da lei de Deus, que estão retidos em Cristo, seguem a experiência da fé. E, para o homem de fé, estas boas obras não são obras humanas, mas obras de Deus inspiradas pela atuação do Espírito na vida do homem de fé. Por conseguinte, a nova vida em Cristo é uma manifestação do poder grandioso de Deus!

SEÇÃO IV

UNIDADE ESPIRITUAL DO GÊNERO HUMANO EM CRISTO

Efésios 2:11-22

Na segunda metade do capítulo 2, o apóstolo retorna à experiência de seus leito-res quando eles eram pagãos e foram levados à comunidade cristã. Ele tão frequente-mente se envolve na análise da obra de Cristo que se identifica com as pessoas a quem escreve, como ocorre em 2.10. Depois de tal digressão, aqui Paulo retoma aos pensamentos que deixou ao término do versículo 2. Ele ressalta aos leitores o passa-do sem Cristo e sem esperança e a unidade que agora têm com o povo de Deus. Eles entraram na comunhão cristã juntamente com os crentes judeus. Agora, através das suas relações inspiradas por Cristo está sendo erigido um edifício para a habitação do Espírito de Deus.

A. A ALIENAÇÃO ANTERIOR DOS EFESIOS EM RELAÇÃO A CRISTO, 2.11,12

Portanto, lembrai-vos (11) não é um apelo casual por parte do escritor. Envolve a verdadeira razão por que Paulo está tão preocupado que a igreja seja uma sociedade unida. Isso traz à mente o que Mackay designa como separação sagrada,' que existia historicamente entre judeus e gentios. Os judeus eram descendentes de Abraão e o rito da circuncisão era o sinal de que foram aceitos como povo do concerto. Por outro lado, os gentios, povo do não-concerto, eram menosprezados por eles e desdenhosamente apeli-dados de Incircuncisão. Em vez de cumprirem sua missão com as nações compart lhando seu conhecimento de Deus, os judeus praticavam uma separação geradora de ódio e negadora da graça (cf. Gn 12:3; Is 42:1-6; 49.6).2 Paulo declara que a circuncisão na carne não garante necessariamente a circuncisão do coração (cf. Fp 3:3). Seu desejo é que os leitores não esqueçam a mudança na relação deles com Deus, a qual foi ocasio-nada por Cristo. A graça acabou com a divisão, e o que fora originalmente o plano de unidade visado por Deus para todos os homens agora está sendo realizado. Note que carne aqui significa o corpo físico. No versículo 3, se referia à natureza humana caída (ver comentários no v. 3).

Falando mais especificamente sobre a alienação dos gentios, o apóstolo enumera as tragédias espirituais envolvidas neste estado. Primeiramente, estes efésios estavam sem Cristo (12; "separados de Cristo", NTLH). Antes de ouvirem e responderem à pala-vra da graça, eles não tinham "parte ou parcela no povo messiânico",3 fato que significava que eles não possuíam a esperança do Messias ou qualquer benefício que viesse junto com isto.' Sua história era sem Cristo. Não há tragédia maior para o ser humano. Em segundo lugar, eles estavam separados da comunidade de Israel (12). A alienação é expressa aqui por apallotriousthai, que significa essencialmente "excluído da" (BJ) e não mero afastamento temporário de uma agregação anterior. Comunidade (politeia) tem dois sentidos:

1) estado ou nação; e,

2) "cidadania", ou direitos de cidadão. O primeiro significado está de acordo com a exclusividade nacional dos judeus. Os gentios estavam fora da comunidade do povo de Deus, com exceção de alguns prosélitos. Mas, mesmo entre estes, ainda permanecia o sentimento de intrusão.

Em nossos dias, a alienação existe de forma diferente. Na verdade, houve uma inversão: os cristãos tendem a rejeitar os judeus. Mas não devemos nos esquecer da dívida que os cristãos têm com os judeus por estes terem, ao longo dos séculos, salvaguardado as promessas que hoje se cumprem em Cristo. Este serviço pelo mundo deve despertar em nós um amor pelos judeus. Deve nos levar a fazer todo esforço possível para derrubar a barreira judaica da rejeição a Cristo.
Em terceiro lugar, eles eram estranhos aos concertos da promessa (12). Israel era a comunidade do concerto. Estes concertos foram feitos com Abraão (Gn 12:2-3; 15:8-21; 17:1-21), com o povo sob a chefia de Moisés (Êx 24:1-11), sendo, mais tarde, substitu‑

ídos pelo "novo concerto" (Jr 31:31-34). Eles forneceram a base da existência de Israel. Os concertos de Deus continham promessas de bênçãos, se o povo fosse fiel na obediência às cláusulas estipuladas por Deus. A maior bênção era a garantia de libertação pelo Messias divino. Porque os gentios estavam fora da comunidade, eles eram estranhos (xenoi, estrangeiros) ou não-participantes dos "privilégios, atuais e futuros, os quais fo-ram garantidos a Israel".5

A quarta tragédia espiritual, em conseqüência da anterior, é que estes efésios não possuíam esperança e estavam sem Deus (12). A ruína moral e espiritual de tais gentios era completa. Eles não tinham esperança do "triunfo final da justiça e amor divino; para eles, as questões finais da história do mundo eram sombrias, preocupantes e incertas. A época de ouro deles estava no passado e irremediavelmente perdida, ao passo que a época de ouro do povo judeu estava no futuro"." Alguém observou que preci-samos de uma esperança infinita, que só a fé em Deus pode dar. Westcott repara no patético da estranha combinação sem Deus (atheoi, "ateus") e sem esperança.' Eles enfrentavam a natureza e a vida sem esperança, porque não tinham relação com o Intérprete da natureza e da vida. Westcott afirma que "os gentios tinham 'muitos deuses e muitos senhores', e um Deus como 'causa primeira' nas teorias filosóficas, mas nenhum Deus que amasse os homens e a quem os homens pudessem amar".8

B. A RECONCILIAÇÃO ENTRE GENTIOS E JUDEUS, 2:13-18

  1. Proximidade pelo Sangue de Cristo (2,13)

Uma vez mais estamos diante de uma das transições dramáticas de Paulo (cf. 4). O passado dos gentios foi desolado e agourento, mas agora em Cristo Jesus, tudo mu-dou! Pelo visto, a terminologia e pensamento do escritor provieram de Isaías 57:19: "Paz, paz, para os que estão longe e para os que estão perto" (cf. 17). O povo de "perto", neste caso, eram os hebreus e o povo de longe eram os gentios. Este povo distante, que não tinha a esperança dos concertos nem a alegria da presença de Deus, agora foi colocado dentro do âmbito da graça e do poder redentor de Deus. Esta aproximação foi realizada pelo sangue de Cristo, quando ele entregou "sua vida, de boa vontade rendida na morte, como oferta pelo pecado a favor de 'muitos' (Is 53:11-12) ".' Assim, judeus e gentios podem ficar mais próximos de Deus e, por conseguinte, mais próximos uns dos outros pelo sacri-fício de Cristo. Em Cristo, acabam-se as grandes barreiras da vida da humanidade.

  1. Inimizade Desfeita pela Paz (2.14,15)

a) A parede é derrubada (2.14). Robinson observa que o apóstolo toma uma tercei-ra palavra do versículo de Isaías mencionado acima (Is 57:19). Além de "perto" e "lon-ge", ele emprega "paz".' Porque ele (Cristo) é a nossa paz (14). Ele não só comprou a paz por sua paixão; ele é em si mesmo a genuína essência da paz. Ele é o Príncipe da Paz justo e sacrifical (Is 9:6ss.; Lc 2:14). Como escreveu Barth, "confessar Jesus Cristo é afirmar a abolição e o fim da divisão e hostilidade, o fim da separação e segregação, o fim da inimizade e desprezo, e o fim de todo tipo de restrição!' Ele transformou ambos em um, na realidade significa que ele uniu todos, pois judeus e gentios com-preendem todas as raças humanas.

Uma das ações de Cristo como pacificador é que ele derribou a parede de separa-ção que estava no meio (12). A que o apóstolo está se referindo? Barth relaciona qua-tro possibilidades.

1) A alusão é à parede que havia entre o pátio externo e interno do Templo em Jerusalém, que separava os visitantes gentios dos adoradores judeus (ver Diagrama A). Esta barreira tinha aproximadamente um metro e meio e representava a divisão espiritual entre judeus e gentios.

2) É a parede ou cortina dependurada entre o Lugar Santo e o Santo dos Santos, que simbolizava a separação entre Deus e o homem (ver Diagrama A). Claro que a morte de Cristo rasgou esta cortina em dois (Mac 15.38).

3) A parede se referia à "função que a lei assumira depois que foi 'cercada', como diziam os rabinos, por estatutos e ordenações produzidas por homens". O desenvolvimento de uma religião de legalismo fundamentada na Torá Santa resultou na transformação da lei em instituição divisora (cf. Rm 3:31-7.12; Gl 3:23ss.; Cl 2:22ss.).

4) Por parede, Paulo quer dizer "a barreira entre Deus e os homens, e entre homem e homem, que se compõe de anjos e outros principados e poderes conforme enumeração em Efésios Muitos comentaristas advogam que a parede de separação que estava no meio (12) é uma metáfora da divisão entre judeus e gentios, sendo a idéia sugerida pelo muro do Templo.' Esta posição é apoiada pelo versículo 15. Obviamente, a verdadeira causa de divisão é a religião "legalizada" dos judeus. Seja qual for nossa teoria relativa ao significado deste termo paulino, a verdade do evangelho é clara. Traduzido em termos mais modernos, "Jesus Cristo tem a ver [tem relação] com qualquer divisão que exista entre raças e nações, entre ciência e moralidade, entre leis naturais e legisladas, entre povo primitivo e progressivo, entre pessoas do grupo e fora do grupo"» Cristo derrubou toda barreira do espírito entre os homens.

b) A lei dos mandamentos é anulada (2.15). O sistema de observâncias legais consti-tuía uma barreira entre judeus e gentios. Práticas como a circuncisão, a preparação especial dos alimentos e a preocupação com a "pureza" cerimonial, criavam e perpetua-vam um estado de hostilidade entre os dois grupos. Esta situação mostrava-se mais pungente quando os judeus tendiam a ser religiosamente orgulhosos de sua fidelidade a estas leis. O termo traduzido por desfez (katargesas) tem o significado de "anular" ou "tornar inválido". Diz respeito primariamente à lei, mas também indiretamente à ini-mizade. Devemos considerar a frase da seguinte maneira: "A inimizade foi afastada pela anulação da lei que a ocasionou."" Ordenanças trazem consigo a noção de "dogmas" ou "regulamentos" e, assim, apresentam a questão da religião legalista. Os homens sem-pre estão separados e nunca unidos, quando a esperança religiosa reside na aceitação de Deus por obras meritórias. Cristo em sua carne, isto é, em sua encarnação, ministério, morte, e ressurreição eliminou todos esses elementos divisores entre os homens. Foulkes observa: "Agora, o método da abordagem é pela graça, por uma nova obra criativa de Deus, a mesma para judeus e gentios"."

A segunda porção do versículo 15 reafirma o propósito da vinda de Cristo: Para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz. O segundo Adão, pelo seu envolvimento na totalidade da vida do homem, gerou uma nova humanidade. Esta nova criação é em si mesmo — em união vital com Jesus Cristo. Blaikie ressalta a amplitude da novidade: "Os gentios não se tornam judeus, nem os judeus se tornam gentios, mas ambos se tornam um novo homem, acabando com todas as bases de ciúme".'

3. Reconciliação de Ambos com Deus (2:16-18).

No versículo 16, Paulo deixa claro que a remoção da divisão entre os dois grandes grupos da humanidade resulta na reconciliação de judeus e gentios a Deus. Pela cruz, ou seja, pela obra reconciliadora de Cristo (cf. 13), Deus se tornou apto a perdoar os pecados de judeus e gentios, desta forma produzindo uma nova relação entre ele e toda a humanidade. O verbo grego traduzido por reconciliar é apokatallasso e significa, literalmente, "trocar completamente". A experiência de reconciliação, idéia predomi-nantemente paulina (cf. 2 Co 5:18-20; Cl 1:20), é a troca de um conjunto de relações por outro. Por causa do pecado, os leitores de Paulo estavam outrora "em conflito" com Deus e com os semelhantes. Eles estavam apartados de Deus, mas agora foram recon-ciliados com ele e vivem em harmonia com os propósitos e leis divinas. A graça provo-cou a restauração da comunhão com Deus. Em tal experiência, houve necessariamente a produção de um corpo que é a igreja de Cristo. Por analogia, da mesma maneira que ângulos iguais a um terceiro ângulo são iguais uns aos outros, assim os homens recon-ciliados com Deus estão reconciliados uns com os outros. O objetivo da obra de Cristo no Calvário era um organismo vivo, no qual membros de diversas formações e habili-dades estivessem unidos. Portanto, a morte de Cristo foi verdadeiramente a "execução da pena de morte" da inimizade.

Na declaração vindo Cristo, ele evangelizou a paz (17; cf. Ef 1:13; Is 57:19), Paulo está falando da obra do Cristo ressurreto anunciando a paz que sua morte tornou possí-vel. Westcott observa: "Em sua primeira aparição entre os discípulos, ele deu uma dupla saudação de 'paz' ".1B A mensagem da igreja, que é a reiteração da proclamação de Cristo, é "o evangelho da paz".

Na passagem de Ef 2:13-18, vemos "O Ministério de Paz de Cristo":

1) Cristo é a nossa paz, 14;

2) Cristo faz a paz por sua morte, 15;

3) Cristo, em seu ministério na igreja, proclama a paz, 17.

Surge um resultado positivo por causa da obra de Cristo. Por ele, judeus e gentios têm acesso ao Pai (18). Apalavra acesso (prosagoge) pode, algumas vezes, ser traduzida por "apresentação". Nos dias do Oriente, o indivíduo que apresentava as pessoas a um rei era chamado um prosagoges. Mas Cristo é mais que um introdutor. Ele é o caminho para Deus (cf. elo 14.6). Ele nos concedeu o privilégio de ingresso à presença de Deus. O escritor aos Hebreus destaca: "Cheguemos [...] com confiança ao trono da graça" (Hb 4:16). Beare comenta: "Cristo nos conduz à sala do trono do Rei dos reis; e nos leva a conhecê-lo na plenitude da sua glória como o Par.' Aqui vem à tona a visão trinitária de Paulo. Para compreender estas verdades, temos de relacioná-las aos fatos da experiên-cia e adoração cristãs. Em sua obra na cruz, Cristo abriu o caminho ao Pai, que recebe pecadores arrependidos. O Espírito Santo, que é o Espírito de Cristo, habita, capacita e sustenta o corpo de Cristo. Assim, o relacionamento estabelecido com Deus é mantido (ver comentários em Ef 4:4).

C. METÁFORAS DA UNIDADE, 2:19-22

Neste ponto, o apóstolo volta a falar sobre o estado dos gentios e repete o linguajar do versículo 12. Por Cristo, eles não são mais estrangeiros (xenoi) — "visitantes es-trangeiros sem direitos na comunidade" — e forasteiros (paroikoi) — "residentes es-trangeiros com direitos temporários e limitados".2° A atual relação com Deus na qualida-de de redimidos do Senhor não é nem um pouquinho inferior aos judeus. Paulo se serve de três ilustrações para expressar a unidade extraordinária que prevalece na comunhão dos crentes judeus e gentios.

1. "Concidadãos dos Santos" (
- 19a)

Nesta metáfora, retirada da vida citadina, o apóstolo garante aos gentios que "os seus nomes estão inscritos no mesmo rol cívico com todos a quem 'o Senhor contará quando somar as pessoas"'.21Antigamente, os judeus eram os santos, cidadãos da cida-de de Deus, e os gentios eram os estrangeiros. A situação não é mais esta. Os crentes gentios fazem parte do novo Israel (Gl 6:16), que é formado por todos os cristãos. Eles compartilham todos os direitos e privilégios deste novo povo.

  1. "Família de Deus" (
    - 19b)

Esta segunda metáfora, retirada da vida familiar, sugere uma relação mais próxi-ma. Agora, os gentios são "família de Deus, membros plenos da sua família, na mesma base que os filhos naturais de Abraão, que entraram na família de Deus pela 'mesma fé preciosa"?' A relação com os judeus crentes só pode ser caracterizada por palavras como "parentes", "irmãos" e "santos". De forma milagrosa e graciosa, os gentios ficaram presos em amor pelos judeus crentes.

  1. "Templo Santo no Senhor" (20-22)

O uso da palavra "família" (oikeioi), no versículo 19, conduziu a esta caracterização da igreja. Oikeioi é derivado da palavra que significa "casa" no sentido de residência, moradia, habitação. Robinson comenta: "Eles não são meros membros da casa, mas fa-zem parte da casa de Deus"." A igreja é um santo templo em construção, e é uma habitação de Deus no Espírito (22).

Estes versículos expõem quatro aspectos da metáfora. Primeiro, os apóstolos e profetas são as pedras da fundação do templo (20a). Recebem esta designação, porque sua função é proclamar a Palavra do Senhor. Wesley observa que "a palavra do Senhor, declarada pelos apóstolos e profetas, sustenta a fé de todos os crentes".' Certos estudio-sos vêem uma contradição no pensamento de Paulo ao usar esta metáfora aqui e em I Coríntios 3:11. Lá, Cristo é o fundamento. O problema se resolve quando nos damos conta de que ele emprega a metáfora em sentidos diferentes. Na passagem coríntia, o pensamento gira em torno de si mesmo e de outros como construtores. Na relação aqui está claro que Cristo é o fundamento sobre o qual eles constroem. Paulo está enfatizando as pedras usadas na construção. Nesta relação, Cristo é a pedra da esquina. Todos os outros são pedras de menor significação. Mas, mesmo sendo de menor importância, os apóstolos e outros ministros na igreja são pedras de fundação no edifício de Deus.

O segundo aspecto é que Cristo é a principal pedra da esquina do templo (20b,21). A palavra principal não precisava aparecer aqui. Os léxicos concordam que a palavra grega significa "pedra angular". A história deste pensamento remonta ao próprio Cristo (Mc 12:10). Ele o retirou do Salmo 118:22, que diz: "A pedra que os edificadores rejeita-ram tornou-se cabeça de esquina".' Duas opiniões prevalecem sobre o lugar preciso des-ta pedra nas estruturas construtivas de antigamente.

1) Era a pedra colocada na funda-ção em um canto, não só para firmar tudo, mas para estabelecer o alinhamento para os muros.' Esta opinião está de acordo com I Pedro 2:7 e apóia a idéia de que Cristo é aquele de quem a construção depende.

2) Era a pedra colocada no "topo do edifício, como vértice e conclusão".' Bruce favorece esta interpretação, quando escreve: "A pedra angu-lar é cortada de antemão, e não só firma a estrutura quando é colocada no lugar, mas serve de 'pedra de teste' para mostrar que o edifício foi construído segundo as especificações do arquiteto"." Seja qual for a interpretação que aceitemos, a intenção do apóstolo é afirmar que Cristo controla a configuração e a forma da igreja.

O terceiro aspecto é que os crentes em Cristo são as pedras vivas, que bem ajustadas, crescem para templo santo. Os manuscritos mais antigos diferem quanto a uma frase aqui (21). Alguns têm a expressão pasa he oikodome, todo o edifício (i.e., o edifício inteiro) ; outros têm expressão pasa oikodome, "todo edifício" (i.e., cada edifício). Para certos comentaristas, a segunda tradução dá a entender um complexo de edifícios (cf. BAB). Portanto, Paulo fala da construção de outros edifícios relacionados ao santuário principal. Por outro lado, é mais provável que Paulo esteja interessado em mostrar que a igreja ainda está no processo de construção. Por isso, emprega a metáfora do crescimen-to. Mackay comenta: "É permanente o acréscimo de outras pedras vivas ao edifício inacabado. As pedras que já estão e as que ainda serão postas na estrutura sagrada devem 'crescer para templo santo no Senhor'"." Este crescimento ocorre e fica bonito somente quando seus novos membros, "pela qualidade do seu discipulado em manter-se estritamente fiel ao Senhor, contribuem para a unidade, força e perfeição da igreja"."

O quarto aspecto é que o templo no qual os gentios são edificados é a habitação de Deus (22). Na antiga ordem, o Tabernáculo e o Templo existiam apenas para proporcio-nar um lugar para o Santo de Israel.' Mas Paulo escreveu aos crentes coríntios: "Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?" 1Co 3:16). No novo concerto, Deus não só chama um povo, mas mora com eles. Como afirma Mackay: "A Igreja Cristã, quando é verdadeiramente a Igreja, é a Casa da Presença"."

Nos versículos 4:22, temos o assunto: "A Igreja, a Morada de Deus". A unidade da Igreja Invisível é o tema de fundo.

1) A fundação da Igreja, 20;

2) A construção da Igreja: inclusiva, 11-19; exclusiva, 4-11; de projeto simétrico — bem ajustado; cresce até à conclusão — cresce para templo santo no Senhor, 21;

3) "Em Cristo", a Igreja é a morada de Deus no Espírito, 22 (G. B. Williamson).


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Efésios Capítulo 2 versículo 5
A palavra salvos, como a palavra herança (ver Ef 1:11,), pode referir-se tanto à participação presente da obra redentora de Deus por meio de Jesus Cristo (conforme também v. 8) como à possessão futura e definitiva desse dom (Rm 5:9-10).

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Efésios Capítulo 2 do versículo 1 até o 22
*

2.1-3 O estado natural de todos os seres humanos é uma espécie de morte espiritual. Primeiro, essa condição espiritual é universal: tanto gentios (v. 2) como judeus (v. 3) são “por natureza filhos da ira” (v. 3; sobre o conceito de “natureza” em Paulo, ver Rm 1). Segundo, estão em rebelião contra Deus; note o uso de “andastes” em relação aos gentios no v. 2 e “nós andamos outrora” em referência aos judeus no v. 3. Terceiro, estão sujeitos ao domínio maligno de Satanás (chamado no v. 2 “príncipe da potestade do ar”; conforme Gl 4:3; Cl 1:13). Quarto, são totalmente incapazes de abandonarem a rebelião contra Deus (Jo 3:3). Quinto, estão expostos à justa ira de Deus (v. 3; 5.6; Rm 1:18-20).

* 2.1 Ele vos deu vida. Ver “Regeneração: O Novo Nascimento” em Jo 3:3.

* 2:4 Mas Deus. Paulo pinta esse quadro desolador da situação humana para colocar em relevo a resposta graciosa e misericordiosa de Deus ao mesmo.

por causa do grande amor com que nos amou. Deus ama o seu povo por vontade própria. Paulo rejeita qualquer idéia de mérito, esforço ou capacidade por parte daqueles que chegam à vida (conforme Dt 7:7,8). A condição de pecadores, irremediável senão por Cristo, descrita por Paulo nos vs. 1-3 é fundamental para a compreensão do que ele ensina sobre a eleição de Deus em 1:4-6 e sobre o dom divino da vida aqui nos vs. 4-10. Observe o resumo em Rm 8:29,30.

* 2.5,6 nos deu vida... nos ressuscitou, e nos fez assentar. São acontecimentos históricos da vida de Cristo: sua ressurreição dos mortos e entronização à mão direita de Deus. Mas Paulo relaciona-os também ao que tem acontecido aos crentes. Paulo ensina uma união entre Cristo e os que nele crêem (1.3; Cl 3:1-4), de forma que o que é dito do Redentor também pode ser dito dos remidos. O que primeiro tornou-se realidade para Jesus também tornar-se-á, um dia, realidade para os crentes (2Co 4:16): eles serão ressuscitados em glória na sua volta (Rm 8:11; 1Co 15). Por enquanto, há uma nova mente (4.23, 24; Rm 12:1, 2), uma nova identidade como filhos de Deus (Rm 8:14-17) e uma nova aptidão para viver livre do controle de Satanás (Rm 8:1-4; 2Co 5:17).

*

2:7 O fundamento da nossa salvação é o amor e a misericórdia de Deus e o seu propósito é a promoção da sua graça e bondade (3.6, nota).

* 2.8 sois salvos. Salvação é uma ação concluída que tem um efeito presente. Em suas primeiras cartas, Paulo geralmente refere-se à salvação ou como um acontecimento futuro (Rm 5:9,10) ou como um processo presente (1Co 1:18; 2Co 2:15). Única exceção é Rm 8:24, onde Paulo refere-se à salvação como acontecida no passado mas ainda por ser completada no retorno de Cristo: "Porque, na esperança, fomos salvos”.

e isto não vem de vós; é dom de Deus. Esse parêntesis é relacionado por muitos ao processo inteiro da salvação pela graça através da fé como um dom de Deus. Outros, todavia, relacionam “isto” especificamente a “fé”. Pecadores dependem do dom gracioso de Deus para responderem com fé a Cristo desde o momento da conversão. Paulo torna explícito o que está implícito em outras passagens do Novo Testamento a respeito da fonte última da fé salvadora (At 13:48; Fp 1:29).

* 2.9 obras. A fé somente, não as obras, pode trazer-nos a aceitação junto a Deus. Boas obras são, contudo, conseqüência e evidência essenciais de vida com Deus (Tt 2:14; 3:8,14; Tg 2:14-26). Deus nos escolheu para fazer-nos santos filhos e filhas (1.4,5) e ele nos fez para sermos novos portadores de sua imagem (4.24), designados para uma vida em conformidade com o caráter de Deus (4.1-6.20). Veja também “Antinomismo” em 1Jo 3:7.

* 2.10 para que andássemos nelas. Ver 4.1; 5.2,8,15; note a comparação irônica com 2.2; 4.17.

*

2.11 na carne, por mãos humanas. O oposto dessa circuncisão é a circuncisão espiritual do coração (Dt 10:16; Jr 4:4), aplicada tanto aos gentios como aos judeus (Rm 2:28,29; Fp 3:3; Cl 2:11-13).

* 2.12 naquele tempo. Contraste com “mas agora” do v. 13; ver também 5.8. Em Rm 9:3-5, Paulo relaciona os privilégios dos judeus. Aqui, ele relaciona as desvantagens dos gentios.

separados... estranhos às alianças da promessa. Não eram cidadãos da nação com a qual Deus estava em relacionamento de pacto. Embora o relacionamento de Deus com Israel contivesse a promessa de abençoar as nações (Gn 12:3), os gentios não tinham consciência alguma dessa esperança.

sem Deus no mundo. Deus revelou-se a toda a humanidade na consciência e na natureza. Mas os gentios haviam abafado o que da verdade sabiam, voltando-se, em vez disso, para a idolatria (At 17:22-31; Rm 1:18-2.16).

* 2.13 em Cristo Jesus... pelo sangue de Cristo. A aproximação dos gentios a Deus envolve dois aspectos. O primeiro é experiência que têm da união espiritual com Cristo (vs. 4-10); o segundo é a base histórica dessa experiência na morte sacrificial de Cristo (vs. 14-16; 1.7).

longe... aproximados. Ver v. 17.

* 2.14-16 Ver 4:22-24; Cl 3:9-12 e notas.

*

2.14 parede da separação que estava no meio. Refere-se aos átrios do templo em Jerusalém. Uma parede separava os gentios dos judeus; também havia sinais afixados que excluíam os gentios dos átrios internos onde eram realizados os sacrifícios pelos pecados.

* 2.15 aboliu... a lei dos mandamentos. Cristo ofereceu em seu próprio corpo o sacrifício definitivo, do qual os sacrifícios do templo eram apenas sinal. As leis cerimoniais do Antigo Testamento que separavam judeus dos gentios não têm mais razão de ser após o seu cumprimento em Cristo.

* 2:17-18 Isaías havia profetizado acerca de um dia no qual a paz de Deus seria proclamada aos que estão “longe” e aos que estão “perto” (Is 57:19). Pelo evangelho de Cristo, o Espírito reúne gentios ("a vós outros que estáveis longe") e judeus ("aos que estavam perto") na presença do Pai, em cumprimento da promessa de Isaías.

* 2.19-22 Esses versículos descrevem a reversão das desvantagens dos gentios apresentadas resumidamente nos vs. 11,12 (conforme 3.6). A construção de um novo templo espiritual substitui aquele, agora obsoleto, de Jerusalém.

*

2.19 já não sois estrangeiros. O reino de Deus é agora internacional. Ver nota teológica “A Igreja”, índice.

* 2:20 O fundamento da casa de Deus foi definitivamente posto pelos apóstolos e profetas do Novo Testamento. A pedra angular é Cristo (1Co 3:10,11).

*

2.21,22 cresce... sendo edificados. A casa de Deus cresce através da inclusão e integração contínua de pessoas como “pedras vivas” (1Pe 2:5). A casa também é um templo porque Deus mesmo vive nesse novo edifício feito de pessoas.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Efésios Capítulo 2 do versículo 1 até o 22
2:2 "Príncipe da potestad do ar" significava para os leitores do Paulo que Satanás e suas forças espirituais de maldade habitam entre a terra e o céu. Satanás, desta maneira, descreve-se como o que exerce autoridade no mundo espiritual de maldade, ou seja, os demônios e os que estão contra Cristo. Satanás significa "o acusador". Também lhe chama o diabo (4.27). Na ressurreição, Cristo triunfou sobre Satanás e seu poder. Entretanto, Jesucristo é o governante permanente do mundo; Satanás o é temporalmente e solo de uma parte do mundo que decide segui-lo.

2:3 O fato de que todas as pessoas, sem exceção, cometemos pecado prova que temos a mesma natureza pecaminosa. Estamos perdidos em pecado e não podemos nos salvar por nossa conta. Significa isto que solo os cristãos fazem coisas boas? É obvio que não, muitos fazem bem a outros. Em uma escala relativa, muitos são morais, bondosos, respeitam as leis, etc. Comparados com os criminosos, diríamos que são muito bons. Mas na escala absoluta de Deus, ninguém é o suficiente bom para ganhar a salvação ("estavam mortos em seus delitos e pecados", 2.1). Solo ao unir nossas vidas à vida perfeita de Cristo podemos chegar a ser bons ante os olhos de Deus. "Filhos de ira" se refere aos que recebem a ira de Deus porque rechaçam a Cristo.

2:4, 5 Nos versículos prévios Paulo se ocupa de nossa antiga natureza pecaminosa (2.1-3). Aqui Paulo enfatiza que já não precisamos viver sob o poder do pecado. Cristo destruiu na cruz o pagamento do pecado e seu poder sobre nossas vidas. A fé em Cristo nos declara absolvidos ou "não culpados" diante de Deus (Rm 3:21-22). Deus não nos tira do mundo nem tampouco nos converte em bonecos, sentiremos como que pecamos e algumas vezes o faremos. A diferença radica em que antes de ser cristãos fomos escravos de nossa natureza pecaminosa, mas agora podemos escolher viver para Cristo (veja-se também Gl 2:20).

2:6 devido à ressurreição de Cristo, sabemos que nossos corpos também ressuscitarão (1Co 15:2-23) e que já nos deu o poder para viver agora a vida cristã (1Co 1:19). Estas idéias se acham combinadas na imagem do Paulo quando fala de estar sentado com Cristo em "lugares celestiales" (veja-a nota a 1.3). Nossa vida eterna com Cristo é certa, porque estamos unidos em sua poderosa vitória.

2.8, 9 Quando alguém lhe dá um presente, diria você: "Que lindo é!, quanto lhe devo?" Não, a resposta apropriada é: "Obrigado". Com quanta freqüência os cristãos, até depois de haver lhes dado a salvação, sentem-se obrigados a fazer algo para chegar até Deus. Devido a nossa salvação e inclusive nossa fé são presentes, devêssemos responder com gratidão, louvor e regozijo.

2.8-10 Chegamos a ser cristãos mediante o dom imerecido de Deus, não como o resultado de algum esforço, habilidade, eleição sábia ou ato de serviço a outros de nossa parte. Entretanto, como gratidão por este presente, procuramos servir e ajudar a outros com carinho, amor e benevolência e não simplesmente para nos agradar a nós mesmos. Embora nenhuma ação ou "obra" nos pode ajudar para obter a salvação, a intenção de Deus é que nossa salvação resulte em obras de serviço. Não somos salvos solo para nosso benefício, a não ser para o Do, para lhe glorificar e edificar a Igreja (4.12).

2.11-13 Os judeus piedosos (os da circuncisão) consideravam impuras todas as cerimônias dos gentis (os da incircuncisión). Se automóvel consideravam puros e limpos devido a sua herança nacional e suas cerimônias religiosas. Paulo sublinha que tão gentis como judeus são impuros diante de Deus e que necessitam que Cristo os limpe. A fim de entender quão grande é o presente desta salvação, precisamos recordar nossa antiga natureza, a condição impura. Alguma vez se há sentido separado, excluído, sem esperanças? Estes versículos são para você. Nenhum está separado do amor de Deus nem do corpo de crentes.

2.11-13 Tanto judeus como gentis podem ser culpados de orgulho espiritual. Os judeus por pensar que sua fé e tradições tinham a virtude de elevá-los por cima de qualquer, os gentis por confiar em seus lucros, poder e posição. O orgulho espiritual impede que vejamos nossas faltas e aumenta as de outros. Cuide-se de sentir-se orgulhoso de sua salvação. Em troca, com humildade, dê graças a Deus pelo que tem feito e anime a quem titubeia em sua fé.

2.11-16 antes da vinda de Cristo, os gentis e judeus se mantinham afastados entre si. Os judeus consideravam que os gentis estavam muito afastados do poder salvador de Deus e portanto sem esperança. Os gentis se sentiram ofendidos pelas declarações dos judeus. Cristo revela a pecaminosidad total, tanto de judeus como de gentis, e a seguir oferece sua salvação por igual para ambos. Só Cristo derruba as paredes dos prejuízos, reconcilia a todos os crentes com Deus e nos unifica em um corpo.

2.14ss Cristo derrubou as paredes que as pessoas levantaram entre elas. Devido a essas paredes se derrubaram, podemos desfrutar de uma verdadeira unidade com pessoas que não são como nós. Isto é o que chamamos verdadeira reconciliação. Graças à morte de Cristo, todos somos parte de uma só família (2.14); nossa hostilidade contra outros desapareceu (2.16); todos podemos ter acesso ao Pai mediante o Espírito Santo (2.18); deixamos que ser estranhos para Deus (2.19); e somos parte de um templo santo, com Cristo como pedra principal do ângulo (2.20, 21).

2.14-22 Há muitas barreiras que podem nos separar de outros cristãos: idade, aparência, inteligência, inclinação política, nível econômico, raça, perspectivas teológicas. Uma das melhores maneiras de apagar o amor de Cristo é nos interessar solo por aqueles com os que temos afinidade natural. Por sorte, Cristo derrubou as barreiras e unificado a todos os crentes em uma só família. Sua cruz devesse ser o centro de nossa unidade. O Espírito Santo nos ajuda a olhar além das barreiras, à unidade para a que fomos chamados a desfrutar.

2.17, 18 Os judeus estavam perto de Deus porque tinham conhecimento prévio a respeito Do mediante as Sagradas Escrituras e o adoravam em suas cerimônias religiosas. Os gentis estavam longe já que conheciam pouco ou nada a respeito de Deus. Devido a nenhum grupo pode salvar-se por boas obras, conhecimento nem sinceridade, tanto um como outro precisaram ouvir a respeito da salvação disponível através do Jesucristo. Ambos, judeus e gentis, agora estão na liberdade de vir a Deus através de Cristo. Deus lhe aproximou de você (2.13).

2.19-22 Muitas vezes, ao edifício de uma igreja lhe chama a casa de Deus. Em realidade, a casa de Deus não é um edifício a não ser um grupo de pessoas. O vive em nós e através de nós se dá a conhecer mundo. A gente pode ver que Deus é amor e que Jesus é Senhor quando vivemos em harmonia com outros e de acordo com o que Deus diz em sua Palavra. Somos cidadãos do Reino de Deus e membros de sua família.

2:20 O que significa estar edificados sobre o fundamento dos apóstolos e os profetas? Significa que a Igreja não é um edifício levantado sobre idéias modernas, a não ser sobre a herança espiritual que nos deu pelos primeiros apóstolos e profetas da igreja cristã.

NOSSA VERDADEIRA IDENTIDADE EM CRISTO

Rm 3:24: Somos justificados (declarados "não culpados" de pecado).

Rm 8:1: Não nos espera nenhuma condenação.

Rm 8:2: Somos livres da Lei do pecado e da morte.

1Co 1:2: Somos santificados e feitos aceptos pelo Jesucristo.

1Co 1:30: Somos retos e Santos em Cristo.

1Co 15:22: Seremos vivificados na ressurreição.

2Co 5:17: Somos novas criaturas.

2Co 5:21: Somos feitos justiça.

Gl 3:28: Somos um em Cristo com todos os crentes.

Ef 1:3: Somos bentos com toda bênção espiritual em Cristo.

Ef 1:4: Somos Santos, sem manchas e talheres com o amor de Deus.

Ef 1:5-6: Somos adotados como filhos de Deus.

Ef 1:7: Nossos pecados são apagados e somos perdoados.

Ef 1:10-11: Seremos gastos sob a autoridade de Cristo.

Ef 1:13: Somos selados como propriedade de Deus pelo Espírito Santo.

Ef 2:6: Somos ressuscitados para nos sentar com Cristo em glória.

Ef 2:10: Somos feitura dela.

Ef 2:13: Aproximaram-nos de Deus.

Ef 3:6: Somos co-participantes das promessas de Cristo.

Ef 3:12: Temos acesso à presença de Deus e podemos nos aproximar do com segurança.

Ef 5:29-30: Somos parte do corpo de Cristo, a Igreja.

Cl 2:10: Temos de tudo, estamos completos em Cristo.

Cl 2:11: Somos livres de nossos maus desejos.

2Tm 2:10: Teremos glória eterna.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Efésios Capítulo 2 do versículo 1 até o 22
B. A IGREJA: UM NOVO MODO DE VIDA EM CRISTO (2: 1-21)

Depois de terminar o levantamento e somatório da igreja preliminar como o plano de Deus para a salvação do homem caído, Paulo agora prossegue no capítulo 2 para descrever em maior detalhe o processo de salvação do homem culminando na revelação do mistério da Igreja de Deus.

Passado Estado 1. do Homem Sem Cristo (2: 1-3)

1 E você fez ele dar vida , estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, 2 , em que uma vez vos andou de acordo com o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera no filhos da desobediência; 3 entre os quais todos nós também viveram toda uma vez nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais: -

A vida sem Cristo é uma morte em vida. Paulo escreveu a Timóteo, relativa a determinados viúvas ", ela que vive em prazeres [prazer pecaminoso de condescendência egoísta] está morto, enquanto ela vive" (1Tm 5:6 ). Fora da fé em Cristo não há apelação dessa sentença. Fora de Cristo a morte é final-final! O antigo Anglo-Saxon palavra "morte" é provavelmente a palavra mais terrível no vocabulário Inglês. Simplesmente definido, a morte significa separação. A morte física ocorre com a separação da personalidade espiritual, a alma, a partir do corpo. Morte social ocorre quando o indivíduo está separado de amigos, entes queridos e vizinhos. Doméstica morte ocorre quando a família eo lar é dissolvido. A morte espiritual ocorre quando o homem pecados contra Deus e, portanto, separa-se de Deus. Henry Drummond afirmou que a morte é o resultado da cessação da correspondência. Quando a planta deixa de corresponder com seu meio ambiente que ele morra. O filho pródigo, cortado a partir de casa e entes queridos no país distante, foi duas vezes declarado morto por seu pai (Lc 15:24 , Lc 15:32 ). A morte é um estado sem esperança, sem Cristo, com degeneração inevitável resultante, decadência e desilusão. De seu irmão morto Lázaro, Marta disse: "Senhor, por esta altura o corpo decayeth; pois ele estava morto quatro dias "( Jo 11:39 ). Os crentes de Éfeso tinha sido morto por seus delitos e pecados com toda a putrefação moral e espiritual deles decorrentes. Barclay diz:

O pecado sempre tem um poder de matar ...

(I) O pecado mata a inocência . Ninguém é precisamente o mesmo depois que ele pecou ... (ii) Sin mata ideais . Na vida de tantos, há uma espécie de processo trágico. A princípio um homem que diz respeito algo de errado com horror; a segunda fase vem quando ele é tentado a fazê-lo ... a terceira fase é quando ele fez a coisa tantas vezes que ele faz isso sem o menor escrúpulo ... (iii) No final pecado mata a vontade . A princípio um homem se envolve em algum prazer proibido, porque ele quer fazê-lo; no final, ele se envolve nele porque ele não pode deixar de fazê-lo (conforme Sl 1:1 , Jo 17:16 ), devem, mas suas vidas e conduta tinha sido moldado e ordenados por ele. Foi contra essa conformidade que Paulo escreveu aos cristãos em Roma, "não ser formado de acordo com este mundo" (Rm 12:2 . Lá, ele é retratado como o líder dos "hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais." Aqui, ele é representado como o governante de "todo o império de espíritos malignos" coletivamente, cuja morada residencial e domínio funcional do poder é o ar ou atmosfera em torno da Terra.

O espírito que agora opera nos filhos da desobediência , parece mais provável que seja o que é geralmente chamado de "o espírito da época", ou o espírito dominante de um determinado momento que molda e controla o clima intelectual e moral em geral, tais como a "espírito de guerra", o "espírito do materialismo", ou o "espírito de prazer pecaminoso." Assim, o termo parece referir-se a um clima intelectual dominante que balance as mentes e pensamento de um povo, especialmente quando tal clima é mau e destrutiva. Este poderia ser um clima psicológico que ou é criado por Satan ou capturados e controlada por ele, deve-se originam independentemente dele (conforme 1Jo 5:19 ). Mob psicologia é um exemplo desse espírito . Filhos da desobediência é simplesmente uma maneira oriental de dizer que aqueles sob o poder de Satanás viver em desobediência a Deus. Pedro escreve de "filhos da obediência" (1Pe 1:14 ). Como o cristianismo é uma religião de fé, ea fé está sempre ativa, a resposta obediente do homem à iniciativa divina, de modo inversamente incrédulos viver numa atitude de desobediência a Deus e à Sua vontade. Assim, eles estão aqui designado filhos da desobediência porque ceder às reivindicações de Satanás, o desobediente, e permitir que ele para governar suas vidas (conforme Jo 8:44 ).

Terceiro, Paulo lembra aos seus leitores que eles, como também os judeus, incluindo ele próprio, tinha vivido em desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos, antes de sua conversão a Cristo. As palavras concupiscência da carnesignifica o desejo de que o que é errado, em última análise, prejudicial, e proibido por Deus. Para seguir este curso é para chegar ao destino certo do desastre. Tal desejo reduz sua vítima à escravidão moral e espiritual a partir do qual o desgraçado sem esperança não tem poder para libertar-se, mesmo que ele iria fazê-lo. Paulo dá uma lista vívida e horripilante das "obras da carne", manifestos que são fruto destes desejos da carne em Gl 5:19 , a prática da qual ele diz que se opõe a herança do Reino de Deus.Enquanto os desejos da mente ... referem-se a um reino diferente da natureza do homem, eles não são menos mal e destrutivo do que os de carne e osso. As manifestações de desejos e práticas carnais são bem exemplificada na conduta do filho pródigo da parábola de Cristo, enquanto que os maus desejos e atitudes da mente são igualmente bem exemplificado pelos pecados da mente ou espírito que caracterizou o filho mais velho. Estes últimos são muitas vezes mais cruel e devastador do que o anterior. Nesta parábola, o filho mais novo encontrou perdão e restauração a favor do pai, enquanto se diz do filho mais velho, que representava os pecados do espírito, que "ele não queria entrar" (Lc 15:28 ).

Não se deve supor, no entanto, que todos esses desejos do homem não regenerado se manifestarão nas indulgências mais grosseiros do filho pródigo ou o paganismo do primeiro ou do presente século. O filho mais velho estava respeitável na vida e conduta exterior, se o seu testemunho é confiável, mas a arrogância, auto-justiça, o ressentimento, teimosia e raiva desagradável poluído sua mente e eu espiritual interior (conforme 3: 4-6 ).

Em quarto lugar, esses leitores são declarados como tendo sido por natureza filhos da ira , em seu primeiro estado não regenerado. Mas Paulo vai além dos gentios para declarar que os judeus não regenerados foram igualmente condenados com os gentios como filhos da ira . Esta é a importação do argumento de Paulo em Rm 1:18 ). Jesus declarou que seria a função do Espírito Santo para "convencer [o mundo não regenerado] do julgamento divino, mostrando que o príncipe deste mundo está julgado" (Jo 16:11 , NEB). Como filhos obedientes eles merecem e obter a condenação de seu pai espiritual e master. Em Jo 8:44 Jesus oferece uma maior repreensão punitiva aos fariseus a este respeito. Se esta fosse a conclusão da história, como totalmente sem esperança seria o estado do homem regenerado! Mas Paulo simplesmente pinta as tonalidades sombrias de desespero do homem sem Deus que ele possa definir em contrastar estado redimido corajoso e brilhante do homem alívio em Cristo.

Estado Dt 2:1)

4 Mas Deus, sendo rico em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, 5 estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo (pela grelha sois salvos), 6 e nos ressuscitou com ele e nos fez assentar com ele nas celestiaislugares , em Cristo Jesus: 7 que, nos séculos vindouros, ele pode mostrar as riquezas da sua graça, em bondade para conosco em Cristo Jesus: 8 Porque pela graça sois salvos, por meio de fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; 9 não vem das obras, para que ninguém se glorie. 10 Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.

Tendo como pano de fundo pintado horrível estado do homem do pecado e da degeneração, Paulo agora passa a definir a misericórdia e amor de Deus em contraste contra esse fundo escuro. A transformação é rápida e radicalmente expressa em um dos característicos conjunções contrastantes do apóstolo, mas Deus . Mas para as riquezas da misericórdia de Deus, expressa no Seu amor redentor para o homem na cruz de Cristo, como totalmente sem esperança teria perdido o homem ser! O ápice do amor de Deus foi expressa na cruz, e da cruz de Cristo é a linha divisória na vida de cada crente de seu estado anterior, como também é a linha divisória de todos os tempos e da história, antes e depois de Cristo.

A magnitude da misericórdia e do amor de Deus é realizada pelo crente, quando ele reflete sobre a ira de Deus, da qual ele foi tão maravilhosamente entregue (conforme 1Co 1:10 ). Ninguém nunca vai saber que Cristo salva pela Sua misericórdia e amor que não tenha primeiro percebeu que ele estava irremediavelmente condenado e perdido sem Cristo.

Paulo começa aqui para descrever o estado atual dos crentes em Cristo por delinear as coisas que Cristo fez por eles.

Primeiro, eles, os crentes judeus e gentios igualmente, foram feitas ... vida juntamente com Cristo . Enquanto no versículo 1 , ele disse que você fez ele acelerar , ele agora retoma o tema da redenção no plural, Ele nos deu vida . Aqui Paulo expressa uma nova e muito maior revelação do que o homem tinha conhecido já anteriormente: Deus uniu judeus e gentios neste ressurreição espiritual com Cristo. Assim, a Igreja torna-se uma espécie de triângulo espirituais-judeus, gentios, Cristo. Para Paulo judeus e gentios constituía toda a raça humana do seu dia. Resgatou da escravidão do pecado e ressuscitou de sua morte em pecado para uma nova vida com Cristo, constituem a Igreja, que é o corpo espiritual de Cristo, do qual Ele é a cabeça. Assim, todos os crentes são, sem divisão ou distinção unidos em um só corpo espiritual de Cristo. Como a morte significa separação e desilusão, para que a vida significa união, crescimento e desenvolvimento. Não é de admirar que a idade atual está com medo da destruição e morte da civilização, enquanto as nações da terra são colocados uns contra os outros em ideológico real e ameaçou guerra sangrenta. E não é de admirar que a atual Igreja é tão impotente para evangelizar o mundo ou mesmo manter o seu próprio prestígio espiritual e moral na base de casa enquanto ela pratica divisão e discriminação racial como vicioso como o que caracterizou a idade do Apóstolo.

A declaração de Paulo, pela graça sois salvos , é a sua expressão de uma verdade fundamental sobre o estado actual destes crentes, que estado é o resultado da ação foi concluída de Deus por ter nos deu vida em Cristo . Ele trata mais plenamente o princípio no versículo 8 .

Em segundo lugar, enquanto o apóstolo anteriormente descrito o poder de Deus em levantar Cristo dentre os mortos e exaltando a uma posição à sua mão direita (Ef 1:20 ), ele está aqui faz uma nova e mais completa revelação da ressurreição espiritual e estabelecimento dos crentes com ele nos lugares celestiais . Como o termo sentou-se descreve a obra redentora consumada de Cristo, de modo que a expressão fez-nos sentar com ele sugere a obra completa de Cristo na salvação inicial do crente, como também a união com Ele que esse efeitos obra redentora.

Em terceiro lugar, o estado atual do crente em Cristo é uma de antecipação otimista, como é sugerido pela perspectiva futura de Paulo: nos séculos vindouros . Idade de ouro do crente é sempre futuro, e nunca passado. O verdadeiro crente na verdade, vive no bem-aventurança futura fornecida em Cristo. Sua expectativa de as riquezas da graça de Deus permite que ele presentemente a viver e desfrutar o que foi fornecido por ele no futuro. Isto irá levá-lo além do alcance prejudicial das experiências atuais, porém com risco que possam ser. Isto é o que o apóstolo quer dizer quando afirma que "o justo viverá pela fé" (Rm 1:17. ; . Gl 3:11 ; He 10:38 ). Isto é o que os gregos chamavam de kairos , ou tempo conceptual, em distinção de cronos , ou o tempo cronológico.

Em quarto lugar, atual estado do crente é um dos salvação pela graça mediante a fé ... . Isto é o que Bruce chama de "um dos grandes resumos evangélicos do Novo Testamento".

Os princípios Paulo apresenta nos versículos 8:9 são claras e de extrema importância para a doutrina cristã.

(1) O crente está atualmente salvos do pecado: pela graça sois salvos . Este não é um estado indeterminado ou incerto. É caracterizada por um presente consciência da graça salvadora de Deus na vida do crente.

(2) Esta salvação é pela e através da graça de Deus, e isso é expresso no seu amor para com o pecador, dando Cristo para morrer em seu lugar na cruz (conforme Jo 3:16 ). Graça tem sido definida como o amor imerecido e favor de Deus para com o homem em Jesus Cristo.

(3) O terceiro princípio avançado pelo apóstolo é que a salvação fornecido pela cruz de Cristo é apropriada pela fé responsiva 'mans à iniciativa de Deus: por meio da fé . Bruce afirma, com razão, que "a nossa salvação brota apenas da graça de Deus e é apropriado por nós através da fé. Não que a nossa fé méritos a salvação de qualquer forma; é simplesmente a faculdade pela qual nós aceitamos a salvação que a livre graça de Deus tem suprido por nós ".

(4) O quarto princípio é que a graça pela qual o homem é salvo é o dom de Deus e não algo adquirido pelo homem (conforme Rm 6:23 ). Alguns têm confundido o problema e fizeram em vez de graça , ou pelo menos com a graça, o dom de Deus. Claro que é verdade em um certo sentido amplo que a fé é um dom de Deus, assim como pulmões e ar para respirar são os dons de Deus. No entanto, a fim de viver o homem deve exercer seus pulmões pela respiração. Para além desta capacidade de acreditar como um dom de Deus, a fé como uma função não pode ser justamente considerado como um dom de Deus . Na fé abstrata não tem sentido. Não é nada de si mesmo. É uma atitude obediente e ato do homem, em resposta à iniciativa de Deus para com o homem. Se a fé fosse o dom de Deus, no sentido funcional, em seguida, todo o sistema cristão seria reduzida a um determinismo teísta. Bruce comenta de forma significativa,

Mas o fato de que o pronome demonstrativo "de que" é neutro em grego (touto), enquanto que a 'fé' é um substantivo feminino (pistis), combina-se com outras considerações a sugerir que é todo o conceito de salvação pela graça mediante a fé que é descrito como um dom de Deus. Este, aliás, foi a interpretação de Calvin, embora muitos de seus seguidores têm preferido a tomar a própria fé como dom de Deus aqui.

(5) A salvação não é adquirido por quaisquer obras do homem. Paulo argumenta em outra parte deste princípio com força. Em Rm 11:6 ), exceto a cruz de Cristo (1Co 1:31 ).

(6) As boas obras são o fruto da salvação do crente. Enquanto ele não poderia obter a salvação pelas boas obras, ele não poderia ter salvação sem manifestar boas obras. Capítulos Ef 4:1 através Dt 6:1 desta carta são em grande parte dedicado a uma reflexão sobre o desenrolar da salvação do homem em boas obras. Os crentes, diz Paulo, são de Deus obra, criados em Cristo Jesus para boas obras , ou a realizar boas obras para Deus. Isso é para ser o curso e a condução da nova vida do crente em Cristo. A vida justa e fazeres do povo de Deus são as evidências da genuinidade da sua salvação.

3. O Futuro Prospect Com Cristo (2: 11-22)

11 Portanto, lembrai-vos de que uma vez, os gentios na carne, chamados incircuncisão pelos que é chamado de circuncisão, na carne, feitos por mãos; 12 que, quando éreis naquele tempo separado de Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo. 13 Mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis ​​longe, são feitas quase no sangue de Cristo. 14 Pois ele é a nossa paz, que fez tanto um, e derrubou o muro de separação,15 tendo abolido em sua carne a inimizade, mesmo a lei dos mandamentos contidos em ordenanças, que ele poderia criar em si mesmo dos dois um novo homem, assim fazendo a paz, 16 e reconciliar ambos em um só corpo a Deus por meio da cruz, depois de ter matado a inimizade: 17 e ele veio e anunciou paz a vocês que estavam longe off, e paz aos que estavam perto: 18 porque por ele ambos temos acesso em um só Espírito ao Pai. 19 Assim, pois, não sois mais estrangeiros e peregrinos, mas sois concidadãos dos santos, e do casa de Deus, 20 edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele próprio a pedra principal da esquina Cristo Jesus; 21 no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor, 22 no qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus no Espírito.

Para uma apreciação completa e vital da nossa salvação em Cristo uma consideração sobre os três aspectos do tempo passado, presente e futuro, é necessária. Na verdade presente saldos existência entre o passado eo futuro. Todos os valores reais do passado são preservados na experiência presente, eo presente existência deriva seu significado metas e esperanças futuras. Na verdade, a antecipação dessas metas e esperanças traz-los para o exercício efetivo da experiência presente. Este é o significado da fé, tal como definido pelo autor da Epístola aos Hebreus: "A fé dá substância [ou garantia] para as nossas esperanças, e faz-nos algumas das realidades que não vemos" (He 11:1 ). Jesus exortou a igreja de Éfeso, em um período posterior de sua apostasia parcial "Lembre-se de onde caíste, e arrepende-te" (Ap 2:5 ), Cristo tinha mudado tudo isso. Sua obra expiatória na cruz tinha fornecido uma circuncisão interior ou purificação do coração ou a natureza espiritual do homem, um "a circuncisão não feita por mãos" (Cl 2:11 ). Este homem purificada espiritualmente e assim cumpriu o sinal externo da promessa. Isto tornou-se o selo do Espírito de Deus que uniu judeus e gentios em um corpo Ct 1:1 ), o que, consequentemente, levou com ele as honras especiais e benefícios, tais como a consciência de ser o povo de Deus, com a dignidade que tal consciência conferida. Os gentios não tinham parte nos convênios das promessas feitas por Deus com Abraão e reafirmaram a seus filhos. A partir de todos esses privilégios, honras, responsabilidades, oportunidades, bênçãos e promessas os gentios haviam sido excluídos em seu estado anterior. Eles eram simplesmente "ninguém" no mundo.

Desde o poeta pagão grego Homero ao contemporâneo filósofo existencialista francês Jean-Paulo Sartre, homens sem Cristo têm sido e são descritos de uma forma ou outra, como não tendo esperança e sem Deus no mundo . Este foi o primeiro estado dos gentios cristãos de Éfeso.

Em segundo lugar, Paulo descreve o conceito atual e perspectiva de salvação dos gentios efésios nos versículos 13:20 . Mais uma vez ele emprega a conjunção contrastiva mas; mas agora, em Cristo Jesus . Mais uma vez o seu passado negro torna-se o contexto em que os tons dourados de sua experiência presente em Cristo são refletidos em alto relevo.

A partir, exclusão distante frio vieram perto de inclusão quente, amoroso. Eles foram no Amado (Ef 1:6 ). Da mesma forma Pedro reconhecido esta antiga distinção-Gentile judaica em seu sermão Pentecostal-dia, quando ele anunciou aos seus compatriotas judeus, "Para você é a promessa, para vossos filhos e para todos os que estão longe "( At 2:39) . O homem sem Cristo está muito longe de Deus. A cruz de Cristo é o meio pelo qual esta separação espiritual pode ser superada, e as almas dos homens trazidos para perto de Deus (53:11 Is , 12 ). Também não há qualquer meio pelo qual essa lacuna pode ser fechadas para além da morte expiatória de Cristo aqui representada pelo seu sangue derramado vida para a redenção do pecador.

No presente conceito de salvação Paulo declara que ele (Cristo) que "feito a paz pelo sangue da sua cruz" (Cl 1:20) é a nossa paz, que fez tanto um . Nossa compreensão adequada e fé na obra expiatória de Cristo na cruz, seria como efetivamente remover ferro e bambu cortinas, barreiras de casta, classe distinção, e barras de cores hoje como apagado o limite judeu-gentio no primeiro século cristão. A verdadeira paz com Deus não pode ser realizado no coração do homem, enquanto sua mente está em inimizade contra seus semelhantes no seio da comunidade cristã (1Jo 4:20 ).

Seja por meio da parede divisória Paulo estava se referindo à parede ou tela que separava o Pátio dos Gentios do pátio interno do templo em que somente os judeus foram autorizados a entrar, ou se ele simplesmente implicou uma separação espiritual, é certo que ele concebeu uma união efetiva de todos os crentes na 1greja, o corpo de Cristo. Se fosse para a parede divisória templo que ele se referiu deve-se notar que a restrição foi tão grande que, se algum venture Gentile além dele os judeus foram autorizados a matá-lo no local sem julgamento. Na verdade, este foi o único direito de execução os romanos permitiu que os judeus. Paulo estava em perigo de perder a sua vida nas mãos de judeus durante sua última visita a Jerusalém, quando ele era suspeito de ter Trophimus, um gentio cristão da Ásia, com ele no pátio interior do templo (At 21:26 ). Quando a religião torna-se legalista mesmo a sacralidade da vida pode ser sacrificada a tecnicalidades legais. Cristo mudou tudo isso através da Sua morte na cruz. Há Seu amor cumpridas as exigências da lei dos mandamentos contidos em ordenanças . Em Cl 2:14 , como graficamente traduzido por Phillips, Paulo declara que

Cristo limpou totalmente a provas contundentes de leis e mandamentos trincas que sempre pairava sobre nossas cabeças, e foi completamente anulado pelo cravando-o sobre a sua cabeça na cruz. E então, depois de ter tirado a picada de todos os poderes de longo alcance contra nós, ele expôs, quebrado, vazio e derrotou, em seu ato triunfante glorioso final!

Bruce interpreta essas palavras a respeito das ordenanças assim: ". Que forças hostis usados ​​para nos chantagear para fazer a sua vontade" Toda a sua hostilidade foi eliminado pela cruz de Cristo.

O novo homem é a criação da cruz de Cristo. É o milagre da cruz que ele criou a paz entre as almas atormentadas pelo pecado dos homens e seu Deus ofendido, como também entre os homens hostis e divididas com os seus companheiros crentes. Não é de admirar Paulo escreveu aos cristãos de Corinto: "Quando alguém está unido a Cristo, há um mundo novo; a ordem de coisas velhas já passaram, e uma nova ordem já começou "( 2Co 5:17. , NEB). De Paulo novo homem aqui, como o "homem fullgrown" emEfésios Ef 4:13 , é a Igreja cristã corporativa composta de judeus e gentios redimidos e reconciliados no corpo espiritual de Cristo (conforme Gl 6:15 ). A Igreja é, na verdade, uma nova criação, algo que não existia anteriormente. Harnack observa que, entre outras designações ligadas aos cristãos do primeiro século foi a de uma raça nova ou terceiro. Ele diz que "a terceira corrida ...como denominação de cristãos nos lábios dos gentios era perfeitamente comum em Carthage por volta do ano 200." A maior importância dessa idéia dos judeus e gentios unidos em um só corpo foi, como registros de Harnack , desenvolvido por Clemente de Alexandria.

Mais uma vez Harnack afirma que "na medida em que eles sentiram-se um povo , os cristãos sabiam que eram o verdadeiro Israel , de uma só vez as novas pessoas e os velhos . "

Em Cristo judeus e gentios, como também todas as outras nações, tem um acesso comum a Deus em razão do fato de que Cristo, o Príncipe da Paz, fez as pazes por sua cruz, e pregou a paz para ... [eles] que eram de longe [ gentios] e paz aos que estavam perto [os judeus] (conforme Is 52:7 ; . At 2:39 ). Antes de Cristo, os judeus tiveram acesso a Deus por meio das sombras e tipos que a lei oferecidas. Os gentios poderia ter acesso a Deus somente por prosélitos tornando-se, o que significava que eles tinham que se tornar judeus na religião. Assim sendo, apenas os judeus tinham acesso a Deus. Agora, no entanto, os crentes judeus e gentios em Cristo tem um acesso livre comum a Deus através do Espírito Santo (At 2:21 , At 2:39 ). Aqui, a doutrina da Santíssima Trindade entra em clara revelação. Os crentes têm acesso a Deus Pai na paz fornecida pela cruz de seu Filho através da agência e operação do Espírito Santo.

Três figuras são utilizadas pelo apóstolo para descrever a relação presente e progressiva dos crentes com Deus em Cristo.

Primeiro, eles são concidadãos na nova nação do povo de Deus. Aqui é a liberdade e segurança dos cristãos. Eles entraram no património da fiel Abraão e têm cidadania espiritual na cidade para a qual ele olhou (conforme Mt 6:33. ; Gl 3:9 , He 11:16 ).

Em segundo lugar, eles são membros da família de Deus . Aqui é a comunhão da Igreja. Os gentios foram adotados espiritualmente (Ef 1:5 ). Assim, todos os crentes, sejam judeus ou gentios, tem uma base de igualdade em que a rezar a oração que Cristo ensinou aos discípulos: "Pai nosso que estás nos céus" (Mt 6:9. ).

Em terceiro lugar, eles são designados de Deus edifício , ou santo templo . Aqui é a plenitude ou a conclusão da Igreja. Note-se que, em 1Co 3:11 Paulo afirma que "outro fundamento nenhum homem pôr do que já está posto, que é Cristo Jesus." Assim, o alicerce do templo de Deus, a Igreja, é colocada nos ensinamentos dos apóstolos e profetas, que o ensino que temos em nossa Bíblia, e não em suas pessoas e seus sucessores apostólicos supostas (conforme Ef 3:5 ; Ef 1:1 Cor 0:18. ). Mas na fundação do edifício Jesus Cristo é a principal pedra da esquina pelo qual todo o edifício está unido. Dentro deste edifício todos os crentes são construídos em conjunto com Cristo em um templo sagrado projetado para morada de Deus no Espírito .

Bruce tem o seguinte comentário esclarecedor e significativo sobre estas palavras de Paulo.

A renderização em RV ... sugere que o templo concluído será composto de o agregado de um grande número de edifícios menores, um pouco como o Grande Palácio dos imperadores bizantinos em Constantinopla. Isto, no entanto, é dificilmente compatível com o contexto da carta como um todo. O Novo Testamento também não parece prever a Igreja Universal como feito em cima do valor total das Igrejas particulares; parece um pouco para ver cada Igreja particular como algo completo em si mesmo, a Igreja Universal em suas manifestações locais.

Unity, mas não uniformidade, é plano e padrão para o seu povo e da Igreja de Deus. Unidade orgânica não oferece nenhuma garantia ou mesmo promessa de unidade espiritual em Cristo. É um princípio espiritual que a unidade ea consequente paz são alcançados através da ignorando as diferenças não essenciais, assim como é um princípio matemático que as médias são alcançados através da ignorando ou harmonização das diferenças. Deus conhece e trata os seus filhos como indivíduos, ou como o autor de Hebreus diz: "Deus vos trata como a filhos "( He 12:7 ), mas ao mesmo tempo cada um está bem ajustado, com os outros membros, e com eles (Paulo) é viver e trabalhar para a conclusão do edifício de Deus, que é a Igreja. Com sua vivacidade característica Phillips traduz as palavras assim: "Nele cada pedaço de construção encaixe em seu vizinho, cresce junto em um templo consagrado a Deus. Vocês são todos parte deste edifício em que o próprio Deus vive pelo seu Espírito ".


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Efésios Capítulo 2 do versículo 1 até o 22
O capítulo 1 enfatizou nossas posses em Cristo, e o 2 salienta nossa posi-ção nele. Nossa posição determina nossas posses e nossa autoridade. A posição de presidente dos Estados Unidos dá poder e autoridade ao ho-mem que comanda o país da Casa Branca, independentemente de onde esteja fisicamente. O mesmo princí-pio vale para o cristão. Por causa de nossa posição em Cristo, temos poder e autoridade no reino espiritual, não importa onde estejamos fisicamente (Paulo era prisioneiro quando escre-veu essa carta).

  1. Ascendidos e assentados no trono (2:1-10)
  2. O que éramos (vv. 1-3)

Que imagem do pecador perdido! Primeiro, o pecador está morto es-piritualmente, isto é, o homem in-terior está morto para as coisas es-pirituais e não responde a elas. Os evangelhos descrevem o evento de três ressurreições que Jesus efetuou: (1) uma menina Dt 12:0). Ouse crer que Deus opera em você, ao ler Fili- penses 2:12-13! O que o futuro nos aguarda? Não sabemos, mas sabe-mos quem detém o futuro. O mes-mo Pai amoroso que me escolheu, que me chamou e que me salvou também designou um plano maravi-lhoso para a minha vida! "Oh, dia-riamente, sou compelido a ser um grande devedor da graça!"

  1. Reconciliados e concidadãos no templo (2:11-22)

Na primeira parte desse capítulo, Paulo relata o que Deus fez pelos pe-cadores em geral e, agora, discute o que fez pelos judeus e pelos gentios, em particular. Deus prometeu um reino para os judeus, mas não fez alianças messiânicas com os gentios. Qual é a posição hoje dos judeus e dos gentios no projeto do Senhor?

  1. O que os gentios eram (w. 11-12)

Deus faz uma distinção racial entre os judeus e os gentios (1Co 10:32), mas não individualmente (Rm 10:11-45 apresenta a posição privilegiada de Israel. Com-pare-a à triste situação dos gentios. O versículo 13 resume a situação dos gentios em uma palavra: "lon-ge". O problema dos gentios, em particular, era a distância em que estavam de Deus e de suas bênçãos, ao mesmo tempo que o dos pecado-res, em geral, era a morte espiritual (vv. 1-10). Nos evangelhos, observe que todas as vezes em que Cristo ajudou um gentio, o fez a distância (Mt 8:5-40; Mt 15:22-40). Todo crente é uma pedra viva do templo (1Pe 2:4-60). Os apóstolos e os profetas (profetas do Novo Testa-mento; 4:
11) lançaram a fundação da igreja, pois foram os primeiros a proclamar a mensagem, mas não são a fundação dela. Cristo é a fun-dação da igreja (1Co 3:11), a pedra angular de todo o edifício. Hoje, a igreja é um templo vivo e em cresci-mento, e Cristo retornará e a arreba-tará em glória quando alcançar sua plenitude. Deus habitou no taber- náculo judeu (Êx 40:34), no templo de Salomão (2Co 7:1), no templo do corpo de Cristo (Jo 1:14 e 2:18-22) e, hoje, habita no crente individual (1Co 6:19-46) e na igreja (Ef 2:21- 22). Que privilégio ser, por intermé-dio do Espírito, a própria habitação de Deus!


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Efésios Capítulo 2 do versículo 1 até o 22
2.1 Mortos (v. 5). A morte espiritual tem vários sentidos:
1) em Adão (Rm 5:12; vd n);
2) em delitos e pecados (conforme Cl 2:13) que acabam na segunda morte (Ap 20:6, Ap 20:14);
3) com Cristo, quando Ele morreu (Gl 2:20 Rm 6:8, CI 2.20);
4) no batismo (Rm 6:4; Rm 2:12);
5) numa experiência contínua

(Rm 6:11; Cl 3:5). De qualquer forma, não é a doença mas a morte que nos diz respeito. Esta é a razão por que dependemos completamente dAquele que nos pode dar nova vida (v. 5).

2.2 Príncipe. Satanás, que desde a queda de Adão domina o mundo de homens e espíritos em rebelião contra Deus (Jo 12:31) Ar. Usado como metáfora: a atmosfera ou a ambiente do século.

• N. Hom. 2:1-10 A Magnitude do Dom de Deus (v. 8).
1) Dá nova vida aos mortos -condição irreparável (vv. 1, 5, 6).
2) Concede rica misericórdia aos rebeldes (vv. 2-4)
3) Oferece livre graça (salvação ou favor imerecido) aos perdidos (Filhos da ira). Não é nada mais, nada menos do que o Seu grande amor e a suprema riqueza da Sua graça que mostraria uma bondade tão infinita.
2.7 Séculos vindouros. É na eternidade depois da segunda vinda.

2.8 Mediante a fé. Fé é meio, caminho ou canal. Não é uma "obra" mas, um Dom. "Se respiramos é porque a vida foi respirada dentro de nós" (Simpson).

2.10 Boas obras. Só são possíveis depois de sermos criados de novo pelo Espírito, de Cristo (2Co 5:17; Gl 5:22-48). Antemão. Confere toda a glória a Deus.

2.11 A distinção entre gentio e judeu, removida em Cristo (Cl 3:11), fez obsoletos os termos "circuncisão" e "incircuncisão".

2.14 Parede da separação. Parece ser uma alusão à barreira na corte dos gentios no templo em Jerusalém. Já foram encontradas duas inscrições proibindo, sob pena de morte, a entrada no recinto cercado pela barreira. Corresponde à barreira da lei (v. 15) judaica.

2.15 Novo homem. É a Igreja, que é o Corpo de Cristo (conforme 4.13), a "nova criação" de Gl 6:15 e Mt 21:42).

2.21 Bem ajustado pelo Arquiteto Mestre que incluiu os gentios integralmente e não os fez como um anexo ou uma simples dependência.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Efésios Capítulo 2 do versículo 1 até o 22

2) A vida da ressurreição dos que crêem (2:1-10)
O poder por meio do qual o propósito eterno de Deus vai ser executado já os libertou da sua velha vida e os transportou para o seu domínio celestial em identificação com Cristo, colocando-os no caminho da plenitude. Paulo dá continuidade ao seu tema de
1.20, e vamos compreender a sequência da sua argumentação se lermos “ressuscitando-o dos mortos...” (1,20) seguido de “[e a] vocês [que] estavam mortos”. A morte espiritual deles é descrita em três planos: (a) O plano pessoal. A sua condição se devia a violações da vontade de Deus, mas também a pecados no sentido mais geral, incluindo omissões e falhas interiores, (b) No plano racial. Eles seguiram os homens desta era, em vez de seguirem os padrões do mundo por vir. (c) O plano sobrenatural. Satanás estava em ação neles. O seu domínio é o que pode ser chamado de regiões celestiais mais baixas (6.12). “Do espírito” (RV) seria melhor. Satanás é a origem do espírito desta era. v. 3. todos nós: uma transição da segunda para a primeira pessoa a fim de mostrar que os judeus estão na mesma posição de necessidade que os gentios, vivíamos-, comportávamo-nos, como diz lTm 3.15, importando-nos somente com desejos carnais, conduzidos pelas determinações que brotam da natureza e dos pensamentos da vida não-regenerada. Éramos nós mesmos objetos da ira, da ira divina (5.6), como são todos os homens, v. 4-6. Deus é justo no julgamento, mas rico em misericórdia. O seu amor transborda e vem dele mesmo, não sendo causado por nada em nós, pois ele nos amou quando ainda estávamos em nossa ruína espiritual. A vida nova que ele nos dá não é algo à parte, mas uma participação na vida de Cristo, deu-nos vida: conforme Cl 3:4). v. 7-10. nas eras que hão de vir. tanto o período do milênio quanto o estado eterno irão exibir a bondade infinita de Deus demonstrada para com os pecadores redimidos, especialmente na sua manifestação como filhos e na glória deles. Na expressão pela graça, o artigo indica a graça mencionada anteriormente no v. 5 e unida à misericórdia, ao amor e à bondade, vocês são salvos: no grego, o tempo perfeito traz a idéia de “vocês foram salvos e são salvos agora”. A graça é concedida aos que a aceitam. Isso acontece pela fé, mas a fé não possui a salvação por méritos, como se ter fé conferisse algum crédito. isto: no grego, é neutro, não se referindo nem à fé nem à graça, que são substantivos femininos, mas ao esquema da salvação em si, e por isso o versículo continua com isto não vem de vocês. Nenhuma atividade humana pode resultar em salvação; é dádiva de Deus. O cristão não se gloria em nada, a não ser em Cristo, criação: significa um produto criativo. Em Cristo, começa uma nova criação (2Co 5:17), uma criação com uma intenção moral, não para rituais levíticos ou meras cerimônias exteriores, mas um estilo de vida mostrado de antemão (1Pe 2:21).


3) Judeus e gentios estão unidos na igreja (2:11-22)
Ao passar dos efeitos da ressurreição sobre indivíduos para o seu efeito coletivo, ele procede em cada caso da mesma forma: do passado (v. 1-3,11,12) ao presente (v. 4-6; 13-20) e adiante até o futuro (v. 7-10,21,22). O judeu isolado e o gentio estão agora reconciliados em Cristo e constituem uma casa para Deus. v. 11,12. As suas deficiências como gentios são destacadas em três afirmações duplas. Fisicamente, eles não possuíam o antigo sinal da aliança nem os elos familiares com o Messias prometido. Politicamente, não tinham parte na vida nacional ou religiosa de Israel. Espiritualmente, não tinham perspectiva ou conhecimento do verdadeiro Deus.
v. 13-18. Mas tudo isso havia sido transformado com a morte de Cristo, que ocorreu para todos os homens, sem distinção. Por intermédio dessa nova maneira, Deus está tão acessível aos gentios quanto aos judeus. Os dois grupos tinham se tornado um, não somente por meio de Cristo, mas em Cristo. O muro de inimizade é uma alusão à balaustrada que circundava o templo propriamente dito em Jerusalém, barrando a entrada dos gentios (At 21:28-29). O sangue de Cristo também aboliu (tornou nula e vazia) a Lei de Moisés, e suas intenções morais haviam sido firmadas de outra forma (Rm 8:4). a Lei dos mandamentos expressa em ordenanças (esta última palavra significando decretos — Lc 2:1 etc. — e não cerimônias em si): o código da lei expresso em decretos, isto é, todo o sistema legal dos judeus. O novo homem está no lugar dos dois; novo na posição, nos privilégios e no relacionamento, mas o seu cerne era o remanescente eleito de Israel naquela época. A morte de Cristo não somente removeu a barreira entre judeus e gentios, mas também a barreira entre ambos e Deus. Is 52:7 e 57.9 são inseridos para mostrar, com base nos escritos proféticos, que isso de fato havia sido planejado. A reconciliação não acontece no terreno judaico, pois ele rasgou o véu quando quebrou o muro. Ambos são elevados a Deus por meio de um acesso real, e não ritualístico. v. 19-22. Portanto resume os v. 13-18 e prossegue ao mostrar o que tomou o lugar da situação nos v. 11,12. estrangeiros: estrangeiros residentes que, embora fisicamente presentes, não tinham reais direitos de cidadão. Os crentes gentios agora compartilham dos direitos de cidadão na Jerusalém celestial, sendo donos da casa com direitos de família. Depois de começar com a metáfora do corpo, Paulo passou rapidamente para as metáforas da cidade e da família e agora apresenta a de um edifício. Em 1Co 3:10,1Co 3:11, em que a mesma metáfora é usada, o Senhor é o fundamento, mas aqui ele é a pedra fundamental que estabelece o apoio e as linhas para o edifício todo. Os apóstolos e profetas, os do NT, constituem a primeira camada, entre os quais Pedro foi a primeira pedra, Petros. Sendo encaixadas em Cristo à medida que são acrescentadas, as muitas pedras são acrescentadas umas às outras, para completar o santuário. Um retrato paralelo do crescimento do corpo pode ser visto em 4:13-16. ajustado: denota um processo de compactação, e o termo é usado novamente em 4.16. Com a expressão vocês também Paulo reafirma o lugar dos gentios nisso tudo. O conceito de Deus transformando os homens em moradia não era novo, e sem dúvida derivava na origem de Lv 26:1112. Conforme 2Co 6:16.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Efésios Capítulo 2 do versículo 1 até o 10

Efésios 2

D. Salvação pela Graça. Ef 2:1-10.

Neste parágrafo o apóstolo fala da nossa salvação pela graça de Deus, mostrando o que éramos no passado, o que somos agora e o que seremos no futuro.


Moody - Comentários de Efésios Capítulo 2 do versículo 4 até o 6


2) O Que Somos no Presente. Ef 2:4-6.

A Palavra de Deus está cheia de gritantes contrastes entre a incapacidade do homem e a suficiência do Senhor.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Efésios Capítulo 2 do versículo 1 até o 10
IV. SUA RELAÇÃO (COMO PECADORES) COM CRISTO Ef 2:1-49. Pois somos feitura dele (10). Da mesma maneira em que as palavras do Sl 100:3 se referem, em termos semelhantes, à primeira criação do homem, Paulo aponta aqui para a recriação do homem em Cristo Jesus, como sendo uma obra totalmente divina. Para a idéia de uma nova criação, veja 2Co 5:17 e Gl 6:15. Paulo, apesar de não dar lugar às obras no tocante à regeneração (veja Rm 4:0 e segs. Não há discordância entre Paulo e Tiago, mas apenas uma diferença de ênfase. As obras a respeito das quais Paulo fala neste verso não são inventadas pelos crentes, mas dadas pela direção de Deus, que "de antemão as preparou para que andássemos nelas" (ARA). O cristão deveria orientar sua vida dentro de linhas divinamente planejadas, seguindo um modo de viver preparado por Deus. Este é o verdadeiro plano para a vida verdadeira.

John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de Efésios Capítulo 2 do versículo 1 até o 22

6. Vivos em Cristo ( Efésios 2:1-10 )

E vocês estavam mortos em seus delitos e pecados, nos quais você anteriormente andou de acordo com o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência. Entre eles também todos nós outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais. Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com Ele, e nos fez assentar com Ele nos lugares celestiais, em Cristo Jesus, a fim de que nos séculos vindouros mostrar a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco em Cristo Jesus. Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus;não como resultado de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas. ( 2: 1-10 )

Alguns anos atrás, eu falei com um grupo de atores e atrizes, apresentando-lhes o evangelho de Jesus Cristo. Depois, um belo e jovem indiano veio até mim e me disse que ele era um muçulmano e que ele queria ter Jesus Cristo. Fomos para uma sala próxima, e depois que eu tinha explicado o evangelho em mais detalhes, ele fez uma oração de aceitação. Ele abriu os olhos e disse: "Não é maravilhoso! Agora eu tenho Jesus e Maomé." Consideravelmente decepcionado, eu tive que dizer a ele que Jesus não poderia ser tirado de alguma prateleira de divindades e adicionado a qualquer outro deuses que se pode ter.Quando Ele é o Senhor, não pode haver outras pessoas ao lado dele. Esse é um exemplo dos muitos mal-entendidos sobre o significado da salvação.

Em Efésios 2:1-10 Paulo esclarece o que significa receber a salvação e para ser uma parte do Corpo de Cristo, a igreja. O Apóstolo se move de eternidade passada no tempo. Ele descreve o ato e processo de salvação, o milagre que atrai os homens para o plano eterno retratado no capítulo 1 . No contexto desta seção baseia-se no pensamento Dt 1:19 , onde Paulo introduz o grande poder de Cristo para com os que crêem e, em seguida, divaga para discutir esse poder na vida de Cristo. Ele retorna agora para mostrar que o poder em nossa salvação.

Nos primeiros dez versículos Paulo apresenta o passado, presente e futuro do cristão: (o que ele era . vv 1-3 ), o que ele é ( 4-6. vv , 8-9 ), e que ele será ( 7 vv. , 10 ). Dentro deste quadro, ele dá seis aspectos da salvação: (É do pecado . vv 1-3 ), pelo amor ( v. 4 ), para a vida ( v. 5 ), com um propósito ( vv 6-7. , através) fé ( vv. 8-9 ), e para as boas obras ( v. 10 ). O primeiro aspecto é que no passado, os próximos quatro aspectos (exceto para a segunda parte de "propósito", v. 7 ) dizem respeito ao presente, eo último aspecto (incluindo v. 7 ) é no futuro.

A salvação é do Pecado

E vocês estavam mortos em seus delitos e pecados, nos quais você anteriormente andou de acordo com o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência. Entre eles também todos nós outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais. ( 2: 1-3 )

Em primeiro lugar, a salvação é do pecado, o que caracteriza a vida antes de Cristo. Nestes três versos talvez não haja indicação mais clara nas Escrituras sobre a pecaminosidade do homem sem Cristo.

O salário, ou pagamento, pois o pecado é a morte ( Rm 6:23 ), e porque o homem nasce no pecado que ele nasce até a morte. O homem não se tornar espiritualmente mortos por causa peca; ele está morto espiritualmente, porque, por natureza, ele é pecaminoso. Com exceção de Jesus Cristo, que é a condição de cada ser humano, desde a Queda, incluindo todos os crentes antes que ele é salvo. É a condição de crentes passado eo presente condição de todos os outros.

Problema básico do homem não é ser fora de harmonia com a sua herança, ou o seu meio ambiente, mas estar fora de sintonia com o seu Criador. Seu principal problema não é que ele não pode fazer relacionamentos significativos com os outros seres humanos, mas que ele não tem nenhuma relação direta com Deus, de quem ele é alienado pelo pecado ( Ef 4:18 ). Sua condição não tem nada a ver com a maneira como ele vive; que tem a ver com o fato de que ele está morto, mesmo enquanto ele está vivo. Ele está espiritualmente morto ao ser fisicamente vivo. Porque ele está morto para Deus, ele está morto para a vida espiritual, a verdade, a justiça, a paz interior e felicidade, e, finalmente, para qualquer outra coisa boa.

Uma das primeiras indicações de morte física é a incapacidade do organismo para responder a estímulos, não importa o que poderia ser. Uma pessoa morta não pode reagir. Ele já não responde à luz, som, cheiro, gosto, dor ou qualquer outra coisa. Ele é totalmente insensível.
Um dia um garoto veio e bateu na porta do meu escritório. Quando eu abri a porta, vi que ele estava sem fôlego e chorando. Ele disse: "Você é o reverendo? Você é o reverendo?" Quando eu respondi que sim, ele disse: "Vamos lá. Por favor, depressa." Corri atrás dele para um bloco ou dois, e nós entramos em uma casa. A jovem estava em pé dentro, chorando incontrolavelmente. Ela disse: "Meu bebê está morto! Meu bebê está morto!" Deitado em uma cama era o corpo inerte de seu de três meses de idade infantil. Ela tentou reanimá-lo, e nada que eu podia fazer provou ser de ajuda. Ele não mostrou nenhum sinal de vida. A mãe acariciou o bebê, beijou-a, falou com ele, e chorou lágrimas sobre sua cabecinha. Mas a criança não fez nenhuma resposta. Quando a ambulância chegou eles tentaram desesperAdãoente para obter a respiração da criança, mas sem sucesso. Ele estava morto, e nada que alguém pudesse fazer tinha um efeito ou poderia trazer qualquer resposta. Não havia vida lá para responder, nem mesmo para o poderoso amor de uma mãe.
Esse é o caminho da morte espiritual também. Uma pessoa que está espiritualmente morto não tem vida, através da qual ele pode responder às coisas espirituais, muito menos viver uma vida espiritual.Nenhuma quantidade de amor, carinho e palavras de carinho de Deus pode tirar uma resposta. A pessoa espiritualmente morta é alienado de Deus e, portanto, alienada de vida. Ele não tem capacidade de resposta. Como o grande comentarista escocês João Eadie disse: "É um caso de morte de caminhar." Homens à parte de Deus são zumbis espirituais, O Walking Morto, que não sabem que estão mortos.Eles atravessam os movimentos da vida, mas que não o possuem.

Depois de Jesus ter chamado um homem para segui-Lo, o homem pediu permissão para enterrar seu pai primeiro-uma figura de linguagem que significava esperar até que seu pai morreu, a fim de receber a herança. Indicando a condição de morte espiritual e trazendo ambos mortes juntos, Jesus respondeu: "Segue-me, e permitir que os mortos enterrem seus mortos" ( Mateus 8:21-22. ). A preocupação do homem não foi para seu pai, que não era provável morto, mas para as coisas do mundo físico. Ele queria cuidar do seu bem-estar físico em primeiro lugar e não mostrou nenhum desejo genuíno para o espiritual. Quando Paulo aconselhou Timóteo sobre viúvas da igreja, ele disse sobre aqueles que foram perdulários, "Ela, que se entrega a devassa prazer está morto, mesmo enquanto ela vive" ( 1Tm 5:6 ), e "as coisas que saem da boca vêm do coração, e é isso que contamina o homem. Porque do coração procedem os maus pensamentos, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e calúnias "( Mat. 15: 18-19 ).

Paraptōma ( ofensas ) significa a escorregar, cair, tropeçar, desviar, ou ir na direção errada. Hamartia ( pecados ), originalmente realizada a idéia de errar o alvo, como quando a caça com arco e flecha. Em seguida, ele passou a representar falta ou aquém de qualquer objetivo, Padrão, ou propósito. No reino espiritual refere-se a falta e aquém do padrão de santidade de Deus, e no Novo Testamento, é o termo mais comum e geral para o pecado (usado 173 vezes). Paulo não usar os dois termos aqui para apontar-se diferentes tipos de injustiça, mas simplesmente para enfatizar a amplitude da pecaminosidade que resulta da morte espiritual.

A declaração de Paulo de que "todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus" ( Rm 3:23 ) não dá duas verdades, mas duas visões da mesma verdade. Pecado está aquém da glória de Deus, e aquém da glória de Deus é pecado. Como Paulo tinha explicado dois capítulos anteriormente em Romanos, no seu pecado sentido mais básico está falhando para glorificar a Deus. Embora a humanidade caída "conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus" ( 1:21 ). De todos os epitáfios que poderiam ter sido escritas para Herodes, as palavras de Atos 0:23 é o mais adequado: "Um anjo do Senhor o feriu, porque não deu glória a Deus e, comido de bichos, expirou. "

Que todos os homens sem Deus são pecaminosos, não significa que cada pessoa é igualmente corrupto e perverso. Vinte cadáveres num campo de batalha pode estar em diferentes estágios de decomposição, mas eles são uniformemente mortos. A morte se manifesta de muitas formas e graus diferentes, mas a própria morte não tem graus. Pecado se manifesta de muitas formas e graus diferentes, mas o estado de pecado em si não tem graus. Nem todos os homens são tão mal quanto poderiam ser, mas tudo não conseguem medir até o padrão perfeito de Deus.

Como um estado de ser, uma esfera de existência, o pecado tem mais a ver com o que não é feito do que com o que é feito. Padrão de Deus é para os homens para ser perfeito, assim como Ele próprio é perfeito ( Mt 5:48 ). Jesus não deu um novo padrão, mas reafirmou uma muito antiga. Também não tinha a ordem de Deus para "ser santos, porque eu sou santo" ( Lv 11:44. ; cf. . 1Pe 1:161Pe 1:16 ) criou um novo padrão para a humanidade ou para o seu povo escolhido. Deus nunca teve qualquer padrão para o homem, mas a santidade perfeita.

É por causa desse padrão perfeito de santidade que os homens fora de Deus não pode ser qualquer coisa, mas pecaminosa. Porque ele está separado de Deus, ele não pode fazer nada, mas ficam aquém do padrão de Deus. Não importa o quanto bom ele faz ou tenta fazer, o padrão de nunca fazer ou nunca ter feito mal em tudo é inatingível.
Estado comum do homem do pecado tem sido muitas vezes comparado a um grupo diversificado de pessoas em pé na margem de um rio largo, talvez um quilômetro de diâmetro. Cada um deles está tentando saltar para o outro lado. As crianças pequenas e idosos podem saltar apenas alguns metros. As crianças maiores e adultos ágeis pode saltar várias vezes tão longe. Alguns atletas podem saltar várias vezes mais longe ainda. Mas nenhum deles chega perto do outro lado. Os graus de sucesso variam apenas em relação uns aos outros. Em relação a atingir a meta são falhas iguais.
Ao longo da história as pessoas têm variado muito em seus níveis de bondade humana e maldade. Mas em relação a alcançar a santidade de Deus, eles são falhas iguais. É por isso que o bom, prestativo, gentil, atencioso, doação pessoa precisa de salvação, tanto quanto o assassino múltiplo no corredor da morte A pessoa que é um bom pai, esposo amoroso, trabalhador honesto, e as necessidades humanitárias cívicos Jesus Cristo para salvá-lo da condenação eterna do inferno tanto quanto o Skid Row bêbado ou o terrorista cruel. Eles não levam uma vida igualmente pecaminosos, mas eles são igualmente no estado de pecado, igualmente separados de Deus e da vida espiritual.

Jesus disse: "Se você fizer o bem daqueles que fazem o bem para você, que mérito há nisso? Também os pecadores fazem o mesmo" ( Lc 6:33 ). Em outra ocasião Ele disse: "Você, então, sendo maus, [no entanto], sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos" ( Lc 11:13 ). Uma pessoa separada de Deus pode fazer coisas humanamente bons. Mas como o Senhor aponta em ambas as declarações, a pessoa ainda é um pecador, ainda mal por natureza, e ainda em funcionamento em um motivo menor do que a de glorificar a Deus. Quando Paulo e os outros estavam naufragou na ilha de Malta, Lucas relata que "os nativos nos mostrou bondade extraordinária" ( At 28:2 ), ele vai continuar a governar. O poder [ou autoridade] do ar provavelmente se refere ao acolhimento de demônios de Satanás que existem no esfera celeste. Paulo tem isso em mente, em Ef 6:12 , onde ele adverte sobre "as forças espirituais do mal, nas regiões celestes". Durante a idade presente, ele e seu demônio sediar dominar, pressão e controlar cada pessoa que estiver salvo. Ele é a personificação da morte espiritual, porque ele é a personificação da rebelião contra Deus, e por isso é o sistema que ele projetou.

Os três elementos que mais caracterizam o nosso presente mundo sistema são humanismo, materialismo e sexo ilícito. O humanismo coloca o homem acima de tudo. O homem é a medida eo fim de todas as coisas. Cada homem é o seu próprio patrão, o seu próprio padrão de bom, sua própria fonte de autoridade, em suma, o seu próprio deus. Materialismo coloca alto valor nas coisas físicas, especialmente dinheiro, porque o dinheiro é um meio de aquisição de todas as outras coisas. Perversão sexual domina a sociedade ocidental moderna, uma vez que não tem outras sociedades, desde as menores períodos de Grécia e Roma antigas. Junto com o apelo humanista para o auto-interesse eo apelo materialista para o auto-engrandecimento, vice sexual é usado para promover e persuadir em praticamente todos os campos de marketing, favorecer a auto-prazer. Esse triunvirato representa o espírito de nossa época, o atual curso deste mundo .

Satanás é o Archon ,

Tal como acontece com o mundo , o ar sobre o qual Satanás tem o controle de potência representa a esfera onde os demônios se mover. O ar pode ser usado metaforicamente, como quando falamos de um "ar de expectativa." Neste contexto mundial e ar seria quase sinônimo, ambos representando um reino, ou esfera, de influência. Nesse caso, seria uma referência ao campo das idéias, crenças e convicções sobre o qual Satanás agora atua como príncipe . Mas não é o que está na mente de Paulo aqui ou em 6:12 . Ele tem em mente o fato de que Satanás governa a energia (demônios) que ocupam o ar (a esfera celeste em torno da Terra). Os homens não são livres e independentes; eles estão totalmente dominado pelos anfitriões do inferno.

Para andar de acordo com o curso deste mundo, de acordo com o poder do príncipe do poder do ar , é pensar e viver de acordo com os pressupostos, ideologias e padrões sobre os quais o pecado e Satanás tem o controle e ser dominado por seres sobrenaturais malignas. O supremo propósito de Satanás para os homens não é levá-los apenas para fazer coisas más (a carne verá a isso, como fica claro emGálatas 5:19-21. ), mas para pensar e acreditar que as coisas más, especialmente a respeito de Deus (cf. 13 47:11-15'>2 Cor. 11: 13-15 ). Porque a humanidade caída e exércitos de Satanás existir no mesmo reino espiritual, é muito natural que o espírito é o mesmo espírito que agora atua nos filhos da desobediência . O príncipe de desobediência trabalha em (o uso de en enfatiza a relação íntima) seguidores dispostos, aqueles que não têm nenhuma consideração para com a Palavra ea vontade de Deus, chamou os filhos da desobediência (um termo semita que descreve uma pessoa caracterizada por desobediência), dos quais ele é o pai espiritual ( João 8:38-44 ). Paulo deixa claro esta característica de identificação de desobediência a Deus quando afirma absolutamente que "sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça" ( Rm 6:16 ). Ele, então, caracteriza o crente como alguém que obedece a Deus: "você se obediente do coração" ( v. 17 ).

Objetivo principal de Paulo aqui não é mostrar como não salva as pessoas agora vivem-se o ensino é valioso para o efeito, mas para lembrar os crentes como eles mesmos anteriormente caminharam eviveram anteriormente . Todos nós uma vez viveu nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais .

Epithumia ( paixões ) refere-se a inclinações fortes e desejos de todos os tipos, e não simplesmente o desejo sexual. Thelema ( desejos ) enfatiza forte obstinação, querendo e buscando algo com grande diligência. Tal como acontece com delitos e pecados , desejos e desejos não são dados para mostrar a sua particularidade, mas a sua vulgaridade. Eles são usados ​​como sinônimos para representar orientação completa caído do homem ao seu próprio caminho egoísta. Por natureza, ele é levado a cumprir os desejos e desejos de sua pecaminosa carne e ... mente . A carne ( sarx ) refere-se a dissipação da vida que vem quando se está abandonada para fazer o que se sente bem. A mente ( dianoia ) indica as escolhas deliberadas que desafiam a vontade de Deus.

Cada crente já foi totalmente perdido no sistema do mundo , a carne eo diabo, que é o príncipe sobre os demônios, que são a força do ar . Aqueles caíram três grandes arenas do homem, onde ele está em uma batalha perdida com espirituais inimigos, mas eles são os inimigos com os quais, por natureza, ele está agora aliados (cf. 1Jo 2:16 ). Ao invés de todos os homens serem filhos de Deus, como a maioria do mundo gosta de pensar, aqueles que não receberam a salvação através de Jesus Cristo são por natureza filhos da ira (cf. Jo 3:18 ). Além de reconciliação por meio de Cristo, todas as pessoas, por natureza (através do nascimento humano) é o objeto de Deus ira , seu julgamento e condenação eterna. Eles são caracterizados de forma mais precisa não apenas como filhos da desobediência , mas, consequentemente, como filhos da ira -objects de julgamento condenando de Deus.

Mas se fôssemos uma vez, mesmo que o resto, por meio da fé no Salvador estamos não gosto deles por mais tempo. Por causa do trabalho passado de salvação de Cristo em nós, somos atualmente e eternamente sob o Seu amor e entregues a partir da condição humana natural da morte, o pecado, a alienação, a desobediência, controle de demônio, luxúria e julgamento divino.

A salvação é pelo Amor

Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, ( 2: 4 )

A salvação é do pecado e por amor. De Deus misericórdia é plousios , rico , sobeja, sem medida, ilimitado. O problema com a reconciliação não está do lado do Senhor. As duas palavras , mas Deus mostra que a iniciativa foi em fornecer o poder da salvação. Seu grande desejo é ser a reunir com as criaturas que Ele fez à Sua imagem e para a Sua própria glória. A rebelião e rejeição é do lado do homem. Porque Ele era rico em misericórdia para conosco e tinha um grande amor por nós, Ele providenciou uma maneira para que voltemos a Ele. Em Rm 11:32 o apóstolo Paulo se concentra neste mesmo problema em dizer: "Deus encerrou a todos na desobediência para que pudesse mostrar misericórdia para com todos." Seu propósito ao fazê-lo é dado em versículo 36 : "Porque dele, e por meio dele e paraele são todas as coisas A ele seja a glória para sempre Amém.. "(grifo nosso).

A salvação para a glória de Deus é pela motivação e poder de Deus grande amor . Deus é intrinsecamente tipo, misericordioso e amoroso. E em Seu amor, Ele estende a mão para os seres humanos vis, pecadores, rebeldes, depravados, desamparado, e condenados e oferece-lhes a salvação e todas as bênçãos eternas que ela traz. A rebelião do homem é, portanto, não só contra o senhorio ea lei de Deus, mas contra o Seu amor .

Se uma pessoa estivesse dirigindo pela rua e descuidAdãoente desceu e matou uma criança, ele provavelmente seria preso, julgado, multado e preso por homicídio involuntário. Mas depois que ele pagou a multa e cumpriu a pena, ele estaria livre e sem culpa diante da lei no que diz respeito a esse crime. Mas pagar sua pena perante a lei não faria nada para restaurar a vida da criança ou aliviar o sofrimento dos pais. O crime contra eles foi em um nível incomparavelmente mais profunda. A única maneira de um relacionamento entre os pais e o homem que matou seu filho poderia ser estabelecida ou restaurada seria para os pais para oferecer o perdão. Não importa o quanto o homem pode querer fazê-lo, ele não poderia produzir a reconciliação do seu lado. Apenas o ofendido pode oferecer perdão, e só o perdão pode trazer a reconciliação.

Embora muito ofendido e pecou contra (como representado na parábola do Matt. 18: 23-35 ), por causa de Deus rico ... misericórdia e Seu grande amor Ele ofereceu perdão e reconciliação para nós, como Ele o faz a cada pecador arrependido. Embora em seu pecado e rebelião todos os homens participaram da maldade da crucificação de Jesus, de Deus misericórdia e amor fornecer uma maneira para que eles participem na justiça de sua crucificação. "Eu sei o que você é eo que você tem feito", diz Ele; "Mas por causa do meu grande amor para você, sua pena foi paga, o julgamento de minha lei contra você ter sido satisfeito, através do trabalho do meu filho em seu nome. Por causa dele eu ofereço-lhe perdão. Para vir a mim, você só precisa para vir a Ele. " Não somente Ele ama o suficiente para perdoar, mas também o suficiente para morrer por aqueles mesmos que tinha ofendido. "Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos" ( Jo 15:13 ). Amor compassivo para aqueles que não merecem isso torna a salvação possível.

A salvação é para a Vida

mesmo quando estávamos mortos em nossos delitos, [Deus] nos fez vida juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), ( 2: 5 )

Acima de tudo, um morto pessoa precisa ser feita vivo . Isso é o que dá a salvação espiritual vida. Para encorajar os crentes que duvidam do poder de Cristo em suas vidas, Paulo lembra-lhes que, se Deus era poderoso e amoroso o suficiente para dar-lhes vida espiritual juntamente com Cristo , Ele é certamente capaz de sustentar que a vida. O poder que nos levantou para fora do pecado e da morte e nos deu vida (aoristo) juntamente com Cristo (cf. Rom. 6: 1-7 ) é o mesmo poder que continua a energizar cada parte da nossa vida cristã ( . Rom 6 : 11-13 ). O que pode enfatizar a ligação do judeu com o gentio "você" no versículo 1 . Ambos estão em pecado e pode receber a misericórdia de ser vivificados em Cristo.

Quando nos tornamos cristãos, já não eram separados da vida de Deus. Tornamo-nos espiritualmente vivo através da união com a morte e ressurreição de Cristo e, assim, pela primeira vez, tornou-se sensível a Deus. Paulo chama-lo andando em "novidade de vida" ( Rm 6:4. ). Em Cristo, não pode deixar de ser agradável a Deus.

Salvação é com um propósito

e nos ressuscitou juntamente com Ele, e nos fez assentar com Ele nos lugares celestiais, em Cristo Jesus, a fim de que nos séculos vindouros, mostrar a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco em Cristo Jesus. ( 2: 6-7 )

A salvação tem um propósito, no que diz respeito a nós e no que diz respeito a Deus. O resultado mais imediato e direto da salvação é para ser ressuscitados com Ele, e [a] assentados com Ele nos lugares celestiais . Não só estamos mortos para o pecado e vivos para a justiça através da Sua ressurreição em que são levantadas, mas também gostamos Sua exaltação e compartilhar em Sua glória preeminente.

Quando Jesus ressuscitou Lázaro dentre os mortos Sua primeira instrução foi: "Desvincular-o e deixai-o ir" ( Jo 11:44 ). Uma pessoa que vive não pode funcionar enquanto envolvido nas armadilhas da morte. Porque a nossa nova cidadania por meio de Cristo está nos céus ( Fp 3:20 ), Deus nos assentos com Ele nos lugares celestiais, em Cristo Jesus . Nós já não são deste mundo ou em sua esfera de pecado e rebelião. Temos sido resgatado da morte espiritual e deu a vida espiritual, a fim de estar em Cristo Jesus e estar com Ele nos lugares celestiais . Aqui, como em 1: 3 , lugares celestiais refere-se à esfera sobrenatural, onde Deus reina, embora em 6:12 refere-se à esfera sobrenatural onde as regras de Satanás.

O verbo grego atrás assentado está no aoristo e enfatiza o caráter absoluto dessa promessa por falar nisso como se já tivesse totalmente ocorrido. Mesmo que ainda não somos herdeiros de tudo o que Deus tem para nós em Cristo, para ser nos lugares celestiais é estar no domínio de Deus, em vez de Satanás, para ser na esfera da vida espiritual, em vez de a esfera da morte espiritual. É aí que as nossas bênçãos são e onde temos comunhão com o Pai, o Filho, o Espírito Santo, e com todos os santos que foram antes de nós e vão atrás de nós. É aí que todos os nossos comandos vêm e para onde todos os nossos elogios e petições ir. E algum dia vamos receber a "herança que não se corrompe e imaculada e não irá desaparecer, reservada nos céus para [nós]" ( 1Pe 1:4 ).

A salvação vem pela fé

Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não como resultado de obras, para que ninguém se glorie. ( 2: 8-9 )

A nossa resposta na salvação é a fé , mas mesmo que é não de nós mesmos [mas é] o dom de Deus . A fé não é nada que fazemos em nosso próprio poder ou por nossos próprios recursos. Em primeiro lugar, nós não temos poder ou recursos adequados. Mais do que isso, Deus não nos quer contar com eles, mesmo que os tinha. Caso contrário, a salvação seria, em parte, por nossas próprias obras, e nós teríamos algum terreno para se vangloriar em nós mesmos. Paulo pretende enfatizar que, mesmo a fé não é de nós para além de Deus dando-lhe.

Alguns têm objecções a esta interpretação, dizendo que a fé ( pistis ) é feminino, enquanto que ( touto ) é neutro. Isso não representa qualquer problema, no entanto, desde que se entende que isso não se refere precisamente ao substantivo  , mas ao ato de crer. Além disso, esta interpretação faz o melhor sentido do texto, uma vez que se que refere-se pela graça sois salvos, mediante a fé (ou seja, a toda a instrução), a adição de e isto não vem de vós, é dom de Deus seria redundante, porque a graça é definida como um ato imerecido de Deus. Se a salvação é pela graça, tem que ser um dom imerecido de Deus. Fé é apresentado como um dom de Deus em 2Pe 1:1 e At 3:16 .

A história é contada de um homem que veio ansiosamente, mas muito tarde para um encontro de avivamento e encontrou os trabalhadores derrubando a tenda em que haviam sido realizadas as reuniões.Frantic em falta, o evangelista, ele decidiu pedir a um dos trabalhadores o que ele poderia fazer para ser salvo. O operário, que era cristão, respondeu: "Você não pode fazer nada. É tarde demais."Horrorizado, o homem disse: "O que você quer dizer? Como é que pode ser tarde demais?" "O trabalho já foi realizado", foi-lhe dito. "Não há nada que você precisa fazer, mas acredito nisso."
Cada pessoa vive pela fé. Quando abrimos uma lata de comida ou beber um copo de água nós confio que ele não está contaminado. Quando vamos em uma ponte que nós confio para nos apoiar. Quando colocamos o nosso dinheiro no banco nós confio que será seguro. A vida é uma série constante de atos de fé. Nenhum ser humano, não importa o quão cético e auto-suficiente, poderia viver um dia sem exercer fé.
De membros da Igreja, o batismo, a confirmação, dando para a caridade, e ser um bom vizinho não tem poder para trazer a salvação. Nem comungar, mantendo os Dez Mandamentos, ou viver pela Sermão da Montanha. A única coisa que uma pessoa pode fazer isso terá qualquer parte na salvação é exercer fé no que Jesus Cristo fez por ele.
Quando aceitamos a obra consumada de Cristo em nosso favor, agimos pela  fornecido pela de Deus a graça . Esse é o supremo ato de fé humana, o ato que, embora seja a nossa, é principalmente de Deus-Seu presente para nós de Sua graça . Quando uma pessoa sufoca ou afoga e pára de respirar, não há nada que ele possa fazer. Se ele já respira novamente, será porque alguém começa-lo respirar. Uma pessoa que está espiritualmente morto não pode sequer tomar uma decisão de fé, a menos que Deus em primeiro lugar ele respira para o sopro da vida espiritual. A fé é simplesmente respirar o ar que de Deus graça suprimentos. No entanto, o paradoxo é que temos de exercê-lo e arcar com a responsabilidade se não o fizermos (cf. Jo 5:40 ).

Obviamente, se é verdade que a salvação é toda pela graça de Deus, é, portanto, não como resultado de obras . O esforço humano não tem nada a ver com isso (cf. Rm 3:20. ; . Gl 2:16 ). E assim, ninguém se glorie , como se ele tivesse qualquer parte. Todos jactância é eliminado na salvação (cf. Rm 3:27. ; Rm 4:5. ). No entanto, as boas obras têm um lugar importante, como Paulo é rápido em afirmar.

A salvação é para as boas obras

Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas. ( 02:10 )

Embora eles não têm parte em ganhar a salvação, as boas obras têm muito a ver com a vida fora salvação. Sem boas obras pode produzir a salvação, mas muitas boas obras são produzidas por salvação.

"Nisto é glorificado meu Pai", disse Jesus, "em que deis muito fruto, e assim sereis meus discípulos" ( Jo 15:8 ). Ela fala de obras mortas ( He 6:1 ) e de obras, ou em atos, das trevas e da carne, os quais são inerentemente mal ( Rm 13:12 ; Gálatas 5:19-21. ; Ef 5:11 )

O mesmo poder que nos criou em Cristo Jesus nos capacita a fazer as boas obras para que Ele nos redimiu. Estes são os verificadores da verdadeira salvação. Atitudes justas e atos justos procedem da vida transformada agora vivendo nos lugares celestiais. Para o Corinthians Paulo disse que não havia neles "uma abundância para toda boa obra" ( 2Co 9:8 ). Cristo morreu para trazer para si um povo "zeloso de boas obras" ( Tt 2:14 ). Mesmo esta é a obra de Deus, como diz Paulo: Enquanto você "trabalhar a vossa salvação ... Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar a sua boa vontade" ( Fp 2:1 ).

É a partir poiema ( mão de obra ) que ficamos poema, um pedaço de mão de obra literária. Antes que o tempo começou, Deus nos criou para serem conformes à imagem de seu Filho, Jesus Cristo ( Rm 8:29 ). Paulo podia dizer, portanto, aos Filipenses: "Pois estou confiante isto mesmo, que aquele que começou a boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de Cristo Jesus" ( 1: 6 ).

A história é frequentemente dito da, jovem rapaz perturbador turbulento em uma aula de escola dominical que continuamente frustrado seu professor. Certa manhã, o professor lhe perguntou: "Por que você age assim? Você não sabe que você fez?" Ao que o menino respondeu: "Deus fez, mas ele não é através de mim ainda."

Todos nós ainda somos imperfeitos, diamantes brutos sendo finalizada pelo divino Mestre Artesão. Ele não terminou com a gente ainda, mas o seu trabalho não cessará até que Ele fez de nós a perfeita semelhança de Seu Filho ( 1Jo 3:2)

Portanto lembre-se, que antigamente você, os gentios na carne, que são chamados "incircuncisão" pela chamada "Circuncisão", que é realizada na carne por humanos hands-lembre-se que você estava naquele tempo separado de Cristo, excluídos da comunidade de Israel, e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo. Mas agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estavam longe, foram aproximados pelo sangue de Cristo. Porque ele é a nossa paz, que fez os dois grupos em um só, e quebrou a barreira da parede divisória, abolindo em sua carne a inimizade, que é a lei dos mandamentos contidos em ordenanças, que em Si mesmo Ele pode fazer os dois um novo homem, estabelecendo a paz, e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por meio da cruz, por ela ter levado à morte a inimizade. E Ele veio e anunciou paz a vós que estáveis ​​longe, e paz aos que estavam perto; porque por ele ambos temos acesso em um só Espírito ao Pai. Então você sois estrangeiros e peregrinos já não, mas sois concidadãos dos santos, e sois da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, o próprio Jesus Cristo sendo a pedra angular, no qual todo edifício bem ajustado cresce para templo santo no Senhor; no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito. (2: 11-22)

É uma parte da natureza humana pecaminosa para construir barreiras que impedem a entrada de outras pessoas. No Novo Testamento vezes um dos maiores obstáculos foi entre escravos e livres, especialmente entre escravos e seus proprietários. Aqueles que estavam livres olhou para escravos como sendo inferior, ligeiramente acima dos animais. Muitos escravos olhou em seus mestres com desprezo e ressentimento. Consequentemente, um dos maiores problemas da igreja primitiva era no sentido de obter os donos de escravos cristãos e escravos cristãos para tratar uns aos outros como iguais espirituais.
Para a maior parte, as mulheres também eram olhados com desprezo como seres inferiores. Os maridos frequentemente tratados suas esposas pouco melhor do que eles fizeram seus escravos. Quando uma mulher se tornou um cristão, sua vida inteira, Outlook e sistema de valores alterados. Um marido incrédulo provavelmente divorciar dela simplesmente porque ela tinha tomado uma decisão tão radical, sem o seu consentimento.

Os gregos eram tão orgulhosos de sua cultura e de suposta superioridade racial que consideravam todos os outros para ser bárbaros, uma crença a que Paulo alude em Rm 1:14 e Cl 3:11. A língua grega foi considerada a linguagem dos deuses. O estadista romano Cícero escreveu: "Como dizem os gregos," Todos os homens são divididos em duas classes, gregos e bárbaros. '"Lívio, outro romano antigo, escreveu que os gregos constantemente travaram uma guerra truceless contra pessoas de outras raças, os quais que consideravam bárbaros. Por causa de tais sentimentos, a igreja primitiva enfrentou contínuas barreiras não apenas entre os crentes gentios e judeus, mas entre crentes gregos e outros crentes gentios.

Em seu livro A Cruz da Paz Sir Filipe Gibbs escreve:

O problema de cercas tem crescido a ser um dos mais aguda que o mundo deve enfrentar. Hoje, existem todos os tipos de zig-zag e cercas cruzando correndo pelas raças e povos do mundo. O progresso moderno tornou o mundo um bairro e que Deus nos deu a tarefa de torná-lo uma irmandade. Nestes dias de paredes divisórias de raça e classe devemos sacudir a terra de novo com a mensagem de Cristo, em quem não há escravo nem livre, judeu nem grego, nem cita Barbarian, mas todos são um só.

A desunião entre seu próprio povo sempre foi uma dor de cabeça especial para Deus. Em Sua oração de intercessão pelos discípulos em João 17, Jesus orou três vezes que eles seriam um (vv. 11, 21,
22) e, novamente, "para que sejam perfeitos na unidade" (v. 23). Orações de Jesus sempre foram respondidas porque Ele sempre orou de acordo com a vontade do Pai. Sua oração pela unidade do seu povo já foi respondida posicionalmente, porque cada pessoa que acreditou nele foi feito espiritualmente um com Ele e com todos os outros crentes de todas as épocas. Posicionalmente que são um em Cristo Jesus."Aquele que se une ao Senhor é um espírito com Ele" (1Co 6:17). "Porque, assim como o corpo é um e ainda tem muitos membros, e todos os membros do corpo, embora muitos, somos um só corpo, assim é Cristo também. Pois em um só Espírito fomos todos nós batizados em um corpo" (12 : 12-13).

Assim como o corpo físico tem um princípio comum de vida que flui através dele, o mesmo acontece com o Corpo de Cristo, a Sua Igreja. O Espírito de Deus coloca a vida de Deus na alma de cada pessoa que confia em Jesus Cristo e une a pessoa com todos os outros crentes no mesmo reino eterno. No reino de Jesus Cristo todas as barreiras descer. Nele não há paredes, sem classes, sem castas, não há raças, sem sexo, sem distinção de qualquer espécie.

Na prática, no entanto, a verdade é muitas vezes tragicamente diferente. Na mesma carta, a Corinto em que Paulo assim declarado fortemente a unidade posicional de crentes ele também repreendeu fortemente os coríntios pela sua desunião prática. "E eu, irmãos, não poderia falar como a espirituais, mas como a homens de carne, como a meninos em Cristo. ... Porque ainda são carnais. Pois desde que há inveja e divisão entre vocês, não é mesmo carnal , e que você não agindo como mundanos? " (1Co 3:1; conforme 1: 11-13.).

Apenas cerca de 20 anos atrás, o pastor da igreja branca próspera em uma cidade do sul dos Estados Unidos tornou-se sobrecarregado para a comunidade em geral. O zelador negro de sua igreja era um cristão gracioso e obediente, e os dois homens começaram um estudo e oração tempo bíblico semanal juntos. Depois de alguns meses, a diretoria da igreja se aproximou do pastor e disse que ele tinha que parar de ter comunhão com "aquele homem" porque era ruim para a imagem da igreja. Quando ele lhes disse que não podia fazer isso porque ele sentiu confraternizando com e ministrando a ele foi a vontade do Senhor, praticamente nenhuma loja na cidade iria fazer negócios com ele. Ele não podia comprar roupas, gás, ou até mesmo mantimentos. Em pouco tempo, ele teve um colapso nervoso e foi levado para a ala psiquiátrica de um hospital em uma próxima cidade grande, onde no segundo dia ele mergulhou para fora da janela e se matou.

Uma história muito diferente, no entanto, é a de uma igreja Africano contemporâneo, composto por fiéis de várias tribos que haviam sido a mais amarga de inimigos por incontáveis ​​gerações. Um missionário que foi oficiar um serviço de comunhão na igreja ficou profundamente comovido quando ele olhou em volta. Ele viu o chefe do Ngoni, juntamente com muitos outros membros dessa tribo. Ele também viu os membros do Senga e Tumbuka tribos cantando, orando e participando da Ceia do Senhor juntos. Em anos anteriores cada uma dessas tribos gostava de se gabar como muitos homens, mulheres e crianças das outras tribos que haviam matado, estupradas, ou mutilados. O chefe de idade poderia lembrar os dias em que os jovens guerreiros Ngoni tinha saído para atacar seus inimigos. Eles haviam deixado para trás um rastro de aldeias queimadas e destruídas e tinha voltado para casa com suas lanças ensanguentados com a morte de Senga e Tumbuka pessoas. Mas à medida que uma vez foram divididos pelo derramamento de sangue um do outro, eles estão agora unidos pelo sangue de seu Salvador comum, Jesus Cristo.

Esse é o tipo de unidade Jesus Cristo dá ao Seu povo e que Ele lhes ordena que manter, "ser diligente para preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz" (Ef 4:3; conforme Rm 10:12.). A unidade da Igreja não é organizacional, mas espiritual. Esta passagem concentra-se na idéia de que a unidade espiritual. Os termos "tanto ... um" (Ef 2:14), "um novo homem" (v. 15), "um só corpo" (v. 16), "ambos" (14 vv. 16,
18) e "juntos" (vv. 21-22) tudo indica ênfase do apóstolo.

Muitas vezes, é útil, e às vezes necessário, para se concentrar em determinados grupos nacionais, raciais, religiosas ou étnicas para o trabalho evangelístico e de elaborar abordagens para um determinado grupo que são um tanto original. Mas é lamentável que os crentes que vêm de tais grupos são muitas vezes nunca assimilado igrejas existentes.

Deus soberanamente escolheu os judeus para ser o Seu povo especial. "Você só", disse Israel, "que escolhi dentre todas as famílias da terra" (Am 3:2). Pedro explicou mais tarde para o centurião romano Cornélio e sua família: "Vós bem sabeis como não é lícito a um homem que é um judeu de se associar com um estrangeiro ou para visitá-lo, e ainda assim, Deus me mostrou que eu não deveria chamar qualquer homem profano ou impuro "(v 28; conforme Gal. 2: 11-14.).

Deus ordenou que a Igreja "Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura" (Mc 16:15), para "fazer discípulos de todas as nações" (Mt 28:19), e para serem seus "testemunhas tanto em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até à parte mais remota da terra "(At 1:8).

Como Jonas, a maioria dos judeus não querem compartilhar seus gracioso e amar a Deus com mais ninguém. Eles aceitaram suas bênçãos divinas, mas não a sua missão divina para ser uma luz para as nações dos gentios (Is 42:6; Is 60:3).

Desprezo judaica para os gentios muitas vezes tinham justificação do ponto de vista humano, porque ao longo da sua história sofreram opressão recorrente e perseguição dos Gentios que freqüentemente pareciam sobre os judeus como um povo de escravos a ser explorado. Como em nossos dias sob os nazistas, os judeus têm sido muitas vezes ridicularizado como inimigos da raça humana.
Mas, em vez de refletir o amor gracioso e do perdão de Deus, que chama e os abençoou, os judeus na maioria das vezes ventilada seu próprio ressentimento e ódio de volta contra seus perseguidores. Como Jonas, eles queriam gentios para ser julgado, não perdoou. Alguns judeus acreditavam que Deus criou os gentios para usar como combustível para o inferno. Muitos acreditavam que Ele amava Israel e odiava todas as outras nações. Consequentemente, algumas mulheres judias se recusou a ajudar uma mulher não-judia dar à luz, porque fazê-lo seria torná-los responsáveis ​​por trazer outro Gentil desprezado para o mundo.
Quando um judeu entraram na Palestina muitas vezes ele iria sacudi o pó dos seus sandálias e roupas, a fim de não contaminar a Terra Santa com a poeira Gentil. Porque samaritanos eram, em parte, Gentil, a maioria dos judeus seria ir longe de seu caminho para evitar viajar através de Samaria. Se um jovem homem ou mulher judia se casou com um gentio, suas famílias teriam um serviço fúnebre, simbolizando a morte de seu filho, tanto quanto a religião, raça e família estavam preocupados. Por medo de contaminação, muitos judeus não iria entrar em uma casa Gentil ou permitir que um gentio para entrar deles.
Para muitas centenas de anos, a animosidade entre judeus e gentios tinha inflamou e cresceu. Embora eles não estavam sempre em conflito aberto, o seu desprezo mútuo continuou a aumentar o abismo entre eles.

Traços de animosidade que foram encontrados na igreja primitiva. O resultado prático da unidade de posição não foi fácil. Muitos crentes judeus pensei que inconcebível que um gentio poderia ser salvo, a menos que ele se tornou o primeiro prosélito judeu, mantendo as leis de Moisés e por se tornar circuncidado se fosse um homem. Esses judaizantes se tornou tão influente na igreja que um conselho especial foi chamado em Jerusalém para lidar com o seu ensino (ver Atos 15). Mesmo após a decisão clara do conselho que um gentio que não tem que se tornar um judeu para ser salvo, muitos cristãos judeus continuaram a acreditar no contrário. Apesar da revelação de Deus especial para ele a esse respeito (Atos 10) e sua própria participação no Concílio de Jerusalém, Pedro foi intimidado por certos judaizantes para comprometer o evangelho. Por essa razão, Paulo "resisti-lhe na cara, porque era repreensível" (Gl 2:11). Há apenas um evangelho, o evangelho da graça. Portanto, como Paulo tinha avisado: "Mesmo que nós mesmos ou um anjo do céu vos pregasse outro evangelho além do que vos temos pregado a você, seja anátema" (Gl 1:8 Paulo enfrenta o problema dos dois lados. Em primeiro lugar, ele descreve o ex-alienação social e espiritual de judeus e gentios, e, em seguida, ele descreve sua nova unidade espiritual em Jesus Cristo.

Esta seção importante começa com a palavra , portanto , o que indica que a próxima linha de pensamento a respeito da nova identidade desses cristãos gentios é construído sobre o que Cristo fez para dar-lhes vida e bênção eterna, conforme descrito nos versículos 1:10. É como se Paulo está chamando-os a ser muito grato por sua libertação da sua situação antiga que eles vêm para apreciar plenamente a sua nova situação de união com todos os outros crentes. Nada mais inspira gratidão em um pecador salvo do que um olhar de volta para o abismo do qual ele veio.

Alienação social

O primeiro tipo de alienação foi sociais: você anteriormente, os gentios na carne, que são chamados "incircuncisão" pela chamada "Circuncisão", que é realizada na carne por mãos humanas . Paulo chama seus leitores os gentios na carne , a fim de enfatizar a natureza física e externa do distinção, e ele convida-os a lembrar que eles tinham sido antes de vir para Cristo. Na medida em que os judeus estavam em causa eram marginais, referidos como a incircuncisão , um termo de escárnio, difamação, e opróbrio. Davi chamado Golias um "incircunciso filisteu" (1Sm 17:26). Porque os gentios não tinham a marca física da circuncisão para separá-los como povo de Deus, muitos judeus tinham ido para as consideram inferior e, de fato, de nenhum interesse para Deus. Paulo carrega um tom de desdém para tal ódio judaico, como evidenciado em sua escolha de palavras para descrever Jews- o chamado " Circuncisão "(lit.," na carne, feito à mão "). Desse modo, ele leva exceção a jactância judaica, enfatizando que a circuncisão também é apenas externo (conforme Lv 26:41; Lv 10:16 Deut; Jr 4:1; Ez 44:7; conforme Gl 5:1; Gl 6:15). Mais tarde, os romanos epístola ele ressalta que Abraão, o pai do povo judeu, foi salvo antes de ser circuncidado (4: 9-12). A separação dos dois grupos um do outro foi simbolizado pela marca de circuncisão, uma distinção puramente física.

Alienação espiritual

A alienação muito mais importante Gentil era espiritual: lembre-se que você estava naquele tempo separado de Cristo, excluídos da comunidade de Israel, e estranhos aos pactos da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo . Embora não tenha havido diferença moral entre judeus e gentios (como vv. 1-10 show), houve uma diferença de tratamento de Deus com eles como homens. Antes de Cristo vir, os judeus eram o povo da promessa de Deus, mas os gentios como um povo foram cortadas de Deus em cinco maneiras diferentes.

Em primeiro lugar, eles estavam sem Cristo, separados de Cristo , o Messias. Eles, portanto, não tinha qualquer esperança messiânica de um Salvador e Libertador. Sua história teve nenhum propósito, nenhum plano, e sem destino, exceto o julgamento final de Deus, dos quais não tinham conhecimento. Os filósofos estóicos populares ensinou que a história se repetiu em ciclos de três mil anos. No final de cada ciclo, o universo é queimado para cima e depois renasce para repetir o mesmo padrão fútil.

Divindades pagãs eram apenas extensões de próprias fraquezas e pecados dos homens. A deusa Diana, ou Artemis, que era o patrono de Éfeso, não foi descrito como uma criatura linda e graciosa, mas como um animal feio, com mamilos pendurada em que a sua ninhada de bichinhos amamentou. Sem exceção, idolatria pagã sempre foi proibindo e repugnante quando mostrado em sua forma verdadeira. Ela vive no medo e desespero ao invés de confiança e de esperança, porque seus deuses demoníacos são perversos e caprichoso, em vez de santos e fiéis. Embora Deus tinha-os em Seu plano eterno, soberano de estar unidos com Cristo através da fé, eles não tinham nenhum relacionamento, como ainda.
Em segundo lugar, os gentios eram espiritualmente alienado porque eles foram excluídos da comunidade de Israel . Deus tinha feito o seu povo escolhido em uma teocracia, uma nação de quem ele era o Rei e Senhor. Ele deu essa nação Sua bênção especial, proteção e amor. Deu-lhes Seus convênios, Sua lei Seu sacerdócio, seus sacrifícios, suas promessas, e Sua orientação (ver Deut. 32: 9-14; 33: 27-29; Is 63:7-9.; Am 3:2)

Teve os gentios aceitou o verdadeiro Deus, também eles, poderia ter sido uma parte dessa nação abençoada. Mas porque eles rejeitaram a Deus, perderam a Sua bênção nacional. Eles não tinham nenhuma comunidade abençoada por Deus ou reino e não benfeitor divino. Eles receberam nenhuma bênção ou uma protecção especial, porque eles estavam fora do domínio de Deus.
Em terceiro lugar, os gentios eram espiritualmente alienado porque estavam sem uma aliança com Deus, estranhos às alianças da promessa . A aliança supremo da promessa era aquela dada a Abraão: "Eu vou fazer de você uma grande nação, e te abençoarei, e fazer o seu nome, e assim que você deve ser uma bênção, e eu os abençoarei os que te abençoarem, e aquele que te amaldiçoarem amaldiçoarei E em todas as famílias da terra serão abençoados "(Gn 12:2-3; Gn 17:7; 13 1:28-15'>28: 13-15).. Inerente a que um grande pacto estavam a Mosaic, Palestino, e convênios e davídicos mesmo a Nova Aliança (Jr 31:33).A aliança com Abraão cercado e determinou todos trato de Deus com Israel (Rm 9:4: "Bem-aventurado aquele cuja ajuda é o Deus de Jacó, e cuja esperança está no Senhor seu Deus" 5- "A esperança de Israel" (At 28:20) era a esperança da salvação eterna e glória. Jeremias usa o termo "a esperança de Israel" como um título para Deus, paralelo em significado para Salvador (Jr 14:8.). Os gentios não tinham nenhuma esperança como a que está expressa pelo salmista: "Pois Tu és a minha esperança, ó Senhor Deus, Tu és a minha confiança desde a minha mocidade" (71: 5).

Se alguém que você ofereceu um empréstimo de negócio de milhões de dólares, você quer ter certeza de que ele realmente tinha muito dinheiro para emprestar. Você também quer ter certeza de que ele era um homem de palavra, que ele era credível. Se ele não tem dinheiro suficiente, ou se ele não cumprir sua palavra, sua promessa seria inútil, e nenhuma pessoa razoável levaria esperança nele.
Israel era capaz de ter esperança completa nas promessas de Deus, porque Ele tinha todos os recursos à sua disposição e, porque Ele não pode mentir. Eles tinham as promessas de Deus, e eles sabiam que Ele era capaz e confiável para cumpri-los. O fato de que muitas vezes eles não conseguiram espero nessas promessas foi devido a sua própria infidelidade, não de Deus.
Os gentios, no entanto, não tinha tais promessas e, portanto, não tinha motivo de esperança. A maioria dos gentios nos dias de Paulo quer pensei que a morte terminou toda a existência, ou que liberou o espírito a vagar sem rumo em algum mundo inferior em todo o resto da eternidade. Morte trouxe apenas o nada ou desespero eterno. O filósofo grego Diógenes disse: "Eu me regozijo no desporto na minha juventude. Tempo suficiente vou mentir sob a terra desprovido de vida, sem voz como uma pedra, e deixar a luz do sol que eu adoro, bom homem que eu sou. Então a I ver mais nada. Alegra-te, ó minha alma, na tua mocidade ". Essa é a filosofia básica de muitas pessoas em nossos dias, refletidas em tais declarações como: "Pegue todo o gusto você pode" e "Só se vive uma vez."
Em quinto lugar, e mais importante, os gentios eram espiritualmente alienado porque estavam sem Deus [ atheos ] no mundo . Não era que eles eram ateus intelectuais, porque a maioria deles acreditava em muitos deuses. Alguns eram panteístas, acreditando que a divindade era em tudo, animados e inanimados. On Mars Hill Paulo observou que os gregos de Atenas eram "muito religiosa em todos os aspectos. Por enquanto eu estava passando e examinar os objetos do vosso culto, encontrei também um altar com esta inscrição: 'AO DEUS DESCONHECIDO" (Atos 17:22-23). Esse santuário foi erguido em caso de não terem recebido um deus!

O problema não era que os gentios tinham nenhum deus, mas que eles não têm o verdadeiro Deus. Embora os crentes têm muitas dificuldades e provações no presente mundo pecaminoso e são continuamente cercado por sistema de Satanás, eles têm a certeza de que a esperança de um mundo futuro que é sem pecado e perfeita. Mas, para ser pego nesse sistema mal sem Deus é ser desesperadora.Paulo lembrou aos gentios convertidos na Galácia que, antes de se conhecer o Senhor, que eles "eram escravos para aqueles que por natureza não são deuses" (Gl 4:8).

Os gentios estavam sem Deus no mundo , porque eles não queriam. O Senhor não rejeitou os gentios ", pois não há parcialidade com Deus" (Rm 2:11). Eles não têm a lei de Deus dada a eles em tábuas de pedra como os judeus, mas eles tinham a escrita em seus corações e consciências (Rm 2:15). Eles tinham a revelação de Sua natureza "evidente entre eles, porque Deus tornou evidente para eles Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis, o seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo percebidos por meio do que tem sido feito. , de modo que eles fiquem inescusáveis ​​"(Rom. 1: 19-20). Os gentios rejeitaram a Deus por suprimir a verdade sobre si mesmo que tinha feito mais que evidente. O problema era que, "apesar de conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, mas eles tornaram-se fúteis em suas especulações, eo seu coração insensato se obscureceu" (v. 21).

O propósito de Deus em chamar os judeus como Seu povo santo foi para enviá-los como seus missionários para os gentios, para chamar todas as nações de volta a Ele em graça e amor. Os judeus, no entanto, não eram mais fiéis à sua luz maior do que os gentios estavam ao seu menor. Infelizmente, muitos cristãos não são fiéis à sua ainda maior Luz, "a luz verdadeira que, vindo ao mundo, ilumina todo homem" (Jo 1:9.).

Nunca haverá um fim à alienação até a volta de Cristo e por sua própria breaks desligar as barreiras de separação. Além de Cristo não só pode haver harmonia com Deus, mas há harmonia entre os homens.

Unidade em Cristo

Mas agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estavam longe, foram aproximados pelo sangue de Cristo. Porque ele é a nossa paz, que fez os dois grupos em um só, e quebrou a barreira da parede divisória, abolindo em sua carne a inimizade, que é a lei dos mandamentos contidos em ordenanças, que em Si mesmo Ele pode fazer os dois um novo homem, estabelecendo a paz, e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por meio da cruz, por ela ter levado à morte a inimizade E Ele veio e anunciou paz a vós que estáveis ​​longe, e paz aos que estavam próximo; porque por ele ambos temos acesso em um só Espírito ao Pai. (2: 13-18)

Aqueles que antes estavam longe, foram os gentios que tinham vindo a Cristo. Ao longe era um termo comum usado em judaica escritos rabínicos para descrever gentios, aqueles que estavam longe do verdadeiro Deus (conforme Is 57:19;. At 2:39).

A raiz do conflito, a discórdia, o antagonismo, a inimizade, o ódio, amargura, luta, guerra, conflito, e qualquer outra forma de desunião e divisão é pecado. A razão não é sempre perfeita harmonia na Divindade é que não há pecado na Divindade. Santidade perfeita produz perfeita harmonia. E a única solução para as divisões entre os homens é a remoção do pecado, que Jesus Cristo realizada pelo derramamento do seu próprio sangue . Aqueles que confiam em Sua obra expiatória são libertados do pecado agora em sua nova natureza e será praticamente e permanentemente livre do pecado em seus novos corpos quando encontrar o Senhor. O valor de purificação do sangue de Cristo lava imediatamente afastado da pena do pecado e, finalmente, lava até mesmo a sua presença.

Porque em Cristo a grande barreira fundamental do pecado tenha sido removido, todos os outros barreira foi removido também. Aqueles que são um em Cristo são um no outro, se eles percebem ou agir como ele ou não (1Co 6:17). O objetivo da mesa do Senhor é para nos lembrar o sacrifício que o Senhor fez, não só para trazer-nos a Si mesmo, mas também uns aos outros.

Ao remover o nosso pecado, Cristo nos dá a paz uns com os outros e acesso a Deus.

Paz com Deus e com o seu povo

Porque ele é a nossa paz, que fez os dois grupos em um só, e quebrou a barreira da parede divisória, abolindo em sua carne a inimizade, que é a lei dos mandamentos contidos em ordenanças, que em Si mesmo Ele pode fazer os dois um novo homem, estabelecendo a paz, e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por meio da cruz, por ela ter levado à morte a inimizade. E Ele veio e anunciou paz a vós que estáveis ​​longe, e paz aos que estavam perto; (2: 14-17)

O texto grego aqui tem apenas um pronome, autos ( He ), mas ele está na posição enfática, como refletido pela adição de Si mesmo em muitas traduções para o inglês. O escritor salienta que só Jesus é a nossa paz (conforme Is 9:6)...

Paz só vem quando eu morre, eo único lugar auto verdadeiramente morre está no pé do Calvário. "Já estou crucificado com Cristo", disse Paulo; "E já não sou eu que vivo, mas Cristo vive em mim; ea vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim" (Gl 2:20).

Durante a Segunda Guerra Mundial, um grupo de soldados americanos foi a troca de fogo com alguns alemães que ocuparam uma casa de fazenda. A família que morava na casa havia corrido para o celeiro para a proteção. De repente, sua filhinha de três anos de idade, ficou assustado e correu para o campo entre os dois grupos de soldados. Quando viram a menina, ambos os lados imediatamente cessado atirando até que ela estava segura. Uma criança pequena trouxe a paz, breve como era, como quase nada mais poderia ter feito.
Jesus Cristo veio como um bebê ao mundo, e em Seu sacrifício na cruz Ele próprio se tornou a paz para aqueles que confiam nEle. Sua paz não é temporária, mas permanente. Ele fez os dois grupos , os judeus (aqueles que estavam "perto") e gentios (aqueles que estavam "longe"), em uma só, e quebrou a barreira da parede divisória .

Em Jesus Cristo, um judeu não é mais distinto de um gentio, tanto quanto a religião está em causa. De fato, desde O D.C 70, quando o Templo foi destruído, verdadeiro judaísmo religioso deixou de existir. Não só foi o lugar de sacrifício destruído, mas assim foram todos os registros genealógicos em que descendência sacerdotal foi baseado. Da mesma forma, um gentio em Cristo já não é distinta, tanto quanto a sua condição espiritual está em causa. Sua paganismo se foi, sua incredulidade se foi, sua desesperança se foi, e sua impiedade está desaparecido.

Para aqueles em Cristo, a única identidade que importa é a sua identidade nEle. Não há cristianismo judaico ou o cristianismo Gentil, preto ou branco cristianismo, homem ou mulher, ou o cristianismo livre ou escravo. Há apenas o cristianismo. O nosso único Senhor tem apenas uma igreja.

A barreira da parede divisória alude à separação do Pátio dos Gentios do resto do Templo. Entre esse tribunal e do Tribunal de os israelitas era um cartaz que dizia: "Não Gentil pode entrar dentro da barricada que circunda o santuário e gabinete. Qualquer um que for pego fazendo isso terá que culpar a si mesmo por sua morte que se seguiu." Esta barreira física ilustrada a barreira de hostilidade e ódio que também separou os dois grupos. À medida que aprendemos a partir do livro de Atos, até mesmo um judeu que levou um gentio na parte restrita do Templo corria o risco de ser condenado à morte.Embora Paulo não tivesse feito isso, alguns judeus da Ásia acusou-o de tomar Trophimus, um gentio de Éfeso, no Templo. Eles teriam apedrejado Paulo à morte se não tivesse sido resgatado por soldados romanos (Atos 21:27-32).

Deus tinha originalmente separados judeus de gentios (conforme Is 5:1) com a Proposito de resgatar ambos os grupos, não para salvar os judeus sozinho. Ele colocou o Pátio dos Gentios no Templo com o propósito de ganhar gentios a Si mesmo. Era para ser um lugar para evangelismo de judeus dos gentios, um lugar para ganhar prosélitos ao judaísmo e de trazê-los, assim, "próximo". Foi esse tribunal, no entanto, que os líderes judeus de "dia usado como um" ladrões "Jesus den" (Mc 11:17), em vez de como um lugar de testemunha.

Cristo para sempre quebrou (o aoristo grego significa tensos concluída ação) todas as paredes dividindo abolindo na sua carne a inimizade, que é a lei dos mandamentos contidos em ordenanças .Quando Jesus morreu na cruz, Ele aboliu toda barreira entre o homem e Deus e entre o homem e seu próximo. A maior barreira entre judeus e gentios foi a lei cerimonial, a lei dos mandamentos contidos em ordenanças . As festas, sacrifícios, oferendas, as leis de limpeza e purificação, e todas as outras exteriores distintos tais mandamentos para a separação única de Israel de entre as nações foram abolidas.

Essa lei moral de Deus não foi abolida, resulta da frase contida em cerimônias . Sua lei moral reflete a Sua própria natureza santa e, portanto, nunca pode mudar (conforme Mt 5:17-19.). Essa é a lei que para os judeus foi resumida nos Dez Mandamentos e que para todos os homens está escrito nos seus corações (02:15 Rom.) E ainda comandadas deles (Mt 22:37-40; Rm 13:8). Os Dez Mandamentos, como todas as leis morais de Deus, não são senão o amor estruturada e particularizada que Deus ainda requer (Jc 2:8; 11: 17-18; Colossenses 2:16-17), que em Si mesmo Ele pode fazer os dois em um homem novo, estabelecendo a paz . A ênfase está novamente em em Si mesmo, afirmando que esta nova unidade só pode ocorrer quando os homens estão unidos na pessoa do Senhor Jesus Cristo.

Kainos ( novo faz) não se referir a algo concluído recentemente, como um carro novo saindo da linha de montagem e um de muitos outros carros exatamente como ele. Este novo refere-se a uma diferença de natureza e qualidade, para um modelo completamente novo, diferente de tudo o que existia antes. A nova pessoa em Cristo não é simplesmente um judeu ou gentio, que agora passa a ser um cristão. Ele não é mais um judeu ou gentio, mas apenas um cristão. Cada outra característica é a "ex" (ver v. 11). Paulo resumiu quando disse: "Pois não há distinção entre judeu e grego, porque o mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam, pois" Quem vai invocar o nome do Senhor ser salvos "(Rom. 10: 12-13).

Outra história da Segunda Guerra Mundial é a de um grupo de soldados americanos que perderam o seu amigo na batalha. Eles levaram seu corpo para o único cemitério na área, que passou a ser católico.Quando o sacerdote foi dito que o homem morto não era católico, ele disse, "Eu sinto muito, mas ele não pode ser enterrado aqui." Os soldados desanimados e desencorajados decidiu fazer o que eles pensavam que era próxima melhor, e durante a noite eles enterraram seu companheiro do lado de fora do muro do cemitério. Eles retornaram na manhã seguinte para prestar suas últimas homenagens, mas eles não conseguiram encontrar um túmulo fora da cerca. Quando isso foi dito, o sacerdote de seu dilema, ele disse: "A primeira parte da noite, eu fiquei acordado arrependido do que eu lhe disse. E a segunda parte da noite eu gasto movendo a cerca."
Quando Jesus Cristo quebrou a barreira da parede divisória, abolindo em sua carne a inimizade , Ele mudou a cerca, a fim de que em Si mesmo Ele pode fazer os dois em um novo homem .Nenhuma pessoa que vem a Ele será excluído, e nenhuma pessoa que está incluído será espiritualmente distinto de qualquer outro. Na sua carne pontos especificamente a morte de Jesus na cruz, através do qual Ele anulou, anulado, feita de nenhum efeito, e invalidados ( abolida , katargeō ) a disputa, a discórdia ea alienação ( inimizade , echthra ),

As palavras e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por meio da cruz demonstrar não só que judeus e gentios ( tanto é masculino, referindo-se claramente aos homens) são reunidos, mas que juntos eles são levados para Deus. Reconciliação para o outro é inseparável da reconciliação com Deus. Como ambos são apresentadas a Deus, eles são trazidos para o outro. A morte de Cristo realizou perfeitamente o que Deus destina-trazendo os homens a Si mesmo. Versículo 13 pontos para o sangue de Cristo, versículo 15 centra-se na carne do Salvador morrendo, e agora no versículo 16 Paulo menciona especificamente o lugar ( a cruz ), onde o sangue foi derramado e da carne foi morto. Como é que a cruz realizar tal reconciliação? É condenado à morte a inimizade entre os homens e Deus (conforme Rm 5:1).

A hostilidade entre os homens e Deus foi encerrada no sacrifício de Cristo. Ele era o único que recebeu a sentença judicial de Deus por causa do pecado. Ele pagou o preço da morte que Deus exigiu justiça divina e, assim, satisfeito (conforme 2Co 5:20). Ele tornou-se "uma maldição" para os pecadores (Gl 3:13) e desde a reconciliação do pecador crente a Deus e a todos os outros pecadores arrependidos, independentemente da raça.

Reconciliação é um termo rico ( apokatallassō ) que detém a idéia de transformar a partir de hostilidade à amizade. O duplo uso de preposições como prefixos ( apo , kata ) enfatiza a totalidade dessa reconciliação (conforme Cl 1:19-23).

O homem não pode mesmo reconciliar-se com seu companheiro, e muito menos a Deus. "Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós. Muito mais agora, tendo sido justificados pelo seu sangue, seremos salvos da ira de Deus por meio dele. Porque, se, enquanto nós sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida "(Rom. 5: 8-10). Além de Cristo a cada pessoa é impotente, pecador e inimigo de Deus. Como diz Paulo em outra epístola: "Foi bom prazer do Pai para toda a plenitude habitar em [Cristo], e por ele, para reconciliar todas as coisas para si mesmo, tendo feito a paz pelo sangue da sua cruz" (Colossenses 1:19-20). O comentarista escocês João Eadie escreveu: "A cruz que matou Jesus também matou a hostilidade entre o homem e Deus. Sua morte foi a morte do que a animosidade." A cruz é a resposta de Deus para judaizar, a discriminação racial, a segregação, apartheid, anti-semitismo, a intolerância, a guerra, e toda outra causa e consequência da luta humana. Este é o grande mistério de Ef 3:6). Aqueles com quem o Senhor se agrada são aqueles que confiam em Seu Filho, Jesus Cristo. Como dito no versículo 13 e explicado acima, aqueles que estavam longe são gentios e aos que estavam perto são judeus. Cada pessoa, judeus e gentios, tem acesso a Deus a paz através de Cristo.

Jesus é o Príncipe da Paz (Is 9:6). Como seu Mestre, os discípulos estão também a ser pacificadores (Mt 5:9). Paz cercaram o ministério de Jesus como uma aura que abençoou continuamente aqueles que acreditaram n'Ele. Entre suas últimas palavras a seus discípulos foram, "Estas coisas vos tenho dito, para que em mim tenhais paz" (Jo 16:33). O ministério dos apóstolos e outros pregadores da igreja primitiva foi caracterizado por "anunciando a paz por Jesus Cristo" (At 10:36). O ministério do Espírito Santo é caracterizada pela doação de "amor, alegria, paz," e outro fruto espiritual mencionado em Gálatas 5:22-23. O reino de Deus em si é caracterizada por "justiça, paz e alegria no Espírito Santo" (Rm 14:17). O Deus da paz (1Co 14:33;.. He 13:20) chama o Seu povo para a paz (1Co 7:15.).

O acesso a Deus

porque por ele ambos temos acesso em um só Espírito ao Pai. (2:18)

Quando temos Jesus Cristo ( Ele ), também temos acesso pelo Espírito ao Pai . Os recursos de toda a Trindade são nossos do momento em que receber a Cristo. Não é apenas uma conciliação judicial, mas um relacionamento íntimo com o real valor prático como nós trazemos nossas necessidades ao Pai.

Prosagōgē ( acesso ) é usada apenas três vezes no Novo Testamento, em cada caso, referindo-se ao acesso do crente com Deus (ver também Rm 5:2). Nos tempos antigos, uma palavra relacionada foi usado para descrever o oficial de justiça que introduziu pessoas ao rei. Eles deram acesso ao monarca. O termo em si carrega a idéia não de possuir acesso por direito próprio, mas de ser concedido o direito de vir a Deus com ousadia, sabendo que será bem-vindo. É somente através de derramamento do nosso Salvador de Seu sangue na morte sacrificial no Calvário e pela fé nEle que temos união em Seu Santo Espírito e ter acesso ao Pai . O Espírito está no trabalho para nos atrair continuamente a Deus (Rom. 8: 15-17; Gl 4:6-7.). Ambos e um só espírito enfatizar novamente a comunhão de judeus e gentios. A obra de Cristo e do estabelecimento de Sua igreja chegar a todos os homens.

Embora em João 10 Jesus falou de si mesmo tanto como o Bom Pastor e como a porta do aprisco (vv. 1-14), Ele não estava misturando metáforas. Um pastor palestino trouxe suas ovelhas no curral à noite ou erguido uma cerca temporária de pedras, madeira ou barro se ele estava longe de casa. Depois ele colocou as ovelhas dentro, contou-as com cuidado e colocar óleo sobre as feridas de espinhos ou pedras afiadas, ele se deitou na abertura estreita que serviu como uma porta. O próprio pastor era a porta.

O único acesso à presença de Deus, a única porta no aprisco das ovelhas do seu reino, é através do Seu Filho. Mas é um maravilhoso e glorioso acesso que nunca pode ser tirado de nós. Nós sempre pode "aproximar com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça para socorro em ocasião oportuna" (He 4:16). Através divino Filho de Deus, nós também nos tornamos Seus filhos. Consequentemente nós "não recebestes o espírito de escravidão, a temer novamente, mas ... um espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: 'Abba, Pai!'" (Rm 8:15).

Aqueles que eram socialmente e espiritualmente alienados estão em Cristo unido com Deus e uns com os outros. Porque eles têm Cristo que eles têm tanto a paz e acesso em um só Espírito ao Pai . Eles têm um introdutor que os apresenta no trono celestial de Deus, diante do qual eles podem vir a qualquer momento. Eles agora podem vir a Deus como seu próprio Pai , sabendo que Ele juízes não mais ou condena, mas apenas perdoa e abençoa. Mesmo Sua disciplina é um ato de amor, dada a limpar e restaurar Seus preciosos filhos a pureza e riqueza espiritual.

Resumo de Encerramento

Então você sois estrangeiros e peregrinos já não, mas sois concidadãos dos santos, e sois da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, o próprio Jesus Cristo sendo a pedra angular, no qual todo edifício bem ajustado cresce para templo santo no Senhor; no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito. (2: 19-22)

Paulo encerra sua discussão sobre a maravilhosa unidade do Corpo de Cristo, dando três metáforas para ilustrar isso. Na foto de concidadãos ele mostra como judeus e gentios se tornaram parte do mesmo reino. Na foto da família de Deus , ele mostra como todos os crentes são uma família espiritual em Cristo. Na foto de um templo santo no Senhor , ele mostra que todos os crentes estão juntos uma habitação para Deus.

Unido no Reino de Deus

Então você sois estrangeiros e peregrinos já não, mas sois concidadãos dos santos, (2: 19a)

Se os crentes foram previamente separados de Deus e Seu povo, ou se eles foram anteriormente por perto, eles se tornaram um em Jesus Cristo. Se eles eram ex estranhos e párias ou ex- estrangeiros e convidados, todos os crentes em Cristo se tornam concidadãos do Reino de Deus com os santos -os crentes de todas as épocas, que confiaram em Deus. O reino de Deus não tem estranhos ou estrangeiros, não há de segunda classe cidadãos . "A nossa pátria está nos céus" (Fp 3:20), Paulo declara, e os únicos cidadãos do céu são de Deus santos .

Unido na família de Deus

e sois da família de Deus, (2: 19b)

Como se ser membros de Seu reino divino não bastasse, obra graciosa de Deus em Cristo nos atrai ainda mais perto e nos faz membros da família de Deus . Porque temos nos identificado com Seu Filho pela fé, Deus agora nos vê e nos trata exatamente como Ele vê e trata o Seu Filho, com infinito amor. Porque o Pai não pode dar qualquer coisa, mas o seu melhor para o Filho, Ele não pode dar qualquer coisa, mas o seu melhor para aqueles que estão em Seu Filho. "Tanto o que santifica como os que são santificados, vêm todos de um só Pai," o escritor de Hebreus nos diz, "razão pela qual ele não se envergonha de lhes chamar irmãos. ... Cristo foi fiel como Filho sobre a casa cuja casa nós são "(2:11; 3: 6; Rm 8:17.).

Cidadania celestial e membros da família não são funções ou posições distintas, mas simplesmente diferentes visões de uma mesma realidade, porque cada cidadão do reino é um membro da família e cada membro da família é um cidadão do reino.
Se os crentes não têm distinções diante de Deus, eles não devem ter distinções entre si. Somos cidadãos e membros da família companheiros, iguais em todos os sentidos espiritual diante de Deus. Se Deus aceita cada um de nós, como podemos não aceitar uns aos outros?

Unido no Templo de Deus

tendo sido construída sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo o próprio Cristo Jesus a pedra angular, no qual todo o edifício, bem ajustado cresce para templo santo no Senhor; no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito. (2: 20-22)

O fundamento dos apóstolos e profetas, refere-se à revelação divina que eles ensinaram, que na sua forma escrita é o Novo Testamento. Porque o caso genitivo grego parece ser usado no sentido subjetivo, significando a agência de origem, o significado não é que os apóstolos e profetas eram eles mesmos a fundação -embora em certo sentido eles eram, mas que eles lançaram as bases. Paulo falou de si mesmo como "um sábio arquiteto", que "estabeleceu uma base" e passou a dizer: "Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo" (1 Cor 3.: 10-11; conforme Rm 15:20)..Estes são do Novo Testamento profetas , como indicado pelos fatos que estão listados após os apóstolos e são parte do edifício da igreja de Jesus Cristo (conforme 3: 5; 4:11). Sua função original era para falar com autoridade a palavra de Deus para a igreja nos anos que antecederam o cânon do Novo Testamento estava completo. O fato de que eles são identificados com a fundação revela que eles eram limitados a esse período formativo. Ct 4:11 espetáculos, eles completaram seu trabalho e deu lugar a "evangelistas, pastores e mestres ...".

pedra angular da fundação é o próprio Jesus Cristo (ver Is 28:16; Sl 118:1:.. Sl 118:22; Mt 21:42; At 4:11.). A pedra fundamental foi a parte estrutural importante de edifícios antigos. Tinha que ser forte o suficiente para suportar o que foi construído sobre ele, e ele teve que ser precisamente colocada, porque todas as outras partes da estrutura foi orientada a ele. A pedra fundamental foi o apoio, o orientador, e o unificador de todo o edifício. Isso é o que Jesus Cristo é o reino de Deus, a família de Deus e edifício de Deus.

Por meio de Isaías, Deus declarou: "Eis que ponho em Sião uma pedra, uma pedra provada, pedra preciosa de esquina, de firme fundamento colocado. Quem crê nele não será perturbado" (Is 28:16). Depois de citar essa passagem, Pedro diz: "Este valor precioso, então, é para você que acreditam ... vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus." (1Pe 2:7).

É o próprio Jesus Cristo como pedra angular, no qual todo o edifício, bem ajustado cresce para templo santo no Senhor . Sunarmologeō ( encaixados ) refere-se ao cuidado união de todos os componentes de uma peça de mobiliário, parede, edifício ou outra estrutura. Cada parte é precisamente cortado para caber confortavelmente, com força, e muito bem com todas as outras partes. Nada está fora de lugar, com defeito, disforme, ou inadequado. Porque é de Cristo edifício , a igreja é perfeito, impecável, sem defeito e sem mancha. E é assim que Ele um dia vai apresentar a igreja, Seu própriotemplo sagrado , a Si mesmo (Ef 5:27).

Corpo de Cristo, no entanto, não estará completo até que cada pessoa que vai acreditar nele tenha feito. Cada novo crente é uma nova pedra no de Cristo edifício , Seu santo templo . Assim, Paulo diz que o templo está crescendo porque os crentes estão sendo continuamente adicionados.

Muitas catedrais na Europa está em construção há centenas de anos. Em um processo contínuo, novas salas, quartos, capelas, e assim por diante são construídas. Essa é a maneira com a igreja de Jesus Cristo.Ele está em um estado contínuo de construção de cada novo santo torna-se uma nova pedra. "Você também, como pedras vivas," Pedro disse: "sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis ​​a Deus por Jesus Cristo" (1Pe 2:5).

O termo uma habitação ( katoikētērion ) carrega a idéia de um lar permanente. Deus no Espírito torna Sua santuário terrestre na igreja, onde ele tem residência permanente como Senhor. Esta seria uma percepção vívida para pessoas que vivem em meio a templos em que se acreditava divindades pagãs para morar, como no templo de Artemis em Éfeso (conforme At 19:23-41). Mas a igreja não é pequena câmara físico em que um ídolo é mantida; é a grande corpo espiritual dos redimidos, em que reside o Seu Espírito. (Note-se que esta é uma verdade distinta da de cada crente sendo o templo individual do Espírito Santo, como ensinado em 1 Cor. 6: 19-20).

Através do sangue, a carne o sofrimento, a cruz e da morte do Senhor Jesus Cristo, tornar-se cidadãos estrangeiros, estranhos tornam-se família, os idólatras se tornar o templo do Deus verdadeiro, a herdar sem esperança nas promessas de Deus, aqueles sem Cristo se tornar um em Cristo, aqueles longe, trazidos para perto, e os ímpios são reconciliados com Deus. Aí é a reconciliação dos homens com Deus e dos homens para homens.


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de Efésios Capítulo 2 do versículo 1 até o 22

Efésios 2

A vida sem Cristo e a graça de Deus — Ef 2:1-10 nos traça um quadro dramático de como o povo judeu aceitou a aliança e suas condições: “Tudo o que falou o SENHOR faremos” (Ex 24:3,Ex 24:7). Se o desígnio de Deus tiver que realizar-se, só poderá ser mediante uma nação. A eleição divina de Israel não foi favoritismo, porque Deus não o escolheu para uma honra particular mas sim o escolheu para uma responsabilidade particular. Mas isso dava aos judeus a consciência particular e única de ser o povo de Deus. Simplesmente ser judeu significava ter consciência de dignidade. Paulo não podia esquecer, porque era um fato da história, que os judeus constituíam o único povo de Deus, o instrumento nas mãos de Deus.

  1. Os gentios estavam sem esperança e sem Deus no mundo. A gente fala freqüentemente dos gregos como do povo mais esplendoroso

da história; mas no fundo de tudo havia uma melancolia grega e se vivia uma espécie de desespero essencial. Isto era assim dos longínquos

tempos do Homero. Na Ilíada (6:146-143) quando Glauco e Diomedes se enfrentam em combate singular, antes de trançar-se em luta Diomedes quer conhecer a linhagem de Glauco, quem responde: "Por que me

pergunta sobre minha geração? Tal como as gerações das folhas são as gerações humanas; as folhas que foram arrastadas sobre a terra pelos ventos e os bosques voltem a brotar ao aproximar-se a primavera. Assim são as gerações humanas: uma nasce e outra termina". O grego podia

dizer em verso:

“Brotamos e crescemos como as folhas da árvore; murchamo-nos e perecemos”.

Ainda que adicionava triunfalmente:

“Mas nada terá que mude a Ti".

Teognis podia escrever:

“Durante minha juventude me alegro e me distraio; mas chegarei a jazer por muito tempo sob a terra, privado

de vida, mudo como uma pedra; deixarei o brilho

do sol que tanto amei. Ainda que seja um homem bom, então não verei nada mais”.

“Alegre-se, minha alma, em sua juventude; logo virá outro homem à vida e eu serei terra negra na morte". “Nenhum mortal de todos os que o sol contempla

é totalmente feliz”.

Nos Hinos homéricos a assembléia do Olimpo é encantada pelas musas que cantam "dos dons imortais dos deuses e as insipidezes dos homens; até tudo o que estes suportam por vontade dos imortais numa vida atordoada e impotente, sem poder achar remédio para a morte nem defesa contra a velhice".

É verdade que os gentios viviam sem esperança porque estavam sem Deus. Israel pelo contrário manteve sempre uma esperança luminosa

e radiante em Deus, que brilhou com claridade e em forma inextinguível até

nos

dias

mais

terríveis

e

escuros.

O

gentio

enquanto

isso

experimentava em seu coração o desespero antes que Cristo viesse para dar-lhe esperança em sua desesperança.

O FIM DAS BARREIRAS

13 49:2-18'>Efésios13 49:2-18'> 13 49:2-18'>2:13-18

Já vimos como os judeus odiavam e desprezavam os gentios. Agora

Paulo usa duas comparações particularmente gráficas para o judeu de então, para mostrar como esse ódio foi morto e veio uma nova unidade.

Paulo diz que aqueles que estavam longe foram aproximados. Isaías ouviu a Deus dizer: “Paz, paz para os que estão longe e para os que estão

perto” (Is 57:19). Quando os rabinos falavam sobre a aceitação de

um convertido ao judaísmo, costumavam dizer que o prosélito da fé tinha sido trazido para perto. Por exemplo, os escritores judeus do rabinismo contam como uma mulher gentia foi ao Rabino Elíézer. Confessou que era uma pecadora e pediu ser admitida na fé judia. "Rabino, dizia, leve-me para perto". Mas o rabino se negou fechando-lhe a porta na cara. Agora, pelo contrário, a porta está aberta; aqueles que estavam longe de Deus podem ser trazidos para perto. A porta não se fecha para ninguém.

Mas Paulo usa ainda uma descrição mais gráfica. Diz que a parede intermédia de separação foi derrubada. Trata-se de uma descrição do templo. O templo constava de uma série de átrios; cada um destes era mais alto que o anterior e o próprio templo no centro. Em primeiro termo estava o átrio dos gentios, logo o das mulheres, o dos israelitas, o dos sacerdotes e, finalmente, o próprio santuário. Os gentios só podiam entrar no primeiro átrio. Entre este e o das mulheres havia um muro ou, antes, uma espécie de gradeado de mármore belamente trabalhado, no qual a intervalos havia lápides nas quais se advertia que se um gentio passava mais além se fazia passível de uma morte imediata.

Josefo diz em sua descrição do templo: "Ao passar por este primeiro claustro ao segundo átrio do templo havia ali uma divisão feita

de pedra em todo o redor, cuja altura era de três côvados. Sua construção era muito elegante; em cima se encontravam pilares eqüidistantes nos quais se declarava a lei de purificação: alguns em caracteres gregos e outros em latinos com a finalidade de que nenhum estranho ingressasse

no santuário" (Guerras dos judeus 5,5,2).

Em outra descrição diz do segundo átrio do templo que "estava cercado por um muro divisório de pedra que possuía uma inscrição para

proibir sob pena de morte o ingresso a seu interior de qualquer estrangeiro" (Antiguidades 15,11,5).

Em 1871 se descobriu efetivamente uma destas lápides proibitivas;

a inscrição que se lê é a seguinte: "Que nenhum de outra nação passe ao

interior das cercadas e barreiras em torno do templo; quem quer que for surpreendido nesta ação será responsável por sua própria morte".

Paulo conhecia bem estas barreiras porque sua avaliação em Jerusalém, que o levou à sua prisão final e à morte, deveu-se à acusação

falsa de ter introduzido a Trófimo, um pagão de Éfeso ao templo, transpondo as barreiras (Atos 21:28-29). Desta maneira o muro divisório com sua barreira infranqueável excluía ao pagão da presença de Deus.

O EXCLUSIVISMO DA NATUREZA HUMANA SEM CRISTO

13 49:2-18'>Efésios13 49:2-18'> 13 49:2-18'>2:13-18 (continuação)

Não se deve pensar que os judeus tenham sido o único povo especializado em erigir barreiras para excluir a outros. O mundo antigo estava cheio de barreiras. Uns quatrocentos anos antes de Paulo, Grécia tinha sido ameaçada pela invasão persa. Era a época de ouro das cidades-

estados. Grécia estava constituída por um grupo de cidades famosas: Atenas, Tebas, Corinto, etc. E o que quase motivou e até cortejou o desastre foi que as cidades rechaçavam cooperar e colaborar para

enfrentar a ameaça comum.

"O perigo está — escreveu T. R. Glover — em cada geração no próprio fato de que existam cidades particulares furiosas por sua

independência a todo custo". Cícero pôde escrever muito antes: "Como dizem os gregos, todos os homens estão divididos em duas classes: gregos e bárbaros". Os gregos chamavam bárbaros a todos os que não

falavam grego; desprezavam-nos e levantavam muros divisórios. Quando Aristóteles falava da bestialidade dizia que "encontra-se com muita maior freqüência entre os bárbaros'' entendendo simplesmente por

bárbaros os que não eram gregos. Fala das "remotas tribos de bárbaros pertencentes à classe bestial". A forma mais vital da religião grega consistia nas religiões dos mistérios, e de muitas destas os bárbaros, quer dizer, os que não eram gregos, eram excluídos. Livy escreve: "Os gregos

empreendiam uma guerra sem quartel contra os povos de outras raças, a

saber, contra os bárbaros". Platão dizia dos bárbaros: "são nossos inimigos por natureza".

Há um provérbio holandês que diz: "Aquilo que não se conhece não se ama". No mundo antigo o homem de outra raça era um inimigo

potencial e com freqüência real. Mas o problema das barreiras de maneira nenhuma está restringido ao mundo antigo.

Rita Snowden cita duas declarações muito significativos. O Padre Taylor de Boston costumava dizer: "No mundo há lugar suficiente para

todas as pessoas que nele há, porém, não há lugar para as cercas que os separam".

Sir Philip Gibbs em seu livro The Cross of Peace (A Cruz da Paz) escreveu sobre a situação moderna:

"O problema das barreiras chegou a ser um dos mais agudos que o mundo deve enfrentar. Existem no presente todo tipo de barreiras ziguezagueantes e entrecruzadas através das raças e os povos do mundo. O progresso moderno tem feito do mundo uma vizinhança; Deus nos deu a tarefa de fazer dele uma irmandade. Nestes dias de muros que dividem raças, classes e credos devemos sacudir novamente a Terra com a mensagem do Cristo que tudo abrange e em quem não existe nem escravo nem livre, nem judeu nem grego, nem cita nem bárbaro, mas em quem todos são um".

O mundo antigo tinha suas barreiras e cercas. O judeu odiava e considerava odiado e desprezado por Deus ao não judeu. O grego agrupava os bárbaros entre as bestas e pensava que a guerra sem quartel contra eles estava na mesma natureza das coisas. Hoje em dia existem ainda cortinas de ferro, barreiras alfandegárias e divisões entre nações, classes, raças e igrejas. Numa sociedade sem Cristo não pode haver senão barreiras e muros divisórios.

A UNIDADE EM CRISTO

13 49:2-18'>Efésios13 49:2-18'> 13 49:2-18'>2:13-18 (continuação)

Paulo continua afirmando que em Cristo essas barreiras foram derrubadas. De que maneira Cristo as destruiu?

  1. Paulo diz de Jesus: "Ele é nossa paz". O que significa este substantivo? Usemos uma analogia humana. Suponhamos que duas pessoas têm uma desavença; suponhamos que submetam o assunto aos

doutores na lei e estes redigem um documento estabelecendo os direitos do caso. Então se pede que as partes em conflito cheguem a um acordo sobre a base desse documento. Nesse caso o provável é que o pleito

continue e que a brecha continue aberta, pois raramente se estabelece a paz sobre a base de um documento legal. Mas suponhamos que alguma pessoa querida de ambas as partes em litígio se aproxima e lhes fala e lhes dá a mão e com a mão o coração. Neste caso é muito provável que a

paz se restabeleça. Quando duas partes estão em conflito, o caminho mais seguro para chegar a um acordo é por meio de alguém a quem ambas amem. Isto é o que Cristo faz. Ele é nossa paz. Pelo comum amor

as pessoas chegam a amar-se mutuamente. E esta paz foi ganha pelo preço de seu sangue, porque o que mais desperta o amor é a cruz. Da cruz Jesus atrai a todos a si mesmo (Jo 12:32). O olhar a essa cruz

desperta o amor a Cristo nos corações dos homens de todas as nações. E quando todos amem a Cristo, então se amarão mutuamente. A paz não se obtém mediante tratados, discussões, ligas e sociedades. Só pode existir

em Jesus Cristo.

  1. Paulo diz que Jesus aboliu a Lei dos mandamentos expressos em ordenanças. Que alcance tem esta afirmação? Os judeus criam que só era

bom o homem que observava a Lei judia; só dessa maneira podia-se obter a amizade e a comunhão com Deus. Agora, essa Lei consistia em milhares e milhares de regras, prescrições, mandamentos e decretos. As mãos tinham que ser lavadas de uma maneira determinada; igualmente

os pratos; há páginas e páginas sobre o que se deve fazer e o que não se

deve fazer no dia de sábado; determinados tipos de sacrifícios deviam ser oferecidos com relação a determinadas circunstâncias da vida. Evidentemente com tudo isto não se pode fazer uma religião universal. Os únicos que tomavam ao pé da letra a Lei judia eram os fariseus, que não eram mais de seis mil. Uma religião baseada em todo tipo de regras, prescrições, rituais sagrados, costumes, práticas, sacrifícios e dias nunca pode chegar a ser uma religião universal. Mas, como diz Paulo, "Cristo é o fim da Lei" (Rm 10:4) e aqui diz: "Jesus aboliu a Lei dos mandamentos expressos em ordenanças". Jesus terminou com o legalismo como princípio da religião.

E o que colocou em lugar da Lei? Em seu lugar pôs o amor a Deus e aos homens. Jesus veio para comunicar aos homens que não podem

merecer a aprovação de Deus observando uma Lei cerimonial; que devem aceitar o amor, o perdão e a comunhão que Deus lhes oferece por

pura misericórdia. Agora sim, uma religião baseada no amor pode ser definitivamente uma religião universal.

Rita Snowden nos narra uma história da guerra. Na França alguns

soldados com seu sargento levaram o corpo morto de um camarada amigo para enterrá-lo num cemitério francês. O sacerdote esclareceu com toda amabilidade que se tratava de um cemitério católico romano e que era obrigatório saber se o defunto tinha sido batizado como membro da Igreja Católica Romana. Responderam-lhe que não sabiam. O sacerdote lamentou muito mas sendo assim não podia permitir o enterro no terreno da Igreja. De modo que, pesarosos, carregaram o seu camarada e o enterraram fora da cerca. No dia seguinte voltaram para ver se a fossa estava em ordem e, para seu assombro não puderam achá-la. Sabiam que só estava a dois metros da cerca do cemitério, mas embora buscassem, não puderam achar rastros de terra recém escavada. Quando se retiravam perplexos e desconcertados se apresentou o sacerdote. Disse-lhes que seu coração tinha ficado triste ao rechaçar o enterro no terreno da Igreja; por isso se tinha levantado da cama muito cedo e com

suas próprias mãos tinha deslocado a cerca para incluir o corpo do soldado que tinha morrido pela França.

Isto é o que o amor pode fazer. As regras e prescrições levantam o cerco; o amor o remove. Jesus removeu as barreiras colocadas entre os

homens porque aboliu toda religião fundada em regras e prescrições e trouxe para os homens uma religião cujo fundamento é o amor.

OS DONS DA UNIDADE DE CRISTO

13 49:2-18'>Efésios13 49:2-18'> 13 49:2-18'>2:13-18 (continuação)

Paulo passa agora a falar dos dons inestimáveis que Cristo ofereceu

ao homem, dons que acompanham à nova unidade em Cristo.

  1. De ambos os povos, judeu e gentio, fez um só homem novo. Em grego há duas palavras para novo. Uma é neos que é simplesmente o novo com respeito ao tempo; uma coisa é neos simplesmente porque

acaba de chegar à existência ainda que tenham existido centenas e milhares da mesma com antecedência. Um lápis saído da fábrica esta semana é novo no sentido de neos, ainda que existam milhões que são

exatamente o mesmo. A outra é kainos que não significa tão novo com respeito ao tempo quanto com respeito à qualidade. Uma coisa é kainos, nova, no sentido de que brinda ao mundo algo de uma nova espécie, uma

nova qualidade que antes não existia. Agora, a palavra que usa Paulo é kainos: diz que Jesus une o judeu e o gentio e com eles produz uma novo tipo de pessoa. Esta afirmação é muito interessante e significativa. Não é

que Jesus converta todos os judeus em gentios, ou todos os gentios em judeus, mas sim com ambos produz um novo tipo de pessoa permanecendo judeu o judeu e gentio o gentio.

Crisóstomo, o famoso pregador da Igreja primitiva, diz que é como se alguém fundisse uma estátua de prata e outra de chumbo para que de ambas resulte uma de ouro. A unidade que Jesus obtém não chega apagando as características raciais e nacionais, mas sim fazendo cristãos

a homens e nações. É bem possível que aqui haja algo que aprender.

Sempre existiu a tendência entre as Igrejas que enviam missionários a países estrangeiros, de produzir pessoas que se vistam à européia, que falem o idioma dos missionários e obtenham a educação do país de origem destes. De fato, existem algumas Igrejas missionárias que querem que suas congregações missionárias empreguem em seus cultos a mesma liturgia que se emprega em suas Igrejas no país de origem. Mas a intenção de Jesus não é fazer de todos os homens uma só nação, mas sim que haja cristãos índios e cristãos africanos cuja unidade resida em seu cristianismo. A unidade em Cristo é unidade em Cristo, e não em nenhuma mudança externa.

  1. Reconciliou a ambos com Deus. O termo que usa Paulo (apokatallassein) é o usual para a reconciliação de dois amigos que se

tinham inimizado. A obra de Jesus consiste em mostrar aos homens que Deus é seu amigo e porque ele é amigo deles devem por sua vez ser

amigos entre si. A reconciliação com Deus implica e exige a reconciliação com o homem.

  1. Por meio de Jesus tanto o judeu como o gentio têm o direito de

acesso a Deus. A palavra que usa Paulo para acesso é prosagoge, uma palavra com muitos matizes. Aplica-se ao oferecimento de um sacrifício a Deus; ao acesso dos homens à presença de Deus para ser consagrados a seu serviço; à apresentação de um orador ou um embaixador na assembléia nacional; e, acima de tudo, aplica-se à introdução de uma pessoa à presença do rei. Efetivamente na corte real persa havia um funcionário chamado o prosagogeus cuja função era apresentar perante o rei aos que haviam solicitado audiência. É uma sorte inestimável desfrutar do direito de, a qualquer momento, ir a uma pessoa admirável, sábia e santa; de irromper, até incomodando-a e levar-lhe nossas dificuldades, nossos problemas, nossa solidão e nossas tristezas. Este é exatamente o direito que Jesus nos dá com respeito a Deus. Por Jesus sempre estão abertas as portas à presença de Deus, tanto para o judeu como para o gentio.

A unidade em Cristo produz cristãos cujo cristianismo transcende toda diferença local e racial; produz homens que são amigos entre si porque são amigos de Deus; homens que são um, porque se encontram na presença de Deus, a quem todos têm acesso.

A FAMÍLIA E A MORADA DE DEUS

Efésios 2:19-22

Na última seção deste capítulo Paulo usa duas vívidas imagens. Diz que os gentios já não são estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos perfeitos no povo de Deus e membros em sentido pleno da família

divina.

Paulo usa a palavra xenos para estrangeiros. Em cada cidade grega haviam xenoi cuja vida não era fácil. Um forasteiro escreveu de uma cidade estranha: "É melhor que fiquem em seus lares, sejam como

forem, antes que ir a terra estranha". O estrangeiro era olhado sempre com suspeita e antipatia. Paulo usa a palavra paroikos para peregrinos. O paroikos já deu um passo adiante com respeito ao anterior. Era um

estrangeiro residente; um homem que se tinha radicado num lugar sem chegar nunca a fazer-se cidadão naturalizado. Tinha que pagar um imposto pelo privilégio de viver num país que não era o próprio. Podia

permanecer ali e trabalhar, mas era um estranho e forasteiro cujo lar estava em outra parte. Tanto o xenos como o paroikos tinham que agüentar dificuldades onde se encontrassem; sempre eram marginados.

De modo que Paulo diz aos gentios: "Vocês ainda não estão na 1greja e o povo de Deus sendo tolerados. Vocês são verdadeiros cidadãos da sociedade de Deus. Vocês são membros plenos da família de Deus".

A. B. Davidson nos narra suas experiências numa cidade estrangeira. Encontrava-se sozinho. Costumava passear pelas ruas ao entardecer. Algumas vezes podia observar através das vintenas como uma família sentada ao redor da mesa ou do fogo vivia em feliz comunicação. Mas então as cortinas se fechavam sentindo-se rechaçado e só em meio a escuridão.

Isto é o que não pode suceder na família de Deus e o que jamais deveria suceder na 1greja. Por Jesus há na família de Deus um assento e

um lugar para cada um de nós e para todos os homens. Os homens podem erigir barreiras, as igrejas reservar suas mesas de comunhão para seus próprios membros, mas Deus nunca procede assim; é uma tragédia que a Igreja seja com freqüência mais excludente que Deus.

A segunda figura que usa Paulo é a de um edifício. Pensa em cada Igreja como parte de um grande edifício e em cada cristão como uma pedra posta no edifício da Igreja. E a pedra angular de toda a Igreja é

Cristo; se se tirar a pedra angular, toda a abóbada cai em escombros; a pedra angular é a que mantém tudo bem consolidado.

Paulo pensa que este edifício cresce cada vez mais e que cada parte

da construção se ajusta em Cristo. Pense-se no que com freqüência é uma grande catedral. Abaixo entre os alicerces pode haver uma cripta saxã; em algumas das entradas ou vitrais pode observar um arco normando; uma seção é primitiva, a outra decorada e a terceira gótica; uma parte pode ter sido adicionada em nosso tempo e até em nossos dias. Há toda sorte de arquitetura, todo tipo de gente a edificou; mas o edifício é uma unidade porque nele se dá culto a Deus e tem lugar o encontro com Jesus Cristo.

A Igreja tem que ser assim. Sua unidade não provém da organização, do rito, da liturgia, do culto, mas sim de Cristo. A frase

latina ubi Christus ibi Ecclesia expressa justamente que onde está Cristo ali está a Igreja. A Igreja só viverá sua unidade quando compreender que não deve difundir o ponto de vista de nenhum organismo humano, senão

para ser o lar e a morada onde habite o Espírito de Cristo e onde todos os que amam a Cristo possam encontrar-se nesse Espírito.


Dicionário

Ainda

advérbio Até este exato momento; até agora: o professor ainda não chegou.
Naquele momento passado; até então: eu fui embora da festa, mas minha mãe ainda ficou por lá.
Num instante recente; agora mesmo: ainda há pouco ouvi seus gritos.
Que tende a chegar num tempo futuro; até lá: quando ele voltar, ela ainda estará esperando.
Num certo dia; algum dia indeterminado: você ainda vai ser famoso.
Em adição a; mais: há ainda outras concorrentes.
No mínimo; ao menos: ainda se fosse rico, mas não sou.
De modo inclusivo; inclusive: gostava de todos os alunos, inclusive os mais bagunceiros.
Etimologia (origem da palavra ainda). Etm a + inda.

Cristo

substantivo masculino Designação somente atribuída a Jesus que significa ungido, consagrado; deve-se usar com as iniciais maiúsculas.
Por Extensão A representação de Jesus Cristo na cruz, crucificado.
Uso Informal. Quem sofre muitas injustiças ou maus-tratos.
Antes de Cristo. a.C. Designação do que ocorreu antes da era cristã.
Depois de Cristo. d.C. Designação do que ocorreu após a era cristã.
Ser o cristo. Uso Popular. Sofrer com os erros de outra pessoa: sempre fui o cristo lá de casa!
Etimologia (origem da palavra cristo). Do grego khristós.é.on.

Ungido , (hebraico) – Messias.

(Veja o artigo principal em Jesus e Senhor). O nome “Cristo”, quando se refere a Jesus, é usado numerosas vezes no NT. O vocábulo combinado “Jesus Cristo” ocorre apenas cinco vezes nos evangelhos, mas, no restante do NT, torna-se a designação principal usada para o Filho de Deus (127 vezes). Em algumas passagens bíblicas, o termo “Cristo” indica que se tornou pouco mais do que um sobrenome para Jesus. Supor, entretanto, que este nome nunca signifique mais do que isso é perder a maior parte da mensagem do NT sobre o Filho de Deus.


[...] o Mestre, o Modelo, o Redentor.
Referencia: KARDEC, Allan• A prece: conforme o Evangelho segundo o Espiritismo• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

O Cristo [...] é o Redentor do mundo, mas não o único Messias de cujas obras há sido testemunha a Terra. Uma multidão de Espíritos superiores, encarnados entre nós, havia ele de ter por auxiliares na sua missão libertadora. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 24a efusão

Cristo, pedra angular da civilização do porvir. [...]
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 23

[...] arquétipo do Amor Divino [...].
Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 2

[...] modelo, paradigma de salvação.
Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 5

[...] médium de Deus [...].
Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 8

Cristo é o mensageiro da Eterna Beleza, gravando, ainda e sempre, poemas de alegria e paz, consolação e esperança nas páginas vivas do coração humano.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Canções do alvorecer• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mensagem a Hernani

Para nós, calcetas deste mundo, Cristo é a luz Espiritual que nos desvenda a glória da vida superior e nos revela a Paternidade Divina. Em razão disso Ele foi e é a luz dos homens, que resplandece nas trevas da nossa ignorância, para que nos tornemos dignos filhos do Altíssimo.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Notações de um aprendiz• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - A criação da Terra

O Cristo é o candeeiro de ouro puríssimo e perfeito, e esse ouro foi estendido a martelo na cruz, que se tornou o símbolo da nossa redenção. Sua luz é a vida, a alegria e a graça que nos inundam as almas. Façamos do nosso coração um tabernáculo e essa luz brilhará nele eternamente.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

[...] Cristo é o leme nas tempestades emocionais, o ponto de segurança em toda crise da alma.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Ao encontro da paz

[...] Cristo Jesus é e será o alfa e o ômega deste orbe que hospeda a família humana.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Alfa e ômega

Cristo é o Sol Espiritual dos nossos destinos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 1

O Cristo, porém, é a porta da Vida Abundante.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 172

[...] Filho de Deus e emissário da sua glória, seu maior mandamento confirma Moisés, quando recomenda o amor a Deus acima de todas as coisas, de todo o coração e entendimento, acrescentando, no mais formoso decreto divino, que nos amemos uns aos outros, como Ele próprio nos amou. [...] [...] O Cristo é vida, e a salvação que nos trouxe está na sagrada oportunidade da nossa elevação como filhos de Deus, exercendo os seus gloriosos ensinamentos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 5

[...] O Cristo é o amor vivo e permanente.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 6

[...] O Cristo é um roteiro para todos, constituindo-se em consolo para os que choram e orientação para as almas criteriosas, chamadas por Deus a contribuir nas santas preocupações do bem.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 9

[...] Divino Amigo de cada instante, através de seus imperecíveis ensinamentos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 5

O Cristo é o nosso Guia Divino para a conquista santificante do Mais Além...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Roteiro• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Definindo rumos


Cristo V. JESUS CRISTO e MESSIAS.

Cristo Literalmente, ungido. Palavra grega equivalente ao hebraico messias. Aparece 531 vezes no Novo Testamento, das quais 16 estão em Mateus, 7 em Marcos, 12 em Lucas e 19 em João.

Os discípulos de Jesus reconheceram-no como tal (Mc 8:27ss.) e o mesmo aconteceu com muitos de seus contemporâneos judeus. A razão de tal comportamento provém, primeiramente, da autoconsciência de messianidade de Jesus e de tê-la transmitido às pessoas que o rodeavam.

As fontes ressaltam igualmente que tanto as palavras de Jesus como suas ações denotam que ele tinha essa pretensão: reinterpretar a Lei (Mt 5:22.28.32.34 etc.); designar seus seguidores como os do Cristo (Mt 10:42); distinguir-se como o verdadeiro Cristo entre os falsos (Mc 13:6; Mt 24:5); aplicar a si mesmo títulos messiânicos (Mc 10:45 etc.); a insistência no cumprimento das profecias messiânicas (Lc 4:16-30; Mt 11:2-6 etc.); a entrada triunfal em Jerusalém; virar as mesas no Templo; a inauguração da Nova Aliança na Última Ceia etc.

Não é estranho, por isso, ser executado pelos romanos por essa acusação. Deve-se ainda ressaltar que sua visão messiânica não era violenta, mas se identificava com a do Servo sofredor de Isaías 53, razão pela qual refutou outras interpretações da missão do messias (Jo 6:15), que os discípulos mais próximos apresentavam (Mt 16:21-28; Lc 22:23-30).

O termo ficou associado de forma tão estreita ao nome de Jesus, que é usado como uma espécie de nome pessoal e daí procede o popular termo Jesus Cristo.

J. Klausner, o. c.; D. Flusser, o. c.; O. Cullmann, Christology of the New Testament, Londres 1975; R. P. Casey, “The Earliest Christologies” no Journal of Theological Studies, 9, 1958; K. Rahner e W. Thüsing, Cristología, Madri 1975; César Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; m. Gourgues, Jesús ante su pasión y muerte, Estella 61995; E. “Cahiers Evangile”, Jesús, Estella 41993.


Graça

Graça
1) O amor de Deus que salva as pessoas e as conserva unidas com ele (Sl 90:17); (Ef 2:5); (Tt 2:11); (2Pe 3:18)

2) A soma das bênçãos que uma pessoa, sem merecer, recebe de Deus (Sl 84:11); (Rm 6:1); (Ef 2:7). 3 A influência sustentadora de Deus que permite que a pessoa salva continue fiel e firme na fé (Rm 5:17); (2Co 12:9); (He 12:28).

4) Louvor; gratidão (Sl 147:7); (Mt 11:25).

5) Boa vontade; aprovação MERCÊ (Gn 6:8); (Lc 1:30); 2.52).

6) Beleza (Pv 31:30).

7) Bondade (Zc 12:10).

8) “De graça” é “sem

[...] Chamamos graça aos meios dados ao homem para progredir, a luz que, sob qualquer forma e seja qual for o nome com que a designem, lhe é enviada e que ele tem a liberdade de aceitar ou de rejeitar, no uso da sua vontade pessoal.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

[...] é a suprema expressão do amor de Deus.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Três grandes símbolos


No A.T. significa favor, especialmente na frase ‘achar graça’ (Gn 6:8, etc.). No N.T. é aquele favor que o homem não merece, mas que Deus livremente lhe concede – algumas vezes é posta em contraste com a lei (Rm 6:14) – e também exprime a corrente de misericórdia divina, pela qual o homem é chamado, é salvo, é justificado, e habilitado para viver bem e achar isso suficiente para ele (Gl 1:15Ef 2:8Rm 3:24 – 1 Co 15.10 – 2 Co 12.9).

Anos atrás, quando alguém perguntava "Qual é a sua graça?", o outro respondia dizendo o nome. O costume, porém, caiu em desuso. Experimente perguntar hoje a alguém, sobretudo jovem, qual é a graça dele. Talvez o rapaz ou a moça exiba alguma habilidade pessoal como dar uma de equilibrista, fazer-se de vesgo ou imitar Ademilde Fonseca cantando, em altíssima velocidade, a letra de Brasileirinho, a música adotada na coreografia de nossa campeã de ginástica Dayane dos Santos. Em tempos idos e vividos, a palavra graça significava nome na imposição do sacramento do batismo, que, segundo os católicos, cristianiza a pessoa concedendo-lhe a graça divina. Com ela, viria o próprio nome. Uma graça.

substantivo feminino Oferta ou favor que se oferece ou se recebe de alguém; dádiva.
Por Extensão De graça. Aquilo que se faz ou se recebe de modo gratuito, sem custos; cujo preço não é alto; que não possui motivo nem razão: fui ao cinema de graça; comprei um computador de graça; bateram-me de graça!
Religião De acordo com o Cristianismo, ajuda que Deus oferece aos homens para que eles alcancem a salvação; bênção divina: a graça do perdão.
Religião Condição da pessoa desprovida de pecados; pureza.
Religião A compaixão divina que presenteia os indivíduos com favores: refez sua vida com a graça de Deus.
Por Extensão Que é engraçado; em que há divertimento: o palhaço faz graça.
Por Extensão Equilíbrio e delicadeza de formas, ações: ela atua com graça.
Por Extensão Qualidade atrativa: este rapaz é uma graça.
Gramática Tipo de tratamento formal: Vossa Graça.
Etimologia (origem da palavra graça). Do latim gratia.ae.

Mortos

masc. pl. part. pass. de matar
masc. pl. part. pass. de morrer
masc. pl. de morto

ma·tar -
(latim vulgar *mattare, do latim macto, -are, honrar os deuses, consagrar, imolar uma vítima, punir, destruir, matar)
verbo transitivo e intransitivo

1. Tirar a vida a; causar a morte a (ex.: foi condenado por matar várias pessoas; a lei pune severamente quem mata; a guerra naquele país já matou milhares de pessoas).

2. Abater (reses).

3. Causar aflição ou sofrimento a. = AFLIGIR

4. [Brasil] [Jogos] Meter a bola de bilhar no buraco.

verbo transitivo

5. Causar grande dano ou prejuízo a. = ARRUINAR

6. Causar devastação ou destruição (ex.: as chuvas fortes mataram a plantação). = DESTRUIR

7. Causar grande sofrimento a. = AFLIGIR, MORTIFICAR

8. Importunar; molestar (ex.: vocês matam-me com tantas perguntas).

9. Fazer perder a qualidade ou o valor (ex.: as cores escolhidas mataram o conjunto das pinturas).

10. Fazer desaparecer. = EXTINGUIR

11. Saciar (ex.: matar a sede).

12. Passar (tempo) ociosamente (ex.: matou tempo a ler uma revista).

13. Levar à exaustão; causar grande cansaço.

14. Decifrar ou resolver (charadas, enigmas, passatempos, etc.).

15. [Brasil, Informal] Não comparecer (no trabalho, nas aulas, etc.).

16. [Informal] Esvaziar, gastar ou consumir totalmente ou até ao fim (ex.: perguntou-lhe se podia matar o cigarro).

17. [Futebol] Amortecer o impacto (ex.: matar a bola com o peito).

18. [Angola, Informal] Vender fora dos circuitos legais a preços elevados.

verbo pronominal

19. Tirar a própria vida. = SUICIDAR-SE

20. Figurado Sacrificar-se, cansar-se.

21. Figurado Entregar-se por completo a uma actividade; esforçar-se muito para alguma coisa (ex.: matou-se para ter boas notas na escola).


a matar
Muito bem; na medida certa; na perfeição (ex.: essa roupa fica-lhe a matar).


mor·rer |ê| |ê| -
(latim vulgar morere, do latim morior, mori)
verbo intransitivo

1. Cessar de viver. = FALECER, FINAR-SE, PERECER

2. Secar-se.

3. Extinguir-se, acabar.

4. Figurado Sofrer muito; não medrar.

5. Não vingar.

6. Não chegar a concluir-se.

7. Desaguar.

8. Cair em esquecimento.

9. Definhar.

10. Perder o brilho.

11. Ter paixão (por alguma coisa).

12. Sentir algo com grande intensidade (ex.: morrer de fome; morrer de saudades).

nome masculino

13. Acto de morrer.

14. Morte.


mor·to |ô| |ô|
(latim mortuus, -a, -um)
adjectivo e nome masculino
adjetivo e nome masculino

1. Que ou o que morreu; que ou aquele que deixou de ter vida. = DEFUNTO, FALECIDOVIVO

adjectivo
adjetivo

2. Desprovido de vida (ex.: as pedras são coisas mortas).VIVO

3. Que não tem movimento ou actividade (ex.: a festa estava morta). = PARADOACTIVO, MOVIMENTADO

4. Que não tem vigor. = DEBILITADO, ENFRAQUECIDOFORTE, ROBUSTO, VIGOROSO

5. Que não é utilizado; que caiu em desuso (ex.: tradições mortas). = DESUSADO, OBSOLETO

6. Que já não se fala (ex.: língua morta).VIVO

7. Que não tem brilho ou cor (ex.: a pintura da parede está morta). = DESBOTADO, ESMAECIDO, PÁLIDOBRILHANTE, COLORIDO, VIVO

8. Desprovido de expressão (ex.: ela está com um olhar morto). = INEXPRESSIVO, INSÍPIDOEXPRESSIVO, VIVAZ, VIVO

9. Que secou ou murchou (ex.: as flores na jarra já estão mortas). = MURCHO, SECOVIÇOSO

10. Com grande vontade ou avidez (ex.: estava morto por ir viajar). = ANSIOSO, DESEJOSO, LOUCO

11. Que se extinguiu ou apagou (ex.: fogo morto). = APAGADO, EXTINTOACESO

12. Figurado Extremamente fatigado (ex.: estava morto por ter trabalhado o dia inteiro sem parar). = EXAUSTO


não ter onde cair morto
[Informal] Ser muito pobre.

nem morto
[Informal] De maneira nenhuma (ex.: não faço isso nem morta).

Plural: mortos |ó|.

masc. pl. part. pass. de matar
masc. pl. part. pass. de morrer
masc. pl. de morto

ma·tar -
(latim vulgar *mattare, do latim macto, -are, honrar os deuses, consagrar, imolar uma vítima, punir, destruir, matar)
verbo transitivo e intransitivo

1. Tirar a vida a; causar a morte a (ex.: foi condenado por matar várias pessoas; a lei pune severamente quem mata; a guerra naquele país já matou milhares de pessoas).

2. Abater (reses).

3. Causar aflição ou sofrimento a. = AFLIGIR

4. [Brasil] [Jogos] Meter a bola de bilhar no buraco.

verbo transitivo

5. Causar grande dano ou prejuízo a. = ARRUINAR

6. Causar devastação ou destruição (ex.: as chuvas fortes mataram a plantação). = DESTRUIR

7. Causar grande sofrimento a. = AFLIGIR, MORTIFICAR

8. Importunar; molestar (ex.: vocês matam-me com tantas perguntas).

9. Fazer perder a qualidade ou o valor (ex.: as cores escolhidas mataram o conjunto das pinturas).

10. Fazer desaparecer. = EXTINGUIR

11. Saciar (ex.: matar a sede).

12. Passar (tempo) ociosamente (ex.: matou tempo a ler uma revista).

13. Levar à exaustão; causar grande cansaço.

14. Decifrar ou resolver (charadas, enigmas, passatempos, etc.).

15. [Brasil, Informal] Não comparecer (no trabalho, nas aulas, etc.).

16. [Informal] Esvaziar, gastar ou consumir totalmente ou até ao fim (ex.: perguntou-lhe se podia matar o cigarro).

17. [Futebol] Amortecer o impacto (ex.: matar a bola com o peito).

18. [Angola, Informal] Vender fora dos circuitos legais a preços elevados.

verbo pronominal

19. Tirar a própria vida. = SUICIDAR-SE

20. Figurado Sacrificar-se, cansar-se.

21. Figurado Entregar-se por completo a uma actividade; esforçar-se muito para alguma coisa (ex.: matou-se para ter boas notas na escola).


a matar
Muito bem; na medida certa; na perfeição (ex.: essa roupa fica-lhe a matar).


mor·rer |ê| |ê| -
(latim vulgar morere, do latim morior, mori)
verbo intransitivo

1. Cessar de viver. = FALECER, FINAR-SE, PERECER

2. Secar-se.

3. Extinguir-se, acabar.

4. Figurado Sofrer muito; não medrar.

5. Não vingar.

6. Não chegar a concluir-se.

7. Desaguar.

8. Cair em esquecimento.

9. Definhar.

10. Perder o brilho.

11. Ter paixão (por alguma coisa).

12. Sentir algo com grande intensidade (ex.: morrer de fome; morrer de saudades).

nome masculino

13. Acto de morrer.

14. Morte.


mor·to |ô| |ô|
(latim mortuus, -a, -um)
adjectivo e nome masculino
adjetivo e nome masculino

1. Que ou o que morreu; que ou aquele que deixou de ter vida. = DEFUNTO, FALECIDOVIVO

adjectivo
adjetivo

2. Desprovido de vida (ex.: as pedras são coisas mortas).VIVO

3. Que não tem movimento ou actividade (ex.: a festa estava morta). = PARADOACTIVO, MOVIMENTADO

4. Que não tem vigor. = DEBILITADO, ENFRAQUECIDOFORTE, ROBUSTO, VIGOROSO

5. Que não é utilizado; que caiu em desuso (ex.: tradições mortas). = DESUSADO, OBSOLETO

6. Que já não se fala (ex.: língua morta).VIVO

7. Que não tem brilho ou cor (ex.: a pintura da parede está morta). = DESBOTADO, ESMAECIDO, PÁLIDOBRILHANTE, COLORIDO, VIVO

8. Desprovido de expressão (ex.: ela está com um olhar morto). = INEXPRESSIVO, INSÍPIDOEXPRESSIVO, VIVAZ, VIVO

9. Que secou ou murchou (ex.: as flores na jarra já estão mortas). = MURCHO, SECOVIÇOSO

10. Com grande vontade ou avidez (ex.: estava morto por ir viajar). = ANSIOSO, DESEJOSO, LOUCO

11. Que se extinguiu ou apagou (ex.: fogo morto). = APAGADO, EXTINTOACESO

12. Figurado Extremamente fatigado (ex.: estava morto por ter trabalhado o dia inteiro sem parar). = EXAUSTO


não ter onde cair morto
[Informal] Ser muito pobre.

nem morto
[Informal] De maneira nenhuma (ex.: não faço isso nem morta).

Plural: mortos |ó|.

Mortos EVOCAÇÃO DOS MORTOS

V. NECROMANCIA.


Salvos

masc. pl. part. pass. de salvar
masc. pl. de salvo

sal·var -
(latim salvo, -are)
verbo transitivo

1. Tirar ou livrar de um perigo.

2. Dar saúde a (um doente).

3. Transpor, vencer (espaços ou distâncias).

4. Passar por cima, saltando. = GALGAR

5. Preservar.

6. [Informática] Registar dados num suporte (ex.: salvar o ficheiro num CD). = GRAVAR, GUARDAR

7. Livrar da morte.

8. Religião Livrar do Inferno ou do Purgatório.

9. Saudar.

verbo intransitivo

10. Dar salvas de artilharia, etc.

verbo pronominal

11. Livrar-se.

12. Obter a salvação eterna.

13. Acoitar-se; abrigar-se.


Ver também dúvida linguística: duplo particípio do verbo salvar.

sal·vo
adjectivo
adjetivo

1. Livre de perigo, de risco, de doença, de incómodo, etc.

2. Que obteve a bem-aventurança.

3. Que não sofreu dano.

preposição

4. À excepção de, excepto, afora, senão, salvante.


a salvo
Em lugar seguro, sem risco.

salvo seja
Locução com que se indica que não se deseja que o mal de que se está falando ataque a quem fala ou a quem ouve.

Confrontar: calvo.

Sois

substantivo deverbal Ação de ser; ato de expressar permanentemente uma condição, característica ou capacidade particular: vós sois o melhor amigo que tenho; sois o único Deus acima de todos os outros.
Não confundir com: sóis.
Etimologia (origem da palavra sois). Forma Der. de ser.

Vivificar

verbo transitivo direto Dar vida a; fazer existir; animar: a energia vivifica o universo.
Manter o vigor, a vida; estimular: a inteligência vivifica a existência.
Tornar fértil, produtivo; fertilizar: boas políticas vivificam a economia.
Tornar a viver; reanimar: vivificar terrenos.
verbo transitivo direto e pronominal Passar a ter vigor; animar-se: novos professores vivificaram a escola; com as melhorias, a escola se vivificou.
verbo intransitivo Ser estimulante: a felicidade vivifica.
Etimologia (origem da palavra vivificar). Do latim vivificare.

Dar vida; reviver.

Vivificar
1) Dar novas forças (Sl 85:6).


2) Dar vida (2Co 3:6).


3) Ressuscitar (Rm 4:17).


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Efésios 2: 5 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Mesmo- ainda estando nós mortos nos nossos pecados, nos vivificou juntamente com o Cristo (pela graça sois aqueles tendo sido salvos),
Efésios 2: 5 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

62 d.C.
G1473
egṓ
ἐγώ
exilados, exílio, cativeiro
(captive)
Substantivo
G1510
eimí
εἰμί
ser
(being)
Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G3498
nekrós
νεκρός
ser deixado, sobrar, restar, deixar
(the remainder)
Verbo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3900
paráptōma
παράπτωμα
cair ao lado ou próximo a algo
(trespasses)
Substantivo - neutro acusativo plural
G4806
syzōopoiéō
συζωοποιέω
tornar alguém vivo, com vida
(made alive [us] with)
Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
G4982
sṓzō
σώζω
um sacerdote, filho de Joiaribe, na época de Joiaquim
(Mattenai)
Substantivo
G5485
cháris
χάρις
graça
(favor)
Substantivo - feminino acusativo singular
G5547
Christós
Χριστός
Cristo
(Christ)
Substantivo - Masculino no Singular genitivo


ἐγώ


(G1473)
egṓ (eg-o')

1473 εγω ego

um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

  1. Eu, me, minha, meu

εἰμί


(G1510)
eimí (i-mee')

1510 ειμι eimi

primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

  1. ser, exitir, acontecer, estar presente

καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

νεκρός


(G3498)
nekrós (nek-ros')

3498 νεκρος nekros

aparentemente de uma palavra primária nekus (cadáver); TDNT - 4:892,627; adj

  1. propriamente
    1. aquele que deu o seu último suspiro, sem vida
    2. falecido, morto, alguém de quem a alma esta no céu ou inferno
    3. destituído de vida, sem vida, inanimado
  2. metáf.
    1. espiritualmente morto
      1. destituído de vida que reconhece e é devotada a Deus, porque entreguou-se a transgressões e pecados
      2. inativo com respeito as feitos justos
    2. destituído de força ou poder, inativo, inoperante


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


παράπτωμα


(G3900)
paráptōma (par-ap'-to-mah)

3900 παραπτωμα paraptoma

de 3895; TDNT - 6:170,846; n n

  1. cair ao lado ou próximo a algo
  2. deslize ou desvio da verdade e justiça
    1. pecado, delito

Sinônimos ver verbete 51


συζωοποιέω


(G4806)
syzōopoiéō (sood-zo-op-oy-eh'-o)

4806 συζωοποιεω suzoopoieo

de 4862 e 2227; TDNT - 7:787,1102; v

  1. tornar alguém vivo, com vida
    1. de cristão, com Cristo

σώζω


(G4982)
sṓzō (sode'-zo)

4982 σωζω sozo

de uma palavra primária sos (contração da forma arcaica saos, “seguro”); TDNT - 7:965,1132; v

  1. salvar, manter são e salvo, resgatar do perigo ou destruição
    1. alguém (de dano ou perigo)
      1. poupar alguém de sofrer (de perecer), i.e., alguém sofrendo de uma enfermidade, fazer bem, curar, restaurar a saúde
      2. preservar alguém que está em perigo de destruição, salvar ou resgatar
    2. salvar no sentido técnico usado na Bíblia
      1. negativamente
        1. livrar das penalidade do julgamento messiânico
        2. livrar dos males que dificultam a recepção do livramento messiânico

χάρις


(G5485)
cháris (khar'-ece)

5485 χαρις charis

de 5463; TDNT - 9:372,1298; n f

  1. graça
    1. aquilo que dá alegria, deleite, prazer, doçura, charme, amabilidade: graça de discurso
  2. boa vontade, amável bondade, favor
    1. da bondade misericordiosa pela qual Deus, exercendo sua santa influência sobre as almas, volta-as para Cristo, guardando, fortalecendo, fazendo com que cresçam na fé cristã, conhecimento, afeição, e desperta-as ao exercício das virtudes cristãs
  3. o que é devido à graça
    1. a condição espiritual de alguém governado pelo poder da graça divina
    2. sinal ou prova da graça, benefício
      1. presente da graça
      2. privilégio, generosidade

        gratidão, (por privilégios, serviços, favores), recompensa, prêmio


Χριστός


(G5547)
Christós (khris-tos')

5547 Ξριστος Christos

de 5548; TDNT - 9:493,1322; adj Cristo = “ungido”

Cristo era o Messias, o Filho de Deus

ungido