Enciclopédia de Juízes 4:15-15

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jz 4: 15

Versão Versículo
ARA E o Senhor derrotou a Sísera, e todos os seus carros, e a todo o seu exército a fio de espada, diante de Baraque; e Sísera saltou do carro e fugiu a pé.
ARC E o Senhor derrotou a Sísera, e a todos os seus carros, e a todo o seu exército ao fio da espada, diante de Baraque: e Sísera desceu do carro, e fugiu a pé.
TB Diante de Baraque Jeová desbaratou ao fio da espada a Sísera com todos os seus carros e todas as suas hostes; Sísera desceu do seu carro e fugiu a pé.
HSB וַיָּ֣הָם יְ֠הוָה אֶת־ סִֽיסְרָ֨א וְאֶת־ כָּל־ הָרֶ֧כֶב וְאֶת־ כָּל־ הַֽמַּחֲנֶ֛ה לְפִי־ חֶ֖רֶב לִפְנֵ֣י בָרָ֑ק וַיֵּ֧רֶד סִֽיסְרָ֛א מֵעַ֥ל הַמֶּרְכָּבָ֖ה וַיָּ֥נָס בְּרַגְלָֽיו׃
BKJ E o SENHOR derrotou Sísera, e todas as suas carruagens, e todo o seu exército, com o fio da espada diante de Baraque; então Sísera desceu da sua carruagem, e fugiu a pé.
LTT E o SENHOR pôs- em- terror- e- confusão a Sísera, e a todos os seus carros, e a todo o seu exército, com o fio da espada diante de Baraque; de tal modo que Sísera desceu do carro e fugiu a pé.
BJ2 Iahweh encheu de pânico a Sisara, com todos os seus carros e todo o seu exército, diante de Barac.[s] Sisara desceu do seu carro e fugiu a pé.
VULG Perterruitque Dominus Sisaram, et omnes currus ejus, universamque multitudinem in ore gladii ad conspectum Barac : in tantum, ut Sisara de curru desiliens, pedibus fugeret,

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Juízes 4:15

Josué 10:10 E o Senhor os conturbou diante de Israel, e os feriu de grande ferida em Gibeão, e seguiu-os pelo caminho que sobe a Bete-Horom, e os feriu até Azeca e Maquedá.
Juízes 5:20 Desde os céus pelejaram; até as estrelas desde os lugares dos seus cursos pelejaram contra Sísera.
II Reis 7:6 Porque o Senhor fizera ouvir no arraial dos siros ruído de carros e ruído de cavalos, como o ruído de um grande exército; de maneira que disseram uns aos outros: Eis que o rei de Israel alugou contra nós os reis dos heteus e os reis dos egípcios, para virem contra nós.
II Crônicas 13:15 E os homens de Judá gritaram, e sucedeu que, gritando os homens de Judá, Deus feriu a Jeroboão e a todo o Israel diante de Abias e de Judá.
Salmos 83:9 Faze-lhes como fizeste a Midiã, como a Sísera, como a Jabim na ribeira de Quisom,
Hebreus 11:32 E que mais direi? Faltar-me-ia o tempo contando de Gideão, e de Baraque, e de Sansão, e de Jefté, e de Davi, e de Samuel, e dos profetas,

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

VISÃO PANORÂMICA DA GEOGRAFIA DO TERRITÓRIO HERDADO PELO ISRAEL BÍBLICO

TOPOGRAFIA FÍSICA
UMA TERRA PEQUENA
No estudo da terra de Israel, uma das primeiras descobertas que se faz é o reconhecimento de seu pequeno tamanho.
De acordo com a definição dada acima, a área central da herança do Israel bíblico na Cisjordânia cobre cerca de 17.600 quilômetros quadrados e sua herança na Transjordânia incorpora mais 10:100 quilômetros quadrados, o que perfaz uma área total de aproximadamente 27.700 quilômetros quadrados. Desse modo, a área total do território é quase a mesma do estado de Alagoas, da Bélgica ou de Ruanda, ou ainda do lago Erie, nos Estados Unidos.
Os leitores atuais da Bíblia tendem a pensar em termos de territórios imensos e com frequência ficam bastante surpresos quando percebem, por exemplo, que a distância entre o mar da Galileia e a costa mediterrânea, em linha reta, é de 55 quilômetros. Há uma distância de apenas 148 a 185 quilômetros entre a margem ocidental do deserto Oriental (no leste da Jordânia) e o Mediterrâneo. E a distância entre o mar da Galileia e Jerusalém é só cerca de 120 quilômetros. Conforme dito anteriormente, as extremidades tradicionais norte e sul da região central de Israel são, com frequência, descritas na Bíblia como "desde Da até Berseba" Na verdade, esses dois pontos extremos estão separados por uma distância da ordem de apenas 280 quilômetros. Em termos de Brasil, o equivalente aproximado seria de São Paulo a Poços de Caldas" ou "de Natal a Recife" Nos Estados Unidos, a distância aproximada seria "de Los Angeles a San Diego" e, na Europa, "de Milão a Veneza". O tamanho do território envolvido é surpreendentemente pequeno.

UMA TERRA DE LOCALIZAÇÃO ESTRATÉGICA
Apesar do tamanho diminuto, essa terra está estrategicamente situada em um contexto tanto intercontinental quanto interoceânico. Como ponte terrestre intercontinental, na Antiguidade era a única opção para qualquer viagem por terra entre a África, de um lado, e a Ásia ou a Europa, de outro. Como ponte terrestre interoceânica, fica ao lado da única massa de terra que separa o mundo do oceano Índico e o mundo do oceano Atlântico. Neste último aspecto, desde a Antiguidade remota uma vasta rede de comércio e comunicação tem levado para o Crescente Fértil bens provenientes de mundos bem longínquos (cravo vindo da Tailândia; canela, da Malásia; cássia, seda, cálamo, espicanardo, índigo, painço e gergelim, da Índia; lápis-lazúli e estanho, do Afeganistão; prata, da Espanha).
Por ser, na Antiguidade, ponto de contato tanto terrestre quanto marítimo, essa terra também se tornou uma ponte cultural internacional. Sua localização estratégica faz com que seja o lugar em que o Oriente se encontra com o Ocidente e o Norte com o Sul. Desde a Antiguidade remota, grandes potências com aspirações políticas e econômicas internacionais estiveram junto a suas fronteiras. Em termos históricos, o que acontecia nessa terra era quase sempre resultado do que estava ocorrendo ou havia recentemente ocorrido nos domínios de um de seus vizinhos. Foram, de fato, raros os momentos em que cidadãos dessa terra foram donos do próprio destino.
Durante o período bíblico a sorte dessa terra minúscula, mas estratégica, foi em grande parte determinada por gente de fora, fossem egípcios, assírios, babilônios, persas, partos, gregos, selêucidas, ptolomaicos ou romanos. Nesse aspecto, os filisteus e até mesmo os próprios israelitas têm de ser considerados estrangeiros que migraram para ali. A mesma tendência continuou existindo na história pós-bíblica, com os califas muçulmanos, os cruzados cristãos, os mamelucos egípcios, os turcos otomanos e os mandatários britânicos.
Por essa "ponte" marcharam os exércitos de Tutmés III, Amenhotep II, Seti I, Ramsés II, Merneptah, Sisaque I, Neco II, Salmaneser III, Tiglate-Pileser III, Salmaneser V, Sargão II, Senaqueribe, Esar-Hadom, Assurbanipal, Nabucodonosor II, Cambises II, Xerxes 1, Artaxerxes III, Alexandre III (o Grande), Ptolomeu I, Antíoco III, Antíoco IV, Herodes, o Grande, Pompeu, Vespasiano, Tito, Saladino, Ricardo Coração de Leão, Napoleão e Edmund Allenby, além de um número enorme de generais menos conhecidos.
Essa terra continua sendo uma das áreas mais instáveis e estratégicas do mundo.

UMA TERRA VARIADA
Apesar da pequena extensão, essa terra reflete uma variedade surpreendente, quase como a de um mosaico. Do ponto de vista sociológico, a variedade é evidente na menção aos vários "eus" na terra: girgaseus, cananeus, heveus, heteus, amorreus, perizeus, jebuseus, quenezeus, cadmoneus, queneus, refains etc. (Gn 10:16-18; 15:19-21; Ex 3:8-13.5; Nm 13:29; Dt 7:1-20.17; Js 3:10-12.8; 24.11; Jz 3:5-1Rs 9.20; cp. At 13:19). Na perspectiva da história colonialista, a terra foi conhecida por diversos nomes: Canaã, Palestina, Hatti, Djahy, Hurru, Retenu etc. Mas a ideia de variedade apresentada a seguir tem a ver com a topografia multiforme e diversificada da terra. Em seu eixo lateral, ela está dividida em pelo menos quatro zonas fisiográficas distintas.

PLANÍCIE COSTEIRA
A designação "planície Costeira" se refere à faixa marítima longitudinal que começa na extremidade sul da planície filisteia (no uádi el-Arish) e vai para o norte, chegando até a extremidade norte da planície de Aser (perto da atual Rosh HaNigra, que corresponde ao final da "Linha Verde", a fronteira atual entre Israel e Líbano). Essa planície é internamente segmentada por três obstáculos naturais - o monte Carmelo, o rio Crocodilo e o rio larcom - criando quatro planícies distintas. Além do mais, por motivos geográficos que serão explicados adiante, é conveniente subdividir a planície mais ao norte. Assim, a planície Costeira é constituída de cinco partes, que, do norte para o sul, são conhecidas como: (1) a planície de Aser (de Rosh HaNigra até as proximidades de Aco; cp. Is 17:10-11; 19:24-26); (2) a planície de Aco (a baía que tem forma de crescente e se estende ao redor do monte Carmelo; cp. Jz 4:13-16; 5.21); (3) a planície de Dor (uma faixa de terra bem estreita e situada entre o monte Carmelo e o rio Crocodilo; cp. Js 17:15-18); (4) a planície de Sarom (a área de terras baixas que vai do pântano do rio Crocodilo para o sul, até o Jarcom; cp. 1Rs 4:10-1Cr 5.16; 27.29; Is 33:9-35.2; 65.10; Ct 2:1); (5) a planície Filisteia (a região ao sul do larcom).
A planície costeira pode ser caracterizada com três palavras: "baixa" (uma referência à sua altitude relativa), "aberta" (uma referência à topografia plana) e "fértil (uma referência à produtividade agrícola da planície em tempos modernos).
Com exceção de umas poucas elevações situadas mais para dentro do continente, na extremidade oriental da Filístia, que chegam a quase 200 metros acima do nível do mar, a altitude da maior parte da planície Costeira é inferior a 100 metros, e boa parte dela tem uma altitude inferior a 45 metros acima do nível do mar.75 Uma análise do mapa revela que, nessa planície, as cidades bíblicas tendiam a se localizar não no seu centro, mas sim ao longo da costa (Aco, Cesareia, Jope, Asquelom e Gaza) ou em direção à sua margem oriental (Socó, Afeque, Gezer, Ecrom, Gate e Ziclague). De igual maneira, o mapa mostra que a artéria de transporte internacional (a chamada Grande Estrada Principal) corria ao longo da margem oriental dessa planície e não pelo centro. O mais provável é que a baixa altitude e a natureza relativamente nivelada da planície, combinadas com as serras de arenito calcário ao longo de grande parte da costa mediterrânea, que impediam uma drenagem natural, criavam uma área pantanosa bastante grande na planície durante toda a Antiguidade.
Esse obstáculo geográfico é a provável razão para o fato de a planície Costeira ter desempenhado um papel insignificante, quase nulo, na história bíblica. Exceto dois breves relatos sobre Gerar (Gn 20:26), nas narrativas patriarcais não há nenhuma referência a essa planície . Nenhuma das batalhas da ocupação israelita aconteceu ali, nenhuma área da planície foi habitada por Israel no início de sua ocupação , ali não havia cidades de refúgio e quase nenhuma das cidades levíticas, dali nenhum juiz nem profeta de Israel fez convocação ao povo, e nada aconteceu ali referente ao ministério registrado de Jesus.
Além de ser baixa, a planície também é aberta. Ao contrário da Cadeia Montanhosa Central da Galileia-Samaria-Judá, que, do ponto de vista geográfico, tendia a permanecer mais fechada e isolada devido à sua topografia elevada e sinuosa, a planície Costeira oferecia um terreno favorável à circulação, sem nenhum obstáculo Embora a terra, no geral, tenha sido descrita pouco antes neste texto como ponte terrestre internacional, era especialmente a planície Costeira, ao sul do monte Carmelo, que constituía essa ponte. Essa abertura também implicava mobilidade.
Durante o início do período bíblico, conflitos militares envolveram uso de carros de guerra (e.g., Ex 14:6; Dt 20:1; Js 11:4; Jz 1:19-4.3; 2Sm 1:6; observe-se também a proibição em Dt 17:16). Em contraste com as montanhas vizinhas, essa planície oferecia um terreno favorável ao uso de carros, inclusive a ataques-relâmpago, que não seriam barrados por grandes rochas ou terreno montanhoso. Aliás, há uma notável correspondência entre a área em que os cananeus conseguiam rodar seus carros e a área que Israel não conquistou durante o período de ocupação (Js 17:16-18). Ao mesmo tempo, essa abertura pode ajudar a explicar por que, depois do período bíblico, os filisteus não conseguiram sobreviver como entidade política nativa, ao passo que os israelitas, mais isolados, foram capazes de manter um sentimento duradouro de identidade nacional.
Por fim, essa planície é fértil; ou pelo menos se tornou fértil em tempos recentes. Uma olhada num mapa do Israel moderno mostra que a maior parte da região ocidental que o Plano da ONU para partição da Palestina, de 1947, designou para Israel está situada na planície Costeira, que, naquela época, era extremamente pantanosa e até mesmo infestada de malária. Entretanto, depois que a área foi devidamente drenada na década de 1950, houve grande prosperidade agrícola, pois se descobriram camadas profundas de riquíssimo solo arável resultante da erosão das montanhas ao lado e, como consequência, houve um grande e bem-sucedido esforço agrícola.

CADEIA MONTANHOSA CENTRAL
Constituída das regiões montanhosas da Galileia, Samaria, Judá e Neguebe, em sua natureza e topografia a Cadeia Montanhosa Central é exatamente o oposto da planície Costeira. A planície é "baixa, aberta e fértil"; a cadeia montanhosa é "alta, fechada e estéril". Enquanto, em seu ponto mais elevado, a planície chega a apenas uns 200 metros acima do nível do mar, em seu ponto mais baixo a Cadeia Montanhosa Central fica cerca de 450 metros acima do nível do mar, com muitos trechos superando os 900 metros. Onde as duas zonas se encontram, esse contraste de altitude pode ser bem pronunciado. É possível subir cerca de 800 metros viajando apenas de cinco a sete quilômetros do Mediterrâneo para o interior. Além do mais, a cadeia central é fechada. Essa cadeia, que na realidade é uma série de serras sinuosas e conectadas, funciona como barreira natural à circulação lateral.com exceção do ponto onde é interrompida pelo vale de lezreel/ Esdraelom. Em alguns lugares, para ir de um lado para o outro, além de ter de superar a ondulação difícil, era necessário atravessar até quatro ou cinco serras diferentes, separadas umas das outras por leitos profundos de uádis. Devido a seu terreno elevado e revolvido, a cadeia central é mais isolada e menos suscetível a aventureirismo internacional ou a ataques estrangeiros. Só raramente essa zona se revelou atraente para aqueles que construíam impérios. Por fim, a cadeia central é estéril e improdutiva. Constituída de calcário duro, sem minerais preciosos ou outros recursos naturais, e com grandes áreas que sofreram erosão e ficaram apenas com a pedra nua, parece improvável que alguma vez essa área montanhosa estéril, com somente 15 a 50 quilômetros de largura, tenha sido considerada capital político. No entanto, é justamente nessa região montanhosa que se desenrola boa parte da história bíblica. E aí que os patriarcas viveram, construíram altares e se comunicaram com seu Deus. É onde aconteceram as batalhas da conquista , onde Israel ocupou sua terra e foram fundadas muitas de suas instituições nacionais . É também onde, em seu devido momento, estiveram localizadas as capitais do Reino do Norte (Siquém, mais tarde Tirza e finalmente Samaria) e do Reino do Sul (Jerusalém). É aí que o judaísmo pós-exílico se estabeleceu e onde aconteceu boa parte do ministério registrado de Cristo . Galileia. Embora seja uma extensão das montanhas mais altas do Líbano, ainda assim a região elevada da Alta Galileia apresenta uma topografia bem complexa. O jebel Jarmuk (monte Merom) é o ponto mais alto de toda a Cisjordânia, mas é cercado por outros cumes que chegam a alturas superiores a 900 metros. Apesar de a Alta Galileia ter uma precipitação pluviométrica maior, seu terreno elevado e sua topografia fragmentada a tornam menos adequada para ocupação intensa. Na região nunca se estabeleceu aquilo que se pode chamar de cidade grande. No lado leste, a Baixa Galileia mantém o contorno irregular de sua vizinha no norte. Vê-se ali um enorme e alto afloramento de calcário, que, no flanco oriental, despenca no mar da Galileia. Nessa região se incluem o monte Tabor, os penhascos de Arbela e os vulcânicos Cornos de Hattin. Em contraste, as áreas central e oeste da Baixa Galileia apresentam o terreno mais plano de todo a cadeia central. A região é composta de várias serras paralelas que estão num eixo mais ou menos leste-oeste, entre as quais existem bacias relativamente abertas que são quase contíguas no lado ocidental. Vale de Jezreel/Esdraelom. Entre a região montanhosa da Baixa Galileia e a da Samaria, estende-se um vale que, em última instância, liga o vale do Jordão à planície Costeira, em Aco. Esse vale, que tem a forma de uma flecha apontada para o Mediterrâneo, é conhecido no Antigo Testamento hebraico como o vale de lezreel ("Deus semeou" ou "que Deus semeie"; e.g., Js 17:16; Jz 6:33; Os 1:5-2.
22) e, na época do Novo Testamento, por seu equivalente grego, Esdraelom.7 A estreita haste da flecha, em alguns pontos com não mais de três quilômetros de largura, estende-se de Bete-Sea até a cidade de Jezreel, margeada, no norte, pelo monte Moré e, no sul, pelo monte Gilboa, e drenada pelo rio Harode. Perto desse território ocorreu a triunfante vitória de Gideão sobre os midianitas (Jz
7) e a humilhante derrota de Saul nas mãos dos filisteus (1Sm 29:31). A base da ponta da flecha se estende por cerca de 28 quilômetros, a partir dos arredores, ao norte de Jenin, até o monte Tabor e, desses dois pontos, estende-se por cerca de 32 quilômetros até seu vértice, logo a oeste de Jocneão e perto do rio Quisom, em cujo pântano o carro de Sísera ficou atolado (Jz 5:21; cf. SI 83.9). A ponta dessa flecha, às vezes chamada de planície de Megido (2Cr 35:22; Zc 12:11), é baixa e plana. A planície é coberta por uma camada extremamente grossa de terra preta, em alguns lugares com mais de 90 metros de profundidade, e que se formou com a decomposição e erosão de basaltos da Galileia. Enquanto a planície de Jezreel tinha muitos acessos, o acesso para a principal artéria de transporte, conhecida como Grande Estrada Principal era em Megido. Os vinte estratos arqueológicos dessa cidade refletem uma ocupação quase contínua até o início do período romano. Na verdade, a cidade de Megido, uma base militar permanente, teve enorme importância durante cada período de sua história, sem exceção; não é exagero afirmar que, do ponto de vista militar, foi um dos pontos mais estratégicos de todo o sudoeste do Crescente Fértil. A partir do final do quarto milênio a.C. até o próprio século 20, Megido tem sido palco de repetidos confrontos militares. Samaria. Ao sul de Jezreel fica o distrito montanhoso de Samaria - que, em termos de altitude, vegetação e clima, é uma área intermediária e de transição entre a Galileia e Judá. No extremo noroeste, devido à sua beleza (Ct 7:5) e fertilidade (Is 35:2; Jr 50:19), o monte Carmelo ("vinha/jardim de Deus") era proverbial na Bíblia. Nos textos antigos está amplamente atestado que o monte era lugar de um santuário? Foi talvez nesse contexto que o monte Carmelo serviu de cenário para a disputa religiosa de Elias com os profetas de Baal (1Rs 18:17-40) e, em outra ocasião, como lugar de retiro espiritual para Eliseu (2Rs 2:25-4.25). No extremo nordeste, a região montanhosa de Samaria também é conhecida como as montanhas de calcário de Gilboa. Outros montes de Samaria, o monte Ebal e o monte Gerizim, cercam o vale em que Siquém, a principal cidade, está localizada. Samaria é toda montanhosa, e os cumes de j. el-Qurein, j. 'Ayrukabba, j. 'en-'Ena e j. el-'Asur (Baal-Hazor, cp. 2Sm 13:23) dominam o horizonte.
Embora montanhosa, Samaria também é entremeada por várias planícies pequenas e vales abertos, uma das quais está situada perto do ponto em que as encostas do Carmelo e do Gilboa se encontram, nas proximidades da cidade de Dotã . Entre as bacias de Samaria, essa planície de Dota é a maior e a mais intensamente cultivada, e é onde José foi vendido como escravo (Gn 37:12-28). Outra depressão, a planície comprida e estreita de Mikhmetat, vai de Siquém para o sul, até ser interrompida pelo j. Rahwat.
Ela é cortada pelo divisor de águas ao longo do qual a estrada da Serra Central ruma na direção de Jerusalém. Indo de Socó até Siquém e dividindo lateralmente o oeste de Samaria, fica o vale baixo conhecido como u. Shekhem. De modo parecido, indo de Tirza até o vale do Jordão e dividindo o leste de Samaria, encontra-se a fratura acentuada, conhecida como u. Far'ah. Juntos, esses dois vales são o ponto mais baixo de toda Samaria. Constituíam os caminhos mais fáceis e mais utilizados para atravessar a serra central de Samaria, o que ajuda a explicar por que determinados locais foram escolhidos para capitais de Israel durante o período do reino dividido (Siquém, Tirza, Samaria). Judá. Conquanto não haja uma fronteira geológica definida separando Samaria e Judá, existe uma acentuada diferença na topografia das duas regiões. A precipitação maior de chuva em Samaria contribuiu para a ocorrência de muito mais erosão e para a formação de uádis com leitos mais profundos. Judá é mais um planalto, menos seccionado devido a seu clima mais seco. À medida que se caminha para o sul de Judá, o terreno se torna mais adverso, mais irregular e mais estéril. A principal característica da superfície de Judá são rochas nuas e amplas áreas de pedras quebradas e soltas, sem nenhuma terra por causa da ação da chuva. Só ao longo da bacia hidrográfica, nas vizinhanças de Ramá e entre Belém e Hebrom, é que o solo de Judá permite o cultivo. Nas demais áreas, o solo superficial, que sofre erosão nas chuvas torrenciais de inverno, tem impedido em grande parte o cultivo da terra.
A apenas cerca de oito quilômetros a sudeste de Jerusalém, começa o deserto de Judá (Nm 21:20-1Sm 26.1,2; cp. Mc 1:4). Espetáculo assustador de desolação, o deserto de Judá, também conhecido como lesimom, é um deserto verdadeiro E uma terra despovoada, deprimente, selvagem, rochosa e improdutiva, e praticamente sem nenhuma ocorrência de chuva (SI 63.1). Até mesmo os nômades beduínos dos dias de hoje tendem a evitar a aridez e o terreno irregular desse deserto. Em sua margem oriental, o deserto de Judá mergulha quase verticalmente até o vale do Jordão abaixo e em alguns lugares a descida chega a 1.350 metros. Entre Jericó e a ponta sul do mar Morto, existem mais de 20 desfiladeiros profundos que foram cavados por uádis. Contudo, no período bíblico, esses uádis eram estreitos e sinuosos demais para permitirem estradas importantes e, por esse motivo, Judá estava naturalmente isolada no lado oriental. O profeta Isaías anunciou, porém, um tempo em que até a topografia contorcida e acidentada do deserto de Judá será endireitada e nivelada e todos os lugares escarpados serão aplanados (Is 40:3-4; ср. 41:18-20; 51.3).
No lado oeste, o final da cadeia central de Judá é apenas um pouco menos abrupto. Uma vala estreita e rasa (uádi Ghurab, uádi Sar) faz divisão entre a região montanhosa e uma região com topografia distinta, conhecida como Sefelá ("contraforte". cp. Dt 1:7; Js 9:1-10.40; 12.8; Iz 1.9; 1Rs 10:27-1C 27.28; 2Cr 9:27-26.10; 28.18; Jr 17:26-32.44; 33.13; Ob 19).
A Sefelá começa no vale de Aijalom e se estende para o sul por cerca de 55 quilômetros até a área de T. Beit Mirsim. Esses contrafortes cobrem uma área de aproximadamente 13 a 16 quilometros de largura e, o que e importante, estendem-se para o oeste até a vizinhança do que foram as cidades filisteias de Gezer, Ecrom e Gate . Composta principalmente de calcário macio, com uma superfície ondulante inclinando suavemente para o lado oeste, entrecortada por alguns uádis importantes e férteis, a Sefelá era uma zona intermediária entre a cadeia central de Judá (ocupada pelos israelitas) e o sul da planície Costeira (ocupada pelos filisteus).
Não é surpresa que, na Bíblia, a área tenha sido cenário de vários episódios de guerra motivada por razões econômicas entre os israelitas e os filisteus (Jz 15:4-5; 2Sm 23:11-12). Aliás, é possível que as disputas entre filisteus e israelitas fossem provocadas justamente pelo desejo de ambos os povos de dominar e explorar os ricos vales agrícolas da Sefelá.
Inicialmente, o Neguebe ("terra seca"; e.g., Gn 24:62; Nm 13:29; Js 15:19; Jz 1:15) designava o deserto estéril ao sul de Judá (e.g. Is 15:2-4; 18.19; 1Sm 27:10-2Sm 24.7; cp. os leques aluvianos que se estendem de Berseba até Arade). Ao longo do tempo, o sentido da palavra evoluiu e, pelo fato de essa região estéril ficar no sul, passou a ter o sentido de um ponto cardeal e, assim, designar o sul de quase qualquer lugar (Is 11:2; Zc 14:10-1Sm 30.14).
Hoje o Neguebe inclui aquilo que a Bíblia chama de deserto de Zim (Nm 20:1-34.3; Js 15:1) e o deserto de Para (Nm 10:12; Dt 1:1). A região do moderno Neguebe apresenta um ambiente adverso à atividade humana ou à sua povoação por um grande número de pessoas. A área depende totalmente de chuva, sempre escassa e incerta, embora o território tenha alguns poços nas vizinhanças de Berseba (Gn 26:18-22) e Cades-Barneia.
A localização estratégica da Palestina
A localização estratégica da Palestina
As regiões geográficas da Palestina
As regiões geográficas da Palestina
Altitude da Palestina
Altitude da Palestina
Samaria
Samaria
O vale de Jezreel
O vale de Jezreel

GUERRAS: ESTRATEGIAS, ARMAS E FORTALEZAS

AS GUERRAS NO ANTIGO TESTAMENTO
Logo em seus primeiros capítulos, a Bíblia registra um ato de violência: "Sucedeu que se levantou Caim contra Abel, seu irmão, e o matou" (Gn 4:8). A violência dos habitantes da terra antes do dilúvio é citada como uma dos principais motivos pelos quais o Senhor resolve destruir sua criação.' Devido à sua localização geográfica entre o Egito e o Oriente Próximo, a Palestina foi palco de inúmeras guerras. Para os autores bíblicos, porém, a guerra era, com frequência, um sinal da ira de Deus, um castigo pela desobediência dos israelitas: "O Senhor te fará cair diante dos teus inimigos; por um caminho, sairás contra eles, e, por sete caminhos, fugirás diante deles (….] O teu cadáver servirá de pasto a todas as aves dos céus e aos animais da terra; e ninguém haverá que os espante" (Dt 28:250-26).
Certas limitações foram impostos os israelitas com respeito à sua conduta na guerra. Ao cercar uma cidade, por exemplo, um exército não devia derrubar as árvores frutíferas. Porém, as guerras também são vistas sob outra ótica no Antigo Testamento. O Senhor ordenou que os israelitas destruíssem os cananeus, citando como motivo a perversidade desses povos.' Quem não cumpriu à risca as instruções de Deus para travar essa "guerra santa" sofreu consequências terríveis.

O EXÉRCITO ISRAELITA
O serviço militar era obrigação religiosa dos adultos do sexo masculino com mais de vinte anos de idade, mas os recém-casados, os medrosos e os de coração tímido, entre outros, eram dispensados. Saul reuniu homens de grande coragem para formar sua guarda pessoal. Davi tinha os seus "trinta" valentes (na verdade, eram trinta e sete) e um exército com duas partes distintas: uma força permanente constituída de soldados de carreira e uma milicia popular composta de reservistas. O rei também usava os serviços de mercenários estrangeiros: os queretitas (talvez cretenses), os peletitas e os geteus (filisteus).

O DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO
As guerras da antiguidade promoveram o desenvolvimento de novas armas e, conseqüentemente, de novas medidas defensivas para neutralizá-las, como mostram os três exemplos a seguir.

1. O ARCO COMPOSTO E A ARMADURA DE ESCAMAS
Figuras de arcos aparecem em vários monumentos do Egito e da Mesopotâmia do final do quarto milênio a.C.Mas o arco composto ou reforçado, constituído de quatro materiais diferentes - madeira, chifres e tendões ou nervos de animais e cola - possuía alcance muito mais longo (cerca de 300 a 400 m) e maior poder de penetração. A primeira imagem de um arco composto pode ser vista na estela do rei acádio Naram- Sin (2291-2255 a.C.), encontrada em Susã, no sudoeste do Irã, mas esse tipo de arma só se tornou comum na metade do segundo milênio .C. Seu uso mais amplo levou à criação da armadura de escamas, cujo exemplo mais antigo é proveniente de Nuzi, na Mesopotâmia e datado de 1500 a.C. Outro exemplo de uma armadura de escamas pode ser visto em uma pintura na parede do túmulo de Kenamun em Tebas, no Egito, datado do reinado de Amenófis 2 (1427-1401 a.CJ. E as próprias escamas foram encontradas em Tebas no palácio de Amenófis 3 (1391-1353 a.C.).

2. OS CARROS DE GUERRA E AS PORTAS DAS CIDADES
Existem evidências de carros de duas e quatro rodas puxados por onagros (burros selvagens) na Mesopotâmia desde 2800 a.C.e veículos desse tipo aparecem no Estandarte de Ur (c. 2500 a.C.). Construídos com rodas sólidas, eram lentos e difíceis de manobrar. Carros puxados por cavalos são mencionados em textos de Mari na Síria, datados do século XVIII aC. Consistiam, basicamente, em plataformas móveis para armas que podiam ser direcionadas rapidamente para áreas críticas da batalha. Eram veículos complexos, produzidos apenas por nações ricas com técnicas avançadas e seu uso era limitado a terrenos planos e regulares. Os egípcios e os hititas, as principais potências da metade do segundo milênio a.C., não tardaram em incorporá-los aos seus exércitos. Sua aparência é exemplificada claramente pelo famoso carro da tumba de Tutankamon (1336-1327 a.C.). Até a metade do segundo milênio a.C,, os atacantes se deslocavam na transversal pelas encostas dos montes onde ficavam as torres e se aproximavam da porta da cidade seguindo um percurso paralelo aos muros. A posição de o desenvolvimento dos carros, as portas da cidade podiam ser atacadas de frente, o que tornou obsoletas as portas em forma de "L". As portas foram estendidas de modo a conter várias câmaras, nas quais outras portas podiam ser acrescentadas. As portas duplas centrais tinham de ser largas o suficiente para permitir a passagem de carros, mas eram reforçadas por dentro com ferrolhos enormes. Torres foram acrescentadas aos muros, para que os defensores pudessem atingir os atacantes e fazer frente às rampas de terra que eram encostadas nas muralhas.
Apesar dos cananeus terem adotado os carros de guerra e os introduzido no Egito, os israelitas demoraram a incorporá-los ao seu exército. Sem dúvida, isto se deveu, em parte, ao fato de ocuparem uma região montanhosa. Quando derrotou Hadadezer, rei do estado arameu de Zobá, Davi tomou mil carros dele. Ao que parece, o rei de Israel não percebeu seu potencial militar ou, talvez, não quis ter gastos com forragem e estábulo, pois mandou jarretar ou aleijar quase todos os cavalos, deixando apenas cem intactos." Coube a Salomão desenvolver o uso de carros de guerra em seu reino. Acabe, rei de Israel (873 853 a.C.), forneceu dois mil carros para a coalizão da Síria e Palestina contra a Assíria na batalha de Qargar junto ao rio Orontes, na Síria, em 853 a.C.

3. OS ARÍETES E OS MUROS DAS CIDADES
A representação mais antiga de um ariete provavelmente se encontra nas pinturas de Beni Hasan, no Egito, datadas de c. 1900 a.C., mas apenas no século IX a.C.os assírios começaram a usar os aríetes com eficácia significativa. A extremidade de ferro do aríete podia ser impelida com força contra o muro e, uma vez alojada entre as pedras, podia ser movimentada de um lado para o outro para deslocá-las. O aríete era protegido dos defensores por uma estrutura comprida em forma de caixa e feita de madeira. Posteriormente, o ariete passou a ser suspenso da parte superior dessa estrutura, permitindo que fosse balançado para frente e para trás. No início da monarquia em Israel, as cidades eram protegidas por muros de "casamata". Dois muros paralelos com cerca de um metro e meio de espessura, afastados por um vão de aproximadamente dois metros, eram unidos por muros transversais em intervals regulars. Quando os assírios começaram a usar os aríetes, algumas cidades se cercaram com muros sólidos de 3 a 4 m de espessura. O muro da cidade de Mispa (Tell en-Nasbeh) possuía 600 m de extensão e dez torres com uma altura provável de 12m. Foi construído sobre uma rampa íngreme, o que sem dúvida era uma proteção adicional contra um ataque com aríetes.

A GUERRA NO NOVO TESTAMENTO
Ao contrário do Antigo Testamento, a guerra no Novo Testamento não é vista em termos políticos. A luta do cristão não é contra carne e sangue. E uma luta espiritual contra as forças do mal, travada nas regiões celestes. Os cristãos devem se revestir de toda a armadura de Deus a fim de permanecerem inabaláveis quando vier o dia mau." O exército romano chegou a controlar um império que se estendia desde o muro de Adriano no norte da Inglaterra até o Eufrates, chegando a ter de 25 a 35 legiões, cada uma com um máximo de seis mil soldados de infantaria. Uma legião era dividida em dez coortes, cada uma com cerca de seiscentos homens. A coorte era dividida em seis centúrias, comandadas por um centurião. As legiões eram apoiadas por unidades de cavalaria integradas por quinhentos homens. Alguns soldados desempenhavam funções especiais: escreventes, porta- estandartes, mensageiros, médicos, carrascos e cavalariços. Na primeira metade do século I a.C., havia três mil soldados em Cesaréia, na costa palestina do Mediterrâneo, e uma coorte (seiscentos homens) em Jerusalém, no forte de Antônia e no palácio do governador. Reforços eram enviados de Cesaréia durante as festas ou quando ocorriam agitações populares.
Guerra e fortalezas no Antigo Testamento O mapa mostra lugares de origem de alguns dos principais mercenários: os queretitas, peletitas e geteus (filisteus de Gate).
Guerra e fortalezas no Antigo Testamento O mapa mostra lugares de origem de alguns dos principais mercenários: os queretitas, peletitas e geteus (filisteus de Gate).
O rei egípcio Tutankamon (1336-1327) em seu carro de guerra. Pintura de um baú encontrado na tumba de Tutankamon.
O rei egípcio Tutankamon (1336-1327) em seu carro de guerra. Pintura de um baú encontrado na tumba de Tutankamon.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

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Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Juízes Capítulo 4 do versículo 1 até o 24
E. DÉBORA, 4:1-5.31

  1. Israel é Oprimido pelos Cananeus, (4:1-3)

O próximo ciclo de opressão e libertação começa depois de falecer Elide (1), o que indica que ou o juizado de Sangar (3,31) não aparece numa seqüência cronológica ou que aconteceu em outra parte do país. A fonte da nova opressão foi Jabim, rei de Canaã, que reinava em Hazor. Seu general ou capitão, Sísera, tinha seu quartel general em Harosete-Hagoim (2). Hazor estava localizada no território concedido a Naftali (veja o mapa). Ela fora atacada e queimada anteriormente por Josué (Js 11:13) e, mais tarde, fortificada por Salomão (1 Rs 9.15). Foi identificada como a atual El-Qedah, cerca de 6,5 quilômetros a sudoeste do lago Hulé. Existem outras quatro localidades que são chama-das de Hazor no AT: uma cidade no extremo sul de Judá, próxima de Cades (Js 15:23) ; Quiriote-Hezrom, cerca de 7 quilômetros ao sul de Tell Ma'in (Js 15:25) ; uma vila em Benjamim (Ne 11:33) e uma região a leste da Palestina, no deserto da Arábia (Jr 49:28). Não é possível definir com precisão a localização de Harosete-Hagoim ou Harosete dos gentios (conforme algumas versões), mas pode ser Tell 'Amar, a 25 quilômetros a noroeste de Megido. A designação "dos gentios" pode ter sido usada para indicar a máxi-ma penetração dos israelitas até este ponto (cf. 13, 16).

Um fato particularmente perturbador para os israelitas eram os novecentos car-ros de ferro, talvez armados com foices de ferro que se projetavam dos eixos das rodas em ambos os lados. A opressão durou vinte anos e, então, os filhos de Israel clama-ram ao Senhor (3).

  1. Baraque Reúne as Tropas (4:4-10)

Débora, mulher profetisa, mulher de Lapidote, julgava a Israel naquele tempo (4). 4Ela fixou residência em Efraim, debaixo de uma palmeira, entre Ramá e Betel. Ramá — do hebraico "lugar elevado" — era um nome bastante conhecido na Pales-tina montanhosa. Ramá e Betel, mencionadas aqui, distavam entre si cerca de 6 quilômetros, alinhadas ao norte de Jerusalém, ficando Ramá a cerca de 10 quilômetros desta. Outros cincos locais são chamados de Ramá no AT: o lugar de nascimento de Samuel (1 Sm 1,19) ; uma cidade na fronteira do território de Aser (Js 19:29) ; uma cidade murada de Naftali (Js 19:36) ; uma cidade a leste do Jordão em Gileade, também conhecida como Ramote-Gileade (2 Rs 8.28,29) e uma vila em Simeão (Js 19:8). Os israelitas vieram a Débora a juízo (5).

No auge da opressão, Débora enviou a Baraque, filho de Abinoão, que morava em Quedes de Naftali (6). O nome Baraque significa "relâmpago". Quedes de Naftali ou "Quedes em Naftali" é diferente da Quedes no extremo sul de Judá (Js 15:23) e da cidade levítica de Issacar (1 Cr 6.72). Também é conhecida como Quedes, na Galiléia (Js 21:32). Este nome significa "santuário".

Débora entregou a Baraque uma mensagem do Senhor Deus de Israel, a fim de orientá-lo a ir ao monte de Tabor e levasse consigo dez mil homens das tribos de Naftali e de Zebulom. Tabor é uma montanha de pedra calcária na fronteira de Issacar, que se eleva a 562 metros acima do nível do mar. É a moderna Jebel el-Tur, a cerca de 19 quilômetros a nordeste de Megido. Tabor também era o nome de uma cidade levítica de Zebulom (1 Cr 6.77). O Senhor atrairia para o ribeiro de Quisom a Sísera, capitão do exército de Jabim (7). Para poder abater os homens de Baraque, Sísera teria que cruzar a planície na qual o ribeiro de Quisom, o segundo rio mais importante da Pa-lestina, corria para o mar. É neste lugar que o Senhor disse o darei na tua mão.

Baraque aprovou o plano sob a condição de que Débora fosse com ele (8). A profetisa concordou, assegurando, porém, ao guerreiro que esta expedição não traria glória a ele, uma vez que o Senhor entregaria Sísera na mão de uma mulher (9). O certo é que Débora era a mais forte dos dois. Sua presença no meio do exército daria tanto ao líder como aos homens a certeza da bênção de Deus. A partir de Quedes, Baraque fez a convo-cação dos homens de Zebulom e Naftali e subiu com dez mil homens após si (10).

  1. Um Queneu Independente (4,11)

Héber, queneu, é mencionado incidentalmente aqui para justificar a presença de suas tendas e de sua mulher, Jael, na área. Os queneus eram nômades que vagueavam pela região desértica ao sul de Judá. Contudo, Héber e sua família penetraram na re-gião ao norte e estavam acampados perto de Quedes até ao carvalho de Zaananim (11). Hobabe, sogro de Moisés – veja comentário de 1.16. O AT menciona três homens com o nome de Héber: um neto de Aser (Gn 46:17) ; um descendente de Esdras (1 Cr 4,18) e um benjamita da família de Saaraim (1 Cr 8.17). Este nome também é grafado como Éber em I Crônicas 5:13 (algumas versões) ; 8.22 e Lucas 3:35.

  1. O Exército de Sísera é Aniquilado (4:12-16)

Quando Sísera soube que Baraque havia subido ao monte Tabor e havia reunido ali o exército israelita, convocou todos os seus carros, novecentos carros de ferro, e todas as suas tropas desde Harosete-Hagoim e os levou até ao ribeiro de Quisom (13). Então Débora disse a Baraque: "Levanta-te, porque este é o dia em que o Senhor tem dado a Sísera na tua mão; porventura, o Senhor não saiu diante de ti?". Baraque, pois, desceu do monte Tabor (14).

E o Senhor derrotou a Sísera (15) — em hebraico " aniquilou, confundiu, desba-ratou, ou exterminou rapidamente". O versículo 5.21 sinaliza que havia algo mais envol-vido nesta vitória do que o valor de Baraque e seus homens. A batalha foi do Senhor do início ao fim. Uma enchente repentina e violenta do rio Quisom transformou a planície num charco no qual as gloriosas carruagens dos cananeus se tornaram um obstáculo em vez de uma vantagem. O resultado foi a derrota total das forças de Sísera e sua destrui-ção. O próprio general abandonou sua carruagem atolada e fugiu a pé.

  1. A Morte de Sísera (4:17-22)

A fuga de Sísera o levou de volta ao campo de Héber e, dali, para a tenda de Jael, mulher de Héber (17). Os nômades viviam em paz tanto com os israelitas como com os cananeus. Quando Jael viu Sísera passar por ali, disse: "Retira-te, senhor meu, retira-te para mim, não temas". Assim ele parou e entrou na tenda, onde ela cobriu-o com uma coberta (18) ou uma "colcha" ou "manta". Quando o capitão pediu água, Jael abriu um odre de leite (19) e deixou que ele bebesse. Os nômades usavam odres, feitos de pele de cabra ou de ovelha, como recipientes para água, vinho ou leite.

Encorajado pela hospitalidade aparentemente amigável e pelo fato de que os nômades viviam em paz com os habitantes de Canaã, Sísera orientou sua anfitriã para que se colocasse à porta da tenda (20) e respondesse não caso alguém perguntasse se havia um homem ali. Então, confiante e seguro, ele adormeceu. Foi, porém, o sono da morte (Sl 13:3 ARA), pois, ao perceber que seu convidado estava num sono profundo, Jael to-mou uma estaca da tenda e um martelo, cravou-a em sua têmpora, atravessou-a e fin-cou-a no chão. Foi desse modo que um guerreiro cansado morreu nas mãos de uma mu-lher astuta (21).

Quando Baraque chegou à tenda de Jael em sua busca pelo inimigo, a mulher lhe disse: "Vem, e mostrar-te-ei o homem que buscas". Baraque a seguiu, entrou em sua tenda e ficou surpreso, ao ver Sísera morto, preso ao chão por uma longa estaca que atravessava sua fonte (22).

Várias tentativas têm sido feitas no sentido de justificar a atitude de Jael, basean-do-se no comportamento da época, o qual punia com a morte o estrangeiro que entrasse na tenda de uma mulher beduína. Por outro lado, Jael agiu com hospitalidade e transmi-tiu confiança. Provavelmente é melhor reconhecer que aqueles eram tempos de violência e traição e que os eventos são escritos sem julgamento moral. Os queneus, embora em paz com Jabim e Sísera, foram aliados próximos dos israelitas por toda sua história.

  1. Jabim é Subjugado (4.23,24)

A derrota de Sísera e seu exército levaram à destruição de Jabim e seu reino cananeu. Assim, Deus, naquele dia, sujeitou (ou subjugou) a Jabim, rei de Canaã, diante dos filhos de Israel (23). Os israelitas fortaleceram-se cada vez mais até que foram capazes de destruir seu inimigo (24).


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Juízes Capítulo 4 do versículo 1 até o 24
*

4:2

Jabim. Esse Jabim é descendente do Jabim mencionado em Js 11:1-9.

* 4:4

Débora, profetisa, mulher de Lapidote. Lit. “uma mulher, uma profetisa, a mulher de Lapidote.” A ênfase está no fato de uma mulher ser líder em Israel. Débora, uma profetisa, é mencionada na altura da narrativa em que é geralmente o libertador que é mencionado (6.8, nota).

* 4:5

atendia... a juízo. Ou seja: era magistrado, promulgando decisões jurídicas.

* 4:6

monte Tabor. Era uma colina redonda que ocupava uma posição isolada no lado norte da planície no vale de Jezreel.

* 4:7

ribeiro Quisom. O ribeiro Quisom ficava ao sopé do monte Tabor, e estava virtualmente seco durante boa parte do ano (v. 15, nota).

* 4:8

Se fores comigo. Baraque estava pedindo que Débora arriscasse sua vida para verificar a veracidade das palavras dela, e também estava pedindo a uma mulher que fizesse aquilo que ele mesmo fora designado para fazer. Do ponto de vista dele, a missão era suicida, já que o monte Tabor era tão exposto que facilmente poderia ser cercado pelos carros de Sísera, sendo impedida qualquer via de escape. A fé de Baraque não era suficiente para enfrentar esse perigo.

* 4:9

não será tua a honra. Baraque foi castigado por ter duvidado (v.8).

pois às mãos de uma mulher o SENHOR entregará a Sísera. O inimigo não será entregue a Baraque, mas a uma mulher. De conformidade com o plano de Deus, Jael (v. 17) terá sucesso onde Baraque, devido à falta de fé, fracassará (vs. 18-22).

* 4:10

a Zebulom e a Naftali. Ver 5:13-18.

* 4:13

o ribeiro Quisom. Ver vs. 7, 15.

* 4:14

o SENHOR entregou a Sísera. Débora confirma a sua palavra da parte do Senhor (v. 7).

* 4:15

o SENHOR derrotou. O cântico de Débora nos dá a entender que o Senhor enviou chuvas que provocaram inundações repentinas imobilizando os carros de guerra inimigos.

* 4.18-21

Ver o relato poético em 5:24-27.

* 4:21

cravou a estaca. Nenhum motivo é citado para a ação de Jael. Uma mulher matou Sísera, e assim a palavra do Senhor a Baraque foi cumprida (v. 9). As mulheres não eram normalmente guerreiras, e era considerado vergonhoso morrer às mãos de uma mulher (9.53-54).



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Juízes Capítulo 4 do versículo 1 até o 24
4:1 o Israel pecou "ante os olhos do Jeová". Nossos pecados nos danificam tanto a nós como a outros, mas tudo pecado vai finalmente contra Deus porque fazemos caso omisso de seus mandamentos e sua autoridade sobre nossas vidas. Quando Davi confessou seu pecado orou: "Contra ti, contra ti solo pequei, e tenho feito o mau diante de seus olhos" (Sl 51:4). O reconhecer a seriedade do pecado pode ser o primeiro passo para tirar o de nossas vidas.

4:2, 3 Nada mais se sabe sobre o rei Jabín. Anos antes Josué tinha derrotado a um rei com esse nome e queimado até a terra a cidade do Hazor (Js 11:1-11). Ou a cidade tinha sido reconstruída já nesta época, ou Jabín esperava reconstrui-la.

Esta é a única vez durante o período dos juizes quando os inimigos dos israelitas saíram de sua própria terra. Os israelitas não tinham expulso a todos os cananeos e estes se reagruparam e tentavam recuperar o poder que tinham perdido. Se os israelitas tivessem obedecido a Deus em primeiro lugar e tivessem expulso aos cananeos da terra, este incidente não teria ocorrido.

4:2, 3 Os carros eram os tanques do mundo antigo. Feitos de ferro ou madeira, eram atirados por um ou dois cavalos e eram as armas mais temidas e capitalistas da época. Alguns destes carros até contavam com cuchillas afiadas que saíam das rodas para mutilar aos soldados indefesos. O exército cananeo contava com novecentos carros de ferro. Israel não era tão capitalista para derrotar um exército tão invencível. portanto, Jabín e Sísara não tiveram problema para oprimir ao povo, até que uma mulher fiel chamada Débora clamou a Deus.

4:3 depois de vinte anos de circunstâncias insuportáveis, os israelitas finalmente clamaram a Deus por ajuda. Mas Deus deveria ser o primeiro que procuramos quando enfrentamos a problemas ou dilemas. Os israelitas decidiram fazer as coisas a sua maneira e se meteram em problemas. Freqüentemente nós fazemos o mesmo. Tratar de controlar nossas próprias vidas sem a ajuda de Deus freqüentemente nos leva a dificuldades e confusão. Ao reverso, quando estamos em contato diário com Deus estamos menos propensos a nos criar situações dolorosas. Esta é uma lição que os israelitas nunca aprenderam completamente. Quando chegam os problemas, Deus quer que recorramos ao em primeiro lugar, procurando sua fortaleza e guia.

4.4ss A Bíblia registra a várias mulheres que exerceram posições de liderança nacional, e Débora foi uma mulher excepcional. Obviamente ela era a pessoa melhor para o posto, e Deus a escolheu a ela para guiar ao Israel. Deus pode escolher a qualquer para guiar a seu povo, jovem ou ancião, homem ou mulher. Não permita que seus prejuízos sejam um obstáculo para os que Deus tenha eleito para guiá-lo.

4.6-8 Era Barac um covarde ou necessitava ajuda? Não conhecemos o caráter do Barac, mas na Débora vemos o caráter de uma grande líder, a que se fez cargo como Deus o ordenou. Débora disse ao Barac que Deus estaria com ele na batalha, mas isso não foi suficiente para o Barac. O queria que Débora fora com ele. O requerimento do Barac mostra que seu coração confiava mais na força humana que nas promessas de Deus. Uma pessoa com uma fé real parte às ordens de Deus, mesmo que tenha que fazê-lo sozinha.

AOD

A primeira vista, a carreira de juiz do Aod no Israel pode não nos parecer relevante. É claro que viveu em outro tempo. Tomou ações radicais e violentas para liberar a seu povo. O assassinato do rei Eglón cometido por ele nos deixa pasmados. Sua guerra no Moab foi rápida e mortal. É-nos difícil nos identificar com ele. Mas nosso compromisso com a Palavra de Deus nos apresenta a provocação para que não ignoremos a este líder. Conforme lemos a respeito de sua vida, surgem algumas pergunta: (1) Quando foi a última vez que Deus me mostrou que havia algo mau em minha vida e tomei medidas imediatas, embora dolorosas, para corrigir o engano?

(2) Quando foi a última vez que pedi a Deus que me mostrasse como podia utilizar O algo único que há em mim (como usou o fato de que Aod fora canhoto)? (3) Quando foi a última vez que fiz um plano para obedecer a Deus em alguma parte específica de minha vida e logo o levei a cabo? (4) Quando foi a última vez que minha vida foi um exemplo de obediência a Deus para outros?

Os inimigos aos que nos enfrentamos são tão reais como os do Aod, mas pelo general se encontram dentro de nós. As batalhas que brigamos não são contra outras pessoas a não ser contra o poder do pecado. Necessitamos a ajuda de Deus para combater o pecado. Também precisamos recordar que O já ganhou a batalha. O venceu ao pecado na cruz de seu Filho Jesus. Sua ajuda é a causa de cada êxito e seu perdão é suficiente para cada fracasso.

Pontos fortes e lucros:

-- Segundo juiz do Israel

-- Um homem de ações diretas, um líder de primeira linha

-- Utilizou uma debilidade evidente (ser canhoto) para realizar uma grande obra para Deus

-- Dirigiu a revolta contra o domínio moabita e deu ao Israel oitenta anos de paz

Lições de sua vida:

-- Algumas condicione demandam ações radicais

-- Deus responde ao clamor do arrependimento

-- Deus está preparado para utilizar nossas qualidades únicas para levar a cabo sua obra

Dados gerais:

-- Onde: Nasceu durante os últimos anos de peregrinação no deserto ou durante os primeiros anos do Israel na terra prometida

-- Ocupações: Mensageiro, juiz

-- Familiares: Pai: Gera

-- Contemporâneos: Eglón do Moab

Versículo chave:

"E clamaram os filhos do Israel ao Jeová, e Jeová lhes levantou um libertador, ao Aod filho da Gera, benjamita, o qual era canhoto" (Jz 3:15).

Sua história se relata em Jz 3:12-30.

4:9 Como impôs Débora esse respeito? Ela tinha a responsabilidade de guiar ao povo na batalha, mas mais que isso, influiu no povo para que vivesse para Deus depois que terminou a batalha. Sua personalidade unia ao povo e impunha respeito até do Barac, um general de exército. Também era uma profetisa, cujo papel principal era animar ao povo a obedecer a Deus. Aqueles que dirigem não devem esquecer a condição espiritual daqueles a quem dirige. Um verdadeiro líder se preocupa com as pessoas, não só pelo êxito.

4:11 Heber era o marido do Jael (4.17). Era ceneo, uma tribo aliada do Israel por muito tempo. Mas por alguma razão, Heber decidiu aliar-se com o Jabín, possivelmente porque o exército do Jabín parecia levar a vantagem. É provável que tenha sido Heber o que disse a Sísara que os israelitas estavam acampados perto do monte Tabor (4.12; veja-se mapa). A pesar que Heber se uniu ao Jabín e a suas forças, sua esposa Jael não (4.21).

4.18-21 Sísara não pôde estar mais agradado quando Jael lhe ofereceu sua loja como esconderijo. Primeiro, porque Jael era a esposa do Heber, um homem leal às forças da Sísara (veja-a nota a 4.11), ele pensou que certamente ela era confiável. Segundo, porque nunca permitia aos homens entrar na loja de uma mulher, ninguém pensaria em procurar a Sísara aí.

Mesmo que Heber era leal às forças da Sísara, Jael certamente não o era. devido a que as mulheres desses dias se encarregavam de armar as lojas, não foi difícil cravar uma estaca na cabeça da Sísara enquanto dormia. Assim se cumpriu a predição da Débora de que a honra de vencer a Sísara seria de uma mulher (4.9).

DERROTA DO REI JABIN : Débora viajou de seu lar entre o Ramá e Betel para partir junto com o Barac e o exército israelita contra Hazor. Sísara, comandante do exército do Hazor, reuniu a seus homens no Haroset Goim. Apesar dos novecentos carros da Sísara e de um exército bem treinado, Israel obteve a vitória.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Juízes Capítulo 4 do versículo 1 até o 24
IV. Débora e Baraque (Jz 4:1) e um na poesia (cap. Jz 5:1 ).

A. A prosa STORY (4: 1-24)

A conta de prosa fala de uma mulher, Debora, que em meio a uma crise cada vez mais grave desafiou um guerreiro, Barak, para liderar o exército de Israel contra uma tirania crescente dos cananeus e uma vitória surpreendente e irresistível.

1. A Opressão pelos cananeus (4: 1-3)

1 E os filhos de Israel tornaram a fazer o que era mau aos olhos do Senhor, quando Ehud estava morto. 2 E o Senhor os vendeu na mão de Jabim, rei de Canaã, que reinava em Hazor; . o capitão do seu exército era Sísera, o qual habitava em Harosete dos Gentios 3 E os filhos de Israel clamaram ao Senhor, porque ele tinha novecentos carros de ferro; e vinte anos oprimia cruelmente os filhos de Israel.

Contas anteriores em juízes de opressões dos israelitas indicam que as partes do sul e centro de Canaã foram afetados. Agora, a opressão ocorreu na parte norte. Tribos como Issacar, Zebulom e Naftali foram diretamente afetados a mais. Num sentido mais amplo, a unidade nacional de Israel estava envolvido.

Garstang dá uma excelente conta da ocasião histórica para essa opressão. Seu ponto de vista é que Sísera tinha ganhado território na planície de Acco em Harosheth e tinha feito uma aliança com Jabim de Hazor, sob a forma de serviço mercenário. Sísera embarcou em um período de tirania desenfreada que ameaçava a própria existência de várias tribos do norte e em perigo todas as tribos. Garstang diz:

Este estado de coisas mergulhou Israel em perigo. ... Foi neste momento de crise, a mais grave que tinha ameaçado a nação em crescimento, que Debora, a profetisa surgiu e reuniu as tribos em conjunto, "uma mãe em Israel."

O autor de Juízes afirma que a desobediência de Israel foi a causa da opressão. Como o povo reconheceu isso e clamou ao Senhor (v. Jz 4:3 ), veio a promessa de ajuda divina. Aqui está um exemplo cristalino da compreensão deuteronômico da história de Israel.Enquanto Israel perseverei em seguir ao Senhor houve progressos no sentido de ocupação completa do terreno e posse da herança. No entanto, quando Israel pecou ela estava em perigo, e foi submetido ao perigo da tirania.

2. O Comando do Senhor (4: 4-11)

4 Ora, Débora, profetisa, mulher de Lapidote, julgava a Israel naquele tempo. 5 Ela se assentava debaixo da palmeira de Débora, entre Ramá e Betel, na região montanhosa de Efraim, e os filhos de Israel veio -se a ela a juízo. 6 Mandou ela chamar a Baraque, filho de Abinoão, de Quedes de Naftali, e disse-lhe: Porventura não o Senhor, o Deus de Israel, ordenou, dizendo: Vai, e atrai ao monte Tabor, e toma ? contigo dez mil homens dos filhos de Naftali e dos filhos de Zabulon 7 e atrairei a ti, para o ribeiro de Quisom, Sísera, capitão do exército de Jabim, com os seus carros e sua multidão; e eu vou dar na tua Mc 8:1 E Barak disse-lhe: Se fores comigo, irei; mas se não fores comigo, eu não vou. 9 E ela disse: Certamente irei contigo; não obstante, a viagem que tomares não será tua a honra; porque o Senhor venderá a Sísera na mão de uma mulher. E Débora se levantou, e foi com Baraque para Quedes. 10 E Baraque convocou a Zebulom e Naftali em Quedes; e subiram dez mil homens a seus pés: e Debora subiu com ele.

11 Ora, Heber, o queneu havia se separado do queneus, dos filhos de Hobab o irmão-de-lei de Moisés, e tinha estendido as suas tendas até o carvalho de Zaananim, que está junto a Quedes.

Durante uma parte dos 20 anos que Sísera tinha empenhada em expandir seu regime tirânico sobre a parte norte de Canaã, Debora estava ativo no centro de Canaã como um líder carismático. Seu espírito de profecia e sua sabedoria na resolução de litígios tinha causado seu nome e trabalho a ser conhecido por muitos. O Espírito do Senhor estava em cima dela.

Para esta mulher, que viu a condição de opressão das tribos e que sabia de seu arrependimento, veio o mandamento do Senhor: Ide ... e eu vou desenhar ... Sísera ... e ... entregá-lo em sua mão (vv. Jz 4:6 , Jz 4:7 ). A crise era grave e libertação era imperativo.Debora enviado para Barak, que viveu no território, que foi a mais afetada pelas atividades de Sísera e que pode ter sido prisioneiro de Sísera por um tempo.

A convocação para Barak veio do Senhor por meio da profetisa. Ela disse Barak para montar dez mil homens de combate no Monte Tabor, que está localizado a cerca Dt 15:1)

12 E eles Sísera que Baraque, filho de Abinoão, tinha subido ao monte Tabor. 13 E Sísera reuniu todos os seus carros, novecentos carros de ferro, e todo o povo que estava com ele, desde Harosete dos gentios, a . do rio Kishon 14 Então disse Débora a Baraque, Up; pois este é o dia em que o Senhor entregou Sísera na tua mão; não é Senhor não saiu adiante de ti? Baraque, pois, desceu do monte Tabor, e dez mil homens após ele. 15 E o Senhor desbaratou a Sísera, e todos os seus carros, e todo o seu exército, com o fio da espada, diante de Baraque; e Sísera desceu do seu carro, e fugiu a Pv 16:1 Mas Barak perseguiu os carros, e depois de o anfitrião, até Harosete dos Gentios: e todo o exército de Sísera caiu ao fio da espada; não havia um só homem.

Barak não fez nenhuma tentativa de esconder seus movimentos como ele reuniu seus homens no Monte Tabor. Sísera foi informado dos movimentos dos israelitas. Ele reuniu todos os seus carros, novecentos carros de ferro, e todo o povo que estava com ele (v. Jz 4:13 ). Esta era uma força mais formidável dispostas contra Barak. Israel não tinha nada equivalente a carros de Sísera de ferro. Além disso, Israel não estava preparado para a guerra. Os homens não foram treinados; armas eram totalmente inadequadas.

No entanto, não foi a Sísera que tomou a ofensiva. Como ele estava manobrando o seu exército na posição contra Barak, foi a profetisa que viu o momento de oportunidade. Assim como manobras atingiu a fase crítica, a chuva começou a cair e virou-se para tal aguaceiro que o campo de batalha tornou-se um atoleiro eo pequeno Kishon se tornou uma torrente.

Debora ordenou, Up; pois este é o dia em que o Senhor entregou Sísera na tua mão; não é Senhor não saiu adiante de ti? (v. Jz 4:14 ). Ao receber esta mensagem da profetisa, Barak reuniu seus homens e saiu para a batalha contra Sísera. Naquele dia, o Senhor da história derrotou Sísera através da combinação de homem e natureza. A vitória removeu a opressão sobre as tribos do norte, melhorou o progresso em direção a um aumento união das tribos de Israel, e levou Israel a saber que o Senhor recompensa a obediência fiel.

4. A morte de Sísera (4: 17-24)

17 Entretanto Sísera fugiu a pé para a tenda de Jael, mulher de Heber, o queneu; . porquanto havia paz entre Jabim, rei de Hazor, ea casa de Heber, o queneu 18 E Jael saiu ao encontro de Sísera, e disse-lhe, Turn in, meu senhor, por sua vez, para mim; não temer. E virou-se a ela para dentro da tenda, e ela o cobriu com uma coberta. 19 E ele lhe disse: Dá-me, peço-te, um pouco de água para beber; porque tenho sede. E ela abriu uma garrafa de leite, e deu-lhe de beber, eo cobriu. 20 E disse-lhe: Põe-te à porta da tenda, e será que, quando alguém vier e perguntar por ti, e dizer: Existe algum homem aqui? que dirás: Não. 21 Então a mulher de Jael Heber, tomou uma tenda-pin, e pegou um martelo na mão, e foi de mansinho a ele, e feriu o pino em seus templos, e penetrou na terra; pois ele estava em um sono profundo; então ele desmaiou e morreu. 22 E eis que, seguindo Baraque a Sísera, Jael lhe saiu ao encontro, e disse-lhe: Vem, e eu te mostrarei o homem a quem procuras. E ele veio a ela; e eis que Sísera jazia morto, ea tenda pinos estava em seus templos.

23 Então Deus subjugou naquele dia Jabim, rei de Canaã, diante dos filhos de Israel. 24 E a mão dos filhos de Israel prevalecia cada vez mais contra Jabim, rei de Canaã, até que o destruíram Jabim, rei de Canaã.

Sísera, percebendo catástrofe havia caído sobre ele, deixou o seu carro e fugiu do campo de batalha a pé. Ele não tinha ido longe até que ele veio para a tenda de Jael, mulher de Heber, o queneu. Sísera aparentemente não viu razão para desconfiar dessas Kenites que haviam migrado para o norte e estavam em condições pacíficas com Jabim, rei de Hazor. Jael recebeu-o e deu-lhe comida e um lugar para dormir.

Enquanto Sísera dormia Jael matou. Quando Barak veio por ela ia ter com ele e disse-lhe que ela iria mostrar a ele o homem que ele estava procurando. Quando Barak viu que o homem era Sísera, lembrou-se, sem dúvida, a profecia de Debora. Os israelitas proclamou esta mulher Kenite uma heroína nacional.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Juízes Capítulo 4 do versículo 1 até o 24
  • Débora e Baraque (caps. 4—5)
  • A nação caíra tão baixo que agora uma mulher a julgava, o que era humilhante para os homens naque-la sociedade predominantemente masculina (veja Is 3:12). Durante 20 anos 1srael oprimiu os cananeus, e Deus suscitou essa profetisa a fim de liderá-lo no caminho para a vi-tória. Primeiro, ela chamou Bara-que para libertar a nação (4:1-7) e até deu-lhe o plano de batalha que recebeu do Senhor. Em geral, o rio Quisom ficava seco, mas Deus esta-va mandando uma grande tempes-tade que inundaria o leito do rio, e os carros de ferro ficariam presos (veja 4:3 e 5:20-22). Embora He- breus 11:32 cite Baraque como um homem de fé, aqui o vemos como um homem que depende de Débo-ra para vencer. Na verdade, Deus usou duas mulheres para libertar os judeus — Débora, a profetisa, e Jael (vv. 18-24). É interessante comparar Baraque e Sansão. Ambos estavam associados a mulheres, mas em um caso esse fato leva à vitória, e no outro, à derrota. Baraque liderou 10 mil homens no monteTabor, crendo na promessa de Deus transmitida por sua serva, Débora. O Senhor, quaisquer que tenham sido as fra-quezas de Baraque, ainda honrou-o por sua fé. Débora, em seu cântico de vitória (cap. 5), bendiz ao Senhor pela disposição do povo em lutar na batalha (vv. 2,9). Entretanto, ela também cita o nome de algumas tri-bos que foram muito covardes para lutar (5:16-17). A batalha aconteceu "junto às águas de Megido", onde o rio Quisom desliza do monte Tabor. Sísera e seu exército pensaram que os carros de ferro os fariam vencer, mas foram os carros que os levaram à derrota! Deus mandou uma gran-de tempestade (5:4-5 e 20-22) que transformou a planície em um char-co, e o inimigo não pôde atacar.

    Nesse dia, Israel obteve uma grande vitória, liderada por Baraque e pla-nejada por Débora.

    Contudo, não é Baraque que mata o general Sísera. Essa tarefa cabe a outra mulher, Jael. Os que- neus eram amigáveis com Israel (Jz 1:16Jz 1:16) por causa da ligação deles com a família de Moisés (Jz 4:11), mas eles também eram amigáveis com Jabim, o rei cananeu. Em ge-ral, na cultura oriental, um homem não entra na tenda de uma mu-lher, mas Jael persuadiu Jabim, o fez sentir-se confortável e, depois, matou-o. A "estaca" provavelmen-te era uma estaca de madeira usa-da nas tendas. Sua obra é bendita no cântico de Débora (5:24-27), embora algumas pessoas achem difícil entender essa obra. Com certeza, quando as tropas de Ba-raque pegassem Sísera, elas o ma-tariam, pois ele era inimigo do Senhor (5:31), não inimigo pesso-al de Jael. Ela estava ajudando Is-rael a lutar as batalhas do Senhor. Duas mulheres regozijam-se em vitória (Débora e Jael), porém uma (a mãe de Sísera) clama em sofri-mento (5:28-30).

    Em 5:6-8, observe a descrição do estado lamentável da sociedade de Is-rael nessa época. O povo estava tão temeroso que se mudava das aldeias para as cidades fortificadas, e era pe-rigoso viajar pelas estradas principais. O declínio na vida social e moral da nação era uma conseqüência inevitá-vel do declínio espiritual dela.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Juízes Capítulo 4 do versículo 1 até o 24
    4.1 Eúde é mencionado aqui, e não Sangar, porque este, provavelmente, agiu em região limitada ou então não foi juiz, no pleno sentido da palavra.

    4.2 Deve-se notar aqui que essa narrativa passa do tratar da situação do sul para o norte da Palestina. Hazor. Conforme Js 11:13n. Destruída por Josué um século antes, mas não ocupada pelos hebreus, foi reconstruída pelos cananeus e restaurada à sua grandeza anterior.

    4.3 Jabim. Provavelmente um título hereditário (conforme Js 11:13n). Carros de ferro. Conforme 1.19n. Os israelitas não tiveram acesso ao ferro, nem meios para produzir artigos desse metal (conforme Js 17:16; 1Sm 13:19-9).

    4.5 Débora. A única mulher juíza entre os juízes de Israel. As mulheres normalmente eram relegadas a plano inferior ao dos homens na estrutura tribal de Israel. A qualidade carismática de Débora já era conhecida, razão essa que levou o povo e Baraque a procurá-la.

    4.6,10 Tabor. Um monte de 400 metros que se destaca no nordeste do vale de Esdraelom. Naftali... Zebulom. As tribos mormente afetadas pela invasão dos cananeus. No cântico de Débora (cap.
    5) se compreende que outras tribos nortistas tomaram parte em outra fase da luta.

    4.7 Ribeiro Quisom. Riacho que corre para o oeste, pelo vale de Esdraelom.

    4.8 A hesitação de Baraque - como a de Moisés (Êx 4:13), Gideão (Js 6:15) e Jeremias (1,16) - é compreensível, em face das forças bem superiores do inimigo (conforme 2 Co 33-6). Tendo Débora junto de si, Baraque sentiria a presença de Deus e traria inspiração ao reduzido exército.

    4.11 Queneu. Conforme 1.16n. A família de Héber era composta de pastores nômades, que se deslocaram para o norte do país, em busca de pastagens.

    4.15 O Senhor derrotou o Sísera. Podemos tirar uma idéia do que aconteceu, Dt 5:21,Dt 5:22. Deus mandou um aguaceiro (possivelmente fora da estação da chuva), que causou o transbordamento do ribeiro Quisom. Os carros atolados na lama e levados pela correnteza perderam bem mais do que uma simples vantagem. O Senhor é maior do que Baal, deus da tempestade, visto que este nada pôde fazer para evitar a manifestação do poder de Jeová sobre a natureza.

    4.17 Havia paz... Sísera pensava que Jael lhe outorgava absoluta segurança. Havia paz entre Jabim e Héber. As boas maneiras e a generosidade de Jael, conforme a tradição do oriente, em que ao hóspede é garantida plena proteção, tudo inculcara no ânimo do comandante um sentimento de bem-estar. Desconhecia as relações de amizade entre os queneus e os hebreus (conforme v 11).

    4.21 Tomou uma estaca... A habilidade manifestada por Jael no manuseio dos elementos necessários para armar uma tenda é compreendida pelo costume reinante de entregar essa tarefa às mulheres. A morte de um valente nas mãos de uma mulher era, para o homem, mui deprimente, naqueles tempos (conforme 9.54).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Juízes Capítulo 4 do versículo 1 até o 24
    d)    Débora/Baraque e Ganaã (4.1—5.31)
    Aqui temos a primeira operação em grande escala de um forte inimigo comum a todo o Israel. Além disso, na aliança entre uma juíza efraimita (Débora) e as tribos do norte de Naftali e Zebulom (Issacar e as tribos da Transjordânia são também mencionadas no cap. 5), observamos a primeira vez em que “Israel” inclui especificamente mais do que um grupo regional. Que essa batalha foi também crucial na história da salvação das tribos é evidente; nunca mais as forças cananéias se unem em uma batalha em grande escala contra o povo crescente de Israel. A batalha é celebrada em dois relatos: um relato sóbrio em forma de prosa e um vívido poema épico. Os dois relatos apresentam algumas dificuldades internas, porém tantos detalhes concordam que sugestões de que se trata de duas batalhas diferentes precisam ser descartadas. O relato todo está repleto de dificuldades históricas e geográficas, das quais a maioria provavelmente se desvaneceria rapidamente se conhecêssemos os detalhes do período.
    O relato em prosa (4:1-24)
    v. 1. mais uma vez os israelitas fizeram o que o Senhor reprova: a fórmula introdutória padrão. Depois da morte de Eúde\ liga a história diretamente com Eúde, fortalecendo a conclusão de que Sangar “libertou” mas não “julgou” Israel, v. 2. Jabim, rei de Canaã, que reinava em Hazor. de acordo com Js 11:1-6, Jabim (aí chamado rei de Hazor) liderava uma coalizão de cidades-Estado da Galiléia em uma tentativa inútil de evitar que Josué conquistasse a região. Js 11:10,Js 11:11 registra a destruição de Hazor pelo fogo após o ataque bem-sucedido empreendido pelos israelitas nas “águas de Merom”. Hazor atualmente é identificada claramente com Tell el-Qedah, um local estrategicamente situado na principal rota comercial no norte da Galiléia, a sudoeste do lago Hula. As escavações registraram duas ocorrências de destruição pelo fogo na idade do bronze, a primeira c. 1500 a.C. (cedo demais para a conquista) e a outra

    c. 1250—1200 a.C. De 1200 até que Salomão criasse uma unidade militar e administrativa de peso em Hazor (lRs 9.15), não houve cidade importante na colina (Y. Yadin, Hazor, Schweich Lectures, Londres, 1972, p. 132, 134). Na segunda de duas camadas do período dos juízes, há um templo ou construção religiosa singular (ibid. p. 132ss), mas ainda não há uma cidade que Yadin pudesse identificar com a capital de Jabim. Deveríamos então ver em Jabim um representante contínuo da antiga e poderosa coalizão, mas destacar o papel de Sísera como o verdadeiro líder, um fato que se coaduna bem com o retrato em Jz 4:0 acerca de mais um profeta no período), Débora seria digna de menção especial até mesmo sem as suas proezas militares. A questão que ela estava enfrentando era se Israel poderia existir como um povo partido ao meio por uma poderosa força ca-nanéia. Ao desafiar o povo à mobilização em nome de Javé, ela estava representando todas as profecias que Deus havia anunciado na sua aliança original. Lapidote-, significa “tocha”. Que Baraque, cujo nome significa “raio”, seja a mesma pessoa é corretamente classificado como “precário” por Burney. v. 5. entre Ramá e Beteh centros bem conhecidos do antigo Israel, entre 10 e 18 quilômetros ao norte de Jerusalém. Conforme o circuito de Samuel (1Sm 7:16,1Sm 7:17). v. 6. mandou chamar Baraque [...] de Quedes, em Naftalí. nada se sabe dos antecedentes desse general. A sua terra natal é em geral identificada com a atual Tell Qades, no norte da Galiléia, a cerca de 8 quilômetros a noroeste do lago Hula. Aharoni sugere uma localização em Kirbeth Qedish, nas encostas altas a sudoeste do mar da Galiléia, a leste do vale de Jabneel (LOB, p. 204). Esse local certamente é mais adequado para a revista das tropas (v. 9,10), visto que é próximo do monte Tabor (v. 12), em vez de um local a 80 quilômetros ao norte, no centro das fortalezas cananéias, em que a oferta de Jael seria vista com maior suspeita, v. 11 .junto ao carvalho de Zaanim: identificado somente como perto de Quedes. A localização é importante para a narrativa, visto que é a única pista para a rota de fuga de Sísera. Aharoni a situa em algum lugar do vale de Jabneel (LOB, p. 204), um sistema baixo de uádis entre Tabor e as colinas em que se situava a sua Cades.

    A fuga de Sísera então ocorre no sentido contrário ao do exército. Uma alternativa é localizar Zaanim nas proximidades da Cades do Norte e pensar em duas cidades diferentes para os v. 10,11.
    v. 12. disseram a Sísera: o seu sistema de inteligência certamente trouxe essa informação. Era o sinal de que ele poderia exterminar a oposição israelita numa localização central, de forma bem semelhante ao que fez mais tarde o grande Saladino quando emboscou os cruzados em Hattin. v. 14-16. O grito de guerra é dado por meio de anunciação profética (no Antigo Oriente Médio em geral, era necessário um oráculo), após o qual o conflito rapidamente chega ao final. v. 15. o Senhor derrotou Sísera: tanto o v. 14 quanto o 15 destacam o papel de Javé na vitória, embora aqui não se faça menção alguma dos meios. Javé simplesmente “derrotou” (lit. “confundiu”) o exército. Do lado de Baraque e Débora, a descida do Tabor os protegeu de uma emboscada tipo Hattin, porém, mais importante que isso foi o fato de que direcionou a batalha para os pântanos próximos do Quisom. Em 5.20ss, temos os detalhes da história. Aparentemente caiu um aguaceiro que tornou o uádi uma torrente tempestuosa, varrendo tudo o que tinha pela frente. O outro efeito, num vale que só recentemente foi drenado para evitar esse problema, era criar rapidamente um charco em que os carros iriam atolar de maneira desesperadora. Os israelitas levemente armados de forma nenhuma foram afetados por isso. v. 16. Baraque perseguiu os carros de guerra e o exército até Harosete-Hagoim: a retaguarda do exército provavelmente tentou voltar em sentido oeste por meio da passagem cada vez mais estreita, possivelmente até tentando atravessar por uma passagem da cadeia do Carmelo.

    v. 17. Sísera, porém, fugiu [...] para a tenda de Jaeh provavelmente em sentido nordeste, para longe do seu exército. Muitos têm sugerido que o seu alvo era Hazor; não há razão para se pensar que ia para a tenda de Jael. v. 18. Jael saiu: a sua iniciativa é proeminente na narrativa. Não fosse por sua intenção final, revelada no momento adequado, o seu gesto seria altamente inadequado, ela o cobriu com um pano\ heb. s’mikah, uma palavra usada somente aqui. Tem-se sugerido “rede” (estilo mosquiteiro), mas a necessidade de encobrimento era maior. v. 19. vasilha de leite-, cf.

    5.25, em que a segunda parte do paralelo fala de hem’ah, possivelmente o “leben”, a coalhada de que gostam os árabes e que, segundo alguns, tem efeito sonífero, v. 21. Jael [...] apanhou uma estaca da tenda', em geral, eram as mulheres que armavam as tendas, na têmpora-, uma palavra rara. A NEB (“crânio”, seguido de “seu cérebro escorreu”, em vez do mais comum “até penetrar o chão”) é baseada em reconstrução que não tem muito apoio. v. 22. Jael saiu ao seu encontro: assim como havia feito com Sísera. A profecia de Débora tinha sido cumprida; a glória era agora dividida por duas mulheres: Débora, cujo chamado corajoso à guerra santa tinha iniciado a batalha, e Jael, cujo ato selvagem e cruel a tinha concluído.

    v. 23. Deus subjugou-, o comentário final é um lembrete (como se fosse necessário) de que esse tipo de batalha é do Senhor. O v. 24 resume o declínio cananeu na Galiléia. Não há mais referências a Hazor.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Juízes Capítulo 3 do versículo 7 até o 31

    B. Os Opressores e os Libertadores de Israel. 3 : 7 - 16: 31.

    Depois de uma introdução geral que descreve a vida durante o período dos Juizes, temos uma série de episódios específicos. Em cada exemplo lemos sobre a idolatria de Israel, com seu castigo subseqüente.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Juízes Capítulo 4 do versículo 4 até o 16
    b) A batalha de Quisom (Jz 4:4-7. Uma terrível e repentina tempestade encheu o leito do Quisom, onde, em breve, desapareceu todo o material bélico dos inimigos. O mesmo se verificou quando Napoleão derrotou o exército turco, precisamente na Batalha do Monte Tabor, em 16 de abril de 1799.

    Dicionário

    Baraque

    -

    Baraque [Relâmpago]

    JUIZ 2, a quem Débora entregou o comando das forças israelitas. Baraque derrotou Sísera (Jz 4:5-6).


    raio

    Filho de Abinoão, natural de Quedes de Naftali, viveu durante o período dos Juízes. Foi uma época de anarquia na história dos israelitas, marcada como um tempo em que Israel esteve regularmente dominado pelos povos cananeus, com implicações tanto na vida social como religiosa da nação. O Senhor permitia essas situações como punição, por terem rejeitado a Ele em muitas ocasiões. Deus, contudo, mantinha-se fiel ao seu pacto e às promessas que fizera a Abraão, Moisés e ao seu povo e não permitia que fossem totalmente absorvidos ou destruídos pelos povos vizinhos. Quando a opressão tornava-se muito grande, o Senhor levantava um líder no meio do povo, que comandava os israelitas na batalha, até a vitória. Esses comandantes então tornavam-se juízes e muitas vezes atuavam apenas numa pequena área de Israel.

    Baraque ficou conhecido como o comandante que foi à guerra em resposta ao chamado de Débora, para lutar contra Jabim, rei cananeu (Jz 4). Levou com ele voluntários de Zebulom e Naftali. A princípio, ele não ficou muito satisfeito com a ordem que recebera de Débora e tinha dúvidas se realmente venceria. Só iria à batalha se aquela profetisa acompanhasse a tropa. Ela concordou, mas disse que a glória pela vitória na batalha seria de uma mulher. Isso realmente aconteceu, quando Sísera, general do exército do rei Jabim, foi morto por uma mulher, Jael (Jz 4:21). Juízes 5 registra o que é freqüentemente chamado de “o cântico de Débora”, mas que, na verdade, foi entoado por Baraque e Débora, em gratidão pelo grande sucesso obtido (v.1). A vitória, entretanto, foi claramente atribuída ao Senhor, que levantou Débora e Baraque. Samuel olhou para trás, para a obra do Senhor por meio de Baraque e outros juízes, em I Samuel 12:11. Em Hebreus 11:32, Baraque é citado como exemplo de um homem de fé. P.D.G.


    Carro

    substantivo masculino Qualquer veículo que se locomova sobre rodas; veículo, automóvel.
    Veículo enfeitado para festas públicas: carros carnavalescos.
    Qualquer veículo que, por força mecânica, se movimenta sem auxílio de rodas: carro de bonecas.
    Carga transportada por um veículo: trouxe consigo um carro de laranjas.
    Trem ou metrô que transporta passageiros; carruagem.
    Veículo de duas rodas usado com os mais variados propósitos.
    [Gráficas] Peça movível, usada para encaixar o papel na máquina de escrever.
    [Gráficas] Seção do prelo movido a mão, situado sob a platina no momento da impressão.
    [Regionalismo: Nordeste] Carretel onde se pode enrolar fios.
    Etimologia (origem da palavra carro). Do latim carrus.

    Veículo puxado por bois (2 Sm 6.3), que deve distinguir-se dos carros de guerra, tirados por cavalos. Eram abertos, ou cobertos, e serviam para levar pessoas, cargas, ou produtos. Com efeito, ainda que a maneira comum de viajar no oriente seja em palanquim ou a cavalo, empregavam-se contudo, também os carros. Eram grosseiros veículos, em fortes rodas, puxados por bois. Segundo a sua representação nos monumentos, eram usados para levar os frutos dos campos, e transportar mulheres e crianças nas suas viagens. José mandou carros a fim de que seu pai e família fossem conduzidos, juntamente com os bens da casa, para o Egito (Gn 45:19-21,27 – 46.5). Quando se celebrou a dedicação do tabernáculo, as ofertas dos ‘príncipes’, isto é, dos principais personagens, foram levadas em seis carros, sendo cada um puxado por uma junta de bois (Nm 7:3-6, 7).

    Carro
    1) Veículo puxado por animal e usado para transportar pessoas ou coisas (Gn 41:43).


    2) Veículo usado em combate (Ex 14:7).


    Carros

    masc. pl. de carro

    car·ro
    (latim carrus, -i, carro de quatro rodas, carroça)
    nome masculino

    1. Veículo de rodas para transporte de pessoas ou mercadorias (ex.: carro de bois).

    2. Veículo com motor próprio, geralmente com quatro rodas, destinado a transporte de passageiros ou de carga. = AUTOMÓVEL

    3. Vagão que corre sobre carris. = CARRUAGEM

    4. Bobina para enrolar fios. = CARRETE, CARRETEL, CARRINHO

    5. Figurado Dependência, sujeição.

    6. [Tipografia] Parte móvel de uma máquina de impressão.

    7. Parte da máquina de escrever que se desloca lateralmente.

    8. [Marinha] Parte da popa que indica a altura da água que tem o leme.

    9. [Marinha] Parte mais grossa e inferior da verga de mezena.

    10. Ventre da lagosta.

    11. [Regionalismo] Quarenta (falando-se dos anos de idade).


    carro celular
    [Portugal] Viatura de polícia, com compartimento traseiro fechado, usada para transportar presos. (Equivalente no português do Brasil: camburão.)

    carro de assalto
    [Militar] O mesmo que carro de combate.

    carro de cesto
    [Portugal: Madeira] Espécie de tobogã para dois passageiros, conduzido por dois carreiros, que o manobram com cordas numa ladeira íngreme.

    carro de combate
    [Militar] Veículo automotor blindado, geralmente com lagartas e armado com metralhadoras, canhões, lança-chamas, mísseis, etc.

    carro de manchego
    [Artilharia] Carro de munição da artilharia.

    carro de mão
    Veículo com apenas uma roda dianteira, geralmente com duas barras na parte de trás para ser empurrado e usado para transportar materiais. = CARRINHO DE MÃO

    carro de praça
    Carro de aluguer. = TÁXI

    carro eléctrico
    Viatura urbana de transporte de passageiros, geralmente com apenas uma composição, movida por electricidade e que circula sobre carris de ferro. = ELÉCTRICO, TRÂMUEI

    Automóvel movido a electricidade.


    Derrotar

    verbo transitivo Fazer sair da rota; apartar-se do rumo que levava: furiosa tempestade derrotou a nau.
    verbo intransitivo Seguir a rota: a esquadra derrota rumo à ilha há muito procurada.

    desbaratar, destroçar, desfazer, bater, destruir, exterminar, aniquilar. – Derrotar é vencer pondo em debandada, desviando do caminho, fazendo fugir em atropelo. – Desbaratar é “vencer destroçando, desfazendo as hostes vencidas, de modo a não poderem mais combater”. – Destroçar é “dispersar violentamente, como pôr em esfacelo, destruir, estragar o inimigo”. – Desfazer é “pôr em desordem, desorganizar as hostes contrárias”. – Bater é verbo que exprime em geral a “ação de hostilizar e vencer”. – Destruir é “desmantelar o inimigo, desfazendo-lhe os batalhões”. – Exterminar é “destruir a ferro e fogo, massacrando, extinguindo”. – Aniquilar é “reduzir a nada” propriamente. – Os patriotas pernambucanos derrotaram os flamengos nas duas batalhas dos Guararapes. Já os haviam destroçado no monte das Tabocas. Vingavam-se assim de haverem sido desbaratados no momento da invasão, havia uns vinte anos quase. “O fogo da praça, mortífero e tremendo, desfez por um instante os nossos batalhões; mas dentro em pouco, refeitos, batemos as avançadas, destruímo-las, e só não as exterminamos porque foram socorridas. Alguns dias depois, eram os bárbaros completamente aniquilados”.

    Descer

    verbo intransitivo Mover-se de cima para baixo: o sol desceu.
    Baixar de nível; diminuir: as águas do rio desceram.
    Baixar de valor; cair: as apólices desceram.
    Aproximar-se do pôr do sol: o sol está descendo.
    Fazer descer; colocar no chão; apear: o vestido desceu!
    Figurado Reduzir a capacidade de: sua perspicácia nunca desce!
    verbo transitivo direto Ir ou vir de cima para baixo ao longo de: descer a escada.
    Fazer baixar; pôr embaixo; arriar: descer a bandeira.
    Dirigir-se para baixo: descer os olhos.
    Figurado Passar a ocupar um posto, uma posição inferior; decair: descer numa companhia, empresa, organização.
    verbo transitivo indireto Saltar: descer do ônibus.
    verbo bitransitivo [Informal] Golpear alguém: desceu a mão na cara dele!
    Ser o efeito, o resultado de; proceder: a pouca-vergonha desceu da monarquia aos plebeus.
    Etimologia (origem da palavra descer). Do latim descendere, descer.

    Diante

    advérbio Em frente ou à frente; em primeiro lugar: sentou-se diante.
    locução adverbial Em, por ou para diante. Num tempo futuro: de agora em diante tudo vai ser diferente.
    locução prepositiva Diante de. Localizado à frente de: colocou o livro diante do computador.
    Em companhia de: falou a verdade diante do júri.
    Como resultado de: diante das circunstâncias, decidiu pedir demissão.
    Etimologia (origem da palavra diante). De + do latim inante.

    Espada

    substantivo feminino Uma das mais antigas armas de combate, constituída de longa espada lâmina de aço.
    O homem começou a fazer armas logo após descobrir a arte de trabalhar os metais. As mais antigas espadas de que temos notícia foram as dos assírios, gauleses e gregos. Suas espadas eram armas curtas e de dois gumes, feitas e bronze. A espada romana era uma arma curta, reta, de aço com uma ponta aguda e dois gumes.

    Do grego spathé que em latim deu spatha = arma branca, forma de uma lâmina fina e pontiaguda, podendo ser de um, o que é mais comum, ou de dois gumes, citada no Apocalipse 1:16.

    A espada era curta e larga, geralmente com um só gume, mas algumas vezes com dois, quando a sua função era a de instrumento perfurante. A sua forma era muito variável, sendo muitas vezes direita, outras curva. Era sempre levada sobre a coxa esquerda, e por esta razão pôde Eúde ocultar uma espada curta ou um punhal sobre a coxa direita, sem desconfiança, visto que era canhoto (Jz 3:16). A espada é a mais antiga arma ofensiva mencionada na Bíblia. Foi com ela que os filhos de Jacó assassinaram os siquemitas (Gn 34:25). É muitas vezes sinônimo de guerra: ‘o Senhor mandará a espada à terra.’ ‘A espada da boca’ (5:15Sl 57:4) é a conversa perniciosa, a falsa acusação, a difamação, a calúnia. A Palavra de Deus é, na sua força penetrante, comparada a uma espada de dois gumes (Hb 4:12). As palavras: ‘Da boca saía-lhe uma afiada espada de dois gumes’ (Ap 1:16) exprimem a força da Sua Palavra, quer se considere a Sua graça, ou o Seu juízo.

    [...] A espada é, para Deus, um punhal fratricida que os códigos sociais tornaram legal, e, portanto, sobre ela não pode incidir sua bênção luminosa. [...]
    Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - L• 7, cap• 3

    Com Jesus [...] a espada é diferente. Voltada para o seio da Terra, representa a cruz em que Ele mesmo prestou o testemunho supremo do sacrifício e da morte pelo bem de todos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5


    Espada Arma que consta de uma lâmina comprida e pontuda, afiada dos dois lados (1Sm 17:51); (Mt 26:51); (He 4:12).

    Exército

    Exército
    1) Tropa organizada para combater (Dt 23:9)

    2) Os astros (Jr 33:22). 3 Os anjos (Sl 103:21); (Lc 2:13), RC).

    substantivo masculino Conjunto das forças militares de uma nação: o exército brasileiro.
    Reunião de grande número de tropas sob as ordens de um comandante.
    Figurado Grande quantidade, multidão: um exército de empregados.
    Exército da Salvação, organização protestante fundada em 1865 com fins caritativos.

    Durante o Êxodo, todo homem, de idade superior a vinte anos era soldado (Nm 1:3), sendo isentos do serviço militar somente os sacerdotes e os levitas (Nm 2:33). Cada tribo formava um regimento, com a sua própria bandeira e o seu próprio chefe (Nm 2:2 – 10.14). Quando estava próximo o inimigo, era feito o alistamento de todos os combatentes. Alguns destes podiam ser dispensados do serviço em determinados casos (Dt 20:5-8). o exército era, então, dividido em milhares e centenas, sob o comando dos seus respectivos capitães (Nm 31:14 – 1 Sm 8.12 – 2 Rs 1.9). Depois da entrada dos israelitas na terra de Canaã e depois de disperso o povo por todo o país, podiam os combatentes ser chamados na excitação do momento por uma trombeta (Jz 3:27), ou por mensageiros (Jz 6:35), ou por algum significativo sinal (1 Sm 11.7), ou, como em tempos posteriores, pelo arvorar de um estandarte (is 18:3Jr 4:21 – 51.27), ou ainda por meio de uma fogueira sobre algum lugar eminente (Jr 6:1). Escoltava o rei um certo número de guerreiros, que formavam o núcleo do exército. A guarda de Saul era de 3.000 guerreiros escolhidos (1 Sm 13.2 – 14.52 – 24,2) – e Davi tinha 600, que ele, com o correr do tempo foi aumentando (2 Sm 15.18). Mais tarde organizou uma milícia nacional, dividida em doze regimentos, tendo cada um destes o nome dos diferentes meses do ano (1 Cr 27.1). À frente do exército, quando estava em serviço ativo, punha o rei um comandante chefe (1 Sm 14.50). Até esta ocasião o exército constava inteiramente de infantaria, mas como as relações com os povos estranhos aumentavam, muita importância foi dada aos carros de guerra. Estes não eram de grande utilidade na própria Palestina, devido a ser muito acidentado o país, mas podiam ser empregados com vantagem nas fronteiras, tanto do lado do Egito, como da banda da Síria. Davi pôs de reserva cem carros, do despojo dos sírios (2 Sm 8,4) – Salomão tornou muito maior esse armamento, e aplicou-o à proteção das povoações da raia, sendo para esse fim estabelecidas estações em diferentes localidades (1 Rs 9.19). Essa força foi aumentada até ao número de 1.400 carros 12:000 cavaleiros. Para cada carro eram destinados três cavalos, ficando o terceiro de reserva (1 Rs 10.26 – 2 Cr 1.14). os diversos postos do exército eram os soldados (homens de guerra), os tenentes (servidores), os capitães (príncipes), os oficiais do estado-maior, e os oficiais de cavalaria (1 Rs 9.22). As operações de guerra começavam geralmente na primavera, depois de solenemente se pedir a Deus a Sua proteção. (*veja Urim e Tumim.) os sacerdotes levavam a arca e acompanhavam os combatentes com o fim de infundir coragem e prestar qualquer auxílio. Eles também influiam na qualidade de arautos e de diplomatas, tanto antes como depois da guerra (Nm 10:8Dt 20:2-4 – 1 Sm 7.9). os judeus, como guerreiros, eram terríveis combatentes, gostando de aproximar-se do inimigo, e levá-lo à luta de corpo a corpo. Precipitavam-se sobre o adversário, dando altos gritos e tocando trombetas. Mostravam, também, grande astúcia na guerra, preparando emboscadas e efetuando ataques noturnos. (*veja Davi, Jonatas.) os feitos de valor eram generosamente recompensados. Antes do estabelecimento de um exército permanente, tinha o soldado de prover a sua própria armadura, e pela força ou outros meios devia obter o seu alimento. Mais tarde tornou-se o exército um encargo nacional, embora os soldados não recebessem soldo. o exército romano pode ser descrito nesta maneira esquemática: Uma centúria = 50 a 100 homens, Duas centúrias = 1 manípulo, Três manípulos = 1 coorte, Dez coortes = 1 legião. Segue-se que havia sessenta centúrias numa legião, cada uma das quais era comandada por um centurião. Primitivamente constava a centúria, como o nome dá a conhecer, de cem homens, mas depois variava o número segundo a força da legião. No Novo Testamento acha-se mencionada ‘a legião’ (Mt 26:53Mc 5:9) – e a ‘coorte’ (Mt 27:27Mc 15:16Jo 18:3-12At 10:1 – 21.31 – 27.1). o comandante de uma coorte (Lat. tribunus, gr. chiliarck, isto é, comandante de 1
    000) é mencionado em João 18:12, e várias vezes em Atos 21:24. Neste último caso a coorte era a guarnição romana de Jerusalém, com o seu quartel no Forte Antônia, contíguo ao templo. Além dessas coortes legionárias, havia também coortes de voluntários, servindo ao abrigo dos estandartes romanos. Uma destas chamava-se coorte italiana (At 10:1), porque era formada de voluntários da itália. o quartel general das forças romanas, na Judéia, era Cesaréia. A ‘coorte imperial’ (ou ‘Augusta’), a que se faz referência em At 27:1, pode ter sido alguma das espalhadas pelas províncias, talvez a de Samaria, pois que a esta cidade tinha Herodes dado o nome de Sebasta (Lat. Augusta). E pode também essa coorte ter derivado o seu nome de alguma honra especial, concedida pelo imperador a esse corpo do exército. Referências ao oficial ‘centurião’ acham-se em Mt 8:5-27. 54, e freqüentemente no livro dos Atos. Quatro soldados constituíam a ordinária guarda militar, e como esta havia quatro, correspondentes às quatro vigílias da noite, e que se rendiam de três em três horas (Jo 19:23At 12:4). Quando uma guarda tinha a seu cuidado um prisioneiro, acontecia então que dois soldados vigiavam fora das portas da prisão, enquanto os outros dois estavam na parte de dentro (At 12:6). os arqueiros mencionados em Atos 23:23, parece terem sido tropas irregulares, que eram armados à ligeira.

    Fio

    substantivo masculino Fibra longa, delgada e retorcida de matéria têxtil (cânhamo, linho, seda etc.).
    Direção das fibras da madeira.
    Porção de metal flexível, de seção circular e diâmetro muito pequeno em relação ao comprimento: fio de ferro (arame), de cobre.
    Enfiada, o que forma uma linha contínua: a vida é um fio de amarguras. A corrente de um líquido: a água era um fio de cristal.
    Qualquer coisa muito sutil, tênue, delicada: era apenas um fio de voz.
    Gume, corte de um instrumento: o fio da navalha.
    Série, sucessão contínua de palavras, encadeamento entre as partes de um todo: o fio do discurso.
    Substância que as aranhas, bichos-da-seda etc., segregam pelas fieiras e com que tecem as teias e casulos.
    Anteparo provisório que divide a meio o porão no sentido da quilha.
    Levar a fio de espada, ferir sem dar quartel.
    Perder o fio do discurso, esquecer-se do que deve dizer.
    Estar por um fio, achar-se em grande risco; estar por pouco, por um triz.
    A fio, seguidamente, a eito, sem interrupção.
    De fio a pavio, do princípio ao fim, de cabo a rabo.
    Fio de prumo, fio ou barbante, com um pedaço de chumbo ou de ferro, para materializar a vertical.
    Fio dental, fio, encerado ou não, que se usa para remover fragmentos de comida de entre os dentes.
    Maiô ou biquíni cuja parte de baixo se reduz a um simples tapa-sexo, deixando as nádegas nuas.

    substantivo masculino Fibra longa, delgada e retorcida de matéria têxtil (cânhamo, linho, seda etc.).
    Direção das fibras da madeira.
    Porção de metal flexível, de seção circular e diâmetro muito pequeno em relação ao comprimento: fio de ferro (arame), de cobre.
    Enfiada, o que forma uma linha contínua: a vida é um fio de amarguras. A corrente de um líquido: a água era um fio de cristal.
    Qualquer coisa muito sutil, tênue, delicada: era apenas um fio de voz.
    Gume, corte de um instrumento: o fio da navalha.
    Série, sucessão contínua de palavras, encadeamento entre as partes de um todo: o fio do discurso.
    Substância que as aranhas, bichos-da-seda etc., segregam pelas fieiras e com que tecem as teias e casulos.
    Anteparo provisório que divide a meio o porão no sentido da quilha.
    Levar a fio de espada, ferir sem dar quartel.
    Perder o fio do discurso, esquecer-se do que deve dizer.
    Estar por um fio, achar-se em grande risco; estar por pouco, por um triz.
    A fio, seguidamente, a eito, sem interrupção.
    De fio a pavio, do princípio ao fim, de cabo a rabo.
    Fio de prumo, fio ou barbante, com um pedaço de chumbo ou de ferro, para materializar a vertical.
    Fio dental, fio, encerado ou não, que se usa para remover fragmentos de comida de entre os dentes.
    Maiô ou biquíni cuja parte de baixo se reduz a um simples tapa-sexo, deixando as nádegas nuas.

    Fio
    1) Linha fiada e torcida (Jz 15:14).


    2) O lado afiado de instrumento cortante; “passar a fio de espada “quer dizer” matar à espada” (Dt 20:13).


    3) Fio de cabelo (At 27:34, RA).


    substantivo masculino Parte terminal do membro inferior que assenta no chão.
    Designação da pata, falando-se de animais.
    Parte inferior de algo sobre a qual descansa o seu peso; base: pé de mesa.
    Figurado Circunstância em que se encontra algo: em que pé anda o trabalho?
    Botânica Parte do tronco ou do caule de um vegetal que mais se aproxima do solo; o próprio vegetal: dez pés de roseiras.
    Parte da cama oposta à cabeceira.
    Cada uma das unidades que compõe um par de sapatos ou de meias.
    Cada uma das unidades métricas do verso quantitativo: verso de seis pés.
    Unidade de comprimento divisível em doze polegadas, de extensão variável conforme o país; no Brasil corresponde a 0,3248.
    [Poética] Linha de texto poético na literatura oral dos cantadores brasileiros.
    [Zoologia] Órgão rastejador musculoso e mole dos moluscos.
    locução adverbial Pé ante pé. De modo lento, devagar; cautelosamente.
    Etimologia (origem da palavra ). Do latim pes, pedis.

    substantivo masculino Parte terminal do membro inferior que assenta no chão.
    Designação da pata, falando-se de animais.
    Parte inferior de algo sobre a qual descansa o seu peso; base: pé de mesa.
    Figurado Circunstância em que se encontra algo: em que pé anda o trabalho?
    Botânica Parte do tronco ou do caule de um vegetal que mais se aproxima do solo; o próprio vegetal: dez pés de roseiras.
    Parte da cama oposta à cabeceira.
    Cada uma das unidades que compõe um par de sapatos ou de meias.
    Cada uma das unidades métricas do verso quantitativo: verso de seis pés.
    Unidade de comprimento divisível em doze polegadas, de extensão variável conforme o país; no Brasil corresponde a 0,3248.
    [Poética] Linha de texto poético na literatura oral dos cantadores brasileiros.
    [Zoologia] Órgão rastejador musculoso e mole dos moluscos.
    locução adverbial Pé ante pé. De modo lento, devagar; cautelosamente.
    Etimologia (origem da palavra ). Do latim pes, pedis.

    Regar com o pé (Dt 11:10) refere-sea um método de irrigação, que se praticava no Egito. os campos eram divididos em porções de terreno, com 4,5 metros de comprimento e 1.80 de largura, separados uns dos outros por pequenas elevações de terra. A água era levada dos fossos para os canais, formados nessas elevações. Bastava fazer uma depressão com o dedo do pé na terra amontoada, para que a água caísse no tabuleiro. E depois de ter corrido suficientemente, o aldeão empurrava outra vez a terra com o pé, abrindo caminho à água para outro lugar. E desta maneira ficava enfim todo o campo regado. Cp.com Pv 21:1. Descalçar as sandálias ou os sapatos era um sinal de respeito e de reverência (Êx 3:5), e além disso um sinal de luto (Ez 24:17). Era costume lavar os pés dos estrangeiros que chegavam de viagem, porque geralmente caminhavam descalços, ou usavam sandálias, estando por isso os pés quentes, doridos e empoeirados. Não se deve esquecer que em muitas ocasiões, principalmente nas estações secas, ou em sítios desertos do país, era a água cara por ser pouca – e concedê-la para fins de limpeza não era de forma alguma um meio barato de prestar um serviço. Nas casas abastadas eram as abluções efetuadas por escravos, como sendo serviço humilde. E por isso foi certamente grande a lição de humildade dada pelo nosso Salvador, quando lavou os pés aos Seus discípulos (Jo 13:5).

    V. ALFABETO HEBRAICO 17.

    Senhor

    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    Sisera

    Criança (F). 1. General do exército de Jabim, rei de Canaã. Foi assassinado por Jael (Jz 4:2 e seg. – 5.20 a 30 – 1 Sm 12.9 – Sl 83:9). Sísera tinha sido derrotado por Baraque e Débora, e fugia do campo da batalha. Cansado, procurou abrigo na tenda de Jael, cravando-lhe esta mulher uma estaca numa das fontes, enquanto ele dormia. (*veja Jael.) 2. Antepassado de uma família, que voltou para Jerusalém com Zorobabel (Ed 2:53Ne 7:55).

    Sísera

    1. Comandante do exército do rei Jabim, de Canaã, o qual reinava em Hazor (Jz 4:2). Durante o período dos Juízes, houve um tempo considerável de anarquia em Israel. De vez em quando homens piedosos eram levantados por Deus, para libertar o povo das mãos dos vários grupos de opressores cananeus. A influência desses inimigos sobre os israelitas era grande, e fazia com que o povo se afastasse de Deus e adorasse os ídolos. Depois da morte de Eúde e Sangar, “os filhos de Israel tornaram a fazer o que era mau aos olhos do Senhor... Por isso, o Senhor os entregou nas mãos de Jabim, rei de Canaã” (Jz 4:1-2), o qual tinha 900 carruagens de ferro e oprimiu Israel por 20 anos, até que o povo clamou novamente ao Senhor, pedindo ajuda.

    Foi neste período que Débora, a profetisa, liderava Israel. Ela convocou Baraque e disse que Deus o chamava para comandar 10:000 homens das tribos de Naftali e Zebulom e levá-los ao monte Tabor. Quando estivessem lá, deveriam atrair Sísera a uma armadilha no vale do rio Quisom (v. 7). Baraque disse que obedeceria desde que ela estivesse junto com ele. A profetisa concordou, mas predisse que, se fosse junto, Baraque não receberia a glória pela vitória, “pois nas mãos de uma mulher o Senhor entregará a Sísera” (v. 9). A armadilha funcionou. O comandante cananeu perseguiu Baraque e “o Senhor derrotou a Sísera, a todos os seus carros, a todo o seu exército... e Sísera saltou do carro, e fugiu a pé” (v. 15). Todos os seus homens foram mortos ao longo do caminho (v. 16).

    Sísera buscou refúgio na tenda de Jael, esposa de Héber, o queneu, com quem Jabim mantinha boas relações políticas e comerciais (v. 17). Ela o convidou a entrar (v. 18) e, enquanto o comandante dormia, atravessou sua cabeça com uma estaca da tenda. Quando Baraque chegou, descobriu que de fato Deus entregara o inimigo pelas mãos de uma mulher (v. 22). Posteriormente, sob a liderança da profetisa Débora, temente a Deus, os israelitas se fortaleceram e finalmente destruíram Jabim. A façanha dela na liderança do povo está registrada numa canção de louvor a Deus, que menciona a morte de Sísera (Jz 5:20-30).

    O incidente que envolveu Sísera é um dos muitos no livro de Juízes onde vemos o Senhor ao lado de seu povo, assim que este se voltava para Ele e pedia ajuda. Entretanto, o pecado dos israelitas consistia em que, quando estavam libertos, consideravam-se independentes e desviavam-se novamente, pois esqueciam-se do Senhor e misturavam-se com os cananeus e suas religiões. Em I Samuel 12:9 os problemas enfrentados por Israel, que se esqueceu do Senhor, são lembrados como uma advertência para as futuras gerações. A vitória sobre Jabim e Sísera serviu como um memorial para o povo permanecer fiel ao Senhor. A fidelidade de Deus na vitória sobre Sísera, quando seu povo se arrependeu, é lembrada com alegria no Salmo 83:9, no qual Davi ora para que o Senhor uma vez mais mostre seu poder sobre os inimigos.

    2. Chefe de uma das famílias de servidores do Templo cujos descendentes retornaram do exílio na Babilônia nos dias de Esdras e voltaram a trabalhar no Templo (Ed 2:53; Ne 7:55). P.D.G.


    Sísera Comandante do exército de JABIM. Foi derrotado por BARAQUE (Jz 4).

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Juízes 4: 15 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E o SENHOR pôs- em- terror- e- confusão a Sísera, e a todos os seus carros, e a todo o seu exército, com o fio da espada diante de Baraque; de tal modo que Sísera desceu do carro e fugiu a pé.
    Juízes 4: 15 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1235 a.C.
    H1301
    Bârâq
    בָּרָק
    filho de Abinoão, de Quedes, que, incitado por Débora, uma profetiza de Efraim, libertou
    (Barak)
    Substantivo
    H2000
    hâmam
    הָמַם
    mover-se ruidosamente, confundir, fazer barulho, desconcertar, quebrar, consumir
    (and panicked)
    Verbo
    H2719
    chereb
    חֶרֶב
    espada, faca
    (sword)
    Substantivo
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H3381
    yârad
    יָרַד
    descer, ir para baixo, declinar, marchar abaixo, afundar
    (And came down)
    Verbo
    H3605
    kôl
    כֹּל
    cada / todo
    (every)
    Substantivo
    H4264
    machăneh
    מַחֲנֶה
    O campo
    (The camp)
    Substantivo
    H4818
    merkâbâh
    מֶרְכָּבָה
    ()
    H5127
    nûwç
    נוּס
    e fugiram
    (and fled)
    Verbo
    H5516
    Çîyçᵉrâʼ
    סִיסְרָא
    o comandante vitorioso a serviço do rei Jabim, de Hazor, que foi morto por Jael
    (Sisera)
    Substantivo
    H5921
    ʻal
    עַל
    sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
    ([was] on)
    Prepostos
    H6310
    peh
    פֶּה
    boca
    (her mouth)
    Substantivo
    H6440
    pânîym
    פָּנִים
    o rosto
    (the face)
    Substantivo
    H7272
    regel
    רֶגֶל
    (of her foot)
    Substantivo
    H7393
    rekeb
    רֶכֶב
    uma parelha, carro, carruagem, moinho, cavaleiros
    (chariots)
    Substantivo
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo


    בָּרָק


    (H1301)
    Bârâq (baw-rawk')

    01301 ברק Baraq

    o mesmo que 1300, grego 913 βαρακ; n pr m

    Baraque = “relâmpago” ou “raio”

    1. filho de Abinoão, de Quedes, que, incitado por Débora, uma profetiza de Efraim, libertou os israelitas do jugo de Jabim ao derrotar os cananeus na planície de Jezreel

    הָמַם


    (H2000)
    hâmam (haw-mam')

    02000 המם hamam

    uma raiz primitiva [veja 1949, 1993]; DITAT - 507; v

    1. mover-se ruidosamente, confundir, fazer barulho, desconcertar, quebrar, consumir esmagar, destruir, agitar, irritar
      1. (Qal)
        1. mover-se ruidosamente
        2. confundir, desconcertar, irritar

    חֶרֶב


    (H2719)
    chereb (kheh'-reb)

    02719 חרב chereb

    procedente de 2717; DITAT - 732a; n f

    1. espada, faca
      1. espada
      2. faca
      3. ferramentas para cortar pedra

    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    יָרַד


    (H3381)
    yârad (yaw-rad')

    03381 ירד yarad

    uma raiz primitiva; DITAT - 909; v

    1. descer, ir para baixo, declinar, marchar abaixo, afundar
      1. (Qal)
        1. ir ou vir para baixo
        2. afundar
        3. estar prostrado
        4. descer sobre (referindo-se à revelação)
      2. (Hifil)
        1. trazer para baixo
        2. enviar para baixo
        3. tomar para baixo
        4. fazer prostrar
        5. deixar cair
      3. (Hofal)
        1. ser trazido para baixo
        2. ser derrubado

    כֹּל


    (H3605)
    kôl (kole)

    03605 כל kol ou (Jr 33:8) כול kowl

    procedente de 3634; DITAT - 985a; n m

    1. todo, a totalidade
      1. todo, a totalidade de
      2. qualquer, cada, tudo, todo
      3. totalidade, tudo

    מַחֲנֶה


    (H4264)
    machăneh (makh-an-eh')

    04264 מחנה machaneh

    procedente de 2583; DITAT - 690c; n m

    1. acampamento, arraial
      1. arraial, lugar de acampamento
      2. acampamento de um exército armado, acampamento dum exército
      3. aqueles que acampam, companhia, grupo de pessoas

    מֶרְכָּבָה


    (H4818)
    merkâbâh (mer-kaw-baw')

    04818 רכבהמ merkabah

    procedente de 4817; DITAT - 2163f; n f

    1. carruagem

    נוּס


    (H5127)
    nûwç (noos)

    05127 נוס nuwc

    uma raiz primitiva; DITAT - 1327; v

    1. fugir, escapar
      1. (Qal)
        1. fugir
        2. escapar
        3. fugir, partir, desaparecer
        4. ir velozmente (ao ataque) em lombo de cavalo
      2. (Polel) impelir para
      3. (Hitpolel) fugir
      4. (Hifil)
        1. afugentar
        2. conduzir apressadamente
        3. fazer desaparecer, esconder

    סִיסְרָא


    (H5516)
    Çîyçᵉrâʼ (see-ser-aw')

    05516 סיסרא Ciyc era’̂

    de derivação incerta; n pr m Sísera = “ordem de batalha”

    1. o comandante vitorioso a serviço do rei Jabim, de Hazor, que foi morto por Jael
    2. antepassado de uma família de servos do templo que retornou do exílio com Zorobabel

    עַל


    (H5921)
    ʻal (al)

    05921 על ̀al

    via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

    1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
      1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
      2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
      3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
      4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
      5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
      6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
      7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
      8. para (como um dativo) conj
    2. por causa de, porque, enquanto não, embora

    פֶּה


    (H6310)
    peh (peh)

    06310 פה peh

    procedente de 6284; DITAT - 1738; n. m. peh

    1. boca
      1. boca (referindo-se ao homem)
      2. boca (como órgão da fala)
      3. boca (referindo-se aos animais)
      4. boca, abertura (de um poço, rio, etc.)
      5. extremidade, fim pim
    2. um peso equivalente a um terço de um siclo, ocorre somente em 1Sm 13:21

    פָּנִים


    (H6440)
    pânîym (paw-neem')

    06440 פנים paniym plural (mas sempre como sing.) de um substantivo não utilizado פנה paneh

    procedente de 6437; DITAT - 1782a; n. m.

    1. face
      1. face, faces
      2. presença, pessoa
      3. rosto (de serafim or querubim)
      4. face (de animais)
      5. face, superfície (de terreno)
      6. como adv. de lugar ou tempo
        1. diante de e atrás de, em direção a, em frente de, adiante, anteriormente, desde então, antes de
      7. com prep.
        1. em frente de, antes de, para a frente de, na presença de, à face de, diante de ou na presença de, da presença de, desde então, de diante da face de

    רֶגֶל


    (H7272)
    regel (reh'-gel)

    07272 רגל regel

    procedente de 7270; DITAT - 2113a; n. f.

      1. pé, perna
      2. referindo-se a Deus (antropomórfico)
      3. referindo-se a serafins, querubins, ídolos, animais, mesa
      4. conforme o ritmo de (com prep.)
      5. três vezes (pés, ritmos)

    רֶכֶב


    (H7393)
    rekeb (reh'-keb)

    07393 רכב rekeb

    procedente de 7392; DITAT - 2163a; n. m.

    1. uma parelha, carro, carruagem, moinho, cavaleiros
      1. carruagem, carros
      2. carro (singular)
      3. pedra superior do moinho (como se cavalgasse a pedra de baixo)
      4. cavaleiros, tropa (de cavaleiros), cavalaria, par de cavaleiros, homens cavalgando, cavalgadores de jumentos, cavalgadores de camelos

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo