Enciclopédia de Rute 2:4-4

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

rt 2: 4

Versão Versículo
ARA Eis que Boaz veio de Belém e disse aos segadores: O Senhor seja convosco! Responderam-lhe eles: O Senhor te abençoe!
ARC E eis que Boaz veio de Belém, e disse aos segadores: O Senhor seja convosco. E disseram-lhe eles: O Senhor te abençoe.
TB Eis que Boaz veio de Belém, e disse aos segadores: Jeová seja convosco. Responderam-lhe eles: Jeová te abençoe.
HSB וְהִנֵּה־ בֹ֗עַז בָּ֚א מִבֵּ֣ית לֶ֔חֶם וַיֹּ֥אמֶר לַקּוֹצְרִ֖ים יְהוָ֣ה עִמָּכֶ֑ם וַיֹּ֥אמְרוּ ל֖וֹ יְבָרֶכְךָ֥ יְהוָֽה׃
BKJ E, eis que Boaz veio de Belém, e disse aos ceifeiros: O SENHOR seja convosco. E eles lhe responderam: O SENHOR te abençoe.
LTT E eis que Boaz veio de Belém, e disse aos ceifeiros: O SENHOR seja convosco. E responderam-lhe eles: O SENHOR te abençoe.
BJ2 Naquele momento, Booz estava chegando de Belém e disse aos segadores: "Que Iahweh esteja convosco!", e eles responderam-lhe: "Que Iahweh te abençoe!"
VULG Et ecce, ipse veniebat de Bethlehem, dixitque messoribus : Dominus vobiscum. Qui responderunt ei : Benedicat tibi Dominus.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Rute 2:4

Gênesis 18:19 Porque eu o tenho conhecido, que ele há de ordenar a seus filhos e a sua casa depois dele, para que guardem o caminho do Senhor, para agirem com justiça e juízo; para que o Senhor faça vir sobre Abraão o que acerca dele tem falado.
Josué 24:15 Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais: se os deuses a quem serviram vossos pais, que estavam dalém do rio, ou os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor.
Juízes 6:12 Então, o Anjo do Senhor lhe apareceu e lhe disse: O Senhor é contigo, varão valoroso.
Rute 4:11 E todo o povo que estava na porta e os anciãos disseram: Somos testemunhas; o Senhor faça a esta mulher, que entra na tua casa, como a Raquel e como a Leia, que ambas edificaram a casa de Israel; e há-te já valorosamente em Efrata e faze-te nome afamado em Belém.
Salmos 118:26 Bendito aquele que vem em nome do Senhor; nós vos bendizemos desde a Casa do Senhor.
Salmos 129:7 com a qual o segador não enche a mão, nem o que ata os feixes enche o braço,
Salmos 133:1 Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união!
Lucas 1:28 E, entrando o anjo onde ela estava, disse: Salve, agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres.
II Tessalonicenses 3:16 Ora, o mesmo Senhor da paz vos dê sempre paz de toda maneira. O Senhor seja com todos vós.
I Timóteo 6:2 E os que têm senhores crentes não os desprezem, por serem irmãos; antes, os sirvam melhor, porque eles, que participam do benefício, são crentes e amados. Isto ensina e exorta.
II Timóteo 4:22 O Senhor Jesus Cristo seja com o teu espírito. A graça seja convosco. Amém!
II João 1:10 Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis.

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Gênesis e as viagens dos patriarcas

Informações no mapa

Carquemis

Alepo

Ebla

Hamate

Tadmor (Palmira)

Hobá

Sídon

Damasco

GRANDE MAR

Tiro

Asterote-Carnaim

Megido

Dotã

Siquém

Sucote

Penuel

Betel

Gileade

Belém

CANAÃ

Gaza

Hebrom

MOABE

Torrente do Egito

Gerar

Berseba

Poço de Reobote

Bozra

Sur

Poço de Beer-Laai-Roi

Gósen

Ramessés

Om

Mênfis

EGITO

Rio Nilo

Cades, En-Mispate

Deserto de Parã

EDOM, SEIR

Temã

Avite

El-Parã (Elate)

Harã

PADÃ-ARÃ

Rio Eufrates

Mari

ASSÍRIA

Nínive

Calá

Assur

Rio Hídequel (Tigre)

MESOPOTÂMIA

ELÃO

Babel (Babilônia)

SINEAR (BABILÔNIA)

CALDEIA

Ereque

Ur

Siquém

Sucote

Maanaim

Penuel, Peniel

Vale do Jaboque

Rio Jordão

Betel, Luz

Ai

Mte. Moriá

Salém (Jerusalém)

Belém, Efrate

Timná

Aczibe

Manre

Hebrom, Quiriate-Arba

Caverna de Macpela

Mar Salgado

Planície de Savé-Quiriataim

Berseba

Vale de Sidim

Neguebe

Zoar, Bela

?Sodoma

?Gomorra

?Admá

?Zeboim


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

rt 2:4
Sabedoria do Evangelho - Volume 1

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 5
CARLOS TORRES PASTORINO
LUC. 1:26-38

26. No sexto mês, foi enviado da parte de Deus o anjo Gabriel a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré.


27. a uma virgem prometida a. um homem que se chamava José, da casa do David, e o nome da. virgem era Maria.


A comunicação do anjo a Maria ocorre seis meses após a concepção de Isabel. O mensageiro é o mesmo que falou a Zacarias, isto é, Gabriel. No entanto, o fato não mais ocorre em Jerusalém, sim numa cidadezinha desconhecida da Galileia, Nazaré, onde morava uma mocinha que estava noiva.


A cidade de Nazaré só nos é conhecida através das citações dos Evangelhos. Nem no Velho Testamento, nem em nenhum autor profano aparece esse nome. Também não o temos escrito em hebraico, mas apenas sua transcrição para o grego, e com seis variantes: Nazaré, Nazaret, Nazareth, Nazará, Nazarat e Nazarath.


Lucas frisa com insistência que Maria não estava ainda casada: era noiva, ou seja, "prometida" (em grego έµνηστευµένη, particípio aoristo 2. . º do verbo µνεστεύ

ω, que tem o sentido de "prometer em casamento" ou "contratar matrimônio"). O matrimônio só se completava quando, a noiva ia morar na casa do noivo, que então se tornava marido. Tanto que Lucas só dá a José o título de "pai’, quando fala da apresentação de Jesus ao Templo (LC 2:33, LC 2:41, LC 2:43 e LC 2:48).


Entre os judeus, porém, desde que se contratava o casamento, a noiva era considerada ligada ao noivo de tal forma, que um erro dela era catalogado como adultério (DT 22:23).


Todo o nosso sistema terráqueo está constituído na base setenária. Não se trata de misticismo nem de cabalismo, é uma verificação fácil de fazer-se. Conhecendo os antigos esse fato, todos os acontecimentos e o simbolismo eram baseados no número sete.


Como o sete era a etapa final, o penúltimo passo representava-se pelo número seis. Daí lermos "no sexto mês. Isto significa que o símbolo que vai ser dado aos leitores, exprime a penúltima etapa dessa fase do desenvolvimento.


Nessa penúltima do etapa, o discípulo acha-se preparado e o mestre aparece, o "homem de Deus", Gabriel, a fim de anunciar-lhe a última etapa.


O aparecimento do "anjo" ou "anunciador" dá-se na Galileia, a "região cercada" do íntimo da criatura.


A cidade tinha o nome de Nazaré. Que o nome constitui um símbolo, compreendemo-lo por não constar ter havido, na época, nenhuma cidade real com esse nome. A palavra "Nazaré" parece derivarse do radical hebraico Nâzir, que significa "separado, consagrado", ligando-se ao nazireano instituído por Moisés (Núm. cap. 6. . º).


Vemos, pois, que o "mestre" aparece no lugar separado da região cercada", ou seja, no CORAÇÃO, falando através da voz silenciosa.


Anota o evangelista que a aparição se deu "a uma virgem", e que ela estava "prometida a um homem" . A intuição está sempre ligada ao intelecto. E, mormente quando no caminho espiritual, quase sempre se filia a uma pessoa humana, que a guia, intelectualmente, pela estrada da evolução.


O sentido da palavra José "(Deus) acrescenta", ou seja, "Deus dá por acréscimo de misericórdia", coincide com o título "filho de David", já que David significa "o Amado".


Daí compreendermos que o intelecto, quando se dedica às coisas divinas, aos estudos das realidades espirituais, se torna "amado", e a ele "Deus acrescenta" sabedoria. Isto, não por privilégios, mas por simples efeito de sintonia vibratória: se um rádio é sintonizado com uma estação transmissora, recebelhe as ondas não por "predileção" da estação, mas porque as condições de sintonia favoreceram a receptividade. Deus’ dá igualmente (infinitamente) a todos, mas cada um recebe segundo sua capacidade.


No oceano divino vogam o pequeno caíque e o grande transatlântico, mas cada um mergulhando de acordo com o calado de sua quilha.


A conversa de Gabriel com Maria difere da havida com Zacarias. Com este, temos a representação d "mestre" que fala ao intelecto, suscitando dúvidas (segundo a característica própria do intelecto).


Com Maria, temos a representação do "mestre" que se dirige à intuição, e é aceito, porque a intuição" sente" a verdade da manifestação.


28. Aproximando-se dela, disse-lhe: "Alegra-te, altamente favorecida, o Senhor é contigo".


29. Ela, porém, ao ouvir essas palavras, perturbou-se muito e pôs-se a pensar que saudação seria essa.


FIGURA "Anúncio a Maria"
A saudação do anjo a Maria é concisa. A fórmula grega Χαίρε significa "alegra-te", Observe-se: que, na saudação, os gregos auguravam alegria, enquanto os orientais desejavam paz (shalôm) e os latinos faziam votos de saúde (salve, ave, vale) . O perfeito grego κεχαριτωµένη indica a posse permanente (não transitória) de graça, de perfeição, de beleza, tanto física quanto moral. Usado na saudação de Gabriel, em tom de vocativo, esse perfeito assume quase o papel de um adjetivo substantivo: "ó perfeitíssima", "ó altamente favorecida", que a vulgata interpretou "cheia de graça".

A seguir uma afirmativa: "o Senhor está contigo". Não se trata, como em Rute (Rute 2:4) do desejo de que" o Senhor esteja contigo", mas de uma afirmação categórica a respeito de um fato conhecido por Gabriel.


Maria perturba-se não tanto pela presença de um homem jovem a seu lado (e Gabriel devia apresentar extraordinária beleza física), mas pelas palavras de saudação proferidas; por ele, por aquele elogio inesperado da parte de um estranho.


A mente transmite sempre com imensa alegria, quando anuncia a presença divina dentro da criatura:

"o Senhor está (é) contigo", vive dentro de ti, habita em ti, é a vida que pulsa em ti. Quando o homem ouve essas palavras silenciosas dentro do coração, invariavelmente se perturba: que palavras estranhas são essas, dirigidas a criaturas tão cheias ainda de defeitos?


A voz íntima, no entanto, diz a todos: "alegra-te, filho de Deus, és altamente favorecido pela divindade, pois Deus habita em ti" !


30. Disse-lhe o anjo: "Não temas, Maria., pois conquistaste benevolência da parte de Deus,


31. e conceberás em teu ventre e darás à luz um filho a quem chamarás JESUS.


32. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai David,


33. e ele reinará no futuro sobre a casa de Jacob, e seu reino não terá fim. Gabriel exorta Maria a não temer porque ela "conquistou a benevolência de Deus".


O anjo não se apresenta a Maria dando nome e posição como o fez com Zacarias. Ao evangelista basta revelar que o mensageiro foi o mesmo nos dois casos.


Conquistar benevolência é expressão já muito usada no Velho Testamento, com as palavras "achar graça" (cfr. GN 6:8; X;x. 33:12; Juízes, 6:17) O anúncio da próxima maternidade de Maria é feito com expressões semelhantes às que foram ditas por outros espíritos, para anunciar o nascimento de Ismael (GN 16:11) e de Sansão (Juízes, 13:3-5).


O nome que o anjo impõe é JESUS (em hebraico IEHOSHUA’ γωιπ que se Abrevia Ўιΰ ou ιωι, mas que também pode transliterar-se. ... com o sentido de "Iahô salva". Na previsão de Isaias, era-lhe dado o nome de HIMMANU-EL, isto é, "Deus conosco". " Jesus", diz o anjo "será grande, será chamado de Filho do Altíssimo", título que era dado aos reis na antiguidade (cfr. 2RS 7:14 e 1CR 22: lC).
O menino receberá o "reino de David", que ele ocupará "no futuro", (είς τους αίωνας) e seu reino "não terá fim". A palavra αίώ

ν tem o mesmo sentido que seu derivado latino "aevum" (em português "evo", ou seja século, uma "vida") e era empregado no sentido lato de futuro, e não no de "eterno". Eterno é o que não tem princípio nem fim. Além disso, a segunda parte do versículo esclarece bem a ideia, quando diz "e seu reino não terá fim", Se a palavra "aiónas" tivesse o sentido de "eterno", não havia razão para a segunda parte do versículo, nem mesmo invocando-se a técnica da repetição, na poesia hebraica.


Com Zacarias, o anjo se apresenta, porque o intelecto quer saber de tudo, pede "credenciais"; ao passo que a intuição não repara no intermediário: sente a verdade em suas palavras, não lhe interessando quem a diz, mas sim o que diz.


A resposta do "mestre" à indagação aflita da criatura que, humildemente, se julga indigna de receber tão grande graça - embora não duvide da própria graça - vem trazer maior certeza da realidade: "conquistaste benevolência da parte de Deus". Não é, propriamente, o "merecimento", no sentido de haver a criatura dado algo mais do que devia, com isto merecendo uma recompensa, ou "comprando" a benevol ência. Não. Trata-se da sintonia natural da criatura, que lhe possibilita receber as emissões (a benevolência) divinas, dadas a todos indistintamente: bons e maus, sábios e ignorantes, santos e criminosos.


E essa sintonia é obtida pelo que a criatura É (não pelo que sabe, nem pelo que faz).


Tendo conseguido essa sintonia, a criatura pode "conceber em seu ventre" (recebe em seu coração) um" filho", que é sua "salvação": JESUS, isto é, Iahô salva. Esse "nascimento" é uma expressão que usamos por falta de outro vocábulo mais exato. Assim como, ao nascer, a criança aparece, é vista, tocada e sentida (embora não tenha começado a existir nesse momento, pois inclusive seu corpo já existia no ventre EU Supremo consiste apenas na verificação de nossa parte de que ele existe. Realmente ele já existia dentro de nós, mas ainda oculto e não sentido. Ao revelar-se, ao tornar-se "sensível", nós dizemos que ele "nasceu": isto é, que se manifestou; quando nós o DESCOBRIMOS, dizemos que ELE NACEU ...


Esse EU Supremo será grande e é o Filho do Altíssimo porque é a Centelha que emanou Dele (do Foco Incriado); e terá, por todo o resto de sua existência o "trono de seu Pai" o AMADO (David).


Vimos (pág. 2) que Deus (o AMOR) se manifesta como o Verbo Criador (o AMANTE) e como o Criador, o Filho (o AMADO). Ora, o EU Supremo, que é a individualização de um Raio-Divino, isto é, "Filho do Cristo" (o AMADO), pode ser, por isso, chamado "filho do Amado" ou "filho de David".


Seu reino não terá fim sobre a casa de Jacob. Jacob significa "o que suplanta" (ou "o que segura pelo calcanhar"). Exprime, então, a personalidade, que durante milênios "suplanta" a individualidade abafandoa totalmente. Quando JESUS surge, ele assume o trono de David, e reina sobre a "casa de Jacob" sem fim isto é nunca mais a individualidade sofrerá o domínio da personalidade.


34. Então Maria perguntou ao anjo: "como será isso, uma vez que não conheço homem"?


35. Respondeu-lhe o anjo: "um espírito santo virá sobre ti e o poder do Altíssimo te envolverá. com sua sombra; e por isso o nascituro será chamado santo, Filho de Deus.


36. Isabel, tua parenta, também ela concebeu um filho na sua velhice, e já está no sexto mês aquela que era chamada estéril,


37. porque, vindo de Deus nada será impossível".


38. Disse Maria: "Eis aqui a escrava do Senhor: faça-se em mim segundo a tua palavra". E o anjo retirou-se.


A pergunta de Maria difere da de Zacarias. O sacerdote pergunta: "como saberei que isto é verdade"?, o que exprime dúvida a respeito das, afirmativas de Gabriel. Maria indaga: "Como se dará isso, se não conheço homem"? O que constitui um pedido de explicação: ela crê verdadeiras as palavras, mas deseja saber o modo de agir para resolver o caso. " Conhecer homem ou mulher" é eufemismo usado entre os judeus para designar as relações sexual, empregando-se o vocábulo γτι . Maria, jovem noiva, não tinha ainda (por isso usa o presente do indicativo:

"não tenho") comércio sexual. E Gabriel parece esclarecer que a concepção se deverá dar de imediato, sem esperar que o casamento se realize.


O anjo explica que ela conceberá um espírito santo (já santificado). Em grego, aqui também não aparece o artigo, denotando a indeterminação: UM, espírito santo. Esse espírito santificado descerá sobre ela
(έπελεύσεται do verbo έπέρхοµαι) e acrescenta que "a força ou poder do Altíssimo a envolverá com sua sombra". Parece uma alusão clara à shekinah da mística judaica. Nesses casos, qualquer contato sexual, mesmo fora do casamento, será abençoado. Deus não está sujeito às leis "humanas", nem das sociedades nem dos Estados. O casamento é um ato instituído pelos homens, a fim de evitar abusos e manter organizada a humanidade. Mas Deus simplesmente criou as plantas, animais e homens dotados de sexo para que se unissem, produzindo filhos, a fim de que Sua obra não perecesse: Qualquer restrição é humana e não divina. No caso em apreço, isso está claro. Tanto assim que, mesmo fora do casamento Maria receberá, em seu ventre, um espírito santo, que será chamado Filho de Deus E logo a seguir acrescenta, a título de comprovação, que Isabel, parenta de Maria (não se sabe qual o grau de parentesco) também terá um filho, apesar da idade e de ter sido estéril, já estando no sexto mês de gravidez.
E aduz: "vindo de Deus, nada é impossível". A expressão do texto original: "nenhuma palavra"
(πάνρήµα) é o equivalente do hebraico dàbâr (דכד), que tem muitas vezes (cfr. GN 18:14) o sentido d "coisa". Ora, "nenhuma coisa" é o mesmo que "nada".
A resposta de Maria é uma aceitação plena, uma conformação total: "eis a escrava (δουλη) ao Senhor".
E mais: faça-se em mim conforme dizes". A expressão "faça-se" (γένοιτο) é muito mais forte que o
γευηθήτο usado no "Pai Nosso" (MT 6:10). Neste, exprime-se o desejo de que "se faça", mas deixando livre quanto à época em que se realize. No caso presente, o "faça-se" de Maria expressa o desejo e quase a ordem de que se faça já.

Cumprida a missão, o anjo retirou-se.


A própria intuição, sobretudo levada pelo intelecto, supõe e deseja que alguém lhe dê a iniciação.


Espera o milagre, certa de que o grande encontro se realizará por meio de uma palavra mágica ou de um gesto cabalístico, com um rito exótico. Essa é a estranheza manifestada por "Maria (simbolizando a intuição) quando diz que "não conhece homem", que não está em contato com um iniciado ou adepto.


O "homem de Deus" (Gabriel) esclarece (por omissão) que não é disso que se trata: que não há homem que possa resolver esse caso. O Espírito Santo que está dentro dela ("o Senhor é contigo"), é que se manifestará, e ela será envolvida por sua sombra. Trata-se da "shekinah", tão conhecida pela mística judaica.


Todas as experiências do encontro com o EU Supremo (segundo o testemunho dos que o conseguiram, em qualquer das correntes religiosas), tem um ponto em comum: a criatura se sente envolvida por intensa luminosidade, que é comparada a um relâmpago, a um incêndio, enquanto ela mesma se expande ao infinito, mergulhando e desfazendo-se na luz. O mergulho na luz é a descida da "shekinah".


Por essa razão, o "homem novo" que daí nasce é chamado "Santo, Filho de Deus".


Para incentivá-la a dar o último passo, Gabriel cita-lhe o exemplo de Isabel, sua parenta (ou seja, de todos os seres, parentes nossos, que atingiram o grau de "adoradores de Deus" - Elisheba), que se encontra no mesmo ponto evolutivo, no penúltimo degrau, "no sexto mês", aguardando a iluminação, embora desta ninguém mais esperasse nada, pois não era julgada capaz de consegui-lo, após tantos anos de tentativas infrutíferas (esterilidade). E como coroamento, conclui: "nada é impossível a Deus".


Vencida e convencida, Maria submete-se com máxima humildade à vontade divina, A humildade real, na qual a criatura se entrega qual escrava para obedecer em tudo e sempre, sem reconhecer nenhum direito para si, é o caminho único que leva ao encontro com o EU profundo.


Mas essa humildade precisa querer que se realize o ato, precisa entregar-se total e plenamente, sem condições nem reservas. Isto porque, embora sendo, como é, a causa de tudo, Deus é a humildade máxima: jamais se mostra, jamais assina Suas obras, jamais pede retribuição de nenhum dos benefícios prestados, e Sua vida toda se resume em SERVIR a todos, dando tudo de graça, sem distinção alguma de pessoas.


Por isso, quando a criatura atinge o grau de perfeita humildade, encontra Deus em si, por sintonia vibratória, e passa a viver UM com DEUS.


Isso mesmo ocorreu com Maria: no momento em que se conformou plenamente com a vontade do Pai, aniquilando a sua vontade pequenina, anulando sua personalidade, nesse momento concebeu JESUS, encontrou DENTRO DE SI (em seu coração) o Filho de Deus, o CRISTO, que nasceu virginalmente, ou seja, sem obra nem intervenção de homem.


Esse o sublime simbolismo que aprendemos desse trecho de Lucas, deduzindo-o dos fatos reais, que ocorreram na Palestina há quase dois mil anos. Lições de inestimável valor para nosso aprendizado.



Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

BELÉM

Clique aqui e abra o mapa no Google (Latitude:31.7, Longitude:35.183)
Nome Atual: Belém
Nome Grego: Βηθλεέμ
Atualmente: Palestina
Cidade a 777 metros de altitude. Seu nome em hebraico significa casa do pão. Situa-se a sudoeste de Jerusalém cerca de 10 quilômetros. Possui cerca de 12.000 habitantes. Nos tempos de Jesus, a cidade de Belém pertencia à região da Judéia. A cidade fica no alto de uma colina – fortaleza natural. Possivelmente a origem da cidade está em Efrata, da família de Belém. Em Belém, Rute uma moabita, (nora de Noemi) se encontrou com Boaz, casou-se e teve Obede, pai de Jessé, pai de Davi. Desde os tempos de Boaz, até o tempo de Davi, cerca de 1000 anos antes do nascimento de Jesus, Belém foi uma aldeia muito pequena. E ainda hoje, os campos de Belém conservam a mesma fertilidade e exuberância da Antiguidade. Na época do ministério de Jesus, Belém era uma cidade pequena. Jesus nunca visitou Belém em seu ministério. Hoje a cidade cresceu, pertence à Israel e vive principalmente do comércio.
Mapa Bíblico de BELÉM



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Rute Capítulo 2 do versículo 1 até o 23
SEÇÃO II

RUTE 5AI APANHAR ESPIGAS JUNTO AOS SEGADORES

Rute 2:1-23

  1. RUTE ENCONTRA BOAZ, 2:1-7

Na busca de um meio de sobreviver, Rute vai para os campos recolher aquilo que os segadores deixavam para trás, um privilégio concedido aos pobres pela lei (cf. Dt 24:19-21). O termo espigas (2) pode se referir a trigo, cevada ou grãos de qualquer tipo e não apenas ao milho que encontramos nas três américas. Caiu-lhe em sorte (3) ou "por casualidade" (ARA) ir para o campo de um parente de Elimeleque, um homem de posses chamado Boaz, o que certamente foi uma questão de providencial orientação. 1

O próprio Boaz foi verificar o progresso de sua plantação naquele dia. Ao cumpri-mentar os segadores com a tradicional saudação judaica: O Senhor seja convosco (4), ele percebeu a presença da viúva moabita que trabalhava nas proximidades. Ao ser in-formado de sua identidade e da diligência com que trabalhava, ele se aproximou dela para conversar. A não ser um pouco que esteve sentada em casa (7) dá a idéia de que ela trabalhou praticamente o dia inteiro, a não ser por uns poucos momentos de ausência. O mesmo termo é usado em Deuteronômio 23:13.

  1. BOAZ CONVERSA COM RUTE 2:8-13

Boaz conversou com Rute e a instruiu para que ficasse perto das moças cujo traba-lho era juntar o feixe de espigas depois de os segadores terem tirado os grãos. A expres-são: não ouves, filha minha? (8) sugere que Boaz era mais velho que Rute. Ele ordena-ra aos rapazes que não a molestassem. Ela recebeu permissão para beber água dos vasos trazidos pelos próprios servos de Boaz.

Quando Rute expressou sua surpresa por ser tratada tão generosamente, apesar de sua condição de estrangeira, Boaz respondeu que ele já fora informado da bondade com que Rute tratara sua sogra Noemi desde a morte de seu marido e que, naquele momento, ela deixara seus pais e sua terra natal para habitar entre estrangeiros. Lealdade e fé religiosa sincera são companheiras de toda pessoa de bom raciocínio. O Senhor galardoe o teu feito, disse Boaz, e seja cumprido o teu galardão do Senhor, Deus de Israel, sob cujas asas te vieste abrigar (12) — outra indicação do caráter religioso da grande escolha de Rute (cf.comentário de 1.16,17). Ela se tornou uma prosélita judaica.

  1. RUTE COME COM BOAZ, 2:14-16

Na hora da refeição do meio do dia, Rute foi convidada por Boaz para comer com ele e seus segadores. A refeição consistiu de trigo tostado e pão molhado no vinagre (14), que pode ter sido vinho amargo ou vinagre de vinho. Levantando-se ela a colher (15) indica que Rute deixou o grupo e voltou à sua tarefa antes de os trabalhadores retornarem ao trabalho. Então Boaz instruiu seus servos para que favorecessem Rute e não fizessem algo que a embaraçasse.

  1. UM PARENTE DE SANGUE, 2:17-23

O resultado do trabalho do primeiro dia de Rute foi quase um efa de cevada, ou dez ômeres (Êx 16:36), cerca de 18 litros de grãos. Quando Rute falou com sua sogra sobre os eventos daquele dia e relatou a bondade de Boaz, Noemi deixou clara sua apre-ciação pela estima daquele homem. Bendito seja do Senhor, que ainda não tem deixado a sua beneficência nem para com os vivos nem para com os mortos (20). Beneficência é a tradução da palavra hebraica chesed, também traduzida como "lealdade", "misericórdia", "benignidade" ou "bondade". Ela dá a idéia de fazer mais do que se é exigido pela lei, princípio comunicado pela palavra "graça" no Novo Testamento. Este homem é nosso parente chegado e um dentre os nossos remidor. es (20) indica que Boaz não era o parente mais próximo. Este parente mais próximo (heb. goel) tinha o direito de resgatar um campo que fora vendido (Lv 25:25). Era sua tarefa vingar o sangue derramado (Nm 35:19) e casar-se com a viúva de um irmão falecido (Dt 25:5-10). Boaz não tinha esses direitos e obrigações, mas era o próximo na linhagem. É possí-vel que o termo hebraico possa ser traduzido como "ele é o próximo depois do nosso goel". O termo goel significa basicamente "remidor" ou "protetor, vindicante" (19:25). 2

Noemi insistiu para que sua nora ficasse com as servas de Boaz durante toda a colheita da cevada e do trigo. Para que noutro campo não te encontrem (22) tam-bém pode ter o sentido de "para que em outro campo nenhum homem te moleste". O termo traduzido como encontrem é freqüentemente usado com a idéia de lançar-se com intenção de ferir.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Rute Capítulo 2 do versículo 1 até o 7

Encontro de Rute e Boaz (Rt 2:1-23)

Rute Começa a Colher (Rt 2:1-7)

Rute, em Israel, era agora uma convertida à fé dos hebreus (vs. 12), uma parte necessária do desdobramento do propósito divino que nela estava operando. Os moabitas eram excluídos da congregação de Israel (ver Dt 23:3); mas a graça divina operou através do yahwismo, e assim a história de Rute se tornou possível. Neste ponto é apresentado Boaz, um abastado agricultor judaíta. Ver o artigo detalhado sobre ele, no Dicionário. Ele era aparentado de Noemi e do falecido marido dela, pelo que estava em posição de redimir Rute, casar-se com ela e gerar filhos que seriam considerados de seu parente, Elimeleque. Dai foi que surgiram tanto Davi, o rei, quanto o Rei dos Reis, o Messias, porquanto Rute entrou tanto na linhagem real quanto na linhagem divina.

Rt 2:1-7

Tinha Noemi um parente de seu marido. Convém fazer a exposição deste versículo falando sobre os fatos que ele contém:

1. Parente. No hebraico, moda. Uma palavra usada somente aqui, embora da mesma raiz que significa irmã, em Rt 3:2 e Pv 7:4. A palavra hebraica relacionada, meyudda, uma possível vocalização da palavra usada neste texto, é um vocábulo de sentido muito amplo, podendo indicar qualquer tipo de parentesco, ou mesmo amizade íntima (ver 2Rs 10:11; Sl 31:11). No presente texto, entretanto, é requerido o sentido de parente de sangue, porquanto não poderia existir o tema central de todo o drama, a história da redenção.

2. O parente de Noemi era um homem poderoso, um abastado agricultor. A descrição utilizada pode referir-se a poder militar. Talvez Boaz tivesse a sua própria milícia, a fim de proteger seus bens. Desse modo, Boaz tinha a capacidade de redimir, e isso muito mais do que o necessário, o que o tornava um tipo de Cristo, o Redentor, Rute, por sua vez, é um tipo da Igreja, a redimida, cuja redenção resulta em abundância de bênçãos.

3. Boaz, o parente rico e poderoso, também era honrado, homem de boa reputação, generoso e sensível para com as necessidades alheias. O idioma hebraico posterior dava esse sentido de honroso ao adjetivo poderoso. Os Targuns dizem: “poderoso na lei”, espiritualizando assim o texto; mas não é isso que as palavras significam. As tradições judaicas indicam que Boaz foi Ibzã, um dos juizes de Israel (ver Jz 1:2,Jz 1:8), mas isso é extremamente fantasioso.

Alguns estudiosos pensam que o pai de Boaz era irmão de Elimeleque. E também outros estudiosos imaginam outros graus de parentesco; mas tudo não passa de conjectura. O artigo sobre Boaz fornece aquilo que pode ser dito sobre a sua linhagem. Ver Rt 4:18 ss.

Rt 2:2

Apanharei espigas. No hebraico, temos um verbo geral que indica “apanhar”, “colher”; é usado para juntar pedras, em Gn 31:46; ou dinheiro, em Gn 47:14. Mas quando o termo é aplicado a grãos e frutos, então o verbo assume um sentido técnico de “respigar”, uma atividade permitida aos pobres, cujo único sustento dependia dessa “lei da respiga”. Ver Deu. 24:19-21 quanto ao primeiro incidente bíblico dessa lei. Quando da colheita, os colhedores deixavam proposi-tadamente alguns grãos; e algumas frutas eram deixadas nas árvores frutíferas, com o propósito específico de permitir que os pobres viessem, terminada a colheita, a fim de respigarem o que fosse deixado. Indivíduos mesquinhos pouco deixavam para ser respigado pelos pobres, o que era contra a lei da generosidade que tinha inspirado a prática. Ver Is 17:5,Is 17:6 quanto à queixa do profeta contra a mesquinharia. Rute, reduzida a uma abjeta pobreza, respigava a fim de poder sobreviver, O relato antecipa o grande resultado final desse ato ao referir-se a Boaz, o homem rico cujos grãos ela foi respigar. Com a passagem dos dias, Boaz prestaria atenção nela e a favoreceria.

... me favorecer. Alguns estudiosos pensam que essa idéia de faw3vorecimento estava ligada à noção de ter o bastante para comer. Os proprietários de terras que eram generosos deixavam nada menos que a quarta parte de seu grão plantado para uso dos pobres. Isso ia além das exigências da lei no tocante à prática, e constituía uma obra de caridade. Porém, parece que o favor que Rute estava esperando ia além da questão da respiga. Com sua capacidade de intuição, ela sabia que algum grande acontecimento estava prestes a ocorrer, e ela precisava estar no lugar certo e no tempo certo.

Noemi, que antes, por ignorância, tinha procurado impedir o propósito divino, ao desencorajar Rute de vir com ela a Belém da Judéia, agora cooperava plenamente, dando ‘a nora o consentimento para respigar a cevada. Esse pequeno informe revela-nos que uma sogra exercia autoridade sobre uma nora mesmo depois da morte do marido. Ou então Rute estava somente sendo cortês, permitindo que a sua sogra exercesse certo controle sobre a sua vida.
Outra lição que podemos aproveitar deste versículo é que Rute, que antes tinha conhecido certa abastança material, agora, em sua carência, não se envergonhava de trabalhar para poder sobreviver. Ela não se manteve orgulhosa por ter sido antes uma pessoa abastada. Agora desempenhava, graciosamente, o seu novo papel de dama pobre.

Rt 2:3
Ela se foi. Este versículo é encorajador para todos quantos olham para Deus, esperando Dele suprimento e orientação. Rute teve a “boa sorte” de acabar respigando no campo de Boaz. A verdade, porém, é que esse detalhe, embora pequeno mas “necessário”, foi arranjado pela providência de Deus. Nada acontece por mero acaso. Ela poderia ter entrado no campo de outro proprietário, que não fosse parente de Noemi, e que fosse um homem de mão fechada. Mas, embora pudesse, não o fez, porquanto em todo aquele incidente havia o propósito divino. O fato é que ela precisava ir respigar no campo de Boaz, e assim seguir ao longo do fluxo do poder divino. Oh, Senhor, concede-nos tal graça! “Embora para ela possa ter parecido mera acaso, ou aquilo que algumas pessoas chamam de boa sorte, tudo sucedeu em harmonia com o propósito, a providência e a direção de Deus, que ela tenha ido trabalhar após os colhedores naquela parte do campo que pertencia a Boaz, um parente próximo de seu falecido sogro” (John Gill, in loc.).

Shaddai. O Deus Todo-suficiente, que dá generosamente a todos, estava assim começando a fazer reverter as circunstâncias adversas que tinham reduzido Noemi a Rute a quase nada. Ver o vs. 20 quanto a notas sobre esse nome divino.

De conformidade com uma estrita teologia da época, que era deficiente quanto a causas secundárias (ver os versículos 13:20 deste capítulo), “por casualidade” era a mesma coisa que “providencialmente”.

Rt 2:4,Rt 2:5
De quem é esta moça? O
poder divino tinha arranjado o passo seguinte. Como é óbvio, Boaz precisava encontrar-se com Rute. E quando ele veio inspecionar como estava indo a colheita, acabou ficando impressionado pela bela jovem que respigar grãos em sua propriedade. Por certo ela não se parecia com alguma pobre mulher que tinha doze crianças para alimentar, envelhecida prematuramente, já ficando corcunda, com um olhar de desamparo no rosto. De fato, ela parecia estar gostando de estar respigando o grão, mais parecendo com uma dona de casa que de nada precisava e exercia autoridade sobre os colhedores, em lugar de esperar pela misericórdia ajudadora deles. Houve saudações formais entre Boaz e seus trabalhadores (“Yahweh seja convoscoi”). Mas os olhos de Boaz acabaram fixando-se em Rute. Ela era uma jovem de ótima aparência e parecia inteiramente deslocada. O que ela estaria fazendo ali, a respigar? E quem seria ela. Boaz, que quase não podia acreditar no que seus olhos lhe mostravam, imediatamente buscou informações sobre ela. O oitavo versículo mostra que ele fez arranjos imediatos para não perder a jovem. Ele queria continuar de olho nela, vendo o que sucedería em toda aquela questão curiosa.

Rt 2:6,Rt 2:7

Esta é a moça moabita. Assim respondeu o capataz dos colhedores, que vinha vigiando para que fizessem um trabalho a contento. Ele também tinha prestado atenção em Rute. Chegara mesmo a fazer-lhe perguntas e estava bem informado sobre ela; assim foi capaz de dizer a Boaz o que ele queria saber. E Boaz ficou sabendo que ela era uma jovem moabita (isso era ruim!), mas também que era nora de Noemi (isso era bom!). Porém bastou um olhar de Boaz em Rute para ele compreender que, naquela situação, havia mais pontos positivos do que negativos. Como estrangeira, ela não tinha o direito de respigar; mas ela havia pedido ao capataz, sem dúvida apelando para sua relação com Noemi, como reforço.
Alguns estudiosos pensam que o versículo sétimo pertence ao versículo oitavo, fazendo com que as palavras ditas a Boaz tenham sido ditas por Rute. Mas o mais provável é que o sétimo versículo mostra que o capataz continuava falando, agora transmitindo a Boaz o que Rute havia dito a ele, capataz. Podemos imaginar que o capataz tenha perguntado: “Jovem, você não tem o direito de respigar aqui. Uma pessoa estrangeira não tem esse privilégio”. Mas ela deve ter respondido: “Sou nora de Noemi”. E essa informação lhe dera esse direito porque, afinal, o que ela respigasse iria para Noemi.
Na choça. Não na casa onde agora Noemi estava residindo, mas na palhoça que havia no campo. Rute não ia e voltava até a casa de Noemi, mas mantinha-se ocupada no seu mister de respigar, tendo começado cedo e continuando ali até tarde. Ela estava guardando um bom suprimento de grãos, e nisso demonstrava extraordinária diligência. A Septuaginta e a Vulgata adicionam que Rute “não havia tomado nenhum descanso”, mas isso já é um exagero. Ocasionalmente ela ia até a choça, a fim de descansar e refrescar-se, devido ao sol escaldante. Os Targuns dizem que ela começou “antes do amanhecer”, outro toque para enfatizar a diligência de Rute. Seja como for, essa diligência tinha chamado a atenção de todos, impressionando assim tanto o capataz dos colhedores quanto o próprio Boaz.


Champlin - Comentários de Rute Capítulo 2 versículo 4
Conforme Nu 6:24; Sl 129:8.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Rute Capítulo 2 do versículo 1 até o 23
*

2.1-23 O capítulo dois apresenta a última personagem principal, Boaz, e o tema principal: o do parente chegado, ou redentor, que tem certas responsabilidades para com a família e os bens de um parente que morre (2.20, nota). O narrador, sabendo o que está para acontecer, só dá uma leve indicação quando descreve Boaz como “um parente” no v. 1. Somente depois de a bondade natural de Boaz, e o charme natural de Rute, terem exercido o seu efeito, é que Noemi revela a chave à história inteira: Boaz “é nosso parente chegado” (2.20 com referência lateral). Mesmo então, nenhuma reivindicação é feita, não há apelo aos costumes. Os eventos devem esperar o seu devido curso, enquanto Noemi traça planos, Rute serve em silêncio, e Boaz termina a colheita. Deus, no entanto, já tinha provido a solução mediante a lei (Lv 25).

* 2.1 parente. Ou “amigo.” O texto hebraico deixa sem definição a situação técnica de Boaz, mas a história se desdobra como se ele fosse o “parente redentor” descrito em Lv 25:25, cuja responsabilidade se relaciona primariamente, mas não exclusivamente, com os bens de um parente empobrecido (1.11; 2.20 e notas). Posteriormente (p.ex., 2.20; 3.9), Boaz será identificado como um “resgatador”, mas, por enquanto, é apresentado somente para preparar o leitor para as circunstâncias que colocam Rute no seu campo.

senhor de muitos bens. A expressão em hebraico usualmente significa um notável guerreiro, mas aqui significa uma pessoa poderosa e importante na sociedade.

* 2:2

Deixa-me ir ao campo. À primeira vista, a iniciativa de Rute é simplesmente manter ela e Noemi com vida, segundo um costume codificado em Levítico (19.9-10; 23,22) e Deuteronômio (24.19). Sendo pessoas pobres, Rute e Noemi receberiam alguma ajuda, mas muito mais está para vir a elas. Um indício dessa provisão é oferecido no triste pedido de Rute de apanhar espigas “atrás daquele que mo favorecer.”

* 2:3

por casualidade entrou. Parece que chegou por coincidência ao campo do seu parente, porém Deus está dirigindo os eventos.

* 2:4

Eis que. A chegada de Boaz satisfaz as expectativas levantadas nos vs. 1-3.

* 2.6, 7

A resposta do servo estabelece o caráter de Rute. Ela é fiel, tendo vindo ainda jovem a um país estrangeiro por amor à sua parenta. É modesta, pois pediu permissão por algo que podia ter sido considerado seu direito. É trabalhadeira, tendo ficado ocupada desde a manhã.

* 2:7

entre as gavelas. O pedido de Rute parece não ir além daquilo que era seu direito como viúva (Dt 24:19-21). Mas a resposta de Boaz acabará indo muito além da exigência legal (v. 15).

desde pela manhã até agora está aqui. Entende-se usualmente que ela tinha trabalhado durante a manhã inteira, mas é possível que estivesse esperando que seu pedido fosse concedido pelo dono do campo. É mais provável que se refira ao trabalho, posto que interrompeu sua manhã com uma pausa na choça.

* 2.8-12 Os eventos se desdobram rapidamente quando Boaz concede o pedido e oferece a ela proteção e sustento (vs. 8-9). Rute reconhece seu favor a ela, uma “estrangeira” sem merecimentos (v. 10). É somente então (vs. 11-12) é que a narrativa oferece algum indício da operação providencial de Deus. Boaz já ficara sabendo que Rute não é nenhuma estrangeira comum. Ela buscara “refúgio” sob as “asas” do Senhor, e dele receberá sua “recompensa” (v. 12). A lealdade de Rute a Deus, embora ela fosse estrangeira, virá a ser um elemento essencial no grande plano divino da redenção. O plano será levado a efeito através de Davi, o rei segundo a aliança, e de Cristo, o maior filho de Davi. A recompensa da fé que Rute possuia transcende, em muito, a ocasião e circunstâncias locais.

* 2.14-16 A permissão de Boaz é claramente além do usual.

* 2:14

vinho. Era um tipo de vinagre, azedo porém refrescante para beber ou para molhar o pão (conforme Nm 6:3).

* 2:17

debulhou... quase um efa. Debulhar os grãos separava as sementes das cascas e da palha. Um efa pesava cerca de 17,6 kg., uma quantidade considerada grande para alguém apanhar.

* 2:18

o que lhe sobejara depois de fartar-se. O que reservara da sua refeição do meio-dia (v. 14).

* 2.20 que ainda não tem deixado a sua benevolência. O amor de Deus é fiel, e ele não se esquecerá daqueles que ama. As bênçãos que ele prometeu passarão de Boaz para Rute e para Noemi e, finalmente, a todos os eleitos.

nosso parente chegado. Ver referência lateral, e a Introdução: Dificuldades de Interpretação. A lei da redenção agora surge na trama. Segundo essa lei, o parente masculino consangüíneo mais próximo tinha o dever de preservar o nome e os bens da família. Esse dever podia envolver: (a) vingar a morte de um membro da família (Nm 35:19-21); (b) comprar de volta bens da família que tinham sido vendidos para pagar dívidas (Lv 25:25); (c) comprar de volta um parente que tiver se vendido à escravidão a fim de pagar dívidas (Lv 25:47-49); e (d) casar-se com a viúva de um parente falecido (Dt 25:5-10). Segundo parece, esses deveres podiam ser renunciados ou recusados sob determinadas circunstâncias (conforme Rt 3:12; 4.1-8). Boaz era um destes “parentes chegados” (ou “resgatadores”) para Rute, e esse fato passa a determinar o curso dos eventos (ver 1.11; 2.1 e notas). O destino de Rute ocorrerá conforme a lei, diferentemente da ancestral dela, a filha de Ló, que cometeu incesto (Gn 19:30-38).

*

2:23

até que a sega... se acabou. Esse período de dois meses prepara o palco para o incidente na eira (cap. 3).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Rute Capítulo 2 do versículo 1 até o 23
2:2 Quando o trigo e a cevada estavam preparados para a ceifa, contratavam-se colhedores para cortar e atar as espigas em molhos. A Lei israelita estabelecia que não se segasse até o último rincão dos campos. Além disso, qualquer espiga que caísse devia deixar-se para que a gente pobre o recolhesse (a isto lhe chamava espigar) e usasse para comer (Lv 19:9; Lv 23:22; Dt 24:19). O propósito desta lei era alimentar aos pobres e impedir que os donos o monopolizassem. Esta lei servia como uma espécie de programa de bem-estar social no Israel. devido a que era uma viúva sem médios para manter-se sozinha, Rut foi aos campos a espigar.

2.2, 3 Rut fez sua uma terra estranha. Em lugar de depender do Noemí ou esperar a que chegasse a boa fortuna, tomou a iniciativa. foi trabalhar. Não teve medo de admitir sua necessidade nem de trabalhar duro para satisfazê-la. Quando Rut saiu aos campos, Deus proveu para ela. Se você estiver à espera da provisão divina, considere isto: Possivelmente O esteja esperando que dê o primeiro passo para demonstrar quão importante é sua necessidade.

2:7 A tarefa, embora humilde, exaustiva e possivelmente vil, Rut a levou a cabo com fidelidade. Qual é sua atitude quando a tarefa que se o encomenda não está à altura de seu verdadeiro potencial? A tarefa que tem à mão talvez seja tudo o que pode fazer, ou talvez seja o trabalho que Deus quer que faça. Ou, como no caso do Rut, pode ser uma prova de seu caráter que abra novas portas de oportunidade.

2.10-12 A vida do Rut mostrou qualidades admiráveis: trabalhava duro, era amorosa, bondosa, fiel e valente. Estas qualidades lhe permitiram ganhar uma boa reputação, mas solo porque as ostentou constantemente em todos os aspectos de sua vida. A em qualquer lugar que ia ou algo que fazia, o caráter do Rut era o mesmo.

Sua reputação se forma pela gente que o observa em seu trabalho, em sua cidade, em sua casa, em sua igreja. Uma boa reputação surge ao viver sempre com as qualidades nas que crie, sem importar que tipo de gente ou ambiente o rodeie.

2.15, 16 Os personagens do livro do Rut são exemplos clássicos de gente boa em ação. Booz foi mais à frente do propósito da lei da ceifa ao demonstrar sua bondade e generosidade. Não só permitiu que Rut espigasse em seu campo, mas sim além disso disse a seus trabalhadores que deixassem cair a propósito um pouco de espigas no caminho. De sua abundância, ajudou ao necessitado. Com quanta freqüência vai você além dos patrões aceitos para ajudar aos necessitados?

2:19, 20 Noemí se sentiu amargurada (1.20, 21), mas sua fé em Deus ainda seguia viva e o elogiou pela amabilidade do Booz para o Rut. Em suas angústias, seguia confiando em Deus e reconhecendo sua bondade. Podemos nos sentir amargurados por alguma situação, mas nunca devemos nos desesperar. Hoje é sempre uma nova oportunidade para experimentar o cuidado de Deus. (se desejar mais informação sobre o parente redentor, veja-a nota a 3:1-9.)

2:20 Embora possivelmente Rut não reconheceu sempre a direção de Deus, O estava a seu lado em cada passado do caminho. foi espigar e "precisamente ocorreu" que chegou ao campo do Booz que "precisamente resultou" ser um parente próximo. Isto foi algo mais que uma simples coincidência. Enquanto realiza suas tarefas diárias, Deus obra em sua vida em formas que nem sequer você nota. Não devemos fechar a porta ao que Deus pode fazer. Para o crente, as coisas não ocorrem por sorte nem coincidência. Temos fé em que Deus dirige nossas vidas para seu propósito.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Rute Capítulo 2 do versículo 1 até o 23

III. RUTE DE campo de Boaz (Rt 2:1)

1 E tinha Noemi um parente de seu marido, um homem poderoso e rico, da família de Elimeleque; e seu nome era Boaz. 2 Rute, a moabita, disse a Noemi: Deixa-me ir ao campo a apanhar entre as espigas atrás daquele em cujos olhos eu achar graça. E ela disse-lhe: Vai, minha filha. 3 E ela foi, e veio, e recolhidos no campo após os segadores: e seu hap era acender na parte do campo de Boaz, que era da família de Elimeleque .4 E eis que Boaz veio de Belém, e disse aos segadores: O Senhor esteja convosco. Responderam-lhe eles: O Senhor te abençoe. 5 Então disse Boaz ao moço que estava posto sobre os segadores: De quem é esta moça? 6 E o moço que estava posto sobre os segadores respondeu e disse: É a moça moabita que voltou com Naomi para fora do país de Moab: 7 e ela disse: Deixa-me recolher, peço-vos, e reunir após os segadores entre os molhos. Então ela veio, e tem continuado até mesmo desde a manhã até agora, a ressalva de que ela demorou um pouco em casa.

Rute voluntariamente saiu para procurar trabalho. Sendo um estranho, ela mal sabia por onde começar sua busca. E seu hap era acender na parte do campo de Boaz, que era da família de Elimeleque (v.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Rute Capítulo 2 do versículo 1 até o 23
  1. O serviço de Rute (2)

A colheita da cevada era em abril, e Rute entra na colheita como uma apanhadora pobre; veja Deutero- nômio 24:19-22 e Levítico 19:9ss. Observe a dedicação e a determina-ção dela: "Deixa-me ir ao campo" (v. 2); "Deixa-me rebuscar espigas e ajuntá-las" (v. 7); "Tu me favoreces" (v. 13). Deus orienta-a na escolha do campo a fim de que ela fique face a face com o homem que o Senhor escolheu para resgatá-la e casar-se com ela! "Estando no caminho, o Senhor me guiou" (Gn 24:27). Deus não abençoa nem orienta pessoas preguiçosas. Os que fazem a tare-fa que têm à mão encontram sua orientação. Boaz protege Rute e provê para ela muito antes de casar- se com essa moabita, um retrato perfeito de nosso Senhor. Tudo isso vem da graça de Deus (v. 2): favo- recimento (v. 13) e benevolência (v.

  1. . É bom ver Noemi perder sua amargura. Deus estava usando a gentia Rute para restituir Noemi a sua bênção de novo, da mesma for-ma que ele está salvando os gentios hoje e, um dia, restituirá Israel a seu lugar de bênção.

Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Rute Capítulo 2 do versículo 1 até o 23
2.1 Senhor de muitos bens. A mesma frase é, muitas vezes, no original, traduzida por "Homem valente" (e.g., Jz 11:1).

2.2 Apanharei espigas. Pouquíssimas oportunidades de ganhar a vida se ofereciam às viúvas pobres no antigo Oriente. Em Lv 19:9; 23:22; Dt 24:19, Deus mandou que a provisão fosse feita por elas mesmas apanhando espigas.

2.4 O Senhor seja convosco! Provavelmente, esta frase e a reposta de Rute eram saudações, mas não se encontram em outro lugar da Bíblia.

2.5 De quem é esta moça? No oriente, a moça pertencia ao pai, ao marido, ao irmão ou a um mestre se fosse escrava.

2.11 Deixaste... Lembra ao patriarca Abraão que, igualmente, abandonara a sua terra e sua família para se estabelecer em terra alheia.

2.14 Achega-te. O sentido da palavra hebraica é incerto. A Septuaginta traduz por "amontoar", significado aceito por vários comentaristas.

2.15 Gavelas. Provavelmente seriam os molhos, ainda não amarrados.

2.17 Efa. Comportava c. 16 litros, ótimo resultado do trabalho de apenas um dia no rebuscar espigas. • N. Hom. Justiça Social - a Atitude Bíblica:
1) É responsabilidade individual e não somente de governos (conforme Jc 1:27);
2) Sua fonte é o amor de Deus, sendo que o cuidado ao desamparado é reconhecido como uma recompensa vinda do Senhor (12), e não obra meritória do homem;
3) Deve atingir o homem como uma totalidade, não se limitando às necessidades do corpo, mas cuida antes de ampliar suas relações com Deus (12b; conforme Mt 4:4; Sl 91:1).

2.19 Aquele que te acolheu. Noemi achou que era impossível apanhar um efa de cevada sem manifestação generosa do proprietário do campo, onde Rute rebuscara as espigas.

2.20 Bendito seja ele do Senhor, refere-se claramente a Boaz. A frase seguinte também pode reportar-se a Boaz; o mais provável, no entanto, é que fale do Senhor, que age por seu intermédio. Um dentre os nossos resgatadores. Lit. "Ele é um de nossos goelim" (cf. Nu 35:19). A responsabilidade do goel ("parente resgatador") era:
1) Evitar a alienação das terras que faziam parte da herança familiar (Lv 25:23-25), por meio do resgate;
2) Suscitar filhos para dar continuação ao nome de um parente que viesse a morrer sem deixar filhos, casando-se com a viúva. Era necessário obedecer à ordem do parentesco: irmão, tio, primo, etc. (Lv 25:48s).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Rute Capítulo 2 do versículo 1 até o 23
II. RUTE ENCONTRA BOAZ (2:1-23)

1) Rute faz a respiga nos campos de Boaz (2:1-7)
v. 1. Boaz, apresentado como um parente de Elimeleque, é descrito como um homem rico e influente, hebraico ’ish gibbôr hayil, geralmente traduzido por “homem de valor” (conforme 3.11, “mulher virtuosa” com referência a Rute). Os dois fatos são significativos, porque Boaz, que significa “força” (v. lRs 7.21), era legal e financeiramente apto para assumir a responsabilidade de gõ’êl, “parente próximo” (v. 3.2). v. 2. Rute, consciente dos direitos legais dos pobres de colher os cereais que eram deixados pelos ceifeiros, se dispôs a recolher espigas que eram deixadas. Os ceifeiros eram proibidos de colher os cereais totalmente até a divisa das suas terras, nem podiam passar segunda vez pelos campos (Lv 19:9; 23:22; Dt 24:19). v. 3. Casualmente Rute veio a um campo que pertencia a Boaz. Pelo que sabemos, foi por acaso, mas Deus é soberano: um fato que não é declarado mas sugerido em todo lugar. v. 4. Pode-se ver algo do caráter de Boaz na forma em que ele saúda os seus empregados, v. 5. Boaz pergunta ao capataz: A quem pertence aquela moça? (Não “quem é?”). v. 6. O capataz disse: E uma moa-bita que voltou de Moabe com Noemi. v. 7. Ele continuou dizendo que ela havia pedido permissão para respigar e que havia trabalhado o dia inteiro, tendo tirado só um breve período para descanso. O hebraico dessa frase é incerto; lit. “esse seu sentar na casa por um pouco”.


2) Boaz oferece proteção e demonstra bondade (2:8-16)
v. 8,9. Ao saber da lealdade de Rute para com Noemi e o Senhor e consciente da possibilidade de ela ser molestada ou expulsa do campo, Boaz demonstra preocupação por ela e a aconselha a recolher junto com as suas moças e beber da água — provavelmente, embora Joüon ache que seja vinho — tirada pelos seus homens, e lhe informa que instruiu os seus homens para que não lhe façam mal. v. 10. Rute inclinou-se até o chão, um ato que simbolizava humilde gratidão. A sua pergunta contém palavras cognatas em hebraico, talvez um jogo de palavras, que se perde com a tradução: “Por que o senhor notou a minha presença se não sou digna de ser notadaV'. v. 11. Boaz respondeu que sabia da sua atitude para com Noemi e sua religião, pois deixara a sua parentela e se confiara a um povo desconhecido. O uso do infinitivo absoluto justifica o uso de tudo. v. 12. Boaz dá uma bênção, sendo significativo o fato de que ele usa o nome Senhor (heb. Yahweh), o Deus que é leal à aliança, asas: uma imagem comum para se referir à presença protetora de Deus (conforme Sl 91:4; Sl 17:8; Sl 36:7). v. 13. A resposta de Rute é o equivalente a “Obrigado, senhor”. Ao usar uma expressão idiomática hebraica, “falar ao coração”, que é traduzida por encorajou a sua serva, ela se chama de siphâh, serva, mais humilde do que ’ãmâh (conforme 3.9). v. 14. Boaz convida Rute a se juntar ao seu grupo na hora da refeição e demonstra favor especial por ela ao lhe oferecer grãos tostados. v. 15,16. Boaz instrui os seus ceifeiros a permitir que ela recolha entre os feixes, em vez de ir atrás dos ceifeiros, e que até deixem cair algumas espigas para ela.


3) Rute volta para Noemi (2:17-23)

v:17-19. Rute trabalhou até o entardecer, depois debulhou as espigas de cevada e descobriu que havia recolhido uma arroba, equivalente a mais ou menos 22 litros. Isso, mais o que havia sobrado da refeição ao meio-dia, ela levou para Noemi, que lhe perguntou onde ela havia respigado. Ao perceber pelo volume que alguém havia sido especialmente útil, Noemi acrescentou: Bendito seja aquele que se importou com você. Rute contou-lhe que tinha sido Boaz. v. 20. Noemi então pede a bênção do Senhor sobre Boaz e fala que o Senhor não deixou de ser leal e bondoso com os vivos (Noemi) e com os mortos (Elimeleque, Malom e Quiliom); com isso, ela quis dizer que o Senhor havia cumprido a sua promessa da aliança que era seu hesed (“amor leal”). Noemi contou que Boaz era o seu parente próximo, v. 21,22. Rute lhe contou acerca da orientação de Boaz de ficar com os ceifeiros dele até que terminassem a colheita, e Noemi concordou em que assim fizesse, pois Noutra lavoura poderiam molestá-la. (O verbo pãga‘ não significa necessariamente “molestar”; BJ: “não te maltratarão”.) v. 23. Rute fez assim durante as colheitas de cevada e de trigo, i.e., abril e maio. (Conforme NBD, “Agricultura” e “Calendário”).


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Rute Capítulo 2 do versículo 1 até o 23
IV. UM BOM AMIGO. Rt 2:1-8). Que era da geração (3). O vocábulo original mishpachah para indicar "parente" é bem diverso do que encontramos em Rt 2:1 e Rt 3:2, e sem paralelo no livro, quando se pretende indicar um familiar, sujeito à lei de Moisés. O Senhor seja convosco... o Senhor te abençoe (4). Saudação e resposta habituais nesse tempo. Cfr. Sl 129:8. De quem é esta moça? (5). É possível que algo de estrangeiro no aspecto ou no vestuário de Rute atraísse a atenção de Boaz. Assim ela veio... até agora (7). Depois de trabalho extenuante durante todo o dia, só agora lhe era dado repousar um pouco. Filha minha (8). Este vocativo carinhoso dá a entender que Boaz já não era um jovem, como poderia supor-se. Não lhe era difícil conversar com uma moabita, dada a pequena diferença entre as duas línguas, como o provam inscrições na Pedra de Mesa (890 A.C.). Cfr. 2Rs 3:5 e segs. Aqui te ajuntarás (8). O verbo é o mesmo que aparece em Rt 1:14 com o sentido de "apegar-se". As minhas moças (8), isto é, as mulheres que atam os feixes. Boaz preparou-se, evidentemente, antes de falar com Rute, pois, por direito, só os trabalhadores podiam ter o privilégio que Boaz oferecia.

Dicionário

Abençoar

verbo transitivo direto Transmitir uma bênção, lançá-la sobre algo ou alguém: o padre abençoou seus fiéis.
Almejar o bem: a mãe é capaz de amar e abençoar seus filhos.
Glorificar algo ou alguém: abençoou o herói por sua coragem.
Dar proteção, converter em algo benéfico, providenciar auxílio: os bons abençoam os que buscam a paz.
verbo pronominal Fazer em si próprio o sinal da cruz: abençoou-se.
Etimologia (origem da palavra abençoar). A + bênção - sob a forma sem nasalização - benço + ar.

bendizer, benzer, louvar; bendito, abençoado, bento, benção, benzimento. – Do verbo latino benedicere formaram-se – diz Roq. – três verbos portugueses (bendizer, benzer, abençoar) que, posto que concordem na ideia principal, têm entre si alguma diferença. O primeiro, bendizer, significa propriamente “dizer bem, louvar, exalçar”. O segundo, abençoar (ou abendiçoar), significa “deitar a benção, ou benções”. O terceiro, benzer, significa “lançar benções acompanhando-as de preces e ritos apropriados à coisa que se benze. Bendizer e abençoar confundem-se muitas vezes na significação extensiva de “desejar, pedir bens e prosperidades para alguém”. Benzer não é hoje usado senão para indicar as benções eclesiásticas ou supersticiosas. “O justo bendiz (ou louva) ao Senhor tanto na prosperidade como na desgraça”. “Os pais abençoam os filhos para que sejam felizes”. “Os sacerdotes benzem tudo que é consagrado ao culto divino”; e também “abençoam a assistência ao fim da missa”. O que se diz de bendizer aplica-se a louvar; com esta diferença: louvar se diz em relação a Deus, a santos e a homens; bendizer pode referir-se também a coisas. Bendizemos a hora, o instante em que nos vem alguma felicidade; e não – louvamos; porque louvar é mais “fazer elogios” do que “dizer bem e dar graças”. Esta diferença – diz Roq. – (entre bendizer, benzer e abençoar) torna-se mais sensível nos particípios destes verbos. – Bendito ou abençoado se diz para designar a proteção particular de Deus sobre uma pessoa, uma família, uma nação, etc. Nossa Senhora é bendita entre todas as mulheres. Todas as nações foram abençoadas em Jesus Cristo. – Bento designa a benção da Igreja, dada pelo sacerdote com as cerimônias do costume. Pão bento, água benta, etc. – Vê-se, pois, que bendito, e às vezes abençoado, se pode dizer no sentido moral e de louvores, e bento no sentido legal e de consagração. “As bandeiras militares, bentas com grande pompa na 1greja, nem sempre são abençoadas do Céu nos campos de batalha”. – Também se sente a distinção nos derivados benção e benzimento (ou benzedura). Benção é tanto o ato de abençoar como de benzer. Dizemos – a benção do pão, como dizemos – a benção dos pais. Benzimento é também ato de benzer, não já de abençoar; e mesmo como significando “ato de benzer, já não 28 Rocha Pombo se pode mais aplicar a cerimônias de culto, nem mesmo nos casos em que se aplica o verbo benzer. O sacerdote benze o fogo, a água, o óleo; mas a benzimento do fogo preferimos dizer – a benção do fogo. Benzimento ou benzedura ficou tendo aplicação quase exclusiva a “coisas de cabala, a gestos ou figurações de supersticiosos”.

Abençoar V. BÊNÇÃO.

Quando Moisés abençoou os filhos de israel (Dt 33), ele profetizou uma contínua progressão de prosperidades para eles, no auxilio de Deus. Era essa uma forma patriarcal de bênção e ao mesmo tempo uma cerimônia religiosa, em conformidade com a maneira de abençoar do Pai celestial, que está sempre, na realidade, a derramar benefícios sobre as Suas criaturas. Quando se diz no Sl 103 que os homens bendizem ao Senhor, isto significa pertencer ao Criador o louvor e a honra que são igualmente o dever e a alegria das Suas criaturas prestar-lhe. Mas quando é Deus que abençoa o Seu povo, como acontece em Gn 1:22 e em Ef 1:3, isto quer dizer que Ele distribui sobre os Seus filhos toda espécie de benefícios, temporais e espirituais, e desta forma comunica-lhes alguma parte daquela infinita bem-aventurança que Nele existe (1 Tm 1.11). A bênção era costume que muitas vezes se observava entre os hebreus, e é freqüentemente mencionada nas Sagradas Escrituras. Assim, Jacó abençoou os seus filhos (Gn 49), e Moisés os filhos de israel (Dt 33). Abraão foi abençoado por Melquisedeque. Tão importante lugar ocupava o ato da bênção na religião e vida dos judeus, que o próprio método da sua concessão fazia parte do ritual israelita (Nm 6:23). A bênção era dada em pé, com as mãos levantadas ao céu. (*veja Bênção.)

Belém

-

Casa do pão, ou lugar de comidal. Belém, que primitivamente se chamou Efrata, era uma das mais antigas cidades da Palestina (Gn 35:19). o seu nome atual é Beit-Lahm. Situada à distância de 10 quilômetros ao sul de Jerusalém, a cidade está em magnífica posição, pois que se acha numa eminência de 600 metros acima do nível do mar, cercando-a montes e fertilíssimos vales, perto da principal estrada que vai da cidade Santa a Hebrom (Rt 2 – Sl 65:12-13). Não tem água, a não ser a que guardam em cisternas, proveniente das chuvas, e a que vem das Fontes de Salomão por meio de um aqueduto. Nenhuma localidade da Palestina tem recordações mais interessantes. Todavia, não se compreende que esta povoação, terra natal de Davi e do ‘Filho de Davi’, sendo também teatro de numerosos e importantes acontecimentos, tenha permanecido na obscuridade durante a sua longa existência. o seu nome mais antigo de Efrata ocorre na história de Jacó. Raquel foi sepultada perto deste lugar. Salma, um neto de Calebe, é chamado o ‘pai dos belemitas’ em 1 Cr 2.51,54. Mais tarde esteve em estreita relação com o país de Moabe, continuando essa amizade até ao tempo de Saul (1 Sm 22.3,4). A vida de Rute familiariza-nos com o seu povo e a sua maneira de viver. Embora Davi tivesse nascido em Belém, a cidade não ganhou coisa alguma nesta conexão com o grande rei, que não edificou ali nenhum monumento, nem a pôs em estado superior às outras cidades do reino. Todavia, quando oprimido terrivelmente por adversários, o seu maior desejo foi beber um pouco de água do velho poço (2 Sm 23.15). Este lugar foi mais de uma vez fortificado. os filisteus tiveram lá uma guarnição (2 Sm 23.14), e mais tarde é Roboão considerado como tendo edificado Belém (2 Cr 11.6): isto quer dizer que Belém foi uma das cidades que ele fortificou para defender a sua posição em Jerusalém. Pelo livro de Ed 2:21 sabemos que cento e vinte e três homens de Belém voltaram do cativeiro com Zorobabel (Ne 7:26). Não diferia esta estalagem materialmente das outras da Palestina, mas tornou-se notável por ser o ponto de partida de quem fazia a grande e penosa viagem para o Egito (Jr 41:17). Foi nesta estalagem, já fora das portas da obscura terra de Belém, que ocorreu o mais memorável acontecimento da história do mundo, em conformidade com a profecia de Miquéias 5:2. Nasceu o Salvador do mundo, não numa cidade, nem mesmo na hospedaria, mas no estábulo da estalagem. Foi daqui, também, que começou a fuga para o Egito, a fim de ser salva a vida do menino Jesus (Mt 2:1-15Lc 2:4-15Jo 7:42). A subsequente história de Belém, com uma ou duas exceções, é tão obscura como a passada. o imperador de Roma, Adriano, plantou um bosque idolátrico no sítio da natividade – mais tarde a imperatriz Helena edificou uma igreja no mesmo lugar, templo que ainda hoje ali está. Este templo acha-se circundado por três conventos, pertencentes às igrejas grega, romana e armênia. No século Si foi Belém conquistada aos turcos pelos cruzados, sendo estabelecida uma sede episcopal. 2. Cidade de Zebulom, mencionada somente em Js 19:15. Está à distância de nove quilômetros ao ocidente de Nazaré e chama-se Bet-Lahm, como a sua famosa homônima.

Belém [Casa de Pão]


1) Cidade de Judá, também chamada de Efrata, situada cerca de oito km a sudoeste de Jerusalém. Davi e Jesus nasceram ali (1Sm 17:12; Lc 2:4-7).


2) Cidade do território de Zebulom, a noroeste de Nazaré (Js 19:15).


Belém Literalmente, casa do pão. Segundo alguns autores, significaria “casa da deusa Lahama”. A Bíblia refere-se a duas cidades com esse nome: uma, situada a uns 15 km a oeste de Nazaré, a que se costuma denominar Belém de Zabulon (Js 19:15); a outra, a mais conhecida, situada em Judá. Esta se encontra a uns 7 km ao sul de Jerusalém e recebe também o nome de Éfrata. Era o povoado onde nasceu o rei Davi (1Sm 16:17-12) e se esperava que dela nasceria o messias (Mq 5:11ss.).

Os evangelhos situam o nascimento de Jesus nessa cidade, relacionando tal circunstância com sua messianidade (Mt 2:1; Lc 2:4). Desde o século XIX, tem-se questionado a veracidade dessa notícia histórica; o certo é que não existem motivos de peso para negá-la e tampouco existem dados nas fontes de que dispomos que defendam, de maneira segura, um outro local para o nascimento de Jesus.

f. Díez, Guía de Tierra Santa, Estella 21993; E. Hoade, Guide to the Holy Land, Jerusalém 1984.


Boaz

(Heb. “a força está nele”). 1. Nome encontrado no livro de Rute e nas genealogias em I Crônicas, Mateus e Lucas. Boaz foi um proprietário de terras temente a Deus, que viveu em Belém de Judá no período dos Juízes (Rt 1:1). Casou-se com Rute e tornou-se ancestral do rei Davi e de Jesus Cristo.

O primeiro capítulo de Rute termina com Noemi e sua nora moabita, que chegaram a Belém, viúvas e sem nenhum recurso financeiro. Boaz é apresentado em Rute 2:1 como “homem poderoso e rico”, parente do marido falecido de Noemi. Ele era o dono das terras nas quais Rute foi “respigar” (no hebraico, era uma maneira zombeteira de expressar dependência da providência divina), quando buscava um campo onde recolher algumas espigas (Rt 2:3). Sua entrada no campo deu a Boaz a oportunidade inicial de tornar-se seu benfeitor e abriu o caminho para que se casasse com ela no sistema de levirato (Rt 3:4).

O cenário é estabelecido para o evento na narrativa do livro pela descrição dos laços familiares entre Boaz e Noemi e o caráter exemplar dele. Na Lei de Moisés, os membros da mesma família tinham várias responsabilidades uns com os outros, inclusive apoio financeiro, em alguns casos. A redenção da terra e as variações nos relacionamentos familiares preparam o leitor para a mudança de perspectiva nos versículos finais do livro. Ali, a atenção é tirada de Rute e Boaz e colocada no propósito mais amplo de Deus na história (Rt 4:17-22).

A expressão traduzida como “homem poderoso” em Rute 2:1 é multiforme, tanto em significado como em propósito no livro de Rute. Embora tenha relação com a proeminência de Boaz em Belém (veja também Rt 4:1-2), provavelmente se refere à sua excelência moral e espiritual e talvez até mesmo à sua coragem reconhecida e honra. Em Provérbios 31:10 o equivalente a essa frase é usado para falar da excelência da esposa perfeita. Um termo similar também foi usado com referência aos “valentes de Davi”, conhecidos como guerreiros valorosos (2Sm 23:8-39).

Na narrativa do livro de Rute, a expressão também faz um paralelo bem próximo com a descrição da própria Rute, como “uma mulher virtuosa” (3:11). As diferentes traduções dos termos obscurecem um pouco a ideia, mas as palavras no original hebraico indicam que Boaz (2:
1) e Rute (3:
11) formavam um par perfeito, tanto do ponto de vista moral como espiritual.

Essa observação é fortalecida pela interação de Boaz e Rute, nos capítulos 2:3. Em ambas as cenas ela toma a iniciativa, mas faz as coisas de tal maneira que impressiona Boaz com seu caráter (Rt 2:11-12; Rt 3:10-11). Da mesma maneira, em ambas as cenas ele responde com graça e generosidade muito além da letra da Lei. Em Rute 4:1-12 foi necessário que Boaz demonstrasse toda sua sabedoria e seu discernimento, para aproveitar a oportunidade de consumar o desejado casamento de levirato com Rute. Ele o fez, quando levou o parente anônimo a renunciar ao direito de ser o remidor de Noemi e Rute (Rt 4:3-10). O casamento de Boaz e Rute, bem como o nascimento do filho deles, Obede, foi motivo de muita alegria em toda a cidade de Belém (Rt 4:11-17). O nascimento de Obede é também um elo crucial na qualificação de Davi como rei de Israel e de Jesus como o Messias. Devido ao seu papel central nessa linhagem e provavelmente também por causa de seu caráter exemplar, Boaz é honrado com a sétima posição na genealogia real de Davi, em Rute 4:18-22. Boaz é citado na seqüência da árvore genealógica da família de Davi em I Crônicas 2:11-12 e na genealogia messiânica em Lucas 3:32. A versão da linhagem de Cristo em Mateus 1:5 inclui não somente o nome de Rute e do que é colocado na posição de pai de Boaz, Salmom, como também de sua mãe, Raabe. Embora haja probabilidade de que uma ou mais gerações faltem na árvore genealógica nesse ponto, para que a genealogia tenha um formato simétrico (Mt 1:17), é possível que a mãe de Boaz seja Raabe, a prostituta de Jericó (Js 2); isso pode significar que ele teria tanto uma mãe como uma esposa gentia.

2. O nome da coluna do lado esquerdo, construída no Templo de Salomão por Hirão (1Rs 7:21-2Cr 3:17). A da direita chamava-se Jaquim. A razão exata por que elas receberam esses nomes não é clara, embora possa ter algo a ver com o próprio significado dos nomes: Jaquim significa “Deus estabelecerá”; Boaz, “a força está nele”. A.B.L.


Boaz [Força;Firmeza]

Lavrador natural de Belém, descendente de Judá. Foi um dos antepassados de reis israelitas (Mt 1:5) e, finalmente, de Jesus Cristo. Casou-se com Rute, a moabita (Rt 4:1-13).


Força, firmeza. l. Um lavrador natural de Belém e descendente de Jacó. Foi um dos antepassados dos reis judaicos (Mt 1:5), e finalmente de Jesus Cristo. Era homem abastado, possuindo caráter reto, como se vê no justo tratamento para com a sua jovem parenta Rute, a moabita, cuja causa ele sustentou, e com quem casou. 2. Uma das colunas de bronze, levantadas no pórtico do templo de Salomão, e que tinha 18 côvados de altura (1 Rs 7.15 a
21) – era oca, e terminava num capitel ornamental com a altura de cinco côvados (2 Cr 3.17). As diferentes medidas, nas diversas narrativas, são devidas à inclusão ou exclusão do capitel.

boaz | s. m.

bo·az
(francês hautbois, de haut, alto + bois, madeira)
nome masculino

[Música] O mesmo que oboé.


Dissê

1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

di·zer |ê| |ê| -
(latim dico, -ere)
verbo transitivo

1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

2. Referir, contar.

3. Depor.

4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

verbo intransitivo

8. Condizer, corresponder.

9. Explicar-se; falar.

10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

verbo pronominal

11. Intitular-se; afirmar ser.

12. Chamar-se.

13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

nome masculino

14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

15. Estilo.

16. Maneira de se exprimir.

17. Rifão.

18. Alegação, razão.


quer dizer
Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

tenho dito
Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


Eis

advérbio Aqui está; veja, perceba, olhe: eis o prêmio que tanto esperava.
Eis que/quando. De maneira inesperada; subitamente: eis que, inesperadamente, o cantor chegou.
Etimologia (origem da palavra eis). De origem questionável.

Seja

seja conj. Usa-se repetidamente, como alternativa, e equivale a ou: Seja um seja outro. Interj. Denota consentimento e significa de acordo!, faça-se!, vá!

Senhor

substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


Veio

substantivo masculino Ducto, canal, fresta ou ramificação das mais variadas cores, formas ou tamanhos que são encontradas em pedras, madeiras ou em mármore.
Por Extensão Sinal que se assemelha a uma estria, riscas irregulares; estria.
Corrente de água que provém de rios; riacho.
Mineralogia Camada que pode ser explorada; filão: veio de ouro.
Figurado O que pode ser utilizado como fundamento para; o ponto central de; essência: o veio de uma teoria.
Canal natural de água que se localiza abaixo da terra.
Peça que move uma roda, eixo de ativação manual; manivela.
Etimologia (origem da palavra veio). Veia + o.

Veio
1) Parte da mina onde se encontra o mineral; filão (28:1, RC).


2) Riacho (28:11, RA).


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Rute 2: 4 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

E eis que Boaz veio de Belém, e disse aos ceifeiros: O SENHOR seja convosco. E responderam-lhe eles: O SENHOR te abençoe.
Rute 2: 4 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

1140 a.C.
H1035
Bêyth Lechem
בֵּית לֶחֶם
Belém
(Bethlehem)
Substantivo
H1162
Bôʻaz
בֹּעַז
antepassado de Davi, parente resgatador de Rute, nora de Noemi
(Boaz)
Substantivo
H1288
bârak
בָרַךְ
abençoar, ajoelhar
(and blessed)
Verbo
H2009
hinnêh
הִנֵּה
Contemplar
(Behold)
Partícula
H3068
Yᵉhôvâh
יְהֹוָה
o Senhor
(the LORD)
Substantivo
H559
ʼâmar
אָמַר
E disse
(And said)
Verbo
H5973
ʻim
עִם
com
(with her)
Prepostos
H7114
qâtsar
קָצַר
ser curto, ser impaciente, estar aborrecido, estar desgostoso
(when you reap)
Verbo
H935
bôwʼ
בֹּוא
ir para dentro, entrar, chegar, ir, vir para dentro
(and brought [them])
Verbo


בֵּית לֶחֶם


(H1035)
Bêyth Lechem (bayth leh'-khem)

01035 בית לחם Beyth Lechem

procedente de 1004 e 3899, grego 965 βηθλεεμ; DITAT - 241b; n pr loc

Belém = “casa do pão (alimento)”

  1. uma cidade em Judá, cidade natal de Davi
  2. um lugar em Zebulom

בֹּעַז


(H1162)
Bôʻaz (bo'-az)

01162 בעז Bo az̀

procedente de uma raiz não utilizada de significado incerto, grego 1003 βοος; n pr m Boaz = “rapidez”

  1. antepassado de Davi, parente resgatador de Rute, nora de Noemi
  2. nome da coluna esquerda das duas colunas de 18 côvados de altura erguidas no pórtico do templo de Salomão

בָרַךְ


(H1288)
bârak (baw-rak')

01288 ברך barak

uma raiz primitiva; DITAT - 285; v

  1. abençoar, ajoelhar
    1. (Qal)
      1. ajoelhar
      2. abençoar
    2. (Nifal) ser abençoado, abençoar-se
    3. (Piel) abençoar
    4. (Pual) ser abençoado, ser adorado
    5. (Hifil) fazer ajoelhar
    6. (Hitpael) abençoar-se
  2. (DITAT) louvar, saudar, amaldiçoar

הִנֵּה


(H2009)
hinnêh (hin-nay')

02009 הנה hinneh

forma alongada para 2005; DITAT - 510a; part demons

  1. veja, eis que, olha, se

יְהֹוָה


(H3068)
Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

03068 יהוה Y ehovaĥ

procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

  1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
    1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

אָמַר


(H559)
ʼâmar (aw-mar')

0559 אמר ’amar

uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

  1. dizer, falar, proferir
    1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
    2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
    3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
    4. (Hifil) declarar, afirmar

עִם


(H5973)
ʻim (eem)

05973 עם ̀im

procedente de 6004; DITAT - 1640b; prep

  1. com
    1. com
    2. contra
    3. em direção a
    4. enquanto
    5. além de, exceto
    6. apesar de

קָצַר


(H7114)
qâtsar (kaw-tsar')

07114 קצר qatsar

uma raiz primitiva; DITAT - 2061,2062; v.

  1. ser curto, ser impaciente, estar aborrecido, estar desgostoso
    1. (Qal) ser curto
    2. (Piel) encurtar
    3. (Hifil) encurtar
  2. colher, ceifar
    1. (Qal) colher, ceifar
    2. (Hifil) colher, ceifar

בֹּוא


(H935)
bôwʼ (bo)

0935 בוא bow’

uma raiz primitiva; DITAT - 212; v

  1. ir para dentro, entrar, chegar, ir, vir para dentro
    1. (Qal)
      1. entrar, vir para dentro
      2. vir
        1. vir com
        2. vir sobre, cair sobre, atacar (inimigo)
        3. suceder
      3. alcançar
      4. ser enumerado
      5. ir
    2. (Hifil)
      1. guiar
      2. carregar
      3. trazer, fazer vir, juntar, causar vir, aproximar, trazer contra, trazer sobre
      4. fazer suceder
    3. (Hofal)
      1. ser trazido, trazido para dentro
      2. ser introduzido, ser colocado