Enciclopédia de Rute 4:13-13

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

rt 4: 13

Versão Versículo
ARA Assim, tomou Boaz a Rute, e ela passou a ser sua mulher; coabitou com ela, e o Senhor lhe concedeu que concebesse, e teve um filho.
ARC Assim tomou Boaz a Rute, e ela lhe foi por mulher; e ele entrou a ela, e o Senhor lhe deu conceição, e teve um filho.
TB Recebeu Boaz a Rute, e ela veio a ser sua mulher. Ele a conheceu, e Jeová concedeu-lhe a ela graça de conceber, e dar à luz um filho.
HSB וַיִּקַּ֨ח בֹּ֤עַז אֶת־ רוּת֙ וַתְּהִי־ ל֣וֹ לְאִשָּׁ֔ה וַיָּבֹ֖א אֵלֶ֑יהָ וַיִּתֵּ֨ן יְהוָ֥ה לָ֛הּ הֵרָי֖וֹן וַתֵּ֥לֶד בֵּֽן׃
BKJ Assim, Boaz tomou Rute, e ela tornou-se sua esposa; e quando ele a possuiu, o SENHOR lhe deu concepção, e ela deu à luz um filho.
LTT Assim tomou Boaz a Rute, e ela lhe foi por esposa; e ele entrou a ela, e o SENHOR concedeu concepção a ela, e ela deu à luz um filho.
BJ2 Assim Booz desposou Rute, que se tornou sua esposa. Uniu-se a ela, e Iahweh deu a Rute a graça de conceber e ela deu à luz um filho.
VULG Tulit itaque Booz Ruth, et accepit uxorem : ingressusque est ad eam, et dedit illi Dominus ut conciperet, et pareret filium.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Rute 4:13

Gênesis 20:17 E orou Abraão a Deus, e sarou Deus a Abimeleque, e a sua mulher, e as suas servas, de maneira que tiveram filhos;
Gênesis 25:21 E Isaque orou instantemente ao Senhor por sua mulher, porquanto era estéril; e o Senhor ouviu as suas orações, e Rebeca, sua mulher, concebeu.
Gênesis 29:31 Vendo, pois, o Senhor que Leia era aborrecida, abriu a sua madre; porém Raquel era estéril.
Gênesis 30:2 Então, se acendeu a ira de Jacó contra Raquel e disse: Estou eu no lugar de Deus, que te impediu o fruto de teu ventre?
Gênesis 30:22 E lembrou-se Deus de Raquel, e Deus a ouviu, e abriu a sua madre.
Gênesis 33:5 Depois, levantou os seus olhos, e viu as mulheres e os meninos, e disse: Quem são estes contigo? E ele disse: Os filhos que Deus graciosamente tem dado a teu servo.
Rute 3:11 Agora, pois, minha filha, não temas; tudo quanto disseste te farei, pois toda a cidade do meu povo sabe que és mulher virtuosa.
Rute 4:12 E seja a tua casa como a casa de Perez ( que Tamar teve de Judá), da semente que o Senhor te der desta moça.
I Samuel 1:27 Por este menino orava eu; e o Senhor me concedeu a minha petição que eu lhe tinha pedido.
I Samuel 2:5 Os que antes eram fartos se alugaram por pão, mas agora cessaram os que eram famintos; até a estéril teve sete filhos, e a que tinha muitos filhos enfraqueceu.
Salmos 113:9 que faz com que a mulher estéril habite em família e seja alegre mãe de filhos? Louvai ao Senhor!
Salmos 127:3 Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre, o seu galardão.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Rute Capítulo 4 do versículo 1 até o 22
SEÇÃO IV

BOAZ REDIME A HERANÇA DE ELIMELEQUE

Rute 4:1-22

A. UM REMIDOR MUDA DE IDÉIA, 4:1-6

Logo cedo, na manhã seguinte, Boaz subiu à porta (1). O portão da cidade era o lugar onde os anciãos se encontravam para a administração da justiça e resolução dos problemas do povo.' Quando o parente mais próximo de Elimeleque apareceu, Boaz o chamou e disse: ó fulano, desvia-te para cá e assenta-te aqui. Chamou também dez dos anciãos, número que, aparentemente, era o quorum para qualquer tipo de ação oficial. Boaz contou ao outro parente a intenção que Noemi tinha de resgatar um campo que pertencera a Elimeleque e perguntou se o homem tinha inte-resse em comprá-lo. Não se sabe mais nada sobre esta transação a não ser esta breve menção. Uma vez que, nos tempos do AT, uma propriedade deveria permanecer den-tro da família e da tribo, era necessário que a venda fosse feita a um parente próxi-mo. Manifestá-lo-ei em teus ouvidos é mais compreensível do como está na ARA: "Resolvi, pois, informar-te disso".

Como o homem manifestou sua disposição de comprar a propriedade, como era esperado de um goel ou remidor (Lv 25:25), Boaz afirmou depois que, com a reden-ção do campo, o homem também precisaria ficar com a viúva, ou seja, Rute. Neste ponto, o remidor faz objeção: Para mim não a poderei redimir, para que não cause dano à minha herdade (6). Talvez seja por isso que a lei especificava que o campo seria dado ao primeiro filho de Rute, que seria considerado o filho de seu falecido marido, e o remidor não estava disposto a ter esta perda. Por causa disso, ele transferiu suas responsabilidades nessa questão para Boaz, o próximo parente na seqüência.

  • UM CASAMENTO EM BELÉM, 4:7-12
  • O versículo 7 indica um lapso de tempo entre os eventos descritos e o registro da história. Era costume antigo que, nos casos de remissão e contrato (7) que envolves-sem propriedades, aquele que fazia a transação tiraria suas sandálias e as daria ao outro como confirmação do acordo. Foi isso o que fez o remidor, e a transferência foi devida-mente testemunhada. Os presentes expressaram a Boaz o desejo de que o Senhor fizesse a Rute como a Raquel e como a Léia, que ambas edificaram a casa de Israel (11), por meio de seus filhos. É feita uma menção especial a Perez (que Tamar teve de Judá) (12), visto que ele foi o ancestral por meio de quem surgiu o clã de Belém. Os filhos eram a maior bênção do lar hebreu e eram grandemente desejados.

  • O NASCIMENTO DE OBEDE, 4:13-17
  • Uma grande felicidade invadiu aquela pequena família quando nasceu Obede. Nin-guém estava mais feliz que Noemi, que via a criança como um filho seu e como a perpe-tuação de sua família em Israel. Por sua vez, ele se tornou pai de Jessé, o genitor de Davi, o maior rei de Israel.

  • A GENEALOGIA DO REI DAVI, 4:18-22
  • O livro de Rute termina com uma breve genealogia ou histórico familiar de Davi, ao partir de Perez, o filho mais velho de Judá com Tamar, sua nora (Gn 38:29). A genealogia inclui Esrom, "fechado, murado", Arão, "alto", Aminadabe, "parente do príncipe", Naassom, "encantador" e o pai de Boaz, Salmom, "vestido".

    Assim, à humilde, mas devotada moabita Rute, foi dada a sublime honra de ter um lugar na sucessão de ancestrais do maior rei de Israel e do maior Filho de Davi, Jesus, o Messias (Mt 1:5-16; Lc 3:23-32). A história parece terminar como um conto de fadas no qual a heroína viveu feliz para sempre. Mas a história de uma vida boa e piedosa nunca é um paraíso. Nenhum homem ou mulher que serve a Deus alcança tudo o que deseja. A vida da pessoa piedosa tem alguns desapontamentos, mas ainda assim é infinitamente mais rica e mais satisfatória do que uma existência sem Deus. Todo homem e mulher que se identificam com Deus e com seu povo vivem para se regozijar com esta decisão. Todo aquele que, como Orfa, se afasta, sempre se arrepende de sua decisão. "O caminho dos ímpios perecerá" (Si 1.6), "mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai bri-lhando mais e mais até ser dia perfeito" (Pv 4:18).2


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Rute Capítulo 4 do versículo 13 até o 17

    Conclusão: A Felicidade de Noemi (13 8:4-17'>Rt 4:13-17)

    Rt 4:13
    E teve um filho.
    O herdeiro não demorou a aparecer. A união de Rute e Boaz foi abençoada por Deus. Rute entrou assim na linhagem de Davi e do próprio Messias, embora ela não dispusesse de meios, na ocasião, de prever as tremendas consequências de seu casamento com Boaz.

    Do Mal Pode Vir o Bem. Sem ter consciência disso, Judá cumpriu a obrigação do casamento levirato no tocante a seu filho mais velho; e daquela união incestuosa veio Perez, que se tornou o cabeça da casa de Judá. Ver o capítulo 38 de Gênesis quanto à extraordinária narrativa. Em adição, uma mulher moabita foi ascendente tanto de Davi quanto do Rei Messias!

    Josefo declarou que o nascimento do filho de Boaz e Rute ocorreu no fim daquele tempo, calculando desde o tempo do casamento deles (Antiq. 1.5, cap. 9, sec. 4).

    Rt 4:14
    As mulheres disseram a Noemi.
    A idosa judia tinha razões especiais para estar feliz e receber Bênçãos da parte de suas vizinhas. Afinal, era a linhagem dela que estava continuando, vicariamente, através de Rute, sua nora. As mulheres que bendisseram a Noemi manifestaram o desejo de que o “filho dela” fosse famoso. Pelo menos seus descendentes o foram, mesmo que talvez não ele, pessoalmente. O nome do menino era Obede, conforme nos é dito no décimo sétimo versículo. Obede foi pai de Jessé, o qual, por sua vez, foi o pai de Davi. Portanto, Obede foi avô de Davi. Embora Obede tenha tido uma vida bastante comum, havia um propósito superior que operava através dele.

    Rt 4:15
    Restaurador.
    A Referência, neste caso, é tanto a Boaz quanto ao herdeiro, Obede. Os intérpretes compreendem ou um ou outro. Não há como termos certeza. Seja como for, não há diferença, porque aquilo que Boaz foi para Noemi, o filho de Boaz também o foi.

    Ela te é melhor do que sete filhos. Noemi tinha perdido dois filhos seus, Malom e Quiliom; mas em Rute ela conseguiu o equivalente a sete filhos, falando metaforicamente. Rute apegou-se a Noemi, pelo que qualquer coisa boa que Boaz desse a Rute, também dava a Noemi. O amor fazia ampla provisão quanto a tudo isso.

    “Sete filhos simbolizavam a bênção suprema que poderia ser propiciada a uma família hebréia (conforme 1Sm 2:5; 1:2). O valor de Rute foi relacionado à ocasião do nascimento do filho dela” (John W. Reed, in loc.).

    Rt 4:16

    Noemi tomou o menino. Talvez este versículo fale em adoção formal, de tal modo que o filho de Rute se tornou filho de Noemi, de alguma maneira legal. Seja como for, Noemi tornou-se a ama especial e guardiã de Obede. As palavras “cuidar dele”, que aparecem no fim deste versículo, poderiam indicar que Noemi dava de mamar ao menino; mas o mais provável é que significam que ela passou a cuidar dele de maneira especial, pois já era uma mulher idosa na ocasião. Cf. Is 49:23, onde se lê: “Reis serão os teus aios, e rainhas as tuas amas...”. No hebraico, a palavra ordinariamente usada para indicar o ato de dar de mamar a uma criança, por parte de sua mãe, é diferente da que encontramos aqui. Mas é a mesma palavra usada em Is 49:23, que significa “cuidar como ama", ao passo que aquela que quer dizer dar de mamar, no hebraico, é yanaq, que também significa “sugar”. Ver Ex 2:7. Essa palavra deriva-se do som feito por um bebê quando está mamando: yanaq, yanaq, yanaq.

    Rt 4:17
    À Noemi nasceu um filho.
    Sim, vicariamente. E então lhe deram o nome de Obede. Ao que parece, Rute e Boaz concordaram em dar à criança esse nome, que era um apelativo importante dentro da cultura dos hebreus. Esse nome significa “adorador”, “servo” ou “escravo”. Por muitas vezes, esse nome era combinado com nomes divinos, como Obadias (servo de Yahweh). Ver também Obede-Edom e Ebede-Meleque. Ver no Dicionário o artigo chamado Obede, o primeiro dentre uma lista de cinco pessoas que aparecem com esse nome, no Antigo Testamento.

    O Avô do Rei Davi. Este versículo fornece-nos a informação que Obede, que viveu uma vida bastante comum, acerca da qual praticamente nada se sabe, distin-guiu-se por este grande fato: ele foi o pai de Jessé, o qual foi o pai do rei Davi. Os versículos 18:22 deste capítulo fornecem-nos a linhagem que poderia representar uma adição posterior ao livro, a fim de provar a grande linhagem que Obede encabeçava. Portanto, ele foi um homem distinto, embora em seus descendentes, e não por seus próprios méritos. Ele foi um homem-chave, genética e espiritualmente, embora não fosse importante em si mesmo. Existem pessoas assim importantes, que não se notabilizam, mas se tornam progenitores de pessoas de destaque. Há inúmeros exemplos disso.

    O nome servo provavelmente foi dado originalmente a Obede porque ele serviu de forma tão destacada a Noemi, tomando-se o herdeiro que deu continuidade à linhagem e herança dela, e que, por isso mesmo reverteu todos os infortúnios descritos no primeiro capítulo do livro.

    Assim sendo, Noemi, a vazia (ver sobre Mara, em Rt 1:20,Rt 1:21), agora se tinha enriquecido, mais ainda do que quando tinha marido e vivia em Moabe. A bênção de Deus tem uma maneira de expandir-se como nem sonhávamos. Ver Ef 3:20 quanto a esse conceito. Deus faz mais por nós do que tudo quanto podemos pedimos ou pensamos.


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Rute Capítulo 4 do versículo 1 até o 22
    *

    4.1-17 O quarto capítulo ressalta o propósito divino por detrás da decisão original de Rute no sentido de seguir a Noemi e ao Deus de Noemi. As disposições necessárias parecem girar em torno de uma combinação do casamento por levirato (Dt 25:5-10) e as leis do parente resgatador (Lv 25). Rute foi tomada como esposa, e bênçãos antigas em favor da sua fertilidade foram invocadas. A amargura de Noemi é transformada em alegria, e seu neto viria a ser avô do rei Davi. Nestes eventos revela-se a providência oculta do Senhor.

    * 4:1

    à porta. A entrada de uma cidade era o local usual para as transações jurídicas e comerciais.

    fulano. Boaz deve ter sabido o nome do homem. O narrador cita Boaz usando uma palavra indefinida, talvez para não celebrar na sua história uma pessoa egoísta.

    * 4:2

    tomou dez homens. Não há registro de uma exigência jurídica de um número específico de homens. A tradição judaica posterior, segunda a qual dez homens formam um quórum para o culto, talvez se derive desse incidente. Numa cultura rural, onde o uso da escrita era limitado, era importante um contrato ser lavrado na presença de várias testemunhas oficiais.

    * 4:3

    a tem para venda. Essa venda é um elemento novo e surpreendente, da qual nenhum indício foi dado até agora. Os pormenores da venda não são necessários para a história sendo, portanto, omitidos.

    * 4:5

    também a tomarás da mão de Rute. Essa associação entre Rute e Noemi, dentro das leis dos bens e da família de um parente falecido, é uma aplicação incomum dessas leis. Mas entender esses pormenores não é essencial para o propósito da narrativa.

    * 4:7

    tirava o calçado. Pouca coisa se sabe a respeito do simbolismo desse costume. Fica claro, porém, que sua finalidade era confirmar legalmente a transação. Ver Dt 25:9-10 (num contexto diferente) e Am 8:6.

    * 4:10

    para suscitar o nome deste. O desaparecimento do nome da pessoa depois da morte era considerado um infortúnio extremo (1Sm 24:21; 2Sm 14:7).

    * 4:11

    como a Raquel e como a Lia. Essas são as duas esposas de Jacó (Israel), que foram as mães (naturalmente ou através das suas servas, Zilpa e Bila) de todos os filhos de Israel, os cabeças das doze tribos.

    Efrata... Belém. Assim como em 1:1-2, esses nomes de lugares, associados com Davi, recebem destaque especial.

    * 4:12

    seja...como... Perez. Em tempos muito mais antigos, Judá se tornara pai de Perez pelo motivo de Onã ter se recusado a cumprir a sua obrigação de parente chegado (Gn 38:29). Perez tornou-se símbolo de descendência frutífera. Agora, da mesma maneira, Boaz se torna pai de Obede (v. 21) porque outra pessoa se recusou a cumprir a obrigação do levirato. A despeito das falhas humanas, a linhagem messiânica foi preservada (Mt 1:3,5, 16).

    * 4.14-17 Os louvores das mulheres celebram o cumprimento do amor pactual de Deus a Noemi. Sua nora, Rute, vale mais para ela do que sete filhos valeriam (v. 15). Além disso, Noemi tem, com efeito, um filho na pessoa do seu neto Obede (v. 17). Ele se tornará avô de Davi.

    * 4:16

    Noemi tomou o menino. Possivelmente isto signifique que houve um procedimento de adoção formal. Mas seja como for, essa cena final é o final feliz daquilo que é verdadeiramente “A História de Noemi.” A viúva triste que pensava que tivesse voltado pobre (1,21) recebeu fartura além das suas expectativas (Sl 126:5,6).

    *

    4.18-22 A genealogia final (Introdução: Características e Temas) transfere o enfoque de Noemi novamente para Boaz, e preenche um propósito maior da narrativa. A genealogia começa a partir de Perez, alguém que conseguiu “irromper” (Gn 38:29, referência lateral), e de quem as mulheres ao abençoar Rute se lembravam como o filho vigoroso de Tamar (v. 12). Assim como Rute, Tamar se tornou uma antepassada de Davi de modo inesperado. Para os leitores do Novo Testamento, Davi não é o ponto final das provisões de Deus ao seu povo escolhido, à sua noiva segundo a aliança. Mas, para o seu próprio tempo, a jornada de Rute havia alcançado seu propósito divinamente determinado.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Rute Capítulo 4 do versículo 1 até o 22
    4:1 Booz sabia que podia encontrar a seu parente na porta da cidade. Este era o centro de atividade. Ninguém podia entrar nem sair sem passar por essa porta. Os mercados estabeleciam suas lojas temporárias junto à porta que servia como "prefeitura". Aqui se reuniam os funcionários da cidade para negociar. devido a que havia muita atividade, era um bom lugar para encontrar testemunhas (4,2) e para que Booz fizesse seu transação.

    4:3 Booz apresentou astutamente seu caso ao parente. Primeiro, deu informação nova que ainda não se mencionou na história: Elimelec, o finado marido do Noemí, ainda tinha certa propriedade na área que agora estava à venda. Como seu parente mais próximo, este homem tinha o direito a comprar primeiro, o qual aceitou (Lv 25:25). Mas logo, Booz disse que de acordo com a Lei, se o parente comprava a terra, também tinha que casar-se com a viúva (possivelmente porque Mahlón, o finado marido do Rut e filho do Elimelec, herdou a propriedade). Com esta estipulação, o parente se tornou para atrás. Não queria complicar a herança que ia deixar para seus filhos. Talvez teve medo de que se tinha um filho com o Rut, alguns de seus bens se transfeririam de sua família à família do Elimelec. Qualquer que tenha sido a razão, o caminho estava espaçoso para que Booz se casasse com o Rut.

    4:15 O amor do Rut por sua sogra se conhecia e admirava em todo o povo. Desde o começo até o final do livro do Rut, sua amabilidade para outros se mantém inalterável.

    4:15 Deus converteu a tragédia do Noemí em grandes bênções, até maiores que "sete filhos" ou abundantes herdeiros. Ao longo desses tempos difíceis, Noemí não deixou de confiar em Deus. E Deus, a seu tempo, benzeu-a em grande maneira. Até em nossa dor e na calamidade, Deus pode nos dar grandes bênções. Seja como Noemí e não lhe dê as costas a Deus quando a tragédia golpeia. Em lugar de perguntar: "Como pôde Deus permitir que me acontecesse isto?", confie no. O estará com você nos tempos difíceis.

    4:16, 17 Para alguns, o livro do Rut não é mais que uma história bonita sobre uma moça que teve sorte. Mas na realidade, toda a série de feitos narrados no Rut são parte dos preparativos de Deus para o nascimento do rei Davi e do Jesus, o Messías prometido. Da mesma maneira que Rut não se precaveu deste grande propósito de sua vida, tampouco nós saberemos o propósito completo e a importância de nossas vidas até que olhemos atrás da perspectiva da eternidade. Devemos fazer nossas decisões tendo em mente os valores eternos de Deus. Tomar atalhos morais e viver para os prazeres imediatos não é boa forma de avançar. Graças a fiel obediência do Rut, sua vida e legado foram importantes mesmo que ela não pôde ver o resultado final. Viva fiel a Deus, sabendo que o valor de sua vida se estenderá mais à frente do tempo que viva. As recompensas superarão a qualquer sacrifício que tenha que fazer.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Rute Capítulo 4 do versículo 1 até o 22

    V. BOAZ e herança de Elimeleque (Rt 4:1)

    1 Agora Boaz subiu à porta, e sentou-se ali: e eis que o parente próximo de quem Boaz falou veio; a quem ele disse, Ho, tal pessoa! virar de lado, sente-se aqui. E virou-se, e sentou-se. 2 E tomou dez homens dos anciãos da cidade, e disse: Assenta-vos aqui. E eles se sentaram. 3 E disse-o parente próximo, Naomi, que voltou para fora do país de moabitas, vendeu a parte da terra, que era nosso irmão Elimeleque: 4 e eu pensei para divulgá-la a ti, dizendo Compra-a diante os que jazem aqui, e diante dos anciãos do meu povo. Se tu quiseres resgatar, resgatá-lo, mas se não queres resgatar, então diga-me, para que eu saiba; pois não há ninguém para resgatá-lo além de ti; e eu depois de ti. E ele disse, vou resgatá- Lv 5:1 Então disse Boaz, que dia tu buyest o campo da mão de Noemi, tu deve comprá-lo também de Rute, a moabita, que foi mulher do falecido, para suscitar o nome do falecido . sobre a sua herança 6 E o parente próximo, disse, não posso resgatá-lo para mim mesmo, para que não prejudique a minha própria herança: toma tu o meu direito de resgate em ti; pois não posso resgatá-lo.

    Boaz apontou para o parente mais próximo que situação de Naomi tinha necessitado de sua venda a herança de Elimelech (v.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Rute Capítulo 4 do versículo 1 até o 22
    1. A gratificação de Rute (4)

    Havia outro homem em Belém que tinha prioridade; na reivindicação da propriedade; portanto, no dia seguinte, Boaz abordou-o. O ho-mem estava ansioso por reivindicar a terra, porém ele não queria Rute! "Nesse caso não poderei resgatá- la, pois poria em risco a minha pro-priedade" (NVI). Que coisa magní-fica que Cristo estivesse disposto a tornar-nos parte de sua herança e a requerer-nos como sua noiva! Como seu amor por nós é abne-gado! O resgatador desconhecido sabia que qualquer filho que Rute tivesse teria o nome de seu primei-ro marido, não o seu (v. 5), e, dessa forma, ele perdería a propriedade que o filho herdaria. Do ponto de vista dele, esse era "um acordo de negócio ruim"; com certeza, ele não amava Rute. Boaz estava dis-posto a pagar qualquer preço para resgatar a mulher e sua proprieda-de simplesmente porque a amava. Que bela imagem de Cristo e de seu amor pela igreja!

    Agora, descobrimos a rele-vância desse livro: Rute torna-se uma ancestral de Davi. Deuteronô- mio23:3 expulsa um moabita da congregação de Israel até a "déci-ma geração", contudo a graça de Deus aceita Rute, a moabita, como membro da família terrena que deu Cristo ao mundo (Mt 1:3-40; e note a menção a Tamar e Bate-Seba, uma prova adicional da graça de Deus).

    Esse livro inicia-se com um sepultamento e termina com um casamento. Abre com fome e en-cerra com abundância! O amor de Rute pela sogra e sua disposição em obedecer à Palavra trazem-lhe alegria e bênção. A decisão que to-mou no capítulo 1 foi determinante em seu futuro. Não ouviriamos fa-lar dela se ela tivesse retornado à antiga vida pagã. No encerramento do livro, observe algumas lições es-peciais:

    1. Profética

    O capítulo 1 apresenta Israel dis-tante da vontade de Deus e so-frendo o castigo dele. Contudo, o Senhor começa a lidar com uma gentia (Rute), da mesma forma que hoje ele chama, dentre os gentios, um povo para seu nome (At 15:14). A bênção de Noemi vem antes do casamento de Rute, da mesma forma que Israel será restaurado e abençoado antes da união de Cris-to e sua igreja.

    1. Típica

    Com certeza, Boaz retrata Cristo, nosso Resgatador. Cristo tomou so-bre si nossa carne (sem pecado, é claro) a fim de poder resgatar-nos. Ele pagou o preço e o fez porque nos ama. Ele, o "Senhor da seara", como Boaz, supre nossas necessi-dades, resgata a herança para nós e dá-nos descanso.

    1. Prática

    A apostasia é um assunto sério; ela custou o marido e os filhos a Noe-mi. Não importa quão difíceis sejam as circunstâncias, o único lugar para o povo de Deus é na vontade dele. Pagamos um preço alto quando pro-curamos nossa satisfação no mun-do. Entretanto, Deus está disposto a perdoar os apóstatas e restituí-los à sua proteção. Noemi não poderia jamais reaver o tempo perdido fora da vontade de Deus, mas pôde rea-ver sua alegria e testemunho.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Rute Capítulo 4 do versículo 1 até o 22
    4.1 À porta da cidade. A porta da cidade era o centro de atividades. Servia de local para assembléias; o rei, às vezes, colocava seu trono à entrada da cidade (1Rs 22:10; Jr 38:7, Jl 5:12, Jl 5:15), como se depara aqui. O padrão seguido se encontra emDt 25:7. O resgatador, conforme 2.20n. Havia um parente de Elimeleque mais chegado do que Boaz.

    4.2 Anciãos do cidade. Eles desempenhavam o papel de júri, num caso judiciário. Sua decisão era reconhecida como imutável.

    4.3 Noemi... tem para venda. Algumas autoridades opinam que a viúva não podia herdar (Nu 27:8-4). Fica claro, aqui, que Noemi podia, pelo menos, vender a terra.

    4.5 Também a tomarás da mão de Rute. A redenção da terra não podia ser separada da observância da lei do levirato. Parece que Boaz apresentou os dois assuntos juntos, sabendo que seu parente não poderia aceitá-los.

    4.7 Tirava o calçado. Deparamo-nos com um processo legal de transferência de direitos, na presença de testemunhas (conforme Sl 60:8; Sl 108:9, onde lançar a sandália significa tomar posse).

    4.9 Todo o povo. Além dos anciãos, o povo testemunha a decisão, reforçando sua imutabilidade. Nesses tempos, pouco se dependia da escrita. Quiliom. Não tendo eles filhos suscitados em seu nome, sua parte da herança passara para Malom, falecido esposo de Rute.

    4.10 Rute, a moabita. • N. Hom. "O Cuidado Divino para os Alienados":
    1) Este livro prova que a benevolência de Boaz era apenas a prova da compaixão de Deus pelos estrangeiros moabitas, babilônios ou quem quer que fosse;
    2) O Deus da redenção deseja e tem poder para resgatar a todo homem desterrado espiritualmente (Cl 1:13, Cl 1:14);
    3) Ele também escolhe Sua noiva (a Igreja) dentre os gentios, criando uma perfeita comunhão com os pecadores purificados (conforme Ef 2:11-49 com 5:25-32).

    4.11 Raquel... Lia. Raquel foi sepultada em Belém, enquanto Lia foi mãe de Judá (Gn 29:35) e avó de Perez, ascendente de Boaz e provavelmente dos habitantes de Belém. Nome afamado. No conceito semita, isto significaria ter muitos descendentes renomados.

    4.15 Restaurador. No conceito hebraico, o morto continua a viver através dos filhos e netos, nas gerações seguintes. Consolador. Obede, filho de Boaz e Rute, foi legítimo ancestral de Jesus. Consolando a Noemi, fez aquilo que Cristo faz a todos quantos confiam nele (Jo 14:18-43).

    4.17 Obede quer dizer "servo" (do Senhor). Sua fama reside no fato de ter sido avô do maior rei de Israel, Davi.

    4.18 As gerações de Perez. Entre Judá (c. 1700 a.C.) e Davi (1010 a.C.) decorreram cerca de 700 anos. Evidentemente, as dez gerações aqui mencionadas não preencheram todo o tempo decorrido. Salmom (21). Se for aquele mencionado em Mt 1:5, que era marido de Raabe, deve ter-se passado mais de 100 anos entre ele e Boaz.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Rute Capítulo 4 do versículo 1 até o 22
    IV BOAZ CASA COM RUTE (4:1-22)


    1) Boaz assume o direito de resgatador (4:1-12)
    v. 1. Boaz ocupou um lugar na porta da cidade, onde encontrou o parente mais próximo e o chamou para conversar. A porta da cidade era o centro da vida da cidade, onde eram feitas as transações legais (v. 2Sm 15:2). É significativo que o gõ’êl que se negou a perpetuar o nome de Elimeleque para preservar o seu próprio não é mencionado, v. 2. Boaz chamou dez lideres como testemunhas, v. 3. Boaz informou que o parente mais próximo estava vendendo o pedaço de terra que pertencia ao nosso irmão Elimeleque, mas agora parecia ter sido guardado por Noemi para os seus herdeiros. O verbo no hebraico está no perfeito e normalmente seria traduzido por “vendeu”, mas o v. 5 mostra que a venda está no futuro, e o v. 9 indica que ela aconteceu naquele dia. As vezes, o perfeito é usado para denotar uma ação iminente (conforme Gn 23:11). Noemi estava oferecendo a terra ao gõ’êl antes de oferecê-la a qualquer outra pessoa, v. 4. Boaz lhe dá a oportunidade de resgatar a terra, deixando claro que, se ele desistisse, o próprio Boaz a resgataria. O homem escolheu resgatá-la. v. 5. Então Boaz lhe informou que, ao fazê-lo, ele estaria adquirindo (i.e., casando com) Rute para manter o nome dele [do falecido] em sua herança, v. 6. Isso de fato mudou toda a situação. Acrescentar um pedaço de terra à sua propriedade era uma coisa; assumir a responsabilidade por uma (segunda) esposa, com a possibilidade de ter um filho que herdaria a propriedade, era outra. Ele transferiu o direito e a responsabilidade a Boaz. v. 7,8. A transferência desse direito era atestada por meio do ato de se tirar e se oferecer uma sandália — um costume que o narrador nos conta que já não existia na época em que ele escreveu a história. v. 9,10. Boaz declara que os líderes e todo o povo presente são testemunhas de que ele estava adquirindo a herança de Elimeleque e seus filhos e também o direito de ter Rute, a moabita, como mulher. O propósito é formulado em detalhes, e a declaração termina como começou: Vocês hoje são testemunhas. Na ausência de evidências escritas da transação, um bom número de testemunhas de confiança era suficiente, v. 11,12. O povo e os líderes confirmaram que eram testemunhas e acrescentaram a bênção tradicional: como fez com Raquel e Lia... (as duas mulheres de Jacó, a quem foram creditados os filhos de suas servas), uma comparação para realçar a fertilidade. Um paralelismo poético conclui o v. 11 (v. 1.2). Mais uma símile de fertilidade é apresentado — como a de Perez, que Tamar deu a Judá —, embora a similaridade aqui esteja nas circunstâncias semelhantes e na associação de Perez com Belém (lCr 2.5,

    18,50,51). O ponto é tornado bem explícito: com os filhos (lit. “semente”) que o SENHOR lhe (a Boaz) conceder dessa jovem: isso sugere que Boaz talvez não tivesse filhos até então (v. H. H. Rowley, The Servant of the Lord, p. 192-3).


    2) Rute tem um filho (4:13-17)
    v. 13. Sem detalhes da cerimônia de casamento, lemos que Rute se tornou a esposa de Boaz. O narrador, assim como o povo, reconhece a concepção e o nascimento de um filho como dádiva do Senhor, v. 14. Da mesma forma, as mulheres louvam ao Senhor ao compartilharem do prazer de Noemi na redenção e oram para que o menino que agora é tratado como resgatador se torne famoso em todo o Israel, v. 15. A oração transforma-se em profecia: O menino lhe dará nova vida e a sustentará na velhice. O reconhecimento da lealdade de Rute é feito de forma apropriada assim que a história chega ao final, e a homenagem melhor que sete filhos é de grande impacto, pois sete filhos era proverbialmente o número da família perfeita (conforme 1Sm 1:8; 1Sm 2:5). v. 16. Noemi considerou o filho como seu próprio e passou a cuidar dele. Em termos legais, ela até poderia ter reivindicado o direito sobre ele, mas é evidente que o relacionamento entre eles era de amor e alegria, v. 17. As mulheres da cidade reconheceram o relacionamento especial entre Noemi e a criança e, talvez em seu entusiasmo, até deram um nome ao bebê: Obede, “servo” ou “adorador” (v. Introdução).


    3) Observação genealógica (4:18-22) Perez foi o fundador da família de Judá à qual pertenciam Elimeleque e Boaz (Gn 38:29). Evidentemente vários elos intermediários foram omitidos porque as dez gerações mencionadas se estenderam por mais de sete séculos, de aproximadamente 1700 a 970 a.C. Os nomes mencionados nesses versículos aparecem palavra por palavra na genealogia de Jesus Cristo em Mateus. Rute mostra que Deus é soberano nas questões do dia-a-dia de homens e mulheres comuns à medida que ele realiza os seus propósitos eternos na redenção da humanidade.

    BIBLIOGRAFIA
    Comentários
    Atkinson, D. The Message of Ruth. In \IVP. Leicester, 1983 [A mensagem de Rute: as asas do refúgio, ABU Editora, 2005],

    Campbell, E. F. Ruth. AB. Garden City, 1975. Cooke, G. A. The Book of Ruth, Cambridge Bible. Cambridge, 1913.

    Fuerst, W. J. The Books of Ruth, Esther, Ecclesiastes, The Song of Song, Lamentations. CBC. Cambridge, 1975.

    Gray, J. Joshua, Judges and Ruth. New Century Bible. London, 1967.

    Knight, G. A. F. Ruth and Jonah. TC. London, 1950. Lattey, C. The Book of Ruth. Westminster Version of the Sacred Scriptures. London, 1935. Morris, L., in: Cundall, A. E. & Morris, L. Judges and Ruth. TOTC. London, 1968 [Juízes e Rate: introdução e comentário, Edições Vida Nova, 1986],

    Smith, L. P. Ruth. In: Interpreter’s Bible, v. II. New York, 1953.

    Outras obras
    Robertson, E. The Plot of the Book of Ruth. BJRL 32, 1949-50, p. 207ss.

    Rowley, H. H. The Marriage of Ruth. In: The Servant of the Lord and Other Essays on the Old Testament. Oxford, 1965, p. 171ss.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Rute Capítulo 4 do versículo 1 até o 16
    VI. CASAMENTO DE BOAZ COM RUTE. Rt 4:1-8 já estavam esquecidas. Mesmo nesta época já a lei era só parcialmente observada, pois o remidor era abordado por um representante e não diretamente pela viúva em sessão pública, e ele próprio descalçava o sapato perante todos, sem o opróbrio que outrora significava. Na realidade, a transferência do sapato não parece ter indicado uma ofensa maior que a transferência da terra para Boaz. O sapato simbolizava o direito do proprietário pisar a terra (Sl 60:8). (Talvez os sapatos fossem entregues ao filho pródigo para indicar a sua reinstalação na herança, que perdera). A cerimônia da transação (10) lembra a da compra de Macpela por Abraão (cfr. Gn 23:16-18). Como a Raquel e como a Lia (11). Embora mais nova, Raquel vem em primeiro lugar porque morrera em Belém (Gn 35:19). Edificaram (11). Em heb. bana, "construir", verbo relacionado com outro que significa "ser mãe". Assim Raquel consentiu que Jacó tivesse filhos da escrava Bila "para que receba filhos ("seja edificado") por ela" (Gn 30:3). Valorosamente (11). Heb. hayil. Cfr. 3.11n. Perez (que Tamar teve de Judá) (12). Cfr. Gn 38. Introduz-se este episódio como exemplo clássico das responsabilidades assumidas por um "goel" ou remidor. Que te ama (15). Cumpriu-se a lei, os bens e a família de Malom foram salvos, mas a narração termina, como começou, com uma alusão à profunda amizade de Noemi e de Rute.

    Dicionário

    Assim

    advérbio Deste modo, desta forma: assim caminha a humanidade.
    Igual a, semelhante a; do mesmo porte ou tamanho de: não me lembro de nenhum terremoto assim.
    Em que há excesso; em grande quantidade: havia gente assim!
    Do mesmo tamanho; desta altura: o meu filho já está assim.
    conjunção Portanto; em suma, assim sendo: você não estudou, assim não conseguiu passar no vestibular.
    Gramática Utilizado para dar continuidade ao discurso ou na mudança de pensamento: vou ao cinema amanhã; assim, se você quiser, podemos ir juntos.
    locução adverbial De valor concessivo-adversativo. Assim mesmo, mesmo assim ou ainda assim; apesar disso, todavia, entretanto: advertiram-no várias vezes, mesmo assim reincidiu.
    locução interjeição Assim seja. Queira Deus, amém; oxalá.
    expressão Assim ou assado. De uma maneira ou de outra.
    Assim que. Logo que: assim que ele chegar vamos embora!
    Assim como. Bem como; da mesma maneira que: os pais, assim como os filhos, também já foram crianças.
    Etimologia (origem da palavra assim). Do latim ad sic.

    Boaz

    Força, firmeza. l. Um lavrador natural de Belém e descendente de Jacó. Foi um dos antepassados dos reis judaicos (Mt 1:5), e finalmente de Jesus Cristo. Era homem abastado, possuindo caráter reto, como se vê no justo tratamento para com a sua jovem parenta Rute, a moabita, cuja causa ele sustentou, e com quem casou. 2. Uma das colunas de bronze, levantadas no pórtico do templo de Salomão, e que tinha 18 côvados de altura (1 Rs 7.15 a
    21) – era oca, e terminava num capitel ornamental com a altura de cinco côvados (2 Cr 3.17). As diferentes medidas, nas diversas narrativas, são devidas à inclusão ou exclusão do capitel.

    (Heb. “a força está nele”). 1. Nome encontrado no livro de Rute e nas genealogias em I Crônicas, Mateus e Lucas. Boaz foi um proprietário de terras temente a Deus, que viveu em Belém de Judá no período dos Juízes (Rt 1:1). Casou-se com Rute e tornou-se ancestral do rei Davi e de Jesus Cristo.

    O primeiro capítulo de Rute termina com Noemi e sua nora moabita, que chegaram a Belém, viúvas e sem nenhum recurso financeiro. Boaz é apresentado em Rute 2:1 como “homem poderoso e rico”, parente do marido falecido de Noemi. Ele era o dono das terras nas quais Rute foi “respigar” (no hebraico, era uma maneira zombeteira de expressar dependência da providência divina), quando buscava um campo onde recolher algumas espigas (Rt 2:3). Sua entrada no campo deu a Boaz a oportunidade inicial de tornar-se seu benfeitor e abriu o caminho para que se casasse com ela no sistema de levirato (Rt 3:4).

    O cenário é estabelecido para o evento na narrativa do livro pela descrição dos laços familiares entre Boaz e Noemi e o caráter exemplar dele. Na Lei de Moisés, os membros da mesma família tinham várias responsabilidades uns com os outros, inclusive apoio financeiro, em alguns casos. A redenção da terra e as variações nos relacionamentos familiares preparam o leitor para a mudança de perspectiva nos versículos finais do livro. Ali, a atenção é tirada de Rute e Boaz e colocada no propósito mais amplo de Deus na história (Rt 4:17-22).

    A expressão traduzida como “homem poderoso” em Rute 2:1 é multiforme, tanto em significado como em propósito no livro de Rute. Embora tenha relação com a proeminência de Boaz em Belém (veja também Rt 4:1-2), provavelmente se refere à sua excelência moral e espiritual e talvez até mesmo à sua coragem reconhecida e honra. Em Provérbios 31:10 o equivalente a essa frase é usado para falar da excelência da esposa perfeita. Um termo similar também foi usado com referência aos “valentes de Davi”, conhecidos como guerreiros valorosos (2Sm 23:8-39).

    Na narrativa do livro de Rute, a expressão também faz um paralelo bem próximo com a descrição da própria Rute, como “uma mulher virtuosa” (3:11). As diferentes traduções dos termos obscurecem um pouco a ideia, mas as palavras no original hebraico indicam que Boaz (2:
    1) e Rute (3:
    11) formavam um par perfeito, tanto do ponto de vista moral como espiritual.

    Essa observação é fortalecida pela interação de Boaz e Rute, nos capítulos 2:3. Em ambas as cenas ela toma a iniciativa, mas faz as coisas de tal maneira que impressiona Boaz com seu caráter (Rt 2:11-12; Rt 3:10-11). Da mesma maneira, em ambas as cenas ele responde com graça e generosidade muito além da letra da Lei. Em Rute 4:1-12 foi necessário que Boaz demonstrasse toda sua sabedoria e seu discernimento, para aproveitar a oportunidade de consumar o desejado casamento de levirato com Rute. Ele o fez, quando levou o parente anônimo a renunciar ao direito de ser o remidor de Noemi e Rute (Rt 4:3-10). O casamento de Boaz e Rute, bem como o nascimento do filho deles, Obede, foi motivo de muita alegria em toda a cidade de Belém (Rt 4:11-17). O nascimento de Obede é também um elo crucial na qualificação de Davi como rei de Israel e de Jesus como o Messias. Devido ao seu papel central nessa linhagem e provavelmente também por causa de seu caráter exemplar, Boaz é honrado com a sétima posição na genealogia real de Davi, em Rute 4:18-22. Boaz é citado na seqüência da árvore genealógica da família de Davi em I Crônicas 2:11-12 e na genealogia messiânica em Lucas 3:32. A versão da linhagem de Cristo em Mateus 1:5 inclui não somente o nome de Rute e do que é colocado na posição de pai de Boaz, Salmom, como também de sua mãe, Raabe. Embora haja probabilidade de que uma ou mais gerações faltem na árvore genealógica nesse ponto, para que a genealogia tenha um formato simétrico (Mt 1:17), é possível que a mãe de Boaz seja Raabe, a prostituta de Jericó (Js 2); isso pode significar que ele teria tanto uma mãe como uma esposa gentia.

    2. O nome da coluna do lado esquerdo, construída no Templo de Salomão por Hirão (1Rs 7:21-2Cr 3:17). A da direita chamava-se Jaquim. A razão exata por que elas receberam esses nomes não é clara, embora possa ter algo a ver com o próprio significado dos nomes: Jaquim significa “Deus estabelecerá”; Boaz, “a força está nele”. A.B.L.


    Boaz [Força;Firmeza]

    Lavrador natural de Belém, descendente de Judá. Foi um dos antepassados de reis israelitas (Mt 1:5) e, finalmente, de Jesus Cristo. Casou-se com Rute, a moabita (Rt 4:1-13).


    boaz | s. m.

    bo·az
    (francês hautbois, de haut, alto + bois, madeira)
    nome masculino

    [Música] O mesmo que oboé.


    Conceicao

    Concepção, religiosidade

    Conceição

    substantivo feminino Religião Dogma cristão da concepção da Virgem Maria: Imaculada Conceição.
    Religião Festividades religiosas em louvor à concepção da Virgem Maria, celebradas no dia 8 de dezembro pela igreja católica.
    Antigo Ação ou efeito de conceber; concepção.
    Antigo Capacidade natural de criar, conceber, de inventar.
    Etimologia (origem da palavra conceição). Do latim conceptio.onis.

    Déu

    substantivo masculino Usa-se na locução andar de em: andar à procura de alguma coisa, de casa em casa, de porta em porta.

    Entrar

    verbo intransitivo Passar para dentro, introduzir-se, penetrar: entrar sem convite.
    Recolher-se à casa.
    Intrometer-se, intervir, interferir: não entre em briga de marido e mulher.
    Invadir.
    Encaixar-se, ajustar-se: a chave não entra na fechadura.
    Ser admitido, adotar uma profissão, fazer parte de: entrar para a Academia, o magistério, um partido.
    Ser um dos elementos constituintes de: entra muito orgulho no seu procedimento.
    Iniciar: entrar em negociações, entrar na matéria.

    Filho

    substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
    Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
    Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
    Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
    Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
    Por Extensão A cria de descente de algum animal.
    Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
    [Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
    Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
    adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
    substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
    Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.

    substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
    Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
    Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
    Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
    Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
    Por Extensão A cria de descente de algum animal.
    Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
    [Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
    Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
    adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
    substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
    Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.

    substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
    Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
    Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
    Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
    Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
    Por Extensão A cria de descente de algum animal.
    Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
    [Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
    Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
    adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
    substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
    Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.

    Nossos filhos são companheiros de vidas passadas que retornam ao nosso convívio, necessitando, em sua grande maioria, de reajuste e resgate, reconciliação e reeducação. [...]
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19

    [...] todo filho é um empréstimo sagrado que, como tal, precisa ser valorizado, trabalhando através do amor e da devoção dos pais, para posteriormente ser devolvido ao Pai Celestial em condição mais elevada. [...]
    Referencia: DIZEM os Espíritos sobre o aborto (O que)• Compilado sob orientação de Juvanir Borges de Souza• Rio de Janeiro: FEB, 2001• - cap• 1

    O filhinho que te chega é compromisso para a tua existência.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

    [...] os filhos [...] são companheiros de vidas passadas que regressam até nós, aguardando corrigenda e renovação... [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos desta e doutra vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 39

    Os filhos são doces algemas de nossa alma.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Os filhos não são almas criadas no instante do nascimento [...]. São companheiros espirituais de lutas antigas, a quem pagamos débitos sagrados ou de quem recebemos alegrias puras, por créditos de outro tempo. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 49

    Os filhos são liames de amor conscientizado que lhes granjeiam proteção mais extensa do mundo maior, de vez que todos nós integramos grupos afins.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vida e sexo• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 2

    [...] Os filhos são as obras preciosas que o Senhor confia às mãos [dos pais], solicitando-lhes cooperação amorosa e eficiente.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 135

    [...] os filhos são associados de experiência e destino, credores ou devedores, amigos ou adversários de encarnações do pretérito próximo ou distante, com os quais nos reencontraremos na 5ida Maior, na condição de irmãos uns dos outros, ante a paternidade de Deus.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 38


    Filho
    1) Pessoa do sexo masculino em relação aos pais (Gn 4:17)

    2) Descendente (Ml 3:6); (Lc 1:16). 3 Morador de um país (Am 9:7) ou de uma cidade (Jl 3:6).

    4) Membro de um grupo (2Rs 2:15), RC).

    5) Qualidade de uma pessoa (Dt 13:13), RC; (2Sm 3:34); (Mc 3:17); (Lc 10:6); (Jo 12:36).

    6) Tratamento carinhoso (1

    Mulher

    [...] A mulher sinceramente espírita só poderá ser uma boa filha, boa esposa e boa mãe de família; por sua própria posição, muitas vezes tem mais necessidade do que qualquer outra pessoa das sublimes consolações; será mais forte e mais resignada nas provas da vida [...]. Se a igualdade dos direitos da mulher deve ser reconhecida em alguma parte, seguramente deve ser entre os espíritas, e a propagação do Espiritismo apressará, infalivelmente, a abolição dos privilégios que o homem a si mesmo concedeu pelo direito do mais forte. O advento do Espiritismo marcará a era da emancipação legal da mulher.
    Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Instruções•••, 10

    [...] A instituição da igualdade de direitos entre o homem e a mulher figura entre as mais adiantadas conquistas sociais, sejam quais forem, à parte das desfigurações que se observam nesta ou naquele ponto. É outro ângulo em que se configura claramente a previsão social da Doutrina. Há mais de um século proclama o ensino espírita: “a emancipação da mulher segue o progresso da civilização”. [...]
    Referencia: AMORIM, Deolindo• Análises espíritas• Compilação de Celso Martins• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 36

    A mulher de hoje é o mesmo Espírito de mulher do mundo primitivo, da época dos homens das cavernas e que nestes numerosos milênios foi acumulando as qualidades da inteligência e do sentimento, tendo como base de edificação da sua individualidade as funções específicas realizadas principalmente no lar, M junto ao marido e aos filhos. O Espírito feminino também se reencarnou em corpos de homem, adquirindo caracteres masculinos, mas em proporções bem menores. [...] O Espírito feminino, muito mais do que o Espírito masculino, foi adquirindo, através de suas atividades específicas na maternidade, nos trabalhos do reino doméstico, nos serviços e no amor ao marido, aos filhos e à família e nas profissões próprias, na sucessividade dos milênios, as qualidades preciosas: o sentimento, a humildade, a delicadeza, a ternura, a intuição e o amor. Estes valores estão em maior freqüência na mulher e caracterizam profundamente o sexo feminino. As belas qualidades do Espírito feminino no exercício da maternidade, fizeram surgir a imensa falange das “grandes mães” ou “grandes corações”, que é fruto de muitos trabalhos, amor e renúncia, no cumprimento correto de seus sagrados deveres, em milênios. [...]
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    Analisemos o que Jesus elucidou ao apóstolo Pedro, quando falou sobre a evolução do Espírito feminino. O Espírito Irmão X reporta [no livro Boa Nova]: “Precisamos considerar, todavia, que a mulher recebeu a sagrada missão da vida. Tendo avançado mais do que o seu companheiro na estrada do sentimento, está, por isso, mais perto de Deus que, muitas vezes, lhe toma o coração por instrumento de suas mensagens, cheias de sabedoria e de misericórdia”. [...] Se Jesus disse que a mulher está mais perto de Deus, é porque é do sentimento que nascem o amor e a humildade, e com maior facilidade o Espírito feminino adquiriu preciosos valores do coração para se elevar aos planos iluminados da Vida Superior. [...]
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    Nos problemas do coração, a mulher sempre ficou com a parte mais difícil, pois sempre foi a mais acusada, a mais esquecida, a mais ferida, a mais desprotegida e a mais sofredora, mesmo nos tempos atuais. [...] Apesar de todas essas ingratidões, perseguições e crueldades, em todos os tempos, para com a mulher, o Divino Mestre Jesus confia e reconhece nelas, mesmo as mais desventuradas e infelizes nos caminhos das experiências humanas, o verdadeiro sustentáculo de regeneração da Humanidade [...].
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7

    [...] A mulher é a alma do lar, é quem representa os elementos dóceis e pacíficos na Humanidade. Libertada do jugo da superstição, se ela pudesse fazer ouvir sua voz nos conselhos dos povos, se a sua influência pudesse fazer-se sentir, veríamos, em breve, desaparecer o flagelo da guerra.
    Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 5, cap• 55

    A mulher é um espírito reencarnado, com uma considerável soma de experiências em seu arquivo perispiritual. Quantas dessas experiências já vividas terão sido em corpos masculinos? Impossível precisar, mas, seguramente, muitas, se levarmos em conta os milênios que a Humanidade já conta de experiência na Terra. Para definir a mulher moderna, precisamos acrescentar às considerações anteriores o difícil caminho da emancipação feminina. A mulher de hoje não vive um contexto cultural em que os papéis de ambos os sexos estejam definidos por contornos precisos. A sociedade atual não espera da mulher que ela apenas abrigue e alimente os novos indivíduos, exige que ela seja também capaz de dar sua quota de produção à coletividade. [...]
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    [...] Na revista de janeiro de 1866 [Revista Espírita], por exemplo, Kardec afirma que “[...] com a Doutrina Espírita, a igualdade da mulher não é mais uma simples teoria especulativa; não é mais uma concessão da força à franqueza, é um direito fundado nas mesmas Leis da Natureza. Dando a conhecer estas leis, o Espiritismo abre a era de emancipação legal da mulher, como abre a da igualdade e da fraternidade”. [...]
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    A Doutrina não oferece também respaldo às propostas que promovem a participação da mulher em atividades que possam comprometer a educação dos filhos. A meta do Espiritismo é a renovação da Humanidade, pela reeducação do indivíduo. E, sem dúvida, o papel da mulher é relevante para a obtenção dessa meta, já que é ela que abriga os que retornam à vida terrena para uma nova encarnação na intimidade do seu organismo, numa interação que já exerce marcante influência sobre o indivíduo. É ela também o elemento de ligação do reencarnante com o mundo, e o relacionamento mãe/filho nos primeiros anos de vida marca o indivíduo de maneira bastante forte [...].
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    A mulher é um Espírito reencarnado. Aporta a essa vida, trazendo em seu arquivo milhares de experiências pretéritas. São conhecimentos e vivências que se transformam em um chamamento forte para realizações neste ou naquele setor da atividade humana. Privá-la de responder a esse chamamento interior será, mais uma vez, restringir-lhe a liberdade, considerando-a um ser incapaz de tomar decisões, de gerir sua própria vida e, sobretudo, será impedi-la de conhecer-se e de crescer espiritualmente.
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    [...] A mulher é a estrela de bonança nos temporais da vida.
    Referencia: WANTUIL, Zêus e THIESEN, Francisco• Allan Kardec: meticulosa pesquisa biobibliográfica e ensaios de interpretação• Rio de Janeiro: FEB, 1979-1980• 3 v• - v• 3, cap• 3, it• 3

    [...] a mulher dentro [do lar] é a força essencial, que rege a própria vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A mulher é a bênção de luz para as vinhas do homem.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é uma taça em que o Todo-Sábio deita a água milagrosa do amor com mais intensidade, para que a vida se engrandeça. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 39


    Mulher Jesus tratou as mulheres com uma proximidade e uma familiaridade que chamou a atenção até de seus discípulos (Jo 4:27). São diversas as ocasiões em que falou com elas em público e mesmo em situações bastante delicadas (Mt 26:7; Lc 7:35-50; 10,38ss.; Jo 8:3-11).

    Apresentou-as como exemplo (Mt 13:33; 25,1-13; Lc 15:8) e elogiou sua fé (Mt 15:28). Várias mulheres foram objeto de milagres de Jesus (Mt 8:14; 9,20; 15,22; Lc 8:2; 13,11) e se tornaram discípulas dele (Lc 8:1-3; 23,55). Nada conduziu Jesus a um idealismo feminista nem o impediu de considerar que elas podiam pecar exatamente como os homens (Mc 10:12). Também não estão ausentes dos evangelhos as narrativas referentes a mulheres de conduta perversa como Herodíades.

    Não são poucos os simbolismos que Jesus emprega partindo de circunstâncias próprias da condição feminina, como a de ser mãe. Os evangelhos reúnem ainda referências muito positivas ao papel das mulheres em episódios como a crucifixão (Mt 27:55; Mc 15:40; Lc 23:49; Jo 19:25), o sepultamento de Jesus (Mt 27:61) e a descoberta do túmulo vazio (Mt 28:1-8).

    Ver Herodíades, Isabel, Maria, Marta, Salomé.

    A. Cole, o. c.; D. Guthrie, o. c.; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


    substantivo feminino Ser humano do sexo feminino, dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
    Indivíduo cujas características biológicas representam certas regiões, culturas, épocas etc.: mulher mineira; mulher ruiva; as mulheres de Neandertal.
    Aquela cujas características biológicas definem o ser feminino.
    Menina que começa a apresentar fatores característicos da idade adulta; mulher-feita: sua filha já é uma mulher.
    Aquela que atingiu a puberdade; moça, mocinha.
    Aquela que deixou de ser virgem.
    Companheira do cônjuge; esposa.
    Figurado Pessoa indeterminada: quem é essa mulher?
    Etimologia (origem da palavra mulher). Do latim mulier. mulieris.

    Entre os judeus, a igualdade social do homem e da mulher fazia contraste com os costumes que de um modo geral prevaleceram no oriente, especialmente em tempos mais modernos. As mulheres hebraicas ainda assim gozavam de considerável liberdade. Não eram encerradas dentro de haréns, nem eram obrigadas a aparecer de face coberta – misturavam-se com os homens e os jovens nos trabalhos e nas amenidades da vida simples. As mulheres efetuavam todo o trabalho da casa (*veja Mulher casada). iam buscar água e preparavam o alimento (Gn 18:6 – 24.15 – 2 Sm 13,8) – fiavam e faziam a roupa (Êx 35:26 – 1 Sm 2.19). Também se metiam em negócios (Pv 31:14-24). Participavam da maior parte dos privilégios da religião, e algumas chegaram a ser profetisas. (*veja Débora, Hulda, Miriã.) o lugar que as mulheres tomam no N. T. mostra o efeito igualador de um evangelho, no qual ‘não pode haver… nem homem nem mulher’ (Gl 3:28). Serviam a Jesus e a Seus discípulos (Lc 8:1-3 – 23,55) – participaram dos dons do Espírito Santo, no dia de Pentecoste(At2.1a4 – cf. 1,14) – e foram preeminentes em algumas das igrejas paulinas (At 16:14 – 17.4 – cf. Fp 4:2-3). o ponto de vista de S. Paulo a respeito da igualdade dos sexos aparece de um modo especial em 1 Co 7, não sendo inconsistente com isso o ato de reconhecer que a mulher deve estar sujeita a seu marido (Ef 5:21-33Cl 3:18-19 – cf. 1 Pe 3.1 a 9). Pelo que se diz em 1 Co 11.5, parece depreender-se que era permitido às mulheres, nas reuniões da igreja, praticar os seus dons de oração e profecia, embora o falar com a cabeça descoberta seja por ele condenado, apelando para a ordenação divina da sujeição da mulher ao homem 1Co 11:3-16). Mas na mesma epístola parece retirar a permissão 1Co 14:34-36) – e em 1 Tm 2.8 a 15 a proibição de ensinar na igreja é feita com maior severidade. Entre as mulheres mencionadas no cap. 16 da epistola aos Romanos, uma pelo menos, Febe, parece ter tido uma posição oficial, a de diaconisa, na igreja de Cencréia. A respeito dos serviços que deviam prestar as viúvas sustentadas pela igreja, vede a palavra Viúva.

    substantivo feminino Ser humano do sexo feminino, dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
    Indivíduo cujas características biológicas representam certas regiões, culturas, épocas etc.: mulher mineira; mulher ruiva; as mulheres de Neandertal.
    Aquela cujas características biológicas definem o ser feminino.
    Menina que começa a apresentar fatores característicos da idade adulta; mulher-feita: sua filha já é uma mulher.
    Aquela que atingiu a puberdade; moça, mocinha.
    Aquela que deixou de ser virgem.
    Companheira do cônjuge; esposa.
    Figurado Pessoa indeterminada: quem é essa mulher?
    Etimologia (origem da palavra mulher). Do latim mulier. mulieris.

    Rute

    Plena de beleza ou amiga

    Nome moabita que significa “amizade”. No Antigo Testamento, este vocábulo é encontrado apenas no livro de Rute, e no Novo Testamento ocorre apenas na genealogia de Jesus Cristo, apresentada por Mateus 1:5. Em ambos os casos refere-se à mulher moabita que se casou com um israelita que vivia em Moabe, ficou viúva e acompanhou a sogra, chamada Noemi, que retornou para a cidade de Belém, Judá; ali, posteriormente casou-se com Boaz e teve um filho. A genealogia no final do livro de Rute apresenta seu filho como o avô de Davi.

    É notável como Rute desempenha um papel tão importante e positivo no registro bíblico. Afinal, Israel e Moabe eram inimigos. Como conseqüência dos obstáculos que o primeiro criou para o segundo em sua peregrinação do Sinai para a terra Prometida (Nm 22:25), Deus decretou que “nenhum amonita nem moabita entrará na assembléia do Senhor, nem ainda na décima geração; nunca poderão entrar na assembléia do Senhor” (Dt 23:3).

    As diferenças não eram meramente históricas. Os eventos do livro de Rute aconteceram “nos dias em que os juízes julgavam” (Rt 1:1). Poucos anos antes desse tempo difícil, os moabitas, sob a liderança de Eglom, tinham invadido e subjugado uma grande parte do território de Israel por 18 anos (Jz 3:12-14), até que Eúde, o canhoto, matou este rei e libertou Israel (vv. 15-29). Depois disso, Moabe submeteu-se a Israel por 80 anos (v. 30).

    Embora seja praticamente impossível situar o livro de Rute dentro da narrativa do de Juízes, devido às prováveis lacunas na genealogia de Rute 4:18-22, é bem possível que as lembranças das antigas e recentes hostilidades não estivessem completamente apagadas, especialmente considerando-se a proibição permanente de Deuteronômio 23:3. Em vista disso, a inclusão da história de Rute, a moabita, nas páginas das Escrituras dificilmente terá outra explicação senão a da providência de Deus, que evidencia sua graça e habilidade de operar na vida de qualquer pessoa e por meio dela, não importa quais sejam seus antecedentes.

    É surpreendente o fato de que esta bela narrativa tenha como título o nome de uma estrangeira. Ester e Rute são os dois únicos livros da Bíblia cujos nomes são de mulheres. Somente essa perspectiva já aumenta seu significado na revelação bíblica e nos propósitos de Deus.

    A primeira menção do nome desta moabita encontra-se em seu casamento com um dos filhos de Elimeleque e Noemi (Rt 1:4). Somente em Rute 4:10 é revelado que Malom foi seu marido (vv. 2,5). Dado o contexto cultural, é bem provável que tal matrimônio fora arranjado por Elimeleque antes de sua morte (1:3).

    O falecimento de Malom e Quiliom trágica e inesperadamente poucos anos depois da morte de Elimeleque foi uma circunstância crucial (Rt 1:3-5). Rute, sua sogra Noemi e sua cunhada Orfa ficaram sozinhas na mais completa miséria (vv. 6,7).

    Quase tão grave quanto essa situação era o problema da viuvez e esterilidade de Rute (Rt 1:5; Rt 4:10). A incapacidade para gerar filhos era considerada uma maldição divina em muitas culturas antigas. Além disso, a linhagem familiar não podia ser mantida sem filhos e a esterilidade diminuía drasticamente a possibilidade de um segundo casamento.

    Devido à falta de opções diante delas, Noemi incentivou Rute e Orfa a retornar para a casa de seus pais em Moabe, onde poderiam casar-se novamente (Rt 1:8-9). Inicialmente as duas resistiram, mas depois que Noemi descreveu verbalmente a situação desesperadora em que se encontravam (vv. 10-13), Orfa decidiu ficar (v.14). Rute, entretanto, não só se comprometeu com Noemi até a morte, mas também com o Deus de Israel (vv. 16,17). Tal compromisso aparentemente demonstrava a sua fé no Senhor, ao adotar um tipo de proselitismo dentro do povo da aliança.

    No dia seguinte à triste chegada das duas em Belém (Rt 1:19-22), Rute saiu para respigar nos campos para obter alimento (Rt 2:2-3). É possível que tal prática fosse comum também na cultura moabita, mas era claramente ordenada na lei de Moisés. Os pobres, as viúvas e os estrangeiros residentes no meio do povo de Israel podiam ter suas necessidades básicas supridas com certa dignidade por meio da prática de respigar os campos (Lv 23:22; Dt 24:19).

    Rute, entretanto, pediu mais do que a simples oportunidade de respigar no campo ao qual Deus a dirigiu (o antigo idioma hebraico, como em Rt 2:3, considerava o acaso como providência divina). Corajosamente seguiu atrás dos segadores e recolheu o que deixaram de colher (Rt 2:7). O dono do campo, Boaz, que sabia quem era Rute e qual sua situação atual (vv. 11,12), cedeu ao pedido incomum (vv. 8,9) e foi ainda mais além, pois proporcionou-lhe proteção e provisão (vv. 9,14-18).

    Neste ponto, Boaz surgiu apenas como um benfeitor para Rute, até o final da colheita. Noemi, entretanto, viu nas atitudes dele a forte possibilidade de que pudesse se casar por levirato com Rute (Rt 2:20; Rt 3:1-5). Embora nas Escrituras tal prática fosse limitada apenas aos cunhados (Dt 25:5-7), aparentemente com o passar do tempo a responsabilidade pela família do falecido e sua viúva foi aplicada também a outros parentes próximos. Assim, Noemi elaborou um plano para discretamente, porém de maneira decisiva, aproximar-se de Boaz com a ideia.

    Numa noite, no final da estação das colheitas (Rt 2:23), Rute aproximou-se do local ao lado da eira, nos arredores de Belém, onde Boaz dormia, a fim de guardar seus grãos (3:2-6). Deitou-se aos seus pés e aguardou que ele despertasse, quando então apelou para que assumisse seu papel de parente remidor, como base para um casamento (vv. 8,9). Depois desse diálogo, Rute permaneceu aos pés dele até de madrugada, para sair sem ser vista por ninguém (vv. 13,14).

    Alguns estudiosos interpretam esta atitude de Rute, particularmente a maneira como descobriu os pés de Boaz ao se deitar (Rt 3:7) e permaneceu lá durante toda a noite (vv. 13,14), como clara indicação de que ela tentou uma investida sexual, à qual Boaz foi receptivo. Tal ideia, entretanto, é totalmente contrária ao que pode ser visto do caráter dos dois por todo o livro. Especificamente, na conversação entre eles no meio da noite, Boaz expressou admiração pelo recato de Rute (v. 10), e considerou-a uma “mulher virtuosa” (v. 11). Além disso, os detalhes da cena interpretados como de natureza sexual podem ser entendidos de outras formas. Não há uma evidência concreta de que houve qualquer envolvimento sexual.

    A resposta dele trouxe luz sobre um fator adicional no desenvolvimento da narrativa. Embora Boaz estivesse disposto a se casar com Rute por meio do levirato, reconheceu que havia em Belém um outro parente mais próximo do que ele (v. 12). Era necessário que esse homem renunciasse ao seu direito e à sua responsabilidade, para que Boaz fechasse seu acordo com Rute (v. 13).

    Diante de uma assembléia onde se reuniram os anciãos da cidade (Rt 4:2), Boaz inteligentemente fez um acordo com o parente, cujo nome não é mencionado, o qual passou a ele o direito de ser o remidor (vv. 1-8). De acordo com a lei mosaica, Rute tinha o direito de humilhar publicamente o outro parente, por sua omissão (Dt 25:710). Como, porém, estava interessada em casar-se com Boaz, ela não levou o assunto adiante. Pelo contrário, esperou que seu futuro esposo agisse da melhor maneira possível (Rt 3:18).

    Quando a transação legal foi concluída, a multidão desejou votos de felicidades e comparou a nova esposa de Boaz, Rute, com as mulheres que participaram da formação do povo de Israel: Raquel, Lia (Rt 4:11) e Tamar, uma estrangeira que teve filhos com Judá por meio de um relacionamento de levirato (Rt 4:12; Gn 38). Talvez a esterilidade temporária, de Raquel e Tamar seguida pela fertilidade, fosse outro ponto de comparação.

    Na época do casamento, não é possível determinar especificamente se Boaz já era casado ou qual era a diferença de idade entre os dois. Desde que ele várias vezes refere-se a Rute com as palavras “milha filha” (Rt 2:8; Rt 3:10-11), assim como Noemi a chamava (2:2-22;3:1-18), provavelmente Boaz estava mais próximo da idade da prima do que da de Rute. Depois de aproximadamente dez anos de casamento e viuvez (Rt 1:4-5), a moabita provavelmente estivesse com 30 anos quando se casou com Boaz e ele deveria ter em torno de 50 anos ou um pouco mais.

    Com aquela idade, naquele tipo de sociedade, é provável que Boaz fosse casado. Se era, sua esposa e filhos simplesmente não foram mencionados ou talvez fosse viúvo e sem filhos. Certamente não é revelada nenhuma preocupação pela confusão que o casamento causaria para Boaz, como aconteceu com o outro parente (Rt 4:6).

    Logo depois do casamento, Rute recebeu do Senhor a capacidade para conceber (v. 13). O menino, chamado Obede, foi a grande alegria de Noemi, sua avó adotiva, e tornou-se ancestral do rei Davi (vv. 14-17). É intrigante notar que esta criança foi proclamada remidora de Noemi em sua velhice (vv. 14,15), ao mesmo tempo que o texto dos vv. 16,17 indica que ela não só cuidou de Obede (v. 16), como efetivamente o adotou (v. 17). Se essa interpretação é correta, Obede substituiu legalmente os filhos falecidos de Noemi (Rt 1:5; Rt 4:10). Talvez a referência a Rute como “melhor do que sete filhos” (4:
    15) signifique que a moabita, por meio de sua devoção a Noemi, fez mais do que substituir seus filhos (4:15; 1:16-17).

    Devido ao fato de que se tratava de uma família patriarcal, cujo tamanho ideal muitas vezes era considerado o de sete pessoas, o número bíblico da plenitude, a declaração de que Rute era melhor do que sete filhos de fato era uma homenagem extravagante. Talvez porque Boaz e Rute tenham sido descritos anteriormente como pessoas de excelente caráter (Rt 2:1; Rt 3:11), na conclusão do livro são honrados de maneira similar. A multidão reunida já tinha desejado a Boaz: “há-te valorosamente em Efrata, e faze-te nome afamado em Belém” (4:11). Isso, porém, não é tudo. Boaz encontra-se numa posição privilegiada, pois é o sétimo na linhagem real de Davi (4:21). Assim, Rute e Boaz são vistos como figuras bíblicas exemplares, perfeitamente combinadas espiritualmente.

    A outra referência bíblica a Rute é particularmente interessante devido à clara relação que tem com o propósito do livro em que é encontrada. A menção de seu nome na árvore genealógica de Jesus, em Mateus 1:5, está junto com a de outras três mulheres: Tamar (v. 3), Raabe (v. 5) e “a esposa de Urias” (v. 6). Todas as quatro parecem ser estrangeiras, dentro do contexto do Antigo Testamento no qual se encontram. Assim, o primeiro evangelho, que termina com a ordem de Cristo para fazer “discípulos de todas as nações” (Mt 28:19), começa com o reconhecimento de que mulheres estrangeiras como Rute contribuíram sobremaneira para a linhagem de Jesus, o Messias. A.B.L.

    S


    Rute [Amizade] - Moabita, viúva de Malom, que voltou com Noemi, sua sogra, para Israel. Casou-se com Boaz, vindo a ser bisavó do rei Davi e uma das antepassadas de Jesus (Mt 1:5). V. RUTE, LIVRO DE.

    Senhor

    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    Teve

    substantivo deverbal Ação de ter, de receber ou de possuir: ele teve vários empregos.
    Ação de ser dono ou de usufruir de: ele sempre teve muito dinheiro.
    Não confundir com: tevê.
    Etimologia (origem da palavra teve). Forma regressiva de ter.

    Tevê

    tevê s. f. Pop. Televisão, acep. 2.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Rute 4: 13 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Assim tomou Boaz a Rute, e ela lhe foi por esposa; e ele entrou a ela, e o SENHOR concedeu concepção a ela, e ela deu à luz um filho.
    Rute 4: 13 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1140 a.C.
    H1121
    bên
    בֵּן
    crianças
    (children)
    Substantivo
    H1162
    Bôʻaz
    בֹּעַז
    antepassado de Davi, parente resgatador de Rute, nora de Noemi
    (Boaz)
    Substantivo
    H1961
    hâyâh
    הָיָה
    era
    (was)
    Verbo
    H2032
    hêrôwn
    הֵרֹון
    que existe no céu
    (heavenly)
    Adjetivo - neutro acusativo plural
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H3205
    yâlad
    יָלַד
    dar à luz, gerar, parir, produzir, estar em trabalho de parto
    (you shall bring forth)
    Verbo
    H3947
    lâqach
    לָקַח
    E levei
    (And took)
    Verbo
    H413
    ʼêl
    אֵל
    até
    (unto)
    Prepostos
    H5414
    nâthan
    נָתַן
    E definir
    (And set)
    Verbo
    H7327
    Rûwth
    רוּת
    ()
    H802
    ʼishshâh
    אִשָּׁה
    mulher, esposa, fêmea
    (into a woman)
    Substantivo
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo
    H935
    bôwʼ
    בֹּוא
    ir para dentro, entrar, chegar, ir, vir para dentro
    (and brought [them])
    Verbo


    בֵּן


    (H1121)
    bên (bane)

    01121 בן ben

    procedente de 1129; DITAT - 254; n m

    1. filho, neto, criança, membro de um grupo
      1. filho, menino
      2. neto
      3. crianças (pl. - masculino e feminino)
      4. mocidade, jovens (pl.)
      5. novo (referindo-se a animais)
      6. filhos (como caracterização, i.e. filhos da injustiça [para homens injustos] ou filhos de Deus [para anjos])
      7. povo (de uma nação) (pl.)
      8. referindo-se a coisas sem vida, i.e. faíscas, estrelas, flechas (fig.)
      9. um membro de uma associação, ordem, classe

    בֹּעַז


    (H1162)
    Bôʻaz (bo'-az)

    01162 בעז Bo az̀

    procedente de uma raiz não utilizada de significado incerto, grego 1003 βοος; n pr m Boaz = “rapidez”

    1. antepassado de Davi, parente resgatador de Rute, nora de Noemi
    2. nome da coluna esquerda das duas colunas de 18 côvados de altura erguidas no pórtico do templo de Salomão

    הָיָה


    (H1961)
    hâyâh (haw-yaw)

    01961 היה hayah

    uma raiz primitiva [veja 1933]; DITAT - 491; v

    1. ser, tornar-se, vir a ser, existir, acontecer
      1. (Qal)
        1. ——
          1. acontecer, sair, ocorrer, tomar lugar, acontecer, vir a ser
          2. vir a acontecer, acontecer
        2. vir a existir, tornar-se
          1. erguer-se, aparecer, vir
          2. tornar-se
            1. tornar-se
            2. tornar-se como
            3. ser instituído, ser estabelecido
        3. ser, estar
          1. existir, estar em existência
          2. ficar, permanecer, continuar (com referência a lugar ou tempo)
          3. estar, ficar, estar em, estar situado (com referência a localidade)
          4. acompanhar, estar com
      2. (Nifal)
        1. ocorrer, vir a acontecer, ser feito, ser trazido
        2. estar pronto, estar concluído, ter ido

    הֵרֹון


    (H2032)
    hêrôwn (hay-rone')

    02032 הרון herown ou הריון herayown

    procedente de 2029; DITAT - 515c; n m

    1. concepção física, gravidez, concepção

    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    יָלַד


    (H3205)
    yâlad (yaw-lad')

    03205 ילד yalad

    uma raiz primitiva; DITAT - 867; v

    1. dar à luz, gerar, parir, produzir, estar em trabalho de parto
      1. (Qal)
        1. dar à luz, gerar
          1. referindo-se ao nascimento de criança
          2. referindo-se ao sofrimento (símile)
          3. referindo-se ao perverso (comportamento)
        2. gerar
      2. (Nifal) ser nascido
      3. (Piel)
        1. levar a ou ajudar a dar à luz
        2. ajudar ou atuar como parteira
        3. parteira (particípio)
      4. (Pual) ser nascido
      5. (Hifil)
        1. gerar (uma criança)
        2. dar à luz (fig. - referindo-se ao ímpio gerando a iniqüidade)
      6. (Hofal) dia do nascimento, aniversário (infinitivo)
      7. (Hitpael) declarar o nascimento de alguém (descencência reconhecida)

    לָקַח


    (H3947)
    lâqach (law-kakh')

    03947 לקח laqach

    uma raiz primitiva; DITAT - 1124; v

    1. tomar, pegar, buscar, segurar, apanhar, receber, adquirir, comprar, trazer, casar, tomar esposa, arrebatar, tirar
      1. (Qal)
        1. tomar, pegar na mão
        2. tomar e levar embora
        3. tomar de, tirar de, pegar, carregar embora, tirar
        4. tomar para ou por uma pessoa, procurar, pegar, tomar posse de, selecionar, escolher, tomar em casamento, receber, aceitar
        5. tomar sobre si, colocar sobre
        6. buscar
        7. tomar, liderar, conduzir
        8. tomar, capturar, apanhar
        9. tomar, carregar embora
        10. tomar (vingança)
      2. (Nifal)
        1. ser capturado
        2. ser levado embora, ser removido
        3. ser tomado, ser trazido para
      3. (Pual)
        1. ser tomado de ou para fora de
        2. ser roubado de
        3. ser levado cativo
        4. ser levado, ser removido
      4. (Hofal)
        1. ser tomado em, ser trazido para
        2. ser tirado de
        3. ser levado
      5. (Hitpael)
        1. tomar posse de alguém
        2. lampejar (referindo-se a relâmpago)

    אֵל


    (H413)
    ʼêl (ale)

    0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

    partícula primitiva; DITAT - 91; prep

    1. para, em direção a, para a (de movimento)
    2. para dentro de (já atravessando o limite)
      1. no meio de
    3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
    4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
    5. em adição a, a
    6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
    7. de acordo com (regra ou padrão)
    8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
    9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

    נָתַן


    (H5414)
    nâthan (naw-than')

    05414 נתן nathan

    uma raiz primitiva; DITAT - 1443; v

    1. dar, pôr, estabelecer
      1. (Qal)
        1. dar, conceder, garantir, permitir, atribuir, empregar, devotar, consagrar, dedicar, pagar salários, vender, negociar, emprestar, comprometer, confiar, presentear, entregar, produzir, dar frutos, ocasionar, prover, retribuir a, relatar, mencionar, afirmar, esticar, estender
        2. colocar, estabelecer, fixar, impor, estabelecer, designar, indicar
        3. fazer, constituir
      2. (Nifal)
        1. ser dado, ser concedido, ser providenciado, ser confiado a, ser garantido a, ser permitido, ser emitido, ser publicado, ser afirmado, ser designado
        2. ser estabelecido, ser posto, ser feito, ser imposto
      3. (Hofal)
        1. ser dado, ser concedido, ser abandonado, ser entregue
        2. ser colocado sobre

    רוּת


    (H7327)
    Rûwth (rooth)

    07327 רות Ruwth

    provavelmente para 7468, grego 4503 Ρουθ; n. pr. f.

    Rute = “amizade”

    1. nora de Naomi, esposa de Boaz, e avó de Davi

    אִשָּׁה


    (H802)
    ʼishshâh (ish-shaw')

    0802 אשה ’ishshah

    procedente de 376 ou 582; DITAT - 137a; n f

    1. mulher, esposa, fêmea
      1. mulher (contrário de homem)
      2. esposa (mulher casada com um homem)
      3. fêmea (de animais)
      4. cada, cada uma (pronome)

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo

    בֹּוא


    (H935)
    bôwʼ (bo)

    0935 בוא bow’

    uma raiz primitiva; DITAT - 212; v

    1. ir para dentro, entrar, chegar, ir, vir para dentro
      1. (Qal)
        1. entrar, vir para dentro
        2. vir
          1. vir com
          2. vir sobre, cair sobre, atacar (inimigo)
          3. suceder
        3. alcançar
        4. ser enumerado
        5. ir
      2. (Hifil)
        1. guiar
        2. carregar
        3. trazer, fazer vir, juntar, causar vir, aproximar, trazer contra, trazer sobre
        4. fazer suceder
      3. (Hofal)
        1. ser trazido, trazido para dentro
        2. ser introduzido, ser colocado