Enciclopédia de I Samuel 2:17-17

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

1sm 2: 17

Versão Versículo
ARA Era, pois, mui grande o pecado destes moços perante o Senhor, porquanto eles desprezavam a oferta do Senhor.
ARC Era pois muito grande o pecado destes mancebos perante o Senhor, porquanto os homens desprezavam a oferta do Senhor.
TB Era muito grande o pecado desses moços diante de Jeová, pois o povo veio a desprezar a oferta de Jeová.
HSB וַתְּהִ֨י חַטַּ֧את הַנְּעָרִ֛ים גְּדוֹלָ֥ה מְאֹ֖ד אֶת־ פְּנֵ֣י יְהוָ֑ה כִּ֤י נִֽאֲצוּ֙ הָֽאֲנָשִׁ֔ים אֵ֖ת מִנְחַ֥ת יְהוָֽה׃
BKJ Por isso o pecado dos jovens era muito grande diante do -SENHOR; pois os homens abominavam a oferta do -SENHOR.
LTT Era, pois, muito grande o pecado destes moços perante o SENHOR, porquanto os homens desprezavam a oferta do SENHOR.
BJ2 O pecado daqueles moços foi grande perante Iahweh, porque tratavam com descaso a oferenda feita a Iahweh.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de I Samuel 2:17

Gênesis 6:11 A terra, porém, estava corrompida diante da face de Deus; e encheu-se a terra de violência.
Gênesis 10:9 E este foi poderoso caçador diante da face do Senhor; pelo que se diz: Como Ninrode, poderoso caçador diante do Senhor.
Gênesis 13:13 Ora, eram maus os varões de Sodoma e grandes pecadores contra o Senhor.
II Reis 21:6 E até fez passar a seu filho pelo fogo, e adivinhava pelas nuvens, e era agoureiro, e instituiu adivinhos e feiticeiros, e prosseguiu em fazer mal aos olhos do Senhor, para o provocar à ira.
Salmos 51:4 Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que a teus olhos é mal, para que sejas justificado quando falares e puro quando julgares.
Isaías 3:8 Porque Jerusalém tropeçou, e Judá caiu, porquanto a sua língua e as suas obras são contra o Senhor, para irritarem os olhos da sua glória.
Malaquias 2:7 Porque os lábios do sacerdote guardarão a ciência, e da sua boca buscarão a lei, porque ele é o anjo do Senhor dos Exércitos.
Malaquias 2:13 Ainda fazeis isto: cobris o altar do Senhor de lágrimas, de choros e de gemidos; de sorte que ele não olha mais para a oferta, nem a aceitará com prazer da vossa mão.
Mateus 18:7 Ai do mundo, por causa dos escândalos. Porque é mister que venham escândalos, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem!

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de I Samuel Capítulo 2 do versículo 1 até o 36
d. O cântico de louvor de Ana (2:1-10). Então, orou Ana (1) na forma de um salmo de ação de graças. Esta é uma poesia de grande beleza e profundidade, e é o modelo do "Magnificat" de Maria no Novo Testamento (Lc 1:46-55). O meu poder (1) — melhor na ARA, "minha força". A minha boca se dilatou — anteriormente sem palavras por causa das provocações de sua rival, a boca de Ana agora se abre em louvor a Deus. Na tua salvação — do hebraico yeshuah, "segurança, bem-estar, salvação" — é usada de muitas maneiras por toda a Bíblia: em vitória política ou militar, alívio do sofrimento ou enfer-midade, mas principalmente na libertação do pecado.'

Rocha nenhuma há como o nosso Deus (2) — Deus é freqüentemente descrito como uma rocha (e.g., 2 Sm 22.2,3; S118.2; 28.1; 62.2,6; etc.), tanto no sentido de refúgio como de alicerce. Não multipliqueis palavras (3) — "não fale mais", dirigido à adversária de Ana. Até a estéril teve sete filhos (5) — pode ser a profecia da família subseqüente de Ana, apesar de a quantidade de seus filhos parecer ser seis (21). O número poderia ser usado em seu significado secundário ou relacionado à perfeição ou inteireza.

E dará força ao seu rei, e exaltará o poder do seu ungido (10). Apesar de Israel não ter tido um rei durante muitos anos após estas palavras terem sido ditas, a idéia era familiar, pois as pessoas quiseram que Gideão se tornasse um monarca (Jz 8:22). Sem dúvida, mesmo naquela época, a nação sentia que precisava de um governo forte e centralizado, o que raramente foi alcançado com os juízes. Seu ungido (mashiac, de onde vem a palavra "Messias") é usado pela primeira vez aqui. Isto se tornou tanto um título como um nome para Jesus ("Cristo" é o termo grego para o hebraico mashiach). A expectativa da vinda do Messias cresceu muito durante a era profética posterior em Israel e é a base do cumprimento neotestamentário em Cristo, tanto em sua primeira vinda como em seu retorno.

2. No Tabernáculo com Eli (2:11-36)

Samuel ficou servindo ao Senhor, perante o sacerdote Eli (11). A natureza das atividades de Samuel não é explicada, a não ser pelo fato de ele estar à disposição de Eli (3.5,
8) e de abrir os portões do Tabernáculo pela manhã (3.15).

a. Os filhos maus de Eli (2:12-17). Hofni e Finéias são descritos como filhos de Belial e não conheciam o Senhor. (12) Veja os comentários de 1.16 sobre os filhos de Belial. Nas Escrituras, "conhecer" ou "não conhecer" o Senhor normalmente se refere a um conhecimento pessoal de Deus em adoração e obediência. Os hebreus não considera-vam o conhecimento primeiramente como algo intelectual, mas sim como algo completa-mente pessoal. O termo usado significava "ter proximidade de", em vez de simplesmente "conhecer". 5Mesmo treinados no ritual e nas cerimônias do Antigo Testamento e, sem dúvida, familiarizados com as exigências da lei, esses dois jovens eram maldosos e inescrupulosos em caráter pessoal.

A lei prescrevia cuidadosamente a natureza das ofertas que deveriam ser trazidas ao altar do Senhor, juntamente com a maneira pela qual o sustento dos sacerdotes era provido (cf. Lv 7:28-34). A iniqüidade dos filhos de Eli residia em suas exigências mag-nânimas e pouco razoáveis de receberem sua porção antes de o sacrifício ser formal-mente dedicado ao Senhor. O resultado foi que os homens desprezavam a oferta do Senhor (17).

Por todo o texto dos capítulos 1:4 o autor inspirado estabelece um contraste entre a maldade dos filhos naturais de Eli com a espiritualidade crescente e o discernimento de Samuel, filho adotivo do sumo sacerdote. Sem dúvida, o ambiente do início da vida desempenha um papel importante no caráter moral e na experiência espiritual das cri-anças. Contudo, uma das mais certas evidências de liberdade e autodeterminação da alma humana é vista em situações como as apresentadas aqui.

  • As Visitas de Ana a Samuel (2:18-21). A visita anual de Elcana e sua família a Siló tinha um duplo significado agora, pois, além da adoração religiosa, havia a alegria de se reunir com o filho que fora dedicado ao serviço do Senhor. O éfode de linho (18) era um traje cerimonial usado por aqueles que serviam em um local religioso. É provável que ele cobrisse apenas a parte frontal do corpo e, por isso, às vezes era chamado de avental. Ana também trazia para Samuel, a cada ano, uma túnica feita por ela. A família de Elcana foi abençoada com mais três filhos e duas filhas (21), todos de Ana.
  • O desconsolo de Eli (2:22-26). A razão do fracasso de Eli em lidar com a imoralida-de de seus filhos pode ser explicada parcialmente em função de sua idade avançada. Tal imoralidade era agravada por ser cometida no próprio Tabernáculo. A presença de mu-lheres ligadas ao funcionamento do Tabernáculo é expressa em Êxodo 38:8. O escândalo era evidente (24).
  • A advertência de Eli a seus filhos abrangia tanto o efeito da conduta deles sobre os outros — fazeis transgredir o povo do Senhor (24) — como as conseqüências sobre eles mesmos (25). A conduta ética imprópria — o pecado de um homem contra outro — poderia ser julgado nas cortes da lei; mas o pecado religioso contra Deus seria punido pelo pró-prio Senhor. Pelo fato de o termo hebraico traduzido como juiz ser ha-Elohim, que tam-bém significa "Deus", a ARA e outras traduções modernas trazem: "Pecando o homem contra o próximo, Deus lhe será o árbitro", ou "Deus o julgará". Em vista do mal agrava-do, a repreensão de Eli parece ser muito branda.' Para pecados "com alta mão" — desafio e rebelião contra o próprio Deus — o Antigo Testamento não apresenta uma solução. Somente Cristo pode ser o mediadór entre o homem e Deus (1 Tm 2.5,6).

    Porque o Senhor os queria matar — a partícula primitiva hebraica kee, porque, é usada em relações causais de todos os tipos, antecedentes ou conseqüentes. Também pode ser apresentada como "portanto". Os homens não eram pecaminosos porque Deus desejava matá-los, mas, porque eles se tornaram ímpios, o Senhor os julgaria e traria uma morte dolorosa e prematura.

    Mais uma vez, a piedade de Samuel é contrastada com a pecaminosidade dos filhos de Eli. No mesmo ambiente, o jovem Samuel ia crescendo e fazia-se agradável, assim para com o Senhor como também para com os homens (26). Uma declara-ção similar é feita em relação ao menino Jesus (Lc 2:52). Isso demonstra aprovação com-pleta, tanto em sua conduta ética como religiosa.

  • É profetizado julgamento contra a casa de Eli (2:27-36). E veio um homem de Deus a Eli e disse-lhe: Assim diz o Senhor (27) — homem de Deus e assim diz o Senhor são as credenciais do profeta, como o ofício se desenvolveu mais tarde em Israel. Mesmo nestes primórdios havia aqueles que o Senhor mandava juntamente com sua palavra. Aparentemente foi um homem de Deus não identificado que confron-tou o sacerdote Eli. A casa de teu pai — Moisés e Arão eram ambos da tribo de Levi, da qual Eli também fazia parte. Todos os levitas eram dedicados ao serviço do Senhor para tomar o lugar dos primogênitos, que foram poupados durante a última praga antes do êxodo (cf. Nm 3:41-45).
  • Os sacerdotes eram tomados da descendência de Arão. Para trazer o éfode pe-rante mim (28), cf.comentário de 2.18. Deus provera generosamente as necessidades dos levitas e dos sacerdotes. Apesar disto, os filhos de Eli não estavam satisfeitos. Por que dais coices (...) ? (29) ; a Septuaginta traz "Por que tratais isso com desprezo?".

    O fato da eleição condicional na Bíblia é claramente mostrado aqui (30). Deus esco-lheu a casa de Levi e prometeu que ela seria estabelecida para sempre. Portanto, diz o Senhor — as promessas estavam sujeitas às condições de obediência e fidelidade em con-fiar. Tanto no Antigo como no Novo Testamento a eleição não é designação para o privilé-gio, mas para a responsabilidade. É um dom de Deus e, portanto, não pode ser conquis-tada ou merecida; mas pode ser perdida pela rebelião e pela descrença (cf. Rm 9 — 11).

    Porque aos que me honram honrarei (30). Dentro da liberdade do homem, Deus colocou a opção entre a honra e a humilhação, entre a glória e a vergonha. Serão envilecidos — hebraico qalal, "ser humilhado", "ser desprezado", "ser menosprezado". Cortarei o teu braço (31) — isto é, "sua força, sua eminência ou sua liderança". Para que não haja mais velho algum — uma vida longa e idade madura eram considerados sinais da bênção especial de Deus. (cf. Sl 91:16).

    O versículo 32 é difícil de ser traduzido. Ele pode significar que um sacerdote rival ministraria no santuário. Moffatt traduz: "Então, em sua necessidade você olhará com inveja toda a prosperidade que dou a Israel"; Berk: "Em minha casa você testemunhará a escassez dentre todas as bênçãos que eu darei a Israel"; ARA: "E verás o aperto da morada de Deus, a um tempo com o bem que fará a Israel".

    O homem citado no versículo 33 refere-se a Abiatar, o único que escapou do massa-cre dos sacerdotes em Nobe, evento no qual esta horrível profecia se cumpriu (1 Sm 22:18-23; I Reis 2:26-27). Ambos morrerão no mesmo dia (34) — cf. 4.11. E eu suscita-rei para mim um sacerdote fiel (35) — parcialmente cumprido em Samuel, e talvez também em Zadoque (2 Sm 8.17; 15.24). Meu ungido — o rei, mas ultimamente o Mes-sias. Todo aquele que ficar de resto (36) — os poucos descendentes de Eli que restas-sem procurariam sustento em Samuel e nos principais sacerdotes dos dias posteriores.


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de I Samuel Capítulo 2 do versículo 1 até o 36
    *

    2.1-10 Tendo recebido a resposta à sua oração, Ana entoa um cântico jubiloso de ação de graças. Focalizando a soberania do Senhor e a sua graça aos humildes, Ana antecipa os temas principais dos livros de Samuel. Os mesmos temas de soberania, graça, e da libertação são reiterados no cântico de Davi de ação de graças perto do fim de 2 Samuel (cap. 22). Os dois cânticos fornecem um arcabouço poético para 1 e II Samuel. O cântico de louvor (mais breve) de Maria (o Magnificat, Lc 1:46-55) parece ter seguido o modelo de Ana. Os dois cânticos iniciam-se com regozijo por causa do livramento pelo Senhor (v. 1; Lc 1:46-48), exaltam a incomparabilidade e santidade do Senhor (v. 2; Lc 1:49, 50), condenam a jactância orgulhosa (v. 3; Lc 1:51), indicam mudança da sorte humana como resultado de intervenções pelo Senhor soberano (vs. 4-8; Lc 1:52, 53), e expressam o cuidado fiel que o Senhor dedica aos seus (v. 9; Lc 1:54, 55). O cântico de Ana termina com a asseveração de que o próprio Senhor dará forças ao seu rei, ao seu ungido (vs. 9-10).

    * 2:1

    força. Lit. "chifre," palavra esta que [em hebraico] é usada figuradamente no Antigo Testamento para significar orgulho e força. É Deus quem exalta a força dos justos e abate as forças dos ímpios (Sl 75:10). Davi exalta o Senhor como "o meu escudo, a força da minha salvação" (v. 10, nota; 2Sm 22:3).

    * 2:2

    Rocha. Como metáfora para Deus, esse termo está concentrado nos trechos poéticos tais como o cântico de Moisés em Dt 32; o cântico de Davi em 2Sm 22; Salmos; e Isaías. A metáfora sugere a força e a soberania de Deus, e a segurança daqueles que confiam nele. Aqui recai o enfoque na incomparabilidade do único Deus verdadeiro, em oposição às falsas fontes de segurança (compare o contraste com os falsos deuses, também chamados "rocha," em Dt 32:31, 37; Is 44:8).

    * 2:5

    tem sete filhos. O número sete expressa o que é idealmente completo (Rt 4:15).

    * 2:9

    porque o homem não prevalece pela força. As narrativas subseqüentes confirmam que não é a proeza física, mas a presença de Deus, que traz a vitória. Na narrativa da arca nos caps. 4–6, o Senhor faz os filisteus sentirem a sua mão sem a ajuda de agentes humanos (5.6). Outros exemplos desse tipo são a vitória do Senhor através de Samuel no cap. 7; os resultados contrastantes de Saul e Jônatas nos caps. 13 e 14; a escolha de Davi, o mais jovem dos filhos de Jessé, no cap. 16; e a vitória de Davi sobre Golias no cap. 17.

    * 2:10

    seu rei. A referência aqui ao rei do Senhor antevê o evento central dos livros de Samuel, a saber: a instituição de uma monarquia, e subentende que a idéia de uma monarquia, corretamente cogitada, não é errada. Que Israel teria um rei é previsto em vários trechos do Pentateuco (Gn 49:10; Nm 24:7, 17-19; Dt 17:14-20).

    seu ungido. Numerosos objetos e pessoas estavam sujeitos à unção religiosa no Israel antigo (Êx 30:22-33), mas era o rei que, em última análise, tinha o título de "ungido do SENHOR" ou simplesmente de "ungido." As pessoas escolhidas para servir a Deus eram ungidas para simbolizar que essa era a sua vocação, que eram autorizadas para realizá-la, e que Deus lhes daria a ajuda da qual necessitassem. As referências ao rei como o ungido do Senhor predominam nos livros de Samuel (v. 35; 12.3. 5; 16.6; 24,6) e nos Salmos (Sl 2:2; 18:50). O presente trecho é a primeira referência a um rei de Israel como o "ungido" de Deus, embora a idéia de ungir um rei já se encontre na fábula de Jotão (Jz 9:8, 15). A palavra "messias" em português representa a palavra "ungido" em hebraico. No Novo Testamento, "Cristo" representa a palavra grega Christos, que também significa "ungido."

    * 2:12

    os filhos de Belial. Assim se traduz uma expressão em hebraico que conota pessoas vis, sem valor [que é a tradução literal de belial]. É usada a respeito daqueles que incitam à idolatria (Dt 13.13) ou à insurreição (10.27; 2 Sm 16.7; 20:1); que são sexualmente imorais (Jz 19:22); ou que são mentirosos (1Rs 21:10, 13). Infelizmente, a expressão podia ser aplicada aos filhos de Eli.

    não se importavam. Lit. "não conheciam," o que forma um contraste irônico entre os filhos de Eli e Samuel (3.7, nota).

    * 2:13

    o costume daqueles sacerdotes. A prática descrita nos vs. 13, 14 é diferente dos preceitos de Lv 7:28-36 e Dt 18:3. A cobiça dos filhos de Eli levou os israelitas a desprezarem a oferta do SENHOR (v. 17).

    * 2:15

    antes de se queimar a gordura. Deste os tempos em que Abel ofereceu a gordura dos primogênitos do seu rebanho (Gn 4:4), as partes gordurosas eram consideradas as melhores, e por isso mesmo, reservadas para o Senhor. Os sacerdotes tinham o dever de queimar a gordura no altar, como oferenda ao Senhor (Lv 3:16; 7:31). Assim como o sangue, a gordura era rigorosamente proibida para o consumo humano, e quem a comesse seria expulso do meio do povo de Deus (Lv 3:17; 7.23-25).

    * 2:18

    Samuel. O comportamento de Samuel, que ministra fielmente diante do Senhor, e também o de Eli, que regularmente abençoa Elcana com sua esposa (v. 20), está em nítido contraste com os abusos dos filhos de Eli.

    estola sacerdotal de linho. Algum tipo de roupa interna curta, associada ao serviço sacerdotal (22.18), que também foi usada pelo rei Davi quando trouxe a arca para Jerusalém (2Sm 6:14). Ver também 2.28, nota.

    * 2:19

    túnica. Uma roupa externa, que deveria ser usada por cima da estola sacerdotal de linho.

    * 2.20 filho que devolveu. As palavras de Eli relembram as de Ana em 1.27, 28. As palavras "dádiva" e "pedir" em hebraico são derivadas da mesma palavra que o nome "Saul" (1.20, nota).

    * 2:21

    diante do SENHOR. Ou: "com o SENHOR"; a mesma expressão em hebraico é usada no v. 26.

    * 2:22

    Eli. Novamente, assim como no v. 12, o enfoque muda do menino Samuel para a casa de Eli.

    ouvia. Eli tinha que ser informado a respeito daquilo que ele já deveria ter observado e controlado por sua própria iniciativa. Mas seus delitos são muito mais profundos do que a simples falta de atenção (v. 29).

    se deitavam com as mulheres. Quanto à "tenda," ver nota em 1.9; quanto às "mulheres que serviam," ver Êx 38:8. A prostituição cultual, embora fosse explicitamente condenada pela Lei (Dt 23:17, 18), era praticada pelos cananeus e se constituía em perigo constante para os israelitas (1Rs 15:12; 2Rs 23:7; Os 4:14).

    * 2.25 Deus lhe será o árbitro. O argumento de Eli é que, embora possa haver alguma mediação nas disputas entre as pessoas, ninguém que poderá intervir quando o delito for contra o próprio Deus. Os filhos de Eli pecaram, antes de mais nada, contra o Senhor (v. 17), e selaram o seu destino ao se recusar a prestar atenção à advertência de Eli.

    o SENHOR os queria matar. Essa declaração clara da soberania de Deus sobre o destino dos ímpios não diminui a responsabilidade das pessoas pelas suas próprias ações. Um exemplo do relacionamento entre a soberania divina e a responsabilidade humana acha-se no endurecimento do coração de Faraó nos primeiros capítulos do Êxodo. Em cerca de metade das ocasiões, é declarado que Faraó endureceu seu próprio coração (Êx 8:15); nas demais ocasiões, é declarado que Deus o endureceu (Êx 4:21; Rm 9:17, 18). Deus pode castigar o pecado persistente e deliberado removendo a capacidade de a pessoa se arrepender (Js 11:20; Rm 1:24, 26, 28).

    2:26

    no favor do SENHOR. A gravidade da recusa dos filhos de Eli de prestarem atenção aos homens ou a Deus é enfatizada pelo contraste marcante com Samuel, que cresce no favor de Deus e dos homens. A ênfase dada ao crescimento de Samuel como sendo mais do que meramente físico prenuncia um tema que é posteriormente desenvolvido nas figuras contrastantes de Saul e de Davi. A expressão no v. 6 é usada por Lucas para descrever a infância de Jesus (Lc 2:52; ver Pv 3:4).

    * 2.27-36 As palavras do homem de Deus a Eli exibem características típicas dos discursos proféticos de juízo. Há uma acusação (expressa aqui através das perguntas acusadoras que enfatizam o contraste entre a graça do Senhor e a desobediência de Eli) e uma proclamação de juízo, confirmada por um sinal. Outros exemplos de discursos proféticos desse tipo acham-se nos caps. 13; 15; em 2Sm 12:7-12.

    * 2:27

    homem de Deus. No Antigo Testamento, esse título é freqüentemente empregado de modo intercambiável com "profeta" (9.8-11; 13 15:11-13.18'>1Rs 13:15-18; 2Rs 5:8; 6.10-12).

    casa de teu pai... no Egito. Embora a genealogia de Eli não esteja registrada em nenhuma parte do Antigo Testamento, o v. 28 subentende que ele era um descendente de Arão. A asseveração de que o Senhor se revelou e selecionou a casa de Eli já nos tempos da servidão de Israel no Egito ressalta a ingratidão grosseira da casa de Eli.

    * 2.28 trazer a estola sacerdotal. A estola sacerdotal mencionada aqui não é a roupa mencionada no v. 18, mas a estola do sumo sacerdote, que continha o "peitoral do juízo" e o "Urim e o Tumim," através dos quais se podia descobrir a vontade do Senhor (Êx 28:4-30).

    e dei... as ofertas. Tanto no Antigo Testamento (Nm 18:8; Dt 18:1) quanto no Novo (1Co 9:13, 14; 1Tm 5:17, 18) Deus providencia o sustento daqueles que estão no seu serviço.

    *

    2:29

    honras. Embora os delitos dos filhos de Eli fossem mais atrevidos, ele próprio não fica sem culpa. Como pai e sumo sacerdote, não deveria ter se limitado a confrontar seus filhos somente com palavras (vs. 23-25). Ter deixado de agir firmemente equivaleu a honrar seus filhos acima do Senhor (v. 30). A palavra hebraica traduzida por "honrar" é uma palavra-chave nos relatos subseqüentes da queda da família de Eli e da captura e devolução da arca (caps. 4–7); ver notas em 4.21; 6.5, 6.

    *

    2:30

    perpetuamente. Contínua ou indefinidamente.

    * 2:31

    não haja mais velho nenhum em tua casa. A dizimação da casa de Eli começa com a morte dos seus filhos (4,11) e a sua própria (4.18). Ela continua com o massacre dos sacerdotes de Nobe por Saul (22.17-19) e culmina quando Salomão remove Abiatar do sacerdócio (1Rs 2:26, 27).

    * 2:32

    o aperto da morada de Deus. Ou: “um inimigo em minha morada”. O termo em hebraico é difícil, e partes dos vs. 31, 32 faltam na Septuaginta e nos Rolos do Mar Morto. Se for correta a tradução "o inimigo na morada de Deus", o versículo aludiria à captura da arca (4.1-11), à destruição da morada do Senhor em Siló (Jr 7:12-14), e à sua recolocação em Nobe (21.1).

    * 2.34 sinal. Pronunciamentos proféticos eram freqüentemente confirmados por sinais (2.27-36, nota; conforme 10.7, 9; 1Rs 13:3, 5; 2Rs 19:29; 20:8, 9).

    * 2:35

    sacerdote fiel. Embora a declaração em 3.20 de que Samuel foi "confirmado" como um profeta do Senhor sugira que Samuel possa ter sido o cumprimento dessa predição, o cumprimento mais claro vem na pessoa de Zadoque, que serviu como sumo sacerdote lado a lado com Abiatar no reinado de Davi (2Sm 8:17, nota) e que chegou à preeminência no reinado de Salomão (1Rs 2:35). Os descendentes de Zadoque mantiveram-se no sumo sacerdócio desde o reinado de Salomão até aos tempos de Antíoco Epifânio e dos macabeus (para os detalhes, ver Introdução ao Período Interbíblico).

    meu ungido. Essa é a segunda alusão neste capítulo ao rei vindouro (v. 10 nota).

    *

    2.36 um pedaço de pão. Os juízos proféticos eram caracterizados pela correspondência entre o crime e o castigo. A fome ameaçada nesse versículo corresponde com a satisfação da gula descrita nos vs. 12-27 e 29.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de I Samuel Capítulo 2 do versículo 1 até o 36
    2.1-10 Ana elogiou a Deus pela resposta a sua oração por um filho. O tema de sua oração poética foi sua confiança na soberania de Deus e seu agradecimento por suas bênções. María, a mãe do Jesus, utilizou a oração da Ana como modelo de sua própria canção de louvor chamada Magnificat (Lucas 1 2Rs 46:55). Como Ana e María, devemos confiar em que Deus tem o controle último sobre os fatos de nossas vidas, e devemos estar agradecidos pela maneira em que nos benzeu. Ao elogiá-lo por todas as coisas boas, estamos reconhecendo seu controle definitivo sobre todos os assuntos da vida.

    2:2 Ana elogia a Deus por ser uma Rocha firme, forte e imutável. Em nosso agitado mundo, os amigos vão e vêm e as circunstâncias trocam. É difícil encontrar uma base sólida que não troque. Aqueles que dedicam suas vidas a obter causas ou posses tenham a segurança que são coisas finitas e transitivas. As posses pelas que trabalhamos tão duro perecerão. Mas, Deus sempre está presente. Espere no. O nunca falha.

    2:3 Pela forma em que Ana diz estas palavras, não há dúvida que se refere à arrogância e os repreensões da Penina. Entretanto, Ana não tinha que lhe pagar com a mesma moeda, já que ela sabia que Deus sabe tudo, e que julgará todo pecado e orgulho. Sabiamente, Ana deixou a Deus o julgamento. Resista a tentação de fazer justiça por sua própria mão. Deus julgará suas obras, assim como as daqueles que lhe têm feito mal.

    2:10 Viver em um mundo onde a ameaça de um holocausto nuclear sempre está presente e onde o mal abunda pode nos fazer esquecer que Deus é soberano sobre todas as coisas. Ana viu deus (1) sólido como uma rocha (2.2); (2) como um que vê o que fazemos (2.3); (3) soberano sobre todos os assuntos da gente (2.4-8); e (4) o juiz supremo que administra justiça perfeita (2.10). Recorde que o controle soberano de Deus nos ajuda a pôr em perspectiva os fatos do mundo e as circunstâncias pessoais.

    2:11 Samuel "ministraba ao Jeová diante do sacerdote Elí". Em outras palavras, Samuel era o ajudante ou assistente do Elí. Nesse rol, as responsabilidades do Samuel deveram ter incluído abrir todas as manhãs as portas do tabernáculo (3,15) e limpar o mobiliário e varrer os pisos. Quando cresceu, Samuel deveu ter ajudado ao Elí a oferecer os sacrifícios. O fato de que usasse um efod de linho (uma vestimenta usada pelos sacerdotes) significa que era um aprendiz de sacerdote (2.18). devido a que Samuel era o ajudante do Elí, também era ajudante de Deus. Quando a gente serve a outros, inclusive em tarefas ordinárias, está servindo a Deus. Já que em última instância servimos a Deus, todo trabalho tem sua dignidade.

    Ana

    A oração da Ana nos mostra que tudo o que temos e recebemos é um empréstimo de Deus. Ana pôde ter tido muitas razões para ser uma mãe possessiva. Mas quando Deus respondeu sua oração, ela cumpriu sua promessa de dedicar ao Samuel ao serviço do.

    Ela descobriu que o gozo maior em ter um filho é retornar-lhe total e livremente a Deus. Ela entrou na maternidade preparada para fazer o que todas as mães deverão fazer à larga: deixar ir a seus filhos.

    Quando os meninos nascem, são completamente dependentes de seus pais para todas suas necessidades básicas. Isto faz que alguns pais se esqueçam que esses mesmos meninos crescerão por volta da independência dentro de uns poucos anos. Estar consciente das diferentes etapas deste saudável processo fortalecerá em grande maneira as relações familiares;este processo ocasionará grande dor. Gradualmente devemos deixar ir a nossos filhos para poder lhes permitir que cheguem a ser adultos amadurecidos e interdependentes.

    Pontos fortes e lucros:

    -- Mãe do Samuel, o maior juiz do Israel

    -- Fervente crente; eficaz na oração

    -- Disposta a cumprir um muito custoso compromisso

    Debilidades e enganos:

    -- Lutou com sua auto-estima porque não podia ter filhos

    Lições de sua vida:

    -- Deus escuta e responde as orações

    -- Nossos filhos são presentes de Deus

    -- Deus está preocupado pelo oprimido e o aflito

    Dados gerais:

    -- Onde: Efraín

    -- Ocupação: Dona-de-casa

    -- Familiares: Marido: Elcana. Filho: Samuel. Mais tarde, outros três filhos e duas filhas

    -- Contemporâneos: Elí, o sacerdote

    Versículos chave:

    "E ela disse: OH, meu senhor! Vive sua alma, meu senhor, eu sou aquela mulher que esteve aqui junto a ti orando ao Jeová. Por este menino orava, e Jeová me deu o que lhe pedi. Eu, pois,

    dedico-o também ao Jeová; todos os dias que viva, será do Jeová. E adorou ali ao Jeová"

    (1Sm 1:26-28).

    Sua história se relata em 1 Smamuel 1-2.

    2.12ss A lei estipulava que todas as necessidades dos levita fossem satisfeitas por meio dos dízimos do povo (Nu 18:20-24; Js 13:14, Js 13:33). Já que os filhos do Elí eram sacerdotes, deviam usar este meio para satisfazer suas necessidades. Mas os filhos do Elí se aproveitaram de sua posição para satisfazer sua luxúria de poder, de posses e de controle. Seu desprezo e arrogância para o povo e o culto escavaram a integridade de todo o sacerdócio.

    Elí sabia que seus filhos eram maus, mas fez muito pouco para corrigi-los ou detê-los, inclusive quando a integridade do santuário de Deus se via ameaçada. Como supremo sacerdote, Elí deveu ter executado a seus filhos (Número 15:22-31). Como era de esperar, Elí não quis enfrentar a situação. Ao ignorar suas ações egoístas, Elí permitiu que seus filhos arruinassem suas vidas e as de muitos outros. Há momentos nos que devemos enfrentar os problemas sérios, mesmo que as conseqüências possam ser dolorosas.

    2:13, 14 Este garfo era um utensílio usado no tabernáculo para oferecer os sacrifícios. Feito de bronze (Ex 27:3) usualmente tinha três dentes para engarfiar a carne que seria oferecida no altar. Os filhos do Elí usavam o garfo para tirar mais carne do caldeirão do que deviam.

    2.13-17 O que era o que estavam fazendo mal os filhos do Elí? Estavam tomando partes do sacrifício antes de que fossem oferecidas a Deus no altar. Além disso estavam comendo carne antes de que se queimasse a grosura. Isto era contra a lei de Deus (Lv 3:3-5). Em efeito, os filhos do Elí estavam tratando com desprezo as oferendas de Deus. As oferendas se ofereciam para expressar a Deus honra e respeito enquanto se buscava o perdão pelos pecados, mas os filhos do Elí estavam pecando enquanto faziam as oferendas, demonstrando a Deus uma irreverência descarada. E como se esses pecados não fossem suficientes, deitavam-se com as mulheres que serviam ali (Lv 2:22).

    Como os filhos do Elí, atualmente algumas pessoas tratam a fé que outros têm em Deus e suas "oferendas" com desprezo. Deus julga severamente a aqueles que desencaminham ao povo ou menosprezam o que se dedica ao (Nu 18:32).

    2:18 Samuel usava um efod de linho. Um efod era um colete comprido sem mangas feito de linho puro que usavam os sacerdotes. O efod do supremo sacerdote tinha um significado especial. Estava bordado com uma variedade de cores brilhantes. Unido a ele estava o peitoral, uma peça parecida com um babador com ombreiras bordadas em ouro. Havia doze pedras preciosas unidas ao peitoral, as que representavam a cada uma das tribos do Israel. Unido ao efod havia um saquito que continha o Urim e o Tumim, dois pequenos objetos que se usavam para determinar a vontade de Deus em certos assuntos nacionais.

    2:21 Deus honrou os desejos da fiel Ana. Nunca mais voltamos ou seja da Penina nem de seus filhos, mas Samuel foi utilizado poderosamente Por Deus. Além disso, Deus deu a Ana outros cinco filhos além do Samuel. Freqüentemente Deus nos benze em formas que não esperamos. Ana nunca esperou ter um filho a sua idade, muito menos seis! Não se resienta pelo tempo que Deus se toma em responder. Possivelmente as bênções de Deus não sejam imediatas, mas chegarão se formos fiéis ao que O diz em sua Palavra.

    2.23-25 Os filhos do Elí sabiam o que deviam fazer, mas continuaram desobedecendo a Deus deliberadamente ao enganar, seduzir e roubar ao povo. portanto, Deus planejou lhes tirar a vida. Qualquer pecado é mau, mas o pecado realizado deliberada e enga�osamente é da pior classe. Quando pecamos por ignorância, merecemos castigo, mas quando pecamos intencionalmente, as conseqüências serão mais severas. Não ignore as advertências de Deus sobre o pecado. Abandone o pecado antes que este se converta em um estilo de vida.

    2:25 Acaso um Deus amoroso faz planos para matar às pessoas? Observe a situação que havia no tabernáculo. Uma pessoa oferecia uma oferenda para o perdão de seus pecados, e os filhos do Elí roubavam as oferenda e faziam uma farsa da atitude de arrependimento dessa pessoa. Deus, em seu amor pelo Israel, não podia tolerar esta situação. Por isso permitiu que eles morreram como resultado de sua própria presunção jactanciosa. Levaram o arca à batalha, pensando que os protegeria. Mas Deus retirou seu amparo e morreram os malvados filhos do Elí (4.10, 11).

    2:29 Elí teve muitos problemas ao tratar de criar a seus filhos. Quando se deu conta de sua maldade, aparentemente não aplicou nenhuma ação disciplinadora forte a seus filhos. Mas Elí não era sozinho um pai tratando das ver-se com filhos rebeldes. Era o supremo sacerdote que passava por cima o pecado dos sacerdotes que estavam sob sua jurisdição. Por isso, o Senhor tomou medidas disciplinadoras necessárias que Elí evadiu.

    Elí foi culpado por honrar a seus filhos por cima de Deus ao lhes permitir que continuassem em pecado. Há algo em sua vida, família ou trabalho que você segue permitindo que aconteça mesmo que sabe que está mau? Se for assim, pode ser tão culpado como aqueles que estão envoltos nessa má ação.

    2:31, 35, 36 Para o cumprimento desta predição veja-se 1Rs 2:26-27. Esta é quando Salomão tirou ao Abiatar de sua posição, terminando assim com a linha do Elí. Depois Deus levantou o Sadoc, um sacerdote sob o reinado do Davi e logo supremo sacerdote sob o Salomão. A linha do Sadoc provavelmente continuou em seu lugar até os dias do Esdras.

    2:35 "Meu ungido" se refere ao rei (veja-se 2.10). Deus estava dizendo que seu fiel sacerdote serviria a seu rei para sempre.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de I Samuel Capítulo 2 do versículo 1 até o 36

    B. A CANÇÃO DE HANNAH (


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de I Samuel Capítulo 2 do versículo 1 até o 36
    1. Seu filho (2:1-11)

    Enquanto Elcana adorava (1:28), sua esposa orava e louvava a Deus.

    Compare essa passagem com o cân-tico de Maria, emLc 1:46-42. Nos dois casos, as mulheres louvam a Deus peía vitória dele e por honrar as orações dos humildes. Em 2:10, observe os dois nomes de Cristo — "seu rei" e "seu ungido" (Messias, Cristo) —, pois o fardo de Ana era para a glória do Senhor entre seu povo. Com certeza, Ana exemplifica a mãe piedosa, pois ela põe Cristo em primeiro lugar; e como ela acre-ditava na oração, guarda seus votos e dá a Deus toda a glória.

    1. Eli — um pai negligente (2:12-36)
    2. Os filhos pecadores (vv. 12-21)

    E trágico quando um servo do Se-nhor (nesse caso, um sumo sacer-dote) não consegue trazer os pró-prios filhos em sujeição a Deus! Os filhos de Eli eram egoístas, pois punham os próprios desejos antes da Palavra do Senhor e das neces-sidades das pessoas; eles eram do-minadores e concupiscentes (2:22). Fp 3:1 Fp 3:7-50), e, depois, Salo-mão substituiu a família de Eli pela de Zadoque (1Rs 2:26-11,1Rs 2:35). Obvia-mente, o versículo 35, quando cita o "sacerdote fiel", refere-se diretamente a Samuel, mas, em última instância, a Cristo. O versículo 34 prevê a morte de dois filhos de Eli; para constatar o cum-primento da previsão, veja 4:17-18.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de I Samuel Capítulo 2 do versículo 1 até o 36
    2:1-10 O cântico de Ana é uma poesia de maravilhosa perfeição, cheia de ricos pensamentos. Compõe-se de paralelismos sinonímicos e sintéticos e é regido pelo ritmo em que se mesclam os compassos Dt 2:0, 2Co 12:10).

    2.5 Sete filhos. Sete, o símbolo da perfeição e da plenitude, representa uma família numerosa e feliz.

    2.6 Não diz: "Dá a vida e tira-a", o que seria a morte, mas sim: Tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e faz subir, são dois paralelos que expressam o mesmo pensamento: a ressurreição, Sepultura (heb sheol, "além"), o desconhecido para onde vão os mortos e não apenas uma simples cova.

    2.8 Princípio cosmogônico. Colunas, para os gregos teriam o seu sentido real; para os hebreus, cuja linguagem é pitoresca, as colunas têm um sentido abstrato; simbolizam os princípios que regem o mundo.

    2.10 O Senhor julga as extremidades da terra, significa ser juiz de tudo e de todos (Sl 98:9, Lc 2:42, Lc 2:49);
    2) A criança deve ser encaminhada à salvação (2.26; 3.7; Mc 10:14, Mc 10:15);
    3) Deus chama as crianças para servirem (3.4);
    4) A criança pode servir a Jesus (18; 3.1; Jo 6:9).

    2.17 Grande o pecado. Era um pecado tríplice: contra Deus, por quebrarem a Sua lei (16; Lv 9:10); contra o templo, por profanarem-no; contra o povo, por privarem-no do perdão divino, conspurcando os sacrifícios de propiciação.

    2.18 Estola (Éfode). Uma espécie de sobrepeliz aberta no meio, usada pelos sacerdotes (28, conforme Êx 39:22-26). A estola do Sumo Sacerdote se distinguia desta, por levar duas pedras de ônix nas ombreiras e um peitoral com o Urim e o Tumim (ÊX 28.3, 9, 29).

    2.19 Túnica pequena (heb meil). Uma capa, sobre a estola, para indicar a posição hierárquica dos sacerdotes e príncipes (18.4).

    • N. Hom. 2.21 "Bênção do voto cumprido".
    1) Ana tez um voto (1.11);
    2) Ana cumpriu o voto (1:24-28); 3 A bênção do voto cumprido: lucrou 500% (21).
    2.24 Estais fazendo transgredir... No texto grego (LXX) e na Siríaca se lê: "Impedis o povo do Senhor de adorá-lo".

    2.25 Deus... o árbitro. Alguns traduzem a palavra "Deus" (Eloim) por "juízes" (Êx 21:6), "juízes o julgarão", A palavra Eloim ainda é traduzida por "deuses" (Sl 82:6), "anjos" (Sl 8:5) e "grande" (1Sm 14:15, "terror de Deus" por "grande terror").

    2.26 Conforme 3.19, Lc 2:52.

    2.27 Homem de Deus. Sinônimo de profeta (Js 14:6; 1Sm 9:6; 1Rs 17:18). Deus (Eloim), no AT; se manifesta nas relações públicas, gerais e universais, enquanto Senhor (Yahweh) se manifesta nas relações pessoais, particulares e salvíficas e era impronunciável para os hebreus (Êx 20:7).

    2.30 Vê-se que no tempo de Eli, a doutrina da responsabilidade pessoal e do livre arbítrio eram claramente ensinadas.
    2.31 Cortarei o teu braço. Acabarei com o teu poder. Os descendentes. de Eli, da casa de Itamar (1Cr 6:3), perderam os seus direitos (1Rs 2:27) para com os da casa de Eleazar (1Rs 2:35).

    2.32 Aperto (heb çar "calamidade"). Alguns traduzem por "êmulo" rival" e "inimigo". A Vulgata diz: "E verás o teu êmulo no templo". O texto grego (LXX) omite a frase.

    2.33 Morrerão na flor do idade. Indica que todos morrerão moços e de modo violento (4.11; 22.18).

    2.35 Sacerdote fiel Refere-se a Zadoque, que tipifica a Cristo da "ordem de Melquisedeque" (Sl 110:4). Diante do meu ungido. O Talmude traduz por "Diante do meu Messias" e o texto grego (LXX) por "Diante do meu Cristo".

    2.36 Os descendentes de Eli chegaram a mendigar por um emprego no templo, para não morrerem de fome.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de I Samuel Capítulo 2 do versículo 1 até o 36
    2:1-11. O cântico de gratidão e adoração de Ana é importante tanto por Sl só quanto por ser uma prefiguração do cântico de Maria em Lc 1:46-42. Como Mauchline (p.
    50) observa: “Poucos comentários são necessários acerca do texto ou do significado desse salmo”.


    2) Samuel com Eli no templo (2.12— 4.1a)
    a) Eli e sua família (2:12-36)

    A família de Eli está em forte contraste com a de Elcana. As observações piedosas e carinhosas Dt 1:21ss estão completamente ausentes. Hofni e Finéias eram ímpios (ARA e ARC: “filhos de Belíal”); não se importavam com o Senhor (v. 12). Eles tomavam a carne oferecida para os sacrifícios, selecionavam a melhor parte e ordenavam desobediência às claras orientações levitas acerca dos sacrifícios (Lv 7.3lss). Não havia tolerância alguma com os que se opunham (v. 16). Em resumo, estavam tratando com desprezo a oferta do Senhor (v. 17).

    v. 18. Samuel, [...] ainda menino, ministrava perante o Senhor, vestindo uma túnica de linho-, parece que ele é introduzido na narrativa para destacar o contraste entre as duas famílias. A sua posição sacerdotal é caracterizada pela túnica, o manto sacerdotal, que no AT era ou um colete que cobria a cintura e era usado pelos sacerdotes, ou um objeto sagrado (22.18; Jz 8:27; 17.15 etc.). Ana e Elcana o visitavam anualmente levando-lhe uma túnica e recebendo a bênção de Eli. No devido tempo, mais três filhos e duas filhas nasceram a eles. v. 21. o menino Samuel crescia na presença do Senhor: nota-se o crescimento do menino assim como no evangelho de Lucas nota-se o crescimento de João Batista (1,80) e Jesus (2.40,52).

    A falta de piedade e a imoralidade dos filhos de Eli tornaram-se um escândalo público, mas a indignação de Eli em idade avançada ficou sem efeito após uma vida inteira de inércia disciplinar. Ele os questionou com os boatos e os advertiu acerca do julgamento inevitável de Deus, mas com poucos resultados, pois o Senhor queria matá-los (v. 25); como no caso do faraó do Egito, seus corações foram endurecidos.

    v. 27. E veio um homem de Deus a Eli: um mensageiro anônimo de Deus ocorre também em outros lugares do AT; v. Jz 6:8-7; lRs 13 passim; lRs 20.13ss etc.; quase lembrando o coro de uma tragédia grega. Em nome de Javé, esse profeta desafiou os israelitas a declarar a bondade dele (v. 27,28), perguntou-lhes por que agiam daquela maneira (v. 29,30), advertiu-os acerca do julgamento iminente (v. 31-33) e, acima de tudo, avisou que os dois filhos de Eli morreriam em um mesmo dia (v. 34) e que ele seria sucedido por um sacerdote fiel, que agirá de acordo com o meu coração e o meu pensamento (v. 35). Este seria seguido por uma dinastia permanente de sacerdotes, enquanto a família de Eli seria relegada à humilhação (v. 36).

    O sacerdote fiel à primeira vista poderia parecer Samuel, mas ele não fundou nenhuma dinastia sacerdotal. Alguns eruditos vêem uma interpretação messiânica no v. 35, embora nesse caso seja difícil entender o v. 36. A maioria dos eruditos vê aí uma referência ao sacerdócio de Zadoque (2Sm 8:17; 2Sm 15:24 etc.); alguns vão além e dizem que o texto deve ter sido escrito no tempo dos zadoquitas e em apoio a eles. Mas esse é um raciocínio puramente subjetivo, que não está fundamentado em evidência textual. Mauchline (p.
    55) resume isso da seguinte forma: “Precisa ser dito que o v. 35 por Sl pode ser prontamente interpretado como uma referência a Samuel como o sacerdote fiel e a sua casa como a que seria escolhida para a sucessão do ofício sacerdotal. Até a referência ao meu rei ungido (v. 35; a palavra “rei” não está no heb.) não exclui a referência a Samuel. Mas o estado lastimável e sem recursos dos membros da casa de Eli descrito no v. 36 e que os faz vir ao santuário para serem aceitos como pensionistas ou simplesmente para receberem esmolas deve significar que o sacerdote ftel é Zadoque, meu rei ungido é Davi, e que os sem recursos são ou os familiares de Abiatar após a sua expulsão do ofício sacerdotal (cf. 2Rs 2:26-27), ou os levitas que Dt 18:6-5 autorizou a servir no altar do santuário de Jerusalém e a receber uma provisão...”.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de I Samuel Capítulo 2 do versículo 13 até o 17

    13-17. Costume daqueles sacerdotes. Aquilo que se justifica pelo precedente De fato, o precedente se encontra na lei de Dt 18:3 e Lv 7:31-34. Os filhos de Eli eram culpados de duplo pecado: a) em vez de tornar apenas a porção que lhes era devida, tiraram tudo o que o garfo apanhasse, e b) tomavam a sua parte antes que a gordura e o sangue fossem oferecidos ao Senhor. Ao que parece, os sacerdotes não aceitavam convites para as refeições familiares, mas queriam que os pedaços escolhidos fossem enviados aos seus lares. Para se certificarem de que receberiam esses pedaços melhores, insistiam em que seus servos fossem buscá-los antes das ofertas serem feitas.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de I Samuel Capítulo 2 do versículo 1 até o 36
    1Sm 2:1

    4. O CÂNTICO DE ANA (1Sm 2:1-9). Este cântico enfileira ao lado dos de Miriã, Débora e de Maria. Exprime o triunfo e a gratidão de Ana, profetizando ao mesmo tempo o reino de Cristo e os caminhos da Providência. Alguns comentadores vêem nele apenas um cântico de vitória na guerra.

    Deus é o único autor do triunfo (1-2). NEle o coração de Ana exulta, enquanto a sua boca, normalmente fechada em presença do inimigo, se abre agora para louvar a Deus. Os que contendem com o Senhor serão quebrantados (10). O Senhor vencerá os Seus inimigos, e o instrumento dessa vitória irá ser ungido por Samuel, a apontar a unção dum outro Rei ainda longínquo-O Messias. Certos críticos, em presença destas referências a um rei, consideram o texto como uma inserção posterior, esquecendo que essa idéia era familiar aos israelitas, já no tempo de Gideão (cfr. Jz 8:22), e que a idéia ia crescendo de que Israel precisava dum rei. O seu ungido (10). Pela primeira vez se dá a Cristo o título de Ungido (em heb. Mashiah = Messias; em grego "Cristo"). O termo é muito freqüente em Samuel e nos Salmos. Compare-se ainda este cântico ao de Maria (Lc 1:46-42) e ao Sl 113:0, onde obviamente se vê a semelhança.

    >1Sm 2:11

    5. O CRIME DOS FILHOS DE ELI (1Sm 2:11-9). Filhos de Belial (12). À letra: "Filhos da indignidade". Apesar de investidos numa missão sagrada, eram na verdade pecadores inveterados. O costume daqueles sacerdotes... era (13). O cultuador devia dar ao sacerdote a gordura, o peito e as espáduas (Lv 7:29-34) da vítima, sendo a gordura oferecida ao Senhor em holocausto (Lv 3:3-5). Hofni e Finéias extorquiam ao oferente aquilo que deviam sacrificar, ofendendo a Deus por anteporem a sua vontade à do Senhor. Cfr. Lv 8:31; 2Cr 35:13.

    >1Sm 2:18

    6. O MINISTÉRIO DE SAMUEL NO TABERNÁCULO (1Sm 2:18-9). Com um efod de linho (18). Esta peça de vestuário que Samuel trazia era uma túnica que cingia com um cinto (2Sm 6:14). Uma túnica pequena (19). Era o me’il usado normalmente pelos sacerdotes, reis, príncipes e profetas, e consistia numa peça interior tecida de lã sem costura que quase tocava no chão (cfr. 1Cr 15:27; 1Sm 15:27; 2:12; 2Sm 13:18). Numa das suas visitas, Eli abençoou Elcana e Ana novamente, e tiveram mais cinco filhos "pela petição que fizeram ao Senhor" (20).

    >1Sm 2:22

    7. ELI CENSURA O PROCEDIMENTO DOS FILHOS (1Sm 2:22-9). A imoralidade dos descendentes do Sumo-Sacerdote mais se agravava pelo fato de pecarem com mulheres que serviam no Tabernáculo (cfr. Êx 38:8), profanando assim um lugar sagrado (22). Mas, apesar do escândalo e do mau exemplo (24), não foi bastante enérgica a censura que lhes dirigiu o pai. Porque o Senhor os queria matar (25). Compare-se com o caso de Faraó (Êx 10:1-2). Abandonados por Deus porque antes O abandonaram a Ele.

    >1Sm 2:27

    8. DEUS CASTIGA A CASA DE ELI (1Sm 2:27-9). Não obstante esses dias tão tristes, encontrou ainda o Senhor um homem de Deus (isto é, um profeta) para enviar a Eli (27), a fim de informar que o privilégio que lhe fora concedido do sacerdócio arônico (Êx 4:14-16) acabava de ser profanado, ao defraudar o povo de Israel no que tinha de mais sagrado (29). Deus cortaria, pois, a força do seu braço (31) na catástrofe de Nobe (1Sm 22:18-9). O sumo-sacerdócio passaria para outra casa (32), embora Deus fosse misericordioso, a ponto de não extinguir completamente a casa de Eli (33). O vers. 35 refere-se totalmente a Cristo, e só em parte a Samuel. A miséria ainda um dia irá levar os descendentes de Eli a bater à porta da generosidade de Samuel.


    Dicionário

    Desprezar

    desprezar
    v. tr. dir. 1 Tratar com desprezo. pron. 2 Dar-se ao desprezo; rebaixar-se. tr. dir. 3 Não dar importância a; não levar em conta.

    Dessar

    verbo transitivo [Portugal] O mesmo que dessalgar.
    Etimologia (origem da palavra dessar). Contração de dessalar, de des... + sal.

    Era

    substantivo feminino Época fixa a partir da qual se começam a contar os anos.
    Figurado Época notável em que se estabelece uma nova ordem de coisas: a era romântica; a era espacial.
    Período histórico que se sobressai por suas características próprias, por situações e acontecimentos importantes.
    Qualquer intervalo ou período de tempo; século, ano, época.
    expressão Era Cristã. Tempo que se inicia a partir do nascimento de Jesus Cristo.
    Era Geológica. Cada uma das cinco grandes divisões da história da Terra.
    Etimologia (origem da palavra era). Do latim aera.

    outro

    Era Período longo de tempo que começa com uma nova ordem de coisas (Lc 20:35, RA).

    Erã

    Um dos netos de Efraim e filho de Sutela. Tornou-se líder do clã dos eranitas.


    Grande

    adjetivo De tamanho maior ou fora do normal: cabeça grande.
    Comprido, extenso ou longo: uma corda grande.
    Sem medida; excessivo: grandes vantagens.
    Numeroso; que possui excesso de pessoas ou coisas: uma grande manifestação; uma grande quantia de dinheiro.
    Que transcende certos parâmetros: grande profundeza.
    Que obteve fortes consequências: grande briga; grandes discussões.
    Forte; em que há intensidade: grande pesar.
    Com muita eficiência: a água é um grande medicamento natural.
    Importante; em que há importância: uma grande instituição financeira.
    Adulto; que não é mais criança: o menino já está grande.
    Notável; que é eficiente naquilo que realiza: um grande músico.
    Cujos atributos morais e/ou intelectuais estão excesso: grande senhor.
    Magnânimo; que exprime um comportamento nobre.
    Fundamental; que é primordial: de grande honestidade.
    Que caracteriza algo como sendo bom; positivo: uma grande qualidade.
    Que é austero; rígido: um grande problema.
    Território circundado por outras áreas adjacentes: a Grande Brasília.
    substantivo masculino Pessoa que se encontra em idade adulta.
    Quem tem muito poder ou influência: os grandes estavam do seu lado.
    Etimologia (origem da palavra grande). Do latim grandis.e.

    Homens

    masc. pl. de homem

    ho·mem
    (latim homo, -inis)
    nome masculino

    1. [Biologia] Mamífero primata, bípede, do género Homo, em particular da espécie Homo sapiens, que se caracteriza pela postura erecta, mãos preênseis, inteligência superior, capacidade de fala e que é considerado o tipo do género humano (ex.: o aparecimento do homem na Terra ocorreu há milhares de anos).

    2. Humanidade; espécie humana (ex.: desastres ambientais causados pelo homem; a guerra é própria do homem). (Também se escreve com maiúscula inicial.)

    3. Ser humano do sexo masculino ou do género masculino (ex.: só teve filhos homens; o homem pode produzir espermatozóides a partir da puberdade; homem transgénero).

    5. Pessoa do sexo ou género masculino depois da adolescência (ex.: está um bonito homem). = HOMEM-FEITO

    6. Pessoa do sexo ou género masculino casada com outra pessoa, em relação a esta (ex.: o homem divorciou-se da mulher). = CÔNJUGE, ESPOSO, MARIDO

    7. Pessoa do sexo ou género masculino com quem se mantém uma relação sentimental e/ou sexual (ex.: conheci o meu homem na universidade e estamos juntos até hoje). = COMPANHEIRO, PARCEIRO

    8. Conjunto das pessoas do sexo ou género masculino (ex.: estudo revela que o suicídio é mais violento no homem do que na mulher; que representações sociais se fazem do homem na publicidade?).

    9. Pessoa que faz parte de uma equipa ao serviço de alguém ou de alguma instituição (ex.: os bombeiros têm cerca de 100 homens no terreno; prevê-se o envio de mais homens para controlar a situação na fronteira). (Mais usado no plural.)

    adjectivo de dois géneros
    adjetivo de dois géneros

    10. Que tem qualidades ou atributos considerados tipicamente masculinos (ex.: ele é muito homem).


    abominável homem das neves
    Criatura lendária dos Himalaias, peluda e de formas humanas. = YETI

    de homem para homem
    Entre homens, com sinceridade e de modo directo (ex.: conversar de homem para homem; diálogo de homem para homem).

    homem de armas
    Figurado Aquele que é corajoso, destemido, que enfrenta com força e ânimo as adversidades (ex.: o avô era um homem de armas e desistir não era opção). = LUTADOR

    Antigo Guerreiro, soldado (ex.: os besteiros e os homens de armas defenderam o castelo).

    homem de Deus
    Figurado O que é bondoso, piedoso.

    [Informal, Figurado] Locução, usada geralmente de forma vocativa, para exprimir impaciência ou espanto (ex.: quem é que fez isso, homem de Deus?).

    homem de Estado
    [Política] Aquele que governa com competência, empenho e conhecimento dos assuntos políticos (ex.: o arquivo documenta a vida de um dos maiores homens de Estado). = ESTADISTA

    homem de lei(s)
    Aquele que é especialista em leis. = ADVOGADO, LEGISTA

    homem de letras
    Literato, escritor.

    homem de mão
    Pessoa que está a serviço de outrem, geralmente para executar tarefas ilegais ou duvidosas (ex.: a investigação descobriu vários homens de mão do banqueiro agora acusado).

    homem de Neandertal
    [Antropologia] Primata antropóide do paleolítico médio, que surgiu na Europa e na Ásia, caracterizado por grande volume cerebral. = NEANDERTAL

    homem de negócios
    Aquele que se dedica profissionalmente a actividades empresariais ou comerciais, gerindo o seu negócio ou o de outrem. = EMPRESÁRIO

    homem de palha
    [Depreciativo] Homem fraco ou sem préstimo, física ou moralmente.

    homem de partido
    [Política] Aquele que participa activamente na vida e nas decisões do grupo político a que pertence (ex.: militante desde jovem, é um homem de partido há várias décadas).

    homem de pé
    Peão.

    homem público
    Aquele que desempenha funções de interesse público, sobretudo na política ou na administração de um Estado ou de um país (ex.: fez carreira como homem público).

    Plural: homens.

    masc. pl. de homem

    ho·mem
    (latim homo, -inis)
    nome masculino

    1. [Biologia] Mamífero primata, bípede, do género Homo, em particular da espécie Homo sapiens, que se caracteriza pela postura erecta, mãos preênseis, inteligência superior, capacidade de fala e que é considerado o tipo do género humano (ex.: o aparecimento do homem na Terra ocorreu há milhares de anos).

    2. Humanidade; espécie humana (ex.: desastres ambientais causados pelo homem; a guerra é própria do homem). (Também se escreve com maiúscula inicial.)

    3. Ser humano do sexo masculino ou do género masculino (ex.: só teve filhos homens; o homem pode produzir espermatozóides a partir da puberdade; homem transgénero).

    5. Pessoa do sexo ou género masculino depois da adolescência (ex.: está um bonito homem). = HOMEM-FEITO

    6. Pessoa do sexo ou género masculino casada com outra pessoa, em relação a esta (ex.: o homem divorciou-se da mulher). = CÔNJUGE, ESPOSO, MARIDO

    7. Pessoa do sexo ou género masculino com quem se mantém uma relação sentimental e/ou sexual (ex.: conheci o meu homem na universidade e estamos juntos até hoje). = COMPANHEIRO, PARCEIRO

    8. Conjunto das pessoas do sexo ou género masculino (ex.: estudo revela que o suicídio é mais violento no homem do que na mulher; que representações sociais se fazem do homem na publicidade?).

    9. Pessoa que faz parte de uma equipa ao serviço de alguém ou de alguma instituição (ex.: os bombeiros têm cerca de 100 homens no terreno; prevê-se o envio de mais homens para controlar a situação na fronteira). (Mais usado no plural.)

    adjectivo de dois géneros
    adjetivo de dois géneros

    10. Que tem qualidades ou atributos considerados tipicamente masculinos (ex.: ele é muito homem).


    abominável homem das neves
    Criatura lendária dos Himalaias, peluda e de formas humanas. = YETI

    de homem para homem
    Entre homens, com sinceridade e de modo directo (ex.: conversar de homem para homem; diálogo de homem para homem).

    homem de armas
    Figurado Aquele que é corajoso, destemido, que enfrenta com força e ânimo as adversidades (ex.: o avô era um homem de armas e desistir não era opção). = LUTADOR

    Antigo Guerreiro, soldado (ex.: os besteiros e os homens de armas defenderam o castelo).

    homem de Deus
    Figurado O que é bondoso, piedoso.

    [Informal, Figurado] Locução, usada geralmente de forma vocativa, para exprimir impaciência ou espanto (ex.: quem é que fez isso, homem de Deus?).

    homem de Estado
    [Política] Aquele que governa com competência, empenho e conhecimento dos assuntos políticos (ex.: o arquivo documenta a vida de um dos maiores homens de Estado). = ESTADISTA

    homem de lei(s)
    Aquele que é especialista em leis. = ADVOGADO, LEGISTA

    homem de letras
    Literato, escritor.

    homem de mão
    Pessoa que está a serviço de outrem, geralmente para executar tarefas ilegais ou duvidosas (ex.: a investigação descobriu vários homens de mão do banqueiro agora acusado).

    homem de Neandertal
    [Antropologia] Primata antropóide do paleolítico médio, que surgiu na Europa e na Ásia, caracterizado por grande volume cerebral. = NEANDERTAL

    homem de negócios
    Aquele que se dedica profissionalmente a actividades empresariais ou comerciais, gerindo o seu negócio ou o de outrem. = EMPRESÁRIO

    homem de palha
    [Depreciativo] Homem fraco ou sem préstimo, física ou moralmente.

    homem de partido
    [Política] Aquele que participa activamente na vida e nas decisões do grupo político a que pertence (ex.: militante desde jovem, é um homem de partido há várias décadas).

    homem de pé
    Peão.

    homem público
    Aquele que desempenha funções de interesse público, sobretudo na política ou na administração de um Estado ou de um país (ex.: fez carreira como homem público).

    Plural: homens.

    Oferta

    Oferta V. SACRIFÍCIOS E OFERTAS (Is 1:13).

    oferta s. f. 1. Ação de oferecer(-se); oferecimento. 2. Oblação, oferenda. 3. Retribuição de certos atos litúrgicos. 4. Dádiva. 5. Promessa. 6. Co.M Produto exposto a preço menor, como atrativo à freguesia.

    Pecado

    pecado s. .M 1. Transgressão de qualquer preceito ou regra. 2. Culpa, defeito, falta, vício.

    Pecado No judaísmo da época de Jesus — e no pensamento deste — é qualquer ofensa contra Deus, ação contrária à sua vontade ou violação a algum de seus mandamentos. Transgredir um preceito da Torá é pecado e tem também conseqüências negativas sobre a pessoa, afastando-a de Deus (Mt 9:13; 19,17-19).

    Jesus enfatiza, principalmente, a necessidade de se eliminar as raízes profundas do pecado (Mt 5:27ss.; 6,22ss.; 15,1-20) e chama o pecador à conversão (Lc 11:4; 15,1-32; 13,1ss.; 18,13), porque Deus perdoa todo pecado, exceto a blasfêmia contra o Espírito Santo, isto é, a atitude de resistência ao perdão de Deus, a única atitude que impede a pessoa de recebê-lo. Por amor ao pecador, Jesus acolhe-o (Mt 11:19; Lc 15:1ss.; 19,7) e se entrega à morte expiatória (Mt 26:28; Lc 24:47). Quem recebe esse perdão deve também saber perdoar os pecados dos outros (Mt 18:15.21; Lc 17:3ss.).

    R. Donin, o. c.; Y. Newman, o. c.; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo...



    i. Um dos grandes objetivos da Bíblia é tratar dos fatos da vida humana, estabelecer a sua significação e efeito, e algumas vezes derramar luz sobre a sua causa. No caso do pecado há dois fatos principais: primeiro, que o homem é pecador – segundo, que todos cometem pecado. Pode, portanto, esperar-se que a Bíblia derramará luz sobre o sentido da palavra pecado e sobre os seus efeitos – e nos fará conhecer a causa da sua influência universal nos homens e o remédio para esse grande mal.
    ii. Segundo a Bíblia, a causa dos pecados encontra-se de uma maneira definitiva (tanto quanto se considera a vida terrestre) no pecado dos nossos primeiros pais, com as suas conseqüências, transmitidas à posteridade. A este fato se chama a Queda. Basta dizer-se aqui, que, por mais baixo que estivesse o primeiro homem na escala da Humanidade, se ele era homem devia ter tido, na verdade, algum conhecimento rudimentar do bem ou do mal – e depois da sua primeira voluntária desobediência ao que lhe dizia a consciência, devia ter ficado numa situação moral inferior à dos tempos passados. A primeira transgressão feita com conhecimento do mal não pôde deixar de ser uma queda moral, por maior que fosse a sua sabedoria adquirida no caminho da vida. Além disso, há razão para acreditar que as crianças, nascidas após a queda, haviam certamente de participar da natureza dos seus pais, a ponto de ficarem mais fracas com respeito à moralidade do que não tendo os seus pais transgredido. Esta crença muito razoável apresenta-se como sendo o pensamento central da narrativa de Gn 3. o escritor bíblico está, evidentemente, revelando mais do que a simples enunciação do pecado de Adão e Eva como tal. Ele deseja fazer ver que a pena alcançou toda a Humanidade. Todos entram no mundo com a tendência original de uma modificada natureza para o mal. Não é, por conseqüência, para admirar que cada pessoa realmente caia no pecado. Nos capítulos seguintes são plenamente expostos os terríveis e profundos efeitos daquele primeiro pecado.
    iii. os diferentes aspectos do pecado, que se apresentam aos escritores bíblicos, podem ver-se do modo mais próprio nos vários nomes que lhe dão. Porquanto a Bíblia é muito rica em termos que significam o pecado, o mal, a iniqüidade, a maldade, podendo ser mencionados neste lugar os mais importantes: 1. Palavras que têm o sentido de ‘falta, omissão, erro no fim em vista’, etc. Em hebraico há chêt e termos cognatos (Sl 51:9) – em grego, hamartia (Rm 3:9), hamartêma 1Co 6:18). 2. A perversão, a deturpação, implicando culpa, são faltas designadas pelo termo hebraico avon (1 Rs 17.18). 3. Há várias palavras que indicam a transgressão de uma lei, ou a revolta contra o legislador. Em hebreu peshã (Pv 28:13 – is õ3,5) – em grego parabasis (‘transgressão’, Rm 4:15), paraptoma (‘delito’, Ef 2:5), anômia (‘iniqiiidade’, 1 Jo 3:4, onde se lê: ‘hamartia é anômia’), asebeia (‘impiedade’, 2 Tm 2.16). 4. imoralidade, o hábito do pecado, e muitas vezes violência, se indicam com o hebraico rêshã (1 Sm 24.13), e o grego adikia (Lc 13:27). 5. A infidelidade, e a deslealdade para com Deus e o homem, são significadas pelo hebraico má”al (Js 22:22). 6. A culpa, que pede sacrifício expiatório, acha-se indicada pela palavra ãshãm (Pv 14:9). 7. o pecado é considerado como uma dívida na oração dominical, õpheilèma (Mt 6:12). iV Entre os grandes efeitos do pecado podem mencionar-se: l. o medo de Deus em contraste com o temor reverencioso e filial (Gn 3:10). 2. o endurecimento gradual da vontade contra o bem e as boas influências (Êx 7:13). A consunção da força e vida da alma, assemelhando-se à lepra que vai consumindo o corpo. 4. E tudo isto atinge o seu maior grau na separação de Deus (Gn 3:24Lv 13:46 – 2 Ts 1.9). *veja Na Bíblia, porém, o remédio para o pecado é, pelo menos, tão proeminente como a sua causa, a sua natureza, e o seu efeito. Freqüentes vezes, na realidade, se apela para os pecadores, a fim de que deixem os seus pecados, fazendo-lhes ver os grandes males que caem sobre eles – e ao mesmo tempo há as promessas de serem amavelmente recebidos por Deus todos os que se arrependem (notavelmente em 2 Sm 12.13), sendo os meios humanos o arrependimento e a fé. Mas tanto o A.T.como o N.T. claramente nos ensinam que é preciso mais alguma coisa. No cap. 53 de isaias, o sacrifício do Servo ideal nos patenteia os meios pelos quais se curam os pecados, pois que esse Servo é a pessoa que carregou com as nossas iniqüidades. outros sacrifícios eram apenas tipos deste particular sacrifício. *veja também Jo 1:29Cl 1:21-22. Este remédio torna efetiva a restauração de um direito divinamente estabelecido (Rm 5:1 – 1 Jo 1:9), para a remoção da mancha que caiu, inclusive, sobre os mais altos lugares por motivo do pecado, tocando a honra de Deus, e o seu templo (Hb 9:23-26) – e não só para a remoção dessa mancha, mas também para a gradual eliminação do pecado no crente (1 Jo 1:7-9), embora, enquanto exista neste mundo, nunca ele estará inteiramente livre da sua influência (Rm 7:23Gl 5:17 – 1 Jo 1:10). Não admira que o Filho de Deus tenha recebido o nome de Jesus, ‘porque ele salvará o seu povo dos pecados deles’ (Mt 1:21).

    Pecado Falta de conformidade com a lei de Deus, em estado, disposição ou conduta. Para indicar isso, a Bíblia usa vários termos, tais como pecado (Sl 51:2); (Rm 6:2), desobediência (He 2:2), transgressão (Sl 51:1); (He 2:2), iniqüidade (Sl 51:2); (Mt 7:23), mal, maldade, malignidade (Pv 17:11); (Rm 1:29), perversidade (Pv 6:14); (At 3:26), RA), rebelião, rebeldia (1Sm 15:23); (Jr 14:7), engano (Sf 1:9); (2Ts 2:10), injustiça (Jr 22:13); (Rm 1:18), erro, falta (Sl 19:12); (Rm 1:27), impiedade (Pv 8:7); (Rm 1:18), concupiscência (Is 57:5), RA; 1(Jo 2:16), depravidade, depravação (Eze 16:27,43), 58, RA). O pecado atinge toda a raça humana, a partir de Adão e Eva (Gn 3; (Rm 5:12). O castigo do pecado é a morte física, espiritual e eterna (Rm 6:23). Da morte espiritual e eterna

    Pecar contra o Espírito Santo significa [...] empregarmos conscientemente qualquer forma de manifestação em discordância com as normas éticas que já tenhamos conseguido assimilar.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 45

    [...] Entendamos a palavra pecado de forma ampla e mais completa, como sendo todo e qualquer desrespeito à ordem, atentado à vida e desequilíbrio moral íntimo. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 10

    [...] Pecado é toda a infração à Lei de Deus. [...]
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pecado sem perdão

    [...] O pecado é moléstia do espírito. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 2, cap• 3


    Porquanto

    conjunção Porque; visto que: não foi ao casamento, porquanto perdeu o avião.
    Gramática Utilizada para unir orações ou períodos que possuam as mesmas características sintáticas.
    Gramática Tendo em conta o sentido, pode ser utilizada como conjunção explicativa, explicando ou justificando aquilo que havia sido dito ou escrito anteriormente.
    Etimologia (origem da palavra porquanto). Por + quanto.

    Senhor

    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    I Samuel 2: 17 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Era, pois, muito grande o pecado destes moços perante o SENHOR, porquanto os homens desprezavam a oferta do SENHOR.
    I Samuel 2: 17 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1100 a.C.
    H1419
    gâdôwl
    גָּדֹול
    excelente / grande
    (great)
    Adjetivo
    H1961
    hâyâh
    הָיָה
    era
    (was)
    Verbo
    H2403
    chaṭṭâʼâh
    חַטָּאָה
    pecado, pecaminoso
    (sin)
    Substantivo
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H3588
    kîy
    כִּי
    para que
    (that)
    Conjunção
    H3966
    mᵉʼôd
    מְאֹד
    muito
    (very)
    Adjetivo
    H4503
    minchâh
    מִנְחָה
    presente, tributo, oferta, dádiva, oblação, sacrifício, oferta de carne
    (an offering)
    Substantivo
    H5006
    nâʼats
    נָאַץ
    desdenhar, menosprezar, desprezar, abominar
    (provoke)
    Verbo
    H5288
    naʻar
    נַעַר
    menino, moço, servo, jovem, criado
    (the young men)
    Substantivo
    H582
    ʼĕnôwsh
    אֱנֹושׁ
    homem, homem mortal, pessoa, humanidade
    (to the man)
    Substantivo
    H6440
    pânîym
    פָּנִים
    o rosto
    (the face)
    Substantivo
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo


    גָּדֹול


    (H1419)
    gâdôwl (gaw-dole')

    01419 גדול gadowl ou (forma contrata) גדל gadol

    procedente de 1431; DITAT - 315d; adj

    1. grande
      1. grande (em magnitude e extensão)
      2. em número
      3. em intensidade
      4. alto (em som)
      5. mais velho (em idade)
      6. em importância
        1. coisas importantes
        2. grande, distinto (referindo-se aos homens)
        3. o próprio Deus (referindo-se a Deus) subst
      7. coisas grandes
      8. coisas arrogantes
      9. grandeza n pr m
      10. (CLBL) Gedolim, o grande homem?, pai de Zabdiel

    הָיָה


    (H1961)
    hâyâh (haw-yaw)

    01961 היה hayah

    uma raiz primitiva [veja 1933]; DITAT - 491; v

    1. ser, tornar-se, vir a ser, existir, acontecer
      1. (Qal)
        1. ——
          1. acontecer, sair, ocorrer, tomar lugar, acontecer, vir a ser
          2. vir a acontecer, acontecer
        2. vir a existir, tornar-se
          1. erguer-se, aparecer, vir
          2. tornar-se
            1. tornar-se
            2. tornar-se como
            3. ser instituído, ser estabelecido
        3. ser, estar
          1. existir, estar em existência
          2. ficar, permanecer, continuar (com referência a lugar ou tempo)
          3. estar, ficar, estar em, estar situado (com referência a localidade)
          4. acompanhar, estar com
      2. (Nifal)
        1. ocorrer, vir a acontecer, ser feito, ser trazido
        2. estar pronto, estar concluído, ter ido

    חַטָּאָה


    (H2403)
    chaṭṭâʼâh (khat-taw-aw')

    02403 חטאה chatta’ah ou חטאת chatta’th

    procedente de 2398; DITAT - 638e; n f

    1. pecado, pecaminoso
    2. pecado, oferta pelo pecado
      1. pecado
      2. condição de pecado, culpa pelo pecado
      3. punição pelo pecado
      4. oferta pelo pecado
      5. purificação dos pecados de impureza cerimonial

    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    כִּי


    (H3588)
    kîy (kee)

    03588 כי kiy

    uma partícula primitiva; DITAT - 976; conj

    1. que, para, porque, quando, tanto quanto, como, por causa de, mas, então, certamente, exceto, realmente, desde
      1. que
        1. sim, verdadeiramente
      2. quando (referindo-se ao tempo)
        1. quando, se, embora (com força concessiva)
      3. porque, desde (conexão causal)
      4. mas (depois da negação)
      5. isso se, caso seja, de fato se, embora que, mas se
      6. mas antes, mas
      7. exceto que
      8. somente, não obstante
      9. certamente
      10. isto é
      11. mas se
      12. embora que
      13. e ainda mais que, entretanto

    מְאֹד


    (H3966)
    mᵉʼôd (meh-ode')

    03966 מאד m e ̂ od̀

    procedente da mesma raiz que 181; DITAT - 1134 adv

    1. extremamente, muito subst
    2. poder, força, abundância n m
    3. grande quantidade, força, abundância, extremamente
      1. força, poder
      2. extremamente, grandemente, muito (expressões idiomáticas mostrando magnitude ou grau)
        1. extremamente
        2. em abundância, em grau elevado, excessivamente
        3. com grande quantidade, grande quantidade

    מִנְחָה


    (H4503)
    minchâh (min-khaw')

    04503 מנחה minchah

    procedente de uma raiz não utilizada significando repartir, i.e. conceder; DITAT - 1214a; n f

    1. presente, tributo, oferta, dádiva, oblação, sacrifício, oferta de carne
      1. presente, dádiva
      2. tributo
      3. oferta (para Deus)
      4. oferta de cereais

    נָאַץ


    (H5006)
    nâʼats (naw-ats')

    05006 נאץ na’ats

    uma raiz primitiva; DITAT - 1274; v

    1. desdenhar, menosprezar, desprezar, abominar
      1. (Qal) desdenhar, menosprezar
      2. (Piel)
        1. desdenhar
        2. causar menosprezo
      3. (Hifil) desdenhar
      4. (Hitpolel) ser menosprezado

    נַעַר


    (H5288)
    naʻar (nah'-ar)

    05288 נער na ar̀

    procedente de 5287; DITAT - 1389a; n m

    1. menino, moço, servo, jovem, criado
      1. menino, moço, jovem
      2. servo, criado

    אֱנֹושׁ


    (H582)
    ʼĕnôwsh (en-oshe')

    0582 אנוש ’enowsh

    procedente de 605; DITAT - 136a; n m

    1. homem, homem mortal, pessoa, humanidade
      1. referindo-se a um indivíduo
      2. homens (coletivo)
      3. homem, humanidade

    פָּנִים


    (H6440)
    pânîym (paw-neem')

    06440 פנים paniym plural (mas sempre como sing.) de um substantivo não utilizado פנה paneh

    procedente de 6437; DITAT - 1782a; n. m.

    1. face
      1. face, faces
      2. presença, pessoa
      3. rosto (de serafim or querubim)
      4. face (de animais)
      5. face, superfície (de terreno)
      6. como adv. de lugar ou tempo
        1. diante de e atrás de, em direção a, em frente de, adiante, anteriormente, desde então, antes de
      7. com prep.
        1. em frente de, antes de, para a frente de, na presença de, à face de, diante de ou na presença de, da presença de, desde então, de diante da face de

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo