Enciclopédia de Gênesis 12:15-15

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

gn 12: 15

Versão Versículo
ARA Viram-na os príncipes de Faraó e gabaram-na junto dele; e a mulher foi levada para a casa de Faraó.
ARC E viram-na os príncipes de Faraó, e gabaram-na diante de Faraó; e foi a mulher tomada para a casa de Faraó.
TB Os príncipes de Faraó viram-na e gabaram-na diante de Faraó; e foi levada a mulher para a casa de Faraó.
HSB וַיִּרְא֤וּ אֹתָהּ֙ שָׂרֵ֣י פַרְעֹ֔ה וַיְהַֽלְל֥וּ אֹתָ֖הּ אֶל־ פַּרְעֹ֑ה וַתֻּקַּ֥ח הָאִשָּׁ֖ה בֵּ֥ית פַּרְעֹֽה׃
BKJ Também os príncipes do Faraó a viram, e a elogiaram diante do Faraó, e a mulher foi levada à casa do Faraó.
LTT E viram-na os príncipes de Faraó, e gabaram-na diante de Faraó; e foi a mulher tomada para a casa de Faraó.
BJ2 Viram-na os oficiais de Faraó e gabaram-na junto dele; e a mulher foi levada para o palácio de Faraó.
VULG Et nuntiaverunt principes Pharaoni, et laudaverunt eam apud illum : et sublata est mulier in domum Pharaonis.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Gênesis 12:15

Gênesis 20:2 E, havendo Abraão dito de Sara, sua mulher: É minha irmã, enviou Abimeleque, rei de Gerar, e tomou a Sara.
Gênesis 40:2 E indignou-se Faraó muito contra os seus dois eunucos, contra o copeiro-mor e contra o padeiro-mor.
Gênesis 41:1 E aconteceu que, ao fim de dois anos inteiros, Faraó sonhou e eis que estava em pé junto ao rio.
Êxodo 2:5 E a filha de Faraó desceu a lavar-se no rio, e as suas donzelas passeavam pela borda do rio; e ela viu a arca no meio dos juncos, e enviou a sua criada, e a tomou.
Êxodo 2:15 Ouvindo, pois, Faraó este caso, procurou matar a Moisés; mas Moisés fugiu de diante da face de Faraó, e habitou na terra de Midiã, e assentou-se junto a um poço.
I Reis 3:1 E Salomão se aparentou com Faraó, rei do Egito, e tomou a filha de Faraó, e a trouxe à Cidade de Davi, até que acabasse de edificar a sua casa, e a Casa do Senhor, e a muralha de Jerusalém em roda.
II Reis 18:21 Eis que, agora, tu confias naquele bordão de cana quebrada, no Egito, no qual, se alguém se encostar, entrar-lhe-á pela mão e lha furará; assim é Faraó, rei do Egito, para com todos os que nele confiam.
Ester 2:2 Então, disseram os jovens do rei que lhe serviam: Busquem-se para o rei moças virgens, formosas à vista.
Salmos 105:4 Buscai ao Senhor e a sua força; buscai a sua face continuamente.
Provérbios 6:29 Assim será o que entrar à mulher do seu próximo; não ficará inocente todo aquele que a tocar.
Provérbios 29:12 O governador que dá atenção às palavras mentirosas achará que todos os seus servos são ímpios.
Jeremias 25:19 e a Faraó, rei do Egito, e a seus servos, e a seus príncipes, e a todo o seu povo;
Jeremias 46:17 Clamaram ali: Faraó, rei do Egito, é apenas um som; deixou passar o tempo assinalado.
Ezequiel 32:2 Filho do homem, levanta uma lamentação sobre Faraó, rei do Egito, e dize-lhe: Semelhante eras a um filho de leão entre as nações, e tu foste como um dragão nos mares, e ferias os teus rios, e turbavas as águas com os teus pés, e sujavas os teus rios.
Oséias 7:4 Todos eles são adúlteros: semelhantes são ao forno aceso pelo padeiro, que cessa de atear o fogo, desde que amassou a massa até que seja levedada.
Hebreus 13:4 Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém aos que se dão à prostituição e aos adúlteros Deus os julgará.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

AS CIDADES LEVÍTICAS E AS CIDADES DE REFÚGIO

Como parte do processo de distribuição territorial, membros da tribo de Levi viajaram a Siló, onde a questão de sua herança foi tratada à parte e detalhadamente. Levi não recebeu nenhuma porção determinada e independente de terra tribal (Js 13:14-33; 14.36,4; 18.7; cp. Js 21). Em vez disso, um total de 48 cidades e respectivas pastagens ao redor foram dadas aos levitas mediante sorteio e ocupadas de acordo com suas linhagens (Is 21:41; cp. Nm 35:7). As genealogias bíblicas atribuem três filhos a Levi: Gérson, Coate e Merari (Gn 46:11; Ex 6:16; Nm 3:17-26.57; 1Cr 6:16-23.6). Contudo, como a genealogia de Coate incluía Arão e Moisés, o registro bíblico se aprofundou na denominada "linhagem araônica" e lhe concedeu status sacerdotal mais elevado (1Cr 6:2-15). Como consequência, a narrativa de losué 21 e o texto sinótico de 1 Crônicas 6 dividiram os levitas em quatro famílias identificáveis, em vez de três, e a classificação das cidades foi feita basicamente no sentido horário, começando em Judá:

Uma análise do mapa deixa claro que algumas cidades levíticas estavam situadas em território que ficava fora da área controlada permanentemente por Israel e que só veio a ser dominado pelos israelitas na época de Davi e Salomão (e.g., Gezer, Taanaque, Ibleão, Naalal e Reobe [Jz 1]). Além disso, umas poucas cidades levíticas situadas dentro da área controlada permanentemente por Israel não revelam indícios arqueológicos claros de ocupação antes da época da monarquia israelita (e.g., Gola, Mefaate, Hesbom, Estemoa [?]) 16 Isso talvez indique uma propensão editorial por detalhes e por registro de dados do tipo que se vê claramente no período monárquico. Ou, à semelhança da distribuição territorial encontrada logo antes, nos capítulos 13:19, essa lista de cidades reflita talvez uma perspectiva ideal/ utópica daquilo que, em termos abstratos, foi atribuído às várias tribos e no devido tempo iria ocorrer na nação de Israel.161 Em vista do papel central e influente dos sacerdotes, em particular na história pré-monárquica de Israel, é talvez surpreendente que algumas cidades ligadas a atividades sacerdotais de uma época mais antiga não tenham sido identificadas como cidades levíticas e não tenham sido incluídas nessa lista. Lugares excluídos foram, por exemplo, Betel (Gn 12:8-35.
7) e Berseba (Gn 26:23), que são os primeiros lugares citados nos textos bíblicos em que os patriarcas de Israel erigiram altares em Canaa e adoraram lahweh. Gilgal (Js 4:19), Siló (Js 18:1-19.51; Jz 18:31-1Sm 2.14b; 4,4) e Betel (Jz 20:26), locais em que a arca da alianca esteve abrigada no Israel antigo, estão ausentes da lista. Também faltam Ramá e Mispá de Benjamim (1Sm 7:15-17), locais associados ao vidente Samuel, que ofereceu sacrifícios pelo povo de Israel (1Sm 9:9), ungiu Saul e Davi (1Sm 10:1-16.
13) e desempenhou um papel pioneiro na ordem eclesiástica pré-monárquica de Israel (1Sm 7:9-9.13 10:8-16:1-5). Por fim, seis cidades levíticas também foram separadas para serem "cidades de refúgio/asilo" (Is 20:2; Nm 35:6). Essa era uma terra em que a justiça era, em grande parte, ministrada no nível local. O derramamento de sangue "profanava a terra" e requeria vingança (Nm 35:33-34) - a qual era de responsabilidade do parente mais próximo ou então de um representante dos anciãos de determinada cidade, designado "vingador do sangue" (Nm 35:12; Dt 19:6-12; Js 20:3-5,9). 162 Por isso, era preciso também tratar da questão de proteger quem era realmente inocente. Começando já na legislação sinaítica, Israel mantinha uma clara distinção entre assassínio premeditado (Êx 21.12,14,15) e homicídio inocente (Èx 21.13). Como consequência, nesse aspecto a lei cuidou de criar um "espaço seguro" (Nm 35:6-9- 15; Dt 4:41-43; 19:1-10), que eram essas seis cidades que Josué separou para ministração da justiça no caso de homicídio acidental (bishgaga, "por engano") ou sem intenção (bli-daat, "sem conhecimento"). A pessoa responsável pelo homicídio tinha acesso à justiça. Uma vez que todos esses seis lugares eram cidades levíticas, ocupadas por aqueles incumbidos dos deveres sacerdotais de adoração e instrução na lei (Nm 1:47- 54; 3:5-10; Dt 10:8-33:8-10), é razoável supor que os ensinos da aliança sinaítica a respeito do assunto tenham sido conhecidos e praticados naqueles lugares. Três cidades de refúgio foram escolhidas em ambos os lados do rio Jordão, localizadas em pontos de fácil acesso. Os seis locais, dentro de regiões diferentes sob o controle de Israel (Js 20:7-9), propiciavam acesso razoavelmente igual para todas as tribos (v. a localização de Quedes (T. Qedesh), em Naftali; Siquém (T. el-Balata), em Manassés do Oeste; Hebrom (j. er-Rumeida), em Judá; Gola (Sahm el-Jaulan), em Manassés do Leste; Ramote-Gileade (T. ar-Ramith), em Gade; e Bezer (Umm al-'Amad), em Rúben].

AS CIDADES LEVÍTICAS E AS CIDADES DE REFÚGIO
AS CIDADES LEVÍTICAS E AS CIDADES DE REFÚGIO

OS PATRIARCAS: AS EVIDÊNCIAS BÍBLICAS

Início do segundo milênio a.C.

UM CONTEXTO CRONOLÓGICO

Gênesis 12:50 trata da relação de Deus com um homem, Abraão, e seus descendentes: Isaque, Jacó (Israel) e seus doze filhos, dos quais José é o mais destacado. É difícil situar os "patriarcas", como costumam ser chamados, num período histórico exato. Para isso, é preciso considerar, em grande medida, a data fornecida para um acontecimento posterior da história bíblica, a saber, o êxodo, para o qual são definidas duas datas (como veremos em detalhes mais adiante).
Uma das datas para o êxodo é 1447 a.C.' Considerando-se que os israelitas permaneceram no Egito durante 430 anos, pode-se concluir que Jacó e seus filhos chegaram ao Egito em 1877 a.C. Assim, Abraão deve ter nascido na metade do século XXII a.C.
A outra data para o êxodo é c. 1270 a.C. Aceitando-se os mesmos dados mencionados acima, Abraão deve ter nascido por volta de 2000 a.C.
Alguns estudiosos também consideram que a estadia de Israel no Egito foi mais curta e situam os patriarcas num período posterior (mais próximo de nossa época), entre os séculos 20 e XVI a.C., a Média Idade do Bronze II.

ABRÃO VIAJA DE UR PARA HARÀ Tera, o pai de Abrão (como ele era conhecido naquele tempo), deixou "Ur dos caldeus"* e se assentou em Harà, na fronteira norte da Mesopotâmia, 32 km a sudeste da atual cidade turca de Urfa. Para alguns, Ur e Urfa se referem ao mesmo lugar, mas, nesse caso, Abrão teria voltado pelo mesmo caminho de onde veio antes de partir para Canaâ. Na verdade, a designação "Ur dos caldeus" resolve a questão. Os caldeus foram um povo que viveu no sul do Iraque do final do segundo milênio em diante.
Assim, Ur dos caldeus deve ser identificada com a cidade famosa de Ur, no sul do Iraque, conhecida hoje como Tell el- Muqayyar. Ur era um dos centros de uma civilização sofisticada vários séculos antes de Abraão, como indicam o Cemitério Real de Ur e o zigurate (templo em forma de torre) de Ur-Nammu, datados respectivamente de c. 2500 a.C. e 2113-2096 a.C.

ABRÃO VIAJA DE CANAÁ PARA O EGITO

Quando Abrão estava com cerca de 75 anos de idade, ele respondeu ao chamado de Deus para deixar seu país, seu povo e a casa de seu pai e se dirigir à terra que o Senhor lhe mostraria.* Abrão foi para Canaã, a terra prometida, mas uma grave escassez de alimento o levou a buscar refúgio no Egito. Lá, sua esposa Sarai (chamada posteriormente de Sara) chamou a atenção do Faraó.

EM CANAÃ

Ao voltar a Canaã, Abrão se tornou extremamente rico em rebanhos, prata e ouro. Tinha tantos rebanhos que precisou se separar de seu sobrinho, Ló, o qual escolheu armar suas tendas próximo a Sodoma, cujos habitantes eram conhecidos por sua grande perversidade. De acordo com Gênesis 19:24-25, "fez o Senhor chover enxofre e fogo, da parte do Senhor, sobre Sodoma e Gomorra. E subverteu aquelas cidades, e toda a campina". Não há dúvidas que Sodoma e Gomorra ficavam próximas, ou talvez debaixo, do atual mar Morto, mas é impossível determinar a localização exata das duas cidades proporção extraordinária de sal (25 por cento) do mar Morto pode ser evidência dessa calamidade.
Abrão (Pai exaltado) se tornaria Abraão (Pai de muitos)." ¡ Agar, a serva de Sara, lhe deu à luz Ismael e a própria Sara lhe deu à luz Isaque (o filho da promessa).° Quando Sara faleceu em Quiriate-Arba (atual Hebrom), Abraão comprou de Efrom, o heteu, um campo com uma caverna e ali sepultou a esposa. Posteriormente, Abraão, seu filho Isaque, Rebeca, esposa de Isaque, seu filho Jacó e Lia, a esposa de Jacó, também foram sepultados nesse local.
Isaque reabriu os poços que haviam sido cavados por Abraão no vale de Gerar e, de acordo com João 4:5-6, Jacó cavou um poço em Sicar, próximo a Siquém.
Fica evidente que os patriarcas eram homens de grande riqueza e influência em Canaã. Abrão tinha trezentos e dezoito "homens dos mais capazes" à sua disposição.' Aliás, a expressão "homens dos mais capazes" é bastante antiga, pois também aparece em textos egípcios de execração (maldição) do final do século XIX a.C. Os patriarcas se casaram com parentas: Isaque se casou com Rebeca, sobrinha neta de seu pai, e Jacó se casou com suas primas Lia e Raquel. Essas três mulheres eram da região de Harã, também chamada Harâ- Naharaim e Pada-Arã.

 

 

Por Paul Lawrence


Árvore genealógica dos patriarcas
Árvore genealógica dos patriarcas
Viagem de Abraão: Saiu de Ur, no sul do Iraque em direção a Harã.
Viagem de Abraão: Saiu de Ur, no sul do Iraque em direção a Harã.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Gênesis Capítulo 12 do versículo 1 até o 20
B. ESTRANGEIRO EM NOVA TERRA, 12-1-14.24

A resposta de Abrão ao chamado divino de mudar-se para outro país prende a imaginação de muitos pesquisadores como a vontade de Deus. Sua viagem em fé não foi um conto de fadas fantástico, mas tem a marca qualitativa de luta realista em um mundo hostil. Abrão teve reveses, mas perseverou na busca do que acreditava ser a vontade de Deus.

1. Ordem e Resposta (12:1-9)

A estrutura desta história é simples. Há uma ordem misturada com promessa (1-3), o ato de obediência de Abrão (4-6) e a teofania ou aparição de Deus a Abraão marcada por promessa, ao que Abrão respondeu adorando (7-9).

A ordem de Deus era clara, mas severa. Abrão (1) tinha de deixar a casa e a paren-tela e mudar-se para uma nova terra. Quando chegou à dita terra, os cananeus (6) habitavam ali, mas Deus prometeu: À tua semente darei esta terra (7). A outra pro-messa dizia respeito a uma posteridade que se tornaria uma grande nação (2). Os descendentes de Abrão seriam os possuidores da nova terra. Abrão conheceria as bên-çãos de Deus e seria conhecido como grande homem. Ele seria canal de bênção (2) para os outros. De tal modo Ele estaria relacionado com eles que o destino dessa gente seria determinado pelo modo que o tratassem. Deus seria gracioso com quem o ajudasse e castigaria quem o amaldiçoasse. A influência de Abrão seria mundial, uma graça divina e uma bênção para muitas nações.

Em vez de discutir com Deus, partiu Abrão (4), embora fosse da idade de setenta e cinco anos. Mas não foi sozinho, pois Sarai, sua mulher, IA filho de seu irmão (5), e um grupo considerável de servos o acompanharam. A terra de Canaã é atualmente conhecida por Palestina.

A primeira parada importante de Abrão foi em Siquém (6; ver Mapa 2; Gn 33:18-19; Js 24:1) ou Sicar (Jo 4:5). Hoje, uma cidade próxima chama-se Nablus. Antigamente, a cidade era importante porque, por ali, passavam duas rotas comerciais: uma leste-oeste e outra norte-sul. Ao norte, o monte Ebal se destacava abruptamente sobre a cidade e, ao sul, o monte Gerizim empinava seu cume. O carvalho de Moré é tradu-ção correta.

Abrão chegou à Terra Prometida; mas outros tinham chegado antes, pois esta-vam... os cananeus na terra. Parecia que a promessa de Deus foi anulada por este fato. Para encorajar Abrão, Deus renovou e fortaleceu a promessa, declarando especifi-camente: À tua semente darei esta terra (7). Em resposta, Abrão construiu um altar e adorou a Deus.

Movendo-se em direção sul, Abrão se fixou em uma montanha entre Betel (8; ver Mapa

2) e Ai. Este último nome significa "as ruínas". Recente trabalho arqueológico revelou que este local já estava abandonado por no mínimo 500 anos quando Abrão che-gou. As ruínas eram originalmente uma cidade-fortaleza, evidentemente construída pe-los egípcios em 2900 a.C. e destruída em cerca de 2500 a.C. Nesta montanha, Abrão construiu outro altar e adorou a Deus. Logo prosseguiu indo para a banda do Sul (9).

Nesta passagem (12:1-9), temos "Um Exemplo de Fé".

1) A ordem e a promessa divina 1:3;

2) A obediência de fé, 4,5;

3) A vida na terra, 6-9 (Alexander Maclaren).

  • Em vez de Bênção, um Causador de Problemas (12:10-13,4)
  • Deus prometeu que Abrão seria uma bênção (2) e que nele seriam benditas todas as famílias da terra (3). Mas quando desceu Abrão ao Egito (10; ver Mapa 3), por causa de uma fome em Canaã, ele estava longe de ser uma bênção para as pessoas daquele país.

    A severidade da fome levou Abrão e sua gente ao bem irrigado delta do rio Nilo em busca de comida para o gado e para as famílias que serviam Abrão. Parece que ele ouviu falar da moralidade desenfreada dos egípcios, pois, movido por medo — matar-me-ão a mim (12) —, pediu à esposa, Sarai (11), que mentisse sobre o relacionamento que ti-nham.'

    O perigo que Abrão antecipou era real, pois logo os príncipes (15) repararam em Sarai e a levaram à casa de Faraó. Nessa conjuntura, Abrão prosperou (16), pois lhe vieram presentes de animais e escravos em abundância.

    As coisas não iam tão bem com Faraó (17). Feriu... o SENHOR a Faraó com grandes pragas e a sua casa, porque o desejo sexual deste monarca ameaçava exter-minar a promessa divina de que Abrão teria uma posteridade. Descobrindo que Abrão não dissera toda a verdade sobre sua esposa, chamou Faraó a Abrão (18), repreendeu-o severamente e o expulsou do Egito.

    Foi uma experiência humilhante para Abrão e, apesar da riqueza, seu retorno para Canaã quase não foi uma marcha de vitória. Voltando lentamente para Betel (3), o patriarca se curvou diante do altar que, dantes, ali tinha feito (4) e adorou. Sua viagem ao Egito não foi uma bênção para ninguém. A banda do Sul (1) seria o "país de Judá" (BA).

  • A Escolha que Conduziu para Baixo (13 5:18)
  • Não era só Abrão que era rico em rebanhos, vacas e tendas (5), seu sobrinho também tinha rebanhos numerosos. Faltando bons pastos durante todo o ano, os altiplanos da Palestina não proporcionavam bastante comida e água. Houve contenda (7) entre os pastores nos campos, de forma que tornou imperativa uma conferência entre tio e sobri-nho. Eles não podiam perder de vista a presença e ameaça implícita dos cananeus e ferezeus na terra. Este era o cenário de uma das decisões cruciais tomadas no círculo da família de Abrão.

    Em seguida, ocorre o diálogo entre Abrão (8) e Ló. De acordo com os costumes da época, a solução do problema teria sido bastante simples. O líder do clã implementaria a solução que protegesse os próprios interesses com pouca consideração aos interesses do concorrente. Mas Abrão preferiu dar a vez ao sobrinho. Insistiu que Ló se apartasse (9) do círculo da família de Abrão, mas deu ao homem mais jovem a opção de escolher a região da Palestina para apascentar seus rebanhos.

    Do lugar onde estavam acampados perto de Betel, o vale do Jordão lhes era visível a leste. Ló escolheu ir nessa direção. Em torno de Jericó, como hoje, os campos eram pon-tilhados por muitas fontes, e no lado sudeste do mar Morto ribeiros de águas descendo dos altiplanos irrigavam os campos férteis. A região era tão verdejante que dois símbolos de fertilidade, o jardim do SENHOR (10) e a terra do Egito, foram as únicas expres-sões adequadas para descrevê-la. Isto estava em nítido contraste com a terra seca da região montanhosa central da Palestina.


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Gênesis Capítulo 12 versículo 15
    Faraó: Ver Ex 1:11,

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Gênesis Capítulo 12 do versículo 1 até o 20
    *

    12.1—22.19 A divisão por Deus do mundo em nações (11.1-9) proveu um pano de fundo sobre o qual Moisés começa agora a expor a distinta graça de Deus na eleição. Com Abraão começa a história da criação de Israel por Deus, uma história na qual ele revela a sua liberdade em ser misericordioso para com Israel, sua santidade no julgá-lo, sua fidelidade em restaurá-lo e sua absoluta soberania sobre a história humana. A história de Abraão começa com sua partida de uma cidade humana (Ur) em busca da cidade “da qual Deus é o arquiteto e o edificador” (Hb 11:10)

    * 12.1-9 O chamado de Abraão como um agente da graça redentiva é paralelo ao papel de Noé como o mediador de uma aliança com toda a criação (8.1—12.9, nota). A forma do chamado de Deus a Abraão também lembra o padrão da criação (1.3-31, nota): anunciação, ordem (v. 1), e relato (vs. 4-9); o padrão é quebrado, porém, pela promessa divina (vs. 2-3), enfatizando a fé e obediência de Abraão (vs. 4-9; conforme 22:1-19; Rm 4:3; Hb 11:8-12).

    * 12.1-3 A estrutura pactual é visível (17.2, nota). Deus soberanamente assumiu responsabilidades para com Abraão (vs. 2,
    3) enquanto lhe atribuiu uma tarefa (v. 1). Os mandamentos de Deus se cumpriram através da fé obediente de Abraão na promessa de Deus (6.9-22, nota).

    Estes versos marcam um ponto de transição em Gênesis e na história da redenção quando Deus começa a estabelecer um povo da aliança para si mesmo. O progresso do plano redentivo de Deus é evidente ao separar Abraão (v. 1) e ao transformar Israel em uma grande nação (v. 2; 46.3). Este plano redentivo tem o seu clímax em Jesus Cristo, a verdadeira semente de Abraão (Gl 3:16), que traz salvação ao mundo (v. 3). O chamado de Abraão é repassado aos dois próximos patriarcas, Isaque (26.2-4) e Jacó (28.14). A nação será formada a partir dos doze filhos de Jacó (cap. 49). Ver a nota teológica “A Aliança da Graça de Deus”, índice.

    * 12.1 disse o SENHOR. O chamado veio a Abraão em Ur antes da morte de seu pai, não em Harã (15.7).

    a terra. A extensão desta concessão de terra será progressivamente definida (12.7; 13 14:17-15:18-21).

    *

    12.2 abençoarei. Elementos cruciais da bênção e promessas divinas em Gênesis — frutificação e domínio — são evidentes aqui e definidos ainda mais em 22.17 (9.1, nota).

    te engrandecerei o nome. O que os construtores em Babel almejaram fazer com suas próprias forças (11.4, nota), Deus concedeu na sua graça soberana. A história subseqüente confirmou a promessa de Deus — os grandes nomes de Abraão e Davi (2Sm 7:9) prefiguram o nome de Cristo (Fp 2:9-11).

    Sê tu uma bênção. Esta última ocorrência do verbo “abençoar” é um imperativo. Abraão não apenas seria abençoado, mas também deveria ser uma bênção aos outros (v. 3).

    * 12.3 Abençoarei… amaldiçoarei. A extensão do intento gracioso e misericordioso de Deus é indicada no hebraico pela mudança do objeto plural da graça (os que te abençoarem) para o objeto singular da maldição (o que te amaldiçoar). Muitos receberão a bênção de Deus através do Descendente de Abraão (18.18; Gl 3:8; Ap 7:9, 10).

    os que te abençoarem. Aquele que reconhecer a Abraão e sua descendência como agentes da bênção de Deus.

    amaldiçoarei os que te amaldiçoarem. As palavras do hebraico traduzidas aqui como “amaldiçoar” diferem entre si: a segunda significa “desdenhar”; a primeira tem o sentido de “enfraquecer” (3.14). Deus será um adversário direto daqueles que amaldiçoarem a Abraão e sua semente.

    em ti. Em Jesus Cristo, o Descendente de Abraão (Gl 3:16), e no Israel espiritual de todos os tempos unidos com ele (Gl 3:29; nota em Fp 3:3), e não no Israel étnico descrente (Jo 8:39; Rm 9:6-8).

    serão benditas. Alguns têm afirmado que o verbo hebraico aqui deve ser traduzido reflexivamente: “abençoarão a si mesmos” (isto é, vão desejar a bênção de Abraão). Enquanto gramaticalmente possível, esta leitura dificilmente faz jus ao contexto desta promessa divina, e a tradução na voz passiva (“serão abençoadas”) não apresenta qualquer dificuldade lingüística. Ainda mais, a Septuaginta (Antigo Testamento Grego) traduz como sendo passiva. Há plena justificativa para considerar esta promessa como um referência ao plano de Deus para a salvação do mundo.

    * 12.4 setenta e cinco. Ver nota em 11.32.

    * 12.6 Siquém. Ver 33.18—34.31; 48.22; 50.25 e notas.

    carvalho de Moré. Uma grande árvore, que pela sua altura era preferida como lugar de culto (13 18:18-1; 21.33). Embora os pagãos adorassem divindades da fertilidade debaixo de árvores como esta, Abraão, que procurava pela cidade celestial (Hb 11:10) adorava apenas ao Deus verdadeiro (v.8). O nome “Moré” significa “ensinador”. Este era provavelmente um lugar pagão para oráculos; o Senhor o santificou quando ali apareceu a Abraão (v.7).

    cananeus… terra. Dois obstáculos estavam no caminho das promessas de Deus: a esterilidade de Sara (11,30) e os cananeus que o impediam de entrar para habitar na terra.

    *

    12.7 Apareceu. Os patriarcas peregrinos eram profetas (15.1, 4; 17.1; 18.1; 20.7; 26.2, 24; 28:10-15; 31.3; 35.9; 48.3; conforme Sl 105:12-15).

    descendência. Paulo declara que este substantivo singular coletivo (como no hebraico) diz respeito unicamente a Jesus Cristo (Gl 3:16) e a todos aqueles que compartilham a fé de Abraão em Deus (Rm 4:16, 23-24; Gl 3:26-29).

    edificou… um altar. Por este ato o pai de uma nova nação consagra a Deus a Terra Prometida (Êx 20:24; Js 22:19). Ver v. 8; 13 18:22-9; 26.25; 35.7).

    * 12.8 invocou o nome do SENHOR. Ver 4.26 e nota.

    * 12.9 Neguebe. Ver referência lateral. A região do deserto a sudoeste do mar Morto. Cobrindo uma área de aproximadamente 7.250 quilômetros quadrados, seu volume de chuvas é muito baixo para sustentar a lavoura de cereais.

    * 12.10-20 A matriarca Sara é também colocada em perigo nos capítulos 20:26. O êxodo de Abraão do Egito tipifica o êxodo de Israel mais tarde: Deus manda a fome (v. 10; 47.4), os egípcios os afligem (vs. 12-15; Êx 1:11-14); Deus envia pragas contra os egípcios (v. 17; Ex 8—11); os egípcios os deixam ir com grande riqueza (vs. 16, 20; Êx 12:33-36); eles retornam à terra em estágios através do deserto (13.3; Êx 17:1); e finalmente chegam à terra onde adoram ao Senhor (13.3; Êx 15:17). Ver Sl 105:14, 15; 1Co 10:1-4.

    *

    12.12 os egípcios... me matarão Embora a hospitalidade a estranhos fosse um dever no antigo Oriente Próximo (18.2-5; Dt 10:18, 19), estes eram vulneráveis (conforme 19:3-11). Abraão não estava necessariamente vendendo a honra de Sara para salvar-se, porque este artifício havia sido planejado muito antes (20.13), talvez para ganhar tempo em circunstâncias perigosas (conforme 24.55; 34:13-17).

    * 12:13

    irmã. Ver nota em 11.29.

    *

    12.15 foi levada. A palavra hebraica aqui não implica necessariamente em relação sexual (conforme 20.2, 4, 6); o texto não acrescenta “a possuiu” (34.2; 38.2).


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Gênesis Capítulo 12 do versículo 1 até o 20
    12.1-3 Quando Deus o chamou, Abrão se transladou por fé do Ur a Farão e finalmente ao Canaán. Então, Deus estabeleceu um pacto com o Abrão, e lhe disse que seria o fundador de uma grande nação. Não só esta grande nação seria benta, disse Deus, mas também também as demais nações do mundo seriam bentas através dos descendentes do Abrão. Israel, a nação que sairia do Abrão, devia ser um povo que seguisse a Deus e influenciasse aos povos com os que tivesse contato. Da descendência do Abrão nasceu Jesucristo para salvar à humanidade. Por meio de Cristo, todas as pessoas podem ter uma relação pessoal com Deus e ser bentas tremendamente.

    12:2 Deus prometeu benzer ao Abrão e fazê-lo grande. Mas havia uma condição: Abrão tinha que obedecer a Deus. Teria que deixar seu lar e seus amigos e viajar a uma terra nova onde Deus lhe prometeu que construiria uma grande nação a partir da família que lhe daria. Abrão obedeceu, deixando sua casa pela promessa de Deus de bênções muito maiores no futuro. Possivelmente Deus está tratando de guiá-lo a um lugar onde você possa lhe ser mais útil e lhe servir melhor. Não deixe que a comodidade e a segurança de sua posição atual lhe façam perder o plano que Deus tem para você.

    12:5 Deus planejou desenvolver uma nação com gente que chamaria dela. Levou ao Abrão da terra ímpia e egoísta do Ur à região fértil do Canaán, onde se poderia estabelecer uma nação moral e entregue a Deus. Apesar de que era pequena, Canaán foi o ponto central da maior parte da história do Israel e o surgimento do cristianismo. Este pequeno território que Deus entregou a um só homem, Abrão, teve um impacto tremendo na história do mundo.

    12:7 Abrão construiu um altar a Deus. Em muitas religiões se utilizavam os altares, mas para o povo de Deus, os altares eram mais que simples lugares de sacrifício. Os altares simbolizavam comunhão com Deus e comemoravam encontros significativos com O. Construídos de pedras e terra, freqüentemente os altares permaneciam nesses lugares por anos como avisos contínuos do amparo e as promessas de Deus.

    Abrão construía com regularidade altares a Deus por duas razões: (1) para orar e adorá-lo, e (2) para recordar a promessa de Deus de que o benzeria. Não tivesse podido sobreviver espiritualmente sem a renovação regular de seu amor e lealdade a Deus. Construir altares o ajudava a recordar que Deus era o centro de sua vida. A adoração freqüente nos ajuda a recordar o que Deus deseja e nos motiva a lhe obedecer.

    12:10 Quando chegou a fome, Abrão se foi ao Egito onde havia comida. por que haveria fome na terra a qual Deus acabava de chamar o Abrão? Esta era uma prova de fé para o Abrão e ele a passou vitorioso. Não questionou a direção de Deus quando se enfrentou com esta dificuldade. Muitos crentes descobrem que quando decidem seguir a Deus, imediatamente encontram grandes obstáculos. A próxima vez que você encontre uma prova como esta, não trate de adivinhar o que Deus está fazendo. Use a inteligência que Deus lhe deu (como o fez Abrão quando se transladou temporalmente ao Egito) e espere novas oportunidades.

    12.11-13 Abrão, atuando por temor, pediu ao Sarai que dissesse só a metade da verdade ao dizer que era sua irmã. Ela era médio irmana do Abrão, mas também era sua esposa (veja-se 20.12).

    Abrão pretendia enganar aos egípcios. Temia que ao saber a verdade o matassem para conseguir ao Sarai. Sarai teria sido uma aquisição desejável para o harém de Faraó por causa de sua riqueza, beleza e pela possibilidade de uma aliança política. Como irmão dela, lhe teria dado ao Abrão um lugar de honra. Entretanto, como seu marido, sua vida estaria em perigo, já que Sarai não poderia entrar em harém de Faraó a menos que Abrão estivesse morto. Assim Abrão disse só a metade da verdade e mostrou falta de fé no amparo de Deus, ainda depois de tudo o que Deus lhe tinha prometido. Isto também é uma lição de como o mentir agrava os efeitos do pecado. Quando mentiu, seu problema não se fez mais fácil de resolver, a não ser mais complexo.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Gênesis Capítulo 12 do versículo 1 até o 20
    II. A HISTÓRIA DO POVO ESCOLHIDO (Gn 12:1)

    1. A Primeira e Segunda Promises-Blessing e Land (12: 1-9)

    1 Agora o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei: 2 e eu farei de ti uma grande nação, e te abençoarei , e fazer o teu nome; e tu serás uma bênção: 3 e eu os abençoarei os que te abençoarem, e ele que amaldiçoa te hei de amaldiçoar; e em ti todas as famílias da terra serão abençoadas. 4 Abrão partiu, como o Senhor lhe dissera; e Ló foi com ele; e Abrão tinha setenta e cinco anos quando saiu de Haran. 5 Abrão levou Sarai, sua mulher, ea Ló, filho de seu irmão, e todos os bens que haviam adquirido, e as almas que tinham em Harã; e eles saíram para ir à terra de Canaã; e para a terra de Canaã vieram. 6 E passou Abrão por aquela terra até ao lugar de Siquém, até o carvalho de Moré.E estavam então os cananeus na terra. 7 E o Senhor apareceu a Abrão, e disse: À tua semente darei esta terra. E edificou ali um altar ao Senhor, que lhe aparecera 8 E partiu dali até o monte ao oriente de Betel, e armou a sua tenda, ficando-lhe Betel ao ocidente, e Ai ao oriente; e edificou ali um altar ao Senhor, e invocou o nome do Senhor. 9 E Abrão o seu caminho, seguindo ainda para o sul.

    Capítulo 11 já nos apresentou a Abrão, seu pai e irmãos, sua esposa Sarai, seu sobrinho Ló, sua terra natal, Ur dos Caldeus, e sua casa mais tarde em Haran. Capítulo 11 também sugere que o chamado de Abraão pelo Senhor começou em Ur, pois diz que quando a família saiu de lá, esta dica é confirmado em "saíram ... para ir para a terra de Canaã." At 7:2 ), a família tomou conhecimento da pobreza espiritual da cultura material rico em torno deles, e Abrão especificamente ouviu o chamado de Deus para uma peregrinação de fé, uma aventura espiritual da mais alta ordem.

    O chamado de Deus começou com um comando para uma separação três vezes de tudo Abrão tinha conhecido e amado: (1) da tua terra , (2) da tua parentela , (3) da casa de teu pai . Os antigos relacionamentos e anexos eram muito forte, muito sensatamente real para Abram para retê-los e, ao mesmo tempo, desenvolver a capacidade de receber a mensagem de Deus. Foi só quando Deus chamou-o para além de si mesmo, fez dele depende somente n'Ele para a comunhão, orientação, conforto e força, para que Ele seria capaz de fazer dele o homem que ele precisava.

    Abrão não só foi convidado a abandonar a vida familiar e confiável que ele tinha conhecido, mas também para atingir um objetivo estranho e invisível: para a terra que eu te mostrar . Este foi semelhante à compra de um bilhete de viagem sem saber o destino! Ele realmente "saiu, sem saber para onde ia" (He 11:8 ). (2) Eu te abençoarei . Esta não foi simplesmente para ser um desejando isolado de bom sobre Abrão, mas a constante atribuição, ao longo da vida de boa sobre ele, a prosperidade de tudo que ele fez em obediência a Deus. (3) E fazer o teu nome . Em Dt 11:4 , é evidente que estamos lendo a história universal. Há um certo estreitamento de interesse, uma determinada marcação de pessoas divinamente selecionados para particulares responsabilidades. Mas o cenário para o drama é sempre o mundo inteiro do homem. Mas a partir do que já lemos no capítulo 12 , e que vamos continuar a ler todo o Antigo Testamento e parte da Nova, afigura-se que a fase de maior está abandonado e que Deus agora vai concentrar sua atenção em um pequeno e oft -despised parte da raça humana.

    Um exame mais detalhado, no entanto, revela que não há nenhuma mudança no propósito divino em Gn 12:1 ; . Jz 9:6)

    10 E houve uma fome na terra; e desceu Abrão ao Egito, para peregrinar ali; para a fome prevalecia na terra. 11 E domar a passar, quando ele estava prestes a entrar no Egito, disse a Sarai, sua mulher: Ora, eu sei que és mulher formosa à vista: 12 e ele vai vir a passar, quando os egípcios a ver-te, que eles vão dizer: Esta é sua mulher, e eles vão me matar, mas a ti te guardarão em vida. 13 Dize, peço-te, que és minha irmã; que pode ser bem comigo por tua causa, e que minha alma possa viver por causa de ti. 14 E aconteceu que, entrando Abrão no Egito viram os egípcios a mulher, que era muito justo. 15 E o príncipes de Faraó a viram, e elogiou-a a Faraó, e a mulher foi levada para a casa de Faraó. 16 E ele tratou bem a Abrão por causa dela; e ele teve ovelhas, e bois, e os jumentos, e servos, e servas, e jumentas, e camelos. 17 E o Senhor a Faraó ea sua casa com grandes pragas, por causa de Sarai, mulher de Abrão. 18 Então chamou Faraó a Abrão, e disse: Que é isto que fizeste comigo? por que fizeste não me disseste que ela era tua mulher? 19 Por que disseste: É minha irmã, para que eu a levei para ser minha esposa? Agora, eis a tua mulher, toma-a e vai-te. 20 E Faraó deu homens acusá-lo a respeito; e trouxeram-lhe no caminho, e sua esposa, e tudo o que ele tinha.

    Ato de fé em aceitar o chamado divino de Abrão prometia muito para o novo método de lidar com o homem de Deus. Mas o escritor bíblico escrupulosamente honestos segue esta imagem brilhante de Abrão com um que lhe mostra a ser atormentado pela mesma tendência para o mal como seus antepassados. A fome desenvolvido, e desceu Abrão ao Egito, onde as águas do Nilo, dispersos por meio de canais de irrigação, de forma consistente que a terra protegida da escassez de alimentos (conforme 26: 1-2 ; Gn 41:54 ). Mas ao entrar nesta terra, muito mais estranha a Abrão em seu povo, leis e costumes do que Canaã tinha sido, ele tornou-se temeroso de que os poderosos egípcios devem matá-lo, a fim de aproveitar sua bela esposa. Seus temores tinha boas razões, para um documento antigo papiro revela que um dos Faraós fizeram trazer uma mulher bonita para a sua corte e assassinou seu marido. Mas, em vez de buscar a orientação do Senhor, ou simplesmente confiar nEle para a proteção, Abram inventou seus próprios meios de satisfazer esta emergência. Ele propôs que Sarai passar-se fora como sua irmã (ela era sua meia-irmã, Gn 20:12 ). A implicação chocante, mas simples é que Abrão estava disposto a arriscar a honra de sua esposa para salvar sua própria vida. A coisa toda poderia ter terminado em catástrofe. Para Faraó tomou Sarai para seu harém e deu ricos presentes a Abrão, seu suposto irmão. Mas antes que danos irreparáveis ​​foi feito, Deus interveio. Ele atormentado casa de Faraó, de alguma forma não especificada, e de alguma forma trouxe Faraó para entender sua própria perigo e da decepção de Abrão. Faraó, o monarca orgulhoso de um linha nomeadamente opõe a Deus, chamado antes dele Abrão, o suposto representante de Deus, e deu-lhe uma repreensão severa por sua covardia e do pecado. Ele foi autorizado a manter a sua maior riqueza, mas ele foi imediatamente banido da terra. Abram na sua presunção havia ameaçado todo o processo redentor de Deus, mas Deus havia vencido sua transgressão e manteve viva a sua própria finalidade. Observações Von Rad:

    É preciso lembrar que não compromete o ancestress posta em causa tudo o que o Senhor [Jeová] havia prometido fazer de Abraão. Mas o Senhor não permite que seu trabalho para abortar logo no início; ele resgata-lo e preserva-lo para além de qualquer falha humana.

    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Gênesis Capítulo 12 do versículo 1 até o 20
    1. A resposta de fé de Abraão (Gn 12:1 -9)
    2. A aliança (vv. 1-3)

    Deus chamou Abraão em Ur dos caldeus (At 7:2-44), mas ele ficou em Harã até a morte de seu pai (11:27- 32). Deus ordenou separação para si mesmo, nem que fosse preciso a morte para alcançar isso. Esse cha-mado deveu-se total mente à graça de Deus, e as bênçãos da aliança derivaram-se completamente da bondade do Senhor. Deus prome-teu dar a Abraão (1) uma terra; (2) um grande nome; (3) uma grande nação; e (4) uma bênção que se espalharia por todo o mundo. Foi necessária muita fé por parte de Abraão para responder a essas pro-messas, pois ele não tinha filhos, e ele e a esposa eram idosos (11:30). Observe como Deus repete: "Fa-rei". Deus faria tudo isso apenas se Abraão acreditasse. Com certeza, Deus cumpriu suas promessas, pois 1srael tem sua terra (e conseguirá mais); os judeus abençoaram todas as nações ao nos dar a Bíblia e Cris-to; e os judeus, os mulçumanos, os cristãos e, até mesmo, os incrédu-los reverenciam o nome de Abraão. Os homens de Babel queriam fazer um nome para si mesmos, mas fra-cassaram (11:4), Abraão, porém, confiou em Deus, e o Senhor deu- lhe um grande nome!

    1. A concessão (vv. 4-6)

    "Ló foi com ele" — esse foi o se-gundo erro. Harã, pai de Ló, morreu (11:28), portanto Abraão pôs o jo-vem sob sua proteção, apenas para que este lhe criasse sérios proble-mas. Mais tarde, Deus teve de se-parar Ló de Abraão, antes de poder prosseguir com seus planos para a vida do patriarca. Não há registro da longa jornada deles de Harã até Canaã, mas certamente foi neces-sário fé e paciência para completá- la. E fácil perceber que Abraão era um homem próspero, contudo essa prosperidade não foi uma barreira ao seu caminhar com Deus. Os via-jantes chegaram a Siquém, "o om-bro". Que coisa maravilhosa para o crente viver no "ombro", de onde Deus, "por baixo de ti, estende os braços eternos" (Dt 33:27).

    1. A confissão (vv. 7-9)

    A obediência sempre leva à bênção. O Senhor, depois de Abraão chegar a Canaã, apareceu para Abraão a fim de encorajá-lo mais. Abraão não he-sitou em confessar sua fé diante de uma terra pagã. Ele, onde quer que fosse, construía sua tenda e seu al-tar. (Veja 13 3:4-18.) A tenda fala do peregrino, a pessoa que confia em Deus, um dia de cada vez, e está sempre pronta para se mover. O altar fala do adorador que traz um sacrifí-cio e o oferece a Deus. De forma in-teressante, a localização de Abraão, Betei ("a casa de Deus"), fica no oci-dente, Ai ("um monte de ruínas") fica no oriente, e ele viajava em direção à "casa de Deus". Em 13:11, Ló vi-rou as costas à casa de Deus e fez sua jornada em direção ao oriente, de volta ao mundo e com resultados desastrosos. Abraão, sempre que se afastou do desejo de Deus, perdeu a tenda e o altar.

    1. O lapso de fé de Abraão (Gn 12:10-20)
    2. O desapontamento (v. 10)

    Havia fome no local a que Deus o conduzira! Os peregrinos devem ter ficado muito desapontados com isso. Deus testava a fé deles a fim de saber se confiavam no Senhor ou na terra. Eles, em vez de permanecerem em Canaã e confiarem em Deus, des-ceram ao Egito, provavelmente por sugestão de Ló (veja 13:10). O Egito simboliza o mundo, a vida de auto-confiança; Canaã retrata a vida de fé e de vitória. O Egito era irrigado pelo lamacento rio Nilo; Canaã recebia as chuvas frescas de Deus (veja Dt 11:10-5). Abraão abandonou sua tenda e seu altar e confiou no mun-do! Veja Is 31:1.

    1. A decepção (vv. 11-13)

    Um pecado leva a outro: primeiro Abraão confiou no Egito; agora ele acreditou na mentira que sua es-posa disse para protegê-lo. Gêne-sis 20:13 deixa claro que Sara era tão culpada como Abraão, e 20:12 indica que, na verdade, a "mentira" era uma meia-verdade, pois ela era sua meia-irmã. Parece que Abraão estava mais preocupado com a pró-pria segurança que com a de sua es-posa — ou a segurança da semente prometida. Se Sara tivesse permane-cido no harém, Deus não poderia cumprir sua promessa! Abraão, sem sua tenda e seu altar, agia como as pessoas do mundo (SI 1:1 -3).

    1. A disciplina (vv. 14-20)

    Que vergonha Abraão, homem de fé, ser repreendido por um rei infiel. O faraó, até saber a verdade a respeito de Sara, "tratou bem" a Abraão, mas, assim que Deus in-terferiu e expôs a mentira, o faraó pediu-lhes que artissem. O cristão dá um testemunho pobre quando se mistura com o mundo e faz conces-sões. Alguém disse: "Fé é viver sem esquemas". Abraão e todos seus descendentes precisavam aprender essa lição! Ló viveu com o mundo e perdeu seu testemunho (19:12-14); e Pedro permitiu o fogo inimigo e negou seu Senhor.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Gênesis Capítulo 12 do versículo 1 até o 20
    12.1 A vida de Abraão, desde sua chamada até sua morte, compreende quatro estágios. Dá-se uma revelação divina por ocasião de cada um desses estágios:
    1) A primeira (cap. 12-14), incluindo o chamada e a mudança para Canaã;
    2) A promessa de um herdeiro e a conclusão de uma aliança (cap. 15, 16);
    3) O estabelecimento da aliança, o mudança de nome e a adoção do sinal da circuncisão (cap. 17-21);
    4) A prova a que Abraão foi submetido e o aprimoramento de sua vida de fé (cap. 22-25.11).
    12.3 Em ti serão benditas todos as famílias. Deus está prometendo neste texto que o Messias, o Senhor Jesus Cristo, haveria de descender ou haveria de nascer da família de Abraão (conforme Mt 1:1). Esta é a segunda referência feita ao Messias (conforme Gn 3:15). O propósito seletivo de Deus se vem delimitando desde todos os filhos de Adão, através de Noé, depois Sem, até o povo escolhido, os pósteros de Abraão, que vieram de Isaque. É a terceira iniciativa, seguindo as duas primeiras nas quais os descendentes de Adão e de Noé falharam.

    12.4 Abraão partiu de Harã muito antes da morte de Terá, pois que este veio a morrer quando Abraão já tinha cento e trinta anos.
    12.8 Betel significa "Casa de Deus". Foi onde Jacó, posteriormente, teve uma visão (Gn 28:1-22). Foi, portanto, com razoável argumentação que Jeroboão, quando de sua apostasia, escolheu aquele lugar para erigir ali, um ídolo (1Rs 1:28-11). Por causa deste pecado, Deus ordenara a destruição de Betel (1Rs 13:1-11 e Jl 3:14-30).

    12.10 Fome. É freqüente que Deus permita ocorrências assim sobre Seu povo, para prová-lo na sinceridade e na confiança. Quando o povo deixa de confiar em Deus, volta-se para os recursos que o mundo oferece (o Egito ilustra a mundo), verificando então, que só tribulação há pela frente. É tão somente mediante a confissão do pecado e a busca de uma nova vida com Deus que se encontra a solução para cada dificuldade (ver 13 3:4).

    12.13 Era apenas meia verdade, pois Sara era filha de Terá mediante outra esposa (20.12).
    12.17,18 O filho de Deus, contrariando a vontade Divina, poderá tornar-se num verdadeiro tropeço aos que não pertençam ao povo de Deus. É inevitável que o mundo tome conhecimento de tais pecados nas vidas dos crentes e se mostre tão apressado em julgá-los.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Gênesis Capítulo 12 do versículo 1 até o 20
    II. OS PRIMÓRDIOS DE ISRAEL (12.1—50.26)

    1) Abraão (12.1—25.18)

    a) Chegada em Canaã (12:1-20) Embora Abrão tenha sido mencionado nos últimos versículos do cap. 11, não há dúvidas de que o cap. 12 começa uma nova grande seção em Gênesis. E agora que o leitor começa a conhecer o caráter e a personalidade de Abrão, à medida que ele se reveste de carne e sangue; é agora que finalmente a Palestina entra nessa história; e é agora que alguns dos grandes temas teológicos começam a se revelar claramente: a terra prometida, o povo prometido e a resposta da fé. Há um olhar para o futuro que marca toda a narrativa; não somente ocorre que eventos posteriores lancem suas sombras adiante deles, mas há também uma dimensão mais profunda e mais espiritual (conforme He 11:8-58).

    v. lss. Abrão foi apresentado ao leitor no cap. 11 como alguém que não tinha descendentes e que residia em Harã, a muitos quilômetros ao norte da Palestina. Tudo isso iria mudar, mas não por acidente ou coincidência; ao contrário, como resultado dos planos do Senhor e da pronta obediência do patriarca. O chamado e as promessas constituem a eleição de Deus, embora esse termo não seja empregado; coube à soberana e imprevisível escolha de Deus destacar Abrão como o receptor da mensagem contida nos v. 2,3. A promessa diz pouco sobre a terra, que ele mesmo logo avistaria; mas o grande povo estava muito distante no futuro, e de fato ainda não havia sinal algum de um herdeiro. Abrão e a sua descendência vão desfrutar também de grande fama; esse nome dado por Deus é contrastante com a fama que os homens buscavam em Babel (11.4). Nesse contexto, é provável que a última frase do v. 2 signifique que o nome de Abrão “será usado em bênçãos” (NEB) e que o v. 3 termine com a afirmação: por seu intermédio todas as famílias da terra irão se abençoar. O último verbo hebraico é ambíguo, e a LXX entendeu que significava “serão abençoadas”; é a LXX que é citada em At 3:25 e G1 3.8. De qualquer forma, a bênção final para toda a humanidade, mesmo que não declarada, está subentendida.

    v. 4-9. A família escolhida chegou à terra prometida — a terra de Canaã (v. 5), como seria conhecida por muitos séculos ainda. A família podia ser considerada um clã (conforme 14.14), mas a atenção se volta para Abrão e os outros dois indivíduos que são proeminentes na história. A terra de forma nenhuma estava vazia, como reconhece a observação do v. 6, embora houvesse muito lugar para os recém-chegados. Além disso, havia um grande número de cidades e santuários, dos quais Siquém (v. 6) e Betei (v. 8) tinham significado especial. Não seriam menos importantes para Israel em anos posteriores, e vemos Abrão reivindicando-os simbolicamente para o Senhor, o Deus de Israel. No entanto, foi o extremo sul do país, a região do Neguebe, o mais interessante para os patriarcas em virtude de seus rebanhos e manadas.

    A idade de Abrão a essa altura é de setenta e cinco anos (v. 4). Kidner chama atenção para o fato de que a expectativa de vida dos patriarcas era em torno do dobro do padrão atual; levando em conta essa informação, podemos ter uma idéia melhor da idade, do vigor físico ou da beleza sugeridos em vários pontos da narrativa.

    v. 10-20. Essa é a primeira de três narrativas muito semelhantes (v. cap. 20; e conforme 26.6
    11). E importante tentar entender a função de cada uma no seu próprio contexto. Existe ironia dramática nesse capítulo; Abrão acaba de chegar à terra da promessa e já é obrigado a sair dela em virtude de circunstâncias naturais! Não há menção alguma de falta de fé ou mentira por parte dele. O que se conclui simplesmente é que ele estava à mercê dos eventos, das circunstâncias e de forças políticas que fugiam do seu controle; somente o Senhor (v. 17) poderia resgatá-lo de circunstâncias adversas. Foi ensinada aqui uma lição importante aos descendentes de Abrão, que por demasiadas vezes foram tentados ao orgulho e auto-suficiência (conforme Jz 7:2).


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Gênesis Capítulo 12 do versículo 1 até o 26

    II. Os Patriarcas. 12:1 - 50:26. A. Abraão. 12:1 - 25:18.

    Na segunda principal divisão do livro de Gênesis, está evidente que na nova dispensação os escolhidos de Deus deverão reconhecer a comunicação direta e a liderança direta do Senhor. Nos capítulos Gn 12:1, quatro personagens Se destacam como homens que ouviram a voz de Deus, entenderam Suas diretrizes, e orientaram seus carrinhos de acordo com a vontade dEle. O propósito de Jeová ainda continua sendo o de chamar pessoas que executem a Sua vontade na terra. Com Noé Ele começou tudo de novo. Sem foi o escolhido para transmitir a verdadeira religião. Os semitas (descendentes de Sem) seriam os missionários aos outros povos da terra. No capítulo 12 Abraão começa a aparecer na linhagem de Sem como o representante escolhido de Jeová. Sobre ele Jeová colocaria toda a responsabilidade de receber e passar adiante a Sua revelação para todos. Do cenário pagão de Ur e Harã saiu o homem de Deus para a estratégica hora da primitiva revelação do V.T.


    Moody - Comentários de Gênesis Capítulo 12 do versículo 11 até o 16

    11-16. O medo tomou conta do coração do patriarca quando se aproximou do palácio do monarca. Imaginou que Faraó o mataria para colocar Sarai em seu harém. Por causa disso, Abrão imaginou um plano de passar a esposa por sua irmã, aquietando sua consciência com o pensamento de que ela era realmente sua meia irmã. Foi um expediente vergonhoso. Como resultado, a mãe dos futuros líderes da nação hebréia foi levada para o harém egípcio"!


    Dúvidas

    Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia, por Norman Geisler e Thomas Howe
    Dúvidas - Comentários de Gênesis Capítulo 12 versículo 15
    Gn 12:10-20; Gn 20:1-18 - Por que Deus permitiu que Abraão prosperasse, mesmo tendo ele mentido?

    PROBLEMA: A Bíblia nos exorta a não mentir (Ex 20:16); porém, mesmo depois de Abraão ter mentido com respeito a Sara, ele enriqueceu.

    SOLUÇÃO: Primeiro, o enriquecimento de Abraão não deve ser visto como uma recompensa divina pela sua mentira. Podemos facilmente entender por que Faraó lhe deu presentes. Faraó pode ter se sentido obrigado a recompensá-lo pelo mau constrangimento que a sua corrupta sociedade impunha aos estrangeiros que visitavam o país.

    Além disso, Faraó deve ter sentido que deveria recompensá-lo por ter levado a mulher dele até o palácio, mesmo sem saber da sua real condição. É que o adultério era estritamente proibido pela religião egípcia.
    Ainda, Abraão pagou pelo seu pecado. Os anos de transtornos que se seguiram na vida de Abraão podem ter sido uma conseqüência direta de sua falta de fé no poder protetor de Deus.

    Finalmente, embora alguns sejam reconhecidos como homens de Deus, eles são falíveis e responsáveis pelo seu próprio pecado (por exemplo, Davi e Bate-Seba - 2 Sm 12). Deus os abençoou apesar dos pecados deles, e não por causa dos seus pecados.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Gênesis Capítulo 12 do versículo 1 até o 20
    II-A HISTÓRIA DE ABRAÃO (Gn 12:1-25.18)

    a) A fé e a obediência de Abrão (Gn 12:1-14.24)

    1. A CHAMADA DE ABRÃO (Gn 12:1-9). Neste ponto ocorre uma brusca mudança no teor da história, e daqui por diante ela se preocupa mais particularmente com a "semente" prometida. Essa linha tem início proeminente com Abrão, cuja data exata é desconhecida mas que provavelmente foi no século XX antes de Cristo. Disse a Abrão (1). O heb. não exige o uso do mais-que-perfeito aqui (dissera), mas o sentido geral da passagem o exige. Gn 15:7 e At 7:2-4, comparados com este versículo, levantam a questão se houve duas chamadas, uma em Ur e outra em Harã. As Escrituras parecem requerer que certamente devemos considerar a chamada como pertencente a Ur; e então é bem possível que a ordem tenha sido repetida em Harã. É possível que a chamada se tornou mais explícita em Harã. Uma chamada divina havia ordenado a Abraão que se reunisse a uma migração (possivelmente geral) de Ur para Harã, que estava de partida naquela ocasião. Terá é apresentado como o líder desse movimento do clã de Abrão. Em Harã, então, após alguns anos, Deus novamente falou a Abrão, desta vez em termos mais explícitos. Quando ele veio a Harã, na Mesopotâmia, ele obedeceu a chamada no que tangia a sair da sua terra e parentela (1). Mas quando partiu de Harã a fim de ir para Canaã, ele deixou a casa de seu pai (1).

    A terra que te mostrarei (1). Pareceria, por estas palavras e por He 11:8, que Abrão não conhecia seu destino. Em Gn 11:31 ficou declarado que era Canaã, mas isso poderia ter sido escrito pelo historiador somente à luz dos eventos subseqüentes, e não como revelação da mente consciente de Terá ou Abrão. Em ti serão benditas todas as famílias da terra (3). A linha de Abrão dali por diante seria medianeira, e a bênção dada aos homens haveria de fluir por intermédio de sua descendência. Essa promessa foi completamente cumprida na pessoa de Cristo. O carvalho de Moré (6), deveria ser "o carvalho do mestre" e provavelmente era um bem conhecido lugar onde um instrutor religioso costumava sentar-se. Os cananeus (6). Isso significa que por ocasião da chegada de Abrão os cananeus já se tinham apossado da terra. A ocupação dos cananeus sobre aquela terra é confirmada pela história egípcia. Portanto, não existe qualquer anacronismo, como às vezes é alegado. Todos os alegados "anacronismos" do livro de Gênesis são capazes de razoável explanação dessa e de maneiras semelhantes.

    >Gn 12:10

    2. ABRÃO NO EGITO (Gn 12:10-20). Fome (10). Fome na terra prometida. Foi realmente uma grande prova para a fé de Abrão. Uma "fome" de caráter local poderia ser imediatamente provocada por falha nas chuvas sobre a Palestina, o que no Egito não seria sentido. Desceu Abrão ao Egito (10). Abrão agiu corretamente ao assim fazer? Visto que as Escrituras não fazem comentário adverso, parece que Abrão fez algo perfeitamente razoável. Dize... que és minha irmã (13). Comparados com os camitas mais escuros, os semitas eram claros (formosa -11) e isso tornava suas mulheres extremamente atrativas. Torna-se claro, por Gn 20:13, que essa era uma orientação sempre seguida por Abrão. Dizer que Sarai era sua irmã era uma meia-verdade (Gn 20:12). Era verdade até certo ponto, mas era uma falsificação intencional. Aqui temos as dúvidas do pai dos fiéis. Ele "não temeu" as coisas maiores, mas receou em vista das questões menores. Por que não me disseste...? (18). A retidão natural e a moralidade reveladas nestas palavras não devem passar despercebidas.


    Dicionário

    Casa

    substantivo feminino Construção em alvenaria usada como moradia, com distintos formatos ou tamanhos, normalmente térrea ou com dois andares.
    Pessoas que habitam o mesmo lugar; reunião dos indivíduos que compõem uma família; lar: a casa dos brasileiros.
    Reunião das propriedades de uma família ou dos assuntos familiares e domésticos: ele cuida da administração da casa.
    Local usado para encontros, reuniões; habitação de determinado grupos com interesses em comum: casa dos professores.
    Designação de algumas repartições ou organizações públicas ou das pessoas subordinadas ao chefe do Estado: casa da moeda; Casa Civil.
    [Ludologia] As divisões que, separadas por quadrados em branco ou preto, compõe um tabuleiro de xadrez ou de damas.
    Em costura, fenda usada para pregar botões.
    [Matemática] Cada dez anos na vida de alguém: ele está na casa dos 20.
    [Marinha] Fenda ou buraco através do qual algo é instalado a bordo; cada fenda leva o nome do objeto instalado.
    Etimologia (origem da palavra casa). A palavra casa deriva do latim "casa,ae", com o sentido de cabana.

    substantivo feminino Construção em alvenaria usada como moradia, com distintos formatos ou tamanhos, normalmente térrea ou com dois andares.
    Pessoas que habitam o mesmo lugar; reunião dos indivíduos que compõem uma família; lar: a casa dos brasileiros.
    Reunião das propriedades de uma família ou dos assuntos familiares e domésticos: ele cuida da administração da casa.
    Local usado para encontros, reuniões; habitação de determinado grupos com interesses em comum: casa dos professores.
    Designação de algumas repartições ou organizações públicas ou das pessoas subordinadas ao chefe do Estado: casa da moeda; Casa Civil.
    [Ludologia] As divisões que, separadas por quadrados em branco ou preto, compõe um tabuleiro de xadrez ou de damas.
    Em costura, fenda usada para pregar botões.
    [Matemática] Cada dez anos na vida de alguém: ele está na casa dos 20.
    [Marinha] Fenda ou buraco através do qual algo é instalado a bordo; cada fenda leva o nome do objeto instalado.
    Etimologia (origem da palavra casa). A palavra casa deriva do latim "casa,ae", com o sentido de cabana.

    No sentido mais lato da palavra “baytith” emprega-se para significar qualquer habitação, fixa, ou mutável. Pode ter-se derivado de uma raiz que significa passar a noite. Também o tabernáculo de Deus, embora tenha sido apenas uma tenda, é, algumas vezes, chamado a casa, a residência de Deus. Pouca mudança tem havido no sistema de edificar casas no oriente. As ruas das cidades são geralmente estreitas, tendo, por vezes de um e de outro lado uma carreira de lojas. Por detrás destas estão as habitações. Se entrarmos numa das principais casas, passaremos, primeiramente, por um corredor, onde se vêem bancos de cada lado, e é ali que o senhor da casa recebe qualquer indivíduo, quando quer tratar dos seus negócios, sendo a poucas pessoas permitido passar adiante. Para além desta entrada, o privilegiado visitante é recebido no pátio, ou quadrângulo, que geralmente é pavimentado de mármore ou outra substância dura, e não tem cobertura. Este pátio dá luz e ar a vários compartimentos que têm portas para aquele quadrângulo. Com o fim de receber hóspedes, é o pavimento coberto de esteiras ou tapetes – e visto como estão seguros contra qualquer interrupção de fora, é o lugar mais próprio para recepções e diversões. o pátio é, geralmente, rodeado de um claustro, sobre o qual, quando acontece ter a casa mais de um andar, é levantada uma galeria para cada andar nas mesmas dimensões que o claustro, tendo uma balaustrada para impedir o povo de cair. As janelas que deitam para a rua são pequenas e altamente colocadas, sendo fechadas por meio de um sistema de tábuas furadas e esculpidas em vez de vidro. Deste modo fica oculto o morador, podendo, contudo, obter uma vista do que se passa fora. Todavia, as janelas dos andares superiores são, freqüentemente, de considerável grandeza, e construídas numa saliência para fora da parede da casa. Foi esta a espécie da janela pela qual foi atirada Jezabel por mandado de Jeú. Nas casas dos ricos a parte mais baixa das paredes é adornada de tapeçarias de veludo ou damasco, suspensas em ganchos, podendo esses ornamentos subir ou descer segundo se quer (Et 1:6). A parte superior das paredes é adornada de um modo mais permanente, ao passo que os tetos são, algumas vezes, feitos de madeira preciosa e odorífera (Jr 22:14). os sobrados destes esplêndidos quartos são cobertos de lajes pintadas, ou de pedra mármore. Algumas vezes eram feitos de estuque, coberto de ricos tapetes. Em todos os casos, os quartos de mulheres estão separados, embora a separação não fossem outros tempos tão estrita como é hoje entre os hebreus. Nas casas de certa pretensão havia um quarto para hóspedes. o telhado das casas orientais é quase sempre plano. Compõe-se de vigas de madeira, cobertas de pedra ou argamassa, para proteger os moradores contra o sol e as chuvas, e também, para lhes proporcionar um sítio muito agradável ao ar livre quando está bom o tempo. Em volta deste telhado há um parapeito, não muito alto, para segurança das pessoas (Dt 22:8). Na Palestina o povo dorme nos terraços da casa, durante o tempo de mais calor, em caramanchões feitos de ramos ou de junco (Ne 8:16). o quarto dos hóspedes é, algumas vezes, construído sobre o telhado, e como para este se sobe por uma escada exterior, pode o hóspede entrar ou sair sem comunicar-se com a família. Várias ocupações domésticas são efetuadas nestes lugares altos da casa, como estender a roupa para secar, e espalhar figos, uvas, etc., para se fazer passas. E algumas vezes também foram usados estes lugares para o culto idolátrico (2 Rs 23.12 – Jr 32:29). As tendas, usadas durante a Festa do Tabernáculo, eram levantadas sobre telhados planos, que eram também escolhidos para os moradores se lamentarem em ocasião de grande aflição. os fogões não existem nas casas orientais, mas a família serve-se de braseiros, acontecendo, também, acenderem o lume no pátio aberto. Todavia, a cozinha tinha uma elevação feita de tijolo, com cavidades, em que se fazia a necessária fogueira. Havia os lugares para cozinhar, aos quais se refere Ez 46:23. Além dos caramanchões para uso no verão, havia, também, compartimentos especialmente protegidos, que se usavam no tempo frio. As casas dos pobres no oriente são construções muito fracas, sendo as paredes feitas de barro, canas e junco (*veja 4:19). Pode o ladrão penetrar facilmente dentro destas habitações (24:16Mt 24:43). Algumas vezes estas moradas de barro, e mesmo de tijolo, constavam de uma sala somente, sendo ainda uma parte dela separada para o gado. o exterior de todas as casas, tanto dos ricos como dos pobres, apresenta uma fraca aparência. Nada mais se observa, geralmente, do que uma nua parede branca, com pequenas janelas, gelosias e uma simples porta. (*veja Tenda, Tabernáculo, Cabana.)

    morada, vivenda, palácio, palacete, tugúrio, teto, chalé, lar, fogo, canto, palheiro, palhoça, choupana, casebre, cabana, tenda, barraca, arribana, choça, colmo, habitação, mansarda, pardieiro, biombo, cômodo, prédio, solar, castelo. – Habitação é, de todos os vocábulos deste grupo, o mais genérico. De “ato de habitar”, que é o que significa propriamente esta palavra habitação, passou a designar também a própria casa, que se habita: casa, ou palácio, ou choupana, ou biombo – tudo será habitação. – Casa é “o edifício de certas proporções destinado à habitação do homem”; e por extensão, designa, em linguagem vulgar, toda parte onde se abrigam alguns animais: a casa do escaravelho; a casa dos coelhos, etc. – Morada é “à habitação onde se mora, ou onde se fica por algum tempo, onde alguém se aloja provisoriamente”. – Vivenda é a “habitação onde se vive”, e sugere a ideia da maior ou menor comodidade com que a gente aí se abriga e vive. Por isso, usa-se quase sempre com um adjetivo: bela vivenda; vivenda detestável. – Palácio é “o edifício de proporções acima do normal, grandioso e magnífico”. Palacete é diminutivo de palácio, designando, portanto, “prédio rico e elegante”. – Tugúrio (latim tugurium, de tegere “cobrir”) é “o abrigo onde qualquer vivente se recolhe, ou habitualmente ou por algum tempo”. Este nome dá-se também, por modéstia ou por falsa humildade, à própria habitação magnífica. – Teto (latim tectum, também de tegere) é quase o mesmo que tugúrio: apenas teto não se aplica a um abrigo de animais, e sugere melhor a ideia de conchego, de proteção, de convívio amoroso: “teto paterno”; “era-lhe o céu um teto misericordioso”. – Chalé é palavra da língua francesa, hoje muito em voga, significando “casa de escada exterior, no estilo suíço, ordinariamente revestida de madeira, cujo teto de pouca inclinação é coberto de feltro, asfalto ou ardósia, e forma grande saliência sobre as paredes”. (Aul.). – Lar é a “habitação considerada como abrigo tranquilo e seguro da família”. – Fogos é o nome que se dá, nas estatísticas, às casas habitadas de um distrito, de uma cidade, ou de uma povoação: “a aldeia vizinha não chega a ter cem fogos”. – Canto, aqui, é “o lugar, o sítio, a morada humilde e desolada, onde alguém como que se refugia afastando-se do mundo”. – Palheiro é propriamente o lugar onde se guarda palha: designa, portanto, neste grupo, “abrigo ou habitação muito rústica e grosseira”. – Palhoça é “pequena casa coberta de palha”. – Choupana é – diz Aul. – “casa rústica de madeira, ou de ramos de árvores para habitação de pastores”. – Cabana (do italiano capánna) é “casinha coberta de colmo ou de palha, onde se abrigam à noite os camponeses, junto ou no meio das roças ou lavouras”. – Casebre é “pequena casa velha e arruinada, onde mora gente muito pobre”. – Tenda é “armação coberta para abrigo provisório ou de passagem em caminho ou em campanha”. – Barraca é “tenda ligeira, coberta de tela de lona ordinariamente”. – Arribana é “palheiro que serve mais para guarda de animais e trem de viagem propriamente que para habitação, prestando-se quando muito para pernoite ao abrigo de intempéries”. – Choça é “habitação ainda mais rústica e grosseira que a choupana”. Dizemos que o selvagem procura a sua choça (e não, pelo menos com a mesma propriedade –, a sua choupana). – Colmo, aqui, é “o colmo tomado pela cabana que é dele coberta”. – Mansarda afasta-se um pouco do francês de que a tomamos (mansarde é propriamente água-furtada ou trapeira, isto é – o último andar de uma casa tendo a janela ou janelas já abertas no telhado): tem, no português usual, mais a significação de “habitação 256 Rocha Pombo humilde, incômoda e difícil, onde há pobreza”. – Pardieiro é – diz Aul. – “edifício velho e em ruínas”: “Já me cansam estas perpétuas ruínas, estes pardieiros intermináveis” (Garrett). – Biombo é “um pequeno recinto separado de uma sala por meio de tabique móvel, e que serve de dormitório, de gabinete”, etc. Costuma-se dizer: “vou para o meu biombo” para significar que se vai para casa. – Cômodo, aqui, é “uma parte de prédio que se aluga por baixo preço e por pouco tempo ordinariamente”. – Prédio (latim prœdium, do prœs “garante, penhor, fiador”) é propriamente “bem de raiz, propriedade real”; mas, aqui, designa “a casa que é nossa própria, a propriedade que consta da casa e do terreno onde está construída”. – Solar é “a propriedade (terras e casa) considerada como representando uma tradição de família, tendo passado por herança de pais a filhos desde alguns séculos”. – Castelo era antiga habitação fortificada, fora das cidades, e onde residiam os grandes senhores feudais. Hoje é “habitação nobre, luxuosa, onde se vive com opulência”.

    [...] Aqui [no mundo etéreo], temos o poder de moldar a substância etérea, conforme pensamos. Assim, também as nossas casas são produtos das nossas mentes. Pensamos e construímos. É uma questão de vibração do pensamento e, enquanto mantivermos essas vibra ções, conservaremos o objeto que, du rante todo esse tempo, é objetivo para os nossos sentidos.
    Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 10


    Casa Construção em que pessoas moram. Na Palestina as casas eram feitas de pedra. Os pobres viviam às vezes em cavernas. As pessoas errantes, que se deslocavam em busca de alimentos e de pastagens para os seus rebanhos, viviam em barracas feitas com peles de cabra ou de camelo (Gn 4:20). No litoral do mar Mediterrâneo construíam-se casas de barro. O teto era feito de palha e barro.

    Diante

    advérbio Em frente ou à frente; em primeiro lugar: sentou-se diante.
    locução adverbial Em, por ou para diante. Num tempo futuro: de agora em diante tudo vai ser diferente.
    locução prepositiva Diante de. Localizado à frente de: colocou o livro diante do computador.
    Em companhia de: falou a verdade diante do júri.
    Como resultado de: diante das circunstâncias, decidiu pedir demissão.
    Etimologia (origem da palavra diante). De + do latim inante.

    Faraó

    casa grande

    Título comumente utilizado na Bíblia para os reis do Egito, que significa “casa grande”. Existem evidências concretas de fontes egípcias de que a palavra “faraó” podia ser usada simplesmente como um título, como é encontrada freqüentemente na Bíblia. Vários faraós são mencionados nas Escrituras e muito raramente são identificados (Neco é identificado em II Reis 23:29-33 como o rei do Egito que matou o rei Josias). O primeiro faraó citado foi o encontrado por Abraão quando foi ao Egito e temeu pela própria segurança, por causa da esposa Sara (Gn 12:15-17; etc.). Outro muito proeminente foi o que reinou na época do nascimento de Moisés e tornou a vida dos israelitas insuportável. Nem sempre é possível identificar com certeza um faraó em particular, por meio da lista dos reis do Egito, principalmente porque não existem detalhes suficientes nas Escrituras ou porque os eventos registrados na Bíblia foram tão insignificantes para os egípcios que não foram registrados em seus anais.

    P.D.G.


    Faraó [A Grande Casa] - Título que no Egito queria dizer “rei”. Oito faraós são mencionados nas seguintes passagens bíblicas:

    1) (Gn 12:10-20:)

    2) (Gen 39—50:
    3) (Exo 1—15:
    4) (1Cr 4:17) (RA), 18 (RC).

    5) (1Rs 3:1); 9.16; 11.1,6) (2Rs 18:21:
    7) (2Rs 23:29-35:)

    8) (Jr 44:30);

    Farão

    substantivo deverbal Ação de fazer; ato de realizar ou de possuir a vontade de desenvolver alguma coisa: eles farão a festa esta semana; os times farão amanhã o maior jogo do campeonato; alguns políticos farão promessas vãs.
    Ação de alterar ou modificar a aparência de: eles farão mudanças na igreja.
    Ato de desenvolver ou de realizar algum tipo de trabalho: eles farão o projeto.
    Ação de alcançar certa idade: eles farão 30 anos amanhã!
    Etimologia (origem da palavra farão). Forma regressiva de fazer.

    Gabar

    verbo pronominal Demonstrar jactância acerca de si próprio; vangloriar-se: gaba-se de sua conta bancária.
    verbo transitivo direto Elogiar-se; destacar suas próprias qualidades; celebrar: gaba os carros de sua coleção.
    Etimologia (origem da palavra gabar). De origem controversa.

    Gabar
    1) Elogiar (Gn 12:15)

    2) contar vantagem (Pv 20:14).

    Mulher

    substantivo feminino Ser humano do sexo feminino, dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
    Indivíduo cujas características biológicas representam certas regiões, culturas, épocas etc.: mulher mineira; mulher ruiva; as mulheres de Neandertal.
    Aquela cujas características biológicas definem o ser feminino.
    Menina que começa a apresentar fatores característicos da idade adulta; mulher-feita: sua filha já é uma mulher.
    Aquela que atingiu a puberdade; moça, mocinha.
    Aquela que deixou de ser virgem.
    Companheira do cônjuge; esposa.
    Figurado Pessoa indeterminada: quem é essa mulher?
    Etimologia (origem da palavra mulher). Do latim mulier. mulieris.

    substantivo feminino Ser humano do sexo feminino, dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
    Indivíduo cujas características biológicas representam certas regiões, culturas, épocas etc.: mulher mineira; mulher ruiva; as mulheres de Neandertal.
    Aquela cujas características biológicas definem o ser feminino.
    Menina que começa a apresentar fatores característicos da idade adulta; mulher-feita: sua filha já é uma mulher.
    Aquela que atingiu a puberdade; moça, mocinha.
    Aquela que deixou de ser virgem.
    Companheira do cônjuge; esposa.
    Figurado Pessoa indeterminada: quem é essa mulher?
    Etimologia (origem da palavra mulher). Do latim mulier. mulieris.

    Entre os judeus, a igualdade social do homem e da mulher fazia contraste com os costumes que de um modo geral prevaleceram no oriente, especialmente em tempos mais modernos. As mulheres hebraicas ainda assim gozavam de considerável liberdade. Não eram encerradas dentro de haréns, nem eram obrigadas a aparecer de face coberta – misturavam-se com os homens e os jovens nos trabalhos e nas amenidades da vida simples. As mulheres efetuavam todo o trabalho da casa (*veja Mulher casada). iam buscar água e preparavam o alimento (Gn 18:6 – 24.15 – 2 Sm 13,8) – fiavam e faziam a roupa (Êx 35:26 – 1 Sm 2.19). Também se metiam em negócios (Pv 31:14-24). Participavam da maior parte dos privilégios da religião, e algumas chegaram a ser profetisas. (*veja Débora, Hulda, Miriã.) o lugar que as mulheres tomam no N. T. mostra o efeito igualador de um evangelho, no qual ‘não pode haver… nem homem nem mulher’ (Gl 3:28). Serviam a Jesus e a Seus discípulos (Lc 8:1-3 – 23,55) – participaram dos dons do Espírito Santo, no dia de Pentecoste(At2.1a4 – cf. 1,14) – e foram preeminentes em algumas das igrejas paulinas (At 16:14 – 17.4 – cf. Fp 4:2-3). o ponto de vista de S. Paulo a respeito da igualdade dos sexos aparece de um modo especial em 1 Co 7, não sendo inconsistente com isso o ato de reconhecer que a mulher deve estar sujeita a seu marido (Ef 5:21-33Cl 3:18-19 – cf. 1 Pe 3.1 a 9). Pelo que se diz em 1 Co 11.5, parece depreender-se que era permitido às mulheres, nas reuniões da igreja, praticar os seus dons de oração e profecia, embora o falar com a cabeça descoberta seja por ele condenado, apelando para a ordenação divina da sujeição da mulher ao homem 1Co 11:3-16). Mas na mesma epístola parece retirar a permissão 1Co 14:34-36) – e em 1 Tm 2.8 a 15 a proibição de ensinar na igreja é feita com maior severidade. Entre as mulheres mencionadas no cap. 16 da epistola aos Romanos, uma pelo menos, Febe, parece ter tido uma posição oficial, a de diaconisa, na igreja de Cencréia. A respeito dos serviços que deviam prestar as viúvas sustentadas pela igreja, vede a palavra Viúva.

    [...] A mulher sinceramente espírita só poderá ser uma boa filha, boa esposa e boa mãe de família; por sua própria posição, muitas vezes tem mais necessidade do que qualquer outra pessoa das sublimes consolações; será mais forte e mais resignada nas provas da vida [...]. Se a igualdade dos direitos da mulher deve ser reconhecida em alguma parte, seguramente deve ser entre os espíritas, e a propagação do Espiritismo apressará, infalivelmente, a abolição dos privilégios que o homem a si mesmo concedeu pelo direito do mais forte. O advento do Espiritismo marcará a era da emancipação legal da mulher.
    Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Instruções•••, 10

    [...] A instituição da igualdade de direitos entre o homem e a mulher figura entre as mais adiantadas conquistas sociais, sejam quais forem, à parte das desfigurações que se observam nesta ou naquele ponto. É outro ângulo em que se configura claramente a previsão social da Doutrina. Há mais de um século proclama o ensino espírita: “a emancipação da mulher segue o progresso da civilização”. [...]
    Referencia: AMORIM, Deolindo• Análises espíritas• Compilação de Celso Martins• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 36

    A mulher de hoje é o mesmo Espírito de mulher do mundo primitivo, da época dos homens das cavernas e que nestes numerosos milênios foi acumulando as qualidades da inteligência e do sentimento, tendo como base de edificação da sua individualidade as funções específicas realizadas principalmente no lar, M junto ao marido e aos filhos. O Espírito feminino também se reencarnou em corpos de homem, adquirindo caracteres masculinos, mas em proporções bem menores. [...] O Espírito feminino, muito mais do que o Espírito masculino, foi adquirindo, através de suas atividades específicas na maternidade, nos trabalhos do reino doméstico, nos serviços e no amor ao marido, aos filhos e à família e nas profissões próprias, na sucessividade dos milênios, as qualidades preciosas: o sentimento, a humildade, a delicadeza, a ternura, a intuição e o amor. Estes valores estão em maior freqüência na mulher e caracterizam profundamente o sexo feminino. As belas qualidades do Espírito feminino no exercício da maternidade, fizeram surgir a imensa falange das “grandes mães” ou “grandes corações”, que é fruto de muitos trabalhos, amor e renúncia, no cumprimento correto de seus sagrados deveres, em milênios. [...]
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    Analisemos o que Jesus elucidou ao apóstolo Pedro, quando falou sobre a evolução do Espírito feminino. O Espírito Irmão X reporta [no livro Boa Nova]: “Precisamos considerar, todavia, que a mulher recebeu a sagrada missão da vida. Tendo avançado mais do que o seu companheiro na estrada do sentimento, está, por isso, mais perto de Deus que, muitas vezes, lhe toma o coração por instrumento de suas mensagens, cheias de sabedoria e de misericórdia”. [...] Se Jesus disse que a mulher está mais perto de Deus, é porque é do sentimento que nascem o amor e a humildade, e com maior facilidade o Espírito feminino adquiriu preciosos valores do coração para se elevar aos planos iluminados da Vida Superior. [...]
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    Nos problemas do coração, a mulher sempre ficou com a parte mais difícil, pois sempre foi a mais acusada, a mais esquecida, a mais ferida, a mais desprotegida e a mais sofredora, mesmo nos tempos atuais. [...] Apesar de todas essas ingratidões, perseguições e crueldades, em todos os tempos, para com a mulher, o Divino Mestre Jesus confia e reconhece nelas, mesmo as mais desventuradas e infelizes nos caminhos das experiências humanas, o verdadeiro sustentáculo de regeneração da Humanidade [...].
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7

    [...] A mulher é a alma do lar, é quem representa os elementos dóceis e pacíficos na Humanidade. Libertada do jugo da superstição, se ela pudesse fazer ouvir sua voz nos conselhos dos povos, se a sua influência pudesse fazer-se sentir, veríamos, em breve, desaparecer o flagelo da guerra.
    Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 5, cap• 55

    A mulher é um espírito reencarnado, com uma considerável soma de experiências em seu arquivo perispiritual. Quantas dessas experiências já vividas terão sido em corpos masculinos? Impossível precisar, mas, seguramente, muitas, se levarmos em conta os milênios que a Humanidade já conta de experiência na Terra. Para definir a mulher moderna, precisamos acrescentar às considerações anteriores o difícil caminho da emancipação feminina. A mulher de hoje não vive um contexto cultural em que os papéis de ambos os sexos estejam definidos por contornos precisos. A sociedade atual não espera da mulher que ela apenas abrigue e alimente os novos indivíduos, exige que ela seja também capaz de dar sua quota de produção à coletividade. [...]
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    [...] Na revista de janeiro de 1866 [Revista Espírita], por exemplo, Kardec afirma que “[...] com a Doutrina Espírita, a igualdade da mulher não é mais uma simples teoria especulativa; não é mais uma concessão da força à franqueza, é um direito fundado nas mesmas Leis da Natureza. Dando a conhecer estas leis, o Espiritismo abre a era de emancipação legal da mulher, como abre a da igualdade e da fraternidade”. [...]
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    A Doutrina não oferece também respaldo às propostas que promovem a participação da mulher em atividades que possam comprometer a educação dos filhos. A meta do Espiritismo é a renovação da Humanidade, pela reeducação do indivíduo. E, sem dúvida, o papel da mulher é relevante para a obtenção dessa meta, já que é ela que abriga os que retornam à vida terrena para uma nova encarnação na intimidade do seu organismo, numa interação que já exerce marcante influência sobre o indivíduo. É ela também o elemento de ligação do reencarnante com o mundo, e o relacionamento mãe/filho nos primeiros anos de vida marca o indivíduo de maneira bastante forte [...].
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    A mulher é um Espírito reencarnado. Aporta a essa vida, trazendo em seu arquivo milhares de experiências pretéritas. São conhecimentos e vivências que se transformam em um chamamento forte para realizações neste ou naquele setor da atividade humana. Privá-la de responder a esse chamamento interior será, mais uma vez, restringir-lhe a liberdade, considerando-a um ser incapaz de tomar decisões, de gerir sua própria vida e, sobretudo, será impedi-la de conhecer-se e de crescer espiritualmente.
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    [...] A mulher é a estrela de bonança nos temporais da vida.
    Referencia: WANTUIL, Zêus e THIESEN, Francisco• Allan Kardec: meticulosa pesquisa biobibliográfica e ensaios de interpretação• Rio de Janeiro: FEB, 1979-1980• 3 v• - v• 3, cap• 3, it• 3

    [...] a mulher dentro [do lar] é a força essencial, que rege a própria vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A mulher é a bênção de luz para as vinhas do homem.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é uma taça em que o Todo-Sábio deita a água milagrosa do amor com mais intensidade, para que a vida se engrandeça. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 39


    Mulher Jesus tratou as mulheres com uma proximidade e uma familiaridade que chamou a atenção até de seus discípulos (Jo 4:27). São diversas as ocasiões em que falou com elas em público e mesmo em situações bastante delicadas (Mt 26:7; Lc 7:35-50; 10,38ss.; Jo 8:3-11).

    Apresentou-as como exemplo (Mt 13:33; 25,1-13; Lc 15:8) e elogiou sua fé (Mt 15:28). Várias mulheres foram objeto de milagres de Jesus (Mt 8:14; 9,20; 15,22; Lc 8:2; 13,11) e se tornaram discípulas dele (Lc 8:1-3; 23,55). Nada conduziu Jesus a um idealismo feminista nem o impediu de considerar que elas podiam pecar exatamente como os homens (Mc 10:12). Também não estão ausentes dos evangelhos as narrativas referentes a mulheres de conduta perversa como Herodíades.

    Não são poucos os simbolismos que Jesus emprega partindo de circunstâncias próprias da condição feminina, como a de ser mãe. Os evangelhos reúnem ainda referências muito positivas ao papel das mulheres em episódios como a crucifixão (Mt 27:55; Mc 15:40; Lc 23:49; Jo 19:25), o sepultamento de Jesus (Mt 27:61) e a descoberta do túmulo vazio (Mt 28:1-8).

    Ver Herodíades, Isabel, Maria, Marta, Salomé.

    A. Cole, o. c.; D. Guthrie, o. c.; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


    Tomada

    substantivo feminino Ação ou efeito de tomar; ação ou efeito de invadir (cidade, país, fortificação etc.).
    Dispositivo que serve para ligar qualquer aparelho elétrico à corrente de energia elétrica.
    Pequena represa de água para fins industriais.

    tomada s. f. 1. Ato ou efeito de tomar. 2. Conquista. 4. Eletr. Dispositivo próprio para se captar eletricidade de uma rede.

    Virar

    verbo transitivo direto , intransitivo e pronominal Por-se numa posição diferente daquela em que se estava anteriormente; colocar algo numa posição contrária àquela em que se estava: virar o livro na estante; o livro virou; virou-se para trás.
    Desistir de uma direção por outra; fazer com que a direção certa seja tomada: virou-se para esquerda e encontrou o caminho certo!
    verbo transitivo direto Vergar; fazer com que alguma coisa se dobre: ela virou as barras do vestido.
    Dobrar; estar percorrendo um caminho que muda de direção: o carro virou a esquina.
    Colocar do lado avesso: virou o vestido.
    Lançar para o exterior de; despejar: virou o refrigerante sobre a mesa.
    Beber: virou a garrafa de cerveja inteira!
    Revolver; mexer o conteúdo de: virou todo o terreno com a pá.
    Esportes. Num jogo quase perdido, acabar por vencê-lo: virou o jogo no final!
    verbo transitivo direto e intransitivo Figurado Convencer; fazer com que alguém mude de opinião: o diretor virou a cabeça dos professores para o seu projeto; a opinião dos professores virou; ela era uma pessoa sem personalidade e vira com facilidade.
    verbo transitivo direto , transitivo indireto, bitransitivo e pronominal Girar; fazer com que algo se movimente ao redor de seu próprio eixo; fazer com que o corpo se mova ao seu redor.
    verbo transitivo indireto e bitransitivo Indicar apontando para; voltar ou voltar-se: o caminhão virou para o norte; virou a cabeça para mãe.
    verbo predicativo Transformar-se numa outra coisa; mudar sua essência ou característica por; transformar-se: virou famosa da noite para o dia; virou uma péssima pessoa antes de morrer.
    verbo pronominal Esforçar-se; fazer um grande esforço para superar certos infortúnios.
    Tivemos de nos virar para arrumar um novo emprego.
    [Brasil] Trabalhar com prostituição: algumas pessoas se viram por aí!
    verbo transitivo indireto Rebelar-se; não se subordinar a: os filhos viraram contra os pais.
    Etimologia (origem da palavra virar). Talvez do francês virer.

    virar
    v. 1. tr. dir. Volver de um lado para o outro a direção ou posição de; voltar. 2. tr. dir. Voltar para a frente (o lado posterior). 3. tr. dir. Pôr do avesso. 4. pron. Voltar-se completamente para algum lugar. 5. tr. dir. Emborcar. 6. Intr. Agitar-se, dar voltas. 7. tr. dir. Apontar, dirigir. 8. tr. dir. Despejar, entornar. 9. tr. dir. Despejar, bebendo. 10. tr. dir. Dobrar. 11. tr. dir. Fazer mudar de intento, de opinião, de partido. 12. pron. Mudar de opinião, de partido, de sistema.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Gênesis 12: 15 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E viram-na os príncipes de Faraó, e gabaram-na diante de Faraó; e foi a mulher tomada para a casa de Faraó.
    Gênesis 12: 15 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    2090 a.C.
    H1004
    bayith
    בַּיִת
    casa
    (within inside)
    Substantivo
    H1984
    hâlal
    הָלַל
    brilhar
    (and commended)
    Verbo
    H3947
    lâqach
    לָקַח
    E levei
    (And took)
    Verbo
    H413
    ʼêl
    אֵל
    até
    (unto)
    Prepostos
    H6547
    Parʻôh
    פַּרְעֹה
    do/de Faraó
    (of Pharaoh)
    Substantivo
    H7200
    râʼâh
    רָאָה
    e viu
    (and saw)
    Verbo
    H802
    ʼishshâh
    אִשָּׁה
    mulher, esposa, fêmea
    (into a woman)
    Substantivo
    H8269
    sar
    שַׂר
    Os princípes
    (The princes)
    Substantivo
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo


    בַּיִת


    (H1004)
    bayith (bah'-yith)

    01004 בית bayith

    provavelmente procedente de 1129 abreviado; DITAT - 241 n m

    1. casa
      1. casa, moradia, habitação
      2. abrigo ou moradia de animais
      3. corpos humanos (fig.)
      4. referindo-se ao Sheol
      5. referindo-se ao lugar de luz e escuridão
      6. referindo-se á terra de Efraim
    2. lugar
    3. recipiente
    4. lar, casa no sentido de lugar que abriga uma família
    5. membros de uma casa, família
      1. aqueles que pertencem à mesma casa
      2. família de descendentes, descendentes como corpo organizado
    6. negócios domésticos
    7. interior (metáfora)
    8. (DITAT) templo adv
    9. no lado de dentro prep
    10. dentro de

    הָלַל


    (H1984)
    hâlal (haw-lal')

    01984 הלל halal

    uma raiz primitiva, grego 239 αλληλουια; DITAT - 499,500; v

    1. brilhar
      1. (Qal) brilhar (fig. do favor de Deus)
      2. (Hifil) luzir
    2. louvar, vangloriar, ser vaidoso
      1. (Qal)
        1. ser vaidoso
        2. vaidosos, arrogantes (participle)
      2. (Piel)
        1. louvar
        2. gabar-se, jactar-se
      3. (Pual)
        1. ser louvado, ser considerado louvável, ser elogiado, ser digno de louvor
      4. (Hitpael) gabar-se, gloriar, vangloriar
      5. (Poel) fazer de bobo, zombar
      6. (Hitpoel) agir loucamente, comportar-se como louco

    לָקַח


    (H3947)
    lâqach (law-kakh')

    03947 לקח laqach

    uma raiz primitiva; DITAT - 1124; v

    1. tomar, pegar, buscar, segurar, apanhar, receber, adquirir, comprar, trazer, casar, tomar esposa, arrebatar, tirar
      1. (Qal)
        1. tomar, pegar na mão
        2. tomar e levar embora
        3. tomar de, tirar de, pegar, carregar embora, tirar
        4. tomar para ou por uma pessoa, procurar, pegar, tomar posse de, selecionar, escolher, tomar em casamento, receber, aceitar
        5. tomar sobre si, colocar sobre
        6. buscar
        7. tomar, liderar, conduzir
        8. tomar, capturar, apanhar
        9. tomar, carregar embora
        10. tomar (vingança)
      2. (Nifal)
        1. ser capturado
        2. ser levado embora, ser removido
        3. ser tomado, ser trazido para
      3. (Pual)
        1. ser tomado de ou para fora de
        2. ser roubado de
        3. ser levado cativo
        4. ser levado, ser removido
      4. (Hofal)
        1. ser tomado em, ser trazido para
        2. ser tirado de
        3. ser levado
      5. (Hitpael)
        1. tomar posse de alguém
        2. lampejar (referindo-se a relâmpago)

    אֵל


    (H413)
    ʼêl (ale)

    0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

    partícula primitiva; DITAT - 91; prep

    1. para, em direção a, para a (de movimento)
    2. para dentro de (já atravessando o limite)
      1. no meio de
    3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
    4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
    5. em adição a, a
    6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
    7. de acordo com (regra ou padrão)
    8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
    9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

    פַּרְעֹה


    (H6547)
    Parʻôh (par-o')

    06547 פרעה Par oh̀

    de origem egípcia, grego 5328 φαραω; DITAT - 1825; n. m.

    Faraó = “casa grande”

    1. o título comum do rei do Egito

    רָאָה


    (H7200)
    râʼâh (raw-aw')

    07200 ראה ra’ah

    uma raiz primitiva; DITAT - 2095; v.

    1. ver, examinar, inspecionar, perceber, considerar
      1. (Qal)
        1. ver
        2. ver, perceber
        3. ver, ter visão
        4. examinar, ver, considerar, tomar conta, verificar, aprender a respeito, observar, vigiar, descobrir
        5. ver, observar, considerar, examinar, dar atenção a, discernir, distinguir
        6. examinar, fitar
      2. (Nifal)
        1. aparecer, apresentar-se
        2. ser visto
        3. estar visível
      3. (Pual) ser visto
      4. (Hifil)
        1. fazer ver, mostrar
        2. fazer olhar intencionalmente para, contemplar, fazer observar
      5. (Hofal)
        1. ser levado a ver, ser mostrado
        2. ser mostrado a
      6. (Hitpael) olhar um para o outro, estar de fronte

    אִשָּׁה


    (H802)
    ʼishshâh (ish-shaw')

    0802 אשה ’ishshah

    procedente de 376 ou 582; DITAT - 137a; n f

    1. mulher, esposa, fêmea
      1. mulher (contrário de homem)
      2. esposa (mulher casada com um homem)
      3. fêmea (de animais)
      4. cada, cada uma (pronome)

    שַׂר


    (H8269)
    sar (sar)

    08269 שר sar

    procedente de 8323; DITAT - 2295a; n. m.

    1. príncipe, governante, líder, chefe, comandante, oficial, capitão
      1. comandante, chefe
      2. vassalo, nobre, oficial (sob as ordens do rei)
      3. capitão, general, comandante (militar)
      4. chefe, líder, superintendente (de outras classes de funcionários)
      5. líderes, príncipes (referindo-se a ofícios religiosos)
      6. anciãos (referindo-se aos líderes representativos do povo)
      7. príncipes-mercadores (referindo-se à hierarquia dignidade)
      8. anjo protetor
      9. Soberano dos soberanos (referindo-se a Deus)
      10. diretor

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo