Enciclopédia de Gênesis 14:5-5

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

gn 14: 5

Versão Versículo
ARA Ao décimo quarto ano, veio Quedorlaomer e os reis que estavam com ele e feriram aos refains em Asterote-Carnaim, e aos zuzins em Hã, e aos emins em Savé-Quiriataim,
ARC E ao décimo quarto ano veio Quedorlaomer, e os reis que estavam com ele, e feriram aos Refains em Asterotecarnaim, e aos zuzins em Hão, e aos emins em Savé-Quiriataim,
TB Ao décimo quarto ano veio Quedorlaomer e os reis que estavam com ele e feriram aos refains em Asterote-Carnaim, aos zuzins em Hã, aos emins em Savé-Quiriataim
HSB וּבְאַרְבַּע֩ עֶשְׂרֵ֨ה שָׁנָ֜ה בָּ֣א כְדָרְלָעֹ֗מֶר וְהַמְּלָכִים֙ אֲשֶׁ֣ר אִתּ֔וֹ וַיַּכּ֤וּ אֶת־ רְפָאִים֙ בְּעַשְׁתְּרֹ֣ת קַרְנַ֔יִם וְאֶת־ הַזּוּזִ֖ים בְּהָ֑ם וְאֵת֙ הָֽאֵימִ֔ים בְּשָׁוֵ֖ה קִרְיָתָֽיִם׃
BKJ E no décimo quarto ano veio Quedorlaomer, e os reis que estavam com ele, e feriram os refains em Asterote-Carnaim, e os zuzins em Hã, e os emins em Savé-Quiriataim,
LTT E ao décimo quarto ano veio Quedorlaomer, e os reis que estavam com ele, e feriram aos gigantes- refaimitas em Asterote-Carnaim, e aos zuzins em Hã, e aos emins em Savé-Quiriataim,
BJ2 No décimo quarto ano vieram Codorlaomor e os reis que estavam com ele. Derrotaram os rafaim em Astarot-Carnaim, os zuzim em Ham, os emim na planície de Cariataim,
VULG Igitur quartodecimo anno venit Chodorlahomor, et reges qui erant cum eo : percusseruntque Raphaim in Astarothcarnaim, et Zuzim cum eis, et Emim in Save Cariathaim,

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Gênesis 14:5

Gênesis 15:20 e o heteu, e o ferezeu, e os refains,
Deuteronômio 1:4 depois que feriu a Seom, rei dos amorreus, que habitava em Hesbom, e a Ogue, rei de Basã, que habitava em Astarote, em Edrei.
Deuteronômio 2:10 (Os emins dantes habitaram nela, um povo grande, e numeroso, e alto como os gigantes;
Deuteronômio 2:20 (Também esta foi contada por terra de gigantes; dantes, nela habitavam gigantes, e os amonitas lhes chamavam zanzumins,
Deuteronômio 3:11 (Porque só Ogue, rei de Basã, ficou do resto dos gigantes; eis que o seu leito, um leito de ferro, não está porventura em Rabá dos filhos de Amom? De nove côvados o seu comprimento, e de quatro côvados a sua largura, pelo côvado de um homem.)
Deuteronômio 3:20 até que o Senhor dê descanso a vossos irmãos como a vós, para que eles herdem também a terra que o Senhor, vosso Deus, lhes há de dar dalém do Jordão; então, voltareis cada qual à sua herança, que já vos tenho dado.
Deuteronômio 3:22 Não os temais, porque o Senhor, vosso Deus, é o que peleja por vós.
Josué 12:4 Como também o termo de Ogue, rei de Basã, que era do resto dos gigantes e que habitava em Astarote e em Edrei;
Josué 13:12 todo o reino de Ogue, em Basã, que reinou em Astarote e em Edrei; este ficou do resto dos gigantes, que Moisés feriu e expeliu.
Josué 13:19 e Quiriataim, e Sibma, e Zerete-Saar, no monte do vale;
Josué 13:31 e metade de Gileade, e Astarote, e Edrei, cidades do reino de Ogue, em Basã, foram dadas aos filhos de Maquir, filho de Manassés, a saber, à metade dos filhos de Maquir, segundo as suas famílias.
II Samuel 5:18 E os filisteus vieram e se estenderam pelo vale dos Refains.
II Samuel 5:22 E os filisteus tornaram a subir e se estenderam pelo vale dos Refains.
II Samuel 23:13 Também três dos trinta cabeças desceram e vieram no tempo da sega a Davi, à caverna de Adulão; e a multidão dos filisteus acampara no vale dos Refains.
I Crônicas 4:40 E acharam pasto fértil e terra espaçosa, e quieta, e descansada; porque os de Cam habitavam ali dantes.
I Crônicas 11:15 E três dos trinta chefes desceram à penha, a Davi, na caverna de Adulão; e o arraial dos filisteus estava acampado no vale dos Refains.
I Crônicas 14:9 E, vindo os filisteus, se estenderam pelo vale dos Refains.
Salmos 78:51 E feriu todo primogênito no Egito, primícias da sua força nas tendas de Cam,
Salmos 105:23 Então, Israel entrou no Egito, e Jacó peregrinou na terra de Cam.
Salmos 105:27 Fizeram entre eles os seus sinais e prodígios na terra de Cam.
Salmos 106:22 maravilhas na terra de Cam, coisas tremendas no mar Vermelho.
Isaías 17:5 Porque será como o segador que colhe o trigo e, com o seu braço, sega as espigas; e será também como o que colhe espigas no vale dos Refains.
Jeremias 48:1 Contra Moabe assim diz o Senhor dos Exércitos, Deus de Israel: Ai de Nebo, porque foi destruída! Envergonhada está Quiriataim e já é tomada; Misgabe está envergonhada e espantada.
Jeremias 48:23 e sobre Quiriataim, e sobre Bete-Gamul, e sobre Bete-Meom,

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

ABRAÃO NA PALESTINA

Em alguns aspectos, o "chamado" divino a Abraão (Gn 12:1-3) trouxe consigo muitas das mesmas consequências de sua "maldição" sobre Caim (Gn 4:12-16): cada um foi levado a abandonar todas as formas de segurança conhecidas em seu mundo e ir viver em outro lugar. Abraão abandonou sua terra, clã e família em Harrã e foi na direção da terra que, por fim, seus descendentes iriam herdar (Gn 12:4-5). Ao chegar ao planalto central de Canaã, o grande patriarca construiu um altar na cidade de Siquém e adorou a Deus (Gn 12:6-7). Dali se mudou para o sul, para acampar perto de Betel e Ai (Gn 12:8). Mas Abraão também descobriu uma realidade bem dura nesse novo local: na época, a terra era dominada por cananeus (Gn 12:6b) e foi assolada por uma fome (Gn 12:10), o que o forçou a viajar para o Egito, presumivelmente pela estrada central que passava por Hebrom e Berseba.
Quando a fome acabou, Abraão e seu grupo retornaram pelo Neguebe até o lugar de seu antigo acampamento, perto de Betel/Ai, onde voltaram a residir (Gn 13:3-4). Mas não se passou muito tempo e Abraão experimentou mais um problema - dessa vez um problema familiar. Ao que parece, não havia pastagens suficientes para alimentar os rebanhos de Abraão e seu sobrinho, Ló, o que fez com que Ló partisse para a planície do Jordão, que era mais bem regada, e passasse a residir na cidade de Sodoma (Gn 13:11-12; cp. 14.12). Nesse ínterim, Abraão se mudou para o sul e se estabeleceu junto aos carvalhos de Manre, em Hebrom (Gn 13:18), onde construiu mais um altar ao Senhor.
Algum tempo depois, cinco cidades situadas no vale de Sidim (Sodoma, Gomorra, Admá, Zeboim e Zoar) se rebelaram contra seus soberanos da Mesopotâmia (Gn 14:1-4).
Reagindo a esse desafio, os monarcas mesopotâmicos enviaram seus exércitos na direção de Canaã e, a caminho, atacaram as terras transjordanianas dos refains, zuzins, emins e horeus, chegando até El-Para (Gn 14:5-6). Depois de passarem por El-Pará, os reis inimigos se voltaram para En-Mispate (Cades-Barneia), onde subjugaram alguns amalequitas (14.7a), e, em seguida, derrotaram os amorreus, em Tamar (14.7b). Essa ação deve ter permitido que os reis da Mesopotâmia voltassem a atenção para seus verdadeiros inimigos: as cidades do vale de Sidim (Gn 14:8-11).
O fraseado de Gênesis 13:10-11 tem levado alguns pesquisadores a procurar as cidades perto do lado norte do mar Morto e da foz do rio lordão. Mas a maioria sustenta que essas cidades devem ter ficado perto do lado sul do mar Morto, com base no fato de que o mapa-mosaico de Medeba, do século 6, situa o nome de uma delas (Zoar) naquela região [v. mapa 15]. Ademais, perto da margem sudeste do mar Morto foram encontradas muitas sepulturas da Idade do Bronze Inicial, com restos de milhares de esqueletos humanos - o que levou alguns escritores a levantarem a hipótese de que esses achados teriam relação com os acontecimentos que envolveram Sodoma e Gomorra.
Uma tradição cristã bem antiga que predominou bastante nos mapas medievais mais antigos foi situar Sodoma e Gomorra debaixo da água das bacias do mar Morto, em particular da bacia sul. Contudo, o abaixamento do nível do mar Morto no século 20 fez com que terra seca ficasse exposta na bacia sul, e não se descobriu nenhum vestígio arqueológico que apoiasse essa suposição.
A vitória dos mesopotâmios foi rápida e decisiva. As cidades da planície do Jordão foram derrotadas. Alguns de seus cidadãos, inclusive Ló, foram levados cativos para o norte, chegando até a cidade de Dá (Gn 14:12). Quando informado dessa tragédia, Abraão imediatamente liderou alguns de seus homens na perseguição aos captores de Ló, alcançando-os perto de Da e desbaratando-os com sucesso até Damasco e mesmo além (Gn 14:13-15).
Ouando Abraão, voltando de sua missão, chegou perto do vale de Savé, Melquisedeque, o rei de Salém, saiu ao seu encontro, e o patriarca partilhou com ele os despojos da vitória (Gn 14:17-24).
O texto bíblico diz que, dali, Abraão viajou para o sul, na direção do Neguebe, e que por fim chegou em Gerar (Gn 20:1). Durante seus anos ali, finalmente se concretizou a promessa de um filho, que tinha sido aguardado por tanto tempo (Gn 21:2-3). Mas, quando surgiu um problema com o rei de Gerar devido a direitos de uso de água (Gn 21:25), Abraão se mudou mais para o interior, para Berseba (implícito em Gn 21:31). Ao que parece, esse lugar serviu de residência para o patriarca até sua morte, quando foi levado e enterrado ao lado de Sara, na caverna próxima de Hebrom (Gn 25:8-10).
Abraão na Palestina
Abraão na Palestina
A Siquém bíblica (moderna Nablus) fica onde o uádi Siquém se junta à estrada da Serra Central.
A Siquém bíblica (moderna Nablus) fica onde o uádi Siquém se junta à estrada da Serra Central.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

(hebraico: חָם, hebraico moderno: H̱am, tiberiano: Ḥām; em grego clássico: Χαμ; romaniz.: Kham; em árabe: حام; romaniz.: Ḥām, "quente" ou "queimado") é um nome que possui diversos significados no Tanaque.

Este Hã está relacionado com o nome original do Egito, Kem, ou na frase pa ta' en Kem, "a terra do Egito". Já do copto bashmurian Kheme é muito improvável, uma vez que esta forma provavelmente é de uma data muito posterior do que a composição de Gênesis e, além disso, como mostra o árabe, o gutural não é um fonema kh verdadeiro, mas um h respirado com dificuldade, os quais são representados pelo cheth hebraico.

Hã pode significar o nome próprio de Cam, o filho mais novo de Noé, do qual descenderam os países ocidentais e do sudoeste conhecidos pelos hebreus. Seu nome, que na tradução portuguesa da bíblia é Cam, ocorre pela primeira vez em Gênesis 5:32. Em Gênesis 9:18, Cam é descrito como "o pai de Canaã", para preparar o leitor para a leitura de 9:25-27, onde Noé, amaldiçoando Cam por ter dito a Sem e Jafé de sua nudez, se refere a ele como Canaã.

O nome Hã, também traduzido para o português nesta acepção como Cam, é dado ao Egito, referido como "descendente" ou "terra de Cam" ou "tendas de Cam", filho de Noé (Salmos 78:51-105:23; 106:22). Como Sem significa "obscuro", ou algo semelhante, e Jafé "justo", supõe-se que Cam significava "negro". Esta suposição é sustentada pela evidência do hebraico e do árabe, em que a palavra chamam significa "ser quente" e "ser negro", sendo este último o significado derivado do primeiro.

Hã também é uma localidade a leste do Jordão, entre Asterote-Carnaim e Savé-Quiriatim, no qual Quedorlaomer derrotou os zuzins (Gênesis 14:5). Nenhum nome parecido com este foi recuperado. A septuaginta lê bahem "com eles", em vez de beham, "em Hã". Alguns têm deduzido que "Hã" pode ser uma errônea de "Amom" ou que ele pode ser o antigo nome de Rabá-Amom propriamente dito.

Como descrito na seção anterior, o termo Cam pode significar um outro nome para o Egito, de acordo com a descendência daquele povo. Ao descrever "a terra de Cam" (Salmos 105:23) como sendo a terra de peregrinação de Jacó no Egito, "as tendas de Cam" (Salmos 78:51) significam as casas dos egípcios. Pode ser derivado do nome original do Egito, Kemi ou Khemi.

Mapa Bíblico de Hã



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Gênesis Capítulo 14 do versículo 1 até o 24
4. Crise no Vale (14:1-24)

Inesperadamente, o perigo proveniente do norte tornou-se realidade na forma de um ataque maldoso de quatro reis. A identificação de Anrafel (1) com Hamurábi, impor-tante monarca babilônico, exercia forte atração a certos estudiosos do Antigo Testamen-to há várias décadas.' Contudo, achados arqueológicos relacionados a Hamurábi o da-tam depois do tempo de Abraão. Sinar era um nome antigo para se referir à Babilônia. Arioque é notavelmente semelhante ao antigo nome Ariukki, ao norte da Babilônia, na terra dos hurrianos ou horeus. Nada é sabido de um Quedorlaomer, mas Elão era o nome dos altiplanos a leste do rio Tigre. Tidal foi um dos reis hititas chamado Tudkhula ou Tudhaliya.5

Os cinco reis que se uniram em aliança defensiva no vale de Sidim (3), região sul do mar Morto, estavam mal preparados para repelir os invasores. Eles se renderam e por doze anos (4) foram vassalos dos estrangeiros. Depois se rebelaram e o resultado foi de-sastroso. Os invasores voltaram e cruelmente mataram os habitantes do alto planalto, a leste do mar Morto (ver Mapa 2). Alguns destes povos eram lembrados como gigantes. Quanto aos refains (5), ver Gênesis 15:20 e Deuteronômio 2:11; e também Deuteronômio 3:11, onde o termo é traduzido por "gigantes". Os zuzins eram os mesmos que os "zanzumins" de Deuteronômio 2:20. Quanto aos emins, ver Deuteronômio 2:10-11. Pelo visto, o termo horeus (6) foi usado para aludir aos habitantes aborígines de Edom (Gn 36:20; Dt 2:12-22). Estes ficavam perto dos ricos depósitos de minério de cobre na região sul do Arabá, e é lógico que era por este minério que os reis se interessavam primariamente.

Depois das vitórias descritas nos versículos 5:6, os reis se dirigiram para o deserto ao sul e oeste do mar Morto, pilhando o fértil oásis de Cades (7, Cades-Barnéia; ver Mapa

3) e destruindo o povoado em Hazazom-Tamar, que é a atual En-Gedi. A princi-pal batalha com os reis defensores ocorreu no vale de Sidim (8) e acabou em completa derrota e caos. Os vencedores levaram muito saque e muitos escravos, entre os quais estava e a sua fazenda (12).

Um fugitivo da invasão contou a Abrão (13) o destino de Ló. O patriarca, normal-mente amante da paz, reuniu uma companhia de trezentos e dezoito (14) homens. Com habilidade e coragem eles conseguiram resgatar Ló, muitos outros cativos e grande parte do saque depois de árdua perseguição de mais de 160 quilômetros em direção norte até Dã (ver Mapas 2 e 3).

Na viagem de retorno a Hebrom, Abrão e sua companhia passaram pela antiga Je-rusalém, atravessando o vale de Savé (17), possivelmente o vale de Cedrom. Um grupo dos distintos e gratos líderes da terra o encontrou ali. Pela primeira vez, Abrão provara ser uma bênção aos vizinhos (ver 12.2,3).

Melquisedeque (18), o honorável sacerdote-rei de Salém (Jerusalém), deu comi-da e bebida aos vencedores e pronunciou uma bênção a Abrão (19). O nome Deus Altíssimo (18) era, naqueles dias, designação comum da divindade no país da Palesti-na. Em atenção aos atos do sacerdote-rei, Abrão deu o dízimo de tudo (20) a Melquisedeque. O rei de Sodoma (21) tinha menos inclinação religiosa. Pediu seu povo de volta, contudo foi bastante generoso em oferecer a Abrão todo saque proceden-te do combate. Abrão tinha pouco respeito por este homem e respondeu que fizera o voto de não ficar com nenhum bem que pertencesse ao rei de Sodoma, para que, depois, isso não fosse usado contra ele por aquele indivíduo repulsivo. Abrão também deixou claro que o seu Deus tinha o título de SENHOR (22) e não era apenas outra deidade cananéia. A única coisa que Abrão pediu foi que os soldados fossem recompen-sados pelos serviços prestados e que seus aliados, Aner, Escol e Manre (24), tivessem participação no saque.

O caráter robusto de Melquisedeque e seu status como respeitado sacerdote-rei tor-naram-se significativos em posteriores pronunciamentos sobre o muito esperado Messias. O Salmo 110:4 relaciona o Messias na "ordem de Melquisedeque" e o escritor da Epístola aos Hebreus cita esta porção dos Salmos para mostrar que Cristo é este tipo de ordem sacerdotal no lugar da ordem arônica (Hb 5:6-10; 6.20; 7:1-21).

O escritor de Hebreus enfatiza o significado do nome e status de Melquisedeque para assinalar que ele e Cristo eram homens de justiça e paz (Hb 7:1-2). A próxima correlação é um destaque na força e valor pessoal e não na linhagem. Seu ofício não passou automaticamente a outro. Cristo é Sumo Sacerdote e não somente sacerdote, e em vez de dar somente uma bênção, Cristo salva "perfeitamente" (Hb 7:25-26).


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Gênesis Capítulo 14 versículo 5
Os refains, os zuzins e os emins eram antigos habitantes das regiões situadas a leste do Jordão. Ver Dt 2:10-11,

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Gênesis Capítulo 14 do versículo 1 até o 24
*

14.1-24 Abraão demonstrou uma fé obediente, numa guerra arriscada, para libertar seu sobrinho Ló. Sua vitória é surpreendente já que esta confederação de saqueadores, composta por cinco reis, havia acabado de conquistar muitos cananeus e uma confederação de cinco reis da região do mar Morto. Ver nota no v. 4.

* 14.1, 2 Nenhum destes reis foi identificado concretamente em fontes extra-bíblicas. Um vem de Elão (parte do Irã moderno), um da Babilônia (parte do Iraque moderno), e dois provavelmente da região da Turquia moderna.

* 14:1

Sinear. Ver nota em 10.10.

* 14.4 serviram. Eles foram sujeitos como vassalos ao rei de Elão, com a obrigação de pagar tributo.

*

14.5 refains… zuzins… emins. Ver nota em Dt 2:10-12. Zuzim é provavelmente um termo alternativo para os zanzumins (Dt 2:20). A menção destes gigantes derrotados enfatiza ainda mais quão impressionante foi a vitória de Abraão.

* 14:6

horeus. Ver nota em Dt 2:10-12.

* 14.12 morava em Sodoma. Note a progressiva identificação de Ló com Sodoma: acampava perto dela (13.12), morava nela, e residia como um respeitado cidadão da mesma (19.1, 6; conforme Sl 1:1).

* 14.13 o hebreu. Provavelmente uma identificação étnica designando Abraão como um descendente de Éber (10.21, nota). Entretanto, alguns sustentam que o termo é derivado de habiru, uma palavra de desprezo usada para designar uma classe social de semi-nômades amplamente dispersa no antigo Oriente Próximo do segundo milênio antes de Cristo.

carvalhais de Manre. Ver nota em 12.6.

amorreu. Às vezes um termo genérico para os antigos habitantes da Palestina (48.22; Dt 1:44; Js 2:10). Manre, o amorreu, um aliado de Abraão que o acompanhou em batalha, foi abençoado através de sua identificação com Abraão (v. 24; 12.3).

* 14.14 seu sobrinho. No hebraico, “seu irmão”, explicando o caráter da ação de Abraão: os justos demonstram lealdade amorosa para com seus irmãos.

homens dos mais capazes. Homens treinados no uso de armas. Uma força de trezentos homens era um exército considerável nos tempos de Abraão.

. O nome deste lugar foi mudado de Laís para Dã depois dos tempos de Moisés (Introdução: Data e Ocasião; Jz 18:29).

*

14.18 Melquisedeque. Lit., “rei de justiça”. A palavra hebraica melech significa “rei” e zedek significa “justiça”. Ver Introdução: Características e Temas; Hb 7:1-3 e notas.

rei de Salém… sacerdote do Deus. A apresentação de Melquisedeque não só enfatiza que ele era um rei mas também um sacerdote. Desta forma, ele é um tipo de Cristo, que é nosso profeta, sacerdote e rei. Salém é aparentemente um nome antigo para Jerusalém (Sl 76:2).

pão e vinho. A combinação significa uma refeição completa, um banquete.

* 14.19 abençoou ele. O autor de Hebreus entende que o fato de Melquisedeque abençoar a Abraão indica que Melquisedeque é maior do que Abraão (Hb 7:7)

Deus Altíssimo. No hebraico El Elyon. O supremo deus no panteão cananeu nos tempos de Abraão tinha títulos similares (p.ex., El Olam, “deus eterno”). Os patriarcas usaram estes títulos para o SENHOR, o verdadeiro Deus, criador dos céus e da terra. Abraão interpretou o louvor de Melquisedeque desta forma, repetindo os mesmos títulos e adicionando o nome divino pactual de SENHOR (Yahweh) no v. 22. Embora cananeu, Melquisedeque veio a conhecer o Deus verdadeiro — um sacerdote pagão não poderia significativamente ter “abençoado” a Abraão, nem Abraão, que estava consagrando a terra ao SENHOR (12.7, nota), poderia ter dado um “dízimo” ao sacerdote do depravado deus El.

* 14.20 dízimo. A décima parte. A prática de se pagar o dízimo ao rei ou a um deus era comum no antigo Oriente Próximo, e é anterior à lei mosaica (28.22; 27:30-33; Nm 18:21-32). O presente de Abraão a Melquisedeque provavelmente não era o pagamento do “dízimo do rei” (conforme 1Sm 8:15, 17), porém uma oferta que refletia o respeito de Abraão para com Melquisedeque como sacerdote do Deus verdadeiro.

tudo. Dos despojos.

* 14.22 SENHOR. Ver nota no v. 19.

*

14.23 nada tomarei. Em contraste com seu procedimento com relação a Melquisedeque, de quem aceitou pão e vinho (v. 18) e a quem deu o dízimo (v. 20), Abraão não queria nenhuma relação com o ímpio rei de Sodoma.

*

14.24 aos homens… comigo. Os despojos eram o seu justo quinhão. Esta disposição dos bens enfatiza a justiça e generosidade de Abraão.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Gênesis Capítulo 14 do versículo 1 até o 24
14.4-16 Quem foi Quedorlaomer, e por que foi importante? Nos tempos do Abrão, a maioria das cidades tinham seus próprios reis. As rivalidades e as guerras eram comuns. Uma cidade conquistada pagava tributo ao rei vitorioso. Não se conhece nada a respeito do Quedorlaomer exceto o que lemos na Bíblia. Aparentemente foi muito poderoso. Cinco cidades, incluindo Sodoma, tinham-lhe pago tributo durante doze anos. As cinco cidades formaram uma aliança e se rebelaram. Quedorlaomer reagiu rapidamente e os reconquistou. Quando derrotou a Sodoma, capturou ao Lot, a sua família e suas posses. Abrão, com tão somente trezentos e dezoito homens, perseguiu o exército do Quedorlaomer e o atacou perto de Damasco. Com a ajuda de Deus, Abrão o derrotou e resgatou ao Lot, a sua família e seus pertences.

14:12 A cobiça do Lot o levou a contornos pecaminosos. Seu desmesurado desejo de adquirir posses e triunfos lhe custou sua liberdade e seu contentamiento. Como cativo do rei Quedorlaomer, esteve exposto a torturas, escravidão e morte. Da mesma maneira podemos ser tentados a fazer algo ou ir a algum lugar indevido. A prosperidade que desejamos é cativante: pode-nos tentar e escravizar se nossos motivos não vão de acordo com os desejos de Deus.

14.14-16 Estes incidentes apresentam duas características do Abrão: (1) Tinha o valor que lhe dava Deus. Enfrentou a um inimigo capitalista e atacou. (2) Estava preparado. tomou-se o trabalho de treinar a seus homens ante a possibilidade de um conflito. Nunca saberemos quando seremos chamados a levar a cabo tarefas difíceis. Como Abrão, devemos nos preparar para esses tempos e logo tomar o valor que provém de Deus quando estes cheguem.

14.14-16 Quando Abrão soube que Lot estava prisioneiro, imediatamente correu a salvar a seu sobrinho. É mais fácil e mais seguro não nos colocar em problemas. Mas com o Lot a sérias dificuldades, Abrão atuou imediatamente. Em algumas ocasione devemos nos envolver em situações dolorosas ou caóticas para ajudar a outros. Devemos estar dispostos a atuar imediatamente quando outros necessitem nossa ajuda.

14:18 Quem foi Melquisedec? Obviamente foi um homem justo, já que seu nome significa "Rei de Justiça" e "Rei de Paz". Era sacerdote do "Deus Muito alto" (Hb_7:1-2). Reconheceu a Deus como Criador do céu e da terra. Que mais se sabe dele? sugeriram-se quatro teorias principais: (1) Melquisedec era um rei respeitado naquela região. Abrão simplesmente lhe estava mostrando o respeito que se merecia. (2) O nome Melquisedec era o título de todos os reis de Salem. (3) Melquisedec era tipo de Cristo (Hb_7:3). diz-se que algo do Antigo Testamento é tipo de Cristo quando está tão relacionado com as coisas que fez o Senhor que é em si uma lição sobre Cristo. (4) Melquisedec foi uma aparição de Cristo preencarnado em um corpo temporário.

14:20 Abrão deu ao Melquisedec os dízimos do bota de cano longo. Ainda em certas religiões pagãs, era uma tradição dar a décima parte das "lucros" aos deuses. Abrão seguiu essa tradição. Entretanto, não quis tomar bota de cano longo do rei da Sodoma. Mesmo que tomá-lo tivesse incrementado de forma significativa o que ia dar a Deus, decidiu rechaçá-lo por razões mais importantes. Não queria que os muito ateus da Sodoma dissessem: "Enriquecemos ao Abrão". Preferia que olhassem sua vida e dissessem: "Deus enriqueceu ao Abrão". Aceitar os presentes teria centrado a atenção de todos no Abrão ou no rei da Sodoma, e não em Deus, que foi o que em realidade ganhou a vitória. Quando a gente nos olhe, deve notar o que Deus obteve em nossas vidas.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Gênesis Capítulo 14 do versículo 1 até o 24
c. Situação de Ló (14: 1-12)

1 E sucedeu que, nos dias de Anrafel, rei de Sinar, Arioque, rei de Elasar, Quedorlaomer, rei de Elão, e Tidal, rei de Goiim, 2 que fizeram guerra a Bera, rei de Sodoma, e com Birsha rei de Gomorra, Shinab rei de Admá e Semeber rei de Zeboim e de Belá (esta é Zoar). 3 Todos estes se ajuntaram no vale de Sidim (que é o Mar Salgado). 4 Doze anos haviam servido a Quedorlaomer, mas décimo terceiro ano rebelaram-se. 5 E no décimo quarto ano veio Quedorlaomer, e os reis que estavam com ele, e feriram aos refains em Ashterothkarnaim, eo zuzins em, e aos emins em Shavehkiriathaim, 6 e aos horeus no seu monte Seir , até El-Parã, que está junto ao deserto. 7 E eles voltaram e vieram a En-mishpat (que é Cades), e feriram toda a terra dos amalequitas, e também dos amorreus, que habitavam em Hazontamar. 8 E saiu o rei de Sodoma, e o rei de Gomorra, e o rei de Admá, e o rei de Zeboim e de Belá (esta é Zoar); e puseram em ordem de batalha contra eles no vale de Sidim, 9 contra Quedorlaomer, rei de Elão, e Tidal, rei de Goiim, Anrafel, rei de Sinar, e Arioque, rei de Elasar; . quatro reis contra cinco 10 Ora, o vale de Sidim estava cheio de poços de betume; e os reis de Sodoma e Gomorra, fugiu, e caíram ali; e os restantes fugiram para a montanha. 11 E tomaram todos os bens de Sodoma e Gomorra, e todo o seu mantimento, e se foram. 12 E tomaram Lot , filho do irmão de Abrão, que habitava em Sodoma, e os bens dele, e partiram.

Algum tempo depois de Lot mudou-se para Sodoma, quatro reis da Mesopotâmia liderou uma invasão militar da área a leste do Jordão, balançando em um grande círculo para o sul de Canaã, e culminando o todo com a captura e deterioração das cidades da planície. As cinco cidades da planície, como indicado anteriormente, provavelmente foram localizados no extremo sul do Mar Morto, que vem subindo lentamente ao longo dos séculos e, desde então, cobriram os seus sites. Vários de água doce córregos deságuam no Mar Morto a partir do sul, possibilitando a irrigação extensiva e cultivo indicado na história da escolha de Lot. Essas cidades, aparentemente, havia sido subjugado em uma invasão antes por Quedorlaomer, rei de Elam, e depois servi-lo por doze anos, se rebelou. Quedorlaomer e seus aliados a intenção de punir os rebeldes e ampliou a campanha em um de violência e pilhagem ao longo de todo o seu percurso. Quando a batalha campal foi travada nas margens do Mar Morto, os invasores triunfou, os reis de Sodoma e Gomorra caiu nas lodo ou asfalto poços que abundam na área, e o resto do seu exército fugiu para as montanhas. As cidades foram saqueadas e Lot e tudo o que ele tinha também foram levados.

Este capítulo é um passo importante, pois dá um dos poucos pontos detalhadas de contato entre Abrão e do mundo político de sua época. Críticos em uma data próxima atribuído toda a história para o reino da legenda. Eles apontaram para o caráter aparentemente poética da história, os reis desconhecidos, a linha impossível de março. Mas novamente arqueologia provou que estavam errados. Os nomes dos reis foram encontrados para ser semelhantes aos registados em monumentos antigos e em manuscritos antigos. Praticamente todos os países mencionados são identificáveis. Dr. Albright confessa que ele mesmo havia considerado a "linha extraordinária de Março como sendo a melhor prova do caráter essencialmente lendário da narrativa." Mas em 1929 ele descobriu uma linha de montes, cobrindo os restos de cidades e vilas antigas, seguindo o curso mencionado em Gn 14:1)

13 E veio um que escapara, e disse a Abrão, o hebreu: agora ele habitava junto dos carvalhos de Manre, o amorreu, irmão de Escol e irmão de Aner; e estes eram aliados de Abrão. 14 E quando Abrão ouviu que seu irmão estava preso, levou os seus homens treinados, nascidos em sua casa, trezentos e dezoito, e os perseguiu até Dt 15:1 ), ele tinha de alguma forma subido acima da adoração pagã de seu ambiente e estava servindo o verdadeiro Deus por este nome significativo. (Este Deus Altíssimo é provável identificável com o conceito de alta Deus encontrados na maioria, se não todas as religiões pagãs, ver nota adicional VI, The High Deus-Theory, WBC, IV, 733-735 ). Ele passou a abençoar Abrão em que nome de Deus, que ele comumente usado. E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo . A fonte deste dízimo não era, evidentemente, os bens pertencentes às cidades da planície (vv. Gn 14:22-24 ), mas de qualquer outros despojos que Abrão capturados dos invasores ou suas próprias riquezas abundantes.

Após entrevista de Abrão com Melquisedeque, o novo rei de Sodoma ofereceu para dar-lhe todos os bens que haviam se recuperado, pedindo apenas para o povo. Mas Abrão anunciou que não aceitaria até mesmo o menor item para que o rei de Sodoma, o representante de tudo o que ficou para o pecado e maldade, deve dizer que ele tinha feito dele um homem rico. Abrão tinha revelado o princeliness de seu espírito em ajudar Lot que tão prontamente abandonado ele e seu modo de vida para as riquezas fugazes da planície, e ele demonstrou-se ainda mais em sua recusa inflexível de ser contaminada por Sodoma de qualquer forma.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Gênesis Capítulo 14 do versículo 1 até o 24
  • O cativo (Gn 14:1-12)
  • Os arqueólogos confirmam a exati-dão do relato bíblico dessa primeira guerra. Quando Ló entrou em So-doma (v. 12), perdeu a proteção do "Juiz de toda a terra" (18:
    25) e sofreu as conseqüências disso. Ló seguiu a vereda da amizade com o mundo (Jc 4:4), depois a do amor do mundo (1Jo 2:15-62), a seguir a da confor-midade ao mundo (Rm 12:2) e, por fim, a do julgamento com o mundo (1Co 11:32). Ló pensou que Sodoma fosse um lugar de paz e de proteção; entretanto, ela tornou-se um lugar de combate e de perigo!

    Raramente, os santos são "cati-vados pelo mundo" de forma repen-tina. Eles entram nos locais de perigo aos poucos, em estágios. Com Ló, o processo iniciou-se quando adotou o Egito como padrão e começou a caminhar pela visão, em vez de pela fé. Ele preferiu as pessoas do mundo a seu tio piedoso, e as casas de Sodo-ma às tendas de Deus. O resultado disso: ele ficou cativo!

  • A conquista (Gn 14:13-24)
  • O piedoso Abraão, embora vivesse em uma tenda, estava em local segu-ro. Abraão, ao saber da situação de Ló, fez algo generoso e foi resgatá-lo. Apenas o crente separado pode salvar o apóstata, e o apóstata volta-se para esse santo fiel quando está com problemas. Nesse capítulo, Abraão liberta Ló com sua espada. Ele, pela fé, domina o inimigo, percorrendo 193 quilômetros para fazer isso. Veja 1Jo 5:1-62. Em 19:29, Abraão li-berta Ló por meio da oração (Gn 18:23- 33). O cristão mundano é realmente afortunado se tem um ente querido que ora por ele!

    Abraão, depois da vitória, en-frenta grande tentação quando se en-contra com o rei de Sodoma. Em ge-ral, é verdade que Satanás tenta-nos logo após uma grande vitória espiritu-al. Satanás encontra Cristo no deserto depois de ele ser batizado. Elias foge com medo depois de seu grande tra-balho de fé no monte Carmelo (1Rs 19:0). O pão e o vinho (v. 18) simbolizam o corpo e o derramamento do sangue de Cristo, pois é a cruz que torna possível o sacerdócio divino de Cristo. Melquisedeque encontrou Abraão, alimentou-o e abençoou-o. Que Salvador maravilhoso!

    Abraão honrou Melquisedeque ao pagar-lhe o dízimo de tudo. Esse é o primeiro exemplo de dízimo na Bíblia, e isso ocorreu anos antes do recebimento da Lei Mosaica. He-breus 7:4-10 indica que esses dízi-mos eram pagos (em espécie) a Cris-to, o que sugere que os cristãos de hoje seguem o exemplo de Abraão ao pagarem dízimos ao Senhor. Abraão recusou as riquezas do mundo, mas compartilhou sua riqueza com o Se-nhor, e Deus abençoou-o muito.
    Essa batalha e essa noite de pe-rigo trouxeram Ló ao seu juízo? In-felizmente, não! Em 19:1, o vemos de volta a Sodoma. O coração de Ló estava em Sodoma, portanto era para onde seu corpo tinha de ir.

    Nesses capítulos, temos uma rica mina de verdade espiritual que al-cança o Novo Testamento, especial-mente Romanos e Gálatas. Deus es-boçou suas promessas em 12:1-3 e expandiu-as em 13 14:18, mas, nes-se ponto, ele revela de forma mais completa as promessas da aliança. Essa aliança diz respeito ao filho de Abraão e à prometida semente por vir, Cristo. Esses capítulos também tratam da terra de Canaã e do pro-grama maravilhoso que Deus tem para seu povo, Israel.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Gênesis Capítulo 14 do versículo 1 até o 24
    14.1 Neste ponto verifica-se a harmonia existente entre a história Sagrada e a secular, de modo que se torna visível a fixação de datas. Sinar corresponde à Babilônia (Ez 1:2, Is 11:11 e Zc 5:11) embora Anrafel não deva ser identificado com Amurabe, rei de Babilônia, que reinou em cerca de 1728-1686 a.C., Eriaku, rei de Larsa, bem pode ter sido Arioque. Quedorlaomer (Kudurlagamar) significa "Servo de Lagamar” que era um deus elamita. Tidal, rei de nações, tem sido identificado com Tudhul (Tudhalia é nome de vários reis hititas), rei de Gutium, situado ao nordeste dá Babilônia.

    14.3 Mar Salgado. O mar Morto cobre parte do que foi; no passado, o "vale de Sidim", onde teria sido travada a batalha, próximo às cidades de Sodoma e Gomorra.

    4.18 Melquisedeque era rei e sacerdote e, portanto, tipo de Cristo. Ainda que ele seja mencionado apenas três vezes na Bíblia, (neste texto, Sl 110:0 e He 5:0; He 7:0) e não haja registro de seus antepassados, nem de sua descendência, nisto é à semelhança de Cristo, como o Filho Eterno de Deus. Melquisedeque trouxe pão e vinho a Abraão, exatamente os elementos que nos representam atualmente o sangue e a corpo de Cristo. Melquisedeque significa "Rei de justiça". Salém significa paz, que foi o nome antigo de Jerusalém. "Deus Altíssimo" (heb El Elyon) é um dos títulos de mais rara ocorrência no AT. A idéia subjacente é de que Deus é o ser supremo que se encontra acima das supostas divindades locais (ver o equivalente "Altíssimo" no NT Lc 1:32, Lc 1:35).

    • N. Hom. 14.24 Verifique-se o contraste nas atitudes de Abraão diante dos dois reis, o de Sodoma e o de Salém:
    1) Diante do primeiro, uma demonstração de independência, enquanto, para o segundo, sua atitude é de dependência (conforme He 7:4-58);
    2) Diante do rei de Sodoma, um comportamento de igual para igual, enquanto, diante de Melquisedeque, a admissão de inferioridade;
    3) Para com o rei de Sodoma, dignidade; para com o rei de Salém, humildade. Tal intuição, Abraão poderia ter adquirido tão somente pela fé que é capaz de reconhecer a superioridade espiritual de alguém, vislumbrar perigos iminentes e é capaz de oferecer resistência tenaz a pressões terríveis, tanto quanto mostrar-se tranqüilo em face a uma provação especial.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Gênesis Capítulo 14 do versículo 1 até o 24
    c) A batalha dos reis (14:1-24)

    Gn 14 é um capítulo singular, que tem ocasionado uma enormidade de discussões e debates. Destaca-se de todas as narrativas acerca de Abrão e o apresenta de forma bastante diferente; o pacífico patriarca aqui se torna um guerreiro bem-sucedido. Teologicamente, não é fácil enxergar o propósito e a função dessa história. Do ponto de vista histórico, o capítulo é desconcertante: poderíamos esperar que tantas informações acerca dos reis daquela época nos fornecessem datas exatas para a época de vida de Abraão e que registros de outras nações nos dessem alguma confirmação dos eventos aqui relatados. Até hoje, no entanto, nenhuma dessas esperanças se materializou. A falta de confirmação levou a dúvidas crescentes acerca da historicidade desse relato. Uma dificuldade especial é a menção sem paralelo de um rei de Elão envolvido numa guerra tão distante da sua terra; é surpreendente também encontrar potências da Mesopotamia em data tão antiga não somente guerreando na Palestina, mas controlando parte dela por aproximadamente 12 anos (v. 4). Por outro lado, até os eruditos mais céticos geralmente admitem que há uma série de detalhes nessa história que demonstram antiguidade e realismo genuínos. O tratamento que E. A. Speiser dá ao texto é muito útil; ele tirou o máximo de proveito das evidências arqueológicas disponíveis, mesmo que alguns de seus argumentos tenham sofrido sérias críticas. Dois pontos podem ser destacados a favor da historicidade: em primeiro lugar, nenhum dos detalhes da história foi desmentido por qualquer achado arqueológico; e, em segundo lugar, qualquer que seja a “improbabilidade” que o capítulo contenha, é difícil imaginar por que razão plausível uma história dessas teria surgido se não tivesse nenhum fundamento histórico.

    v. 1-12. O elo com o capítulo anterior é a menção de Sodoma (v. 2), seguida da referência a (v. 12). Logo se torna claro que a escolha de território que Ló fizera, não obstante as aparências, estava longe do ideal; Sodoma não era só notoriamente ímpia e má, mas a sua riqueza se tornou uma tentação para forças externas tão distantes como as da Mesopotamia. Nenhum dos invasores é conhecido de outras fontes, a não ser que Tidal seja o rei hitita Tudkhalia I (c. 1700 a.C.); é certo que Anrafel não é Hamurabi (uma identificação feita com freqüência no passado). Todos os nomes são pelo menos muito apropriados para aquela época e região do mundo. Dos territórios mencionados, Sinearii.e., Babilônia) e Elão são bem conhecidos; mas Elasar ainda não foi identificado, nem Goim, que é a palavra hebraica geralmente usada para “nações”, e não é necessariamente um nome de lugar aqui.

    Os cinco reis palestinos (v. 2) governaram numa região específica, o vale de Sidim (v. 3), aparentemente no extremo sul do mar Morto (v.comentários de 19.25); mas evidentemente os invasores confederados tinham ainda outros inimigos e seguiram uma rota curiosamente tortuosa (5ss) antes de se ajuntarem para a batalha contra o rei de Sodoma e seus aliados. V. o mapa 24 no Macmillan Bible Mas [Atlas Bíblico Macmillan], Os invasores venceram, e Ló foi feito prisioneiro (v. 12).

    v. 13-16. Abrão agora aparece nessa história pela primeira vez; ele não precisaria ter se envolvido, e sua lealdade desinteressada a seu parente contrasta com o egoísmo que Ló havia demonstrado (13 10:11). O tamanho do clã de Abrão (v. 14) é uma surpresa; mesmo assim, ele não comandou nenhum grande exército de homens treinados, e deveríamos entender a continuação da história como uma perseguição prolongada da retaguarda dos confederados, desde (na época chamada Laís; conforme Jz 18:27ss) até Hobá. Depois de resgatado dessa forma, estava livre para retornar para casa em Sodoma.

    v. 17-24. A questão dos relacionamentos não é um aspecto sem importância no estabelecimento dos patriarcas na Palestina. Nesse capítulo, vemos Abrão em aliança com os povos dos clãs da região de Hebrom (v. 13), e suas atividades a favor de Ló mostram que ele é um bom vizinho para todas as cidades-Es-tado de Canaã. Dois dos reis locais reagiram de forma amigável. Obviamente o rei de Sodoma (v. 17) devia favores a Abrão, e a sua oferta (v. 21) foi mais do que natural; mas Abrão não queria ficar devendo nada a homem algum — muito menos ao rei de uma cidade com a reputação de Sodoma (v. 22ss).

    No entanto, o ponto central da história é outro rei: Melquisedeque de Jerusalém (esse nome ocasionalmente é abreviado como

    Salem, conforme Sl 76:2). Há vários níveis de significado a serem considerados. No nível puramente factual, a história é muito simples: um governante cananeu local faz um gesto de amizade a um herói que retorna, fornece uma simples refeição a seus homens, pronuncia uma bênção sobre ele e recebe uma pequena porção do saque da guerra. E evidente que o reinado sobre Jerusalém incluía funções sagradas. A divindade adorada por Melquisedeque era ’El ‘Elyôn (o Deus Altíssimo)-, El era adorado pelos cananeus como a sua divindade suprema, como pai e criador, e o título Altíssimo também era muito conhecido entre eles. A formulação da resposta de Abrão (v. 22) deixa muito claro que o Deus adorado por Melquisedeque não era outro senão o Senhor — o Deus que havia aparecido pessoalmente a ele. A história teria sido muito diferente se Melquisedeque tivesse sido um devoto de Baal!

    Em outro nível de significado, é inegável que aqui haja simbolismo. O nome Melquisedeque pode ser traduzido por “rei de justiça” (conforme He 7:2), em forte contraste com o rei de Sodoma, cujo nome, Bera (v. 2), aparentemente significa “em/no mal” (assim como também Birsa significa “em/na iniqüi-dade”) — independentemente do sentido e da função original desses nomes. Sodoma estava condenada, como sabemos; mas Jerusalém (que não aparece em outra passagem de Gênesis) tinha promessa de um grande futuro como a cidade da escolha e da presença de Deus. Era totalmente apropriado, portanto, que o ancestral do povo de Israel estivesse debaixo da bênção do Deus que já era reverenciado em Jerusalém.

    Se, então, Abrão representa o povo de Israel, Melquisedeque representa o futuro rei davídico (conforme Sl 110:4). Hb 7, embora destaque mais o sacerdócio de Melquisedeque, reconhece corretamente o seu status superior em comparação com Abrão. Assim, Gn 14 prefigura o reinado de Davi e de seus descendentes.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Gênesis Capítulo 12 do versículo 1 até o 26

    II. Os Patriarcas. 12:1 - 50:26. A. Abraão. 12:1 - 25:18.

    Na segunda principal divisão do livro de Gênesis, está evidente que na nova dispensação os escolhidos de Deus deverão reconhecer a comunicação direta e a liderança direta do Senhor. Nos capítulos Gn 12:1, quatro personagens Se destacam como homens que ouviram a voz de Deus, entenderam Suas diretrizes, e orientaram seus carrinhos de acordo com a vontade dEle. O propósito de Jeová ainda continua sendo o de chamar pessoas que executem a Sua vontade na terra. Com Noé Ele começou tudo de novo. Sem foi o escolhido para transmitir a verdadeira religião. Os semitas (descendentes de Sem) seriam os missionários aos outros povos da terra. No capítulo 12 Abraão começa a aparecer na linhagem de Sem como o representante escolhido de Jeová. Sobre ele Jeová colocaria toda a responsabilidade de receber e passar adiante a Sua revelação para todos. Do cenário pagão de Ur e Harã saiu o homem de Deus para a estratégica hora da primitiva revelação do V.T.


    Moody - Comentários de Gênesis Capítulo 14 do versículo 1 até o 14

    Gênesis 14


    4) Abraão, Ló, Melquisedeque. Gn 14:1-24.

    Gn 14:1-14. Em vez de desfrutar de paz, prosperidade e alegria, Ló e Abrão encontraram-se no meio de uma guerra. Poderosos exércitos combativos vindos do oriente invadiram a terra da Palestina, e causaram muitos estragos. Abrão se envolveu profundamente por causa do amor que tinha por Ló, e logo se revelou um guerreiro a ser considerado quando os invasores procuraram espoliar a terra. Ló foi feito prisioneiro de guerra quando sua cidade, Sodoma, e os reinos vizinhos foram derrotados pelos invasores. Ele se arriscara quando escolhera desfrutar das facilidades e privilégios de Sodoma, tomando-se um dos habitantes dessa cidade ímpia. Agora descobriu que tinha de participar dos perigos e da tragédia da cidade. Rapidamente Abrão reagiu com 318 homens numa missão de salvamento, comprovando ser uma força poderosa a bem da justiça na terra.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Gênesis Capítulo 14 do versículo 1 até o 24
    Gn 14:1

    4. A BATALHA DOS REIS (Gn 14:1-12). Devido à maneira incomum de chamar Abrão de "Abrão, o hebreu" (13), muitos pensam que esta narrativa talvez tenha origem estrangeira. Visto que a Anrafel é dada a proeminência de ser mencionado em primeiro lugar, embora a expedição parece ter sido feita sob o comando estrito de Quedorlaomer, o lugar da escrita da história pode ter sido a Babilônia. Catorze anos antes da ocasião deste incidente, aqui narrado, Quedorlaomer havia subjugado a planície do Jordão. Naquele tempo Abrão ainda estava em Harã (conf. os dados cronológicos providos em Gn 16:3). Cinco cidades da planície se revoltaram e Quedorlaomer, com três aliados, marcharam contra elas. Anrafel (1). Muitos historiadores têm identificado Anrafel com Hamurabi, cujas leis para a Babilônia são agora tão famosas, mas essa identificação atualmente está sendo abandonada em geral como incapaz de ser provada. Tidal (1). Tidal pode ter sido Tud-halia, rei dos heteus.

    O curso da invasão parece ter sido como segue. Aproximando-se da área de Damasco, os reis varreram Basã e os territórios dos amorreus, ao leste do rio Jordão e, reservando os rebeldes para o fim, prosseguiram até um ponto bem ao sul do mar Morto. Desse ponto tornaram (retornaram-7), presumivelmente marchando em direção ao norte. Fizeram uma pausa para lançar um ataque contra o sul do deserto (7), e então, movendo-se em caminho circular, via Hazazontamar (possivelmente En-Gedi), os conquistadores começaram a tratar dos lideres da revolta. A batalha se feriu no vale de Sidim (8), perto das cidades de Sodoma e Gomorra. Poços de betume (10). Eram escavações de onde era extraído o asfalto. Os reis da planície, esperando usar o difícil terreno como defesa, precipitaram-se no mesmo apenas para serem destruídos. Mas foi a captura de Ló (12) que faz essa narrativa participar do registro inspirado.

    >Gn 14:13

    5. O SALVAMENTO DE LÓ (Gn 14:11-16). Abraão, o hebreu (13). A origem e significação desse nome são incertas. Há duas possibilidades: ou se deriva de Éber (ver Gn 11:14), ou se deriva do verbo que quer dizer atravessar (um rio), e contém uma alusão, nesse caso, ao fato de Abrão e seu numeroso clã terem atravessado o rio Eufrates. Neste último sentido, hebreu pode ser traduzido como "imigrante", e talvez reflita uma maneira dos cananeus se referirem a Abrão. Existe ainda a possibilidade que esse termo seja a palavra "habiru", que significa seminômade. Criados (14). Esses homens armados tinham em vista proteger os rebanhos das tribos assaltantes, e a existência de 318 deles mostra que Abrão foi um poderoso chefe. Os próprios guerreiros de Abrão foram reforçados por grupos dos amorreus, chefiados por Aner, Escol e Manre (24). Não estando sobrecarregados com o saque, como estavam as tropas de Quedorlaomer, Abrão e seus aliados alcançaram os exércitos vitoriosos em Dã. Atirando-se contra eles de noite, lançou em confusão as forças numericamente superiores e as perseguiu até bem perto de Damasco. Libertou Ló e sua família, bem como recuperou todo o despojo que fora capturado. Até Dã (14). Esse lugar era chamado de Laís (Jz 18:29) no tempo de Moisés, mas é aqui referido pelo seu nome posterior.

    >Gn 14:17

    6. MELQUIZEDEQUE ABENÇOA A ABRÃO (Gn 14:17-20). Retornando vitorioso, Abrão recebeu visitas de dois reis. O primeiro foi o rei de Sodoma, que veio para expressar sua gratidão; e o segundo foi Melquizedeque, rei de Salém, que veio abençoá-lo. Vale de Savé (17) é "o vale da planície" e estava situado justamente ao norte de Salém (Jerusalém). Era chamado de "vale do rei" ou como memorial desse incidente, ou por causa do fato que nessa porção de terra plana os reis de Judá reuniam e exercitavam seus exércitos. (Se esta última possibilidade for o caso, e provavelmente é, temos aqui outro exemplo de uma anotação posterior, feita por um escriba, a fim de identificar o lugar mediante o uso de seu nome moderno). Quem foi Melquizedeque? Nada existe de misterioso a respeito dele, a despeito da interpretação de alguns quanto a He 7:3. Ele era rei de algum clã semita, que ainda ocupava Salém antes dos jebusitas terem-na capturado. Nunca houve extinção completa do conhecimento de Deus no mundo, e aqui, igualmente, Deus tinha preservado algum conhecimento sobre Si mesmo. A significação simbólica de Melquizedeque jaz em seu sacerdócio universal e ilimitado, alegoricamente estabelecido em He 7:3; em seu duplo ofício de "rei-sacerdote"; e em seu nome (He 7:1-58). O aparecimento de Melquizedeque nos apresenta a primeira ocorrência do termo "sacerdote" nas Escrituras, e a concepção bíblica de sacerdócio não pode ser apropriadamente apreendida se esse fato singular for ignorado. Deus Altíssimo (18). El-’elyon significa "o Supremo Deus". Observe-se que adiante Abrão identifica Jeová com El-’elyon (22). Dízimo (20). O dízimo (décimo) de Abrão e Melquizedeque demonstra a data premosaica desse costume. Ver Dt 14:22-5. Ao dar o dízimo a Melquizedeque, Abrão reconheceu que Deus era o verdadeiro Deus, e que o sacerdócio de Melquizedeque era verdadeiro. Conf. He 7:9.

    >Gn 14:21

    7. ABRÃO E O REI DE SODOMA (Gn 14:21-24). Este pequeno episódio revela a sagacidade e a piedade de Abrão. Sua sagacidade foi demonstrada na divisão do despojo. De conformidade com a lei árabe, que talvez já estivesse em vigor desde os tempos de Abrão se alguém recuperar algum despojo, devolve apenas as pessoas, ou almas (21), mas tem o direito de ficar com o resto. Isso foi o que o rei de Sodoma sugeriu. Mas a astúcia e a sabedoria prática de Abrão o levou a insistir que seus homens recebessem apenas o alimento, e que Aner, Escol e Manre dividissem entre si os despojos. Dessa maneira Abrão conquistou a amizade daqueles homens, que doutra forma talvez primeiramente o temessem, e depois armariam intrigas contra ele. E a piedade de Abrão transpareceu em sua lealdade para com seu voto a Jeová. Sua ação foi ao mesmo tempo sábia orientação e sã piedade.


    Dicionário

    Ano

    substantivo masculino Período de tempo compreendido entre 1 de janeiro e 31 de dezembro, composto por 12 meses.
    [Astronomia] Tempo que a Terra leva para completar uma volta em torno do Sol, com duração de 365 dias e 6 horas; ano solar.
    [Astronomia] Duração média da revolução de qualquer astro ao redor do Sol: ano de Marte.
    Medida da idade, do tempo de existência de algo ou de alguém: jovem de 20 anos.
    Período anual durante o qual algumas atividades são feitas com regularidade.
    substantivo masculino plural Tempo, velhice: o estrago dos anos.
    expressão Ano bissexto. Ano que tem 366 dias, contando-se em fevereiro 29 dias, e ocorre de quatro em quatro anos.
    Ano letivo. O que vai do início ao encerramento das aulas; ano escolar.
    Ano novo ou ano bom. Primeiro de janeiro.
    Etimologia (origem da palavra ano). Do latim annu-.

    substantivo masculino Período de tempo compreendido entre 1 de janeiro e 31 de dezembro, composto por 12 meses.
    [Astronomia] Tempo que a Terra leva para completar uma volta em torno do Sol, com duração de 365 dias e 6 horas; ano solar.
    [Astronomia] Duração média da revolução de qualquer astro ao redor do Sol: ano de Marte.
    Medida da idade, do tempo de existência de algo ou de alguém: jovem de 20 anos.
    Período anual durante o qual algumas atividades são feitas com regularidade.
    substantivo masculino plural Tempo, velhice: o estrago dos anos.
    expressão Ano bissexto. Ano que tem 366 dias, contando-se em fevereiro 29 dias, e ocorre de quatro em quatro anos.
    Ano letivo. O que vai do início ao encerramento das aulas; ano escolar.
    Ano novo ou ano bom. Primeiro de janeiro.
    Etimologia (origem da palavra ano). Do latim annu-.

    Uma comparação entre Dn 7:25-12.7 e Ap 11:2-3 e 12.6, mostra que se faz nesses lugares referência a um ano de 360 dias. Um tempo, tempos, e meio tempo ou 3,5 anos ou 42 meses ou 1.260 dias. Mas um ano de 360 dias teria tido logo este mau resultado: as estações, as sementeiras, a ceifa e coisas semelhantes deviam ter sido pouco a pouco separadas dos meses a que estavam associadas. Conjectura-se que para obviar a este mal foi, nos devidos tempos, intercalado um mês, chamado o segundo mês de adar. o ano sagrado principiava no mês de abibe (nisã), pelo tempo do equinócio da primavera. No dia 16 de abibe, as espigas de trigo, já maduras, deviam ser oferecidas como primícias da colheita (Lv 2:14 – 23.10,11). Depois do cativeiro, um mês, o décimo-terceiro, era acrescentado ao ano, todas as vezes que o duodécimo acabava tão longe do equinócio, que não se podia fazer a oferta das primícias no tempo fixado. o ano civil principiava aproximadamente no tempo do equinócio do outono. (*veja Cronologia, Tempo.)

    Ano Período de 12 meses lunares (354 dias; (1Cr 27:1-15). De 3 em 3 anos acrescentava-se um mês (repetindo-se o último mês) para acertar a diferença entre os 12 meses lunares e o ano solar.

    Ano Sua duração dependia de seu caráter solar ou lunar. Dividia-se em inverno (de 15 de outubro a 15 de maio) e verão (de 15 de maio a 15 de outubro). Nos cálculos de duração, uma fração de ano equivalia a um ano inteiro. Contavam-se os anos de um imperador a partir de sua ascensão ao trono. Assim, o ano quinze de Tibério (Lc 3:1) iria de 19 de agosto de 28 a 19 de agosto de 29, mas Lucas utilizou o cômputo sírio — que iniciava o ano em 1o de outubro — e, nesse caso, o ano quinze teria iniciado em 1o de outubro de 27.

    Asterote

    -

    uma esposa

    Carnaim

    -

    Décimo

    adjetivo Que, em uma série ou ordem, está no lugar correspondente a dez.
    substantivo masculino A décima parte.

    Emins

    -

    Emins [Terríveis] - Os primeiros habitantes de MOABE, homens fortes e muito altos (Dt 2:9-11).

    Ferir

    verbo transitivo Golpear; fazer chaga ou ferimento em.
    Machucar: a sandália nova está ferindo o pezinho da menina.
    Atritar algo para fazer chispa: ferir a pedra do isqueiro.
    Figurado Magoar, ofender: ferir a sensibilidade do amigo.
    Causar impressão desagradável: palavras que ferem os ouvidos.
    Contrariar: ferir as conveniências; ferir os interesses de alguém.
    verbo pronominal Golpear-se, cortar-se, machucar-se: ferir-se nos espinhos da roseira.
    Figurado Magoar-se, ofender-se: ele se feriu com a injustiça do chefe.

    Ferir
    1) Produzir ferimento (Gn 3:15)

    2) Dar pancada em (Nu 20:11). 3 Matar (Nu 21:24).

    4) Atacar (Js 10:4).

    5) Castigar (Isa 19:)

    Ha

    Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
    Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
    (Etm. Forma alte. de hectare).

    Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
    Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
    (Etm. Forma alte. de hectare).

    Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
    Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
    (Etm. Forma alte. de hectare).

    hebraico: calor, queimado

    Quarto

    Um dos cristãos que se uniram a Paulo nas saudações finais em sua carta aos Romanos. O apóstolo referiu-se a ele como “irmão” (Rm 16:23).


    numeral O último de uma série de quatro.
    Que tem o número quatro numa classificação.
    Cada uma das quatro partes em que se divide uma unidade: coube-lhe a quarta parte da herança.

    hebraico: um quarto filho

    Quedorlaomer

    Era, no tempo de Abraão, aquele rei de Elão que com três príncipes de Babilônia, seus subordinados, sustentou duas campanhas na Palestina, reduzindo à sujeição os mis de Sodoma e Gomorra e de outras cidades. Pelo espaço de doze anos conservou o seu domínio sobre esses chefes, que no ano décimo-terceiro se revoltaram. No ano seguinte, ele e os seus aliados invadiram o país, e, depois de terem derrotado muitas tribos da vizinhança, encontraram os cinco reis da planície no vale de Sidim, os quais foram completamente subjugados: matou os reis de Sodoma e Gomorra, e levou consigo grande despojo e ao mesmo tempo a família de Ló. Todavia, Abraão, ouvindo falar do cativeiro do seu sobrinho, tratou de o libertar (Gn 14:17). A narração bíblica tem recebido notável confirmação com o fato de se achar o nome (Qudin-Lagamar, ‘servo da deusa Lagamar’), nas inscrições cuneiformes da Babilônia – a invasão teria sido pelo ano 2330 a.C.

    Rei de Elão e um dos quatro monarcas da Mesopotâmia que invadiram a Palestina no tempo de Abraão (veja também Arioque, Anrafel e Tidal). O relato de Gênesis 14 é interessante, pois destaca como o vale do rio Jordão era uma região cobiçada, capaz de atrair uma aliança de reis de lugares bem distantes, e mostra também a rapidez do crescimento da influência de Abraão na região.

    Está claro que o líder da confederação invasora era o rei Quedorlaomer (Gn 14:4-5). Eles já haviam conquistado várias cidades do vale do Jordão e áreas ao redor do mar Morto e governavam a terra há doze anos. No 13º ano, os reis dessas invasores (veja Bera, Birsa, Sinabe e Semeber). Novamente, contudo, foram obrigados a fugir. Os quatro reis capturaram uma grande extensão de terra, que incluía as cidades da campina, das quais tomaram todo o espólio. Levaram cativo, juntamente com o resto dos cidadãos, o sobrinho de Abraão (Ló) que morava em Sodoma.

    Isso fez com que Abraão entrasse em cena. Quando soube o que acontecera, perseguiu Quedorlaomer e alcançou-o bem ao norte. Num ataque sutil e inteligente, nosso patriarca derrotou a confederação de reis e retornou com Ló e sua família (Gn 14:14-17).

    Esses reis vieram da mesma região que fora o lar de Abraão. A vitória dele sobre esses monarcas é de grande significado, pois é vista em Gênesis 14 como a conquista de Deus, indicando o estabelecimento de Abraão em Canaã, bem como sua separação final e completa da antiga existência. Daí em diante, sob o plano soberano de Deus, a influência de Abraão na “Terra Prometida” cresceu cada vez mais. P.D.G.


    Quedorlaomer [Servo do Deus Laomer ?] - Rei de ELÃO no tempo de Abraão (Gn 14).

    Quiriataim

    -

    duas cidades

    Refains

    -

    l. Uma raça de gigantes (Gn 145 – 15.20). 2. o vale de Refaim, que hoje se chama El-Bukeia. Fértil planície, fechada de todos os lados por cordilheiras, e que progressivamente se estende de Jerusalém para o sudoeste no espaço de quase dois quilômetros, estreitando-se depois de modo a formar o Wady-el-Werd. Esse vale servia de limite às tribos de Judá e Benjamim (Js 15:8 – e 18.16), e foi teatro de conflitos entre Davi e os filisteus (2 Sm 5.18,22 – 23.13 – 1 Cr 11.15 – 14.9,13).

    Refains Povo de GIGANTES que, nos tempos antigos, moravam em Canaã (Gn 14:5).

    Reis

    livro da historia dos reis

    Reis PRIMEIRO LIVRO DOS

    Livro que continua a contar a história dos reis israelitas começada nos dois livros de Samuel. Este livro se divide em três partes:


    1) A morte de Davi e o começo do reinado de Salomão (1—2).


    2) O reinado de Salomão (3—11).


    3) A divisão da nação em dois reinos, o do Norte (Israel) e o do Sul (Judá), e a história dos reis que governaram até a metade do século nono a.C. Neste livro é contada a história do profeta Elias, que combateu os profetas de BAAL (12—22).

    ============================

    REIS, SEGUNDO LIVRO DOS

    Livro que conta a história dos dois reinos, sendo uma continuação de 1Rs. Pode ser dividido em duas partes:


    1) A história dos dois reinos, desde o ano 850 a.C. até a queda de Samaria e o fim do Reino do Norte em 721 a.C. (1—17).


    2) A história do Reino do Sul, desde 721 a.C. até a conquista e a destruição de Jerusalém por NABUCODONOSOR, em 586 a.C., ficando Gedalias como governador de Judá (18—25).


    Réis

    substantivo masculino plural Moeda antiga; unidade monetária brasileira que também circulava em Portugal, com várias cédulas e moedas facionadas entre mil réis.
    Não confundir com: reis.
    Etimologia (origem da palavra réis). Plural de real.

    substantivo masculino plural Moeda antiga; unidade monetária brasileira que também circulava em Portugal, com várias cédulas e moedas facionadas entre mil réis.
    Não confundir com: reis.
    Etimologia (origem da palavra réis). Plural de real.

    Savé

    -

    planície

    Veio

    substantivo masculino Ducto, canal, fresta ou ramificação das mais variadas cores, formas ou tamanhos que são encontradas em pedras, madeiras ou em mármore.
    Por Extensão Sinal que se assemelha a uma estria, riscas irregulares; estria.
    Corrente de água que provém de rios; riacho.
    Mineralogia Camada que pode ser explorada; filão: veio de ouro.
    Figurado O que pode ser utilizado como fundamento para; o ponto central de; essência: o veio de uma teoria.
    Canal natural de água que se localiza abaixo da terra.
    Peça que move uma roda, eixo de ativação manual; manivela.
    Etimologia (origem da palavra veio). Veia + o.

    Veio
    1) Parte da mina onde se encontra o mineral; filão (28:1, RC).


    2) Riacho (28:11, RA).


    Zuzins

    -

    Raça aborígene, que foi destruída por Quedorlaomer e seus aliados (Gn 14:5). Supõe-se que os zuzins habitavam o país dos amonitas, sendo identificados com os zanzumins ou refains, que foram exterminados pelos amonitas, ocupando estes depois o seu território (Dt 2:20).


    Zuzins Gigantes derrotados por QUEDORLAOMER (Gn 14:5).

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Gênesis 14: 5 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E ao décimo quarto ano veio Quedorlaomer, e os reis que estavam com ele, e feriram aos gigantes- refaimitas em Asterote-Carnaim, e aos zuzins em Hã, e aos emins em Savé-Quiriataim,
    Gênesis 14: 5 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    2084 a.C.
    H1990
    Hâm
    הָם
    o lugar onde Quedorlaomer e seus aliados feriram os zuzins, provavelmente no território
    (in Ham)
    Substantivo
    H2104
    Zûwzîym
    זוּזִים
    bem nascido, de família nobre
    (of noble birth)
    Adjetivo - Masculino no Singular nominativo
    H3540
    Kᵉdorlâʻômer
    כְּדׇרְלָעֹמֶר
    percepção mental, pensamento
    (schemes)
    Substantivo - neutro acusativo plural
    H368
    ʼÊymîym
    אֵימִים
    ()
    H4428
    melek
    מֶלֶךְ
    rei
    (king)
    Substantivo
    H5221
    nâkâh
    נָכָה
    golpear, açoitar, atingir, bater, sacrificar, matar
    (should kill)
    Verbo
    H6240
    ʻâsâr
    עָשָׂר
    e dez
    (and ten)
    Substantivo
    H6255
    ʻAshtᵉrôth Qarnayim
    עַשְׁתְּרֹת קַרְנַיִם
    ()
    H702
    ʼarbaʻ
    אַרְבַּע
    e quatro
    (and four)
    Substantivo
    H7156
    Qiryâthayim
    קִרְיָתַיִם
    uma cidade a leste do Jordão, em Moabe
    (Kiriathaim)
    Substantivo
    H7497
    râphâʼ
    רָפָא
    gigantes, Refaim
    (the Rephaims)
    Substantivo
    H7740
    Shâvêh
    שָׁוֵה
    ()
    H8141
    shâneh
    שָׁנֶה
    ano
    (and years)
    Substantivo
    H834
    ʼăsher
    אֲשֶׁר
    que
    (which)
    Partícula
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo
    H854
    ʼêth
    אֵת
    de / a partir de / de / para
    (from)
    Prepostos
    H935
    bôwʼ
    בֹּוא
    ir para dentro, entrar, chegar, ir, vir para dentro
    (and brought [them])
    Verbo


    הָם


    (H1990)
    Hâm (hawm)

    01990 הם Ham

    de derivação incerta; n pr loc Hã = “quente” ou “queimado pelo sol”

    1. o lugar onde Quedorlaomer e seus aliados feriram os zuzins, provavelmente no território dos amonitas, ao leste do Jordão; local incerto

    זוּזִים


    (H2104)
    Zûwzîym (zoo-zeem')

    02104 זוזים Zuwziym

    provavelmente procedente da mesma raiz que 2123; n patr m pl Zuzins = “criaturas andarilhas”

    1. um povo antigo de origem incerta, talvez habitantes da antiga Amom ao leste do Jordão

    כְּדׇרְלָעֹמֶר


    (H3540)
    Kᵉdorlâʻômer (ked-or-law-o'-mer)

    03540 כדרלעמר K edorla ̂ omer̀

    de origem estrangeira; n pr m Quedorlaomer = “punhado de feixes”

    1. o rei de Elão derrotado por Abraão

    אֵימִים


    (H368)
    ʼÊymîym (ay-meem')

    0368 אימים ’Eymiym

    plural de 367; n pr m p Emins = “terrores”

    1. antigos habitantes de Moabe

    מֶלֶךְ


    (H4428)
    melek (meh'-lek)

    04428 מלך melek

    procedente de 4427, grego 3197 Μελχι; DITAT - 1199a; n m

    1. rei

    נָכָה


    (H5221)
    nâkâh (naw-kaw')

    05221 נכה nakah

    uma raiz primitiva; DITAT - 1364; v

    1. golpear, açoitar, atingir, bater, sacrificar, matar
      1. (Nifal) ser ferido ou golpeado
      2. (Pual) ser ferido ou golpeado
      3. (Hifil)
        1. ferir, golpear, bater, açoitar, bater palmas, aplaudir, dar um empurrão
        2. golpear, matar, sacrificar (ser humano ou animal)
        3. golpear, atacar, atacar e destruir, conquistar, subjugar, devastar
        4. golpear, castigar, emitir um julgamento sobre, punir, destruir
      4. (Hofal) ser golpeado
        1. receber uma pancada
        2. ser ferido
        3. ser batido
        4. ser (fatalmente) golpeado, ser morto, ser sacrificado
        5. ser atacado e capturado
        6. ser atingido (com doença)
        7. estar doente (referindo-se às plantas)

    עָשָׂר


    (H6240)
    ʻâsâr (aw-sawr')

    06240 עשר ̀asar

    procedente de 6235; DITAT - 1711b; n. m./f.

    1. dez (também em combinação com outros números)
      1. usado apenas em combinação para formar os números de 11 a 19

    עַשְׁתְּרֹת קַרְנַיִם


    (H6255)
    ʻAshtᵉrôth Qarnayim (ash-ter-oth' kar-nah'-yim)

    06255 עשתרת קרנים Àsht eroth Qarnayim̂

    procedente de 6252 e o dual de 7161; n. pr. loc.

    Asterote-Carnaim = “Asterote dos dois chifres ou pontas”

    1. uma cidade em Basã, ao oriente do Jordão, dada a Manassés
      1. igual a 6252

    אַרְבַּע


    (H702)
    ʼarbaʻ (ar-bah')

    0702 ארבע ’arba masculino ̀ ארבעה ’arba ah̀

    procedente de 7251; DITAT - 2106a; n, adj m, f

    1. quatro

    קִרְיָתַיִם


    (H7156)
    Qiryâthayim (keer-yaw-thah'-yim)

    07156 קריתים Qiryathayim

    dual de 7151; n. pr. l.

    Quiriataim = “duas cidades”

    1. uma cidade a leste do Jordão, em Moabe
    2. uma cidade em Naftali designada aos levitas gersonitas

    רָפָא


    (H7497)
    râphâʼ (raw-faw')

    07497 רפא rapha’ ou רפה raphah ou (plural) רפאים

    procedente de 7495 no sentido de revigorar; DITAT - 2198d; n. pr. gentílico

    1. gigantes, Refaim
      1. antiga tribo de gigantes

    שָׁוֵה


    (H7740)
    Shâvêh (shaw-vay')

    07740 שוה Shaveh

    procedente de 7737; DITAT - 2342a; n. pr. l. Savé = “planície” ou “planície nivelada”

    1. o vale onde o rei de Sodoma encontrou Abraão depois de uma batalha

    שָׁנֶה


    (H8141)
    shâneh (shaw-neh')

    08141 שנה shaneh (somente no pl.), ou (fem.) שׂנה shanah

    procedente de 8138; DITAT - 2419a; n. f.

    1. ano
      1. como divisão de tempo
      2. como medida de tempo
      3. como indicação de idade
      4. curso de uma vida (os anos de vida)

    אֲשֶׁר


    (H834)
    ʼăsher (ash-er')

    0834 אשר ’aher

    um pronome relativo primitivo (de cada gênero e número); DITAT - 184

    1. (part. relativa)
      1. o qual, a qual, os quais, as quais, quem
      2. aquilo que
    2. (conj)
      1. que (em orações objetivas)
      2. quando
      3. desde que
      4. como
      5. se (condicional)

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo

    אֵת


    (H854)
    ʼêth (ayth)

    0854 את ’eth

    provavelmente procedente de 579; DITAT - 187; prep

    1. com, próximo a, junto com
      1. com, junto com
      2. com (referindo-se a relacionamento)
      3. próximo (referindo-se a lugar)
      4. com (poss.)
      5. de...com, de (com outra prep)

    בֹּוא


    (H935)
    bôwʼ (bo)

    0935 בוא bow’

    uma raiz primitiva; DITAT - 212; v

    1. ir para dentro, entrar, chegar, ir, vir para dentro
      1. (Qal)
        1. entrar, vir para dentro
        2. vir
          1. vir com
          2. vir sobre, cair sobre, atacar (inimigo)
          3. suceder
        3. alcançar
        4. ser enumerado
        5. ir
      2. (Hifil)
        1. guiar
        2. carregar
        3. trazer, fazer vir, juntar, causar vir, aproximar, trazer contra, trazer sobre
        4. fazer suceder
      3. (Hofal)
        1. ser trazido, trazido para dentro
        2. ser introduzido, ser colocado