Enciclopédia de Gênesis 22:19-19

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

gn 22: 19

Versão Versículo
ARA Então, voltou Abraão aos seus servos, e, juntos, foram para Berseba, onde fixou residência.
ARC Então Abraão tornou aos seus moços, e levantaram-se, e foram juntos para Berseba; e Abraão habitou em Berseba.
TB Então, voltou Abraão a seus moços, eles se levantaram e foram juntos a Berseba. Abraão habitou em Berseba.
HSB וַיָּ֤שָׁב אַבְרָהָם֙ אֶל־ נְעָרָ֔יו וַיָּקֻ֛מוּ וַיֵּלְכ֥וּ יַחְדָּ֖ו אֶל־ בְּאֵ֣ר שָׁ֑בַע וַיֵּ֥שֶׁב אַבְרָהָ֖ם בִּבְאֵ֥ר שָֽׁבַע׃ פ
BKJ Então Abraão voltou aos seus servos, e eles se levantaram e foram juntos a Berseba; e Abraão habitou em Berseba.
LTT Então Abraão tornou aos seus moços, e levantaram-se, e foram juntos para Berseba; e Abraão habitou em Berseba.
BJ2 Abraão voltou aos seus servos e juntos puseram-se a caminho para Bersabéia. Abraão residiu em Bersabéia.
VULG Reversus est Abraham ad pueros suos, abieruntque Bersabee simul, et habitavit ibi.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Gênesis 22:19

Gênesis 21:31 Por isso, se chamou aquele lugar Berseba, porquanto ambos juraram ali.
Josué 15:28 e Hasar-Sual, e Berseba, e Biziotiá,
Juízes 20:1 Então, todos os filhos de Israel saíram, e a congregação se ajuntou, como se fora um só homem, desde Dã até Berseba, como também a terra de Gileade, ao Senhor, em Mispa.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

GEOLOGIA DA PALESTINA

GEOLOGIA
Pelas formações rochosas que afloram basicamente na área que fica ao sul do mar Morto, no leste do Sinai, nos muros da Arabá e nos cânions escavados pelos rios da Transjordânia e também a partir de rochas encontradas nos modernos trabalhos de perfuração, é possível reconstruir, em linhas gerais, a história geológica da terra. Esses indícios sugerem a existência de extensa atividade, de enormes proporções e complexidade, demais complicada para permitir um exame completo aqui. Apesar disso, como a narrativa da maneira como Deus preparou essa terra para seu povo está intimamente ligada à criação de montes e vales (Dt 8:7-11.11; SI 65.6; 90.2; cp. Ap 6:14), segue um esboço resumido e simplificado dos processos que, ao que parece, levaram à formação desse cenário.


Toda essa região fica ao longo da borda fragmentada de uma antiga massa de terra sobre a qual repousam, hoje, a Arábia e o nordeste da África. Sucessivas camadas de formações de arenito foram depositadas em cima de uma plataforma de rochas ígneas (vulcânicas), que sofreram transformações - granito, pórfiro, diorito e outras tais. Ao que parece, as áreas no sul e no leste dessa terra foram expostas a essa deposição por períodos mais longos e mais frequentes. Na Transjordânia, as formações de arenito medem uns mil metros, ao passo que, no norte e na Cisjordânia, elas são bem mais finas. Mais tarde, durante aquilo que os geólogos chamam de "grande transgressão cretácea", toda a região foi gradual e repetidamente submersa na água de um oceano, do qual o atual mar Mediterrâneo é apenas resquício. Na verdade, " grande transgressão" foi uma série de transgressões recorrentes, provocadas por lentos movimentos na superfície da terra. Esse evento levou à sedimentação de muitas variedades de formação calcária. Um dos resultados disso, na Cisjordânia, foi a exposição da maior parte das rochas atualmente, incluindo os depósitos cenomaniano, turoniano, senoniano e eoceno.
Como regra geral, depósitos cenomanianos são os mais duros, porque contêm as concentrações mais elevadas de sílica e de cálcio. Por isso, são mais resistentes à erosão (e, desse modo, permanecem nas elevações mais altas), mas se desfazem em solos erosivos de qualidade superior (e.g., terra-roxa). São mais impermeáveis, o que os torna um componente básico de fontes e cisternas e são mais úteis em construções. Ao contrário, os depósitos senonianos são os mais macios e, por isso, sofrem erosão comparativamente rápida. Desfazem-se em solos de constituição química mais pobre e são encontrados em elevacões mais baixas e mais planas. Formações eocenas são mais calcárias e misturadas com camadas escuras e duras de pederneira, às vezes entremeadas com uma camada bem fina de quartzo de sílica quase pura. No entanto, nos lugares onde eles contêm um elevado teor de cálcio, como acontece na Sefelá, calcários eocenos se desintegram e formam solos aluvianos marrons. Em teoria, o aluvião marrom é menos rico do que a terra-roxa, porém favorece uma gama maior de plantações e árvores, é mais fácil de arar, é menos afetado por encharcamento e, assim, tem depósitos mais profundos e com textura mais acentuada.
Em resumo, de formações cenomanianas (e também turonianas) surgem montanhas, às vezes elevadas e escarpadas, atraentes para pedreiros e para pessoas que querem morar em cidades mais seguras. Formações eocenas podem sofrer erosão de modo a formar planícies férteis, tornando-as desejáveis a agricultores e a vinhateiros, e depósitos senonianos se desfazem em vales planos, que os viajantes apreciam. Uma comparação entre os mapas mostra o grande número de estreitas valas senonianas que serviram de estradas no Levante (e.g., do oeste do lago Hula para o mar da Galileia; a subida de Bete-Horom; os desfiladeiros do Jocneão, Megido e Taanaque no monte Carmelo; o fosso que separa a Sefelá da cadeia central; e o valo diagonal de Siquém para Bete-Sea). O último ato do grande drama cretáceo incluiu a criação de um grande lago, denominado Lisan. Ele inundou, no vale do Jordão, uma área cuja altitude é inferior a 198 metros abaixo do nível do mar - a área que vai da extremidade norte do mar da Galileia até um ponto mais ou menos 40 quilômetros ao sul do atual mar Morto. Formado durante um período pluvial em que havia precipitação extremamente pesada e demorada, esse lago salobro foi responsável por depositar até 150 metros de estratos sedimentares encontrados no terreno coberto por ele.
Durante a mesma época, cursos d'água também escavaram, na Transjordânia, desfiladeiros profundos e espetaculares. À medida que as chuvas foram gradualmente diminuindo e a evaporação fez baixar o nível do lago Lisan, pouco a pouco foram sendo expostas nele milhares de camadas de marga, todas elas bem finas e carregadas de sal. Misturados ora com gesso ora com calcita negra, esses estratos finos como papel são hoje em dia a característica predominante do rifte do sul e da parte norte da Arabá. Esse período pluvial também depositou uma grande quantidade de xisto na planície Costeira e criou as dunas de Kurkar, que se alinham com a costa mediterrânea. Depósitos mais recentes incluem camadas de aluvião arenoso (resultante da erosão pela água) e de loesse (da erosão pelo vento), características comuns da planície Costeira nos dias atuais.

A Geologia da Palestina
A Geologia da Palestina

CIDADES DO MUNDO BÍBLICO

FATORES QUE INFLUENCIARAM A LOCALIZAÇÃO
Várias condições geográficas influenciaram a localização de assentamentos urbanos no mundo bíblico. Em termos gerais, nesse aspecto, eram cinco os principais fatores que podiam ser determinantes:


(1) acesso à água;
(2) disponibilidade de recursos naturais;
(3) topografia da região;
(4) topografia do lugar;
(5) linhas naturais de comunicação. Esses fatores não eram mutuamente excludentes, de sorte que às vezes era possível que mais de um influenciasse na escolha do lugar exato de uma cidade específica.


O mais importante desses fatores era a ponderação sobre o acesso à água, em especial antes da introdução de aquedutos, sifões e reservatórios. Embora seja correto afirmar que a água era um aspecto central de todos os assentamentos num ambiente normalmente árido, parece que a localização de algumas cidades dependeu exclusivamente disso. Dois exemplos são: Damasco (situada no sopé oriental dos montes Antilíbano, num vasto oásis alimentado pelos caudalosos rios Abana e Farfar (2Rs 5:12) e Tadmor (localizada num oásis luxuriante e fértil no meio do deserto Oriental). Devido à disponibilidade de água doce nesses lugares, aí foram encontrados assentamentos bem anteriores à aurora da história bíblica, e esses dois estão entre alguns dos assentamentos mais antigos ocupados ininterruptamente no mundo bíblico. Outras cidades foram estabelecidas de modo a estarem bem perto de recursos naturais. A localização de Jericó, um dos assentamentos mais velhos da antiga Canaã, é uma excelente ilustração. A Jericó do Antigo Testamento foi construída ao lado de uma fonte excepcionalmente grande, mas também é provável que a cidade tenha sido estabelecida ali porque aquela fonte ficava perto do mar Morto e de seus recursos de betume. O betume era um produto primário de grande valor, com inúmeros usos. Na Antiguidade remota, o mar Morto era uma das poucas fontes conhecidas desse produto, de sorte que o betume dali era recolhido e transportado por todo o Egito e boa parte do Crescente Fértil. Como consequência, uma motivação econômica inicialmente levou à região uma colônia de operários e logo resultou na fundação de uma povoação nas proximidades. De modo análogo, a localização da antiga cidade de Sardes, situada próxima da base do monte Tmolo e junto do ribeiro Pactolo, foi com certeza determinada pela descoberta de ouro naquele lugar, o que criou sua renomada riqueza.
Sabe-se de moedas feitas com uma liga de ouro e prata que foram cunhadas em Sardes já no sétimo século a.C.
A localização de algumas cidades se deveu à topografia da região. Já vimos como a posição de Megido foi determinada para controlar um cruzamento de estradas num desfiladeiro na serra do monte Carmelo. Da mesma maneira, a cidade de Bete-Horom foi posicionada para controlar a principal via de acesso para quem vai do oeste para o interior das montanhas de Judá e Jerusalém. A topografia regional também explica a posição de Corinto, cidade portuária de localizacão estratégica que se estendeu desordenadamente no estreito istmo de 5,5 quilômetros de terra que separa o mar Egeu do mar Adriático e forma a única ligação entre a Grécia continental e a península do Peloponeso.
Outras cidades estavam situadas de acordo com o princípio de topografia local. Com exceção do lado norte, em todos os lados Jerusalém estava rodeada por vales profundos com escarpas superiores a 60 metros. Massada era uma mesa elevada e isolada, cercada por penhascos rochosos e escarpados de mais de 180 metros de altura em alguns lugares.
A cidade de Samaria estava em cima de uma colina isolada de 90 metros de altura e cercada por dois vales com encostas íngremes. Como consequência da topografia local, essas cidades comumente resistiam melhor a ataques ou então eram conquistadas só depois de um longo período de cerco. Por fim, linhas naturais de comunicação podem ter determinado a localização de alguns assentamentos urbanos. Uma ilustracão clássica desse critério é Hazor - uma plataforma bastante fortificada, uma capital de província (Is 11:10) e um tell de 0,8 quilômetros quadrados que era um dos maiores de Canaã. A localização da cidade foi ditada pela posição e trajeto da Grande Estrada Principal. Durante toda a Antiguidade, Hazor serviu de porta de entrada para a Palestina e pontos mais ao sul, e com frequência textos seculares se referem a ela associando-a ao comércio e ao transporte. Da mesma forma, é muito provável que linhas de comunicação tenham sido o fator determinante na escolha do lugar onde as cidades de Gaza e Rabá/Ama vieram a ser estabelecidas.
Também é muito improvável que várias cidades menores iunto à via Inácia, a oeste de Pela (Heracleia, Lychnidos e Clodiana), tivessem se desenvolvido não fosse a existência e a localização dessa artéria de grande importância. E existem localidades ao longo da Estrada Real da Pérsia (tais como Ciyarbekir e Ptéria) cuja proeminência, se não a própria existência, deve-se à localizacão daquela antiga estrada. Como os fatores que determinavam sua localização permaneciam bem constantes. no mundo bíblico cidades tanto pequenas quanto grandes experimentavam, em geral, um grau surpreendente de continuidade de povoação. Mesmo quando um local era destruído ou abandonado por um longo período, ocupantes posteriores eram quase sempre atraídos pelo(s) mesmo(s) fator(es) que havia(m) sido determinante(s) na escolha inicial do lugar. Os colonos subsequentes tinham a satisfação de poder usar baluartes de tijolos cozidos, segmentos de muros ainda de pé, pisos de terra batida, fortificações, silos de armazenagem e poços. À medida que assentamentos sucessivos surgiam e caíam, e com frequência as cidades eram muitas vezes construídas literalmente umas em cima das outras, a colina plataforma (tell) em cima da qual se assentavam (Js 11:13; Jr 30:18-49.
2) ia ficando cada vez mais alta, com encostas mais íngremes em seu perímetro, o que tornava o local gradativamente mais defensável. Quando esse padrão se repetia com frequência, como é o caso de Laquis, Megido, Hazor e Bete-Sea, o entulho de ocupação podia alcançar 20 a 30 metros de altura.

A CORRETA IDENTIFICAÇÃO DE CIDADES ANTIGAS
Isso leva à questão da identificação de locais, o que é crucial para os objetivos de um atlas bíblico. A continuidade de ocupação é útil, mas a identificação segura de lugares bíblicos não é possível em todos os casos devido a dados documentais insuficientes e/ou a um conhecimento limitado da geografia. Muitos nomes não foram preservados e, mesmo quando um topônimo sobreviveu ou, em tempos modernos, foi ressuscitado e aplicado a determinado local, tentativas de identificação podem estar repletas de problemas. Existem casos em que um nome específico experimentou mudança de local. A Jericó do Antigo Testamento não ficava no mesmo lugar da Jericó do Novo Testamento, e nenhum dos dois. lugares corresponde à moderna Jericó. Sabe-se que mudanças semelhantes ocorreram com Siquém, Arade, Berseba, Bete-Sea, Bete-Semes, Tiberíades etc. Mudanças de nomes também acontecem de uma cultura para outra ou de um período para outro. A Rabá do Antigo Testamento se tornou a Filadélfia do Novo Testamento, que, por sua vez, transformou-se na moderna Amã. A Aco do Antigo Testamento se tornou a Ptolemaida do Novo Testamento, que, por sua vez, tornou-se a Acre dos cruzados.
A Siquém do Antigo Testamento se tornou a Neápolis do Novo Testamento, a qual passou a ser a moderna Nablus. E em alguns casos uma mudança de nome aconteceu dentro de um Testamento (e.g., Luz/Betel, Quiriate-Arba/Hebrom, Quiriate-Sefer/Debir e Laís/Dá). Frequentemente a análise desses casos exige uma familiaridade bastante grande com a sucessão cultural e as inter-relações linguísticas entre várias épocas da história da Palestina. Mesmo assim, muitas vezes a identificação do lugar continua difícil. Existe também o problema de homonímia: mais de um lugar pode ter o mesmo nome. As Escrituras falam de Afeque ("fortaleza") 143 no Líbano (Js 13:4), na planície de Sarom (1Sm 4:1), na Galileia (Js 19:30) e em Gola (1Rs 20:26-30). I Existe Socó ("lugar espinhoso") 45 na Sefelá (1Sm 17:1), em Judá (Is 15:48) e na planície de Sarom (1Rs 4:10). 16 Conforme ilustrado aqui, normalmente a homonímia acontece devido ao fato de os nomes dos lugares serem de sentido genérico: Hazor significa "terreno cercado", Belém significa "celeiro", Migdal significa "torre", Abel significa "campina", Gibeá significa "colina'", Cades significa "santuário cultual", Aim significa "fonte", Mispá significa "torre de vigia", Rimom significa "romã/ romázeira" e Carmelo significa "vinha de Deus". Por isso não é surpresa que, na Bíblia, mais de um lugar seja associado com cada um desses nomes. Saber exatamente quando postular outro caso de homonímia sempre pode ser problemático na criação de um atlas bíblico. Outra dimensão da mesma questão complexa acontece quando um mesmo nome pode ser aplicado alternadamente a uma cidade e a uma província ou território ao redor, como no caso de Samaria (1Rs 16:24, mas 1Rs 13:32), Jezreel (1Rs 18:45-46, mas Js 17:16), Damasco (Gn 14:15, mas Ez 27:18) ou Tiro (1Rs 7:13, mas 2Sm 24:7).
A despeito dessas dificuldades, em geral três considerações pautam a identificação científica de lugares bíblicos: atestação arqueológica, tradição ininterrupta e análise literária/ topográfica."7 A primeira delas, que é a mais direta e conclusiva, identifica determinada cidade por meio de uma inscrição desenterrada no lugar. Embora vários exemplos desse tipo ocorram na Síria-Mesopotâmia, são relativamente escassos na Palestina. Documentação assim foi encontrada nas cidades de Gezer, Arade, Bete-Sea, Hazor, Ecrom, Laquis, Taanaque, Gibeão, Dá e Mefaate.


Lamentavelmente a maioria dos topônimos não pode ser identificada mediante provas epigráficas, de modo que é necessário recorrer a uma das outras duas considerações. E possivel utilizar a primeira delas, a saber, a sobrevivência do nome, quando, do ponto de vista léxico, o nome permaneceu o mesmo e nunca se perdeu a identidade do local. Esse critério é suficientemente conclusivo, embora se aplique a bem poucos casos: Jerusalém, Hebrom, Belém e Nazaré. Muitos lugares modernos com nomes bíblicos são incapazes de oferecer esse tipo de apoio de tradição ininterrupta. Como consequência, tendo em vista as mudanças de nome e de lugar, isso suscita a questão óbvia - que continua sendo debatida em vários contextos - de até que ponto essas associações são de fato válidas. Aparentemente essas transferências não aconteceram de forma aleatória e impensada. Mudanças de localização parecem estar confinadas a um raio pequeno. Por exemplo, a Jericó do Antigo Testamento, a Jericó do Novo Testamento e a moderna Jericó estão todas dentro de uma área de apenas 8 quilômetros, e em geral o mesmo se aplica a outras mudanças de localização.
Ocasionalmente, quando acontece uma mudança de nome, o nome original do lugar é preservado num aspecto geográfico das proximidades. O nome Bete-Semes (T. er-Rumeilah) se reflete numa fonte contígua (Ain Shems); da mesma forma, Yabis, o nome moderno do uádi, é provavelmente uma forma que reflete o nome do local bíblico de Jabes(-Gileade], ao lado do qual ficava, na Antiguidade. Quando os dados arqueológicos proporcionam provas irrefutáveis do nome bíblico de um local, é bem comum que aquele nome se reflita em seu nome moderno. Por exemplo, a Gibeão da Bíblia é hoje em dia conhecida pelo nome de el-Jib; o nome Taanaque, que aparece na Bíblia, reflete-se em seu nome moderno de T. Tilinnik; a Gezer bíblica tem o nome refletido no nome moderno T. Jezer. Conquanto a associação de nomes implique alguns riscos, com frequência pode propiciar uma identificação altamente provável.
Um terceiro critério usado na identificação de lugares consiste em análise literária e topográfica. Textos bíblicos frequentemente oferecem uma pista razoavelmente confiável quanto à localização aproximada de determinado lugar. Um exemplo é a localização da Ecrom bíblica, uma das principais cidades da planície filisteia. As Escrituras situam Ecrom junto à fronteira norte da herança de Judá, entre Timna e Siquerom (Is 15:11), embora, na verdade, o local tenha sido designado para a tribo de Da (Is 19:43). Nesse aspecto, a sequência das cidades neste último texto é significativa: Ecrom está situada entre as cidades da Sefelá (Zorá, Estaol, Bete-Semes e Aijalom) e outras situadas nas vizinhanças de Jope, no litoral (Bene-Beraque e Gate-Rimom), o que fortalece a suposição de que se deve procurar Ecrom perto da fronteira ocidental da Sefelá (Js 19:41-42,45). Além do mais, Ecrom era a cidade mais ao norte dentro da área controlada pelos filisteus (Js 13:3) e era fortificada (1Sm 6:17-18). Por fim, Ecrom estava ligada, por uma estrada, diretamente a Bete-Semes e, ao que se presume, separada desta última por uma distância de um dia de viagem ou menos (1Sm 6:12-16). Desse modo, mesmo sem o testemunho posterior de registros neoassírios,149 Ecrom foi procurada na moderna T. Migne, um tell situado onde a planície Filisteia e a Sefelá se encontram, na extremidade do vale de Soreque, no lado oposto a Bete-Semes.
Ali, a descoberta de uma inscrição que menciona o nome do lugar bíblico confirmou a identificação.150 Contudo, existem ocasiões em que a Bíblia não fornece dados suficientes para identificar um lugar. Nesses casos, o geógrafo histórico tem de recorrer a uma análise de fontes literárias extrabíblicas, do antigo Egito, Mesopotâmia, Síria ou Ásia Menor. Alternativamente, a identificação de lugares é com frequência reforçada por comentários encontrados em várias fontes:


De qualquer maneira, mesmo quando todas essas exigências são atendidas, não se deve apresentar como definitiva a identificação de lugares feita apenas com base em análise topográfica. Tais identificações só devem ser aceitas tendo-se em mente que são resultado de uma avaliação probabilística.

Principais cidades da Palestina
Principais cidades da Palestina
Principais cidades da Palestina
Principais cidades da Palestina
Principais sítios arqueológicos no mundo bíblico
Principais sítios arqueológicos no mundo bíblico
Principais sítios arqueológicos da Palestina
Principais sítios arqueológicos da Palestina

ESTRADAS E TRANSPORTE NO MUNDO BÍBLICO

UMA QUESTÃO DE RECONSTRUÇÃO
Uma questão legítima que poderá ser levantada é sobre a possibilidade de se chegar a uma ideia relativamente confiável dos sistemas de transportes existentes desde os tempos bíblicos mais antigos. Antes do período romano, praticamente se desconhece a existência de até mesmo um pequeno trecho de um caminho ou estrada pavimentado ligando cidades antigas. E não há atestação de que, antes desse período, tenham existido quaisquer mapas de estradas no Crescente Fértil. No entanto, apesar das questões extremamente variadas e complexas que precisam ser levadas em conta quando se aborda esse assunto de forma abrangente, estudiosos que têm procurado delinear estradas antigas tendem a seguir uma combinação de quatro tipos de indícios: (1) determinismo geográfico; (2) documentação escrita; (3) testemunho arqueológico; (4) marcos miliários romanos. Determinismo geográfico se refere aos fatores fisiográficos e/ou hidrológicos em grande parte imutáveis existentes no antigo mundo bíblico e que determinavam as rotas seguidas por caravanas, migrantes ou exércitos. Esses caminhos permaneceram relativamente inalterados durante longos períodos (exceto onde a geopolítica os impedia ou em casos isolados de circulação ilegal). Parece que, em geral, as regiões de baixada ou planície ofereciam menores obstáculos ao movimento humano e maior oportunidade para o desenvolvimento de redes de transporte ou movimentação de tropas. Em contraste, cânions profundos, cavados por rios que às vezes se transformavam em corredeiras, eram um obstáculo a ser evitado em viagens. Caso fossem inevitáveis, deviam ser atravessados a vau em lugares que oferecessem dificuldade mínima. As barreiras representadas por pântanos infestados de doenças, a esterilidade e o calor escaldante de zonas desérticas e as áreas estéreis de lava endurecida eram obstáculos descomunais, a serem evitados a qualquer custo.
Encostas de montanhas com florestas densas, muitas vezes com desfiladeiros sinuosos, eram regularmente cruzados em canais, por mais estreitos ou perigosos que eles fossem. Por sua vez, os trechos em que as serras podiam ser percorridas por grandes distâncias sem a interrupção de desfiladeiros ou vales tendiam a ser usados em viagens durante todos os períodos. A necessidade de se deslocar de uma fonte de água doce abundante a outra foi, durante todas as eras, um pré-requísito para viagens. De maneira que, muito embora não disponhamos de um mapa antigo do mundo bíblico, ainda assim é possível inferir logicamente e com alto grau de probabilidade a localização das principais estradas, em especial quando o princípio do determinismo geográfico pode ser suplementado por outros tipos de indício.
A documentação escrita ajuda com frequência a delinear uma estrada com maior precisão. Esse tipo de indício pode estar na Bíblia, em fontes extrabíblicas antigas, escritores clássicos, antigos itinerários de viagem, geógrafos medievais ou viajantes pioneiros mais recentes. Algumas fontes escritas buscam fazer um levantamento de uma área de terra ou traçar um itinerário e, para isso, empregam tanto medidas de distância quanto direções; citam a distância entre dois ou mais pontos conhecidos de uma forma que pode ser reconstruída apenas mediante a pressuposição de uma rota específica entre esses pontos. Às vezes, essas fontes podem descrever uma rota em termos do tipo de terreno no meio do caminho (ao longo de uma determinada margem de um rio; perto de um cânion, vau, poco de betume ou oásis; ao lado de um determinado canal, ilha ou montanha etc.) ou um ponto de interesse situado ao longo do caminho e digno de menção. Cidades ao longo de uma rota podem ser descritas como parte de um distrito em particular ou como contíguas a uma determinada província, partilhando pastagens comuns, enviando mensagens por meio de sinais de fogo ou ficando simultaneamente sob o controle de certo rei. Distâncias aproximadas entre cidades, junto com uma rota presumida, podem ser inferidas a partir de textos que falam de um rei ou de um mensageiro que toma sua ração diária no ponto A no primeiro dia, no ponto B no dia seguinte, no ponto C no terceiro dia e assim por diante. Um exército ou caravana pode receber certo número de rações diárias a fim de percorrer um determinado trajeto, ou o texto pode dizer que uma viagem específica levou determinado número de dias para terminar.

No conjunto, fontes textuais não foram escritas com o propósito de ajudar alguém a delinear com absoluta certeza o trajeto de estradas. São fontes que tratam de assuntos extremamente diversos. Os detalhes geográficos oferecidos são muitos, variados e às vezes incorretos. Elas não oferecem o mesmo grau de detalhamento para todas as regiões dentro do mundo bíblico. Mesmo assim, seu valor cumulativo é fundamental, pois, com frequência, dão detalhes precisos que permitem deduzir com bastante plausibilidade o curso de uma estrada ou oferecem nuanças que podem ser usadas com proveito quando combinadas com outros tipos de indícios. Além do determinismo geográfico e da documentação escrita, o testemunho arqueológico pode ajudar a determinar o curso de antigas estradas. Identificar uma cidade antiga mediante a descoberta de seu nome em dados arqueológicos escavados no lugar ajuda a esclarecer textos que mencionam o local e proporciona um ponto geográfico fixo. Porque Laís/Da (T. el-Qadi) foi identificada positivamente a partir de uma inscrição encontrada em escavações no local, uma especificidade maior foi automaticamente dada a viagens como as empreendidas por Abraão (Gn
14) ou Ben-Hadade (1Rs 15:2Cr 16). Mesmo nas vezes em que o nome de uma cidade antiga permanece desconhecido, é útil quando vestígios arqueológicos revelam o tipo de ocupação que pode ter havido no lugar. Por exemplo, um palácio desenterrado permite a inferência de que ali existiu a capital de um reino ou província, ao passo que um local pequeno, mas muito fortificado, pode indicar um posto militar ou uma cidade-fortaleza. Quando se consegue discernir uma sequência de lugares semelhantes, tal como a série de fortalezas egípcias da época do Reino Novo descobertas no sudoeste de Gaza, é possível traçar o provável curso de uma estrada na região. Numa escala maior, a arqueologia pode revelar padrões de ocupação durante períodos específicos. Por exemplo, na 1dade do Bronze Médio, muitos sítios em Canaã parecem ter ficado junto a vias de transporte consolidadas, ao passo que, aparentemente, isso não aconteceu com povoados da Idade do Bronze Inicial. Da mesma forma, um ajuntamento de povoados da Idade do Bronze Médio alinhou-se ao longo das margens do Alto Habur, na Síria, ao passo que não se tem conhecimento de um agrupamento assim nem imediatamente antes nem depois dessa era.
Esse tipo de informação é útil caso seja possível ligar esses padrões de ocupação às causas para ter havido movimentos humanos na área. De forma que, se for possível atribuir a migrações a existência desses sítios da Idade do Bronze Médio, e os locais de migração são conhecidos, os dados arqueológicos permitem pressupor certas rotas que tinham condições de oferecer pastagens para animais domesticados e alimentos para os migrantes, ao mesmo tempo que praticamente eliminam outras rotas. É claro que havia muitos fatores climatológicos e sociológicos que levavam a migrações na Antiguidade, mas o fato é que, enquanto viajavam, pessoas e animais tinham de se alimentar com aquilo que a terra disponibilizava.
Às vezes a arqueologia permite ligar o movimento de pessoas ao comércio. A arqueologia pode recuperar obietos estranhos ao local onde foram encontrados (escaravelhos egípcios, sinetes cilíndricos mesopotâmicos etc.) ou descobrir produtos primários não nativos do Crescente Fértil (estanho, âmbar, cravo, seda, canela etc.). Para deduzir o percurso de estradas, seria então necessário levar em conta o lugar de onde procedem esses objetos ou produtos primários, a época em que foram comercializados e a localização de mercados e pontos intermediários de armazenagem. Onde houve tal comércio, durante um longo período (por exemplo, a rota báltica do âmbar vindo da Europa, a rota da seda proveniente do sudeste asiático ou a rota de especiarias do oeste da Arábia Saudita), é possível determinar rotas de produtos primários razoavelmente estabelecidas. Com frequência essa informação arqueológica pode ser ligeiramente alterada por documentos escritos, como no caso de textos que tratam do itinerário de estanho e indicam claramente os locais de parada nesse itinerário através do Crescente Fértil, durante a Idade do Bronze Médio.
Outra possibilidade é, por meio da arqueologia, ligar a uma invasão militar movimentos humanos para novos lugares. Isso pode ocorrer talvez com a descoberta de uma grande estela comemorativa de vitória ou de uma camada de destruição que pode ser sincronizada com uma antemuralha de tijolos cozidos, construída encostada no lado externo do muro de uma cidade. As exigências da estratégia militar, a manutenção das tropas e a obtenção de suprimentos eram de tal monta que algumas regiões seriam quase invulneráveis a qualquer exército. Em tempos recentes, estudiosos que buscam delinear vias e estradas antigas passaram a se beneficiar da possibilidade de complementar seus achados arqueológicos com fotografias aéreas e imagens de satélite, podendo assim detectar vestígios ou até mesmo pequenos trechos de estradas que não foram totalmente apagados. Um quarto tipo de indício usado na identificacão de estradas antigas são os marcos miliários romanos, embora erigir marcos ao longo das estradas antedate ao período romano (Jr 31:21).153 Até hoie iá foram encontrados entre 450 e 500 marcos miliários romanos no Israel moderno. e quase 1.000 foram descobertos pela Ásia Menor 154 No Israel moderno, existem marcos miliários construídos já em 69 d.C.; no Líbano moderno, conhecem-se exemplares de uma data tão remota como 56 d.C. Por sua vez, marcos miliários da Ásia Menor tendem a ser datados de um período romano posterior, e não parece que a maioria das estradas dali tenha sido pavimentada antes da "dinastia flaviana", que comecou com Vespasiano em 69 d.C. - uma dura realidade que é bom levar em conta quando se consideram as dificuldades de viagem pela Ásia Menor durante a época do apóstolo Paulo.
Em geral, esses marcos miliários assinalam exatamente a localizacão de estradas romanas, que frequentemente seguiam o curso de estradas muito mais antigas. A localização e as inscricões dos marcos miliários podem fornecer provas de que certas cidades eram interligadas na mesma sequência registrada em textos mais antigos. Por exemplo, cerca de 25 marcos miliários localizados junto a 20 diferentes paradas foram descobertos ao longo de um trecho de uma estrada litorânea romana entre Antioquia da Síria e a Ptolemaida do Novo Testamento. Tendo em conta que algumas das mesmos cidades localizadas ao longo daquela estrada foram do acordo com textos assírios, visitadas pelo rei Salmaneser II 20 voltar de sua campanha militar em Istael (841 a.C.)
, os marcos miliários indicam a provável estrada usada pelo monarca assírio. Nesse caso, essa inferência s explicitamente confirmada pela descoberta do monumento a vitória de Salmaneser, esculpido num penhasco junto a co do rio Dos, logo ao sul da cidade libanesa de Biblos. De modo semelhante, esses mesmos marcos miliários permitem determinar as fases iniciais da famosa terceira campanha militar de Senaqueribe (701 a.C.), em que o monarca assírio se gaba de que "trancou Ezequias em ¡erusalém como a um pássaro numa gaiola". Igualmente, esses marcos de pedra permitem delinear o trajeto que Ramsés II, Ticlate-Pileser III, Esar-Hadom, Alexandre, o Grande, Cambises II, Céstio Galo, Vespasiano e o Peregrino de Bordéus percorreram em Canaã.

DIFICULDADES DE VIAGEM NA ANTIGUIDADE
Os norte-americanos, acostumados a um sistema de estradas interestaduais, ou os europeus, que percorrem velozmente suas autoestradas, talvez achem difícil entender a noção de viagem na Bíblia. Hoje, as viagens implicam uma "Jura realidade", com bancos estofados em couro, suspensão de braço duplo, revestimento de nogueira no interior do automóvel e sistemas de som e de controle de temperatura.
Uma vasta gama de facilidades e serviços está prontamente acessível a distâncias razoáveis. A maioria das estradas de longa distância tem asfalto de boa qualidade, boa iluminação, sinalização clara e patrulhamento constante. Centenas de cavalos de forca nos transportam com conforto e velocidade. Quando paramos de noite, podemos, com bastante facilidade, conseguir um quarto privativo com cama, TV a cabo, servico de internet. banheiro privativo com água quente e fria e outras facilidades. Em poucos instantes, podemos encontrar um grande número de restaurantes e lanchonetes, com variados alimentos que iá estarão preparados para nós. Podemos levar conosco música e leitura prediletas, fotografias de parentes, cartões de crédito e mudas de roupa limpa. Podemos nos comunicar quase que instantaneamente com os amigos que ficaram - temos ao nosso dispor fax, SMS, e-mail e telefone. E não prestamos muita atenção ao perigo de doenças transmissíveis ou à falta de acesso a medicamentos.
Como as viagens eram profundamente diferentes na época da Bíblia! Na Antiguidade, às vezes até as principais estradas internacionais não passavam de meros caminhos sinuosos que, depois das chuvas de inverno. ficavam obstruídos pelo barro ou não passavam de um lodacal e. durante os muitos meses de calor abafado e escaldante, ficavam repletos de buracos.
Em certos pontos daquelas estradas, os viajantes precisavam atravessar terreno difícil, quase intransponível. Quem viajava podia ter de enfrentar os riscos de falta de água, clima pouco seguro, animais selvagens ou bandoleiros.
Tais dificuldades e perigos ajudam a explicar por que, na Antiguidade, a maior parte das viagens internacionais acontecia em caravanas Viaiar em grupo oferecia alguma protecão contra intempéries e agentes estrangeiros. Um considerável volume de dados provenientes da Mesopotâmia e da Ásia Menor indica que, em geral, as caravanas eram grandes e quase sempre escoltadas por guardas de segurança armados para essa tarefa. Exigia-se que os caravanistas permanecessem estritamente na rota predeterminada. Não era incomum caravanas incluírem até 100 ou 200 jumentos, alguns carregando produtos preciosíssimos (cp. Gn 37:25; Jz 5:6-7; 1Rs 10:2; J6 6:18-20; Is 21:13-30.6; Lc 2:41-45). 156 Caravanas particulares são atestadas raras vezes na Antiguidade.
Viajantes ricos tinham condições de comprar escravos para servirem de guardas armados (Gn 14:14-15), mas pessoas mais pobres andavam em grupos ou então se incorporavam a um grupo governamental ou comercial, que se dirigia a um destino específico. Os dados também mostram que muitas viagens aconteciam sob a proteção da escuridão: viajar à noite livrava do calor sufocante do sol do meio-dia e diminuía a probabilidade de ser detectado por salteadores e bandoleiros.
Aliás, pode ser que a viagem à noite tenha contribuído diretamente para a ampla difusão do culto à Lua, a forma mais comum de religião em todo o Crescente Fértil.
Outro fator a se considerar sobre viagens por terra durante o período bíblico é a distância limitada que era possível percorrer num dia. Na realidade, as distâncias podiam variar devido a uma série de fatores: diferentes tipos de terreno, número e tipo de pessoas num determinado grupo de viajantes, tipo de equipamento transportado e alternância das estações do ano. Em função disso, o mundo antigo tinha conhecimento de distâncias excepcionais cobertas num único dia. Heródoto fez uma afirmação famosa sobre mensageiros viajando a grande velocidade pela Estrada Real da Pérsia Tibério percorreu a cavalo cerca de 800 quilômetros em 72 horas, para estar junto ao leito de seu irmão Druso, que estava prestes a morrer. 58 E alguns textos antigos contam que, durante o período romano, correios do império chegavam a percorrer, em média, quase 160 quilômetros por dia. Mas essas foram excecões raras no mundo bíblico e devem ser assim reconhecidas.
Os dados são, em geral, uniformes, corroborando que, no mundo bíblico, a iornada de um dia correspondia a uma distância de 27 a 37 quilômetros, com médias ligeiramente mais altas quando se viajava de barco rio abaixo. 16 Médias diárias semelhantes continuaram sendo, mais tarde, a norma em itinerários dos períodos clássico, árabe e medieval, do Egito até a Turquia e mesmo até o Irá. Mesmo cem anos atrás, relatos de alguns itinerários e viagens documentam médias diárias semelhantemente baixas. Vários episódios da Bíblia descrevem o mesmo deslocamento limitado em viagens:


Por outro lado, caso tivessem seguido o trajeto mais longo, acompanhando o rio Eufrates até Imar e, dali, prosseguido pela Grande Estrada Principal adiante de Damasco (a rota normal), teriam conseguido uma média diária mais típica. Distâncias diárias semelhantes também são válidas para o Novo Testamento. 163 Em certa ocasião, Pedro viajou 65 quilômetros de Jope a Cesareia e chegou no segundo dia ao destino (At 10:23-24). A urgência da missão do apóstolo permite inferir que ele pegou um caminho direto e não fez nenhuma parada intermediária (mais tarde, Cornélio disse que seus enviados levaram quatro dias para fazer a viagem de ida e volta entre Jope e Cesareia [At 10:30.) Em outra oportunidade, uma escolta militar levou dois dias de viagem para transportar Paulo às pressas para Cesareia (At 23:23-32), passando por Antipátride, uma distância de cerca de 105 quilômetros, considerando-se as estradas que os soldados mais provavelmente tomaram. Segundo Josefo, era possível viajar em três dias da Galileia a Jerusalém, passando pela Samaria (uma distância de cerca de 110 quilômetros).

A LOCALIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS ESTRADAS
A GRANDE ESTRADA PRINCIPAL
Aqui chamamos de Grande Estrada Principal aquela que, no mundo bíblico, era, sem qualquer dúvida, a estrada mais importante. 165 Essa estrada ia do Egito à Babilônia e a regiões além, e, em todas as épocas, interligava de forma vital todas as partes do Crescente Fértil. A estrada começava em Mênfis (Nofe), perto do início do delta do Nilo, e passava pelas cidades egípcias de Ramessés e Sile, antes de chegar a Gaza, um posto fortificado na fronteira de Canaã. Gaza era uma capital provincial egípcia de extrema importância e, com frequência, servia de ponto de partida para campanhas militares egípcias em todo o Levante. Esse trecho sudoeste da estrada, conhecido pelos egípcios como "caminho(s) de Hórus", era de importância fundamental para a segurança do Egito. De Gaza, a estrada se estendia até Afeque/ Antipátride, situada junto às nascentes do rio Jarcom; essa efusão era um sério obstáculo ao deslocamento e forçava a maior parte do tráfego a se desviar continente adentro, isto é, para o leste. Prosseguindo rumo ao norte, a estrada se desviava das ameaçadoras dunas de areia e do pântano sazonal da planície de Sarom até que se deparava inevitavelmente com a barreira que era a serra do monte Carmelo. Gargantas que atravessavam a serra permitiam passar da planície de Sarom para o vale de Jezreel. A mais curta delas, hoje conhecida como estreito de Aruna (n. 'Iron), era a mais utilizada. O lado norte dessa garganta estreita dava para o vale de lezreel e era controlado pela cidade militar de Megido.
Em Megido, a estrada se dividia em pelo menos três ramais. Um levava para Aco, no litoral, e então seguia para o norte, acompanhando o mar até chegar a Antioquia da Síria. Um segundo ramal começava em Megido e se estendia na diagonal, cruzando o vale de Jezreel numa linha criada por uma trilha elevada de origem vulcânica. Passava entre os montes Moré e Tabor e chegava às proximidades dos Cornos de Hattin, onde virava para o leste, percorria o estreito de Arbela, com seus penhascos íngremes, e finalmente irrompia na planície ao longo da margem noroeste do mar da Galileia. Uma terceira opção saía de Megido, virava para o leste, seguia o contorno dos flancos do norte das serras do monte Carmelo e monte Gilboa, antes de chegar a Bete-Sea, uma cidade-guarnição extremamente fortificada. É provável que, durante a estação seca, esse trecho margeasse o vale, mas, nos meses de inverno, seguisse por um caminho mais elevado, para evitar as condições pantanosas. Em Bete-Sea, a Grande Estrada Principal dava uma guinada para o norte e seguia ao longo do vale do Jordão até chegar à extremidade sul do mar da Galileia, onde ladeava o mar pelo lado oeste, até chegar a Genesaré, perto de Cafarnaum. Durante a época do Novo Testamento, muitos viajantes devem ter cruzado o lordão logo ao norte de Bete-Seã e atravessado o vale do Yarmuk e o planalto de Gola, até chegar a Damasco.
De Genesaré, a Grande Estrada Principal subia a margem ocidental do Alto Jordão e chegava perto da preeminente cidade-fortaleza de Hazor, que protegia as áreas mais setentrionais de Canaã. Perto de Hazor, a estrada virava para o nordeste, na direção de Damasco, ficando próxima às saliências da serra do Antilíbano e tentando evitar as superfícies basálticas da alta Golã e do Haurã.
De Damasco, seguia um caminho para o norte que contornava as encostas orientais do Antilibano até chegar à cidade de Hamate, às margens do rio Orontes. Aí começava a seguir um curso mais reto para o norte, passando por Ebla e chegando a Alepo, onde fazia uma curva acentuada para o leste, na direção do Eufrates. Chegando ao rio, em Emar, a estrada então, basicamente, acompanhava o curso da planície inundável do Eufrates até um ponto logo ao norte da cidade de Babilônia, onde o rio podia ser atravessado a vau com mais facilidade.
Avançando daí para o sul, a estrada atravessava a região da Babilônia, passando por Uruque e Ur e, finalmente, chegando à foz do golfo Pérsico.

A ESTRADA REAL
Outra rodovia importante que atravessava as terras bíblicas era conhecida, no Antigo Testamento, como Estrada Real (Nm 20:17-21.
22) e, fora da Bíblia, como estrada de Trajano (via Nova Traiana). Foi o imperador Trajano que transformou essa rota numa estrada de verdade, no segundo século d.C. A estrada começava no golfo de Ácaba, perto de Eziom-Geber, e, em essência, seguia pelo alto do divisor de águas de Edom e Moabe, passado pelas cidades de Petra, Bora, Quir-Haresete, Dibom e Hesbom, antes de chegar a Amã
Saindo de Ama, atravessava os planaltos de Gileade e Basã para chegar até Damasco, onde se juntava à Grande Estrada Principal.

A ANTIGA ESTRADA ASSÍRIA DE CARAVANAS
Usada para o transporte comercial e militar de interesse assírio até a Ásia Menor, a Antiga Estrada Assíria de Caravanas é conhecida desde o início do segundo milênio a.C. A partir de quaisquer das cidades que serviram sucessivamente de capitais da Assíria, o mais provável é que a estrada avançasse para o oeste até chegar às vizinhanças do jebel Sinjar, de onde seguia bem na direção oeste e chegava à base do triângulo do rio Habur. A estrada então acompanhava o curso de um dos braços do Habur até além de T. Halaf, chegando a um lugar próximo da moderna Samsat, onde era possível atravessar mais facilmente o Eufrates a vau. Dali, a estrada seguia por um importante desfiladeiro nos montes Taurus (exatamente a oeste de Malatya), atravessava a planície Elbistan e, por fim, chegava à estratégica cidade hitita de Kanish. Uma extensão da estrada então prosseguia, atravessando o planalto Central da Anatólia e passando por aqueles lugares que, mais tarde, tornaram-se: Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia. Em sua descida para o litoral egeu, a estrada cruzava lugares que, posteriormente, vieram a ser: Laodiceia, Filadélfia, Sardes e Pérgamo. De Pérgamo, a estrada corria basicamente paralela ao litoral egeu e chegava à cidade de Troia, localizada na entrada da Europa.

VIAGEM POR MAR
As viagens marítimas no Mediterrâneo parecem não ter sofrido muita variação durante o período do Antigo Testamento. Com base em textos de Ugarit e T. el-Amarna, temos conhecimento de que, na 1dade do Bronze Final, existiram navios com capacidade superior a 200 toneladas. E, no início da Idade do Ferro, embarcações fenícias atravessavam o Mediterrâneo de ponta a ponta. Inicialmente, boa parte da atividade náutica deve ter ocorrido perto de terra firme ou entre uma ilha e outra, e, aparentemente, os marinheiros lançavam âncora à noite. A distância diária entre pontos de ancoragem era de cerca de 65 quilômetros (e.g., At 16:11-20,6,14,15). Frequentemente os primeiros navegadores preferiam ancorar em promontórios ou ilhotas próximas do litoral (Tiro, Sidom, Biblos, Arvade, Atlit, Beirute, Ugarit, Cartago etc.); ilhas podiam ser usadas como quebra-mares naturais e a enseada como ancoradouro. O advento do Império Romano trouxe consigo uma imensa expansão nos tipos, tamanhos e quantidade de naus, e desenvolveram-se rotas por todo o mundo mediterrâneo e além. Antes do final do primeiro século da era cristã, a combinação de uma força legionária empregada em lugares remotos, uma frota imperial naval permanente e a necessidade de transportar enormes quantidades de bens a lugares que, às vezes, ficavam em pontos bem distantes dentro do império significava que um grande número de naus, tanto mercantes quanto militares, estava singrando águas distantes. Desse modo, as rotas de longa distância criavam a necessidade de construir um sistema imperial de faróis e de ancoradouros maiores, com enormes instalações de armazenagem.

Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
As estradas da Palestina
As estradas da Palestina

ABRAÃO NA PALESTINA

Em alguns aspectos, o "chamado" divino a Abraão (Gn 12:1-3) trouxe consigo muitas das mesmas consequências de sua "maldição" sobre Caim (Gn 4:12-16): cada um foi levado a abandonar todas as formas de segurança conhecidas em seu mundo e ir viver em outro lugar. Abraão abandonou sua terra, clã e família em Harrã e foi na direção da terra que, por fim, seus descendentes iriam herdar (Gn 12:4-5). Ao chegar ao planalto central de Canaã, o grande patriarca construiu um altar na cidade de Siquém e adorou a Deus (Gn 12:6-7). Dali se mudou para o sul, para acampar perto de Betel e Ai (Gn 12:8). Mas Abraão também descobriu uma realidade bem dura nesse novo local: na época, a terra era dominada por cananeus (Gn 12:6b) e foi assolada por uma fome (Gn 12:10), o que o forçou a viajar para o Egito, presumivelmente pela estrada central que passava por Hebrom e Berseba.
Quando a fome acabou, Abraão e seu grupo retornaram pelo Neguebe até o lugar de seu antigo acampamento, perto de Betel/Ai, onde voltaram a residir (Gn 13:3-4). Mas não se passou muito tempo e Abraão experimentou mais um problema - dessa vez um problema familiar. Ao que parece, não havia pastagens suficientes para alimentar os rebanhos de Abraão e seu sobrinho, Ló, o que fez com que Ló partisse para a planície do Jordão, que era mais bem regada, e passasse a residir na cidade de Sodoma (Gn 13:11-12; cp. 14.12). Nesse ínterim, Abraão se mudou para o sul e se estabeleceu junto aos carvalhos de Manre, em Hebrom (Gn 13:18), onde construiu mais um altar ao Senhor.
Algum tempo depois, cinco cidades situadas no vale de Sidim (Sodoma, Gomorra, Admá, Zeboim e Zoar) se rebelaram contra seus soberanos da Mesopotâmia (Gn 14:1-4).
Reagindo a esse desafio, os monarcas mesopotâmicos enviaram seus exércitos na direção de Canaã e, a caminho, atacaram as terras transjordanianas dos refains, zuzins, emins e horeus, chegando até El-Para (Gn 14:5-6). Depois de passarem por El-Pará, os reis inimigos se voltaram para En-Mispate (Cades-Barneia), onde subjugaram alguns amalequitas (14.7a), e, em seguida, derrotaram os amorreus, em Tamar (14.7b). Essa ação deve ter permitido que os reis da Mesopotâmia voltassem a atenção para seus verdadeiros inimigos: as cidades do vale de Sidim (Gn 14:8-11).
O fraseado de Gênesis 13:10-11 tem levado alguns pesquisadores a procurar as cidades perto do lado norte do mar Morto e da foz do rio lordão. Mas a maioria sustenta que essas cidades devem ter ficado perto do lado sul do mar Morto, com base no fato de que o mapa-mosaico de Medeba, do século 6, situa o nome de uma delas (Zoar) naquela região [v. mapa 15]. Ademais, perto da margem sudeste do mar Morto foram encontradas muitas sepulturas da Idade do Bronze Inicial, com restos de milhares de esqueletos humanos - o que levou alguns escritores a levantarem a hipótese de que esses achados teriam relação com os acontecimentos que envolveram Sodoma e Gomorra.
Uma tradição cristã bem antiga que predominou bastante nos mapas medievais mais antigos foi situar Sodoma e Gomorra debaixo da água das bacias do mar Morto, em particular da bacia sul. Contudo, o abaixamento do nível do mar Morto no século 20 fez com que terra seca ficasse exposta na bacia sul, e não se descobriu nenhum vestígio arqueológico que apoiasse essa suposição.
A vitória dos mesopotâmios foi rápida e decisiva. As cidades da planície do Jordão foram derrotadas. Alguns de seus cidadãos, inclusive Ló, foram levados cativos para o norte, chegando até a cidade de Dá (Gn 14:12). Quando informado dessa tragédia, Abraão imediatamente liderou alguns de seus homens na perseguição aos captores de Ló, alcançando-os perto de Da e desbaratando-os com sucesso até Damasco e mesmo além (Gn 14:13-15).
Ouando Abraão, voltando de sua missão, chegou perto do vale de Savé, Melquisedeque, o rei de Salém, saiu ao seu encontro, e o patriarca partilhou com ele os despojos da vitória (Gn 14:17-24).
O texto bíblico diz que, dali, Abraão viajou para o sul, na direção do Neguebe, e que por fim chegou em Gerar (Gn 20:1). Durante seus anos ali, finalmente se concretizou a promessa de um filho, que tinha sido aguardado por tanto tempo (Gn 21:2-3). Mas, quando surgiu um problema com o rei de Gerar devido a direitos de uso de água (Gn 21:25), Abraão se mudou mais para o interior, para Berseba (implícito em Gn 21:31). Ao que parece, esse lugar serviu de residência para o patriarca até sua morte, quando foi levado e enterrado ao lado de Sara, na caverna próxima de Hebrom (Gn 25:8-10).
Abraão na Palestina
Abraão na Palestina
A Siquém bíblica (moderna Nablus) fica onde o uádi Siquém se junta à estrada da Serra Central.
A Siquém bíblica (moderna Nablus) fica onde o uádi Siquém se junta à estrada da Serra Central.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

BERSEBA

Atualmente: ISRAEL
Lugar onde Abrão ofertou sete cordeiras a Abimeleque, junto ao Poço que cavou e onde plantou tamareiras e invocou o nome do Senhor. Gn 21:22- 34
Mapa Bíblico de BERSEBA



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Gênesis Capítulo 22 do versículo 1 até o 24
3. Demonstração Convincente de Amor por Deus (Gn 22:1-19)

Os elementos estruturais desta história são o cenário (1), a ordem divina (2), o ato de obediência (3-10) e a bênção resultante (11-19).
Aqui está retratada uma das experiências mais tremendas registradas em Gênesis. Toca às raias mais profundas da certeza que o crente tem de que o Deus que promete é fiel, ainda que dê ordens para destruir a prova de que suas promessas estão sendo cumpridas. Abraão se manteria fiel a Deus embora seu mais precioso tesouro na terra fosse eliminado?

Para os leitores modernos, a tradução tentou (1) gera confusão. Insinua muita coi-sa, levantando as perguntas: Deus estava instigando este homem a cometer pecado?, e: Deus queria mesmo humilhar e ferir seu mais dedicado adorador? A palavra hebraica (nissah) significa "testar" ou "colocar em prova", e há traduções que preservam este sig-nificado (cf. ARA). Neste exemplo, Deus estava testando a suprema lealdade espiritual de Abraão tocando na vida física de Isaque, a quem amas (2).

Havia aspectos da ordem que eram racionalmente inexplicáveis. Uma comunidade pagã justificaria o sacrifício humano dizendo que a vida dos sacrificados servia para fortalecer os deuses da comunidade em tempos de adversidade severa. Mas não havia semelhante adversidade na vida de Abraão ou do seu clã. Matar Isaque não seria de nenhum proveito óbvio para a vida do rapaz, a vida de Abraão ou a vida coletiva do clã. Até pior, contradizia as promessas de Deus.
A base lógica do ato não seria entendida facilmente pelos outros, e a ordem não refletia bem a natureza moral do Deus de Abraão. A execução do ato não destacaria o caráter moral de Abraão. Contar a Sara o que Deus ordenou não contribuiria concebivel-mente para o seu bem-estar mental ou emocional, nem contar para os servos ou para Isaque o verdadeiro propósito da viagem os inspiraria a cooperar em tudo.
Por conseguinte, o leitor é apanhado pela agonia extrema do pai obediente que, em silêncio, deixa o acampamento sem falar para a mãe o destino do filho. Sentimos a ten-são enquanto a lenha para o holocausto (3) era cortada e amarrada aos animais, enquanto o pai andava quilômetro após quilômetro carregando um vaso que continha brasas para o fogo. A punhalada de dor interna do pai parece quase insuportável ao avistar o monte Moriá (2), podendo somente dizer aos moços: Ficai-vos aqui com o jumento, e eu e o moço iremos até ali; e, havendo adorado, tornaremos a vós (5). E, em seguida, a inevitável pergunta: Onde está o cordeiro para o holocausto? (7). Que esforço supremo de fé ao responder: Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto (8). Há agonia infinda na frase: Assim, caminharam ambos juntos. Isaque já suspeitava do que aconteceria?

Todo detalhe preparatório para o sacrifício foi deliberado e meticuloso. Era como se cada pedra do altar (9) tivesse como argamassa o sangue do pai, e cada madeira da pira estivesse impregnada com suas lágrimas não choradas. Qual foi a agonia de Abraão ao amarrar as cordas nos pulsos e tornozelos do rapaz, e colocar o corpo em cima do altar? Quais eram os pensamentos amedrontados do rapaz? E agora o ato final: apanhar o cutelo (10), a faca do sacrifício. Quando é que Deus vai providenciar um cordeiro? A Epístola aos Hebreus diz que Abraão "considerou que Deus era poderoso para até dos mortos o ressuscitar" (Hb 11:18). Mas o texto que estudamos não revela esta convicção interior. Deixa-nos em ardente expectativa quando o cutelo é apanhado.

Mas, uma voz clamou e o cutelo parou em seu trajeto. Todo o sofrimento de entrega sincera de Abraão dissolveu-se em maravilha quando ouviu a palavra: Porquanto agora sei que temes a Deus (12). Ele não reteve Isaque a quem amava afetuosamente. Deus providenciou um sacrifício em substituição do rapaz. Um carneiro... travado pelas suas pontas num mato (13) estava ali perto. Este era o sacrifício tencionado por Deus.

O amor de Abraão por Deus foi ameaçado por um amor paternal e profundamente enraizado por Isaque. Este filho era a prova que Deus cumpriu suas promessas e o meio físico pelo qual viria a posteridade. Abraão tinha mesmo de ser testado se amava Deus acima de tudo em tal situação concreta, para que não houvesse mistura de lealdades. A recompensa por ter passado na prova foi o retorno do filho da beira da sepultura. Nesta experiência, Deus renovou as promessas relativas à multiplicação da semente (17) de Abraão, seu poder sobre os inimigos e seu papel como canal de bênçãos para todas as nações da terra (18).

Para Abraão, o monte Moriá era um novo lugar. Em honra da revelação da graça de Deus na hora da provação, deu ao lugar outro nome, O SENHOR proverá (14, Jeová-Jiré, que significa "o Senhor vê" e proverá). Podemos estar certos de que a volta para casa foi bem diferente da viagem ao monte Moriá. Abraão enfrentou a ameaça devasta-dora da morte e venceu seu poder pela confiança plena na integridade de Deus. Por outro lado, Deus demonstrou claramente que o sacrifício que Ele deseja é inteireza de coração, rendição às suas ordens.'

Em Gn 22:1-14, vemos "O Teste da Fé".

1) O verdadeiro teste, 1,2;

2) A resposta da confiança, 3-10;

3) A recompensa da obediência, 11-14 (A. F. Harper).

F. ASSUMINDO RESPONSABILIDADES POR OUTROS 22:20-25.11

Após uma genealogia de transição, as histórias neste grupo descrevem Abraão em relação à sua família quando as necessidades provocadas por morte e casamento exigi-ram sua atenção.

1. Os Descendentes de Naor (22:20-24)

Esta árvore genealógica é de interesse por causa do aparecimento de Rebeca (23), a qual, no capítulo 24, se torna personagem central como esposa de Isaque. Naor (20) também teve uma esposa e uma concubina (24), como Abraão. Delas nasceram doze filhos, fato comparável a Ismael (Gn 25:13-16) e aos doze filhos de Jacó (Gn 35:23-26).

Dois dos filhos de Naor, Uz e Buz (21), têm contrapartes na "terra de Uz" (1:1) e em "Eliú, [...] o buzita" (32:6). Não está claro se estes filhos foram os progenitores das tribos, embora certa especulação tenha-se concentrado nesta possibilidade."


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Gênesis Capítulo 22 versículo 19
Berseba:
Ver Gn 21:14, e Gn 21:30-31,

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Gênesis Capítulo 22 do versículo 1 até o 24
*

22.1-19 Tendo já graciosamente se comprometido com Abraão, Deus testou a sua obediência. Em sua obediência Abraão demonstrou completo compromisso com o Senhor, simbolicamente recebendo Isaque, o filho da promessa, de volta da morte (vs. 1-12). A provisão por Deus de um carneiro tipifica o sacrifício de Jesus Cristo, que morreu no lugar dos eleitos para que estes pudessem viver (vs. 13-14). Em fazer um juramento de que iria abençoar a Abraão e todas as nações através dele, Deus garantiu a promessa a Abraão e a seus descendentes (vs. 15-19). Ver nota em Hebreus 11:17-19.

* 22.1 pôs… à prova. Deus testa seus santos para comprovar a qualidade de sua fé e obediência, geralmente através de adversidade ou sofrimento (Êx 20:20; Dt 8:2; 2Cr 32:31). O hebraico não significa “tentar”. Por outro lado, ninguém deve colocar Deus à prova (Êx 17:2,7; Dt 6:16).

Eis-me aqui. O mesmo exemplo de Moisés (Êx 3:4), Samuel (1Sm 3:4) e Isaías (Is 6:8). Ver também as próprias palavras de Cristo no mesmo sentido (Hb 10:7; conforme Sl 40:7, 8).

* 22.2 teu único filho… a quem amas. Isaque é o filho amado, o único filho da promessa (25.1-18, nota). Ismael foi deserdado e mandado embora (21.10,
14) deixando Isaque como único filho de Abraão. Estes termos são aplicados a Cristo no Novo Testamento (Mt 3:17; 17:5; Jo 3:16; Ef 1:6; 2Pe 1:17).

terra de Moriá. Mais tarde este lugar veio a ser o local do templo em Jerusalém (2Cr 3:1).

oferece-o. Esta ordem nos deixa a princípio perplexos. Sem conhecer o que Deus realmente queria (conforme 13 11:2-13.13'>Êx 13:11-13; 22:29; 34:19, 20), a ordem parece contradizer o sexto mandamento (Êx 20:13). A medida que a narrativa se desdobra, entretanto, fica evidente que o teste era para verificar se Abraão levaria adiante a preparação para o sacrifício enquanto procurava se ater firmemente na promessa de 21.12: “porque por Isaque será chamada a tua descendência.” Abraão sabia que Deus se comprometera a manter a promessa e que Isaque, uma vez morto, não daria continuidade à linhagem da promessa. Hebreus 11:19 revela o segredo de Abraão: este concluiu que “Deus era poderoso até para ressuscitá-lo (Isaque) dentre os mortos”.

holocausto. Ver nota em 8.20.

* 22.3 de madrugada. Outro exemplo da obediência imediata de Abraão (17.23 e nota).

*

22:8

Deus proverá… o cordeiro. Um tipo de Jesus Cristo (Jo 1:29, 36).

* 22:11

Anjo do SENHOR. Ver nota em 16.7.

* 22.12 não me negaste. A fé que Abraão possuia foi confirmada pela sua obediência (Gl 5:6; Hb 11:17; Tg 2:21, nota).

* 22.13 em lugar de seu filho. O propósito substitutivo do sacrifício é evidente e prenuncia o sacrifício de Cristo que morreu em nosso lugar (Mc 10:45; Rm 8:32; 2Co 5:21; Tt 2:14).

* 22.14 O SENHOR Proverá. A palavra hebraica aqui traduzida por “proverá” significa “ver” ou “prover” (usada nos vs. 4, 8, 13, 14). O nome que Abraão dá ao lugar demonstra que ele percebe a revelação do propósito salvífico de Deus.

*

22.16 Jurei, por mim mesmo. Deus reforça a certeza da sua promessa infalível por intermédio deste juramento (15.8-21; 22.17; 13 58:6-18'>Hb 6:13-18). Enquanto os seres humanos pecadores e falíveis juram por uma autoridade maior do que si mesmos, Deus, o Ser e Autoridade Supremo, jura por si mesmo (Hb 6:13, nota).

não me negaste o teu único filho. A ação de Abraão aponta para a provisão de Deus de “seu único filho” como o sacrifício final pelo pecado (Jo 3:16; Rm 8:32).

* 22:18

porquanto obedeceste à minha voz. Ver notas em 17.2 e 18.19.

* 22.20—25.11 Esta seção final do relato de Terá fornece a transição da liderança patriarcal de Abraão para Isaque (2.4, nota; Introdução: Esboço). Ela narra a morte de Sara (cap. 23), o casamento de Isaque com Rebeca (cap. 24), a exclusão dos outros filhos de Abraão, deixando a Isaque como único herdeiro (25.1-6), e a morte de Abraão (25.7-11).

* 22.20-24 Os doze filhos de Naor (oito da esposa e quatro da concubina) formam um paralelo com as doze tribos de Israel (30.1-24; 35:16-18; 49.28).

*

22.23 Rebeca. A futura esposa de Isaque é apresentada (cap. 24). O seu pai, Betuel, era filho de Milca, a filha de Harã e esposa de Naor, irmãos de Abraão (11.28, nota).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Gênesis Capítulo 22 do versículo 1 até o 24
22:1 Deus provou ao Abraão, não para fazê-lo tropeçar e cair, a não ser para incrementar a capacidade do Abraão de obedecer a Deus, e assim desenvolver seu caráter. Da mesma maneira que o fogo refina ao mineral para extrair metais preciosos, Deus nos refina por meio de circunstâncias difíceis. Quando somos provados nos podemos queixar, ou podemos tratar de ver como Deus nos está forçando para forjar nosso caráter.

22:3 Aquela manhã seguinte Abraão começou um dos atos de obediência maiores registrados na história. Viajou 80 km até o monte Moriah perto de Jerusalém. Com os anos tinha aprendido lições muito duras a respeito da importância de obedecer a Deus. Esta vez obedeceu em forma rápida e total. Freqüentemente obedecer a Deus é uma luta, porque pode significar que lhe entreguemos algo que verdadeiramente amamos. Não sempre devemos esperar que nossa obediência a Deus seja fácil nem que venha em forma natural.

22:6 Não sabemos como Abraão levou o fogo. Talvez levou um carvão aceso ou um pederneira para acender o fogo.

22:7, 8 por que pediu Deus ao Abraão que fizesse um sacrifício humano? As nações pagãs praticavam os sacrifícios humanos, mas Deus mesmo os condenava como um terrível pecado (Lv 20:1-5). Deus não queria a morte física do Isaque, mas queria que Abraão sacrificasse em seu coração ao Isaque para que se convencesse de que amava mais a Deus que a seu filho prometido e longamente esperado. Em realidade, Deus estava provando ao Abraão. O propósito das provas é fortalecer nosso caráter e incrementar nossa consagração a Deus e sua agenda. Através desta experiência difícil, Abraão aprendeu sobre seu compromisso de obedecer a Deus. Também aprendeu sobre a habilidade de Deus para resolver.

22:12 É difícil soltar o que amamos profundamente. O que poderia ser mais apropriado que amar ao único filho? Até então, quando damos a Deus o que O nos pede, devolve-nos muito mais do que nós pudéssemos ter sonhado. Os benefícios espirituais de suas bênções superam enormemente nossos sacrifícios. deixou você de lhe entregar a Deus seu amor, seus filhos ou seu tempo? Confie em que O proverá (22.8).

22:13 Observe o paralelo que há entre o carneiro devotado no altar como um substituto do Isaque e Cristo mesmo devotado na cruz como nosso substituto. Enquanto que Deus deteve o Abrão para que não sacrificasse a seu filho, Deus não liberou a seu próprio Filho, Jesus, de morrer na cruz. Se Jesus não tivesse morrido, o resto da humanidade tivesse perecido. Deus enviou a seu único Filho a morrer por nós para nos liberar da morte eterna que merecemos e em seu lugar, nos dar vida eterna (Jo 3:16).

22.15-18 Abraão recebeu grandes bênções por sua obediência a Deus. Primeiro, Deus deu ao Abraão a capacidade de conquistar a seus inimigos. Em segundo lugar, Deus prometeu ao Abraão filhos e netos que seriam de bênção a toda a terra. Suas vidas trocariam ao conhecer a fé do Abraão e seus descendentes. Muito freqüentemente pensamos que as bênções são presentes que vamos desfrutar. Mas quando Deus benze, sua bênção se estende a outros.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Gênesis Capítulo 22 do versículo 1 até o 24
e. O Teste de Abraão (22: 1-14)

1 E sucedeu que, depois destas coisas, que Deus fez provar Abraão, e disse-lhe: Abraão; e ele disse: Eis-me aqui 2 E disse: Toma agora o teu filho, o teu único filho, a quem amas, mesmo Isaque, e vai-te à terra de Moriá; e oferece-o ali em holocausto sobre um dos montes, que eu te direi. 3 E Abraão levantou-se de manhã cedo, albardou o seu jumento, e tomou consigo dois de seus homens mais jovens com ele, e Isaque, seu filho; e fendeu lenha para o holocausto, e levantou-se, e foi ao lugar que Deus lhe dissera. 4 Ao terceiro dia levantou Abraão os seus olhos, e viu o lugar de longe. 5 E disse Abraão a seus moços: Ficai-vos aqui com o jumento, e eu eo moço iremos até ali; e nós adoramos, e voltarei para você. 6 E tomou Abraão a lenha do holocausto, e pô-la sobre Isaque seu filho; e ele tomou na mão o fogo ea faca; e foram ambos juntos. 7 Então falou Isaque a Abraão, seu pai, e disse: Meu pai! E ele disse: Eis-me aqui, meu filho. E ele disse: Eis o fogo ea lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto? 8 Respondeu Abraão: Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho: então eles foram ambos juntos .

9 E chegaram ao lugar que Deus lhe dissera; e edificou Abraão ali o altar e pôs em ordem a lenha, e amarrou a Isaque seu filho, e deitou-o sobre o altar em cima da lenha. 10 E, estendendo a mão, tomou o cutelo para imolar o seu filho. 11 E o anjo do Senhor lhe bradou desde do céu, e disse: Abraão, Abraão! E ele disse: Eis-me aqui 12 E ele disse: Não estendas a tua mão sobre o moço, e não te nada a ele; pois agora sei que temes a Deus, visto que não me negaste o teu filho, o teu único filho, de mim. 13 E Abraão levantou os olhos, e olhei, e eis que, por trás dele um carneiro preso no mato pelos chifres : e foi Abraão, e tomou o carneiro, e ofereceu-o em holocausto, em lugar de seu filho. 14 E chamou Abraão o nome daquele lugar Jeová-Jiré: como é dito até hoje: No monte de Jeová esta deve ser assegurada.

Depois destas coisas -após tudo o que Deus tinha feito a desenvolver-se Abraão, o mais alto nível de fé e achievement- espiritual Deus fez provar Abraão , dando-lhe o seu exame final na escola da fé. E era grave. Depois de garantir a atenção de Abraão, a ordem de palavra original que fez o Senhor dizendo: "Tomai, eu oro, o seu filho, o único, quem você ama, mesmo Isaque." Cada frase curta feito o comando pavor ainda mais específico, por isso, não poderia haver erro. Como imediatamente e completamente todo estar emocional e espiritual de Abraão estava envolvido! E então o Senhor disse para ir para a terra de Moriá , e oferece-o ali em holocausto , com ser o original de um termo técnico que descreve o tipo de sacrifício que é totalmente consumida no altar. Abraão deve ter sido totalmente abalada por uma tal de comando, pois não apenas exigiu que a partir do qual qualquer homem iria recuar, mas ele ameaçou a perda de tudo o que a que Abraão tinha dedicado sua vida, as promessas de Deus. Mas não há absolutamente nada em sua conduta que revela perturbação. Ele não discute com Deus ou questioná-lo. Na manhã seguinte, ele surge, sela o seu jumento, leva consigo dois servos e Isaque, divide a lenha para o sacrifício, e se afasta. As cláusulas rítmicas curtas da imagem relato bíblico da maneira rápida, metódico, ele andou por obedecer a Deus, quase como um soldado marchando para fazer o seu dever!

No terceiro dia, cerca de 40 milhas ou mais a partir de seu ponto de partida, Abraão entende por alguns significa que a montanha antes de ele é o único Deus havia prometido a apontar. A terra de Moriá não pode ser localizado com certeza. Salomão construiu seu templo no Monte Moriá, em Jerusalém (3 2 Chron.: 1 ), e alguns pensaram que os sacrifícios do templo foram oferecidos no mesmo local como Isaque. Adão Clarke sugere que todas as montanhas de Jerusalém fizeram-se à terra de Moriá, e que o Calvário foi o único utilizado em particular para o altar em que Isaque foi oferecido. Enquanto a verdade simbólica da história é rica e significativa, essas identificações de lugar não pode ser levada longe demais. Jerusalém já era uma cidade nos dias de Abraão, e a cena descrita enquadra-se melhor com uma região desabitada.

No sopé da montanha Abraão deixa seus servos. Sua rápida, obediência inquestionável já haviam indicado que a sua fé era maior do que o teste. Agora, uma segunda indicação da suficiência de sua fé aparece como ele diz aos servos, eu eo moço iremos até ali; e nós adoramos, e voltarei para você -Todas as três dos verbos ser plural primeira pessoa formulários vamos, vamos adorar, vamos voltar! Não é de admirar que tal fé levou o escritor da Epístola aos Hebreus para dizer que Abraão obedeceu ", considerou que Deus é capaz de levantar-se, até mesmo dentre os mortos" (He 11:17 ). Abraão pôs a lenha em Isaque (aparentemente, agora em sua adolescência e mais capaz de carregar esse fardo do que seu velho pai) e levou o fogo, realizado em algum tipo de braseiro, e uma faca, e começou a subida. Isaque se perguntou se seu pai idoso tinha esquecido o detalhe mais importante, mas a sua consulta trouxe uma terceira indicação de grande fé de Abraão, Deus proverá para si o cordeiro, meu filho .

Quando chegaram ao lugar que Deus havia indicado, Abraão construiu um altar, colocou em ordem a lenha, amarrou a Isaque, e colocou-o sobre a madeira. Parece impossível que a fé de Abraão até poderia ter passado por tudo isso sem emoção. Mas sua preparação metódica indica compostura sublime. E toda a história diz muito sobre Isaque também. Para o menino não poderia ter sido preso sem o seu consentimento, mas ele parece ter tido total confiança em seu pai. Então Abraão tomou a faca e estendeu a mão para matar Isaque. Nem uma hesitação é gravada, e não uma oração para nova orientação ou instrução. Para todos os efeitos, Abraão já havia oferecido seu filho no altar de sacrifício ao Deus que lhe dera.

Mas então veio a interrupção providencial. O anjo do Senhor chamou o nome de Abraão duas vezes como se ansioso para interrompê-lo antes que ele foi longe demais. A resposta de Abraão era tão calmo como ele tinha sido por toda parte, como se ele não fosse de todo surpreso que Deus tivesse intervindo, mas estava esperando isso o tempo todo! Agora, ele foi ordenado a abster-se da oferta de Isaque. Deus estava satisfeito com a demonstração de fé e obediência de Abraão. Ele perguntou mais nada. Falando em termos humanos, agora ele sabia que Abraão serviu com todo seu coração.

Voltando-se, Abraão encontrou um carneiro preso no mato pelos seus chifres . Rapidamente, ele pegou e ofereceu-o no lugar de Isaque. Ele tinha todos os motivos para a adoração, neste momento, e ele foi rápido para usar o substituto, que a misericórdia divina tinha fornecido. Abraão chamado este lugar Jeová-Jiré , que significa "o Senhor vai ver" ou "Senhor proverá." O verbo é o mesmo que o usado no versículo 8 , quando Abraão disse: "Deus proverá para si um cordeiro." Fora dessa experiência um provérbio desenvolvido, No monte do Senhor, deve ser fornecida . O significado exato do provérbio não é clara. Uma possibilidade é que ele é um lembrete de que, sempre que o Senhor nos chama a uma tarefa difícil (um encontro que teve Abraão a esta montanha), Ele irá fornecer tudo o que precisamos para a ocasião.

O objectivo do ensaio é imediatamente aparente. Teria sido fácil para Abraão ter amado Isaque, o filho milagre da sua velhice, de tal forma a permitir a afeição por ele ter substituído lealdade a Jeová como o princípio primordial de sua vida. Ora, o Senhor tem o prazer de examinar Abraão, na medida do possível, para exigir um sacrifício de Isaque. É verdade que o sacrifício humano era contrário à vontade de Deus. Mas as religiões pagãs ao redor Abraão praticou, dando o seu melhor para seus falsos deuses, oferecendo os corpos de seus filhos sobre o altar. Deus ainda não tinha proibido tal por Sua ordem expressa como fez depois com Moisés (Lv 18:21 ). E não havia outra maneira de testar a disposição de Abraão de sacrificar Isaque em sua obediência primário para Deus do que para deixá-lo prosseguir com base em um sacrifício físico e, em seguida, detê-lo em cima da hora.

A história em si é uma das mais belas de toda a literatura. Mas o cristão não pode deixar de ver nela sombras das grandes verdades do evangelho. Na negação unhesitating de Abraão de suas próprias emoções e sentimentos, vemos uma imagem da intenção inabalável de Deus para redimir o homem, pois Ele "não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós" (Rm 8:32 ). Segundo manso de Isaque à vontade de seu pai, que vemos na foto a apresentação de Cristo na cruz, Sua vontade de beber o cálice plano de Seu Pai necessário. Nas palavras de Abraão, "Deus proverá para si o cordeiro", vemos prenunciava o fornecimento de Cristo como sacrifício eterno. No ram substitutiva preso no mato, vemos prenunciado não só todo o sistema de sacrifício do Antigo Testamento, mas também o substituto divino que sofreu em nosso lugar. Não se pode ler esta passagem à luz do Novo Testamento, sem estar convencido de novo da unidade inspirado por Deus das Escrituras, o harmonioso desenrolar da auto-revelação de Deus.

f. O Sétimo Promise-Vitória (22: 15-19)

15 E o anjo do Senhor bradou a Abraão pela segunda vez desde o céu, 16 e disse: Por mim mesmo jurei, diz o Senhor, porquanto fizeste isto, e não me negaste o teu filho, o teu único filho, 17 que, bênção te abençoarei, e multiplicarei a tua descendência como as estrelas do céu e como a areia que está na praia do mar; ea tua descendência possuirá a porta dos seus inimigos; 18 e em tua semente todas as nações da terra serão abençoados, . porquanto obedeceste à minha voz 19 Então voltou Abraão aos seus moços, e levantaram-se e foram juntos para Berseba; e Abraão habitou em Beer-Seba.

Mais uma vez o anjo do Senhor chamou Abraão, e comunicou-lhe sétimo promessa de Deus, baseada na fé comprovada de Abraão e obediência na experiência que acabara de acontecer. Neste promessa há um apanhado de muitas das disposições incluídas no primeiro seis. Há apenas uma adição: a tua descendência possuirá a porta dos seus inimigos . Para todas as promessas de descendentes multiplicaram, as grandes nações e reis poderosos, e uma bênção para todas as nações, foi adicionado um presente de vitória e triunfo sobre inimigos. Enquanto essa promessa foi cumprida literalmente de uma forma física muitas vezes e talvez ainda vai voltar a ser assim cumpriu para Israel, o seu cumprimento final deve ser no sentido espiritual, já que mesmo as portas do inferno não prevalecerão contra descendentes espirituais de Abraão, a Igreja de Jesus Cristo (Mt 16:18 ).

g. O Notícias de Nahor (22: 20-24)

20 E sucedeu que, depois destas coisas, que anunciaram a Abraão, dizendo: Eis que Milca, ela também tem dado filhos a teu irmão Nahor: 21 Uz o seu primogênito, e Buz seu irmão, e Quemuel, pai de Aram , 22 e Chesed, e Hazo, Pildas, Jidlafe e Betuel. 23 E Betuel gerou a Rebeca estes oito fez urso Milca a Naor, irmão de Abraão. 24 E a sua concubina, cujo nome era Reumá, ela também nua Tebá, e Gaã e Taás, e Maaca.

Agora no final da vida de Abraão, provavelmente, pelo menos, 40 anos depois de sua partida de Haran, ele recebe a notícia de seu irmão Naor quem ele tinha deixado para trás. A notícia provavelmente viajou com uma das caravanas dos comerciantes que, mesmo assim, navegavam ocupada e para trás de uma parte do crescente fértil para o outro. Assim como Abraão tinha sido abençoado com um filho, por isso Deus o havia abençoado Nahor com crianças. Sua esposa Milca lhe dera oito filhos e sua concubina Reumá lhe dera quatro, fazendo doze no total, assim como no caso de Ismael (25: 13-15) e Jacó. Estes doze tribos aparentemente genadas aramaean, com Chesed o possível ancestral dos caldeus, e outros se estabelecer para o sul de Canaã.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Gênesis Capítulo 22 do versículo 1 até o 24
  1. O teste do Senhor (Gn 22:1-24)

Satanás tenta-nos para que expo-nhamos o pior de nós, mas Deus testa-nos a fim de nos ajudar a tra-zer à tona o melhor de nós. Veja Jc 1:12-59. Os testes mais difí-ceis não vêm das pessoas, mas do Senhor, contudo sempre são acom-panhados das bênçãos mais exce-lentes. Deus nunca testou Ló dessa forma. Ele viveu de um modo tão baixo que Sodoma e o mundo o tes-taram. Deus, para sua glória, faz os maiores testes com o santo que ca-minha mais próximo do Senhor.

  1. A lição tipológica

Esse evento é um exemplo maravi-lhoso de Cristo: o único Filho que queria dar a vida para agradar seu Pai. Isaque e Cristo eram filhos pro-metidos; os dois nasceram de forma milagrosa (claro que Cristo nasceu da virgem Maria e não tinha peca-do); os dois trouxeram júbilo ao co-ração do pai; os dois nasceram no momento determinado por Deus. Os dois foram perseguidos pelos irmãos e foram obedientes até a morte. Cru-cificaram Cristo entre dois ladrões, e dois jovens foram com Isaque (v. 3). Isaque questionou seu pai; Jesus per-guntou: "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste" (Mt 27:46). E claro que, no fim, Cristo morreu, enquanto Isaque foi poupado. En-tretanto, na visão de Deus, Isaque "morreu". He 11:19: "Não foi por obras que Abraão, o nosso pai, foi justificado, quando ofereceu sobre o altar o próprio fi-lho, Isaque?". Abraão não foi salvo quando ofereceu Isaque, mas anos antes quando confiou na promessa de Deus (Gn 15:6). Tiago não nos diz que somos salvos por meio de obras ou de sacrifícios, mas a prova de que possuímos a fé salvadora é uma vida de obediência (veja Rm 4:1-45 e Gl 3:0); a vida cristã tem mágoas e alegrias. Contudo, Abraão, nas duas situações, caminhou pela fé (He 11:13-58). O capítulo 23 mostra Abraão como um lamentador, como alguém que lamenta, contudo não "como os demais, que não têm es-perança" (1Co 4:13ss). Que testemu-nho ele dava diante de seus vizinhos perdidos! Como o sepultamento de Sara foi diferente dos sepultamen- tos pagãos da época. Que estranho o fato de que o primeiro pedaço de terra que Abraão possuiu em Canaã fosse um túmulo! Gênesis 49:31-33 indica que, no fim, seis pessoas foram enterradas lá. Observe também com que cuidado Abraão lidava com seus assuntos de negócios, certificando-se de que tudo fosse feito "com decên-cia e ordem". É vergonhoso que cren-tes efetuem transações de negócios questionáveis, especialmente com aqueles que são perdidos.

Vamos nos concentrar no capítu-lo 24, que é rico em lições espirituais. Temos três exemplos maravilhosos em Abraão, em seu servo e em Rebeca.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Gênesis Capítulo 22 do versículo 1 até o 24
22.1 Trata-se, aqui, de uma, prova para o fortalecimento da fé que Abraão possuía e não de uma tentação para o mal (conforme Jc 1:12-59). Tal prova consistia na requisição daquilo que lhe era mais caro, aquilo que lhe era absolutamente indispensável e de maior valor (2). Esta prova, em vez de destruí-lo, traz Abraão ao cume de sua vida, seguindo a Deus.

22.2 A região montanhosa que circunda Jerusalém é a "terra de Moriá" (lit. "O mostrado por Jeová"). Abraão construiu o altar na montanha (conforme v. 9) onde, mais tarde, apareceu o Anjo do Senhor a Davi (2Sm 24:16, 2Sm 24:17; conforme 2Cr 3:1) e, subseqüentemente, situara-se o templo. Ainda hoje a área está bem demarcada e é considerada como sagrada, por maometanos e judeus.

22.5 Voltaremos. Era a firme convicção de Abraão que ele e Isaque, de fato, voltariam. Sua fé, destacada em He 11:17-58, se fundamentava sobre a promessa de Deus claramente proferida,"... por Isaque será chamada a tua descendências (21.12).

22.8 Este versículo é profético, tanto na experiência de Abraão, como concernente à primeira vinda de Cristo e sua morte sacrificial por nós (conforme Jo 1:29 e Rm 5:8). O v. 5 deixa patente que Abraão admite que Isaque haveria de voltar com ele, quer por efeito de uma intervenção especial antes de oferecê-lo, quer pela ressurreição da vitima (He 11:19).

• N. Hom. 22.12 Há um paralelismo admirável entre o acontecimento aqui descrito e o oferecimento de Cristo por nós:
1) Ambos, tonto Isaque como Cristo, foram obedientes até à morte (observe-se o fato de que Isaque era, então, um jovem e, como tal, bem mais forte do que o era Abraão, v. 6),
2) Ambos, tanto Abraão como Deus, o Pai celestial, "não poupou a seu próprio Filho, antes por todos nós O entregou" (Jo 3:16 e Rm 8:32);
3) O cordeiro que viera a substituir Isaque é paralelo a Cristo, que se ofereceu em substituição por todos nós que nele cremos (He 10:5-58);
4) Ambos, tanto Isaque como Cristo, foram restaurados (conforme He 11:17-58).

22.14 O Senhor proverá; lit. "Jeová Jireh". É a mesma expressão que Abraão usou no v. 8.

22.17 Tão somente neste século XX é que a correlação exata existente entre o número de estrelas e grãos de areia se tem tornado conhecida. Enquanto se sabe que, somente cerca de trezentas estrelas são visíveis a olho nu, a invenção de telescópios capazes de atingir a mais de um bilhão de anos-luz através do espaço, tem permitido a certo cientista de renome, afirmar que o número total de estrelas equivale ao número de grãos de areia existentes em todas as praias do globo. Entre- tanto, não é pelo número dos descendentes de Abraão que o mundo haveria de ser bendito (8), mas sim, mediante o descendente único, isto é, Cristo (conforme Gl 3:16).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Gênesis Capítulo 22 do versículo 1 até o 24

1) Provisão e sacrifício (22:1-24)

Alguns anos se passaram, e Isaque agora tem idade suficiente para fazer perguntas. Mesmo assim, sua obediência silenciosa ao pai é um aspecto de importância menor na história, que concentra a atenção do leitor em Abraão, para quem esse era o teste máximo de fé (conforme He 11:17ss). O texto diz que Deus pôs Abraão à prova (v. 1), e não que o tentou. Qualquer pai ou mãe pode entender os sentimentos de Abraão; mas é importante observar que a morte prematura de Isaque,único filho da promessa (v. 2), anularia e invalidaria todas as promessas que Deus havia feito a Abraão. Obedecer, então, significaria tornar o futuro sem sentido; e mesmo assim ele foi, sem fazer objeções. O v. 8 pode sugerir que ele já tivesse o pressentimento de que Deus iria prover um escape. Na verdade, a palavra prover é o tema central de todo o capítulo. Esse tema torna-se bem evidente no v. 14; ele também está na raiz da palavra Moriá (v. 2), que em hebraico pode ser facilmente entendida como “lugar de provisão de Javé”. (O nome passou a ser associado com Jerusalém, conforme 2Cr 3:1, mas a referência vaga a um dos montes impede qualquer identificação segura e definitiva do local.)

v. 9-14. Isaque só foi “redimido” no último momento, por meio do sacrifício de um animal; o povo de Israel não deveria esquecer nunca que o primogênito era um “sacrifício” que deviam ao Senhor (conforme Êx 13:1,15). Precisamos lembrar que Abraão, e o povo de Israel depois dele, vivia em um mundo em que se praticava sacrifício humano; e até esse ponto o Deus de Abraão ainda não lhe havia revelado a sua vontade acerca da questão. O que fica claro agora é que os padrões de Deus não são menos exigentes; mas o sacrifício de crianças foi rejeitado definitivamente. Essa lição, no entanto, é secundária, sendo subordinada aos novos aspectos do caráter de Deus revelados a Abraão. O v. 14 extrai de forma concisa toda lição possível do nome “Moriá” e dos eventos ocorridos no local: Deus vê e proverá; e, à medida que se recebe a provisão que ele dá, pode-se ver o próprio Deus. (O verbo hebraico inclui as duas idéias, ver e prover.)

v. 15-19. Gomo era de esperar, visto que Isaque agora superou o perigo da morte, as promessas divinas acerca dele são renovadas e tornadas ainda mais certas a Abraão por meio de um juramento, acerca do qual He 6:13,He 6:14 dá explicações suficientes. Agora nada poderia impedir que Israel se tornasse uma grande nação, que conquistaria os seus inimigos e mesmo assim seria fonte de bênçãos para todos os povos. A combinação de fé e obediência por parte de Abraão (conforme Jc 2:21-59) assegurou tudo isso.

v. 20-24. Essa lista genealógica pode parecer um anticlímax, mas há um claro propósito no parágrafo. Isaque deveria se tornar o progenitor de uma grande descendência; entrementes, Deus tinha “providenciado” a mãe, na pessoa de Rebeca. Os outros nomes podem parecer de importância menor, mas, junto com outras genealogias em Gênesis, ajudaram mais tarde Israel a entender sua relação com outros povos. Essa lista em particular refere-se à Síria (heb. Arã) e grupos tribais relacionados.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Gênesis Capítulo 12 do versículo 1 até o 26

II. Os Patriarcas. 12:1 - 50:26. A. Abraão. 12:1 - 25:18.

Na segunda principal divisão do livro de Gênesis, está evidente que na nova dispensação os escolhidos de Deus deverão reconhecer a comunicação direta e a liderança direta do Senhor. Nos capítulos Gn 12:1, quatro personagens Se destacam como homens que ouviram a voz de Deus, entenderam Suas diretrizes, e orientaram seus carrinhos de acordo com a vontade dEle. O propósito de Jeová ainda continua sendo o de chamar pessoas que executem a Sua vontade na terra. Com Noé Ele começou tudo de novo. Sem foi o escolhido para transmitir a verdadeira religião. Os semitas (descendentes de Sem) seriam os missionários aos outros povos da terra. No capítulo 12 Abraão começa a aparecer na linhagem de Sem como o representante escolhido de Jeová. Sobre ele Jeová colocaria toda a responsabilidade de receber e passar adiante a Sua revelação para todos. Do cenário pagão de Ur e Harã saiu o homem de Deus para a estratégica hora da primitiva revelação do V.T.


Moody - Comentários de Gênesis Capítulo 22 do versículo 1 até o 19

Gênesis 22


12) Abraão e Isaque. Gn 22:1-19.

O supremo teste da fé e obediência de Abraão veio depois da partida de Ismael, quando todas aS esperanças para o futuro estavam alojadas em Isaque.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Gênesis Capítulo 22 do versículo 1 até o 24
Gn 22:1

4. O SACRIFÍCIO DE ISAQUE (Gn 22:1-14). Tentou Deus a Abraão (1). A seqüência disso pode ser reconhecida nas palavras: "porque agora sei que temes a Deus" (12). Teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas (2). Cada palavra adiciona emoção à história. A terra de Moriá (2). Nada existe na topografia antiga para precisar a localização exata desse lugar, nem o próprio monte, ainda que 2Cr 3:1 identifique a colina do tempo como "monte de Moriá". Oferece-o (2). Sacrifício de crianças era algo comum na época de Abraão. Três propósitos foram servidos por esse mandamento: testar Abraão; expressar o aborrecimento de Deus quanto aos sacrifícios infantis; e exibir Cristo, "o Cordeiro de Deus". Voltaremos a vós (5). Evidentemente Abraão cria que ambos voltariam. Mediante He 11:17-58 é possível concluir-se que Abraão pensava que Isaque poderia ser ressuscitado dos mortos. Foram ambos juntos (6). A repetição destas palavras, no versículo 8, nos faz penetrar no patético da caminhada. A narrativa inteira se caracteriza por uma dignidade simples.

>Gn 22:8

Deus proverá para si o cordeiro (8). Que será que Abraão quis dizer? Parece que falou melhor do que sabia, tanto no que dizia respeito às circunstâncias imediatas como também em relação à provisão final com a qual Deus se proveria de um "cordeiro". Em conexão com a peregrinação que estavam fazendo a Moriá, alguns comentaristas pensam que Abraão tinha a íntima convicção que de alguma maneira Deus faria alguma coisa sobre a questão quando chegassem ao local de sacrifício; outros comentaristas, porém, são da opinião que Abraão esperava plenamente que sacrificaria seu filho, mas que Deus de algum modo haveria de trazer de volta a Isaque dentre os mortos. O anjo do Senhor (11). Se o "anjo" é Aquele que pensamos ser, quão significativo é isso, em vista de todas as grandes coisas para as quais esta cena aponta, que "o anjo" é que tenha clamado do céu! Em lugar de seu filho (13). Aqui temos um exemplo perfeito de substituição. Conf. Jo 1:29; Rm 5:6. O Senhor proverá (14). Em heb. "Yahveh-jireh", e em versículo 8: "Elohim-jireh". Aqui temos evidência do uso bem antigo de nome Jeová, e a conexão que aqui se encontra entre ’ Elohim-jireh e Jeová-jireh mostra que os diferentes nomes divinos não podem denotar aqui diferentes autores.

>Gn 22:15

5. DEUS ABENÇOA A ABRAÃO (Gn 22:15-19). Por mim mesmo jurei (16). Observe-se como isso é anotado em He 6:17.

>Gn 22:20

6. OS PARENTES DE ABRAÃO (Gn 22:20-24). O interesse da história começa agora a ser transferido para Isaque, e os detalhes deste parágrafo são dados a fim de mostrar a família da qual a esposa de Isaque haveria de vir. Os nomes de Uz e Buz (21) aparecem ambos novamente no livro de Jó (ver 1:1; 32:2). Rebeca (23) era neta de Naor e prima em segundo grau de Isaque.


Dicionário

Abraão

Nome Hebraico - Significado: Pai das multidões.

pai de muitos povos

Abraão [Pai de uma Multidão] - Filho de Terá e descendente de Sem. Deus o chamou em Ur da CALDÉIA para dar começo à nação hebraica (Gn 12:1—25:
1) 0). Por causa da sua fidelidade, tornou-se o pai dos crentes de todos os tempos (Gl 3:6-7).

Abraão 1. Patriarca. Filho de Taré ou Tera, pai dos hebreus, pai dos que crêem e amigo de Deus (Gn 15:1-18; 16,1-11; 18,1-19.28; 20,1-17; 22,1-14; 24). Segundo Jesus, no final dos tempos e junto ao patriarca, desfrutarão do banquete do Reino de Deus não somente os israelitas como também os gentios que creram no Cristo. 2. Seio de. Na literatura judaica, como por exemplo: Discurso a los griegos acerca del Hades, de Flávio Josefo, o lugar do sheol ou hades, donde os justos esperavam conscientemente a descida do Messias, que os arrebataria ao céu. Esse é o sentido que os Evangelhos expressam, como o relato do homem rico e Lázaro de Lc 16:19-31.

Berseba

-

Poço do Juramento, mas segundooutros, Poço dos sete (Gn 21:22-33 – 26.26 a 33). Tendo sido outrora um sítio de certa importância, é hoje, sob o nome moderno de Bir-es-Seba, apenas um lugar de ruínas, com dois imensos poços, cercados de bebedouros de pedra para uso dos animais. Embora não estivesse na extremidade de Judá, pois estava a uns 95 km para dentro do território da Palestina, existia à beira das terras cultivadas de Simeão, e por isso era costume na conversação vulgar significar Berseba o limite meridional de todo o país: nisto se originaram as freqüentes frases: ‘De Dã até Berseba’ (2 Sm 17.11), de ‘Geba até Berseba’ (2 Rs 23.8). Foi perto deste poço, ou poços, que Abraão, isaque e Jacó, residiram, ali matando a sede de seus rebanhos. Situada a cidade cerca de 32 km ao sul de Hebrom, caiu, por fim, nas mãos de Simeão (Js 15:28-19.2). Em Berseba também viviam os filhos de Samuel (1 Sm 8.2), e em tempos posteriores chegou a haver nesta povoação imagens, com as quais pretendiam representar o verdadeiro Deus (Am 5:5 – 8.14). Alguns dos que voltaram do exílio estabeleceram ali a sua residência no tempo de Neemias (Ne 11:27-30). Além dos dois poços circulares, acima mencionados, com 15 metros de profundidade, há indícios de que outros poços ali havia, mas é duvidoso que tenha sido de sete o seu número. Na história dos primeiros tempos do Cristianismo ocorre o nome de Berseba em listas eclesiásticas, como cidade episcopal sob a jurisdição do Bispo de Jerusalém (620 d.C.).

Berseba [Poço das Sete] - Nome de um poço que Abraão cavou no deserto e onde ele e ABIMELEQUE 1, fizeram um acordo de amizade. Como sinal desse trato, Abraão deu a Abimeleque sete cordeiras; daí o nome do lugar (Gn 21:22-34).

Então

advérbio Agora ou naquela circunstância: acabei então de perceber que havia sido enganada!
Em determinada situação; nessa circunstância: o chefe está bem-humorado, então não há discussão.
Numa situação futura; num momento afastado do presente: você precisa se casar, então irá entender do que estou falando.
interjeição Que demonstra espanto; em que há admiração: então, você se casou?
Que se utiliza para animar (alguém): então, força!
substantivo masculino Período de tempo que passou: numa lembrança de então, recordou-se da juventude.
Etimologia (origem da palavra então). Do latim in + tunc/ naquele momento.

Habitar

verbo transitivo direto e transitivo indireto Morar; ter como residência fixa: habitava um apartamento novo; habitam em uma cidade pequena.
Figurado Permanecer; faz-ser presente: um pensamento que habitava sua mente; Deus habita na alma de quem crê.
verbo transitivo direto Povoar; providenciar moradores ou habitantes: decidiram habitar o deserto com presidiários.
Etimologia (origem da palavra habitar). Do latim habitare.

Habitar Morar (Sl 23:6; At 7:48).

Juntos

masc. pl. de junto

jun·to
(latim junctus, -a, -um, ligado, atado, contínuo, consecutivo)
adjectivo
adjetivo

1. Que se juntou; que está em contacto físico com (ex.: tinha de ter as mãos juntas para o jogo). = LIGADO, PEGADO, UNIDOAFASTADO, SEPARADO

2. Que se encontra a pouca distância de outro (ex.: as casas do bairro estão juntas). = ADJACENTE, PRÓXIMO, VIZINHOAFASTADO, DISTANTE

3. Que se encontra reunido em par ou em grupo (ex.: eles estão juntos há pouco tempo; os rapazes estavam juntos). = AGRUPADO, UNIDOAFASTADO, SEPARADO

advérbio

4. Estando unido ou ligado a outro. = JUNTAMENTE

5. Perto, ao lado (ex.: a farmácia está junto do supermercado).LONGE


junto com
Acompanhado de ou em conjunto com. = JUNTAMENTE COM

por junto
Por grosso ou atacado; de uma vez; ao mesmo tempo.


Levantar

verbo transitivo direto e pronominal Pôr ao alto; erguer: levantar uma mesa; levantou-se do sofá.
verbo transitivo direto , bitransitivo e pronominal Erguer do chão; dar mais altura a; apanhar, hastear: levantar uma casa, uma bandeira; levantou um muro na sala; o carro não se levanta sozinho!
verbo transitivo direto e intransitivo Aumentar a intensidade de; reforçar: levantou a voz; sua voz levantou.
verbo bitransitivo Levar na direção mais alta; elevar: levantar a cabeça para ver melhor.
verbo transitivo direto Expor como uma ideia; sugerir: levantar questões.
Espalhar em várias direções; dispersar: o carro levantou muita poeira.
Incentivar uma rebelião; revoltar: discursos inflamados levantaram o povo.
Reunir em grande quantidade; arrecadar: levantar recursos para a igreja.
Passar a possuir; receber: foi ao banco e levantou vultosa soma.
Dar por findo; encerrar: levantar a sessão.
Elogiar muito algo ou alguém; enaltecer: levantou seus feitos no livro.
Elevar-se nos ares (o avião); voar: levantar voo.
verbo intransitivo Deixar de chover: o tempo levantou.
verbo pronominal Pôr-se de pé; erguer-se; acordar: levanto-me cedo.
Voltar a ter boa saúde: levantei-me depois daquela doença.
Exaltar-se; manifestar-se: a opinião pública facilmente se levanta.
Levantar-se contra alguém; insultar: meu filho se levantou contra mim.
Erguer-se no horizonte: o Sol ainda não se levantou.
verbo transitivo direto predicativo Eleger uma pessoa em detrimento dos demais: Canudos levantou Antônio Conselheiro seu líder.
Etimologia (origem da palavra levantar). Do latim levantare, "erguer".

Moços

masc. pl. de moço
Será que queria dizer moços?

mo·ço |ô| |ô|
(origem controversa)
adjectivo
adjetivo

1. Que é jovem.

2. Que ainda não parece velho.

3. Figurado Inexperiente, imprudente.

nome masculino

4. Indivíduo que está na idade juvenil. = JOVEM

5. Criado, empregado.

6. Pessoa que serve em casas ou o público em trabalhos humildes.

7. [Portugal: Minho] Pau que sustenta o cabeçalho do carro, depois de tirado o jugo.


moço de estribeira
O que vai andando ao lado do cavaleiro.

moço de fretes
Pessoa que transporta carga. = CARREGADOR, CARREJÃO

Pessoa contratada para fazer vários tipos de recados ou tarefas.

Plural: moços |ô|.

mo·có 1
nome masculino

1. [Zoologia] Animal roedor do Brasil.

2. Saco de peles de animais.


mo·cô
(origem duvidosa)
nome masculino

1. [Brasil: Alagoas] [Etnografia] Feitiço, bruxaria.

2. [Brasil: Alagoas] [Etnografia] Amuleto, talismã.


Sinónimo Geral: MOCÓ


mo·có 2
(origem duvidosa)
nome masculino

1. [Brasil: Alagoas] [Etnografia] Feitiço, bruxaria.

2. [Brasil: Alagoas] [Etnografia] Amuleto, talismã.


Sinónimo Geral: MOCÔ


Tornar

verbo pronominal , transitivo direto predicativo e bitransitivo Alterar, modificar ou passar a possuir uma nova condição, estado: ele se tornou médico; a mãe tornou a filha escritora.
Retornar ao local de onde se estava; regressar: ele tornou a chegar; os tripulantes tornaram-se para o avião.
verbo bitransitivo Retornar algo a alguém; devolver: tornou o cão ao dono.
Fazer a tradução de um idioma para outro: tornou o texto inglês em português.
Guiar novamente; reconduzir: o guarda tornou o motorista à igreja.
verbo transitivo indireto Voltar, regressar a um estado anterior: preferia tornar à minha juventude.
Analisar novamente; falar sobre o mesmo assunto outra vez: o médico tornou ao tratamento.
verbo intransitivo Expressar-se ou transmitir novamente: a felicidade nunca mais tornou.
Dar como resposta; responder: -- Não vou à festa, tornou a namorada.
verbo pronominal Pedir ajuda; apelar: sozinho, não tinha a quem se tornar.
Etimologia (origem da palavra tornar). Do latim tornare.

tornar
v. 1. tr. ind., Intr. e pron. Vir de novo onde esteve; voltar, regressar. 2. tr. dir. Devolver, restituir. 3. tr. dir. e pron. Converter(-se), fazer(-se). 4. tr. dir. e pron. Mudar(-se), transformar(-se). 5. tr. dir. Traduzir, trasladar, verter. 6. Intr. Replicar, responder. 7. tr. dir. Unido a um infinitivo com a preposição a, exerce a função de verbo auxiliar e denota a continuação ou repetição da ação: Várias vezes dobrou e tornou a erguer-se. T. à vaca fria: voltar à vaca-fria.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Gênesis 22: 19 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Então Abraão tornou aos seus moços, e levantaram-se, e foram juntos para Berseba; e Abraão habitou em Berseba.
Gênesis 22: 19 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

2054 a.C.
H1980
hâlak
הָלַךְ
ir, andar, vir
(goes)
Verbo
H3162
yachad
יַחַד
juntos
(together)
Substantivo
H3427
yâshab
יָשַׁב
e morava
(and dwelled)
Verbo
H413
ʼêl
אֵל
até
(unto)
Prepostos
H5288
naʻar
נַעַר
menino, moço, servo, jovem, criado
(the young men)
Substantivo
H6965
qûwm
קוּם
levantar, erguer, permanecer de pé, ficar de pé, pôr-se de pé
(that rose up)
Verbo
H7725
shûwb
שׁוּב
retornar, voltar
(you return)
Verbo
H85
ʼAbrâhâm
אַבְרָהָם
Abraão
(Abraham)
Substantivo
H884
Bᵉʼêr Shebaʻ
בְּאֵר שֶׁבַע
ingrato
(ungrateful)
Adjetivo - Masculino no Plurak acusativo


הָלַךְ


(H1980)
hâlak (haw-lak')

01980 הלך halak

ligado a 3212, uma raiz primitiva; DITAT - 498; v

  1. ir, andar, vir
    1. (Qal)
      1. ir, andar, vir, partir, proceder, mover, ir embora
      2. morrer, viver, modo de vida (fig.)
    2. (Piel)
      1. andar
      2. andar (fig.)
    3. (Hitpael)
      1. percorrer
      2. andar ao redor
    4. (Nifal) liderar, trazer, levar embora, carregar, fazer andar

יַחַד


(H3162)
yachad (yakh'-ad)

03162 יחד yachad

procedente de 3161; DITAT - 858b; n m

  1. união, unidade adv
  2. junto, ao todo, todos juntos, igualmente

יָשַׁב


(H3427)
yâshab (yaw-shab')

03427 ישב yashab

uma raiz primitiva; DITAT - 922; v

  1. habitar, permanecer, assentar, morar
    1. (Qal)
      1. sentar, assentar
      2. ser estabelecido
      3. permanecer, ficar
      4. habitar, ter a residência de alguém
    2. (Nifal) ser habitado
    3. (Piel) estabelecer, pôr
    4. (Hifil)
      1. levar a sentar
      2. levar a residir, estabelecer
      3. fazer habitar
      4. fazer (cidades) serem habitadas
      5. casar (dar uma habitação para)
    5. (Hofal)
      1. ser habitado
      2. fazer habitar

אֵל


(H413)
ʼêl (ale)

0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

partícula primitiva; DITAT - 91; prep

  1. para, em direção a, para a (de movimento)
  2. para dentro de (já atravessando o limite)
    1. no meio de
  3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
  4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
  5. em adição a, a
  6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
  7. de acordo com (regra ou padrão)
  8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
  9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

נַעַר


(H5288)
naʻar (nah'-ar)

05288 נער na ar̀

procedente de 5287; DITAT - 1389a; n m

  1. menino, moço, servo, jovem, criado
    1. menino, moço, jovem
    2. servo, criado

קוּם


(H6965)
qûwm (koom)

06965 קום quwm

uma raiz primitiva; DITAT - 1999; v.

  1. levantar, erguer, permanecer de pé, ficar de pé, pôr-se de pé
    1. (Qal)
      1. levantar
      2. levantar-se (no sentido hostil)
      3. levantar-se, tornar-se poderoso
      4. levantar, entrar em cena
      5. estar de pé
        1. manter-se
        2. ser estabelecido, ser confirmado
        3. permanecer, resistir
        4. estar fixo
        5. ser válido (diz-se de um voto)
        6. ser provado
        7. está cumprido
        8. persistir
        9. estar parado, estar fixo
    2. (Piel)
      1. cumprir
      2. confirmar, ratificar, estabelecer, impor
    3. (Polel) erguer
    4. (Hitpael) levantar-se, erguer-se
    5. (Hifil)
      1. levar a levantar, erguer
      2. levantar, erigir, edificar, construir
      3. levantar, trazer à cena
      4. despertar, provocar, instigar, investigar
      5. levantar, constituir
      6. fazer ficar em pé, pôr, colocar, estabelecer
      7. tornar obrigatório
      8. realizar, levar a efeito
    6. (Hofal) ser levantado

שׁוּב


(H7725)
shûwb (shoob)

07725 שוב shuwb

uma raiz primitiva; DITAT - 2340; v.

  1. retornar, voltar
    1. (Qal)
      1. voltar, retornar
        1. voltar
        2. retornar, chegar ou ir de volta
        3. retornar para, ir de volta, voltar
        4. referindo-se à morte
        5. referindo-se às relações humanas (fig.)
        6. referindo-se às relações espirituais (fig.)
          1. voltar as costas (para Deus), apostatar
          2. afastar-se (de Deus)
          3. voltar (para Deus), arrepender
          4. voltar-se (do mal)
        7. referindo-se a coisas inanimadas
        8. em repetição
    2. (Polel)
      1. trazer de volta
      2. restaurar, renovar, reparar (fig.)
      3. desencaminhar (sedutoramente)
      4. demonstrar afastamento, apostatar
    3. (Pual) restaurado (particípio)
    4. (Hifil) fazer retornar, trazer de volta
      1. trazer de volta, deixar retornar, pôr de volta, retornar, devolver, restaurar, permitir voltar, dar em pagamento
      2. trazer de volta, renovar, restaurar
      3. trazer de volta, relatar a, responder
      4. devolver, retribuir, pagar (como recompensa)
      5. voltar ou virar para trás, repelir, derrotar, repulsar, retardar, rejeitar, recusar
      6. virar (o rosto), voltar-se para
      7. voltar-se contra
      8. trazer de volta à memória
      9. demonstrar afastamento
      10. reverter, revogar
    5. (Hofal) ser devolvido, ser restaurado, ser trazido de volta
    6. (Pulal) trazido de volta

אַבְרָהָם


(H85)
ʼAbrâhâm (ab-raw-hawm')

085 אברהם ’Abraham

forma contrata procedente de 1 com uma raiz não usada (provavelmente significando ser populoso), grego 11 Αβρααμ; DITAT - 4b; n pr m Abraão = “pai de uma multidão” ou “chefe de multidão”

  1. amigo de Deus e fundador da nação dos hebreus através da aliança e eleição de Deus

בְּאֵר שֶׁבַע


(H884)
Bᵉʼêr Shebaʻ (be-ayr' sheh'-bah)

0884 באר שבע B e’er Sheba ̂ ̀

procedente de 875 e 7651 (no sentido de 7650); n pr loc Berseba = “poço dos sete juramentos”

  1. uma cidade no extremo sul de Israel