Enciclopédia de Gênesis 31:48-48

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

gn 31: 48

Versão Versículo
ARA E disse Labão: Seja hoje este montão por testemunha entre mim e ti; por isso, se lhe chamou Galeede
ARC Então disse Labão: Este montão seja hoje por testemunha entre mim e ti: por isso se chamou o seu nome Galeede,
TB Disse Labão: Este montão é testemunha entre mim e ti. Por isso, se lhe chamava Galeede
HSB וַיֹּ֣אמֶר לָבָ֔ן הַגַּ֨ל הַזֶּ֥ה עֵ֛ד בֵּינִ֥י וּבֵינְךָ֖ הַיּ֑וֹם עַל־ כֵּ֥ן קָרָֽא־ שְׁמ֖וֹ גַּלְעֵֽד׃
BKJ E Labão disse: Este montão é uma testemunha entre mim e ti neste dia. Por isso, foi o nome dele chamado Galeede,
LTT Então disse Labão: Este montão seja hoje por testemunha entre mim e ti. Por isso se chamou o seu nome Galeede,
BJ2 Disse Labão: "Que este monte seja hoje um testemunho entre mim e ti." Por isso o chamou de Galed,
VULG Dixitque Laban : Tumulus iste erit testis inter me et te hodie, et idcirco appellatum est nomen ejus Galaad, id est, Tumulus testis.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Gênesis 31:48

Gênesis 31:23 Então, tomou consigo os seus irmãos e atrás dele seguiu o seu caminho por sete dias; e alcançou-o na montanha de Gileade.
Deuteronômio 2:36 Desde Aroer, que está à borda do ribeiro de Arnom, e a cidade que está junto ao ribeiro, até Gileade, nenhuma cidade houve que de nós escapasse; tudo isto o Senhor, nosso Deus, nos entregou diante de nós.
Deuteronômio 3:16 Mas aos rubenitas e gaditas dei desde Gileade até ao ribeiro de Arnom, o meio do ribeiro e o termo; e até ao ribeiro de Jaboque, o termo dos filhos de Amom,
Josué 13:8 Com a outra meia tribo os rubenitas e os gaditas já receberam a sua herança, a qual lhes deu Moisés dalém do Jordão, para o oriente, como já lhes tinha dado Moisés, servo do Senhor,
Josué 24:27 E disse Josué a todo o povo: Eis que esta pedra nos será por testemunho; pois ela ouviu todas as palavras que o Senhor nos tem dito; e também será testemunho contra vós, para que não mintais a vosso Deus.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

OS PATRIARCAS: AS EVIDÊNCIAS BÍBLICAS

Início do segundo milênio a.C.

UM CONTEXTO CRONOLÓGICO

Gênesis 12:50 trata da relação de Deus com um homem, Abraão, e seus descendentes: Isaque, Jacó (Israel) e seus doze filhos, dos quais José é o mais destacado. É difícil situar os "patriarcas", como costumam ser chamados, num período histórico exato. Para isso, é preciso considerar, em grande medida, a data fornecida para um acontecimento posterior da história bíblica, a saber, o êxodo, para o qual são definidas duas datas (como veremos em detalhes mais adiante).
Uma das datas para o êxodo é 1447 a.C.' Considerando-se que os israelitas permaneceram no Egito durante 430 anos, pode-se concluir que Jacó e seus filhos chegaram ao Egito em 1877 a.C. Assim, Abraão deve ter nascido na metade do século XXII a.C.
A outra data para o êxodo é c. 1270 a.C. Aceitando-se os mesmos dados mencionados acima, Abraão deve ter nascido por volta de 2000 a.C.
Alguns estudiosos também consideram que a estadia de Israel no Egito foi mais curta e situam os patriarcas num período posterior (mais próximo de nossa época), entre os séculos 20 e XVI a.C., a Média Idade do Bronze II.

ABRÃO VIAJA DE UR PARA HARÀ Tera, o pai de Abrão (como ele era conhecido naquele tempo), deixou "Ur dos caldeus"* e se assentou em Harà, na fronteira norte da Mesopotâmia, 32 km a sudeste da atual cidade turca de Urfa. Para alguns, Ur e Urfa se referem ao mesmo lugar, mas, nesse caso, Abrão teria voltado pelo mesmo caminho de onde veio antes de partir para Canaâ. Na verdade, a designação "Ur dos caldeus" resolve a questão. Os caldeus foram um povo que viveu no sul do Iraque do final do segundo milênio em diante.
Assim, Ur dos caldeus deve ser identificada com a cidade famosa de Ur, no sul do Iraque, conhecida hoje como Tell el- Muqayyar. Ur era um dos centros de uma civilização sofisticada vários séculos antes de Abraão, como indicam o Cemitério Real de Ur e o zigurate (templo em forma de torre) de Ur-Nammu, datados respectivamente de c. 2500 a.C. e 2113-2096 a.C.

ABRÃO VIAJA DE CANAÁ PARA O EGITO

Quando Abrão estava com cerca de 75 anos de idade, ele respondeu ao chamado de Deus para deixar seu país, seu povo e a casa de seu pai e se dirigir à terra que o Senhor lhe mostraria.* Abrão foi para Canaã, a terra prometida, mas uma grave escassez de alimento o levou a buscar refúgio no Egito. Lá, sua esposa Sarai (chamada posteriormente de Sara) chamou a atenção do Faraó.

EM CANAÃ

Ao voltar a Canaã, Abrão se tornou extremamente rico em rebanhos, prata e ouro. Tinha tantos rebanhos que precisou se separar de seu sobrinho, Ló, o qual escolheu armar suas tendas próximo a Sodoma, cujos habitantes eram conhecidos por sua grande perversidade. De acordo com Gênesis 19:24-25, "fez o Senhor chover enxofre e fogo, da parte do Senhor, sobre Sodoma e Gomorra. E subverteu aquelas cidades, e toda a campina". Não há dúvidas que Sodoma e Gomorra ficavam próximas, ou talvez debaixo, do atual mar Morto, mas é impossível determinar a localização exata das duas cidades proporção extraordinária de sal (25 por cento) do mar Morto pode ser evidência dessa calamidade.
Abrão (Pai exaltado) se tornaria Abraão (Pai de muitos)." ¡ Agar, a serva de Sara, lhe deu à luz Ismael e a própria Sara lhe deu à luz Isaque (o filho da promessa).° Quando Sara faleceu em Quiriate-Arba (atual Hebrom), Abraão comprou de Efrom, o heteu, um campo com uma caverna e ali sepultou a esposa. Posteriormente, Abraão, seu filho Isaque, Rebeca, esposa de Isaque, seu filho Jacó e Lia, a esposa de Jacó, também foram sepultados nesse local.
Isaque reabriu os poços que haviam sido cavados por Abraão no vale de Gerar e, de acordo com João 4:5-6, Jacó cavou um poço em Sicar, próximo a Siquém.
Fica evidente que os patriarcas eram homens de grande riqueza e influência em Canaã. Abrão tinha trezentos e dezoito "homens dos mais capazes" à sua disposição.' Aliás, a expressão "homens dos mais capazes" é bastante antiga, pois também aparece em textos egípcios de execração (maldição) do final do século XIX a.C. Os patriarcas se casaram com parentas: Isaque se casou com Rebeca, sobrinha neta de seu pai, e Jacó se casou com suas primas Lia e Raquel. Essas três mulheres eram da região de Harã, também chamada Harâ- Naharaim e Pada-Arã.

 

 

Por Paul Lawrence


Árvore genealógica dos patriarcas
Árvore genealógica dos patriarcas
Viagem de Abraão: Saiu de Ur, no sul do Iraque em direção a Harã.
Viagem de Abraão: Saiu de Ur, no sul do Iraque em direção a Harã.

OS PATRIARCAS NA PALESTINA

Os patriarcas de Gênesis passaram a vida na Terra Prometida, dentro da metade sul da Cadeia Montanhosa Central. Só em breves ocasiões suas viagens os levaram temporariamente para fora dessa região - a exceção foi quando Jacó deixou Cana para ficar, por bastante tempo, na terra dos antepassados, no norte da Mesopotâmia (Gn 28:10-33.
20) [v. mapa 30]. Mas, enquanto viveram na terra, a Bíblia diz que estabeleceram residência, construíram altares e adoraram o Senhor em Siquém, Betel, Hebrom/Manre e Berseba. Eles e suas mulheres foram enterrados na mesma região, seja na tumba da família em Manre/Hebrom, em Siquém, seja na sepultura de Raquel. Quando Jacó voltava a Canaã, depois de passar 20 anos na casa de Labão (Gn 31:41), chegou ao rio Jaboque. Ali ficou sabendo que seu irmão, Esaú, estava a caminho para se encontrar com ele, o que o levou a passar uma noite lutando (Gn 32:6-7,22-30). A narração do capítulo 32 (o final do tempo que passou fora) é uma conclusão apropriada para a narração do capítulo 28 (o início do tempo, quando saiu de casa). Os dois textos descrevem lacó sozinho à noite, enfrentando uma crise, encontrando-se com "anjos de Deus" (Gn 28:12-32.
1) e batizando um lugar com um novo nome (Betel, 28.19; Peniel, 32.30).
A localização de Maanaim e Peniel, ambos na Transjordânia, é incerta, exceto que estão situados junto ao desfiladeiro de Jaboque. Maanaim foi dado à tribo de Gade (Is 13:26), mas ficava na fronteira com Manassés (Is 13:30) [v. mapa 40]. A cidade foi uma cidade levítica (Js 21:38-39) [mapa 41], residência régia de Es-Baal (25m 2.8,12) e refúgio temporário para Davi, quando fugiu de Absalão (25m 17.24- 27). No mapa, Maanaim tem sido colocada conjecturalmente no sítio de T. er-Reheil, onde a principal estrada norte-sul, vinda de Damasco, chega perto do rio Jaboque e cruza com uma estrada secundária que vai para o oeste, na direção do Jordão [v. mapa 27]. Peniel deve ter sido próxima, embora ficasse entre Maanaim (Gn 32:1) e Sucote (33.17), possivelmente em T. edh-Dhahab esh-Shargia.
Depois de voltar da Mesopotâmia, Jacó viajou de onde residia, em Betel, para estar com seu pai, Isaque, em Hebrom/ Manre (Gn 35:1-27). Mas, enquanto a caravana viajava pela estrada, chegou a hora de Raquel dar à luz Benjamim. Ela morreu durante o parto e foi enterrada ali (Gn 35:16-20). Desde o século 4 d.C., viajantes e peregrinos têm visitado um "túmulo de Raquel" no extremo norte de Belém, junto à estrada de Jerusalém. Presume-se que o local foi estabelecido com base num comentário editorial em Gênesis 35:19-1% Mas um texto posterior deixa claro que Raquel foi sepultada "em Zelza, na fronteira (da tribo) de Benjamim" (1Sm 10:2). Embora Zelza seja um local desconhecido, sem nenhuma outra atestação, o contexto dessa referência é bastante claro. Procurando as jumentas perdidas de seu pai, Saul viajou de sua casa em Gibeá (T. el-Ful [1Sm 10:26]) para o norte, atravessando a região montanhosa de Efraim, regressou ao território de Benjamim (1Sm 9:4) e finalmente a Ramá, a cidade de Samuel (er-Ram [1Sm 9:5-10]). Ao voltar de Ramá para Gibeá, o texto bíblico diz que passou pelo túmulo de Raquel (1Sm 10:2).
Em ainda outro texto, o profeta Jeremias (31,15) associou o "choro de Raquel" diretamente à cidade de Ramá, também situada dentro do território de Benjamim. De modo que, embora a localização exata do túmulo de Raquel ainda seja um pouco debatida, não há quase nada que favoreça situá-lo em Belém. Nesse aspecto, pode ser relevante lembrar o exato fraseado da narrativa de Gênesis. O texto diz que Raquel foi sepultada "no caminho de Efrata (Belém]" (Gn 35:19; cp. 48.7b), "quando [..) ainda havia uma boa distância (lit. 'uma distância da terra'101 de Efrata" (Gn 35:16; cp. 48.7a).
Em qualquer das hipóteses, enquanto prosseguia sua viagem do túmulo de Raquel para Hebrom/Manre, Jacó chegou à Torre de Éder (Migdal-Éder (Gn 35:211), possivelmente situada nas vizinhanças de Salém ou Belém.
ABRÃO NA PALESTINA
ABRÃO NA PALESTINA
OS PATRIARCAS NA PALESTINA
OS PATRIARCAS NA PALESTINA

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

Galeede

Galeede (em hebraico: גלעד; gal, "um monte de pedras") é um nome cujo significado é "marco" ou "monte de testemunho", correspondente a Jegar-Saaduta em aramaico (Gênesis 31:47).

É aplicado ao marco levantado por Jacó e Labão, junto ao qual selaram uma aliança com uma refeição comum, em memória do que eles recorreram ao marco do silêncio para preservar. O antigo costume de associar eventos com objetos inanimados como testemunhas é muitas vezes ilustrada na história dos hebreus (Josué 4:4). Pode haver, nessa narrativa, uma sugestão de como o nome "Gileade" veio a ser aplicado a esse país.


Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Gênesis Capítulo 31 do versículo 1 até o 55
  1. Uma Reunião de Família (31:1-16)

O sucesso de Jacó com os rebanhos deu ocasião para os filhos de Labão (1) fazerem observações maliciosas sobre a honestidade do cunhado. Recusaram admitir sua habilidade como criador ou a providência de Deus na vida de Jacó. Pior ainda, Labão acreditou nos filhos, não levou em conta o fato de ele próprio ser desonesto e hostilizou Jacó. Evidentemente Jacó temeu por sua vida e buscou a orientação de Deus. O Senhor lhe deu permissão para voltar (3) e ressaltou de novo sua promessa: Eu serei contigo.

Não confiando nas pessoas do acampamento principal, Jacó pediu que Raquel e Léia (4) fossem ao local do seu campo para realizarem uma reunião de família.

Notando a mudança na atitude de Labão, Jacó destacou a presença de Deus em seus assuntos, sua diligência pessoal como pastor e a desonestidade de Labão. Jacó deu a Deus (9) todo o crédito pela prosperidade obtida, pela orientação na criação do rebanho e pela nova proposta de fugir para Canaã.

Neste assunto, Raquel e Léia (14) estavam unidas. Concordaram que o pai foi injusto. Lembraram com nítido ressentimento que Labão as humilhara quando as ven-deu como propriedade e usou o dinheiro (15) que pertencia a elas e a seus filhos. De boa vontade lhe deram o consentimento para retornar a Canaã.

  1. A Fuga e a Perseguição (31:17-24)

Jacó sagazmente tirou proveito do fato de Labão ter ido tosquiar as suas ove-lhas (19) que estavam em lugares distantes. Sem que ninguém soubesse, Raquel levou consigo os ídolos que eram equivalentes a títulos da propriedade de Labão.5 Sem dar indicação de suas intenções, Jacó e suas esposas dirigiram os rebanhos para o sul, atravessaram o rio Eufrates e passaram abaixo de Damasco, em direção ao planalto a leste do mar da Galiléia chamado montanha de Gileade (21; ver Mapas 1 e 2). Quando Labão ficou sabendo da fuga, reuniu alguns irmãos (23), ou seja, parentes, e perseguiu Jacó até alcançá-lo. Mas antes que Labão (24) encontrasse Jacó, Deus o encontrou em um sonho, advertindo-o a não tratar Jacó nem bem nem mal. Deus estava mostrando que Ele tem muitas maneiras de ajudar os que lhe pertencem.

  1. A Investigação (31:25-42)

O dramático encontro de Labão e Jacó é ardilosamente contado. Emoções variadas são reveladas de modo hábil e sutil e o suspense é mantido até o fim, com mudanças repentinas de ironia tornando interessante o todo.
Primeiramente, Labão atacou Jacó com indignação, acusando-o de ser ladrão que traficava vidas humanas. Acusou o genro de total descortesia ao fugir. Com um toque de autopiedade, Labão se descreveu como o mais generoso dos homens, privado de exibir afeto às suas filhas e da hospitalidade de dar uma festa de despedida. Com falsa virtude, Labão declarou que tinha o poder de punir severamente, mas que não o faria, porque Deus interveio.

Em seguida, Labão depreciou Jacó como rapaz saudoso de casa que tinha de voltar para a casa do pai (30). Mas também o acusou de salafrário odioso, que havia furtado os deuses de Labão.

Jacó não se defendeu. Apenas admitiu que foi o medo que o motivou, medo que estava baseado na profunda desconfiança da integridade de Labão e do seu uso irrespon-sável de força (31). Mas a última acusação de Labão feriu Jacó, que impulsivamente deu ao sogro a permissão de revistar o acampamento, acrescentando que se alguém fosse pego com os deuses (32) deveria morrer. Jacó não sabia que sua amada esposa, Ra-quel, era a parte culpada. Mas Raquel foi esperta e disse que não podia se levantar diante do pai porque estava menstruada. Ela colocou os objetos na albarda (sela) de um camelo, e assentara-se sobre eles (35).

Vexado por sua acusação parecer infundada, a raiva de Labão diminuiu. Agora foi a vez de Jacó enfurecer-se e censurar o sogro, exigindo uma explicação de suas ações. Labão o acusou de roubo, mas não conseguiu provas. Por sua vez, Jacó acusou Labão de há muito ser desonesto e de maltratá-lo. Pelo serviço diligente e irrestrito que Jacó pres-tou, Labão o havia explorado. Só as misericórdias providentes do Deus dos pais de Jacó o salvaram, e, ainda mais, Deus havia repreendido Labão em sonho recente (42).

  1. O Pacto de Paz (31:43-55)

Labão (43) estava em desvantagem, contudo protestou ilogicamente que as mulhe-res, as crianças e o gado lhe pertenciam. Se Jacó tivesse sido escravo, isso ficaria claro naquele dia, mas Jacó afirmou que era um verdadeiro genro. Certos estudiosos concluem que ele pode ter sido um filho adotado e, nesse caso, não haveria dúvida sobre o direito de propriedade.'

O sogro estava disposto a esquecer as sutilezas legais a favor de um concerto (44). Todos os detalhes externos da ação de fazer concerto estavam em concordância com as práticas vigentes naqueles dias: a pedra posta em coluna (45), o montão de pedras (46) sobre o qual comeram uma refeição e os votos ou juramentos feitos ali. Cada um deu ao lugar um nome em sua língua nativa: Labão, em aramaico, e Jacó, em hebraico. O termo aramaico, Jegar-Saaduta (47), e o hebraico, Galeede, querem dizer "o montão do testemunho".

O lugar também foi chamado Mispa (49), que significa "torre de vigia ou torre de observação". A declaração no versículo 49 tornou-se uma bênção entre os cristãos. Contu-do, neste contexto imediato a palavra transmite um aviso. O Senhor cuidaria para que Jacó não cruzasse para o norte daquele marcador de fronteira, nem Labão cruzaria para o sul dessa linha, para fazerem mal uns aos outros (cf. 52). Sendo a parte mais forte, Labão colocou várias limitações para Jacó no futuro. Ele tinha de tratar as filhas de Labão com decência e abster-se de tomar mais esposas. Mesmo que ninguém esteja conosco, atenta que Deus é testemunha entre mim e ti (50), observou Labão. Con-cluindo, cada um fez um juramento, Labão no nome do Deus de Abraão e do Deus de Naor (53). Jacó fez seu voto no nome do Deus do Temor de Isaque, seu pai. Depois dos votos, comeram a refeição comunal da carne de um animal sacrificado. Pela manhã, de madrugada, Labão era outro homem, despedindo-se com beijos afetuosos (55) e uma bênção divina.

Labão foi um homem imprevisível. Por um lado, mostrou hospitalidade ao servo de Abraão (24,31) e depois a Jacó. Exteriormente, deu mostras de bondade até a altercação final com Jacó. Por outro lado, astutamente se aproveitou do fato de Jacó desconhecer as leis locais e fez o melhor que pôde para explorar Jacó e as filhas. Ironicamente, acabou perdendo as filhas, seu melhor pastor, seus netos e grande parte dos rebanhos. Depois do pacto em Galeede, ele nunca mais os viu. Deu a impressão de ser virtuoso, mas na verda-de não dava valor algum à vida íntegra.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Gênesis Capítulo 31 do versículo 1 até o 55
*

31.15-55 Em cumprimento à sua promessa em 28.15, o Senhor levou Jacó de volta à terra prometida com grande riqueza às custas de Labão, e acima da oposição do mesmo (v. 42). Deus permaneceu firme às suas promessas a despeito das maquinações de Jacó e da idolatria pagã de sua casa (v. 19 e nota; 28.20, nota).

* 31:3

Torna à terra. A partida de Jacó e seus filhos de Padã-Arã prenuncia o êxodo das doze tribos de Israel do Egito: eles vão em resposta a um chamado de Deus para adorar na terra de Canaã (vs. 3, 13; conforme 13 2:3-18'>Êx 3:13-18); eles despojam o inimigo de sua riqueza (v. 9; conforme Êx 12:35, 36); eles são perseguidos por forças superiores e salvos por intervenção divina (vs. 21-42; conforme Êx 14:5-31). Estes exemplos do Antigo Testamento, por sua vez, apontam para a peregrinação do Novo Israel, a igreja (1Co 10:1-4).

eu serei contigo. Ver 28.15 e notas.

* 31.4 Então, Jacó mandou vir. Jacó finalmente começou a responder a Deus com pronta obediência (conforme 12.4; 17.23; 22.3).

* 31.5 o Deus de meu pai tem estado comigo. Reconhecendo a fidelidade de Deus, Jacó estava pronto para cumprir seu voto (v. 13 28:20-22 e notas).

* 31.6 com todo empenho. Ver nota em 29.10.

*

31.7 dez vezes. O número dez significava completitude; Jacó esteja talvez deplorando a magnitude da desonestidade de Labão.

Deus não lhe permitiu. A despeito de seus próprios esquemas, Jacó reconheceu que o Senhor o abençoara.

* 31.8 salpicados… listados. Ver nota em 30:31-34.

* 31.9 Deus tomou. Através de seu comportamento desonesto para com Jacó, Labão ficou sujeito às maldições da aliança (12.3; 27.29).

* 31.11 Anjo de Deus. Ver nota em 16.7.

*

31.14-16 Em amargura contra seu pai desonesto (vs. 14-15) e em reconhecimento da providência de Deus (v. 16). Lia e Raquel decidiram seguir a Jacó.

* 31.15 nos vendeu. Elas se ressentiam do seu casamento “comprado”. O preço pago foi o trabalho de Jacó (29.18, 27).

consumiu tudo o que nos era devido. Esta frase ocorre em contextos sociais semelhantes nos textos mesopotâmicos de Nuzi (c. 1500 a.C.). Legalmente, pelo menos parte da compensação recebida pelo pai quando cedia a filha em casamento deveria ser dada à própria filha.

* 31.18 Padã-Arã. Ver nota em 25.20.

* 31.19 os ídolos do lar. Pequenos deuses domésticos, ou teraphim, eram usados como amuletos de proteção e também em práticas de adivinhação (30.27, nota; Ez 21:21; Zc 10:2). Ao contrário de Sara e Rebeca, Raquel não desistiu de seus ídolos pagãos ou de sua ética (vs. 34, 35; 35.2).

*

31.23 seus irmãos. Labão tinha superioridade militar (v. 29).

* 31.24 veio Deus. Deus soberanamente protegeu Jacó, assim como tinha feito com Abraão (12.17; 20,3) e Isaque (26.8 e nota).

* 31.27 alegria… harpa. Novamente Labão apelou para o costume (conforme 29.26), desta vez reclamando que o ritual costumeiro de despedida não havia sido seguido (conforme 24.60).

* 31.29 Há poder em minhas mãos para vos fazer mal. Ver v. 23 e nota.

*

31.34 Raquel… assentada sobre eles. A narrativa expõe ao ridículo os deuses falsos — aqui os ídolos estão sob uma mulher menstruada (v. 35, nota; Lv 15:19-24).

apalpou. Ver referência lateral. A mesma palavra (também no v.
37) hebraica de 27.22. Confiando em seus sentidos, nem Isaque nem Labão descobriram a verdade (27.18-27, nota).

* 31.35 regras das mulheres. O período menstrual. A lei mosaica vai, mais adiante, especificar que mulheres nessa condição eram cerimonialmente impuras (Lv 15:19-24). Assim como no capítulo 27, o filho mais novo havia enganado seu pai.

* 31.39 sofri o dano. De acordo com a leis antigas que especificavam as responsabilidades dos pastores, como as que estão no código de Hamurabi (c. 1750 a.C.), Jacó não deveria ser responsável pelas perdas.

* 31.42 Se não fora o Deus. Ver 28.15, 20 e notas.

o Temor de Isaque. Ou, “aquele que atemoriza de Isaque”. Ver v. 53 e nota.

me despedirias agora de mãos vazias. Uma alusão a uma das faltas mais notáveis de Labão — sua falha em não pagar um salário justo ao trabalhador (29.25; 31.7, 41).

*

31.43 tudo o que vês é meu. A reivindicação de Labão mostra que o temor de Jacó era justificado (v. 31).

* 31.44 façamos aliança. Esta aliança, ou “tratado” (referência lateral), era como o tratado de não agressão entre Abraão e Isaque feito com os filisteus (21.27; 26.28), porém muito diferente da aliança que Deus fez com Abraão (15.8).

* 31.50 tomares outras mulheres além delas. A família de Terá dava valor à estrutura familiar, em contraste com os cananeus (24.3, 4; 26.34, 35; 27.46; 28.9 e notas). Esta proibição era comumente encontrada em contratos de casamento no antigo Oriente Próximo.

* 31.52 testemunha. Tomava-se por certo que as condições do tratado deveriam ser passadas fielmente às gerações seguintes.

*

31.53 O Deus de Abraão… Naor… pai. Labão, o pagão, aparentemente considerava o Deus de Abraão como um dos deuses de sua família. Terá, o pai de Abraão e Naor, foi provavelmente um adorador da lua em Ur (11.27, nota; Js 24:14).

Temor de Isaque, seu pai. Não igualando o Deus de Abraão com o deus de Naor, Jacó jurou pelo “Temor de Isaque, seu pai” (v. 42, nota), outro nome para o Deus de Abraão.

*

31.55 abençoou. Ver 24.60; 27.7; 28.1 e notas.



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Gênesis Capítulo 31 do versículo 1 até o 55
31:1, 2 A riqueza do Jacó provocou inveja nos filhos do Labán. Às vezes é muito difícil ser feliz quando a outros vai melhor que a nós. Comparar nossos êxitos com o de outros é uma forma perigosa de julgar a qualidade de nossa vida. Ao nos comparar com outros podem estar lhe dando pie à inveja. Evitaremos a inveja se aprendermos a nos regozijar com o êxito de outros (veja-se Rm 12:15).

31.4-13 Mesmo que Labán tratou ao Jacó injustamente, Deus seguiu prosperando ao Jacó. O poder de Deus não se limita pela falta de integridade de um homem. O Senhor tem poder para suprir nossas necessidades e nos fazer prósperos mesmo que outros nos tratem injustamente. Ceder um à tentação de pagar com outra injustiça é não ser diferentes a nossos inimigos.

31.14, 15 Ao Raquel e a Leoa não foi difícil deixar sua casa porque seu pai as tratava tão mal como ao Jacó. De acordo com o costume, deviam ter recebido os benefícios da dote que Jacó pagou por elas: quatorze anos de árduo trabalho. Quando Labán não lhes deu o que legitimamente lhes pertencia, compreenderam que nunca herdariam nada de seu pai. Por isso aprovaram de todo coração o plano do Jacó de tomar todas as riquezas que tinha ganho e partir.

31:19 Muita gente tinha pequenos ídolos de metal ou de madeira em suas casas ("deuses"). Chamavam-nos terafines, e se acreditava que protegiam a casa e davam conselhos em tempos de necessidade. Também tinham um significado legal, já que quando eram passados a um herdeiro, a pessoa que os recebia podia pedir legitimamente a maior parte da herança da família. Não é de sentir saudades que Labán se preocupasse quando se deu conta de que faltavam seus ídolos. O mais provável é que Raquel tenha roubado os ídolos de seu pai porque temia que este os consultasse e soubesse o lugar onde ela e Jacó se achavam. Por outro lado, talvez tenha querido reclamar a herança familiar.

31:32 Recorda você haver-se sentido absolutamente seguro de algo? Jacó estava tão seguro de que ninguém tinha roubado os ídolos do Labán que prometeu solenemente matar ao culpado. Devido a Raquel tomou, esta afirmação pôs em grave perigo a segurança de sua esposa. Mesmo que estejamos absolutamente convencidos de algo, é melhor evitar as declarações precipitadas. Possivelmente alguém possa demandar que as cumpra.

LABAN

Todos somos egoístas, mas alguns de nós exageramos esta debilidade. A vida inteira do Labán se encontrava marcada pelo egocentrismo. Sua meta principal era cuidar-se de si mesmo. A maneira em que tratava a outros se via afetada por essa meta. Tirou-lhe vantagem ao matrimônio de sua irmã Blusa de lã com o Isaque e utilizou a vida de suas filhas para negociar. À larga, Jacó foi melhor estrategista que Labán, mas este não esteve disposto a reconhecer sua derrota. Quando viu que já não podia dominar ao Jacó, tentou ter a última palavra e quis que Jacó lhe prometesse que se iria para sempre. deu-se conta de que Jacó e o Deus do Jacó eram mais do que ele podia dirigir.

Na superfície, pode-nos parecer difícil nos identificar com o Labán. Mas o egoísmo é algo que todos temos em comum. Como ele, freqüentemente temos uma forte tendência a controlar a outros e as circunstâncias para nosso proveito. As desculpas que nos damos para tratar a outros como o fazemos podem não ser mais que um fino disfarce de nossos motivos egoístas. Entretanto, possivelmente não reconheçamos nosso egoísmo. Uma maneira de notá-lo é examinar nossa disposição a reconhecer que estamos equivocados. Labán não podia fazê-lo. Se alguma vez lhe surpreender o que diz e faz para não enfrentar as coisas más que tem feito, está vislumbrando seu egoísmo em ação. Reconhecer o egoísmo é doloroso, mas é o primeiro passo no caminho de volta a Deus.

Pontos fortes e lucros:

-- Influenciou a duas gerações de matrimônios na família abrahámica (Blusa de lã, Raquel, Leoa)

-- Possuía um engenho agudo

Debilidades e enganos:

-- Manipulava e utilizava a outros para seu próprio benefício

-- Não estava disposto a reconhecer que tinha feito mal

-- Beneficiou-se economicamente do Jacó, mas nunca recebeu o benefício completo que pôde ter tido se tivesse conhecido e adorado ao Deus do Jacó

Lições de sua vida:

-- Os que tratam de aproveitar-se de outros à larga se dão conta de que se aproveitaram deles

-- Não se pode obstaculizar o plano de Deus

Dados gerais:

-- Onde: Farão

-- Ocupação: Próspero criador de ovelhas

-- Familiares: Pai: Betuel. Irmã: Blusa de lã. Cunhado: Isaque. Filhas: Raquel e Leoa. Genro: Jacó

Versículo chave:

"Se o Deus de meu pai, Deus do Abraão e temor do Isaque, não estivesse comigo, de certo me enviaria agora com as mãos vazias; mas Deus viu minha aflição e o trabalho de minhas mãos, e te repreendeu ontem à noite" (Gn 31:42).

A história do Labán se relata em Gênese 24:1-31.55.

31.38-42 Jacó se fez o hábito de fazer mais do que se esperava dele. Quando seus rebanhos se viam atacados, se fazia cargo de todas as perdas em lugar das dividir com o Labán. Trabalhava duro até depois de vários recortes em seu jornal. A diligência do Jacó à larga produziu bons resultados: seus rebanhos começaram a multiplicar-se. O hábito de fazer mais do que se espera de um pode dar bons resultados: (1) agradar a Deus, (2) ganhar reconhecimento e uma ascensão, (3) melhorar sua reputação, (4) obter que outros confiem em você, (5) adquirir novas experiência e maior conhecimento e (6) desenvolver a maturidade espiritual.

31:49 Para ser válido, qualquer acordo devia concretizar-se ante uma terceira pessoa. Neste caso, Jacó e Labán puseram a Deus como testemunha de que cumpririam sua palavra.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Gênesis Capítulo 31 do versículo 1 até o 55
d. A separação dolorosa (31: 1-32: 2)

1 E ele ouviu as palavras dos filhos de Labão, dizendo, é quem Jacó levado tudo o que era de nosso pai; e do que era de nosso pai adquiriu ele toda esta glória. 2 Viu também Jacó o rosto de Labão, e eis que não era para com ele como dantes. 3 E o Senhor disse a Jacó: Volta para a terra de teus pais, e para a tua parentela; e eu serei contigo. 4 E Jacó mandou chamar a Raquel e Lia ao campo, ao seu rebanho, 5 e disse-lhes: Vejo que o rosto de seu pai, que não é para mim como dantes; ., mas o Deus de meu pai tem estado comigo 6 E bem sabeis que com todas as minhas forças tenho servido a vosso pai. 7 Mas vosso pai me enganou e mudou o salário dez vezes; mas Deus não lhe permitiu que me fizesse mal. 8 Quando ele dizia assim: Os salpicados serão o teu salário; em seguida, todos os salpicados nua rebanho: e se ele dizia assim: Os listrados serão o teu salário; então nu todo o rebanho listrados. 9 modo que Deus tem tirado o gado de vosso pai, e tem dado a mim. 10 E aconteceu que, no momento em que o rebanho conceber, que eu levantei os meus olhos, e vi em um sonho, e eis que os bodes que cobriam o rebanho eram listrados, salpicados e malhados. 11 E o anjo do Senhor disse-me no sonho, Jacó, e eu disse: Eis-me aqui 12 E ele disse: , levanta agora os teus olhos e vê: todos os bodes que cobrem o rebanho são listrados, salpicados e malhados.: porque tenho visto tudo o que Labão te vem fazendo 13 Eu sou o Deus de Betel, onde ungiste um pilar, onde tu vowedst um voto para mim: agora Levanta-te, sai desta terra, e volta para a terra do teu nascimento. 14 E Raquel e Leah respondeu, e disse-lhe: Está ainda parte ou herança para nós na casa de nosso pai? 15 Não somos tidas por ele como estrangeiras? . para ele nos vendeu, e também consumiu todo o nosso dinheiro 16 Toda a riqueza que Deus tirou de nosso pai, que é nossa e de nossos filhos; portanto, tudo o que Deus te diz, fazer.

17 Então se levantou Jacó, pondo os seus filhos e suas mulheres sobre os camelos; 18 e levou todo o seu gado, e toda a sua fazenda, que ele tinha recolhido, o gado de sua obtenção, o que ele havia se reunido em Padã-Aram, para ir a Isaque, seu pai, na terra de Canaã. 19 Ora, tendo Labão ido tosquiar as suas ovelhas. Raquel furtou os ídolos que eram de seu pai 20 E Jacó roubou de surpresa na casa de Labão, o Sírio, em que ele não disse a ele que ele fugiu. 21 e fugiu com tudo o que tinha; e ele se levantou e passou o Rio, e foi em direção a montanha de Gileade.

22 E foi dito Laban no terceiro dia em que Jacó havia fugido. 23 E tomou seus irmãos com ele, e seguiram a viagem de sete dias; e ele alcançou-o na montanha de Gileade. 24 E veio Deus a Labão, o sírio em um sonho da noite, e disse-lhe: Guarda-te que tu não falar com Jacó nem bem nem mal. 25 E Laban veio com Jacó. Agora Jacó a sua tenda na montanha:. E Labão com os seus irmãos acamparam na montanha de Gileade 26 Labão disse a Jacó: Que fizeste, que tu iludiste para mim, e levaste minhas filhas como cativas ? da espada 27 Por que te fugir clandestinamente, e roubar longe de mim, e não me fizeste saber, para que eu possa te enviasse com alegria e com cânticos, com adufe e com harpa, 28 e te não sofrer me para beijá- meus filhos e minhas filhas?agora fizeste tolamente. 29 É o poder da minha mão para vos fazer mal. mas o Deus de vosso pai falou-me ontem à noite, dizendo: Guarda-te que tu não falar com Jacó nem bem nem mal 30 E agora, embora tu quiseste necessidades ter ido embora, porquanto tinhas saudades ferida após a casa de teu pai, mas por que fizeste roubado os meus deuses? 31 E Jacó respondeu, e disse a Labão: Porque eu estava com medo, porque eu disse: Para que não tomar as tuas filhas . de mim pela força 32 Com quem achares os teus deuses, ele não viverá diante de nossos irmãos descobre tu o que é teu comigo, e leva-o contigo. Pois Jacó não sabia que Raquel os tinha furtado.

33 E Labão na tenda de Jacó, e na tenda de Léia, e na tenda das duas servas; mas ele não os acharam. E ele saiu da tenda de Léia, e entrou na tenda de Raquel. 34 Ora, Raquel havia tomado os ídolos, e colocá-los na albarda do camelo, e sentou-se em cima deles. E Labão apalpou toda a tenda, mas não os achou. 35 E ela disse a seu pai: Não diga o meu senhor fique com raiva que eu não posso levantar-se diante de ti; pela forma das mulheres é em cima de mim. E ele procurou, mas não encontrou os ídolos.

36 E Jacó se indignou, e contendeu com Labão, e Jacó respondeu, e disse a Labão: Qual é a minha transgressão? qual é o meu pecado, que tu tens perseguido depois de mim? 37 Considerando tu sentia sobre todas as minhas coisas, que achaste de todos tua casa? Põe-no aqui diante de meus irmãos e de teus irmãos, para que eles julguem entre nós dois. 38 Esses 20 anos eu estive contigo; tuas ovelhas e as tuas cabras não lançaram seus filhotes, e os carneiros de tuas ovelhas jamais comi. 39 Aquilo que foi dilacerado por feras eu não te trouxe! Eu carrego o dano; da minha mão que te exigem que o furtado de dia como o furtado de noite. 40 Assim, eu era; no dia me consumia o calor, e de noite a geada; eo meu sono fugiu dos meus olhos. 41 Esses 20 anos eu estive em tua casa; Servi-te 14 anos para tuas duas filhas, e seis anos por teu rebanho, e livraste mudou o salário dez vezes. 42 Se o Deus de meu pai, o Deus de Abraão, o Temor de Isaque não fora por mim, certamente já tivesses tu me mandou embora de mãos vazias. Mas Deus tem visto a minha aflição eo trabalho das minhas mãos, e repreendeu-te ontem à noite.

43 Labão respondeu, e disse a Jacó: Estas filhas são minhas filhas, e estes filhos são meus filhos, e este rebanho é meu rebanho, e tudo o que vês é meu; e que eu posso fazer hoje a estas minhas filhas, ou ? a seus filhos que elas tiveram 44 Agora pois vem, e façamos um pacto, eu e tu; e deixá-lo seja por testemunho entre mim e ti. 45 E Jacó tomou uma pedra, e configurá-lo para um pilar. 46 E disse a seus irmãos: Ajuntai pedras; E tomaram pedras, e fizeram um montão, e comeram ali pelo heap. 47 E Labão chamou Jegarsaha-dutha: mas Jacó Galeede. 48 E disse Labão: Este montão é hoje testemunha entre mim e ti neste dia. Por isso era o nome do que chamou de Galeede: 49 . e Mispa, pois ele disse, Jeová assistir entre mim e ti, quando estivermos apartados um do outro 50 se tomares mulheres além das minhas filhas, embora ninguém está conosco; Veja, Deus é testemunha entre mim e ti. 51 E Labão disse a Jacó: Eis aqui este montão, e eis que o pilar, que pus entre mim e ti. 52 Este montão testemunha, e seja esta coluna testemunha de que eu vou não passarás este montão a ti, e que tu não passarás este montão e desta coluna a mim, para mal. 53 O Deus de Abraão, o Deus de Naor, o Deus do pai deles, julgue entre nós. E jurou Jacó pelo Temor de seu pai Isaque.54 E Jacó ofereceu um sacrifício na montanha, e convidou seus irmãos para comerem pão;. e comeram pão e passaram a noite na montanha de 55 e no início da manhã Laban levantou-se e beijou seus filhos e suas filhas, e os abençoou, e, partindo, voltou ao seu lugar. 1 Jacó também seguiu o seu caminho, e os anjos de Deus se encontrou com Ec 2:1 E Jacó disse, quando os viu. Este é o exército de Deus e ele chamou o nome daquele lugar Maanaim.

À medida que os anos foram passando, Jacó tornou-se ciente de crescente hostilidade por parte de Labão e seus filhos em direção a ele. Então o Senhor falou com ele, ordenando-lhe para voltar para Canaã. Então Jacó chamou Raquel e Lia ao campo, onde ele estava assistindo o rebanho. Ele lhes disse que ele tinha sentido e lembrou-lhes de seu serviço fiel ao seu pai, da traição de Laban, e da providência de Deus. E ele contou como o Senhor lhe tinha aparecido em tempo de criação, revelando que ele tinha sido a causa de sua prosperidade na multiplicação dos animais de coloração anormal, e ordenando-lhe para voltar para casa. Raquel e Lia foram rápidos para apoiar tal movimento. Eles declararam que Laban os tinha tratado mais como outsiders do que as filhas. Para eles haviam sido praticamente vendidos como escravos por meio de seu engano de Jacó. E o trabalho de Jacó por seu dote, em vez de levar à sua tendo sido dado, pelo menos em parte, para eles, como era o costume, o pai, se avidamente apropriados. Então, eles argumentaram que toda a riqueza que Deus tinha transferido de Laban para Jacó deve ser considerado como legitimamente pertencente a eles e seus filhos de qualquer maneira.

Então Jacó roubou secretamente de Laban enquanto Laban estava tosquiando as suas ovelhas. Não foi até o terceiro dia que Laban foi dito. Demorou sete dias para ele ultrapassar Jacó. Pouco antes de apanhados, Deus apareceu a Laban em um sonho e avisou-o para não falar com Jacó nem bem nem mal . No dia seguinte, Labão perguntou Jacó para uma explicação sobre a sua saída secreta. Ele afirmou que o poder de fazê-lo do prejuízo, mas confessou que Deus havia ordenado o contrário. E, finalmente, ele acusou-o de tirar os deuses , a sua casa ídolos ou imagens, que Raquel tinha escapado sem o conhecimento de Jacó. Jacó respondeu que ele havia deixado em segredo para que não Laban tirar suas mulheres à força. E ele declarou que quem tinha tomado as imagens morreria. Ele pediu Laban para procurar tudo na frente dos parentes que tinha trazido junto. Laban fez pesquisa, indo de barraca em barraca. Raquel os tinha colocado em sela do camelo , uma grande sela com compartimentos inscritos, o que, evidentemente, fez um banquinho confortável mesmo quando fora do camelo. Ela sentou-se sobre eles e, quando seu pai entrou em sua tenda, desculpou-se do aumento na base de que o costume das mulheres é em cima de mim . Isso geralmente tem sido interpretada como uma alegação de que ela estava menstruada. Assim, a busca de Laban foi em vão.

Durante muito tempo, a razão para o roubo de Raquel e grande preocupação de Labão sobre as imagens era desconhecida. Agora sabe-se que de acordo com as leis do país, um filho-de-lei que possuir as imagens da família poderia ir a tribunal e estabelecer uma forte reivindicação de toda a riqueza da família. Raquel tinha tomado a lei em suas próprias mãos em um esforço para reivindicar para Jacó o que ela sentiu que tinha sido enganado de pelo Laban. Laban tinha medo do que Jacó poderia fazer com as imagens e ele sentiu que ele deve recuperar-los.

Agora era hora de Jacó para falar. E ele estava muito irritado. Ele pediu a Labão, o motivo para essa busca, essa "sensação sobre" todos os seus bens. Ele ensaiou modalidades de trabalho dos vinte anos, contando de repetidas mudanças de salários, e lembrando Laban de sua fidelidade (Jacó). Ele tinha ficado tudo de perdas de Labão, algo que não poderia ter sido legalmente exigido. Laban tentou vociferar, mas propôs um pacto entre eles, aparentemente temendo que um Jacó irritado organizar uma banda e voltar para puni-lo. Então Jacó erigiu uma coluna e pediu aos familiares acompanhantes Laban para construir um montão de pedras, também, o pilar ea pilha servindo como um duplo testemunho para o pacto de não-agressão entre os dois. Labão deu este local um nome aramaico, refletindo sua língua nativa, e Jacó deu-lhe um nome hebraico, refletindo sua. Ambos os nomes significam, "O monte de testemunho". O local também foi chamado Mispa , "A torre de vigia", um nome de lugar comum em terras bíblicas.Isso se deveu ao último esforço de Laban para caluniar o nome de Jacó, o que sugere que o Senhor foi assim chamados a assistir entre eles, para que as filhas de Jacó mistreat Laban ou tomar outras mulheres além delas. Cada jurou não passar por essa fronteira para ferir o outro, Jacó ofereceu um sacrifício, eles comeram pão juntos (uma forma comum de selar um acordo) e na manhã seguinte Laban seguiu o seu caminho.

Como Jacó partiu esta cena, ele conheceu alguns anjos em quem ele aparentemente reconheceu a mão protetora de Deus. Devido a isso, ele chamou o lugar Maanaim , "Dois anfitriões", aquele que parece ser Laban de que o tinha ameaçado, e sendo o outro do Senhor, que o havia protegido.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Gênesis Capítulo 31 do versículo 1 até o 55
  1. A fuga de Jacó da casa de Labão (Gn 31)
  2. A conferência (vv. 1-16)

Três fatores fizeram com que Jacó decidisse partir: a mudança de atitu-de de Labão; a necessidade de esta-belecer sua própria casa; e, acima de túdo, a orientação direta do Senhor. Deus lembrou a Jacó seu voto fei-to em Belém. Agora, o pagão devia voltar e cumprir as promessas que fizera ao Senhor, que o abençoara. Raquel e Lia concordaram em ir, mas a decisão delas fundamentou-se em razões materiais, não na vontade do Senhor. Perguntamo-nos se as espo-sas, até esse momento, sabiam algu-ma coisa a respeito da experiência de Jacó em Betei.

  1. A perseguição (vv. 17-35)

Jacó, em vez de confiar em Deus para protegê-lo, saiu às escondidas, com pressa, enquanto Labão pastoreava as ovelhas. Os crentes dão um pobre testemunho quando decidem agir às escondidas. Jacó já tinha três dias de jornada à frente de Labão (30:36), portanto eles não se encontraram por uma semana. Deus advertiu Labão antes mesmo que ficasse face a face com Jacó, portanto não havia motivo para Jacó ter medo (v. 31; veja tam-bém Pv 16:7). Labão tentou mostrar com seu semblante que estava ofen-dido, embora provavelmente estives-se feliz em livrar-se do homem que lhe passava a perna e enriquecia à sua custa. No versículo 30, surge a preo-cupação verdadeira dele — alguém roubara seus ídolos! O pecado escon-dido levou a mais pecado quando Ra-quel, a ladra, mentiu para o pai e para o marido, enquanto o raivoso Labão examinava tudo na caravana.

  1. O conflito (vv. 36-42)

Agora, revelam-se os vinte anos de raiva reprimida, e Jacó "deu o troco de imediato" a seu sogro. Labão era idólatra, e Jacó pagão — como po-dería haver qualquer acordo entre eles? A única coisa redentora na fala raivosa de Jacó foi dar a Deus a gló-ria por seu sucesso (v. 42).

  1. A aliança (vv. 43-55)

A chamada "Bênção de Mispa" que encontramos em muitos hinários não é de todo escriturai. Esses dois homens não confiam um no outro, portanto instalaram uma coluna para lembrá-los que Deus os vigia-va. Essas pedras, em vez de teste-munharem a amizade deles (como afirma a "Bênção de Mispa"), tes-temunharam a desconfiança mútua deles. Observe que, no versículo 47, os dois homens nem falam a mesma língua! (Os dois nomes significam "monte de testemunhas" ou "monte de testemunho".) Realmente, é mui-to triste quando os membros de uma família não confiam uns nos outros. Seria muito melhor se tivessem per-doado um ao outro e entregue todas as questões a Deus. O versículo 52 indica que a coluna que Labão le-vantou também era uma fronteira além da qual Jacó não ousava ir.

Acabaram-se os vinte anos de servidão de Jacó, porém ele precisa-va voltar a Betei e acertar as coisas com Deus.

Esses capítulos registram várias ex-periências cruciais na vida de Jacó quando este fez sua jornada da casa de Labão para Betei. Eles nos dão três retratos vividos desse ho-mem que ilustram o conflito entre a carne e o espírito, a antiga vida e a nova.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Gênesis Capítulo 31 do versículo 1 até o 55
• N. Hom. 31.3 Temos aqui excelente exemplo de orientação do Senhor:
1) Desejo e saudade - O pensamento e o desejo de voltar à sua terra sobreveio a Jacó quando José nascera. Teria ele, então, admitido ser José o Messias, isto é, a Semente Prometida? (cf. 30.25);
2) As circunstâncias convergem no sentido da providência. Labão e os filhos criaram as circunstâncias próprias para que Jacó se sentisse pressionado a ir embora (31:1-2);
3) A mensagem divina. Jacó, entretanto, só encetou a viagem quando o Senhor Jeová a mandara (3). Estes três elementos decorrem da orientação do Senhor.
31.13 O memorial erigido a Deus em Betel, a coluna que lembrava o voto ali anteriormente feito, era muito a propósito pelo fato de que Jacó, com toda probabilidade, não tinha pensado demoradamente em Deus durante sua permanência em Padã-Arã.
31.15 "Ele nos vendeu” é a referência feita à compensação pela dotação que Jacó ofereceu mediante serviços e também ao extraordinário crescimento da riqueza conseguida em virtude da bênção de Deus sobre o trabalho de Jacó.
31.19 Os ídolos, que Raquel furtara, eram "Terafins", ou "deuses domésticos" pertencentes a Labão (conforme 30). Os tabletes de Nuzi indicam que os "terafins" provavam então, que os possuidores eram os legítimos herdeiros. É provável que Labão não tivesse nenhum herdeiro varão ao tempo da vinda de Jacó para sua casa. Uma vez casado com suas filhas, Jacó deveria, naturalmente, ser admitido como filho adotivo e herdeiro. Entretanto, posteriormente nasceram filhos a Labão (31,1) e os costumes de então estabeleciam que os filhos tivessem precedência sobre os adotivos. Transparece, na descrição dos fatos, que Raquel estava determinada a tudo fazer no sentido de que se mantivessem os direitos do esposo e dos descendentes. Jacó estava na plena ignorância dos atos de Raquel. Ele deveria estar consciente do direito de primogenitura em sua própria família, isto é, de Isaque.

31.23 Sete dias para percorrer cerca de 650 quilômetros não seria algo além das possibilidades para camelos adestrados em viagens.

31.27 Jacó conseguiu excelente folha de serviços, como pastor de ovelhas. O Código de Amurabe (contemporâneo) estabelecia que o pastor teria de fornecer uma lista dos animais que lhe fossem confiados. Alguns poderiam ser usados para alimentação; ele não ficava responsável pelos que fossem devorados pelos leões ou mortos pelos raios. Do pastor, porém, esperava-se que devolvesse o rebanho com razoável incremento e que pagasse em dobro as ovelhas que se tivessem perdida por negligência. Os versículos que sequem ficam bem esclarecidos em face do referido Código.
31.30 Meus deuses, conforme versículo 19.

31.42 O temor de Isaque é tradução literal da frase cuja significação é: "Aquele a quem presta culto" (conforme 53). O comporta- mento decisivo apresentado por Jacó em sua amarga argumentação consistia em asseverar que Deus tinha pronunciado uma sentença e condenado os atos de Labão. Tal maneira de arrazoar levou Labão a propor o estabelecimento de uma aliança, com Jacó (conforme v 44).

31.46 A antiga praxe de tomar uma refeição para firmar um compromisso é bem conhecida. Posteriormente, oferecia-se também um sacrifício, o qual se fazia acompanhar de uma festa de ação de graças (54). Mediante a participação no sacrifício e os compromissos mutuamente assumidos, não se podia admitir nenhuma violação (cf. também 26.30).
31.47 Jegar-Saaduta, frase aramaica que significa: "mente do testemunhos”. Galeede é palavra hebraica equivalente.

31.49 Mispa, "posto de vigilância". A ereção de uma coluna ou "monte" tinha por objetivo indicar que ficava estabelecida uma linha divisória através da qual nenhum dos compromissados haveria de passar com intuitos hostis.

31.54 Irmãos nesta passagem poderá ter a significação de parentes próximos referindo-se, provavelmente, aos filhos de Labão. O termo "filhos" em hebraico (55) não raro inclui todos os filhos e, neste caso, os netos de Labão. Pelo menos nesta fuga, Jacó não deixara um parente ou irmão tão ofendido que precisaria temer por sua vida, como foi no caso de Esaú. Foi uma lição de fé para Jacó, ouvir como Deus tinha advertido a Labão para não vingar-se. Não foi a astúcia de Jacó, mas o cuidado de Deus que o salvara (29.31).

32.1 Do mesmo modo como os anjos lhe tinham aparecido por ocasião de sua viagem de exílio, aqui também, o Senhor lhe envia graciosamente seus anjos para certificá-lo da presença divina, bem como da indispensável proteção em face do ameaçador encontro com Esaú.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Gênesis Capítulo 31 do versículo 1 até o 55
h) Jacó foge de Labão (31:1-55)
v. 1-25. Houve três razões para Jacó decidir que a hora da partida havia chegado. Em primeiro lugar, ele estava consciente da crescente hostilidade contra ele (v. 1,2); e ele tinha pouca afeição por um homem que havia agido como Labão (v. 7). Em segundo lugar, suas esposas agora estavam dispostas a deixar a sua terra natal a fim de ir para uma terra desconhecida (v. 14ss); parece que o pai delas havia quebrado as convenções e regras da época ao usar tudo que foi pago por elas, i.e., o dote pago pelas noivas, que nesse caso não havia consistido em um pagamento inicial por parte de Jacó, mas nos lucros dos seus longos serviços prestados a Labão. De qualquer forma, elas também se sentiram rejeitadas por Labão. Em terceiro lugar, Jacó recebeu orientações claras de Deus (v. 3,1 lss). A referência a Betei (v. 13) confirmava que o Deus da sua experiência pessoal (conforme cap. 28) o estava chamando de forma inconfundível para voltar à terra de Canaã. Usando de trapaça até o fim, Jacó aproveitou uma oportunidade para fugir (v. 17ss); ele se pôs na estrada em fuga (v. 22), e a continuação da história mostra imediatamente que Labão poderia ter colocado obstáculos a uma partida mais digna. Labão se deu ao trabalho de persegui-los, e poderia ter agido de forma mais dura contra Jacó do que fez não fosse a advertência divina do v. 24 (“Cuidado, não faça nada a Jacó”, NTLH). O confronto aconteceu em Gileade (v. 32), nos montes a leste do Jordão, a certa distância ao norte de Maanaim (conforme 32.1,2). A rota que Jacó escolheu ficava mais a leste do que a tomada por Abraão (12:5-8).

v. 26-42. Surgiu uma disputa árdua entre eles. As acusações de Labão nos v. 27 e 28 soam hipócritas, pois é difícil imaginar que ele teria permitido a partida de Jacó e de sua família, muito menos com tais festividades. No entanto, ele estava autorizado a se queixar do roubo dos deuses de Labão (“deuses da minha casa”, NTLH; v. 30; conforme v. 19). Jacó era totalmente inocente do roubo, evidentemente, e o seu juramento (v. 32) poderia ter custado a vida de Raquel — se os deuses tivessem sido encontrados, mas ela mesma garantiu que não fossem descobertos (v. 34,35). Não descobrimos em lugar algum o motivo do seu roubo; as práticas religiosas de Labão claramente não eram as da verdadeira adoração a Javé (v. tb. 30.27), e a implicação pode ser que Raquel ainda precisasse de instrução nesse tema (conforme 35.2ss). Com base em documentos da antiga Mesopotâmia, argumentou-se que deuses do lar também cumpriam uma função legal, podendo ser comparados, em geral com escrituras de propriedades; mas estudos recentes lançaram dúvidas sobre essa interpretação. De qualquer forma, se foi a religião ou se foram as propriedades que atraíram Raquel, nada disso na verdade a beneficiaria.

Jacó ficou irado, e sua reação (v. 36-42) culminou com o lembrete de que Labão havia sido advertido pelo próprio Deus. Mas por esse fato Labão poderia ter sido capaz até de exigir retribuição.

v. 43-55. Em vez disso, fizeram um acordo. A solenidade dele é destacada pelo ritual da refeição sacrificial, depois pelo fato de passaram a noite ali (v. 54) e pelos votos com que se comprometeram um com o outro em nome das respectivas divindades. O verbo julgar usado no v. 53 está no plural, de forma que o texto faz distinção entre o Deus de Abraão e o Deus de Naor (pai de Labão); e provavelmente deveríamos retraduzir “o Deus do pai deles” por “seus deuses ancestrais”. De sua parte, Jacó jurou pelo Deus de Abraão, que também se havia revelado a Isaque; as circunstâncias dessa revelação não são registradas, mas o título incomum Temor do seu pai Isaque deve ter surgido disso. A testemunha mais duradoura da aliança foi a colocação de uma pedra como coluna (v. 45) e um monte de pedras como marco (v. 46); esse monte recebeu dois nomes, que significam a mesma coisa, “monte de pedras do testemunho” (nota de rodapé da NVI), em duas línguas diferentes, aramaico e hebraico. O propósito era que perpetuamente os arameus e os israelitas respeitassem a linha de fronteira assim demarcada entre eles (v. 51,52). O nome Mispá (v. 49) também é associado à localidade, que pode bem ter sido situada na região de Ramote-Gileade, a cidade fronteiriça disputada em épocas posteriores (conforme lRs 22.3; v. o Macmillan Bible Atlas, mapa 27). O nome “Gileade” tem algum tipo de relação com “Galeede”; contudo, os nomes diferem não somente nas suas vogais mas também na sua aplicação, visto que o primeiro denota uma região e uma cadeia de montanhas, e o segundo, um lugar específico. “Mispá” era um topônimo comum, cujo significado é ‘‘torre de vigia” (nota de rodapé da NVI); aqui o jogo de palavras retrata Deus como aquele que vigia no posto da fronteira (v. 49).


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Gênesis Capítulo 31 do versículo 36 até o 55

36-55. Sem dúvida Jacó sentiu grande alívio em poder replicar a Labão. A atmosfera clareou-se e Labão abandonou a sua mordacidade. Os dois homens fizeram um acordo, ratificando-o e comemorando o acontecimento com o levantamento de uma coluna de pedras no alto da colina. A coluna constituiu o que foi chamado de Mispa ou "posto de observação", de onde um observador podia ver toda a terra em ambas as direções. Indicava suspeitas e falta de confiança. Ao levantar essa coluna os homens queriam dizer que estavam convidando Jeová para se assentar ali e observar as duas pessoas nas quais não se podia confiar. Deus tinha de ser uma sentinela para vigiar Labão e Jacó, na esperança de que a luta fosse evitada. Jacó foi obrigado a prometer que trataria as filhas de Labão com bondade e consideração. Nenhuma das duas partes deveria atravessar a fronteira estabelecida para praticar violência contra a outra. Jamais uma deveria prejudicar a outra.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Gênesis Capítulo 31 do versículo 1 até o 55
Gn 31:1

5. JACÓ RESOLVE ABANDONAR LABÃO (Gn 31:1-21). Glória (1). Heb., "peso". A idéia é a do peso das riquezas. Não era para com ele como dantes (2). Não era de surpreender. Me... mudou o salário dez vezes (7). Não é preciso que rebusquemos as dez ocasiões em que isso sucedeu; a frase corresponde à nossa maneira de dizer que temos "mil e uma coisas" para fazer. Certamente Labão se mostrara sem escrúpulos; mas ali estavam dois homens igualmente sagazes a lutar um contra o outro. Em sonhos (10). Por essas palavras parece que Deus tinha mostrado a Jacó o que ele devia fazer quanto à questão da criação de ovelhas, e que as ovelhas de quatro cores diferentes haviam nascido mediante especial intervenção divina. O anjo de Deus (11). Trata-se do próprio Deus. Ver versículos 13 e Gn 16:7. Nos considera ele como estranhas (15). Léia e Raquel tinham-se indisposto com seu pai, e agora desabafavam seu ressentimento há muito sopitado contra sua maldade. Os ídolos (19) (teraphim), eram os deuses familiares tais como aqueles tão comuns na religião da Mesopotâmia; ver Jz 18:17; 1Sm 19:13. O rio (21). Era o rio Eufrates.

>Gn 31:22

6. LABÃO ALCANÇA JACÓ (Gn 31:22-42). Alcançou-o na montanha de Gileade (23). Ficava a quase quinhentos quilômetros de Harã. A estratégia de Jacó parece ter sido a de ir afastando gradualmente os seus rebanhos. No começo Labão mesmo se separara de seus rebanhos, nas mãos de Jacó, espaço de "três dias" de viagem (Gn 30:36). Visto que os rebanhos se moviam lentamente, Jacó foi aumentando gradualmente essa distância, e na hora zero em que Jacó abandonou Labão os seus rebanhos deviam estar a cerca de 300 quilômetros de distância. Para tanto teriam sido necessários mais de três semanas, o que mostra quão cuidadosamente Jacó havia planejado seu escape. Com suas mulheres e família, Jacó permaneceu em local razoavelmente próximo de Labão; mas por fim, montando em camelos ligeiros (17), ele fugiu silenciosamente. Três dias se passaram antes da notícia ter chegado aos ouvidos de Labão (22) e não foi senão depois de mais quatro dias extras que Labão conseguiu alcançar seu genro, em Gileade. Nem bem nem mal (24). Labão foi instruído para que não interferisse de modo algum.

>Gn 31:27

Com tamboril e com harpa (27). Labão adicionou hipocrisia à sua ganância. O "beijo" (28) de tal pai não teria sido bem recebido por seus filhos. O Deus de vosso pai... meus deuses (29-30). Conf. Gn 30:27. Labão não adorava a Jeová, embora que, de conformidade com as noções de sua época, ele reconhecia que Jeová era o Deus de Jacó e de seus pais. E ele procurou, mas não achou os ídolos (35). Raquel era tão hábil para enganar como o eram seu pai e seu marido. O temor de Isaque (42). Isso significa o Deus a Quem Isaque reverenciava. Ver também versículo 53.

>Gn 31:43

7. JACÓ E LABÃO CONCORDAM EM MANTER-SE SEPARADOS (Gn 31:43-55). Façamos concerto (44). Os dois homens se pactuaram por meio de um sacrifício ("comeram", 46). Ver também o versículo 54 e comparar o incidente parecido no qual Isaque e Abimeleque estiveram envolvidos (Gn 26:30). Jegar-Saaduta... Galeede (47). A primeira palavra, em aramaico, bem como a segunda, em hebraico, significam "montão do testemunho". Mispá (49). "Torre de vigia". Originalmente Mispá não era a agradável fronteira que o sentimento cristão não instruído tem feito significar. Mas trata-se de uma sinistra palavra contendo uma ameaça implícita: ver versículos 50:52.


Dicionário

Dissê

1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

di·zer |ê| |ê| -
(latim dico, -ere)
verbo transitivo

1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

2. Referir, contar.

3. Depor.

4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

verbo intransitivo

8. Condizer, corresponder.

9. Explicar-se; falar.

10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

verbo pronominal

11. Intitular-se; afirmar ser.

12. Chamar-se.

13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

nome masculino

14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

15. Estilo.

16. Maneira de se exprimir.

17. Rifão.

18. Alegação, razão.


quer dizer
Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

tenho dito
Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


Então

advérbio Agora ou naquela circunstância: acabei então de perceber que havia sido enganada!
Em determinada situação; nessa circunstância: o chefe está bem-humorado, então não há discussão.
Numa situação futura; num momento afastado do presente: você precisa se casar, então irá entender do que estou falando.
interjeição Que demonstra espanto; em que há admiração: então, você se casou?
Que se utiliza para animar (alguém): então, força!
substantivo masculino Período de tempo que passou: numa lembrança de então, recordou-se da juventude.
Etimologia (origem da palavra então). Do latim in + tunc/ naquele momento.

Galeede

montão de testemunho

Galeede [O Montão do Testemunho]

Nome hebraico do montão de pedras feito por Labão e Jacó para se lembrarem de um trato. O nome ARAMAICO é Jegar-Saaduta (Gn 31:45-55).


Hoje

advérbio No dia em que se está.
Hoje em dia, atualmente; na época presente, de agora.
substantivo masculino No tempo presente: os homens de hoje.
expressão Mais hoje, mais amanhã. Dentro de pouco tempo: mais hoje, mais amanhã ele conseguira o quer.
Hoje em dia. Hoje em dia, as pessoas estão mais conectadas virtualmente.
Etimologia (origem da palavra hoje). Do latim hodie.

Labão

-

branco

Citado várias vezes nas narrativas dos casamentos de Isaque e Jacó (Gn 24:29; Gn 25:5-29). O motivo da inclusão de seu nome na Bíblia é o conflito entre o oportunista e inescrupuloso filho de Isaque (Gn 25:27-34; Gn 27:19) e alguém ainda pior do que ele (29:22-27; 30:31-36). Embora Jacó se iludisse, pois achava que passara o sogro para trás (Gn 30:37-43), descobriu apenas que era o Senhor, sempre vigilante, quem intervinha e guardava seus interesses (31:6-12). Labão fundamentalmente fazia tudo por dinheiro (Gn 24:30-31) e é evidente que sua filha Raquel aprendeu com ele a manter os olhos sempre abertos para as oportunidades (31:19), pois os “ídolos do lar” possivelmente tinham algum significado na questão da herança. O único envolvimento de Labão com a religião foi demonstrado numa aliança que firmou com Jacó, para proteger sua “esfera de interesses” (Gn 31:51-54). J.A.M.


Labão Descendente de Naor e irmão de Rebeca (Gn 24:29). Suas filhas, Lia e Raquel, tornaram-se esposas de Jacó (Gn 29:16-30).

Montão

substantivo masculino Conjunto de coisas desorganizadas que se acumula como um monte; pilha.
Figurado Quantidade exagerada de algo ou de pessoas; acúmulo, reunião, multidão: montão de coisas; montão de gente.
Montanha alta; monte grande.
Etimologia (origem da palavra montão). Monte + ão.

Nome

substantivo masculino Denominação; palavra ou expressão que designa algo ou alguém.
A designação de uma pessoa; nome de batismo: seu nome é Maria.
Sobrenome; denominação que caracteriza a família: ofereceu seu nome.
Família; denominação do grupo de pessoas que vivem sob o mesmo teto ou possuem relação consanguínea: honrava seu nome.
Fama; em que há renome ou boa reputação: tinha nome na universidade.
Apelido; palavra que caracteriza alguém.
Quem se torna proeminente numa certa área: os nomes do cubismo.
Título; palavra ou expressão que identifica algo: o nome de uma pintura.
Gramática Que designa genericamente os substantivos e adjetivos.
Etimologia (origem da palavra nome). Do latim nomen.inis.

Entre os hebreus dava-se o nome auma criança, umas vezes quando nascia (Gn 35:18), e outras quando se circuncidava (Lc 1:59), fazendo a escolha ou o pai, ou a mãe (Gn 30:24Êx 2:22Lc 1:59-63). Algumas vezes o nome tinha referência a certas circunstâncias relacionadas com o nascimento ou o futuro da criança, como no caso de isaque (Gn 21:3-6), de Moisés (Êx 2:10), de Berias (1 Cr 7.23). isto era especialmente assim com os nomes compostos de frases completas, como em is 8:3. Acontecia, também, que certos nomes de pessoas sugeriam as suas qualidades, como no caso de Jacó (Gn 27:36) e Nabal (1 Sm 25.25). Eram por vezes mudados os nomes, ou aumentados, em obediência a certas particularidades, como no caso de Abrão para Abraão (Gn 17:5), de Gideão para Jerubaal (Jz 6:32), de Daniel para Beltessazar (Dn 1:7), e de Simão, Pedro (Mt 16:18). Alem disso, devemos recordar que, segundo a mentalidade antiga, o nome não somente resumia a vida do homem, mas também representava a sua personalidade, com a qual estava quase identificado. E por isso a frase ‘em Meu nome’ sugere uma real comunhão com o orador Divino. Houve lugares que receberam o seu nome em virtude de acontecimentos com eles relacionados, como Babel (Gn 11:9), o Senhor proverá (Gn 22:14), Mara (Êx 15:23), Perez-Uzá (2 Sm 6.8), Aceldama (At l.19). Para o nome de Deus, *veja Jeová, Senhor.

Nome Palavra que designa uma pessoa ou coisa. Nos tempos bíblicos o nome, às vezes, estava relacionado com algum fato relativo ao nascimento (Gn 35:18
v. BENONI); outras vezes expressava uma esperança ou uma profecia (Os 1:6; Mt 1:21-23). Era costume, no tempo de Jesus, o judeu ter dois nomes, um hebraico e outro romano (At 13:9). Partes dos nomes de Deus entravam, às vezes, na composição dos nomes (v. ELIAS, JEREMIAS, JESUS). Na invocação do nome de Deus chama-se a sua pessoa para estar presente, abençoando (Nu 6:22-27; Mt 28:19; Fp 6:24). Tudo o que é feito “em nome” de Jesus é feito pelo seu poder, que está presente (At 3:6; 4:10-12). Na oração feita “em nome de Jesus” ele intercede por nós junto ao Pai (Jo 15:16; Rm 8:34). Em muitas passagens “nome” indica a própria pessoa (Sl 9:10).

Seja

seja conj. Usa-se repetidamente, como alternativa, e equivale a ou: Seja um seja outro. Interj. Denota consentimento e significa de acordo!, faça-se!, vá!

Testemunha

substantivo feminino Pessoa que relata um fato que viu ou ouviu: testemunhas do crime.
Quem assiste à realização de um ato para o validar legalmente: servir de testemunha num casamento.
[Jurídico] Pessoa que se apresenta à justiça, por convocação ou voluntariamente, para relatar algo que presenciou ou que passou a saber.
Prova material: este cemitério é testemunha das atrocidades de nossos antepassados.
Cada uma das pessoas que regulamentam as condições de um duelo.
Animal ou planta não submetido a qualquer tratamento particular, a fim de permitir a comparação com seres da mesma espécie, objeto de experiências.
Algo que confirma a verdade sobre alguma coisa.
[Gráficas] Folha que não é aparada pelo encadernador, em edições de livros de luxo.
Etimologia (origem da palavra testemunha). Forma derivada de testemunhar.

Na Antigüidade pré-clássica e mesmo em Roma, quando prestavam juramentos solenes nos tribunais, como parte do cerimonial, as testemunhas não os faziam sobre algum livro sagrado e sim, num mau hábito: pasme ! -, levando a mão direita aos testículos. Na verdade, existe uma relação entre os dois vocábulos, testículo e testemunha. Os testículos, de fato, são testemunhas,: aliás, privilegiadas...: do ato sexual, além de prova de virilidade e valioso testemunho da verdade de suas afirmações. A palavra latina para testemunha era testis. Testemunha seria a terceira pessoa que poderia descrever os fatos com maior isenção do que os que estavam diretamente envolvidos na disputa judicial. Basta dar asas à imaginação para perceber a analogia com o mini-espetáculo que ocorre na cama.

Na lei judaica requeria-se o depoimento de duas ou mais testemunhas dignas de fé com o fim de se sustentar a afirmação de um fato, e só assim se podia provar o crime do réu (Nm 35:30Dt 17:6-7 – 19.15). Todo aquele que fosse adjurado pela autoridade competente, era constrangido a responder (Lv 5:1). Por isso, Jesus Cristo replicou ao sumo sacerdote, quando ele o interrogou com estas palavras: ‘Eu te conjuro pelo Deus vivo’ (Mt 25:63). E na Sua resposta deu Jesus verdadeiro testemunho do Seu poder. A pessoa que apresentava um testemunho falso era severamente castigada (Êx 23:1-3Dt 19:16-21). isto tinha por fim proteger fortemente o homem pobre, que de outra maneira ficaria à mercê de gente sem escrúpulos. Era dado, algumas vezes, formal testemunho sobre as tábuas da Lei, que estavam na arca, e deste modo no tabernáculo. Procedem daqui as frases, a arca do Testemunho e o tabernáculo do Testemunho.

Testemunha
1) Pessoa que declara o que viu ou ouviu (Nu 35:30; Mt 18:16).


2) Pessoa que fala da sua experiência com Cristo e da verdade do evangelho (At 1:8).


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Gênesis 31: 48 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Então disse Labão: Este montão seja hoje por testemunha entre mim e ti. Por isso se chamou o seu nome Galeede,
Gênesis 31: 48 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

1908 a.C.
H1530
gal
גַּל
monte, fonte, onda, vaga
(a heap)
Substantivo
H1567
Galʻêd
גַּלְעֵד
uma memorial de pedras empilhadas por Jacó e Labão a fim de certificar a sua aliança;
(Galeed)
Substantivo
H2088
zeh
זֶה
Esse
(This)
Pronome
H3117
yôwm
יֹום
dia
(Day)
Substantivo
H3651
kên
כֵּן
tão / assim
(so)
Adjetivo
H3837
Lâbân
לָבָן
filho de Betuel, irmão de Rebeca e pai de Lia e Raquel n pr loc
([was] Laban)
Substantivo
H559
ʼâmar
אָמַר
E disse
(And said)
Verbo
H5707
ʻêd
עֵד
testemunha
(for a witness)
Substantivo
H5921
ʻal
עַל
sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
([was] on)
Prepostos
H7121
qârâʼ
קָרָא
E liguei
(And called)
Verbo
H8034
shêm
שֵׁם
O nome
(The name)
Substantivo
H996
bêyn
בֵּין
e entre
(and between)
Prepostos


גַּל


(H1530)
gal (gal)

01530 גל gal

procedente de 1556; DITAT - 353a; n m

  1. monte, fonte, onda, vaga
    1. monte (de pedras)
      1. sobre um cadáver
      2. isolado
      3. utilizado na ratificação de uma aliança
    2. ondas (fig. do castigo de Javé)
    3. fonte

גַּלְעֵד


(H1567)
Galʻêd (gal-ade')

01567 גלעד Gal ed̀

procedente de 1530 e 5707; n pr loc Galeede = “monte do testemunho”

  1. uma memorial de pedras empilhadas por Jacó e Labão a fim de certificar a sua aliança; localizada no monte Gileade

זֶה


(H2088)
zeh (zeh)

02088 זה zeh

uma palavra primitiva; DITAT - 528; pron demons

  1. este, esta, isto, aqui, qual, este...aquele, esta...esta outra, tal
    1. (sozinho)
      1. este, esta, isto
      2. este...aquele, esta...esta outra, outra, outro
    2. (aposto ao subst)
      1. este, esta, isto
    3. (como predicado)
      1. este, esta, isto, tal
    4. (encliticamente)
      1. então
      2. quem, a quem
      3. como agora, o que agora
      4. o que agora
      5. pelo que
      6. eis aqui
      7. imediatamente
      8. agora, agora mesmo
    5. (poético)
      1. onde, qual, aqueles que
    6. (com prefixos)
      1. neste (lugar), então
      2. nestas condições, por este meio, com a condição que, por, através deste, por esta causa, desta maneira
      3. assim e assim
      4. como segue, coisas tais como estes, de acordo com, com efeito da mesma maneira, assim e assim
      5. daqui, portanto, por um lado...por outro lado
      6. por este motivo
      7. Apesar disso, qual, donde, como

יֹום


(H3117)
yôwm (yome)

03117 יום yowm

procedente de uma raiz não utilizada significando ser quente; DITAT - 852; n m

  1. dia, tempo, ano
    1. dia (em oposição a noite)
    2. dia (período de 24 horas)
      1. como determinado pela tarde e pela manhã em Gênesis 1
      2. como uma divisão de tempo
        1. um dia de trabalho, jornada de um dia
    3. dias, período de vida (pl.)
    4. tempo, período (geral)
    5. ano
    6. referências temporais
      1. hoje
      2. ontem
      3. amanhã

כֵּן


(H3651)
kên (kane)

03651 כן ken

procedente de 3559; DITAT - 964a,964b adv

  1. assim, portanto, estão
    1. assim, então
    2. assim
    3. portanto
    4. assim...como (em conjunto com outro adv)
    5. então
    6. visto que (em expressão)
    7. (com prep)
      1. portanto, assim sendo (específico)
      2. até este ponto
      3. portanto, com base nisto (geral)
      4. depois
      5. neste caso adj
  2. reto, justo, honesto, verdadeiro, real
    1. reto, justo, honesto
    2. correto
    3. verdadeiro, autêntico
    4. verdade!, certo!, correto! (em confirmação)

לָבָן


(H3837)
Lâbân (law-bawn')

03837 לבן Laban

o mesmo que 3836;

Labão = “branco” n pr m

  1. filho de Betuel, irmão de Rebeca e pai de Lia e Raquel n pr loc
  2. um acampamento dos israelitas no deserto

אָמַר


(H559)
ʼâmar (aw-mar')

0559 אמר ’amar

uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

  1. dizer, falar, proferir
    1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
    2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
    3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
    4. (Hifil) declarar, afirmar

עֵד


(H5707)
ʻêd (ayd)

05707 עד ̀ed

forma contrata de 5749; DITAT - 1576b; n m

  1. testemunha
    1. testemunha, evidência (referindo-se a coisas)
    2. testemunha (referindo-se a pessoas)

עַל


(H5921)
ʻal (al)

05921 על ̀al

via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

  1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
    1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
    2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
    3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
    4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
    5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
    6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
    7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
    8. para (como um dativo) conj
  2. por causa de, porque, enquanto não, embora

קָרָא


(H7121)
qârâʼ (kaw-raw')

07121 קרא qara’

uma raiz primitiva [idêntica a 7122 com a idéia de dirigir-se a uma pessoa ao encontrála]; DITAT - 2063; v.

  1. chamar, clamar, recitar, ler, gritar, proclamar
    1. (Qal)
      1. chamar, gritar, emitir um som alto
      2. chamar, gritar (por socorro), invocar (o nome de Deus)
      3. proclamar
      4. ler em voz alta, ler (para si mesmo), ler
      5. convocar, convidar, requerer, chamar e encarregar, designar, chamar e dotar
      6. chamar, nomear, colocar nome em, chamar por
    2. (Nifal)
      1. chamar-se
      2. ser chamado, ser proclamado, ser lido em voz alta, ser convocado, ser nomeado
    3. (Pual) ser chamado, ser nomeado, ser evocado, ser escolhido

שֵׁם


(H8034)
shêm (shame)

08034 שם shem

uma palavra primitiva [talvez procedente de 7760 com a idéia de posição definida e conspícua; DITAT - 2405; n m

  1. nome
    1. nome
    2. reputação, fama, glória
    3. o Nome (como designação de Deus)
    4. memorial, monumento

בֵּין


(H996)
bêyn (bane)

0996 בין beyn

(algumas vezes no pl. masc. ou fem.) de fato, a forma construta de um outro substantivo não utilizada procedente de 995; DITAT - 239a; subst m (sempre usado como prep)

  1. entre, entre vários, no meio de (com outras preps), dentre