Enciclopédia de I Reis 21:25-25

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

1rs 21: 25

Versão Versículo
ARA Ninguém houve, pois, como Acabe, que se vendeu para fazer o que era mau perante o Senhor, porque Jezabel, sua mulher, o instigava;
ARC Porém ninguém fora como Acabe, que se vendera para fazer o que era mau aos olhos do Senhor: porque Jezabel, sua mulher, o incitava.
TB (Não houve, porém, ninguém como Acabe, que se vendeu para fazer o que era mau aos olhos de Jeová, sendo instigado por sua mulher Jezabel.
HSB רַ֚ק לֹֽא־ הָיָ֣ה כְאַחְאָ֔ב אֲשֶׁ֣ר הִתְמַכֵּ֔ר לַעֲשׂ֥וֹת הָרַ֖ע בְּעֵינֵ֣י יְהוָ֑ה אֲשֶׁר־ הֵסַ֥תָּה אֹת֖וֹ אִיזֶ֥בֶל אִשְׁתּֽוֹ׃
BKJ Não houve, porém, ninguém semelhante a Acabe, que se vendeu para executar impiedade à vista do SENHOR, a quem Jezabel, a sua esposa, o incitava.
LTT Porém ninguém fora como Acabe, que se vendera para fazer o que era mal aos olhos do SENHOR; sendo instigado por sua esposa Jezabel.
BJ2 De fato, não houve ninguém que, como Acab, se tenha vendido para fazer o que desagrada a Iahweh, porque a isso o incitava sua mulher Jezabel.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de I Reis 21:25

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

Os REIS DE ISRAEL

930-741 a.C.
A DINASTIA DE ONRI
Como vimos anteriormente, Israel, o reino do norte, foi caracterizado por um governo instável no qual o trono foi tomado por vários usurpadores. Um deles, chamado Onri, estabeleceu uma dinastia que proporcionou estabilidade relativa a Israel. Apesar da Bíblia dedicar apenas seis versículos ao reinado de Onri (880-873 a.C.),' outras fontes deixam claro que ele foi um rei importante. A conquista de Moabe por Onri encontra-se registrada na famosa Pedra Moabita, hoje no museu do Louvre, em Pais (ver abaixo). Foi Onri quem estabeleceu Samaria como capital de Israel, o que explica o fato dos assírios chamarem Israel de "casa de Onri" muito tempo depois da extinção dessa dinastia.
Onri foi sucedido por seu filho Acabe (873-853 aC.). O primeiro livro de Reis afirma a seu respeito: "Fez Acabe, filho de Onri, o que era mau perante o Senhor, mais do que todos os que foram antes dele" (1Rs 16:30) e ressalta que Jezabel, a esposa fenícia de Acabe, promoveu a idolatria em Israel. Escavações realizadas em Samaria revelaram vários fragmentos de marfim entalhado, provavelmente da " casa de marfim"2 de Acabe, que mostram influências fenícias e egípcias. Num episódio bastante conhecido, Acabe e Jezabel foram repreendidos pelo profeta Elias por mandar matar Nabote, o jezreelita, a fim de obter sua vinha: cães lamberiam o sangue de Acabe no lugar onde haviam lambido o sangue de Nabote e devorariam Jezabel dentro dos muros de Jezreel.' Quando Acabe morreu em combate e foi levado de carro até Samaria, de fato, os cães lamberam o sangue no seu carro.

A DINASTIA DE JEÚ
O profeta Elias atendeu à ordem do Senhor e ungiu a Jeú, o comandante do exército, como rei de Israel. Num golpe sangrento, Jeú exterminou a dinastia de Onri e matou não apenas Jorão, rei de Israel, mas também Acazias, rei de Judá. Também executou os sacerdotes de Baal, os filhos de Acabe que haviam sobrevivido e a viúva de Acabe, Jezabel, da qual restou apenas o crânio, os pés e as mãos, pois o resto de seu corpo foi devorado pelos cães.°
Logo no início de seu reinado, Jeú (841-813 a.C.), ou seu embaixador, pagou tributo ao rei assírio Salmaneser III (859-824 a.C.), conforme retratado no famoso Obelisco Negro de Salmaneser, da cidade assíria de Nimrud. Uma inscrição identifica Jeú como "Jeú, filho de Onri". Cortesãos numa longa fila trazem tributos: ouro, prata e frutas. Pode-se observar, portanto, que Israel foi obrigado a reconhecer o poder crescente da Assíria. Jeroboão II (781-753 a.C.), bisneto de Jeú, aproveitou um período em que a Assíria se encontrava enfraquecida conquistou grande parte da Síria para Israel, conforme havia sido predito pelo profeta Jonas. O reino de Jeroboão II foi caracterizado por prosperidade crescent, acompanhada de idolatria. O profeta Amós apresenta uma descrição vívida:
"(Vós] que dormis em camas de marfim, e vos espreguiçais sobre o vosso leito, e comes os cordeiros do rebanho e os bezerros do cevadouro; que cantais à toa no som da lira e inventais, como Davi, instrumentos músicos para vós mesmos; que bebeis vinho em taças e vos ungis com o mais excelente óleo.
Amós 6:4-6
Entalhes suntuosos de marfim e grandes construções encontradas em Samaria, a capital israelita, são provas arqueológicas dessa prosperidade. Além disso, 102 óstracos escritos em hebraico foram encontrados em Samaria e provavelmente podem ser datados do reinado de Jeroboão II. As inscrições registram recibos de vinho e azeite, provavelmente referentes ao pagamento de impostos de propriedades nos arredores de Samaria.

Um selo magnífico de jaspe com a inscrição "Pertencente a Shema, servo de Jeroboão" (referindo-se provavelmente a Jeroboão I) foi encontrado em Megido. Como o profeta Amós predisse, essa prosperidade não seria duradoura: "Mas não vos afligis com a ruína de José. Portanto, agora, ireis em cativeiro entre os primeiros que forem levados cativos, e cessarão as pândegas dos espreguiçadores.
Amós 6.6h-7
O Senhor tinha dito a Jeú que sua dinastia duraria apenas quatro gerações. Zacarias, filho de Jeroboão Il, foi assassinado por Salum. Este tomou o trono, mas o ocupou por apenas um mês antes de sucumbir a outro usurpador chamado Menaém (752-741 a.C.). Para infelicidade de Israel, os assírios voltaram a ganhar força no reinado de Tiglate-Pileser III (746-727 a.C.) e, trinta anos depois da morte de Teroboão II, os israelitas foram exilados na Assíria.

ESTÁBULOS EM MEGIDO?
Escavações em Megido revelaram um grande conjunto de construções, identificados, por vezes, como estábulos com capacidade para até 450 cavalos. De cada lado de uma passagem central com 3 m de largura havia duas fileiras de colunas de pedra que sustentavam o telhado e, supostamente, serviam como postes as quais os cavalos podiam ser amarrados. As instalações também contavam com cochos, armazéns de cereais e tanques de água feitos de tijolos de barro. Logo depois de sua descoberta, o local foi associado a Salomão, em parte devido à referência às suas "cidades para carros" em I Reis 10:26. Essa atribuição não é mais defensável, pois pode-se observar que a extremidade sudeste do conjunto foi construída sobre um edifício do tempo de Salomão. Hoje em dia, esse complexo é considerado obra de Acabe, conhecido por ter usado dois mil carros na batalha contra os assírios em Qarqar, no rio Orontes na Síria em 853 a.C.O consenso entre os estudiosos é de que, na verdade, as instalações não são estábulos, mas sim, armazéns como aqueles ao redor das construções. Edifícios semelhantes encontrados em Hazor também passaram a ser considerados armazéns.

A Pedra Moabita (ou estela de Mesa)
Em 1868, F. A. Klein, um missionário alemão que morava em Jerusalém, viu uma placa encontrada na cidade de Dhiban (a Dibom bíblica) na atual Jordânia, com c. de 1,1 m de altura e 34 linhas de inscrições. Durante as negociações para comprar a pedra, C. S. Clermont-Ganneau, representante do museu do Louvre, conseguiu fazer um molde das inscrições, uma decisão prudente, pois, algum tempo depois, os proprietários da pedra colocaram-na no fogo e derramaram água fria para que se partisse em fragmentos. Alguns destes fragmentos nunca mai foram encontrados, porém o molde permitiu recuperar o texto parcialmente. Gravada em c. 830 a.C. por Mesa, rei de Moabe, a inscrição na língua moabita (que possui semelhanças com o hebraico) registra: "Onri era rei de Israel e oprimiu Moabe por muitos dias" (linhas 4-5). Mesa continua: "E Onri tomou posse da terra de Medeba e viveu nela durante seus dias e metade dos dias de seu filho quarenta anos" (linhas 7-8). Por fim, Mesa conseguiu se livrar desse domínio israelita.° Ele registra que tomou alguns dos utensílios do Senhor: "Tire de lá os utensílios do Senhor" (linhas 17-18). Esta é a primeira menção extra-bíblica das quatro consoantes hebraicas (YHWH) que constituem o nome do Senhor.

Guerra entre Israel e os moabitas

 

sinete de jaspe, pertencente a Sema, servo de Jeroboão Il (781-753 a.C.), Megido.
sinete de jaspe, pertencente a Sema, servo de Jeroboão Il (781-753 a.C.), Megido.
A Pedra Moabita (ou estela de Mesa)
A Pedra Moabita (ou estela de Mesa)
Entalhe em marfim encontrado em Samaria. Mostra uma esfinge alada em meio a uma plantação de lótus, usando peruca e salote estampado.
Entalhe em marfim encontrado em Samaria. Mostra uma esfinge alada em meio a uma plantação de lótus, usando peruca e salote estampado.
Guerra entre Israel e os moabitas
Guerra entre Israel e os moabitas
Edifício com colunas em Hazor. Outrora considerado um estábulo, hoje é identificado como um armazém.
Edifício com colunas em Hazor. Outrora considerado um estábulo, hoje é identificado como um armazém.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de I Reis Capítulo 21 do versículo 1 até o 29
6. O Plano Maligno de Jezabel (I Reis 21:1-29)

Como o programa religioso de Jezabel havia sido drasticamente interrompido, seus planos contra Nabote podem ser considerados como um último recurso dos deuses de Tiro contra o Deus de Israel.

  • A recusa de Nabote de vender sua vinha para Acabe (21:1-4). Nabote era um israelita de Jezreel que tinha um pedaço de terra cobiçado por Acabe. Jezreel estava localizada na base do monte Gilboa, na região oriental do vale e da planície de mesmo nome. A vinha de Nabote era próxima ao palácio real, isto é, da casa de verão, e, aparentemente, Acabe, levado por um capricho, desejava transformá-la em um jardim.
  • Nabote tinha todo o direito de se recusar a vendê-la. Na verdade, ele teria transgre-dido não só uma tradição, como também a sua consciência, se fizesse essa venda (cf. Lv 25:23-28; Nm 36:7ss.). Acabe reconhecia que Nabote estava religiosamente obrigado a conservar a posse de sua terra e que essa obrigação não poderia ser contrariada. Entre-tanto, ele ainda assim queria essa área; ele se irritou, adoeceu e deixou de comer. A única coisa pior que uma criança mimada é um adulto amuado.

  • O plano de Jezabel (21:5-16). A consciência de Jezabel, de Tiro, não tinha sido desenvolvida pelas tradições israelitas e pelo respeito aos direitos alheios. Como Acabe não se apossou imediatamente da vinha de Nabote, uma coisa que dificilmente seria capaz de entender (7), ela continuou com seu plano diabólico. Os filhos de Belial (10) seriam homens desonestos. Nunca foi exposta a falsa acusação de blasfêmia levantada contra Nabote perante a assembléia dos anciãos e dos nobres. Este sincero israelita foi apedrejado de acordo com a lei (13; cf. Lv 24:13-16), sob o testemunho de duas pessoas que teriam presenciado a suposta ofensa (cf. Dt 17:6-7). Com a eliminação de Nabote, Acabe tomou posse do jardim (15-16) que, sem dúvida, havia perdido grande parte de seus antigos atrativos.
  • c. Os atos malignos são castigados (21:17-29). Não foi meramente um dos "filhos dos profetas" que foi enviado a Acabe nessa ocasião, mas o próprio Elias. Em relação ao tisbita (17), veja o comentário sobre 17.1. Quando os dois se encontraram, Acabe cha-mou Elias de seu inimigo (20). Mas, estava errado outra vez (cf. I Reis 18:17-18). O rei, e não o profeta, era o seu próprio inimigo. A desgraça e o castigo que iriam cair sobre ele eram apenas o resultado de seus próprios erros e não de Elias. A pessoa que como Acabe (20) se vende ao pecado traz terríveis conseqüências sobre a sua própria vida.

    Elias trazia uma sombria mensagem para Acabe e Jezabel. Eles e toda a sua família seriam eliminados, da mesma maneira como as dinastias anteriores haviam sido rejeita-das por causa de seus pecados (21-22; cf.comentários sobre I Reis 14:10). Jezabel teria uma morte horrível na mesma cidade onde havia perpetrado seus crimes (23). Aquele que de Acabe morrer (24) significa "qualquer um que pertença a Acabe, e morrer". No versículo 25 o historiador faz um resumo do reinado de Acabe: "Ninguém fora como Aca-be, que se vendera para fazer o que era mau aos olhos do Senhor".

    A mensagem de Elias trouxe medo e condenação para Acabe. Durante algum tempo ele se comportou com profunda lamentação e completo jejum. Andava mansamente (27) pode ser traduzido como "assumiu uma atitude submissa" (Moffatt). Deus reconhe-ceu essa atitude de arrependimento e prometeu que o castigo sobre a sua casa seria suspenso até uma outra ocasião (29).

    Em dois versículos foi dito que Acabe havia se vendido (20,25). Ele "se vendeu ao diabo". Nos versículos 17:29 o seu esboço é traçado: (1) Era cobiçoso, 18; (2) considerava o homem de Deus como seu inimigo, 20; (3) era fraco e facilmente influenciado pelos outros, 25; (4) voltou-se a uma idolatria despudorada, 26; (5) foi julgado pelo Deus justo, 19,21-24; e (6) seu arrependimento trouxe uma suspensão temporária da sentença, 27-29 — tanto o arrependimento como a pausa do castigo, foram, de fato, apenas temporári-os e não permanentes.


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de I Reis Capítulo 21 do versículo 1 até o 29
    *

    21:1

    Jezreel. Essa localidade ficava a cerca de 39 km ao norte de Samaria. Acabe tinha um palácio ali, além do outro palácio na capital (18.45).

    * 21:2

    Dá-me a tua vinha. Nas nações cananéias, um rei podia apoderar-se de propriedades e de objetos pessoais pertencentes a outrem ao seu bel prazer, porque, em teoria, toda a propriedade pertencia a família real, e tão-somente era confiada aos súditos. Em Israel, Deus era o proprietário da terra (Êx 19:3-8; Lv 25:23) e o povo era tido como seus mordomos (Nm 14:8; 35:34; Dt 1:8). Os poderes de um monarca israelita eram limitados, em contraste com os poderes de um rei cananeu (Dt 17:14-20; 1Sm 8:9-19; 10:25). Quando Acabe quis ficar com a vinha de seu vizinho, Nabote, o procurou negociar uma compra (conforme 16.24).

    * 21:3

    Guarde-me o SENHOR. A reação de Nabote foi imediata, porquanto suas terras eram uma herança sagrada que o Senhor lhe havia dado. Quando o território da Terra Prometida foi distribuído, após a conquista (Js 13:21), cada família recebeu sua própria herança como um dom divino e uma custódia. Visto que a vinha de Nabote era a sua porção da herança de sua família, vendê-la seria o mesmo que deserdar seus próprios descendentes (Lv 25:23; Nm 27:1-11; 36.1-12).

    * 21:8

    escreveu cartas... aos anciãos e aos nobres. Jezabel usou o poder régio para acusar falsamente a Nabote e então executá-lo.

    * 21:9

    Apregoai um jejum. Jezabel, com a cumplicidade de Acabe, fomentou a apreensão entre os habitantes da cidade, porquanto um jejum era uma reação característica diante de uma crise ou de uma grande transgressão (Jz 20:26; 1Sm 7:5,6; 2Cr 20:3; Jn 3:5,7-9).

    * 21:10

    dois homens malignos. A lei de Israel estipulava que pelo menos duas testemunhas eram necessárias para condenar uma pessoa à pena capital (Nm 35:30; Dt 17:5,6; 19:15).

    Blasfemaste contra Deus e contra o rei. A pena por amaldiçoar a Deus era a morte (Êx 22:28; Lv 24:10-16).

    * 21:13

    para fora da cidade. Em consonância com a lei mosaica, os assassinos evitaram a impureza ritual (Lv 4:14; Nm 15:35,36). 2Rs 9:26 acrescenta que os filhos de Nabote também foram mortos, eliminando quaisquer herdeiros possíveis.

    * 21:24

    os cães o comerão... as aves do céu o comerão. Ver 14.11 e nota.

    * 21:25

    Ninguém houve, pois, como Acabe. Ver 16:30-33 e notas.

    * 21:26

    amorreus. Essa palavra refere-se aos habitantes pré-israelitas de Canaã (Gn 15:16; Dt 1:7; 2Sm 21:2).

    * 21:27

    rasgou as suas vestes, cobriu de pano de saco o seu corpo. O juízo divino, proferido através de Elias, mudou a atitude de Acabe. Os atos de rasgar as vestes e de usar pano de saco eram sinais de profunda lamentação e arrependimento (Gn 37:34; 2Sm 3:31; 2Rs 6:30; Lm 2:10; Jl 1:13).

    * 21:29

    não trarei este mal nos seus dias. Deus reviu a punição que tinha decretado nos vs. 21-24. A penalidade não foi rescindida, mas foi adiada por uma geração, devido à misericórdia de Deus.

    seu filho. Isto é, Jorão (2Rs 9:25,26). Embora Acabe não viveria o bastante para ver o fim de sua dinastia, ele e Jezabel tiveram mortes desonrosas (22.37,38; 2Rs 9:10,34-37).


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de I Reis Capítulo 21 do versículo 1 até o 29
    21:4 depois de escutar o julgamento de Deus (20.42), Acab foi a sua casa com má cara. Levado pela indignação e a rebelião contra Deus, teve um ataque de ira quando Nabot se negou a vender sua vinha. Os mesmos sentimentos que o levaram a sua carreira de fome de poder o levaram a resentirse com o Nabot. A ira se converteu em ódio e isto o levou a assassinato. Nabot, pelo contrário, queria cumprir as leis de Deus: considerava-se como um dever o manter a terra ancestral na família. Este incidente mostra a interação cruel entre o Acab e Jezabel, duas dos líderes mais malvados do Israel.

    21:13 Jezabel urdiu uma estratagema, que aparentava ser legal, para apropriar-se da terra para seu marido. requeriam-se duas testemunhas para estabelecer culpabilidade, e o castigo por blasfêmia era morte por apedrejamento. Hoje em dia, aqueles que torcem a lei e os procedimentos legais para conseguir o que desejam, podem ser mais sofisticados ao fazê-lo, mas mesmo assim são culpados do mesmo pecado.

    JEZABEL

    A Bíblia é tão sincera a respeito da vida de seus heróis como o é a respeito daqueles que rechaçaram a Deus. Alguns personagens bíblicos descobriram o que Deus pode fazer com os fracassos quando se voltam para O. Muitos outros, entretanto, não admitiram seus enganos, nem se voltaram para Deus.

    Jezabel figura como a mulher mais perversa da Bíblia. As Escrituras até utiliza seu nome como um exemplo da gente que rechaça completamente a Deus (Ap 2:20-21). Muitas mulheres pagãs se casaram com israelitas sem reconhecer ao Deus que seus maridos adoravam. Trouxeram suas religiões com elas. Mas nenhuma foi tão determinada como Jezabel a fazer que todo o Israel adorasse a seus ídolos. Para o profeta Elías, parecia que ela tinha tido êxito. O sentiu que era o único que ainda seguia sendo fiel a Deus até que O lhe disse que ainda havia sete mil que não tinham abandonado a fé. O único "êxito" do Jezabel foi contribuir à causa da queda final do reino do norte: a idolatria. Deus castigou às tribos do norte por sua idolatria ao fazer que fossem levados em cativeiro.

    Jezabel tinha um grande poder. Não só dirigia a seu marido, o rei Acab, mas também além disso tinha um sortido de oitocentos e cinqüenta sacerdotes pagãos sob seu controle. Estava comprometida com seus deuses e decidida a obter o que queria. Acreditava que o rei tinha o direito e a liberdade de possuir o que quisesse. Quando Nabot se negou a vender sua vinha ao Acab, Jezabel o mandou matar com crueldade e tomou posse da terra. O plano do Jezabel de acabar com o culto a Deus no Israel ocasionou graves conseqüências. antes de morrer, Jezabel sofreu a perda de seu marido em combate e de seu filho em mãos do Jehú, que tomou o trono pela força. Morreu da mesma maneira desafiante e depreciativa em que viveu.

    Quando comparamos ao Jezabel e ao Elías, temos que admirar a força do compromisso de cada um deles. A grande diferencia era com quem estavam comprometidos. Jezabel estava comprometida com ela mesma e com seus deuses falsos. Elías estava totalmente comprometido ao único Deus verdadeiro. Ao final, Deus demonstrou que Elías estava no correto. Com o que ou com quem está você mais comprometido? Como avaliaria Deus seu compromisso?

    Debilidades e enganos:

    -- Eliminava sistematicamente aos representantes de Deus no Israel

    -- Promoveu e fundou o culto ao Baal

    -- Ameaçou matando ao Elías

    -- Acreditava que os reis podiam fazer ou ter legalmente tudo o que quisessem

    -- Usou suas fortes convicções para sair-se com a sua

    Lições de sua vida:

    -- Não basta sendo comprometido ou sincero. O que faz a diferença é em onde jaz nosso compromisso

    -- O rechaçar a Deus sempre leva a desastre

    Dados gerais:

    -- Onde: Sidón, Samaria

    -- Ocupação: Reina do Israel

    -- Familiares: Marido: Acab. Pai: Et-baal. Filhos: Joram e Ocozías

    -- Contemporâneos: Elías, Jehú

    Versículo chave:

    "À verdade nenhum foi como Acab, que se vendeu para fazer o mau ante os olhos do Jeová; porque Jezabel sua mulher o incitava" (1Rs 21:25).

    A história do Jezabel se relata em 2 Rsseis 16:31-2Rs 9:37. Seu nome se utiliza em Ap 2:20 como sinônimo de grande perversão.

    21:19, 23 Para o cumprimento destes versículos, veja-se 22.38 onde os cães lamberam o sangue do Acab, e 2 Rseis 9:30-10.28 onde Jezabel e o resto da família do Acab foi destruída.

    21:20 Acab continuava negando-se a admitir seu pecado contra Deus. Em troca, acusou ao Elías de ser seu inimigo. Quando nos cegamos pela inveja e o ódio, é quase impossível ver nosso próprio pecado.

    21:29 Acab foi o rei mais perverso que nenhum outro rei no Israel (16.30; 21.25), mas quando se arrependeu com profunda humildade, Deus tomou em conta e reduziu seu castigo. O mesmo Deus que foi misericordioso com o Acab quer ser misericordioso com você. Sem importar quão malvado tenha sido, nunca é muito tarde para humilhar-se, voltar-se para Deus e pedir seu perdão.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de I Reis Capítulo 21 do versículo 1 até o 29

    4. da Naboth Vineyard (


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de I Reis Capítulo 21 do versículo 1 até o 29
    1Rs 20:0

    O engano de Acabe (21)

  • O pecado (vv. 1-16)
  • O coração do perverso cobiça coi-sas constantemente, e até mesmo o rei não se sentia satisfeito em sua idolatria vazia. Agora, ele desejava a vinha do vizinho e ficou "desgos- toso" porque o- vizinho não quis desobedecer à Palavra do Senhor e dar-lhe a terra (veja Lv 25:23 e Nu 36:7). A rainha Jezabel resolveu o problema ao arrumar testemunhos falsos contra Nabote, falsificar car-tas em nome do marido e esconder todo o arranjo sob um pretenso je-jum religioso. Nabote, um homem inocente, foi apedrejado até a morte apenas para satisfazer a cobiça do rei Acabe e sua esposa adoradora de Baal. "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desespera-damente corrupto; quem o conhe-cerá?" (]r 17.9).

  • O julgamento (vv. 17-29)
  • Deus sabia que tudo acontecera e enviou Elias para acertar o assunto com o rei perverso. Acabe pergun-tou: "Já me achaste?", o que nos traz à menteNu 32:23: "Sabei que o vosso pecado vos há de achar". Elias anunciou a destruição da casa de Acabe, e a profecia cumpriu-se em pouco tempo (2 Rs 9—10). Aca-be "se vendeu para fazer o que era mau" e, por isso, teve de aceitar o pagamento que merecia. O rei hu-milhou-se diante do Senhor (não sa-bemos se era sincero ou não), mas o Senhor adiou a punição.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de I Reis Capítulo 21 do versículo 1 até o 29
    21.3 A herança de meus pais. A Lei mosaica decretara que as heranças permaneceriam para sempre nas mesmas famílias (Lv 25:10-34). O único tipo de negócio viável seria o do arrendamento.

    21.7 Governas tu? O velho apelo ao despotismo oriental, no qual Davi caíra uma única vez (2Sm 11:1-10), e que lhe custara várias tragédias na família real e no governo, causando-lhe a perda de toda autoridade moral sobre os filhos e sobre o seu general Joabe. Jezabel não via problemas no assunto: era só eliminar a Nabote, ainda que não seria justo fazê-lo (8-14).

    21.10 Blasfemaste contra Deus, Esta rainha fenícia não tinha respeito algum pela lei de Deus. Sua hipocrisia é revelada quando acusa a Nabote do pecado que ela, mais do que ninguém, cometia continuamente.

    21.13 A morte de um herói (juntamente com seus filhos, 2 R9,26) que, em contraste marcante com o casal real tão maldoso e os anciãos e nobres moralmente tão fracos, manteve sua própria integridade até ao seu doloroso fim.
    21.16 Esta história bíblica quase que sobrepuja a qualquer outra narrativa sobre a maldade humana, pela sua quantidade de malícia, de hipocrisia, de traição e de covardia. Vemos, aqui, três tipos de pessoas malignas:
    1) Acabe, que era maligno e fraco;
    2) Jezabel, que era maligna e forte;
    3) os anciãos, que eram malignos e subservientes. A responsabilidade na observância ao mando da consciência e da justiça, é maior do que a que se tem por um mandato do rei.
    21.18 Acabe recebera mais do que esperava daquela transação: descera para tomar posse de uma vinha de que não necessitava, mas, longe de ali gozar de um passeio divertido, deu-se face a face com a ira do profeta de Deus, que viera pronunciar-lhe a sentença.
    21.19 Com este ato, a rei tinha feito transbordar de iniqüidade e o julgamento se tornara inevitável. Uma manifestação de arrependimento (29) ganhou mais três anos de vida para o rei (22.1ss), antes do cumprimento literal da profecia (22.8).
    21.20 Te vendeste. Acabe, longe de ganhar um vinha, tinha vendido sua própria alma, seu futuro, e sua vida (conforme Mc 8:36).

    21.23 A lei eterna das conseqüências do pecado se acha em Gl 6:7-48. O seu cumprimento inconteste se lê em 2Rs 9:30-12.

    21:27-29 A reação de Acabe continha mais medo do que arrependimento duradouro; talvez o mesmo medo que o tornara um instrumento nas mãos perversas de Jezabel, visto não possuir a hombridade de resistir à sua influência pecaminosa. Talvez um casamento com uma mulher virtuosa tivesse sido a sua salvação.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de I Reis Capítulo 21 do versículo 1 até o 29
    Acabe e a vinha de Nabote (21:1-29)
    A LXX põe o cap. 21 imediatamente após o cap. 19. Na sua posição atual, ele separa duas seções dos feitos militares de Acabe, mas tem o efeito de responder ao juízo errôneo do profeta em 20.42.
    Acabe mais uma vez aparece como fraco, e não como ímpio. O seu palácio em Jezreel (v. 1) era uma agradável residência nas planícies que ele queria expandir. O seu pedido: Dê-me a sua vinha (v. 2) é cortês, e, embora Nabote pareça escandalizado só de pensar em perder a herança dos meus pais (v. 3), é improvável que essas transações tenham sido proibidas naquela época. (A transição da organização tribal para a monarquia havia enfraquecido as leis e delimitações de Nm

    36:7-9 e Lv 25, mas não proibia a venda.) E verdade que Acabe reconhece o direito que Nabote tem de rejeitar a proposta, mas foi para casa aborrecido e indignado (v. 4). v. 5. Sua mulher Jezabel tinha aprendido as suas táticas de governo em outra escola, v. 7. E assim que você age como rei de Israel? Em Tiro, os reis não eram tão facilmente contrariados, e as concepções inadequadas a respeito de Deus produziram idéias erradas acerca de responsabilidades sociais, v. 8. ela escreveu cartas em nome de Acabe, e a sua trama mostra tanto a atitude despreocupada de Acabe em relação às suas responsabilidades quanto a corrupção do governo local. As autoridades e os nobres produziram um tribunal forjado; homens vadios (v. 10) foram recrutados facilmente. A aparência de legalidade satisfez os desejos da ávida regente, como acontece em qualquer época — o que pode ser alcançado também por técnicas mais sofisticadas da modernidade. Os nobres (hõrim) aparecem pela primeira vez como um grupo social significativo (v. Jr 27:20; Jr 39:6; Is 34:12 acerca dos únicos usos pré-exílicos). A acusação: amaldiçoou tanto a Deus quanto ao rei (v. Ex 22:28Lv 24:15,16) implicava a morte por apedrejamento executada pelo povo fora da cidade (v. 13). Segundo Reis 9:26 inclui os seus filhos no mesmo destino, de modo que não haveria sobrevivente para herdar a propriedade. v. 15. Levante-se e tome posse da vinha talvez indique um costume segundo o qual a propriedade de alguém executado por traição passaria para a coroa, ou que foi um exemplo de simples confisco ao qual ninguém se oporia após o destino de Nabote, v. 17. a palavra do Senhor veio ao tisbita Elias-, que novamente volta à história com rapidez dramática. Atravessando as armadilhas legais, como Natã havia feito antes dele (2Sm 12:0). Mais uma vez, a condenação de Elias é moral (não nacionalista): você se vendeu para fazer o que o Senhor reprova [...] e fez 1srael pecar (v.

    20,22). O arrependimento de Acabe rendeu-lhe um adiamento pessoal, visto que a condenação: Os cães comerão os que pertencem a Acabe (v. 24) foi cumprida no seu filho Jorão (2Rs 9:25; mas conforme lRs 22.38 e o comentário).

    Um parêntese (v. 25,26) destaca um dos aspectos principais na acusação contra Acabe e uma desculpa. Foram os ídolos que conduziram os amorreus ao declínio, o que lhes custou a terra. Acabe estava acelerando a história de Israel rumo ao mesmo destino, pressionado (o verbo sût geralmente sugere persuasão contra a natureza de uma pessoa) por sua mulher Jezabel. O acordo de Onri com a Fenícia aconteceu ao preço de um dos casamentos mais desastrosos de que se tem notícia.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de I Reis Capítulo 21 do versículo 1 até o 29
    i) A vinha de Nabote (1Rs 21:1-11). Acabe teria aquiescido de mau grado (4) mas quando Jezabel, irônica e altiva, lhe prometeu a vinha, não fez quaisquer perguntas. A história demonstra não a superior liberdade democrática de Israel mas a crueldade de alguém a quem fora instilada, desde a infância, a concepção da "divindade" do rei. Da conspiração fazia parte "uma carta" (segundo certa versão do vers.
    8) selada com o selo real dirigida aos anciãos e aos nobres (ou homens livres de Jezreel) ordenando um jejum por um sacrilégio não especificado; Nabote deveria ser posto acima do povo, isto é, dar-se-lhe-ia a presidência no tribunal encarregado de investigar o crime; o que, pondo em relevo a sua importância social, tornaria maior a sua culpa. Dois homens, filhos de Belial (10), ou seja, indivíduos de baixa estirpe, acusá-lo-iam; Blasfemaste contra Deus e contra o rei (o representante de Deus) crime que era punido com a morte por apedrejamento (Lv 24:10-16). Duas testemunhas eram o mínimo exigido pela lei (Dt 17:6). Os destinatários da carta obedeceram vilmente às suas instruções (11-13) confirmando assim a opinião que Elias expressara acerca do povo (19.14 nota). Os filhos de Nabote compartilharam do seu destino (2Rs 9:26) e Acabe confiscou a propriedade agora sem dono (16). As palavras amargas com que Acabe saúda Eliseu (20) -Achei-te significa apenas "sim!" -revelam que os seus caminhos se haviam cruzado mais vezes do que as mencionadas em Reis. Sobre a condenação geral (21) veja-se 14:10-11 nota. Note-se que quanto a Jezabel, (23) a sentença foi literalmente cumprida (2Rs 9:26). No vers. 23, em lugar de junto ao antemuro (heb. hel) leia-se, de acordo com nove manuscritos, a Septuaginta, etc., "porção" (heb. heleq). A maldição proferida sobre Acabe não se realizou inteiramente (cfr. vers. 19 com 1Rs 22:38 e também 2Rs 9:25). O arrependi mento de Acabe (27) -e andava mansamente (ou, segundo outra versão, "desgostoso") -e o adiamento da sentença (29) provam que era a fraqueza, mais do que a maldade, o seu defeito dominante (cfr.comentário a 1Rs 16:29-11).

    Dicionário

    Acabe

    irmão de pai. 1. Filho de onri, sétimo rei de israel, e o segundo de sua família, que se sentou naquele trono. A história do seu reinado vem no livro 1 dos Reis, caps. 16 a 22. Casou com Jezabel, filha de Etbaal, rei de Tiro, que era adorador do deus Baal, e tinha sido sacerdote da deusa Astarote, antes de ter deposto seu irmão e tomado as rédeas da governo. o reinado de Acabe distinguiu-se pela ação do profeta Elias, que se opôs fortemente a Jezabel, quando esta introduziu em israel o culto de Baal e Astarote (*veja Elias). A rainha Jezabel não somente levou o seu marido para a idolatria, mas também o fez viver uma vida maléfica. Foi ela quem instigou Acabe a cometer um grande crime contra Nabote, cuja vinha o rei ambicionou para juntar a outros aprazíveis terrenos que faziam parte do seu novo palácio de Jezreel. Nabote recusou vender o terreno, baseando-se na lei de Moisés, segundo a qual a vinha era a ‘herança de seus pais’. Pela sua declaração foi acusado de blasfêmia, sendo ele e seus filhos mortos por apedrejamento (2 Rs 9.26). Elias então disse que a destruição da casa de Acabe seria a conseqüência desta atrocidade. Uma grande parte do reinado de Acabe foi ocupada com três campanhas contra Ben-Hadade ii, rei de Damasco. Das duas primeiras guerras ele saiu completamente vitorioso. No fim da segunda, o rei Ben-Hadade caiu nas mãos de Acabe, mas foi libertado sob a condição de restituir todas as cidades de israel, que tinha em seu poder, e fazer bazares para Acabe em Damasco (1 Rs 20.84). A bênção de Deus foi retirada da terceira campanha. o profeta Micaías (ou Mica) avisou Acabe de que não teria agora a proteção divina, dizendo que os profetas que o tinham aconselhado estavam apressando a sua ruína. Acabe foi à batalha e disfarçou-se para não ser conhecido pelos frecheiros de Ben-Hadade. Apesar disso foi morto por certo homem que arremessou a flecha à ventura. o seu corpo foi levado para Samaria, para ser sepultado, e na ocasião em que um criado estava lavando o carro, lamberam os cães o seu sangue (1 Rs 22.37,38). 2. Filho do falso profeta Colaías, que guiou mal os israelitas em Babilônia. Foi condenado à morte pelo rei Nabucodonosor (Jr 29:21).

    (Heb. “irmão do pai”).


    1. O infame rei Acabe, filho de Onri e governante de Israel na mesma época em que o profeta Elias desenvolveu seu ministério. Foi um dos piores reis do Norte (cf 1Rs 16:30-33). Seus crimes não eram apenas políticos. Sua culpa maior foi permitir a propagação da adoração a Baal. Deus o puniu com um terrível período de seca que assolou a terra — um castigo direto por sua participação nas práticas idólatras. Seu casamento com Jezabel acentuou a ligação que a narrativa bíblica faz entre a idolatria e o comportamento imoral. Para mais detalhes, veja Jezabel, Elias e Nabote.

    O relato do reinado de Acabe só é concluído em 1Rs 22:39-53. Sua hábil política internacional é interpretada negativamente pelo escritor bíblico, devido às graves conseqüências da adoração mista. Seu comportamento foi tão mau que a frase “a casa de Acabe” tornou-se um padrão para referir-se particularmente a reis perversos (2Rs 21:2s; veja também Mq 6:16).


    2. Outro Acabe foi acusado pelo profeta Jeremias de falar mentiras para o povo de Israel, na Babilônia (Jr 29:21-23). Como Hananias (Jr 28), ele provavelmente era culpado de prever um final rápido para o exílio e, como os outros falsos profetas, culpado de “curar superficialmente a ferida do povo” (Jr 6:14; Jr 23:11) e de cometer adultério com as mulheres dos companheiros (Jr 29:23). No livro de Jeremias, os falsos profetas foram alvo de juízo, porque ofereciam ao povo uma falsa esperança, quando na verdade havia desesperança. S.V.


    Acabe [Irmão do Pai] -

    1) Sétimo rei de Israel, que reinou 22 anos (874-853 a.C.), depois de Onri, seu pai. Jezabel, sua mulher, levou o povo a adorar ídolos. Deus mandou o profeta Elias falar contra ele (1Rs 16:28—22:) 40).

    2) Profeta falso (Jr 29:21-23).

    Como

    assim como, do mesmo modo que..., tal qual, de que modo, segundo, conforme. – A maior parte destas palavras podem entrar em mais de uma categoria gramatical. – Como significa – “de que modo, deste modo, desta forma”; e também – “à vista disso”, ou – “do modo que”. Em regra, como exprime relação comparativa; isto é – emprega-se quando se compara o que se vai afirmar com aquilo que já se afirmou; ou aquilo que se quer, que se propõe ou se deseja, com aquilo que em mente se tem. Exemplos valem mais que definições: – Como cumprires o teu dever, assim terás o teu destino. – O verdadeiro Deus tanto se vê de dia, como de noite (Vieira). – Falou como um grande orador. – Irei pela vida como ele foi. – Assim como equivale a – “do mesmo modo, de igual maneira que”... Assim como se vai, voltar-se-á. Assim como o sr. pede não é fácil. Digo-lhe que assim como se perde também se ganha. Destas frases se vê que entre como e assim como não há diferença perceptível, a não ser a maior força com que assim como explica melhor e acentua a comparação. – Nas mesmas condições está a locução – do mesmo modo que... Entre estas duas formas: “Como te portares comigo, assim me portarei eu contigo”; “Do mesmo modo que te portares comigo, assim (ou assim mesmo) me portarei contigo” – só se poderia notar a diferença que consiste na intensidade com que aquele mesmo modo enuncia e frisa, por assim dizer, a comparação. E tanto é assim que em muitos casos 290 Rocha Pombo não se usaria da locução; nestes, por exemplo: “Aqueles olhos brilham como estrelas”; “A menina tem no semblante uma serenidade como a dos anjos”. “Vejo aquela claridade como de um sol que vem”. – Tal qual significa – “de igual modo, exatamente da mesma forma ou maneira”: “Ele procedeu tal qual nós procederíamos” (isto é – procedeu como nós rigorosamente procederíamos). Esta locução pode ser também empregada como adjetiva: “Restituiu-me os livros tais quais os levara”. “Os termos em que me falas são tais quais tenho ouvido a outros”. – De que modo é locução que equivale perfeitamente a como: “De que modo quer o sr. que eu arranje o gabinete?” (ou: Como quer o sr. que eu arranje...). – Segundo e conforme, em muitos casos equivalem também a como: “Farei conforme o sr. mandar” (ou: como o sr. mandar). “Procederei segundo me convier” (ou: como me convier).

    como adv. 1. De que modo. 2. Quanto, quão. 3. A que preço, a quanto. Conj. 1. Do mesmo modo que. 2. Logo que, quando, assim que. 3. Porque. 4. Na qualidade de: Ele veio como emissário. 5. Porquanto, visto que. 6. Se, uma vez que. C. quê, incomparavelmente; em grande quantidade: Tem chovido como quê. C. quer, loc. adv.: possivelmente. C. quer que, loc. conj.: do modo como, tal como.

    Era

    substantivo feminino Época fixa a partir da qual se começam a contar os anos.
    Figurado Época notável em que se estabelece uma nova ordem de coisas: a era romântica; a era espacial.
    Período histórico que se sobressai por suas características próprias, por situações e acontecimentos importantes.
    Qualquer intervalo ou período de tempo; século, ano, época.
    expressão Era Cristã. Tempo que se inicia a partir do nascimento de Jesus Cristo.
    Era Geológica. Cada uma das cinco grandes divisões da história da Terra.
    Etimologia (origem da palavra era). Do latim aera.

    outro

    Era Período longo de tempo que começa com uma nova ordem de coisas (Lc 20:35, RA).

    Erã

    Um dos netos de Efraim e filho de Sutela. Tornou-se líder do clã dos eranitas.


    Fazer

    verbo transitivo direto Desenvolver algo a partir de uma certa ação; realizar.
    Construir ou produzir algo através da ordenação de seus elementos constituintes: fazer pão, um prédio, uma escola etc.
    Elaborar alguma coisa através da utilização de variados elementos: faziam roupas.
    Realizar ou pôr em prática algum ato reprovável: fazia muitas bobagens.
    Alcançar certa idade: Pedro fará 30 anos amanhã.
    Dar forma ou vida a; criar: faziam novos vestidos para a coleção.
    Livrar-se dos dejetos orgânicos: fazer cocô.
    Demandar esforços para conseguir alguma coisa; esforçar.
    Ter passado determinado tempo: faz dois meses que ele se foi.
    Indicar o tempo atmosférico: hoje faz muito calor.
    Ter o peso idêntico a; equivaler: dez e dez faz vinte.
    Realizar certo trabalho; ter como ocupação: fez sua faculdade em São Paulo.
    Passar por determinado trajeto; percorrer: fazer 20 Km de bicicleta.
    Realizar certo esporte ou ação esportiva: fazer academia.
    Gramática Possuir como terminação; ter como forma flexionada: troféu faz troféus.
    Dispor de determinada maneira; arrumar: é preciso fazer a cama.
    Modificar a aparência para melhor: fazer o cabelo.
    Ter como constituição; constituir: estampa que faz um vestido horrível.
    verbo transitivo indireto Ser utilizado de determinada maneira: na escola, a professora fez de diretora.
    verbo pronominal [Informal] Comportar-se de maneira livre; agir de acordo com seus princípios: o camelô se fez com muito trabalho.
    Insistir durante certo período; reinar: fez-se barulho no salão de festas.
    Quebrar ou ficar em partes menores: a garrafa fez-se em cacos.
    verbo transitivo direto e bitransitivo Preparar ou organizar com antecipação, tendo em conta certo propósito, utilização ou finalidade: fazia as refeições para os alunos.
    Gerar ou fazer nascer: alguns animais fazem filhotes.
    Instituir algo através da promulgação de um acordo: fazer um tratado de lei.
    Criar intelectualmente; compor: fazer uma melodia; o poeta lhe fez uma poesia.
    Dar seguimento a; executar: fazer caridade; faça-me a bondade de ficar em silêncio.
    Ser a razão de algo; provocar: os amigos lhe fizeram muito mal.
    Passar os seus pertences para outra pessoa ou para uma organização; doar.
    Expressar-se através de gestos ou comportamentos: fazer que sim com o pescoço.
    Demonstrar por meio de palavras: fez um ótimo texto.
    Realizar determinada ação: fez uma dança em torno de si próprio.
    Ter determinada ocupação: ele fica o dia inteiro sem fazer nada.
    verbo transitivo indireto predicativo e intransitivo Agir de determinada forma; comportar-se: faça o que tiver de fazer.
    verbo transitivo direto e pronominal Atribuir determinado aspecto a; fingir: faz-se de coitado.
    verbo transitivo direto e transitivo direto predicativo Ser o motivo de que uma pessoa fique de certa maneira: o vício fez o morto; o conhecimento fez o professor.
    verbo transitivo direto predicativo e transitivo indireto predicativo Mudar a essência de: queria fazer do filho um médico.
    verbo bitransitivo Avaliar ou determinar o valor de: faço este vestido por 10 reais.
    Utilizar algo de determinada maneira: fazia da inteligência o seu maior trunfo.
    Etimologia (origem da palavra fazer). Do latim facere.

    Fora

    advérbio Na parte exterior; na face externa.
    Em outro local que não aquele em que habitualmente se reside.
    Em país estrangeiro; no exterior: minha irmã vive fora.
    interjeição Voz áspera para expulsar alguém de um recinto, vaiar ou patear interpretação teatral ou musical, discurso político etc.
    preposição Com exclusão de; além de; exceto: deram-lhe todo o dinheiro, fora os lucros, que foram depositados.
    substantivo masculino Erro grosseiro; rata, fiasco: aquele erro foi o maior fora da minha vida.
    Expressão de ignorância: não fala nada interessante, é um fora atrás do outro.
    Não aceitação de; recusa.
    locução prepositiva Fora de. Sem: fora de propósito.
    Distante de: fora da cidade.
    Do lado externo: fora de casa.
    expressão Dar fora em. Não aceitar ficar com alguém; romper namoro.
    Dar um fora. Cometer um erro grosseiro.
    Levar um fora. Ser rejeitado; sofrer recusa.
    Etimologia (origem da palavra fora). Do latim foras.

    Incitar

    verbo transitivo direto e bitransitivo Incentivar alguém a fazer alguma coisa; impelir, instigar, encorajar: o professor incitou o aluno a estudar para a prova.
    verbo transitivo direto e pronominal Ocasionar ou possuir uma reação; estimular ou estimular-se: seu pensamento incitava-se por qualquer coisa.
    verbo transitivo direto Gerar uma competição ou um desafio a: provocar: incitar um gato.
    Provocar o surgimento de: sua condição incitou várias doações.
    verbo pronominal Enraivecer-se: incitou-se com as críticas.
    Etimologia (origem da palavra incitar). Do latim incitare.

    Incitar
    1) Aconselhar (Dt 13:6).


    2) Atiçar (1Sm 26:19; Mc 15:11).


    3) Estimular; promover (Ap 2:22, RA).


    Jezabel

    Jezabel [Sem Marido ? Sem Nobreza ?]

    Filha de Etbaal, rei de SIDOM. Acabe se casou com ela e dela teve um filho chamado Jorão (1Rs 16:31; 2Rs 3:1; 9.22). Promoveu o culto a BAAL, matou os profetas de Javé e obrigou Elias a fugir (1Rs 18:4—19.18). Tomou a vinha de NABOTE para Acabe (1Rs 21). Foi morta 11 anos depois por ordem de Jeú, e os cães comeram a sua carne (2Rs 9). Em Ap 2:20 Jezabel é o símbolo de alguém que leva as pessoas a adorarem deuses pagãos.


    Filha de Etbaal, rei de Tiro e Sidom. Foi esposa do rei Acabe de Israel [874 a 853 a.C.] (1Rs 16:31). No hebraico bíblico seu nome significa “não há nobreza”. Este nome provavelmente é uma distorção intencional do seu verdadeiro significado, “onde está o príncipe (Baal)” ou “o príncipe (Baal) existe”, a fim de louvar o deus dela, o Baal fenício. O escritor dos livros dos Reis distorceu o nome de Jezabel, para mostrar seu desprezo por sua ação e religião. Desta maneira, caracterizou a rainha como inteiramente perversa.

    Jezabel devotou-se à implantação da adoração a Baal e a sua deusa consorte Aserá (ou Astarte) em Israel. Contratou 450 profetas de Baal e 400 profetisas de Aserá (1Rs 18:19; onde Aserá é traduzida como poste-ídolo) e perseguiu os profetas do Senhor, inclusive Elias (1Rs 19:1-9). Também expandiu sua religião e violou o conceito de Israel de limitar o poder da monarquia (Dt 17:14-20). Quando Nabote recusou-se a vender ao rei Acabe a herança que lhe fora dada por Deus (1Rs 21:3), Jezabel tramou para que fosse executado, ao contratar alguns homens que o acusaram falsamente de blasfêmia (1Rs 21:8-16).

    A atitude desafiadora de Jezabel para com Deus levou Elias a profetizar que o corpo dela seria devorado pelos cães (1Rs 21:23). Embora tenha vivido pelo menos dez anos depois da morte de Acabe, ela morreu conforme o profeta havia predito, quando Jeú ordenou que fosse atirada por uma janela (2Rs 9:32-33). Os cães a devoraram na rua, e deixaram apenas seu crânio, os pés e as palmas das mãos (2Rs 9:34-37).

    O caráter e as ações de Jezabel ganham um significado simbólico no Novo Testamento. Apocalipse 2:20 refere-se a uma falsa crente na igreja de Tiatira como “Jezabel, mulher que se diz profetisa”, para indicar que a ira de Deus seria contra ela, por seus falsos ensinos e suas imoralidades. R.P.


    Era filha de Etbaal, rei dos sidônios, e foi casada com Acabe, rei de israel (1 Rs 16.31). Esta princesa introduziu no reino da Samaria a forma siríaca do culto a Baal, a Astarte, e a outras divindades fenícias. Com este culto trouxe ela também para os israelitas muitas daquelas abominações, que tinham chamado a ira de Deus contra os cananeus. Tão fanatizada estava Jezabel, nesta religião, que em volta da sua mesa reunia ela 450 profetas ou sacerdotes de Baal, e 400 sacerdotes de Astarte (poste-ídolo) (1 Rs 18.19). Foi um mau dia para os israelitas aquele em que Acabe trouxe uma mulher estrangeira para partilhar do trono de israel. Salomão tinha colocado cada uma das suas mulheres pagãs longe dos negócios do Estado; mas Acabe procedeu de diverso modo, permitindo que ela tomasse parte no governo, e até algumas vezes com exclusão dele próprio (1 Rs 21.25). A terrível perseguição contra os profetas do Senhor (1 Rs 18.13; 2 Rs 9,7) deu causa a um forte levante do povo, por instigação de Elias, sendo destruídos quase inteiramente os que adoravam o deus Baal (1 Rs 19.1). Mas ele próprio, o forte Elias, caiu em abatimento quando lhe constou que Jezabel ficara ferozmente irritada ao receber a notícia da mortandade dos seus sacerdotes; e então tratou de fugir para salvar a vida (1 Rs 19.3). Jezabel era mulher de desígnios mais firmes do que o seu marido. Sem escrúpulos, no uso daquele poder que o rei devia conservar nas suas próprias mãos, ela ocasionou a morte de Nabote (1 Rs 21.14), e mandou a seu marido que se apoderasse das cobiçadas terras do assassinado. Provavelmente a rainha pouca importância dava à vinha ou ao seu proprietário; mas para ela o poder era tudo, e foi pelo fato de o exercer cruelmente que a maldição do profeta caiu sobre ela (1 Rs 21.23). A descrição do seu terrível fim, sendo Jeú o seu implacável executor, é feita de modo inteiramente dramático em 2 Rs 9.30 a 37. As palavras de Jeú, quando o mensageiro que tinha sido encarregado de a enterrar, ‘porque é filha de rei’, voltou, informando-o do que tinha acontecido ao corpo, foram uma recordação da profecia de Elias (2 Rs 9.36,37). Ele havia considerado que, deixando a rainha sem sepultura, seria um insulto ao rei de Tiro. Jezabel deve ter sido de avançada idade quando morreu, porque ela sobreviveu a Acabe pelo espaço de quatorze anos, sendo proeminente o seu lugar na corte de seus filhos, como o tinha sido junto do trono do seu marido. Considerada em seu todo, foi Jezabel a mais perversa das rainhas de israel, sendo também a mais inteligente e notável. (*veja Acabe, Jeú, Elias, Nabote.)

    -

    Mau

    adjetivo Contrário ao que é bom; muito ruim; moralmente reprovável.
    Que faz maldades e se satisfaz com elas: bandido mau.
    Que demonstra indelicadeza em relação aos demais: mau perdedor.
    Que causa danos a si mesmo ou ao próximo: mau propósito.
    Que não se consegue vencer nem superar: más circunstâncias.
    Que se opõe à justiça: maus comportamentos.
    De aparência nociva: o jantar estava com mau aspecto.
    Deficiente; cujos requisitos não são considerados bons: mau televisor.
    Escasso; que não consegue produzir: mau período para a agricultura.
    Incorreto; que se opõe a regras ou normas: má compreensão do texto.
    Infeliz; que não ocasiona a felicidade: má opinião.
    Que anuncia algo ruim: má intuição.
    substantivo masculino Algo ou alguém que possui as características acima citadas.
    Designação atribuída ao diabo.
    interjeição Que expressa falta de aprovação.
    Etimologia (origem da palavra mau). Do latim mallus.a.um.

    adjetivo Contrário ao que é bom; muito ruim; moralmente reprovável.
    Que faz maldades e se satisfaz com elas: bandido mau.
    Que demonstra indelicadeza em relação aos demais: mau perdedor.
    Que causa danos a si mesmo ou ao próximo: mau propósito.
    Que não se consegue vencer nem superar: más circunstâncias.
    Que se opõe à justiça: maus comportamentos.
    De aparência nociva: o jantar estava com mau aspecto.
    Deficiente; cujos requisitos não são considerados bons: mau televisor.
    Escasso; que não consegue produzir: mau período para a agricultura.
    Incorreto; que se opõe a regras ou normas: má compreensão do texto.
    Infeliz; que não ocasiona a felicidade: má opinião.
    Que anuncia algo ruim: má intuição.
    substantivo masculino Algo ou alguém que possui as características acima citadas.
    Designação atribuída ao diabo.
    interjeição Que expressa falta de aprovação.
    Etimologia (origem da palavra mau). Do latim mallus.a.um.

    Mulher

    substantivo feminino Ser humano do sexo feminino, dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
    Indivíduo cujas características biológicas representam certas regiões, culturas, épocas etc.: mulher mineira; mulher ruiva; as mulheres de Neandertal.
    Aquela cujas características biológicas definem o ser feminino.
    Menina que começa a apresentar fatores característicos da idade adulta; mulher-feita: sua filha já é uma mulher.
    Aquela que atingiu a puberdade; moça, mocinha.
    Aquela que deixou de ser virgem.
    Companheira do cônjuge; esposa.
    Figurado Pessoa indeterminada: quem é essa mulher?
    Etimologia (origem da palavra mulher). Do latim mulier. mulieris.

    substantivo feminino Ser humano do sexo feminino, dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
    Indivíduo cujas características biológicas representam certas regiões, culturas, épocas etc.: mulher mineira; mulher ruiva; as mulheres de Neandertal.
    Aquela cujas características biológicas definem o ser feminino.
    Menina que começa a apresentar fatores característicos da idade adulta; mulher-feita: sua filha já é uma mulher.
    Aquela que atingiu a puberdade; moça, mocinha.
    Aquela que deixou de ser virgem.
    Companheira do cônjuge; esposa.
    Figurado Pessoa indeterminada: quem é essa mulher?
    Etimologia (origem da palavra mulher). Do latim mulier. mulieris.

    Entre os judeus, a igualdade social do homem e da mulher fazia contraste com os costumes que de um modo geral prevaleceram no oriente, especialmente em tempos mais modernos. As mulheres hebraicas ainda assim gozavam de considerável liberdade. Não eram encerradas dentro de haréns, nem eram obrigadas a aparecer de face coberta – misturavam-se com os homens e os jovens nos trabalhos e nas amenidades da vida simples. As mulheres efetuavam todo o trabalho da casa (*veja Mulher casada). iam buscar água e preparavam o alimento (Gn 18:6 – 24.15 – 2 Sm 13,8) – fiavam e faziam a roupa (Êx 35:26 – 1 Sm 2.19). Também se metiam em negócios (Pv 31:14-24). Participavam da maior parte dos privilégios da religião, e algumas chegaram a ser profetisas. (*veja Débora, Hulda, Miriã.) o lugar que as mulheres tomam no N. T. mostra o efeito igualador de um evangelho, no qual ‘não pode haver… nem homem nem mulher’ (Gl 3:28). Serviam a Jesus e a Seus discípulos (Lc 8:1-3 – 23,55) – participaram dos dons do Espírito Santo, no dia de Pentecoste(At2.1a4 – cf. 1,14) – e foram preeminentes em algumas das igrejas paulinas (At 16:14 – 17.4 – cf. Fp 4:2-3). o ponto de vista de S. Paulo a respeito da igualdade dos sexos aparece de um modo especial em 1 Co 7, não sendo inconsistente com isso o ato de reconhecer que a mulher deve estar sujeita a seu marido (Ef 5:21-33Cl 3:18-19 – cf. 1 Pe 3.1 a 9). Pelo que se diz em 1 Co 11.5, parece depreender-se que era permitido às mulheres, nas reuniões da igreja, praticar os seus dons de oração e profecia, embora o falar com a cabeça descoberta seja por ele condenado, apelando para a ordenação divina da sujeição da mulher ao homem 1Co 11:3-16). Mas na mesma epístola parece retirar a permissão 1Co 14:34-36) – e em 1 Tm 2.8 a 15 a proibição de ensinar na igreja é feita com maior severidade. Entre as mulheres mencionadas no cap. 16 da epistola aos Romanos, uma pelo menos, Febe, parece ter tido uma posição oficial, a de diaconisa, na igreja de Cencréia. A respeito dos serviços que deviam prestar as viúvas sustentadas pela igreja, vede a palavra Viúva.

    [...] A mulher sinceramente espírita só poderá ser uma boa filha, boa esposa e boa mãe de família; por sua própria posição, muitas vezes tem mais necessidade do que qualquer outra pessoa das sublimes consolações; será mais forte e mais resignada nas provas da vida [...]. Se a igualdade dos direitos da mulher deve ser reconhecida em alguma parte, seguramente deve ser entre os espíritas, e a propagação do Espiritismo apressará, infalivelmente, a abolição dos privilégios que o homem a si mesmo concedeu pelo direito do mais forte. O advento do Espiritismo marcará a era da emancipação legal da mulher.
    Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Instruções•••, 10

    [...] A instituição da igualdade de direitos entre o homem e a mulher figura entre as mais adiantadas conquistas sociais, sejam quais forem, à parte das desfigurações que se observam nesta ou naquele ponto. É outro ângulo em que se configura claramente a previsão social da Doutrina. Há mais de um século proclama o ensino espírita: “a emancipação da mulher segue o progresso da civilização”. [...]
    Referencia: AMORIM, Deolindo• Análises espíritas• Compilação de Celso Martins• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 36

    A mulher de hoje é o mesmo Espírito de mulher do mundo primitivo, da época dos homens das cavernas e que nestes numerosos milênios foi acumulando as qualidades da inteligência e do sentimento, tendo como base de edificação da sua individualidade as funções específicas realizadas principalmente no lar, M junto ao marido e aos filhos. O Espírito feminino também se reencarnou em corpos de homem, adquirindo caracteres masculinos, mas em proporções bem menores. [...] O Espírito feminino, muito mais do que o Espírito masculino, foi adquirindo, através de suas atividades específicas na maternidade, nos trabalhos do reino doméstico, nos serviços e no amor ao marido, aos filhos e à família e nas profissões próprias, na sucessividade dos milênios, as qualidades preciosas: o sentimento, a humildade, a delicadeza, a ternura, a intuição e o amor. Estes valores estão em maior freqüência na mulher e caracterizam profundamente o sexo feminino. As belas qualidades do Espírito feminino no exercício da maternidade, fizeram surgir a imensa falange das “grandes mães” ou “grandes corações”, que é fruto de muitos trabalhos, amor e renúncia, no cumprimento correto de seus sagrados deveres, em milênios. [...]
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    Analisemos o que Jesus elucidou ao apóstolo Pedro, quando falou sobre a evolução do Espírito feminino. O Espírito Irmão X reporta [no livro Boa Nova]: “Precisamos considerar, todavia, que a mulher recebeu a sagrada missão da vida. Tendo avançado mais do que o seu companheiro na estrada do sentimento, está, por isso, mais perto de Deus que, muitas vezes, lhe toma o coração por instrumento de suas mensagens, cheias de sabedoria e de misericórdia”. [...] Se Jesus disse que a mulher está mais perto de Deus, é porque é do sentimento que nascem o amor e a humildade, e com maior facilidade o Espírito feminino adquiriu preciosos valores do coração para se elevar aos planos iluminados da Vida Superior. [...]
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    Nos problemas do coração, a mulher sempre ficou com a parte mais difícil, pois sempre foi a mais acusada, a mais esquecida, a mais ferida, a mais desprotegida e a mais sofredora, mesmo nos tempos atuais. [...] Apesar de todas essas ingratidões, perseguições e crueldades, em todos os tempos, para com a mulher, o Divino Mestre Jesus confia e reconhece nelas, mesmo as mais desventuradas e infelizes nos caminhos das experiências humanas, o verdadeiro sustentáculo de regeneração da Humanidade [...].
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7

    [...] A mulher é a alma do lar, é quem representa os elementos dóceis e pacíficos na Humanidade. Libertada do jugo da superstição, se ela pudesse fazer ouvir sua voz nos conselhos dos povos, se a sua influência pudesse fazer-se sentir, veríamos, em breve, desaparecer o flagelo da guerra.
    Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 5, cap• 55

    A mulher é um espírito reencarnado, com uma considerável soma de experiências em seu arquivo perispiritual. Quantas dessas experiências já vividas terão sido em corpos masculinos? Impossível precisar, mas, seguramente, muitas, se levarmos em conta os milênios que a Humanidade já conta de experiência na Terra. Para definir a mulher moderna, precisamos acrescentar às considerações anteriores o difícil caminho da emancipação feminina. A mulher de hoje não vive um contexto cultural em que os papéis de ambos os sexos estejam definidos por contornos precisos. A sociedade atual não espera da mulher que ela apenas abrigue e alimente os novos indivíduos, exige que ela seja também capaz de dar sua quota de produção à coletividade. [...]
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    [...] Na revista de janeiro de 1866 [Revista Espírita], por exemplo, Kardec afirma que “[...] com a Doutrina Espírita, a igualdade da mulher não é mais uma simples teoria especulativa; não é mais uma concessão da força à franqueza, é um direito fundado nas mesmas Leis da Natureza. Dando a conhecer estas leis, o Espiritismo abre a era de emancipação legal da mulher, como abre a da igualdade e da fraternidade”. [...]
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    A Doutrina não oferece também respaldo às propostas que promovem a participação da mulher em atividades que possam comprometer a educação dos filhos. A meta do Espiritismo é a renovação da Humanidade, pela reeducação do indivíduo. E, sem dúvida, o papel da mulher é relevante para a obtenção dessa meta, já que é ela que abriga os que retornam à vida terrena para uma nova encarnação na intimidade do seu organismo, numa interação que já exerce marcante influência sobre o indivíduo. É ela também o elemento de ligação do reencarnante com o mundo, e o relacionamento mãe/filho nos primeiros anos de vida marca o indivíduo de maneira bastante forte [...].
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    A mulher é um Espírito reencarnado. Aporta a essa vida, trazendo em seu arquivo milhares de experiências pretéritas. São conhecimentos e vivências que se transformam em um chamamento forte para realizações neste ou naquele setor da atividade humana. Privá-la de responder a esse chamamento interior será, mais uma vez, restringir-lhe a liberdade, considerando-a um ser incapaz de tomar decisões, de gerir sua própria vida e, sobretudo, será impedi-la de conhecer-se e de crescer espiritualmente.
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    [...] A mulher é a estrela de bonança nos temporais da vida.
    Referencia: WANTUIL, Zêus e THIESEN, Francisco• Allan Kardec: meticulosa pesquisa biobibliográfica e ensaios de interpretação• Rio de Janeiro: FEB, 1979-1980• 3 v• - v• 3, cap• 3, it• 3

    [...] a mulher dentro [do lar] é a força essencial, que rege a própria vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A mulher é a bênção de luz para as vinhas do homem.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é uma taça em que o Todo-Sábio deita a água milagrosa do amor com mais intensidade, para que a vida se engrandeça. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 39


    Mulher Jesus tratou as mulheres com uma proximidade e uma familiaridade que chamou a atenção até de seus discípulos (Jo 4:27). São diversas as ocasiões em que falou com elas em público e mesmo em situações bastante delicadas (Mt 26:7; Lc 7:35-50; 10,38ss.; Jo 8:3-11).

    Apresentou-as como exemplo (Mt 13:33; 25,1-13; Lc 15:8) e elogiou sua fé (Mt 15:28). Várias mulheres foram objeto de milagres de Jesus (Mt 8:14; 9,20; 15,22; Lc 8:2; 13,11) e se tornaram discípulas dele (Lc 8:1-3; 23,55). Nada conduziu Jesus a um idealismo feminista nem o impediu de considerar que elas podiam pecar exatamente como os homens (Mc 10:12). Também não estão ausentes dos evangelhos as narrativas referentes a mulheres de conduta perversa como Herodíades.

    Não são poucos os simbolismos que Jesus emprega partindo de circunstâncias próprias da condição feminina, como a de ser mãe. Os evangelhos reúnem ainda referências muito positivas ao papel das mulheres em episódios como a crucifixão (Mt 27:55; Mc 15:40; Lc 23:49; Jo 19:25), o sepultamento de Jesus (Mt 27:61) e a descoberta do túmulo vazio (Mt 28:1-8).

    Ver Herodíades, Isabel, Maria, Marta, Salomé.

    A. Cole, o. c.; D. Guthrie, o. c.; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


    Olhos

    -

    substantivo masculino Orgãos externos da visão: meus olhos enxergaram o pôr do sol.
    Figurado Excesso de zelo, de cuidado, de atenção: estou de olhos nisso!
    Figurado Aquilo que clarifica; luz, brilho.
    locução adverbial A olhos vistos. De modo evidente, claro; evidentemente.
    expressão Abrir os olhos de alguém. Dizer a verdade sobre alguma coisa.
    Falar com os olhos. Mostrar com o olhar seus sentimentos e pensamentos.
    Comer com os olhos. Olhar atenta e interesseiramente; cobiçar.
    Custar os olhos da cara. Ser muito caro.
    Ser todo olhos. Olhar muito atentamente.
    Etimologia (origem da palavra olhos). Plural de olho, do latim oculus.i.

    Senhor

    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    I Reis 21: 25 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Porém ninguém fora como Acabe, que se vendera para fazer o que era mal aos olhos do SENHOR; sendo instigado por sua esposa Jezabel.
    I Reis 21: 25 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    855 a.C.
    H1961
    hâyâh
    הָיָה
    era
    (was)
    Verbo
    H256
    ʼAchʼâb
    אַחְאָב
    Acabe
    (Ahab)
    Substantivo
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H348
    ʼÎyzebel
    אִיזֶבֶל
    ()
    H3808
    lôʼ
    לֹא
    não
    (not)
    Advérbio
    H4376
    mâkar
    מָכַר
    vender
    (Sell)
    Verbo
    H5496
    çûwth
    סוּת
    incitar, seduzir, instigar, tentar
    (entice)
    Verbo
    H5869
    ʻayin
    עַיִן
    seus olhos
    (your eyes)
    Substantivo
    H6213
    ʻâsâh
    עָשָׂה
    E feito
    (And made)
    Verbo
    H7451
    raʻ
    רַע
    ruim, mau
    (and evil)
    Adjetivo
    H7535
    raq
    רַק
    somente, completamente, certamente
    ([was] only)
    Advérbio
    H802
    ʼishshâh
    אִשָּׁה
    mulher, esposa, fêmea
    (into a woman)
    Substantivo
    H834
    ʼăsher
    אֲשֶׁר
    que
    (which)
    Partícula
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo


    הָיָה


    (H1961)
    hâyâh (haw-yaw)

    01961 היה hayah

    uma raiz primitiva [veja 1933]; DITAT - 491; v

    1. ser, tornar-se, vir a ser, existir, acontecer
      1. (Qal)
        1. ——
          1. acontecer, sair, ocorrer, tomar lugar, acontecer, vir a ser
          2. vir a acontecer, acontecer
        2. vir a existir, tornar-se
          1. erguer-se, aparecer, vir
          2. tornar-se
            1. tornar-se
            2. tornar-se como
            3. ser instituído, ser estabelecido
        3. ser, estar
          1. existir, estar em existência
          2. ficar, permanecer, continuar (com referência a lugar ou tempo)
          3. estar, ficar, estar em, estar situado (com referência a localidade)
          4. acompanhar, estar com
      2. (Nifal)
        1. ocorrer, vir a acontecer, ser feito, ser trazido
        2. estar pronto, estar concluído, ter ido

    אַחְאָב


    (H256)
    ʼAchʼâb (akh-awb')

    0256 אחאב ’Ach’ab

    uma ocorrência (por contração) אחב ’Echab (Jr 29:22) procedente de 251 e 1; n pr m Acabe = “irmão do pai”

    1. rei de Israel, filho de Onri, marido de Jezabel
    2. falso profeta executado por Nabucodonosor, na época de Jeremias

    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    אִיזֶבֶל


    (H348)
    ʼÎyzebel (ee-zeh'-bel)

    0348 איזבל ’Iyzebel

    procedente de 336 e 2083, grego 2403 Ιεζαβελ; n pr f Jezabel = “Baal exalta” ou “Baal é marido de” ou “impuro”

    1. rainha de Israel, esposa de Acabe, filha de Etbaal

    לֹא


    (H3808)
    lôʼ (lo)

    03808 לא lo’

    ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

    uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

    1. não
      1. não (com verbo - proibição absoluta)
      2. não (com modificador - negação)
      3. nada (substantivo)
      4. sem (com particípio)
      5. antes (de tempo)

    מָכַר


    (H4376)
    mâkar (maw-kar')

    04376 מכר makar

    uma raiz primitiva; DITAT - 1194; v

    1. vender
      1. (Qal)
        1. vender
        2. vendedor (particípio)
      2. (Nifal)
        1. ser vendido
        2. vender-se
        3. ser dado à morte
      3. (Hitpael) vender-se

    סוּת


    (H5496)
    çûwth (sooth)

    05496 סות cuwth ou סית

    talvez um denominativo procedente de 7898; DITAT - 1481; v

    1. incitar, seduzir, instigar, tentar
      1. (Hifil)
        1. tentar (para um pedido)
        2. seduzir, atrair
        3. instigar (mau sentido)

    עַיִן


    (H5869)
    ʻayin (ah'-yin)

    05869 עין ̀ayin

    provavelmente uma palavra primitiva, grego 137 Αινων; DITAT - 1612a,1613; n f/m

    1. olho
      1. olho
        1. referindo-se ao olho físico
        2. órgão que mostra qualidades mentais
        3. referindo-se às faculdades mentais e espirituais (fig.)
    2. fonte, manancial

    עָשָׂה


    (H6213)
    ʻâsâh (aw-saw')

    06213 עשה ̀asah

    uma raiz primitiva; DITAT - 1708,1709; v.

    1. fazer, manufaturar, realizar, fabricar
      1. (Qal)
        1. fazer, trabalhar, fabricar, produzir
          1. fazer
          2. trabalhar
          3. lidar (com)
          4. agir, executar, efetuar
        2. fazer
          1. fazer
          2. produzir
          3. preparar
          4. fazer (uma oferta)
          5. atender a, pôr em ordem
          6. observar, celebrar
          7. adquirir (propriedade)
          8. determinar, ordenar, instituir
          9. efetuar
          10. usar
          11. gastar, passar
      2. (Nifal)
        1. ser feito
        2. ser fabricado
        3. ser produzido
        4. ser oferecido
        5. ser observado
        6. ser usado
      3. (Pual) ser feito
    2. (Piel) pressionar, espremer

    רַע


    (H7451)
    raʻ (rah)

    07451 רע ra ̀

    procedente de 7489; DITAT - 2191a,2191c adj.

    1. ruim, mau
      1. ruim, desagradável, maligno
      2. ruim, desagradável, maligno (que causa dor, infelicidade, miséria)
      3. mau, desagradável
      4. ruim (referindo-se à qualidade - terra, água, etc)
      5. ruim (referindo-se ao valor)
      6. pior que, o pior (comparação)
      7. triste, infeliz
      8. mau (muito dolorido)
      9. mau, grosseiro (de mau caráter)
      10. ruim, mau, ímpio (eticamente)
        1. referindo-se de forma geral, de pessoas, de pensamentos
        2. atos, ações n. m.
    2. mal, aflição, miséria, ferida, calamidade
      1. mal, aflição, adversidade
      2. mal, ferida, dano
      3. mal (sentido ético) n. f.
    3. mal, miséria, aflição, ferida
      1. mal, miséria, aflição
      2. mal, ferida, dano
      3. mal (ético)

    רַק


    (H7535)
    raq (rak)

    07535 רק raq

    o mesmo que 7534 como um substantivo; DITAT - 2218a; adv. (com força restritiva)

    1. somente, completamente, certamente
      1. somente
      2. somente, nada senão, ao todo (em limitação)
      3. salvo, exceto (depois de uma negação)
      4. somente, completamente, certamente (com uma afirmação)
      5. se apenas, desde que (prefixado para ênfase)
      6. somente, exclusivamente (para ênfase)

    אִשָּׁה


    (H802)
    ʼishshâh (ish-shaw')

    0802 אשה ’ishshah

    procedente de 376 ou 582; DITAT - 137a; n f

    1. mulher, esposa, fêmea
      1. mulher (contrário de homem)
      2. esposa (mulher casada com um homem)
      3. fêmea (de animais)
      4. cada, cada uma (pronome)

    אֲשֶׁר


    (H834)
    ʼăsher (ash-er')

    0834 אשר ’aher

    um pronome relativo primitivo (de cada gênero e número); DITAT - 184

    1. (part. relativa)
      1. o qual, a qual, os quais, as quais, quem
      2. aquilo que
    2. (conj)
      1. que (em orações objetivas)
      2. quando
      3. desde que
      4. como
      5. se (condicional)

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo