Enciclopédia de I Reis 22:35-35

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

1rs 22: 35

Versão Versículo
ARA A peleja tornou-se renhida naquele dia; quanto ao rei, seguraram-no de pé no carro defronte dos siros, mas à tarde morreu. O sangue corria da ferida para o fundo do carro.
ARC E a peleja foi crescendo naquele dia, e o rei parou no carro defronte dos siros: porém ele morreu à tarde; e o sangue da ferida corria no fundo do carro.
TB A peleja tornou-se renhida naquele dia. O rei foi sustido no seu carro contra os siros e, à tarde, morreu. O sangue corria da ferida para o fundo do carro.
HSB וַתַּעֲלֶ֤ה הַמִּלְחָמָה֙ בַּיּ֣וֹם הַה֔וּא וְהַמֶּ֗לֶךְ הָיָ֧ה מָעֳמָ֛ד בַּמֶּרְכָּבָ֖ה נֹ֣כַח אֲרָ֑ם וַיָּ֣מָת בָּעֶ֔רֶב וַיִּ֥צֶק דַּֽם־ הַמַּכָּ֖ה אֶל־ חֵ֥יק הָרָֽכֶב׃
BKJ E a batalha se intensificou naquele dia; e o rei ficou de pé na sua carruagem na frente dos sírios, e morreu ao anoitecer; e o sangue escorreu do ferimento para o meio da carruagem.
LTT E a peleja foi crescendo naquele dia, e o rei foi sustentado de pé no carro, defronte dos sírios; porém ele morreu ao pôr do sol; e o sangue da ferida corria para o fundo do carro.
BJ2 Mas o combate se tornou mais violento naquele dia; mantiveram o rei de pé sobre seu carro diante dos arameus, e pela tarde ele morreu; o sangue de sua ferida escorria no fundo do carro.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de I Reis 22:35

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

Mesopotâmia

do quarto milênio ao século IX a.C.
O TIGRE E O EUFRATES

A designação Mesopotâmia se aplica à região correspondente ao atual Iraque e leste da Síria, a terra entre os rios Tigre e Eufrates cujas nascentes ficam nas montanhas do leste da Turquia.

O Eufrates, que segue um curso mais tortuoso atravessando a Turquia e fazendo uma curva acentuada na Síria, é o mais longo dos dois rios, com 2.850 km.

O Tigre segue um curso mais rápido e direto rumo ao sul e possui 1.840 km de extensão.

Os dois rios chegam ao seu ponto mais próximo na atual Bagdá, onde são separados por uma distância de 30 km, e voltam a se afastar ao serpentear pela grande planície aluvial do sul do Iraque.

Nessa região, a irrigação proporcionava uma terra fértil na qual se plantava principalmente cevada e tâmaras.

Hoje em dia os dois rios se juntam e formam o Shatt el-Arab, mas, na antiguidade, desembocavam em locais separados no golfo Pérsico, cuja linha costeira se deslocou para o sul ao longo dos milênios.

 

O INÍCIO DA CIVILIZAÇÃO

Arqueólogos conseguiram identificar vária culturas pré-históricas organizadas em vilas r Mesopotâmia.

A localização de Uruk (chamada d Ereque em Gn 10:10) no sul da Mesopotâmi ilustra a transição de vila para cidade.

Fo encontrado um templo de 78 m por 33 m decorado com cones de terracota com cerca de 1 cm de comprimento, pintados em preto, vermelh e branco e inseridos no reboco de argila dessi construção datada do final do quarto milênio a.C Essa época é marcada pelo surgimento dos objeto: de cerâmica moldados em rodas de olaria e, principalmente, pelos primeiros exemplos de escrita, datados de c.3100 a.C.

Inscrições em tábuas de argila registram o comércio de produtos com cereais, cerveja e animais domésticos.

Uma vez que empregam cerca de setecentos sinais pictóricos separados, são, obviamente, complexas demais para serem consideradas as primeiras tentativas de um povo preservar suas ideias.

Por certo, o desenvolvimento da escrita teve um estágio anterior do qual ainda não foram encontradas evidências.

A língua usada nesses textos é desconhecida, mas, uma vez que a escrita é, em sua maior parte, pictórica, pelo menos parte do seu significado pode ser compreendido.

O PERÍODO DINÁSTICO ANTIGO

Nesse período que se estende de 2750 a 2371 a.C., várias cidades-estados - Sipar, Kish, Lagash, Uruk, Larsa, Umma, Ur e Eridu - surgiram no sul da Mesopotâmia.

São desse período as inscrições curtas em sumério, a primeira língua do mundo a ser registrada por escrito.

A origem dos sumérios ainda é obscura.

Há quem argumente que vieram de fora da Mesopotâmia, talvez da região montanhosa do Irã; outros afirmam que eram nativos da Mesopotâmia.

Sua língua não fornece muitas pistas, pois tem pouca ou nenhuma ligação com outras línguas conhecidas.

Em 2500 a.C., 0 sistema sumério de escrita cuneiforme (em forma de cunha) já era usado para registrar outra língua, o acádio,' uma língua semítica associada ao hebraico e ao árabe.

Escavações realizadas em Ur (Tell el-Muqayyar) por C. L. Woolley em 1927 encontraram o cemitério dos reis do final do período dinástico antigo (2600-2400 a.C.).

Alguns dos túmulos reais apresentam vestígios de sacrifícios humanos, sendo possível observar que 74 servos foram entorpecidos e imolados na Grande Cova da Morte.

Para reconstruir nove liras e três harpas encontradas no local, os orifícios resultantes da decomposição de partes de madeira desses instrumentos foram preenchidos com gesso calcinado e cera de parafina derretida.

O "Estandarte de Ur", medindo cerca de 22 cm de comprimento, provavelmente era a caixa acústica de um instrumento musical.

A decoração com conchas sobre um fundo de lápis-lazúli, calcário vermelho e betume retrata, de um lado, uma cena de guerra e, de outro, uma cena de paz com homens participando de um banquete vestidos com saias felpudas.

Um músico aparece tocando uma lira de onze cordas, uma imagem importante para a reconstituição das liras usadas em Ur.

Sabe-se, ainda, que o lápis-lazúli era importado de Badakshan, na região nordeste do Afeganistão.

Entre outras descobertas, pode-se citar o suntuoso adorno para a cabeça feito em ouro que pertencia à rainha Pu-abi, uma adaga com lâmina de ouro e cabo em lápis-lazúli, recipientes de ouro e um tabuleiro retangular marchetado com 22 quadrados e dois conjuntos de sete fichas de um jogo cujas regras são desconhecidas.

A DINASTIA ACÁDIA

Em 2371 a.C., o copeiro do rei de Kish depôs seu senhor e usurpou o trono, assumindo o nome de Sharrum-kin - "rei legítimo" - mais conhecido como Sargão, uma designação usada no Antigo Testamento para um rei posterior da Assíria.

Sargão atacou as cidades de Umma, Ur e Lagash.

Em todos esses lugares foi vitorioso, derrubou as muralhas de cada uma das cidades e lavou suas armas no "mar de baixo" (golfo Pérsico).

Fundou uma nova capital, Agade, cuja localização ainda é desconhecida.

Suas inscrições oficiais foram registradas em acádio e a dinastia fundada por ele, chamada de dinastia acádia, foi derrubada em 2230 a.C.

pelos gútios, povo de origens ainda desconhecida.

A TERCEIRA DINASTIA DE UR

Em 2113 a.C., Ur-Nammu subiu ao trono de Ur e reinou sobre grande parte da região sul da Mesopotâmia.

A dinastia fundada por ele é conhecida como terceira dinastia de Ur, cuja língua oficial era o sumério.

Ur-Nammu promulgou o código mais antigo de leis encontrado até hoje e erigiu zigurates (templos em forma de torre) feitos de tijolos em Ur, Uruk, Eridu e Nipur.

O zigurate de Ur, o mais bem conservado, tinha 45 m de base e 60 m de altura.

Somente o primeiro andar e parte do segundo ainda estão em pé.

Uma sensação impressionante de leveza era produzida ao aplicar a técnica de entasis, criando linhas ligeiramente curvas como as do Parthenon em Atenas, Gudea (2142-2122 a.C.), contemporáneo de Ur-Nammu em Lagash, é conhecido por suas estátuas de diorito negro polido encontradas em Magan (Omã).

Em 2006 a.C., Ur foi tomada pelos amorreus, um grupo semítico do deserto ocidental.

OS AMORREUS

Depois da queda de Ur, a regido sul da Mesopotâmia foi governada por vários reinos amorreus pequenos.

Lipit- Ishtar (1934-1924 a.C.), rei de Isin, foi o autor de um código legal.

Outro reino morreu foi fundado em Larsa.

A PRIMEIRA DINASTIA DA BABILÔNIA

Em 1894 a.C., o governante amorreu Samuabum escolheu a Babilônia para ser sua capital.

Fundou uma dinastia que governou sobre a Babilônia durante cerca de 300 anos e cujo rei mais conhecido foi Hamurábi (1792-1750 a.C.).

No final de seu reinado, Hamurábi havia derrotado os reis de todos os estados vizinhos e unido a Mesopotâmia sob o governo babilônico.

Nessa mesma época, Hamurábi criou seu famoso código legal.

A cópia mais conhecida é uma estela de basalto polido com 2,7m de altura encontrada em Sus, no sudeste do Irá, em 1901, e que, atualmente, está no museu do Louvre, em Paris.

Nela, Hamurábi aparece numa postura de oração, voltado para Shamash, o deus-sol, assentado em seu trono.

No restante da estela, frente e verso, aparecem colunas horizontais de texto gravado com grande esmero, escrito em babilônico puro.

Esse texto consiste em pelo menos 282 leis precedidas de um longo prólogo no qual são enumerados os feitos religiosos do rei e acompanhadas de um epilogo também extenso invocando o castigo divino sobre quem vandalizasse o monumento ou alterasse suas leis.

Os CASSITAS

Em 1595 a.C., a Babilónia foi derrotada num ataque surpresa do rei hitita Mursilis 1, da região central da Turquia.

Esse ataque beneficiou, acima de tudo, os cassitas que, posteriormente, assumiram o controle da Babilônia.

Os cassitas eram um povo originário da região central das montanhas de Zagros, conhecida como Lorestão, logo ao sul de Hamada (Ecbatana).

O uso do cavalo como animal de tração se tornou mais coni durante o período cassita.

Os cassitas foram os primeiros a criar cavalos de forma sistemática e bem sucedida.

Com isso, desenvolveram-se não apenas carros de guerra, mas também meios de transporte comercial mais fáceis e rápidos.

Os cassitas construíram uma nova capital, Dur Kurigalzu (Agarquf), 32 km a oeste de Bagdá, e nela erigiram um zigurate.

Camadas de esteiras de junco revestidas de betume e cordas franzidas usadas para prende-las ainda podem ser vistas n parte central da construção com 57m de altura.

Os cassitas também introduziram o uso de marcos de propriedade inscritos que serviam para registrar a concessão pelo rei de porções de terra, por vezes bastante extensas, a súditos de sua preferência.

O domínio dos cassitas sobre os babilonios terminou em 1171 a.C.

com a conquista da Babilônia por Shutruk-nahhunte, rei do E5o, 30 sudoeste do Irã.

A ASSÍRIA

Nos séculos 13 e XII a.C., o norte da Mesopotâmia, a regido conhecida como Assíria, ganhou destaque em relação a seus vizinhos do sul.

Tukulti-Ninurta I (1244-1208 a.C.) declarou que suas conquistas se estenderam até a costa do "mar de cima*, provavelmente o lago Van, no leste da Turquia.

Também saqueou e ocupou a cidade da Babilónia.

Tiglate-Pileser 1 (1115-1077 a.C) realizou campanhas no leste da Turquia e atravessou o Eufrates em sua perseguição tribos semíticas originárias de Jebel Bishri, na Síria.

Em suas inscrições, Tiglate-Pileser se gaba de ter matado quatro touros selvagens (os auroques, hoje extintos), dez elefantes e 920 leões.

Também afirma ter matado um nahiru, um "cavalo-marinho*, numa viagem de barco de 20 km pelo mar Mediterranco.

Para alguns estudiosos, tratava-se de um peixe-espada, enquanto outros acreditam que era um golfinho e, outros ainda, um naval.

Seu interesse por animais se tornou ainda maior quando foi presenteado com um crocodilo e a lemea de um simio, falvez por um rez exipao Suas inscrições são o primeiro registro de fundação de jardins botánicos repletos de plantas coletadas em suas expedições por diversas regides.

OS ARAMEUS E CALDEUS

Sob a pressão crescente dos arameus depois da morte de Tiglate-Pileser1, a Assíria entrou num declínio do qual se recuperou apenas no século IX a.C.

Os caldeus, um povo estreitamente ligado aos arameus, se assentaram no sul da Mesopotâmia.

Seu nome foi acrescentado à cidade de Ur, chamada no Antigo Testamento de "Ur dos caldeus" 

 

Por Paul Lawrence

 

Referencias:
Gênesis 10:10
Gênesis 11:28

Mesopotâmia da Antiguidade
Mesopotâmia da Antiguidade

GUERRAS: ESTRATEGIAS, ARMAS E FORTALEZAS

AS GUERRAS NO ANTIGO TESTAMENTO
Logo em seus primeiros capítulos, a Bíblia registra um ato de violência: "Sucedeu que se levantou Caim contra Abel, seu irmão, e o matou" (Gn 4:8). A violência dos habitantes da terra antes do dilúvio é citada como uma dos principais motivos pelos quais o Senhor resolve destruir sua criação.' Devido à sua localização geográfica entre o Egito e o Oriente Próximo, a Palestina foi palco de inúmeras guerras. Para os autores bíblicos, porém, a guerra era, com frequência, um sinal da ira de Deus, um castigo pela desobediência dos israelitas: "O Senhor te fará cair diante dos teus inimigos; por um caminho, sairás contra eles, e, por sete caminhos, fugirás diante deles (….] O teu cadáver servirá de pasto a todas as aves dos céus e aos animais da terra; e ninguém haverá que os espante" (Dt 28:250-26).
Certas limitações foram impostos os israelitas com respeito à sua conduta na guerra. Ao cercar uma cidade, por exemplo, um exército não devia derrubar as árvores frutíferas. Porém, as guerras também são vistas sob outra ótica no Antigo Testamento. O Senhor ordenou que os israelitas destruíssem os cananeus, citando como motivo a perversidade desses povos.' Quem não cumpriu à risca as instruções de Deus para travar essa "guerra santa" sofreu consequências terríveis.

O EXÉRCITO ISRAELITA
O serviço militar era obrigação religiosa dos adultos do sexo masculino com mais de vinte anos de idade, mas os recém-casados, os medrosos e os de coração tímido, entre outros, eram dispensados. Saul reuniu homens de grande coragem para formar sua guarda pessoal. Davi tinha os seus "trinta" valentes (na verdade, eram trinta e sete) e um exército com duas partes distintas: uma força permanente constituída de soldados de carreira e uma milicia popular composta de reservistas. O rei também usava os serviços de mercenários estrangeiros: os queretitas (talvez cretenses), os peletitas e os geteus (filisteus).

O DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO
As guerras da antiguidade promoveram o desenvolvimento de novas armas e, conseqüentemente, de novas medidas defensivas para neutralizá-las, como mostram os três exemplos a seguir.

1. O ARCO COMPOSTO E A ARMADURA DE ESCAMAS
Figuras de arcos aparecem em vários monumentos do Egito e da Mesopotâmia do final do quarto milênio a.C.Mas o arco composto ou reforçado, constituído de quatro materiais diferentes - madeira, chifres e tendões ou nervos de animais e cola - possuía alcance muito mais longo (cerca de 300 a 400 m) e maior poder de penetração. A primeira imagem de um arco composto pode ser vista na estela do rei acádio Naram- Sin (2291-2255 a.C.), encontrada em Susã, no sudoeste do Irã, mas esse tipo de arma só se tornou comum na metade do segundo milênio .C. Seu uso mais amplo levou à criação da armadura de escamas, cujo exemplo mais antigo é proveniente de Nuzi, na Mesopotâmia e datado de 1500 a.C. Outro exemplo de uma armadura de escamas pode ser visto em uma pintura na parede do túmulo de Kenamun em Tebas, no Egito, datado do reinado de Amenófis 2 (1427-1401 a.CJ. E as próprias escamas foram encontradas em Tebas no palácio de Amenófis 3 (1391-1353 a.C.).

2. OS CARROS DE GUERRA E AS PORTAS DAS CIDADES
Existem evidências de carros de duas e quatro rodas puxados por onagros (burros selvagens) na Mesopotâmia desde 2800 a.C.e veículos desse tipo aparecem no Estandarte de Ur (c. 2500 a.C.). Construídos com rodas sólidas, eram lentos e difíceis de manobrar. Carros puxados por cavalos são mencionados em textos de Mari na Síria, datados do século XVIII aC. Consistiam, basicamente, em plataformas móveis para armas que podiam ser direcionadas rapidamente para áreas críticas da batalha. Eram veículos complexos, produzidos apenas por nações ricas com técnicas avançadas e seu uso era limitado a terrenos planos e regulares. Os egípcios e os hititas, as principais potências da metade do segundo milênio a.C., não tardaram em incorporá-los aos seus exércitos. Sua aparência é exemplificada claramente pelo famoso carro da tumba de Tutankamon (1336-1327 a.C.). Até a metade do segundo milênio a.C,, os atacantes se deslocavam na transversal pelas encostas dos montes onde ficavam as torres e se aproximavam da porta da cidade seguindo um percurso paralelo aos muros. A posição de o desenvolvimento dos carros, as portas da cidade podiam ser atacadas de frente, o que tornou obsoletas as portas em forma de "L". As portas foram estendidas de modo a conter várias câmaras, nas quais outras portas podiam ser acrescentadas. As portas duplas centrais tinham de ser largas o suficiente para permitir a passagem de carros, mas eram reforçadas por dentro com ferrolhos enormes. Torres foram acrescentadas aos muros, para que os defensores pudessem atingir os atacantes e fazer frente às rampas de terra que eram encostadas nas muralhas.
Apesar dos cananeus terem adotado os carros de guerra e os introduzido no Egito, os israelitas demoraram a incorporá-los ao seu exército. Sem dúvida, isto se deveu, em parte, ao fato de ocuparem uma região montanhosa. Quando derrotou Hadadezer, rei do estado arameu de Zobá, Davi tomou mil carros dele. Ao que parece, o rei de Israel não percebeu seu potencial militar ou, talvez, não quis ter gastos com forragem e estábulo, pois mandou jarretar ou aleijar quase todos os cavalos, deixando apenas cem intactos." Coube a Salomão desenvolver o uso de carros de guerra em seu reino. Acabe, rei de Israel (873 853 a.C.), forneceu dois mil carros para a coalizão da Síria e Palestina contra a Assíria na batalha de Qargar junto ao rio Orontes, na Síria, em 853 a.C.

3. OS ARÍETES E OS MUROS DAS CIDADES
A representação mais antiga de um ariete provavelmente se encontra nas pinturas de Beni Hasan, no Egito, datadas de c. 1900 a.C., mas apenas no século IX a.C.os assírios começaram a usar os aríetes com eficácia significativa. A extremidade de ferro do aríete podia ser impelida com força contra o muro e, uma vez alojada entre as pedras, podia ser movimentada de um lado para o outro para deslocá-las. O aríete era protegido dos defensores por uma estrutura comprida em forma de caixa e feita de madeira. Posteriormente, o ariete passou a ser suspenso da parte superior dessa estrutura, permitindo que fosse balançado para frente e para trás. No início da monarquia em Israel, as cidades eram protegidas por muros de "casamata". Dois muros paralelos com cerca de um metro e meio de espessura, afastados por um vão de aproximadamente dois metros, eram unidos por muros transversais em intervals regulars. Quando os assírios começaram a usar os aríetes, algumas cidades se cercaram com muros sólidos de 3 a 4 m de espessura. O muro da cidade de Mispa (Tell en-Nasbeh) possuía 600 m de extensão e dez torres com uma altura provável de 12m. Foi construído sobre uma rampa íngreme, o que sem dúvida era uma proteção adicional contra um ataque com aríetes.

A GUERRA NO NOVO TESTAMENTO
Ao contrário do Antigo Testamento, a guerra no Novo Testamento não é vista em termos políticos. A luta do cristão não é contra carne e sangue. E uma luta espiritual contra as forças do mal, travada nas regiões celestes. Os cristãos devem se revestir de toda a armadura de Deus a fim de permanecerem inabaláveis quando vier o dia mau." O exército romano chegou a controlar um império que se estendia desde o muro de Adriano no norte da Inglaterra até o Eufrates, chegando a ter de 25 a 35 legiões, cada uma com um máximo de seis mil soldados de infantaria. Uma legião era dividida em dez coortes, cada uma com cerca de seiscentos homens. A coorte era dividida em seis centúrias, comandadas por um centurião. As legiões eram apoiadas por unidades de cavalaria integradas por quinhentos homens. Alguns soldados desempenhavam funções especiais: escreventes, porta- estandartes, mensageiros, médicos, carrascos e cavalariços. Na primeira metade do século I a.C., havia três mil soldados em Cesaréia, na costa palestina do Mediterrâneo, e uma coorte (seiscentos homens) em Jerusalém, no forte de Antônia e no palácio do governador. Reforços eram enviados de Cesaréia durante as festas ou quando ocorriam agitações populares.
Guerra e fortalezas no Antigo Testamento O mapa mostra lugares de origem de alguns dos principais mercenários: os queretitas, peletitas e geteus (filisteus de Gate).
Guerra e fortalezas no Antigo Testamento O mapa mostra lugares de origem de alguns dos principais mercenários: os queretitas, peletitas e geteus (filisteus de Gate).
O rei egípcio Tutankamon (1336-1327) em seu carro de guerra. Pintura de um baú encontrado na tumba de Tutankamon.
O rei egípcio Tutankamon (1336-1327) em seu carro de guerra. Pintura de um baú encontrado na tumba de Tutankamon.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de I Reis Capítulo 22 do versículo 1 até o 53
7. Acabe e Ben-Hadade na Guerra pela Conquista de Ramote-Gileade (I Reis 22:1-40)

Podemos imaginar que houve uma trégua entre Israel e a Síria, que durou três anos (1) desde a data da batalha de Meca (20:26-29) até a batalha por Ramote-Gileade, aqui descrita. Isso inclui o período do pacto que foi estabelecido entre os dois (20.34), e essa aliança envolvia Acabe e um grande exército israelita na batalha de Karkar. A sua tentativa de retomar Ramote-Gileade ocorreu, obviamente, no último ano de seu reina-do. A descrição dessa batalha foi incluída por duas razões: (1) ela indica a posição profé-tica contra alianças com países estrangeiros e (2) a morte de Acabe mostra o cumprimen-to do juízo previsto, e que lhe sobreveio de forma direta e pessoal.

a. Josafá aceita marchar contra Ramote-Gileade (22:2-4). Não foram fornecidos de-talhes sobre a aliança entre Acabe e Josafá, de Judá. Ao leitor resta imaginar que tenha sido alcançado algum tipo de acordo entre os dois em vista das ameaças da Síria e da Assíria. Parece bastante provável que esse acordo tenha sido selado através de um casa-mento real, das bodas da filha de Acabe, Atalia, com Jeorão, filho de Josafá (cf. 2 Rs 8.18). A maneira como esse casamento é descrito indica que algum tipo de entendimento já havia sido estabelecido.

A cidade de Ramote-Gileade, às vezes chamada de Ramote em Gileade (3; Dt 4:43; Js 20:8 passim), ou Ramá (II Reis 8:29), havia sido construída e escolhida para ser um dos centros distritais de Salomão (4.13). Ela pode ser identificada com Tell er-Rumeith no norte da Transjordânia. Trata-se de uma colina com três outeiros, localizada várias mi-lhas a sudeste de Ramtha, não muito longe da interseção norte-sul da estrada de Da-masco, através de Jarash, e da estrada que vai de leste a oeste de Mafraq a Irbid. Essa estratégica localização fazia dela uma importante cidade sob o ponto de vista do controle do comércio nas épocas de paz, e do movimento das tropas em épocas de guerra. Prova-velmente, Ramote-Gileade foi conquistada por Rezom (Heziom) em algum momento do reinado de Onri ou mesmo de Roboão. A Bíblia não faz qualquer referência a esse fato, exceto que ela aparece como uma cidade que Ben-Hadade havia prometido devolver a Israel (20.34). Porém, o fato de não ter cumprido sua promessa levou Acabe a decidir retomar a cidade à força.

b. O pedido de Josafá (22:5-28). Esse incidente traz um grande esclarecimento sobre o desenvolvimento da atividade profética durante a época de Acabe. Ele indica a ascen-são dos falsos profetas em Israel, um grupo geralmente reconhecido por sua posição em volta do rei, e junto aos sacerdotes. Posteriormente, esses populares conselheiros passa-ram a sofrer freqüentes críticas dos verdadeiros profetas de Deus (Is 9:15; Jr 5:13-31; 23.11,15,16,25,26; Os 4:5; Mq 3:5-7). Acabe conseguiu reunir 400 homens com facilidade, porque já havia organizado este grupo em substituição aos profetas de Baal.

Ao que tudo indica, os novos profetas de Acabe se conduziram de acordo com a ver-dadeira tradição profética. A única diferença — isto é, uma grande diferença — era que haviam sido convocados pelo rei e não por Deus. Sua lealdade e serviço estavam dirigi-dos a um homem e não ao Senhor. Seu desempenho perante Acabe, predizendo somente o que o rei queira ouvir (6,
11) é uma clara indicação disso. Josafá, acostumado com um círculo de genuínas vozes proféticas, percebeu o tom de falsidade que existia nas pala-vras dos profetas de Acabe, e então perguntou: "Não há aqui ainda algum profeta do Senhor?" (7). A versão Berkeley traz a seguinte tradução: "Não existe por aqui nenhum outro profeta do Senhor?" A praça ou eira (10) onde os profetas compareciam perante Acabe e Josafá era um espaço aberto perto da porta da cidade. Esse lugar era usado como local de debulha na época da colheita.

(1) Micaías desafia os profetas de Acabe (13-23). Micaías, que só é conhecido nesta situação, "brincou" com o mensageiro que o conduzia, ao desejar, aparentemente ver a reação de Acabe (13-15). A mensagem do Senhor que ele transmitia era exatamente o oposto da palavra dos outros profetas. Ela dizia que Israel ficaria sem rei — como ove-lhas que não têm pastor (17). Essa era uma profecia que Acabe não queria ouvir; no entanto, ele suspeitava que seria proferida pelo verdadeiro profeta de Deus. A frase: então disse ele (19) indica que Micaías continuou com outra devastadora mensagem. O Senhor pôs o espírito da mentira na boca de todos estes teus profetas (23). Todo

  1. programa de profecias de Acabe, que poderia ter levado a ele um pouco de tranqüilidade, ficou exposto como falso e totalmente incerto. Não se pode confiar na tentativa do ho-mem de imaginar substitutos para a verdadeira adoração a Deus.

(2) Micaías é perseguido e preso (24-27). Zedequias, tomado de ira, ao ouvir as pala-vras de Micaías sobre ele e os outros profetas, adiantou-se e feriu-o no queixo. O profeta então proclamou a autenticidade de suas previsões (24) e sua réplica foi: Eis que o verás naquele mesmo dia (25). Os acontecimentos que se seguiram comprovaram quem era o verdadeiro profeta. O teste crucial de um profeta é a confirmação histórica de suas previsões (cf. Dt 18:18-22). Acabe ordenou, tomai a Micaías e tornai a trazê-lo a Amom (26). Aparentemente, isso representava a presença de condições mais severas do que as da sua prisão anterior (27; cf. 8,18). O rei planejava cuidar dele depois de seu retorno da batalha. Entretanto, o profeta anunciou: Se tu voltares em paz, o Senhor não tem falado por mim (28).

  1. A batalha em Ramote-Gileade (22:29-36). Perturbado pela profecia de Micaías, Acabe decidiu despir as roupas que o caracterizavam como rei antes de ir para a batalha e pediu a Josafá que não tirasse as vestes reais. Esta atitude desviou a atenção de Acabe durante algum tempo (30,32).

A ordem de Ben-Hadade aos seus comandantes demonstra o respeito que sentia pela liderança militar de Acabe: Não pelejareis nem contra pequeno nem contra grande, mas só contra o rei de Israel (31). Ele era, naturalmente, o personagem crucial do campo de batalha, e sua captura ou morte seria considerada pelo seu exército como sinal de derrota. Isso também explica porque Acabe permaneceu corajosamente no campo da luta, ao demonstrar que nada sentia, embora tivesse sido mortalmente ferido por uma seta perdida. Entre as fivelas e as couraças (34) pode ser entendido como "entre as escamas da armadura e do peitoral" (Berk). A batalha terminou com Ramote-Gileade ainda em poder dos sírios, enquanto o exército israelita se desintegrava ao saber da morte de Acabe; a notícia se espalhou, e foi, cada um para sua cidade, e cada um para sua terra (36).

  1. Morte e sepultamento de Acabe (22:37-40). A inesperada morte de Acabe veio comprovar a profecia de Elias (21,19) e de outros profetas (20.42; 22.20). E, lavando-se o carro no tanque de Samaria, os cães lamberam o seu sangue (38) ; o versículo ainda acrescenta: Ora, as prostitutas se lavavam ali. Keil sugere que essa constru-ção gramatical deve ser aceita sob a seguinte forma: "as prostitutas estavam se ba-nhando no tanque no momento em que o carro de guerra estava sendo lavado do san-gue de Acabe.'

Peças de marfim entalhado, encontradas em Samaria, mostram que esse material era usado para decorar o interior do palácio de Acabe, como está indicado na expressão: casa de marfim (39). A grande piscina de 10x5 metros, escavada em Samaria, poderia ser o tanque do versículo 38i. Uma outra pessoa muito importante sob o ponto de vista da capacidade humana — um governante sagaz, política e militarmente competente -morreu e foi sepultado. Entretanto, assim como seu pai, Onri, Acabe se entregou a uma vida pecaminosa e idólatra que, certamente, ofuscou tudo aquilo que conseguiu realizar. O seu exemplo de impiedade teve continuidade na vida de seu filho e filha, que governa-ram os dois reinos.

G. O REINADO DE JOSAFÁ (R.S.) * (870-848 a.C.), 22:41-50 (cf. 2 Cron 17:1-20,37)

Tem início aqui a parte principal do sincronismo feito pelo historiador entre os reis de Judá e Israel. Ele prossegue através de II Reis 17:23 e termina com o relato da decadência de Samaria. Essa seção dá prosseguimento à atenção dedicada ao ministé-rio dos profetas do reino do Norte. O reinado de Josafá, que foi aqui tratado de forma muito breve, recebe um espaço muito maior em II Crônicas. Acontecimentos posterio-res no reino do Norte foram reservados para a descrição do reinado de Jeorão (R.N.) ** em II Reis 3ss.

  1. Um Bom Rei (22:41-46)

Josafá é caracterizado como aquele que fez o que era reto aos olhos do Senhor (42-43) porque nunca se envolveu com a religião idólatra. O historiador não tece comen-tários sobre o casamento de seu filho Jeorão com Atalia, a filha de Acabe'. Assim como seu pai, Asa, ele permitia a realização de cultos nos lugares altos e também conservou certos aspectos da reforma religiosa feita por seu antecessor: em particular, ele comple-tou a remoção dos sodomitas (46, os qadesh, a prostituição masculina) dos cultos cananeus, cujas práticas remontam à época de Roboão (cf. 14:21-24).

  1. Notas Finais (22:47-50)

Josafá tentou modernizar a refinaria de cobre e desenvolver o comércio com Ofir, como Salomão havia feito (cf.comentários sobre I Reis 9:26-28). O texto em II Crônicas 20:35-37 relata como Josafá caiu em desgraça ao se aliar ao iníquo Acazias (R.N.). Talvez sua recusa em permitir que os homens de Acazias se juntassem aos marinheiros dos navios de Judá (49), possa ser entendida depois do desastre descrito no versículo 48. Ele foi sepultado na Cidade de Davi (50) e sucedido por seu filho Jorão (R.S.).

H. O REINADO DE ACAZIAS (R.N.) (853-852 a.C.), I Reis 22:51-II Reis 1:18. Durante dois anos, o reinado de Acazias coincidiu com o de Josafá (R.S).

  1. Foi Caracterizado pela Iniqüidade (22.52,53)

Podemos observar dois aspectos em relação ao reinado de Acazias: primeiro, ele con-tinuou com o depravado culto aos bezerros que Jeroboão realizava em Betel e Dã, e, em segundo lugar, ele mesmo era um adorador de Baal. A influência de Jezabel, aparente-mente, começava a se fazer presente. As forças do mal não desistem facilmente; mesmo depois de exterminadas, elas muitas vezes se reagrupam e tentam voltar rapidamente.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de I Reis Capítulo 22 do versículo 1 até o 53
*

22:1

Três anos. Israel gozou de paz por três anos após a guerra de dois anos entre a Síria e Israel, descrita em 20:1-34. Durante esse período de paz, Hadadezer (Ben-Hadade II), da Síria, Acabe de Israel, e dez outros reis formaram uma coligação para afastar a invasão assíria, liderada por Salmaneser III. Os registros históricos dos assírios relatam que na principal batalha dessa campanha, que aconteceu em Qarqar, na Síria, às margens do rio Orontes (853 a.C.), Acabe contribuiu com duzentos carros de guerra e com dez mil soldados. A reivindicação assíria de que os assírios obtiveram uma grande vitória parece ser um exagero, porque os assírios se retiraram e não tentaram invadir novamente a região durante cerca de quatro anos.

* 22:2

Josafá, rei de Judá. Quanto ao seu reinado, ver os vs. 41-50 e 2Rs 3:7-27.

* 22:3

Ramote-Gileade. Localizada a cerca de 32 km a leste do rio Jordão, perto de um tributário ao rio Iarmuque, Ramote-Gileade tornou-se possessão de Israel durante a conquista (Dt 4:43; Js 20:8; conforme 1Rs 4:13) e Acabe achou que era tempo de recuperá-la dos sírios (v. 4).

* 22:4

Serei como tu és. Essa linguagem diplomática significa a concordância de Josafá em unir-se na campanha contra os sírios. Josafá parece ter sido um associado menor nessa coligação, e não um igual com Acabe, pois Acabe lhe determinou o que fazer (v. 30). Visto que anteriormente Judá fora aliado dos sírios contra Israel (15.16-21), esse novo arranjo assinalou uma mudança na política estrangeira tanto de Israel quanto de Judá. Em algum ponto no reinado de Acabe, ele formalizou suas relações com Judá, dando sua filha, Atalia, em casamento a Jeorão, filho do rei de Judá (2Rs 8:18,26). Atalia era uma devotada adoradora de Baal, e esse casamento diplomático introduziu a adoração a Baal patrocinada pelo estado, em Judá, corrompendo-se assim a adoração a Yahweh (2Rs 11).

* 22:5

Consulta primeiro a palavra do SENHOR. Era comum consultar-se a Deus ou seus profetas, antes de iniciar alguma campanha militar importante (1Sm 23:1-4; 2Sm 2:1; 2Rs 3:11; 2Cr 20:3-17).

* 22:6

profetas... quatrocentos homens. Os profetas cujas palavras ficaram registradas nas Escrituras são apenas uma fração do número total de pessoas que se chamavam de profetas naqueles tempos (18.19; 2Rs 3:13; Jr 28). Profetas também eram comuns em outras sociedades do antigo Oriente Próximo.

Eles disseram: Sobe. A maioria dos profetas israelitas anelava por agradar seus patronos, geralmente reis, proferindo lisonjas e mensagens agradáveis (Jr 28:1-4; Am 7:10-13).

* 22:7

Não há aqui ainda algum profeta do SENHOR. Josafá mostrou-se cético diante desses profetas.

* 22:8

Micaías, filho de Inlá. O nome "Micaías" significa "Quem é como Yahweh?" Ele só aparece neste capítulo.

nunca profetiza de mim o que é bom. De acordo com Jeremias, era preciso desconfiar dos profetas que profetizavam com grande otimismo sobre o futuro da nação (Jr 29:8,9).

* 22:10

assentados, cada um no seu trono. Acabe e Josafá estavam sentados no lugar onde as decisões judiciais e municipais eram tomadas (Dt 21:19; 25:7; Rt 4:1-12; Am 5:10-15).

* 22:11

Zedequias. Esse homem era um dos profetas procurados por Acabe.

chifres de ferro. Os chifres representam o poder (Dt 33:17; Zc 1:18-21). Quanto aos atos simbólicos dos profetas, ver 11.30, nota.

* 22:14

Tão certo como vive o SENHOR. Um juramento convencional (1.17, nota).

o que o SENHOR me disser, isso falarei. Mesmo que ele desejasse dizer algo diferente, Micaías só podia falar a palavra do Senhor.

* 22:15

Sobe e triunfarás. Micaías estava sendo sarcástico, e Acabe sabia disso.

* 22:17

Vi todo o Israel disperso. Micaías retrata os exércitos de Israel derrotados e sem líderes como estando em um estado de anarquia.

que não têm pastor. O termo "pastor" pode referir-se a um rei (Zc 13:7). Micaías não identificou que pastor seria este.

* 22:22

Sairei e serei espírito mentiroso. Um dos seres celestiais cumpriu os desejos de Deus usando os quatrocentos profetas como o meio de reforçar uma falsa sensação de segurança no coração de Acabe (1Sm 16:14-16; 1:6-8,12; Jr 14:14-16; 23:16,26; Ez 14:9 e Gl 1:6-9).

* 22:25

de câmara em câmara. Quando a batalha tivesse terminado, Zedequias seria envergonhado e buscaria refúgio.

* 22:28

Se voltares em paz. A despeito da vontade de Acabe, a profecia permaneceria de pé.

* 22:30

Eu me disfarçarei. O disfarce de Acabe indica que ele temeu as palavras de Micaías.

as tuas vestes. Cinicamente, Acabe convidou Josafá a ficar vestido em suas vestes reais, esperando que se algum rei tivesse que ser morto em batalha (v. 17), esse rei deveria ser Josafá.

* 22:31

Não pelejareis nem contra pequeno nem contra grande. Neutralizar o líder de um exército contrário era algo decisivo, porque, uma vez morto esse líder, o exército dele entraria em colapso.

* 22:38

os cães lamberam o sangue do rei. Esse ato dos cães foi um cumprimento parcial da profecia de Elias em 21.19 (conforme 2Rs 9:25,26).

as prostitutas banharam-se nestas águas. Provavelmente a referência é à prostituição cultual, efetuada no templo de Baal; mas ver referência lateral.

* 22:39

casa de marfim que construiu. As escavações arqueológicas em Samaria descobriram casas construídas com marfim decorativo que datam desse período. Tal extravagância foi ironizada por Amós (Am 3:15).

cidades que edificou. As escavações arqueológicas revelam que Samaria e Megido foram refortificadas durante esse período.

livro da História dos Reis de Israel? Ver nota em 11.41.

* 22:40

Acazias. Quanto ao reinado de Acazias, ver os vs. 51-53 e
II Reis 1.

* 22:41

no quarto ano. Se Josafá foi co-regente com seu pai Asa, por três anos, conforme alguns eruditos acreditam, o quarto ano seria 869 a.C., e se referia ao começo de seu reinado independente.

*

22:42

vinte e cinco anos reinou. Isto é, entre 872 e 848 a.C.

* 22:43

fez o que era reto perante o SENHOR. Josafá foi um dos reis do reino do sul, Judá, que o autor sagrado dos livros dos Reis retrata sob uma luz positiva.

Todavia, os altos não se tiraram. Ver nota em 3.2.

* 22:44

Josafá viveu em paz com o rei de Israel. Embora os primeiros anos do reino dividido fossem assinalados por guerras intermitentes, o tratado entre Josafá e Acabe foi o começo de um período de relações pacíficas entre Judá e Israel (conforme 2Rs 8:18,26).

* 22:45

como guerreou. Ver 2Rs 3:7-27; 2Cr 17:11; 20.

livro da História dos Reis de Judá? Ver nota em 11.41.

* 22:46

prostitutos-cultuais. Ver nota em 14.24.

* 22:47

reinava um governador. "Não havia rei em Edom", pois, com toda a probabilidade, Edom era um vassalo de Judá. O rei de Judá, era quem decidia quem governaria Edom (2Rs 8:20-22).

* 22:48

navios de Társis. Josafá, tal como fizera Salomão antes dele, quis estabelecer uma marinha sua, com base em Eziom Geber (1Rs 9:26-28; 10:22; 2Cr 20:35-37).

Ofir. Ver nota em 9.28.

* 22:49

Acazias, filho de Acabe. Ver 1Rs 22:51; 2Rs 1:18.

Vão os meus servos embarcados com os teus. Ver 2Cr 20:35-37.

* 22:51

reinou dois anos. Ou seja, entre 853 e 852 a.C.

* 22:52

seu pai... sua mãe. Ou seja, Acabe e Jezabel (1Rs 16:29-34).

nos caminhos de Jeroboão. Ver nota em 12.30.

* 22:53

Ele serviu a Baal, e o adorou. A adoração a Baal, introduzida e apoiada por Acabe e Jezabel, foi perpetuada por seu filho (16.31, nota).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de I Reis Capítulo 22 do versículo 1 até o 53
22:6 Estes quatrocentos profetas puderam ter sido os quatrocentos sacerdotes da Asera que Elías deixou com vida no monte Carmelo, apesar de que quatrocentos e cinqüenta profetas do Baal foram mortos (veja-se 18:19-40).

22:7 Josafat sabia que havia uma diferença entre estes profetas pagãos e o "profeta do Jeová", de modo que perguntou se havia algum disponível. Era evidente que Josafat queria fazer o correto, apesar de Acab. Entretanto, ambos os reis menosprezaram a mensagem de Deus e escutaram sozinho aos profetas pagãos.

22:15, 16 por que disse Micaías ao Acab que atacasse quando previamente tinha feito um voto de falar só o que Deus lhe dissesse? Possivelmente estava falando sarcásticamente, burlando-se das mensagens dos profetas pagãos ao mostrar que estavam lhe dizendo ao rei só o que ele queria escutar. De algum jeito, o tom de voz do Micaías deixou saber a todos que se estava burlando dos profetas pagãos. Quando o rei o confrontou, predisse que o rei morreria e que se perderia a batalha. Mesmo que Acab se arrependeu temporalmente (21.27), seguiu mantendo seu sistema de falsos profetas, os quais instrumentariam o caminho para sua própria ruína.

22.19-22 A visão que teve Micaías pôde ter sido uma imagem de um incidente verdadeiro nos céus, ou uma parábola do que estava ocorrendo na terra, ilustrando que a influência sedutora dos falsos profetas seria parte do julgamento de Deus sobre o Acab (22.23). Já seja que Deus enviasse um anjo disfarçado ou não, utilizou o sistema dos falsos profetas para tender uma armadilha ao Acab em seu pecado. O espírito mentiroso (22,22) simbolizava a forma de vida desses profetas, quem disse ao rei só o que ele quis escutar.

22.20-22 Acaso permite Deus que os anjos seduzam às pessoas para fazer o mal? Para entender o mal, primeiro devemos entender a Deus. (1) Deus mesmo é bom (Sl 11:7). (2) Deus criou um mundo bom que caiu devido ao pecado do homem (Rm 5:12). (3) Algum dia Deus voltará a criar o mundo e este será bom outra vez (Ap 21:1). (4) Deus é mais forte que o mal (Mt 13:41-43; Ap 19:11-21). (5) Deus permite o mal, e portanto tem controle sobre ele. Embora Deus não criou o mal, oferece ajuda a aqueles que desejam superá-lo. (Mt 11:28-30). (6) Deus utiliza tudo, tão bom como mau, para seus bons propósitos (Gn 5:20; Rm 8:28).

A Bíblia nos mostra um Deus que odeia todo mal e que algum dia acabará com ele completamente e para sempre (Ap 20:10-15). Deus não induz a nenhum para voltar-se mau. Aqueles que se comprometem com o mal, entretanto, podem ser usados Por Deus para que pequem até mais para poder apressar o julgamento que se merecem (Ex 11:10). Não precisamos entender cada detalhe de como obra Deus para poder ter uma confiança perfeita em seu poder absoluto sobre o mal e sua total bondade para nós.

22:34 Acab não pôde escapar do julgamento de Deus. O rei de síria enviou a trinta e dois de seus melhores capitães de carros com o único propósito de matar ao Acab. Pensando em que podia escapar, Acab tratou de disfarçar-se, mas uma flecha perdida lhe pegou enquanto os carros perseguiam o rei equivocado, Josafat. Foi muito parvo por parte do Acab pensar que poderia escapar com um disfarce. Às vezes a gente trata de escapar da realidade disfarçando-se: trocam de trabalho, mudam-se a uma nova cidade, até trocam de cônjuge. Entretanto, Deus vê e avalia os motivos de cada pessoa. Qualquer tento de disfarçar-se é fútil.

22:35 Tal e como o havia predito o profeta (20.42), Acab foi morto. Veja o perfil do Acab no capítulo 19 para maior informação sobre seu triste historia.

22.41-50 Para maiores detalhes a respeito do Josafat, veja o outro registro de seu reinado em II Crônicas 17:20.

22:43 Do mesmo modo que seus antepassados Salomão e Asa, Josafat seguiu a Deus, mas não eliminou os lugares altos: os santuários pagãos das colinas (2Cr 20:33). Era contra a lei de Deus adorar ídolos nos santuários (Nu 33:52), e ao princípio Josafat tentou tirá-los (2Cr 17:6). Eram tão populares, entretanto, que foi muito difícil fazê-lo. Apesar das muitas contribuições à saúde espiritual, moral e material de seu país, Josafat não teve êxito na erradicação dos santuários das colinas.

22.52, 53 O primeiro livro de Reis começa com uma nação unida sob o Davi, o rei mais devoto na história do Israel. O livro termina com um reino dividido e com a morte do Acab, o rei mais perverso de todos. O que aconteceu? O povo esqueceu reconhecer a Deus como sua líder máximo, designou líderes humanos que ignoraram a Deus, e logo se conformou ao estilo de vida desses líderes perversos. Uma má ação ocasional gradualmente se voltou em um estilo de vida. Sua maldade flagrante só poderia enfrentar-se com o grande julgamento de Deus, que permitiu que as nações inimizades se levantassem e derrotassem ao Israel e Judá em batalha como castigo por seus pecados. Fracassar em reconhecer a Deus como o máximo líder de nossa vida é o primeiro passo para a ruína.

OS 1NVASORES DO TEMPLO

Sisac, rei do Egito - 2 Rsseis 14:25-26 - Saqueou o templo, levou-se certos tesouros

Asa, rei do Judá - 2 Rsseis 15:18-19 - Levou-se tesouros do templo e dinheiro para comprar a aliança com o rei Ben-adad de Síria

Atalía, reina do Judá - 2Rs 11:13-15; II Crônicas 24:7 - Assolou o templo; logo correu ao templo só para descobrir que seu malvado reinado tinha chegado ao final

Joás, rei do Judá - 2Rs 12:18 - Tomou ouro e objetos sagrados do templo para deter o ataque do rei Hazael de Síria

Joás, rei do Israel - 2Rs 14:14 - Entrou em templo e tomou ouro e prata para desforrar-se do Amasías

Acaz, rei do Judá - 2Rs 16:8-18- Tomou prata, ouro e vários móveis do templo para mandar um tributo suficiente e apaziguar ao Ben-adad, rei de Assíria

Ezequías, rei do Judá - 2Rs 18:13-16- Tomou toda a prata do templo e arrancou o ouro de suas portas para persuadir ao Senaquerib, rei de Síria, a deter seu ataque

Manasés, rei do Judá - 2Rs 21:4-8- Colocou altares pagãos no templo

Nabucodonosor, rei de Babilônia - 2Rs 24:13; 2Cr 36:10; 2Rs 25:1-17; 2Cr 36:18-19

Nabucodonosor atacou repentinamente ao templo durante sua segunda e terceira invasão ao Judá. Em sua terceira invasão, destruiu o templo e se levou todos seus tesouros


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de I Reis Capítulo 22 do versículo 1 até o 53

5. A morte de Acabe (


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de I Reis Capítulo 22 do versículo 1 até o 53
  • A derrota e a morte de Acabe (22)
  • Acabe não derrotou a Síria quan-do teve a oportunidade de fazê-lo, portanto o inimigo voltou a atacá-lo e, por fim, matou-o. De forma se-melhante, o rei Saul não destruiu os amalequitas, e um jovem amalequi- ta matou-o. A aliança de Acabe e do rei Josafá para essa batalha não é uma surpresa, já que a filha de Aca-be era casada com o filho daquele (2Cr 21:1-14). Observe que o rei Jo-safá queria conhecer a vontade do Senhor para essa batalha, portanto eles consultaram o profeta que mi-nistrava para Acabe. É claro que os profetas pagãos, em sua cegueira, adequaram-se aos desejos dos dois reis e prometeram vitória. Contudo, a promessa deles soou vazia. Josafá queria ouvir um profeta do Senhor. Micaías era o único disponível (e

    estava preso). Assim, eles enviaram alguém a ele e pediram sua mensa-gem. E Micaías, com santo sarcas-mo, repetiu as promessas dos profe-tas pagãos, mas o rei sabia que ele estava fingindo. Não é estranho que o perdido queira ouvir o Senhor, mas, apesar disso, não queira ou-vir a verdade nem obedecer a ela? Micaías falou a verdade: os profetas pagãos foram usados para mentir, pois o rei Acabe morreria na bata-lha e Israel seria dispersado. O que o profeta fiel recebeu por seu minis-tério? Pão e água na prisão. Contu-do, ele foi fiel ao Senhor, e é isso que conta.

    Acabe tentou evitar a morte dis-farçando-se, pois os soldados tenta-riam matar o rei primeiro. (Em Ef 6, Paulo segue essa idéia quando nos aconselha a não lutar contra a carne e o sangue, mas contra Satanás, por meio da oração e da Palavra. De-pois que você derrota o rei, o resto é fácil.) Josafá foi para a batalha com suas vestimentas reais, e o Senhor protegeu-o, mas Acabe foi morto usando seu disfarce. O versículo 34 indica que os soldados lançaram as flechas sem nem mesmo mirar, con-tudo o Senhor guiou-as até o alvo adequado. Nenhum artifício ou dis-farce protege o pecador quando o Senhor envia seu julgamento. Israel perdeu a batalha e o rei.

    Sepultaram o rei em Samaria, lavaram o carro ensanguentado no açude, e os cães lamberam o san-gue, conforme Deus prometera (20:42 e 21:19). Acazias, o filho perverso de Acabe, reinou em seu lugar, e a nação continuou em seu curso pecaminoso.

    O rei Acabe era um grande soldado que teria conduzido Israel à vitória se seguisse o Senhor em verdade, mas sua união à adoração de Baal e a má influência de sua esposa ímpia trouxeram-lhe derro-ta. Acabe vivenciou a bondade do Senhor em vitórias militares, contu-do ele recusou-se a submeter-se à Lei. Ele humilhou-se exteriormente quando o julgamento foi anunciado e, até mesmo nessa ocasião, conse-guiu um "adiamento da execução", mas seu arrependimento superficial não durou muito tempo. Os três anos e seis meses de seca e a gran-de demonstração da glória de Deus no monte Carmelo não abrandaram seu duro coração. Ele "se vendeu para fazer o que era mau" e não se arrependeu. Ele ouviu um dos maio-res profetas da história do Antigo Testamento, Elias, e mesmo assim não se arrependeu. Seus 22 anos de reinado afastaram ainda mais o povo de Deus.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de I Reis Capítulo 22 do versículo 1 até o 53
    22.1 Período em que houve uma aliança entrega Síria e os israelitas, pela qual foi possível a Israel, derrotar as assírios, em Carcar no ano 853 a.C.
    22.2 Para avistar-se. Uma visita oficial; o filho de Josafá já se casara com a filha de Acabe (2Rs 8:18 e 26).

    22.3 Afastado o perigo de uma invasão imediata pelos assírios (1n). Acabe rompe sua aliança com Ben-Hadade (20.34), para levar a cabo uma disputa sobre a importante cidade, fortificada, de Ramote de Gileade, uma das cidades de refúgio além do rio Jordão (Dt 4:43).

    22.4 Parece que a cidade sempre fora um assunto de contenda entre as duas nações, mas agora Acabe obteve o apoio de uma terceira, Judá.
    22.6 Profetas. Não está escrito "profetas do Senhor”; a palavra também se aplicava a sacerdotes e curandeiros pagãos. Estes tinham a função de dar um apoio religioso a Acabe, dizendo aquilo que ele desejava ouvir.

    22.7 Algum profeta do Senhor. Josafá era um homem justo, e não se deixava enganar tão facilmente. Pode haver muitas pessoas no mundo que se dedicam à religião, à filosofia, à invocação de coisas sobrenaturais, mas um verdadeiro servo de Deus, guiado por Sua Palavra, vale mais que a total religiosidade do mundo, quando esta não é vinculada à Pessoa de Jesus Cristo (Cl 2:8-51).

    • N. Hom. 22.9 Micaías. Mais um verdadeiro servo de Deus, que estava em seu posto num momento histórico. Sua mensagem era fiel à vontade divina e não ao entusiasmo carnal, que proclama ir tudo muito bem, mesmo quando mais se acentua a desobediência às leis de Deus. Esta passagem é uma indicação da profundeza da separação que havia entre os falsos e os verdadeiros profetas. Os falsos profetas tentavam agradar aos seus ouvintes com promessas de sorte e felicidade (Jr 28:8-24). Os falsos profetas eram reconhecidos pelas profecias que não se cumpriam (Dt 18:21). Mesmo que um profeta opere milagres e prediga corretamente o futuro, deve ser rejeitado como falso, se pregar heresias contra a lei de Deus (Dt 13:1). O verdadeiro profeta era íntegro na plena comunhão com o Senhor Deus e integrava-se completamente nos Seus planos (Jl 3:7).

    22.11 Chifres de ferro. Rechaçar seus inimigos com o poder dos chifres do boi selvagem era o quinhão de José, pai de Efraim e Manassés, e patriarca dessas tribos do norte (Dt 33:13-5), com a diferença que, naquele caso, imperava o desejo de Satanás, pondo à prova a integridade de um verdadeiro homem de Deus, e aqui é o próprio Deus que escolhe o Seu mensageiro para cumprir Sua sentença contra Acabe.

    22.25 É claro que Zedequias era um falso profeta, sem qualquer contato com Deus. Pior ainda, encarregado oficialmente para ser um despenseiro das coisas religiosas, sem ter religião.
    22.30 Acabe tentou fugir do julgamento divino, mas os seus disfarces jamais cancelariam a sentença pronunciada pelos dois profetas de Deus (21:21-24; 22.17).
    22.31 Contra o rei de Israel. O rei da Síria desejava vingança contra Acabe, por ter quebrado a aliança de maneira tão covarde e traiçoeira (1-4).

    22.32 Josafá gritou. Era, pela astúcia de Acabe, o único vestindo trajes reais. O grito deve ter sido uma oração pelo socorro divino (2Cr 18:31). O rei da Síria não quis tornar a participação casual de Josafá numa causa de uma longa guerra contra Judá.

    22.34 Ao acaso. Mais uma vez, um homem anônimo, foi instrumento das mãos de Deus sem estar consciente de Qual a Mão que manejou o seu arco. Quanto mais anônimo é o instrumento, tanto mais glória tem Aquele que dispõe de todas as coisas, segundo a Sua soberana vontade (Jo 3:27-43).

    22.36 Para a sua terra! É a derrota total, seguida pela fuga em desordem segundo a profecia de Micaías (17).

    22.38 O Senhor tinha dito. Pela boca do profeta Elias (21.19).

    22.39 À casa de marfim. Era um palácio em Samaria, com as paredes adornadas com placas de marfim, tendo móveis de marfim compensado, segundo descobertas feitas por arqueólogos, na área que antigamente era Samaria. Durante um século foi esta a moda seguida pelos ricos, pois que os pobres não tinham sequer alimentação adequada (Jl 3:13-30).

    22.41 Josafá. O plano histórico exige que se anuncie o princípio do reinado de Josafá, embora já se tenha dito algo a respeito, junto à história de Acabe, cujo reinado foi anterior ao dele. Era reto e temente a Deus (43).

    22.48 Um governador. Edom ainda sob o domínio de Judá; visto ter Davi conquistado aquele país, sua tribo ficou com esta província. Só no tempo do filho de Josafá foi que houve rebelião contra Judá (2Rs 8:20).

    22.49 Navios. de Társis. Veja 2Cr 20:35-14 e a nota Dt 10:22.

    22.50 Josafá não quis. Já bastavam as alianças com os reis infiéis à sua religião.

    22.51 Jeorão. Este rei tinha por esposa, a filha de Acabe com Jezabel; conseqüentemente, a idolatria dominante contaminara o reino de Israel, começando a imiscuir-se também no reino de Judá (2Rs 8:18).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de I Reis Capítulo 22 do versículo 1 até o 53
    A morte de Acabe (22:1-40)
    Depois de três anos de cordialidade (v. 1), a hostilidade com a Síria recomeça (v. acima comentário Dt 20:1). A ocasião é uma visita de Josafá, rei de Judá (v. 2) que é introduzida na história antes da observação cronológica do v. 41. As relações entre Norte e Sul têm sido muito debatidas, mas a sugestão de que Josafá era praticamente um vassalo de Acabe é equivocada. O casamento de Jeorão com Atalia (2Rs 8:16-12) selou o acordo entre semelhantes — e também significou problemas para Judá quando a piedade sólida de Josafá desapareceu. A estabilidade dinástica do Sul contrastava com a do Norte, e, em vista da pressão síria, a unidade era politicamente essencial de todo modo. Talvez convicções políticas semelhantes fizeram Josafá fazer parcerias muito estranhas do ponto de vista religioso (v. 2Rs 3:14). Quaisquer que tenham sido as causas, Josafá não é alguém bem-vindo na corte de Acabe, e a sua frase: Sou como tu (v. 4) é timidamente modificada pelo pedido: Peço-te que busques primeiro o conselho do Senhor (v. 5).

    Assim, o rei de Israel reuniu quatrocentos profetas (v. 6), um grupo variado de homens com a mesma perspectiva nacionalista que tinha o indivíduo citado anteriormente (cap. 20). Não eram necessariamente homens oportunistas, mas impregnados de um zelo pela guerra santa — o que era bom para Israel tinha de ser a vontade de Javé — e aparentemente inconscientes de questões morais mais profundas, v. 6. Ramote-Gileade era parte do território de Javé, de modo que eles aconselharam em uníssono: Sim, pois o Senhor a entregará nas mãos do rei. Talvez foi a forma, ou até a quantidade de profetas, que trouxe desconforto a Josafá, e assim ele pede que tragam Micaías, filho de Inlá para o cenário, com o comentário de Acabe: mas eu o odeio [...] porque [...] profetiza [...] coisas ruins (v. 8). No entanto, Micaías parece estar em liberdade, e um dos oficiais é enviado para achá-lo, enquanto continua a cena pateticamente esplêndida na porta de Samaria (v. 10-12). O mensageiro, de forma característica, dá breves instruções a Micaías e lhe aconselha de forma diplomática a também [...] ser favorável (v. 13). O tom da sua expressão: Ataca, e serás vitorioso (v. 15) deve ter sido sarcástico, e o rei o pressiona a dizer a verdade em nome do Senhor (v. 16). Micaías prossegue com a comovente visão do desastre e a intenção divina de enganar Acabe para que ataque Ramote-Gileade e morra lá (v. 20). O mistério da providência de Deus não pode ser diminuído, e os autores hebreus acima de tudo o deixam inflexível e atemo-rizador (v.comentário de 18.37). O NT não é menos contundente (e.g., 2Ts 2:11,2Ts 2:12): “... a justa lei, o castigo dos céus: aquele que odeia a verdade será enganado pela mentira” (Cowper). Qualquer tentativa de excluir Deus do processo resulta em dualismo — as duas opiniões (18,21) com que Acabe brincou a vida toda.

    v. 24. Zedequias fez então a réplica óbvia: Por qual caminho foi o espírito da parte do (ou Espírito do) Senhor, quando saiu de mim para falar a você?, suscitando assim a questão do discernimento entre profecias contrárias. A sua própria contribuição (v. 11) dá sinais de pre-meditação, possivelmente uma visão da sua própria mente (Jr 23:16). Micaías faz o teste prescrito por Moisés (Dt 18:22). Os eventos vão provar quem está certo: Você descobrirá (v. 25). A ordem do rei: Ponham este homem na prisão (v. 27) pode ter sido dada em parte para preservar a dignidade e mostrar determinação em ir à guerra e em parte para expressar ódio contido contra Micaías, que mais uma vez afirma que os eventos vão provar se ele está certo ou não: Se você de fato voltar em segurança, o Senhor não falou por meu intermédio (v. 28). O acréscimo: Ouçam o que estou dizendo, todos vocês (não está na LXX e é omitido pela BJ e pela NEB) pode ter vindo de um copista que identificou de forma equivocada Micaías com o profeta canônico Mi-quéias (v. Mq 1:2).

    A apreensão de Acabe transparece por ele ir disfarçado para o combate (v. 31; não há insinuação de que ele esperasse que Josafá sofresse no lugar dele, como sugere a versão grega: “mas tu usa as minhas vestes”). O texto não apresenta a razão de o rei da Síria ordenar: Não lutem contra ninguém [...] senão contra o rei de Israel (v. 31). Ele provavelmente considerava a campanha um ato de traição. O disparo do arco ao acaso (v. 34) causou a ferida fatal. O rei ordena: Tire-me do combate e com bravura continua orientando as operações em pé no seu carro (v. 35). ao cair da tarde, ele morreu, e a batalha acabou, v. 36. Cada homem para a sua cidade; cada um para a sua terrah a versão de Lutero (1
    984) segue a LXX e emenda o v. 37a sem pontuação ao v. 36b: “pois o rei está morto”. Levaram-no para Samaria [...] e os cães lamberam o seu sangue (v. 38), considerado um cumprimento parcial da palavra do Senhor em 21.19. A referência às prostitutas é ambígua, e algumas versões seguem uma emenda textual: “e limparam as armas” (nota de rodapé da NVI). Acabe descansou com os seus antepassados: uma frase incomum para a morte na batalha. E assim acabou a história.

    O registro é um exemplo da narrativa precisa acerca da complexidade humana; a bravura na batalha, a fraqueza, desculpadas em parte pelo reconhecimento do gênio mau de Jezabel, a consciência perturbada, o arrependimento angustiado, a rejeição subjacente da autoridade de Javé, tudo isso é mencionado. Tentar dispersar esses elementos entre supostas fontes contraditórias é perder o retrato convincente do ser humano de “mente dividida” (Jc 1:7,Jc 1:8).

    Josafá (22:41-50)

    Um comentário breve mas favorável mostra Josafá concluindo a obra do seu pai Asa (v. 46). Os altares idólatras permaneceram, uma armadilha que o autor lamenta, mas eles foram aceitos inclusive pelos javistas mais leais até a reforma de Josias. A paz com o rei de Israel (v. 44) foi registrada acima no v. 2. Edom (v. 47) reaparece na história de Judá com a reabertura do comércio interrompido pelas atividades de Hadade (11:14-22) e a invasão de Sisaque. Os navios [...] naufragaram (v. 48) e Josafá recusou a ajuda de Acamas, talvez por considerar o naufrágio um mau presságio, ou por relutar em dar passagem livre aos israelitas através de seu território (conforme 2Cr 20:35-37, em que o naufrágio é um castigo contra o acordo anteriormente feito com Acazias).

    Acazias (22:51-53)

    Acazias, filho e sucessor de Acabe, teve um reinado breve de dois anos, encurtado por um acidente fatal (2Rs 1:2); o texto conclui com uma simples constatação: Prestou culto a Baal e o adorou [...] como o seu pai tinha feito (v. 53).


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de I Reis Capítulo 22 do versículo 35 até o 36

    35,36. Embora ferido mortalmente, Acabe não morreu imediatamente; resistiu à morte, sofrendo, enquanto a batalha prosseguia furiosa.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de I Reis Capítulo 22 do versículo 1 até o 38
    j) A morte de Acabe (1Rs 22:1-11 em que a narrativa é quase verbalmente idêntica. O grave revés sofrido por Salmaneser III em Carcar deixou livres os confederados (ver Apêndice III) embora a atitude de Ben-Hadade para com Acabe (31) sugira que ele considerava o ataque de Acabe uma infração ao tratado. Não se nos diz a razão que levou Josafá a fazer uma visita de estado a Acabe. Não pode ter sido o casamento de Jorão com Atalia, filha de Acabe (2Rs 8:18), uma vez que a idade de seu filho Acazias, na altura da elevação deste ao trono (2Rs 8:26), prova ter-se realizado esse casamento pelo menos dez anos mais cedo. Há quem pense que Josafá pagava tributo a Acabe, mas nada, a não ser a boa vontade com que se presta a juntar-se-lhe na peleja (4) apóia esse ponto de vista. Naquele tempo a guerra era freqüentemente considerada um tipo de desporto (cfr. 2Rs 14:8 nota).

    >1Rs 22:3

    Sobre Ramote de Gileade (3), ver 4.13 nota. Consulta... a palavra do Senhor (5); era um procedimento comum antes da batalha; cfr. 1Sm 28:6. Dos vers. 11 e 12 se conclui que os profetas (6) se diziam profetas de Jeová. Não se explica a razão por que Josafá não confiou nos profetas tanto mais que ele não pôs em dúvida a sua posição. Não há aqui ainda algum profeta do Senhor (7) deverá ser, de acordo com outra versão, "não há aqui outro profeta do Senhor". Na praça (10); na "eira", segundo outra versão; o nome pode ter permanecido muito depois de ter cessado o uso dado ao terreno; os exercícios espirituais a que se davam os 400 profetas justificariam a existência de um terreno consideravelmente espaçoso.

    >1Rs 22:11

    Chifres de ferro (11); cfr. 2Rs 13:14-12; Jr 27:2-24; Jr 28:10-24; o gesto descritivo da ação profetizada revestia-se, para o povo, de um poder mágico. Que me não fales senão a verdade. (16). Mica revelara, pelo tom da sua voz, que a sua profecia (15) fora um mero ato de cortesia. Mas uma vez interrogado confessou que tivera duas visões. A primeira (17) é uma clara indicação de desastre e da morte de Acabe; em paz, expressão pouco adequada a uma derrota, sugere que a morte de Acabe será um ganho. A segunda visão (19-23) revela Jeová a encaminhar, deliberadamente, Acabe para a morte que lhe destinara. Um espírito de mentira (22). Para que compreendamos a visão será necessário lembrarmo-nos do conceito claramente expresso no Velho Testamento segundo o qual até os espíritos malignos estão sujeitos ao poder de Deus (ver comentário sobre "Satanás", 1Cr 21:1). Ora se nem a mente evoluída do homem moderno consegue compreender como é que Deus pode executar as sentenças que pronunciou servindo-se de homens maus e de espíritos malignos, como o compreenderia Mica senão por meio de imagens de grande elementaridade? E feriu a Mica (24); foi um insulto. Em paz (27); paz (heb. shalom) significa, basicamente, realização, ação completa; daqui, outras versões possíveis: "até que eu volte vitorioso", ou "são e salvo" (2Rs 9:17 nota). A parte final do vers. 28 "Disse mais: ouvi todos os povos!" apresenta quando bem traduzida, dificuldades de interpretação. Como foi omitida nos manuscritos mais antigos da Septuaginta e aparece, ipsis verbis, em Mq 1:2, é de crer que resulte da boa vontade de algum escriba pouco inteligente que, numa data muito recuada, tentaria identificar Mica, filho de Imla, com Miquéias (ou Micaías, Jr 26:18), o morastita (Mq 1:1). Eu me disfarçarei (30); não se tratava de cobardia nem de traição a Josafá mas de uma tentativa para escapar ao destino profetizado por Mica. Aos chefes dos carros que eram trinta e dois (31). As ordens não abrangiam o exército no seu todo-diziam apenas respeito aos carros de guerra que constituíam a sua força de assalto. Josafá gritou (32). Pode ter sido o seu grito de guerra; 2Cr 18:31 não indica, necessariamente, que se tratasse de uma oração direta. Por entre as fivelas e as couraças (34); o primeiro impulso de Acabe foi abandonar o campo de batalha (34) mas acabou por continuar a participar na luta até se lhe esvaírem as forças (35). Morreu à tarde (35). Leia-se, de acordo com a Septuaginta e 2Cr 18:34 "até à tarde". Adotemos a versão da Septuaginta para a parte final do vers. 36; "cada um para a sua cidade e cada um para a sua terra porque morreu o rei! E foram para Samaria".


    Dicionário

    Carro

    substantivo masculino Qualquer veículo que se locomova sobre rodas; veículo, automóvel.
    Veículo enfeitado para festas públicas: carros carnavalescos.
    Qualquer veículo que, por força mecânica, se movimenta sem auxílio de rodas: carro de bonecas.
    Carga transportada por um veículo: trouxe consigo um carro de laranjas.
    Trem ou metrô que transporta passageiros; carruagem.
    Veículo de duas rodas usado com os mais variados propósitos.
    [Gráficas] Peça movível, usada para encaixar o papel na máquina de escrever.
    [Gráficas] Seção do prelo movido a mão, situado sob a platina no momento da impressão.
    [Regionalismo: Nordeste] Carretel onde se pode enrolar fios.
    Etimologia (origem da palavra carro). Do latim carrus.

    Veículo puxado por bois (2 Sm 6.3), que deve distinguir-se dos carros de guerra, tirados por cavalos. Eram abertos, ou cobertos, e serviam para levar pessoas, cargas, ou produtos. Com efeito, ainda que a maneira comum de viajar no oriente seja em palanquim ou a cavalo, empregavam-se contudo, também os carros. Eram grosseiros veículos, em fortes rodas, puxados por bois. Segundo a sua representação nos monumentos, eram usados para levar os frutos dos campos, e transportar mulheres e crianças nas suas viagens. José mandou carros a fim de que seu pai e família fossem conduzidos, juntamente com os bens da casa, para o Egito (Gn 45:19-21,27 – 46.5). Quando se celebrou a dedicação do tabernáculo, as ofertas dos ‘príncipes’, isto é, dos principais personagens, foram levadas em seis carros, sendo cada um puxado por uma junta de bois (Nm 7:3-6, 7).

    Carro
    1) Veículo puxado por animal e usado para transportar pessoas ou coisas (Gn 41:43).


    2) Veículo usado em combate (Ex 14:7).


    Crescendo

    crescendo s. .M 1. Mús. Aumento progressivo de sonoridade. 2. Progressão, gradação.

    Defronte

    defronte adv. Em face; em frente de; face a face.

    Dia

    substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
    Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
    As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
    Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
    Época atual; atualidade: as notícias do dia.
    Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
    Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
    Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.

    substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
    Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
    As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
    Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
    Época atual; atualidade: as notícias do dia.
    Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
    Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
    Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.

    substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
    Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
    As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
    Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
    Época atual; atualidade: as notícias do dia.
    Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
    Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
    Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.

    substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
    Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
    As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
    Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
    Época atual; atualidade: as notícias do dia.
    Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
    Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
    Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.

    o ‘calor do dia’ (Mt 20:12) significa o tempo das nove horas, quando no oriente o sol resplandece vivamente no Céu. ‘Pela viração do dia’ (Gn 3:8) é justamente antes do sol posto. Antes do cativeiro, os judeus dividiam a noite em três vigílias: a primeira vigília durava até à meia-noite (Lm 2:19), a média ia da meia-noite até ao cantar do galo (Jz 7:19), e a da manhã prolongava-se até ao nascer do sol (Êx 14:24). No N.T., porém, há referências a quatro vigílias, divisão que os judeus receberam dos gregos e romanos: a primeira desde o crepúsculo até às nove horas (Mc 11:11Jo 20:19) – a segunda, desde as nove horas até à meia-noite (Mc 13:35) – a terceira, desde a meia-noite até às três da manhã (Mc 13:35) – e a quarta, desde as três horas até ao romper do dia (Jo 18:28). o dia achava-se dividido em doze partes (Jo 11:9). A hora terceira, a sexta, e a nona, eram consagradas à oração (Dn 6:10, At 2:15, e 3.1). Parte de um dia era equivalente nos cálculos ao dia todo (Mt 12:40). os judeus não tinham nomes especiais para os dias da semana, mas contavam-nos desde o sábado. Usa-se, também, a palavra ‘dia’, como significando dia de festa (os 7:5), e dia de ruína (18:20, e os 1:11). Deve ser notado que no cálculo da duração de um reinado, por exemplo, conta-se uma pequena parte do ano por um ano completo. E assim se um rei subia ao trono no último dia do ano, o dia seguinte era o princípio do segundo ano do seu reinado. (*veja Cronologia, Tempo, Ano.)

    Entre os índios e em geral no Oriente, a palavra que trasladamos por dia tem uma significação primitiva, que corresponde exatamente ao termo caldeu sare, revolução.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - O Velho Testamento

    [...] todo dia é também oportunidade de recomeçar, reaprender, instruir ou reerguer.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

    Cada dia é oportunidade de ascensão ao melhor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 58

    [...] cada dia é um ramo de bênçãos que o Senhor nos concede para nosso aperfeiçoamento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    No livro da existência, cada dia é uma página em branco que confiarás ao tempo, gravada com teus atos, palavras e pensamentos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada dia é nova oportunidade de orar, de servir e semear. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada dia é desafio sereno da Natureza, constrangendo-nos docemente à procura de amor e sabedoria, paz e elevação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada dia é a oportunidade desvendada à vitória pessoal, em cuja preparação falamos seguidamente de nós, perdendo-lhe o valor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada dia é um país de vinte e quatro províncias. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada dia é oportunidade de realizar o melhor. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] o dia que deixas passar, vazio e inútil, é, realmente, um tesouro perdido que não mais voltará.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Diante do tempo

    O dia e a noite constituem, para o homem, uma folha do livro da vida. A maior parte das vezes, a criatura escreve sozinha a página diária, com a tinta dos sentimentos que lhe são próprios, nas palavras, pensamentos, intenções e atos, e no verso, isto é, na reflexão noturna, ajudamo-la a retificar as lições e acertar as experiências, quando o Senhor no-lo permite.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Os Mensageiros• Pelo Espírito André Luiz• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 41

    [...] Cada dia é uma página que preencherás com as próprias mãos, no aprendizado imprescindível. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 31

    [...] O dia constitui o ensejo de concretizar as intenções que a matinal vigília nos sugere e que à noite balanceamos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1, cap• 6


    Dia
    1) Período de 24 horas (Rm 8:36;
    v. HORAS).


    2) Tempo em que a terra está clara (Rm 13:12).


    3) O tempo de vida (Ex 20:12).


    4) Tempos (Fp 5:16, plural).


    Dia O oposto à noite, à qual segue (Lc 21:37; Jo 9:4). Também espaço temporal de 24 horas. Os romanos contavam o dia de meia-noite a meia-noite — prática que perdura entre nós —, enquanto os judeus contemporâneos de Jesus iniciavam o dia com o surgimento da lua, concluindo-o no dia seguinte pela tarde. Para designar um dia completo, costumava-se empregar a expressão “noite e dia” (Mc 4:27; 5,5; Lc 2:37).

    Ferida

    A ferida em bom combate chama-se mérito.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5


    Ferida
    1) Chaga; ulceração (Pv 25:20, RA).


    2) MATANÇA (Js 10:10, RC).


    3) Figuradamente: doença (34:6); pecado (Is 1:6); repreensão (Pv 27:6).


    ferida s. f. 1. Lesão corporal produzida por arma, instrumento cortante, projétil ou qualquer outro agente; resultado de ferimento. 2. Chaga. 3. Fig. Aquilo que ofende a honra. 4. Agravo, ofensa, injúria. 5. Dor. 6. Mágoa.

    Fundo

    adjetivo Profundo, que está abaixo do nível da superfície: um poço fundo.
    Cavado, metido para dentro: as faces fundas.
    Figurado Firme, arraigado.
    Denso, compacto: a funda escuridão.
    Que parte de dentro: um fundo suspiro.
    Gír. Ignorante, que atua mal, inábil, incompetente.
    substantivo masculino A parte mais baixa de uma coisa oca: o fundo de um poço.
    A parte sólida sobre a qual repousam as águas: o fundo do mar.
    O que resta no fundo: o fundo de uma garrafa.
    A parte mais afastada da entrada ou do ponto de onde se olha, a mais retirada, a menos exposta ao olhar: o fundo da sala.
    A parte mais baixa de qualquer coisa: o fundo do vale.
    Profundidade: a cisterna tem muito fundo.
    Campo de um quadro no qual sobressai o objeto: um fundo de paisagem.
    Decorações cênicas, que ficam mais distantes do palco.
    [Brasil] Diamante de qualidade inferior.
    Figurado O que faz a matéria, a essência de uma coisa (por opos. a forma, a aparência): o fundo de um discurso.
    O que há de mais recôndito, de mais íntimo: o fundo do coração.
    Ir ao fundo, naufragar.
    Artigo de fundo, o principal de um jornal.
    Fundo sonoro, conjunto dos ruídos, sons e música que põem em relevo um espetáculo.
    locução adverbial A fundo, completamente: saber a fundo uma ciência.
    locução adverbial No fundo, na realidade, na substância.
    substantivo masculino plural Os haveres de um negociante, banqueiro etc.; capital.
    Fundos públicos, papéis de crédito emitidos ou garantidos pelo Estado.

    Morrer

    verbo intransitivo Cessar de viver, perder todo o movimento vital, falecer.
    Figurado Experimentar uma forte sensação (moral ou física) intensamente desagradável; sofrer muito: ele parece morrer de tristeza.
    Cessar, extinguir-se (falando das coisas morais).
    Diz-se de um som que pouco se vai esvaecendo até extinguir-se de todo.
    Desmerecer, perder o brilho; tornar-se menos vivo (falando de cores).
    Aniquilar-se, deixar de ser ou de ter existência.

    Peleja

    Peleja
    1) Batalha (15:24)

    2) Briga (Gl 5:20), RC).

    peleja (ê), s. f. 1. Ato de pelejar; combate. 2. Briga, contenda, ralhos. 3. Pop. Luta pela vida, ou por algo.

    Rei

    substantivo masculino Monarca; aquele que detém o poder soberano num reino.
    Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa.
    Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete.
    Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira.
    Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez.
    Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas.
    substantivo masculino plural Reis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos.
    Gramática Feminino: rainha.
    Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.

    substantivo masculino Monarca; aquele que detém o poder soberano num reino.
    Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa.
    Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete.
    Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira.
    Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez.
    Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas.
    substantivo masculino plural Reis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos.
    Gramática Feminino: rainha.
    Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.

    l. o título de rei, na significação de suprema autoridade e poder, usa-se a respeito de Deus (Sl 10:16 – 47.7 – 1 Tm 1.17). 2. Este título foi aplicado a Jesus Cristo, como rei dos judeus (Mt 27:11-37, e refs.). 3. No A.T. o título de rei emprega-se em um sentido muito lato, não só falando dos grandes potentados da terra, como os Faraós do Egito (Gn 41:46) e o rei da Pérsia (Ed 1:1), mas tratando-se também de pequenos monarcas, como o rei de Jericó (Js 2:2 – cp com Jz 1:7). 4. Também se usa o título: a respeito do povo de Deus (Ap 1:6) – e da morte, como quando se diz ‘rei dos terrores’ (18:14) – e do ‘crocodilo’, como na frase ‘é rei sobre todos os animais orgulhosos’ (41:34). 5. Na história dos hebreus sucedeu o governo dos reis ao dos juizes. A monarquia, existente nos povos circunvizinhos, foi uma concessão de Deus (1 Sm 8.7 – 12.12), correspondendo a um desejo da parte do povo. Esse desejo, que já havia sido manifestado numa proposta a Gideão (Jz 8:22-23), e na escolha de Abimeleque para rei de Siquém (Jz 9:6), equivalia à rejeição da teocracia (1 Sm 8.7), visto como o Senhor era o verdadeiro rei da nação (1 Sm 8.7 – is 33:22). A própria terra era conservada, como sendo propriedade divina (Lv 25:23). Todavia, não foi retirado o cuidado de Deus sobre o seu povo (1 Sm 12.22 – 1 Rs 6.13). A monarquia assim constituída era hereditária, embora a sucessão não fosse necessariamente pela linha dos primogênitos, pois Davi nomeou Salomão como seu sucessor de preferência a Adonias, que era o seu filho mais velho nessa ocasião. A pessoa do rei era inviolável (1 Sm 24.5 a 8 – 2 Sm 1.14). Quando a coroa era colocada na cabeça do monarca, ele formava então um pacto com os seus súditos no sentido de governá-los com justiça (2 Sm 5.3 – 1 Cr 11.3), comprometendo-se os nobres a prestar obediência – e confirmavam a sua palavra com o beijo de homenagem (1 Sm 10.1). os rendimentos reais provinham dos campos de trigo, das vinhas, e dos olivais (1 Sm 8.14 – 1 Cr 27.26 a 28), e do produto dos rebanhos (1 Sm 21.7 – 2 Sm 13.23 – 1 Cr 27.29 a 31 – 2 Cr 26.10), pertencendo aos reis a décima parte nominal do que produziam os campos de trigo, as vinhas, e os rebanhos (1 Sm 8.15 e 1l). A renda do rei também se constituía do tributo que pagavam os negociantes que atravessavam o território hebraico (1 Rs 10,15) – dos presentes oferecidos pelos súditos (1 Sm 10:27 – 16.20 – 1 Rs 10.25 – Sl 72:10) – e dos despojos da guerra e as contribuições das nações conquistadas (2 Sm 8.2,7,8,10 – 1 Rs 4.21 – 2 Cr 27.5). Além disso, tinha o rei o poder de exigir o trabalho forçado, o que era para ele causa de aumentarem os seus bens. Devia, também, Salomão ter auferido lucros das suas empresas comerciais pelo mar (1 Rs 1020 – Davi, rei em Hebrom (2 Sm 2.1 a 4). 22.17,18 – 2 Sm 1.15).

    Rei
    1) Governador de um IMPÉRIO 1, (At 1:2), de um país (1Sm 8:5; Mt 2:1) ou de uma cidade-estado (Gn 14:2). Ocorrendo a morte do rei, um descendente seu o sucede no trono (1Rs 2:11-12).


    2) Título de Deus (Ml 1:14) e de Jesus (Mt 21:5; Ap 7:14; 19.16).


    3) Rei do Egito,
    v. FARAÓ.


    Reí

    (Heb. “amigável”). Um dos homens que, junto com o sacerdote Zadoque e o profeta Natã, entre outros, permaneceram fiéis ao desejo de Davi de colocar seu filho Salomão no trono, como seu sucessor (1Rs 1:8). Outro filho do rei, Adonias, tentou usurpar o reino; Salomão, entretanto, seguiu cuidadosamente os conselhos de Natã e de Zadoque e garantiu seu direito à sucessão. Para mais detalhes, veja Natã.


    Sangue

    substantivo masculino Líquido viscoso e vermelho que, através das artérias e das veias, circula pelo organismo animal, coordenado e impulsionado pelo coração.
    Por Extensão Seiva; sumo ou líquido que, num vegetal, circula no interior do seu organismo.
    Figurado Família; quem compartilha a mesma descendência ou hereditariedade.
    Figurado A existência; a ação de permanecer vivo: deram o sangue pela causa!
    Figurado Vigor; energia, força e vitalidade: a empresa contratou sangue novo.
    Figurado Violência; excesso de confrontos físicos; em que há morte: só se via sangue naquele espetáculo.
    Por Extensão Menstruação; eliminação mensal de sangue proveniente do útero.
    [Teologia] A natureza, contrapondo-se à graça.
    Etimologia (origem da palavra sangue). Do latim sanguen.inis.

    Aparece pela primeira vez mencionado no caso do assassinato de Abel (Gn 4:10). Comer carne com sangue era coisa proibida (Gn 9:4), e essa proibição foi de um modo especial estabelecida na Lei (Lv 17:10-12), e tratada pela igreja cristã (At 15:20-29). o derramamento de sangue no sacrifício era ato freqüente no ritual hebraico. o uso de sangue na Páscoa (Êx 12:7-13) era o mais significativo destes atos, pondo o fato em relação com a obra de Jesus. Em Hb 9:10 são os antigos sacrifícios contrapostos ao ‘único sacrifício pelos pecados’, oferecidos por Jesus. Noutros lugares trata-se de um modo particular do sangue derramado na cruz do Calvário (e.g. Rm 5:9Ef 1:7Cl 1:20 – 1 Pe 1.19 – 1 Jo 1:7Ap 1:5). o termo sangue tem um certo número de significações secundárias. ‘Carne e sangue’ significa a natureza humana, contrastando com o corpo espiritual dado aos crentes 1Co 15:50) ou quer dizer a humanidade em contraste com Deus (Gl 1:16). A causa ‘entre caso e caso de homicídio’ (Dt 17:8) envolvia pena capital, se o caso estava satisfatoriamente averiguado.

    [...] é, provavelmente, o veículo da vida e, assim sendo, concebe-se que o corpo espiritual carregue consigo elementos vitais. [...]
    Referencia: WYLM, A• O rosário de coral: romance baseado na fenomenologia psíquica• Trad• de Manuel Quintão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1983• - pt• 2


    Sangue
    1) Líquido que circula no coração, artérias e veias, contendo em si a vida (Gn 9:4)

    2) Morte violenta (Mt 27:24-25) , na cruz (Rm 5:9); (Cl 1:20);
    v. NTLH).

    3) Morte espiritual (At 18:6); 20.26;
    v. NTLH).

    Sangue Símbolo da vida. Os sacrifícios do Antigo Testamento exigiam, na maior parte, o derramamento de sangue (Lv 17:10-14; Dt 12:15-16); também seu aproveitamento — incluindo animais não dessangrados — era proibido aos israelitas, mas não aos gentios que viviam entre eles (Dt 12:16-24; 14,21). A expressão carne e sangue refere-se ao ser humano em sua condição terrena (Mt 16:17). O sangue de Jesus — derramado pela humanidade (Mt 26:28; Mc 14:24; Lc 22:20) — é o fundamento sobre o qual se obtém o perdão dos pecados.

    L. Morris, The Cross...; C. Vidal Manzanares, El judeocristianismo...; Idem, Diccionario de las tres...


    Tarde

    substantivo feminino Parte do dia que vai do meio-dia ao começo da noite: a tarde está linda.
    advérbio Depois da hora marcada: chegou tarde à reunião.
    A uma hora avançada da noite: dormiu tarde.
    locução adverbial À tarde, depois do meio-dia e antes do anoitecer: trabalho à tarde.
    Mais tarde, posteriormente, em ocasião futura: volte mais tarde.
    Antes tarde do que nunca, expressão de agrado pelo que acontece depois de longamente esperado.
    Figurado Ser tarde, já não haver remédio ou solução (para alguma coisa), por haver chegado fora de tempo: agora é tarde para arrependimento.

    tarde adv. 1. Fora do tempo ajustado, conveniente ou próprio. 2. Próximo à noite. S. f. Parte do dia entre as 12 horas e o anoitecer.

    Tarde Começo da noite ou fim da primeira vigília (Mt 28:1; Mc 11:19; 13,35).

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    I Reis 22: 35 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E a peleja foi crescendo naquele dia, e o rei foi sustentado de pé no carro, defronte dos sírios; porém ele morreu ao pôr do sol; e o sangue da ferida corria para o fundo do carro.
    I Reis 22: 35 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    853 a.C.
    H1818
    dâm
    דָּם
    sangue
    (of the blood)
    Substantivo
    H1931
    hûwʼ
    הוּא
    ele / ela / o / a
    (it)
    Pronome
    H1961
    hâyâh
    הָיָה
    era
    (was)
    Verbo
    H2436
    chêyq
    חֵיק
    dentro
    (inside)
    Substantivo
    H3117
    yôwm
    יֹום
    dia
    (Day)
    Substantivo
    H3332
    yâtsaq
    יָצַק
    derramar, escorrer, fundir, transbordar
    (and poured)
    Verbo
    H413
    ʼêl
    אֵל
    até
    (unto)
    Prepostos
    H4191
    mûwth
    מוּת
    morrer, matar, executar
    (surely)
    Verbo
    H4347
    makkâh
    מַכָּה
    golpe, ferida, matança
    (plagues)
    Substantivo
    H4421
    milchâmâh
    מִלְחָמָה
    de / da guerra
    (of war)
    Substantivo
    H4428
    melek
    מֶלֶךְ
    rei
    (king)
    Substantivo
    H4818
    merkâbâh
    מֶרְכָּבָה
    ()
    H5227
    nôkach
    נֹכַח
    estar na frente de adv
    (on behalf of)
    Advérbio
    H5927
    ʻâlâh
    עָלָה
    subir, ascender, subir
    (there went up)
    Verbo
    H5975
    ʻâmad
    עָמַד
    ficou
    (stood)
    Verbo
    H6153
    ʻereb
    עֶרֶב
    a noite
    (the evening)
    Substantivo
    H7393
    rekeb
    רֶכֶב
    uma parelha, carro, carruagem, moinho, cavaleiros
    (chariots)
    Substantivo
    H758
    ʼĂrâm
    אֲרָם
    a nação Arã ou Síria
    (and Aram)
    Substantivo


    דָּם


    (H1818)
    dâm (dawm)

    01818 דם dam

    procedente de 1826 (veja 119), grego 184 Ακελδαμα; DITAT - 436; n m

    1. sangue
      1. referindo-se ao vinho (fig.)

    הוּא


    (H1931)
    hûwʼ (hoo)

    01931 הוא huw’ do qual o fem. (além do Pentateuco) é היא hiy’

    uma palavra primitiva; DITAT - 480 pron 3p s

    1. ele, ela
      1. ele mesmo, ela mesma (com ênfase)
      2. retomando o suj com ênfase
      3. (com pouca ênfase seguindo o predicado)
      4. (antecipando o suj)
      5. (enfatizando o predicado)
      6. aquilo, isso (neutro) pron demons
    2. aquele, aquela (com artigo)

    הָיָה


    (H1961)
    hâyâh (haw-yaw)

    01961 היה hayah

    uma raiz primitiva [veja 1933]; DITAT - 491; v

    1. ser, tornar-se, vir a ser, existir, acontecer
      1. (Qal)
        1. ——
          1. acontecer, sair, ocorrer, tomar lugar, acontecer, vir a ser
          2. vir a acontecer, acontecer
        2. vir a existir, tornar-se
          1. erguer-se, aparecer, vir
          2. tornar-se
            1. tornar-se
            2. tornar-se como
            3. ser instituído, ser estabelecido
        3. ser, estar
          1. existir, estar em existência
          2. ficar, permanecer, continuar (com referência a lugar ou tempo)
          3. estar, ficar, estar em, estar situado (com referência a localidade)
          4. acompanhar, estar com
      2. (Nifal)
        1. ocorrer, vir a acontecer, ser feito, ser trazido
        2. estar pronto, estar concluído, ter ido

    חֵיק


    (H2436)
    chêyq (khake)

    02436 חיק cheyq ou חק cheq e חוק chowq

    procedente de uma raiz não utilizada aparentemente significando cercar; DITAT - 629a; n m

    1. peito, oco, fundo, meio

    יֹום


    (H3117)
    yôwm (yome)

    03117 יום yowm

    procedente de uma raiz não utilizada significando ser quente; DITAT - 852; n m

    1. dia, tempo, ano
      1. dia (em oposição a noite)
      2. dia (período de 24 horas)
        1. como determinado pela tarde e pela manhã em Gênesis 1
        2. como uma divisão de tempo
          1. um dia de trabalho, jornada de um dia
      3. dias, período de vida (pl.)
      4. tempo, período (geral)
      5. ano
      6. referências temporais
        1. hoje
        2. ontem
        3. amanhã

    יָצַק


    (H3332)
    yâtsaq (yaw-tsak')

    03332 יצק yatsaq

    uma raiz primitiva; DITAT - 897; v

    1. derramar, escorrer, fundir, transbordar
      1. (Qal)
        1. derramar, transbordar
        2. fundir
        3. escorrer
      2. (Hifil) derramar, transbordar
      3. (Hofal)
        1. ser derramado
        2. fundido, moldado (particípio)
        3. estar firmemente estabelecido (particípio)

    אֵל


    (H413)
    ʼêl (ale)

    0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

    partícula primitiva; DITAT - 91; prep

    1. para, em direção a, para a (de movimento)
    2. para dentro de (já atravessando o limite)
      1. no meio de
    3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
    4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
    5. em adição a, a
    6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
    7. de acordo com (regra ou padrão)
    8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
    9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

    מוּת


    (H4191)
    mûwth (mooth)

    04191 מות muwth

    uma raiz primitiva; DITAT - 1169; v

    1. morrer, matar, executar
      1. (Qal)
        1. morrer
        2. morrer (como penalidade), ser levado à morte
        3. morrer, perecer (referindo-se a uma nação)
        4. morrer prematuramente (por negligência de conduta moral sábia)
      2. (Polel) matar, executar, despachar
      3. (Hifil) matar, executar
      4. (Hofal)
        1. ser morto, ser levado à morte
          1. morrer prematuramente

    מַכָּה


    (H4347)
    makkâh (mak-kaw')

    04347 מכה makkah ou (masc.) מכה makkeh

    procedente de 5221; DITAT - 1364d; n f p

    1. golpe, ferida, matança
      1. golpe, flagelo
      2. pancada, chaga
      3. ferida
      4. matança
      5. derrota, conquista
      6. praga

    מִלְחָמָה


    (H4421)
    milchâmâh (mil-khaw-maw')

    04421 מלחמה milchamah

    procedente de 3898 (no sentido de luta); DITAT - 1104c; n f

    1. batalha, guerra

    מֶלֶךְ


    (H4428)
    melek (meh'-lek)

    04428 מלך melek

    procedente de 4427, grego 3197 Μελχι; DITAT - 1199a; n m

    1. rei

    מֶרְכָּבָה


    (H4818)
    merkâbâh (mer-kaw-baw')

    04818 רכבהמ merkabah

    procedente de 4817; DITAT - 2163f; n f

    1. carruagem

    נֹכַח


    (H5227)
    nôkach (no'-kakh)

    05227 נכח nokach

    procedente da mesma raiz que 5226; DITAT - 1365a subst

    1. estar na frente de adv
    2. na frente de, oposto a, à vista de, diante, defronte, direto prep
    3. defronte de, na frente de, em favor de, bem na frente de

    עָלָה


    (H5927)
    ʻâlâh (aw-law')

    05927 עלה ̀alah

    uma raiz primitiva; DITAT - 1624; v

    1. subir, ascender, subir
      1. (Qal)
        1. subir, ascender
        2. encontrar, visitar, seguir, partir, remover, retirar
        3. subir, aparecer (referindo-se a animais)
        4. brotar, crescer (referindo-se a vegetação)
        5. subir, subir sobre, erguer (referindo-se a fenômeno natural)
        6. aparecer (diante de Deus)
        7. subir, subir sobre, estender (referindo-se à fronteira)
        8. ser excelso, ser superior a
      2. (Nifal)
        1. ser levado para cima, ser trazido para cima, ser levado embora
        2. levar embora
        3. ser exaltado
      3. (Hifil)
        1. levar ao alto, fazer ascender ou escalar, fazer subir
        2. trazer para cima, trazer contra, levar embora
        3. trazer para cima, puxar para cima, treinar
        4. fazer ascender
        5. levantar, agitar (mentalmente)
        6. oferecer, trazer (referindo-se a presentes)
        7. exaltar
        8. fazer ascender, oferecer
      4. (Hofal)
        1. ser carregado embora, ser conduzido
        2. ser levado para, ser inserido em
        3. ser oferecido
      5. (Hitpael) erguer-se

    עָמַד


    (H5975)
    ʻâmad (aw-mad')

    05975 עמד ̀amad

    uma raiz primitiva; DITAT - 1637; v

    1. estar de pé, permanecer, resistir, tomar o lugar de alguém
      1. (Qal)
        1. ficar de pé, tomar o lugar de alguém, estar em atitude de permanência, manter-se, tomar posição, apresentar-se, atender, ser ou tornar-se servo de
        2. permanecer parado, parar (de mover ou agir), cessar
        3. demorar, atrasar, permanecer, continuar, morar, resistir, persistir, estar firme
        4. tomar posição, manter a posição de alguém
        5. manter-se de pé, permanecer de pé, ficar de pé, levantar-se, estar ereto, estar de pé
        6. surgir, aparecer, entrar em cena, mostrar-se, erguer-se contra
        7. permanecer com, tomar a posição de alguém, ser designado, tornar-se liso, tornar-se insípido
      2. (Hifil)
        1. posicionar, estabelecer
        2. fazer permanecer firme, manter
        3. levar a ficar de pé, fazer estabelecer-se, erigir
        4. apresentar (alguém) diante (do rei)
        5. designar, ordenar, estabelecer
      3. (Hofal) ser apresentado, ser levado a ficar de pé, ser colocado diante

    עֶרֶב


    (H6153)
    ʻereb (eh'-reb)

    06153 ערב ̀ereb

    procedente de 6150; DITAT - 1689a; n. m.

    1. o anoitecer, noite, o pôr do sol
      1. o anoitecer, o pôr do sol
      2. noite

    רֶכֶב


    (H7393)
    rekeb (reh'-keb)

    07393 רכב rekeb

    procedente de 7392; DITAT - 2163a; n. m.

    1. uma parelha, carro, carruagem, moinho, cavaleiros
      1. carruagem, carros
      2. carro (singular)
      3. pedra superior do moinho (como se cavalgasse a pedra de baixo)
      4. cavaleiros, tropa (de cavaleiros), cavalaria, par de cavaleiros, homens cavalgando, cavalgadores de jumentos, cavalgadores de camelos

    אֲרָם


    (H758)
    ʼĂrâm (arawm')

    0758 ארם ’Aram

    procedente do mesmo que 759; DITAT - 163 Arã ou arameus = “exaltado” n pr m

    1. a nação Arã ou Síria
    2. o povo siro ou arameu Arã = “exaltado” n m
    3. quinto filho de Sem
    4. um neto de Naor
    5. um descendente de Aser