Enciclopédia de II Reis 2:13-13

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

2rs 2: 13

Versão Versículo
ARA Então, levantou o manto que Elias lhe deixara cair e, voltando-se, pôs-se à borda do Jordão.
ARC Também levantou a capa de Elias, que lhe caíra: e voltou-se, e parou à borda do Jordão.
TB Também levantou o manto de Elias, que este deixara cair, e, voltando, pôs-se à borda do Jordão.
HSB וַיָּ֙רֶם֙ אֶת־ אַדֶּ֣רֶת אֵלִיָּ֔הוּ אֲשֶׁ֥ר נָפְלָ֖ה מֵעָלָ֑יו וַיָּ֥שָׁב וַֽיַּעֲמֹ֖ד עַל־ שְׂפַ֥ת הַיַּרְדֵּֽן׃
BKJ Ele juntou também o manto de Elias, que lhe caíra, e retornou, e parou de pé junto à margem do Jordão;
LTT Também levantou a capa de Elias, que dele caíra; e, voltando-se, pôs-se à margem do Jordão.
BJ2 Apanhou o manto de Elias, que havia caído, e voltou para a beira do Jordão, onde ficou.
VULG Inferebantur autem in descriptionibus et commentariis Nehemiæ hæc eadem : et ut construens bibliothecam congregavit de regionibus libros et prophetarum et David, et epistolas regum, et de donariis.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de II Reis 2:13

I Reis 9:26 Também o rei Salomão fez naus em Eziom-Geber, que está junto a Elate, na praia do mar de Sufe, na terra de Edom.
I Reis 19:19 Partiu, pois, Elias dali e achou a Eliseu, filho de Safate, que andava lavrando com doze juntas de bois adiante dele; e ele estava com a duodécima. Elias passou por ele e lançou a sua capa sobre ele.
II Reis 2:8 Então Elias tomou a sua capa, e a dobrou, e feriu as águas, as quais se dividiram para as duas bandas; e passaram ambos em seco.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

Região da Sefalá

VALE DO RIFTE DO JORDÃO
As forças geológicas dominantes que esculpiram as características mais proeminentes do Levante são mais visíveis no Vale do Rifte do Jordão. Estendendo-se para além do Levante, a fissura geológica é conhecida como Vale do Rifte Afro-Árabe. Um bloco rebaixado confinado por duas falhas geológicas paralelas começa no sudeste da Turquia e se estende para o sul, atravessando o Levante e chegando até o golfo de Ácaba. A partir daí, a fratura avança para o sul, numa linha que corre paralela ao mar Vermelho, até a Etiópia, resultando na separação entre a península Árabe e a África. Na base do mar Vermelho, a própria falha geológica se divide: um braço oriental faz separação entre, de um lado, a placa Árabe e, de outro, a placa Somali e o "Chifre da África" e se estende até as profundezas do oceano Indico; um braço ocidental começa a penetrar diagonalmente na Etiópia, Quênia, Uganda, Tanzânia, Malaui e Moçambique. Conhecida naqueles segmentos como o "Grande Vale do Rifte Africano", essa rachadura geológica é a responsável pela criação dos lagos mais alongados da África Oriental (Turkana, Alberto, Eduardo, Kivu, Tanganica, Malaui), pela formação do lago Vitória e por fazer a ilha de Madagascar se separar do continente africano, Aqui, entalhada na crosta terrestre, há uma falha geológica que, sozinha, estende-se continuamente por mais de 6.400 quilômetros - 60 graus de latitude ou cerca de um sexto da circunferência da Terra. Pelo que se sabe, essa falha representa também a mais profunda fissura na superfície da Terra, e o ponto mais profundo ao longo do corte continental fica às margens do mar Morto. Aí, ao lado da margem ocidental, uma sucessão de falhas secundárias, bem próximas umas das outras e que correm em paralelo com a falha principal, tem dado aos cientistas oportunidade de estudar e avaliar a profundidade de deslocamento. Perfurações demonstraram ocorrência de deslocamentos verticais que chegam 3:580 metros e testes geofísicos realizados na região têm levado a estimativas de até 7 mil metros de espessura. A região ao redor do mar Morto iá fica numa altitude extremamente baixa (420 metros abaixo do nível do mar), o que leva a se estimar que depósitos não consolidados sobre o leito cheguem abaixo do nível do Mediterrâneo, alcançando quase 7.600 metros. Em outras palavras, se alguém escavasse em certos lugares ao longo do mar Morto, encontraria apenas aluvião sedimentar descendo até aproximadamente 7.560 metros, antes de, finalmente, encontrar estratificação rochosa." Espalhando-se em todas as direções a partir desta "fissura-mãe", existem dezenas de fraturas secundárias que tornam a região ao redor um mosaico geológico; algumas dessas ramificações criaram, elas mesmas, vales laterais (Harode, Far'ah, Jezreel). De acordo com registros sismográficos, cerca de 200 a 300 "microterremotos" são atualmente registrados todos os dias em Israel. É claro que a imensa maioria desses abalos é humanamente indetectável. Às vezes, no entanto, um terremoto devastador atinge essa terra, como é o caso de alguns mencionados a seguir.


1) Há relatos de que, em 7 e 8 de dezembro de 1267, um abalo desmoronou o rochedo íngreme existente ao lado do rio Jordão, em Damiya, o que causou o represamento do Jordão durante cerca de 10 horas.

2) Por volta do meio-dia de 14 de janeiro de 1546, ocorreu um terremoto cujo epicentro foi perto da cidade samaritana de Nablus (Siquém), de novo interrompendo a vazão do rio Jordão - desta vez durante cerca de dois dias.

3) Em 1.° de janeiro de 1837, um forte terremoto, com múltiplos epicentros, atingiu Israel e Jordânia. Na Galileia, quatro mil moradores da cidade de Safed foram mortos, bem como outros mil nas regiões ao redor. Toda a aldeia de Gush Halav foi destruída. No centro de Israel, duas ruas residenciais desapareceram completamente em Nablus, e um hotel desabou em Jericó, provocando ainda mais mortes. Os dois lados do que atualmente é conhecido como ponte Allenby foram deslocados.

Até mesmo em Amã, a mais de 160 quilômetros de distância, há registros de muitos danos causados por esse tremor.
4) Em 11 de julho de 1927, houve um terremoto no início da tarde, seu epicentro parece ter sido em algum ponto do lado norte do mar MortoS Há informações de que esse tremor provocou o desabamento de um paredão de terra de 45 metros, próximo de Damiya. Esse desabamento destruiu uma estrada e represou o Jordão durante 21 horas e meia (embora esta seja uma informação de segunda mão que, em anos recentes, tem sido questionada). Não se pode excluir a possibilidade de que um acontecimento semelhante tenha ocorrido quando Israel atravessou o Jordão "a seco" (Js 3:7-17).
Depois de fazer um levantamento do Vale do Rifte do Jordão como um todo, examinemos suas várias partes.
Primeiro, a uma altitude de 2.814 metros, o monte Hermom tem uma precipitação anual de 1.520 milímetros de chuva e permanece coberto de neve o ano todo (cp. Jr 18:14).
Descendo pelas encostas ou borbulhando em seu sopé, existem centenas de fontes e regatos que se juntam para formar os quatro principais cursos d'água que dão origem ao Jordão. O curso d'água mais a oeste - Ayun (n. Bareighit) - surge perto da moderna Metulla, cidade fronteiriça israelense, e segue quase diretamente para o sul. Não longe dali, fica o curso maior, o rio Senir (n. Habani), que tem origem no lado ocidental do Hermom, em frente à aldeia libanesa de Hasbiyya. O rio Da/Leda nasce no sopé do sítio bíblico de Dá (n. Qadi), e o rio Hermom (n. Banias) aflora das cavernas próximas ao local da moderna Banyas. Quando, por fim, juntam-se para formar um único curso d'água perto do lago Hula, as águas já desceram a uma altitude aproximada de apenas 90 metros acima do nível do mar.
Prosseguindo seu fluxo descendente, as águas chegam ao mar da Galileia (Mt 4:18-15.29; Mc 1:16-7.31; Jo 6:1), que também é conhecido por outros nomes: Quinerete (Nm 34:11; Dt 3:17; Js 12:3-13.27), Genesaré (Lc 5:1), Tiberíades (Jo 6:1-21.
1) ou simplesmente "o mar" (Mt 9:1; Jo 6:16). O mar da Galileia é um lago interior de água doce com medidas aproximadas de 21 quilômetros de norte a sul, 13 quilômetros de leste a oeste e cerca de 46 metros de profundidade. A superfície desse lago fica aproximadamente 212 metros abaixo do nível do mar, o que faz com ele seja a mais baixa massa de água doce no planeta.
Flanqueado pela região montanhosa da Baixa Galileia a oeste e pelo Gola a leste, no mar da Galileia deve ter havido intensa atividade ao longo de todo o período bíblico.
Cafarnaum, próxima de onde passa a Grande Estrada Principal, revela indícios de ocupação já em 8000 a.C. e pelo menos 25 outros locais na Baixa Galileia foram ocupados já na 1dade do Bronze Inicial. Mas foi no período romano que a atividade humana na região alcançou o ápice. Os rabinos afirmavam: "O Senhor criou sete mares, mas o mar de Genesaré é seu deleite.
O mar da Galileia também deleitou Herodes Antipas, que, as suas margens, construiu a cidade de Tiberíades, com seus inúmeros adornos arquitetônicos de grandeza romana.
Nas proximidades, foram construídos banhos romanos em Hamate, um hipódromo em Magdala (Tariqueia), bem como muitas aldeias, casas suntuosas, muitas ruas pavimentadas e numerosas arcadas. Desse modo, na época do Novo Testamento, o mar estava experimentando tempos de relativa prosperidade, em grande parte relacionada com uma florescente indústria pesqueira que, estima-se, chegava a apanhar 2 mil toneladas de peixe. Em meados da década de 1980, quando o nível da água ficou bem baixo, descobriu-se mais de uma dúzia de portos romanos circundando o mar da Galileia. Essa prosperidade se reflete em vários incidentes narrados nos Evangelhos e que aconteceram perto do Mar. Por exemplo, a parábola de Jesus sobre um rico tolo que achou recomendável derrubar seus celeiros e construir outros ainda maiores foi proferida às margens do Mar (Lc 12:16-21). Sua parábola sobre o joio e o trigo gira em torno da prosperidade de um chefe de família que possuía celeiros e servos (Mt 13:24- 43). Como parte do Sermão do Monte - que, de acordo com a tradição, foi pregado na área logo ao norte de Tabga -, Jesus tratou dos assuntos: dar esmolas e acumular bens terrenos (Mt 6:1-4,19-34). E sua famosa pergunta nas proximidades de Cesareia de Filipe - "Que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua vida?" - foi dirigida a ouvintes galileus, alguns dos quais, sem dúvida alguma, possuíam grandes riquezas ou conheciam alguém que possuía (Mc 8:27-37; Lc 9:23-25).
Há uma distância em linha reta de apenas 120 quilômetros separando o mar da Galileia e o mar Morto. No entanto, entre um e outro, o rio Jordão serpenteia por cerca de 240 quilômetros (observe-se, que é possível que, da Antiguidade bíblica para cá, tenha ocorrido uma mudanca no ponto em que o Jordão entra no mar da Galileia e no ponto em que dele sai). Aí o rebaixado Vale do Rifte, às vezes chamado de "o Ghor" ("depressão"), varia de largura, entre 3,2 e 6,4 quilômetros, embora alargue nas bacias de Bete-Sea e Jericó. O próprio Jordão corre ao longo do leito sinuoso mais baixo do Ghor - atravessando uma mata fechada, baixa e emaranhada de tamargueiras, álamos e oleandros, espinheiros pontudos e toras espalhadas e podres trazidas pela água (2Rs 6:2-7). Esse leito às vezes é chamado de "floresta do Jordão" (Jr 12:5-49.19; 50.44; Zc 11:3).
Alguns textos bíblicos dão a entender que, na Antiguidade, animais selvagens habitavam essa mata fechada (1Sm 17:34-36 (implicitamente]; 2Rs 2:24; Mc 1:13). Restos de esqueletos de várias espécies de animais selvagens foram exumados do leito do vale e, em tempos modernos, viajantes relataram terem avistado, na região, leões, ursos, leopardos, lobos, chacais, hienas e uma ampla variedade de aves aquáticas.? Além disso, muitas cidades árabes modernas no vale ou nas proximidades parecem ter o nome de animais selvagens e o mapa de Medeba (um mosaico de chão, do sexto século d.C., com o desenho de um mapa - a mais antiga representação conhecida da região) mostra um leão rondando, à espreita, no vale.2 Não há nenhum indício de que, antes do sexto século d.C., tenham existido pontes cruzando o Jordão, de modo que é preciso imaginar que, durante o período bíblico, a maneira normal de atravessar o rio era a nado, algo que exigia grande esforço e era potencialmente perigoso (Jz6.33; 1Sm 13:7-31:11-13; 2Sm 2:29-10.17; 17.22; 24.5), o que provavelmente acontecia com mais frequência nos inúmeros vaus ao longo do rio (Js 2:7; Jz 3:28-12.5,6).
No fim de seu curso, o rio Jordão desaguava no mar Morto ou, tal como é chamado na Bíblia, mar Salgado (Gn 14:3; Nm 34:3-12; Dt 3:17; Js 3:16-12.3; 15.2,5; 18.9), mar da Arabá (Dt 3:17-4.49; Js 3:16-12.3; 2Rs 14:25) ou mar do Oriente (Ez 47:18: I1 2.20; Zc 14:8). O nome "mar Morto" aparece em textos gregos a partir do início do século primeiro,3 e aparentemente foi introduzido na tradição crista por meio da obra de São Jerônimo." Com a superfície da água a 420 metros abaixo do nível do mar (e baixando ainda mais ano a ano!), o mar Morto é, de longe, a depressão continental mais baixa do planeta. À guisa de comparação, a grande depressão de Turfan - que, com exceção do mar Morto, é o ponto mais baixo da Ásia continental - fica 150 metros abaixo do nível do mar. Na África, o ponto mais baixo (a depressão de Qattara, situada no Saara) está 156 metros abaixo do nível do mar. O ponto mais baixo da América do Norte (o vale da Morte, na Califórnia) se encontra 86 metros abaixo do nível do mar.
O mar Morto é um lago sem saída (sem acesso para os oceanos) que mede cerca de 16 quilômetros de largura, aproximadamente 80 quilômetros de comprimento e alcança uma profundidade de pouco mais de 300 metros em um ponto de sua bacia norte. Contrastando fortemente com isso, nos dias atuais a bacia rasa no sul não tem água, mas é quase certo que teve um mínimo de 3 a 9 metros de água durante toda a era bíblica. A altitude extremamente baixa do mar Morto cria uma imensa e extensa bacia de captação de aproximadamente 70 mil quilômetros quadrados, o que faz dele o maior sistema hidrológico do Levante em área. Antes da construção de açudes e da escavação de canais de drenagem nessa área de captação, durante o século 20.9 calcula-se que o mar Morto recebia um total de 2,757 bilhões de metros cúbicos anuais de água, o que teria exigido uma média diária de evaporação na ordem de 5,47 milhões de metros cúbicos a fim de manter um equilíbrio no nível da água. Antes que houvesse esses modernos esforços de conservação, o despejo de água apenas do sistema do rio Jordão era de cerca de 1,335 bilhão de metros cúbicos por ano, o que significa que, durante a maior parte da Antiguidade bíblica, o Baixo Jordão deve ter tido uma vazão com o volume aproximado de rios como o Colorado ou o Susquehanna, ao passo que, hoje, sua vazão é de apenas uma fração disso. O mar Morto também é o lago mais hipersalino do mundo.
A salinidade média dos oceanos é de 3,5%. O Grande Lago Salgado, nos Estados Unidos, tem aproximadamente 18% de sal, e a baía Shark, na Austrália, tem um índice de salinidade pouco superior a 20%. Mas vários fatores combinam para criar, no mar Morto, uma salinidade hídrica que vai de 26 a 35%: (1) ele é alimentado por alguns cursos d'água que têm uma salinidade incomum, passando por solo nitroso e fontes sulfurosas; (2) é contaminado pela adição de sais químicos encontrados na falha geológica que existe embaixo dele (cloreto de sódio, cloreto de cálcio. cloreto de potássio. brometo de magnésio); (3) é exposto à contaminação resultante da erosão do monte Sedom, que é um plugue de rocha salina muito profundo e massivamente poroso que se estende por 8 quilômetros ao longo de sua margem sudoeste. O elevado teor de sal impede a vida aquática no mar Morto.com exceção de uns poucos micro-organismos (bactérias simples, algas verdes e vermelhas, protozoários) descobertos recentemente  Contudo, ao longo da história, os minerais do mar Morto às vezes levaram a um aumento do valor das propriedades ao redor. Pelo menos desde o período neolítico um produto primário bastante valorizado é o betume. uma forma de petróleo endurecido por meio da evaporação e oxidação. utilizado para vedar e colar, confeccionar cestos, na medicina e na fabricação de tijolos de barro. Betume do mar Morto foi empregado como conservante em múmias do Egito antigo. Durante o período do Novo Testamento, os nabateus controlavam o comércio do betume do mar Morto, e há uma teoria de que a ânsia de Cleópatra em controlar o comércio de betume estimulou seu desejo de governar a região ao redor do mar Morto.
Também havia grande procura pelo bálsamo do mar Morto, o perfume e medicamento mais apreciado no mundo clássico.  Dizem que Galeno, o eminente médico do segundo século d.C. ligado ao famoso Asclépio, em Pérgamo, viajou de sua cidade na Ásia Menor até o mar Morto com o propósito específico de voltar com o "bálsamo verdadeiro" O cloreto de potássio, outro mineral do mar Morto, tornou-se popular no século 20 devido ao emprego na fabricação de fertilizantes químicos. Ao mesmo tempo, banhos nas fontes termominerais ao longo das margens do mar Morto tornaram-se um tratamento popular para vários problemas de pele, especialmente a psoríase. Com isso, talvez se possa dizer que, em tempos recentes, o mar Morto passou a viver. Na Antiguidade, porém, a descrição sinistra do precipício do mar Morto se reflete nas páginas das Escrituras. A destruição de Sodoma e Gomorra (Gn
19) ocorreu bem próximo desse mar. Embora haja interpretações diferentes sobre a natureza exata da destruição que caiu sobre as duas cidades, seja como erupção vulcânica seja como explosão espontânea de bolsões de betume abaixo da superfície do solo, colunas cársticas de sal (conhecidas como "mulher de L6") são um fenômeno frequente na região do mar Morto. Pode-se quase adivinhar que o deserto uivante ao redor do mar Morto deve ter proporcionado um refúgio apropriado para o fugitivo Davi (1Sm 21:31), bem como para os essênios de Qumran e os marginalizados judeus insurgentes da Primeira Revolta Judaica. Foi num lugar estéril e árido assim que Jesus enfrentou suas tentações (Mt 4:1-11); talvez esse tipo de ambiente sombrio tenha contribuído para a angústia que sofreu.
Por outro lado, o profeta Ezequiel (47.1-12; Zc
148) vislumbrou um tempo quando até mesmo as águas salgadas do mar Morto passarão por uma recriação total e não serão mais sombrias e sem vida, mas estarão plenas de vitalidade. Começando com o Sebkha (pântanos salgados) ao sul do mar Morto, o Grande Vale do Rifte forma uma espécie de vala arredondada que se estreita até chegar ao golfo de Ácaba. Ali começa a se alargar de novo, na direção do mar Vermelho, e o golfo é flanqueado por encostas escarpadas e penhascos altos que superam os 750 metros de altura. Por sua vez, no golfo de Ácaba, a apenas 1,6 quilômetro de distância desses penhascos, há abismos cuja profundidade da água ultrapassa os 1:800 metros.

PLANALTO DA TRANSJORDÂNIA
A quarta zona fisiográfica, a que fica mais a leste, é conhecida como Planalto da Transjordânia. A região do planalto ladeia imediatamente a Arabá, e é chamada na Bíblia de "além do Jordão" (Gn 50:10; Nm 22:1; Dt 1:5; Js 1:14-1Sm 31.7; 1Cr 12:37). No geral, a topografia da Transjordânia é de natureza mais uniforme do que a da Cisjordânia. A elevada chapada da Transjordânia tem cerca de 400 quilômetros de comprimento (do monte Hermom até o mar Vermelho), de 50 a 130 quilômetros de largura e alcança altitudes de 1.500 metros acima do nível do mar. A sua significativa precipitação escavou quatro desfiladeiros profundos e, em grande parte, laterais, ao longo dos quais correm os rios Yarmuk, Jaboque, Arnom e Zerede. Cobrindo uma base de arenito que fica exposta nessas quatro ravinas cavernosas e em uns poucos segmentos no sul, no norte a superfície da Transjordânia é composta basicamente de calcário, com uma fina camada de basalto cobrindo a área ao norte do Yarmuk. A região elevada prossegue na direção sul com afloramentos de granito que formam o muro oriental da Arabá. Por esse motivo, na época de atividade agrícola, as regiões do norte da Transjordânia são férteis, pois o solo mais bem irrigado consegue produzir grandes quantidades de diferentes cereais, especialmente trigo (cp. Am 4:1-3). Durante o periodo romano. essa região produziu e forneceu cereais para toda a província siro-palestina. A leste do principal divisor de águas, que fica a uma altitude de cerca de 1.800 metros e a uma distância entre 25 e 65 quilômetros do Rifte do Jordão, há uma transicão repentina da estepe para o deserto Oriental. Por exemplo, muitas partes do domo de Gileade têm grande quantidade de fontes e ribeiros com boa; agua potável, ao passo que a leste do divisor de águas há necessidade de cisternas. A abundância sazonal das plantações de cereais cede lugar para a pastagem superficial e intermitente de que se alimentam os animais pertencentes aos nomades migrantes.

UMA TERRA SEM RECURSOS
A terra designada para o Israel bíblico possui bem poucos recursos físicos e econômicos. Ela não contem praticamente nenhum metal precioso (pequenas quantidades de minério de cobre de baixo valor e um pouco de ferro e manganês) e uma gama bem limitada de minerais (alguns da área do mar Morto tendem a evaporar). Descobriu-se gás natural no Neguebe. Apesar de repetidas afirmações em contrário, ali não foram encontrados campos significativos de petróleo. A terra tem escassos recursos de madeira de lei e não tem suprimento suficiente de água doce (v. seções seguintes sobre hidrologia e arborização).
Região da Defalá
Região da Defalá
A falha Geológica afro-árabe
A falha Geológica afro-árabe
O Mar da Galileia
O Mar da Galileia
O Mar Morto
O Mar Morto

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

JORDÃO

Atualmente: ISRAEL
Constitui a grande fenda geológica O Rift Valley, que se limita no sentido norte-sul, pela costa mediterrânea ao ocidente, e pela presença do grande deserto ao oriente, divide a região em duas zonas distintas: a Cisjordânia, entre o rio Jordão e o Mar Mediterrâneo, onde se localiza o atual Estado de ISRAEL e a Transjordânia entre o rio Jordão e o deserto Arábico, que corresponde a atual Jordânia. Neste vale, ocorre um sistema hidrográfico que desemboca no Mar Morto. As nascentes principais do rio Jordão são três. A primeira nasce em Bânias, no monte Hermom (2814 m), que é a última elevação da cordilheira do Antilíbano e serve de marco divisório entre Israel e Líbano. Neste vale ficava a cidade de Cesaréia de Filipe, capital da tetrarquia deste principe herodiano. A segunda nascente do Jordão, mais a oeste, é Ain Led dan, próximo às ruinas de Dâ (Tel Dan), hoje, um Parque Nacional. E a terceira é o Hasbani, arroio que desce de Begaa no Líbano. Os três formavam o lago Hule – hoje seco e com suas águas canalizadas. A seus lados emergem colinas verdes que dão início aos sistemas montanhosos da Galiléia e de Basã na Cisjordânia e na Transjordânia, respectivamente. A partir daí o Jordão se estreita numa paisagem de basaltos em plena fossa tectônica, e desce em corredeiras desde o nível do Mediterrâneo, até o Mar da Galiléia, a 211 metros abaixo do nível do mar. Fatos citados: a travessia para entrar em Canaâ no tempo de Josué, a cura de Naamã, a vida de João Batista, que nesse rio batizou Jesus.
Mapa Bíblico de JORDÃO



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de II Reis Capítulo 2 do versículo 1 até o 25
I. NARRATIVA DE ELIAS-Eliseu, II REIS 2:1-25

O historiador deixa de lado a narrativa sobre a história dos reis e volta a sua aten-ção para o término da grande missão de Elias, e o início do ministério de seu sucessor. Essa seção retorna à vida de Eliseu, que deixou de ser mencionado desde a breve intro-dução de I Reis 19:19-21.

1. A Despedida de Elias (2:1-12)

O Espírito de Deus havia revelado a Elias, a Eliseu e aos jovens profetas que estava próxima a hora em que o primeiro partiria da terra (1,3,5). Sabes que o Senhor, hoje, tomará o teu senhor por de cima da tua cabeça? (3) é uma frase que pode ser traduzida como: "O Senhor vai levar o seu mestre antes de vocês" (Berk). Elias e Eliseu partiram de Gilgal (1; Jiljulieh na região montanhosa, cerca de 11 quilômetros ao norte de Betel) para Betel (2), Jericó (4) e um lugar próximo do Jordão (7). Embora os jovens profetas tivessem recebido uma revelação sobre a transladação de Elias para o céu, eles não tiveram o privilégio de se despedir pessoalmente — mas ficaram de longe.

  • O último pedido de Eliseu (2:9-10). "Peço-te que haja porção dobrada de teu espí-rito sobre mim" (9; hebraico). Essa frase tem sido muitas vezes mal interpretada como um pedido para receber o dobro do Espírito que estava na vida de Elias, e os maiores milagres que ele realizou foram considerados como indicação dessa assertiva. No entan-to, esse pedido estava baseado em Deuteronômio 21:15-17, onde a mesma expressão porção dobrada (9) é aplicada àquilo que o primogênito recebia da herança de seu pai. Eliseu se considerava o primogênito de Elias, o "filho do profeta" porque havia sido cha-mado para sucedê-lo como líder (cf. I Reis 19:19-21). Ele também estava profundamente preocupado porque passaria a ter aquele importante Espírito na qualidade de primogênito. A resposta de Elias era que não podia conceder esse pedido; somente Deus tinha o poder para tanto. Porém, se o Senhor permitisse a Eliseu presenciar a sua subida ao céu, então ele receberia a "porção dobrada" (10).
  • Elias é tomado em um rodamoinho (2:11-12). Quando os dois caminhavam juntos, Elias foi levado para o céu. Esse fenômeno de fogo que apareceu com cavalos e carrua-gens, era uma característica das revelações especiais de Deus (cf. Êx 19:16-25; 51 18:7-15). Eliseu recebeu a permissão de testemunhar essa translação e, clamando disse: Meu pai, meu pai (12). Esta atitude demonstra o reconhecimento por parte de Eliseu de que Elias era o seu líder espiritual e o seu reverenciado predecessor.
  • 2. Eliseu Veste o Manto de Elias (2:12-25)

    O manto de Elias caiu onde Eliseu podia apanhar. A disponibilidade do manto au-tenticava que Eliseu havia recebido a "porção dobrada". Na verdade, ele representava o endosso de Deus como sucessor de Elias e o símbolo de que o poder do Senhor permane-ceria nele, da mesma forma como havia se estabelecido em Elias. Ao retornar, Eliseu feriu as águas (14) do Jordão, como Elias havia feito anteriormente (cf. 8). Ele foi, então, aceito como o novo líder dos profetas de Jericó (15). Ele permitiu a um grupo satisfazer sua curiosidade a respeito da partida de Elias, pois eles achavam que o velho profeta havia sido lançado em algum dos montes ou em algum dos vales (15). Ele usou sal para purificar uma fonte em Jericó, cuja água era imprópria para beber e irrigar. Até ao dia de hoje (22) poderia significar até o dia em que o historiador vivia.

    Os versículos 1:15 realçam a "porção dobrada". No registro da Bíblia Sagrada sobre a profunda experiência de Eliseu com Deus, podemos ver: (1) Um homem de Deus percebeu sua necessidade diante de suas maiores responsabilidades, 1-3; (2) ele era atento e persis-tente, 2-6; (3) ele enxergou o poder de Deus na vida de outra pessoa, 7,8; (4) ele foi determi-nado em sua solicitação, 9,10; (5) ele atendeu as condições prescritas, 10-12; (6) ele exerceu a fé e recebeu a promessa, 13,14; e (7) seus seguidores reconheceram a diferença, 15.
    A pergunta de Eliseu: "Onde está o Senhor, Deus de Elias?" (14) é muito signifi-cativa. O Dr. J. B. Chapman costumava explicar que Eliseu tinha o manto, símbolo da função de profeta, mas ele precisava também ter a presença do Senhor dentro de si. As lições da vida de Eliseu podem ser resumidas em relação a essa grande frase. (1) O Senhor de Elias é um Deus que dispensa cuidados providenciais, I Reis 17; (2) O Senhor de Elias é um Deus que responde através do fogo, I Reis 18:1-40; (3) O Senhor de Elias é um Deus que ouve as orações, I Reis 18:41-46; (4) O Senhor de Elias ainda é o Deus da árvore de "zimbro", 1 Reis 19:4-18; e (5) O Senhor de Elias derrama o seu precioso Espírito sobre os seus servos 2:9-12.

    Ao voltar a Betel, Eliseu foi recebido por um grupo de rapazes que o ridicularizaram (23) – ne`arim qetannim, "jovens ou meninos". Ele proferiu uma maldição sobre eles em nome do Senhor, depois da qual duas ursas saíram do bosque e os atacaram. Não sabe-mos como reconciliar completamente esse incidente com o caráter de Deus ou com a bondade do profeta. Se tal reconciliação for possível, devemos entender que os meninos eram suficientemente crescidos para responder moralmente. Keil sugeriu que Eliseu pronunciou essa maldição a fim de vingar a honra do Senhor que havia sido ofendida quando os jovens proferiram aquelas palavras para insultá-lo39. Em seguida, ele foi ao monte Carmelo (25), provavelmente para estar a sós ou visitar outro grupo de profe-tas. Depois, Eliseu retornou a Samaria, pois Jezabel lá estava, e os filhos de Acabe havi-am se inclinado à adoração a Baal. Dessa forma, o grandioso poder de Deus havia se manifestado através de Eliseu desde o início de sua liderança sobre os profetas. Vemos aqui uma notável confirmação de que ele havia sido escolhido como o sucessor de Elias.

    3. Os "Filhos dos Profetas"

    Entendemos que a expressão filhos dos profetas (3) se refere a uma corporação ou ordem de profetas na antiga nação de Israel que, segundo parece, surgiu primeiramente na época de Samuel e de Saul (cf. 1 Sm 10:9-13). Samuel foi, sem dúvida, o fundador das corporações proféticas'. Eles aparecem de forma proeminente nos livros dos Reis duran-te a época de Elias e de Eliseu (1 Rs 18.4; 20.35; e 2 Rs 2, passim). Aparentemente, eles formavam grupos de pessoas que, tendo sido chamadas ao ministério profético, haviam estudado e aprendido com grandes profetas como Samuel, Elias, Eliseu, Isaías (cf. Is 8:16) e outros. Conforme está indicado nesse capítulo, eles viviam em grupos nas cidades escolhidas, entre elas Betel, Jericó e Gilgal.


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de II Reis Capítulo 2 versículo 13
    O manto de Elias, recolhido por Eliseu, era o sinal da presença do Espírito do SENHOR nele (conforme v. 15).

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de II Reis Capítulo 2 do versículo 1 até o 25
    *

    2:1

    ao céu por um redemoinho. Na Bíblia somente Elias e Enoque (Gn 5:24) foram privilegiados de não morrerem mas serem levados diretamente para o céu.

    Gilgal. Localizado ao oeste do Jordão, perto de Jericó.

    * 2:2

    Betel. Betel era uma das principais cidades das terras altas centrais (1Rs 12:29, nota).

    * 2:8

    feriu as águas. Elias, tal como Moisés e Josué, antes dele, testificou a divisão das águas, o que permitiu aos escolhidos de Deus passarem em segurança para o outro lado, caminhando em terra seca (Êx 14:21,22; Js 3:14-17).

    * 2:9

    porção dobrada. Em Israel, o filho mais velho recebia uma partilha dupla da herança da família, e também tinha o direito de suceder a seu pai (Dt 21:17). O desejo de Eliseu de receber "porção dobrada" do espírito de Elias foi, por conseguinte, um pedido ousado de levar adiante o ministério de Elias.

    * 2:10

    Dura coisa pediste. Não dependia de Elias, mas cabia a Deus determinar se seria atendido o ousado pedido de Eliseu.

    * 2:11

    um carro de fogo, com cavalos de fogo. Os auxiliares celestes de Deus escoltaram Elias ao céu, por meio de um "redemoinho". O fogo aparece por diversas vezes no ministério de Elias, como um sinal do poder todo-consumidor de Deus (1.10,12,14; 1Rs 18:38; conforme 1Rs 19:12).

    * 2:12

    Meu pai, meu pai. Esse título respeitoso endereçada a uma pessoa de autoridade (Gn 45:8; Jz 17:10 e Mt 23:9) seria usado mais tarde com Eliseu (6.21; 13.14). O profeta Malaquias declarou que Elias retornaria antes da vinda do "dia do SENHOR" (Ml 4:5 e nota). Elias prepararia o povo para o ministério do Senhor (1.8, nota).

    * 2:13

    levantou o manto. Antes, Elias tinha lançado seu manto sobre Eliseu, como sinal de que Eliseu seria o seu sucessor (1Rs 19:19). Agora o que tinha sido prometido se cumpriu.

    * 2:14

    elas se dividiram... e Eliseu passou. Deus designou Josué como o sucessor aprovado de Moisés (Nm 27:12-23; Dt 31:1-8; 34:9; Js 1:1-9), levando-o a liderar o povo para o outro lado do rio Jordão e entrar na Terra Prometida, tal como Moisés levara o povo de Israel a atravessar o mar Vermelho (Êx 14 e 15; Js 3). Agora Deus nomeia Eliseu como sucessor de Elias, dividindo as águas do rio Jordão tal como fizera com Elias (v. 8).

    * 2:15

    os discípulos dos profetas... se prostraram diante dele em terra. Ver nota em 1Rs 20:35.

    * 2:19

    Os homens da cidade. Esses homens, com toda a probabilidade, eram os líderes de Jericó (v. 18).

    * 2:20

    prato novo. Um prato novo estaria isento de qualquer impureza cerimonial.

    ponde nele sal. O termo aqui ressalta o aspecto preservador do sal, e é um símbolo apropriado de como Deus é fiel às suas promessas e que sustenta o seu povo (Lv 2:13; Nm 18:19; 2Cr 13:5; Ez 43:24; Mt 5:13; Mc 9:49,50).

    * 2:23

    calvo. Pode ser que os jovens estivessem comparando, sarcasticamente, Eliseu com o mestre Elias, o qual era "coberto de pêlos" (1.8), e desafiando-o a "subir" ao céu, da mesma forma que Elias tinha feito (v. 11).

    * 2:24

    e os amaldiçoou. Eliseu, em seu ministério, era caracteristicamente compassivo para com os arrependidos e duro e severo para com os obstinados. A morte dos jovens de Betel tornou-se outra manifestação pública do poder de Deus presente em seu porta-voz, Eliseu (vs. 14,21).


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de II Reis Capítulo 2 do versículo 1 até o 25
    2:3 "Os filhos dos profetas" formavam parte de algo assim como uma escola, um conjunto de discípulos reunidos ao redor de um profeta reconhecido como o eram Elías ou Eliseu. Estas companhias de profetas estavam localizadas ao longo da nação, para ajudar a conter a maré de decadência espiritual e moral que começou sob o governo do Jeroboam. Os estudantes no Bet-a foram testemunhas oculares da sucessão do ministério profético do Elías ao Eliseu.

    2:8 O manto do Eliseu era um símbolo de sua autoridade como profeta.

    2:9 Eliseu pediu uma dobro porção do espírito do Elías (ministério profético). Dt 21:17 nos ajuda a explicar a petição do Eliseu. De acordo com o costume, o primogênito recebia uma dobro porção da herança do pai (veja-a nota a Gn 25:31). Eliseu estava pedindo ser herdeiro do Elías, ou sucessor, que continuaria com o trabalho do Elías como líder dos profetas. Mas a decisão de conceder a petição do Eliseu dependia de Deus. Elías só lhe mencionou como se daria conta se essa petição era outorgada.

    2:9 Deus concedeu ao Eliseu sua petição porque seus motivos eram puros. Sua meta principal não era a de ser melhor ou mais capitalista que Elías, a não ser obter mais para Deus. Se nossos motivos forem puros, não devemos ter medo de pedir a Deus grandes costure. Quando pedimos a Deus grande poder ou habilidade, precisamos examinar nossos desejos e nos desfazer de qualquer egoísmo que encontremos. A fim de ter a ajuda do Espírito Santo, devemos estar dispostos a pedi-la.

    2:11 Elías foi levado aos céus sem morrer. É a segunda pessoa nas Escrituras que teve essa experiência. Enoc foi o primeiro (Gn 5:21-24). Possivelmente os outros profetas não viram deus levar-se ao Elías, ou possivelmente foi difícil para eles acreditar o que viram. Em qualquer caso, quiseram procurar o Elías. O não encontrar um rastro física do Elías confirmaria o que aconteceu e fortaleceria sua fé. A única pessoa levada aos céus em corpo foi Jesus, depois de sua ressurreição (At 1:9).

    2.13-25 Estes três incidentes foram testemunhos da comissão do Eliseu como profeta de Deus. São registrados para demonstrar o novo poder e autoridade do Eliseu como chefe dos profetas do Israel sob o poder e autoridade supremos de Deus.

    2:14 Quando Eliseu golpeou a água, não foi por falta de respeito a Deus ou ao Elías. Foi uma súplica a Deus para que confirmasse que O tinha designado sucessor do Elías.

    2.23, 24 Estes moços que se burlavam eram do Bet-o, o centro religioso da idolatria no reino do norte, provavelmente estavam advertindo ao Eliseu que não falasse de sua imoralidade como Elías o tinha feito. Não só estavam incomodando ao Eliseu por ser calvo, mas também estavam mostrando uma grande falta de respeito pela mensagem do Eliseu e pelo poder de Deus. Além disso também deveram haver-se burlado devido a sua incredulidade sobre o carro de fogo que se levou ao Elías. Eliseu os amaldiçoou mas não chamou os ursos que foram enviados como julgamento de Deus.

    2.23-24 Estes jovens se burlaram do mensageiro de Deus e pagaram por isso com suas vidas. O burlar-se dos líderes religiosos foi um esporte popular através dos tempos. O levantar-se a favor de Deus significa ser diferente ao mundo e vulnerável ao abuso verbal. Quando somos cínicos e sarcásticos contra os líderes religiosos, estamos em perigo de nos burlar não só do homem, mas também de sua mensagem espiritual. Precisamos orar por nossas líderes, não rir deles. deve-se escutar, respeitar e respirar aos verdadeiros líderes que seguem a Deus em seu ministeri


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de II Reis Capítulo 2 do versículo 1 até o 25

    2. Sucede Eliseu Elias (


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de II Reis Capítulo 2 do versículo 1 até o 25
  • O carro de fogo (cap. 2)
  • Em 1Rs 19:20, Eliseu prometeu seguir Elias fielmente; e ele fez isso apesar das chances que teve para partir. Ele serviu a seu mestre du-rante cerca de dez anos, quando foi informado de que Elias o deixaria. Se Eliseu tivesse seguido o cami-nho mais fácil e ficado para trás, perdería todas as bênçãos dos ver-sículos 9:15. Vale a pena ser fiel ao chamado do Senhor. Veja Deutero- nômio21:17 a respeito da "porção dobrada" do versículo 9. Anos an-tes, Elias quisera morrer no deserto. Que coisa magnífica Deus não ter atendido àquele pedido! Em vez disso, o profeta foi levado ao céu em um redemoinho. O Senhor sem-pre dá o melhor às pessoas que dei-xam a escolha por conta dele. Eliseu recebeu uma porção dobrada do Es-pírito porque viu a ascensão glorio-sa de seu mestre. No versículo 12, Eliseu compara Elias ao exército de

    Israel-, ele era mais 1mportante para a segurança da nação que os carros e os cavalos. Veja também 13:14.

    Eliseu pegou o manto de Elias (veja 1Rs 19:19) e teve coragem de crer em Deus para ter o poder de fazer o impossível. Uma coisa era atravessar o Jordão com Elias, e ou-tra bem diferente era caminhar pela fé por si mesmo. Contudo, quando você confia no "Deus de Elias", não precisa ter Elias junto a si. Esse pri-meiro milagre provou para os discí-pulos dos profetas que Eliseu era o verdadeiro profeta do Senhor, e eles o honraram. No entanto, eles não , 'tinJíam muita certeza de que Elias 'realmente se fora. Os versículos 16:18 apresentam a descrença e a in-sensatez deles. Essa é uma imagem das pessoas de hoje que duvidam da ressurreição e ascensão corpórea de Cristo e que questionam o futuro ar- rebatamento dos santos. A cura das águas com o uso de sal é quase um contraste ao milagre de Elias de parar as chuvas durante três anos e meio.

    Os versículos 23:25 confun-dem algumas pessoas. Tenha em mente que eles eram rapazes, não crianças, e, por isso, responsáveis por seus atos. Betei era o quartel- general da idolatria (1Rs 12:28-11); esse lugar sagrado foi profanado, e

    os rapazes realmente zombavam da Palavra do Senhor e de seus servos. O fato de haver 42 deles reunidos sugere um plano premeditado. Cha-mar o profeta de "calvo" era uma das formas mais baixas de insultos, e a palavra "sobe" era a forma de ridicularizarem a subida de Elias ao céu. As ursas despedaçaram-nos, mas não sabemos se eles foram mortos. Isso era uma repreensão divina a uma atitude irreverente de homens maus que deveríam ter um melhor conhecimento das coisas.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de II Reis Capítulo 2 do versículo 1 até o 25
    2.3 Os discípulos dos profetas. Nos dias de Elias e de Eliseu, existiam várias "Escolas de Profetas”. Não se faz claro, exatamente, o que nelas se estudava, mas compreende-se que eram centros de treinamento espiritual, provavelmente sob a autoridade de Elias; a Escola em Gilgal tinha uma vida comunitária, completa e independente (4:38-44). Aqui Elias está fazendo sua visita de despedida a três escolas: Gilgal, Betel e Jericó.

    2.6 Não te deixarei. O teste final da fidelidade de Eliseu estava sendo feito antes de sua nomeação definitiva como sucessor de Elias (1Rs 19:16), o ponto culminante do teste seria o de presenciar o milagre do arrebatamento do seu líder, e, assim, naquele dramático momento, tomar consciência da sua vocação profética (9.13).

    • N. Hom. 2.8 Deus permitira ao povo hebreu passar a seco pelo rio Jordão, na ocasião de tomar posse da Terra Prometida (Js 3:7-6); o espírito do Povo Escolhido estava agora concentrado num indivíduo que recebia o mesmo privilégio que o povo outrora recebera, quando ainda fiel e obediente (Js 1:17-6). Assim como Elias ficara quase sozinho naquela nação apóstata (1Rs 19:14), Jesus Cristo haveria de encarnar e concentrar em si mesmo a missão divina de reconciliar os homens perdidas com Deus.

    2.9 Porção dobrada. Não quer dizer que Eliseu pretendia ter duas vezes o poder de Elias, mas sim, estava querendo ser herdeiro da missão profética de Elias, e por isso, a porção dupla era a herança do primogênito, comparada com a dos demais filhos.

    2.11 Um carro de fogo. O carro era a mais poderosa máquina de guerra daquela época, e o fogo a força mais destruidora que a ciência conhecia; conclui-se que esta era a manifestação do poder de Deus numa forma visível, que impressionaria profundamente a Eliseu. Era uma despedida digna de um homem que invocara o fogo dos céus em duas épocas cruciais (1Rs 18:36-11). Num redemoinho. O mesmo tipo de vento forte que Elias presenciara no Monte Horebe (1Rs 19:11) soprara ali para levá-lo a Deus (Sl 104:4).

    2.12 Carros de Israel. A idéia é que a força verídica de Israel estava na mensagem profética, e não nos seus exércitos (Sl 33:16-19).

    2.15 O espírito de Elias repousa sobre Eliseu. A prova visível disso foi a autoridade milagrosa concentrada nesse servo de Deus (8). O espírito e a autoridade eram iguais para ambos aqueles grandes profetas, ralas suas personalidades eram diferentes. Elias subira às alturas do seu apogeu quando das suas lutas contra o pecado nacional, mas caíra também nas profundezas do desespero. Eliseu hão vivia muito acima do nível do povo, mas identificava-se com os homens, dando-lhes conselhos, curando-os, aliviando-os.

    2.18 Estes discípulos acreditavam em milagres, mas nunca em uma viagem diretamente aos céus.

    • N. Hom. 2.22 Os dois primeiros milagres que Deus concedeu ao Seu servo Eliseu, para comprovar-lhe a veracidade da sua vocação, foram eles: a prova da sua autoridade sobre os poderes da natureza no deserto ajudando o Seu servo a atravessar o leito do Rio Jordão a seco, sem que houvesse impedimento (14), e o milagre que aliviara o povo de suas dificuldades (22). Foi assim também o início do Ministério de Jesus Cristo sobrevivência milagrosa no deserto (Mc 1:12-41); e assistência numa festa de casamento, na qual Sua mãe haveria de ser envergonhada por não ter condições de oferecer a fartura exigida pelos costumes locais (Jo 2:1-43).

    2.23 Rapazinhos. Uns jovens de 12 a 16 anos de idade, talvez, desafiaram o profeta a tentar "subir"; isto é, chegar ao alto no conceito religioso em Betel, o cento da idolatria em Israel (1 Rs 13.1ss). Alguns pensam que "calvo" refere-se à calvície usada por pessoas enlutadas; é possível que, e Betel, estava sendo preparada para Eliseu, não uma recepção digna de um profeta, mas sim, um linchamento ao homem acusado de ter assassinado seu predecessor. Deus escolhera a Eliseu, dotando-o de poderes espirituais, mas alguns homens rejeitaram-no, atribuindo-lhe poderes malignos, a milagres sobrenaturais, cometendo, com isso, imperdoável blasfêmia contra o Espírito (Mt 12:2232, especialmente v. 31).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de II Reis Capítulo 2 do versículo 1 até o 25
    Eliseu assume o posto de profeta (2:1-18)
    A saída de cena de Elias é entrelaçada intimamente com a introdução de Eliseu como figura-chave no grupo dos profetas. Assim como Josué foi chamado a ser o sucessor de Moisés, Eliseu foi desafiado a assumir a difícil tarefa de seguir o pioneiro de um novo estágio no desenvolvimento de Israel. Mas enquanto Josué tinha liderado o povo na época da conquista da terra, Eliseu preparou o remanescente para uma época em que o povo de Israel seguiria os amorreus cujas práticas tinham absorvido de maneira tão fácil (lRs 21.26).
    Tanto Elias quanto Eliseu (v. 1) tinham um pressentimento do que iria acontecer enquanto iam de Gilgal (não a cidade mais conhecida na baixa elevação de Js 4:19 etc., mas uma cidade nas montanhas entre Siló e Betei, possivelmente aquela mencionada em Dt 11:30) para Betei. v. 2. Fique aqui era um teste da determinação de Eliseu. Então foram (heb. “desceram”) a Betei (na verdade, Gilgal ficava localizada num ponto um pouco mais baixo que Betei, mas a rota incluía uma descida final do outro lado da montanha). Um centro dos discípulos dos profetas (v. 3) em Betei, o local odiado do pseudo-santuário de Jeroboão, é aqui mencionado pela primeira vez. Eles prontamente reconhecem tanto Elias quanto Eliseu e também têm um pressentimento da partida de Elias. v. 4. Jerico havia sido reconstruída não muito tempo antes na antiga colina de Hiel (lRs 16.34) em um desafio à maldição de Josué. A colônia de profetas, tradicionalmente conhecida como “fonte de Eliseu”, estava localizada próximo dali, e essa também é a primeira menção de uma comunidade de profetas ali. O último estágio os leva ao rio Jordão (v. 6), que figura entre os últimos sinais proféticos de Elias quando ele “desfaz” a entrada vitoriosa quatro séculos antes. Finalmente ele faz um convite a Eliseu: 0 que posso fazer em seu favor (v. 9). v. 9. Faze de mim o principal herdeiro de teu espírito profético (heb. “Dá-me porção dupla do teu espírito”; v. Dt 21:17): isso marcaria Eliseu como o primeiro ou o líder mais importante entre os profetas que Elias estava deixando. Elias deixa a questão em suspense: se você me vir quando eu for separado de você, terá o que pediu (v. 10). A partida veio quando apareceu um carro de fogo [...] que os separou, e Elias foi levado aos céus num redemoinho (não no carro de fogo). O grito de Eliseu: Meu pai! Meu pai! (no sentido de reverência e dependência), os carros de guerra e os cavaleiros de Israel! (v. 12) encontra eco mais tarde na sua própria morte (13,14) e tem sido interpretado como (a) um epitáfio igualando o valor de Elias a mais do que poder militar ou (b) o júbilo por uma partida triunfal, como se Eliseu compartilhasse com o negro spiritual a idéia de que foi o carro de fogo, e não o redemoinho, que levou Elias para casa.

    A confiança de Eliseu nesse novo poder foi então imediatamente testada. Depois da primeira ocorrência de bateu nas águas (v. 14), o grego acrescenta: “e elas [as águas] não se dividiram”, para deixar claro que a água do rio tinha retomado o seu fluxo durante o tempo em que os profetas estavam no lado oriental. O TM dá a mesma impressão, sem fazer o acréscimo específico. A pergunta de Eliseu: Onde está agora o Senhor, o Deus de Elias? é seguida no hebraico de “até (ou também) ele”. A NEB relaciona isso a Eliseu: “ele também bateu nas águas” (assim também a versão alemã Elberfelder). Gray acrescenta isso à pergunta: “Onde está Javé, o Deus de Elias, até ele?”. A segunda ocorrência do verbo no texto (tendo batido na água) não está nessa forma no original. No hebraico, está simplesmente, como na primeira ocorrência, “bateu na água”. E traduzido dessa forma na NVI para deixar claro que Eliseu não bateu duas vezes na água. Não há explicação como a oferecida em Js 3:16, e, de fato, um tal desmoronamento da margem dificilmente conseguiria explicar duas divisões seguidas da água. O significado religioso é claramente paralelo às experiências do mar Vermelho e do rio Jordão dos israelitas que estavam avançando para a conquista da terra, e simboliza o poder imutável de Javé em circunstâncias mutáveis.

    Os cinquenta homens (v. 17) não testemunharam o evento todo, mas viram Eliseu voltar pelo Jordão e o reconheceram como herdeiro de Elias, prestando-lhe o devido respeito (v. 15). E compreensível que Eliseu se oponha ao pedido deles de procurar o teu mestre (v. 16), embora em virtude da insistência ele tenha ficado constrangido (v. 17; NEB: “não teve coragem de resistir”). Eles não o encontraram, e, como no caso de Moisés, ele não teve um túmulo conhecido. Como Eliseu já tinha percebido (v. 18b), não deveria haver a admiração saudosa que um túmulo venerado geraria. A obra de Elias estava concluída; uma obra impetuosa de juízo que se tornou simbólica (Ml 4:5,Ml 4:6), até idealizada (Jo 1:21) e reconhecida no final dessa era em João Batista (Mt

    3:1-10). Depois de Moisés e Elias, Deus não tinha nada de fundamentalmente novo a dizer até a vinda daquele com quem eles se juntaram no monte da transfiguração (Mc 9:4).

    Memórias de Eliseu (2.19—8.16)

    Eliseu começou a seguir Elias já quase no final do reinado de Acabe (lRs 19:19-21). A partida de Elias se deu após a morte de Aca-zias; assim, o ministério exclusivo de Eliseu abarcou os reinados de Jorão, Jeú e Joacaz. Ele morreu durante o reinado de Joás (13.14), depois de 50 anos de vida pública, uma figura nacional reverenciada cujas proezas foram orgulhosamente contadas e recitadas (8.4). Os incidentes registrados estão, portanto, espalhados ao longo de 50 anos. Não há indicação clara de ordem histórica, e é difícil inferir alguma ordem da narrativa. O texto não evidencia princípio de seleção. A maioria dos incidentes contém atos aparentemente miraculosos e em certo nível indicam o interesse fortuito do povo em contos sobre pessoas extraordinárias. Provavelmente as “grandes coisas que Eliseu fez” eram contadas repetidamente e preservadas pela companhia dos profetas. Num nível mais profundo, a coleção desconexa de histórias propõe a questão da intenção do autor. Aqueles críticos que a priori já não acreditam em histórias de milagres devem dizer por que esses relatos específicos foram inventados e preservados. Aqueles que estão dispostos a aceitá-los tentam entender o seu propósito, e, fora muitas interpretações alegóricas engenhosas, duas sugestões principais podem ser feitas. Eliseu é (a) o símbolo do interesse contínuo de Javé pela política instável da nação moribunda e de seus vizinhos (3:4-27; 6.8—7.20; 8:7-15;

    9:1-3) e (b) também o meio de Javé fortalecer o remanescente para que mantenha vivo o verdadeiro e caloroso relacionamento pessoal de confiança e reverência entre os pobres de espírito (2:19-22; cap. 4; 6:1-7; 8:1-6). As histórias de Naamã (cap.
    5) e dos moleques de Betei (2:23-25) fazem a ponte entre as duas categorias. Em tudo isso, Eliseu precisa ser avaliado à luz da sua época. Ainda estava por vir “o mensageiro que quando proferissem insultos contra ele não retaliaria”, e o povo de Betei presenciou a justiça sem misericórdia. A condenação de Moabe (como as declarações posteriores de Amós, Jl 1:1) retratou um Deus que ainda usava nações como seus executores. Embora não se possa deduzir nenhuma seqüência histórica exata do texto, a tabela a seguir retrata a posição que tentamos adotar neste comentário.

    853 O avanço assírio é temporariamente interrompido em Garcar c. 852 Morre Acazias. Jorão se torna rei
    2:19-22; 2:23-25 campanha contra Moabe 3:1-27 Eliseu no Carmelo e em Samaria
    4:1-7; 4:8-37
    fome (possivelmente 6.24—7.20 cabe aqui)
    4:38-41 ? 4:42-44
    Eliseu em Damasco 8:7-15 c. 843 Hazael assassina Ben-Hadade II. A Síria perturba Israel durante 40 anos. c. 841 Jeú assassina Jorão e se torna rei.
    Os assírios retomam a ofensiva e pressionam até a costa do Mediterrâneo. Jeú paga tributos à Assíria.
    A Assíria não está ativamente interessada no Oeste durante alguns anos.
    8:1-6; 4:42-44? 6:1-7
    814 Jeú morre, e o filho Jeoacaz reina.
    6:8-23
    802 Os assírios cercam Damasco. A pressão síria sobre Israel é atenuada.
    ?800 Ben-Hadade III sucede a Hazael. 798 Jeoás sucede a Jeoacaz
    possivelmente 6.24—7.20 A visita de Naamã 5:1-27
    A água da nascente é purificada (2:19-22)
    Se o incidente segue imediatamente a
    2.18, a cidade (v. 19) é Jericó. Nesse caso, o incidente pode ser o cancelamento final da maldição que já havia se cumprido em Hiel (lRs 16.34). O pedido é feito pelos homens da cidade — isso não se limita à comunidade profética — mostrando a consideração apropriada (Como podes ver. no heb., “como o meu senhor pode ver”.) a terra é improdutiva'. BJ: “país estéril”. O verbo empregado em ê improdutiva é usado somente em referência a pessoas, como em Ex 23:26. A tigela nova e o sal (v. 20) são acessórios do ato profético, e tentativas de explicar quimicamente a purificação da água não são convincentes, v. 22. até hoje a água permanece pura\ fonte permanente de gratidão local a Javé e ao seu profeta.

    Uma maldição em Betei (2:23-25)
    v. 23. De Jericó Eliseu foi para Eetel liga os dois incidentes e destaca a mudança repentina de graça e cura para maldição e castigo. Os meninos não eram crianças inocentes Dt 2:0); yeled, meninos (equivalente a “jovens”) no v. 24, é igualmente ambíguo (v. lRs 12.14). O contexto precisa ser levado em consideração, e aqui sugere um bando de moleques à espera numa emboscada, que sai após o profeta para zombar dele (observe: Voltando-se). Suma daqui: em algumas versões, “sobe” (ARA, ARC e B] refletem literalmente o heb.), é um comentário sarcástico acerca da partida de Elias, careca pode ser referência a um tipo de coroa de clérigo que os profetas usavam ou simplesmente um insulto grosseiro, v. 24. olhou [...] e os amaldiçoou: qãlal “falar mal de”, Ex 22:28; Sl 62:4, não o herem, “dedicação”, a entrega de alguém para a destruição (v.comentário de lRs 20.42); depois disso, Eliseu seguiu o seu caminho, ursas eram comuns naquela região montanhosa na época, um perigo constante, embora o povo e o autor os tenham considerado um castigo. Se os meninos estavam espelhando o desprezo dos seus pais pelo novo profeta, Ex 20:5 poderia ser um comentário apropriado, v. 25. prosseguiu até o monte Garmelo: onde parece ter tido uma residência (4,25) e dali voltou a Samaria (onde é encontrado em casa em 5.3 e 6.32). Parece que o profeta de Javé podia agora viver em Israel sem ser molestado.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de II Reis Capítulo 2 do versículo 12 até o 25


    7) Apresentação de Eliseu. 2Rs 2:12-25.

    Eliseu foi apresentado como o profeta de Deus nomeado para substituir Elias. Seu ministério foi o do ensino, planejado para mostrar a praticabilidade de se seguir ao Senhor e demonstrar que Baal não poderia atender às necessidades do povo.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de II Reis Capítulo 2 do versículo 1 até o 18
    XV. ELIAS É SUCEDIDO POR ELISEU-2Rs 2:1-12 nota, 2Rs 4:42-12 nota). É evidente que dispunham de um poder profético limitado. O Senhor hoje tomará a teu senhor por de cima da tua cabeça (3); segundo outra versão, "o senhor que está sobre ti". Sobre o milagre (8), ver 1Rs 17:16 nota. Porção dobrada (9); a porção do primogênito (Dt 21:17). Eliseu não pretendia ser maior que Elias, desejava apenas ser seu digno sucessor. Carros (12); O profeta era de maior valor para Israel que todos os seus carros e cavalos (cfr. 2Rs 13:14). Que estavam defronte em Jericó (15); os profetas tinham saído de Jericó (7) e haviam-se aproximado do Jordão. Para terem uma idéia do que acontecera, alguma coisa haviam observado (16).

    Dicionário

    Borda

    substantivo feminino Relativo à beirada, beira de qualquer superfície: a xícara possui café na borda.
    Acabamento final ou parte final de algum objeto: borda da colcha.
    Área que circunscreve ou limita algo e dentro da qual contém alguma coisa: borda de uma casa.
    Terreno que limita, que é rodeado por uma porção de água, margem: a borda do mar.
    [Marinha] Acabamento do esqueleto do casco de um navio.
    Antigo Espécie de arma feita de madeira: clava.

    margem, ribeira, riba, ribança, ribanceira, beira, praia, costa. – “Todas estas palavras” – diz Roq. referindo-se a borda, margem, ribeira, praia e costa – “indicam coisas que têm relação imediata com as águas do mar ou dos rios, mas cada uma delas a seu modo. – Sendo borda a extremidade prolongada de qualquer superfície, quase que não tem largura, e é por assim dizer a orla da margem, da ribeira, da praia, ou costa. – Margem é toda a extensão de terra chã, ao longo dos rios, coberta de verdura, e por isso aprazível à vista. – Ribeira é a margem mais ou menos em declive, de ordinário coberta de água no inverno e descoberta no verão. Estes dois termos dizem-se mais ordinariamente dos rios que do mar. – Praia é toda a extensão de terra plana que as águas do mar cobrem e banham com suas enchentes; e quase sempre de areia. – Ribeira, quando é do mar, supõe-se ser de areia; e quando é de rios, é de terra vegetal, mui fresca e produtiva, devido aos nateiros. – Costa é a porção de terra ao longo do mar, mais ou menos elevada, e como que lhe serve de barreira”. – Riba designa “margem de rio onde a terra é levantada”. – Ribança é “continuidade, ou certa extensão de ribas”. – Ribanceira é “como ribança mais áspera”; e tanto se aplica relativamente a rios como relativamente ao mar. – Beira é quase sinônimo perfeito de borda; distinguindo-se deste apenas em sugerir a ideia de maior porção da margem que a beira pode compreender. Dizemos – “pernoitar à beira do rio ou do mar”; mas ninguém diria sem absurdo ou pelo menos impropriedade clamante: “pernoitar à borda do rio”...

    Caira

    -

    Capa

    substantivo feminino Peça do vestuário feminino, usada sobre as outras roupas, de fazenda ou pele, larga e sem mangas, com ou sem capuz, pendente dos ombros.
    Espécie de casaco de tecido leve mas impermeável, que se usa sobre outras roupas, como proteção contra a chuva.
    Cobertura de papel, cartolina, couro etc., que protege externamente um livro, uma revista ou outros trabalhos dessa natureza; os dizeres e desenhos impressos nessa cobertura.

    Capa Roupa comprida, usada por cima das outras roupas (Js 7:21); (Mt 5:40). V. MANTO.

    Elias

    -

    -

    o SENHoR é Deus. 1. Elias era tesbita, natural de Gileade, país ao oriente do Jordão, e foi ‘o maior e o mais romântico caráter que houve em israel’. É dramático o seu aparecimento público. No reinado de Acabe, rei de israel, que recebia a forte influência de Jezabel, sua mulher, a nação caiu na idolatria, esquecendo o pacto do SENHoR. Veio, então, de repente a Acabe, por meio de Elias, esta terrível mensagem : ‘Tão certo como vive o Senhor, Deus de israel, perante cuja face estou, nem orvalho nem chuva haverá, nestes anos segundo a minha palavra’ (1 Rs 17.1). Elias era dotado de um temperamento impetuoso e ardente – tendo nascido nas serras de Gileade, amava as terras montanhosas. Pela narrativa dos fatos podemos depreender, na realidade, certos aspectos e traços pessoais. os seus cabelos eram compridos e abundantes (2 Rs 1.8). Era também forte, pois, não sendo assim, não teria podido correr até grande distância diante do carro de Acabe, nem teria suportado um jejum de quarenta dias. o seu vestuário constava de peles, presas com um cinto de couro, e de uma capa de pele de carneiro, que se tornou proverbial (1 Rs 19.13). A seca que houve no país pela maldade do rei e do povo durou três anos e seis meses (Lc 4:25Tg 5:17). A fome que se manifestou foi rigorosa, e a Fenícia foi, também um dos territórios atingidos pelo terrível flagelo. Tendo Elias entregado a sua mensagem, escondeu-se de Acabe num profundo vale ao oriente do Jordão, onde corria o ribeiro de Querite. ‘os corvos lhe traziam pela manhã pão e carne, como também pão e carne ao entardecer – e bebia da torrente’ (1 Rs 17.6). Passado algum tempo, secou o riacho de Querite e Elias foi mandado procurar outro lugar, e ele se levantou e foi para Sarepta, povoação próxima de Sidom, o próprio país de Jezabel (1 Rs 17.8,9). Ali se encontrou com uma mulher viúva, que andava apanhando lenha para cozinhar a última refeição, que ela e seu filho tinham para comer, pensando que dentro de pouco tempo morreriam de fome. E quando Elias pediu para si um pouco desta pequena porção de alimento, ela fez como o profeta lhe recomendou. A sua fé foi recompensada, porque, ainda que a fome teve a duração de três anos, nunca lhe faltou a farinha, e nunca se acabou o azeite (1 Rs 17.10 a 16 – Lc 4:26). Durante a sua residência em Sarepta, Elias teve a oportunidade de mostrar o poder do Senhor, visto que o filho da viúva tinha adoecido e morrido. A consternada mãe acusou o profeta de ter trazido à sua casa tal infelicidade – mas, havendo-lhe ele entregado vivo o filho, foi obrigada a confessar: ‘Nisto conheço agora que tu és homem de Deus’ (1 Rs 17.17 a 24). No terceiro ano da calamidade, as terras estavam tão secas, e a fome era tão dura que o próprio Acabe, e obadias, chefe da sua casa, tiveram de procurar por toda parte forragem para não morrerem os seus cavalos e mulas. Fizeram-se então, em Samaria, os preparativos para uma expedição. E nesta ocasião mandou o Senhor a Elias que fosse ter com Acabe, fazendo, ao mesmo tempo, a promessa de que mandaria chuva, e desta maneira acabou a seca em israel. No caminho, Elias encontrou obadias, e tranqüilizou-o quanto aos seus receios a respeito do rei, dizendo-lhe, ao mesmo tempo, que procurasse Acabe (1 Rs 18.7 a 16). o encontro do rei com o profeta, o desafio do servo do Senhor, no monte Carmelo, dirigido aos profetas de Baal, o resultado daquela cena, a vinda da chuva, tudo isto é descrito com uma tal viveza que é difícil ser excedida (1 Rs 18.17 a 46). Pela desumana mortandade dos profetas de Baal (*veja Dt 13:5-18. 20), excitou Elias a cólera de Jezabel, declarando esta terrível mulher que o mesmo que havia sido feito aos sacerdotes de Baal o seria e ele. Elias podia afrontar um rei colérico, mas a ameaça de uma mulher enraivecida o levou a procurar de novo o deserto, onde, em desespero, desejou que a morte o levasse. Mas Deus, na Sua infinita bondade, o guardou, alimentou, e guiou pelo deserto, numa jornada de quarenta dias, até que chegou a Horebe, ‘o monte de Deus’. Ali, pelas manifestações das terríveis forças da Natureza, como o tufão, o terremoto, e o fogo, ouvindo-se depois ‘um cicio tranqüilo e suave’, sentiu Elias na sua alma que estava na presença de Deus. A investigadora pergunta ‘que fazes aqui, Elias?’ teve como resposta um protesto de lealdade ao Senhor e, ao mesmo tempo, o reconhecimento da sua derrota, da sua solidão, e o receio de lhe tirarem a vida. o profeta recebe, então, a ordem de voltar à sua abandonada tarefa, no conhecimento íntimo de que a causa de Deus permanecia segura. Repreendido, e, contudo, cheio de coragem, volta Elias à sua missão – ao encontrar no caminho Eliseu, que lhe havia de suceder, lançou sobre ele a sua capa, e o levou a deixar a lavoura (1 Rs 19). Dois anos mais tarde, foi Elias mandado à presença de Acabe para avisá-lo, e ao mesmo tempo reprovar o seu procedimento no caso da vinha de Nabote. Da perturbada alma de Acabe, quando viu aproximar-se Elias, saiu este grito: ‘Já me achaste, inimigo meu?’ (1 Rs 21.20). o seu arrependimento adia o julgamento dos seus pecados, mas não o anula (*veja Acabe e Nabote ). Depois destes acontecimentos aparece Elias como mensageiro de Deus, para repreender Acazias, que, tendo subido ao trono após a morte do seu pai Acabe, havia procurado o auxílio dos deuses estranhos. o plano de Acazias para lançar mão da pessoa do profeta é frustrado por haver descido, nessa ocasião, fogo do céu (2 Rs 1 – *veja também Lc 9:54-56). Na ocasião em que fazia uma visita às escolas dos profetas em Betel e Jericó, Elias soube que estava para ter fim a sua carreira neste mundo (2 Rs 2). Quando Elias e Eliseu partiam de Jericó, e se dirigiam para um lugar além do Jordão, foram acompanhados por cinqüenta estudantes, que assim puderam observar a miraculosa separação das águas do rio por meio do manto de Elias. Tendo Eliseu pedido uma dobrada porção do espírito de Elias, isto é, que pudesse ser herdeiro do seu ministério e da sua influência (uma alusão ao duplo quinhão, que o primogênito recebia pela morte do pai), foi-lhe respondido que, embora a petição fosse extraordinária, seria atendida,

    1. Veja Elias, o profeta.


    2. Um dos filhos de Jeroão e líder de clã. Era benjamita e vivia em Jerusalém (1Cr 8:27).


    3. Descendente de Harim, um dos que, ao invés de desposar mulheres da própria tribo, casaram-se com estrangeiras (Ed 10:21). Juntou-se aos que se divorciaram de tais mulheres, depois que ouviram o ensino da lei, ministrado por Esdras.


    4. Descendente de Elão. Também é mencionado como um dos que se casaram com mulheres estrangeiras (Ed 10:26).


    Elias [Javé É Deus] - Profeta TESBITA que enfrentou em várias ocasiões o rei Acabe e Jezabel, sua mulher (1Ki 17—21). Foi levado ao céu num redemoinho (2Rs 2:1-15). Apareceu com Moisés na TRANSFIGURAÇÃO (Mt 17:3-4).

    Elias Literalmente, Deus é YHVH. Profeta que desenvolveu sua atividade durante o reinado de Acab e Jezabel (séc. IX a.C.). O profetismo posterior (Ml 3:23) situou sua chegada antes do Dia do Senhor. Os evangelhos — partindo do próprio Jesus — identificam essa vinda de Elias com o ministério de João Batista (Mt 11:14. 17,10-12). Sem dúvida, alguns dos contemporâneos de Jesus relacionaram a figura deste com a do profeta (Mt 16:14). Era crença popular que Elias ajudava os que passavam por aflições, o que explica o equívoco de alguns dos presentes na crucifixão de Jesus (Mt 27:47; Mc 15:35).

    Jordão

    -

    o Jordão é essencialmente o rioda Palestina e o limite natural do país ao oriente. Caracteriza-se pela sua profundidade abaixo da superfície geral da região que atravessa, pela sua rápida descida e força da corrente em muitos sítios, e pela sua grande sinuosidade. Nasce nas montanhas da Síria, e corre pelo lago Merom, e pelo mar da Galiléia, desaguando, por fim, no mar Morto, depois de um percurso de quase 320 km. Nas suas margens não existe cidade alguma notável, havendo duas pontes e um considerável número de vaus, o mais importante dos quais é o Bete-Seã. Não é rio para movimento comercial ou para pesca. No seu curso encontram-se vinte e sete cachoeiras, e muitas vezes transbordam as suas águas. o Jordão é, pela primeira vez, nomeado em Gn 13:10. Ainda que não há referência ao fato, deve Abraão ter atravessado o rio, como Jacó, no vau de Sucote (Gn 32:10). A notável travessia dos filhos de israel, sob o comando de Josué, efetuou-se perto de Jericó (Js 3:15-16, 4.12,13). A miraculosa separação das águas pela influência de Elias e de Eliseu (2 Rs 2.8 a
    14) deve também ter sido por esses sítios. Dois outros milagres se acham em relação com o rio e são eles: a cura de Naamã (2 Rs 5.14), e o ter vindo à superfície das águas o machado (2 Rs 6.5,6). João Batista, durante o seu ministério, batizou ali Jesus Cristo (Mc 1:9 e refs.) e as multidões (Mt 3:6). A ‘campina do Jordão’ (Gn 13:10) é aquela região baixa, de um e de outro lado do Jordão, que fica para a parte do sul.

    Jordão Rio principal da Palestina, que nasce no monte Hermom, atravessa os lagos Hulé e da Galiléia e desemboca no mar Morto. O Jordão faz muitas curvas, estendendo-se por mais de 200 km numa distância de 112 km, entre o lago da Galiléia e o mar Morto. O rio tem a profundidade de um a três m e a largura média de 30 m. Na maior parte de seu curso, o rio encontra-se abaixo do nível do mar, chegando a 390 m abaixo deste nível ao desembocar no mar Morto. O povo de Israel atravessou o rio a seco (Js 3); João Batista batizava nele, e ali Jesus foi batizado (Mat 3:6-13).

    Jordão O rio mais importante da Palestina, embora não-navegável. Nasce na confluência dos rios das montanhas do Antilíbano, a 43 m acima do nível do mar, e flui para o sul, pelo lago Merom (2 m acima do nível do mar). Depois de percorrer 16 km, chega ao lago de Genesaré (212 m abaixo do nível do mar) e prossegue por 350 km (392 m abaixo do nível do mar) até a desembocadura no Mar Morto. Nas proximidades desse rio, João Batista pregou e batizou.

    E. Hoare, o. c.; f. Díez, o. c.


    Levantar

    verbo transitivo direto e pronominal Pôr ao alto; erguer: levantar uma mesa; levantou-se do sofá.
    verbo transitivo direto , bitransitivo e pronominal Erguer do chão; dar mais altura a; apanhar, hastear: levantar uma casa, uma bandeira; levantou um muro na sala; o carro não se levanta sozinho!
    verbo transitivo direto e intransitivo Aumentar a intensidade de; reforçar: levantou a voz; sua voz levantou.
    verbo bitransitivo Levar na direção mais alta; elevar: levantar a cabeça para ver melhor.
    verbo transitivo direto Expor como uma ideia; sugerir: levantar questões.
    Espalhar em várias direções; dispersar: o carro levantou muita poeira.
    Incentivar uma rebelião; revoltar: discursos inflamados levantaram o povo.
    Reunir em grande quantidade; arrecadar: levantar recursos para a igreja.
    Passar a possuir; receber: foi ao banco e levantou vultosa soma.
    Dar por findo; encerrar: levantar a sessão.
    Elogiar muito algo ou alguém; enaltecer: levantou seus feitos no livro.
    Elevar-se nos ares (o avião); voar: levantar voo.
    verbo intransitivo Deixar de chover: o tempo levantou.
    verbo pronominal Pôr-se de pé; erguer-se; acordar: levanto-me cedo.
    Voltar a ter boa saúde: levantei-me depois daquela doença.
    Exaltar-se; manifestar-se: a opinião pública facilmente se levanta.
    Levantar-se contra alguém; insultar: meu filho se levantou contra mim.
    Erguer-se no horizonte: o Sol ainda não se levantou.
    verbo transitivo direto predicativo Eleger uma pessoa em detrimento dos demais: Canudos levantou Antônio Conselheiro seu líder.
    Etimologia (origem da palavra levantar). Do latim levantare, "erguer".

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    II Reis 2: 13 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Também levantou a capa de Elias, que dele caíra; e, voltando-se, pôs-se à margem do Jordão.
    II Reis 2: 13 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    851 a.C.
    H155
    ʼaddereth
    אַדֶּרֶת
    glória, capa
    (like a garment)
    Substantivo
    H3383
    Yardên
    יַרְדֵּן
    o rio da Palestina que corre desde as origens no Anti-Líbano até o mar Morto, uma
    (of Jordan)
    Substantivo
    H452
    ʼÊlîyâh
    אֵלִיָּה
    Elias
    (Elijah)
    Substantivo
    H5307
    nâphal
    נָפַל
    cair, deitar, ser lançado no chão, falhar
    (And caused to fall)
    Verbo
    H5921
    ʻal
    עַל
    sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
    ([was] on)
    Prepostos
    H5975
    ʻâmad
    עָמַד
    ficou
    (stood)
    Verbo
    H7311
    rûwm
    רוּם
    erguer, levantar, estar alto, ser elevado, ser exaltado
    (and it was lifted up)
    Verbo
    H7725
    shûwb
    שׁוּב
    retornar, voltar
    (you return)
    Verbo
    H8193
    sâphâh
    שָׂפָה
    lábio, idioma, fala, costa, margem, canto, borda, beira, extremidade, beirada, faixa
    (language)
    Substantivo
    H834
    ʼăsher
    אֲשֶׁר
    que
    (which)
    Partícula
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo


    אַדֶּרֶת


    (H155)
    ʼaddereth (ad-deh'-reth)

    0155 אדרת ’addereth

    f de 117; DITAT - 28c; n f

    1. glória, capa
      1. glória, esplendor, magnificência (de uma videira, pastores)
      2. manto, capa feita de pele seleta de animais ou de material fino
        1. veste de profeta

    יַרְדֵּן


    (H3383)
    Yardên (yar-dane')

    03383 ירדן Yarden

    procedente de 3381, grego 2446 Ιορδανης; n pr rio

    Jordão = “aquele que desce”

    1. o rio da Palestina que corre desde as origens no Anti-Líbano até o mar Morto, uma distância de aproximadamente 320 km (200 milhas)

    אֵלִיָּה


    (H452)
    ʼÊlîyâh (ay-lee-yaw')

    0452 אליה ’Eliyah ou forma alongada אליהו ’Eliyahuw

    procedente de 410 e 3050, grego 2243 Ηλιας; n pr m

    Elias = “meu Deus é Javé” ou “Yah(u) é Deus”

    1. o grande profeta do reino de Acabe
    2. filho benjamita de Jeroão
    3. um filho de Elão com uma esposa estrangeira durante o exílio
    4. um sacerdote e filho de Harim com esposa estrangeira durante o exílio

    נָפַל


    (H5307)
    nâphal (naw-fal')

    05307 נפל naphal

    uma raiz primitiva; DITAT - 1392; v

    1. cair, deitar, ser lançado no chão, falhar
      1. (Qal)
        1. cair
        2. cair (referindo-se à morte violenta)
        3. cair prostrado, prostrar-se diante
        4. cair sobre, atacar, desertar, cair distante, ir embora para, cair nas mãos de
        5. ficar aquém, falhar, desacordar, acontecer, resultar
        6. estabelecer, desperdiçar, ser oferecido, ser inferior a
        7. deitar, estar prostrado
      2. (Hifil)
        1. fazer cair, abater, derrubar, nocautear, deixar prostrado
        2. derrubar
        3. jogar a sorte, designar por sorte, repartir por sorte
        4. deixar cair, levar a falhar (fig.)
        5. fazer cair
      3. (Hitpael)
        1. lançar-se ou prostrar-se, lançar-se sobre
        2. estar prostrado, prostrar-se
      4. (Pilel) cair

    עַל


    (H5921)
    ʻal (al)

    05921 על ̀al

    via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

    1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
      1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
      2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
      3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
      4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
      5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
      6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
      7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
      8. para (como um dativo) conj
    2. por causa de, porque, enquanto não, embora

    עָמַד


    (H5975)
    ʻâmad (aw-mad')

    05975 עמד ̀amad

    uma raiz primitiva; DITAT - 1637; v

    1. estar de pé, permanecer, resistir, tomar o lugar de alguém
      1. (Qal)
        1. ficar de pé, tomar o lugar de alguém, estar em atitude de permanência, manter-se, tomar posição, apresentar-se, atender, ser ou tornar-se servo de
        2. permanecer parado, parar (de mover ou agir), cessar
        3. demorar, atrasar, permanecer, continuar, morar, resistir, persistir, estar firme
        4. tomar posição, manter a posição de alguém
        5. manter-se de pé, permanecer de pé, ficar de pé, levantar-se, estar ereto, estar de pé
        6. surgir, aparecer, entrar em cena, mostrar-se, erguer-se contra
        7. permanecer com, tomar a posição de alguém, ser designado, tornar-se liso, tornar-se insípido
      2. (Hifil)
        1. posicionar, estabelecer
        2. fazer permanecer firme, manter
        3. levar a ficar de pé, fazer estabelecer-se, erigir
        4. apresentar (alguém) diante (do rei)
        5. designar, ordenar, estabelecer
      3. (Hofal) ser apresentado, ser levado a ficar de pé, ser colocado diante

    רוּם


    (H7311)
    rûwm (room)

    07311 רום ruwm

    uma raiz primitiva; DITAT - 2133; v.

    1. erguer, levantar, estar alto, ser elevado, ser exaltado
      1. (Qal)
        1. ser alto, estar colocado no alto
        2. ser erguido, ser enlevado, ser exaltado
        3. ser elevado, levantar
      2. (Polel)
        1. criar (filhos), fazer crescer
        2. levantar, erguer, exaltar
        3. exaltar, enaltecer
      3. (Polal) ser levantado
      4. (Hifil)
        1. erguer, levantar, elevar, recolher, estabelecer, erigir, exaltar, estar nas alturas
        2. levantar (e levar), remover
        3. erguer e apresentar, contribuir, ofertar
      5. (Hofal) ser retirado, ser abolido
      6. (Hitpolel) exaltar-se, engrandecer-se
    2. (Qal) estar podre, estar tomado por vermes

    שׁוּב


    (H7725)
    shûwb (shoob)

    07725 שוב shuwb

    uma raiz primitiva; DITAT - 2340; v.

    1. retornar, voltar
      1. (Qal)
        1. voltar, retornar
          1. voltar
          2. retornar, chegar ou ir de volta
          3. retornar para, ir de volta, voltar
          4. referindo-se à morte
          5. referindo-se às relações humanas (fig.)
          6. referindo-se às relações espirituais (fig.)
            1. voltar as costas (para Deus), apostatar
            2. afastar-se (de Deus)
            3. voltar (para Deus), arrepender
            4. voltar-se (do mal)
          7. referindo-se a coisas inanimadas
          8. em repetição
      2. (Polel)
        1. trazer de volta
        2. restaurar, renovar, reparar (fig.)
        3. desencaminhar (sedutoramente)
        4. demonstrar afastamento, apostatar
      3. (Pual) restaurado (particípio)
      4. (Hifil) fazer retornar, trazer de volta
        1. trazer de volta, deixar retornar, pôr de volta, retornar, devolver, restaurar, permitir voltar, dar em pagamento
        2. trazer de volta, renovar, restaurar
        3. trazer de volta, relatar a, responder
        4. devolver, retribuir, pagar (como recompensa)
        5. voltar ou virar para trás, repelir, derrotar, repulsar, retardar, rejeitar, recusar
        6. virar (o rosto), voltar-se para
        7. voltar-se contra
        8. trazer de volta à memória
        9. demonstrar afastamento
        10. reverter, revogar
      5. (Hofal) ser devolvido, ser restaurado, ser trazido de volta
      6. (Pulal) trazido de volta

    שָׂפָה


    (H8193)
    sâphâh (saw-faw')

    08193 שפה saphah ou (no dual e no plural) שׁפת sepheth

    provavelmente procedente de 5595 ou 8192 com a idéia de término (veja 5490); DITAT - 2278a; n. f.

    1. lábio, idioma, fala, costa, margem, canto, borda, beira, extremidade, beirada, faixa
      1. lábio (como órgão do corpo)
      2. idioma
      3. margem, beira, borda (de taça, mar, rio, etc.)

    אֲשֶׁר


    (H834)
    ʼăsher (ash-er')

    0834 אשר ’aher

    um pronome relativo primitivo (de cada gênero e número); DITAT - 184

    1. (part. relativa)
      1. o qual, a qual, os quais, as quais, quem
      2. aquilo que
    2. (conj)
      1. que (em orações objetivas)
      2. quando
      3. desde que
      4. como
      5. se (condicional)

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo