Enciclopédia de II Reis 6:24-24

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

2rs 6: 24

Versão Versículo
ARA Depois disto, ajuntou Ben-Hadade, rei da Síria, todo o seu exército, subiu e sitiou a Samaria.
ARC E sucedeu, depois disto, que Benadade, rei da Síria, ajuntou todo o seu exército: e subiu, e cercou a Samaria.
TB Depois disso, ajuntou Ben-Hadade, rei da Síria, todo o seu exército, e subiu, e sitiou a Samaria.
HSB וַֽיְהִי֙ אַחֲרֵי־ כֵ֔ן וַיִּקְבֹּ֛ץ בֶּן־ הֲדַ֥ד מֶֽלֶךְ־ אֲרָ֖ם אֶת־ כָּל־ מַחֲנֵ֑הוּ וַיַּ֕עַל וַיָּ֖צַר עַל־ שֹׁמְרֽוֹן׃
BKJ E sucedeu, depois disso, que Ben-Hadade, rei da Síria, reuniu todo o seu exército, e subiu, e sitiou Samaria.
LTT E sucedeu, depois disto, que Ben-Hadade, rei da Síria, ajuntou todo o seu exército; e subiu e cercou a Samaria.
BJ2 Depois disso, aconteceu que Ben-Adad, rei de Aram,[j] reuniu todo o seu exército e veio sitiar Samaria.
VULG Non enim ætati nostræ dignum est, inquit, fingere : ut multi adolescentium, arbitrantes Eleazarum nonaginta annorum transisse ad vitam alienigenarum,

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de II Reis 6:24

Deuteronômio 28:52 E te angustiará em todas as tuas portas, até que venham a cair os teus altos e fortes muros, em que confiavas em toda a tua terra; e te angustiará até em todas as tuas portas, em toda a tua terra, que te tem dado o Senhor, teu Deus.
I Reis 20:1 E Ben-Hadade, rei da Síria, ajuntou todas as suas forças; e trinta e dois reis, e cavalos, e carros havia com ele; e subiu, e cercou a Samaria, e pelejou contra ela.
I Reis 22:31 E o rei da Síria deu ordem aos chefes dos carros, que eram trinta e dois, dizendo: Não pelejareis nem contra pequeno nem contra grande, mas só contra o rei de Israel.
II Reis 17:5 Porque o rei da Assíria subiu por toda a terra, e veio até Samaria, e a cercou três anos.
II Reis 18:9 E sucedeu, no quarto ano do rei Ezequias (que era o sétimo ano de Oseias, filho de Elá, rei de Israel), que Salmaneser, rei da Assíria, subiu contra Samaria e a cercou.
II Reis 25:1 E sucedeu que, no nono ano do reinado de Zedequias, no mês décimo, aos dez do mês, Nabucodonosor, rei de Babilônia, veio contra Jerusalém, ele e todo o seu exército, e se acamparam contra ela, e levantaram contra ela tranqueiras em redor.
Eclesiastes 9:14 Houve uma pequena cidade em que havia poucos homens, e veio contra ela um grande rei, e a cercou, e levantou contra ela grandes tranqueiras.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

A DIVISÃO DO REINO

930 a.C.
O reinado de Salomão não foi uma era dourada" para todos os seus súditos. Os impostos cobrados para custear seus projetos de construção e manter sua corte luxuosa, juntamente com os trabalhos forçados,provocaram indignação. Muitos viram no efraimita Jeroboão, filho de Nabate, antigo supervisor do trabalho forçado, um defensor de sua causa,' por mais que a predição prematura do profeta Aías acerca da ascensão de Jeroboão ao trono tenha obrigado este último a se refugiar no Egito até a morte de Salomão.
Roboão, o sucessor de Salomão, rejeitou com insolência o conselho dos anciãos, preferindo seguir as instruções de um círculo de conselheiros mais jovens. Suas palavras: "Se meu pai vos impôs jugo pesado, eu ainda vo-lo aumentarei; meu pai vos castigou com açoites, porém eu vos castigarei com escorpiões" (1Rs 12:11) evidentemente não poderiam contribuir para torná-lo benquisto entre seus súditos. Quando Roboão se negou mais uma vez a atender às exigências do povo, as ez trios do norte apoiaram Jeroboão e deram as costas para o jovem rei e a casa de Davi.. "Que parte temos nós com Davi? Não há para nós herança no filho de Jessé! As vossas tendas, ó Israel! Cuida, agora, da tua casa, ó Davi! (IRs 12.16b).
As palavras das dez tribos do norte de Israel sinalizaram um acontecimento importante da história do Antigo Testamento: a divisão do reino, em 930 a.C.

CONSEQUÊNCIAS GEOGRÁFICAS
Com a separação das dez tribos do norte, restaram apenas Judá e Benjamim para dar continuidade à linhagem de Davi em Jerusalém. Simeão provavelmente deve ser incluído no reino do sul, pois seu território ficava no meio de Judá. Os israelitas voltaram à divisão do tempo de Davi, considerando "Israel" e "Judá" separadamente, talvez em função do encrave jebuseu de Jerusalém no centro do país antes de Davi tomar a cidade.

ISRAEL E JUDÁ SEGUE RUMOS DIFERENTES
Semaías, um profeta do Senhor, evitou a eclosão de uma guerra civil. As tribos do norte, sob Jeroboão, fundaram seu próprio reino, Israel, também chamado de "Efraim" (em função de sua tribo principal) pelo profeta Oséias e de "casa de José pelo profeta Amós (Am 5:6). Jeroboão se deu conta do poder e influência que o templo de Jerusalém poderia exercer sobre seu reino recém-formado. Se o povo tivesse de oferecer sacrifícios no santuário central, voltaria a se sujeitar ao rei Roboão de Judá e mataria Jeroboão. Sua solução para esse problema foi criar novos centros religiosos, colocando bezerros de ouro em Betel e Dã, nomeando sacerdotes não-levitas para ministrar nesses santuários e criando um novo calendário religioso. Esses foram os pecados de Jeroboão, filho de Nabate, lembrados pelas gerações subsequentes. De fato, do ponto de vista dos escritores bíblicos 1srael, o reino do norte, se viu sob a maldição de Deus desde que Jeroboão subiu ao trono. O exílio seria apenas uma questão de tempo. Israel não teve a estabilidade que, no geral, caracterizou Judá, seu vizinho ao sul. Ao contrário dos governantes das dez tribos de Israel, os descendentes de Davi governaram sobre Judá ininterruptamente. Baasa, Zinri, Onri, Jeú, Salum, Menaém, Peca e Oséias foram todos usurpadores. Além disso, o reino do norte teve mais de uma capital: primeiro Siquém, depois Tirza e, por fim, Samaria.

O ALTO EM DÁ
Resquícios dos centros religiosos de Jeroboão em Da (Iell el- Oadi) foram encontrados no nível IVA. A ausência de qualquer vestígio de um bezerro de ouro não surpreende. Porém, uma estrutura com 18 m de comprimento, construída sobre uma pedra lavrada, talvez fizesse parte do "alto". Três depósitos foram encontrados e, em um deles, dois potes grandes de mantimentos com capacidade para mais de 300 I, decorado com serpentes em relevo. Indícios de um altar e de um suporte para incenso foram descobertos num pátio. Também foi encontrada uma bacia embutida onde provavelmente era colocada a água para as libações.

A cronologia dos reinos divididos (930-586 a.C.)

UM ESCLARECIMENTO
O livro de Reis registra a história de Israel (o reino do norte) até o exílio na Assíria em 722 a.C.e a história de Judá (o reino do sul, centralizado em Jerusalém) até o exílio na Babilônia em 586 a.C. Enquanto o autor focaliza os dois reins alternadamente durante esse período, procuramos, à medida do possível, manter suas histórias separadas para minimizar a confusão. Essa tarefa é dificultada por nomes semelhantes como Jeorão de Judá e Jorão de Israel, Joás de Judá e Jeoás de Israel. Além do mais, o mesmo rei é chamado por nomes diferentes, como, por exemplo, Uzias ou Azarias de Judá. Felizmente, Acazias de Israel não foi contemporâneo de Acazias de Judá!

SINCRONISMO
Até mesmo uma leitura superficial do livro de Reis revela um grande número de informações que deveria facilitar a tarefa de elaborar uma cronologia detalhada. Os reis de Israel, por exemplo, costumam ser associados à cronologia dos reis de Judá e vice-versa: "No décimo quinto ano de Amazias, filho de Joás, rei de Judá, começou a reinar em Samaria Jeroboão, filho de Jeoás, rei de Israel" (2Rs 14:23). Chamamos esse recurso de sincronismo. Infelizmente, porém, ao invés de ajudar a definir as duas cronologias, esse sincronismo parece realçar as diferenças e criar complicações.

UM PONTO DE REFERÊNCIA EXTERNO
Sem dúvida, um ponto de referência externo é extremamente útil. Esse ponto de referência pode ser encontrado na cronologia dos assírios. Na Assíria, costumava-se registrar os anos de forma padronizada, conforme o rei da época e seus oficiais, chamados de epônimos. O ponto fixo dessas listas é um eclipse solar ocorrido durante o mandato do epônimo Bur-sagale, no reinado de Ashurdan Ill, rei da Assíria, um acontecimento que pode ser datado astronomicamente de 15 de junho de 763 a.C. De posse dessa informação, podemos calcular as datas dos reis da Assíria de 910 a.C. em diante.

DIFERENÇAS NA MANEIRA DE CALCULAR
A Bíblia coloca os dois anos do reinado de Acazias e os doze anos do reinado de Jorão entre Acabe e Jeú, dando a impressão de que o total foi de quatorze anos. No entanto, se Acabe morreu em 853 a.C. depois de ter contato com o rei Salmaneser Ill da Assíria em seu sexto ano de reinado (853 a.C). e se Jeú consentiu em pagar tributo a Salmaneser no décimo oitavo ano de reinado deste último (841 a.C.), então só há espaço para doze anos. Essa aparente discrepância pode ser explicada pelo fato de que os povos da antiguidade contavam os anos de forma inclusiva, isto é, a parte de um ano era contada como um ano inteiro. Assim, temos um ano inteiro mais one anos inteiros, totalizando os doze anos registrados.
No entanto, não é tão simples quanto parece, pois 1srael e Judá usavam métodos diferentes para calcular os anos de reinado. Para começar, Israel adotava a prática dos egípcios e contava o primeiro ano do rei a partir da sua entronização. Judá, pelo contrário, seguia a prática assíria e contava o primeiro ano do rei somente a partir do ano novo após sua entronização. O período entre a posse do rei e o final do ano civil é, às vezes, chamado de "o ano da ascensão ao trono". Esta prática continuou até o começo do século VIll a.C, quando Judá adotou o outro método.
Como se isto não bastasse, parece que havia dois calendários em uso, um começando na primavera e outro no outono!

CO-REGÊNCIA
Esta é uma forma de governo sugerida no próprio livro de Reis: "No ano quinto do reinado de Jorão, filho de Acabe, rei de Israel, reinando ainda Josafá em Judá, começou a reinar Jeorão, filho de Josafá, rei de Judá. (2Rs 8:16). Aqui, Jeorão subiu ao trono enquanto seu pai ainda estava vivo, um fenômeno chamado de "co-regência". Quase todos os conflitos de dados restantes põem ser solucionados pela postulação de várias co-regências. Algumas fazem sentido em termos políticos, como no caso de Josafá, rei de Judá, que se tornou co-regente quando seu pai Asa estava sofrendo de uma enfermidade nos pés e também no caso de Jotão, rei de Juda, que se tornou co-regente em 752 a.C. quando seu pai Uzias (Azarias) foi acometido de uma doença de pele chamada de forma tradicional, porém anacrônica, de "lepra".

RESUMINDO
Quando todos os fatores acima são levados em consideração, surge uma estrutura cronológica 99% confiável. No caso dos problemas que não são solucionados pelas explicações acima, outros fatores podem ser considerados. Não devemos, por exemplo, desconsiderar emendas a texto (como em II Reis 17:1, onde "duodécimo" talvez deva ser lido como "quarto"). Tendo em vista o estado de preservação das informações, porém, este expediente deve ser usado apenas como último recurso.

O reino dividido:
Israel e Judá Depois da morte de Salomão em 930 a.C., seu reino se dividiu em duas partes. O reino de Israel, ao norte, era centralizado em Samaria e foi governado por uma sucessão de dinastias de curta duração. O reino de Judá, ao sul, era centralizado em Jerusalém e foi governado por uma dinastia ininterrupta de descendentes de Davi.
O "alto" em Dã (Tell el-Qadi)
O "alto" em Dã (Tell el-Qadi)
O reino dividido: Israel e Judá
O reino dividido: Israel e Judá
Cronologia dos reis de Israel e Judá
Cronologia dos reis de Israel e Judá

OS VIZINHOS DE ISRAEL E JUDÁ

O LEGADO DE DAVI E SALOMÃO
Durante o reinado de Davi, Israel conquistou vários povos vizinhos, mas não todos. Ao norte, Hirão de Tiro e outros reis fenícios governavam uma faixa ao longo da costa do Mediterrâneo correspondente de forma aproximada a atual Líbano. Mais ao sul, também junto ao Mediterrâneo, os filisteus mantiveram sua independência. Do lado leste do rio Jordão e a leste e sul do mar Morto, Davi conquistou Amom, Moabe e Edom. Depois de derrotar Hadadezer de Zobá, Davi parece ter conseguido controlar parte da Síria até o rio Eufrates. Nos anos depois da morte de Salomão, essas regiões readquiriram sua independência.

AMOM
O centro do reino de Amom era a grande cidadela de Rabá- Amom (atual Amã, capital da Jordânia). Os amonitas eram descendentes de Ben-Ami, filho de Ló (sobrinho de Abraão) (com sua filha mais nova) A região a oeste que se estendia até o vale do Jordão entre os ribeiros Jaboque e Arnom era ocupada pelos amorreus.

MOABE
O reino de Moabe se concentrava no planalto entre o ribeiro de Arnom, que corria por um vale de até 500 m de profundidade, e o ribeiro de Zerede, a leste do mar Morto. Sua cidade mais importante era Quir-Haresete, a magnífica fortaleza de Kerak. A região ao norte do rio Arnom era chamada de Misor, ou campinas de Moabe. Os moabitas eram descendentes de Ló com sua filha mais vela. Rute, a bisavó de Davi, era moabita. Moabe era uma região conhecida pela criação de ovinos e, por algum tempo, teve de pagar a Israel um tributo anual de cem mil cordeiros e a lã de cem mil carneiros.

EDOM
Os edomitas eram descendentes de Esaú, o irmão mais velho de Jacó. Ocupavam o território ao sul do mar Morto e a sudeste do ribeiro de Zerede. Essa região montanhosa também era chamada de monte Seir, que significa "peludo", pois era coberta de uma vegetação densa constituída, em sua maior parte, de arbustos. Abrangia a Arabá, ou deserto de Edom, a grande depressão que liga o mar Morto ao mar Vermelho. Sua capital, Sela, pode ser identificada com Petra, a cidade que viria a ser conhecida como a espetacular capital rosada dos árabes nabateus.

A REGIÃO AO SUL DO MAR MORTO
Ao sul de uma linha imaginária entre Gaza e Berseba, estendendo-se para o leste até o sul do mar Morto, fica o deserto de Zim. Essa área extensa que constitui a parte norte do deserto do Sinai apresenta um índice pluviométrico anual inferior a 200 mm e, portanto, não pode ser usada para a agricultura. Judá procurou exercer controle sobre Edom e essa região. Os portos de Eziom-Geber (possivelmente Tell el-Kheleifeh) e Elate no norte do golfo de Ácaba permitiam que Judá tivesse acesso ao mar Vermelho e seu comércio valioso.

OS FILISTEUS
Quatro cidades filistéias, Ecrom, Asdode, Asquelom e Gaza, permaneceram independentes do controle de Israel e Judá. Apenas Gate foi controlada pelo reino de Judá.

O LÍBANO
Os montes da região norte da Galileia são separados das cadeias de montanhas do Líbano ao norte pelo vale profundo do rio Litani que desemboca no Mediterrâneo alguns quilômetros ao norte de Tiro. As montanhas de até 3.088 m de altura que passam cerca da metade do ano cobertas de neve explicam o nome "Líbano", que significa "branco". As coníferas e cedros do Líbano forneciam a madeira de melhor qualidade do Antigo Oriente Próximo, cobiçadas por reis da Mesopotâmia e do Egito, e também por Salomão, que adquiriu dessa região a madeira para o templo do Senhor em Jerusalém. A leste da cadeia de montanhas do Líbano encontra-se o vale de Becá. As montanhas formam uma barreira natural, impedindo que as chuvas cheguem ao vale onde o índice pluviométrico anual não passa de 250 mm. Os rios Orontes e Litani correm, respectivamente, ao longo do norte e do sul do vale para o mar Mediterrâneo. A leste de Becá fica a cadeia de montanhas do Antilíbano, cujo pico mais alto é o do monte Hermom (também chamado de Sirion ou Senir) com 2.814 m de altura. A costa mediterrânea do Libano possui

DO OUTRO LADO DO MAR
Os fenícios da costa do Líbano eram exímios marinheiros. Salomão contratou marujos de Hirão, rei de Tiro, para seus empreendimentos comerciais no mar Vermelho. Os israelitas, por sua vez, eram um povo ligado à terra que mostrava pouco entusiasmo pelo mar, como o salmista deixa claro: "Subiram até aos céus, desceram até aos abismos; no meio destas angústias, desfalecia-lhes a alma. Andaram, e cambalearam como ébrios, e perderam todo tino. Então, na sua angústia, clamaram ao Senhor, e ele os livrou das suas tribulações" (SI 107:26-28).

A SÍRIA
A leste da cadeia do Antilíbano fica o país chamado hoje de Síria. Este foi o nome que os romanos deram à região, que incluía a Palestina, quando Pompeu a conquistou em 63 .C. e a transformou numa província romana. No tempo do Antigo Testamento, a região ao redor de Damasco e mais ao norte era chamada de Hara. Davi firmou alianças com os reis arameus de Gesur (a leste do mar da Galileia) e Hamate. Conquistou Zoba (ao norte de Damasco), estendendo seu domínio até o rio Eufrates. Damasco recobrou sua independência durante o reinado de Salomão quando um certo Rezom passou a controlar a região. Ben-Hadade II, Hazael e Ben-Hadade IlI, reis posteriores de Damasco, entraram em conflito repetidamente com Israel, o reino do norte.

A LESTE DO JORDÃO
Basã e Gileade, a leste do rio Jordão, faziam parte da terra prometida, e, portanto, não eram vizinhos de Israel. Entretanto, a fim de fornecer uma descrição mais abrangente, devemos tratar dessas terras do outro lado do rio. Nessa região, os ventos frios do deserto que, no inverno, sopram sobre os montes orientais impedem o cultivo de oliveiras e, em alguns lugares, também de vinhas.

Vizinhos de Israel e Judá
Muitas nações vizinhas de Israel e Judá haviam. em algum momento, feito parte do reino de Davi.
Cidade de Petra, na Jordânia, escavada na rocha; talvez identificável com a cidade de Sela no Antigo Testamento. Aqui, uma vista do templo ou tumba nabatéia de el-Khazne.
Cedros nas montanhas do Líbano.

Vizinhos de Israel e Judá Muitas nações vizinhas de Israel e Judá haviam em algum momento, feito parte do reino de Davi.
Vizinhos de Israel e Judá Muitas nações vizinhas de Israel e Judá haviam em algum momento, feito parte do reino de Davi.
Cidade de Petra, na Jordânia, escavada na rocha; talvez identificável com a cidade de Sela no Antigo Testamento. Aqui, uma vista do templo ou tumba nabatéia de el-Khazne.
Cidade de Petra, na Jordânia, escavada na rocha; talvez identificável com a cidade de Sela no Antigo Testamento. Aqui, uma vista do templo ou tumba nabatéia de el-Khazne.
Cedros nas montanhas do Líbano.
Cedros nas montanhas do Líbano.

VISÃO PANORÂMICA DA GEOGRAFIA DO TERRITÓRIO HERDADO PELO ISRAEL BÍBLICO

TOPOGRAFIA FÍSICA
UMA TERRA PEQUENA
No estudo da terra de Israel, uma das primeiras descobertas que se faz é o reconhecimento de seu pequeno tamanho.
De acordo com a definição dada acima, a área central da herança do Israel bíblico na Cisjordânia cobre cerca de 17.600 quilômetros quadrados e sua herança na Transjordânia incorpora mais 10:100 quilômetros quadrados, o que perfaz uma área total de aproximadamente 27.700 quilômetros quadrados. Desse modo, a área total do território é quase a mesma do estado de Alagoas, da Bélgica ou de Ruanda, ou ainda do lago Erie, nos Estados Unidos.
Os leitores atuais da Bíblia tendem a pensar em termos de territórios imensos e com frequência ficam bastante surpresos quando percebem, por exemplo, que a distância entre o mar da Galileia e a costa mediterrânea, em linha reta, é de 55 quilômetros. Há uma distância de apenas 148 a 185 quilômetros entre a margem ocidental do deserto Oriental (no leste da Jordânia) e o Mediterrâneo. E a distância entre o mar da Galileia e Jerusalém é só cerca de 120 quilômetros. Conforme dito anteriormente, as extremidades tradicionais norte e sul da região central de Israel são, com frequência, descritas na Bíblia como "desde Da até Berseba" Na verdade, esses dois pontos extremos estão separados por uma distância da ordem de apenas 280 quilômetros. Em termos de Brasil, o equivalente aproximado seria de São Paulo a Poços de Caldas" ou "de Natal a Recife" Nos Estados Unidos, a distância aproximada seria "de Los Angeles a San Diego" e, na Europa, "de Milão a Veneza". O tamanho do território envolvido é surpreendentemente pequeno.

UMA TERRA DE LOCALIZAÇÃO ESTRATÉGICA
Apesar do tamanho diminuto, essa terra está estrategicamente situada em um contexto tanto intercontinental quanto interoceânico. Como ponte terrestre intercontinental, na Antiguidade era a única opção para qualquer viagem por terra entre a África, de um lado, e a Ásia ou a Europa, de outro. Como ponte terrestre interoceânica, fica ao lado da única massa de terra que separa o mundo do oceano Índico e o mundo do oceano Atlântico. Neste último aspecto, desde a Antiguidade remota uma vasta rede de comércio e comunicação tem levado para o Crescente Fértil bens provenientes de mundos bem longínquos (cravo vindo da Tailândia; canela, da Malásia; cássia, seda, cálamo, espicanardo, índigo, painço e gergelim, da Índia; lápis-lazúli e estanho, do Afeganistão; prata, da Espanha).
Por ser, na Antiguidade, ponto de contato tanto terrestre quanto marítimo, essa terra também se tornou uma ponte cultural internacional. Sua localização estratégica faz com que seja o lugar em que o Oriente se encontra com o Ocidente e o Norte com o Sul. Desde a Antiguidade remota, grandes potências com aspirações políticas e econômicas internacionais estiveram junto a suas fronteiras. Em termos históricos, o que acontecia nessa terra era quase sempre resultado do que estava ocorrendo ou havia recentemente ocorrido nos domínios de um de seus vizinhos. Foram, de fato, raros os momentos em que cidadãos dessa terra foram donos do próprio destino.
Durante o período bíblico a sorte dessa terra minúscula, mas estratégica, foi em grande parte determinada por gente de fora, fossem egípcios, assírios, babilônios, persas, partos, gregos, selêucidas, ptolomaicos ou romanos. Nesse aspecto, os filisteus e até mesmo os próprios israelitas têm de ser considerados estrangeiros que migraram para ali. A mesma tendência continuou existindo na história pós-bíblica, com os califas muçulmanos, os cruzados cristãos, os mamelucos egípcios, os turcos otomanos e os mandatários britânicos.
Por essa "ponte" marcharam os exércitos de Tutmés III, Amenhotep II, Seti I, Ramsés II, Merneptah, Sisaque I, Neco II, Salmaneser III, Tiglate-Pileser III, Salmaneser V, Sargão II, Senaqueribe, Esar-Hadom, Assurbanipal, Nabucodonosor II, Cambises II, Xerxes 1, Artaxerxes III, Alexandre III (o Grande), Ptolomeu I, Antíoco III, Antíoco IV, Herodes, o Grande, Pompeu, Vespasiano, Tito, Saladino, Ricardo Coração de Leão, Napoleão e Edmund Allenby, além de um número enorme de generais menos conhecidos.
Essa terra continua sendo uma das áreas mais instáveis e estratégicas do mundo.

UMA TERRA VARIADA
Apesar da pequena extensão, essa terra reflete uma variedade surpreendente, quase como a de um mosaico. Do ponto de vista sociológico, a variedade é evidente na menção aos vários "eus" na terra: girgaseus, cananeus, heveus, heteus, amorreus, perizeus, jebuseus, quenezeus, cadmoneus, queneus, refains etc. (Gn 10:16-18; 15:19-21; Ex 3:8-13.5; Nm 13:29; Dt 7:1-20.17; Js 3:10-12.8; 24.11; Jz 3:5-1Rs 9.20; cp. At 13:19). Na perspectiva da história colonialista, a terra foi conhecida por diversos nomes: Canaã, Palestina, Hatti, Djahy, Hurru, Retenu etc. Mas a ideia de variedade apresentada a seguir tem a ver com a topografia multiforme e diversificada da terra. Em seu eixo lateral, ela está dividida em pelo menos quatro zonas fisiográficas distintas.

PLANÍCIE COSTEIRA
A designação "planície Costeira" se refere à faixa marítima longitudinal que começa na extremidade sul da planície filisteia (no uádi el-Arish) e vai para o norte, chegando até a extremidade norte da planície de Aser (perto da atual Rosh HaNigra, que corresponde ao final da "Linha Verde", a fronteira atual entre Israel e Líbano). Essa planície é internamente segmentada por três obstáculos naturais - o monte Carmelo, o rio Crocodilo e o rio larcom - criando quatro planícies distintas. Além do mais, por motivos geográficos que serão explicados adiante, é conveniente subdividir a planície mais ao norte. Assim, a planície Costeira é constituída de cinco partes, que, do norte para o sul, são conhecidas como: (1) a planície de Aser (de Rosh HaNigra até as proximidades de Aco; cp. Is 17:10-11; 19:24-26); (2) a planície de Aco (a baía que tem forma de crescente e se estende ao redor do monte Carmelo; cp. Jz 4:13-16; 5.21); (3) a planície de Dor (uma faixa de terra bem estreita e situada entre o monte Carmelo e o rio Crocodilo; cp. Js 17:15-18); (4) a planície de Sarom (a área de terras baixas que vai do pântano do rio Crocodilo para o sul, até o Jarcom; cp. 1Rs 4:10-1Cr 5.16; 27.29; Is 33:9-35.2; 65.10; Ct 2:1); (5) a planície Filisteia (a região ao sul do larcom).
A planície costeira pode ser caracterizada com três palavras: "baixa" (uma referência à sua altitude relativa), "aberta" (uma referência à topografia plana) e "fértil (uma referência à produtividade agrícola da planície em tempos modernos).
Com exceção de umas poucas elevações situadas mais para dentro do continente, na extremidade oriental da Filístia, que chegam a quase 200 metros acima do nível do mar, a altitude da maior parte da planície Costeira é inferior a 100 metros, e boa parte dela tem uma altitude inferior a 45 metros acima do nível do mar.75 Uma análise do mapa revela que, nessa planície, as cidades bíblicas tendiam a se localizar não no seu centro, mas sim ao longo da costa (Aco, Cesareia, Jope, Asquelom e Gaza) ou em direção à sua margem oriental (Socó, Afeque, Gezer, Ecrom, Gate e Ziclague). De igual maneira, o mapa mostra que a artéria de transporte internacional (a chamada Grande Estrada Principal) corria ao longo da margem oriental dessa planície e não pelo centro. O mais provável é que a baixa altitude e a natureza relativamente nivelada da planície, combinadas com as serras de arenito calcário ao longo de grande parte da costa mediterrânea, que impediam uma drenagem natural, criavam uma área pantanosa bastante grande na planície durante toda a Antiguidade.
Esse obstáculo geográfico é a provável razão para o fato de a planície Costeira ter desempenhado um papel insignificante, quase nulo, na história bíblica. Exceto dois breves relatos sobre Gerar (Gn 20:26), nas narrativas patriarcais não há nenhuma referência a essa planície . Nenhuma das batalhas da ocupação israelita aconteceu ali, nenhuma área da planície foi habitada por Israel no início de sua ocupação , ali não havia cidades de refúgio e quase nenhuma das cidades levíticas, dali nenhum juiz nem profeta de Israel fez convocação ao povo, e nada aconteceu ali referente ao ministério registrado de Jesus.
Além de ser baixa, a planície também é aberta. Ao contrário da Cadeia Montanhosa Central da Galileia-Samaria-Judá, que, do ponto de vista geográfico, tendia a permanecer mais fechada e isolada devido à sua topografia elevada e sinuosa, a planície Costeira oferecia um terreno favorável à circulação, sem nenhum obstáculo Embora a terra, no geral, tenha sido descrita pouco antes neste texto como ponte terrestre internacional, era especialmente a planície Costeira, ao sul do monte Carmelo, que constituía essa ponte. Essa abertura também implicava mobilidade.
Durante o início do período bíblico, conflitos militares envolveram uso de carros de guerra (e.g., Ex 14:6; Dt 20:1; Js 11:4; Jz 1:19-4.3; 2Sm 1:6; observe-se também a proibição em Dt 17:16). Em contraste com as montanhas vizinhas, essa planície oferecia um terreno favorável ao uso de carros, inclusive a ataques-relâmpago, que não seriam barrados por grandes rochas ou terreno montanhoso. Aliás, há uma notável correspondência entre a área em que os cananeus conseguiam rodar seus carros e a área que Israel não conquistou durante o período de ocupação (Js 17:16-18). Ao mesmo tempo, essa abertura pode ajudar a explicar por que, depois do período bíblico, os filisteus não conseguiram sobreviver como entidade política nativa, ao passo que os israelitas, mais isolados, foram capazes de manter um sentimento duradouro de identidade nacional.
Por fim, essa planície é fértil; ou pelo menos se tornou fértil em tempos recentes. Uma olhada num mapa do Israel moderno mostra que a maior parte da região ocidental que o Plano da ONU para partição da Palestina, de 1947, designou para Israel está situada na planície Costeira, que, naquela época, era extremamente pantanosa e até mesmo infestada de malária. Entretanto, depois que a área foi devidamente drenada na década de 1950, houve grande prosperidade agrícola, pois se descobriram camadas profundas de riquíssimo solo arável resultante da erosão das montanhas ao lado e, como consequência, houve um grande e bem-sucedido esforço agrícola.

CADEIA MONTANHOSA CENTRAL
Constituída das regiões montanhosas da Galileia, Samaria, Judá e Neguebe, em sua natureza e topografia a Cadeia Montanhosa Central é exatamente o oposto da planície Costeira. A planície é "baixa, aberta e fértil"; a cadeia montanhosa é "alta, fechada e estéril". Enquanto, em seu ponto mais elevado, a planície chega a apenas uns 200 metros acima do nível do mar, em seu ponto mais baixo a Cadeia Montanhosa Central fica cerca de 450 metros acima do nível do mar, com muitos trechos superando os 900 metros. Onde as duas zonas se encontram, esse contraste de altitude pode ser bem pronunciado. É possível subir cerca de 800 metros viajando apenas de cinco a sete quilômetros do Mediterrâneo para o interior. Além do mais, a cadeia central é fechada. Essa cadeia, que na realidade é uma série de serras sinuosas e conectadas, funciona como barreira natural à circulação lateral.com exceção do ponto onde é interrompida pelo vale de lezreel/ Esdraelom. Em alguns lugares, para ir de um lado para o outro, além de ter de superar a ondulação difícil, era necessário atravessar até quatro ou cinco serras diferentes, separadas umas das outras por leitos profundos de uádis. Devido a seu terreno elevado e revolvido, a cadeia central é mais isolada e menos suscetível a aventureirismo internacional ou a ataques estrangeiros. Só raramente essa zona se revelou atraente para aqueles que construíam impérios. Por fim, a cadeia central é estéril e improdutiva. Constituída de calcário duro, sem minerais preciosos ou outros recursos naturais, e com grandes áreas que sofreram erosão e ficaram apenas com a pedra nua, parece improvável que alguma vez essa área montanhosa estéril, com somente 15 a 50 quilômetros de largura, tenha sido considerada capital político. No entanto, é justamente nessa região montanhosa que se desenrola boa parte da história bíblica. E aí que os patriarcas viveram, construíram altares e se comunicaram com seu Deus. É onde aconteceram as batalhas da conquista , onde Israel ocupou sua terra e foram fundadas muitas de suas instituições nacionais . É também onde, em seu devido momento, estiveram localizadas as capitais do Reino do Norte (Siquém, mais tarde Tirza e finalmente Samaria) e do Reino do Sul (Jerusalém). É aí que o judaísmo pós-exílico se estabeleceu e onde aconteceu boa parte do ministério registrado de Cristo . Galileia. Embora seja uma extensão das montanhas mais altas do Líbano, ainda assim a região elevada da Alta Galileia apresenta uma topografia bem complexa. O jebel Jarmuk (monte Merom) é o ponto mais alto de toda a Cisjordânia, mas é cercado por outros cumes que chegam a alturas superiores a 900 metros. Apesar de a Alta Galileia ter uma precipitação pluviométrica maior, seu terreno elevado e sua topografia fragmentada a tornam menos adequada para ocupação intensa. Na região nunca se estabeleceu aquilo que se pode chamar de cidade grande. No lado leste, a Baixa Galileia mantém o contorno irregular de sua vizinha no norte. Vê-se ali um enorme e alto afloramento de calcário, que, no flanco oriental, despenca no mar da Galileia. Nessa região se incluem o monte Tabor, os penhascos de Arbela e os vulcânicos Cornos de Hattin. Em contraste, as áreas central e oeste da Baixa Galileia apresentam o terreno mais plano de todo a cadeia central. A região é composta de várias serras paralelas que estão num eixo mais ou menos leste-oeste, entre as quais existem bacias relativamente abertas que são quase contíguas no lado ocidental. Vale de Jezreel/Esdraelom. Entre a região montanhosa da Baixa Galileia e a da Samaria, estende-se um vale que, em última instância, liga o vale do Jordão à planície Costeira, em Aco. Esse vale, que tem a forma de uma flecha apontada para o Mediterrâneo, é conhecido no Antigo Testamento hebraico como o vale de lezreel ("Deus semeou" ou "que Deus semeie"; e.g., Js 17:16; Jz 6:33; Os 1:5-2.
22) e, na época do Novo Testamento, por seu equivalente grego, Esdraelom.7 A estreita haste da flecha, em alguns pontos com não mais de três quilômetros de largura, estende-se de Bete-Sea até a cidade de Jezreel, margeada, no norte, pelo monte Moré e, no sul, pelo monte Gilboa, e drenada pelo rio Harode. Perto desse território ocorreu a triunfante vitória de Gideão sobre os midianitas (Jz
7) e a humilhante derrota de Saul nas mãos dos filisteus (1Sm 29:31). A base da ponta da flecha se estende por cerca de 28 quilômetros, a partir dos arredores, ao norte de Jenin, até o monte Tabor e, desses dois pontos, estende-se por cerca de 32 quilômetros até seu vértice, logo a oeste de Jocneão e perto do rio Quisom, em cujo pântano o carro de Sísera ficou atolado (Jz 5:21; cf. SI 83.9). A ponta dessa flecha, às vezes chamada de planície de Megido (2Cr 35:22; Zc 12:11), é baixa e plana. A planície é coberta por uma camada extremamente grossa de terra preta, em alguns lugares com mais de 90 metros de profundidade, e que se formou com a decomposição e erosão de basaltos da Galileia. Enquanto a planície de Jezreel tinha muitos acessos, o acesso para a principal artéria de transporte, conhecida como Grande Estrada Principal era em Megido. Os vinte estratos arqueológicos dessa cidade refletem uma ocupação quase contínua até o início do período romano. Na verdade, a cidade de Megido, uma base militar permanente, teve enorme importância durante cada período de sua história, sem exceção; não é exagero afirmar que, do ponto de vista militar, foi um dos pontos mais estratégicos de todo o sudoeste do Crescente Fértil. A partir do final do quarto milênio a.C. até o próprio século 20, Megido tem sido palco de repetidos confrontos militares. Samaria. Ao sul de Jezreel fica o distrito montanhoso de Samaria - que, em termos de altitude, vegetação e clima, é uma área intermediária e de transição entre a Galileia e Judá. No extremo noroeste, devido à sua beleza (Ct 7:5) e fertilidade (Is 35:2; Jr 50:19), o monte Carmelo ("vinha/jardim de Deus") era proverbial na Bíblia. Nos textos antigos está amplamente atestado que o monte era lugar de um santuário? Foi talvez nesse contexto que o monte Carmelo serviu de cenário para a disputa religiosa de Elias com os profetas de Baal (1Rs 18:17-40) e, em outra ocasião, como lugar de retiro espiritual para Eliseu (2Rs 2:25-4.25). No extremo nordeste, a região montanhosa de Samaria também é conhecida como as montanhas de calcário de Gilboa. Outros montes de Samaria, o monte Ebal e o monte Gerizim, cercam o vale em que Siquém, a principal cidade, está localizada. Samaria é toda montanhosa, e os cumes de j. el-Qurein, j. 'Ayrukabba, j. 'en-'Ena e j. el-'Asur (Baal-Hazor, cp. 2Sm 13:23) dominam o horizonte.
Embora montanhosa, Samaria também é entremeada por várias planícies pequenas e vales abertos, uma das quais está situada perto do ponto em que as encostas do Carmelo e do Gilboa se encontram, nas proximidades da cidade de Dotã . Entre as bacias de Samaria, essa planície de Dota é a maior e a mais intensamente cultivada, e é onde José foi vendido como escravo (Gn 37:12-28). Outra depressão, a planície comprida e estreita de Mikhmetat, vai de Siquém para o sul, até ser interrompida pelo j. Rahwat.
Ela é cortada pelo divisor de águas ao longo do qual a estrada da Serra Central ruma na direção de Jerusalém. Indo de Socó até Siquém e dividindo lateralmente o oeste de Samaria, fica o vale baixo conhecido como u. Shekhem. De modo parecido, indo de Tirza até o vale do Jordão e dividindo o leste de Samaria, encontra-se a fratura acentuada, conhecida como u. Far'ah. Juntos, esses dois vales são o ponto mais baixo de toda Samaria. Constituíam os caminhos mais fáceis e mais utilizados para atravessar a serra central de Samaria, o que ajuda a explicar por que determinados locais foram escolhidos para capitais de Israel durante o período do reino dividido (Siquém, Tirza, Samaria). Judá. Conquanto não haja uma fronteira geológica definida separando Samaria e Judá, existe uma acentuada diferença na topografia das duas regiões. A precipitação maior de chuva em Samaria contribuiu para a ocorrência de muito mais erosão e para a formação de uádis com leitos mais profundos. Judá é mais um planalto, menos seccionado devido a seu clima mais seco. À medida que se caminha para o sul de Judá, o terreno se torna mais adverso, mais irregular e mais estéril. A principal característica da superfície de Judá são rochas nuas e amplas áreas de pedras quebradas e soltas, sem nenhuma terra por causa da ação da chuva. Só ao longo da bacia hidrográfica, nas vizinhanças de Ramá e entre Belém e Hebrom, é que o solo de Judá permite o cultivo. Nas demais áreas, o solo superficial, que sofre erosão nas chuvas torrenciais de inverno, tem impedido em grande parte o cultivo da terra.
A apenas cerca de oito quilômetros a sudeste de Jerusalém, começa o deserto de Judá (Nm 21:20-1Sm 26.1,2; cp. Mc 1:4). Espetáculo assustador de desolação, o deserto de Judá, também conhecido como lesimom, é um deserto verdadeiro E uma terra despovoada, deprimente, selvagem, rochosa e improdutiva, e praticamente sem nenhuma ocorrência de chuva (SI 63.1). Até mesmo os nômades beduínos dos dias de hoje tendem a evitar a aridez e o terreno irregular desse deserto. Em sua margem oriental, o deserto de Judá mergulha quase verticalmente até o vale do Jordão abaixo e em alguns lugares a descida chega a 1.350 metros. Entre Jericó e a ponta sul do mar Morto, existem mais de 20 desfiladeiros profundos que foram cavados por uádis. Contudo, no período bíblico, esses uádis eram estreitos e sinuosos demais para permitirem estradas importantes e, por esse motivo, Judá estava naturalmente isolada no lado oriental. O profeta Isaías anunciou, porém, um tempo em que até a topografia contorcida e acidentada do deserto de Judá será endireitada e nivelada e todos os lugares escarpados serão aplanados (Is 40:3-4; ср. 41:18-20; 51.3).
No lado oeste, o final da cadeia central de Judá é apenas um pouco menos abrupto. Uma vala estreita e rasa (uádi Ghurab, uádi Sar) faz divisão entre a região montanhosa e uma região com topografia distinta, conhecida como Sefelá ("contraforte". cp. Dt 1:7; Js 9:1-10.40; 12.8; Iz 1.9; 1Rs 10:27-1C 27.28; 2Cr 9:27-26.10; 28.18; Jr 17:26-32.44; 33.13; Ob 19).
A Sefelá começa no vale de Aijalom e se estende para o sul por cerca de 55 quilômetros até a área de T. Beit Mirsim. Esses contrafortes cobrem uma área de aproximadamente 13 a 16 quilometros de largura e, o que e importante, estendem-se para o oeste até a vizinhança do que foram as cidades filisteias de Gezer, Ecrom e Gate . Composta principalmente de calcário macio, com uma superfície ondulante inclinando suavemente para o lado oeste, entrecortada por alguns uádis importantes e férteis, a Sefelá era uma zona intermediária entre a cadeia central de Judá (ocupada pelos israelitas) e o sul da planície Costeira (ocupada pelos filisteus).
Não é surpresa que, na Bíblia, a área tenha sido cenário de vários episódios de guerra motivada por razões econômicas entre os israelitas e os filisteus (Jz 15:4-5; 2Sm 23:11-12). Aliás, é possível que as disputas entre filisteus e israelitas fossem provocadas justamente pelo desejo de ambos os povos de dominar e explorar os ricos vales agrícolas da Sefelá.
Inicialmente, o Neguebe ("terra seca"; e.g., Gn 24:62; Nm 13:29; Js 15:19; Jz 1:15) designava o deserto estéril ao sul de Judá (e.g. Is 15:2-4; 18.19; 1Sm 27:10-2Sm 24.7; cp. os leques aluvianos que se estendem de Berseba até Arade). Ao longo do tempo, o sentido da palavra evoluiu e, pelo fato de essa região estéril ficar no sul, passou a ter o sentido de um ponto cardeal e, assim, designar o sul de quase qualquer lugar (Is 11:2; Zc 14:10-1Sm 30.14).
Hoje o Neguebe inclui aquilo que a Bíblia chama de deserto de Zim (Nm 20:1-34.3; Js 15:1) e o deserto de Para (Nm 10:12; Dt 1:1). A região do moderno Neguebe apresenta um ambiente adverso à atividade humana ou à sua povoação por um grande número de pessoas. A área depende totalmente de chuva, sempre escassa e incerta, embora o território tenha alguns poços nas vizinhanças de Berseba (Gn 26:18-22) e Cades-Barneia.
A localização estratégica da Palestina
A localização estratégica da Palestina
As regiões geográficas da Palestina
As regiões geográficas da Palestina
Altitude da Palestina
Altitude da Palestina
Samaria
Samaria
O vale de Jezreel
O vale de Jezreel

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

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Referências em Outras Obras

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Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

SAMARIA

Clique aqui e abra o mapa no Google (Latitude:32.283, Longitude:35.2)
Nome Grego: Σαμάρεια
Atualmente: Palestina
Capital do reino de Israel, no reino dividido. Região em que localizava-se a Galiléia e Nazaré, no início da Era Cristã. Cerca de 48 km distante de Jerusalém. A nova cidade encontra-se próximo às ruinas.

Samaria é o nome histórico e bíblico de uma região montanhosa do Oriente Médio, constituída pelo antigo reino de Israel, situado em torno de sua antiga capital, Samaria, e rival do vizinho reino do sul, o reino de Judá. Atualmente situa-se entre os territórios da Cisjordânia e de Israel.

Samaria é um termo construído pelo hebraico shomron, nome da tribo shemer, que era proprietária do local e o vendeu ao Omri, que teria sido o sexto rei de Israel.

Mapa Bíblico de SAMARIA


SÍRIA

Atualmente: SÍRIA
Em todos os tempos bíblicos, a Siria foi cruzada por rotas que ligavam as civilizações do norte com a do Egito, ao sul. Os sírios ou arameus, descendem de Arã, filho de Sem, neto de Noé. País muçulmano com 86% de sua população islâmica e 8,9% cristã. Por volta do ano 700, com a expansão muçulmana, Damasco transformou-se na capital do Império Árabe. Entre 1516 e 1918, foi dominada pelo Império Turco-Otomano. A Síria reivindicou a devolução das Colinas de Golã, ocupadas por Israel na Guerra dos Seis Dias em 1967. Na Antiguidade, a Síria localizava-se a sudoeste da Armênia, a leste da Ásia Menor e do Mediterrâneo, ao norte da Palestina e a oeste da Assíria e partes da Arábia, cortada na direção norte-sul pela cordilheira do Líbano, a mais ocidental, a Ante-Líbano, a oriental, em cujo extremo sul fica o Monte Hermon. Os sírios ou arameus, descendem de Arã, filho de Sem, neto de Noé. Os arameus eram um povo de língua semítica, estreitamente aparentado com os israelitas segundo Deuteronômio 26:5. Nos dias patriarcais esta região era constituída por pequenos reinos independentes que mantinham o nome da cidade principal. Supõese que Harã de Gênesis 11:31, era centro comercial e militar e ficava no distrito de Padã-Arã, onde Abraão habitou com seu pai e onde deixou sua parentela para sair para Canaã. Ao tempo do patriarca, pertencia ao noroeste da Mesopotâmia, vindo mais tarde incorporar-se à Síria, cuja capital, Damasco continua até hoje, sendo a mais antiga cidade viva da Terra, com cerca de 4:900 anos. A Síria foi conquistada por israelitas, assírios, babilônicos, persas, gregos e romanos. Na época de Salomão já haviam desenvolvido a escrita alfabética e utilizavam papiro, pena e tinta em lugar do barro cozido utilizado nas demais regiões. Isto contribuiu para que o idioma aramaico se estendesse pelo Oriente Médio, substituindo o assírio incorporado durante o cativeiro na Babilônia. O aramaico foi levado para a Palestina durante o retorno do exílio e chegou a ser o idioma corrente no tempo de Jesus. Os selêucidas, reis sírios, dominaram a Síria após a morte de Alexandre. Mas logo depois, as ambições da Síria no sentido de conquistar todo o Oriente Médio e a Grécia colocaram-na em contraste com a potência nascente de Roma, que a derrotou obrigando-a a ceder territórios e a pagar indenizações de guerra. A Síria também foi o primeiro país estrangeiro a receber o cristianismo pelo testemunho dos cristãos perseguidos em Antioquia, conforme Atos 11:26.
Mapa Bíblico de SÍRIA



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de II Reis Capítulo 6 do versículo 1 até o 33
  1. Deus Permite que Eliseu Recupere o Machado (II Reis 6:1-7)

Nos é estreito (1) quer dizer: esse lugar é muito pequeno. O fato do machado de ferro ou de bronze, que havia afundado, ter subido à superfície foi um completo milagre. Isto é, esse fato não estava ligado a um fenômeno natural, como às vezes algumas pesso-as pensam que acontece em alguns milagres bíblicos, e era mais uma demonstração do poder divino. Sua intenção era enfatizar aos jovens profetas que, no conflito com a adora-ção a Baal, Deus trabalhava a favor deles.

  1. Deus Usa Eliseu em uma Armadilha para os 1nvasores Sírios (6:8-23)

Nesse ponto, Keil e Unger estão de acordo ao entender que as invasões sírias descri-tas nessa passagem ocorreram durante a época de Jorão (3.1), e não mais tarde durante o reinado de Jeú, Jeoás ou Jeoacaz47. A vitória, concedida por Deus através de seu profe-ta, deve ser entendida como o triunfo divino permanente sobre Baal, e tinha a finalidade de que Israel se voltasse inteiramente ao Senhor e aos sírios que haviam sido conquista-dos para Ele. Dessa forma, toda essa história, embora seja principalmente política e militar, não deixa de ser uma heilsgeschichte ou "história de salvação". Devido ao dinâ-mico ministério de Elias e de Eliseu, as batalhas contra os sírios — que em sua maior parte resultaram em vitórias israelitas — podem ser entendidas como meios de promover a adoração a Deus além das fronteiras de Israel. Devemos observar que nesses enfrentamentos militares Israel não era o agressor.

a. O papel de Eliseu como informante (6:8-14). Liderados pelo seu rei, um grupo de sírios começou a perturbar Israel com incursões guerrilheiras. Eliseu, através da divina revelação, frustrou inúmeras vezes essas invasões ao informar o rei de Israel sobre esses planos. Dessa forma, ele permitiu ao rei não uma nem duas vezes (10) evitar a arma-dilha que os sírios haviam preparado. Quando o rei da Síria soube que Eliseu informava contra eles (11,12) cercou Dotã (13) onde o profeta estava instalado. Furtivamente, à noite, os soldados sírios tomaram posição para estarem prontos na manhã seguinte, a fim de prender Eliseu quando ele saísse da cidade (14). Dotã (Tell Dotha) está situada cerca de 18 quilômetros ao norte de Samaria.

b. O Senhor castiga os sírios (6:15-23). O servo de Eliseu ficou assustado quando, na manhã seguinte, viu os sírios acampados fora da cidade. A resposta do profeta permane-ce como um clássico exemplo de confiança e fé em Deus: Não temas; porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles (16). Os olhos do servo, então, foram abertos para que enxergasse o exército que Deus havia disponibilizado.

Ao caminhar em direção aos sírios, Eliseu foi cercado por cavalos e carros de fogo (17) e eles foram feridos de cegueira (18). Em seguida, Eliseu levou-os a Samaria onde sua cegueira foi removida e tornaram-se hóspedes do rei de Israel (20-23). Eles não fo-ram mortos porque, na verdade, não haviam sido levados como prisioneiros de guerra. Eliseu lembrou ao rei que mesmo, se assim fosse, seria desumano matá-los. Os sírios podiam ver que estavam reunidos com o profeta e o povo do verdadeiro Deus. Foi um ato que levou à paz durante algum tempo, pois não entraram mais tropas de sírios na terra de Israel (23).

"Ver o invisível" é a importante e permanente lição dos versículos 13:18. (1) As cir-cunstâncias ameaçadoras, 14; (2) 0 medo do servo, 15; (3) A fé de Eliseu, 16; (4) A abertu-ra dos olhos, 17; (5) Os cavalos e carros de fogo no monte, 17.

8. Deus Usa Eliseu durante o Cerco de Ben-Hadade a Samaria (II Reis 6:24-7.
20)

Apesar daquele período de paz, mais tarde, Samaria sofreu um prolongado cerco de Ben-Hadade. Isso ocorreu depois de 845 a.C., durante uma pausa entre os avanços da Assíria. Nesse período, o rei da Síria usou todo o seu exército (24), isto é, toda a força de suas tropas contra Israel'.

A capacidade de Samaria de efetivamente suportar esse cerco reflete a sabedoria da escolha de Onri quando a fortificou para ser a capital do Reino do Norte (cf. I Reis 16:24).

  1. Condições criadas pelo cerco (6:24-31). O cerco da Síria contra Samaria exauriu o suprimento de alimentos da cidade e até o jumento, um animal impuro, foi usado como comida. Uma cabeça de um jumento (25) que era uma das partes do animal menos própria para se comer era vendida por cinqüenta dólares americanos em prata (Berk. Oitenta peças de prata). A quarta parte de um cabo de esterco de pombas – que Josefo afirma ter sido usado como alimento em tempos de seca – era vendida por três dólares em prata (Berk. Cinco peças de prata). As mães voltaram-se ao canibalismo. Uma delas se queixou ao rei de que uma outra mulher não cumpriu a sua parte do acordo feito entre elas, quando chegou a vez de comerem o filho da outra (26-29). Quando ele ia passando pelo muro (30), rasgou as vestes reais e o povo percebeu que estava vestido com "pano de saco sobre a carne" (Moffatt). O atormentado rei (Jorão) prometeu mandar cortar a cabeça de Eliseu (31) em uma indicação de que culpava o profeta por sua provação. Podemos imaginar a razão dessa promessa. O profeta havia aconselhado o rei a não se render aos sírios, arrependesse e confiasse em Deus para a sua libertação.
  2. Eliseu declara que o cerco logo terminará (II Reis 6:32-7.2). Provavelmente em 5.24 está indicado que Eliseu havia se alojado em Samaria onde a "altura" ou "outeiro" (em hebraico, ophel ou "colina") pode significar a parte da fortaleza da cidade onde estava localizada a sua casa. Aparentemente, ele tinha o apoio dos anciãos (32) em qualquer atitude que tomasse durante o cerco. Filho do homicida (32) é uma expressão queidentifica o rei como assassino por causa de sua intenção. Ela foi traduzida simples-mente como "homicida" ou "assassino" nas várias versões. Eliseu tomou precauções para não ser morto pelo servo do rei antes da chegada do monarca (32). Como esse cerco havia sido enviado pelo Senhor, o sentimento expresso por Eliseu significa que só Deus poderia libertá-los (33). Porém, embora essa libertação não fosse merecida, o Senhor é sempre generoso. Sob a direção do Espírito Santo, Eliseu predisse que a es-cassez de alimentos terminaria no dia seguinte. Os grãos geralmente disponíveis para fazer o alimento, mas até então impossíveis de serem comprados por causa dos preços elevados, seriam vendidos a preços normais (II Reis 7:1). Um capitão do rei, que havia mostra-do sua descrença, foi informado de que testemunharia esse alívio para a cidade, mas não participaria dele.

Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de II Reis Capítulo 6 versículo 24
Poderia tratar-se de Ben-Hadade II, que já havia anteriormente sitiado Samaria (1Rs 20:1), ou de Ben-Hadade III, filho se Hazael (2Rs 13:3). Rei da Síria:
Ver 2Rs 5:1,

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de II Reis Capítulo 6 do versículo 1 até o 33
*

6:1

discípulos dos profetas. Ver nota em 1Rs 20:35.

* 6:5

machado. Esse instrumento era caro e relativamente raro em Israel nesse tempo. Pelo fato de que o profeta tinha emprestado o machado de um amigo, sua perda representaria um problema.

* 6:8

rei da Síria. Assim como no cap.5, os reis da Síria e de Israel (v. 9) não foram chamados por seus nomes. O mais provável é que tenham sido Ben-Hadade II (8.7; 13.3; 1Rs 20:1) e Jorão (1.17; 3.1; 9.24).

guerra a Israel. A despeito da ratificação de um tratado ente Israel e a Síria (1Rs 20:34; 22:1), as duas nações continuaram a lutar.

* 6:16

mais são os que estão conosco. Eliseu referia-se ao "exército" celestial de Deus (conforme 13 6:5-15'>Js 5:13-15; 2Cr 32:7,8; Dn 10:20; 12:1). Ao lutarem nas guerras por Deus, os israelitas acreditavam que não estavam lutando sozinhos, mas contando com o poder de Deus (Êx 15:1-12; Dt 20:1-4; 2Sm 22:7-16,31-51). Ver também Mt 26:53.

* 6:17

lhe abras os olhos. Eliseu orou para que o servo visse algo que não aparece a olhos nus: os exércitos celestiais de Deus prontos para batalhar contra os sírios.

* 6:21

meu pai. Os reis chamavam Eliseu de "pai", por terem grande respeito por ele (2.12 e nota; 13.14).

* 6:22

Não os ferirás. A lição destacada por Eliseu era dupla. Em primeiro lugar, os cativos não pertenciam ao rei, porque a vitória pertencia a Deus. Em segundo lugar, os cativos que se colocavam à mercê de seus captores normalmente não eram mortos (Dt 20:11; 2Sm 8:2).

* 6:24

Ben-Hadade. O mais provável é que tenha sido Ben-Hadade II (8.7; 1Rs 20:1, nota).

* 6:25

a cabeça de um jumento por oitenta siclos de prata. Uma parte indesejável de um animal imundo (Lv 11:2-7; Dt 14:4-8) estava sendo vendida por quase um quilo de prata.

* 6:28

Dá teu filho, para que, hoje, o comamos. As maldições da Aliança do Sinai previam exatamente essa espécie de canibalismo (Lv 26:29; Dt 28:52-57; conforme Lm 2:20; 4:10; Ez 5:10).

* 6:30

rasgou as suas vestes. Esse ato era um sinal de aflição (1Rs 21:27, nota).

trazia pano de saco por dentro, sobre a pele. Isso demonstrou que até o rei estava em estado de lamentação (Gn 37:34; 1Rs 21:27; Jo 3:5,6).

* 6:32

juntamente com os anciãos. Os líderes da cidade estavam conferenciando com Eliseu, e não com o rei (1Rs 8:1, nota).



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de II Reis Capítulo 6 do versículo 1 até o 33
6.1-7 O incidente da tocha que flutuou se registra para demonstrar o cuidado e a provisão de Deus para aqueles que confiam no, até nos sucessos insignificantes da vida diária. Deus sempre está presente. Colocado entre a cura de um general sírio e a liberação do exército israelita, este milagre mostra o contato pessoal do Eliseu com os estudantes que estavam aprendendo a ser profetas. Apesar de que tinha o respeito dos reis, Eliseu nunca se esqueceu do cuidado dos fiéis. Não permita que a importância de seu trabalho o desvie de sua preocupação pela necessidade humana.

6.16, 17 O servo do Eliseu já não teve mais medo quando viu o poderoso exército celestial de Deus. A fé revela que Deus está fazendo mais por seu povo do que nos podemos dar conta por meio da vista. Quando se em frente a dificuldades que parecem infranqueáveis, recorde que os recursos espirituais estão aí mesmo que não possa vê-los. Veja através dos olhos da fé e permita que Deus lhe mostre seus recursos. Se você não vá a Deus obrando em sua vida, provavelmente haja um problema com sua visão espiritual, e não com o poder de Deus.

6:21, 22 Eliseu disse ao rei que não massacrasse aos sírios. O rei não devia creditá-la glória por algo que só Deus tinha feito. Ao colocar comida e água diante deles, ele estava amontoando "brasas de fogo" sobre suas cabeças (Pv 25:21-22).

6:23 Não se sabe quanto tempo permaneceram os sírios afastados do Israel, mas provavelmente passaram alguns anos antes da invasão registrada em 6.24. Os sírios deveram haver-se esquecido do tempo em que seu exército inteiro foi cegado em forma sobrenatural e enviado a casa.

6:24 Este foi provavelmente Ben-adad II, cujo pai governou Síria nos dias do rei Baasa (1Rs 15:18). Eliseu frustrou constantemente os intentos do Ben-adad por tomar controle do Israel.

6:25 Quando uma cidade como Samaria se enfrentou à fome, não foi um assunto insignificante. Apesar de que levantaram suficiente comida para alimentar ao povo durante uma temporada específica, não tiveram suficiente para mantê-lo em tempos prolongados de emergência quando todos os fornecimentos foram cortados. Esta fome foi tão severo que as mães começaram a comer-se a seus filhos (6.26-30). Dt 28:49-57 prediz que isto aconteceria quando o povo do Israel rechaçasse a liderança de Deus.

6.31-33 por que culpou o rei ao Eliseu da fome e dos problemas do bloqueio? Aqui temos algumas das respostas possíveis. (1) Alguns comentaristas dizem que Eliseu deveu haver dito ao rei que confiasse em Deus para a liberação. O rei fez isto e até estava vestido de cilício (6.30), mas agora a situação parecia sem esperança. Aparentemente o rei pensou que Eliseu lhe tinha dado um mau conselho e nem sequer Deus poderia ajudá-lo. (2) Durante anos existiu um conflito entre os reis do Israel e os profetas de Deus. Os profetas freqüentemente prediziam coisas sombrias devido à maldade dos reis, assim que os reis os viam como os causadores dos problemas. portanto, o rei do Israel estava tremendamente frustrado e zangado com o Eliseu. (3) O rei deveu ter recordado quando Elías ajudou a deter a fome (1Rs 18:41-46). Ao saber que Eliseu era um homem de Deus, possivelmente pensou que Eliseu podia fazer qualquer milagre que quisesse e estava zangado porque não tinha vindo ao resgate do Israel.

PESSOAS QUE RESSUSCITARAM DA MORTE

Deus é todo capitalista. Nada na vida está além de seu controle, nem sequer a morte.

Elías ressuscitou a um menino: cf11\ul 1Rs 17:22

Eliseu ressuscitou a um menino: cf11\ul 2Rs 4:34, 35

Os ossos do Eliseu ressuscitam a um homem: cf11\ul 2Rs 13:20, 21

Jesus ressuscitou a um menino: cf11\ul Lc 7:14, 15

Jesus ressuscitou a uma menina: cf11\ul Lc 8:52-56

Jesus ressuscitou ao Lázaro: cf11\ul Jo 11:38-44

Pedro ressuscitou a uma mulher: cf11\ul At 9:40, 41

Paulo ressuscitou a um homem: cf11\ul At 20:9-20


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de II Reis Capítulo 6 do versículo 1 até o 33

f. O Axhead (


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de II Reis Capítulo 6 do versículo 1 até o 33
Nesses capítulos, temos vários mila-gres e ministérios de Eliseu. Alguns particulares, para as pessoas de Deus, outros públicos, para a nação. Em ambos os casos, vemos claramente que o homem do Senhor nunca dei-xa de saber a vontade do Senhor ou de exercer o poder dele.

  • Eliseu recupera a cabeça do machado (6:1 -7)
  • Alegra-nos saber que uma das esco-las de profetas crescia e precisava de mais espaço. Em um sentido, es-ses homens estavam em uma "casa missionária" sendo treinados por Eliseu para levar a Palavra até as pessoas. As escolas teológicas que treinam nossos futuros trabalhado-res são importantes e merecem o apoio do povo de Deus. Observe que Eliseu não era muito ocupado nem orgulhoso demais para partici-par do trabalho de construção. Com certeza, a presença dele encorajava os jovens. Os estudantes eram po-bres, e pelo menos um deles teve de emprestar ferramentas. O estudante apavorou-se quando a cabeça do machado caiu na água, mas Eliseu recuperou-a para ele. Não é pecado pedir emprestado, mas deve-se cui-dar e devolver o que foi empresta-do. Com certeza, Deus está interes-sado nas necessidades pessoais de seu povo, mesmo aquelas "coisas insignificantes" que, com freqüên- cia, atormentam nosso coração.

  • Eliseu captura os invasores sírios (6:8-23)
  • O rei sírio enviou tropas de solda-dos para invadir Israel (veja 5:2), contudo o Senhor revelou todos os movimentos que o inimigo faria para Eliseu. Sl 25:14 afirma: "O Senhor confia os seus segredos aos que o temem" (NVI). Embora Eliseu não honrasse o perverso rei Jorão (3:13-14), o profeta tinha co-ração voltado para o povo de Israel e queria protegê-lo. O rei foi bastan-te sábio e escutou o homem do Se-nhor, e Deus protegeu Israel. O rei da síria enviou soldados para que capturassem Eliseu quando soube que ele era o espião secreto de Isra-el. O servo de Eliseu (que aparente-mente substituiu Geazi), quando viu o exército em volta da cidade, pen-sou que chegara o fim; no entanto, o Senhor abriu os olhos do servo, e ele viu que havia multidões de an-jos prontos para salvar Eliseu. O ver-sículo 16 é tão verdadeiro para os cristãos hoje quanto era para os ju-deus naqueles dias. "Se Deus é por nós, quem será contra nós?"

    Eliseu realizou um milagre du-plo: ele abriu os olhos de seu servo, mas cegou os olhos dos invasores. Dessa forma, foi muito fácil levá-los para Samaria. Imagine a surpresa dos sírios quando seus olhos foram abertos e viram a cidade inimiga. Eliseu proibiu que o rei de Israel matasse os soldados: o Senhor os capturara, e a glória cabia apenas a ele. Eliseu derrotou-os com bon-dade. VejaRm 12:20-45; Pro-vérbios 25:21-22 e Mt 5:43-40. A partir desse momento, a Síria não mandou mais "comandos" secretos para invadir as vilas de Israel. Quan-do o povo de Deus obedece à sua Palavra, jamais precisa temer o ini-migo; vejaSl 46:0). O rei enviou um mensagei-ro (que Eliseu sabia que viria) para receber uma predição estranha do homem do Senhor: no dia seguinte, Samaria seria libertada e haveria ali-mento em abundância.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de II Reis Capítulo 6 do versículo 1 até o 33
    6.1 A Escola de Profetas, o Instituto Bíblico de Eliseu, estava em pleno desenvolvimento. Nota-se que este profeta aparece como guia e orientador em ocasiões em que a situação é de difícil solução.
    6.5 O machado. Naquela época, este instrumento seria uma invenção nova e de grande valor. (Esta história é de c. 843 a.C.).

    6.6 Fez flutuar o ferro. Cada vez que Eliseu se depara com seus semelhantes em situações difíceis, lança mão de objetos singelos para realizar o milagre que solucionaria o problema: o sal, 2.21; o azeite, 4:2-7; o hálito, 4.34; a farinha, 4.41; o pão, 4:42-44; e de um pau neste versículo. Tais objetos, nenhum efeito podiam ter tido: o que operava era o poder de Deus através de uma vida de oração e de fé.

    6.11 Não me fareis saber. A não ser por muita cortesia, um rei daqueles tempos, suspeitando de traição, poderia ter decapitado todos os oficiais.

    6.13 Dotã. Uma cidade situada numa colina, 15 km ao norte de Samaria. Foi ali que José foi vendido aos ismaelitas como escravo (Gn 37:17).

    6.14 Um destacamento bélico muito forte para um simples profeta!
    6.15 O moço. Este moço, cujo nome não se sabe, ficará no lugar de Geazi, 5.26.

    6.16 Não temos. • N. Hom. Esta exortação aparece muitas vezes na Bíblia; nota-se que sempre vem acompanhada de alguma declaração consoladora, como aqui, em Is 41:1 Is 41:0, e em Lc 2:10; Lc 12:32. Seria inútil admoestar alguém para que não fique com medo, se previamente, a causa desse medo não é anulada. Para uma mente esclarecida que reconhece que os poucos dias vividos na terra são nada, comparados com a eternidade, o medo visaria às conseqüências eternas, para as quais Jesus tem a solução, pois é por Ele que Deus nos outorga a vida eterna (Lc 12:32; Jo 3:16). Esta confiança é exposta em Sl 23:4.

    6.17 Abriu os olhos. O moço não era cego fisicamente, apenas não possuía percepção espiritual. As forças da proteção divina revelavam-se, agora, de forma que seus olhos humanos podiam enxergar, e sua mente humana podia entender (Sl 119:18; Sl 34:7; Ef He 13:1).

    6.18 Cegueira. A palavra sanverim (heb) aparece somente aqui e em Gn 19:11 (onde se trata de uma punição divina para os homens de Sodoma que intentavam lançar mão de Ló). Deve significar incapacidade de distinguir alguns objetos, porque caso se tratasse de cegueira total, aqueles soldados não poderiam continuar avançando na direção do profeta, não podendo também os sodomitas prosseguir em seus propósitos, caso estivessem numa situação de cegueira total.

    6.21 Meu pai. O nome do rei de Israel não aparece nestas narrativas; deve ser Jorão, cujo reinado é descrito, mais adiante. As datas dos reis têm menos importância neste Livro do que o relato da vida dos homens de Deus.

    6.23 Não houve mais investidas. O perdão concedido pela rei, aos soldados, tem, no final, uma vitória mais importante do que a que eles esperavam ganhar (Pv 25:21-20).

    6.24 Aqui não há contradição: trata-se agora de guerra e não de incursões e ataques repentinos.
    6.25 Esta carne inferior, custava o equivalente a 971 kg de prata por cabeça; o esterco seria o combustível para refogá-la.
    6.32 Homicida. Refere-se a Jorão, filho de Acabe, que matou o inocente Nabote.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de II Reis Capítulo 6 do versículo 1 até o 33
    O machado emprestado (6:1-7)
    O incidente desligado do contexto reflete uma época pacífica na região de Jerico. A menção da reunião contigo (v. 1) pode ser uma forma cortês de se dirigir a ele, ou mostra um ministério estabelecido de Eliseu na região, com concentração no treinamento do grupo, v. 2. cada um de nós poderá cortar um tronco, ou para construir um abrigo novo próximo do Jordão, ou buscar troncos para ampliar as dependências existentes, v. 4. E foi com eles e estava por perto quando um dos trabalhadores perdeu o seu machado, v. 6. Onde caiu?-, a atenção para o local exato sugere que Eliseu na verdade usou o galho para enfiar no furo do ferro do machado, assim puxando-o para fora da água, mas o jogou ali não dá apoio a essa interpretação, e o autor evidentemente tem em mente o impacto de um milagre. O significado religioso não é tão claro, exceto pela recompensa à fé e confiança do trabalhador, e um acréscimo ao milagre compartilhado que fortaleceu a confiança do grupo todo.

    Guerra contra a Síria (6:8-23)
    Esse incidente, incluindo tanto a proteção divina quanto o humanitarismo de Eliseu, não pode ser datado exatamente. A capacidade da Síria de alcançar Dotã (aproximadamente a 20 quilômetros de Samaria) mostra uma época em que a sorte de Israel não era das melhores — talvez no início do reinado de Jeú, depois de ele ter pago tributos à Assíria, ou mais tarde, quando Jeoacaz estava sofrendo sob a pressão nada suave de Hazael. A Assíria tinha outras preocupações entre 840 e 810 e deixou que a Síria fosse a principal inimiga de Israel, v. 9. O homem de Deus, depois identificado como Eliseu (v. 12), informa o rei de Israel das emboscadas e movimentos dos sírios, v. 11. O rei da Síria suspeita de traição, mas é convencido de que Eliseu é o culpado, v. 15. bem cedo pela manhã-, a situação desesperadora da cidade fica evidente, e o servo expressa o temor de todos: Ah, meu senhor! O que faremos? A resposta de Eliseu (v. 16) tem sido um conforto para muitos, mesmo que fisicamente nem sempre seja tão óbvia quanto foi para o jovem servo que viu as colinas cheias de cavalos e carros de fogo ao redor de Eliseu (v. 17; que depois não participam mais da história). A cegueira inexplicável capacita Eliseu a conduzir os invasores (que não reconhecem a voz dele) ao longo dos 20 quilômetros até a cidade de Samaria (v. 19). O rei de Israel trata Eliseu com grande respeito (meu pai), a ponto de poupar inimigos odiados. v. 22. O rei costuma matar prisioneiros que captura...? sugere uma generosidade para com os prisioneiros que é questionada pela atitude profética de lRs 20.42. A LXX traz “que você não capturou”, sugerindo uma prática mais cruel. O TM (seguido pela NVI), no entanto, dá mais força ao pedido de Eliseu. v. 23. O grande banquete selou o perdão — não se poderia matar alguém com quem se tinha sentado num banquete —, e os invasores sírios partiram como amigos.

    O cerco que é desfeito logo em seguida (6.24—7.20)
    As hostilidades do v. 24 precisam ser separadas das boas relações do v. 23, o que provavelmente pode ser feito por meio de uma datação desse incidente no reinado de Ben-Hadade II, predecessor de Hazael; assim, o rei de Israel (v. 26) seria Jorão. O acordo anterior entre a Síria e Acabe não durou, e uma calmaria na pressão assíria abriu espaço para que a Síria fizesse as suas reivindicações diante de Israel. Nessa ocasião, Samaria foi cercada, o que resultou cm fome e terríveis sofrimentos (v. 28,29). Diante disso, o autocontrole do rei desabou: Se o Senhor não a socorrer, como poderei ajudá-la? (v. 27), e ele determinou com raiva que ela expressasse a sua frustração com Eliseu. v. 25. uma cabeça de jumento chegou a valer oitenta peças de prata, e uma caneca de esterco de pomba (BJ: “cebola selvagem”, com a observação na nota de rodapé: “ ‘estrume de pombo’ [?] é impossível aqui”), cinco peças de prata: podemos observar aqui os altos preços da época de fome em comparação com o preço na fartura (7.1).

    v. 32. Eliseu estava sentado em sua casa, numa audiência respeitosa com as autoridades de Israel, compartilhando da calamidade, mas com a garantia aos fiéis da libertação no final. A sua referência presciente àquele assassino (lit. “filho de assassino”) talvez deva ser associada às ações do seu pai, Acabe, ou mais provavelmente seja um hebraísmo de personalidade. Vocês não estão ouvindo os passos do seu senhor que vem atrás dele?. os v. 32,33 se encaixam numa série de eventos que terminam com o confronto entre Eliseu e o rei. 


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de II Reis Capítulo 6 do versículo 24 até o 33
    i) Samaria é divinamente libertada (2Rs 6:24-12 nota).

    Dicionário

    Ajuntar

    verbo bitransitivo e pronominal Juntar, colocar junto ou perto; unir-se: ajuntar os alunos da escola; os melhores se ajuntaram.
    Reunir pessoas ou coisas que têm relações entre si; unir uma coisa com outra: ajuntar os bons e os maus.
    Juntar em grande quantidade; acumular, acrescentar, coligir: ajuntar dinheiro.
    verbo intransitivo Unir de maneira muito próxima: não temos o dinheiro todo, estamos ajuntando.
    Etimologia (origem da palavra ajuntar). A + juntar.

    Ben

    hebraico: filho

    Ben Palavra hebraica que quer dizer “filho” (Gn 19:38).

    Cercar

    verbo transitivo Pôr cerca, fazer cerca a.
    Rodear, circundar, estar em volta ou em torno de: a cidade é cercada de montanhas.
    Figurado Estar em volta de: perigos que o cercam.
    Fazer cerco a, sitiar: os inimigos cercam a fortaleza.

    Depois

    advérbio Seguidamente; numa circunstância posterior: chegou depois das 21h.
    Atrás; de modo posterior, na parte de trás: saiu depois da banda.
    Ademais; em adição a: o tumulto foi desordeiro e, depois, se opôs ao governo.
    Etimologia (origem da palavra depois). De origem questionável.

    logo. – Segundo Lac. – “ambos estes advérbios indicam tempo que se segue ao atua1; porém logo designa termo mais próximo, e depois termo mais remoto. Logo ao sair da missa montaremos a cavalo; e depois de darmos um bom passeio, iremos jantar com teu tio”.

    Exército

    substantivo masculino Conjunto das forças militares de uma nação: o exército brasileiro.
    Reunião de grande número de tropas sob as ordens de um comandante.
    Figurado Grande quantidade, multidão: um exército de empregados.
    Exército da Salvação, organização protestante fundada em 1865 com fins caritativos.

    Durante o Êxodo, todo homem, de idade superior a vinte anos era soldado (Nm 1:3), sendo isentos do serviço militar somente os sacerdotes e os levitas (Nm 2:33). Cada tribo formava um regimento, com a sua própria bandeira e o seu próprio chefe (Nm 2:2 – 10.14). Quando estava próximo o inimigo, era feito o alistamento de todos os combatentes. Alguns destes podiam ser dispensados do serviço em determinados casos (Dt 20:5-8). o exército era, então, dividido em milhares e centenas, sob o comando dos seus respectivos capitães (Nm 31:14 – 1 Sm 8.12 – 2 Rs 1.9). Depois da entrada dos israelitas na terra de Canaã e depois de disperso o povo por todo o país, podiam os combatentes ser chamados na excitação do momento por uma trombeta (Jz 3:27), ou por mensageiros (Jz 6:35), ou por algum significativo sinal (1 Sm 11.7), ou, como em tempos posteriores, pelo arvorar de um estandarte (is 18:3Jr 4:21 – 51.27), ou ainda por meio de uma fogueira sobre algum lugar eminente (Jr 6:1). Escoltava o rei um certo número de guerreiros, que formavam o núcleo do exército. A guarda de Saul era de 3.000 guerreiros escolhidos (1 Sm 13.2 – 14.52 – 24,2) – e Davi tinha 600, que ele, com o correr do tempo foi aumentando (2 Sm 15.18). Mais tarde organizou uma milícia nacional, dividida em doze regimentos, tendo cada um destes o nome dos diferentes meses do ano (1 Cr 27.1). À frente do exército, quando estava em serviço ativo, punha o rei um comandante chefe (1 Sm 14.50). Até esta ocasião o exército constava inteiramente de infantaria, mas como as relações com os povos estranhos aumentavam, muita importância foi dada aos carros de guerra. Estes não eram de grande utilidade na própria Palestina, devido a ser muito acidentado o país, mas podiam ser empregados com vantagem nas fronteiras, tanto do lado do Egito, como da banda da Síria. Davi pôs de reserva cem carros, do despojo dos sírios (2 Sm 8,4) – Salomão tornou muito maior esse armamento, e aplicou-o à proteção das povoações da raia, sendo para esse fim estabelecidas estações em diferentes localidades (1 Rs 9.19). Essa força foi aumentada até ao número de 1.400 carros 12:000 cavaleiros. Para cada carro eram destinados três cavalos, ficando o terceiro de reserva (1 Rs 10.26 – 2 Cr 1.14). os diversos postos do exército eram os soldados (homens de guerra), os tenentes (servidores), os capitães (príncipes), os oficiais do estado-maior, e os oficiais de cavalaria (1 Rs 9.22). As operações de guerra começavam geralmente na primavera, depois de solenemente se pedir a Deus a Sua proteção. (*veja Urim e Tumim.) os sacerdotes levavam a arca e acompanhavam os combatentes com o fim de infundir coragem e prestar qualquer auxílio. Eles também influiam na qualidade de arautos e de diplomatas, tanto antes como depois da guerra (Nm 10:8Dt 20:2-4 – 1 Sm 7.9). os judeus, como guerreiros, eram terríveis combatentes, gostando de aproximar-se do inimigo, e levá-lo à luta de corpo a corpo. Precipitavam-se sobre o adversário, dando altos gritos e tocando trombetas. Mostravam, também, grande astúcia na guerra, preparando emboscadas e efetuando ataques noturnos. (*veja Davi, Jonatas.) os feitos de valor eram generosamente recompensados. Antes do estabelecimento de um exército permanente, tinha o soldado de prover a sua própria armadura, e pela força ou outros meios devia obter o seu alimento. Mais tarde tornou-se o exército um encargo nacional, embora os soldados não recebessem soldo. o exército romano pode ser descrito nesta maneira esquemática: Uma centúria = 50 a 100 homens, Duas centúrias = 1 manípulo, Três manípulos = 1 coorte, Dez coortes = 1 legião. Segue-se que havia sessenta centúrias numa legião, cada uma das quais era comandada por um centurião. Primitivamente constava a centúria, como o nome dá a conhecer, de cem homens, mas depois variava o número segundo a força da legião. No Novo Testamento acha-se mencionada ‘a legião’ (Mt 26:53Mc 5:9) – e a ‘coorte’ (Mt 27:27Mc 15:16Jo 18:3-12At 10:1 – 21.31 – 27.1). o comandante de uma coorte (Lat. tribunus, gr. chiliarck, isto é, comandante de 1
    000) é mencionado em João 18:12, e várias vezes em Atos 21:24. Neste último caso a coorte era a guarnição romana de Jerusalém, com o seu quartel no Forte Antônia, contíguo ao templo. Além dessas coortes legionárias, havia também coortes de voluntários, servindo ao abrigo dos estandartes romanos. Uma destas chamava-se coorte italiana (At 10:1), porque era formada de voluntários da itália. o quartel general das forças romanas, na Judéia, era Cesaréia. A ‘coorte imperial’ (ou ‘Augusta’), a que se faz referência em At 27:1, pode ter sido alguma das espalhadas pelas províncias, talvez a de Samaria, pois que a esta cidade tinha Herodes dado o nome de Sebasta (Lat. Augusta). E pode também essa coorte ter derivado o seu nome de alguma honra especial, concedida pelo imperador a esse corpo do exército. Referências ao oficial ‘centurião’ acham-se em Mt 8:5-27. 54, e freqüentemente no livro dos Atos. Quatro soldados constituíam a ordinária guarda militar, e como esta havia quatro, correspondentes às quatro vigílias da noite, e que se rendiam de três em três horas (Jo 19:23At 12:4). Quando uma guarda tinha a seu cuidado um prisioneiro, acontecia então que dois soldados vigiavam fora das portas da prisão, enquanto os outros dois estavam na parte de dentro (At 12:6). os arqueiros mencionados em Atos 23:23, parece terem sido tropas irregulares, que eram armados à ligeira.

    Exército
    1) Tropa organizada para combater (Dt 23:9)

    2) Os astros (Jr 33:22). 3 Os anjos (Sl 103:21); (Lc 2:13), RC).

    Hadade

    -

    (Talvez ‘o que lança o raio’.) o título do deus do Tempo, a que se prestava culto na Palestina e na Síria. 1. Filho de ismael, que também se chamava Hadar (Gn 25:15 – 1 Cr 1.30). 2. Filho de Bedade, rei de Edom, sendo Avite, a capital deste pais (Gn 36:35 – 1 Cr 1.46). 3. outro rei, o último dos reis de Edom. Depois da sua morte, os governadores do país tiveram o nome dos príncipes (1 Cr 1.51). Em Gn 36:39 é chamado Hadar. A sua principal cidade era Pai ou Pau (1 Cr 1.50). 4. o Filho de Bedade, rei de Edom. Foi levado para o Egito pelos servos do seu pai, quando Joabe, general das tropas de Davi, extirpou a todo o varão em Edom. Hadade era apenas então uma criança. o rei do Egito deu-lhe posição, casa e terras, e casou-o com a irmã da sua própria mulher. Depois da morte de Davi, desejou Hadade voltar ao seu país. Faraó procurou detê-lo no Egito, porque uma forte amizade se manifestava entre as famílias de ambos, mas por fim consentiu na sua partida. Voltando para Edom, começou Hadade a levantar embaraços a Salomão – não sabemos sobre isso nenhuma particularidade (1 Rs 11.14 a25).

    1. Filho de Ismael e neto de Abraão e Hagar; era o líder do seu clã (Gn 25:15-1Cr 1:30).


    2. Filho de Bedade, tornou-se rei de Edom depois da morte de Husão (Gn 36:35-36; 1Cr 1:46-47). Ficou famoso por sua vitória sobre os midianitas, na região de Moabe. Vivia na cidade de Avite e depois de sua morte seu sucessor no trono foi Samlá. Reinou na época anterior à monarquia em Israel (Gn 36:31).


    3. Rei de Edom, sucedeu Baal-Hanã. Sua cidade chamava-se Pau e sua esposa era Meetabel, filha de Matrede (Gn 36:39 — onde é chamado de Hadar: 1Cr 1:50-51).


    4. Edomita, “da estirpe real de Edom”, foi levantado pelo Senhor como adversário do rei Salomão (1Rs 11:14), que experimentou grande prosperidade e tinha extraordinária sabedoria enquanto manteve uma atitude de total confiança no Senhor, no início de seu reinado. Quando, porém, tornou-se muito influente no mundo, foi tentado a estabelecer laços com outras famílias reais, por meio de casamentos, sem dúvida por razões políticas. Cada esposa levou para Jerusalém seus próprios deuses. Assim, Salomão não só quebrou a lei de Deus, ao casar-se com mulheres estrangeiras, mas também permitiu a introdução de divindades estrangeiras na cidade santa (veja Js 23:12-13; Dt 7:3). Os seus casamentos com mulheres estrangeiras causaram a ira de Deus. Gradualmente, suas esposas “lhe perverteram o coração para seguir a outros deuses” (1Rs 11:4-6). Claramente criou uma ruptura na aliança que fizera com o Senhor, após a construção do Templo (1Rs 9:6-9).

    Na época do rei Davi, os edomitas foram destruídos pelo exército de Israel. Hadade, que na época era apenas um jovem, fugiu para o Egito, onde foi bem recebido e casou-se com a própria cunhada do Faraó, irmã de Tafnes, rainha do Egito. Seu filho, Genubate, foi criado na corte real egípcia. Quando Hadade soube que Davi estava morto, retornou para lutar contra Salomão, o que efetivamente fez, e sempre manteve uma guerrilha contra Israel. Como o escritor de I Reis estava interessado somente em mostrar como Salomão estava sendo punido por Deus, nada mais se sabe sobre Hadade; provavelmente se estabeleceu em Edom e continuou a lutar contra Salomão até o final de seu reinado (1Rs 11:14-25). P.D.G.


    Hadade [Poderoso ? Trovão ?] -

    1) Rei de Edom (Gn 36:35)

    2) Membro da família real de EDOM que se revoltou contra Salomão (1Rs 11:14-25).

    3) O último dos antigos reis de Edom (1Cr 1:50).

    4) O deus sírio do trovão (v. HADADE-RIMOM).

    Rei

    Rei
    1) Governador de um IMPÉRIO 1, (At 1:2), de um país (1Sm 8:5; Mt 2:1) ou de uma cidade-estado (Gn 14:2). Ocorrendo a morte do rei, um descendente seu o sucede no trono (1Rs 2:11-12).


    2) Título de Deus (Ml 1:14) e de Jesus (Mt 21:5; Ap 7:14; 19.16).


    3) Rei do Egito,
    v. FARAÓ.


    substantivo masculino Monarca; aquele que detém o poder soberano num reino.
    Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa.
    Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete.
    Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira.
    Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez.
    Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas.
    substantivo masculino plural Reis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos.
    Gramática Feminino: rainha.
    Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.

    l. o título de rei, na significação de suprema autoridade e poder, usa-se a respeito de Deus (Sl 10:16 – 47.7 – 1 Tm 1.17). 2. Este título foi aplicado a Jesus Cristo, como rei dos judeus (Mt 27:11-37, e refs.). 3. No A.T. o título de rei emprega-se em um sentido muito lato, não só falando dos grandes potentados da terra, como os Faraós do Egito (Gn 41:46) e o rei da Pérsia (Ed 1:1), mas tratando-se também de pequenos monarcas, como o rei de Jericó (Js 2:2 – cp com Jz 1:7). 4. Também se usa o título: a respeito do povo de Deus (Ap 1:6) – e da morte, como quando se diz ‘rei dos terrores’ (18:14) – e do ‘crocodilo’, como na frase ‘é rei sobre todos os animais orgulhosos’ (41:34). 5. Na história dos hebreus sucedeu o governo dos reis ao dos juizes. A monarquia, existente nos povos circunvizinhos, foi uma concessão de Deus (1 Sm 8.7 – 12.12), correspondendo a um desejo da parte do povo. Esse desejo, que já havia sido manifestado numa proposta a Gideão (Jz 8:22-23), e na escolha de Abimeleque para rei de Siquém (Jz 9:6), equivalia à rejeição da teocracia (1 Sm 8.7), visto como o Senhor era o verdadeiro rei da nação (1 Sm 8.7 – is 33:22). A própria terra era conservada, como sendo propriedade divina (Lv 25:23). Todavia, não foi retirado o cuidado de Deus sobre o seu povo (1 Sm 12.22 – 1 Rs 6.13). A monarquia assim constituída era hereditária, embora a sucessão não fosse necessariamente pela linha dos primogênitos, pois Davi nomeou Salomão como seu sucessor de preferência a Adonias, que era o seu filho mais velho nessa ocasião. A pessoa do rei era inviolável (1 Sm 24.5 a 8 – 2 Sm 1.14). Quando a coroa era colocada na cabeça do monarca, ele formava então um pacto com os seus súditos no sentido de governá-los com justiça (2 Sm 5.3 – 1 Cr 11.3), comprometendo-se os nobres a prestar obediência – e confirmavam a sua palavra com o beijo de homenagem (1 Sm 10.1). os rendimentos reais provinham dos campos de trigo, das vinhas, e dos olivais (1 Sm 8.14 – 1 Cr 27.26 a 28), e do produto dos rebanhos (1 Sm 21.7 – 2 Sm 13.23 – 1 Cr 27.29 a 31 – 2 Cr 26.10), pertencendo aos reis a décima parte nominal do que produziam os campos de trigo, as vinhas, e os rebanhos (1 Sm 8.15 e 1l). A renda do rei também se constituía do tributo que pagavam os negociantes que atravessavam o território hebraico (1 Rs 10,15) – dos presentes oferecidos pelos súditos (1 Sm 10:27 – 16.20 – 1 Rs 10.25 – Sl 72:10) – e dos despojos da guerra e as contribuições das nações conquistadas (2 Sm 8.2,7,8,10 – 1 Rs 4.21 – 2 Cr 27.5). Além disso, tinha o rei o poder de exigir o trabalho forçado, o que era para ele causa de aumentarem os seus bens. Devia, também, Salomão ter auferido lucros das suas empresas comerciais pelo mar (1 Rs 1020 – Davi, rei em Hebrom (2 Sm 2.1 a 4). 22.17,18 – 2 Sm 1.15).

    substantivo masculino Monarca; aquele que detém o poder soberano num reino.
    Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa.
    Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete.
    Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira.
    Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez.
    Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas.
    substantivo masculino plural Reis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos.
    Gramática Feminino: rainha.
    Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.

    Reí

    (Heb. “amigável”). Um dos homens que, junto com o sacerdote Zadoque e o profeta Natã, entre outros, permaneceram fiéis ao desejo de Davi de colocar seu filho Salomão no trono, como seu sucessor (1Rs 1:8). Outro filho do rei, Adonias, tentou usurpar o reino; Salomão, entretanto, seguiu cuidadosamente os conselhos de Natã e de Zadoque e garantiu seu direito à sucessão. Para mais detalhes, veja Natã.


    Samaria

    -

    -

    Samaria [Torre de Guarda] -

    1) Monte situado 12 km a nordeste de Siquém (Am 6:1)

    2) Capital do reino do Norte, construída nesse monte por Onri (1Rs 16:24); (Jr 23:13); Ez 23; (Os 7:1-7); 8:5-6; (Am 4:1). Seu nome atual é Sebastieh.
    3) Região central da Terra Santa, abrangendo as tribos de Efraim e Manassés do Oeste. Ao norte ficava a Galiléia; a leste, o Jordão; ao sul, a Judéia; e, a oeste, o Mediterrâneo (2Rs 17:24-26;)

    Samaria Capital do Reino do Norte de Israel fundada pelo rei Amri em 880 a.C. Com o tempo, o nome estendeu-se à região dos arredores (Lc 17:11; Jo 4:4ss.).

    Siria

    A Síria, também chamada Arã por virtude do nome daquele patriarca, cujos descendentes a povoaram, compreendia o país que ficava entre o rio Eufrates ao oriente, e o Mediterrâneo ao ocidente, com a Cilicia ao norte, e o deserto da Arábia ao sul, excluindo a Palestina. Todavia, os limites da Síria nunca foram bem determinados, e o nome era vagamente usado. A Síria possuía muitas cidades famosas dentro dos seus limites. Entre essas, as principais eram Damasco, Antioquia, Selêucia, Palmira e Laodicéia. Era composta a Síria de uma reunião de pequenos Estados, lutando uns com os outros pela supremacia, mas com resultados indefinidos. o reino de Damasco era o principal – e, depois dos dias de Abraão, aparece pela primeira vez na história da Bíblia, aliado contra Davi com Hadadezer, rei de Zobá (2 Sm 8.5). o resultado da guerra foi a submissão da Síria a Davi – mas no reinado de Salomão houve contra este rei uma revolta de que era chefe Rezom de Zobá, que também se apoderou de Damasco (1 Rs 11.23 a 25). Desde esse tempo ficaram os reinos da Síria independentes de israel, com quem tiveram repetidas guerras sob o governo da dinastia de Hadade, tornando-se notável o cerco de Samaria, tão maravilhosamente malogrado (2 Rs 6 e 7). Depois disto assassinou Hazael o rei da Síria, e usurpou o trono, oprimindo o reino de israel – mas a seu tempo foi vencido por Jeoás, rei de israel (2 Rs 13 22:25). Jeroboão ii alcançou superioridade, e passado algum tempo vê-se o reino da Síria, sendo Rezim o soberano, em aliança com israel contra Acaz, rei de Judá. *veja a notável passagem de isaías (7.1 a 6). E desta luta se derivou o seguinte: o rei Acaz chamou em seu auxilio o monarca assírio, Tiglate-Pileser, seguindo-se uma série de rápidos acontecimentos, de que provieram o revés e a morte de Rezim e o ser a cidade de Damasco absorvida pela Assíria. Desde esse tempo deixaram os estados da Síria de ter qualquer existência independente, tornando-se uma parte do grande império da Assíria, de onde passaram mais tarde para o domínio dos babilônios, depois para o dos persas, e em seguida para o dos generais de Alexandre Magno, que, pela primeira vez, fizeram daqueles pequenos Estados um grande e próspero reino. As inscrições de Tiglate-Pileser comemoram a queda de Damasco, a derrota de Rezim, que pelo seu nome é mencionado, e apresentam o nome de Hadade, como sendo o de uma divindade da Síria. Nos tempos do N.T., a Síria, já província romana, abrangia a Palestina, que não obstante a sua dependência tinha um governador propriamente seu ou procurador. Assim, por ocasião do nascimento de Jesus, era legado da Síria C. Sentio Saturnino (9 a 6 a.C.), a quem sucederam P. Quintílio Varo (6 a 4 a.C.), e P. Sulpício Quirino (3 a 2 a.C.). E quando o Salvador Jesus foi crucificado era, legado L. Aélio Lâmia, e Pôncio Pilatos, o procurador.

    Suceder

    verbo transitivo indireto Vir depois; seguir-se: ao dia sucede à noite.
    Ser sucessor; assumir, por direito de sucessão, por nomeação ou por eleição, as funções antes ocupadas por outrem: o papa Paulo VI sucedeu a João 23.
    verbo intransitivo Acontecer, ocorrer: sucedeu que a minha ausência não foi notada; sucederam coisas misteriosas naquela noite.
    Ocorrer algo com alguém: já não se lembra do que lhe sucedeu ontem.
    verbo pronominal Acontecer sucessivamente: após o primeiro, sucederam-se muitos encontros.
    verbo transitivo indireto Ser solicitado por uma obrigação legal, testamento ou inventário: não tinha herdeiros que o sucedesse na herança.
    Etimologia (origem da palavra suceder). Do latim succedere, ocorrer depois de.

    suceder
    v. 1. tr. ind., Intr. e pron. Vir ou acontecer depois; seguir-se. 2. tr. ind. e Intr. Acontecer, dar-se (algum fato). 3. tr. ind. Produzir efeito, ter bom resultado. 4. tr. ind. Ir ocupar o lugar de outrem; substituir. 5. tr. ind. Tomar posse do que pertencia ao seu antecessor. Na acepção de acontecer, realizar-se, vir depois, é defectivo e só se conjuga nas 3.ª³ pessoas.

    Síria

    síria | s. f.
    Será que queria dizer síria?

    sí·ri·a
    (origem obscura)
    nome feminino

    1. [Portugal: Alentejo] Compleição, constituição física.

    2. [Portugal: Trás-os-Montes] Consistência ou robustez das pernas.

    3. Animação, vivacidade.

    5. [Viticultura] Casta de uva branca, cultivada no interior de Portugal. = ALVADURÃO, ROUPEIRO


    (as-Souriya) - do nome em antigo grego para a Assíria, embora a área central da Assíria estaeja atualmente localizada no moderno Iraque. Antes dos gregos, a região do moderno estado da Síria era conhecido como Aram, de onde procede o idioma aramaico, uma antiga língua franca do Oriente Médio, ainda falada em alguns vilarejos nos dias atuais.

    Síria V. ARÃ 2.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    II Reis 6: 24 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E sucedeu, depois disto, que Ben-Hadade, rei da Síria, ajuntou todo o seu exército; e subiu e cercou a Samaria.
    II Reis 6: 24 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    848 a.C.
    H1130
    Ben-Hădad
    בֶּן־הֲדַד
    o rei da Síria, contemporâneo de Asa de Judá
    (Ben-hadad)
    Substantivo
    H1961
    hâyâh
    הָיָה
    era
    (was)
    Verbo
    H310
    ʼachar
    אַחַר
    depois de / após
    (after)
    Advérbio
    H3605
    kôl
    כֹּל
    cada / todo
    (every)
    Substantivo
    H3651
    kên
    כֵּן
    tão / assim
    (so)
    Adjetivo
    H4264
    machăneh
    מַחֲנֶה
    O campo
    (The camp)
    Substantivo
    H4428
    melek
    מֶלֶךְ
    rei
    (king)
    Substantivo
    H5921
    ʻal
    עַל
    sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
    ([was] on)
    Prepostos
    H5927
    ʻâlâh
    עָלָה
    subir, ascender, subir
    (there went up)
    Verbo
    H6696
    tsûwr
    צוּר
    atar, sitiar, confinar, apertar
    (and an adversary)
    Verbo
    H6908
    qâbats
    קָבַץ
    reunir, juntar
    (And let them gather)
    Verbo
    H758
    ʼĂrâm
    אֲרָם
    a nação Arã ou Síria
    (and Aram)
    Substantivo
    H8111
    Shômᵉrôwn
    שֹׁמְרֹון
    ()
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo


    בֶּן־הֲדַד


    (H1130)
    Ben-Hădad (ben-had-ad')

    01130 בן הדד Ben-Hadad

    procedente de 1121 e 1908; n pr m

    Ben-Hadade = “filho de [do falso deus] Hadade”

    1. o rei da Síria, contemporâneo de Asa de Judá
    2. o filho de Hazael, também rei da Síria

    הָיָה


    (H1961)
    hâyâh (haw-yaw)

    01961 היה hayah

    uma raiz primitiva [veja 1933]; DITAT - 491; v

    1. ser, tornar-se, vir a ser, existir, acontecer
      1. (Qal)
        1. ——
          1. acontecer, sair, ocorrer, tomar lugar, acontecer, vir a ser
          2. vir a acontecer, acontecer
        2. vir a existir, tornar-se
          1. erguer-se, aparecer, vir
          2. tornar-se
            1. tornar-se
            2. tornar-se como
            3. ser instituído, ser estabelecido
        3. ser, estar
          1. existir, estar em existência
          2. ficar, permanecer, continuar (com referência a lugar ou tempo)
          3. estar, ficar, estar em, estar situado (com referência a localidade)
          4. acompanhar, estar com
      2. (Nifal)
        1. ocorrer, vir a acontecer, ser feito, ser trazido
        2. estar pronto, estar concluído, ter ido

    אַחַר


    (H310)
    ʼachar (akh-ar')

    0310 אחר ’achar

    procedente de 309; DITAT - 68b, 68c; adv prep conj subst

    1. depois de, atrás (referindo-se a lugar), posterior,

      depois (referindo-se ao tempo)

      1. como um advérbio
        1. atrás (referindo-se a lugar)
        2. depois (referindo-se a tempo)
      2. como uma preposição
        1. atrás, depois (referindo-se a lugar)
        2. depois (referindo-se ao tempo)
        3. além de
      3. como uma conjunção
      4. depois disso
      5. como um substantivo
        1. parte posterior
      6. com outras preposições
        1. detrás
        2. do que segue

    כֹּל


    (H3605)
    kôl (kole)

    03605 כל kol ou (Jr 33:8) כול kowl

    procedente de 3634; DITAT - 985a; n m

    1. todo, a totalidade
      1. todo, a totalidade de
      2. qualquer, cada, tudo, todo
      3. totalidade, tudo

    כֵּן


    (H3651)
    kên (kane)

    03651 כן ken

    procedente de 3559; DITAT - 964a,964b adv

    1. assim, portanto, estão
      1. assim, então
      2. assim
      3. portanto
      4. assim...como (em conjunto com outro adv)
      5. então
      6. visto que (em expressão)
      7. (com prep)
        1. portanto, assim sendo (específico)
        2. até este ponto
        3. portanto, com base nisto (geral)
        4. depois
        5. neste caso adj
    2. reto, justo, honesto, verdadeiro, real
      1. reto, justo, honesto
      2. correto
      3. verdadeiro, autêntico
      4. verdade!, certo!, correto! (em confirmação)

    מַחֲנֶה


    (H4264)
    machăneh (makh-an-eh')

    04264 מחנה machaneh

    procedente de 2583; DITAT - 690c; n m

    1. acampamento, arraial
      1. arraial, lugar de acampamento
      2. acampamento de um exército armado, acampamento dum exército
      3. aqueles que acampam, companhia, grupo de pessoas

    מֶלֶךְ


    (H4428)
    melek (meh'-lek)

    04428 מלך melek

    procedente de 4427, grego 3197 Μελχι; DITAT - 1199a; n m

    1. rei

    עַל


    (H5921)
    ʻal (al)

    05921 על ̀al

    via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

    1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
      1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
      2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
      3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
      4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
      5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
      6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
      7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
      8. para (como um dativo) conj
    2. por causa de, porque, enquanto não, embora

    עָלָה


    (H5927)
    ʻâlâh (aw-law')

    05927 עלה ̀alah

    uma raiz primitiva; DITAT - 1624; v

    1. subir, ascender, subir
      1. (Qal)
        1. subir, ascender
        2. encontrar, visitar, seguir, partir, remover, retirar
        3. subir, aparecer (referindo-se a animais)
        4. brotar, crescer (referindo-se a vegetação)
        5. subir, subir sobre, erguer (referindo-se a fenômeno natural)
        6. aparecer (diante de Deus)
        7. subir, subir sobre, estender (referindo-se à fronteira)
        8. ser excelso, ser superior a
      2. (Nifal)
        1. ser levado para cima, ser trazido para cima, ser levado embora
        2. levar embora
        3. ser exaltado
      3. (Hifil)
        1. levar ao alto, fazer ascender ou escalar, fazer subir
        2. trazer para cima, trazer contra, levar embora
        3. trazer para cima, puxar para cima, treinar
        4. fazer ascender
        5. levantar, agitar (mentalmente)
        6. oferecer, trazer (referindo-se a presentes)
        7. exaltar
        8. fazer ascender, oferecer
      4. (Hofal)
        1. ser carregado embora, ser conduzido
        2. ser levado para, ser inserido em
        3. ser oferecido
      5. (Hitpael) erguer-se

    צוּר


    (H6696)
    tsûwr (tsoor)

    06696 צור tsuwr

    uma raiz primitiva; DITAT - 1898,1899,1900; v.

    1. atar, sitiar, confinar, apertar
      1. (Qal)
        1. confinar, guardar
        2. trancar, sitiar
        3. fechar, encerrar
    2. (Qal) demonstrar hostilidade, ser um adversário, tratar como inimigo
    3. (Qal) formar, moldar, delinear

    קָבַץ


    (H6908)
    qâbats (kaw-bats')

    06908 קבץ qabats

    uma raiz primitiva; DITAT - 1983; v.

    1. reunir, juntar
      1. (Qal) reunir, coletar, juntar
      2. (Nifal)
        1. juntar, ajuntar
        2. ser reunido
      3. (Piel) reunir, ajuntar, levar
      4. (Pual) ser reunido
      5. (Hitpael) ajuntar, ser ajuntado

    אֲרָם


    (H758)
    ʼĂrâm (arawm')

    0758 ארם ’Aram

    procedente do mesmo que 759; DITAT - 163 Arã ou arameus = “exaltado” n pr m

    1. a nação Arã ou Síria
    2. o povo siro ou arameu Arã = “exaltado” n m
    3. quinto filho de Sem
    4. um neto de Naor
    5. um descendente de Aser

    שֹׁמְרֹון


    (H8111)
    Shômᵉrôwn (sho-mer-one')

    08111 שמרון Shom erown̂

    procedente do part. ativo de 8104, grego 4540 σαμαρεια; DITAT - 2414d; n. pr. l. Samaria = “montanha para vigilância”

    1. a região na parte norte da Palestina pertencente ao reino do Norte, que era formado pelas 10 tribos de Israel que se separaram do reino do Sul depois da morte de Salomão durante o reinado de seu filho Roboão, sendo inicialmente governadas por Jeroboão
    2. a capital do reino do Norte ou Israel localizada 50 km (30 milhas) ao norte de Jerusalém e 10 km (6 milhas) a noroeste de Siquém

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo