Enciclopédia de Neemias 10:23-23

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ne 10: 23

Versão Versículo
ARA Oseias, Hananias, Hassube,
ARC Oseias, Hananias, Hasube,
TB Oseias, Hananias, Hassube,
HSB הוֹשֵׁ֥עַ חֲנַנְיָ֖ה חַשּֽׁוּב׃
BKJ Oseias, Hananias, Hassube,
LTT Oseias, Hananias, Hassube,
BJ2 Feltias, Hanã, Anaías,
VULG Osee, Hanania, Hasub,

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Neemias 10:23

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Neemias Capítulo 10 do versículo 1 até o 39
4. O Pacto é Selado (10:1-39)

Na conclusão da oração registrada no capítulo 9 foi estabelecido um pacto de lealda-de. Vemos, agora, que esse pacto foi colocado em prática, selado (1), isto é, registrado oficialmente com um selo pessoal' pelos seguintes representantes do povo: (1) Neemias, o Tirsata, isto é, o governador, 1; (2) os sacerdotes, 1-8; (3) os levitas, 9.13; e (4) Os chefes do povo, isto é, os líderes das principais famílias (14-27). O resto do povo, os que tinham capacidade para entender firmemente aderiram... e convieram... num juramento, isto é, assumiram um juramento sob pena de serem amaldiçoados, de que andariam na lei de Deus, que foi dada pelo ministério de Moisés, servo de Deus; e de que guardariam e cumpririam todos os mandamentos do Senhor (28,29). Existem muitos nomes comuns de judeus nessa relação. Os mais conhecidos -Jeremias (2), Daniel e Baruque (6) — não devem ser confundidos com os homens impor-tantes que tiveram o mesmo nome, e que ficaram conhecidos através de outras passa-gens da Bíblia Sagrada.

Vários assuntos especialmente mencionados no pacto podiam ser particularmente aplicados ao povo durante esse período: (1) casamento misto com pagãos; (2) profanação do sábado; (3) pagamento do imposto do Templo; (4) fornecimento de azeite para o altar; e, (5) atendimento às necessidades daqueles que ministravam perante o Senhor. Essas necessidades deveriam ser atendidas através do pagamento de dízimos e da contribuição ao Templo por meio de todas as primícias de suas terras, e dos primogênitos dos filhos de todos os animais. Tanto em Esdras como em Neemias está evidente a necessidade de insistir na lei contra o casamento misto com os pagãos. Podemos entender que também havia muita negligência em relação ao sábado, à manutenção dos serviços no templo, e àqueles que ali ministravam. A esses assuntos também foi dada grande importância nos demais capítulos de Neemias 12:44-47; 13 10:12-15-22).

A oferta da lenha (34) pode ser explicada como "a ordem pela qual a casa de nossos pais, em épocas regulares, deveria fornecer madeira para as ofertas, levando-as até a casa de Deus, para ser queimada no altar do Senhor" (Berk.). Em todas as cidades de nossa lavoura (37), isto é, "em todas as nossas cidades rurais".

"Uma vida consagrada", diz J. Stafford Wright, "é uma vida prática. Assim como a obediência seguiu o arrependimento na restauração da época de Neemias, quando nos entregamos totalmente ao Senhor devemos, da mesma maneira, traduzir essa emoção em ações práticas"12.

Em relação à desafiadora afirmação final desse capítulo, assim não desampararí-amos a casa do nosso Deus (39), a obra The Preacher's Homiletical Commentary nos dá quatro razões para freqüentarmos regularmente a igreja, e podemos parafraseá-las da seguinte maneira: (1) Porque Deus ordenou que houvesse uma adoração pública, e esta é uma exigência de sua Palavra; (2) Porque as manifestações da presença de Deus nos trabalhos da igreja fazem com que todo cristão verdadeiro deseje estar presente, a fim de não perder uma bênção espiritual; (3) Porque é particularmente na adoração pública que os dons individuais do Espírito são manifestados; e, (4) Porque o verdadeiro cristão considera a casa de Deus como o similar mais próximo do Céu.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Neemias Capítulo 10 do versículo 1 até o 39
*

10.1-27 Os líderes que tinham renovado a aliança são mencionados. Surpreendentemente, Esdras está ausente. Ele desempenhou um papel significativo no capítulo oitavo, mas agora, tranqüilamente, havia desaparecido da cena. Seu trabalho foi completado com sucesso quando o povo leu a lei e a entendeu pessoalmente.

* 10:1

Os que selaram foram. A lista das pessoas, as quais, em sua maioria, não são conhecidas de outro lugar, reforça um dos temas principais dos livros de Esdras e Neemias: o povo de Deus como um todo, e não apenas os grandes líderes, é vital para a realização do plano divino da redenção (Introdução a Esdras: Características e Temas).

* 10:28

os servidores do templo. Eram servos do templo, juntamente com os sacerdotes, os levitas e outros (13 9:2'>1Cr 9:2, nota).

* 10:29

convieram... num juramento. O juramento feito pelo povo (9.15; Ed 10:5, nota) enfatiza a natureza jurídica distintiva das disposições da aliança com Moisés, em comparação com a aliança abraâmica da graça (Gn 12:1,3), na qual o juramento foi feito exclusivamente por Deus. Conforme o apóstolo Paulo revelaria mais tarde, a aliança com Moisés foi uma espécie de "tutor", cuja introdução não anularia a aliança da promessa já feita com Abraão (Gl 3:17,24). Por toda a história da Redenção, todas as disposições da aliança com Deus requerem uma obediência originada da fé em Deus, e a disposição de observar os termos da aliança.

* 10.30-39

São elaborados compromissos específicos de obediência.

* 10:30

nem tomariam as filhas deles para os nossos filhos. Os casamentos mistos com pessoas fora da aliança sempre foi um problema na história de Israel (conforme Ed 4:3, nota).

* 10:31

no dia de sábado. Ver Êx 20:8-11; Dt 5:12-15; Ver a nota em 9.14.

* 10:32

a terça parte dum siclo. Êx 30:13,14 preceitua meio siclo. A diferença poderia ser o uso de um novo sistema monetário sob o governo dos persas, ou poderia ser uma concessão à economia difícil daqueles tempos.

* 10:33

para as ofertas. Ver Lv 1—7.

* 10:39

não desampararíamos a casa do nosso Deus. A reconstrução da casa de Deus é um dos temas principais dos livros de Esdras e Neemias (Introdução a Esdras: Características e Temas).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Neemias Capítulo 10 do versículo 1 até o 39
10.28ss O muro ficou terminado e se restabeleceu o pacto que Deus fez com seu povo nos dias do Moisés (Deuteronomio 8). Neste pacto se encontram princípios que são importantes para nós na atualidade. Nossa relação com Deus deve ir assistir à igreja e ter devoções regulares. Deve afetar nossas relações (10.30), nosso tempo (10,31) e nossos recursos materiais (10.32-39). Quando a gente decide seguir a Deus, faz uma promessa de servir o desta forma. Os israelitas se apartaram do compromisso original de seguir a Deus. Devemos guardar nossa promessa com Deus em tempos de adversidade ou prosperidade.

10:30 Se o povo escolhido de Deus ia atestar pelo em um mundo pagão, necessitava famílias unidas e temerosas de Deus. Também, deviam evitar qualquer tentação de adorar os ídolos dos povos que viviam a seu redor. Por isso Deus proibiu o matrimônio entre os israelitas e quão pagãos viviam na região (Dt 7:3-4). Entretanto, os israelitas e os pagãos freqüentemente se casaram, e os resultados foram desastrosos para as famílias e para a nação. Sempre o matrimônio com estrangeiros levou a povo de Deus à idolatria (1Rs 11:1-11). Cada vez que a nação se separava de Deus, perdia sua prosperidade e influência.

10:31 Deus reconheceu que a atração do dinheiro entraria em conflito com a necessidade de descansar um dia, por isso se proibiu o comércio dentro da cidade o dia de repouso. Ao decidir-se a honrar a Deus em primeiro lugar, os israelitas estavam rechaçando fazer do dinheiro seu Deus. Nossa cultura freqüentemente nos faz escolher entre a conveniência e o benefício por um lado e o colocar a Deus em primeiro lugar pelo outro. Analise seu trabalho e seus hábitos de adoração: Está Deus realmente em primeiro lugar?

10:31 Perdoar as dívidas cada sete anos era parte da lei (vejam-se Dt 15:1-2; Ex 23:11). O povo prometia obedecer as leis de Deus e guardar seu pacto.

10:32 O templo tinha sido reconstruído sob a liderança do Zorobabel aproximadamente setenta anos antes (Ed 6:14-15). As contribuições ao templo, as oferendas e as festividades foram restauradas.

10:36 Esta prática se instituiu no tempo do êxodo do Egito (veja-a nota em Ex 13:12-14). O povo precisava voltar a aprender a importância de dedicar seus primicias do campo a Deus. Nehemías estava simplesmente voltando a instituir esta prática que se levou a cabo nos primeiros dias da nação (Ex 13:1-2; Nu 3:40-51). Apesar de que este princípio não continuou na época do Novo Testamento, o conceito de dar a Deus a primeira porção de nosso tempo, tesouros e talentos continua. Dá-lhe você a Deus o primeiro e o melhor, ou só as sobras?

10.37-39 De acordo à lei de Deus, o povo devia dar uma décima parte de sua produção ao templo para manter aos levita (os que se ocupavam do templo e as observâncias religiosas). Uma décima parte do que os levita recebiam se dedicava ao sustento dos sacerdotes. O objetivo da prática deste princípio era assegurar a manutenção da casa de Deus e seus trabalhadores. Não devemos esquecer nossa responsabilidade para com os operários de


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Neemias Capítulo 10 do versículo 1 até o 39
C. PACTO DE OBEDIÊNCIA (10: 1-39)

1 Os que selaram foram: Neemias, o governador, filho de Hacalias, Zedequias, 2 Seraías, Azarias, Jeremias, 3 Pasur, Amarias, Malquias, 4 Hatus, Sebanias, Malluch, 5 Harim, Meremote, Obadias, 6 Daniel, Ginnethon, Baruch, 7 Mesulão, Abias, Miamim, 8 Maazias, Bilgai, Semaías; estes foram os sacerdotes. 9 E os levitas: Jesuá, filho de Azanias, Binuí, dos filhos de Henadade, Kadmeil; 10 e seus irmãos, Sebanias, Hodias, Quelita, Pelaías, Hanan, 11 Mica, Reobe, Hasabias, 12 Zacur, Serebias, Sebanias, 13 Hodias, Bani, Beninu. 14 Os chefes do povo: Parós, Paate-Moabe, Elão, Zatu, Bani, 15 Bunni, Azegad, Bebai, 16 Adonias, Bigvai, Adin, 17 de Ater, Ezequias , Azur, 18 Hodias, Hassum, Bezai, 19 Harife, Anatote, Nobai, 20 Magpiash, Mesulão, Hezir, 21 Mesezabel, Zadok, Jaddua, 22 Pelatias, Hanan, Anaías, 23 Oséias, Ananias, Hassube, 24 Haloés, Pilha, Shobek, 25 Reum Hashabnah, Maaséias, 26 e Aías, Hanan, Anan, 27 Malluch, Harim, Baaná.

28 E o resto do povo, os sacerdotes, os levitas, os porteiros, os cantores, os servidores do templo, e todos os que se tinham separado dos povos das terras para a lei de Deus, suas mulheres, seus filhos, e sua filhas, todos os que tinham conhecimento e entendimento; 29 aderiram a seus irmãos, os seus nobres, e entrou em uma maldição, e num juramento, que andariam na lei de Deus, que foi dada por Moisés, servo de Deus, e para observar e fazer todos os mandamentos do Senhor, nosso Senhor, e os seus juízos e os seus estatutos; 30 e que não daríamos as nossas filhas aos povos da terra, nem tomaríamos as filhas deles para os nossos filhos; 31 e se os povos da terra trouxessem wares ou qualquer grão no dia de sábado para vender, que não iria comprar deles no sábado, nem em um dia santo; e de que abriríamos mão do sétimo ano e da cobrança nele de todas as dívidas.

32 Também sobre nós pusemos preceitos, impondo-nos cada ano a terça parte de um siclo para o serviço da casa do nosso Deus; 33 para os pães da proposição, e para a oferta de cereais contínuo, e para o holocausto contínuo, para os sábados, das luas novas, para as festas fixas, para as coisas sagradas, para as ofertas pelo pecado, para fazer expiação por Israel, e para toda a obra da casa do nosso Deus. 34 E nós sortes, os sacerdotes, os levitas, e as pessoas, para a oferta de madeira, para trazê-lo para dentro da casa do nosso Deus, de acordo com as nossas casas paternas, a tempos determinados, de ano em ano, para se queimar sobre o altar do Senhor nosso Deus , como está escrito na lei; 35 e para trazer os primeiros frutos da nossa terra, e as primícias de todos os frutos de todo o tipo de árvores, de ano para ano, para a casa do Senhor; 36 também o primeiro- nascido de nossos filhos e do nosso gado, como está escrito na lei, e os primogênitos das nossas manadas e dos nossos rebanhos para trazer para a casa do nosso Deus, aos sacerdotes que ministram na casa do nosso Deus; 37 e que devemos trazer as primícias da nossa massa, as nossas ofertas alçadas, eo fruto de toda sorte de árvores, o vinho novo e do azeite, aos sacerdotes, para as câmaras da casa do nosso Deus; e os dízimos da nossa terra aos levitas; para eles, os levitas, recebem os dízimos em todas as cidades, da nossa lavoura. 38 E o sacerdote, filho de Arão, deve estar com os levitas, quando os levitas os dízimos; e os levitas devem trazer o dízimo dos dízimos à casa do nosso Deus, às câmaras da casa do tesouro. 39 Porque os filhos de Israel e os filhos de Levi devem trazer ofertas alçadas do grão, do mosto e do azeite para aquelas câmaras, onde estão os vasos do santuário, e os sacerdotes que ministram, e os porteiros e os cantores; e assim não negligenciarmos a casa do nosso Deus.

Este foi o ponto culminante de reforma de Esdras. Casamentos mistos foram renunciou (vv. Ne 10:28-30 ). Profanação do sábado cessou (v. Ne 10:31 ). O povo prometeu apoio fiel do templo e seu ritual (vv. Ne 10:31-39 ). Não vamos abandonar a casa do nosso Deus (v. Ne 10:39 ).


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Neemias Capítulo 10 do versículo 1 até o 39
No 25a dia do sexto mês (6:15), completou-se o muro. A segunda metade do livro inicia-se no primei-ro dia do sétimo mês (8:
2) e enfatiza as pessoas da cidade e a dedicação delas ao Senhor. Agora, acabara a construção física. Era tempo de ini-ciar a construção espiritual das pes-soas.

  1. Proclamação da Palavra (8—10)

Esdras retornou a Jerusalém a fim de ajudar Neemias na dedicação do muro e na santificação das pes-soas. Não confunda essa cena com a deEd 3:0.

No dia seguinte, os líderes en-contraram-se com Esdras a fim de descobrir a lei referente à Festa dos Tabernáculos. Eles proclamaram essa lei por toda a terra, e o povo obedeceu, houve "mui grande ale-gria" (v. 17). Há alegria em ouvir a Palavra, mas alegria maior em obe-decer a ela. Como resultado dessa conferência bíblica (todos os dias por uma semana, v. 18), no 24fl dia do mês houve uma grande convo-cação das pessoas condenadas. Du-rante três horas, Esdras e os levitas ensinaram a Palavra e, depois, as pessoas confessaram e oraram por três horas e assim por diante durante todo o dia. No capítulo 9, a oração é um resumo espiritual da história dos judeus do Antigo Testamento: a criação (v. 6); o chamado de Abraão (vv. 7-8); o êxodo (vv. 9-14); a expe-riência da nação no deserto (vv. 15-

  1. ; a conquista da terra (vv. 24-25); o período dos juizes (vv. 26-29); o período dos profetas antes do cati-veiro (vv. 30-31). "Agora, pois [...]" (v. 32) traz-nos aos dias de Esdras e à necessidade da nação arrepender- se e confessar o pecado. No ver-sículo 36, observe que os judeus admitem que as profecias de liber-tação de Isaías e de Jeremias não se referem ao retorno deles do cativeiro. Referem-se a uma data futura em que Deus reunirá de novo Israel na Palestina. Dizer que essas pro-messas do Antigo Testamento foram cumpridas quando Israel retornou do exílio e que agora são cumpridas na igreja é distorcer as Escrituras.

O capítulo 10 fornece os no-mes das pessoas corajosas e devotas que, naquele dia, fizeram aliança com o Senhor. Elas não tinham co-nhecimento de que seus nomes se-riam inscritos na Palavra para sem-pre! Nos versículos 28:39, vemos a aplicação da Palavra à vida diária das pessoas. Uma coisa é orar e as-sinar uma aliança, outra é separar- se do mal e endireitar sua casa (vv. 28-30), honrar os mandamentos (v. 31), contribuir para a casa do Se-nhor (vv. 32-33) e servir ao Senhor com dízimos e ofertas (vv. 34-39). Muitas conferências bíblicas ter-minam com as pessoas movidas e abençoadas, mas sem a obediência ao que ouviram.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Neemias Capítulo 10 do versículo 1 até o 39
10:1-27 Explicações destes nomes hebraicos, com algumas traduções dos seus significados, acham-se em Ed 10:20; Gl 3:6-48).

10.2 Azarias. "Deus é meu socorro". Jeremias. "Exaltado pelo Senhor", que é também o nome do profeta cujo livro se acha na Bíblia.

10.3 Pasur. "Crescimento", "prosperidade". Há certo número de palavras relacionadas com o nome de outra Pasur em Jr 20:0), e cancelavam-se as dívidas (Dt 15:1-5). Esses mandamentos, como muitos outros da lei, não tinham sido observados, desde antes do cativeiro.

10.32 Siclo. Moeda de prata Dt 5:0 e Mt 17:24).

10.33 Pães do proposição. Doze pães, colocados semanalmente sobre a mesa, no templo, e depois da semana comidos pelos sacerdotes (Lv 24:5-9), simbolizavam a perene ação de graças ao Sustentador da vida, o Deus que alimenta Seu povo com produtos da terra, conforme Mc 2:26.

10.34 Oferta do lenha. O propósito de manter fogo perpetuamente sobre o altar dos holocaustos (Lv 6:9, 13), apresentou-lhes o problema do fornecimento da lenha (conforme Js 9:27).

10.38 Os dízimos dos dízimos. Os ministros de Deus, que vivem dos dízimos do povo de Deus também devem dar o dízimo do que recebem (Nu 18:26).

10.39 Vasos do santuário. Ezequias ordenou a preparação de depósitos na casa de Senhor, para receber os dízimos e as ofertas (2Cr 31:11). Não desampararíamos a casa do nosso Deus. Desamparar a casa de Deus não é apenas deixar de freqüentar o culto (ver He 10:25), mas também deixar, de sustentá-la com os dízimos e as ofertas.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Neemias Capítulo 10 do versículo 1 até o 39

2) A aliança é assinada (10:1-39)

Os que assinaram a aliança são descritos em 9.38 como líderes, levitas e sacerdotes da comunidade judaica. Nos v. 1-27, os seus nomes são citados após o nome de Neemias, o governador (v. 1), mas são apresentados em ordem inversa à classificação em 9.38. Acerca dos nomes alistados até o v. 8, lemos: Esses eram sacerdotes (v. 8); a partir do v. 9, são alistados os levitas (v. 9); e, a partir do v. 14, os líderes do povo (v. 14). Os líderes dos judeus não somente confirmaram a aliança com o seu selo, mas o restante do povo (v. 28) também se associou a esse ato, inclusive todos os seus filhos e filhas capazes de entender, i.e., os seus filhos que tinham idade suficiente para decidir participar de forma consciente do que estava acontecendo.

Quanto ao conteúdo do que os israelitas estavam agora prometendo, tinha propósito tanto geral quanto particular. O propósito geral era seguir a Lei de Deus dada por meio do servo de Deus, Moisés, e a obedecer fielmente a todos os mandamentos, ordenanças e decretos do Senhor, o nosso Senhor (v. 29). Mas havia partes específicas da Lei divina que tinham sido negligenciadas ultimamente e que necessitavam de ênfase especial, e isso é detalhado nos v. 30-39. Eram as seguintes: (1) que não contraíssem matrimônio com os pagãos (v. 30); (2) que não participassem do comércio no sábado e em outros dias sagrados (v. 31); (3) que garantissem o sustento adequado dos funcionários do templo e a manutenção das suas atividades, fazendo regularmente suas contribuições estipuladas (v. 32-39), uma decisão que eles resumiram da seguinte forma:

Não negligenciaremos o templo de nosso Deus (v. 39). E triste ler no cap. 13 acerca de como estava a situação quando Neemias voltou a Jerusalém para a sua segunda administração, depois de ter se apresentado a Artaxerxes na Babilônia (13.6); ele descobriu falhas em cada um desses pontos. Estavam ocorrendo novamente casamentos mistos (13 23:28), o sábado estava sendo profanado (13 15:22) e o pessoal que servia no templo não estava recebendo o seu necessário sustento (13 10:13).

O método em que os servos e as atividades do templo deveriam ser sustentados é detalhado nos v. 32-39. Isso deveria ocorrer

(a)    por meio do tributo anual ao templo (v. 32,33); a origem desse tributo é descrita em Ex 30:11-16, antes da construção do templo. Na época, consistia em meio siclo (“seis gramas”); mas agora a taxa anual tinha se tornado um terço de siclo (quatro gramas). No NT, era uma taxa anual de meio siclo (Mt 17:24);

(b)    por meio da provisão de lenha (v. 34) para queimar sobre o altar do Senhor, para que assim o fogo do altar estivesse constantemente aceso (Lv 6:12); (c) por meio da apresentação aos sacerdotes dos primeiros frutos de tudo que os judeus possuíam (v. 35- - 37a) e do pagamento aos sacerdotes de cinco siclos (“sessenta gramas de prata”; Nu 18:16) pelo resgate de cada primogênito; (d) por meio da entrega dos dízimos (v. 37b-39), como foi ordenado em Lv 27:30-33. O dízimo (a décima parte) das colheitas da terra deveria ser levado aos levitas; depois os levitas deveriam levar um décimo dos dízimos ao templo de Jerusalém para o sustento dos sacerdotes (conforme Nu 18:25-4).


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Neemias Capítulo 10 do versículo 14 até o 27

14-27. Aqui se encontram relacionados quarenta e quatro chefes do povo. Das tanta e três famílias que voltaram da Babilônia (Ed. 2), só treze se encontram nesta lista. Talvez subdivisões de famílias posteriores foram feitas durante os anos intermediários.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Neemias Capítulo 10 do versículo 1 até o 27
b) Lista dos dirigentes que apuseram o seu selo no concerto (Ne 10:1-16. As famílias sacerdotais haviam aumentado em número desde Ed 2:36-15. Os versículos 9:13 apresentam uma lista dos levitas, e os versículos 14:27 uma lista dos chefes das famílias seculares. Vinte e um deles ocorrem em Ed 2, enquanto que alguns outros vêm em Ne 3

Dicionário

Hananias

o Senhor é clemente. Este nome é a forma original de Ananias. l. Um dos três jovens, pertencentes à tribo de Judá e membros da família real, os quais, sendo levados cativos para Babilônia, foram escolhidos para serem instruídos na ciência dos caldeus e postos ao serviço de Nabucodonosor. o seu nome foi mudado para Sadraque. Ele recusou-se a prestar culto à imagem de ouro (Dn 1:7 – 3.12). (*veja Daniel – Sadraque.)2. Chefe do 16º turno de músicos ao serviço do templo. Era um dos quatorze filhos de Hemã, o cantor, que se empregavam em exaltar pelas cornetas o poder de Deus (1 Cr 25.4,23). 3. Capitão do exército de Uzias (2 Cr 26.11). 4. Pai de Zedequias, era um dos príncipes do tempo de Jeoaquim (Jr 36:12). 5. Falso profeta de Gibeom, que no reinado de Zedequias anunciou, diante de Jeremias e de todo o povo, que dentro de dois anos haviam de voltar a Jerusalém os cativos e também todos os vasos do templo que Nabucodonosor tinha levado para Babilônia (Jr 28:1-17). Jeremias replicou profetizando, que em lugar de um jugo de madeira devia ser posto sobre o povo um jugo de ferro pelo espaço de setenta anos, e que o próprio Hananias morreria dentro de um ano por ter resistido à vontade do Senhor. 6. Avô de Jerias, um capitão que tinha a seu cuidado a porta de Benjamim. Ele prendeu Jeremias, porque tinham acusado este profeta de querer desertar para os caldeus (Jr 37:13). 7. Filho de Sasaque (1 Cr 8.24). 8. Filho de Zorobabel (1 Cr 3.19,21). 9. Um dos que tinham casado com mulheres estrangeiras (Ed 10:28). 10. indivíduo que acumulava os cargos de perfumista e de sacerdote (Ne 3:8). Ele estava encarregado de preparar o óleo sagrado e o incenso. 11. Homem que trabalhou nas obras dos muros de Jerusalém (Ne 3:30). Talvez o mesmo indivíduo que o de nº 9. 12. Principal da fortaleza de Jerusalém, ‘porque era homem fiel e temente a Deus’ (Ne 7:2). 13. o nome de uma família cujo chefe selou o pacto (Ne 10:23). 14. Sacerdote, quando Joaquim era sumo sacerdote, cerca do ano 480 a.C. (Ne 12:12-41).

(Heb. “o Senhor mostra graça ao favor”).


1. Filho de Zorobabel, líder dos judeus depois do exílio babilônico; só é mencionado em I Crônicas 3:19-21.


2. Descendente de Benjamim, mencionado apenas em I Crônicas 8:24, na genealogia do rei Saul.


3. Filho de Hemã, mencionado em I Crônicas 25:4-23. Fazia parte do ministério profético com acompanhamento musical, durante o reinado de Davi. Para mais detalhes, veja Hemã.


4. Um dos príncipes do rei (oficial da corte) Uzias, mencionado apenas em II Crônicas 26:11.


5. Falso profeta, é mencionado oito vezes em Jeremias 28. Era filho de Azur, de Gibeom. Na presença do homem de Deus e de vários sacerdotes, Hananias profetizou que o domínio dos caldeus seria rápido. Tal mensagem foi muito bem aceita, por ser muito popular, mas era falsa. Jeremias mostrou o mal que Hananias causava por fazer o povo acreditar numa mentira e predisse a morte dele no decorrer de um ano (Jr 28:15-17). Sete meses depois ele morreu.


6. Pai de um oficial judeu chamado Zedequias, na época do profeta Jeremias. Mencionado apenas em Jeremias 36:12.


7. Avô do capitão da guarda em Jerusalém na época do profeta Jeremias. Mencionado apenas em Jeremias 37:13.


8. Um dos companheiros de Daniel (Dn 1:6-19; Dn 2:17). Embora seu nome não seja citado explicitamente, sua atitude de fé, ao desobedecer ao rei Nabucodonosor e sobreviver à fornalha de fogo (Dn
3) é homenageada no NT, em Hebreus 11:34. Veja Sadraque.


9. Um dos culpados de ter-se casado com mulheres estrangeiras, no tempo de Esdras, depois do exílio. Mencionado apenas em Esdras 10:28.


10. Um fabricante de perfume que ajudou na reconstrução dos muros de Jerusalém, no tempo de Neemias (Ne 3:8).

11. Possivelmente a mesma pessoa do item nº 10, ajudou na reconstrução dos muros e era responsável pela parte aci ma da Porta dos Cavalos (Ne 3:28-30).


12. Mencionado em Neemias 7:2, era “maioral” da cidade de Jerusalém, “homem fiel e temente a Deus, mais do que muitos”. Neemias o nomeou governador da cidade, juntamente com seu irmão Hanani.


13. Líder dos judeus e um dos que selaram o pacto no tempo de Neemias (Ne 10:23).


14. Líder de uma família sacerdotal no tempo de Neemias (Ne 12:12-41). Foi um dos tocadores de trombeta durante o culto de dedicação dos muros de Jerusalém. Possivelmente era descendente do personagem registrado no item no 3.

A.B.L. e P.D.G.


Hananias [Javé É Amor] -

1) Profeta falso que se opôs a Jeremias (Jr 28:2)

2) Amigo de Daniel, conhecido também como Sadraque (Dn 1:6).

Hassube

Dicionário Bíblico
Atencioso
Fonte: Dicionário Adventista

Quem é quem na Bíblia?

(Heb. “considerar”).


1. Seu filho Semaías, da tribo de Levi, restabeleceu-se em Jerusalém depois do exílio na Babilônia (1Cr 9:14; Ne 11:15).


2. Filho de Paate-Moabe, reparou uma seção do muro de Jerusalém e a Torre dos Fornos, depois do exílio na Babilônia (Ne 3:11).


3. Um dos líderes que assinaram o pacto feito pelo povo depois do exílio de adorar somente ao Senhor e obedecer à sua lei (Ne 10:23).


4. Ajudou a reparar a parte do muro que ficava defronte de sua casa, em Jerusalém, nos dias de Neemias (Ne 3:23).

Autor: Paul Gardner

Oseias

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Oséias

Salvação. 1. Profeta de israel e primeiro na ordem dos chamados Profetas Menores. Sobre a vida do profeta somente se sabe o que ele nos diz: Era filho de Beeri (1.1), e segundo uma tradição cristã, pertencia à tribo de issacar. o seu livro nos sugere, em muitas particularidades referidas, que ele era natural do reino do Norte. A narrativa pessoal, que se lê nos caps. 1 a 3, deve sem dúvida ser interpretada como realidade e não somente como simbólica. Segundo essa narração, casou oséias, tomando por mulher a Gômer, filha de Diblaim, de que teve três filhos, aos quais deu os nomes de Jezreel, Desfavorecida e Não-Meu-Povo. Gômer tornou-se adúltera, e abandonou-o (2,5). Apesar de tudo isto, ela era amada pelo profeta que a resgatou da escravidão (3.1,2), dando-lhe novamente lugar em sua casa, não sendo, contudo, considerada como esposa (3.3). Quanto à interpretação simbólica da narrativa, *veja oséias (o Livro de). A vida ministerial do profeta passou-se nos reinos de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá e de Jeroboão ii, o filho de Joás rei de israel (1.1). Por conseqüência, foi contemporâneo de isaías, vivendo num período de grande ansiedade nacional. A sua própria posição parece ter sido de isolamento religioso, mas de íntima comunhão com Deus. 2. o nome primeiro de Josué (Nm 13:16Dt 32:44). 3. Efraimita, filho de Azazias, e governador do seu povo, no reinado de Davi (1 Cr 27.20). 4. Um dos principais do povo, que com Neemias selaram o pacto (Ne 10:23). 5 o último rei de israel (734 a 722 A.C.). Ele tinha alcançado o trono por meio de uma conspiração, em que foi morto o seu antecessor. Era um rei patriota, que tinha procurado o bem-estar do seu povo, trabalhando para libertá-lo do jugo da Assíria – mas praticou o grande e fatal erro de efetuar uma aliança com um povo pagão. Peca procurara a aliança de Rezim, rei da Síria, contra Acaz, e primeiramente com certa vantagem. Acaz, porém, imitando a política do seu rival, pediu auxílio ao rei da Assíria. Veio este, derrotou os israelitas, e levou para a Média as duas e meia tribos que estavam além do Jordão, fazendo tributário o resto do povo. Foi este o primeiro cativeiro de israel. Dez anos mais tarde, apelou oséias para Sô, rei do Egito, para este o ajudar a sacudir o peso do tributo. infelizmente Ezequias fez também parte desta confederação. Esta revolta foi causa de uma nova invasão do exército dos assírios e desta feita foram subjugados inteiramente os israelitas, que, levados em segundo cativeiro para Assíria, deixaram despovoado o país. Quanto a oséias, sendo preso e tratado como vassalo rebelde, foi encerrado na prisão e privado da vista. Embora fosse um rei valente e bom, veio tarde demais para salvar o seu povo que, pela idolatria, embriaguez, cobiça e assassinatos, tinha feito uma chaga, e chaga incurável, no seu organismo (Mq 1:9 – 2 Rs 15.20 – 17.1,3,4,6 – 18.1, 9,10).

(Heb. “ajuda” ou “salvação”).


1. Provavelmente o nome trata-se de um hipocorístico para Yehoshua (Josué), que significa “Yahweh é salvação”. Oséias, o profeta, é a única pessoa no Antigo Testamento com esse nome em particular, embora muitos outros personagens tenham nomes com o termo “ysh” (salvação).

Pouquíssimo se sabe sobre os ancestrais do profeta, a não ser que era filho de Beeri (Os 1:1). Profetizou nos dias de Uzias (790 a 739 a.C.), Jotão (750 a 731),

Acaz (735 a
715) e Ezequias (729 a 686), todos reis de Judá, e no reinado de Jeroboão II, rei de Israel (793 a 753). Seu ministério público, assim, cobriu o espaço no mínimo de 755 a 715 a.C. Isso torna Oséias contemporâneo de Isaías (739 a
680) e possivelmente também de Amós (765 a
755) e Miquéias (735 a 700). Como Amós, Oséias dirigiu sua mensagem primeiramente ao reino do Norte, Israel; provavelmente, a maior parte de seu trabalho terminou antes de 722 a.C., o ano da queda de Samaria diante dos assírios.

Talvez Oséias fosse cidadão de Israel e não de Judá, devido ao profundo sentimento e conhecimento concernente ao reino do Norte. Sua mensagem é repleta de referências a lugares e eventos que somente alguém que pertencesse a Israel conheceria (cf. Os 6:8), ou daria atenção a eles (7:1; 8:5-6; 9:15; 10:5; 12:5-12; 14:1).

Dirigiu-se quase exclusivamente a Israel (2:1,2; 4:1-15; 5:1-8; 6:1-4;9:1-7; 10:9-12; 11:8; 12:9; 13 4:9-13; 14:1-8) e demonstrou relativamente pouca preocupação para com o reino do Sul (6:4,11). A referência aos quatro reis de Judá, seus contemporâneos, foi somente para demonstrar sua convicção na legitimidade da dinastia davídica e confirmar sua sucessão contínua. Como um verdadeiro profeta, mesmo do reino do Norte, tal posição não deveria ser surpresa.

Uma característica quase única de Oséias é o uso que faz do drama para transmitir sua mensagem profética. Seu sofrimento, porém, não se tratava de mera encenação, pois envolvia seu casamento e sua vida familiar nos mais íntimos e elevados termos emocionais. Uma das metáforas mais comuns para descrever o relacionamento de aliança de Yahweh com Israel é o casamento. De fato, quando Deus escolheu os israelitas como parceiros da aliança, celebrou com eles um “casamento” (cf. Ez 16:6-14) e, quando Israel provou ser desobediente, a Bíblia diz que agiu como prostituta e cometeu adultério (Ez 23:11-37,45; cf. Jr 3:9).

O tema central da mensagem de Oséias é a infidelidade de Israel à aliança, descrita como adultério (Os 4:10; Os 9:1). A reação humana normal a tal infidelidade por parte de uma esposa é o divórcio, uma medida sancionada pela própria Lei, por ser uma transgressão tão séria (Dt 24:1-4; cf. Mt 19:7-9). O próprio Yahweh ameaçou separar-se do Israel infiel e tomar um novo povo, uma nova noiva, como sua “esposa” (Ex 32:7-14; Dt 9:14-25-29; Os 9:14-17). Entretanto, sua promessa aos patriarcas de fazer uma aliança perpétua com eles e com seus descendentes tornou tal atitude impossível e, assim, o Senhor graciosamente perdoaria a nação perversa e com paciência a restauraria para si (Os 11:8-11). O que a restauração falhou em realizar na história foi prometido para uma época escatológica, quando Israel seria o povo de Deus, redimido e restaurado (Rm 11. 25-32).

Para que a mensagem de Oséias sobre o adultério de Israel e a graça restauradora de Deus tivesse o máximo de impacto, o profeta recebeu ordem do Senhor para casar-se com “uma mulher de prostituições” e ter “filhos de prostituição” (Os 1:2). A questão moral de Deus ter pedido ao profeta para envolver-se num relacionamento tão maculado leva muitos teólogos a interpretar a ordem (e todo o relato do casamento e do nascimento dos filhos em Os 1:3) como uma alegoria ou parábola. Não existe, porém, nenhuma pista literária ou contextual para apoiar tal decisão. Uma leitura objetiva e minuciosa da história não deixa dúvidas de que Oséias realmente casou-se com tal mulher e teve as crianças mencionadas.

O dilema moral, entretanto, permanece, pois suscita a hipótese de que Gômer, a esposa de Oséias, somente revelou sua infidelidade depois do casamento. O profeta então escreve de forma proléptica, depois do evento, mas como se ainda não tivesse acontecido. Ela era adúltera no sentido de que era isso o que aconteceria mais tarde. Segue-se então que “os filhos de prostituição” são assim porque foram fruto de um adultério. O que deve ser destacado, porém, são os nomes dos filhos, cada um deles com um significado profético e teológico. O primeiro, um menino, recebeu o nome de Jezreel (“Deus planta”), chamado dessa maneira porque o juízo de Deus sobre a dinastia de Jeú, pelo massacre em Jezreel (2Rs 10:1-14), estava prestes a acontecer (Os 1:4-5) e realmente se cumpriu com a morte do rei Zacarias, em 753/52 a.C. (2Rs 15:8-12). Jezreel também fala da colheita abundante que Deus traria no final dos tempos (Os 2:21-23). O nome da filha foi LoRuama (“não amada”), pois o Senhor não amaria mais 1srael (isto é, não demonstraria mais o favor da aliança, Os 1:6). O segundo filho foi Lo-Ami (“não meu povo”), pois os pecados de Israel o tinham removido desse relacionamento.

Depois de casar-se com Gômer e ter filhos com ela, Oséias testemunhou sua infidelidade, quando ela saiu para envolver-se com os amantes (Os 3:1). Deus então desafiou o profeta a fazer algo ainda mais difícil: trazê-la de volta para si, redimir e perdoá-la (Os 3:1-3). O profeta assim fez e, ao realizar isso, deu um exemplo do amor e da graça do Senhor, que foram tão efetivos em favor de Israel que Lo-Ruama (“não amada”) tornou-se Ruama (“amada”) e Lo-Ami (“não meu povo”) tornou-se Ami (“meu povo”) (Os 2:1).

A mensagem da graça redentora está no coração do livro de Oséias (Os 4:14). O Novo Testamento também destaca esse tema e cita os textos que esclarecem o significado do Evangelho. Tanto Paulo como Pedro falam dos gentios como o “não povo” que se torna o povo de Deus e encontra a misericórdia salvadora (1Pe 2:10; Rm 9:25-26; cf. Os 1:6-9; Os 2:1-23).

Mateus estabeleceu um elo entre a visita do menino Jesus ao Egito e o Êxodo de Israel, um ato que demonstrou o amor de Deus (Mt 2:15; cf. Os 11:1). Finalmente, Paulo comparou a ressurreição dos santos com a renovação do Israel do Antigo Testamento, uma restauração da morte para a vida (1Co 15:55; cf. Os 13:14). Desta maneira, Oséias fez sua parte e a realizou muito bem, pois, por palavras e obras, demonstrou a mensagem da graça divina que transforma as vidas. E.M.


2. Filho de Num, foi chamado de Josué por Moisés, ao ser enviado para espiar a terra de Canaã como representante da tribo de Efraim (Nm 13:8-16; Dt 32:44). Veja Josué.


3. Filho de Elá, conspirou contra Peca, filho de Remalias, assassinou-o e tornou-se rei de Israel (2Rs 15:30-2Rs 17:1). Peca declarou guerra contra a Assíria e em conseqüência perdeu parte do território de Israel para o rei Tiglate-Pileser. Provavelmente foi devido ao declínio do poder da nação sob sua liderança que a rebelião aconteceu, mas é provável que Oséias tenha obtido o apoio dos assírios. Ele reinou em Samaria por nove anos, e chegou ao trono em 732 a.C. (2Rs 17:1). Praticamente a única parte do reino do Norte, Israel, que não fora conquistada naquele momento era a própria capital Samaria e parte de Efraim; porém, mesmo assim, Oséias não era mais do que um vassalo do rei assírio. Tinha de pagar pesadas taxas ao sucessor de Tiglate-Pileser, Salmaneser, que subira ao trono da Assíria em 727 a.C. (2Rs 17:3).

Oséias declarou a independência do país, deixou de pagar as taxas e pediu ajuda ao Egito. Quando Salmaneser soube, invadiu a terra novamente e sitiou Samaria por três anos. Oséias foi capturado e, finalmente, em 722 a.C., a cidade caiu e os israelitas foram deportados para a Assíria (2Rs 17:4).

O escritor de II Reis deixa bem claro que a destruição final do reino do Norte foi decorrente do juízo de Deus sobre a nação, por causa da idolatria e do pecado (2Rs 17:7-23; 2Rs 18:10). Muitos profetas predisseram a queda da nação, se continuassem a adorar deuses pagãos (2Rs 17:13; veja Os 7:11-16), mas o povo não se arrependeu e o juízo de Deus finalmente veio. Tinham quebrado a aliança (2Rs 17:15-2Rs 18:
12) e, assim, as maldições do pacto caíram sobre eles, exatamente da maneira que o Senhor prometera que aconteceria.


4. Durante o reinado de Davi, Oséias, filho de Azazias, era um oficial na tribo de Efraim (1Cr 27:20).


5. Líder dos judeus e um dos que, no tempo de Neemias, assinaram um pacto feito pelo povo de adorar ao Senhor e obedecer às suas leis (Ne 10:23). P.D.G.


Oséias [Salvação] -

1) Décimo nono e último rei de Israel. Reinou 9 anos (732-723 a.C.). Foi dominado por SALMANESER V, da Assíria, que tomou Samaria em 721 a.C. (2Rs 17:1-6). 2)Profeta que anunciou a mensagem de Deus ao povo de Israel, o Reino do Norte, no tempo de JEROBOÃO II (Os 1:1). Isso foi depois de AMÓS e antes da tomada de Samaria pelos assírios em 721 a.C. V. OSÉIAS, LIVRO DE.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Neemias 10: 23 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Oseias, Hananias, Hassube,
Neemias 10: 23 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

444 a.C.
H1954
Hôwshêaʻ
הֹושֵׁעַ
nome da família de Josué, o filho de Num
(Oshea)
Substantivo
H2608
Chănanyâh
חֲנַנְיָה
o amigo piedoso de Daniel a quem Nabucodonosor colocou o nome de Sadraque; um dos
(and Hananiah)
Substantivo
H2815
Chashshûwb
חַשּׁוּב
um líder levita merarita, filho de Azricão
(of Hasshub)
Substantivo


הֹושֵׁעַ


(H1954)
Hôwshêaʻ (ho-shay'-ah)

01954 הושע Howshea ̀

procedente de 3467, grego 5617 ωσηε; n pr m

Oséias = “salvação

  1. nome da família de Josué, o filho de Num
  2. o décimo nono e último rei do reino do norte, Israel
  3. filho de Beeri, e o primeiro dos profetas menores; profetizou no reino do norte, Israel, no período de Jeroboão II
  4. um filho de Azazias, um líder de Efraim na época de Davi
  5. um líder Israelita que fez aliança com Neemias

חֲנַנְיָה


(H2608)
Chănanyâh (khan-an-yaw')

02608 חנניה Chananyah ou חנניהו Chananyahuw

procedente de 2603 e 3050, grego 367 Ανανιας e 452 Αννας; n pr m

Hananias = “Deus tem favorecido”

  1. o amigo piedoso de Daniel a quem Nabucodonosor colocou o nome de Sadraque; um dos três amigos que, juntamente com Daniel, se recusaram a ficar impuros comendo a comida da mesa do rei que era contra as leis de alimentação que Deus tinha dado aos judeus; também um dos três que foram lançados na fornalha ardente por terem recusado a ajoelhar-se diante de uma imagem de Nabucodonosor e foram salvos pelo anjo do Senhor. Veja também ‘Sadraque’ (7714 ou 7715)
  2. um dos 14 filhos de Hemã e líder do décimo sexto turno
  3. um general no exército do rei Uzias
  4. pai de Zedequias na época de Joiaquim
  5. filho de Azur, um benjamita de Gibeão e um falso profeta no reinado de Zedequias, rei de Judá
  6. avô de Jerias, o capitão da guarda no portão de Benjamim, que prendeu Jeremias com a acusação de estar fugindo para os caldeus
  7. um líder de uma família de Benjamim
  8. filho de Zorobabel de quem Cristo é descendente, também chamado de ’Joanã’ por Lucas
  9. um dos filhos de Bebai que retornou da Babilônia com Esdras
  10. um sacerdote, um dos que preparava os ungüentos sagrados e incenso, que construiu uma porção do muro de Jerusalém nos dias de Neemias
  11. cabeça do turno sacerdotal de Jeremias dos dias de Jeoaquim
  12. governador do palácio de Jerusalém sob Neemias e também, juntamente com Hanani, o irmão do governador, encarregado de guardar os portões de Jerusalém
  13. dois israelitas pós-exílicos

חַשּׁוּב


(H2815)
Chashshûwb (khash-shoob')

02815 חשוב Chashshuwb

procedente de 2803; n pr m Hassube = “atencioso”

  1. um líder levita merarita, filho de Azricão
  2. um filho de Paate-Moabe que ajudou no conserto do muro de Jerusalém
  3. um homem que ajudou no conserto do muro de Jerusalém; talvez o mesmo que o 2 acima
  4. um dos líderes do povo que fez aliança com Neemias