Enciclopédia de Neemias 6:17-17

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ne 6: 17

Versão Versículo
ARA Também naqueles dias alguns nobres de Judá escreveram muitas cartas, que iam para Tobias, e cartas de Tobias vinham para eles.
ARC Também naqueles dias alguns nobres de Judá escreveram muitas cartas, que iam para Tobias: e as cartas de Tobias vinham para eles.
TB Além disso, naqueles dias, enviavam os nobres de Judá muitas cartas a Tobias, e cartas de Tobias vinham para eles.
HSB גַּ֣ם ׀ בַּיָּמִ֣ים הָהֵ֗ם מַרְבִּ֞ים חֹרֵ֤י יְהוּדָה֙ אִגְּרֹ֣תֵיהֶ֔ם הוֹלְכ֖וֹת עַל־ טוֹבִיָּ֑ה וַאֲשֶׁ֥ר לְטוֹבִיָּ֖ה בָּא֥וֹת אֲלֵיהֶֽם׃
BKJ Além disso, naqueles dias os nobres de Judá enviaram muitas cartas a Tobias, e as cartas de Tobias vinham para eles.
LTT Também naqueles dias alguns nobres de Judá multiplicaram suas cartas que iam para Tobias; e as cartas de Tobias vinham para eles.
BJ2 Por essa época, os nobres de Judá mandavam muitas cartas a Tobias e as de Tobias lhes chegavam às mãos;
VULG Sed et in diebus illis multæ optimatum Judæorum epistolæ mittebantur ad Tobiam, et a Tobia veniebant ad eos.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Neemias 6:17

Neemias 3:5 E, ao seu lado, repararam os tecoítas; porém os seus nobres não meteram o seu pescoço ao serviço de seu senhor.
Neemias 5:7 E considerei comigo mesmo no meu coração; depois, pelejei com os nobres e com os magistrados e disse-lhes: Usura tomais cada um de seu irmão. E ajuntei contra eles um grande ajuntamento.
Neemias 13:28 Também um dos filhos de Joiada, filho de Eliasibe, o sumo sacerdote, era genro de Sambalate, o horonita, pelo que o afugentei de mim.
Miquéias 7:1 Ai de mim! Porque estou como quando são colhidas as frutas do verão, como os rabiscos da vindima: não há cacho de uvas para comer, nem figos temporãos que a minha alma desejou.
Mateus 24:10 Nesse tempo, muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se aborrecerão.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

OS PATRIARCAS: AS EVIDÊNCIAS BÍBLICAS

Início do segundo milênio a.C.

UM CONTEXTO CRONOLÓGICO

Gênesis 12:50 trata da relação de Deus com um homem, Abraão, e seus descendentes: Isaque, Jacó (Israel) e seus doze filhos, dos quais José é o mais destacado. É difícil situar os "patriarcas", como costumam ser chamados, num período histórico exato. Para isso, é preciso considerar, em grande medida, a data fornecida para um acontecimento posterior da história bíblica, a saber, o êxodo, para o qual são definidas duas datas (como veremos em detalhes mais adiante).
Uma das datas para o êxodo é 1447 a.C.' Considerando-se que os israelitas permaneceram no Egito durante 430 anos, pode-se concluir que Jacó e seus filhos chegaram ao Egito em 1877 a.C. Assim, Abraão deve ter nascido na metade do século XXII a.C.
A outra data para o êxodo é c. 1270 a.C. Aceitando-se os mesmos dados mencionados acima, Abraão deve ter nascido por volta de 2000 a.C.
Alguns estudiosos também consideram que a estadia de Israel no Egito foi mais curta e situam os patriarcas num período posterior (mais próximo de nossa época), entre os séculos 20 e XVI a.C., a Média Idade do Bronze II.

ABRÃO VIAJA DE UR PARA HARÀ Tera, o pai de Abrão (como ele era conhecido naquele tempo), deixou "Ur dos caldeus"* e se assentou em Harà, na fronteira norte da Mesopotâmia, 32 km a sudeste da atual cidade turca de Urfa. Para alguns, Ur e Urfa se referem ao mesmo lugar, mas, nesse caso, Abrão teria voltado pelo mesmo caminho de onde veio antes de partir para Canaâ. Na verdade, a designação "Ur dos caldeus" resolve a questão. Os caldeus foram um povo que viveu no sul do Iraque do final do segundo milênio em diante.
Assim, Ur dos caldeus deve ser identificada com a cidade famosa de Ur, no sul do Iraque, conhecida hoje como Tell el- Muqayyar. Ur era um dos centros de uma civilização sofisticada vários séculos antes de Abraão, como indicam o Cemitério Real de Ur e o zigurate (templo em forma de torre) de Ur-Nammu, datados respectivamente de c. 2500 a.C. e 2113-2096 a.C.

ABRÃO VIAJA DE CANAÁ PARA O EGITO

Quando Abrão estava com cerca de 75 anos de idade, ele respondeu ao chamado de Deus para deixar seu país, seu povo e a casa de seu pai e se dirigir à terra que o Senhor lhe mostraria.* Abrão foi para Canaã, a terra prometida, mas uma grave escassez de alimento o levou a buscar refúgio no Egito. Lá, sua esposa Sarai (chamada posteriormente de Sara) chamou a atenção do Faraó.

EM CANAÃ

Ao voltar a Canaã, Abrão se tornou extremamente rico em rebanhos, prata e ouro. Tinha tantos rebanhos que precisou se separar de seu sobrinho, Ló, o qual escolheu armar suas tendas próximo a Sodoma, cujos habitantes eram conhecidos por sua grande perversidade. De acordo com Gênesis 19:24-25, "fez o Senhor chover enxofre e fogo, da parte do Senhor, sobre Sodoma e Gomorra. E subverteu aquelas cidades, e toda a campina". Não há dúvidas que Sodoma e Gomorra ficavam próximas, ou talvez debaixo, do atual mar Morto, mas é impossível determinar a localização exata das duas cidades proporção extraordinária de sal (25 por cento) do mar Morto pode ser evidência dessa calamidade.
Abrão (Pai exaltado) se tornaria Abraão (Pai de muitos)." ¡ Agar, a serva de Sara, lhe deu à luz Ismael e a própria Sara lhe deu à luz Isaque (o filho da promessa).° Quando Sara faleceu em Quiriate-Arba (atual Hebrom), Abraão comprou de Efrom, o heteu, um campo com uma caverna e ali sepultou a esposa. Posteriormente, Abraão, seu filho Isaque, Rebeca, esposa de Isaque, seu filho Jacó e Lia, a esposa de Jacó, também foram sepultados nesse local.
Isaque reabriu os poços que haviam sido cavados por Abraão no vale de Gerar e, de acordo com João 4:5-6, Jacó cavou um poço em Sicar, próximo a Siquém.
Fica evidente que os patriarcas eram homens de grande riqueza e influência em Canaã. Abrão tinha trezentos e dezoito "homens dos mais capazes" à sua disposição.' Aliás, a expressão "homens dos mais capazes" é bastante antiga, pois também aparece em textos egípcios de execração (maldição) do final do século XIX a.C. Os patriarcas se casaram com parentas: Isaque se casou com Rebeca, sobrinha neta de seu pai, e Jacó se casou com suas primas Lia e Raquel. Essas três mulheres eram da região de Harã, também chamada Harâ- Naharaim e Pada-Arã.

 

 

Por Paul Lawrence


Árvore genealógica dos patriarcas
Árvore genealógica dos patriarcas
Viagem de Abraão: Saiu de Ur, no sul do Iraque em direção a Harã.
Viagem de Abraão: Saiu de Ur, no sul do Iraque em direção a Harã.

PALESTINA - DISTRITOS GEOPOLÍTICOS

Antes de nos envolvermos numa análise mais aprofundada dos aspectos topográficos naturais da Palestina, é necessário definir e, em poucas palavras, delinear certos termos que as Escrituras usam para designar as várias subdivisões geográficas e/ou geopolíticas da terra. Mas, para isso, será proveitoso introduzir, primeiro, dois vocábulos geográficos modernos que, às vezes, são empregados para designar essa terra: Cisjordânia ("deste lado o lado ocidental do rio Jordão") e Transjordânia ("do outro lado [o lado oriental] do rio Jordão"). Já vimos como, em várias épocas, o rio Jordão serviu de fronteira tanto geográfica quanto política. E, antes de prosseguir, é fundamental entender a natureza temporária dessas subdivisões. As fronteiras de um distrito específico podem ter variado ao longo dos séculos, e não é possível estabelecê-las com precisão em cada período. Esse problema é especialmente agravado quando se tenta determinar as fronteiras de um distrito que existiu durante um longo período da história bíblica, talvez durante mais de um milênio. Além do mais, é necessário levar em conta que uma mesma área geográfica frequentemente tinha nomes diferentes em períodos diferentes.

CISJORDÂNIA
De uma perspectiva geopolítica, pode-se dizer que a Cisiordânia esteve dividida em quatro distritos durante a maior parte da história bíblica. Indo do norte para o sul, essas quatro secções foram: Fenícia, Galileia, Samaria e Judá/Judeia.

FENÍCIA
No Antigo Testamento, a Fenícia é em geral definida como uma área litorânea estreita, que se estendia por cerca de 200 quilômetros, desde o rio el-Kabir até o monte Carmelo, e, no lado oriental, era flanqueada pelas montanhas do Líbano e da Galileia. Na época do Novo Testamento, o monte Carmelo já havia caído nas mãos de monarcas de Tiro,62 de sorte que, para o lado sul, a Fenícia chegava até a planície de Dor. A Fenícia foi o cenário de dois milagres da Bíblia: em Sarepta, Eliseu ressuscitou o filho de uma viúva, o qual havia parado de respirar (1Rs 17:8-24), e, na região de Tiro e Sidom, Jesus curou a filha de uma mulher siro-fenícia (Mc 7:24-30). A Fenícia também recebeu várias das primeiras viagens apostólicas.

GALILEIA
Imediatamente a leste da região sul da Fenícia, ficava o distrito da Galileia, o território mais setentrional que o Israel antigo chegou a ocupar. A área central da Galileia se estendia do rio Litani e da região de Dá, no norte, até o vale de Jezreel, no sul, medindo cerca de 80 quilômetros de norte a sul e uns 40 quilômetros de leste a oeste. Em todas as épocas, o distrito esteve dividido por um estreito vale lateral que acompanhava uma falha geológica que saía de Aco/Ptolemaida, rumava para o leste e chegava até a moderna Rosh Pinna (apenas cerca de 16 quilômetros ao norte do mar da Galileia). Esse vale de Beth Kerem divide a Galileia em duas subdivisões: Alta Galileia e Baixa Galileia.3 A distinção é geográfica e não administrativa. O terreno acidentado e praticamente intransponível da Alta Galileia chega a mais de 1.000 metros de altitude, e parte de sua região central é a mais elevada de toda a Cisiordânia (o iebel Jarmuk fica mais de 1.200 metros acima do nível do mar). Na Baixa Galileia, os cumes ficam abaixo de 600 metros de altura. A maioria das referências à Galileia, inclusive todas as do Novo Testamento, é à Baixa Galileia. Por causa de sua localização no norte, a Galileia talvez fosse mais vulnerável à assimilação cultural e ao domínio militar (Is 9:1; Mt 4:15-16; 2Rs 15:29). Embora a Galileia tenha sido habitada pelas tribos de Naftali, Issacar, Zebulom e talvez parte de Aser durante o período da ocupação, a partir do cativeiro babilônico (1Rs 9:10-14) a sua população gentílica passou a ser majoritária. Por isso, o distrito era suspeito tanto do ponto de vista ideológico (Jo 1:46; cp. 7.41,52) quanto do linguístico (Mt 26:73b). Apesar disso, a Galileia se tornou muito importante, igualmente, para judeus e cristãos. Para os judeus, após a destruição de Jerusalém em 70 d.C., a cidade de Tiberíades se converteu, pouco a pouco, no centro da erudição talmúdica; ali o Sinédrio se reuniu pela última vez e a Mishná foi editada; ali se concentraram as famílias de Ben Asher e Ben Naphtali, da tradição massorética; ali também o venerado Códice Aleppo (a mais antiga e mais completa Bíblia hebraica existente) foi criado e é onde se encontram os túmulos dos sábios judeus Maimônides, rabino Akiva e Johanan ben Zekkai. Para os cristãos, a Galileia foi um centro das atividades de Jesus. Ele passou a infância no pacato vilarejo de Nazaré, baseou seu ministério no importante centro de Cafarnaum e, o que talvez seja o mais interessante, ali realizou a maioria de seus milagres públicos.

SAMARIA
Ao sul da Galileia, fica a terceira subdivisão: Samaria. Anteriormente era conhecida como região montanhosa de Efraim (Is 17:15-19.50; Jz 3:27-4.5; 1Sm 1:1-9.4; 1Rs 4:8-2Rs 5,22) e não deve ser confundida com a região montanhosa de Judá (v. a seguir). Por fim, o distrito de Samaria ganhou esse nome devido à terceira e última capital do Reino do Norte (1Rs 16:24). A região central de Samaria se estendia da borda do vale de Jezreel, rumo ao sul, chegando até as proximidades de uma linha topográfica natural que, saindo de Jericó para o oeste, passava pelo uádi Makkuk e ia até Ofra. A partir dali, a fronteira avancava além de Betel e Bete-Horom Superior, onde começava sua descida até Aijalom (cp. ]s 10.11,12) para, então, terminar na planície Costeira, em frente de Gezer. Assim, a Samaria abrangia uma área aproximada de 65 quilômetros de norte a sul e uns 50 quilômetros de leste a oeste (com base na descrição feita por Josefo, infere-se que a Samaria do Novo Testamento foi ligeiramente reduzida em sua área ao sul) 64 O centro geográfico natural de Samaria era a cidade de Siquém, situada no vale entre o monte Ebal e o monte Gerizim, e adjacente à atual cidade de Nablus. Ali a principal estrada rumo ao norte procedente de Jerusalém (estrada da Serra Central) se conectava com uma estrada secundária (estrada lateral de Efraim), que ligava Samaria tanto ao Mediterrâneo quanto ao rio Jordão. Por isso, não é de surpreender que Siquém tenha testemunhado períodos de ocupação prolongada que remontam a 4000 a.C. Durante boa parte do segundo milênio a.C., Siquém competiu com Jerusalém pela supremacia sobre a Palestina central. Esse local foi o primeiro lugar onde Abraão erigiu um altar e adorou ao Senhor em Canaã (Gn 12:6); onde os ossos de José finalmente encontraram descanso (Is 24:32; cp. Gn 50:25-26: Êx 13.19): onde, pela primeira vez 1srael tentou instituir a monarquia (Iz 9); onde aconteceu a divisão da monarquia unida de Israel (1Rs 12:1-16): onde esteve localizada a primeira capital do reino setentrional de Israel (1Rs 12:25) e onde lesus confrontou uma mulher iunto ao poco (Jo 4:5). Embora ofuscada pela cidade de Samaria durante a maior parte do período da monarquia dividida, a ascendência de Siquém foi reafirmada depois que os assírios deram fim ao Reino do Norte, em 722 a.C. Cativos estrangeiros foram estabelecidos em cidades samaritanas (2Rs 17:24-34). Alguns dos refugiados adotaram vários elementos da fé judaica e, com o tempo, passaram a se considerar judeus (e.g., Ed 4:2). Mas sua tentativa de se tornarem membros da comunidade judaica foi em grande medida repudiada pelos judeus pós-exílicos, o que gerou uma hostilidade religiosa que durou todo o restante do período bíblico (Lc 9:52-53; Jo 4:9-8.48). Assim mesmo, o samaritanismo sobreviveu aos séculos. Um relato medieval localizou em Damasco cerca de 400 samaritanos. Estimativas atuais sobre a população samaritana em Israel vão de 550 a 800 pessoas que, todos os anos, continuam a celebrar a Páscoa no alto do monte Gerizim, o monte sagrado deles (Jo 4:20).

JUDÁ
A quarta principal subdivisão geopolítica da Cisiordânia era Judá, que relatos históricos mais antigos chamavam de região montanhosa de Judá (Js 11:21-15.48; 20.7; 21.11; cp. 2C 21.11; 27.4; Lc 1:65). De acordo com II Reis 23:8, Judá ia de Geba, uma cidade estratégica localizada cerca de 8 quilômetros ao norte de Jerusalém, até tão ao sul quanto Berseba (Zc 14:10). Assim, quando compreendido também no contexto do limite norte de Israel na cidade de Da, isso está de acordo com a fórmula recorrente no Antigo Testamento ("de Da até Berseba"), que denota as fronteiras efetivas da região central de Israel (Jz 20:1-1Sm 3.20 2Sm 3:10-17.11; 24.2,15; 1Rs 4:25). Ainda é possível delinear especificamente a região central de Judá a partir de seu eixo lateral, indo para o leste até a descida abrupta para o deserto de Judá (Jesimom [Nm 21:20; cp. 1Sm 26:1 - Haquila, em frente de Jesimom]) e para o oeste até a descida íngreme e rochosa que termina num valado estreito que a separa da Sefelá (v. a seguir). A região central de ludá media não mais de 80 quilômetros de norte a sul e apenas uns 30 quilômetros de leste a oeste. Só raramente Judá atraiu o interesse dos construtores de impérios, pois era um território bem pequeno, em grande parte constituído de amplas áreas de terra incultivável, que ficava bastante isolado das rotas internacionais e nunca experimentou prosperidade material independente. Um estudioso descreveu Judá como uma terra isolada que promovia um estilo de vida pastoril e era o ambiente para fortalezas, altares e vilarejos.

IDUMEIA
Além das quatro principais entidades geopolíticas da Cisjordânia, a província da Idumeia desempenhou um papel secundário na política do período pós-exílico e do Novo Testamento. Idumeia é o nome grego aplicado especificamente a refugiados edomitas que fugiram para o noroeste para evitar a crescente pressão feita por seus vizinhos nabateus. Embora oscilasse bastante, ora separado da Judeia, ora a ela reanexado, o território idumeu chegou a cobrir a região que vai de Bete-Zur, perto de Hebrom, até Berseba, sua extremidade sul, e do mar Morto até os limites da planície da Filístia. Por fim, governantes macabeus subjugaram a Idumeia. Um deles (Alexandre laneu) nomeou Antipatro, um chefe local, para governar a região. É irônico que Herodes, o Grande, no devido tempo descendesse de Antípatro. Na condição de "rei dos judeus" (Mt 2:1), Herodes não se dispôs muito a descentralizar sua autoridade.

TRANSJORDÂNIA
A Transjordânia do Antigo Testamento é constituída de cinco entidades geopolíticas. Do norte para o sul, elas são. Basa, Gileade, Mishor, Moabe e Edom. O termo "Transjordânia" define especificamente a área que vai do monte Hermom até o golfo de Ácaba (cerca de 400 quilômetros de distância) e do vale do Jordão até as margens do deserto Oriental (entre 50 e 130 quilômetros). A natureza geopolítica dessa região é, na realidade, muito mais complicada do que a da vizinha Cisjordánia. Tentar, numa única análise, tratar da Transiordânia tanto do Antigo quanto do Novo Testamento é possível apenas em parte e, com certeza, trata-se de uma tarefa suscetível a imprecisão. Mas também aqui o propósito básico é fornecer a localização aproximada de entidades geopolíticas mencionadas nas Escrituras.

BASÃ
Basà significa "terra frutífera/plana" (Js 9:10-1Rs 4.13; 2Rs 10:33) e é o nome do território que as forças de Israel tomaram do controle de Ogue (Nm 21:33-35). Incluía 60 cidades muradas (Dt 3:4-5) e foi designado para Manassés Oriental (Dt 3:13). Do norte para o sul, Basa se estendia por aproximadamente 55 quilômetros, do monte Hermom (Js 12:45) até o rio Yarmuk,67 e, para o leste, chegava até Quente (Nm 32:42) e Salca (Dt 3:10), cidades situadas no monte Haura. Na época do Novo Testamento, a região ao norte do Yarmuk consistia basicamente nas províncias que formavam a tetrarquia de Herodes Filipe, filho de Herodes, o Grande.

GILEADE
A segunda entidade básica da Transjordânia é Gileade. Embora pareça que a Bíblia às vezes empregue essa palavra num sentido genérico, referindo-se a toda a Transiordânia ocupada (Dt 34:1-4; Js 22:9), a entidade geopolítica Gileade designa especificamente o domo elevado, montanhoso e ovalado que, do ponto de vista topográfico, é uma extensão oriental da elevação de Samaria (Jz 10:4-1Sm 13 7:25m 2.9; 2Rs 10:33). Esse domo começa a se elevar a apenas uns poucos quilômetros ao sul do Yarmuk e se estende na direção sul, chegando aproximadamente até o uádi Husban. que deságua no Jordão em frente a Jericó.
Longitudinalmente, o domo de Gileade era dividido por um desfiladeiro profundo, escavado pelo rio Jaboque, que separou Gileade em duas metades (cp. Js 12:5-13.31, a metade norte; Dt 3:12; Is 12:2, a metade sul). Na fronteira oriental, é possível delimitar Gileade apenas negativamente: não incluía a terra de Amom (Nm 21:23-24; Jz 11:13; cp. 1Sm 11:1-4), de modo que, em seu quadrante sudeste, não alcançava o deserto Oriental.
Em contraste com o significado do nome de seus vizinhos ao norte (Basa significa "terra plana") e ao sul (Mishor significa "planalto/chapada*), o provável significado do nome Gileade (terra acidentada") pode ajudar a esclarecer suas fronteiras.
Assim delineada, a região montanhosa de Gileade (Gn 31:21-23,25; Dt 3:12) cobria uma área de aproximadamente 55 quilômetros de norte a sul e não mais de uns 50 quilômetros de leste a oeste. Quase todo o norte de Gileade se tornou parte da herança de Manassés Oriental, ao passo que o sul foi entregue à tribo de Gade . A totalidade do domo foi de fato colonizada por Israel, provavelmente porque a altitude elevada permitia chover o suficiente para criar condições para um pouco de florestamento, agricultura e criação de animais (2Sm 18:6; Nm 32:1-4, 16,26; Js 22:8). Embora não saibamos sua exata natureza, o "bálsamo de Gileade", que tinha propriedades medicinais, era muito valorizado na Antiguidade (Jr 8:22-46.11; cp. Gn 37:25). Muitas cidades gregas que haviam sido estabelecidas durante o período alexandrino formaram um núcleo transjordaniano de oposição (em grande parte malsucedida) à independência judaica obtida pelos asmoneus. Mas, quando as legiões de Pompeu deram fim ao domínio asmoneu, muitas daquelas cidades foram devolvidas a seus compatriotas helênicos. Em alguns casos, certas cidades consideraram necessário constituir ligas para proteção mútua contra os vizinhos não gregos, assim como também estavam unidas em termos econômicos e sociais. Uma dessas confederações, conhecida como Decápolis ("dez cidades"), era constituída de localidades situadas principalmente ao longo das estradas comerciais do centro e do norte da Transiordânia.
Esse grupo é mencionado tanto na Bíblia (Mt 4:25: Mc 5:20-7.
31) quanto em fontes clássicas. No período do Novo Testamento, as cidades provavelmente incluíam, do norte para o sul, Damasco, Rafana, Canata, Hipos, Gadara, Citópolis, Pela, Diom, Gerasa e Filadélfia? Embora o propósito de uma confederação helenística assim tão pouco estruturada se choque com qualquer tentativa de definir fronteiras geográficas claras, é possível concluir que a região central da Decápolis se estendia transversalmente à região montanhosa de Gileade.

MISHOR
Ao sul da Gileade do Antigo Testamento, ficava o Mishor ("planalto", p. ex., Dt 3:10-4.43; Js 20:8), que se estendia por cerca de 40 quilômetros, desde Hesbom (Is 13:10) e Medeba (Is 13:16), no norte, até as cidades de Aroer (Is 13:9) e Dibom (Jr 48:22), situadas no sul, logo ao norte do cânion do Arnom e perto da Estrada Real. Outras cidades localizadas no Mishor eram Nebo (Ir 48.22). Sitim (onde os israelitas tiveram relações sexuais ilícitas com mulheres moabitas INm 25:1s.|).
Bete-Peor (perto de onde Moisés foi sepultado [Is 13:20; Dt 34:6] e onde Balaão pronunciou suas bêncãos desfavoráveis [Nm 22:41-23.13,141) e Bezer, uma das cidades israelitas de refúgio (Dt 4:43). O Mishor se tornou a heranca da tribo de Rúben. No entanto, como do ponto de vista geográfico o Mishor ficava a meio caminho entre a região central de Israel e a região central de Moabe, a luta para controlá-lo teve início ainda no período dos juízes (Jz 3:12-30, implícito). prosseguindo na época da monarquia unida (1Sm 14:47;25m 8.2,12) e chegando até os dias de Acabe e do rei moabita Messa. Mas, no pensamento dos profetas, o controle israelita da região do Mishor havia sido cedido aos mobitas (Is 15:1-9; 16.8,9; Jr 48:1-5,21-25,34-36,45-47; Ez 25:8-11). E provável que esse vaivém político ajude a explicar por que, apesar de descenderem do primogênito de Jacó (Gn 29:32-49.3,4), os rubenitas aparentemente foram incapazes de desempenhar um papel importante na história posterior de Israel.

MOABE/PEREIA
O planalto mais elevado que, partindo do Arnom, estendia-se para o sul, chegando até o ribeiro de Zerede, era a região mais importante e central do território moabita, tendo como capital a cidade de Quir-Haresete (2Rs 3:25; Is 16:7; cp. Nm 22:36; Is 15:1 ['Quir de Moabe", que é a forma encontrada na ARA, significa "cidade de Moabe"|). Durante o período do Novo Testamento, o distrito da Pereia? ocupava a região ocidental daquilo que havia sido o Mishor e Moabe. O historiador Josefo escreveu que, no norte, o distrito de Pereia chegava até a cidade de Pela e, no sul, até Maqueronte (uma cidade-fortaleza de onde se avistava o mar Morto e onde Herodes Antipas decapitou João Batista). Além disso, Josefo relata que Pereia começava no rio Jordão e ia para o leste, chegando até Filadélfia, e informa que a capital da Pereia era Gadara (T. Gadur, que não se deve confundir com a Gadara da Decápolis [Umm Qeis]) 73 Causam perplexidade as fronteiras norte e leste informadas por Josefo, pois tanto Pela quanto Filadélfia faziam parte da região da Decápolis. Talvez sua descrição signifique que as fronteiras das cidades-estados de Pela e Filadélfia encostavam na Pereia. De qualquer maneira, os geógrafos bíblicos justificadamente seguem critérios arqueológicos e topográficos, estabelecendo a fronteira oriental basicamente numa linha norte-sul que começa no norte, nas vizinhanças do jebel Munif, no alto Arnom. Parece que, dali, a fronteira norte acompanhou os contornos a jusante do uádi Yabis até sua foz no rio Jordão, em frente a Enom.

EDOM
O último distrito transiordaniano a ser listado é Edom, às vezes conhecido como Seir (Gn 32:3; Nm 24:18: Jz. 5.4; Is 21:11) ou monte Seir (Gn 14:6; Dt 1:2-2.5). Edom designa a terra e o reino situados no alto da estreita e longa cadeia de montanhas imponentes que, partindo do ribeiro de Zerede, dirige-se para o sul, quase até o golfo de Ácaba. No entanto, as terras centrais de Edom, saindo do ribeiro de Zerede, estendiam-se para o sul por cerca de 110 quilômetros até um planalto de onde se avista o uádi Hasma, parte de uma enorme dissecação no solo recoberta de areia, a qual se estendia na direção sudeste e era a porta de entrada para o sul da Arábia. A maioria dos cumes de Edom ultrapassa os 1:200 metros acima do nível do mar e, em mais da metade de sua extensão longitudinal, o terreno elevado fica acima dos 1:500 metros. E esse cenário assustador ficava claramente limitado, a oeste, pela Arabá e, a leste, pelas planícies do deserto Oriental. O resultado é que Edom propriamente dito media apenas 16 a 24 quilômetros num eixo leste-oeste, tendo, ao longo da serra altaneira, uma série de fortalezas e cidades que basicamente acompanhavam a Estrada Real. A combinação de fortificações tanto naturais quanto feitas pelo homem tornava Edom uma barreira intransponível para tráfego lateral. Cerca de 40 quilômetros ao sul de Zerede, uma falha geológica criou um cánion que, partindo da A rabá, abre-se em leque para o leste por mais ou menos 14 quilômetros. No fim desse uádi notável, ficava a antiga Punom, um centro importante de mineração de cobre e onde, de acordo com a Biblia (Nm 33:42), os israelitas acamparam durante a viagem de Cades-Barneia para as planícies de Moabe. Moisés solicitou ao rei de Edom permissão para que Israel atravessasse o território edomita para chegar à Estrada Real (Nm 20:14-21). Mas o rei rejeitou o pedido, o que exigiu que o grupo israelita vigiasse cerca de 160 quilômetros a mais por terreno árido e num calor escaldante, apenas para desviar de Edom (Dt2.1-8).
Sem dúvida, essa derrota psicológica foi relacionada com o incidente das "serpentes ardentes" (Nm 21:4-9; 33:42-49), em que Moisés foi forçado a erguer uma serpente de cobre nesse deserto. Com base no contexto geográfico, é possível entender por que a recusa do rei edomita não foi desafiada, apesar de ser improvável que os edomitas fossem numericamente superiores aos israelitas. Os penhascos imensos e as gargantas íngremes de Edom, mesmo nas encostas menos escarpadas do desfiladeiro de Punom, eram um alvo inacessível que, por capricho edomita, continuaria em esplêndido isolamento (Ob3). Situado junto às montanhas edomitas ocidentais e cerca de 32 quilômetros ao sul de Punom, há um cânion que se parece com uma cratera e contém as impressionantes ruínas de Petra, a fabulosa capital do Reino Nabateu, mais tarde ocupada pelos romanos.? Embora não se saiba quais foram seus ancestrais, os nabateus vieram a ocupar Edom no terceiro século a.C. e, já no primeiro século a.C., sua influência era sentida desde Damasco até Gaza e também até o interior da Arábia. Boa parte de seu poder era resultado do controle que exerciam sobre parte de uma lucrativa rede comercial que, àquela época, estendia-se do interior da atual Arábia Saudita até o Mediterrâneo Ocidental Chegava-se a Petra através de um estreito corredor de cerca de 1.600 metros, flanqueado em ambos os lados por elevados penhascos perpendiculares que, em alguns lugares, quase se tocavam. A bacia onde se situava a cidade propriamente dita era cercada de desfiladeiros de arenito, nos quais foram escavados estruturas e túmulos daquilo que, na Antiguidade, foi uma cidade de grande riqueza.
Por cerca de 65 quilômetros para o sul a partir da região central de Edom, descendo do uádi Hasma para o uádi Yutm, próximo ao golfo de Ácaba, fica uma cadeia bem estreita de intransitáveis montanhas de granito. Essas montanhas de Midia elevam-se a alturas que chegam perto de 1.750 metros acima do nível do mar. Nessa região, vestígios arqueológicos revelam uma cultura totalmente distinta de sua contraparte palestina e que é, às vezes, descrita como midianita. É nesta "cultura midianita que alguns estudiosos acreditam que Moisés talvez tenha se refugiado quando fugiu do faraó e ali serviu a seu sogro, um sacerdote de Midia (Ex 2:15-17:3.1).

Distritos do Antigo Testamento
Distritos do Antigo Testamento
Distritos do Novo Testamento
Distritos do Novo Testamento

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

JUDÁ

O Reino de Judá limitava-se ao norte com o Reino de Israel, a oeste com a inquieta região costeira da Filístia, ao sul com o deserto de Neguev, e a leste com o rio Jordão, o mar Morto e o Reino de Moabe. Sua capital era Jerusalém.
Mapa Bíblico de JUDÁ



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Neemias Capítulo 6 do versículo 1 até o 19
d. Tentativas de ludibriar Neemias (Ne 6:1-14). Depois do relato parentético, no capítu-lo cinco, das perturbações sociais entre os judeus, nós temos, no capítulo 6, um relato continuado da oposição dos inimigos de Neemias: Sambalate, Tobias e Gesém, que, por não terem tido sucesso em suas tentativas de amedrontar Neemias com a ameaça de um ataque armado, agora tentam ludibriá-lo por meios sutis. Como uma prova de amizade, eles lhe enviaram mensageiros, quatro vezes consecutivas, para convidá-lo a um encon-tro no vale de Ono (2), cerca de 32 quilômetros ao norte de Jerusalém, perto de Lida, ou Lode (Ed 2:33; Ne 11:35). A única resposta de Neemias foi: Estou fazendo uma grande obra, de modo que não poderei descer (3). Naturalmente ele suspeitava das suas más intenções e não se permitiu cair na sua armadilha. Novamente eles enviaram um mensageiro, desta vez com uma carta aberta (5) em que Sambalate acusava Neemias de planejar uma rebelião contra o rei. Eles o avisavam de que isso seria levado ao conhe-cimento de Artaxerxes, a menos que Neemias concordasse em se encontrar com eles para discutir o assunto. Ao se recusar a comparecer ao encontro, Neemias corajosamente res-pondeu que todo o assunto era fruto da imaginação deles. De tudo o que dizes coisa nenhuma sucedeu, declarou, mas tu, do teu coração, o inventas (8). Ao mesmo tem-po, Neemias orou fervorosamente para que Deus o fortalecesse contra os seus inimigos.

Em seguida houve a tentativa de iludi-lo através um falso profeta dentro da cidade. Um certo Semaías (10) foi contratado para se passar por seu amigo e conselheiro espiri-tual, a fim de avisá-lo, em nome do Senhor, que os seus inimigos iriam matá-lo e que o seu único refúgio era o Templo. Que estava encerrado, "que estava enclausurado", possivelmente devido a algum crime ou alguma doença (Berk.). Porém, Neemias foi no-vamente inflexível na sua recusa em ceder aos seus inimigos, mesmo em uma demons-tração de amizade. Um homem, como eu, fugiria? — disse. E quem há, como eu, que entre no templo e viva? De maneira nenhuma entrarei (11). Ele pôde enxergar os truques deles, e recusou-se firmemente a ser atraído para a armadilha. Com certeza temos aqui um excelente exemplo de coragem por parte de um dos santos de Deus, que jamais se humilharia diante de qualquer ataque do inimigo.

Em 6.13 vemos refletidos alguns pensamentos em "quando o medo se transforma em pecado". Para isso o subornaram, para me atemorizar, e para que eu assim fizesse e pecasse (13). O medo transforma-se em pecado (1) quando ele nos afasta das tarefas dadas por Deus, 1-4; (2) quando temos medo de acusações baseadas em falsida-des, 5-9; (3) quando usamos até mesmo o refúgio religioso para evitarmos o custo de fazermos a obra de Deus, 10-13.

Em uma mensagem intitulada "uma grande obra", baseada no versículo 3 — Estou fazendo uma grande obra, de modo que não poderei descer — pode-se deduzir que a obra de Deus, que seja a construção de um muro, a construção de uma congregação cristã ou a evangelização de pagãos, deve ter a prioridade sobre todas as demais ocupa-ções que poderiam exigir a nossa atenção. Para nós é a coisa mais importante do mundo: (1) porque Deus a ordenou; (2) porque a Bíblia a autoriza e (3) porque recebemos uma convocação especial para fazê-la. Assim foi com Neemias, e assim deveria ser com todos os homens que sintam o chamado de Deus. Por que cessaria esta obra, enquanto eu a deixasse e fosse ter convosco? (3).

3. O Muro é Concluído em 52 Dias (6:15-19)

Apesar de todas as dificuldades que foram encontradas, sabemos que o muro foi concluído em 52 dias, ou em aproximadamente dois meses. Elul (15) é o sexto mês do calendário judeu, correspondente à última metade de agosto e à primeira metade de setembro.

A conclusão dos muros foi um golpe evidentemente duro na moral dos inimigos de Judá. "Temeram todos os gentios que havia em roda de nós", escreve Neemias, "e abate-ram-se muito em seus próprios olhos; porque reconheceram que o nosso Deus fizera esta obra" (16; cf. Sl 126:2-3). Entretanto, imediatamente, nos versículos 17:19 percebemos que ainda havia forças traiçoeiras que trabalhavam na cidade. Alguns dos amigos de Tobias, diversos dos quais estavam ligados a ele por laços de casamento, mantinham uma freqüente correspondência com ele e aparentemente tentavam fazer com que Neemias sentisse medo dele. "O povo de Deus", ressalta J. S. Wright, "deve estar sempre em guar-da, mesmo em uma época de sucesso. A infiltração das idéias inspiradas pelo inimigo ainda pode estragar o trabalho e trazer padrões pagãos de vida e religião"27. Sabemos que Tobias na verdade foi recebido na cidade posteriormente, durante a ausência de Neemias, e lhe foi dado um quarto no Templo (Ne 13:4-7). Com que constância o inimigo das nossas almas espreita nas proximidades, à espera de uma oportunidade para fixar resi-dência no recôndito dos nossos corações, quando negligenciamos!


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Neemias Capítulo 6 versículo 17
Tobias praticava um jogo duplo:
por um lado, tinha boas relações familiares e comerciais com algumas famílias importantes de Jerusalém; por outro lado, participava do plano contra Neemias (conforme v. 19; ver Ne 2:10,).

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Neemias Capítulo 6 do versículo 1 até o 19
*

6:1

Tendo ouvido Sambalá. Essa frase continua a série de frases semelhantes (2.10, nota) e leva o leitor de volta ao tema principal de Ne 1:1—7.3, do qual o cap. 5 é uma digressão (5.1-13, nota). O conflito que vinha se avolumando atinge aqui o seu clímax, quando as muralhas já estavam virtualmente terminadas. Essa tentativa final de fazer parar o trabalho foi tríplice: prejudicar (vs. 2-4); assustar (vs. 5-9) e lançar Neemias (vs. 10-13) no descrédito.

* 6:2

Ono. Era o extremo noroeste do território de Judá, tão distante da segurança de Jerusalém como era possível sem se deixar o país.

intentavam fazer-me mal. Uma frase vaga, talvez referindo-se a assassinato (v.10), ou uma alegação posterior de que a viagem de Neemias a Ono era para alistar outras pessoas na revolta contra a Pérsia (v.6).

* 6:3

por que cessaria a obra? Neemias percebeu que o propósito básico do plano era fazer parar o trabalho de reconstrução das muralhas.

* 6:4

Quatro vezes. Ambos os lados do conflito mostraram-se persistentes, quando o conflito atingiu o seu clímax.

* 6:5

uma carta aberta. As cartas normalmente eram seladas, mas Sambalá queria que essa carta fosse pública, na tentativa de fazer parar a obra de reconstrução.

* 6.6,7 A acusação era plausível: as muralhas estavam sendo reconstruídas, Judá tinha antecedentes de rebeliões contra os seus senhores, e Neemias era um líder habilidoso, que tinha paixão por sua terra natal.

* 6:9

fortalece as minhas mãos. Outra das breves orações tão características de Neemias (1.4, nota).

* 6:10

Semaías. Ele pode ter sido não somente um profeta (v.12), mas também um sacerdote, o que lhe dava acesso ao templo.

Casa de Deus. O ardil final agora se desdobrava. Neemias poderia buscar asilo no átrio do templo (Êx 21:12-14), mas ele não tinha permissão de adentrar o templo propriamente dito, visto que não era um sacerdote (Nm 18:7).

* 6.11 A coragem de Neemias destaca-se novamente (5.7, nota).

* 6:13

para me atemorizar... e me vituperassem. A idéia era fazer Neemias agir como um covarde e um infrator da lei, para que sua reputação ficasse arruinada e ele não pudesse terminar a muralha.

* 6:14

Lembra-te. Este é o terceiro uso do "lembra-te", em uma oração (1.8, nota), bem como a segunda oração imprecatória (4.4,5, nota), visto que o "lembra-te", aqui, visa o julgamento divino.

* 6:15

Acabou-se, pois, o muro. Este versículo, na verdade, forma a conclusão da seção iniciada no v.1, onde o v.16 abrira o episódio final de Ne 1:1—7.3. A última das seis tentativas de fazer parar o trabalho dos judeus também fracassou.

mês de Elul. Agosto-setembro de 445 a.C.

* 6.16—7.3 Embora a oposição à reconstrução das muralhas tivesse cessado quando as mesmas se completaram (v.16), continuaram as tentativas para intimidar a Neemias (6.17-19). Neemias tomou providências para garantir que os portões da cidade não continuassem a sofrer agressões por parte dos inimigos de Israel (7.1-3).

*

6.17-19 O parentesco de Tobias por meio de casamento, com aqueles que trabalhavam nas muralhas, teria provido um canal natural para a transferência de informações aos oponentes de Neemias sobre as circunstâncias em Jerusalém.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Neemias Capítulo 6 do versículo 1 até o 19
6.1ss Sanbalat e Tobías estavam se desesperados. O muro estava quase terminado e seus esforços por deter sua construção estavam fracassando. Assim tentaram outra coisa: centraram seus ataques no caráter do Nehemías. Atacaram-no em sua pessoa com rumores (6.6), enganos (6.10-13) e falsos informe (6.17). Os ataques pessoais ferem e quando a crítica é injustificada, é fácil se desesperar-se. Quando você faz a obra de Deus, pode ser que receba ataques pessoais. Confie em que Deus completará o trabalho e não faça caso do que digam, como o fez Nehemías.

6:2 O campo do Ono estava 32 km ao noroeste de Jerusalém. Se Sanbalat e Gesem tivessem conseguido convencer ao Nehemías de encontrar-se ali, poderiam havê-lo emboscado no caminho.

6:7 Durante esses dias, os profetas como Malaquías anunciavam a vinda do Messías (Ml 3:1-3). Sanbalat, com seu talento natural para provocar problemas, procurou pôr ao povo contra Nehemías ao dizer que este tratava de proclamar-se rei. Além disso, ameaçou informando ao rei da Persia de que Nehemías estava começando uma revolta. Sanbalat fez chegar ao Nehemías uma carta aberta ou sem selo. Isto demonstra que tentava fazer público o conteúdo da mesma. Entretanto, as acusações do Sanbalat eram falsas e não apartaram ao Nehemías de sua tarefa.

6:9 Quando a oposição se levanta contra nós ou contra a obra de Deus, é tentador orar: "Senhor, libra me desta situação". Mas Nehemías orou: "OH Deus, fortalece você minhas mãos". Desta maneira mostrou grande determinação e caráter ao permanecer firme em sua responsabilidade. Quando nós oramos por fortaleza, Deus sempre responde.

6:10 Semaías advertiu ao Nehemías do perigo e lhe disse que se escondesse no templo. Nehemías foi sábio ao analisar a mensagem, e compreendeu que era um truque mais do inimigo. A gente pode dar mau uso no nome de Deus ao dizer que conhecem sua vontade quando em realidade têm outros motivos. Examine aos que se autotitulan "mensageiros de Deus" para ver se passarem a prova de ser coerentes com o que a Palavra de Deus nos revela.

6.10-13 Nehemías não teve o apoio total do povo. Semaías (6.10), Noadías (6,14) e muitos dos nobres ("principais do Judá"; 6,17) obravam em seu contrário. Quando o atacaram pessoalmente, Nehemías não quis render-se ao medo e fugir ao templo. De acordo com a Lei de Deus, tivesse sido incorreto esconder-se no templo porque não era sacerdote (Nu 18:22). Se tivesse saído fugindo, teria escavado o valor que estava tratando de infundir ao povo. Os líderes são branco de ataques. Acostume-se a orar pelos que estão em autoridade (1Tm 2:1-2). Peça a Deus que os fortalezca para suportar os ataques pessoais e as tentações. Necessitam o valor que só Deus dá para superar o temor.

6:15 Daniel, quem tinha formado parte do primeiro grupo de cativos levados de Jerusalém a Babilônia (605 a.C.), predisse a reconstrução da cidade (Dn 9:25). Aqui se cumpre sua profecia. Ao igual a Nehemías, era um judeu que chegou a ter um posto proeminente no reino aonde o tinham banido (Daniel 5:29-6.3).

6:15 Diziam que não se podia obter, que o trabalho era muito e os problemas muito grandes. Entretanto os homens e as mulheres de Deus, unidos nas tarefas especiais, podem resolver problemas enormes e realizar grandes costure. Não permita que o tamanho de uma tarefa ou a quantidade de tempo necessário para lhe realizá-la impeça de levá-la a cabo. Com a ajuda de Deus, pode-se fazer.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Neemias Capítulo 6 do versículo 1 até o 19
3. Conspiração Contra Neemias (6: 1-19)

1 Ora, aconteceu que, quando foi noticiado que Sambalate e Tobias, e Gesem, o árabe, e ao resto dos nossos inimigos, que eu tinha edificado o muro e que não houve violação aí à esquerda (embora mesmo até que época eu não tinha posto as portas nos portais), 2 Sambalate e Gesem mandaram dizer-se dizendo: Vem, vamos reunir-se em uma das aldeias da planície de Ono. Mas eles pensavam fazer-me Ml 3:1 E enviei-lhes mensageiros a dizer: Estou fazendo uma grande obra, de modo que eu não posso descer:? por que cessaria esta obra, enquanto eu a deixasse e fosse ter convosco 4 E eles mandaram dizer-se quatro vezes após este tipo; e eu respondi-los da mesma maneira. 5 Então enviou Sanballat seu moço me da mesma maneira pela quinta vez com uma carta aberta na mão, 6 em que foi escrito, é relatada entre as nações, e Gashmu diz ele, que tu e os judeus a rebelar-se; por esta causa tu és a construção do muro: e queres ser seu rei, de acordo com estas palavras. 7 E que puseste profetas, para pregarem de ti em Jerusalém, dizendo: Este é rei em Judá, e agora devem ser comunicadas ao rei de acordo com estas palavras. Vem agora, pois, e deixe-nos tomai conselho todos juntos. 8 Então mandei dizer-lhe, dizendo: Não existem tais coisas como dizes, mas tu disfarças-los para fora do teu coração. 9 Pois todos eles nos teria feito com medo, dizendo: As suas mãos largarão a obra, para que não seja feito. Mas agora, ó Deus , fortalece-as minhas mãos.

10 E eu fui à casa de Semaías, filho de Delaías, filho de Meetabel, que estava impedido; e ele disse: Vamos nos reunir na casa de Deus, dentro do templo, e fechemos as portas do templo: pois virão matar-te; sim, de noite virão matar-te. 11 E eu disse: Se um homem como eu fugiria? e quem há que, sendo tal como eu, possa entrar no templo para salvar a sua vida? Eu não vou entrar. 12 E eu compreendi, e eis que Deus não o tinha enviado; mas ele pronunciou essa profecia contra mim. e Tobias e Sambalate o haviam subornado 13 Por esta causa foi ele contratou, que eu deveria ter medo, e fazê-lo, e pecado, e que eles podem ter matéria para um relatório de mal, para que eles pode me censurar. 14 Lembra-te, meu Deus, de Tobias e de Sambalate, conforme estas suas obras, e também da profetisa Noadias, eo resto dos profetas, que teria me atemorizar.

15 Então, o muro foi terminado no vigésimo quinto dia do mês de Elul, em cinqüenta e dois dias. 16 E sucedeu que, quando todos os nossos inimigos souberam das mesmas , que todos as nações que estavam sobre nós temido, e eram muito abatida aos seus próprios olhos; pois perceberam que esta obra com o auxílio do nosso Deus. 17 Além disso, naqueles dias o nobres de Judá enviaram muitas cartas a Tobias, e as cartas de Tobias vinham para eles. 18 Pois havia muitos em Judá jurado ao pai, porque ele era o filho-de-lei de Secanias, filho de Ará; e seu filho Joanã tinha levado a filha de Mesulão, filho de Berequias a esposa. 19 Também falaram de suas boas obras diante de mim, e as minhas palavras para ele. E Tobias escrevia cartas para me atemorizar.

Alerta de Neemias e vigilância dos judeus tornou possível a conclusão do muro, apesar da oposição. No entanto, Sambalate e Gesem lançou uma campanha de traição contra Neemias. Eles propuseram que Neemias encontrá-los em um local neutro, a fim de resolver suas diferenças (v. Ne 6:2 ). Foi uma tentativa de atrair Neemias em um famoso Sua resposta foi "armadilha.": Estou fazendo uma grande obra, de modo que eu não posso descer (v. Ne 6:3 ).

Seu enredo tendo falhado, Sanballat preparou uma carta aberta cobrando Neemias com a rebelião e exigindo que haja uma reunião para discutir esta alegação (vv. Ne 6:6-7 ). Neemias forthrightly negou a acusação (v. Ne 6:8 ).

Finalmente, dois indivíduos foram contratados para profetizar que Neemias deve procurar a segurança do templo, a fim de evitar supostos assassinos (vv. Ne 6:10-11 ). Neemias descobriu que era parte de um complô para acusá-lo de sacrilégio flagrante para entrar no templo.

Não obstante o perigo pessoal, Neemias continuou a liderar o projeto de reconstrução. Por fim, a parede estava acabado. Sua conclusão foi um revés esmagadora para seus inimigos. Além disso, seu ridículo alterado para admiração e respeito: pois perceberam que esta obra com o auxílio do nosso Deus (v. Ne 6:16 ). Apesar dos problemas, Neemias perseverou até que o trabalho foi concluído. Foi uma realização em grande parte devido a bênção de Deus sobre qualidades de Neemias de liderança e caráter.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Neemias Capítulo 6 do versículo 1 até o 19
  • Logro (6:1-4)
  • As pessoas voltaram ao trabalho, e o inimigo também. Dessa vez, Sam- balate e seus homens dirigiram seus ataques a Neemias, o líder. Aqui na terra, muitas das pessoas do Senhor não percebem jamais as tentações e os testes especiais que os servos do Senhor enfrentam dia após dia. A liderança espiritual é difícil. Sam- balate convidou Neemias para um encontro amigável no vale de Ono, mas Neemias recusou o convite. Os servos separados do Senhor não ousam andar "no conselho dos ím-pios" (Sf 1:1). Cuidado com os sorri-sos do inimigo, pois Satanás é mais perigoso quando se mostra nosso amigo que em qualquer outro mo-mento. Houve quatro convites (v. 4), e Neemias recusou todos. "Estou fazendo grande obra, de modo que não poderei descer." Permaneça no serviço quando Satanás o convidar, e o Senhor o abençoará.

  • Calúnia (6:5-9)
  • O mensageiro veio pela quinta vez e trouxe uma "carta aberta" cheia de acusações caluniosas contra Ne-emias e seu povo. Uma das prin-cipais armas do demônio é: "Entre as gentes se ouviu". "Disseram" ou "Ouvi dizer" são frases que, em ge-ral, dão início às fofocas e às menti-ras. Quem são "eles"? Neemias de-tectou o estratagema e, de imediato, expôs a mentira na dita "carta aber-ta". Sua vida e caráter refutavam cada mentira da carta. Nos versícu-los 1:4, o inimigo ofereceu-se para trabalhar com os judeus; aqui, nos versículos 5:9, o inimigo quer difa-mar o nome de Neemias. Observe que Neemias ora, de novo, ao Se-nhor a fim de prevalecer (v. 9). Os servos de Deus não podem fazer nada em relação ao que as pessoas dizem deles, mas podem determi-nar o tipo de caráter que têm e o testemunho que dão. Os muros não seriam construídos se Neemias pa-rasse o trabalho para defender sua reputação.

  • Ameaças (6:10-14)
  • Semaías fechara-se em casa, aparen-temente com medo do inimigo, mas, na verdade, ele estava trabalhando com o inimigo. Por que ele não esta-va ajudando os judeus a construírem o muro? Devemos acautelar-nos dos, assim chamados, cristãos que sem-pre dão conselhos, mas nunca fazem eles mesmos qualquer trabalho para Cristo. Paulo advertiu a respeito de falsos irmãos (2Co 11:26). Semaías mentiu para Neemias e tentou ame-drontá-lo para que fugisse do inimi-go. Contudo, Neemias percebeu o esquema e refutou abertamente as mentiras de Semaías. Ele orou, de novo, pela ajuda do Senhor e voltou direto ao trabalho.

    Em 52 dias, concluíram os muros. E as pessoas trabalharam na época mais quente do ano. Deus foi glorificado, e o inimigo ficou desconcertado (v. 16), mas os ju-deus concessivos ainda tentavam fazer com que Neemias aceitasse Tobias. Que fardo esses nobres de Judá foram para Neemias. O traba-lho fora concluído. Dê-se a glória ao Senhor!


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Neemias Capítulo 6 do versículo 1 até o 19
    6.2 O inimigo passa a lançar mão de armadilhas e de subversão. • N. Hom. Métodos do inimigo para acabar com a obra divina:
    1) Escárnio, 4:1-3;
    2) Agressão física, 4.8;
    3) Esgotamento pelo cansaço (4.10 e depressão, ao ver irmãos a lucrar com a batalha, 5.15;
    4) Boatos 6:5-8;
    5) Falsos profetas, e terror, 6:10-14;
    6) Subversão, em laços familiares, 6:17-19.
    6.7 Puseste profetas. Os pagãos imaginavam que os profetas, como Ageu e Zacarias, seriam como os profetas pagãos: empregados dos reis para "profetizar" sucesso. O conteúdo da carta era subversão, calúnia, e ignorância do princípio ao fim; os falsos boatos tinham o intuito de voltar o povo contra Neemias, e forçar este a se submeter.

    6.9 Fortalece as minhas mãos. Os inimigos da fé nada lucram quando levantam tentações contra o verdadeiro crente: com isto, apenas criam ocasiões para o crente recorrer, mais e mais, a Deus em orações, orações freqüentes e espontâneas, desenvolvendo a plena comunhão com Deus.

    6.10 Encerrado. Talvez esse falso profeta quisesse imitar a Ezequiel: ficar dentro da casa para demonstrar o perigo, como se fosse uma profecia de tudo o que poderia acontecer a Neemias. Ele estava livre, então, para se oferecer a acompanhar Neemias até ao templo.

    6.11 Fugiria. O povo teria perdido a confiança num governador que fugisse.

    6.12 Então, percebi. Reconheceu Neemias que a mensagem de Semaías o levaria a praticar atos de covardia e irresponsabilidade, de abandonar seu posto e dar mostra pública de falta de fé; percebeu que a mensagem não poderia ter vindo de Deus. Não pode haver inspiração divina numa profecia que nos convida a ser fracos na fé. O subornaram. Homens perversos fingem falar de Deus para alcançar seus propósitos. Falsos profetas aparecem freqüentemente na história da verdadeira revelação.

    6.13 A pecar. Além do motivo dado a Semaías, Neemias apresentou outro: a lei mosaica proibia a entrada de leigos, como ele o era, no interior do templo. Se tivesse procurado esconderijo no templo, teria perdido seu lugar de autoridade sob a aquiescência de Deus.

    6.16 Decaíram muito no seu próprio conceito. Sentiram-se derrotados.

    6.19 Levaram a ele. A quinta coluna de traidores, entre os próprios judeus, levantou outro obstáculo à obra: interesses próprios e relações de parentescos provenientes de casamentos ilícitos, foram colocados acima do amor à pátria e da fé. • N. Hom. Armadilhas do mundo e os meios de escape, 6:2-11.
    1) A inimizade, 6.2 - o trabalho, 6.3;
    2) A calúnia, 6:5-7 - a defesa franca, 8;
    3) A falsa religião, 6.10 - a recusa à tentação, 6.11.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Neemias Capítulo 6 do versículo 1 até o 19

    4) Os muros são concluídos, apesar das ameaças (6:1-19)

    A conspiração dos inimigos dos judeus, ouvindo que a reconstrução dos muros e das portas de Jerusalém realizada pelos judeus estava quase concluída (v. 1), decidiu fazer um renovado esforço para dificultar o trabalho e desmoralizar os judeus. A tentativa de ridicularizá-los tinha fracassado (4:1-6), como também seus ataques terroristas contra os construtores (4:7-23). Por isso, decidiram pelo plano de tentar matar, ou no mínimo seqües-trar, o próprio Neemias. Assim, enviaram uma mensagem a Neemias propondo um encontro entre eles em território neutro para realizarem uma conferência, pois acreditavam que numa circunstância dessas Neemias poderia ser pego ou assassinado. O lugar que eles sugeriram para esse encontro foi um dos povoados da planície de Ono (v. 2), que ficava a aproximadamente 30 quilômetros a noroeste de Jerusalém. Neemias percebeu, no entanto, que esse convite incluía uma conspiração contra a sua vida; assim, respondeu a eles que estava muito ocupado (v. 3). Por isso, Samba-Iate sugeriu uma data posterior para o encontro, mas Neemias novamente se desculpou e não foi; e a mesma coisa aconteceu mais duas vezes (v. 4).

    Em seguida, Sambalate enviou o seu servo a Neemias com uma carta aberta na sua mão (v. 5), escrita em papiro, couro ou cerâmica. Continha um boato totalmente falso a respeito de Neemias, e Sambalate queria que todos que tivessem contato com a carta a lessem para que a insinuação se espalhasse por todos os lados. Nessa carta, Sambalate expressava sua preocupação acerca de uma idéia que estava em circulação segundo a qual Neemias estava planejando rebelar-se contra Artaxerxes da Pérsia ao se proclamar rei em Judá\ e Sambalate sugeria que eles se encontrassem para discutir como evitar que esse boato chegasse aos ouvidos de Artaxerxes (v. 6,7). Novamente, Neemias recusou-se a se encontrar com Sambalate e enviou uma resposta curta e grossa, dizendo que não havia verdade alguma nessas alegações e que eram invenção maldosa do próprio Sambalate (v. 8).

    O último estratagema dos inimigos contra Neemias parece ter ocorrido por iniciativa de Tobias, pois ele é citado em associação com isso antes de Sambalate (v. 12,14). Esses dois vilões subornaram (v. 12) um falso profeta em Jerusalém chamado Semaías [...] que estava trancado portas adentro (v. 10), que provavelmente significa que estava em êxtase profético, para fazer uma proclamação profética com o intuito de levar Neemias a buscar proteção do perigo no santuário, no Lugar Santíssimo do templo. Agora, ninguém, a não ser os sacerdotes, tinha permissão para entrar no Lugar Santíssimo do templo (Nu 18:7), e o propósito por trás dessa manobra era desacreditar Neemias entre os judeus por ele ter feito algo ilegal (v. 13). A uma mensagem profética autêntica, Neemias teria atendido; mas ele sabia que esse oráculo de Semaías não vinha de Deus e logo descobriu que Tobias e Sambalate o tinham contratado para anunciar essa palavra. Por isso respondeu: Alguém como eu [não sendo sacerdote] deveria entrar no templo para salvar a vida?

    Semaías não foi o único falso profeta em Jerusalém que se opôs a Neemias; houve outros e também uma falsa profetisa chamada Noadia (v. 14). Havia, aliás, muitos de Judá que se opunham ao governador, e isso foi causado por dois casamentos traiçoeiros: um entre Tobias, o amonita, e a filha de um judeu chamado Secanias, e outro entre o filho de Tobias e a filha de Mesulõo, neto de Berequias, que se havia engajado ativamente na construção dos muros de Jerusalém (3.4,30). Como conse-qüência, houve correspondência traiçoeira entre os nobres de Judá e Tobias (v. 17).

    Apesar de tudo, no entanto, o muro ficou pronto no vigésimo quinto dia de elul (i.e., em outubro de 445 a.C.; elul é o sexto mês do calendário judaico), em cinqüenta e dois dias (v. 15). Enquanto a reconstrução do templo levou 22 anos (porque depois de a terem iniciado os judeus desanimaram e interromperam a obra até que Ageu e Zacarias anunciassem as suas profecias), a reconstrução dos muros da cidade de Jerusalém levou somente sete semanas e meia. v. 16. que essa obra havia sido executada com a ajuda de nosso Deus não foi somente o testemunho dos próprios judeus, mas a conclusão também dos inimigos particulares dos judeus a essa altura, bem como de todas as nações vizinhas.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Neemias Capítulo 6 do versículo 17 até o 19

    17-19. Concluindo sua narrativa sobre as conspirações e intrigas, Neemias fala da aliança de Tobias com os nobres judeus através de seu casamento com a filha de Secanias, filho de Ará (Ed 2:5), e o casamento de seu filho Joanã com a filha de Mesulão (Ne 3:4, Ne 3:30). Mais tarde, até o sumo sacerdote fez uma aliança com ele (13 4:8'>13:4 -8). Keil sugere que Tobias e seu filho (tendo genuínos nomes judeus) talvez fossem descendentes das tribos do norte embora estivessem ligados também aos amonitas naturalizados (Ne 2:10). Tobias escrevia cartas para me atemorizar. Ao que parece, alguns nobres judeus comprovavam sua aliança com Tobias, sendo os portadores de algumas de suas ameaçadoras cartas a Neemias, como a do versículo 6.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Neemias Capítulo 6 do versículo 17 até o 19
    f) Alguns nobres judeus pactuam com o inimigo (Ne 6:17-19)

    Se lhe ajuramentaram (18), quer como inspiradores secretos, quer por parentesco mercê dos dois casamentos aqui mencionados. Mesulão (18); ver Ne 3:4, Ne 3:30.


    Dicionário

    Cartas

    2ª pess. sing. pres. ind. de cartar
    fem. pl. de carta

    car·tar -
    (carta + -ar)
    verbo transitivo

    Dividir um baralho de cartas em duas ou mais partes.


    car·ta
    (latim charta, -ae, folha de papiro para ser escrita, folha de papel, documento)
    nome feminino

    1. Escrito fechado que se dirige a alguém.

    2. Nome de certos documentos oficiais que contêm despacho, provisão, licença, etc.

    3. Diploma (ex.: pediu na secretaria a emissão da carta de curso).

    4. Lista das bebidas ou dos pratos disponíveis para consumo num estabelecimento comercial (ex.: carta de queijos; carta de vinhos; pedir a carta; o bar oferece uma carta de cervejas bastante variada).

    5. [Portugal] O mesmo que carta de condução.

    6. Abecedário.

    7. [Jogos] Cada um dos cartões que formam o baralho de jogar.

    8. Ictiologia Peixe da costa de Portugal.

    9. Mapa geográfico.


    carta aberta
    Escrito que, dirigido a alguém, é publicado nos jornais.

    carta de alforria
    Documento em que o senhor concedia liberdade ao escravo.

    carta de condução
    [Portugal] Documento oficial que habilita uma pessoa para conduzir determinado tipo de veículos na via pública. (Equivalentes no português do Brasil: carteira de habilitação, carteira de motorista.)

    carta de navegação
    [Marinha] Mapa de navegação, com representação das áreas marítimas e das zonas costeiras adjacentes.

    carta de partilha
    [Jurídico, Jurisprudência] Documento em que vem descrita a parte que coube a cada um dos herdeiros. = FOLHAS DE PARTILHA

    carta mandadeira
    [Jurídico, Jurisprudência] Procuração ou documento através do qual alguém constitui outrem como seu representante numa assembleia.

    carta náutica
    [Marinha] O mesmo que carta de navegação.

    carta precatória
    [Jurídico, Jurisprudência] Carta dirigida por um juiz de uma circunscrição, comarca, tribunal, etc., a outro magistrado, para que cumpra ou faça cumprir certas diligências judiciais. = PRECATÓRIA

    carta rogatória
    [Jurídico, Jurisprudência] Carta dirigida por autoridades de um país às de outro, a fim de que neste se executem certos actos judiciais. = ROGATÓRIA

    Pedido dirigido pelos fiéis de uma diocese a um metropolitano, para que certo eclesiástico seja nomeado bispo daquela diocese. = ROGATÓRIA

    cortar as cartas
    [Jogos] Separar o baralho de cartas em duas partes.

    dar as cartas
    Demonstrar mestria ou grande conhecimento em determinado assunto ou área. = DAR CARTAS

    Ser o mestre ou aquele que domina. = DAR CARTAS

    dar cartas
    O mesmo que dar as cartas.

    magna carta
    História Documento que corresponde à constituição de um país, em especial a constituição concedida por João Sem Terra (1167-1
    216) aos ingleses em 1215, limitando o poder absoluto do monarca.


    2ª pess. sing. pres. ind. de cartar
    fem. pl. de carta

    car·tar -
    (carta + -ar)
    verbo transitivo

    Dividir um baralho de cartas em duas ou mais partes.


    car·ta
    (latim charta, -ae, folha de papiro para ser escrita, folha de papel, documento)
    nome feminino

    1. Escrito fechado que se dirige a alguém.

    2. Nome de certos documentos oficiais que contêm despacho, provisão, licença, etc.

    3. Diploma (ex.: pediu na secretaria a emissão da carta de curso).

    4. Lista das bebidas ou dos pratos disponíveis para consumo num estabelecimento comercial (ex.: carta de queijos; carta de vinhos; pedir a carta; o bar oferece uma carta de cervejas bastante variada).

    5. [Portugal] O mesmo que carta de condução.

    6. Abecedário.

    7. [Jogos] Cada um dos cartões que formam o baralho de jogar.

    8. Ictiologia Peixe da costa de Portugal.

    9. Mapa geográfico.


    carta aberta
    Escrito que, dirigido a alguém, é publicado nos jornais.

    carta de alforria
    Documento em que o senhor concedia liberdade ao escravo.

    carta de condução
    [Portugal] Documento oficial que habilita uma pessoa para conduzir determinado tipo de veículos na via pública. (Equivalentes no português do Brasil: carteira de habilitação, carteira de motorista.)

    carta de navegação
    [Marinha] Mapa de navegação, com representação das áreas marítimas e das zonas costeiras adjacentes.

    carta de partilha
    [Jurídico, Jurisprudência] Documento em que vem descrita a parte que coube a cada um dos herdeiros. = FOLHAS DE PARTILHA

    carta mandadeira
    [Jurídico, Jurisprudência] Procuração ou documento através do qual alguém constitui outrem como seu representante numa assembleia.

    carta náutica
    [Marinha] O mesmo que carta de navegação.

    carta precatória
    [Jurídico, Jurisprudência] Carta dirigida por um juiz de uma circunscrição, comarca, tribunal, etc., a outro magistrado, para que cumpra ou faça cumprir certas diligências judiciais. = PRECATÓRIA

    carta rogatória
    [Jurídico, Jurisprudência] Carta dirigida por autoridades de um país às de outro, a fim de que neste se executem certos actos judiciais. = ROGATÓRIA

    Pedido dirigido pelos fiéis de uma diocese a um metropolitano, para que certo eclesiástico seja nomeado bispo daquela diocese. = ROGATÓRIA

    cortar as cartas
    [Jogos] Separar o baralho de cartas em duas partes.

    dar as cartas
    Demonstrar mestria ou grande conhecimento em determinado assunto ou área. = DAR CARTAS

    Ser o mestre ou aquele que domina. = DAR CARTAS

    dar cartas
    O mesmo que dar as cartas.

    magna carta
    História Documento que corresponde à constituição de um país, em especial a constituição concedida por João Sem Terra (1167-1
    216) aos ingleses em 1215, limitando o poder absoluto do monarca.


    Dias

    substantivo masculino plural Tempo de vida, de existência, dias de vida, vida.
    Etimologia (origem da palavra dias). Pl de dia.

    Judá

    -

    Louvor. É este um nome que em diversos lugares aparece com a forma de Judas e de Juda. E também a Judéia se chama Judá em certo número de exemplos. 1. Pela primeira vez ocorre em Gn 29:35 – é Lia que dá esse nome ao seu quarto filho quando disse: ‘Esta vez louvarei o Senhor. E por isso lhe chamou Judá.’ Nasceu em Harã, na Mesopotâmia. À exceção de José, ele figura mais vezes na história de israel do que qualquer dos seus irmãos. Foi ele que aconselhou a venda de José aos mercadores ismaelitas, querendo evitar a sua morte (Gn 37:26-27). Ele se nos apresenta como o diretor dos negócios da família e, como se diz em 1 Cr 5.2, ‘foi poderoso entre os seus irmãos’. Naquelas memoráveis viagens ao Egito, para comprar trigo, foi Judá que fez objeções ao fato de querer Jacó conservar Benjamim junto de si – e foi ele também que, oferecendo os seus próprios filhos como reféns, fez todos os esforços para trazer de novo Benjamim (Gn 43:3-10). Em todas as ocorrências dramáticas entre os filhos de israel e seu irmão José, bem como no caso de ser a família removida para o Egito, foi Judá quem sempre falou pelos outros. E Jacó reconheceu a ascendência de Judá sobre seus irmãos, o que se mostra nas últimas palavras que o patriarca lhe dirigiu: ‘os filhos de teu pai se inclinarão a ti’ (Gn 49:8-10). Judá teve cinco filhos, dois dos quais morreram novos. os outros três, Selá, Perez e Sera, foram com seu pai para o Egito (Gn 46:12). Estes filhos nasceram na Palestina numa parte do país, de que a família, já uma tribo, se apossou de novo, no tempo da conquista. (*veja Judá, Judéia.) 2. Levita do tempo de Zorobabel, que auxiliou a restaurar o templo (Ed 3:9). Provavelmente devia ler-se Hodavias. 3. Levita que mandou embora a sua mulher estranha (Ed 10:23). 4. Um indivíduo da tribo de Benjamim. o superintendente de uma parte de Jerusalém, no tempo de Neemias (Ne 11:9). 5. Levita, provavelmente o mesmo que Judá 2 (Ne 12:8). 6. Chefe dos que fizeram a dedicação dos muros, ou então, talvez, devamos compreender por esse nome a própria tribo (Ne 12:34). 7. Um sacerdote na dedicação dos muros (Ne 12:36).

    1. Nascido em Padã-Arã, era o quarto filho de Jacó e Lia (Gn 29:35; Gn 35:23). Tornou-se o progenitor de uma das doze tribos de Israel. Pouco se sabe sobre ele; quando os irmãos decidiram matar José, Judá falou com eles e recusou-se a participar do assassinato de alguém de sua própria carne e sangue; sugeriu que o vendessem como escravo para os mercadores midianitas (Gn 37:26-27).

    Em certa ocasião, Judá saiu para passar uns dias com seu amigo Hira, em Adulão, onde conheceu e casou-se com uma mulher filha de um cananeu chamado Sua. Teve vários filhos com ela (Gn 38:1-11). Um deles, chamado Er, era ímpio e foi morto pelo Senhor (v. 7). A esposa dele, cujo nome era Tamar, foi dada a seu irmão Onã, o qual recusou-se a ter filhos com ela. Ele também foi morto, por não obedecer ao Senhor nesta questão. Em vez de dá-la ao seu terceiro filho, Judá mandou-a para a casa de seu pai e lhe disse que levasse uma vida de viúva. Algum tempo depois, a esposa de Judá morreu e ele foi novamente visitar seu amigo Hira. Tamar, usando de um estratagema, seduziu o próprio sogro e engravidou. Quando soube de tudo, Judá reconheceu que não a tratara com justiça; por ser viúva, levou-a para sua casa, onde cuidou dela. Quando deu à luz, Tamar teve gêmeos: Perez e Zerá (Gn 38:26-30; Gn 46:12).

    Há um grande contraste entre o pecado sexual de Judá, ao aproximar-se de uma mulher que se fazia passar por prostituta (Gn 38), e a fidelidade de José, o qual recusou-se a deitar com a esposa de Potifar. Todo o relato sobre Judá é narrado pelo escritor bem no meio da história do sofrimento de José, na prisão, devido ao seu comportamento íntegro (Gn 37:39-40).

    Judá aparece novamente em cena quando os irmãos viajaram pela segunda vez ao Egito, a fim de comprar alimentos, durante a fome que assolava a humanidade. Ele lembrou ao pai que o primeiro-ministro do Egito avisara que não os receberia a menos que levassem o irmão mais novo, Benjamim, junto com eles (ainda não sabiam que era José, desejoso de ver o irmão). Judá prometeu ao pai que ele próprio se ofereceria como refém para que Benjamim regressasse do Egito em segurança. Sem dúvida, tanto Jacó como Judá percebiam que havia possibilidade de perderem mais um membro da família (Gn 43:8). Parece que ele se tornou o líder dos irmãos, nos contatos que tiveram com José (Gn 44:14-34). Finalmente, o governador revelou sua identidade e trouxe todos eles, inclusive Jacó, para viver no Egito. Judá levou todos os familiares para a terra de Gósen (Gn 46:28).

    Quando estava próximo da morte, Jacó abençoou seus filhos e profetizou que Judá seria a maior de todas as tribos. Predisse que o cetro (símbolo da realeza) jamais se apartaria de sua mão (Gn 49:8-10).

    Quando a terra de Canaã foi distribuída entre as tribos, no tempo de Moisés e de Josué, Judá recebeu como herança a região ao redor de Hebrom, ao sul de Jerusalém. A bênção de Jacó sobre este filho provou ser correta e duradoura. Judá permaneceu a tribo abençoada por Deus e, depois da invasão de Israel pelos assírios, tornou-se o reino abençoado por Deus. O rei Davi era descendente de Judá e entre os seus filhos, no futuro, estaria o Salvador Jesus. Desta maneira, o cetro seria estabelecido para sempre entre os descendentes de Judá (Lc 3:33).


    2. Um dos levitas que se casaram com mulheres estrangeiras depois do retorno do exílio na Babilônia (Ed 10:23).


    3. Filho de Senua, da tribo da Benjamim, foi colocado como segundo superintendente da cidade de Jerusalém, após o exílio na Babilônia (Ne 11:9).


    4. Um dos levitas que ajudaram no ministério da música no Templo, após o retorno do exílio na Babilônia (Ne 12:8).


    5. Um dos líderes da tribo de Judá que participaram do culto de dedicação dos muros de Jerusalém, quando a obra de reconstrução foi concluída, na época de Neemias (Ne 12:34).


    6. Outro envolvido na celebração da festa de dedicação dos muros de Jerusalém, sob a liderança de Neemias (Ne 12:36). P.D.G.


    Judá
    1) Quarto filho de Jacó e Lia (Gn 29:35). Aparece como líder entre os irmãos (Gn 37:26-27); 43:3-10; 44:16-34). Casou com mulher cananéia (Gn 38:1-11) e foi pai de gêmeos com Tamar, sua nora (Gn 38:12-30). Recebeu de Jacó a bênção do CETRO (Gn 49:8-12). Foi antepassado de Davi (Rth 4:12,18-2)

    2) e de Cristo (Mt 1:3)

    2) Uma das 12 TRIBOS do povo de Israel, formada pelos descendentes de JUDÁ 1. Na divisão da terra, essa tribo recebeu a maior parte do sul da Palestina (Jos 15:1-12:2) 0-63).

    3) Reino localizado no sul da Palestina. Foi formado quando as dez tribos do Norte se revoltaram contra Roboão e formaram o Reino de Israel sob o comando de Jeroboão I, em 931 a.C. (1Rs 12;
    v. o mapa OS REINOS DE ISRAEL E DE JUDÁ). Durou até 587 a.C., quando Jerusalém, sua capital, foi tomada e arrasada pelos babilônios, e o povo foi levado ao CATIVEIRO (1Rs 12—22; 2Rs; (2Ch 11—36).

    4) Nome usado em Esdras (5.8; 9.9), Neemias (2,7) e Ageu (1.1,14; 2,2) a fim de indicar a PROVÍNCIA para onde os

    Nobres

    masc. e fem. pl. de nobre

    no·bre
    adjectivo de dois géneros
    adjetivo de dois géneros

    1. Que pertence à nobreza.

    2. Figurado Principal.

    3. Excelente.

    4. Ilustre, distinto.

    5. Honroso e apreciável.

    6. Magnânimo.

    7. Elevado, sublime.

    nome de dois géneros

    8. Indivíduo que pertence à nobreza.

    Superlativo: nobilíssimo ou nobríssimo.

    Tobias

    -

    -

    o Senhor é bom para mim. l. Um levita, a quem o rei Josafá mandou ensinar a Lei na cidade de Judá (2 Cr 17.8). 2. Em Zc 6:10 é mencionado Tobias, como tendo voltado da Babilônia a Jerusalém. E na presença dele e de outros foi Zacarias mandado coroar como sacerdote a Josué, filho de Jeozadaque. 3. os filhos de Tobias voltaram com Zorobabel, mas não puderam provar a sua conexão com israel (Ed 2:60Ne 7:62). 4. Um amonita que fortemente se opôs a que Neemias reedificasse a cidade de Jerusalém. os seus agravos chegaram ao ponto de fixar a sua residência no templo, apesar de Moisés ter decretado que os amonitas e os moabitas jamais poderiam entrar na congregação de Deus. Neemias lançou fora da câmara toda a mobília da casa de Tobias (Ne 13:8).

    (Heb. “o Senhor é bom”).


    1. Os descendentes de Tobias estão listados (Ed 2:60; Ne 7:62) entre os judeus que retornaram para Jerusalém com Neemias e Zorobabel, depois do exílio na Babilônia; no entanto, não puderam provar que sua família era genuinamente de origem israelita.


    2. Amonita, provavelmente representava os governantes persas em Judá. Junto com Sambalate, o horonita, e outros, desde o princípio fez uma forte oposição ao trabalho de reconstrução de Jerusalém (Ne 2:10). Possivelmente essa atitude foi gerada pelo fato de que Tobias e seus companheiros tinham muito poder em Jerusalém e viram Neemias como uma forte ameaça aos seus interesses particulares. Embora fosse casado com uma judia (Ne 6:18), Tobias não era judeu e sabia que somente os que descendiam das tribos de Israel poderiam ocupar posições de liderança na reconstrução de Jerusalém e Judá. Neemias sabia que seu trabalho era obra de Deus e deixou claro que Tobias não tinha “parte, nem direito, nem lembrança em Jerusalém” (Ne 2:20).

    Tobias insinuou que o trabalho de Neemias era considerado um ato de rebeldia contra o rei da Pérsia (v. 19) e este foi o método usual que empregou para retardar a reconstrução dos muros de Jerusalém. Também desanimou os trabalhadores, ao zombar e escarnecer de seus esforços: “Ainda que reedifiquem, vindo uma raposa derrubará o seu muro de pedra” (Ne 4:3). O trabalho, entretanto, continuava, e Tobias e seus associados ficavam cada vez mais furiosos (v. 7). Fizeram planos para atacar os muros e os trabalhadores; Neemias colocou guardas armados para vigiar, enquanto o trabalho prosseguia (vv. 10-15).

    Quando os muros estavam quase prontos, Tobias, Sambalate e Gesém acusaram Neemias de desejar tornar-se rei de Jerusalém, a fim de persuadir a Pérsia a interromper a obra, para evitar uma revolta prestes a explodir em Judá. A resposta de Neemias foi orar e buscar a ajuda de Deus, cujo desejo era que seu povo retornasse para Jerusalém (Ne 6:1-14). Tobias tinha muitos nobres de Judá ao seu lado, os quais fizeram aliança com ele; isso resultou em divisão entre os judeus e comprometeu internamente o trabalho de Neemias; mas Deus cuidou disso e a obra foi finalmente concluída (Ne 6:15-7:1).

    Quando a obra terminou, o livro de Moisés foi lido publicamente. Então descobriu-se na Lei que amonitas e moabitas não deveriam ser admitidos na assembléia do Senhor. Assim, os israelitas excluíram os descendentes desses povos do meio de Israel (Ne 13:1-3). Neemias também descobriu que Eliasibe, o sacerdote responsável pelos depósitos do Templo, dera secretamente um quarto para Tobias nas dependências do Templo. O governador fez com que ele fosse expulso, mas o incidente revela quanto poder Tobias tinha entre os altos escalões da sociedade de Jerusalém.

    A completa dependência de Neemias ao Senhor perante as adversidades, devido aos problemas internos e externos da nação, brilha em meio a seus confrontos com Tobias. Ele confiou no chamado de Deus e em suas promessas e tinha certeza de que a Jerusalém reconstruída adoraria ao Senhor com pureza renovada, pois a perda dessa condição fora uma das causas do juízo divino sobre Judá e o exílio na Babilônia. P.D.G.


    3. Judeu que retornou do exílio na Babilônia e doou prata e ouro, com os quais foram feitas coroas para o sacerdote Josué (Zc 6:10-14).


    4. Um dos mestres enviados pelo rei Jeosafá para ensinar os habitantes de Judá sobre a Lei do Senhor (2Cr 17:8-9).


    Tobias [Javé É Bom]


    1) Um AMONITA que se opôs a Neemias na reconstrução de Jerusalém (Ne 2:10-19; caps. 4 e 6; 13 4:9).


    2) Livro APÓCRIFO, no qual se conta a história de Tobite e de seu filho Tobias, que se casou com Sara, viúva virgem de sete maridos. O livro mostra que Deus ajuda milagrosamente aqueles que lhe são fiéis. Foi escrito aí por 200 a.C. e retrata a religião e a cultura judaica no período intertestamentário.


    Vinhar

    vinhar | s. m.

    vi·nhar
    (vinho + -ar)
    nome masculino

    Terreno plantado com vinha. = VINHAL, VINHEDO


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Neemias 6: 17 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Também naqueles dias alguns nobres de Judá multiplicaram suas cartas que iam para Tobias; e as cartas de Tobias vinham para eles.
    Neemias 6: 17 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    444 a.C.
    H107
    ʼiggereth
    אִגֶּרֶת
    ()
    H1571
    gam
    גַּם
    também / além de
    (also)
    Advérbio
    H1980
    hâlak
    הָלַךְ
    ir, andar, vir
    (goes)
    Verbo
    H1992
    hêm
    הֵם
    eles / elas
    (they)
    Pronome
    H2715
    chôr
    חֹר
    ()
    H2900
    Ṭôwbîyâh
    טֹובִיָּה
    líder de uma família que retornou do exílio com Zorobabel mas que foi incapaz de provar
    (and Tobijah)
    Substantivo
    H3063
    Yᵉhûwdâh
    יְהוּדָה
    Judá
    (Judah)
    Substantivo
    H3117
    yôwm
    יֹום
    dia
    (Day)
    Substantivo
    H413
    ʼêl
    אֵל
    até
    (unto)
    Prepostos
    H5921
    ʻal
    עַל
    sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
    ([was] on)
    Prepostos
    H7235
    râbâh
    רָבָה
    ser ou tornar-se grande, ser ou vir a ser muitos, ser ou tornar-se muito, ser ou vir a ser
    (and multiply)
    Verbo
    H834
    ʼăsher
    אֲשֶׁר
    que
    (which)
    Partícula
    H935
    bôwʼ
    בֹּוא
    ir para dentro, entrar, chegar, ir, vir para dentro
    (and brought [them])
    Verbo


    אִגֶּרֶת


    (H107)
    ʼiggereth (ig-eh'-reth)

    0107 אגרת ’iggereth ig-eh’-reth

    procedente de 104; DITAT - 23b; n f

    1. carta

    גַּם


    (H1571)
    gam (gam)

    01571 גם gam

    por contração de uma raiz não utilizada; DITAT - 361a; adv

    1. também, ainda que, de fato, ainda mais, pois
      1. também, ainda mais (dando ênfase)
      2. nem, nem...nem (sentido negativo)
      3. até mesmo (dando ênfase)
      4. de fato, realmente (introduzindo o clímax)
      5. também (de correspondência ou retribuição)
      6. mas, ainda, embora (adversativo)
      7. mesmo, realmente, mesmo se (com ’quando’ em caso hipotético)
    2. (DITAT) novamente, igualmente

    הָלַךְ


    (H1980)
    hâlak (haw-lak')

    01980 הלך halak

    ligado a 3212, uma raiz primitiva; DITAT - 498; v

    1. ir, andar, vir
      1. (Qal)
        1. ir, andar, vir, partir, proceder, mover, ir embora
        2. morrer, viver, modo de vida (fig.)
      2. (Piel)
        1. andar
        2. andar (fig.)
      3. (Hitpael)
        1. percorrer
        2. andar ao redor
      4. (Nifal) liderar, trazer, levar embora, carregar, fazer andar

    הֵם


    (H1992)
    hêm (haym)

    01992 הם hem ou (forma alongada) המה hemmah

    procedente de 1981; DITAT - 504; pron 3p m pl

    1. eles, estes, os mesmos, quem

    חֹר


    (H2715)
    chôr (khore)

    02715 חר chor ou (forma completa) חור chowr

    procedente de 2787; DITAT - 757a; n m

    1. um nobre, alguém nascido livre

    טֹובִיָּה


    (H2900)
    Ṭôwbîyâh (to-bee-yaw')

    02900 טוביה Towbiyah ou טוביהו Towbiyahuw

    procedente de 2896 e 3050; n pr m Tobias = “Javé é bom”

    1. líder de uma família que retornou do exílio com Zorobabel mas que foi incapaz de provar a sua vinculação com Israel
    2. o amonita que, junto com Sambalate, opôs-se à reconstrução de Jerusalém
    3. um levita no reinado de Josafá
    4. um líder dos exilados que retornaram

    יְהוּדָה


    (H3063)
    Yᵉhûwdâh (yeh-hoo-daw')

    03063 יהודה Y ehuwdaĥ

    procedente de 3034, grego 2448 Ιουδα e 2455 Ιουδας; DITAT - 850c; n pr m Judá = “louvado”

    1. o filho de Jacó com Lia
    2. a tribo descendente de Judá, o filho de Jacó
    3. o território ocupado pela tribo de Judá
    4. o reino composto pelas tribos de Judá e Benjamim que ocuparam a parte do sul de Canaã depois da nação dividir-se dois reinos após a morte de Salomão
    5. um levita na época de Esdras
    6. um supervisor de Jerusalém na época de Neemias
    7. um músico levita na época de Neemias
    8. um sacerdote na época de Neemias

    יֹום


    (H3117)
    yôwm (yome)

    03117 יום yowm

    procedente de uma raiz não utilizada significando ser quente; DITAT - 852; n m

    1. dia, tempo, ano
      1. dia (em oposição a noite)
      2. dia (período de 24 horas)
        1. como determinado pela tarde e pela manhã em Gênesis 1
        2. como uma divisão de tempo
          1. um dia de trabalho, jornada de um dia
      3. dias, período de vida (pl.)
      4. tempo, período (geral)
      5. ano
      6. referências temporais
        1. hoje
        2. ontem
        3. amanhã

    אֵל


    (H413)
    ʼêl (ale)

    0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

    partícula primitiva; DITAT - 91; prep

    1. para, em direção a, para a (de movimento)
    2. para dentro de (já atravessando o limite)
      1. no meio de
    3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
    4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
    5. em adição a, a
    6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
    7. de acordo com (regra ou padrão)
    8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
    9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

    עַל


    (H5921)
    ʻal (al)

    05921 על ̀al

    via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

    1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
      1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
      2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
      3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
      4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
      5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
      6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
      7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
      8. para (como um dativo) conj
    2. por causa de, porque, enquanto não, embora

    רָבָה


    (H7235)
    râbâh (raw-baw')

    07235 רבה rabah

    uma raiz primitiva; DITAT - 2103,2104; v.

    1. ser ou tornar-se grande, ser ou vir a ser muitos, ser ou tornar-se muito, ser ou vir a ser numeroso
      1. (Qal)
        1. tornar-se muitos, tornar-se numeroso, multiplicar (referindo-se a pessoas, animais, objetos)
        2. ser ou tornar-se grande
      2. (Piel) alargar, aumentar, tornar-se muitos
      3. (Hifil)
        1. tornar muito, tornar muitos, ter muitos
          1. multiplicar, aumentar
          2. fazer muito para, fazer muito a respeito de, transgredir grandemente
          3. aumentar sobremaneira ou excessivamente
        2. tornar grande, aumentar, fazer muito
    2. (Qal) atirar

    אֲשֶׁר


    (H834)
    ʼăsher (ash-er')

    0834 אשר ’aher

    um pronome relativo primitivo (de cada gênero e número); DITAT - 184

    1. (part. relativa)
      1. o qual, a qual, os quais, as quais, quem
      2. aquilo que
    2. (conj)
      1. que (em orações objetivas)
      2. quando
      3. desde que
      4. como
      5. se (condicional)

    בֹּוא


    (H935)
    bôwʼ (bo)

    0935 בוא bow’

    uma raiz primitiva; DITAT - 212; v

    1. ir para dentro, entrar, chegar, ir, vir para dentro
      1. (Qal)
        1. entrar, vir para dentro
        2. vir
          1. vir com
          2. vir sobre, cair sobre, atacar (inimigo)
          3. suceder
        3. alcançar
        4. ser enumerado
        5. ir
      2. (Hifil)
        1. guiar
        2. carregar
        3. trazer, fazer vir, juntar, causar vir, aproximar, trazer contra, trazer sobre
        4. fazer suceder
      3. (Hofal)
        1. ser trazido, trazido para dentro
        2. ser introduzido, ser colocado