Enciclopédia de Jó 32:16-16

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jó 32: 16

Versão Versículo
ARA Acaso, devo esperar, pois não falam, estão parados e nada mais respondem?
ARC Esperei pois, mas não falam; porque já pararam, e não respondem mais.
TB Hei de eu esperar, porque eles não falam,
HSB וְ֭הוֹחַלְתִּי כִּי־ לֹ֣א יְדַבֵּ֑רוּ כִּ֥י עָ֝מְד֗וּ לֹא־ עָ֥נוּ עֽוֹד׃
BKJ Quando eu esperara (pois eles não falavam, mas permaneciam imóveis, e não mais respondiam);
LTT Esperei, pois, mas não falam; porque já pararam, e não respondem mais.
BJ2 Devo aguardar, já que eles não falam, já que estão aí sem responder?
VULG Quoniam igitur expectavi, et non sunt locuti : steterunt, nec ultra responderunt :

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Jó 32:16

Jó 13:5 Tomara que vos calásseis de todo, que isso seria a vossa sabedoria!
Provérbios 17:28 Até o tolo, quando se cala, será reputado por sábio; e o que cerrar os seus lábios, por sábio.
Amós 5:13 Portanto, o que for prudente guardará silêncio naquele tempo, porque o tempo será mau.
Tiago 1:19 Sabeis isto, meus amados irmãos; mas todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

A BATALHA DE GIBEÃO

A conquista de Jericó e de Ai/Betel abriu caminho para os israelitas fazerem incursões importantes no planalto central de Canaã. Mas a ação também provocou alarme generalizado entre os reis cananeus a oeste do Jordão (Js 9:1-2), que, ao que parece, formaram algum tipo de coalizão contra Israel. Como consequência, cidadãos de quatro pequenas cidades nas vizinhanças de Gibeão (el-Jib), uma cidade situada entre Betel/Ai e Jerusalém, devem ter se dado conta de sua vulnerabilidade.
Embora descritos como moradores de Gibeão, também são chamados de "heveus" (Is 9:7) ou "amorreus" (2Sm 21:2), o que é duplamente intrigante na narrativa: os heveus não apenas faziam parte dessa coalizão cananeia contra Israel (Js 9:1b), mas em várias ocasiões também haviam sido identificados como um dos grupos de Cana com quem os israelitas não deviam estabelecer tratados (Ex 34:11-12; Dt 7:1-2). Em vez disso, os heveus deviam ser exterminados (Ex 23:23-24; Dt 20:17; cp. Js 3:10). Os gibeonitas, porém, idealizaram um ardil para enganar Israel e levá-lo a estabelecer um tratado com eles (Js 9:3-15). Quando os reis amorreus das cidades de Jerusalém, Hebrom, Eglom, Laquis e Jarmute descobriram a traição dos heveus, decidiram atacá-los imediatamente (Js 10:1-5)
. Ao que parece, os heveus de Gibeão eram militarmente inferiores e, por isso, tiraram vantagem de seu tratado com Josué e invocaram sua ajuda. Josué e suas tropas partiram de Gilgal numa marcha forcada durante a noite (10.7-9) e chegaram a Gibeão ao alvorecer. Enquanto a batalha ocorria, os amorreus foram tomados de pânico e fugiram para o oeste, pela encosta que sobe para Bete-Horom e Aijalom. Chegaram até Azeca e Maqueda, onde os reis das cinco cidades amorreias foram capturados e mortos (10.10-27). Essa ação pelo centro e sul da Sefelá levou os israelitas a missões colaterais contra as cidades próximas de Libna (kh. el-Beida?), Laquis (T. ed-Duweir/T. Lachish), Eglom (T. Eton?), Hebrom (T. er-Rumeidah) e por fim "se desviaram" para Debir (kh. Rabud?), antes de voltar para sua base temporária em Gilgal (Js 10:15-29-43).
Incluída nessa narrativa acha-se a oração de Josué para que o Sol "parasse" em Gibeão e a Lua 'se detivesse" no vale de Aijalom (Js 10:12-14). Bem poucos textos do Antigo Testamento atraem mais interesse ou despertam opiniões mais variadas. Como consequência desse texto, têm surgido algumas questões críticas. Primeiro, levando-se em conta quando, durante o ano, um observador em Gibeão conseguiria observar a Lua sobre o vale de Aijalom e o Sol logo acima - "no meio do céu" (10.12,
- 13b) -, será que é possível identificar a época em que aconteceu o evento? Alguns autores têm seguido essa linha de raciocínio e especulado datas, como 12 de fevereiro, 22 de julho, 25 de outubro ou 30 de outubro. Talvez essa abordagem caia por terra sob o peso das próprias pressuposições e de conclusões mutuamente excludentes. De qualquer maneira, essa metodologia não oferece nada definitivo e não pode ser usada com vantagem.
Uma segunda questão crítica tem a ver com a natureza da própria oração. Josué estava pedindo para o Sol parar de se mover ou parar de brilhar? Ele achava que suas tropas precisavam de tempo ou de sombra? No primeiro caso, a lógica para a oração é que era provável que as forças de Israel estivessem infligindo uma derrota tão impressionante aos inimigos amorreus que, com a ajuda de algum tempo extra naquele dia, poderiam eliminá-los sumariamente naquela ocasião (na 1líada, Agamenon fez um pedido semelhante a Zeus quando estava desbaratando seus inimigos). No segundo caso, a suposição lógica seria a de que o exército israelita, por ter marchado numa subida íngreme de Gilgal até Gibeão durante a noite - uma distância de cerca de 24 quilômetros, que envolve ascender mais de 900 metros - não tinha tanta empolgação e energia quanto as forças amorreias no início da batalha e precisava desesperadamente de alívio do calor esmagador do sol.
Os dois verbos em questão, traduzidos por "estar tranquilo/ silencioso" e "permanecer/parar", são empregados em outras passagens bíblicas com estes sentidos: "ficar imóvel" (15m 14.9; Gn 19:17-2Rs 4,6) e "estar silencioso/quieto" (Ez 24:17; Am 5:13; Jó 32.16). Ademais, as duas palavras são encontradas na literatura acádica em contextos astronômicos, o que tem levado um certo número de estudiosos a traduzir esses verbos por: "ser obscurecido/eclipsado" e interpretar o evento como um eclipse solar (cp. Hc 3:11).153 Embora esse ponto de vista seja consistente com um dos sentidos dos verbos envolvidos. surgem outros problemas inerentes. Para comecar, sabe-se da ocorrência de apenas três eclipses solares observáveis na Palestina Central entre 1500 e 1000 a C 154 Nenhuma dessas datas chega nem um pouco perto de uma data mais remota para o Êxodo, na 1dade do Bronze Final, embora dois eclipses se encaixem satisfatoriamente numa data mais recente para a ocupação, na 1dade do Ferro. Uma dificuldade adicional pode ser o fato de que um desaparecimento dos raios solares poderia, na realidade, ter afetado negativamente um perseguidor israelita e, ao mesmo tempo, beneficiado um inimigo amorreu que procurava não ser localizado nem capturado. Por fim, a ideia do eclipse não oferece absolutamente nenhuma explicação para o papel da Lua nesse episódio. O texto reconhecidamente poético descreve a ação da Lua no versículo 13a empregando o exato e mesmo verbo que descreve a acão do Sol no versículo 136. Mas eclipses solares e lunares não podem ocorrer ao mesmo tempo; eclipses solares só ocorrem na época de lua nova, e eclipses lunares só acontecem na época de lua cheia. De sorte que essa questão continua relativamente sem solução. Ainda não temos certeza se Josué estava pedindo tempo ou sombra.
Uma terceira questão crítica tem a ver diretamente com a geografia: de que lugar é mais provável que Josué tenha feito seu pedido? Ele parou para orar em Gibeão ou Aijalom ou perto dessas localidades, onde a batalha começou, ou orou em Azeca e Maqueda ou perto delas, onde a batalha terminou? Em que ponto, ao longo do caminho, Josué parou e orou? A resposta a esta pergunta talvez esteja relacionada ao assunto anterior. Se Josué orou onde a batalha começou de manhã, isto é, em Gibeão/Aijalom ou nas suas proximidades, a hora implícita do começo da batalha junto com o sucesso inicial descrito na narrativa (10.9b,
10) levam à conclusão de que a oração foi feita bem cedo. Em contrapartida, caso ele tenha orado em Azeca/Maqueda ou ali perto, onde a batalha terminou, depois de percorrer a distância de 40 quilômetros de Gibeão a Azeca (T. Azega) "pelo caminho que sobe a Bete-Horom" (10.10b,11), a conclusão necessariamente é que Josué orou perto do fim do dia. De acordo com essa linha de raciocínio, é muito improvável que, numa oração pela manhã, tivesse havido um pedido de bastante luz solar, visto que essa seria a experiência e a expectativa de qualquer um naquela hora do dia. De modo análogo, é muito provável que, numa oração feita perto do fim de um dia de combate, não teria havido um pedido para menos luz solar, visto que, de novo, essa teria sido a norma. De maneira que a pergunta continua em pé: de onde é mais provável que Josué tenha feito seu pedido? A vasta maioria dos estudiosos tem declarado ou pressuposto que Josué orou em Gibeão ou nas proximidades, e muitos acrescentam que ele orou de manhã. ISS De meu ponto de vista, essa interpretação é a mais provável, devido ao contexto geral e aos lugares de fato mencionados em sua oração (Gibeão e o vale de Aijalom). Parece que Josué está suplicando a Deus que atue onde ele está e não onde ele havia estado quilômetros atrás e horas antes. Como consequência, provavelmente a oração de Josué não foi um pedido de luz solar adicional, que é a interpretação frequente e teria implicado a suspensão das leis da Física em todo o Sistema Solar. Em vez disso, parece mais razoável supor que a oração de Josué era uma oração matutina, solicitando menos sol e mais sombra.
E, caso as forças israelitas tenham precisado de alívio do calor do sol, parece que Deus respondeu à oração de Josué de uma maneira bem mais notável e impressionante do que aquele líder poderia ter imaginado. A narrativa passa a falar de uma chuva de pedras grandes (10.11), a qual poderia ter proporcionado o muito necessário manto de nuvens que Josué possivelmente pediu e também desempenhado um papel decisivo para a vitória israelita. Talvez a interpretação da citação do livro de Jasar (10,13) deva, então, ser: "De maneira que o sol esteve em silêncio no meio do céu e não continuou até o pôr do sol como num dia normal" (note-se especialmente Ke + tamim, ie, o pôr do sol naquele dia não deve ter sido observável). Então o narrador acrescenta seu comentário editorial: "E não houve dia semelhante a esse, nem antes nem depois dele, quanto ao Senhor dar ouvidos à voz de um homem" (10.14a, grifo do autor).
Entendido dessa forma, esse acontecimento perto de Gibeão foi um milagre de verdade, pelo fato de que até mesmo as forças da natureza pareceram estar à disposição de um dos servos de Deus. Em termos gerais, é possível assemelhar a narrativa ao incidente neotestamentário que se deu no mar da Galileia, quando Jesus acalmou até o vento e as ondas, para surpresa e espanto de seus discípulos (Mt 8:23-27). De qualquer maneira, a oração de Josué foi respondida de maneira extraordinária, e seu prestígio é acentuado ainda mais nessas narrativas.
A BATALHA DE GIBEÃO
A BATALHA DE GIBEÃO

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Jó Capítulo 32 do versículo 1 até o 22
SEÇÃO III

OS DISCURSOS DE ELIÚ
32:1-37.24

Os discursos de Eliú quebram o padrão do diálogo que caracteriza o livro até este ponto. Ele é introduzido ao leitor, e então quatro discursos são identificados pela fórmu-la: Eliú. [...] disse. Nenhum desses discursos é respondido por Jó ou comentado pelos outros personagens do livro. Assim, os discursos formam uma unidade separada dentro do livro, sem antecedentes literários ou dedicatória final.

Esta parte do livro é considerada pela maioria dos estudiosos como obra de outro escritor, e não do autor e poeta do restante do livro. Entre os argumentos apresentados para apoiar esta opinião estão:
a) a ausência de Eliú em qualquer outra parte do livro,
b) a diferença no estilo poético e de linguagem e
c) o fato de que em alguns lugares Eliú parece ter lido os argumentos dos amigos em vez de tê-los ouvido.'

A. ELIÚ É APRESENTADO, 32:1-5

Como parte da introdução em prosa dos discursos de Eliú, lemos que os três amigos cessaram de responder a Jó (1). Pode ser facilmente subentendido que o silêncio deles foi causado pelo fato de eles terem sido vencidos no debate. O motivo proposto aqui para o silêncio deles sugere frustração pelo fato de Jó parecer que era justo aos seus próprios olhos.

A essa altura, um jovem, que tinha ficado em silêncio, é apresentado. É Eliú (Ele é meu Deus), filho de Baraquel, o buzita, da família de Rão (2). Essa genealogia é mais completa do que de qualquer outro personagem do livro, e o identifica como alguém mais próximo de Jó do que os outros (cf. Gn 22:21 e Jó 1:1, em que o antepassado de Eliú, Buz, é mencionado como o irmão do progenitor de Jó, Huz ou Uz). Baraquel e Rão não são mencionados em outros textos das Escrituras.

Eliú é um homem irado. Sua raiva é causada pela justiça própria de Jó e o completo fracasso dos três amigos em seu esforço de convencer Jó da sua culpa. Ele também está irado porque eles fracassaram em responder às acusações de Jó contra a justiça de Deus. O versículo 4 deveria ser lido da seguinte maneira: "Eliú, porém, esperou para falar a Jó, pois os outros eram mais velhos do que ele" (ARA). Por respeito à idade dos outros ele havia permanecido em silêncio, mas não estava calmo. Sua ira se acendeu (5).

B. Os TRÊS PRIMEIROS DISCURSOS DE ELIÚ, 32:6-33.33

  • Eliú Tem Autoridade Suficiente para Falar (32:6-22)
  • A timidez juvenil de Eliú deu lugar à raiva, mas no processo ele descobriu algumas verdades adicionais. A sabedoria nem sempre acompanha a idade; também é um dom de Deus. A inspiração do Todo-poderoso os faz entendidos (9). Portanto, visto que ele possui o Espírito de Deus, Eliú pede aos homens mais velhos para ouvirem atentamente, mesmo que ele seja mais jovem do que eles. Eliú tem uma opinião que ele se sente compelido a expressar (10).

    Eliú é apologético ao entrar na conversa entre Jó e seus amigos. Ele ressalta que esteve ouvindo cuidadosamente as suas palavras e considerações (11) na tentativa de persuadir Jó acerca da justiça, mas eles foram incapazes de fazê-lo (12). Ele repreende os três amigos:

    Não digam: "Achamos que ele é esperto demais para nós! Deus terá de refutá-lo, não o homem!" (13, Moffatt).

    Eliú discorda. Existe muita coisa que precisa ser dita, mas será diferente das vossas palavras (14). Ele está tão cheio de palavras depois de ter ouvido os argumentos inefica-zes deles que se encontra a ponto de arrebentar (18-19). Ele os adverte que não vai lison-jear nenhum deles (21-22). "Eliú pretende falar como um árbitro (juiz), não como um par-tidário; Jó estava ansiando por um árbitro" (9.33,34; Berkeley, nota de rodapé, ad. loc.).


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Jó Capítulo 32 do versículo 1 até o 22
    *

    32:1 37.24

    Estes capítulos apresentam o segundo monólogo, o do jovem Eliú, o qual, diferentemente dos outros, tinha um nome hebraico. Alguns críticos vêem-no como uma pessoa importante aos seus próprios olhos, supostamente sabedor de tudo. Outros acreditam que estes capítulos são adições ao texto original. Ambas essas opiniões são defeituosas. Eliú não é mencionado no epílogo (cap. 42), mas a razão disso é que ele não se tornou culpado dos mesmos erros dos outros três conselheiros. A crítica de Eliú gira em torno das palavras de Jó proferidas durante a disputa. Ele citou Jó, mas não o acusou de ter vivido uma vida ímpia. Ele salientou uma questão negligenciada pelos três amigos: a natureza disciplinar e redentora dos sofrimentos. Somente Elifaz tinha tocado na questão do sofrimento como uma disciplina (5.17). A abundância das palavras de Eliú, tal como a de Jó e a de seus conselheiros, era considerada prova de eloqüência na cultura deles.

    * 32.1-5 O narrador introduziu os quatro discursos de Eliú na situação de Jó, com uma explicação de por que ele se envolveu no debate.

    * 32:3

    condenavam a Jó. De acordo com as antigas tradições judaicas, o texto original dizia "condenavam a Elohim", o que foi mudado pela convenção piedosa para "condenavam a Jó", para evitar assim um pensamento blasfemo.

    *

    32:633:7 Eliú precisou desta seção inteira para fazer a sua introdução, e dar a sua razão para também falar. Parece que ele tinha uma personalidade mais calorosa do que os conselheiros, os quais nunca chamaram a Jó pelo nome (conforme 33.1,31).


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Jó Capítulo 32 do versículo 1 até o 22
    32:1 Se Jó era realmente um bom homem, seus três amigos teriam que renunciar a sua teoria de que o sofrimento sempre é um castigo de Deus pelas más ações. Mas em lugar de considerar outro ponto de vista, interromperam a discussão. Estavam convencidos de que Jó tinha alguma enguiço ou pecado oculto, assim não havia nada mais que falar se ele não confessava seu pecado. Mas Jó sabia que tinha vivido corretamente ante Deus e outros (capítulo
    29) e tinha evitado ter pensamentos e ações maus (capítulo 31). Não pensava inventar um pecado para satisfazer a seus amigos!

    32.2ss Quando Elifaz, Bildad e Zofar não tiveram já nada que dizer, Eliú se converteu na quarta pessoa em falar com o Jó. Foi primeira e única vez que falou. Aparentemente era um espectador e era muito mais jovem que outros (32.6, 7), mas apresentou um novo ponto de vista. Enquanto que os três amigos disseram que Jó estava sofrendo por um pecado passado, Eliú disse que o sofrimento do Jó não se iria mas sim até que se desse conta de seu pecado presente. Segundo Eliú, Jó não estava sofrendo devido ao pecado, mas sim estava pecando devido ao sofrimento. Disse que a atitude do Jó se tinha voltado arrogante ao tratar de defender sua inocência. Também disse que o sofrimento não tenta nos castigar a não ser nos corrigir e nos restaurar para nos manter no bom caminho.

    Há muita verdade no discurso do Eliú. Estava exortando ao Jó para que visse seu sofrimento de uma perspectiva diferente e com um propósito maior em mente. Embora seu discurso tinha um nível muito mais espiritual que os outros, Eliú continuava equivocado ao pensar que uma resposta correta ante o sofrimento sempre levava a sanidade e restauração (33.23-30) e que o sofrimento sempre está conectado de algum jeito ao pecado (34.11).

    32.7-9 "O sopro do Onipotente lhe faz que entenda". Não basta reconhecendo uma grande verdade, deve ser vivida cada dia. Eliú reconheceu a verdade de que Deus era a única fonte de sabedoria real, mas não a utilizou para ajudar ao Jó. Embora reconheceu de onde provinha a sabedoria, não procurou os meios para adquiri-la. Chegar a ser sábio é uma busca progressiva e dura toda a vida. Não se contente com apenas saber a respeito da sabedoria; faça-a parte de sua vida.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Jó Capítulo 32 do versículo 1 até o 22
    Ostentatious mas abortivo Discurso 5. de Elihu (32: 1-37: 24)

    Capítulos 32:37 introduzir um quarto e novo alto-falante, Elihu, que não apareceu antes, e dos quais não houve nenhuma menção anterior tanto no prólogo ou o diálogo poético. Da mesma forma o seu discurso parece ser totalmente ignorado por tanto Jó e Deus. A intrusão deste discurso muito longo de sete capítulos que compreendem 165 versos, o mais longo discurso único no Jó (quatro versos mais longos do que o último discurso de seis capítulo de Jó), tem proporcionado críticos literários sérios problemas. Extensão muito para além dos limites do objectivo da presente comentário seria necessário para dar ainda um tratamento superficial destes problemas. A inclusão desse discurso em Jó é justificação suficiente para o seu valor, se esse valor é considerado positivo ou negativo. Assim, vamos tentar entender o seu significado em breve resumo. Ele é declarado ser o filho de Baraquel, que era um Buz. O nome Elihu aparece em 2Sm 1:1 ), embora estes nomes podem ter sido extra-Israelita também.

    1. A introdução de Eliú (32: 1-22)

    Introdução de Elihu divide logicamente em duas seções, a saber, um prefácio prosa, e uma auto-apresentação poética.

    (1) O Prosa Prefácio ao discurso de Eliú (32: 1-5)

    1 E aqueles três homens cessaram de responder a Jó, porque era justo aos seus próprios olhos. 2 Então se acendeu a ira de Eliú, filho de Baraquel, o buzita, da família de Ram contra Jó foi acesa sua ira, porque se justificava si mesmo, em vez de Dt 3:1)

    6 Eliú, filho de Baraquel, o buzita respondeu e disse:

    Eu sou jovem, e vós sois, idosos;

    Pelo que me segurei e não ousava mostrar-lhe a minha opinião.

    7 Eu disse: Falem os dias,

    Ea multidão dos anos ensine a sabedoria.

    8 Mas há um espírito no homem,

    E o sopro do Todo-Poderoso o faz entendido.

    9 Não é o grande que são sábios.

    Nem a idade que entendem a justiça.

    10 Então disse eu: Ouvi-me;

    Além disso, vou mostrar a minha opinião.

    11 Eis que aguardei as vossas palavras,

    Eu escutei as vossas considerações,

    Enquanto vos procurou o que dizer.

    12 Sim, eu assisti a vós,

    E eis que, não houve quem convencesse a Jó,

    Ou que respondesse às suas palavras, no meio de vós.

    13 Guardai-vos dizer: Achamos a sabedoria;

    Deus pode vencê-lo, não o homem:

    14 Porque ele não dirigiu as suas palavras contra mim;

    Nem lhe responderei com as vossas palavras.

    15 Eles estão maravilhados, eles não respondem mais:

    Eles não têm uma palavra a dizer.

    16 E hei de esperar, porque eles não falam,

    Porque eles ainda estão de pé, e não respondem mais?

    17 Eu também darei a minha resposta,

    Além disso, vou mostrar a minha opinião.

    18 Pois estou cheio de palavras;

    O espírito dentro de mim me constrange.

    19 Eis que o meu peito é como o vinho que não tem ventilação;

    Como novos odres de vinho que está pronto para estourar.

    20 eu vou falar, para que eu possa ser atualizada;

    Abrirei os meus lábios e resposta.

    21 Deixe-me não, peço-vos, respeitar pessoa de qualquer homem;

    Nem eu use de lisonjas para qualquer homem.

    22 Porque não sei usar de lisonjas;

    Else seria meu Criador logo me levar embora.

    ". Pomposo e difundir com muita repetição vazia" Enquanto Maimonides respeita discursos de Eliú como altamente valioso, e de fato o clímax de Jó, Buttenwieser, que considera os discursos de Eliú uma interpolação posterior, pensa neles como Freehof diz:

    O que Elihu apresenta com tanta segurança e finalidade é apenas uma reafirmação rasa da visão ortodoxa do sofrimento que os amigos têm defendido com comparativamente maior habilidade e efeito. ... Há alguns estudiosos modernos que consideram discursos de Eliú valioso, e outros que concordam com o julgamento de Moisés Buttenwieser.

    Freehof vê uma tríplice divisão lógica do discurso de Eliú, que figura Nu 32:6 . First (vv. 32:6-10 ), Elihu relaciona por que ele, embora muito mais jovem do que os outros oradores, não hesita em expor seus pensamentos de idade e sabedoria antes reverenciado.

    Elihu oferece seu pedido de desculpas para a expressão da sua opinião atraso, no sentido de que o costume oriental idade exigida, o que geralmente indicavam sabedoria superior, para ter prioridade sobre a juventude (vv. 32:6-7 ). No entanto, varrendo todas essas considerações tradicionais, ele declara-se a ser dotado de sabedoria divina, e inspirado pelo sopro do Todo-Poderoso para desnudar o coração do caso de Jó (v. 32:8 ). Na verdade, ele parece negar a validade das visões tradicionais, e suplanta-los com a sua pretensão de inspiração direta (v. 32:9 ). Ele não está disposto a dar crédito à abordagem complementar ao conhecimento, mas sim refere inspiração direta como a única fonte válida de conhecimento. Como qualquer outro dogmático que pensa que o seu caminho só é certo, ele logo se torna evidente que ele não é mais certo do que os outros, ele desacreditando. Na verdade, enquanto ele reivindica inspiração direta como fonte de suas declarações, é logo evidente que ele tem o seu informações de seus pares, e não de Deus.

    Segunda (vv. 32:11-16 ), Elihu justifica seu discurso, alegando que ele considera os esforços dos outros para responder a Jó como falhas. Ele tinha ouvido enquanto eles procurado (v. 32:11 , 32:12 ). Em seguida, com uma onda de arrogante autoconfiança Elihu diz: "Não digas: Temos achado ele muito inteligente para nós! Ele deve ser Deus, não o homem, que o coloca para baixo! Ele não me conheceu ainda "(vv. 32:13 , 32:14-A , Moffatt). No mesmo fôlego que ele afirma que Deus vai responder a Jó, ele também implica que ele é capaz de fazê-lo! Como assim como muitos que afirmam que Deus é a sua suficiência, apenas para atuar como se fossem auto-suficientes. Continuando com o mesmo espírito arrogante, Elihu afirma: "Mesmo que ele dirigiu as suas palavras contra você e não a mim, eu lhe responderei; mas não com seus argumentos pobres" (v. 32:14 ). Completamente surpreso e estupefato, os outros competidores deixam o campo para Elihu (vv. 32:15-16 ). Terceiro (vv. 32:17-22 ), Elihu, não é capaz de conter-se, vê-se obrigado a responder a Jó. O que se segue revela que Elihu considera seu discurso a ser essencial (a minha parte , v. 32:17-A ), que a suaopinião (v. 17b) é importante, que seu discurso é formulado (18a ), e que ele é motivado pelo espírito de sua compulsão para dentro. Moffatt lê-se: "Por que estou cheio de coisas para dizer, e minha mente me impele a fala." Faz Tão importante Elihu considerar seu discurso que a auto-relevo parece ser seu principal objetivo, ao invés de uma resposta racional a Jó (vv. 32:19-20 ). Aparentemente, dirigindo-se a seus amigos (vv. 32:21-22 ), Elihu promete não bajulação ou favoritismo como ele francamente fala o que pensa. Assim Elihu com muita fanfarra prepara-se para responder a Jó.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Jó Capítulo 32 do versículo 1 até o 22
    Caps. 32-37 Há várias opiniões sobre esta seção, o discurso de Eliú. Estranha-se que Eliú apareça sem ser mencionado no prólogo, nem no epílogo, e que tenha um estilo diferente dos demais. O conteúdo do discurso, porém, revela que ouvia o debate inteiro, e a diferença de estilo, longe de sugerir uma adição posterior ao livro, seria um reflexo da personalidade de quem fala. O estilo é rápido e nervoso, refletindo a ira do jovem, e os aramaísmos empregados não são estranhos na boca desse membro de uma tribo árabe. Estranha-se que Jó não responde ao discurso, e que a intervenção de Deus se siga sem referência às palavras de Eliú; talvez a própria presunção de Eliú tenha sido a causa dele receber a indiferença como resposta.
    • N. Hom. 32:1-33.7 A palestra do novato Eliú:
    1) O caráter de Eliú, 32:1-6;
    2) A explicação da interferência de Eliú 32:7-10;
    3) A justificativa da sua interferência 32:11-22;
    4) O apelo de Eliú, 33:1-7.
    32.2 Eliú. O nome significa "Meu Deus é Ele”. Buzita. Descendente de Buz, filho de Naor, irmão de Abraão (Gn 22:21), classificado por Jeremias como tribo árabe (Jr 25:23). A maior parte do seu discurso é gasto em anunciar a sua fala, e no conteúdo em si, não se percebe que tenha acrescentado algo de novo aos discursos dos amigos.

    32.6,7 Eliú afirma que à sabedoria não é exclusividade dos velhos e que era justamente a incompetência destes a razão do silenciar de Jó, que o forçara a liderar agora o debate (2-5).
    32.8 Espírito. O Espírito de Deus que faz o homem ser uma alma viva (Gn 2:7), que é a fonte de toda a vida e inteligência (27:3; 33:4). Eliú reconhece que a sabedoria depende da revelação de Deus e não da perspicácia humana, conforme 28.28 e Sl 119:98-19.

    32:14-21 Estas palavras provêm de um homem irado, que tenta ir além dos limites da sensatez e da humildade. O modo bombástico de falar é mais aceitável num discurso oriental e, talvez por ser comum, os ouvintes não tenham tido tamanha impressão de auto-exaltação e orgulho espiritual da parte de Eliú, como os ocidentais poderiam imaginar. Eliú está convicto que falar é seu imperioso dever, comunicando aquilo que acha ser a vontade de Deus, já que, a seu ver, os mais idosos não tinham sido capazes de jogar a sabedoria divina contra as opiniões de Jó, o qual não quis reconhecer que merecia o castigo.
    32.14 Com as vossas palavras. Eliú promete argumentos novos, superiores e loquazes (v. 18); mas nada disto se acha no seu discurso.

    32.15 Pasmados. Eliú é testemunha do motivo da brevidade do discurso de Bildade (cap. 25), e do silêncio de Zofar que nada falou no terceiro ciclo (conforme 27:13-23n); já foram vencidos.

    32.21 Acepção de pessoas. Eliú não se acanhará perante os poderosos.

    33.1 Ouve, pois, Jó. É uma especialidade do estilo de Eliú, o qual muitas vezes chama a Jó pelo nome. Seria, talvez, por intimidade de parentesco, pois ambos eram descendentes de Naor, irmão de Abraão, por meio de Uz e Buz (Gn 22:21 -22), conforme notas de 32:2 ; 1:1.

    33.2 O estilo é pomposo, redundante e puxado.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Jó Capítulo 32 do versículo 1 até o 22

    5) Os discursos de Eliú (32.1—37.24)
    a) O primeiro discurso de Eliú (32.1— 33.33)
    A convicção da maioria dos estudiosos é que os quatro discursos de Eliú são um acréscimo posterior ao livro de Jó. Eliú não é mencionado no prólogo. Embora se pudesse argumentar que isso não é nada extraordinário, visto que foi uma grande vantagem dramática do autor ter um novo interlocutor aparecendo no final dos ciclos de discursos, a ausência de Eliú do epílogo é surpreendente. Os discursos de Eliú também retardam a resposta de Javé a Jó, que poderia ser esperada logo após o cap. 31; quando de fato Javé responde a Jó (caps. 38ss), ele fala com Jó como se nada tivesse interrompido o texto. Os comentaristas sugerem também que os discursos de Eliú, ao continuarem defendendo que o propósito do sofrimento era pedagógico, estão em desacordo com a intenção do poeta de mostrar que não há solução real para o problema do sofrimento. Outros fatores também mencionados às vezes, como as peculiaridades estilísticas dos discursos de Eliú e o pedido de desculpas detalhado de Eliú por se intrometer na conversa, são insignificantes na solução da questão. Em resumo, a conclusão geral é que “os discursos perturbam de forma violenta a estrutura artística do livro” (O. Eissfeldt). Eles devem ser compreendidos, assim se sugere, como a tentativa de um autor piedoso de compensar a falta de capacidade dos amigos de Jó de refutar os seus argumentos e de compensar também a natureza inconclusiva dos discursos divinos.
    Não têm faltado, no entanto, defensores da autenticidade dos discursos de Eliú, mas às vezes eles fazem declarações exageradas, como a de G. Cornhill, segundo a qual os discursos de Eliú são “o ponto culminante do livro de Jó”. R. Gordis foi muito útil ao sugerir que a função desses discursos pode ser mais bem compreendida como um meio caminho entre a posição de Jó e a de seus amigos. Os amigos argumentaram que Deus é justo e que o sofrimento prova, portanto, que Jó pecou e que, por isso, Deus o está castigando. Jó refuta os dois argumentos, ao insistir em que o seu sofrimento não é resultado do pecado e que, por isso, Deus está sendo injusto. Eliú, que anuncia que está se opondo tanto a Jó quanto aos seus amigos (32:6-12; 33.5,12; conforme a narrativa introdutória, 32.2,3), argumenta, ao propor a sua doutrina do sofrimento como disciplina, que o sofrimento não precisa ser a pena por pecados já cometidos, mas pode ser uma advertência, dada com antecedência, para proteger um homem do pecado. Em todo caso, a justiça de Deus não deve ser impugnada, como Jó tem feito.

    (i) Introdução (32:1-5)

    Fica muito evidente por meio da repetição da palavra indignou-se o estado de espírito em que o jovem Eliú entra na conversa. Ele está indignado com Jó porque este “se apresenta como alguém mais justo do que

    Deus” (v. 2, NEB), i.e., a conclusão inevitável do argumento de Jó é que, visto que ele está certo na sua disputa com Deus, Deus deve estar errado. Jó tinha evitado dizer isso; assim, Eliú coloca as palavras na boca de Jó de forma injusta. A NIV torna a razão para a indignação de Eliú menos séria ao traduzir: “Jó [estava] justificando-se a Sl mesmo em vez de justificar a Deus”, o que é bem verdade, mas é algo pouco censurável nas atuais circunstâncias. Eliú também está indignado contra os três amigos, pois não encontraram meios de refutar a Jó (v. 3), i.e., não tinham sido capazes de convencer Jó de que Deus não estava errado. A indignação de Eliú é obviamente a indignação proveniente da frustração pelo fato de que as boas maneiras prescreviam que os jovens não falassem antes dos anciãos.

    (2) O direito de Eliú de falar (32:6-22)
    A idéia central dessa seção não é nada mais do que uma apresentação pessoal e a defesa de sua participação na conversa. Se anteriormente o autor nos tivesse dado condições de analisar as personagens participantes do debate, estaríamos inclinados a encontrar em Eliú um sujeito jovem e pretensioso que promete muito mais do que consegue cumprir. Mas talvez não seja sábio tentar fazer esboços de personagens dos oradores; são os argumentos deles, e não sua personalidade, que chamam a nossa atenção.
    Eliú confessa a sua idade precoce e declara seu respeito pela sabedoria dos idosos (v. 6,7), mas encontra coragem na sua crença de que todos foram criados com a capacidade igual de sabedoria (é o espírito dentro do homem que lhe dá entendimento; o sopro do Todo-pode-roso, v. 8). Por isso, não são necessariamente (presume-se que ele queira dizer isso) só os mais velhos, os sábios (v. 9). Assim, ele não tem medo de declarar o que sei (v. 10). Além disso, ele se encorajou a entrar no debate pela fraqueza, na sua opinião, dos discursos dos amigos (v. 11,12). Ele tem a impressão de que eles crêem ter encontrado sabedoria genuína em Jó e que somente Deus pode refutá-lo, não o homem (v. 13). Eliú está se propondo a contestar essa crença. É verdade que Jó ainda não se dirigiu a ele, mas, se o tivesse feito, Eliú lhe teria respondido de maneira diferente dos amigos (v. 14).

    Ao se voltar agora para Jó (v. 15), ele destaca o óbvio e se diz pronto para falar (v. 16, 17), pois não [lhe] faltam palavras (v. 18), a sua mente está prestes a romper (v. 19) e precisa de alívio de sua frustração (v. 20). Finalmente, Rowley comenta: “Eliú concede a Sl mesmo mais um certificado, dessa vez o da imparcialidade”. Ele não vai tratar ninguém — e é Jó quem mais tem de sofrer em virtude da língua de Eliú — com respeito especial (v. 21); ele reconhece: não sou bom em bajular, por isso, é bom que Jó esteja preparado para uma conversa muito franca (v. 22).


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Jó Capítulo 4 do versículo 1 até o 24

    III. Juízo : O Caminho da Sabedoria Obscurecido e Iluminado. 4:1 - 41:34.

    A. O Veredito dos Homens. 4:1-24.

    Considerando que o diálogo de Jó com seus amigos relacionava-se mais com a lamentação de Jó do que diretamente com suas calamidades, a missão dos amigos assume mais os ares de um julgamento do que de consolo pastoral e continua assim progressivamente em cada sucessivo ciclo de discursos. (Em relação à estrutura cíclica do diálogo, veja o Esboço acima.) Os amigos assentaram-se como em um conselho de anciãos para julgarem o ofensor clamoroso. A avaliação da culpa de Jó envolve discussão dos aspectos mais amplos do problema da teodicéia, mas sempre com o caso particular de Jó e a condenação à vista. Portanto, para Jó o debate não consiste em um estudo imparcial e acadêmico do sofrimento em geral, mas uma nova e dolorosa fase dos seus sofrimentos. Os amigos são enganados por seu apego à tradicional teoria, ajudando e favorecendo a Satanás em sua hostilidade contra Deus, e obscurecendo o caminho da sabedoria para Jó, o servo de Deus. Mas o debate serve para silenciar esta sabedoria do mundo e assim prepara o caminho para a apresentação da via de acesso da aliança para a sabedoria, que são apresentados nos discursos de Eliú e o Senhor. Novamente, no apelo que Jó faz dos vereditos humanos ao supremo tribunal, expresso em seu apaixonado anseio de expor o seu caso diante do Senhor, o debate busca a manifestação visível de Deus.


    Moody - Comentários de Jó Capítulo 32 do versículo 1 até o 24


    4) O Ministério de Eliú. 32:1 - 37:24.

    Eliú, aparentemente alguém do auditório mais amplo assistindo ao debate dos mestres, sai à frente e apresenta sua teodicéia. Introduzi-lo antes desfiguraria os movimentos dramáticos do poema por causa de uma antecipação canhestra do resultado do debate. O mais jovem era tão ignorante quanto os outros no que se refere às transações celestiais relacionadas no Prólogo. Sua interpretação dos sofrimentos de Jó é, portanto, inclusiva. Contudo, Eliú percebeu o significado do princípio importantíssimo da livre graça de Deus, que os outros não consideraram.

    Por isso, a partir deste discurso, a luz do dia começa a despontar no caminho da sabedoria após a longa noite do debate, cortada apenas por algum ocasional raio de luz do entendimento. A arrogância principesca de Jó é subjugada, e assim Eliú serve como alguém enviado diante da face do Senhor para preparar o caminho para a Sua vinda no redemoinho (cap. 38:1 e segs.).

    O discurso de Eliú (32:6 - 37:24), embora cortado por diversas pausas (34:1; 35:1), é uma unidade em sua essência. Seguindo-se à apologia (32:6-22), a teodicéia desenvolve-se em resposta às queixas particulares de Jó (citadas em 33:8-11; 34: 5-9; 35:2, 35:3; cons. 36:17 e segs.) e por meio de uma exposição da graça de Deus (33:12-33), sua justiça (34:10 - 36:25) e poder (36:26 - 37:24).


    Moody - Comentários de Jó Capítulo 32 do versículo 6 até o 22

    6-22. A apologia preliminar de Eliú para solicitar a atenção do auditório foi estendida além do gosto ocidental, mas isto talvez não contrariasse a etiqueta da terra de Uz (cons. Ilíada 14: 122 e segs.). Falem os dias (v. 32:7, 32:7, 32:11). A sabedoria, entretanto, é basicamente uma questão de dom divino, especificamente proveniente do Espírito de Deus sobre o homem: Há um espírito no homem, e o sopro do Todo-poderoso o faz entendido (v. 32:8; cons. Gn 2:7). O desempenho inglório dos conselheiros demonstrara sua falta de sabedoria apesar da idade (32:9, 32:12, 32:15, 32:16), enquanto Eliú proclama compreensão apesar da juventude (v. 32:6). Eliú assume a responsabilidade dela (vs. 32:16,32:17) com nova estratégia (v. 32:14), sob a compulsão de um espírito cheio de conhecimento do mistério que os sábios acharam tão desconcertante (vs. 32:18-20), e com devoção ousada para com a verdade somente (vs. 32:21, 32:22).


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Jó Capítulo 32 do versículo 1 até o 22
    V. A ADVERTÊNCIA DE ELIÚ 32:1-37.24

    Muitos especialistas mantêm que esta seção é uma interpolação proveniente doutra pena; fazem-no pelas seguintes razões: não se menciona o nome de Eliú nem no Prólogo nem no Epílogo; há diferenças de ordem lingüística e estilística que isolam a seção do resto do livro; os discursos de Eliú-afirma-se-nada acrescentam ao que foi dito.

    Em contrapartida, muitas são as autoridades que se batem pela originalidade dos discursos. Parece altamente improvável que um autor posterior, escrevendo com conhecimento das atividades satânicas mencionadas no Prólogo ignorasse este por completo.

    Eis alguns traços característicos dos discursos de Eliú: uma profunda atmosfera de reverência a Deus; uma concepção de pecado mais profunda do que a que aparece em qualquer dos discursos anteriores; o aparecimento de Deus como Mestre (35:11 e 36:22) determinado a conduzir o homem através da disciplina do sofrimento a uma vida mais rica de sabedoria. Certo comentador afirma que o supremo objetivo dos discursos é denunciar a mais perigosa das características de Jó-característica potencialmente perigosa -o orgulho espiritual (33:17 e 36:9). O valor sanativo do sofrimento, já referido, embora, noutros discursos, é aqui notavelmente posto em relevo.

    a) A razão da intervenção de Eliú (32:1-22)

    Em todo este capítulo Eliú pretende demonstrar a sua relutância de entrar em cena, a simples e pura necessidade de o fazer. É a incapacidade que os outros mostram de responder às dúvidas e aos temores de Jó que o forçam a entrar na controvérsia. Ao escutar as palavras que haviam sido proferidas, uma dupla ira se lhe acendera no peito-contra Jó, por causa do olhar firme que ele ousava levantar ao céu e contra os amigos pela sua impossibilidade de refutarem os argumentos de Jó. As palavras que ouvimos provêm de um homem irado, ira que o autor não deixa de sublinhar e acentuar. Nos versículos 2:5 quatro são as referências a essa ira. Se nos lembrarmos deste fato, as acusações de auto-exaltação tão freqüentemente feitas a Eliú perderão um pouco a sua razão de ser. Certo comentador, por exemplo, considera-o "um jovem extremamente enfatuado e arrogante". (A auto-exaltação referida baseia-se sobretudo, nos versículos 14:17-18). Mas a ira facilmente arrasta o homem para lá dos limites da sensatez e da humildade. Lembremo-nos também de que as palavras são as dum oriental e se dirigem a ouvintes orientais. Nestas circunstâncias, a auto-exaltação, tão claramente detectada por ouvidos ocidentais, não terá aqui valor especial. Certo comentador vê na introdução ao discurso "pouco mais que um conjunto de fórmulas escolásticas, frases que se empregavam correntemente na polêmica".

    >32:6

    Nos versículos 6:12 Eliú dá as razões do seu silêncio, da sua não intervenção no debate até ao momento presente: fora o respeito natural do jovem pelos cabelos brancos dos amigos de Jó que selara os seus lábios. Mas eis que um respeito mais elevado se sobrepunha a este: o respeito pela vontade de Deus a qual se manifestava tanto a jovens como a homens idosos (8). Aqueles que são superiores em idade nem sempre são superiores na apreciação das coisas do espírito. Ele já não podia manter-se silencioso porque o silêncio, agora, significaria mais respeito pelos homens do que pelo seu Deus. E Eliú não podia ser desleal a si próprio (21-22). Homens mais velhos e mais experientes não tinham podido vencer a resistência de Jó. Não se conclua, por isso, que a fortaleza em que Jó se encerra, é inexpugnável. Não digam os homens: "ele venceu-nos! Só Deus e não o homem o poderá vencer a ele!" (13). Jó ainda terá de suportar o ataque de Eliú.

    Os versículos 17:21 descrevem vividamente o violento sentimento de dever que se apoderara de Eliú, o dever de comunicar o que ele cria ser a vontade de Deus. Cfr. 1Co 9:16. Ele sentia-se constrangido a falar. Só as palavras poderiam aliviá-lo do peso que o oprimia (19-20).


    Dicionário

    Maís

    substantivo masculino Variedade de milho graúdo, bem desenvolvido.
    Não confundir com: mais.
    Etimologia (origem da palavra maís). Do espanhol maíz.

    Não

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    Responder

    Dicionário Comum
    verbo transitivo direto e transitivo indireto Dar resposta ao que é dito, escrito ou perguntado: respondeu o que lhe ocorreu; respondeu ao professor a questão.
    Contestar uma pergunta; replicar: respondeu bem.
    verbo intransitivo Questionar em vez de obedecer; resmungar: vá e não responda!
    Repetir o som: o cão latiu e os vizinhos responderam.
    verbo transitivo indireto Fazer-se sentir por repercussão: a dor do braço me responde na cabeça.
    Apresentar razões contra; revidar: responder a uma objeção.
    Enviar resposta: responder a uma pessoa, a uma carta.
    Oferecer em troca de; retribuir: responder a uma gentileza.
    Assumir uma responsabilidade; responsabilizar-se: responde pelo irmão.
    Ter uma ação contrária, oposta a; reagir: responder à dor.
    Etimologia (origem da palavra responder). Do latim respondere.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    responder
    v. 1. tr. dir. Dizer ou escrever em resposta. 2. tr. ind. e Intr. Dar resposta. 3. tr. ind. Ser respondão. 4. tr. ind. Aduzir argumentos contra. 5. tr. ind. Pôr em contraposição. 6. Intr. Repetir a voz, o so.M 7. tr. ind. Ficar por fiador de alguém; responsabilizar-se por. 8. tr. ind. Estar em harmonia; ser igual; condizer. 9. tr. ind. Retribuir equivalentemente. 10. tr. ind. Defrontar, opor-se. 11. tr. ind. Estar defronte; opor-se.
    Fonte: Priberam

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Jó 32: 16 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Esperei, pois, mas não falam; porque já pararam, e não respondem mais.
    Jó 32: 16 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    H1696
    dâbar
    דָבַר
    E falou
    (And spoke)
    Verbo
    H3176
    yâchal
    יָחַל
    aguardar, esperar
    (And he stayed)
    Verbo
    H3588
    kîy
    כִּי
    para que
    (that)
    Conjunção
    H3808
    lôʼ
    לֹא
    não
    (not)
    Advérbio
    H5750
    ʻôwd
    עֹוד
    novamente
    (again)
    Substantivo
    H5975
    ʻâmad
    עָמַד
    ficou
    (stood)
    Verbo
    H6030
    ʻânâh
    עָנָה
    E respondido
    (And answered)
    Verbo


    דָבַר


    (H1696)
    dâbar (daw-bar')

    01696 דבר dabar

    uma raiz primitiva; DITAT - 399; v

    1. falar, declarar, conversar, comandar, prometer, avisar, ameaçar, cantar
      1. (Qal) falar
      2. (Nifal) falar um com o outro, conversar
      3. (Piel)
        1. falar
        2. prometer
      4. (Pual) ser falado
      5. (Hitpael) falar
      6. (Hifil) levar embora, colocar em fuga

    יָחַל


    (H3176)
    yâchal (yaw-chal')

    03176 יחל yachal

    uma raiz primitiva; DITAT - 859; v

    1. aguardar, esperar
      1. (Nifal) aguardar
      2. (Piel)
        1. aguardar, esperar, demorar
        2. aguardar por, esperar por
      3. (Hifil) aguardar, demorar, aguardar por, esperar por

    כִּי


    (H3588)
    kîy (kee)

    03588 כי kiy

    uma partícula primitiva; DITAT - 976; conj

    1. que, para, porque, quando, tanto quanto, como, por causa de, mas, então, certamente, exceto, realmente, desde
      1. que
        1. sim, verdadeiramente
      2. quando (referindo-se ao tempo)
        1. quando, se, embora (com força concessiva)
      3. porque, desde (conexão causal)
      4. mas (depois da negação)
      5. isso se, caso seja, de fato se, embora que, mas se
      6. mas antes, mas
      7. exceto que
      8. somente, não obstante
      9. certamente
      10. isto é
      11. mas se
      12. embora que
      13. e ainda mais que, entretanto

    לֹא


    (H3808)
    lôʼ (lo)

    03808 לא lo’

    ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

    uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

    1. não
      1. não (com verbo - proibição absoluta)
      2. não (com modificador - negação)
      3. nada (substantivo)
      4. sem (com particípio)
      5. antes (de tempo)

    עֹוד


    (H5750)
    ʻôwd (ode)

    05750 עוד ̀owd ou עד ̀od

    procedente de 5749; DITAT - 1576a subst

    1. repetição, continuação adv
    2. ainda, novamente, além disso
      1. ainda, ainda assim (referindo-se a continuidade ou persistência)
      2. ainda, ainda assim, além disso (referindo-se a adição ou repetição)
      3. novamente
      4. ainda, ainda mais, além disso

    עָמַד


    (H5975)
    ʻâmad (aw-mad')

    05975 עמד ̀amad

    uma raiz primitiva; DITAT - 1637; v

    1. estar de pé, permanecer, resistir, tomar o lugar de alguém
      1. (Qal)
        1. ficar de pé, tomar o lugar de alguém, estar em atitude de permanência, manter-se, tomar posição, apresentar-se, atender, ser ou tornar-se servo de
        2. permanecer parado, parar (de mover ou agir), cessar
        3. demorar, atrasar, permanecer, continuar, morar, resistir, persistir, estar firme
        4. tomar posição, manter a posição de alguém
        5. manter-se de pé, permanecer de pé, ficar de pé, levantar-se, estar ereto, estar de pé
        6. surgir, aparecer, entrar em cena, mostrar-se, erguer-se contra
        7. permanecer com, tomar a posição de alguém, ser designado, tornar-se liso, tornar-se insípido
      2. (Hifil)
        1. posicionar, estabelecer
        2. fazer permanecer firme, manter
        3. levar a ficar de pé, fazer estabelecer-se, erigir
        4. apresentar (alguém) diante (do rei)
        5. designar, ordenar, estabelecer
      3. (Hofal) ser apresentado, ser levado a ficar de pé, ser colocado diante

    עָנָה


    (H6030)
    ʻânâh (aw-naw')

    06030 ענה ̀anah

    uma raiz primitiva; DITAT - 1650,1653; v.

    1. responder, replicar, testificar, falar, gritar
      1. (Qal)
        1. responder, replicar
        2. testificar, responder como testemunha
      2. (Nifal)
        1. dar resposta
        2. ser respondido, receber resposta
    2. (Qal) cantar, exprimir de forma melodiosa
    3. (Qal) habitar