Enciclopédia de Provérbios 3:5-5

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

pv 3: 5

Versão Versículo
ARA Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento.
ARC Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento.
TB Confia, de todo o teu coração, em Jeová
HSB בְּטַ֣ח אֶל־ יְ֭הוָה בְּכָל־ לִבֶּ֑ךָ וְאֶל־ בִּֽ֝ינָתְךָ֗ אַל־ תִּשָּׁעֵֽן׃
BKJ Confia no -SENHOR com todo o teu coração, e não te apoies em teu próprio entendimento.
LTT Confia no SENHOR de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento.
BJ2 Confia em Iahweh com todo o teu coração, não te fies em tua própria inteligência;
VULG Habe fiduciam in Domino ex toto corde tuo, et ne innitaris prudentiæ tuæ.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Provérbios 3:5

Jó 13:15 Ainda que ele me mate, nele esperarei; contudo, os meus caminhos defenderei diante dele.
Salmos 37:3 Confia no Senhor e faze o bem; habitarás na terra e, verdadeiramente, serás alimentado.
Salmos 37:5 Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele tudo fará.
Salmos 37:7 Descansa no Senhor e espera nele; não te indignes por causa daquele que prospera em seu caminho, por causa do homem que executa astutos intentos.
Salmos 62:8 Confiai nele, ó povo, em todos os tempos; derramai perante ele o vosso coração; Deus é o nosso refúgio. (Selá)
Salmos 115:9 Confia, ó Israel, no Senhor; ele é teu auxílio e teu escudo.
Salmos 125:1 Os que confiam no Senhor serão como o monte Sião, que não se abala, mas permanece para sempre.
Salmos 146:3 Não confieis em príncipes nem em filhos de homens, em quem não há salvação.
Provérbios 3:7 Não sejas sábio a teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal.
Provérbios 22:19 Para que a tua confiança esteja no Senhor, a ti tas faço saber hoje, sim, a ti mesmo.
Provérbios 23:4 Não te canses para enriqueceres; dá de mão à tua própria sabedoria.
Provérbios 28:26 O que confia no seu próprio coração é insensato, mas o que anda sabiamente escapará.
Isaías 12:2 Eis que Deus é a minha salvação; eu confiarei e não temerei porque o Senhor Jeová é a minha força e o meu cântico e se tornou a minha salvação.
Isaías 26:3 Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti; porque ele confia em ti.
Jeremias 9:23 Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas.
Jeremias 10:23 Eu sei, ó Senhor, que não é do homem o seu caminho, nem do homem que caminha, o dirigir os seus passos.
Jeremias 17:7 Bendito o varão que confia no Senhor, e cuja esperança é o Senhor.
Romanos 12:16 Sede unânimes entre vós; não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às humildes; não sejais sábios em vós mesmos.
I Coríntios 3:18 Ninguém se engane a si mesmo: se alguém dentre vós se tem por sábio neste mundo, faça-se louco para ser sábio.
I Coríntios 8:1 Ora, no tocante às coisas sacrificadas aos ídolos, sabemos que todos temos ciência. A ciência incha, mas o amor edifica.
Efésios 1:12 com o fim de sermos para louvor da sua glória, nós, os que primeiro esperamos em Cristo;

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Provérbios Capítulo 3 do versículo 1 até o 35
F. As BÊNÇÃOS DA SABEDORIA, 3:1-35

Esta seção continua a destacar as bênçãos da sabedoria do capítulo anterior. No capítulo 2, a estabilidade moral era o fruto principal da sabedoria. Aqui a felicidade e a segurança são as recompensas principais e positivas. O capítulo consiste de três discur-sos distintos, cada um começando com a expressão "Filho meu". O primeiro (1-10) é um chamado à dedicação completa. O segundo (11-20) fala da felicidade de se confiar em Deus. A divisão final (21-35) destaca a segurança na caminhada com Deus.

1. O Chamado à Dedicação Completa (3:1-10)

O desafio principal do mestre nesta seção relaciona-se à dedicação para com a vontade de Deus. Ele defende de forma gentil mas sincera e séria a obediência às orientações divi-nas para a vida. Filho meu, não te esqueças da minha lei (1). Fritsch diz: "Uma das palavras de ouro da religião é 'lembrar'. Não há vida espiritual ou crescimento à parte da grande herança espiritual do passado. Nenhuma religião reconheceu essa verdade de maneira mais clara do que o judaísmo, com a forte ênfase no ensino aos seus jovens com respeito aos grandes fatos e verdades da sua história sagrada (Êx 12:26-27; Dt
6) ".14A fé sólida é fundamentada em ensino sadio enraizado numa rica tradição religiosa. Na igre-ja de hoje, a evangelização e a educação cristã precisam andar de mãos dadas.

E o teu coração guarde os meus mandamentos. Em outras palavras, compro-meta-se com Deus. Maclaren diz: "A mãe de todas as graças da conduta é a submissão da vontade à autoridade divina. A vontade faz o homem, e quando ela deixa de se elevar em rebeldia auto-sacrificadora e autodeterminada, e se dissolve em águas cor-rentes de submissão, essas vão fluir pela vida e torná-la pura"? Uma das recompensas de uma vida comprometida é que há acréscimo de anos de vida (2). Aqui temos um conceito recorrente nas Escrituras (cf. Gn 25:8; Êx 20:12; Dt 5:16-22.7; Pv 2:21-4.10). Paulo escreveu: "A piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir" (1 Tm 4.8).

Outra recompensa da vida temente a Deus é a paz. Aqui a palavra hebraica é shalom, que significa completitude, harmonia completa. O relacionamento correto com Deus e a consideração apropriada pelo próximo tornam a vida verdadeiramente completa e digna de ser vivida.

Acerca das palavras Não te desamparem a benignidade e a fidelidade (3), Jones e Walls dizem: "Misericórdia (hb. Hesedh; [aqui `misericórdia']) é uma palavra difícil de entender à parte da idéia de aliança. Significa amor da aliança, e só podemos entender a amplitude disso com base no Grande Mandamento e no que é semelhante a ele (Dt 6:5 e Lv 19:18). Verdade (hb. 'emeth [aqui 'fidelidade') significa 'firmeza' e daí `confiabilidade', `estabilidade', 'fidelidade' e ocasionalmente o que a fidelidade exige — realidade e verda-de".16 Os termos benignidade e fidelidade com freqüência estão associados no Antigo Testamento. Eles refletem a fidelidade de Deus às suas promessas. Quando aplicados ao homem, descrevem a integridade no seu sentido mais amplo.

O judaísmo entendeu literalmente as expressões ata-as e escreve-as. Os filactérios que continham partes das Escrituras eram carregados e usados no braço e na testa (Êx 13:9; Dt 6:8-9; 11.18). No seu sentido mais profundo, benignidade (misericórdia) e fideli-dade (verdade) são princípios em que devemos refletir e segundo os quais devemos viver.

Nos versículos 5:6 temos palavras seletas que refletem o teor de todo o livro de Provérbios. Confia no SENHOR [...] e não te estribes no teu próprio entendimento (5). A sabedoria humana é inadequada, mas a sabedoria divina é orientação suficiente para a vida. A certeza é que Deus vai "endireitar" (6) a nossa vida e nos capacitar a alcançarmos o nosso destino. Moffatt diz: "Ele vai limpar o caminho para você". É uma referência à remoção de obstáculos na construção de uma estrada (Is 40:3-45.13).

O autor diz: Não sejas sábio a teus próprios olhos (7), ou: "Nunca se orgulhe da sua própria sabedoria" (Moffatt). Temos aqui essencialmente a repetição do apelo dos versículos 5:6 para que a pessoa coloque a sua confiança no Senhor. Somos encorajados aqui a não pensarmos demais de nós mesmos, mas reverenciarmos a Deus. Esta reve-rência vai resultar em "cura para o seu corpo e alimento para os seus ossos" (8, Berkeley). O umbigo e os ossos são usados como símbolos de todo o corpo. O conhecimento de Deus que conduz ao bem-estar espiritual tem os seus efeitos sobre os aspectos psicológicos e físicos da personalidade humana.

Nos versículos 9:10, temos um apelo a favor do uso apropriado das posses materiais. No final das contas, o homem é um mordomo, e tudo que ele tem pertence a Deus (S150). Quando ele honra a Deus com parte do seu progresso, ele vai ser abençoado material-mente — e se encherão os teus celeiros (10). Temos aqui um princípio de mordomia e não uma garantia de riquezas materiais. Podemos confiar a Deus as nossas dádivas e que ele garante a provisão das nossas necessidades materiais (Mt 6:33). O mordomo cristão nunca precisa temer que vai ser o perdedor ao dar a Deus (Ml 3:8-10). Ninguém perde porque crê ou porque obedece. O homem de Deus não é um servo relutante, mas um mordomo feliz e responsável.

2. A Felicidade da Confiança em Deus (3:11-20)

O problema do sofrimento humano, que é o tema do livro de Jó, é introduzido aqui nos versículos 11:12. No início, essa ênfase parece um desvio do tratado acerca das bênçãos do temor a Deus. Há muitas pessoas boas que não são abençoadas com riqueza ou corpos sadios, e nem todos os maus são pobres ou miseráveis. No versículo 12, o mestre apresenta uma solução para esse problema desconcertante. Ele diz que a correção (11; "disciplina", ARA) e a repreensão indicam a preocupação contínua de um Pai que ama e quer o bem-estar do seu filho (cf. Hb 12:5-11). Na adversidade ou na prosperidade, os filhos de Deus nunca estão separados do seu amor (Rm 8:38-39). Entendamos ou não completamente nossa disciplina ou repreensão, podemos saber que Deus nos ama e que nossa vida está nas suas mãos.

A adversidade não destrói a alegria duradoura do homem de Deus. O caminho da sabedoria, embora dispendioso, é recompensador. O termo Bem-aventurado (13) é o mesmo que é usado nas Bem-aventuranças do Sermão do Monte. É encontrado com freqüência nos salmos (Pv 1:1-112.1; 119,1) e em Provérbios (Pv 8:34-16.20; 20.7; 28.14). Enquanto todos em volta estão ocupados na busca de riquezas terrenas, o homem de sabedoria descobriu tesouros superiores ao ouro e à prata (14). Os seus tesouros são mais preciosos do que os rubins (15) — pérolas, ou corais vermelhos (28:18; Lm 4:7). Tesouros terrenos não podem prover Aumento de dias (16) ou paz de espírito e mental (17). A sabedoria é árvore da vida (18), que simboliza o poder gerador de vida que vem de Deus."

Nos versículos 19:20, vemos a criação como uma expressão da sabedoria de Deus — a mesma sabedoria que ele compartilha com os seus filhos. Edgar Jones diz: "Assim como a Sabedoria muda a vida humana do caos para a ordem assim a Sabedoria funcio-nou no início"? Com tudo isso, o homem de Deus só pode ser abençoado!

3. A Segurança na Caminhada com Deus (3:21-35)

A parte final desse capítulo começa no versículo 21. O mestre diz ao seu pupilo que a sabedoria é duplamente recompensadora. Ela trará vida para a tua alma e graça, para o teu pescoço (22). Essa sabedoria fornece recursos ao homem interior e torna graciosa a sua aparência exterior. O mestre deixa claro que ter sabedoria significa cami-nhar com Deus (23). Esta caminhada traz um sentido de segurança e liberta a pessoa de temores atormentadores (24). A confiança em Deus dá à pessoa uma esperança (26) recompensadora.

O homem que deposita a sua confiança em Deus (3:1-10) e caminha alegremente com ele (3:11-20) vai expressar a sua fé nos seus relacionamentos sociais. Nenhum ho-mem consegue ter profunda comunhão com Deus sem ter um bom relacionamento com as pessoas à sua volta. Nos versículos 27:30 há quatro proibições que tratam da respon-sabilidade que o homem tem para com os outros. Em primeiro lugar, o homem temente a Deus precisa ser generoso e justo — Não detenhas [...] o bem (27) — para com aqueles a quem se deve ou a quem um favor deve ser feito. Ele não deve se demorar, mas deve dar prontamente (28) salários devidos ou a ajuda necessária (cf. Tg 2:16). Não deve maqui-nar o mal contra o [...] próximo (29). E, por último, não deve ser briguento (30).

Nos versículos 31:35 temos uma série de contrastes entre os destinos do homem de, sabedoria e do homem marcado pela impiedade. O homem mau não deve ser invejado por causa do seu sucesso aparente. Ele é abominação para o SENHOR (32), mas o se-gredo de Deus ("conselho íntimo", Berkeley; ou "confidência", Smith-Goodspeed) está com os sinceros (32). Somente o homem de sabedoria é honrado por Deus (33-35).


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Provérbios Capítulo 3 do versículo 1 até o 12

Pv 3:1

Filho meu, não te esqueças dos meus ensinos, Não estava falando o genitor literal do jovem (Pv 1:8), mas, sim, seu pai espiritual, o professor Este continuava ensinando o seu “filho”, com muitas lições instrutivas e com a força de seu exemplo. Três coisas um pai deve a seu filho: exemplo: exemplo— exemplo.

O teu coração. A fé espiritual deve proceder do coração, um tema que já tivemos ocasião de encontrar (ver Pv 2:2,Pv 2:10).

Os meus mandamentos. Ver Pv 2:1. Está em vista todo o corpo de ensinos existente na literatura de sabedoria, mas a base desses ensinos é a iei de Moisés. Havia escolas de sabedoria que ensinavam o significado da lei mosaica por meio de declarações e discursos ricos e sábios.

“Nenhuma religião jamais reconheceu essa verdade mais claramente do que o judaísmo, com sua forte ênfase no ensino dos jovens concernente aos grandes fatos e verdades de sua história santa (ver Ex 12:26,Ex 12:27; Deu. 6)” (Charles Fritsch).

Dá o melhor para o teu Senhor;
Dá a Ele a lorça da tua juventude;
Lança o ardor incandescente de tua alma
Na batalha pela verdade.

(H. B. G.)

Pv 3:2

Porque eles aumentarão os teus dias. A vida boa conduz a muitas recompensas. Para começar, temos a promessa padrão para quem guardava a lei, longevidade e prosperidade. Ver Dt 4:1; Dt 5:33; Dt 6:2 e Ez 20:1. Originalmente, isso significa longa vida física na Terra Prometida (Pv 2:21,Pv 2:22). Mas no judaísmo posterior essa promessa foi espiritualizada para indicar a vida da alma em algum lugar bom, no além-túmulo. Porém, ver isso neste terceiro capítulo do livro de Provérbios é um anacronismo. A vida longa seria uma vida de paz. Inimigos estrangeiros e domésticos, e inimigos do corpo (as enfermidades), seriam mantidos afastados do homem justo. O autor não entrou no agonizante problema das exceções, que são muitas e frequentes. Ver sobre Problema do Mal, no Dicionário; Por que os homens sofrem, e por que sofrem da maneira como sofrem? Uma longa vida, associada a uma vida piedosa, é o tema constante do livro de Provérbios. Conforme Pv 2:21; Pv 3:16; Pv 4:10, Os cristãos apreciam muitíssimo essas promessas, mas elas são secundárias em relação à vida eterna. Contudo, a vida boa e longa, que aqui aparece, é um símbolo daquela vida vindoura melhor. Portanto, meus amigos, tenhamos tanto o símbolo quanto a realidade simbolizada. O céu pode esperar. Há coisas urgentes que devemos fazer nesta vida. Que nos seja dado tempo para terminar a nossa missão, oh, Senhor!

Paz. No hebraico, shatom, a paz combinada com a idéia de inteireza, ou seja, tudo quanto perfaz uma vida longa e feliz, com muitas bênçãos e triunfos. Estão em vista a liberdade de qualquer perigo externo, bem como a serenidade interior.

“Uma vida devotada à bondade e à fidelidade é aqui recomendada, por causa das recompensas que essa vida nos traz. Não se espera que um homem observe os mandamentos da sabedoria em troca de nada... Uma vida longa e próspera é considerada aqui a conseqüência inevitável da vida correta" (Ftolland W. Schloerb, in loc.).

"... saúde, vida longa e abundância” (Adam Clarke, in loc.), e não devemos perturbar nossa mente com exceções."... uma longa vida de utilidade e consolo é vista aqui, bem como a vida eterna na outra vida” (John Gill, in loc.)."... a vida dupla” (Fausset, in loc.).

Pv 3:3

Não te desamparem a benignidade e a fidelidade. A benignidade e a fidelidade são dois ornamentos especiais para quem quiser viver a vida caracterizada pela sabedoria. Esses ornamentos devem ser pendurados ao pescoço do indivíduo por ter vencido na corrida espiritual. São também como inscrições preciosas para o coração do homem bom. Yahweh é quem faz tal inscrição sobre o coração do homem e assim o identifica como pertencente a Ele. O homem bom vive em consonância com as inscrições feitas no seu interior, em sua alma. Essas qualidades identificam o tipo de homem que ele é. A Revised Standard Version diz aqui “lealdade” e ‘fidelidade” como os ornamentos e as inscrições especiais. A primeira dessas palavras corresponde ao hebraico hesedh, o amor constante que figura no livro de Salmos, tão frequentemente repetido aqui. Usualmente, ali refere-se ao amor que Yahweh dirige ao homem. E o homem bom dirige o seu amor a Yahweh. O homem bom é aquele que anda no caminho dos mandamentos (ver Pv 2:1 ; Pv 3:1). A segunda dessas palavras hebraicas é 'emeth, cuja raiz significa “confirmar”, com um segundo sentido de “confiar". Ellicott (in loc.) fala em fidelidade, referindo-se ás promessas que Yahweh dá a Seus santos, bem como ao fato de que essas qualidades não pedem falhar. A palavra é usada para apontar para Deus (ver Sl 30:10) e para os homens fver isa. 53.14). “Esses são dois atributos esp_eciais mediante os quais Deus é conhecido em Seu trato com os homens (ver Ex 34:6,Ex 34:7), e são qualidades que devem, ser imitadas pelos homens (ver Mt 5:48)” (Ellicott, in loc.).

Ata-as ao teu pescoço. Conforme Pv 1:9.

Escreve-as. Conforme Pv 6:21 ; Pv 7:3. Ver Jr 17:1 e 2Co 3:3 Quanto à “tábua do coração”, ver Jr 31:33. “A alusão, em ambas as frases, é às orientações cacas quanto à iegisiação mosaica (ver Dt 6:8,Dt 6:9), bem como à inscrição da lei sobre as tabuas de pedra. Era usual que os antigos escrevessem sobre tabuinhas de madeira. Assim foram inscritas as leis de Sólon (Lacrt. Vit. Solon) e também as tabellae etpugillares dos romanos. A cera era usada com o mesmo propósito. Ver Hc 1:2. Paulo, entretanto, queria que a sua lei fosse escrita nas tábuas de carne, do coração (2Co 3:3)” (John Gill, in loc.).

Pv 3:4

E acharás graça e boa compreensão diante de Deus e dos homens. Se o bom estudante cumprir os mandamentos e os ideais exarados no versículo anterior, então achará favor e boa reputação tanto aos olhos de Deus quanto aos olhos dos homens. Essa é a recompensa pela obediência, acima daquilo que já havia sido prometido no vs. Pv 3:2. O homem bom, além de viver por longo tempo, obterá muitas recompensas por sua boa conduta, e conquistará boa reputação. Ele mesmo tornar-se-á um pai ou um mestre capaz de orientar a muitos discípulos. E os homens começarão a elogiá-lo como tinham feito a seu “pai” (vs. Pv 3:1). Em vez de “reputação”, algumas traduções usam aqui “compreensão”, conforme se dá com a nossa versão portuguesa. Tal aluno tornar-se-á sábio como seu mestre. A palavra hebraica envolvida, sekhel, pode revestir-se desse significado (ver Pv 1:3). E alguns estudiosos emendam essa palavra para o termo hebraico shem, “nome", “reputação”, conforme fizeram Toy e Oesterley (in loc.). Conforme Lc 2:52. Ver também Sl 111:10.

Pv 3:5

Confia no Senhor de todo o teu coração. Quanto à “confiança”, conforme ela aparece nas páginas do Antigo Testamento, ver Sl 2:12. Essa confiança é em uma Pessoa e olha para longe do “próprio eu”. Em seu progresso, o jovem pode vir a confiar em si mesmo, orgulhando-se de suas realizações. O mestre, entretanto, adverte-o a “olhar para Yahweh” como a base de sua confiança. Sua vereda deve liderá-io pelo caminho de cima, e não pelo caminho do seu interior.

Estou pressionando pelo caminho para cima,
Novas alturas obtenho a cada dia.
Continuo orando enquanto me dirijo para o alto:
Senhor, implanta meus pés em terreno mais elevado.

(Johnson Oatman, Jr.)

O ensino dos mandamentos tinha por propósito dar aos alunos bom siso (Pv 1:4). Ao atingir certa medida de bom siso, o estudante poderia ficar inchado e começar a confiar em seus próprios poderes. Por isso o mestre o advertiu como segue: “Não te estribes no teu próprio entendimento”, O antídoto contra tal erro consiste em manter os olhos fixos em Yahweh, e não no “próprio eu”, dando a Ele crédito por qualquer progresso atingido, em vez de fazer do próprio “eu” um pequeno deus.

Quando o antigo rabino, Bar Kappara, foi indagado: “Qual é o texto sucinto do qual todos os princípios essenciais do judaísmo dependem?”, ele replicou citando esta passagem do livro de Provérbios, especialmente o vs. Pv 3:6 (Israel Goldstein, Toward a Solution).

A Religião do Coração. O mestre faz da verdadeira vida espiritual uma questão do coração. Conforme Pv 2:2 (o coração precisa dedicar-se à sabedoria); Pv 2:10 (a sabedoria deve penetrar no coração); Pv 3:1 (os mandamentos precisam ser guardados no coração). Portanto, aqui, a confiança deve ser a confiança do coração, do homem interior, da alma, da pessoa essencial, e não de algum fragmento. O indivíduo precisa evitar um coração dúplice, pois, do contrário, sua fé será debilitada, se não mesmo destruída.

Homem de ânimo dobre, inconstante em todos os seus caminhos.

(Jc 1:8)

Pv 3:6
Reconhece-o em todos os teus caminhos. Há um caminho a ser escolhido, e esse caminho pode ser bom ou mau, Se o indivíduo tiver escolhido o bom caminho, deverá reconhecer Deus a cada passo que der. “A ênfase recai sobre a palavra todos. Deus requer obediência e rendição absoluta em todas as dimensões da vida, antes que possa dirigir-nos eficazmente em Suas veredas' (Charles Fritsch, in loc.). Deus não é uma das opções na escola da vida. Ele é o currículo inteiro. Tenha-O sempre defronte de Seus olhos (ver Sl 139:2). Foi Ele quem nos criou, e não nós que criamos a nós mesmos (ver Sl 100:3). "Começa, continua e termina cada obra, propósito e artifício com Deus. Ora intensamente pedindo a Sua orientação. Busca Seu apoio contínuo e entrega a Ele cada progressão... A verdadeira fé consiste em considerar Deus a fonte de tedo o bem, e de esperar da parte Dele todo o bem” (Adam Clark, in loc.).

Com efeito, os teus testemunhos sãc o meu prazer, são os meus conselheiros.

(Sl 119:24)

O homem não pode dirigir os próprios passos, pelo menos não um homem bom. A orientação é uma bênção do Senhor para o homem que busca sabedoria. Deus é quem dá as ordens de marcha. Ele ordena os passos e guarda os pés dos santos. Ele os dirige corretamente nas questões temporais e eternas. Conforme Jr 10:23 e 1Sm 2:9.

Pv 3:7

Não sejas sábio aos teus próprios olhos. Um homem verdadeiramente humilde receberá a sabedoria como parte de seu desenvolvimento espiritual, porquanto a fonte originária dessa sabedoria é divina. Conforme Rm 12:16. Reaparece, uma vez mais, o lema do livro de Provérbios; “Teme ao Senhor”. Ver sobre isso em Pv 1:7 e Sl 119:38. Ver no Dicionário o verbete chamado Temor. Uma idéia paralela ao temor do Senhor e, de fato, parte daquela espiritualidade em geral é afastar-se do mal. Conforme 28:28. “Jovens que adquirem a sabedoria precisam relembrar que eles não se tornaram sábios por si mesmos. A sabedoria desce de Deus (ver Pv 2:6)” (Sid S. Buzzell, in loc.).

Conforme este versículo com Is 5:21; contrastar com Sl 131:11; 1Co 8:1,1Co 8:2; Gl 6:3; 1Co 3:18. Ver a admoestação de Rm 11:20. Mediante o temor de Deus, os homens afastam-se do mal (ver Pv 16:6). Conforme 1:1 e Ne 5:15.

Pv 3:8

Será isto saúde para o teu corpo. Uma das recompensas para cs que buscam a sabedoria de Deus e O temem é a saúde física. Sabemos que os estados mentais e espirituais influenciam o corpo físico para o bem ou para o mal. A medicina psicossomática está produzindo alguns resultados surpreendentes. Por outra parte, existem exceções que o texto não menciona para não perturbar essa tese geral. A paz mental e o bom ânimo são definitivamente importantes para a boa saúde.
Corpo. No hebraico, literalmente, temos uma palavra que significa umbigo. A alusão é ao fato de que o feto recebe a nutrição, da parte de sua mãe, por meio do umbigo. Além disso, o umbigo é o centro do corpo, pois dali a nutrição se espalha para o corpo inteiro. O oráculo de Delfos fazia aquele lugar ser chamado de “umbigo da terra". Mas os tradutores da Septuaginta não gostavam dessa metáfora, e assim substituíram a palavra pelo termo grego que significa corpo. Outras traduções seguiram essa modificação, e assim perdeu-se a força da figura simbólica. Uma vida correta traz saúde para o centro do corpo e faz a saúde difundir-se a partir daquele ponto. Conforme Pv 4:22. Deixamos de mencionar aqueles santos que vivem vidas doentias, mas que se apegam a essa regra em geral. Poderiamos espiritualizar a referência para falar da saúde espiritual que Deus confere aos que seguem a sabedoria.

Os teus ossos. Com frequência, a palavra “ossos” é usada para falar do corpo inteiro, porquanto o esqueleto forma o arcabouço em torno do qual fica unida a totalidade do corpo. Quanto a essa figura, ver as notas expositivas sobre Sl 102:3. Os antigos não tinham consciência de que os glóbulos vermelhos do sangue são formados na medula dos ossos, mas sabiam que dentro dos ossos longos do corpo há certa umidade, pelo que também o hebraico literal aqui é aguagem. Eles sabiam que, de alguma maneira, a saúde dos ossos depende dessa umidade, e a saúde do corpo depende da saúde dos ossos. Isso era conhecimento suficiente para dar-lhes a figura simbólica deste versículo. A sequidão significaria a morte, pelo que ossos secos são um sinônimo de morte (ver Ez 37:4).

O coração alegre é bom remédio, mas o espírito abatido seca os ossos.

(Pv 17:22)

“A saúde está nos ossos da pessoa, o que é mencionado por diversas vezes no livro de Provérbios (Pv 3:8; Pv 12:4; Pv 14:30; Pv 15:30; Pv 16:24 e Pv 17:22). Isso sugere, conforme é um fato bem conhecido hoje em dia, que a saúde espiritual e a saúde física estão intimamente relacionadas” (Sid S. Buzzell, in loc.).

Pv 3:9,Pv 3:10

Honra ao Senhor com os teus bens. Deixando para irás as considerações sobre o que ajuda a boa saúde, de súbito são oferecidos dois versículos sobre o uso correto das riquezas. Se um homem honra ao Senhor cumprindo as leis concernentes aos dízimos, às ofertas, à ajuda aos pobres, coisas requeridas pela lei, então esse homem pode esperar corretamente ter bênçãos materiais e prosperar. É dando que recebemos. Essa é uma lei espiritual que opera o tempo todo. Os que experimentam esse método descobrem que ele é funcional. “Essa é uma lei espiritual que homens tementes a Deus têm descoberto ser válida em todas as épocas" (Charles Fritsch, in loc.). É um aspecto da Lei Moral da Colheita segundo a Semeadura (ver a respeito no Dicionário). Os judeus piedosos traziam as primícias de suas plantações ao templo de Jerusalém, para serem usadas pelos sacerdotes e pelos [evitas como forma de exprimir sua gratidão a Yahweh, que lhes dera boa colheita (Deu. 26:1-3,9-11). A recompensa antecipada para quem cuidasse das realidades espirituais era ter celeiros cheios de grãos e armazéns repletos de bons vinhos.

Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.

(Mt 6:33)

Conforme Mal. 3:9-12, onde são feitas promessas semelhantes aos que pagassem os dízimos. Ver também Ag 1:6,Ag 1:9,Ag 1:13; 2.15-19 e 1Rs 17:10-16.

Transbordarão de vinho os teus lagares. Um lagar era um dispositivo simples que consistia em duas partes. Na parle superior havia a prensa (no hebraico, gath), onde eram pisadas as uvas. E na parte inferior (no hebraico, yeqebh) se recolhia o suco. Portanto, o homem que dá, terá grande abundância de uvas para pisar, e assim poderá recolher imensa quantidade de suco de uva. Ver sobre Lagar, no Dicionário.

O serviço que prestamos a outras pessoas é, realmente, o aluguel que pagamos pelo nosso espaço nesta terra. Um homem é um viajante, pelo que ter e manter não é o lema da vida. Pelo contrário, esse lema é dar e servir. Não há outro significado para a vida.

(Sir Wilfred Grenfell)

Pv 3:11

Filho meu, não rejeites a disciplina do Senhor. O autor agora salta para outro provérbio desconexo. Ele vê o valor do castigo e da disciplina. Existe mais uma bênção da sabedoria. Talvez tenha havido pecado. Então é necessária alguma espécie de medida corretiva. Platão dizia que a pior coisa que pode acontecer a um homem é praticar um erro e não pagar por ele. O pensador raciocinou que a alma de um homem se corrompe quando ele age perversamente e não paga por isso. Ou, talvez, o homem bom precise de alguma espécie de disciplina para aumentara intensidade de sua inquirição espiritual. Talvez ele não esteja pondo em primeiro lugar as coisas primárias. Algum teste podería rearranjar suas perspectivas. A figura pessoal por trás dessa declaração é Deus como Pai, a única ocorrência dessa figura simbólica no livro. Um filho bom acaba cansando de tanto receber correções, mas será aprimorado por elas. Naturalmente, existem pais, especialmente mães, que impõem muitas regras e desgastam os filhos com tantas ordens. Isso não deve ser equiparado a uma boa disciplina.
Jó era um homem inocente, mas sofreu fisicamente. Os atormentadores só podiam ver nas suas experiências uma operação da lei c'a colheita conforme a semeadura. E assim continuavam falando sobre isso ad nauseum. Seu sofrimento era uma disciplina, não uma punição, e, naturalmente, existem enigmas no sofrimento. Mas nem tudo se resume em punição ou em disciplina. Ver no Dicionário o artigo chamado Problema do Mal: por que os homens sofrem e por que sofrem da maneira como sofrem? Este mundo também é controlado pelo caos. Há sofrimentos sem nenhuma razão, sem nenhum propósito, e precisamos orar a respeito todos os dias. O autor sacro, neste ponto, naturalmente não levou isso em conta. Ele estava considerando somente a dor ligada a algum propósito. É um notável dom que um professor pode dar a seus alunos, ou que um pai pode dar a seus filhos, quando esse professor ou esse pai pode ser forte o bastante para sofrer dor e não revoltar-se contra Deus. Foi por isso que o mestre convidou seu filho na fé a não desprezar a disciplina do Senhor. Conforme 5:17. Um homem não deve rejeitar nem menosprezar as medidas discíplinadoras de Deus em sua vida.

Pv 3:12

Porque o Senhor repreende a quem ama. Aprendemos aqui que a disciplina é o golpe do amor do Pai celestial. E também que esses golpes ocorrem porque o Pai se deleita em Seu filho. Isso significa que essas situações ocorrem para curar e aprimorar, e não para destruir. O julgamento divino é um dedo da amorosa mão de Deus, sem importar se a pessoa julgada é crente ou incrédula. O juízo divino, pois, é uma disciplina amorosa cuja finalidade é curar e aprimorar o indivíduo. O julgamento divino é restaurador, e não meramente retributivo. Orígenes advertiu-nos a não escorregar para a teologia inferior que ensina que o julgamento divino é somente retributivo. Os vss. Pv 3:11 e 12 foram escritos para mostrar-nos que as pessoas boas são submetidas a teste, mas esses testes têm um bom propósito, pois neles se manifesta a graça divina.

Os que com lágrimas semeiam, com júbilo ceifarão.

(Sl 126:5)

Este versículo foi citado em He 12:5,He 12:6, e, assim sendo, o Novo Testamento usou-o como algo que pode ser dito quanto ao porquê dos sofrimentos. Existem outras respostas, e a melhor delas é a existência e a sobrevivência da alma. Contudo, mesmo essa doutrina não nos explica por que os homens bons sofrem nesta vida, nem por que sofrem como sofrem, em muitos casos.


Champlin - Comentários de Provérbios Capítulo 3 versículo 5
Confia no SENHOR: Sl 37:5.Pv 3:5 Pv 28:26; Rm 12:16.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Provérbios Capítulo 3 do versículo 1 até o 35
*

3.1-12 Estes versículos provavelmente formam uma única unidade de instrução, com o típico tratamento de "filho meu", repetido no v. 11. A unidade contém os imperativos comuns (vs. 1, 3, 5-7, 9, 11), e as orações motivadoras (vs. 2, 4, 8, 10). O versículo doze explica o propósito da disciplina do Senhor, encorajando os sábios a seguirem o preceito do v. 11.

* 3:1

meus ensinos. A palavra hebraica para "lei" (torah), tem o sentido básico de "instrução", e, na tradição judaica, designa o Pentateuco. A instrução da sabedoria, apesar de não ser confundida com os preceitos da lei mosaica, é, por igual modo, autoritativa.

meus mandamentos. Esse vocábulo também se acha na lei. Conforme é típico nas frases paralelas da poesia hebraica, a segunda metade do versículo repete a idéia da primeira metade, clareando-a ou expandindo-a. Essencialmente, este versículo significa memorizar os mandamentos, para então pô-los em prática.

* 3:2

eles aumentarão os teus dias. A expectação normal é que a sabedoria conduzirá a uma longa e próspera vida, que é a bênção de Deus (Êx 20:12).

paz. No hebraico, shalom. Este termo denota bem-estar geral, a harmonia de relações, a integridade e a saúde (v. 8). No Antigo Testamento, as bênçãos de Deus são vistas primariamente em termos desta vida presente. Não era fácil reconciliar essa perspectiva com o sofrimentos dos justos ou a prosperidade dos ímpios. A revelação que estava por vir com Cristo, e, especialmente, a sua ressurreição da morte, ainda estava longe, no futuro.

* 3:3

a benignidade e a fidelidade. Essa frase, no hebraico, indica claramente que a sabedoria está avançando dentro da estrutura do pacto. A instrução (v. 1) é um ensino prático para a vida, baseado no caráter de Deus, revelado em sua Palavra.

ata-as... pescoço. Esta metáfora indica que a sabedoria embelezará a vida do indivíduo.

escreve-as... teu coração. O sentido é o mesmo que se vê no v. 1. Faz essas virtudes parte de ti mesmo, entesourando-as na memória e então conformando a elas a tua vontade.

* 3:5

Confia no SENHOR. Depende inteiramente da Palavra de Deus e de suas promessas, reveladas através do sábio (2.6; 16.20). Ver a nota em 1.7.

não te estribes no teu... entendimento. O contraste é entre a percepção da realidade que se submete à Palavra revelada de Deus como a autoridade para toda a verdade, e uma percepção que supõe que as conjecturas humanas se revestem dessa autoridade.

* 3:6

Reconhece-o. Essa é a expressão prática da mente que se submete a Deus e o reconhece.

ele endireitará as tuas veredas. O Senhor te guiará ao alvo final da vida. Deus dá sabedoria, e, com ela, a tarefa de se tomar sábias decisões; estes são os dois aspectos da orientação dada pelo ensino da sabedoria. Não há qualquer indício de orientação que ultrapasse o dever de tomar decisões. Mas as decisões humanas não prevalecem diante da proteção da providência divina (Gn 50:20,21; Sl 103:14).

* 3:7

sábio aos teus próprios olhos. Essa frase denuncia a idéia de que a mente humana, com seu intelecto e razão, é independentemente capaz de atingir uma verdadeira compreensão da realidade, sem precisar da revelação de Deus.

* 3:8

A verdadeira sabedoria afirma a vida das maneiras mais práticas.

* 3:9-10 Honrar a Deus com o uso correto das coisas materiais exprime gratidão pelo seu favor e reconhece que ele controla a ordem natural e os seus processos.

* 3:9

com as primícias. A primeira porção da colheita anual era dada aos sacerdotes (Lv 23:10; Nm 18:12,13).

* 3:11

a disciplina. Embora a instrução de Deus requeira o castigo, essa correção não tem o propósito de prejudicar ou deixar os filhos de Deus irados. Mas visto que o castigo envolve sofrimento, há a necessidade de um encorajamento específico para não rebelar-se contra o castigo.

* 3:12

Hb 12:3-11 explica que a correção de Deus é melhor que a de um pai terreno; como comparação, ver Lc 11:11-13. O castigo não é um conteúdo principal do ensino paternal de Deus; a instrução de Provérbios é designada para as pessoas que querem ouvi-la (2.3-5; 4:5-9; 8.11,17).

* 3.13-20

Esta seção é composta mais como um hino de louvor à sabedoria do que como uma parte de instrução (conforme Sl 1). Mas ver 8:32-36 quanto a uma conclusão prática.

* 3:13

Feliz. Esse vocábulo não significa meramente um sentimento subjetivo. Encontra-se quase exclusivamente nos Salmos e na literatura de sabedoria, descrevendo a vida que desfruta da graça e do favor de Deus.

* 3:14-15 Jó 28 descreve a sabedoria como um tesouro. Salmos 19:10 refere-se especificamente à lei revelada.

*

3:16-17

Ver o v. 2 e notas.

* 3:18

árvore de vida. Provavelmente não temos aqui uma alusão específica à árvore da vida, em Gn 2:9, embora o autor sem dúvida conhecesse sobre ela. A árvore florescente era uma figura comum na literatura da época para indicar bênçãos contínuas. A metáfora é usada novamente em 11.30; 13 12:15-4. Mais importante é o tema da "vida", em Provérbios. "Vida", na Bíblia, está essencialmente ligada ao nosso relacionamento com Deus. A interrupção do relacionamento apropriado com Deus, a fonte da vida, conduz à morte (Gn 2:17). A sabedoria está ligada aos devidos relacionamentos com Deus, com outras pessoas e com a natureza.

* 3:19-20

Sabedoria, compreensão e conhecimento pertencem a Deus e encontram expressão no ato da criação (8.22-31). O escritor apontou para os propósitos e os desígnios da criação. A ordem da criação não foi totalmente destruída pelo pecado, e a teologia da criação é um aspecto importante da literatura de sabedoria.

* 3.21-26

Essa coletânea de declarações está centralizada sobre o tema da orientação acerca do caminho da vida.

* 3:21

Ver a nota em 1.4.

* 3:22

Ver as notas nos vs. 2 e 3.

* 3:23

Uma vez mais, a orientação é vista em termos de tomar decisões sábias.

* 3:24 Parte da sabedoria é evitar as situações que nos ameaçam a vida, e não recusando-se a enfrentar os perigos quando os mesmos se fazem necessários, mas buscando relacionamentos corretos e uma existência disciplinada.

* 3.27-35 Esta seção começa com uma série de mandamentos sobre certos abusos nos relacionamentos humanos (vs. 27-31). Esses são seguidos por frases que explicam o interesse direto do Senhor na moralidade desses preceitos (vs. 32-35).

* 3:32 As pessoas desonestas estão alienadas de Deus, mas aquelas que são retas desfrutam de intimidade com o Senhor.

*

3:33 Aqui o típico contraste proverbial entre os justos e os iníquos (conforme 10.2,3,6,7,11,16) está relacionado com as bênçãos e as maldições de Deus. Isso é um paralelo com a teologia do pacto do livro de Deuteronômio, onde a fidelidade é recompensada com as bênçãos de Deus (Dt 11:26-29; 28.1-19).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Provérbios Capítulo 3 do versículo 1 até o 35
3:3 A misericórdia e a verdade são duas qualidades importantes do caráter. Ambas envolvem ações assim como também atitudes. Uma pessoa misericordiosa não só sente amor, além disso atua com lealdade e responsabilidade. Uma pessoa veraz não só crie a verdade, também trabalha para obter justiça para outros. Palavras e pensamentos não são suficientes, nossas vidas revelam se na verdade somos misericordiosos e verazes. Estão suas ações à altura de suas atitudes?

3.5, 6 Apóie dá a idéia de pôr todo seu peso sobre algo, descansando e confiando nessa pessoa ou coisa sobre a qual alguém se apóia. Quando temos alguma decisão importante que tomar, às vezes nos sentimos que não podemos confiar em ninguém, nem sequer em Deus. Entretanto, Sabe o que é melhor para nós. Inclusive julga melhor que nós para saber o que queremos! Devemos confiar no completamente em todas as decisões que tomemos. Isto não significa que devamos deixar de pensar com cuidado nem menosprezar a capacidade de raciocínio que Deus nos deu. Significa, entretanto, que não nos criamos sábios ante nossos olhos. Sempre devemos estar dispostos a escutar e a que a Palavra de Deus e conselheiros sábios nos emendem. Leve em oração suas decisões a Deus. Utilize a Bíblia como guia e logo siga a direção de Deus. O fará seus caminhos direitos ao encaminhá-lo e protegê-lo.

3:6 Para receber a direção de Deus, diz Salomão, devemos colocá-lo ao no primeiro lugar de nossa vida. Isto significa lhe entregar cada esfera da vida. ao redor de mil anos depois, Jesus enfatizou esta mesma verdade (Mt 6:33). Analise seus valores e prioridades. O que é importante para você? Em que esferas reconhece a Deus? Qual é o conselho do? Possivelmente você já reconheceu a Deus em vários aspectos de sua vida, mas as que tenta restringir ou passar por cima sua influência são as que lhe causarão dor. Mantenha a Deus no primeiro lugar em tudo o que faça. Então O lhe guiará devido a que você trabalha para levar a cabo seus propósitos.

3:9, 10 Primicias se refere à prática de dar para o uso de Deus a primeira e melhor porção da colheita (Dt 26:9-11). Muitas pessoas dão a Deus as sobras. Se podem doar algo, fazem-no. Muitos possivelmente sejam sinceros e contribuam com agrado, mas sua atitude, entretanto, indica o contrário. É melhor dar a Deus a primeira parte de nossas entradas. Isto demonstra que Deus, não as posses, têm o primeiro lugar em nossa vida e que nossos recursos pertencem ao (solo somos administradores dos recursos de Deus). Dar primeiro a Deus ajuda a conquistar a ambição, administrar devidamente os recursos de Deus e nos abre a porta para receber suas bênções especiais.

3.11, 12 Para muitas pessoas, castigo tem uma conotação negativa devido a alguns dos que os aplicam não são moderados. Deus, entretanto, é a fonte do amor. Não nos castiga porque desfrute nos fazer sofrer, mas sim porque está muito preocupado por nossa maturidade. Sabe que para conseguir ser moralmente fortes e bons, devemos aprender a diferença entre o bem e o mal. Sua amorosa disciplina nos permite fazê-lo.

3.11, 12 É difícil saber quando Deus nos esteve disciplinando, até que mais tarde voltamos a olhar a situação passada. É obvio, não todas as coisas más que nos acontecem provêm de Deus diretamente. Mas se nos rebelamos contra Deus e nos negamos a nos arrepender quando O identifica algum pecado em nossa vida, é possível que Deus use a culpabilidade, as crises e as más experiências para nos levar de novo ao. Às vezes, entretanto, os tempos difíceis surgem quando não há algum pecado flagrante em nossa vida. Então nossa resposta deve ser paciência, integridade e confiança de que Deus nos mostrará o que fazer.

3:16, 17 Provérbios tem muitas declarações de grande peso sobre os benefícios da sabedoria que incluem uma larga vida, riqueza, honra e paz. Se isto não acontecer a você, significa que tem pouca sabedoria? Não necessariamente. Em lugar de garantias, estas declarações são princípios gerais. Em um mundo perfeito, a conduta sábia sempre levará a estes benefícios. Inclusive em nosso mundo problemático, viver com sabedoria quase sempre traz como resultado bênções óbvias, mas não sempre. Em ocasiões o pecado intervém e as bênções devem adiar-se até que Jesus volte para estabelecer seu Reino eterno. Daí que "por fé andamos, não por vista" (2Co 5:7). Podemos estar seguros de que a sabedoria, ao final, levará-nos aonde há bênções.

3.27, 28 Adiar fazer o bom é uma falta de consideração e injustiça, já seja que se trate do pagamento de um empréstimo, a devolução de uma ferramenta ou o cumprimento de uma promessa. Reter o que não nos corresponde destrói a confiança e cria grandes problemas. Seja tão entusiasta em fazer o bem como o é para receber o que fazem a você.

SABIDURIA : VERDADE APLICADA

O livro de Provérbios nos fala de pessoas que tinham sabedoria e desfrutaram de seus benefícios.

Provérbios 3; 4: É leal Benefícios: Vida larga, próspera

Instrução de um pai: É bondosa Benefícios: Apoio de Deus e da gente

Confia no Senhor Benefícios: Reputação de bom julgamento

Coloca a Deus em primeiro lugar Benefícios: Exito

Dá as costas ao mau Benefícios: Saúde, vitalidade

Distingue o bem do mau Benefícios: Riquezas, honra, prazer, paz

Escuta e aprende Benefícios: Amparo

Faz o bom

Provérbios 8; 9: Possui conhecimento e discrição Benefícios: Riquezas, honra

Aborrece a soberba, a arrogância e a má conduta Benefícios: Justiça Retidão

Respeita e teme a Deus Benefícios: Vida

Dá bons conselhos e tem sentido comum Benefícios: Favor de Deus Aprendizagem constante

Ama a disciplina e é fácil de ensinar Benefícios: Entendimento

Conhece deus


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Provérbios Capítulo 3 do versículo 1 até o 35
H. A SABEDORIA de confiar em Deus (3: 1-12)

1 Meu filho, não esqueça a minha lei;

Mas deixe o teu coração guarde os meus mandamentos;

2 Para o comprimento de dias, e anos de vida,

E a paz, eles vão adicionar a ti.

3 Deixe não bondade e verdade te desampararei:

Ligá-los para o teu pescoço;

Escreva-os na tábua do teu coração;

4 assim acharás favor e bom entendimento

Aos olhos de Deus e do homem.

5 Confia no Senhor de todo o teu coração,

E não se apóie sobre o teu próprio entendimento:

6 em todos os teus caminhos, reconhece ele,

E ele endireitará as tuas veredas.

7 Não sejas sábio aos teus próprios olhos;

Temer ao Senhor e aparta-te do mal:

8 Isso será saúde para a tua carne,

E medula para os teus ossos.

9 Honra ao Senhor com os teus bens,

E com as primícias de toda a tua renda;

10 Então os teus celeiros se encherão de fartura,

E os teus lagares transbordarão de vinho novo.

11 Meu filho, não desprezes a correção do Senhor;

Nem estar cansado de sua repreensão;

12 Para quem o Senhor corrige o que ama repreende,

Mesmo como o pai ao filho a quem quer bem.

Esta seção é composta por cinco grupos de versos, cada um dos quais contém exortações e promessas de recompensas especiais religiosas específicas para a obediência deste conselho (3: 1-2 , Pv 3:3-4 , Pv 3:5-6 , Pv 3:7-8 , Pv 3:9-10) . Os versículos 11:12 parecem ser adicionada, como um lembrete pessoal (Meu filho) ou precaução que, mesmo quando todas as bênçãos externas prometidas acima não se tornam realidade como esperado, a maior bênção de todos é realmente o amor nunca falha de Deus. Na verdade, o homem sábio afirma que a própria ausência dessas bênçãos externas podem ser a prova da fidelidade de Deus para o Seu amor por nós. Em Sua maior sabedoria, Deus pode, por vezes, reter algumas das bênçãos externos e, portanto, temporários, a fim de nos levar a uma maior dependência e uma relação mais íntima com Ele.

A primeira exortação (vv. Pv 3:1-2) parece ser uma advertência introdutório para manter tudo incluído na lei e os mandamentos de Deus, com a promessa geral de uma vida longa e completa, incluindo "prosperidade abundante" (Tradução americano). Usado em paralelismo poético com mandamentos , a palavra lei (em hebraico, torah) também implica a idéia de que essas regras e regulamentos que são necessários e esperados do homem. No entanto, o significado básico da Torá é "direção, instrução, ensino, orientação," a partir da qual é natural para desenvolver a idéia da lei como essas regras e princípios que permitem a uma pessoa para levar a cabo os princípios que ele foi ensinado. No entanto, a lei era para ser apenas um meio para um fim, uma vez que forneceu as orientações necessárias para viver a vida santa. As regras não estavam a ser mantido para seu próprio bem, mas sim o meio para a compreensão da vontade de Deus e como os bancos, entre os quais o rio da nossa vida pode propositadamente fluir em direção a Deus. A tragédia é que o fariseu, seja antigo ou moderno, nunca foi além da manutenção da regra para a realização do objectivo na regra.

A frase duração dos dias e anos de vida não é tanto a repetição de significado, pois é duas frases que se complementam. Isso é mostrado na tradução de Knox: "longos anos que te farão de vida bem vivida." Esta promessa parece especialmente adequado ao nosso tempo, quando 70 anos, mais é a nossa expectativa de vida, mas, quando tantas vezes esses anos são tão vazia de significado e propósito . A ciência pode estender nossos dias, mas não pode ajudar-nos realmente a viver. Estamos "muito vivo" só quando cumprimos os propósitos de Deus para as nossas vidas, como nós somos obedientes a Ele. Só então é que nós experimentamos por nós mesmos o desejo de que a menina rabiscou no final de uma carta a um amigo: "Eu espero que você viver toda a sua vida"

A segunda admoestação (vv. Pv 3:3 e
4) é muito reminiscente da língua de Dt 6:8 e Ex 13:9 ). A auto-estima ou orgulho é sempre que assedia o pecado do homem, embora expressa de mil maneiras.

Na superfície, a quinta admoestação (. Vv 9 e
10) parece ser uma abordagem de causa e efeito simples de nosso relacionamento com Deus: se dermos de nossos bens a Deus, Ele nos dará muito mais em troca. Parte dessa idéia está incluído, com certeza; mas quando tomamos a ênfase dos versículos anteriores, vemos que há muito mais envolvido. O fato é que somente aqueles que "confiar em Deus" (v. Pv 3:5) e que "temer a Deus" (v. Pv 3:7) será provavelmente a "honrar o Senhor" (RSV) com o melhor de suas posses materiais. Os habituais primeiros frutos tem um significado mais vivas para nós se traduzi-lo com Toy como "o melhor" para o hebraico re'shiyth vem da raiz da palavra "cabeça" e, portanto, "o começo, o primeiro, a parte superior, o melhor . "Ele é usado com significado semelhante em Jl 6:1 ; e Jl 6:6 e 12 ), o homem sábio mostra que ele é realista sobre a vida, que nem todos serão sol não importa quão fiel ele vive para Deus. "A confiança infantil de 1-10 é a coexistir com a sabedoria e maturidade agora detidos até antes de nós. "Ele adverte contra o ressentimento natural e antagonismo que a dificuldade desperta naqueles que esquecer que" daqueles que amam a Deus todas as coisas contribuem juntamente para o bom "( Rm 8:28 ). A pessoa sábia ou maduro não vai permitir que a adversidade para amargurar-lo, mas sim vai ver em sua adversidade um lembrete da constância do amor de Deus e do fato de que ele realmente não merece qualquer uma das muitas bênçãos que lhe das mãos de Deus . A verdade que a adversidade pode ser uma experiência de aprendizagem real ao invés de um que azeda o espírito é visto no significado da palavra original traduzida a correção aqui. (Veja os comentários sobre Pv 1:3)

13 Feliz é o homem que acha sabedoria,

E o homem que adquire entendimento.

14 Para a obtenção do que é melhor do que a conquista da prata,

E o do mesmo lucro que o ouro fino.

15 Ela é mais preciosa do que rubis:

E nenhum dos que possas desejar é comparável a ela.

16 Aumento de dias há na sua mão direita;

Na mão esquerda, riquezas e honra.

17 Os seus caminhos são caminhos de delícias,

E todas as suas veredas são paz.

18 É árvore da vida para os que se apegam a ela:

E-aventurado é todo aquele que a retém.

19 Jeová pela sabedoria fundou a terra;

Pelo entendimento estabeleceu o céu.

20 Pelo seu conhecimento as profundezas foram divididos,

E as nuvens destilam o orvalho.

Esta passagem pode ser tomado como uma canção espontânea ou um poema de louvor, que praticamente irrompeu a partir do coração do homem sábio como ele pensava da sabedoria de confiar em Deus (vv. Pv 3:1-12 ). Isto parece especialmente verdade dos versos Pv 3:13-18 , que enfatizam a bem-aventurança que a posse da jóia de valor inestimável, sabedoria , traz. É de notar que no original hebraico a primeira palavra do versículo 13 e a última palavra do verso Pv 3:18 são formas de a raiz da palavra traduzida feliz (da raiz hebraica é o verbo 'ashar , "para ir em linha reta, vá em frente," assim, "para alcançar o sucesso, felicidade, bem-aventurança"). A RSV reproduz esse uso da palavra feliz no início e no final também: "Feliz é o homem que acha sabedoria, ... aqueles que detêm o jejum são chamados feliz" (vv. Pv 3:13-A e 18-B ). Talvez o homem sábio estava dando expressão inconsciente de sua convicção e experiência que, desde o início até o fim, desde o primeiro ao último, a posse e exercício do direito de sabedoria trazer felicidade ou apenas um estado de satisfação e bem-estar. Na verdade, não é o nosso veredicto comum que circunstâncias afortunadas e experiências são a consequência de decisões e ações sábias? Não é de admirar que o homem sábio explode em alegria, porque ele encontrou a sabedoria!

Não há como escapar o sentimento subjacente do homem sábio nesta passagem que nada que um homem pode possuir pode comparar em valor, com sabedoria. "Feliz o homem cujo tesouro é sabedoria" (Pv 3:13 ). Para os antigos, a mão direita estava a mão forte, a mão da bênção divina; sentado à direita de alguém foi um sinal de favor especial (ver Sl 110:1 , que por sua vez refletem o uso tradicional da árvore no antigo Oriente Próximo pensamento e da arte como um símbolo de saúde e vida longa, e como "um simile comum para as coisas de . que o poder da vida flui "A" árvore da vida "ocorre com freqüência na literatura apocalíptica mais tarde, como um símbolo da vida nova e sem fim que vai caracterizar o" tempo do fim "(ver Ez 47:12. ; Ap 2:7)

21 Meu filho, não se apartem estas coisas dos teus olhos;

Mantenha a sabedoria eo bom siso;

22 assim serão elas vida para a tua alma,

E a graça para o teu pescoço.

23 Então andarás no teu caminho com segurança,

E o teu pé não tropeçará.

24 Quando te deitares, não temerás;

Sim, tu te deitarás eo teu sono será suave.

25 Não temas o pavor repentino,

Nem a assolação dos ímpios quando vier:

26 Porque o Senhor será a tua confiança,

E vai guardará os teus pés de serem presos.

27 Retenção não é bom a partir deles para quem é devido,

Quando se está no poder da tua mão para fazê-lo.

28 Não digas ao teu próximo: Vai, e volta,

E amanhã darei;

Quando tu tens que por ti.

29 não maquinam o mal contra o teu próximo,

Que habita em ti.

30 não Esforce-se com um homem, sem motivo,

Se ele te fez nenhum mal.

31 Envy tu não o homem de violência,

Nem escolhas nenhum de seus caminhos.

32 Porque o perverso é abominação ao SENHOR;

Mas sua amizade é com o pé.

33 A maldição do Senhor habita na casa do ímpio;

Mas ele abençoa a habitação dos justos.

34 Certamente Escarnecem dos escarnecedores;

Antes, ele dá graça aos humildes.

35 Os sábios herdarão honra;

Mas a vergonha deve ser a promoção dos tolos.

Os versículos 21:26 são uma discussão geral sobre os vários aspectos da segurança que resulta de uma atenção constante para a sabedoria e as suas virtudes relacionadas. O versículo 21 apresenta um problema na frase não se apartem estas em que eles não tem antecedente óbvio na linha anterior. A maioria das versões modernas resolver o problema, invertendo a ordem das stichs ou linhas deste verso. Assim, a RSV tem: "Meu filho, guarda a verdadeira sabedoria eo bom siso; não deixá-los escapar de sua vista. "No entanto, é bem possível que eles podem se referir a sabedoria e entendimento , no versículo 19 , tornando assim um rearranjo do texto desnecessário. A segunda linha do versículo 21 , guarda a verdadeira sabedoria e discrição , poderia, então, ser tomado como uma re-ênfase do objeto implícita a partir do versículo 19 . De qualquer maneira, o significado é essencialmente o mesmo. O principal ponto de o homem sábio está tentando fazer é que podemos manter os nossos olhos para o que ele está falando. Knox colocar desta forma: "Meu filho, nunca perder de vista o que estou te dizendo."

Atenção constante à sabedoria trará vida para a tua alma (v. Pv 3:22 ). O hebraico nephesh pode ser traduzida de várias maneiras:. alma, personalidade, respiração, ser vivo, vida, auto, pessoa, o desejo, o apetite, emoção ou paixão Nephesh geralmente parece indicar a totalidade do ser do homem, a soma de toda a elementos de sua personalidade. " Nephesh é o que resulta quando basar (carne) é animada por ruach (espírito). Esta última vem de fora, só o Senhor a possui em sua plenitude, uma vez que, ocasionalmente, ele é identificado com ele. "Assim, a sabedoria e discrição" serão vida para a tua existência. "Não só a sabedoria trazer vida ao seu ser interior, mas Também traz um tal brilho a uma personalidade que é um "ornamento gracioso em sua garganta" virtual (Scott).

Atenção constante à sabedoria trará a certeza de caminhada (v. Pv 3:23) e do sono profundo (v. Pv 3:24 ). Na verdade, quem não conhece o medo, tropeçando passo e noites sem dormir, porque ele se recusou a ajuda da sabedoria? Uma dessas experiências deveria ser suficiente para nos manter sempre atento à sabedoria! Algumas traduções (RSV, de brinquedo) seguem a LXX (Septuaginta, a tradução grega do Antigo Testamento) em traduzir "sentar-se" para deitares (v. Pv 3:24 ), sensação de que o estilo poético hebraico não repetiria o mesmo verbo em dois paralelo linhas. No entanto, não é o nosso sono ou repouso geralmente a primeira coisa que é perturbada quando estamos em perigo, especialmente quando fazemos escolhas insensatas? Por outro lado, a paz de espírito que traz sabedoria é tão dramática que o homem sábio se sente constrangido de enfatizar que, repetindo a idéia de repouso fácil: "Quando te deitares você não precisa ter medo, quando você toma o seu descanso você vai dormir bem "(Scott).

Relacionamentos adequados ou sábios com os vizinhos são a preocupação dos versos Pv 3:27-30 . No versículo 27 , a partir deles, a quem é devido é um esforço para dar sentido ao difícil hebraico aqui, o que é, literalmente, "dos proprietários do mesmo." A LXX lê, "a partir do necessitados", que leitura é feita por Tradução americano e Scott. Outros (Toy, Moffatt, e McFadyen) ler "seu vizinho", com base em uma pequena alteração no texto hebraico e no fato de que "próximo" ocorre nos seguintes versos. Talvez a versão Confraria expressa melhor o significado pretendido do verso: "se recusam ninguém o bem sobre o qual ele tem uma reivindicação quando ele está em seu poder para fazer isso por ele." Depois significado de "vizinho" (Jesus " Lc 10:25 ), como sendo qualquer um em qualquer lugar que tem uma necessidade que nós podemos ajudar a oferta, e que, portanto, tem uma reivindicação moral da nossa capacidade de fornecer, os significados "proprietário", "necessitados", e "vizinho" estão todos de alguma forma incluídos . Por outro lado, alguns acham que este versículo "ordena o pagamento imediato das dívidas." No entanto, se tomarmos a idéia de "devedor" no sentido de Paulo (Rm 1:14 ), ainda estamos perto do significado discutida pela primeira vez .

Relações de vizinhança são sempre o resultado de atitudes e ações para com os outros sábios ou de senso Ct 1:1 , Scott) por um precisava de ajuda ou de uma dívida dele quando você é bem capaz de ajudá-lo agora pode resultar apenas na suspeita e relações tensas. Para trair a confiança de outra (v. Pv 3:29) ou "para pegar uma briga" (v. Pv 3:30 , Knox), sem uma razão (se é que já pode ser uma razão para tal!), dificilmente irá "acrescentar charme" (v. Pv 3:22 , Moffatt) para a reputação ou o caráter de qualquer homem. Certamente, a Regra de Ouro (Mt 7:12) são as boas relações de vizinhança princípio subjacente mínimos!

A última seção do capítulo (vv. Pv 3:31-35) contrasta a maneira de o homem de violência, o perverso, a casa do ímpio , e os escarnecedores com o caminho do Senhor, que é a forma de a pé, o justos e humildes. Aqueles que se recusam a caminho do Senhor receber a maldição de Jeová , mas aqueles que andam em Sua revel maneira em Sua amizade (hebraico sodh , "conselho, círculo íntimo de amigos, a intimidade, o advogado, conversa familiar") , a Sua bênção e Sua graça. Na escolha contra o Senhor, como verdadeiro que "tolos vai aumentar, mas a [sua] vergonha" (Scott). Mas, o sábios herdarão honra (v. Pv 3:35 ).


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Provérbios Capítulo 3 do versículo 1 até o 35
A sabedoria guia nossos caminhos (Pv 3:0). Antes de o Senhor guiar nossos passos, precisamos cumprir certas exigências.

  • Escutar a Palavra (vv. 1-4)
  • Encontramos a vontade de Deus na Palavra dele (Cl 1:9-51). O coração também deve lembrar e meditar a respeito da Palavra, não apenas a mente. Temos de pedir que o Espí-rito escreva a Bíblia em nosso cora-ção (2Co 3:1-47). Temos de receber a Palavra em todas as oportunida-des que tivermos — em aulas, nos cultos da igreja, por meio da leitu-ra. Quanto mais conhecer a Bíblia, mais você conhecerá a vontade de Deus para sua vida.

  • Obedecer à Palavra (vv. 5-10)
  • Nós obedeceremos ao Senhor se acreditarmos realmente nele. Po-demos achar que nossa sabedoria é suficiente, mas ela não é; precisa-mos da sabedoria de Deus. O ver-sículo 5 não afirma que os cristãos não devem pensar e considerar os fatos quando tomam decisões, pois o Senhor espera que usemos nosso cérebro. Antes, o versículo afirma que não devemos confiar em nossas idéias ou sabedoria; devemos pedir que o Senhor nos guie (Jc 1:5). O primeiro passo em direção ao co-nhecimento da vontade de Deus é a disposição de obedecer (Jo 7:17). Observe que o doar contínuo faz parte da obediência.

  • Submeter-se à Palavra (vv. 11-12)
  • Às vezes, Deus tem de disciplinar- nos a fim de trazer-nos para sua von-tade perfeita; vejaHe 12:5-58. Deus transformará isso em bênção se nos submetermos.

  • Entesourar a Palavra (vv. 13-26)
  • Mt 6:33 resume isso com per-feição. Ponha Cristo em primeiro lu-gar. Nos versículos 21:26, Salomão enumera as bênçãos que o crente que permite que a Palavra dirija seu caminho recebe. Observe como a Palavra pode controlar todas as par-tes do corpo (Rm 12:1-45).


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Provérbios Capítulo 3 do versículo 1 até o 35
    3.2 Conforme a promessa do quarto mandamento (Êx 20:12) que faz parte dos ensinamentos do Senhor.

    3.3 Ata-os ao teu pescoço, como fizeram com o sinete.

    3.4 Diante de Deus e dos homens. Crescer em graça diante de Deus e dos homens, como Jesus deu o exemplo (Lc 2:52; conforme também Rm 12:17 e 2Co 8:21).

    3.5 Normalmente o ser humano procura inventar suas próprias soluções para todas as situações da vida, sem consultar a vontade de Deus. Se entra em contato com Deus, pela leitura da Sua palavra, pela oração e pela meditação, verá que Deus está prestes a guiar e a acudir, v. 6.
    3.7 Sábio aos teus próprios olhos. Os que acham poder dispensar a sabedoria divina são merecedores do "Ai" do profeta (Is 5:21) Rm 12:16 cita esta palavra.

    3.8 Saúde. Hoje, até os médicos que têm convicções religiosas não deixam de reconhecer o valor que uma fé religiosa tem para conservar a inteira personalidade em bom estado de saúde. Quem busca em primeiro lugar o reino de Deus, recebe o que pedir e mais coisas lhe serão acrescentadas, as quais não estava deliberadamente procurando (conforme vv. 9,1 0 com Mt 6:33).

    3.9,10 Quem louvar a Deus com "as primícias da sua renda", pela bênção da sabedoria recebida dele receberá abundante recompensa (Ml 3:10).

    3.11,12 Citado em He 12:5, He 12:6 em conexão com a admoestação à perseverança na provação da parte do Senhor (disciplina, v. 11) e luta contra o pecado. Conforme também 5:17 e, especialmente, Ap 3:19,Ap 3:20. Deus disciplina seus filhos, a fim de purificar suas mentes. (He 12:10), para a sua fé produzir mais fruto (Jo 15:2) e prepará-los para participarem dos sofrimentos de Cristo (1Pe 4:13).

    3.13 Sabedoria. Conforme 28:28: "Eis que o temor do Senhor é a sabedoria, e o apartar-se do mal é o entendimento". E esta sabedoria é tida como loucura aos olhos do mundo (1Co 1:18-46; Ef 4:26).

    3.27 Deixar de fazer o bem é o pecado de omissão (Jc 4:17).

    3.32 Intimidade. A culminância desta intimidade se vê em Jo 15:12-43.

    3.35 Loucos. Em contraste com os sábios que herdarão a honra e a glória celestiais, os loucos são os que menosprezam a Deus e Sua Palavra (conforme 14.19, Jr 4:22; Rm 1:22; Sl 14:1), e herdarão a ignomínia eterna.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Provérbios Capítulo 3 do versículo 1 até o 35

    4) As expressões da sabedoria (3:1-35)
    As recompensas da sabedoria e do temor do Senhor têm grande importância nessa descrição de como o ensino sábio do pai se expressa na prática. As bênçãos são diversas e incidentais — este é o famoso paradoxo hedonista segundo o qual o prazer e o bem-estar não vêm ao serem buscados mas ocorrem incidentalmente na busca de algum outro valor, prolongarão a sua vida [...] prosperidade (v. 2), saúde [...] vigor (v. 8), felicidade (v. 13), segurança (v. 24) como também coisas mais palpáveis como celeiros [...] plenamente cheios (v. 10) e favor de Deus e dos homens, e boa reputação (v. 4; conforme Lc 2:52; At 2:47; Gn 39:1-4). A expressão e realização prática da sabedoria requerem lealdade e determinação (v. 3), confiança (v. 5) e humildade (v. 7).

    3.5. Confie no Senhor: o segredo do sábio está em confiar no Senhor. Essa confiança deve ser total e sincera (de todo o coração) e ser manifesta em todos os seus caminhos — uma exortação contra a piedade de meio-expediente que confia no próprio entendimento quando os caminhos são aparentemente conhecidos. Reconhecer o Senhor (v. 6; o verbo comum para “conhecer”, como em 1.2) não é mera concordância, mas a percepção pessoal da existência e presença de Deus que conduz à obediência e ao louvor (Sl 100:3Jr 31:34). ele endireitará as suas veredas é, mais uma vez, “recompensa” somente para aqueles que querem o que é direito (“endireitar” ocorre novamente como tal recompensa em 11.5; 15.21 e v. Is 45:13). v. 9. Honre o Senhor: as exigências sacrificiais de Ex 23:19 e Dt 26:9-5 eram exemplos de honra e respeito apropriados (heb. kãbad como Ex 20:12). A maneira em que tratamos as nossas posses pode ser formal ou cerimonial, mas pode ser também uma expressão da nossa alta estima por Deus. E a motivação que conta (Mc 12:4144; 2Co 9:7). v. 11 .a disciplina do Senhor faz parte da vida de quem teme a Deus assim como os celeiros cheios (v. 10) e é uma marca do amor e do carinho nesse relacionamento, como destaca a citação em He 12:5,He 12:6. O elogio da sabedoria (v. 13-20) celebra o fato de que ela é apropriada tanto para o homem como para Deus. Para o homem, ela é árvore que dá vida (v. 18). Em Provérbios, como no AT em geral, isso inclui mais do que longevidade. E uma metáfora da qualidade e da realização na vida (19,23) e um símbolo de crescimento, viço e fertilidade. No Senhor, podemos ver a sabedoria na sua obra da criação (v. 19,20; conforme 8:22-31 e comentário), terra [...] céus [...] fontes profundas não precisam ser forçadas a representar uma cosmologia de três níveis. Para os antigos, como para Paulo (Rm 1:20) e muitos cientistas modernos ou os habitantes celestiais (Ap 4:11), a criação pode até resistir à descrição exata e mesmo assim despertar louvor.

    No cotidiano, a sensatez e o equilíbrio influenciam atitudes e ações tanto na intenção ampliada quanto no ato específico, você seguirá o seu caminho em segurança (23; 4,26) expressa uma metáfora conhecida do AT. A vida temente a Deus é um progresso constante, um estilo de vida característico — o mesmo ocorre com o contrário, o caminho dos maus (2.12; 4.10; conforme Sl 1:1-19) — que não precisa ser transtornado pela calamidade repentina (v. 25), visto que o resultado está nas mãos do Senhor (v. 26). Essa confiança é demonstrada por meio de uma vida reta e ponderada (v. 27,28; conforme Lv 19:13), um relacionamento honesto com o seu próximo (v. 28,29; 24.28; 25,9) e retidão (v. 32) em que não há necessidade para se ter inveja daqueles cujos atalhos de violência, zombaria ou tolice vão dar apenas em desgraça (v. 35).


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Provérbios Capítulo 1 do versículo 1 até o 18

    INTRODUÇÃO

    A Doutrina dos Provérbios. A essência do Livro dos Provérbios é o ensino da moral e dos princípios éticos. A peculiaridade deste livro é que ele ensina principalmente por meio de contrastes. Especialmente dignos de nota são os capítulos 10-15, onde quase todo versículo distingue-se pela palavra "mas".

    Na primeira seção, os capítulos 1-9, também foram empregados contrastes entre o bem e o mal. O bem nesta seção está indicado por diversas palavras sabedoria, instrução, entendimento, justiça, juízo, eqüidade, conhecimento, discernimento, saber, conselhos – mas especialmente sabedoria, que aparece dezessete vezes nesta porção e vinte e duas vezes no restante do livro. A bem conhecida declaração de Pv 1:7, "o temor do Senhor é o princípio do saber", repetida no final da seção (Pv 9:10) pode ser considerada o tema do livro. Esta declaração reaparece ao pé da letra (com as cláusulas invertidas) no alfabético Sl 111:10, e em forma quase idêntica no clímax do capítulo 28 de Jó, o qual descreve em forma altamente poética a busca da sabedoria.

    Peculiar a esta seção de Provérbios é a personificação da sabedoria como se fosse uma mulher. Pela primeira vez aparece em Pv 3:15. Pv 7:4 abre o caminho à personificação: "Dize à sabedoria: Tu és minha irmã". Ela se completa nos capítulos Pv 8:1 e 9, onde a Sabedoria convida os tolos a participarem de sua festa. Só em Provérbios e só nesta primeira parte a sabedoria foi assim personificada.

    É essencial à compreensão desta primeira parte que se reconheça esta personificação. Considerando que "sabedoria" em hebraico é um substantivo feminino, é natural e prontamente personificada em uma mulher. Mais do que isto, o autor aqui contrasta a "sabedoria", uma mulher virtuosa, com a prostituta, a mulher estranha. E tal como a sabedoria representa todas as virtudes, provavelmente a mulher estranha tipifica e inclui todo o pecado.

    O contraste é estudado e artístico. A Sabedoria clama nas ruas (Pv 8:3). Seu convite é: "Quem é simples, volte-se para aqui" (Pv 9:4,Pv 9:18), faz um convite idêntico: "Quem é simples, volte-se para aqui" (Pv 9:16), na jurisprudência (1Rs 31:1, a doutrina é apresentada quase que exclusivamente através de versículos isolados. Através do capítulo 15, o ensino é feito por meio de contraste, indicado por um 'irias" no meio de quase todos os versículos. Subseqüentemente há paralelos de idéias mais freqüentes que os contrastes. Esta seção cobre uma larga escala de assuntos e torna difícil fazer um esboço. O ponto de vista, contudo, é bastante consistente. Salomão faz um contraste entre a sabedoria e a loucura. E, como na Seção l, não é a inteligência versus a estupidez; é a sabedoria moral versus o pecado. Nesta seção a sabedoria não está personificada, mas os mesmos sinônimos da Seção I foram usados aqui em se tratando dela – entendimento, justiça, instrução. O louco também tem o seu paralelo: o zombador, o preguiçoso, o obstinado.

    As seções seguintes (veja Esboço) continua nesta linha. Conforme Toy destaca (Crawford H. Toy, ICC sobre Proverbs, pág. xi), a ética do livro é muito alta. Honestidade, verdade, respeito pela vida e propriedade são os pontos nos quais se insiste. Os homens são aconselhados a exercerem a justiça, o amor, a misericórdia para com os outros. Uma boa vida familiar, com cuidadosa educação das crianças e um alto padrão feminino é o que se reflete.

    Quanto ao aspecto religioso, o Senhor se entende como o autor da moral e da justiça, e o monoteísmo é pressuposto. As referências à Lei e à profecia (Pv 29:18) ao sacerdócio e aos sacrifícios (Pv 15:8; Pv 21:3, Pv 21:27) são poucas, no entanto. O autor fala de si mesmo, inculcando princípios de boa conduta como vindos do Senhor.

    Autoria. O nome de Salomão aparece em três partes do livro - Pv 1:1;

    COMENTÁRIO

    1. O Tributo de Salomão à Sabedoria, o Temor do Senhor.

    2. 1:1 - 9:18.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Provérbios Capítulo 3 do versículo 1 até o 10
    c) A terceira lição (Pv 3:1-20). O ensino é transmitido mediante termos agrícolas. A referência às "primícias", no vers. 9, olha de volta para a lei de Dt 26, onde o adorador toma anualmente dos primeiros frutos da produção de seu campo e relembra, com alegria e gratidão, a redenção dada pelo Deus de Israel e Sua contínua benignidade -o antigo festival da colheita, no Antigo Testamento.

    Dicionário

    Confiar

    Vem do latim con fides, "com fé".

    verbo transitivo indireto e intransitivo Crer, acreditar na verdade das intenções ou das palavras de alguém: confiava nas palavras da mãe; nestes momentos de tristeza só se pode confiar.
    verbo bitransitivo Dizer a alguém algo muito pessoal ou aquilo que se pretende manter em segredo: confiava seus medos à esposa.
    Atribuir a alguém uma obrigação, trabalho, missão etc.; incumbir: confiou-lhe a própria vida.
    verbo bitransitivo e pronominal Entregar alguma coisa aos cuidados de alguém em quem se confia; colocar sob a guarda de: confiamos ao funcionário à chave da empresa; nós confiamos em Deus.
    Etimologia (origem da palavra confiar). Do altim confidare; confidere.

    Coração

    substantivo masculino Órgão torácico, oco e muscular, que funciona como o motor central da circulação do sangue.
    Figurado Parte anterior do peito em que se sente as pulsações cardíacas.
    Objeto com a forma estilizada desse órgão: corrente um coração de prata.
    Figurado Conjunto das faculdades emocionais; sede da afetividade; caráter, índole: tem um bom coração.
    Figurado O que se traz na memória: trago seu nome gravado em meu coração.
    Figurado Demonstração de afeição; amor: conquistaste meu coração.
    Figurado Parte central de alguma coisa; objeto situado no centro: sua casa fica no coração da cidade.
    expressão Coração duro. Coração de pedra; pessoa sem sentimentos.
    Coração de leão. Grande coragem.
    Coração mole. Predisposição para se comover ou se emocionar.
    Coração de ouro. Generosidade, grande bondade.
    Abrir o coração. Fazer confidências.
    Cortar o coração. Causar grande dor ou constrangimento.
    Com o coração nas mãos. Com toda a sinceridade.
    De coração ou de todo o coração. Com o máximo de empenho; com toda a boa vontade; com toda a sinceridade.
    Sem coração. Diz-se da pessoa insensível.
    [Medicina] Coração de atleta. Hipertrofia do coração por excesso de exercício.
    [Medicina] Coração artificial. Aparelho destinado a assegurar a circulação do sangue, quando necessário isolar do circuito sanguíneo do coração natural, para uma intervenção cirúrgica.
    Etimologia (origem da palavra coração). Pelo espanhol corazón.

    Do latim cor, cordis, que significa “coração” ou “órgão que bombeia o sangue para o corpo”.

    os hebreus empregavam esta palavra no sentido de ser a sede de toda a vida mental – inteligência, vontade e emoção (Ez 13:2os 7:11Lc 8:15At 16:14).

    [...] O coração, por exemplo, é o recanto por onde flui o calor suave e generoso das boas impressões que ele guarda acerca da vida e das esperanças por tempos melhores. É o espaço interior propício a que se realize sua capacidade de acolher em plenitude a lei do Amor e suas manifestações.
    Referencia: ABRANCHES, Carlos Augusto• Vozes do Espírito• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O coração é o meu templo

    [...] O coração é o terreno que mais deveremos cultivar, pois é dele que nascem as forças de nossa vida. [...]
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    Espontaneidade do sentimento nos nossos atos, nas idéias e em sua expressão.
    Referencia: DELANNE, Gabriel• O fenômeno espírita: testemunho dos sábios• Traduzido da 5a ed• francesa por Francisco Raymundo Ewerton Quadros• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mediunidades diversas

    [...] o coração é mais do que a bomba que impulsiona o sangue por todo o organismo. Sendo o órgão fisiológico mais resistente que se conhece no ser pensante, porquanto começa a pulsar a partir do vigésimo quinto dia de vida do feto, continua em ação palpitando cem mil vezes diariamente, no que resultam quarenta milhões de vezes por ano, e quando cessa a vida se desorganiza, advindo a morte dos equipamentos orgânicos com a sua conseqüente degenerescência. A pouco e pouco, alguns cientistas dão-se conta de que ele é portador de uma energia vital, que o mantém e o impulsiona ininterruptamente. Essa energia seria permutável, podendo ser intercambiada com outros indivíduos que se beneficiariam ou não, conforme o teor de que se constitua, positiva ou negativa, cálida ou fria, estimuladora ou indiferente. Seguindo essa linha de raciocínio, estão concluindo que esse órgão é portador da faculdade de pensar, tornando afirmativa a tradicional voz do coração a que se referem poetas, escritores, artistas, amantes e... Jesus.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Cérebro e coração

    Nosso coração é um templo que o Senhor edificou, a fim de habitar conosco para sempre.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18


    Coração
    1) Órgão que bombeia o sangue (Ex 28:29).

    2) Em sentido figurado, o coração é a sede do intelecto (Gn 6:5), dos sentimentos (1Sm 1:8) e da vontade (Sl 119:2).

    Coração Nos evangelhos, a palavra tem um conteúdo simbólico, servindo para designar os sentimentos (Jo 16:6.22), o íntimo da personalidade (Mt 15:8; Mc 7:6), a origem do pensamento (Mc 2:6.8; Lc 3:15) e do entendimento (Lc 24:25). Também em sentido figurado, afirma-se que o coração é o lugar das decisões morais (Mt 22:37; Mc 12:30; Lc 10:27) e, por isso, onde se opta pela fé e se acolhe Jesus (Lc 24:32) ou ainda onde acontece a incredulidade (Mc 6:52). Quem decidiu seguir Jesus tem um coração puro (Mt 5:8) e nele reina a paz (Jo 14:1.27).

    Entendimento

    Do latim intendere, que significa “entender”, “reforçar” ou mesmo “estender”.

    O entendimento fraternal [...] é clarão da alma penetrando vida e sentimento em suas mais ignotas profundezas.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 58


    Entendimento A capacidade de compreender as coisas (Pv 16:22; 1Jo 5:20).

    entendimento s. .M 1. Ato de entender. 2. Faculdade de conceber e entender as coisas; intelecto, inteligência. 3. Capacidade de julgar (de entender).

    Estribar

    Estribar Firmar; apoiar (Pv 3:5).

    verbo intransitivo Meter os pés nos estribos: o vaqueiro estribava curto, com as pernas encolhidas.
    verbo transitivo Firmar, segurar, assentar, apoiar: estribar a coluna sobre grossas vigas.
    verbo intransitivo e pronominal Figurado Fundamentar-se, basear-se: estribo(-me) no parecer dos juristas.

    Apoiar-se, escorar-se

    Não

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    Próprio

    adjetivo Que faz referência a pessoa em questão; que pertence a essa pessoa: saiu em sua própria moto; vivia em apartamento próprio.
    Que se usa com um propósito certo; apropriado: utilize o questionário próprio.
    Particular de uma pessoa; inerente: maneira própria de falar.
    Em que há autenticidade; verdadeiro: significado próprio do texto.
    Pessoalmente; mesmo: o próprio presidente assinou o acordo.
    Gramática Diz-se do substantivo que nomeia uma pessoa ou ser, ente determinado; normalmente, escrito com inicial maiúscula: Maria (nome próprio).
    substantivo masculino Encarregado de levar e trazer mercadorias, mensagens; mensageiro.
    [Lógica] Aristotelismo. Determinação quantitativa que não faz parte da essência e/ou definição.
    substantivo masculino plural Próprios. Aquilo, bens, propriedades etc., que pertence ao Estado.
    Etimologia (origem da palavra próprio). Latim proprius.a.um.

    mesmo. – Como adjetivos, estes dois vocábulos são empregados quase sempre indistintamente; e, no entanto, parece que é clara a diferença que se nota entre eles, pelo menos em casos como estes, por exemplo: “Irei eu próprio à sua casa” (quer dizer: irei eu em pessoa); “irei eu mesmo” (isto é – não irá, ou não mandarei outra pessoa).

    Senhor

    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Provérbios 3: 5 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Confia no SENHOR de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento.
    Provérbios 3: 5 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    950 a.C.
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H3605
    kôl
    כֹּל
    cada / todo
    (every)
    Substantivo
    H3820
    lêb
    לֵב
    ser interior, mente, vontade, coração, inteligência
    (of his heart)
    Substantivo
    H408
    ʼal
    אַל
    não
    (not)
    Advérbio
    H413
    ʼêl
    אֵל
    até
    (unto)
    Prepostos
    H8172
    shâʻan
    שָׁעַן
    apoiar-se em, confiar em, apoiar
    (and rest yourselves)
    Verbo
    H982
    bâṭach
    בָּטַח
    confiar
    (trusted)
    Verbo
    H998
    bîynâh
    בִּינָה
    compreensão, discernimento
    (and your understanding)
    Substantivo


    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    כֹּל


    (H3605)
    kôl (kole)

    03605 כל kol ou (Jr 33:8) כול kowl

    procedente de 3634; DITAT - 985a; n m

    1. todo, a totalidade
      1. todo, a totalidade de
      2. qualquer, cada, tudo, todo
      3. totalidade, tudo

    לֵב


    (H3820)
    lêb (labe)

    03820 לב leb

    uma forma de 3824; DITAT - 1071a; n m

    1. ser interior, mente, vontade, coração, inteligência
      1. parte interior, meio
        1. meio (das coisas)
        2. coração (do homem)
        3. alma, coração (do homem)
        4. mente, conhecimento, razão, reflexão, memória
        5. inclinação, resolução, determinação (da vontade)
        6. consciência
        7. coração (referindo-se ao caráter moral)
        8. como lugar dos desejos
        9. como lugar das emoções e paixões
        10. como lugar da coragem

    אַל


    (H408)
    ʼal (al)

    0408 אל ’al

    uma partícula negativa [ligada a 3808]; DITAT - 90; adv neg

    1. não, nem, nem mesmo, nada (como desejo ou preferência)
      1. não!, por favor não! (com um verbo)
      2. não deixe acontecer (com um verbo subentendido)
      3. não (com substantivo)
      4. nada (como substantivo)

    אֵל


    (H413)
    ʼêl (ale)

    0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

    partícula primitiva; DITAT - 91; prep

    1. para, em direção a, para a (de movimento)
    2. para dentro de (já atravessando o limite)
      1. no meio de
    3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
    4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
    5. em adição a, a
    6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
    7. de acordo com (regra ou padrão)
    8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
    9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

    שָׁעַן


    (H8172)
    shâʻan (shaw-an')

    08172 שען sha aǹ

    uma raiz primitiva; DITAT - 2434; v.

    1. apoiar-se em, confiar em, apoiar
      1. (Nifal) reclinar-se, reclinar-se sobre, apoiar-se
        1. referindo-se à confiança em Deus (fig.)

    בָּטַח


    (H982)
    bâṭach (baw-takh')

    0982 בטח batach

    uma raiz primitiva; DITAT - 233; v

    1. confiar
      1. (Qal)
        1. confiar, confiar em
        2. ter confiança, estar confiante
        3. ser ousado
        4. estar seguro
      2. (Hifil)
        1. fazer confiar, tornar seguro
    2. (DITAT) sentir-se seguro, estar despreocupado

    בִּינָה


    (H998)
    bîynâh (bee-naw')

    0998 בינת biynah ou (plural) בינות

    procedente de 995; DITAT - 239b; n f

    1. compreensão, discernimento
      1. ato
      2. faculdade
      3. objeto
      4. personificado