Enciclopédia de Eclesiastes 7:24-24

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ec 7: 24

Versão Versículo
ARA O que está longe e mui profundo, quem o achará?
ARC Longe está o que foi, e profundíssimo; quem o achará?
TB O que está longe e mui profundo, quem o poderá achar?
HSB רָח֖וֹק מַה־ שֶּׁהָיָ֑ה וְעָמֹ֥ק ׀ עָמֹ֖ק מִ֥י יִמְצָאֶֽנּוּ׃
BKJ Aquilo que está distante, e excede em profundidade; quem pode encontrá-lo?
LTT O que já sucedeu está longe e excedentemente profundo; quem o descobrirá?
BJ2 O que passou está longe, e profundo, profundo! Quem o achará?
VULG Cuncta tentavi in sapientia. Dixi : Sapiens efficiar : et ipsa longius recessit a me,

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Eclesiastes 7:24

Deuteronômio 30:11 Porque este mandamento, que hoje te ordeno, te não é encoberto e tampouco está longe de ti.
Jó 11:7 Porventura, alcançarás os caminhos de Deus ou chegarás à perfeição do Todo-Poderoso?
Jó 28:12 Mas onde se achará a sabedoria? E onde está o lugar da inteligência?
Jó 28:28 Mas disse ao homem: Eis que o temor do Senhor é a sabedoria, e apartar-se do mal é a inteligência.
Salmos 36:6 A tua justiça é como as grandes montanhas; os teus juízos são um grande abismo; Senhor, tu conservas os homens e os animais.
Salmos 139:6 Tal ciência é para mim maravilhosíssima; tão alta, que não a posso atingir.
Isaías 55:8 Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o Senhor.
Romanos 11:33 Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos!
I Timóteo 6:16 aquele que tem, ele só, a imortalidade e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver; ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém!

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Eclesiastes Capítulo 7 do versículo 1 até o 29
B. SABEDORIA PRÁTICA EM UM MUNDO PECAMINOSO, 7:1-29

Este capítulo contém uma série de provérbios e outras breves observações. Eles es-tão ligados pelo tema comum que faz sentido para o nosso tipo de mundo. A série é evocada pela pergunta de 6.12: "o que é bom nesta vida para o homem [...] ?".

1. A Base para Escolhas Sábias (7:1-4)

O versículo 1 começa com um jogo de palavras no hebraico: Shem (nome) é melhor que shemen (ungüento). Trata-se de um conselho sábio que diz: se você quer ter uma vida útil, viva de forma tal que construa uma boa reputação. A oportunidade na vida freqüentemente depende da sua imagem na cabeça de seus parceiros e amigos. Muitas vezes no Oriente os homens usam perfume para se tornarem socialmente mais aceitos. Mas para aceitabilidade realmente significativa o bom nome (a boa fama) é melhor que ungüento.

O restante dessa seção ressalta que uma abordagem séria da vida é melhor que um estado de espírito alegre. A vida é mais um negócio do que uma festa. Adotar essa condu-ta leva às melhores decisões e à melhor reputação. O dia da morte, etc. (1) provavel-mente significa: É melhor visitar o desolado do que ir a uma festa de aniversário. Esta interpretação é apoiada pelo versículo 2: Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete. A morte é o fim de todos os homens — uma experiência que é comum a todos — e esse fato atribui uma perspectiva correta a muitas decisões. Por essa razão, os vivos irão prestar a atenção devida ao fato.

Melhor é a tristeza do que o riso (3) porque momentos de tristeza nos fazem pensar seriamente. "Nesses casos a maioria dos homens se coloca no tribunal de sua própria consciência, e opta pelo aperfeiçoamento da vida".6 A declaração porque com a tristeza do rosto se faz melhor o coração dá a entender que "um choro intenso alivia a revolta emocional" (Berkeley, nota de rodapé). Por causa desses fatos, aquele que é sábio é propenso à seriedade:

A mente dos sábios está na casa do luto,

mas a mente dos tolos, na casa da alegria (4, Smith-Goodspeed).

2. Algumas Armadilhas antes de chegar ao Julgamento Correto (7:5-10) Julgamentos confiáveis se baseiam em saber quais informações devem ser rejeitadas e quais aceitas. Aqui, o Pregador indica algumas coisas que uma pessoa sábia vai evitar. Esta passagem serve como explicação prática do tópico: "Conselhos Bíblicos a Pessoas

Sábias de Deus":

a) Não aceite conselho errado (7:5-6). Dê ouvidos a conselheiros confiáveis, mesmo quando seus conselhos doem. A repreensão do sábio (5) pode machucar momentanea-mente; mas se ele é sábio, ele nos repreendeu porque estávamos errados e precisávamos de correção. A canção do tolo pode significar ou a bajulação para evitar a verdade que machuca ou simplesmente opiniões irresponsáveis. Ambos são como o crepitar dos espinhos debaixo de uma panela (6) — talvez eles sejam luminosos e com aspecto interessante, mas não cozinham a comida.'

b) Não permita que o seu julgamento seja distorcido por circunstâncias irrelevantes (7.7).

Um homem pode tomar decisões erradas e falar coisas erradas por pressões emocio-nais. A respeito dos filhos de Israel lemos o seguinte: "Indignaram-no também junto às águas da contenda, de sorte que sucedeu mal a Moisés, por causa deles" (Si 106:32-33). Somos advertidos que a opressão "e a extorsão faz do sábio um tolo, e o suborno destrói o entendimento e o julgamento" (AT Amplificado).

  1. Não tome decisões com base em coisas incidentais (7.8a). Melhor é o fim das coisas do que o princípio delas, diz o pregador; tome suas decisões da perspectiva de propósitos e alvos básicos; não faça caso de reações incidentais anteriores.
  2. Não seja impaciente (7.8b). Altivo de coração aqui provavelmente significa ser precipitado porque alguém está com pressa. A paciência persistente resolve muitos problemas que não se solucionariam por pressão imediata. "É melhor esperar em si-lêncio o desenrolar de uma questão, e não julgar ou agir até que isso aconteça, do que proceder de maneira impulsiva e com uma precipitação impetuosa, e assim trazer más conseqüências sobre alguém".8
  3. Não fique irritado (7.9). Não te apresses [...] a irar-te. A ira sempre é inimiga do pensamento claro e do julgamento confiável. Apenas os tolos deixam que essa inimiga da alma destrua suas relações pessoais e suas reputações como pessoas responsáveis.

Matthew Henry comenta: "Não fique irado antes da hora [...] Não fique irado por muito tempo [...] Aquele que antes se considerava tão sábio não deve dar lugar ao Diabo, não deve deixar que o sol se ponha sobre a sua ira, Ef 4:26-27".'

f) Não reclame dos tempos (7.10). Reclamar de modo rabugento que os dias pas-sados [são] melhores do que estes está além da conduta do homem sábio. Em primeiro lugar, mesmo se for verdadeiro, isso nunca contribui muito para resolver os problemas de hoje. Além do mais, nunca com sabedoria isso perguntarias, por-que mais freqüentemente do que imaginamos temos fatos insuficientes para formar um julgamento adequado. No que diz respeito à decisão e ação: "O hoje nos pertence, somente o hoje".

  1. Busque a Sabedoria (7:11-12)

Talvez alguém discorde e se imagine desafiando o Pregador com esta pergunta: "Qual o valor da sabedoria sem o dinheiro?". O sábio disse de maneira geral que a sabedoria era melhor que a riqueza (Pv 16:16). Qoheleth declara:

A sabedoria é tão boa quanto a herança,

um grande benefício para a humanidade (11, Moffatt).

Os que vêem o sol se refere ao homem em sua existência terrena. Ambas, sabedo-ria (12) e dinheiro, possuem valor,

mas a sabedoria faz mais bem do que o dinheiro, é uma proteção para a vida do homem (Moffatt).

Clarke comenta: "O dinheiro é o recurso que serve de apoio para a nossa vida física: mas a sabedoria — a religião do Deus verdadeiro — dá vida aos que a possuem. O dinhei-ro não pode obter o favor de Deus, nem dar vida à alma"?'

  1. Confie em Deus (7:13-14)

É provável que esses dois versículos estejam ligados com os versículos 11:12 (cf. a divisão de parágrafos em algumas versões). Quanto à distribuição da riqueza, ele diz: Atenta para a obra de Deus. De acordo com a sua provisão, Ele coloca o dinheiro nas mãos de poucos, mas a sabedoria está ao alcance de todos. Aquilo que é torto não se pode endireitar é uma metáfora que revela a soberania de Deus (cf.1.15). Qualquer coisa que for dada por Ele, é sabedoria para o homem no dia da prosperidade, para que goze do bem (14) e no dia da adversidade, para que leve em consideração. A expressão para que o homem nada ache que tenha de vir depois dele significa: "para impedir que o homem saiba o que vai acontecer" (Moffatt).

"Deus entrelaça suas provisões, e encobre suas provisões, para que, incapazes de enxergar o futuro, possamos aprender a depositar nossa confiança nele em vez de em qualquer bem terreno [...] Por conseqüência, torna-se necessário ao homem [...] aceitar tanto o torto como o reto, o mal como o bem, da mão de Deus, e confiar nele em tudo quanto suceder".11

  1. Evite o Farisaísmo e a Perversidade (7:15-18)

O argumento dessa passagem dá suporte a um ponto de vista situado entre, por um lado, o legalismo moral e, por outro, a licenciosidade moral de propósito. Trata-se de um juramento a favor da sabedoria dentro de um julgamento ético. Qoheleth apresenta como premissa no versículo 15 que recompensas justas para os que praticam o bem ou o mal não são evidentes nesta vida: um justo [...] perece e um ímpio prolonga os seus dias. Os versículos 16:17 se referem aos que são "inflexivelmente devotos", aos dema-siadamente sábios e aos extremamente perversos. Já que o homem não tem a sabedoria de Deus ele é aconselhado a moderar seu julgamento e suas ações. Não sejas demasia-damente justo (16) se refere ao tipo de virtuosismo farisaico que nosso Senhor tanto condenou (cf. Mt 5:20; Lc 5:32).12 O demasiadamente sábio é aquele que aspira uma sabedoria absoluta que não tolera qualquer diferença de opiniões. Extremos desse tipo destroem a influência de alguém para o bem e são desagradáveis a Deus.

Acerca de não sejas demasiadamente ímpio (17) Clarke comenta: "Não multipli-que a maldade, não acrescente a oposição direta à religiosidade ao restante dos seus crimes. Por que você iria provocar a Deus para que este o destruísse antes da hora?".13

Depois de todos esses conselhos de precaução, Qoheleth reconhece que um homem precisa dar um passo à frente quanto ao certo e errado. Bom é que retenhas isso (18, retidão). Rankin explica o versículo 18c desta maneira: "Aquele que teme a Deus irá cumprir suas tarefas em qualquer circunstância ou 'irá preservar uma atitude digna' (Odeburg) perante todos os homens".14

  1. Seja Sábio, mas Lembre-se de que Você é Humano (7:19-20)

Estes versículos resumem e ajudam a fundamentar o seguinte argumento, i.e., a sabedoria é boa, mas nenhum homem é perfeito. A sabedoria fortalece o sábio (19) "mais do que [ele poderia ser fortalecido por] dez governadores ou generais corajosos que estão na cidade" (AT Amplificado). A tradução do versículo 20 na ARC dá a entender que existe base para a doutrina da necessidade de o homem pecar. Tal base não está presente no hebraico. Acerca de uma passagem paralela que vem dos lábios de Salomão em I Reis 8:46, Clarke escreve: "O original [...] ki yechetu loch [...] deveria ser traduzido por SE eles pecarem contra Ti [...] ki ein Adam asher lo yecheta, pois não existe nenhum homem que TALVEZ não peque, i.e., não existe [...] nenhum que não seja suscetível a transgredir".15 Além do mais, o termo peque talvez não se refira aqui ao pecado no sentido de "uma violação deliberada da vontade de Deus". Rankin interpreta o versículo assim: "Não existe um homem absolutamente bom, um homem sem nenhuma falta moral".16

  1. Ignore Críticas Injustas (7:21-22)

O conselho sábio aqui é: não se chateie por todas as coisas que você escuta; você pode ter certeza de que algumas pessoas vão criticar o que você diz e faz; apenas lembre isto: o teu coração também já confessou muitas vezes que tu amaldiçoaste a outros. "Examinemos quanta verdade existe nas fofocas a nosso respeito; examinemos a nós mesmos em vez de imitar os fofoqueiros" (Berkeley, nota de rodapé). Existe um grande encorajamento em lembrar o que a Bíblia reivindica a respeito de julgamentos injustos — "E o SENHOR o ouviu" (Nm 12:2). Se Ele ouviu, e se nós pertencemos a Ele, não precisa-mos nos preocupar a respeito disso.

  1. Lembre-se de que Você não é Onisciente (7:23-24)

Tudo isso (23) se refere às questões que acabaram de ser comentadas. Qoheleth tinha tentado sinceramente "ver a vida de maneira constante e na sua totalidade", mas ele foi obrigado a admitir suas limitações. Moffatt apresenta uma tradução criteriosa: "Eu achei que tinha me tornado sábio, mas a sabedoria permaneceu fora do meu alcance. A realidade está adiante de mim; é profunda, muito profunda, e ninguém pode colocar suas mãos no coração das coisas". O tema é lembrado novamente em 8:16-17 (cf. 11:7-8). "Ainda que a sabedoria que é essencial para a nossa salvação seja adquirida rapida-mente, por meio do ensino do Espírito da sabedoria, mesmo assim na própria sabedoria existem níveis e profundidades que ninguém consegue alcançar ou penetrar".17

  1. Lembre-se do Mal no Homem (7:25-29)

O autor nos lembra novamente da sua investigação meticulosa: Eu apliquei o meu coração para saber (25). Ainda que seja impossível examinar as profundezas da realidade definitiva (23-24), podemos saber com certeza que a impiedade é loucura, e os desvarios são doidice. O pior na maldade da vida Qoheleth encontra na mulher que usa seus encan-tos para escravizar um homem. Ela é mais amarga do que a morte, a mulher cujo coração são redes e laços, e cujas mãos são ataduras. O homem que for bom diante de Deus pode, com a ajuda dele, escapar; mas o pecador virá a ser preso por ela.

O autor não afirma que todas as mulheres são ruins (cf. 9.9), mas a porcentagem é alta! Conferindo uma [...] com a outra (27), ou, como nós diríamos, comparando duas a duas, ele chegou a essa conclusão. Ele encontrou um homem entre mil [...] mas uma mulher entre todas estas não achei (28). Mesmo que o próprio Salomão não seja o autor desse parágrafo, tanto a situação como a disposição do coração se encaixam com ele. Como sua avaliação das mulheres poderia ser diferente? As mil mulheres em sua vida (I Reis 11:1-4) eram apenas seus brinquedos e fantoches. Como elas poderiam reagir diferentemente do que usar seu poder de influência que tinham sobre ele? "Tiradas de sua dignidade natural e usadas para satisfazer as necessidades, condenadas a ser brinquedos, treinadas apenas para atender aos sentidos, por que se espantar se elas caíram de seu devido lugar e honra?"?

No versículo 29, o autor suaviza o seu castigo de alguma forma ao reconhecer que existe uma tendência ao mal tanto nos homens como nas mulheres — porém buscou muitas invenções para fazer o mal (AT Amplificado). Esta é uma das poucas afirma-ções encontradas na Bíblia quanto à inocência original do homem e sua queda subseqüente (cf. Berkeley, nota de rodapé).


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Eclesiastes Capítulo 7 do versículo 19 até o 29

Ec 7:19-29

A sabedoria fortalece ao sábio. Na era helenistica, era comum haver cidades governadas por um conselho de dez homens. No número há força, e esperava-se que esses homens fossem fortes. Mas o sábio tinha mais força que eles. A afirmação é similar à que louva o homem que governa a si mesmo como mais forte que aquele que conquista uma cidade. Ver Pv 16:32b. Vemos no vs. Ec 7:16 que é um costume destruidor ser justo demais ou ser ímpio demais. Portanto, contra esse pensamento, existe outro que diz que a sabedoria dá a proteção que falta ao excesso. Por conseguinte, este versículo torna-se uma simples declaração de sabedoria, em harmonia com as declarações feitas pelas escolas de sabedoria; e o autor sagrado não a distorceu, para afirmar algo pessimista. Ou teria o editor piedoso acrescentado este versículo ao texto? Seja como for. retornamos às assertivas do vs. Ec 7:12, onde a sabedoria e o dinheiro atuam como defesas, e a sabedoria confere a vida. Talvez Pv 21:22 seja um trecho paralelo. Nesse caso, a principal idéia do texto pode ser a sabedoria aplicada à guerra, ou no planejamento das batalhas, ou no fabrico de armas e defesas superiores, que levam os homens a vencer batalhas.Ec 9:8 cria outra afirmação, uma metáfora militar, que contém sabedoria comparada ao poder militar. O Targum lembra-nos a história de José, que em sua sabedoria, tornou-se mais forte que seus dez irmãos.

Ec 7:20

Não há homem justo sobre a terra, que faça o bem e que não peque. A observação de que todos os seres humanos são pecadores (conforme 1Rs 8:46; 2Cr 6:36; Pv 20:9; Rm 3:23 e 1Jo 1:8) é mais que uma observação contra c perfeccionismo (ver a respeito no Dicionário). Antes, parece uma justificação da doutrina pessimista do filósofo, de não ser santo demais, nem ímpio demais. O verdadeiro significado, pois, talvez seja: “Não há sentido em não se comprometer com o mundo, em não ficar no meio-termo; não existe homem absolutamente bom, sem nenhum defeito moral” (O. S. Rankin, in loc.). Em outras palavras, sê um pecador moderado, transige com o mal, não espera demais de ti mesmo.

Excectações muito elevadas, como aquilo que acontecia nas escolas de sabedoria. apenas levam à loucura. É melhor ser um pecador moderado que ser um louco. Sela como for. é isso o que são todos os seres humanos, sem importar as pretensões ccntrárias. Talvez não apreciemos o conselho do filósofo, mas é isso c que ele estava dizendo.

Tudo isso assume uma grande lógica se acreditarmos que Deus é a Causa Única, que criou o mundo para possuir esses opostos, bons e maus. Seja bom e seja mau. mas mantenha a moderação em ambas as coisas. Dessa maneira, você estará cumprindo a vontade de Deus. É inútil (conforme fazem algumas de minhas fontes informativas) tentar transformar esse autor herético em um mestre ortodoxo. O versículo diz que Deus fez os homens como pecadores moderados, pelo que isso é bom1 O que será feito de todos os pecadores excessivos? Porventura Deus também os criou? O louco filósofo teria de responder com um "sim1", E não é exatamente isso que certas passagens da Bíblia dizem acerca do faraó? Quando não admitimos causas secundárias, e quando eliminamos o livre-arbítno humano, inevitavelmente terminamos tornando Deus a causa do mal. É a isso que o determinismo absoluto nos força a chegar; e o louco filósofo era um determinista absoluto.

Ec 7:21

Não apliques o teu coração a todas as palavras que se dizem. Um sábio não tentará espionar, para ouvir conversações: ele não investigará para saber quem disse o quê. Se insistir em fazer isso, inevitavelmente ouvirá os homens a despedaçá-lo com suas palavras. Você pensa que as pessoas “lá fora” estão falando bem de você? Nesse caso, mantenha-se em sua ignorância. Não tente descobrir o que, realmente, outras pessoas estão dizendo a seu respeito, porquanto a maior parte do que dizem sobre você não é boa. É melhor conservar-se desinformado. Você aprenderá que até os escravos (seus inferiores) falam mal de você. E quanto mais falarão mal de você seus iguais e superiores? Em outras palavras:

Cnde a ignorância é uma felicidade,
É loucura ser sábio.

(Thomas Gray)

Ec 7:22

Pois tu sabes que muitas vezes tu mesmo tens amaldiçoado a outros.

Se você realmente quiser saber o que as pessoas estão dizendo a seu respeito, consulte o seu coração e seja honesto: O que você costuma dizer sobre os outros? O que você diz sobre outras pessoas é essencialmente o que elas dizem sobre você. Se ocasionalmente os outros o elogiam, na maioria das vezes o estarão criticando e destacando as suas faltas. E, sejamos honestos, você tem muitas faltas a serem criticadas. E também tem-se mostrado ansioso para criticar o próximo. Você chega a apreciar as bisbilhotices, que revolvem a sujeira. Ver sobre Mexerico, em Pv 11:13 e Pv 18:8, e ver o verbete com esse nome, no Dicionário.

"Quem está isento de falar mal ou de falar descarinhosamente? Quem está livre de detalhar as faltas do próximo? Quem está livre dos mexericos e das calúnias, dos murmúrios e das tagarelices? Não penses que é maravilhoso Deus permitir que aconteça contigo o que costumas fazer contra as outras pessoas, Você.com freqüência, tem caluniado outros. Ver Sal. 15:1-5” (Adam Clarke, in loc.). Quanto ao uso perverso da linguagem, ver Pv 11:9,Pv 11:13 e Pv 18:21, onde ilustro o ponto com declarações apropriadas e com poemas. Ver também, no Dicionário, o artigo intitulado Linguagem. Uso Apropriado da.

Ec 7:23
Tudo isto experimentei-o pela sabedoria.
Este versículo introduz as observações para seguir. O filósofo fez investigações e chegou a certas conclusões, mas confessou não ter atingido a sabedoria. De fato, a sabedoria estava muito distante dele. ele a havia buscado, mas não conseguiu encontrá-la. Ele estava destituído de sabedoria e suas investigações mostraram-lhe que somente um, em cada mil homens, é sábio, e entre tantas mulheres, ele não encontrou uma que fosse sábia (vs. Ec 7:28)! O Targum restringe aqui a sabedoria àquela que pertence à legislação mosaica, mas na verdade a declaração é mais ampla. Tudo quanto podería ser chamado de sabedoria, neste mundo, fugiu das pesquisas do filósofo.

Ec 7:24
O que está longe e mui profundo, quem o achará?
Se realmente existe algo a que se possa chamar de sabedoria, então está muito distante, excessivamente profundo: e quem pode dizer-nos algo sobre essa coisa? O triste filósofo fracassou no encontro da sabedoria, e supôs que outros homens não tivessem sido mais bem-sucedidos que ele; conforme aconteceu a Sócrates, que buscou no mercado um homem sábio, e ficou amargamente desapontado, Esse filósofo só descobriu insensatos, até mesmo entre aqueles que aparentemente eram mais sábios que outros, como os poetas, com suas observações profundas; Sócrates descobriu que eles falavam mais por inspiração do que por saberem, realmente, o que estavam dizendo. Portanto, pode-se perceber que a sabedoria é algo muito mais profundo do que um homem pode perscrutar. Todos os homens são superficiais,

Alguns estudiosos pensam que não devemos falar em sabedoria neste versículo e, sim, nos mistérios da vida, que estão ocultos. Mas este texto, quase certamente, leva adiante a idéia contida no anterior, onde a sabedoria é o assunto central. Por outra parte, sem dúvida, temos aqui a busca para descobrir qual é a constituição básica e o significado do mundo. A expressão “o que está" denota a constituição do universo, tal como se vê em Ec 1:9; Ec 3:15 ; 6.19. Ver também Ec 8:17

Apliquei-me a conhecer, investigar e buscar a sabedoria e meu juízo de tudo. Este versículo refere-se à sabedoria de buscar “a razão das coisas”, que já tinha sido mencionada no vs. Ec 7:24. Ele queria conhecer a razão das coisas, mas também as razões por trás da iniquidade, da insensatez e da loucura. Por que os homens são assim? De onde vêm o mal moral, o pecado e todas as suas ramificações? Conforme Eclesiastes 2:12-17, onde encontramos algumas afirmações similares. Ele já nos havia dado tais respostas, ou seja, que tudo provém de coisas secundárias, do bem e do mal. Deus é o autor delas! Mas não sabemos dizer por qual motivo Deus criou um universo alicerçado em princípios opostos (ver Eclesiastes 3:1-11). Talvez a resposta esteja na tentativa de descobrir por que as coisas foram assim ordenadas por Deus, o qual é a Causa Única. Talvez o triste filósofo quisesse descobrir quão estúpidos e Ímpios os homens realmente são e, não tanto, as razões para isso, o que uma de minhas fontes informativas sugere.

Ec 7:26
Achei cousa mais amarga do que a morte. O filósofo pessimista não estava levando a si mesmo muito a sério. Ele tinha atingido os elevados alvos de que algumas pessoas falam, Mas não era um sábio. O pouco que ele tinha conseguido provava tão-somente que a busca por sabedoria está entre as vaida-des, Ver os capítulos Ec 1:1 e Ec 2:1. Ramificando suas pesquisas, ele quis ver se havia homens sábios e/ou bons. E, novamente, ficou desapontado. E, então, buscando uma mulher sábia e/ou boa, não encontrou nem uma em mil, mas encontrou a mulher de costumes frouxos (vs. Ec 7:26), parecida com uma caçadora que faz muitas vitimas na sociedade, A descrição dessa mulher é vivida: ela é mais amarga que a morte; o coração dela é como um ardil ou armadilha onde caem suas vítimas, que de nada suspeitam e não mais podem escapar; suas mãos prendem um homem como correntes de ferro. Algumas pessoas, que se inclinam por agradar a Deus, escapam dela, mas muitos insensatos acabam prisioneiros da mulher de costumes frouxos e, por causa disso, sofrem. O discurso contra as mulheres de costumes frouxos era o favorito das escolas de sabedoria. Ver sobre Prostituta, em Pv 22:4; sobre Dama Louca, em Pv 9:13 e ss., e sobre Adultério, em Pro.

5. Quanto às cadeias da mulher de costumes frouxos, ver Pv 2:18,Pv 2:19; 5.3-6; 7.24-26, que têm descrições similares às do presente versículo, além de muitas outras, Um homem dotado de espiritualidade razoável, que tenha aprendido a obedecer à lei de Moisés, pode escapar dessa mulher. Conforme Ec 2:26.

Este versículo, concernente à mulher de costumes frouxos, serve de exemplo conspícuo sobre a insensatez da qual o autor sagrado queria tomar maior conhecimento, ao tentar conhecê-la por suas causas e por seu caráter real (vs. Ec 7:25).

Ec 7:27
Eis o que achei, diz o Pregador. O homem sábio, ou seja, o homem que pelo menos tentou obter alguma sabedoria, adicionou seus experimentos e informes um por um, acumulando um corpo de evidências. Conforme Eclesiastes 3:1-11, onde ele é visto a investigar o problema dos prazeres, e se estes têm ou não valor real. Dos informes acumulados, ele poderia extrair algumas tentativas de conclusões. Pelo menos, isso lhe permitiu ter mais a dizer do que se não houvesse investigado. Ele continuou em sua “inquirição para descobrir o esquema das coisas" (Donald R. Glenn, in loc.). Alguns se referem às palavras “uma cousa com a outra” como específicas ao homem sábio/bom ou à mulher sábia/boa que ele estava procurando (vs. Ec 7:28). Mas este versículo pode ser uma descrição geral do “método científico" do homem em recolher informações, quanto a qualquer caso no qual estivesse trabalhando.

Ec 7:28

Juízo que ainda procuro, e não o achei. A exemplo de Diógenes, o homem que queria ser sábio procurava por um homem bom e sábio. O nosso filósofo já tinha examinado 999 candidatos antes de descobrir um que se ajustasse ao seu ideal, Talvez ele estivesse exagerando, mas, ao menos, podemos dizer que um homem verdadeiramente bom e sábio é uma grande raridade. O filósofo encontrou muitos fanfarrões e pretensiosos, mas bastou um pouco das indagações socráticas para que se descobrisse que esses casos eram mentiras deslavadas. Ato contínuo, o filósofo repetiu o programa entre mil mulheres, mas não achou uma só que fosse boa e sábia! Ele encontrou muitas mulheres, como aquela de costumes frouxos do vs. Ec 7:26; mas não achou uma única semelhante, mesmo que de leve, à mulher de Provérbios 31 . Já sabemos que poucas pessoas são tão boas quanto pretendem ser, que a hipocrisia é o nome do jogo, mas, mesmo assim, não teríamos antecipado o triste resultado obtido pelo filósofo. Sabemos que as coisas são ruins, mas não tão ruins como demonstraram ser.

O Targum aumenta o negativismo radical deste versículo, asseverando que a pesquisa vem desde Adão até Abraão, e por milhares de reis que se reuniram para construir a torre de Babel, mas nem um homem bom foi encontrado. A busca não demonstrou a existência de uma única mulher como Sara. Fausset ressalta isso, ao dizer-nos que nenhuma mulher foi escolhida para escrever nenhum dos livros da Bíblia, e somente um homem apareceu como perfeito: Jesus, o Cristo, pois naturalmente ele é o “mais distinguido entre dez mil” (Ct 5:10).

Ec 7:29
Eis o que tão-somente achei.
Este versículo quase certamente é uma glosa do editor piedoso, que tentou fazer o tratado pessimista do triste filósofo ajustar-se melhor ao judaísmo ortodoxo. Agora, encontramos menção a causas secundárias: Deus criou o homem como um ser reto, contudo o próprio homem, mediante sua livre vontade corrupta, distorceu a boa obra, desviando-se para veredas tortas e buscando maus esquemas. Esses sentimentos contradizem declarações anteriores. Deus, como a Causa Única, chegou a criar o homem mau para Seu próprio prazer, a fim de reduzi-lo a nada, no fim (ver Ec 3:6,18-20). Conforme Pv 16:4.

A declaração também contradiz as palavras deste mesmo capítulo, que mostram que o filósofo não conseguiu achar nenhum homem bom (exceto algum raro homem, aqui e ali). Ademais, ele exortou as pessoas a serem pecadoras, mas não pecadoras exageradas. Ver os vss. Ec 7:16,Ec 7:18-20. Na realidade, o vs. Ec 7:29 transmite um sentimento típico e ortodoxo de literatura de sabedoria. Há aqui um jogo de palavras: um homem mau usa a sua razão para inventar esquemas (no hebraico, heshbon, que tem como paralelo o termo hebraico hishshebhoneth, o qual em2Cr 26:15 é traduzido por “máquinas”). O filósofo usou a razão em sua busca (vss. Ec 7:25 e 27). Portanto, encontramos aqui uma razão corrompida que termina criando más maquinações. O filósofo pessimista diria; “O homem mau opera dessa maneira, porque Deus o fez tolo e ele finge não o ser. Contudo, não fique o leitor desanimado diante dessa situação. Deus também sentirá prazer em destruir aquele vaso corrupto que ele formou, tal como o oleiro despedaça seu vaso defeituoso e não se arrepende disso”. Somente esse tipo de raciocínio justifica a doutrina de que Deus é a Causa Única.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Eclesiastes Capítulo 7 do versículo 1 até o 29
*

7:1

dia da morte. Para os piedosos, a morte é "muito melhor" (Fp 1:23), porquanto vão estar com Cristo.

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7:2-4

casa onde há luto. Um funeral provê uma indispensável perspectiva para a condição terminal universal.

*

7:7

a opressão... o suborno. Essas experiências comuns podem ameaçar desestabilizar uma condição espiritual em tudo o mais boa (4.1-3).

*

7:9

a ira se abriga. Se não for dominada, a ira acesa pelas frustrações da vida leva à insensatez.

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7:11-12

A sabedoria... dá vida. A verdadeira sabedoria concede benefícios nesta vida (contrastar com 8.8) e na vida vindoura. Cristo é a sabedoria remidora de Deus (1Co 1:30), tornando a sabedoria acessível aos pecadores.

*

7.13-18 Tanto as ilusões humanas de perfeição nesta vida, quanto o entregar-se à iniquidade, têm Deus por adversário.

*

7:13

quem poderá endireitar. Os decretos de Deus não podem ser revertidos. A maldição do capítulo terceiro de Gênesis só será anulada na consumação.

*

7:14

prosperidade... da adversidade. Deus decreta tanto uma quanto outra coisa.

para que o homem nada descubra. O futuro é desconhecido.

*

7:15

justo... perverso. A pergunta que fica implícita nesta observação é formulada em Jr 12:1: "Porque prospera o caminho dos perversos?" E é tratada ainda mais prolongadamente em Sl 37 e 73.

*

7:16-17

Não sejas demasiadamente justo... Não sejas demasiadamente perverso. O orgulho pode mascarar-se como justiça, até em pequenas coisas; por outra parte, há um impulso para o desregramento que ultrapassa todas as regras normais da vida.

*

7:18

isto, e também daquilo. Um correto conhecimento de Deus livra aqueles que possuem esse conhecimento dos excessos destrutivos da auto-justiça e da iniqüidade.

*

7:19

fortalece ao sábio. A sabedoria é poderosa e encorajadora.

*

7:20

Não há homem justo. Todos são culpados diante de Deus (Sl 14:3; 53:3).

*

7:22

muitas vezes. Somos transgressores múltiplos aos olhos de Deus.

*

7:24

quem o achará. Ninguém pode compreender totalmente o entendimento de Deus, que é qualitativamente diferente do conhecimento humano (8.16,17; 1Co 2:11).

*

7:29

Deus fez o homem reto. Deus criou Adão moralmente bom (Gn 1:31), mas agora todos os homens pecam (Rm 3:23; 5:12). Ver "A Queda", em Gn 3:14.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Eclesiastes Capítulo 7 do versículo 1 até o 29
7.1-4 Isto parece contradizer o conselho prévio do Salomão de comer, beber e encontrar satisfação no trabalho de um: desfrutar do que Deus nos deu. Temos que desfrutar do que temos enquanto possamos, mas sempre recordando que pode chegar a adversidade. A adversidade nos recorda que a vida é breve, ensina-nos a viver sabiamente e refina nosso caráter. O cristianismo e o judaísmo lhe dão certo valor ao sofrimento e à dor. Os gregos e os romanos menosprezavam a dor, as religiões orientais procuram viver por cima do mesmo, mas os cristãos e os judeus o vêem como fogo que refina. A maioria estará de acordo em que aprendemos mais a respeito de Deus nos tempos difíceis que nos momentos de felicidade. Trata você de fugir da dor e o sofrimento a toda costa? Veja a dor e as lutas como grandes oportunidades para aprender de Deus.

7.2, 4 Muita gente evita pensar na morte, não quer enfrentá-la e está relutante a assistir aos funerais. Salomão não nos está respirando a que pensemos mórbidamente, mas sim sabe que às vezes é útil pensar na morte. Recorda-nos que ainda temos tempo para trocar, tempo para examinar a direção de nossa vida e tempo para confessar nossos pecados e encontrar o perdão de Deus. Devido a todos à larga morreremos, tem sentido planejar com antecipação o poder experimentar a misericórdia de Deus em vez de enfrentar sua justiça.

7:7 O dinheiro fala, e pode confundir a quem de outra maneira julgariam com justiça. Escutamos a respeito dos subornos que se dão aos juizes, aos policiais e às testemunhas. Os subornos se dão para prejudicar aos que dizem a verdade e para ajudar aos que se opõem a ela. A pessoa que aceita um suborno é néscia, por sábia que se cria. Alguns dizem que todos temos um preço, entretanto os que na verdade são sábios não podem ser comprados a nenhum preço.

7:8 Para terminar o que se começa se requer muito trabalho, sábio assessoramento, auto-disciplina e paciência. Qualquer que tenha visão pode começar um grande projeto. Mas a visão sem sabedoria freqüentemente tem como resultado projetos e metas inconclusos.

7:14 Deus permite que a todos cheguem bons tempos e maus tempos. Oferece-nos uma combinação de ambos tão boa que não podemos predizer o futuro, nem depender da sabedoria e o poder humanos. Nos tempos de prosperidade, nós adoramos ficar com a glória. Logo na adversidade, tendemos a culpar a Deus sem lhe agradecer as coisas boas que surgem dela. Quando a vida pareça segura e normal, não permita que a autosatisfacción nem a complacência o faça sentir-se muito seguro, porque Deus pode permitir que a adversidade o faça retornar ao. Quando a vida pareça incerta e incontrolável, não se desespere: Deus está ao leme e tirará coisas boas dos tempos difíceis.

7.16-18 Como pode ser alguém muito justo ou muito sábio? Esta é uma advertência contra a presunção religiosa: legalismo ou falsa justiça. Salomão estava dizendo que algumas pessoas são excessivamente soube ou justas ante seus próprios olhos, porque estão enganadas por seus próprios atos religiosos. São tão rígidas e têm uma visão tão curta que perdem a sensibilidade para a verdadeira razão de ser boas: honrar a Deus. O balanço é importante. Deus nos criou para ser pessoas totais que procuram sua justiça e bondade. portanto devemos evitar ambos os extremos: legalismo e imoralidade.

7.23-25 Salomão, o homem mais sábio do mundo, confessou quão difícil tinha sido atuar e pensar sabiamente. Recalcou o fato de que não importa quanto conhecimento tenha um, sempre existem mistérios que nunca compreenderemos. Assim acreditar que alguém tem suficiente sabedoria é sinal de que não a tem.

7.27, 28 Acaso pensava Salomão que as mulheres não podiam ter sabedoria? Não, porque no livro de Provérbios personificou à sabedoria como uma mulher responsável. O que Salomão quis dizer não é que as mulheres não sejam souberam, mas sim é difícil que qualquer pessoa, homem ou mulher, seja sábia ante Deus. Em sua busca, descobriu que a sabedoria era quase tão escassa entre os homens como entre as mulheres, mesmo que aos homens lhes dava um programa de educação religiosa em sua cultura e às mulheres não. Em efeito, o versículo está dizendo: "encontrei só uma pessoa entre mil que é sábia aos olhos de Deus. Não. encontrei muito menos que isso!"

7:29 Deus criou aos seres humanos para viver rectamente. Mas eles deixaram o caminho de Deus para seguir seus próprios caminhos descendentes.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Eclesiastes Capítulo 7 do versículo 1 até o 29
J. de coisas melhores (7: 1-14)

1 Um bom nome é melhor do que o óleo precioso; e no dia da morte, do que o dia do nascimento de alguém. 2 É melhor ir para a casa de luto do que ir à casa onde há banquete, porque naquela está o fim de todos os homens; e os vivos o aplicam ao seu coração. 3 Melhor é a mágoa do que o riso; porque com a tristeza do rosto o coração é feito feliz. 4 O coração dos sábios está na casa do luto, mas o coração dos tolos na casa da alegria.

5 É melhor ouvir a repreensão do sábio, do que para um homem de ouvir a canção dos tolos. 6 Pois qual o crepitar dos espinhos debaixo de uma panela, tal é o riso do tolo; também isso é vaidade. 7 Certamente extorsão constitui ao homem sábio tolo; e um suborno destrói o entendimento.

8 Melhor é o fim duma coisa do que do início desta, e o paciente em espírito é melhor do que o arrogante. 9 Não te apresses no teu espírito a raiva; para repousa raiva no seio dos tolos. 10 Não digas: Qual é a causa de que foram os dias passados ​​melhores do que estes? para tu não inquirir com sabedoria a respeito disso.

11 A sabedoria é tão bom como uma herança; sim, mais excelente é, para os que vêem o sol. 12 Porque a sabedoria serve de defesa, mesmo que o dinheiro é uma defesa; mas a excelência do conhecimento é, que a sabedoria preserva a vida daquele que tem nele. 13 Considera as obras de Deus; porque quem poderá endireitar o que ele fez torto? 14 No dia da prosperidade regozija-te, e no dia da adversidade considera; sim, Deus fez uma lado a lado o com o outro, a fim de que o homem não deve saber nada de que será depois dele.

Em Ec 6:12 Qoheleth levantou a questão de o que é bom para o homem em sua vida. É natural que ele deveria voltar-se para o movimento sabedoria em Israel, da qual ele fazia parte, para ver o que pode ajudá-la a dar para responder a esta . Esta unidade é uma resposta parcial. Ele é constituído por uma sucessão de provérbios ligados entre si pelos seus comentários. Gordis diz que é um heptad de enunciados, cada um dos quais começa com a palavra hebraica para bom , que pode ser traduzido melhor . Ele encontra-los em versos Ec 7:1 , Ec 7:2 , Ec 7:3 , Ec 7:4 , Ec 7:8 e Ec 7:11 . O personagem da passagem, com seus provérbios, seu paralelismo (ambos sinônimos e antitético), e seu uso de contraste, faz por falta de continuidade lógico que uma mente ocidental espera no raciocínio discursivo.Assim, não é de admirar que muitos comentaristas modernos têm insistido que o texto tenha sido adulterado por mãos subseqüentes, piedoso e, talvez, de outra forma, e que muito aqui não é estrangeira apenas para Qoheleth, mas contraditória com outras partes do livro. Parece estranho a este escritor que estudiosos modernos se sentir forçado a impor sobre um texto tão antigo nossos métodos e mentalidade. A desarticulação parecendo pode ser a maior marca de autenticidade aqui.

Esta passagem é constituída por um grupo de comparação. Qoheleth começa com uma reflexão sobre o valor de um bom nome. É como o aroma de óleo bom, mas é melhor. O ponto do primeiro verso, no entanto, encontra-se na última parte. O pregador está olhando para o lado mais difícil da vida. Ele está citando provérbio que mostram que o agradável eo alegre nem sempre são a melhor indicação do verdadeiro significado da vida. Pode-se, na verdade, aprender mais na escola do sofrimento do que na gargalhada. Assim, um homem pode saber mais na morte do que em vida, em jejum do que na festa, na dor do que no prazer, em sinal de luto do que na alegria, na repreensão do sábio do que na bajulação do tolo, na paciência do que em orgulho de espírito, na paciência do que de raiva. Esta é uma passagem em movimento que tem sua própria lógica e realismo. Festejando, diversão e lisonja são muito parecidos com o fogo que vem de espinhos secos. Eles são de pouco valor para cozinhar ou para o sustento da vida contra o frio. Os espinhos dar o seu calor rápida e intensamente, mas imediatamente os seus benefícios se foram. As lições mais profundas e melhor qualidade de vida são muitas vezes de ser encontrado nos momentos mais escuros da vida, nas experiências que a maioria iria evitam se for dada oportunidade. É nestes momentos que nos trazem de volta à realidade e nos permitem ver as coisas como elas são (v. Ec 7:10 ). Melhor sofrer falta e dor com a compreensão do que para apreciar os presentes que roubam um dos verdadeira perspectiva (v. Ec 7:7 ).

O pregador tem o prazer de deixar a sabedoria tem uma palavra a dizer. Tem a sua própria excelência, como o dinheiro , ou uma herança. É uma defesa e pode preservar a vida de quem a possui. Há algumas coisas que não pode fazer. Ele não pode perfurar a discernir por si só os propósitos de Deus. Assim Qoheleth só podemos concluir que Deus dá o dia da prosperidade e no dia da adversidade. Cada um tem a sua função no plano divino. A forma e ultimate homem projeto não pode ver. Ele deve, em fé humildemente ajustar e ouvir.

K. de moderação (7: 15-22)

15 Tudo isto vi nos dias raio de vaidade: há um homem justo que perece na sua justiça, e há um ímpio que prolonga sua vida . em seu mal fazendo- 16 Não seja demasiadamente justo, nem fazer-te excesso sábio; por que tu destruir a ti mesmo? 17 Não sejas demasiadamente ímpio, nem sejas tolo:? Por que serias morrer antes do teu tempo 18 É bom que deves tomar posse deste; sim, também de que não retirar a tua mão; pois aquele que teme a Deus escapa de todos eles.

19 A sabedoria é uma força para o homem sábio mais do que dez governadores que haja na cidade. 20 Pois não há homem justo sobre a terra, que faça o bem, e nunca peque. 21 também ter não ouvidos a todas as palavras que são faladas, para que não te ouvir o teu servo te amaldiçoar; 22 para, muitas vezes, também teu coração sabe que tu mesmo do mesmo modo tens amaldiçoado outros.

O Pregador continua sua sondagem da sabedoria. Ele olha para a sua resposta a uma questão mais problemática do que qualquer levantou ainda neste capítulo. É evidente que a justiça não é sempre recompensado nesta vida mais do que a maldade é sempre punida. Ele viu o justo perecer enquanto o ímpio prosperou. Qoheleth não está dizendo que o ensino de Provérbios, que a justiça tem suas recompensas e maldade suas penalidades (Pv 10:27. ; Pv 11:3 ), não é verdade. Ele diz que não é tão absoluta nesta vida, e tão óbvia, como seria de desejar que ele seja. O problema é intensa. É o suficiente para fazer um homem considerar a palavra do mundano que diz que a moderação cuidado é a resposta. Ele sabe que seria loucura para virar as costas para a justiça. Sua questão é de saber se é possível ser excessivamente justo. Alguns comentaristas acham que Qoheleth revela a influência do pensamento grego sobre ele aqui e que ele está defendendo a doutrina grega de "o meio termo." No entanto, dificilmente se pode dizer que este problema de "quanta piedade" e "o quanto o pecado" limitou-se aos gregos. O importante é que Qoheleth conclui que a única coisa segura a fazer é temer a Deus (Ec 7:18 ). Isso dificilmente indica uma defesa de compromisso com a maldade e conformidade que sacrifica convicção quando começa a custar. Na verdade, versículos 20:21 parecem indicar que não há realmente pouco perigo do excesso de justiça. Se a questão é de fanatismo, Qoheleth seria inalteravelmente contrário. Parece a este escritor que Qoheleth está falando aqui não suas próprias convicções, mas a sabedoria mundana comum de sua época que defendia uma quantidade moderada de justiça e sabedoria temperada com valores como o da maldade e loucura. Sem dúvida que foi o costume de os sábios do mundo naquele dia como em nossa própria para aconselhar o devoto para agir com toda a moderação na religião. A resposta de Qoheleth para isso é difícil de melhorar. Se um homem vai temer a Deus, a sua perspectiva será som. É quando perdemos o nosso temor de Deus que um cuidado "deste mundo" torna-nos espiritualmente impotente.

L. DE SABEDORIA E MULHERES (7: 23-29)

23 Tudo isto provei-o com sabedoria: Eu disse, eu vou ser sábio; mas estava longe de mim. 24 Aquilo que é, está longe oft e profundíssimo; que pode encontrá-lo fora? 25 Virei-me sobre, e meu coração foi criado para conhecer e para procurar, e buscar a sabedoria ea razão das coisas , e para conhecer que a impiedade é insensatez e que a estultícia é loucura. 26 E eu encontrar mais amarga do que a morte, a mulher cujo coração são redes e laços e cujas mãos são grilhões; quem agradar a Deus escapará dela;mas o pecador virá a ser preso por ela. 27 Eis que isto achei, diz o pregador, que estabelece uma coisa a outra, para achar a causa; 28 que minha alma ainda busca a; mas eu não encontrei: um homem entre mil achei eu, ., mas uma mulher entre todas aquelas que não achei 29 Eis que isto tão-somente achei: que Deus fez ao homem reto; mas eles buscaram muitas invenções.

O valor da sabedoria tenha sido indicada por Qoheleth. Agora, ele se vira para indicar suas limitações. Ele não fala de boatos. Em sua busca pelo sentido da vida sob o sol que tinha determinado a ser sábio e para encontrar a resposta de sabedoria. Deve ser lembrado que o movimento sabedoria em Israel não estava interessado em respostas intelectuais para abstratas, problemas teóricos. A sua orientação era para a vida, não a especulação. Assim, deveria ser o meio para a habilidade na arte de viver. Qoheleth procurou-o para fora. O resultado não foi satisfatório. A verdadeira sabedoria e a razão das coisas foram longe e profundíssimo (Ec 7:24 ). Parece que ele aprendeu mais sobre o mal do homem do que sobre a natureza do bem. A amarga experiência com uma mulher mal (ou mulheres mal) o fez consciente dos perigos de lá. Ele fala como alguém que tinha tido a experiência de Salomão com o sexo oposto (1Rs 11:1 ). Sua experiência com seu próprio sexo era um pouco melhor (Ec 7:28 ). A passagem é frequentemente citado por seu pessimismo. Note, entretanto, o que Qoheleth fez aprender. Ele descobriu que a sabedoria terrena não atende a clamor profundo do coração humano. O homem precisa de revelação para iluminar sua escuridão e para dirigir sua busca. Ele aprendeu a amargura da aliança com uma pessoa má, mas ele também aprendeu que Deus vai proteger de tanta amargura aquele que Lhe agrada. Ele aprendeu que não há segurança no pecado (Ec 7:26 ). Ele concluiu que Deus fez ao homem reto, mas própria perversidade do homem tinha levado em evasões tortuosos. Uma pergunta se ele não pode ver refletido aqui tanto Gn 1:31 e 3: 1 e ss . Há um sentido real em que este pequeno livro é um impressionante comentário sobre a queda.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Eclesiastes Capítulo 7 do versículo 1 até o 29
  • A sabedoria de Deus pode guiar- nos ao longo da vida (Ec 7:0;Ec 9:0;Ec 10:0)
  • Os capítulos 7—12 apresentam a palavra "sabedoria" (ou "sábio") quase trinta vezes. É verdade que a sabedoria do homem não pode pe-netrar nos planos de Deus, mas ele pode dar-nos sabedoria para conhe-cer e fazer sua vontade. O simples fato de que não podemos entender tudo não quer dizer que devemos desistir de tudo em desespero. Creia no Senhor e faça o que ele lhe pede para fazer.

    Você observou que, em todas essas seções, Salomão enfatizou o prazer das bênçãos de Deus e a realidade da morte? Leia Ec 3:12-21; 5:18—6:7 e Ec 8:15—9:4. Já que to-dos morreremos, não devíamos nos preocupar em trabalhar, ou em eco-nomizar dinheiro, ou em servir ao Senhor — isso está certo? Salomão diz que isso não está certo. Nos ca-pítulos 11—12, ele explica o que realmente quer dizer.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Eclesiastes Capítulo 7 do versículo 1 até o 29
    7.1 Melhor é. A boa fama baseia-se em fatos; o perfume é só aparência; no nascimento não nos é dado saber da sorte, como também da sorte eterna, do recém-nascido; na hora da morte, porém, dos filhos de Deus, sabemos de sua sorte bem-aventurada e eterna.

    7.4 Luto... alegria. A insensatez é superficial, evita o que é sério e não se lembra do dia da prestação de contas; a sabedoria enfrenta conscientemente o inevitável e se prepara para a morte e para o além.

    7.5 Repreensão. Devemos levar em conta a repreensão, tanto do amigo como também do inimigo, porque somos constantemente sujeitos ao erro. A "canção do insensato", caso se trate de doutrina dos falsos profetas, leva à ruína eterna.

    7.6 Espinhos. Há pequenos arbustos espinhosos no deserto, que, quando secos, queimam com tanta rapidez, que não chegam a produzir calor.

    7.7 Duas forças externas ameaçam a paz de espírito do homem: o medo e a cobiça que, pela força da repulsão ou de atração, desviam-no do caminho do bem.
    7.10 Jamais digas. A atitude que leva a chorar o passado como "bom tempo", torna-nos indolentes é tristes a respeito do presente e sem esperanças para o futuro.

    7.11 Havendo herança" Há quem traduza por " ...vale tanto como uma herança, uma fortuna" (conforme v. 12). Uma idéia semelhante se acha em 1Tm 6:6 onde "contentamento" significa "suficiência" ou "herança".

    7.13 Confiemos na boa vontade de; Deus que faz tudo convergir para o nosso bem (Is 28:29).

    7.15 Nos dias do minha vaidade. Neste seu estado lamentável fez mau juízo do procedimento de Deus quanto à "felicidade" do perverso e a cruz dos justos (conforme Sl 73:1-19, Sl 73:12-19).

    7.29 Deus fez o homem reto. O homem, criado por Deus em inocência e santidade, por sua própria culpa caiu em pecados (Jr 17:9; Rm 3:23; Rm 5:12).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Eclesiastes Capítulo 7 do versículo 1 até o 29

    3) O valor da sabedoria num mundo imperfeito (7:1-14)
    Com uma série de provérbios, alguns tomados por empréstimo e outros da sua autoria, o autor encara as realidades da vida e faz algumas sugestões. Ele percebe que a vida precisa ser vivida, apesar de suas desgraças, e que esperar a perfeição é abrir as portas para o desapontamento. Por isso, ele recomenda atitudes que vão ajudar a pessoa a aceitar as circunstâncias da vida, não importa o que vier, e tirar o máximo delas.
    Uma boa reputação é desejável, mas não pode ser garantida permanentemente até que a pessoa tenha completado a sua vida de maneira satisfatória. O dia da sua morte, então, é mais importante do que o dia do seu nascimento. E o clímax da sua vida: o seu nome está fmalmente seguro (7.1). E melhor, portanto, viver com a perspectiva da certeza da morte do que desperdiçar a vida com frivolidades vazias (v. 2-4).
    A repreensão sincera do sábio é melhor do que o elogio vazio do tolo, mas mesmo o homem sábio pode se tornar tolo se deixar se corromper pela avareza (v. 5-7). O homem paciente vai esperar pelo resultado final de uma questão. Ele não vai se orgulhar precipitadamente, não vai perder o controle e não vai tentar escapar da frustração presente por meio do desejo tolo de trazer de volta o passado (v. 8-10). A sabedoria e a riqueza, quando usadas juntas, podem melhorar a qualidade de vida de uma pessoa e lhe dar maior segurança (v. 11,12). Mas não importam as circunstâncias em que o homem se encontre, ele precisa aceitá-las como enviadas por Deus e não deve tentar mudá-las. Ele precisa lembrar que não pode entender o significado dos eventos complexos da vida, mas pode ao menos desfrutar do bem que lhe acontece (v. 13,14).
    7.1. bom nome-, reputação.perfumefiníssimo-o seu significado no provérbio é seu cheiro agradável. Várias vezes nessa seção o autor parece citar um provérbio comum, depois acrescenta seu comentário, com freqüência introduzido por “pois”; e.g., v. 2a é o provérbio, e v. 2b é o comentário, v. 2. E melhor ir a uma casa onde há luto-, porque faz a pessoa lembrar que a morte é o fim inevitável do homem. v. 3. coração-, no hebraico, está mais relacionado com a mente do que com as emoções. A sobriedade leva à melhoria da mente, a leviandade, não. De forma semelhante, o v. 4 contrasta a mente sábia e a mente tola.

    v. 5. a canção dos tolos-, o elogio dos tolos, v. 6. A fala e o riso dos tolos não produzem nada, a não ser barulho, v. 10. Conforme 1:9-11; 3.15. v. 11. Ou: (a) a sabedoria é boa quando alguém tem os recursos para desfrutar dela, e.g., Salomão (1.12—2.26); por isso, pior para o homem que é sábio mas pobre; ou (b) a herança deve ser usada com sabedoria, do contrário pode ser desperdiçada tolamente, aqueles que vêem o sol-, os vivos. v. 12. “E melhor ter sabedoria com uma herança [...] pois aí existe a proteção dupla da sabedoria e do dinheiro, e a vantagem de saber que a sabedoria protege a vida dos que a possuem” (Gordis).


    4) Um conselho para se evitarem os extremos (7:15-29)
    O autor observa que a justiça nem sempre conduz à felicidade, nem a maldade, ao sofrimento. Os justos podem morrer prematuramente; os ímpios podem ter vida longa. Isso leva o autor a sugerir um meio-termo, em que o prazer na vida de uma pessoa não vai ser arruinado ou por uma preocupação zelosa demais pela justiça e sabedoria, ou por uma atitude tolerante demais em relação à impiedade e à tolice. A pessoa que evita os dois extremos e que obedece a Deus será bem-sucedida no final (v. 15-18). E evidente que a justiça e a sabedoria são preferíveis ao pecado e à tolice, mas a pessoa também deveria encarar o simples fato de que todos pecam de vez em quando. Ninguém pode argumentar contra isso, porque todo homem sabe que ele mesmo é culpado dos pecados que vê em outros (v. 19-22).
    Mais uma vez, o autor destaca quanto ele se esforçou em buscar o significado por trás de toda existência, mas percebeu que compreender isso está além da capacidade humana. A sabedoria absoluta está além do seu alcance (v. 23,24). Então ele volta sua atenção ao domínio da conduta humana. Aqui ele ao menos consegue enxergar as vantagens da sabedoria e da razão sobre a insensatez e a loucura (v. 25). Suas experiências infelizes com mulheres lhe dão um exemplo de insensatez. Com o seu charme, elas o atraíram apenas para enganá-lo, deixando nele um sentimento de desconfiança e amargura. Ele conclui que é raro encontrar um homem sábio, mas a mulher sábia não existe (v. 26
    28). Ele não culpa Deus por isso, mas o homem, que é esperto demais para o seu próprio bem (v. 29).
    7.15. eu já vi: embora a doutrina do meio-termo fosse muito conhecida no mundo da filosofia grega, nosso autor desenvolve a idéia contra o pano de fundo de seu próprio pensamento e experiência, v. 16. excessivamente justo [...] demasiadamente sábio: a advertência é contra os extremos. Fanáticos religiosos (v. 16) assim como criminosos (v. 17) causam desastres, v. 18. reter uma coisa e não abrir mão da outra: dificilmente é uma referência à justiça e maldade; mais provavelmente é uma generalização apontando para o meio-termo, evitará ambos os extremos-, essa tradução livre de uma expressão idiomática difícil provavelmente capta o sentido pretendido pelo autor. v. 19. dez valentes: provavelmente uma referência à forma de governo de dez homens praticada nas cidades do Império Grego. v. 20.justo: associado ao sábio do v. 19. Para o autor, a justiça é inseparável da sabedoria, e a maldade, da insensatez (conforme v. 15ss,25).

    v. 23. Tudo isso: é uma referência ao que segue. v. 25. investigar [...] a razão de ser das coisas: buscar para chegar a uma conclusão. V. tb. o v. 27. v. 26. pecador, em contraste com o homem que agrada a Deus. E a forma em que cada um encontra o prazer que faz a diferença. V.comentário Dt 2:26. v. 28. Se as mulheres são avaliadas de forma muito negativa pelo autor, os homens não ficam longe disso — só um a mais numa amostra de mil! v. 29. homens-, heb. ’ãdãm, referência à humanidade como um todo, e não a homens em contraste com mulheres.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Eclesiastes Capítulo 7 do versículo 15 até o 29
    i) A excelência e a dificuldade da sabedoria (Ec 7:15-21). A tentativa de reduzir a matéria bruta da vida a um sistema por meio de princípios morais naufraga nas anomalias da experiência. A consistente aplicação da moralidade entra em choque com a vida, que não pode ser forçada a entrar dentro desses moldes. Há necessidade de humildade e restrição tanto no pensamento como na prática da moralidade. Deve ser relembrado que toda a moralidade é condicionada pela finitude do homem e maculada por seus pecados. Precisamos ter cuidado para evitar o orgulho moral. "O orgulho moral é a pretensão do homem finito de que sua virtude altamente condicionada é a justiça final, e que seus padrões morais extremamente relativos são absolutos. O orgulho moral, assim, tornam a virtude o próprio veículo do pecado" (Niebohr, Human Nature, pág. 212).

    >Ec 7:23

    2. "CRÍTICA DA RAZÃO PURA" (Ec 7:23-21). A tentativa de reduzir a matéria bruta da vida a um sistema, por meio de idéias teóricas, naufraga semelhantemente. A mais penetrante sabedoria não pode atingir a harmonia final na qual os desacordos da existência são resolvidos; toda tentativa esbarra no problema do mal, "das radikal Bose", no coração humano. Eclesiastes encontra a mais obstinada manifestação do mal na fêmea da espécie humana (26); para ele a sabedoria de Sócrates aborta devido ao problema de Xantipa.

    >Ec 7:29

    3. A QUEDA (Ec 7:29). A conclusão, que é o máximo a que a sabedoria humana pode atingir, é que o homem caiu do estado em que por Deus foi criado, e mediante sua astúcia produziu sua própria destruição. As insolúveis contradições da vida têm seu ponto focal no fato que o homem está em choque consigo mesmo.


    Dicionário

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    Longe

    advérbio A grande distância: 1.º no espaço: arma que atira longe; 2.º no tempo: remontar bem longe na história.
    Figurado Ir longe, durar muito tempo; atingir alta posição.
    Ver longe, ser dotado de grande capacidade para prever.
    locução adverbial Ao longe, a grande distância: via-se o barco ao longe.
    De longe, de grande distância: prever o perigo de longe.
    De longe em longe, a longos intervalos.
    locução prepositiva Longe de, a grande distância: morar longe da capital.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Eclesiastes 7: 24 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    O que já sucedeu está longe e excedentemente profundo; quem o descobrirá?
    Eclesiastes 7: 24 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    937 a.C.
    H1961
    hâyâh
    הָיָה
    era
    (was)
    Verbo
    H4100
    mâh
    מָה
    o que / aquilo
    (what)
    Pronome
    H4310
    mîy
    מִי
    Quem
    (Who)
    Pronome
    H4672
    mâtsâʼ
    מָצָא
    achar, alcançar
    (he found)
    Verbo
    H6013
    ʻâmôq
    עָמֹק
    profundo, misterioso, profundezas
    (deeper)
    Adjetivo
    H7350
    râchôwq
    רָחֹוק
    remoto, longínqüo, distante, terras distantes, pessoas distantes
    (from a distance)
    Adjetivo


    הָיָה


    (H1961)
    hâyâh (haw-yaw)

    01961 היה hayah

    uma raiz primitiva [veja 1933]; DITAT - 491; v

    1. ser, tornar-se, vir a ser, existir, acontecer
      1. (Qal)
        1. ——
          1. acontecer, sair, ocorrer, tomar lugar, acontecer, vir a ser
          2. vir a acontecer, acontecer
        2. vir a existir, tornar-se
          1. erguer-se, aparecer, vir
          2. tornar-se
            1. tornar-se
            2. tornar-se como
            3. ser instituído, ser estabelecido
        3. ser, estar
          1. existir, estar em existência
          2. ficar, permanecer, continuar (com referência a lugar ou tempo)
          3. estar, ficar, estar em, estar situado (com referência a localidade)
          4. acompanhar, estar com
      2. (Nifal)
        1. ocorrer, vir a acontecer, ser feito, ser trazido
        2. estar pronto, estar concluído, ter ido

    מָה


    (H4100)
    mâh (maw)

    04100 מה mah ou מה mah ou ם ma ou ם ma também מה meh

    uma partícula primitiva, grego 2982 λαμα; DITAT - 1149 pron interr

    1. o que, como, de que tipo
      1. (interrogativa)
        1. o que?
        2. de que tipo
        3. que? (retórico)
        4. qualquer um, tudo que, que
      2. (advérbio)
        1. como, como assim
        2. por que
        3. como! (exclamação)
      3. (com prep)
        1. em que?, pelo que?, com que?, de que maneira?
        2. por causa de que?
        3. semelhante a que?
          1. quanto?, quantos?, com qual freqüência?
          2. por quanto tempo?
        4. por qual razão?, por que?, para qual propósito?
        5. até quando?, quanto tempo?, sobre que?, por que? pron indef
    2. nada, o que, aquilo que

    מִי


    (H4310)
    mîy (me)

    04310 מי miy

    um pronome interrogativo de pessoas, assim como 4100 é de coisas, quem? (ocasionalmente, numa expressão peculiar, também usado para coisas; DITAT - 1189; pron interr

    1) quem?, de quem?, seria este, qualquer um, quem quer que


    מָצָא


    (H4672)
    mâtsâʼ (maw-tsaw')

    04672 מצא matsa’

    uma raiz primitiva; DITAT - 1231; v

    1. achar, alcançar
      1. (Qal)
        1. achar
          1. achar, assegurar, adquirir, pegar (algo que foi buscado)
          2. encontrar (o que está perdido)
          3. topar com, encontrar
          4. achar (uma condição)
          5. aprender, inventar
        2. achar
          1. achar
          2. detectar
          3. adivinhar
        3. surpreender, apanhar
          1. acontecer por acaso, encontrar, topar com
          2. atingir
          3. acontecer a
      2. (Nifal)
        1. ser achado
          1. ser encontrado, ser apanhado, ser descoberto
          2. aparecer, ser reconhecido
          3. ser descoberto, ser detectado
          4. estar ganho, estar assegurado
        2. estar, ser encontrado
          1. ser encontrado em
          2. estar na posse de
          3. ser encontrado em (um lugar), acontecer que
          4. ser abandonado (após guerra)
          5. estar presente
          6. provar que está
          7. ser considerado suficiente, ser bastante
      3. (Hifil)
        1. fazer encontrar, alcançar
        2. levar a surpreender, acontecer, vir
        3. levar a encontrar
        4. apresentar (oferta)

    עָמֹק


    (H6013)
    ʻâmôq (aw-moke')

    06013 עמק ̀amoq

    procedente de 6009; DITAT - 1644d; adj.

    1. profundo, misterioso, profundezas
      1. profundo
      2. insondável

    רָחֹוק


    (H7350)
    râchôwq (raw-khoke')

    07350 רחוק rachowq ou רחק rachoq

    procedente de 7368; DITAT - 2151b adj.

    1. remoto, longínqüo, distante, terras distantes, pessoas distantes
      1. referindo-se a distância, tempo n. m.
    2. distância
      1. à distância (com prep.)