Enciclopédia de Isaías 43:19-19

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

is 43: 19

Versão Versículo
ARA Eis que faço coisa nova, que está saindo à luz; porventura, não o percebeis? Eis que porei um caminho no deserto e rios, no ermo.
ARC Eis que farei uma cousa nova, e agora sairá à luz: porventura não a sabereis? eis que porei um caminho no deserto, e rios no ermo.
TB Eis que estou para fazer uma coisa nova; agora sairá à luz; porventura, não a conhecereis? Farei um caminho no deserto e rios, no ermo.
HSB הִנְנִ֨י עֹשֶׂ֤ה חֲדָשָׁה֙ עַתָּ֣ה תִצְמָ֔ח הֲל֖וֹא תֵֽדָע֑וּהָ אַ֣ף אָשִׂ֤ים בַּמִּדְבָּר֙ דֶּ֔רֶךְ בִּֽישִׁמ֖וֹן נְהָרֽוֹת׃
BKJ Eis que Eu farei uma coisa nova, agora ela surgirá; vós não sabeis? Eu farei um caminho no ermo, e rios no deserto.
LTT Eis que faço uma coisa nova, agora sairá à luz; porventura não a percebeis? Eis que porei um caminho no deserto, e rios no ermo.
BJ2 Eis que vou fazer uma coisa nova, ela já vem despontando: não a percebeis? Com efeito, estabelecerei um caminho no deserto, e rios em lugares ermos.
VULG Ecce ego facio nova, et nunc orientur, utique cognoscetis ea : ponam in deserto viam, et in invio flumina.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Isaías 43:19

Êxodo 17:6 Eis que eu estarei ali diante de ti sobre a rocha, em Horebe, e tu ferirás a rocha, e dela sairão águas, e o povo beberá. E Moisés assim o fez, diante dos olhos dos anciãos de Israel.
Números 20:11 Então, Moisés levantou a sua mão e feriu a rocha duas vezes com a sua vara, e saíram muitas águas; e bebeu a congregação e os seus animais.
Deuteronômio 8:15 que te guiou por aquele grande e terrível deserto de serpentes ardentes, e de escorpiões, e de secura, em que não havia água; e tirou água para ti da rocha do seixal;
Salmos 78:16 Fez sair fontes da rocha e fez correr as águas como rios.
Salmos 105:41 Abriu a penha, e dela brotaram águas, que correram pelos lugares secos, como um rio.
Isaías 35:6 Então, os coxos saltarão como cervos, e a língua dos mudos cantará, porque águas arrebentarão no deserto, e ribeiros, no ermo.
Isaías 40:3 Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai no ermo vereda a nosso Deus.
Isaías 41:18 Abrirei rios em lugares altos e fontes, no meio dos vales; tornarei o deserto em tanques de águas e a terra seca, em mananciais.
Isaías 42:9 Eis que as primeiras coisas passaram, e novas coisas eu vos anuncio, e, antes que venham à luz, vo-las faço ouvir.
Isaías 48:6 Já o tens ouvido; olha bem para tudo isto; porventura, não o anunciareis? Desde agora, te faço ouvir coisas novas e ocultas, que nunca conheceste.
Isaías 48:21 E Jacó não tinha sede, quando o levava pelos desertos; fez-lhe correr água da rocha; fendendo ele as rochas, as águas manavam delas.
Jeremias 31:22 Até quando andarás errante, ó filha rebelde? Porque o Senhor criou uma coisa nova na terra: uma mulher cercará um varão.
Lucas 3:4 segundo o que está escrito no livro das palavras do profeta Isaías, que diz: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai as suas veredas.
II Coríntios 5:17 Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.
Apocalipse 21:5 E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve, porque estas palavras são verdadeiras e fiéis.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

A TABELA DAS NAÇÕES

Gênesis 10 é às vezes chamado de "Tabela das Nações" e tem sido objeto de incontáveis estudos e comentários. Bem poucos textos do Antigo Testamento têm sido analisados de modo tão completo. Entretanto, continuam sem resposta perguntas importantes e variadas sobre sua estrutura, propósito e perspectiva. O que está claro é que a Tabela pode ser dividida em três secções: (1) os 14 descendentes de Jafé (v. 2-5); (2) os 30 descendentes de Cam (v. 6-20); (3) os 26 descendentes de Sem (v. 21-31). Cada secção termina com uma fórmula que é um sumário da narrativa precedente (v. 5b,20,31) em termos de famílias (genealogia/sociologia), línguas (linguística), terras (territórios/geografia) e nações (política). A tabela termina no versículo 32, que apresenta um sumário de todos os nomes da lista.
Existe, porém, um número imenso de maneiras de entender esses termos e interpretar o que as várias divisões representam. Por exemplo, as secções têm sido classificadas de acordo com:


Também se deve destacar que os nomes de Gênesis 10 são apresentados de formas diferentes: o contexto pode ser de uma nação (e.g., Elão, v. 22), um povo (e.g. jebuseu, v. 16), um lugar (e.g., Assur, v. 22) ou até mesmo uma pessoa (e.g., Ninrode, v. 8,9). Deixar de levar em conta essa estrutura mista encontrada na Tabela tem levado a numerosas conclusões sem fundamento. Por exemplo, não se deve supor que todos os descendentes de qualquer um dos filhos de Noé vivessem no mesmo lugar, falassem a mesma língua ou mesmo pertencessem a uma raça específica. Uma rápida olhada no mapa mostra que a primeira dessas conclusões é indefensável.
Por exemplo, os descendentes de Cam residem na África, em Canaã, na Síria e na Mesopotâmia. Mas o texto também não pode ser interpretado apenas do ponto de vista linguístico: a língua elamita (Sem) não é uma língua semítica, ao passo que o cananeu (Cam) tem todas as características de um dialeto semítico. Em última instância, tentativas de remontar todas as línguas existentes a três matrizes malogram porque as formas escritas mais antigas são de natureza pictográfica, e tais formas simbólicas não contribuem para uma classificação linguística precisa. Além do mais, os antropólogos ainda não chegaram a um consenso sobre o que constitui uma definição correta de "raça", o que enfraquece ainda mais quaisquer conclusões sobre grupos raciais representados na Tabela.

OS 14 DESCENDENTES DE JAFÉ

OS 30 DESCENDENTES DE CAM


OS 26 DESCENDENTES DE SEM


A Tabela das nações
A Tabela das nações

O CLIMA NA PALESTINA

CLIMA
À semelhança de outros lugares no mundo, a realidade climática dessa terra era e é, em grande parte, determinada por uma combinação de quatro fatores: (1) configuração do terreno, incluindo altitude, cobertura do solo, ângulo de elevação e assim por diante; (2) localização em relação a grandes massas de água ou massas de terra continental; (3) direção e efeito das principais correntes de ar; (4) latitude, que determina a duração do dia e da noite. Situada entre os graus 29 e 33 latitude norte e dominada principalmente por ventos ocidentais (oceânicos), a terra tem um clima marcado por duas estações bem definidas e nitidamente separadas. O verão é um período quente/seco que vai de aproximadamente meados de junho a meados de setembro; o inverno é um período tépido/úmido que se estende de outubro a meados de junho. É um lugar de brisas marítimas, ventos do deserto, terreno semidesértico, radiação solar máxima durante a maior parte do ano e variações sazonais de temperatura e umidade relativa do ar. Dessa forma, seu clima é bem parecido com certas regiões do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, conforme mostrado no gráfico da página seguinte.
A palavra que melhor caracteriza a estação do verão nessa terra é "estabilidade" Durante o verão, o movimento equatorial do Sol na direção do hemisfério norte força a corrente de jato (que permite a depressão e a convecção de massas de ar e produz tempestades) para o norte até as vizinhanças dos Alpes. Como consequência, uma célula estacionária de alta pressão se desenvolve sobre os Açores, junto com outra de baixa pressão, típica de monção, sobre Irã e Paquistão, o que resulta em isóbares (linhas de pressão barométrica) basicamente norte-sul sobre a Palestina. O resultado é uma barreira térmica que produz dias claros uniformes e impede a formação de nuvens de chuva, apesar da umidade relativa extremamente elevada. O verão apresenta o tempo todo um ótimo clima, brisas regulares do oeste, calor durante o dia e uma seca quase total. No verão, as massas de ar, ligeiramente resfriadas e umedecidas enquanto passam sobre o Mediterrâneo, condensam-se para criar um pouco de orvalho, que pode estimular o crescimento de plantas de verão. Mas as tempestades de verão são, em sua maioria, inesperadas (1Sm 12:17-18). Por outro lado, o inverno se caracteriza pela palavra "instabilidade". Nessa estação, massas de ar mais elevadas se aproveitam do caminho equatorial do Sol na direção do hemisfério sul e ficam tomadas de ar polar extremamente frio. A mistura dessas massas de ar pode criar várias correntes dominantes de alta pressão, e qualquer uma pode, imprevisivelmente, se chocar com o ar que serpenteia pela depressão mediterrânea.

1. A área de alta pressão atmosférica da Ásia é uma corrente direta de ar polar que pode chegar a 1.036 milibares. As vezes atravessa todo o deserto da Síria e atinge a terra de Israel, vindo do leste, com uma rajada de ar congelante e geada (Jó 1.19).
2. A área de alta pressão atmosférica dos Bálcãs, na esteira de uma forte depressão mediterrânea, consegue capturar a umidade de uma tempestade ciclônica e, vindo do oeste, atingir Israel com chuva, neve e granizo. Em geral esse tipo de sistema é responsável pela queda de chuva e neve no Levante (2Sm 23:20-1Cr 11:22; Jó 37:6; SL 68:14; Pv 26:1).
3. Uma área de alta pressão atmosférica um pouco menos intensa do Líbano pode ser atraída na direção do Neguebe e transportar tempestades de poeira que se transformam em chuva.


A própria vala do Mediterrâneo é uma zona de depressão relativamente estacionária, pela qual passam em média cerca de 25 tempestades ciclônicas durante o inverno. Uma corrente de ar mais quente leva cerca de quatro a seis dias para atravessar o Mediterrâneo e se chocar com uma dessas frentes. Caso essas depressões sigam um caminho mais ao sul, tendem a se desviar ao norte de Chipre e fazer chover pela Europa Oriental. Esse caminho deixa o Levante sem sua considerável umidade [mapa 21] e produz seca, que às vezes causa fome. 121 Contudo, quando seguem um caminho ao norte - e bem mais favorável - tendem a ser empurradas mais para o sul por uma área secundária de baixa pressão sobre o mar Egeu e atingem o Levante com tempestades que podem durar de dois a quatro dias (Dt 11:11-1Rs 18:43-45; Lc 12:54). O inverno é, então, a estação chuvosa (SI 29:1-11; Ct 2:11; At 27:12-28.2), que inclui igualmente "as primeiras e as últimas chuvas" (Dt 11:14; Jó 29.23; SI 84.6; Pv 16:15; )r 5.24; Os 6:3; Jl 2:23; Zc 10:1; Tg 5:7) .125 Os dias de chuva mais pesada coincidem com o período do clima mais frio, de dezembro a fevereiro (Ed 10:9-13; Jr 36:22), quando é frequente a precipitação incluir neve e granizo.
Em termos gerais, a precipitação aumenta à medida que se avança para o norte. Elate, junto ao mar Vermelho, recebe 25 milímetros ou menos por ano; Berseba, no Neguebe, cerca de 200 milímetros; Nazaré, na região montanhosa da Baixa Galileia, cerca de 680 milímetros; o jebel Jarmuk, na Alta Galileia, cerca de 1.100 milímetros; e o monte Hermom, cerca de 1.500 milímetros de precipitação (v. no mapa 19 as médias de Tel Aviv, Jerusalém e Jericó]. A precipitação também tende a crescer na direção oeste.
Períodos curtos de transição ocorrem na virada das estações: um entre o final de abril e o início de maio, e outro entre meados de setembro e meados de outubro. Nesses dias, uma massa de ar quente e abrasador, hoje conhecida popularmente pelo nome de "siroco" ou "hamsin", pode atingir a Palestina vinda do deserto da Arábia.127 Essa situação produz um calor tórrido e uma sequidão total, algo parecido com os ventos de Santa Ana, na Califórnia. Conhecida na Bíblia pelas expressões "vento oriental" (Ex 10:13; Is 27:8; Ir 18.17; Ez 19:12; Os 12:1-13.
15) e "vento sul" (Lc 12:55), às vezes um vento siroco pode durar mais de uma semana, ressecando vegetação mais frágil e causando mais do que uma ligeira irritação em seres humanos e animais. Os ventos orientais da Bíblia podiam fazer secar espigas (Gn 41:6), secar o mar (Ex 14:21), causar morte e destruição (Jó 1.19), carregar pessoas (Jó 27.21), naufragar navios (SI 48.7; Ez 27:26) e fazer as pessoas desfalecerem e perderem os sentidos (In 4.8). Em contraste, um "vento norte" favorecia e revigorava a vida (Jó 37.22; Pv 25:23). A palavra suméria para "vento norte" significa literalmente "vento favorável".

ARBORIZAÇÃO
Nos lugares onde a terra recebia chuva suficiente, a arborização da Palestina antiga incluía matas perenes de variedades de carvalho, pinheiro, terebinto, amendoeira e alfarrobeira (Dt 19:5-2Sm 18.6; 2Rs 2:24; Ec 2:6; Is 10:17-19). Mas o mais comum era a terra coberta pelo mato fechado e plantas arbustivas (maquis) típicas da bacia do Mediterrâneo (1s 17.15; 1Sm 22:5; Os 2:14). Com base em análises de uma ampla amostra de pólen e também de restos de plantas e sementes tirados do interior de sedimentos, o mais provável é que, na Antiguidade remota, a arborização original da Palestina fosse bem densa e às vezes impenetrável, exceto nas regiões sul e sudeste, que margeavam o deserto, Os dados atuais apontam, porém, para uma destruição cada vez maior daquelas florestas e vegetação, destruição provocada pelo ser humano, o que começou já por volta de 3000 a.C. Mas três períodos se destacam como particularmente danosos:

(1) o início da Idade do Ferro (1200-900 a.C.);
(2) o final dos períodos helenístico e romano (aprox. 200 a.C.-300 d.C.);
(3) os últimos 200 anos.


O primeiro desses ciclos de destruição é o que mais afeta o relato bíblico que envolve arborização e uso da terra. No início da Idade do Ferro, a terra da Palestina experimentou, em sua paisagem, uma invasão massiva e duradoura de seres humanos, a qual foi, em grande parte, desencadeada por uma leva significativa de novos imigrantes e pela introdução de equipamentos de ferro. As matas da Palestina começaram a desaparecer diante das necessidades familiares, industriais e imperialistas da sociedade. Na esfera doméstica, por exemplo, grandes glebas de terra tiveram de ser desmatadas para abrir espaço para a ocupação humana e a produção de alimentos (Js 17:14-18).
Enormes quantidades de madeira devem ter sido necessárias na construção e na decoração das casas (2Rs 6:1-7; Jr 10:3). Calcula-se que cada família necessitava de uma a duas toneladas de lenha por ano (Js 9:21-27; Is 44:14-17; Ez 15:1-8; Mc 14:54). E o pastoreio de rebanhos temporários de ovelhas e cabras teria arrancado plantas sazonais que eram suculentas, mas sem raiz profunda. Por sua vez, a ocupação da terra teria requerido o apoio de certas indústrias, muitas das quais exigiam enormes recursos de madeira que, com certeza, danificaram o delicado equilíbrio ecológico da Palestina. A madeira era queimada em fornos de cozimento e em fornalhas industriais. Era necessária para a produção e vitrificação de vidro e na manufatura de cal, gesso, tijolos, canos e tubos de terracota, utensílios de cozimento, ferramentas de ferro e tábuas de escrever (alguns textos eram, na realidade, gravados sobre tábuas de madeira). Certos subprodutos de madeira tinham utilidade industrial, como solventes de água, no curtimento e tingimento e na medicina.
Muita madeira era empregada na extração de pedras nas encostas de montanhas e no represamento de cursos d'água. Mais madeira era transformada em carvão para o trabalho de mineração, fundição e forja de metais 130 Grandes quantidades também eram consumidas em sacrifícios nos templos palestinos.
Por fim, ainda outras áreas de floresta eram devastadas como resultado do imperialismo antigo, fosse na produção de instrumentos militares (Dt 20:19-20), fosse em injustificadas atividades de guerra (2Rs 3:25; SI 83.14,15; Is 10:15-19; Jr 6:4-8), fosse no pagamento de tributo compulsório.131 Os efeitos do desmatamento foram marcantes e permanentes. Existem consideráveis indícios de que a concomitante perturbação das camadas superiores do solo da Palestina provocou uma erosão pelo vento e pela água bastante acelerada, com subsequente perda da fertilidade das camadas finas de solo nas encostas. Alguns conservacionistas do solo calculam que, como resultado do desmatamento ocorrido na 1dade do Ferro, mais de 90 centímetros de solo e subsolo foram irrecuperavelmente perdidos da Cadeia Montanhosa Central, o que fez com que a base rochosa de áreas significativas daquele terreno ficasse visível. Uma vez que as camadas superiores do solo foram seriamente comprometidas ou destruídas, os subsolos predominantemente improdutivos não conseguiram regenerar a arborização. Existem indícios convincentes de oscilações climáticas durante o período do Israel bíblico, mas praticamente nenhuma evidência de mudança significativa ou radical do clima. O desflorestamento desenfreado da região, com a consequente deterioração e deslocamento da camada superior fértil, provocou um desgaste gradual e inexorável do meio ambiente. O cenário mudou para pior e até mesmo os modernos esforços de reflorestamento ainda não se mostraram completamente bem-sucedidos.
É bem irônico que as atividades desenvolvidas pelos próprios israelitas tenham contribuído de forma significativa para essa diminuição do potencial dos recursos da terra, na Palestina da Idade do Ferro Antiga. O retrato da arborização da Palestina pintado pela Bíblia parece estar de acordo com esses dados. Embora haja menção frequente a certas árvores tradicionais que mais favorecem o comprometimento e a erosão do solo (oliveira, figueira, sicômoro, acácia, amendoeira, romázeira, terebinto, murta, bálsamo), a Bíblia não faz quase nenhuma referência a árvores que fornecem madeira de lei para uso em edificações (carvalho, cedro, cipreste e algumas espécies de pinheiro). E inúmeras vezes a mencão a estas últimas variedades tinha a ver com outros lugares - frequentemente Basã, monte Hermom ou Líbano (Iz 9.15; 1Rs 4:33; SI 92.12; Is 40:16; Ez 27:5-6; Zc 11:2). Aliás, o abastecimento aparentemente inesgotável de madeira pelo Líbano era famoso no mundo antigo; o Egito começou a importá-la já à época do Reino Antigo.133 Vários reis mesopotâmicos e assírios viajaram para o Líbano para conseguir cedro. Em particular, os reis assírios costumavam se vangloriar de que uma de suas maiores façanhas era terem escalado os cumes do Líbano e derrubado suas imensas árvores (Is 14:8).
Pelo fato de a Palestina praticamente não ter reservas de madeira de lei, Davi, quando se lançou a seus projetos de construção em Jerusalém, achou necessário fazer um tratado com Hirão, rei de Tiro (e.g., 25m 5.11; 1Cr 14:1). Quando deu início a seus inúmeros empreendimentos de construção, Salomão foi forçado a ratificar aquele tratado (1Rs 5:1-18; 7:2-12; 2Cr 2:1-16; 9:10-28). Fenícios de Tiro forneceram a Salomão tanto a matéria-prima quanto a tecnologia para construir sua frota de navios mercantes (1Rs 10:22; cf. Ez 27:5-9, 25-36). Durante todo o período da monarquia, a construção, mesmo em pequena escala, implicava conseguir no exterior a madeira de lei necessária, conforme Jeoás e Josias descobriram (2Rs 12:12-22.6). Certa vez, a madeira que estava sendo usada para construir uma cidade no Reino do Norte foi levada, como um ato de agressão, para construir cidades em Judá (2Cr 16:6).
A disponibilidade de madeira de lei nativa não melhorou no período pós-exílico. Como parte do decreto de Ciro, que permitiu aos judeus voltarem à sua terra para reconstruir o templo, o monarca persa lhes deu uma quantia em dinheiro com a qual deveriam comprar madeira no Líbano (Ed 3:7). Mas suspeita-se que, quando aquela madeira chegou a Jerusalém, foi desperdiçada em residências particulares, em vez de ser usada no templo (Ag 1:8, cp. v. 4). Mais tarde, quando Neemias foi ao rei Artaxerxes pedindo dispensa do cargo na corte para trabalhar para melhorar as condições de vida ao redor de Jerusalém, recebeu do rei cartas que lhe permitiram obter madeira para a reconstrução dos muros e portas da cidade (Ne 2:4-8). Ainda mais tarde, madeira necessária para a imensa empreitada de construção realizada por Herodes em Cesareia Marítima teve de ser importada, provavelmente da Itália. E até mesmo no século 19, quando Charles Warren precisou de tábuas de madeira para dar continuidade a seu trabalho arqueológico em Jerusalém, ele descobriu que madeira ainda estava entre os produtos mais escassos e mais caros da Palestina.

O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Inverno
O Clima no Oriente Médio no Inverno
Tabela do clima da Palestina
Tabela do clima da Palestina

HIDROLOGIA, SOLO E CHUVAS NA PALESTINA

HIDROLOGIA
Não é nenhuma coincidência que o principal deus do Egito (Amom-Rá) era uma divindade solar, o que também era o caso do líder do panteão mesopotâmico (Marduque) 108 Em contraste, o grande deus de Canaã (Baal) era um deus da chuva/fertilidade. Aí está um mito com consequências profundas e de longo alcance para quem quisesse viver em Canaã, mito que controlava boa parte da cosmovisão cananeia e, às vezes, até o pensamento israelita. O mito é um reflexo direto de certas realidades hidrológicas dessa terra. Dito de modo simples, nunca é preciso chover no Egito nem na Mesopotâmia. Cada uma dessas terras antigas recebeu uma rica herança: um grande rio. Do Nilo e do Eufrates, respectivamente, as civilizações egípcia e mesopotâmica tiravam seus meios de subsistência, irrigavam suas plantações e davam água a seus rebanhos e manadas. Cada um desses rios fornecia um enorme suprimento de água doce, mais do que poderia ser consumido pelas sociedades que eles alimentavam e sustentavam. Enquanto houvesse chuva suficiente a centenas e centenas de quilômetros de distância, nas montanhas da Etiópia e Uganda (no caso do Nilo) e nas regiões montanhosas e acidentadas do leste da Turquia (no caso do Eufrates).
não seria necessário chover no Egito nem em boa parte da Mesopotâmia. E, na verdade, raramente chovia! Naquelas regiões, a sobrevivência dependia do sustento proporcionado por rios que podiam ser usados com proveito no ambiente parecido com o de uma estufa, criado pelo calor do sol ao longo de suas margens.
Num contraste gritante com isso, em Canaã a sobrevivência dependia justamente da chuva. Nessa terra não havia nenhum grande rio, e os parcos recursos fluviais eram incapazes de atender às necessidades dos habitantes. É certo que o rio Jordão atravessava essa terra, mas, do mar da Galileia para o sul. ele ficava numa altitude tão baixa e estava sempre tão cheio de substâncias químicas que, em essência, a sociedade cananeia estava privada do eventual sustento que o lordão poderia lhe proporcionar. Em meio à têndência histórica de civilizações surgirem ao longo das margens de rios, o Jordão aparece como evidente exceção Fora o lordão. em Canaã havia apenas um pequeno volume de água doce subterrânea. Na Antiguidade, o rio Jarcom, que se forma nas fontes perto de Afeque e deságua no Mediterrâneo logo ao norte de Jope, produzia umidade suficiente para forcar viajantes a se deslocarem mais para dentro do continente, mas só no século 20 seus recursos foram finalmente aproveitados. O rio Ouisom, que drena parte do vale de Jezreel antes de desaguar no Mediterrâneo, na altura da planície de Aco, na maior parte do ano é pouco mais do que um riacho. E o rio Harode, que deságua no lordão em frente de Bete-Sea, mana de uma única fonte situada no sopé do monte Gilboa. De modo que os cananeus e até mesmo a comunidade da aliança de Deus experimentariam, nessa terra, a sobrevivência ou a morte, colheitas boas ou más, a fertilidade ou a seca, justamente como consequência de tempestades que podiam lançar sua chuva numa terra que, de outra forma, era incapaz de suster a existência humana. Para os autores das Escrituras, um padrão recorrente, até mesmo estereotipado, é pregar que a fé produz bênçãos enquanto a falta de fé resulta em condenação. Talvez nada mais ressaltasse esse padrão com tanta força do que a dependência da chuva. Por exemplo, perto do momento de Israel se tornar nação, o povo foi instruído sobre as consequências da fé: "Se [.] guardardes os meus mandamentos [..) eu vos darei chuvas no tempo certo, a terra dará seu produto [...] Mas, se não me ouvirdes [...] farei que o céu seja para vós como ferro, e a terra, como bronze [...] a vossa terra não dará seu produto" (Lv 26:3-20). Mais tarde, quando estava na iminência de se lancar em sua missão de ocupar Canaã, o povo recebeu as descrições mais vívidas e completas das características hidrológicas daquela terra. "Pois a terra na qual estais entrando para tomar posse não é como a terra do Egito, de onde saístes, em que semeáveis a semente e a regáveis a pé [referência ou a um tipo de dispositivo usado para puxar água que era movimentado com os pés ou a comportas de irrigação que podiam ser erguidas com os pés para permitir que as águas entrassem em canais secundários], como se faz a uma horta; a terra em que estais entrando para dela tomar posse é terra de montes e de vales, que bebe as águas da chuva do céu; terra cuidada pelo SENHOR, teu Deus, cujos olhos estão continuamente sobre ela, desde o princípio até o fim do ano" (Dt 11:10-12).
O autor bíblico passa então a fazer um contraste entre a fé e a fertilidade (v. 13-17). Na prática, sua mensagem era a de que, se os israelitas obedecessem aos mandamentos de Deus, ele lhes enviaria tanto as primeiras como as últimas chuvas, a fim de que o povo pudesse armazenar cereais, vinho e azeite. Mas, caso seus corações manifestassem falta de fé, na sua ira Deus trancaria os céus e não haveria nenhuma chuva. Então, parece claro que naquela terra a fertilidade dependia da fé e a própria vida estava em risco devido à falta de chuva, o que resultava em seca e fome. Ademais, os dois textos acima apresentam uma mensagem que é repetida em muitas outras passagens, em cada seção e gênero de literatura biblica: é Deus que, na sua benevolência - mediante a dádiva da bênção da chuva - sustenta a vida na terra da promessa (e.g., Dt 28:12-2Cr 7.13,14; J6 5.10; 28.25,26; 36.27,28; SI 65:9-13 135:7-147.8,18; Is 30:23-25; Ez 34:26; Os 6:3; Am 9:6; Zc 10:1; MI 3.10; Mt 5:45; At 14:17; Hb 6:7). De modo análogo, Deus tem a prerrogativa soberana de reter a chuva como sinal de sua insatisfação e juízo (e.g., Dt 28:22-24; 1Rs 8:35-36; 17.1; 2Cr 6:26-27; Jó 12.15; Is 5:6; Jr 3:3-14:1-6; Am 4:7-8; Zc 14:17). 110 Parece que os autores das Escrituras empregaram essa realidade teológica justamente por causa das implicações hidrológicas dinâmicas que teriam sido por demais óbvias para quem quer que tentasse sobreviver em Canaã. Para o israelita antigo, a chuva era um fator providencialmente condicionado.
As vezes, na história de Israel, Deus ficou tão descontente com o comportamento de seu povo que não lhes deu nem a chuva nem o orvalho (e.g., 1Rs 17:1; Ag 1:10-11; cp. Gn 27:39-25m 1.21; Is 26:19; Os 14:5; Jó 29.19). 112 Com certeza, poucos agricultores na América do Norte ou Europa tiveram boas colheitas principalmente como resultado de orvalho.
Entretanto, no Israel antigo, onde a água era escassa e inacessível, exceto aquela proveniente do céu, em certas estações do ano o crescimento das plantações dependia totalmente da formação do orvalho. Isso era ainda mais válido quando uvas e figos estavam amadurecendo no início do outono, logo antes das "primeiras chuvas" 13 Em circunstâncias normais, a cada ano, a planície Costeira ao sul de Gaza, o vale de lezreel no centro (Iz 6:36-40), o elevado monte Carmelo e o Neguebe Ocidental experimentam - todos eles - cerca de 250 noites de orvalho. Alguns estudiosos têm, com bons motivos, chegado a afirmar que a conexão entre chuva, fé e vida pode ser a melhor explicação por que, depois de atravessarem o Jordão e passarem a residir em Canaã, os israelitas puderam apostatar com tanta rapidez e de modo tão completo. Talvez nenhuma geração de israelitas que viveu antes da época de Cristo tenha experimentado de forma mais convincente o elemento do milagre divino do que aqueles que participaram da ocupação de sua terra. Contudo, seus filhos e netos ficaram rápida e completamente fascinados pelo deus Baal e pelo baalismo cananeu (z 6:25-32; 15m 4:5-8; 1Rs 16:32-33; 19:10-14), e o sincretismo deles se tornou o tema triste e recorrente do livro de Juízes. Aqueles dessa geração posterior não deram ouvidos às exortações proféticas e logo descobriram que, na prática, eram cananeus - pessoas que, por meio do culto da fertilidade, procuravam garantir que houvesse chuva suficiente. O baalismo cananeu estava envolvido com uma cosmovisão cíclica (e não com uma linear), em que o mundo fenomênico, a saber, as forças da natureza, era personificado. Dessa maneira, os adeptos do baalismo eram incapazes de perceber que as estações do ano eram de uma periodicidade regular e mecânica. A variação e a recorrência das estações eram vistas em termos de lutas cósmicas. Quando a estação seca da primavera começava com a consequente cessação de chuva e a morte da vegetação, inferiam erroneamente que o deus da esterilidade (Mot) havia assassinado seu adversário, Baal. Por sua vez, quando as primeiras chuvas do outono começavam a cair, tornando possível a semeadura e, mais tarde, a colheita, de novo o baalismo cometia o erro de inferir que o deus da fertilidade (Baal) havia ressuscitado e retornado à sua posição proeminente.
Ademais, o fracasso do baalismo cananeu em perceber que a variação das estações era governada pela inevitabilidade das leis da Natureza levou à crença de que o resultado das lutas cósmicas era incerto e que os seres humanos podiam manipulá-lo. Como consequência, quando desejavam que suas divindades realizassem certas ações, os cananeus acreditavam que podiam persuadi-las a isso, realizando eles próprios as mesmas ações num contexto cultual, uma prática conhecida hoje em dia como "magia imitativa ou simpática". Para eles, o triunfo contínuo de Baal equivalia à garantia de fertilidade duradoura. Esse desejo deu origem à prostituição cultual, em que, conforme acreditavam, as ações de um homem ou uma mulher consagrados a essa atividade ativamente antecipavam e causavam o intercurso de Baal com a terra e dele participavam (entendiam que a chuva era o sêmen de Baal). De acordo com a adoração da fertilidade em Canaã, quando Baal triunfava, as mulheres ficavam férteis, os rebanhos e manadas reproduziam em abundância e a lavoura era repleta de cereais. Os profetas, a começar por Moisés, atacaram fortemente a adoção indiscriminada dessa abominação (Dt 4:26; cp. Jr 2:7-8,22,23; 11.13; Os 4:12-14; Mq 1:7). Mas, apesar de todas as advertências, ao que parece a realidade hidrológica da terra levou os israelitas a suporem que também necessitavam de rituais cananeus para sobreviver num lugar que dependia tanto da chuva (1Sm 12:2-18; 1Rs 14:22-24; 2Rs 23:6-7; 2Cr 15:16: Jr 3:2-5; Ez 8:14-15; 23:37-45). Israel logo começou a atribuir a Baal, e não a lahweh, as boas dádivas da terra (Is 1:3-9; Jr 2:7; Os 2:5-13) e, por fim, os israelitas chegaram ao ponto de chamar lahweh de "Baal" (Os 2:16). O tema bíblico recorrente de "prostituir-se" tinha um sentido muito mais profundo do que uma mera metáfora teológica (Jz 2:17-8.27,33; 1Cr 5:25; Ez 6:9; Os 4:12-9.1; cp. Dt 31:16-1Rs 14.24; 2Rs 23:7). Além do mais, no fim, a adoção dessa degeneração contribuiu para a derrota e o exílio de Israel (e.g., 1Cr 5:26-9.1; SI 106:34-43; Jr 5:18-28; 9:12-16; 44:5-30; Ez 6:1-7; 33:23-29).
É muito provável que a expressão característica e mais comum que a Bíblia usa para descrever a herança de Israel - "terra que dá leite e mel" - trate igualmente dessa questão de dependência da chuva. Os ocidentais de hoje em dia conseguem ver, nessa metáfora, uma conotação de fertilidade e abundância exuberantes, de um paraíso autêntico ou de um jardim do Éden luxuriante. Mas a expressão pinta um quadro bem diferente. Para começar, o "princípio da primeira referência pode ser relevante para essa metáfora: quando a expressão surge pela primeira vez no cânon e na história de Israel, é especificamente usada para contrastar a vida de Israel no Egito com a vida tal como seria em Canaã (Êx 3.8,17). E, embora também se empregue a metáfora para descrever a terra da aliança de Deus com Israel (Dt 6:3-31.20; Is 5:6; Jr 11:5), de igual forma as Escrituras, mais tarde, utilizam a metáfora para tornar a apresentar esse forte contraste entre o Egito e Cana (e.g., Dt 11:9-12; 26.8,9; Jr 32:21-23; Ez 20:6). Nesse aspecto, o texto de Deuteronômio 11:8-17 é especialmente revelador: aí a terra de leite e mel será um lugar em que a fertilidade estará condicionada à fé em contraste com a fertilidade garantida do Egito.
Os produtos primários envolvidos também parecem não apontar para a noção de fertilidade exuberante (cp. Is 7:15-25). A palavra para "leite" (halab) é usada com frequência para designar o leite de cabra e ovelha (Êx 23.19; Dt 14:21-1Sm 7.9; Pv 27:26-27), raramente para se referir ao leite de vaca (Dt 32:14) e nunca ao de camela. Ocasionalmente a palavra para "mel" (debash) é interpretada como referência a uma calda ou geleia feita de uvas ou tâmaras ou secretada por certas árvores, mas é quase certo que, nesse contexto, deve se referir ao mel de abelha. A palavra é usada especificamente com abelhas (d°bórá, cp. Jz 14:8-9) e aparece com vários vocábulos diferentes que designam favo (Pv 24:13; Ct 4:11; cp. 1Sm 14:25-27; SI 19.10; Pv 16:24; Ct 5:1). Na descrição encontrada em textos egípcios mais antigos, Canaã tinha seu próprio suprimento de mel,16 uma observação importante à luz do fato bem estabelecido de que a apicultura doméstica era conhecida no Egito desde tempos remotos. Escavações arqueológicas realizadas em 2007 na moderna Rehov/Reobe, logo ao sul de Bete-Sea, encontraram vestígios inconfundíveis de apicultura doméstica em Canaã, datada radiometricamente do período da monarquia unida. Além de mel, restos tanto de cera de abelha quanto de partes de corpos de abelha foram tirados do apiário, e acredita-se que as fileiras de colmeias achadas ali até agora eram capazes de produzir até 450 quilos de mel todos os anos.
Os produtos primários indicados na metáfora que descreve a terra têm de ser leite de cabra e mel de abelha: os dois itens são produtos de condições topográficas e econômicas idênticas (Is 7:15-25; J6 20,17) e de áreas de pastagem não cultivadas. Nenhum é produto de terra cultivada. Diante disso, deve-se concluir que os produtos primários de leite e mel são de natureza pastoril e não agrícola. Portanto, a terra é descrita como uma esfera pastoril.
É possível perceber o peso dessa última observacão quando se contrastam o leite e o mel com os produtos primários do Egito, citados na Bíblia (Nm 11:4-9). Enquanto andava pelo deserto, o povo de Israel se desiludiu com a dieta diária e monótona de maná e passou a desejar a antiga dieta no Egito (peixe, pepino, melão, alho-poró, cebola e alho). Além de peixe, os alimentos pelos quais ansiavam eram aqueles que podiam ser plantados e colhidos. Em outras palavras. enquanto estavam no Egito, a dieta básica dos israelitas era à base de produtos agrícolas e nada há nesse texto sobre a ideia de pastoralismo. O Egito parece ser apresentado basicamente como o lugar para o lavrador trabalhar a terra, ao passo que a terra da heranca de Israel é basicamente apresentada como o lugar para o pastor criar animais. Isso não quer dizer que não houvesse pastores no Egito (ep. Gn 46:34) nem que não houvesse lavradores em Canaã (cp. Mt 22:5); mas dá a entender que o Egito era predominantemente um ambiente agrícola, ao passo que Canaã era predominantemente de natureza pastoril. Ao se mudar do Egito para uma "terra que dá leite e mel", Israel iria experimentar uma mudanca impressionante de ambiente e estilo de vida É provável que isso também explique por que a Bíblia quase não menciona lavradores, vacas e manadas e, no entanto, está repleta de referências pastoris:


Desse modo, dizer que a terra dava "leite e mel" servia a três propósitos básicos. A expressão: (1) descrevia a natureza distintamente pastoril do novo ambiente de Israel; (2) fazia um contraste entre aquele ambiente e o estilo de vida que Israel havia tido no Egito; (3) ensinava o povo que a fertilidade/ sobrevivência em sua nova terra seria resultado da fé e consequência da obediência. Os israelitas não seriam mais súditos egípcios vivendo no Egito, mas também não deveriam se tornar súditos cananeus vivendo em Canaã. Deviam ser o povo de Deus, povo que teria de viver uma vida de fé nesse lugar que Deus escolhera e que dependia tanto de chuva (as vezes denominada geopiedade). À luz dos difíceis condições hidrológicas da terra, a necessidade de conservar os escassos suprimentos de água devia ser determinante. Por esse motivo, a Bíblia está repleta de referências à água e a itens relacionados, com aplicações tanto positivas quanto negativas. Encontramos menção a:


Na época do Novo Testamento, tecnologias hídricas gregas e romanas aliviaram em parte a dificílima situação de abastecimento de água para algumas cidades principais.
O Império Romano foi particularmente bem-sucedido em transportar água, às vezes por muitos quilômetros, desde sua(s) fonte(s) até as principais áreas urbanas. Uma tecnologia sofisticada criou aquedutos tanto abertos quanto fechados - canais de água que podiam ter várias formas de canalização (pedra, terracota, chumbo, bronze e até madeira). Alguns dos canais foram construídos acima da superfície e outros, abaixo.
Além do enorme trabalho exigido pelas imensas construções, esses sistemas também requeriam considerável capacidade e sofisticação de planejamento. Os romanos tiraram vantagem da força da gravidade, mesmo durante longas distâncias, em terreno irregular ou montanhoso. Em certos intervalos, colocaram respiradouros para reduzir problemas de pressão da água ou do ar e para possibilitar que os trabalhadores fizessem o desassoreamento. Também utilizaram sifões para permitir que a água subisse até recipientes acima de um vale adjacente, mas abaixo do nível da fonte da água. Junto com uma rede de aquedutos, os romanos criaram muitos canais abertos, comportas, redes de esgoto, diques e reservatórios de água.
Como resultado, a maioria da população urbana do Império Romano desfrutava de banhos públicos, latrinas e fontes. Alguns tinham acesso a piscinas e até mesmo lavagem de louça. Na Palestina em particular, introduziu-se o banho ritual (mikveh).

Os solos da Palestina
Os solos da Palestina
Montanhas e rios da Palestina
Montanhas e rios da Palestina
Índice pluviométrico na Palestina
Índice pluviométrico na Palestina

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

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Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Isaías Capítulo 43 do versículo 1 até o 28
E. "Vós Sois MEUS". Eu Sou o vosso "SANTO", Is 43:1-44.5

Do ponto de vista teológico, este é um texto tremendamente significativo. Agora o poeta canta o livramento, após ter falado do Libertador em Is 41 ; 42. A recipro-cidade mútua do relacionamento divino-humano é relatada no tema dessa seção do nos-so esboço. Se Deus é o Autor dos castigos do seu povo (42.25), Ele também é o Autor da sua redenção, agregação e transformação. Eles, por sua vez, são suas testemunhas entre todas as nações do fato de que Ele é o Deus vivo. Ele os escolheu e os tornou seu "exem-plo" para provar que somente Ele é Deus e Salvador.

1. A Garantia da Redenção (43:1-8)

  1. A preservação é prometida (43:1-2). A mensagem confortadora do Deus Eterno para a criatura que Ele formou é o fato de que Israel é sua "possessão comprada" e é chamado pelo seu nome (1). Adam Clarke argumenta que a tradução deveria ser a se-guinte: "Eu os chamei pelo Meu nome". Dar nome significa uma escolha pessoal e uma apropriação. Águas [...] rios [...] fogo (2) são todos símbolos de perigo. Mas na presença do Grande Companheiro, Israel não tem nada a temer. Havia falta de pontes no Oriente Médio. Não existe a palavra ponte no hebraico bíblico. Mas a promessa de Deus é que os rios transbordantes não arrastarão o seu povo, e o fogo também não os queimará.
  2. O preço do resgate é pago (43.3). O Deus de Israel lembra o seu povo que Ele já tinha dado o Egito, o Sudão e a Etiópia como preço pelo seu resgate. O verbo no hebraico está no tempo perfeito; assim, não se refere a um resgate futuro a ser pago a Ciro para deixar que os cativos retornem da Babilônia. As três nações mencionadas eram o objeto da fúria de Senaqueribe. Ao passar pela pequena Jerusalém, ele nunca a conquistou. Portanto, o Santo de Israel tinha negociado essas três nações para libertar a pequena Judá.

  1. Uma possessão valiosa (43.4). Na redenção, o amor de Deus alcança sua obra máxima. "Tão preciosa, tão honrada, tão ternamente amada, que estou pronto a entre-gar a humanidade em seu lugar, um mundo para salvá-la" (Knox). Deus está disposto a sacrificar todo o mundo por esse pequeno povo, visto que este pequeno povo deve se tornar povo para todo o mundo. Que relacionamento "Eu — Vós" esplendoroso é esse!
  2. A reabilitação é prometida (43:5-8). O Deus eterno vai reivindicar seus filhos e filhas (6) das quatro extremidades da terra. No tempo de Isaías, uma dispersão bastan-te ampla dos hebreus havia ocorrido, como os arqueólogos agora reconhecem. Mas como Deus ordenou a Faraó que deixasse seu povo ir, assim Ele promete ordenar o mesmo a todas as nações. "Restaurarei ... Todo aquele que é chamado pelo meu nome é minha criatura, criado e formado para minha glória" (7, Knox).

Em Is 43:1-7, encontramos a descrição do "Povo Destemido de Deus".

1) Eles são pos-sessão dele pela criação, v. 1, e pela redenção, v. 2;

2) eles são protegidos pela sua presen-ça, v. 2;

3) sua posteridade conhecerá a salvação de Deus, v. 5 (G. B. Williamson).

"Traga-o para fora, para a luz do dia, esse povo meu que tem olhos e não consegue ver, tem ouvidos, e não consegue ouvir" (8, Knox). "O versículo 8 é o clímax da transfor-mação que torna o servo pronto para a tarefa".' Isso provavelmente se refere ao Israel ainda não convertido, embora Clarke aplique esse texto aos gentios.

2. A Promessa do Cumprimento (43:9-13)

Somente o Deus Eterno pode prometer e cumprir. Assim, mais uma vez 1saías leva as nações diante do tribunal com as três personagens desse drama: Deus, as nações e Israel.

  1. Chamando as testemunhas (43:9-10). Quem dentre eles pode anunciar (9) que têm deuses que são os senhores da história? Não são esses ídolos sem vida, mas o Deus vivo quem tem dado a interpretação dos eventos passados mesmo antes de eles acontece-rem. Que as nações apresentem testemunhas a favor dos seus deuses pagãos! O Eterno também tem referências; e Ele declara a Israel: Vós sois as minhas testemunhas (10). Aqui os pronomes são enfáticos. Vós e minhas indicam que o povo de Deus não existe para si mesmo. Eles precisam ser as testemunhas de Deus para que saibas [...] creiais [...] e entendais o real propósito e significado da eleição deles. Antes de mim deus nenhum se formou e depois de mim nenhum haverá indica que o Senhor não tem nem predecessor nem sucessor. Os advérbios de tempo não devem ser construídos de tal maneira que o resultado indique uma Deidade temporal. Deus não é uma criatura presa a tempo e espaço. Por isso, seu nome é Eterno.
  2. Deus toma a posição de testemunha (43:11-13). Eu, eu, o Eterno, sou o único Salvador (11). Eu anunciei [...] eu salvei e "anunciei" (12, NVI), e não foi nenhum deus estranho que fez essas coisas no meio de vocês; pois vós sois minhas testemu-nhas [...] que eu sou Deus. Deuses pagãos não oferecem nenhuma revelação, e não foi nenhuma deidade pagã que planejou e executou o êxodo do Egito. Mas como um dia sucede ao outro, eu permaneço o mesmo, com o mesmo poder e mantendo os destinos de todos em minhas mãos; operando eu, quem impedirá? (Cf. 9:12-11.10).

3. Um Novo Êxodo é Predito (43:14-21)

Vamos agora para uma seção em que Isaías ressalta o fato de que a redenção é pela graça (43.14 44.5). O Santo de Israel (14) é o Orador. A iminente obra de redenção é predita (43:14-21), razão pela qual a graça é livre (43:22-28) ; e o resultado completo disso é o Espírito de Deus derramado, produzindo membros leais em abundância (44:1-5).

  1. A frustração da Babilônia (43:14-15). "Assim diz o Senhor, seu Salvador, o Santo de Israel: Por amor a vós, enviei à Babilônia e trouxe de volta todos os fugitivos e os caldeus que se gloriam em seus navios. Eu sou o Senhor, o vosso Santo, o Criador de Israel, vosso Rei" (Versão Peshitta [Lamsa]).'
  2. O Deus do Êxodo fala (43:16-17). O mesmo Deus que subjugou Faraó com seu exército e seus carros no mar Vermelho promete livramento agora. O Deus que pode transformar o mar (16) em uma estrada, e afundar carro e cavalo, o exército e a força (17) como chumbo abaixo das suas águas, também é capaz de tornar extintos os inimigos de Israel como se fossem apagados como um pavio.
  3. Algo novo num futuro próximo (43:18-21). O Deus que secou as águas tem o poder de suprir água em abundância no livramento vindouro (18). Que o povo de Deus, portan-to, se volte da memória para a esperança, porque aqueles eventos notáveis do passado anunciam eventos decisivos no futuro (19). Aquele que prepara caminhos pelo mar tam-bém preparará um caminho no deserto e fará com que rios brotem do meio do deserto. Assim, os habitantes do deserto honrarão o Deus eterno por causa dessa mudança em seu hábitat. Porque o Deus que deu de beber a Israel na sua caminhada pelo deserto pode repetir o milagre por amor do seu eleito (20), para que esse povo escolhido dê louvor a Ele (21). Assim como o Êxodo é significativo para os santos do Antigo Testa-mento, a Ressurreição e o novo nascimento são importantes para os que seguem a fé do Novo Testamento. A maior conseqüência da profecia de Isaías é um livramento do cati-veiro e da escravidão do pecado, e um novo êxodo da Babilônia dos ímpios.

4. O Indigno Israel e o Deus Perdoador (43:22-28)

O Eterno agora declara a acusação ao indiferente Israel. Para toda provisão e pro-messas de Deus a resposta deles não tem sido adoração mas sim indiferença e pecado.

  1. Cansados de Deus (43.22). Tu não me invocaste [...] mas te cansaste de mim. Uma nação cansada do seu Deus faz apenas uma coisa: se volta a outros deuses, porque o homem é irremediavelmente religioso. Esse foi o caso de Jacó e Israel. Cansados de Deus, eles se voltaram para uma nova fé nos deuses de aliados pagãos. Aqui temos um vislumbre da dor do coração do Eterno. A adoração oferecida de má vontade não é verdadeira adoração.
  2. Deus não é um tirano religioso (43.23). Nem me honraste com os teus sacrifí-cios.' Os muitos holocaustos de gado miúdo pela manhã e à noite, as ofertas ofereci-das e o incenso no altar de ouro não davam prazer ao coração de Deus visto que Israel não os oferecia de coração. "O Senhor não requer ofertas generosas e caras, mas uma confiança nele e submissão à sua vontade".'
  3. A oferta de Israel não era em sinceridade, mas em pecados (Is 43:24; cf. Is 1:11-14). "Você me sobrecarregou com seus pecados" (NVI). "Fui sobrecarregado com seus peca-dos; fui afligido com sua incredulidade" (Knox).
  4. Graça e juízo (43:25-28). Deus perdoa porque Ele é Deus. Eu, eu mesmo, sou (25) o que oferece perdão e apaga transgressões (cf. 1.18).' Por amor de mim, diz Deus. Nenhuma razão é dada além da sua própria infinita bondade. "Sou eu, sempre eu, que devo apagar tuas ofensas, por amor da minha honra, apagando da memória os teus pecados" (Knox).

Israel nada tem a alegar a não ser declarar-se culpado (26-28). Procura lembrar-me (26) — Venham, vamos resolver o problema com uma discussão franca! Se eu deixei de fazer alguma coisa em seu favor, lembrem-me! O que vocês podem oferecer como argumento para sua autojustificação? Teu primeiro pai pecou (27). Esse poderia ser tanto Abraão como Jacó (visto que Adão é o pai não somente de Israel, mas de toda a humanidade). Archer talvez esteja certo ao escrever: "Do ponto de vista das leis da justi-ça, os judeus não tinham nenhum direito de defesa, porque mesmo seu antigo pai da aliança era culpado de pecado (ao mentir a Faraó e Abimeleque acerca da sua esposa), e os seus líderes espirituais se voltaram contra Deus"» Tanto o povo como seus governantes eram culpados; por isso, ambos devem suportar seus castigos. "Pela culpa do teu primei-ro pai, pela rebelião dos teus próprios porta-vozes contra mim, eu desonrei os teus governantes invioláveis, entreguei Jacó para destruição e Israel à zombaria dos seus inimigos" (27-28, Knox). Clarke, no entanto, traduz essa passagem, como faz a Peshitta e muitos tradutores mais recentes: "Teus governantes têm profanado meu santuário", enquanto o grego (Septuaginta) diz: "Os governantes têm corrompido minhas coisas sa-gradas".' O pecado, portanto, é o motivo da destruição e opróbrio do povo de Deus, por-que o pecado é opróbrio para qualquer nação (Pv 14:34).


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Isaías Capítulo 43 versículo 19
Notar a contraposição entre as coisas passadas e a coisa nova que está a ponto de aparecer. As coisas do passado são as ações que o SENHOR realizou na antiguidade, especialmente o êxodo, que tornou possível a libertação dos israelitas escravizados no Egito. A coisa nova é a libertação prometida aos cativos na Babilônia, que o profeta descreve como um novo êxodo, mais espetacular e glorioso que o antigo. Conforme Is 52:11-12.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Isaías Capítulo 43 do versículo 1 até o 28
*

43.1-7 Deus estabelecerá uma nova comunidade.

* 43:1

que te criou. Ver nota em 4.5.

que te formou. Ver nota em 27.10,11.

Não temas. Ver nota em 10.24; 35.4.

eu te remi. Ver nota em 35.8,9.

chamei-te pelo teu nome. O Senhor chamara-os para serem o seu povo, e ele os conhecia por nome (v. 3, nota; 45.3; 49.1; 62.2; Jo 10:3; Ap 2:17). A bênção fundamental da aliança divina é expressa em Jr 30:22: “Vós sereis o meu povo, eu serei o vosso Deus”. Ver também Êx 6:7; Lv 11:45; Jr 11:4.

* 43:2

pelas águas... pelo fogo. Essas palavras descrevem a aflição através das quais Deus levará seu povo até à segurança (Sl 66:6,12).

* 43:3

Egito... Etiópia... Sebá. Sebá, provavelmente, é o sul da Arábia, ou a Eritréia. Quanto à Etiópia, ver Sl 68:31, nota. O Senhor escolheu Israel acima dessas nações (Sl 147:20; Am 3:1,2), e transferiu as terras deles para o seu povo (Dt 4:20,37,38; Js 24:13; Sl 78:55).

* 43:4

precioso... digno de honra. O povo de Deus é exaltado pela eleição (49.5; Êx 19:5; Dt 7:6-8).

* 43:8

é cego, e surdo. Aqui, uma vez mais, temos menção à comunidade dos rebeldes. Ver notas em 29.18; 42.18,19. Espiritualmente “cego” e “surdo”, Israel cumpre as profecias do Senhor, a despeito de si mesmo.

* 43:9

as predições antigas? Ver 41.22, nota.

* 43:10

o meu servo. Ver notas em 20.3; 41.8; 42.1.

* 43:13

antes que houvesse dia. Somente o Senhor, na antiguidade, quis a redenção de seu povo (40.21; 41.4).

nenhum há que possa livrar. Ver Dt 32:39.

* 43:14

o que vos redime. Ver 35.9; 41.14 e notas.

* 43:16

no mar... nas águas impetuosas. Isaías referiu-se à travessia do mar Vermelho (Êx 14 e 15).

* 43:17

o carro e o cavalo, o exército e a força. O profeta relembra aqui os carros de combate do Egito, que foram destruídos diante da face do Senhor (conforme 31.1).

* 43:19

coisa nova. O êxodo do Egito era menos importante do que a nova era da redenção (42.9, nota).

um caminho no deserto. Ver nota em 40.3.

rios no ermo. Ver nota em 41.18.

* 43:20

Os animais do campo... os filhotes de avestruzes. Essas criaturas estão associadas a áreas desoladas (34.11-15). Ver nota em 13 20:22.

águas. Essa palavra nos faz lembrar a provisão de Deus no deserto (Êx 15:22-26). Ver nota em 1.30.

meu povo. Ver notas nos vs. 1,3.

* 43:22

não me tens invocado... te cansaste. Em lugar de ter apresentado oferendas e sacrifícios, os israelitas ficaram endurecidos em seus pecados.

* 43:23

Não me trouxeste o gado miúdo. O povo de Israel observava várias práticas religiosas, mas os animais não eram necessariamente oferecidos a Deus. Quanto ao vazio dos sacrifícios que não passam de meros rituais externos, ver Jr 7:21-23, nota.

* 43:24

cana aromática. Uma planta aromática, possivelmente a cana de açúcar.

* 43:25

Eu, eu mesmo. Uma repetição para efeito de ênfase.

apago... não me lembro. Deus perdoa os nossos pecados, conforme Israel tinha experimentado após o incidente do bezerro de ouro (Êx 34:6,7; conforme Lc 5:21). O Senhor promete graciosamente perdoar e estabelecer a sua palavra (37.35; 42.21; 48.9,11).

* 43:26

apresenta as tuas razões. Eles estavam condenados, incapazes de refutar as acusações de Deus.

* 43:27

Teu primeiro pai. Jacó foi o pai das doze tribos (Os 12:2,3).

guias. Esses são os líderes religiosos, incluindo os profetas e os sacerdotes.

* 43:28

os príncipes... ao opróbrio. A tribo de Judá foi envergonhada pela destruição do templo e do exílio de seu povo (63.18; conforme 2Rs 25:18-21).



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Isaías Capítulo 43 do versículo 1 até o 28
43.1ss O capítulo 42 termina com a tristeza de Deus pela decadência espiritual de seu povo. No capítulo 43, Deus diz ao povo que, apesar de seu fracasso espiritual, O lhes mostrará misericórdia, trará-os de volta do cativeiro e os restaurará. Derramaria-lhes amor e não ira. Então o mundo saberia que unicamente Deus tinha feito isto.

43.1-4 Deus criou ao Israel fazendo-o especial para O. Redimiu-a e a chamou por seu nome para que fossem do. Deus protegeu ao Israel em tempos difíceis. Nós somos importantes para Deus, também nos chama por nome e nos dá seu nome (43.7)! Quando levarmos seu maravilhoso nome, nunca devemos fazer nada que lhe envergonhe.

43:2 Ao passar por águas de tribulação possivelmente o afoguem ou o obriguem a crescer mais forte. Se for com sua força, é muito provável que se afogue. Se convidar ao Senhor a ir com você, O protegerá.

43:3 Deus entregou a Persia a outras nações em troca de deixassem partir para os judeus a sua terra natal. Egito, Etiópia e partes da Arábia (Seba) atacaram a Persia e foram derrotados.

43.5, 6 Isaías fala sobre tudo da volta do Israel desde Babilônia. Mas há um significado mais amplo: todo o povo de Deus se reunirá quando Cristo deva governar em paz sobre a terra.

43:10, 11 A tarefa do Israel era a de ser testemunha (44.8), dizer ao mundo quem era Deus e o que tinha feito. Na atualidade todos os crentes têm a mesma responsabilidade de ser testemunhas de Deus. Saberá a gente como é Deus ao ver a forma em que você fala e atua? Eles não podem ver deus diretamente, mas o podem ver refletido em você.

43.15-21 Esta seção descreve um novo êxodo para um povo uma vez mais oprimido, como o foram os israelitas durante o cativeiro no Egito antes do êxodo. Clamariam a Deus e uma vez mais os escutaria e liberaria. Um novo êxodo se levaria a cabo por um novo deserto. Os milagres passados não foram nada em comparação com o que Deus faria por seu povo.

43.22-24 O cano aromático possivelmente era um ingrediente do incenso usado na adoração. Um sacrifício requeria renunciar a um animal valioso e clamar pelo perdão de Deus. Mas o povo se apresentava ante Deus com pecados em vez de sacrifícios. Pode imaginar-se levando o melhor de seus pecados ante ao altar de Deus? Esta ilustração irônica mostra o baixo que caiu o Israel. O que apresenta ante Deus: seus pecados ou uma súplica para obter seu perdão?

43:25 Quão tentador resulta recordar a outro uma ofensa passada! Entretanto, quando Deus perdoa nossos pecados, esquece-os totalmente. Nunca devemos temer que O nos recorde isso mais tarde. Posto que Deus fez isto por nós, precisamos fazer o mesmo por outros.

A IDOLATRIA ATUAL

Isaías nos diz: "Quem formou um deus, ou quem fundiu uma imagem que para nada é de proveito?" Pensamos nos ídolos como figuras de madeira ou pedra, mas em realidade um ídolo é algo natural a que lhe dá um valor e um poder sagrados. Se sua resposta a qualquer das seguintes pergunta é outra coisa ou outra pessoa que não seja Deus, terá que analisar a quem ou a que adora em realidade.

Quem me criou?

-- Em quem confio sempre?

-- Em quem procuro a verdade suprema?

-- Em quem procuro a segurança e a felicidade?

-- Quem está a cargo de meu futuro?


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Isaías Capítulo 43 do versículo 1 até o 28
ONIPOTÊNCIA D. DEUS E GRACE (43: 1-44: 5)

Nestes dois capítulos, temos uma série de mensagens do Senhor, que giram em torno do servo e sua obra. Ao explicar este trabalho, o profeta dá outra previsão e explicação do exílio babilônico, e pela primeira vez menciona Cyrus.

1. O Senhor Redentor (43: 1-9)

1 Mas agora, assim diz o Senhor que te criou, ó Jacó, e que te formou, ó Israel: Não temas, porque eu te remi; Chamei-te pelo teu nome, tu és Mt 2:1 Quando passares pelas águas, eu serei contigo; quando pelos rios, eles não te submergirão; quando tu andas pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em Jc 3:1 Pois eu sou o Senhor teu Deus, o Santo de Israel, o teu Salvador; Tenho dado o Egito como o teu resgate, a Etiópia e Seba em teu lugar. 4 Desde foste precioso aos meus olhos, e honrado, e eu te amei; portanto darei homens por ti, e os povos em vez da tua vida. 5 : Não temas; porque eu sou contigo; trarei a tua descendência desde o Oriente, e te ajuntarei desde o ocidente, 6 Direi ao norte: Dá; e ao sul, não reter; trazei meus filhos de longe, e minhas filhas das extremidades da terra; 7 cada um que se chama pelo meu nome, e que criei para minha glória, a quem formei, sim, a quem eu fiz.

8 Trazei o povo cego, que tem olhos; e os surdos que têm ouvidos. 9 Todas as nações se congreguem, e os povos se reúnam; quem dentre eles pode anunciar isso, e mostrar-nos coisas já passadas? que tragam suas testemunhas, para que possa ser justificado; ou que se ouça, e dizer: É verdade.

O Senhor, que criou Israel, diz que desde que ele criou ... formada ... redimido ... chamado ela, a nação pertence a Ele. Ele, portanto, promete proteger a nação em seus problemas (vv. Is 43:2)

10 Vós sois as minhas testemunhas, diz o Senhor, eo meu servo, a quem escolhi; para que saibais e acredite em mim, e entender que eu sou o mesmo: antes de mim deus nenhum se formou, nem haverá depois de mim. 11 Eu, eu mesmo, sou o Senhor; e fora de mim não há salvador. 12 Eu anunciei, e eu salvei, e eu já mostrou; e não havia nenhum estranho deus entre vós, pois vós sois as minhas testemunhas, diz o Senhor, e eu sou Dt 13:1 , onde é apontado que os deuses-ídolos-são feitos, ao passo que o Senhor Deus é o Portanto, a preexistência eterna de Deus está implícito nesta declaração "Criador dos confins da terra.".

Há forte ênfase aqui sobre a identidade do Senhor Deus. Ele declara que Ele mesmo tem feito tudo o que foi feito, não um deus estranho (v. Is 43:12 ); . portanto vós sois as minhas testemunhas, diz o Senhor A constante repetição da primeira pessoa do singular é significativa neste discurso de Deus.

O versículo 13 deve ser lido como o ASV tem no texto, uma vez que refere-se ao início dos tempos e é, portanto, uma outra referência para a eternidade de Deus. Ninguém pode realmente frustrar os propósitos eternos de Deus: eu vou trabalhar, e quem o impedirá?

3. O Senhor destrói Babilônia (43: 14-15)

14 Assim diz o Senhor, teu Redentor, o Santo de Israel: Por amor de vós enviei a Babilônia, e eu vou derrubar todos os fugitivos, mesmo os caldeus, nos navios com que se vangloriavam. 15 eu sou o Senhor, vosso Santo, o Criador de Israel, vosso Rei.

Deus disse que Ele vai proteger seu próprio povo, e agora dá um caso particular das maneiras em que ele vai fazer isso. Eu enviei a Babilônia, e eu vou trazer para baixo. ... Observe os dois tempos diferentes aqui. Não é estranho ou incomum para um profeta para usar o perfeito ou passado para expressar certeza profética de uma ação futura. A previsão é de queda de Babilônia, que ainda não estava no auge. Compare com esta capítulos 13 1:14-32'>13-14 e 21: 1-9 .

Há, no versículo 15 uma colocação importante de títulos do Senhor: Eu sou o Senhor, vosso Santo, o Criador de Israel, vosso Rei. Compare Is 44:6 ; Is 41:21 ; Is 43:15 . O que um Deus poderoso que servimos!

4. O Senhor Effects um novo êxodo (43: 16-28)

16 Assim diz o Senhor, que faz nascer um caminho no mar, e um trajeto nas águas poderosas, 17 , que faz sair o carro eo cavalo, o exército ea força homem (se deitam juntos, eles não devem subir, pois eles estão extintos , eles apagaram-se como um pavio): 18 Não vos lembreis das coisas passadas, nem considerar as coisas de velho. 19 Eis que faço uma coisa nova; agora está saindo à luz; não vos conhece? Eis que porei um caminho no deserto, e rios no deserto. 20 Os animais do campo me honrarão, os chacais e os avestruzes; porque porei águas no deserto, e rios no ermo, para dar de beber ao meu povo, ao meu escolhido, 21 o povo que formei para mim, para que o meu louvor.

22 No entanto, não te chamou a mim, ó Jacó; mas te cansaste de mim, ó Israel. 23 Tu não me trouxe das tuas ovelhas para holocaustos; nem tu me honrado com teus sacrifícios. Eu não te sobrecarregados com ofertas, nem te fatiguei com incenso. 24 Tu me compraste por dinheiro cana aromática, nem tu me encheu com a gordura dos teus sacrifícios; mas tu me sobrecarregada com os teus pecados, tu me cansado com as tuas iniqüidades.

25 Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim; e eu não me lembro dos teus pecados. 26 Faze-me lembrar; entremos juntos em juízo: set tu diante tua causa , para que te possas justificar. 27 Thy primeiro pai pecou, ​​e os teus professores têm transgredido contra mim. 28 Pelo que profanei os príncipes do santuário; e eu farei de Jacó um anátema, e Israel ao opróbrio.

Nos versículos 16:19 Isaías lembra as pessoas da forma milagrosa Deus os havia libertado do Egito e os perigos que os cercam no caminho para Canaã, e declara que Ele é o mesmo hoje. Ele é tão capaz de entregar, como Ele sempre foi. Os versículos 16:17falam da travessia do Mar Vermelho e do afogamento do exército de Faraó, e versículo 19 relata a travessia do deserto da Península do Sinai, quando Deus fez um caminho no deserto, e fornecido para as suas necessidades alimentos e água. Desde muito dos versos Is 43:19-20 é figurativa e dificilmente poderia ser tomada literalmente, é melhor considerar esta uma descrição geral do poder de Deus para livrar do pior dos problemas (Alexander) do que aplicá-la também, especificamente. Não parece que o profeta aqui usa os tipos de detalhes que exigem esses versos para ser aplicado ao retorno da Babilônia, apesar de que é especificamente mencionado no versículo 14 . Esse retorno foi um exemplo do poder de Deus para entregar, mas o exemplo supremo, eo cumprimento real desta forte linguagem figurada, é na libertação da escravidão do pecado (Calvin, Alexander, Gerlach).

Os versículos 22:24 não pode ser adequadamente compreendida sem o reconhecimento de que eles levam até o clímax no versículo 25 . Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões, não porque você tem chamado a me (v. Is 43:22) ou oferecidos de modo muitos sacrifícios e oferendas (vv. Is 43:23-24) como para ganhar o meu perdão, para você ter pecado e cansado me com as tuas iniqüidades -mas sim por amor de mim (v. Is 43:25 ). Esta não é mais uma polêmica contra o sacrifício de He 9:22 é contra a livre graça. Isaías aqui sobe para a altura do próprio evangelho, ao dizer que Deus não predicado Seu perdão sobre as coisas que os homens oferecem-Lo, mas perdoa pelo Seu próprio bem. É como se Ele disse: "Você não é tão realizada estas cerimônias como para me colocar sob a obrigação de te perdoar" (Alexander). Torrey também aponta que é o Senhor que chama as pessoas, e não as pessoas que chamados do Senhor (v. Is 43:22 ). Assim, a iniciativa foi com o Senhor, como também a escolha de uma base para o perdão. Deus está aqui sublinhando Sua própria vontade soberana e seu lugar no perdão dos pecados.

O Senhor continua seu apelo ao povo, chamando-os diante dEle em juízo, para provar a sua inocência, se puderem: estabelecido a tua causa, para que sejas justificado (v. Is 43:26 ). Ele, porém, assegura-lhes que eles não podem mostrar que eles são inocentes, pois, Ele diz: Teu primeiro pai pecou, ​​e os teus professores (v. Is 43:27 ). Este pecado constante é a causa da punição (v. Is 43:28 ), e também a razão que o perdão deve vir como resultado da livre graça de Deus (v. Is 43:25 ).


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Isaías Capítulo 43 do versículo 1 até o 28
  • A grandiosidade do perdão dele (Is 42—43)
  • Is 42:1-23 apresenta Jesus Cris-to (Mt 12:18-40), e vemos sua pri-meira vinda em humildade e graça, bem como a segunda, em poder e julgamento. Entre esses dois even-tos, temos a era presente da igreja. Deus permitiu que os judeus fossem capturados e exilados a fim de dis-cipliná-los por causa dos pecados (42:18-25); todavia, o cativeiro de-les não seria para sempre. Ele viria em julgamento e destruiría a Babi-lônia (42:10-1 7), usando Ciro como seu instrumento. O capítulo 43, de novo, assegura a Israel: "Não temas, [...] eu serei contigo". A libertação do seu povo o tornaria testemunha para o mundo da graça e do poder do Senhor (43:10,12). No entanto, Isaías admoesta a nação por ter se esquecido do Senhor (Is 43:22-23); e, no entanto, Deus, em sua graça, per-doa os pecados da nação (43:25). Podemos aplicar essas promessas de perdão ao remanescente judeu futuro, no período da tribulação.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Isaías Capítulo 43 do versículo 1 até o 28
    43.1 Eu te remi. Os remidos estão inscritos no rol da vida, e seus nomes são conhecidos por Deus, que os considera propriedade Sua. Isto é um grande consolo para todos os crentes que aceitam a remissão.

    43.2 Quando passares pelo fogo. Conforme Ez 3:19-27.

    43.3 Egito... Etiópia... Sebá. Deus "deu" (o tempo verbal aqui é o chamado perfeito profético, o qual garante que estas profecias já se consideram cumpridas) estas nações ao rei Ciro, nações ricas e opulentas, como "salário", pela futura emissão da ordem da restauração de Israel.

    43.8 Cego... surdo. Apesar de possuírem olhos e ouvidos não aprenderam as lições que Deus ensina mediante Sua manifestação na história.

    43.15 Com base em v. 11: "fora de mim, não há salvador", alguns consideram que v. 15 seja um testemunho da divindade do Messias: isto fica claro em outras passagens.
    43.16 Perante Israel e para os povos vizinhos, a salvação que Deus operou, fazendo Seu povo atravessar o mar Vermelho, foi o maior dos milagres; mas a "coisa nova" (v. 19), a transformação de todos os obstáculos, para trazer o povo de volta do cativeiro babilônico será muito mais maravilhosa, e serve como um antegozo da verdadeira libertação do pecado.
    43.18 Coisas passados. Conforme Jr 16:14-24; Jr 23:7-24).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Isaías Capítulo 43 do versículo 1 até o 28
    g) A promessa do livramento (43:1-21)
    As repreensões (raras nesses capítulos) dão lugar novamente ao consolo. A promessa do livramento do exílio é mais uma vez o tema do profeta, mas agora é ampliado e aprofundado. E ampliado, visto que os espalhados de Israel em todos os quatro cantos do globo, não somente na Babilônia, devem ser trazidos para casa (v. 5ss); é aprofundado pelo destaque ao amor especial de Deus pelo seu povo (v. 3,4). A linguagem é pictórica, mas a verdade subjacente é que, enquanto os exilados judeus seriam libertos e ajudados por Ciro, o continente africano, especificamente o Egito, sofreria a invasão e seria conquistado pelo sucessor de Ciro, Cambises. O amor de Deus, a ser demonstrado dessa forma na história, é a resposta suficiente a todos os temores dos exilados (v. 1,2).

    Ao usar novamente as palavras cego e surdo em referência aos exilados (v. 8; conforme 42.18,

    19), o profeta os enxerga como “conduzidos para fora” (a saber, da Babilônia) para um propósito específico, o de serem testemunhas na corte (v. 10). A outra parte nessa causa (isso está implícito mesmo que não declarado) são deuses pagãos, que são desafiados a encontrar testemunhas a favor de sua capacidade de predizer o futuro (v. 9). Por meio dessa forma de argumentação, o poder singular de Javé é defendido e destacado (v. 10-13); o parágrafo culmina com a ênfase na capacidade de Deus de derrubar qualquer império, e o oráculo seguinte (v. 14-21) especifica que são os babilônios e seus governantes caldeus (v. nota de rodapé da NVI) que vão cair. (Isso está claro, apesar das obscuridades do heb. no v. 14.) Essa nova libertação de Israel é representada em termos do êxodo do Egito muito tempo antes, tantas vezes lembrado e repetido na adoração dos judeus em épocas antigas e modernas; na verdade, no entanto, o profeta recomenda aos exilados que esqueçam o êxodo (v. 17), porque a sua experiência futura será muito mais maravilhosa. E importante a descrição de Israel como “criado” por Deus (v. 15) e “formado” para ele (v. 21); ela serve para confirmar o propósito imutável que Deus tinha para o seu povo. O louvor àe Deus (v. 21) nunca estava distante dos pensamentos e dos modos de expressão do profeta.

    h) A infidelidade passada (43:22-28)
    A seção final do cap. 43 se ocupa com as falhas na adoração antigamente oferecida a Deus por Israel. A passagem é disposta como um cenário do tribunal, como os v. 8-13, mas agora Israel não testemunha a favor de Deus, mas aparece como seu oponente (conforme especialmente o v. 26). Evidentemente, alguns exilados negavam que a sua deportação para a Babilônia havia sido merecida; eles não tinham sempre adorado a Deus fielmente, com uma devoção que beirava a exaustão completa? Essa afirmação é enfaticamente rejeitada por Deus; ao contrário, eles o haviam “sobrecarregado” com as suas constantes ofensas (v. 24). Dificilmente cabe no contexto geral fazer os v. 22ss serem uma referência ao período exílico em Sl, quando obviamente a adoração sacrificial no templo em

    Jerusalém era uma impossibilidade física; antes, deveríamos destacar a repetição de eu e me — i.e., os muitos sacrifícios e devoções nunca tinham chegado a Deus, em virtude dos pecados que os acompanhavam. O v. 27 lembra a pecaminosidade dos líderes nacionais desde o início (Seu primeiro pai provavelmente significa o próprio Jacó), e o v. 28 confirma a justiça do castigo que caiu sobre Israel. (Os porta-vozes provavelmente são os reis de Judá, que de certa forma estavam associados constitucionalmente ao templo.') O castigo usado como sinal havia caído sobre eles; e mesmo assim o veredicto de Deus é perdão (v. 25)!


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Isaías Capítulo 40 do versículo 1 até o 24

    VOLUME VIII. O LIVRO DO CONFORTO. 40:1 - 66:24.

    Seção I. O Propósito da Paz. 40:1 - 48:22.


    Moody - Comentários de Isaías Capítulo 43 do versículo 14 até o 21

    14-21. Esta passagem declara que Deus demonstrada a Sua soberania derrubando o Império Caldeu e levando os judeus de volta à Palestina. Ele destronada os caldeus de sua preeminência e os faria fugir da Babilônia antes da violenta investida da Pérsia. Era o mesmo Deus que fizera um caminho através do Mar Vermelho para os hebreus do Êxodo e que fizera afundar os carros egípcios que os perseguiram. Mas este livramento futuro eclipsaria até mesmo aquele em glória. Pois Ele conduziria os judeus libertados através do ressecado Deserto da Síria, e faria brotar rios de água para matar a sede deles (provavelmente figurativamente referindo-se à provisão que Ele forneceria aos pioneiros durante seus primeiros anos de privação e sofrimento). Os animais do deserto que são apresentados regozijando-se neste suprimento de água podem ser as nações gentias que se beneficiariam do testemunho dos judeus restaurados.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Isaías Capítulo 43 do versículo 1 até o 28
    g) O poder invencível e a graça perdoadora de Deus (Is 43:1-23). Nestes grandiosos versículos, Jeová assegura a Israel que o manterá e sustentará em todo o caminho que esse povo tem a percorrer, não só na criação e redenção, mas também em graciosa providência. O seu desgosto e o seu regresso ao país ambicionado dos seus antepassados são objeto de zelo constante e determinados por um profundo propósito de amor.

    Mas agora... (1). Estas palavras constituem um elo entre o manifesto de Jeová, que acaba de ser registrado, e as mensagens que Ele vai agora enviar, dependentes todas elas da proclamação. Eu te remi (1). O presente eterno; o propósito e ação de Deus são um só. Dei o Egito (3), referência à futura derrota e derrubamento do Egito e reinos vizinhos pelo poder da Pérsia; foram conquistados no reinado de Cambises. Foste glorificado (4), isto é, honrado pela ligação com o seu Deus. Numa outra versão, temos a seguinte estruturação da frase: "Visto teres sido precioso à Minha vista, e honrado, e Eu te ter amado, portanto darei homens por ti e povos pela tua vida".

    >Is 43:10

    2. ISRAEL, TESTEMUNHA DE JEOVÁ NO MUNDO (Is 43:10-23). Esta segunda mensagem afirma que Israel desempenhará a sua função de testemunha de Jeová por aquilo que Ele é e realizará (10-11). Uma vez mais repete-se o argumento decisivo da profecia, assegurando-se que a promessa divina não falhará (12-13). Esta mensagem está relacionada com a primeira, por o contraste entre Israel como verdadeira testemunha de Jeová e as outras nações da terra, incompetentes para pronunciar qualquer palavra afirmativa, ser bem vincado.

    E o Meu Servo (10). O sentido é que, sendo Sua testemunha, Israel é também Seu servo. Para que... creiais (10), o que talvez se traduzisse melhor assim: "Para que... Me creiam". O sentido é que Israel é testemunha de Jeová para que os pagãos possam saber e compreender que, além dEle, não há qualquer outro Salvador. Quem impedirá? (13), ou "quem contrariará"?

    >Is 43:14

    3. JEOVÁ, DESTRUIDOR DE BABILÔNIA (Is 43:14-23). A Babilônia, como o Egito, deverá ser derrubada e abatida pelo poder e majestade do Deus de Israel. Trata-se do primeiro anúncio inequívoco da queda de Babilônia (ver Is 46:1-23). Depois de uma referência ao grande passado de libertamento divino nos dias do Êxodo e aos atos de poder por Deus realizados ali e então (16-17), promete-se que o livramento do poder de Babilônia será uma obra ainda maior. Será uma coisa nova realizada pela própria mão de Deus (19), e o deserto amargo do atual sofrimento de Israel florescerá em louvor do seu Redentor (20-21). E todo este misericordioso ato de restauração não será devido a quaisquer méritos desse povo, pois não os tem, havendo, até, falhado abertamente em tudo quanto Deus lhe ordenara (22-23). Me cansaste com as tuas maldades (24), ou, segundo outra tradução, "puseste sobre Mim um fardo". Deus perdoa e esquece os pecados de Israel (25), num ato da Sua graça gratuita, e foi a própria graça que planeou a forma que o castigo desse povo ia assumir, e a dor que o atormentou (28).


    Dicionário

    Agora

    advérbio Nesta hora; neste exato momento; já: agora não posso atender ao seu pedido.
    De modo recente; há pouco tempo: eles foram ao supermercado agora mesmo.
    Na época corrente; nos dias de hoje; atualmente: agora já não se usa este tipo de roupa.
    A partir dessa circunstância, desse instante; doravante: já fiz o que podia, agora o problema é seu!
    Numa circunstância posterior; depois: antes não sabia falar, agora não sabe ficar quieto!
    conjunção Todavia, mas: em casa é super tímido, agora, na escola fala sem parar.
    Etimologia (origem da palavra agora). Do latim hac + hora.

    advérbio Nesta hora; neste exato momento; já: agora não posso atender ao seu pedido.
    De modo recente; há pouco tempo: eles foram ao supermercado agora mesmo.
    Na época corrente; nos dias de hoje; atualmente: agora já não se usa este tipo de roupa.
    A partir dessa circunstância, desse instante; doravante: já fiz o que podia, agora o problema é seu!
    Numa circunstância posterior; depois: antes não sabia falar, agora não sabe ficar quieto!
    conjunção Todavia, mas: em casa é super tímido, agora, na escola fala sem parar.
    Etimologia (origem da palavra agora). Do latim hac + hora.

    advérbio Nesta hora; neste exato momento; já: agora não posso atender ao seu pedido.
    De modo recente; há pouco tempo: eles foram ao supermercado agora mesmo.
    Na época corrente; nos dias de hoje; atualmente: agora já não se usa este tipo de roupa.
    A partir dessa circunstância, desse instante; doravante: já fiz o que podia, agora o problema é seu!
    Numa circunstância posterior; depois: antes não sabia falar, agora não sabe ficar quieto!
    conjunção Todavia, mas: em casa é super tímido, agora, na escola fala sem parar.
    Etimologia (origem da palavra agora). Do latim hac + hora.

    Caminho

    O caminho celeste é o dia que o Pai nos concede, quando aproveitado por nós na prática do bem. Cada hora, desse modo, transforma-se em abençoado trecho dessa estrada divina, que trilharemos até o encontro com a grandeza e a perfeição do Supremo Criador, e cada oportunidade de bom serviço, durante o dia, é um sinal da confiança de Deus, depositada em nós. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O caminho oculto• Pelo Espírito Veneranda• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 19


    Caminho CAMINHO DO SENHOR

    Nomes dados à religião dos primeiros cristãos e ao seu modo de vida (At 19:9; 22.4).


    Caminho A estrada que conduz à vida eterna. Jesus ensinou que não existia uma pluralidade de caminhos; apenas que ele era o único que levava ao Pai (Jo 14:4-6). Em termos humanos, esse caminho é tão estreito que segui-lo é impossível sem uma prévia conversão (Mt 7:13ss.; Mt 5:20; 18,8ss.; 25,21.23).

    estrada, via, trilha, raia, vicina, carreiro, azinhaga, picada, senda, vereda, atalho. – Todas estas palavras têm de comum a propriedade de designar “espaço aberto conduzindo de um lugar a outro”. – Caminho não sugere mais que a ideia de “espaço ou trilho livre entre dois pontos”. – Estrada é “caminho largo, construído com mais ou menos arte, e de modo que se preste ao tráfego de veículos”. Há estradas de rodagem, estradas de ferro, etc. Por influência do francês, já se diz também – caminho de ferro. – Via só dá ideia do meio de comunicação entre um e outro ponto. É assim que tanto dizemos – via terrestre, como – via marítima, ou fluvial (e não – estrada, nem mesmo caminho). – Trilha (ou trilho) é caminho estreito, aberto por entre obstácu- 248 Rocha Pombo lo. Nesta acepção, trilha é vocábulo mais próprio e mais usado do que trilho, pois este designa melhor o sulco, a passagem rápida para transpor um embaraço. – Raia é, aqui, “uma curta trilha destinada a jogos de corrida”. – Vicina é termo pouco usado, empregando-se, em vez dele, a locução – caminho vicinal – para indicar os “pequenos caminhos, que levam de um caminho geral ou de uma estrada, para os lugares vizinhos”. – Carreiro é “caminho estreito, aberto pelo tráfego de carros”. – Azinhaga é também “caminho estreito”, mas sugere a ideia de “complicado e escuso”. – Picada é “trilha mal aberta em floresta, cortando-se apenas as árvores, numa certa direção”. – Senda, se se atende à respetiva origem (do latim semita de semis + iter) deve significar “meio caminho”, ou caminho muito estreito por onde mal pode passar-se. Não se compreende como é tão usada esta palavra na frase – a senda..., e até – “a larga” senda do progresso... Talvez só se explique isso pela beleza fônica do vocábulo. – Vereda é “trilha tão maldistinta que apenas parece marcar o rumo seguido”. – Atalho é “caminho estreito, trilha, azinhaga por onde se evitam as longas curvas do caminho geral”.

    Esta palavra aparece na Bíbliano sentido de via, de estrada (Gn 16:7Nm 14:25 – Mc 10. 32). Muitas vezes o termo ‘caminho’ significa os simples hábitos da vida – ‘endireitai os vossos caminhos’ – ‘todo ser vivente havia corrompido o seu caminho na terra’ (Gn 6:12 – 19.31 – Jr 32:19). ‘Caminho do Senhor’ quer dizer o que Ele é em relação a nós: ‘os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos’ (is 55:8). ir ‘pelo caminho de todos os da terra’ (Js 23:14) significa estar para morrer, na sua viagem para a sepultura. Caminho duro representa o caminho dos pecadores (Jz 2:19). Jesus Cristo é chamado o Caminho (Jo 14:6), pois que é por Ele somente que os crentes obtêm a comunicação com o Pai. Estas expressões ‘o Caminho’, ‘este Caminho’, usavam-se a respeito da crença e prática cristãs (At 9:2 – 19.9,23 – 22.4 – 24.14,22), talvez para contrastar com o sistema judaico de regras para a vida diária, chamadas Halacote ou Caminhos.

    substantivo masculino Faixa de terreno para trânsito de pedestres ou de veículos; estrada.
    Figurado Meio de alcançar um resultado; direção: o caminho do sucesso.
    Espaço a percorrer de um lugar para outro: a linha reta é o caminho mais curto entre dois pontos.
    Roteiro de viagem; itinerário: vou pelo caminho mais curto.
    Modo como uma sequência de acontecimentos ocorre; tendência: neste país a educação segue pelo caminho errado.
    Antigo Rumo marítimo: o caminho das Índias.
    expressão Caminho de ferro. Via de comunicação que utiliza veículos sobre trilhos de ferro entre cidades, países etc.; estrada de ferro.
    Etimologia (origem da palavra caminho). Do latim camminus; de origem celta.

    Coisa

    substantivo feminino Tudo o que existe ou que pode ter existência (real ou abstrata).
    O que pode ser alvo de apropriação: ele possui poucas coisas.
    O que ocorre; acontecimento: o curso natural das coisas.
    O que é real em oposição ao que é abstrato: quero coisas e não promessas.
    [Popular] Negócio, troço; tudo o que não se quer designar pelo nome.
    O que caracteriza um fato, evento, circunstância, pessoa, condição ou estado: essa chatice é coisa sua?
    O assunto em questão; matéria: não me fale essas coisas! Viemos aqui tratar de coisas relevantes.
    [Informal] Indisposição pessoal; mal-estar inesperado; ataque: estava bem, de repente me deu uma coisa e passei mal.
    Etimologia (origem da palavra coisa). Do latim causa.

    substantivo feminino Tudo o que existe ou que pode ter existência (real ou abstrata).
    O que pode ser alvo de apropriação: ele possui poucas coisas.
    O que ocorre; acontecimento: o curso natural das coisas.
    O que é real em oposição ao que é abstrato: quero coisas e não promessas.
    [Popular] Negócio, troço; tudo o que não se quer designar pelo nome.
    O que caracteriza um fato, evento, circunstância, pessoa, condição ou estado: essa chatice é coisa sua?
    O assunto em questão; matéria: não me fale essas coisas! Viemos aqui tratar de coisas relevantes.
    [Informal] Indisposição pessoal; mal-estar inesperado; ataque: estava bem, de repente me deu uma coisa e passei mal.
    Etimologia (origem da palavra coisa). Do latim causa.

    Deserto

    substantivo masculino Região árida, coberta por um manto de areia, com um índice anual de baixíssima precipitação de água, caracterizada pela escassez de vegetação, dias muito quentes, noites muito frias, e ventos muito fortes.
    [Biologia] Bioma com essas características, definido pela falta de diversidade de flora e fauna, baixíssimo índice de precipitação de água, calor exagerado, dias quentes e noites frias etc.
    Características dos lugares ermos, desabitados, sem pessoas.
    Ausência completa de alguma coisa; solidão: minha vida é um deserto de alegria.
    adjetivo Que é desabitado: ilha deserta.
    Pouco frequentado; vazio: rua deserta.
    De caráter solitário; abandonado.
    expressão Pregar no deserto. Falar algo para alguém.
    Etimologia (origem da palavra deserto). Do latim desertum.

    A simples idéia de deserto, significando uma vasta extensão de areia, sem árvores e água, não se deve ligar à palavra, conforme empregada na Bíblia. os israelitas não tinham conhecimento de semelhante deserto, quer nas viagens, quer na sua existência fixa. Nos livros históricos da Bíblia, a palavra ‘deserto’ significa o vale do Jordão, o do mar Morto, e aquela região que fica ao sul do mar Morto. Nestes sítios, nos dias de prosperidade da Palestina, crescia a palmeira, o bálsamo, a cana-de-açúcar, podendo admirar-se ali uma forte e bela vegetação. Nos livros proféticos e poéticos o deserto tem já a significação de território seco pela ação do excessivo calor, ainda que, no livro de Ez 47:8, se compreende o vale do Jordão. A palavra traduzida por ‘deserto’ em Êx 3:1 – 5.3 – 19.2, e em Nm 33:16, teria melhor versão, dizendo-se ‘terra de pasto’. os israelitas levavam consigo rebanhos e manadas durante todo o tempo da sua passagem para a Terra da Promissão. A mesma significação em 24:5, is 21:1, Jr 25:24.

    solitário, despovoado, ermo, desabitado. – Dizemos – paragens desertas – para exprimir que estão como abandonadas; e dizemos – paragens ermas – para significar que, além de abandonadas, são paragens sombrias, onde a quietude e o desolamento nos apertam a alma. – Estância solitária é aquela que não é procurada, ou frequentada pelos homens. Pode admitir-se até no meio da cidade uma habitação solitária ou deserta; não – erma, pois que esta palavra sugere ideia de afastamento, desolação. – Despovoado e desabitado dizem propriamente “sem moradores”, sem mais ideia acessória. Quando muito, dizemos que é ou está despovoado o lugar “onde não há povoação”; e desabitado o lugar “que não é habitualmente frequentado”.

    ermo, solidão (soidão, soledade), retiro, isolamento (desolamento), recanto, descampado. – Deserto é “o lugar despovoado, sem cultura, como abandonado da ação ou do bulício humano”. – Ermo acrescenta à noção de deserto a ideia de silêncio, tristeza e desolamento. Uma família, uma multidão pode ir viver no deserto; o anacoreta fica no seu ermo. – Solidão é “o lugar afastado do mundo, e onde se pode ficar só, como separado dos outros homens”. – Soidão é forma sincopada de solidão; mas parece acrescentar a esta a ideia de desamparo, do horror que causa o abismo, a solidão temerosa. Entre solidão e soledade há diferença que se não pode esquecer. Antes de tudo, soledade é mais propriamente a qualidade do que está só, do solitário, do que lugar ermo. Tomando-a, no entanto, como lugar ermo, a soledade sugere ideia da tristeza, da pena, da saudade com que se está na solidão. Dizemos, por exemplo – “a soledade da jovem viúva” – (caso em que não se aplicaria solidão, pelo menos nem sempre). – Retiro é “o lugar afastado onde alguém se recolhe e como se refugia do ruído e agitação do mundo”. – Isolamento é o lugar onde se fica separado da coletividade, fora de relações com os outros homens. A mesma diferença que notamos entre solidão e soledade pode assinalar-se entre isolamento e desolamento. No seu isolamento nem sempre se há de alguém sentir desolado (isto é – só, abandonado em sua mágoa); assim como nem sempre no seu desolamento há de estar de todo isolado (isto é – afastado dos outros homens). – Recanto é “o sítio retirado, fora das vistas de todos, longe do movimento geral da estância de que o recanto é uma parte quase oculta e escusa”. – Descampado significa “paragem, mais ou menos extensa, ampla, aberta, despovoada e inculta”. Propriamente só de deserto, solidão e ermo é que pode ser considerado como sinônimo. 350 Rocha Pombo

    Deserto Terras extensas e secas, com poucas árvores e pouco capim, onde não mora ninguém. Nessas terras vivem animais ferozes (24:5); (Mt 3:1). Equivale mais ou menos a “sertão”.

    Deserto Local pouco habitado, formado por rochas calcáreas e não por areia (Lc 15:4). Foi nas proximidades do deserto da Judéia que João Batista pregou. Jesus identificou-o como morada dos demônios (Mt 12:43) e nele experimentou as tentações (Mt 4:1ss.). Às vezes, Jesus refugiava-se no deserto em busca de solidão (Mc 1:35.45; Lc 4:42; 5,16; 6,32,35) e nele alimentou as multidões (Mt 14:13-21; Mc 6:32-44; Lc 9:10-17).

    Eis

    advérbio Aqui está; veja, perceba, olhe: eis o prêmio que tanto esperava.
    Eis que/quando. De maneira inesperada; subitamente: eis que, inesperadamente, o cantor chegou.
    Etimologia (origem da palavra eis). De origem questionável.

    Ermo

    adjetivo Diz-se do local inabitado ou afastado da civilização; inóspito: preferia viver num lugar ermo e sossegado.
    Que está vazio, sem ninguém; desabitado: barco ermo.
    Que se encontra ou está sem companhia; sozinho, solitário.
    substantivo masculino Lugar sem habitantes: vivia no ermo.
    Etimologia (origem da palavra ermo). Do grego éremos.
    substantivo masculino Capacete que, em armaduras medievais, protegia a cabeça; elmo.
    Etimologia (origem da palavra ermo). Forma alterada de elmo; do germânico helm.

    Ermo Deserto (Is 35:1).

    Farar

    verbo transitivo direto [Gíria] Farejar; procurar, buscar, encontrar ou apanhar alguma coisa; tentar encontrar alguém através do faro.
    Etimologia (origem da palavra farar). Faro + ar.

    Luz

    substantivo feminino Claridade que emana de si mesmo (Sol) ou é refletida (Lua).
    [Astronomia] Claridade que o Sol espalha sobre a Terra.
    Objeto que serve para iluminar; lâmpada, lanterna: traga a luz.
    O que ilumina os objetos e os torna visíveis: luz do poste.
    [Artes] Efeitos da luz reproduzidos em um quadro: hábil distribuição de luz e sombras.
    Figurado Tudo que esclarece o espírito: a luz da razão, da fé.
    Figurado Conhecimento das coisas; inteligência, saber: suas luzes são limitadas.
    Figurado Pessoa de mérito, de elevado saber: é a luz de seu século.
    Orifício de entrada e saída do vapor no cilindro de uma máquina.
    Abertura na culatra de uma arma, pela qual se faz chegar o fogo à carga.
    Furo que atravessa um instrumento.
    [Ótica] Nos instrumentos de óptica de pínulas, pequeno orifício pelo qual se vê o objeto observado.
    [Anatomia] Cavidade de um corpo ou órgão oco: a luz do intestino.
    expressão Luz cinzenta. Luz solar refletida pela Terra, a qual permite distinguir o disco completo da Lua quando esta se mostra apenas sob a forma de crescente.
    Luz negra ou luz de Wood. Raios ultravioleta, invisíveis, que provocam a fluorescência de certos corpos.
    Vir à luz. Ser publicado, revelado.
    Século das Luzes. O século XVIII.
    Dar à luz. Dar vida a um ser.
    Etimologia (origem da palavra luz). Do latim lucem.

    hebraico: amendoeira

    [...] luz é, em suma, a forma mais sutil da matéria. [...].
    Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 2

    [...] é um modo de movimento, como o calor, e há tanta “luz” no espaço à meia-noite como ao meio-dia, isto é, as mesmas vibrações etéreas atravessando a imensidade dos céus. [...]
    Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1

    [...] constitui o modo de transmissão da história universal.
    Referencia: FLAMMARION, Camille• Narrações do infinito: lúmen• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - 4a narrativa

    [...] é o símbolo multimilenar do desenvolvimento espiritual. [...]
    Referencia: MARCUS, João (Hermínio C• Miranda)• Candeias na noite escura• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    L M
    Referencia:


    Luz
    1) Claridade; luminosidade (Gn 1:3).


    2) Figuradamente refere-se a Deus (Sl 104:2; Jc 1:17); a Jesus (Jo 1:4-6); à Palavra de Deus (Sl 119:105); e aos discípulos de Jesus (Mt 5:14).


    3) Cidade cananéia que foi chamada de Betel (Gn 28:19) e, depois, formou a fronteira norte da tribo de Benjamim (Js 18:13).


    Luz Símbolo da claridade espiritual, que procede do Evangelho de Jesus (Mt 4:16; Lc 1:79) e não se restringe aos judeus, mas que chega até aos gentios (Lc 2:32). Acompanha algumas manifestações gloriosas de Jesus como a da sua Transfiguração (Mt 17:2-5). Os discípulos devem ser canais dessa luz (Mt 5:14-16; Lc 12:35), evangelizar e atuar na transparência própria da luz (Mt 10:27; Lc 12:3).

    Nova

    substantivo feminino Novidade; notícia ou informação recente.
    O que ocorreu há pouco tempo: nova licitação.
    De pouca idade, tempo, uso: camisa nova.
    Sem experiência: funcionária nova no cargo.
    Estrela Nova. Designação da estrela cujo brilho se torna maior durante um tempo e depois volta ao brilho inicial.
    Etimologia (origem da palavra nova). Feminino de novo.

    Nova Notícia; NOVIDADE 1, (Lc 2:10).

    Não

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    Porei

    1ª pess. sing. fut. ind. de pôr

    pôr -
    (latim pono, ponere)
    verbo transitivo

    1. Deixar ficar algo num local ou levar algo até lá. = COLOCARRETIRAR, TIRAR

    2. Colocar, dispor.

    3. Depositar.

    4. Usar uma peça de vestuário ou de calçado. = CALÇAR, VESTIR

    5. Adornar com.

    6. Aplicar, assentar.

    7. Empregar.

    8. Colocar dentro (ex.: pôs a mão no bolso). = INTRODUZIR, METER

    9. Incutir.

    10. Fazer chegar a um sítio (ex.: o metro põe-nos lá rapidamente).

    11. Estabelecer.

    12. Fazer consistir.

    13. Cifrar.

    14. Imputar.

    15. Fixar.

    16. Lançar (em leilão).

    17. Apostar.

    18. Concorrer com.

    19. Gastar, demorar-se.

    20. Impor.

    21. Atribuir, notar.

    22. Mostrar, expor.

    23. Incluir.

    24. Intercalar.

    25. Escrever (ex.: ponha a frase no futuro).

    26. Supor.

    27. Propor; formular.

    28. Atribuir (ex.: já puseste nome ao gato?).

    29. Fazer ficar (ex.: o miúdo põe o avô bem-disposto). = DEIXAR

    verbo transitivo e intransitivo

    30. Expelir (o ovo).

    verbo pronominal

    31. Colocar-se.

    32. Dedicar-se.

    33. Aventurar-se.

    34. Exercitar-se.

    35. Pousar (a ave).

    36. Deslocar-se para.

    37. Chegar a (ex.: pões-te em casa num instante).

    38. Ficar (ex.: ponho-me boa depressa).

    39. Desaparecer na linha do horizonte (ex.: o sol hoje põe-se às 19h35).

    40. Dar início a determinada acção (ex.: pôs-se aos gritos).

    verbo auxiliar

    41. Usa-se, seguido de um verbo no infinitivo, precedido pela preposição a, para indicar início da acção (ex.: pôs-se a gritar).

    nome masculino

    42. Declínio de um astro no horizonte. = OCASO

    43. Aspecto do céu (no ocaso).

    44. Acto de pôr (a ave). = POSTURA

    45. Disposição.

    Confrontar: por.

    por
    preposição

    1. Designativa de várias relações: modo (ex.: por força), causa (ex.: por doença), meio (ex.: por terra ou por água), tempo (ex.: por um ano), etc.


    por que
    [Brasil] Usa-se para questionar a causa de algo (ex.: Por que você fez isso?).

    por quê
    [Brasil] Por que razão (ex.: você ficou furioso por quê?).

    Nota: no português europeu, as locuções "por que" e "por quê" escrevem-se aglutinadamente, "porque" e "porquê".
    Confrontar: pôr.


    Ver também dúvida linguística: porque / por que, porquê / por quê.

    Porventura

    advérbio Demonstra que o falante expressa, no plano hipotético, o teor da oração que pretende modificar; por hipótese, por acaso: se porventura ela aparecer, você me chama?
    Em frases interrogativas, geralmente em interrogações retóricas; por casualidade: o professor é porventura o escritor deste livro? Porventura seguiremos unidos até o final?
    Etimologia (origem da palavra porventura). Por + ventura.

    Rios

    masc. pl. de rio

    ri·o
    (latim vulgar rius, do latim rivus, -i)
    nome masculino

    1. Grande curso de água natural, quase sempre oriunda das montanhas, que recebe no trajecto águas de regatos e ribeiros, e desagua em outro curso de água, num lago ou no mar.

    2. Figurado Aquilo que corre como um rio ou a ele se assemelha.

    3. Grande quantidade de líquido.

    4. Grande quantidade de qualquer coisa.


    rio de enxurrada
    Que só leva água quando chove.


    masc. pl. de rio

    ri·o
    (latim vulgar rius, do latim rivus, -i)
    nome masculino

    1. Grande curso de água natural, quase sempre oriunda das montanhas, que recebe no trajecto águas de regatos e ribeiros, e desagua em outro curso de água, num lago ou no mar.

    2. Figurado Aquilo que corre como um rio ou a ele se assemelha.

    3. Grande quantidade de líquido.

    4. Grande quantidade de qualquer coisa.


    rio de enxurrada
    Que só leva água quando chove.


    Saíra

    substantivo feminino [Brasil] Denominação genérica de várias aves da família dos tanagrídeos.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Isaías 43: 19 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Eis que faço uma coisa nova, agora sairá à luz; porventura não a percebeis? Eis que porei um caminho no deserto, e rios no ermo.
    Isaías 43: 19 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    H1870
    derek
    דֶּרֶךְ
    o caminho
    (the way)
    Substantivo
    H2005
    hên
    הֵן
    Contemplar
    (Behold)
    Advérbio
    H2319
    châdâsh
    חָדָשׁ
    ()
    H3045
    yâdaʻ
    יָדַע
    conhecer
    (does know)
    Verbo
    H3452
    yᵉshîymôwn
    יְשִׁימֹון
    Na região selvagem
    (in the wilderness)
    Substantivo
    H3808
    lôʼ
    לֹא
    não
    (not)
    Advérbio
    H4057
    midbâr
    מִדְבָּר
    deserto
    (the wilderness)
    Substantivo
    H5104
    nâhâr
    נָהָר
    corrente, rio
    (And a river)
    Substantivo
    H6213
    ʻâsâh
    עָשָׂה
    E feito
    (And made)
    Verbo
    H6258
    ʻattâh
    עַתָּה
    agora / já
    (now)
    Advérbio
    H637
    ʼaph
    אַף
    realmente
    (indeed)
    Conjunção
    H6779
    tsâmach
    צָמַח
    brotar, jorrar, crescer
    (it grew)
    Verbo
    H7760
    sûwm
    שׂוּם
    pôr, colocar, estabelecer, nomear, dispor
    (and he put)
    Verbo


    דֶּרֶךְ


    (H1870)
    derek (deh'-rek)

    01870 דרך derek

    procedente de 1869; DITAT - 453a; n m

    1. caminho, estrada, distância, jornada, maneira
      1. estrada, caminho, vereda
      2. jornada
      3. direção
      4. maneira, hábito, caminho
      5. referindo-se ao curso da vida (fig.)
      6. referindo-se ao caráter moral (fig.)

    הֵן


    (H2005)
    hên (hane)

    02005 הן hen

    um artigo primitivo; DITAT - 510 interj

    1. veja!, eis!, embora part hipotética
    2. se

    חָדָשׁ


    (H2319)
    châdâsh (khaw-dawsh')

    02319 חדש chadash

    procedente de 2318; DITAT - 613a; adj

    1. novo, recente, fresco

    יָדַע


    (H3045)
    yâdaʻ (yaw-dah')

    03045 ידע yada ̀

    uma raiz primitiva; DITAT - 848; v

    1. conhecer
      1. (Qal)
        1. conhecer
          1. conhecer, aprender a conhecer
          2. perceber
          3. perceber e ver, descobrir e discernir
          4. discriminar, distinguir
          5. saber por experiência
          6. reconhecer, admitir, confessar, compreender
          7. considerar
        2. conhecer, estar familiarizado com
        3. conhecer (uma pessoa de forma carnal)
        4. saber como, ser habilidoso em
        5. ter conhecimento, ser sábio
      2. (Nifal)
        1. tornar conhecido, ser ou tornar-se conhecido, ser revelado
        2. tornar-se conhecido
        3. ser percebido
        4. ser instruído
      3. (Piel) fazer saber
      4. (Poal) fazer conhecer
      5. (Pual)
        1. ser conhecido
        2. conhecido, pessoa conhecida, conhecimento (particípio)
      6. (Hifil) tornar conhecido, declarar
      7. (Hofal) ser anunciado
      8. (Hitpael) tornar-se conhecido, revelar-se

    יְשִׁימֹון


    (H3452)
    yᵉshîymôwn (yesh-ee-mone')

    03452 ישימון y eshiymown̂

    procedente de 3456; DITAT - 927b; n m

    1. ermo, deserto, lugar desolado

    לֹא


    (H3808)
    lôʼ (lo)

    03808 לא lo’

    ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

    uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

    1. não
      1. não (com verbo - proibição absoluta)
      2. não (com modificador - negação)
      3. nada (substantivo)
      4. sem (com particípio)
      5. antes (de tempo)

    מִדְבָּר


    (H4057)
    midbâr (mid-bawr')

    04057 מדבר midbar

    procedente de 1696 no sentido de conduzir; DITAT - 399k,399L; n m

    1. deserto
      1. pasto
      2. terra inabitada, deserto
      3. grandes regiões desérticas (ao redor de cidades)
      4. deserto (fig.)
    2. boca
      1. boca (como órgão da fala)

    נָהָר


    (H5104)
    nâhâr (naw-hawr')

    05104 נהר nahar

    procedente de 5102; DITAT - 1315a; n m

    1. corrente, rio
      1. corrente, rio
      2. correntes (subterrâneas)

    עָשָׂה


    (H6213)
    ʻâsâh (aw-saw')

    06213 עשה ̀asah

    uma raiz primitiva; DITAT - 1708,1709; v.

    1. fazer, manufaturar, realizar, fabricar
      1. (Qal)
        1. fazer, trabalhar, fabricar, produzir
          1. fazer
          2. trabalhar
          3. lidar (com)
          4. agir, executar, efetuar
        2. fazer
          1. fazer
          2. produzir
          3. preparar
          4. fazer (uma oferta)
          5. atender a, pôr em ordem
          6. observar, celebrar
          7. adquirir (propriedade)
          8. determinar, ordenar, instituir
          9. efetuar
          10. usar
          11. gastar, passar
      2. (Nifal)
        1. ser feito
        2. ser fabricado
        3. ser produzido
        4. ser oferecido
        5. ser observado
        6. ser usado
      3. (Pual) ser feito
    2. (Piel) pressionar, espremer

    עַתָּה


    (H6258)
    ʻattâh (at-taw')

    06258 עתה ̀attah

    procedente de 6256; DITAT - 1650c; adv.

    1. agora
      1. agora
      2. em expressões

    אַף


    (H637)
    ʼaph (af)

    0637 אף ’aph

    uma partícula primitiva; DITAT - 142 conj (denotando adição, esp de alguma coisa maior)

    1. também, ainda, embora, e muito mais adv
    2. ainda mais, de fato

    צָמַח


    (H6779)
    tsâmach (tsaw-makh')

    06779 צמח tsamach

    uma raiz primitiva; DITAT - 1928; v.

    1. brotar, jorrar, crescer
      1. (Qal)
        1. brotar, crescer
          1. referindo-se a plantas
          2. referindo-se ao cabelo
          3. referindo-se à fala (fig.)
      2. (Piel) crescer abundante ou espessamente
      3. (Hifil)
        1. fazer crescer
        2. fazer brotar

    שׂוּם


    (H7760)
    sûwm (soom)

    07760 שום suwm ou שׁים siym

    uma raiz primitiva; DITAT - 2243; v.

    1. pôr, colocar, estabelecer, nomear, dispor
      1. (Qal)
        1. pôr, colocar, depositar, pôr ou depositar sobre, deitar (violentamente) as mãos sobre
        2. estabelecer, direcionar, direcionar para
          1. estender (compaixão) (fig.)
        3. pôr, estabelecer, ordenar, fundar, designar, constituir, fazer, determinar, fixar
        4. colocar, estacionar, pôr, pôr no lugar, plantar, fixar
        5. pôr, pôr para, transformar em, constituir, moldar, trabalhar, fazer acontecer, designar, dar
      2. (Hifil) colocar ou fazer como sinal
      3. (Hofal) ser posto