Enciclopédia de Jeremias 3:7-7

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jr 3: 7

Versão Versículo
ARA E, depois de ela ter feito tudo isso, eu pensei que ela voltaria para mim, mas não voltou. A sua pérfida irmã Judá viu isto.
ARC E eu disse, depois que fez tudo isto: Volta para mim; mas não voltou: e viu isto a sua aleivosa irmã Judá.
TB Depois de ter feito todas essas coisas, eu disse: Ela voltará para mim. Contudo, ela não voltou. A sua aleivosa irmã Judá viu isso,
HSB וָאֹמַ֗ר אַחֲרֵ֨י עֲשׂוֹתָ֧הּ אֶת־ כָּל־ אֵ֛לֶּה אֵלַ֥י תָּשׁ֖וּב וְלֹא־ שָׁ֑בָה [ותראה] (וַתֵּ֛רֶא) בָּגוֹדָ֥ה אֲחוֹתָ֖הּ יְהוּדָֽה׃
BKJ E eu disse, após ela ter feito todas estas coisas: Volta para mim. Porém ela não retornou. E a sua irmã traiçoeira, Judá, viu isto.
LTT E disse Eu, depois de ela fazer tudo isto: "Retorna tu para Mim". Mas ela não retornou. E a sua enganadora- traiçoeira irmã Judá viu isto.
BJ2 E eu me dizia: "Depois de ter feito tudo isto, ela voltará a mim". Mas ela não voltou! Judá, na irmã infiel, viu.
VULG Et dixi, cum fecisset hæc omnia : Ad me revertere : et non est reversa. Et vidit prævaricatrix soror ejus Juda

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Jeremias 3:7

II Reis 17:13 E o Senhor protestou a Israel e a Judá, pelo ministério de todos os profetas e de todos os videntes, dizendo: Convertei-vos de vossos maus caminhos e guardai os meus mandamentos e os meus estatutos, conforme toda a Lei que ordenei a vossos pais e que eu vos enviei pelo ministério de meus servos, os profetas.
II Crônicas 30:6 Foram, pois, os correios com as cartas das mãos do rei e dos seus príncipes por todo o Israel e Judá e segundo o mandado do rei, dizendo: Filhos de Israel, convertei-vos ao Senhor, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, para que ele se volte para aqueles de vós que escaparam e escaparam das mãos dos reis da Assíria.
Jeremias 3:8 E, quando por causa de tudo isso, por ter cometido adultério, a rebelde Israel despedi e lhe dei o seu libelo de divórcio, vi que a aleivosa Judá, sua irmã, não temeu; mas foi-se e também ela mesma se prostituiu.
Ezequiel 16:46 E tua irmã maior é Samaria, ela e suas filhas, a qual habita à tua esquerda; e tua irmã menor que tu, que habita à tua mão direita, é Sodoma e suas filhas.
Ezequiel 23:2 Filho do homem, houve duas mulheres, filhas de uma mesma mãe.
Oséias 6:1 Vinde, e tornemos para o Senhor, porque ele despedaçou e nos sarará, fez a ferida e a ligará.
Oséias 14:1 Converte-te, ó Israel, ao Senhor, teu Deus; porque, pelos teus pecados, tens caído.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

HIDROLOGIA, SOLO E CHUVAS NA PALESTINA

HIDROLOGIA
Não é nenhuma coincidência que o principal deus do Egito (Amom-Rá) era uma divindade solar, o que também era o caso do líder do panteão mesopotâmico (Marduque) 108 Em contraste, o grande deus de Canaã (Baal) era um deus da chuva/fertilidade. Aí está um mito com consequências profundas e de longo alcance para quem quisesse viver em Canaã, mito que controlava boa parte da cosmovisão cananeia e, às vezes, até o pensamento israelita. O mito é um reflexo direto de certas realidades hidrológicas dessa terra. Dito de modo simples, nunca é preciso chover no Egito nem na Mesopotâmia. Cada uma dessas terras antigas recebeu uma rica herança: um grande rio. Do Nilo e do Eufrates, respectivamente, as civilizações egípcia e mesopotâmica tiravam seus meios de subsistência, irrigavam suas plantações e davam água a seus rebanhos e manadas. Cada um desses rios fornecia um enorme suprimento de água doce, mais do que poderia ser consumido pelas sociedades que eles alimentavam e sustentavam. Enquanto houvesse chuva suficiente a centenas e centenas de quilômetros de distância, nas montanhas da Etiópia e Uganda (no caso do Nilo) e nas regiões montanhosas e acidentadas do leste da Turquia (no caso do Eufrates).
não seria necessário chover no Egito nem em boa parte da Mesopotâmia. E, na verdade, raramente chovia! Naquelas regiões, a sobrevivência dependia do sustento proporcionado por rios que podiam ser usados com proveito no ambiente parecido com o de uma estufa, criado pelo calor do sol ao longo de suas margens.
Num contraste gritante com isso, em Canaã a sobrevivência dependia justamente da chuva. Nessa terra não havia nenhum grande rio, e os parcos recursos fluviais eram incapazes de atender às necessidades dos habitantes. É certo que o rio Jordão atravessava essa terra, mas, do mar da Galileia para o sul. ele ficava numa altitude tão baixa e estava sempre tão cheio de substâncias químicas que, em essência, a sociedade cananeia estava privada do eventual sustento que o lordão poderia lhe proporcionar. Em meio à têndência histórica de civilizações surgirem ao longo das margens de rios, o Jordão aparece como evidente exceção Fora o lordão. em Canaã havia apenas um pequeno volume de água doce subterrânea. Na Antiguidade, o rio Jarcom, que se forma nas fontes perto de Afeque e deságua no Mediterrâneo logo ao norte de Jope, produzia umidade suficiente para forcar viajantes a se deslocarem mais para dentro do continente, mas só no século 20 seus recursos foram finalmente aproveitados. O rio Ouisom, que drena parte do vale de Jezreel antes de desaguar no Mediterrâneo, na altura da planície de Aco, na maior parte do ano é pouco mais do que um riacho. E o rio Harode, que deságua no lordão em frente de Bete-Sea, mana de uma única fonte situada no sopé do monte Gilboa. De modo que os cananeus e até mesmo a comunidade da aliança de Deus experimentariam, nessa terra, a sobrevivência ou a morte, colheitas boas ou más, a fertilidade ou a seca, justamente como consequência de tempestades que podiam lançar sua chuva numa terra que, de outra forma, era incapaz de suster a existência humana. Para os autores das Escrituras, um padrão recorrente, até mesmo estereotipado, é pregar que a fé produz bênçãos enquanto a falta de fé resulta em condenação. Talvez nada mais ressaltasse esse padrão com tanta força do que a dependência da chuva. Por exemplo, perto do momento de Israel se tornar nação, o povo foi instruído sobre as consequências da fé: "Se [.] guardardes os meus mandamentos [..) eu vos darei chuvas no tempo certo, a terra dará seu produto [...] Mas, se não me ouvirdes [...] farei que o céu seja para vós como ferro, e a terra, como bronze [...] a vossa terra não dará seu produto" (Lv 26:3-20). Mais tarde, quando estava na iminência de se lancar em sua missão de ocupar Canaã, o povo recebeu as descrições mais vívidas e completas das características hidrológicas daquela terra. "Pois a terra na qual estais entrando para tomar posse não é como a terra do Egito, de onde saístes, em que semeáveis a semente e a regáveis a pé [referência ou a um tipo de dispositivo usado para puxar água que era movimentado com os pés ou a comportas de irrigação que podiam ser erguidas com os pés para permitir que as águas entrassem em canais secundários], como se faz a uma horta; a terra em que estais entrando para dela tomar posse é terra de montes e de vales, que bebe as águas da chuva do céu; terra cuidada pelo SENHOR, teu Deus, cujos olhos estão continuamente sobre ela, desde o princípio até o fim do ano" (Dt 11:10-12).
O autor bíblico passa então a fazer um contraste entre a fé e a fertilidade (v. 13-17). Na prática, sua mensagem era a de que, se os israelitas obedecessem aos mandamentos de Deus, ele lhes enviaria tanto as primeiras como as últimas chuvas, a fim de que o povo pudesse armazenar cereais, vinho e azeite. Mas, caso seus corações manifestassem falta de fé, na sua ira Deus trancaria os céus e não haveria nenhuma chuva. Então, parece claro que naquela terra a fertilidade dependia da fé e a própria vida estava em risco devido à falta de chuva, o que resultava em seca e fome. Ademais, os dois textos acima apresentam uma mensagem que é repetida em muitas outras passagens, em cada seção e gênero de literatura biblica: é Deus que, na sua benevolência - mediante a dádiva da bênção da chuva - sustenta a vida na terra da promessa (e.g., Dt 28:12-2Cr 7.13,14; J6 5.10; 28.25,26; 36.27,28; SI 65:9-13 135:7-147.8,18; Is 30:23-25; Ez 34:26; Os 6:3; Am 9:6; Zc 10:1; MI 3.10; Mt 5:45; At 14:17; Hb 6:7). De modo análogo, Deus tem a prerrogativa soberana de reter a chuva como sinal de sua insatisfação e juízo (e.g., Dt 28:22-24; 1Rs 8:35-36; 17.1; 2Cr 6:26-27; Jó 12.15; Is 5:6; Jr 3:3-14:1-6; Am 4:7-8; Zc 14:17). 110 Parece que os autores das Escrituras empregaram essa realidade teológica justamente por causa das implicações hidrológicas dinâmicas que teriam sido por demais óbvias para quem quer que tentasse sobreviver em Canaã. Para o israelita antigo, a chuva era um fator providencialmente condicionado.
As vezes, na história de Israel, Deus ficou tão descontente com o comportamento de seu povo que não lhes deu nem a chuva nem o orvalho (e.g., 1Rs 17:1; Ag 1:10-11; cp. Gn 27:39-25m 1.21; Is 26:19; Os 14:5; Jó 29.19). 112 Com certeza, poucos agricultores na América do Norte ou Europa tiveram boas colheitas principalmente como resultado de orvalho.
Entretanto, no Israel antigo, onde a água era escassa e inacessível, exceto aquela proveniente do céu, em certas estações do ano o crescimento das plantações dependia totalmente da formação do orvalho. Isso era ainda mais válido quando uvas e figos estavam amadurecendo no início do outono, logo antes das "primeiras chuvas" 13 Em circunstâncias normais, a cada ano, a planície Costeira ao sul de Gaza, o vale de lezreel no centro (Iz 6:36-40), o elevado monte Carmelo e o Neguebe Ocidental experimentam - todos eles - cerca de 250 noites de orvalho. Alguns estudiosos têm, com bons motivos, chegado a afirmar que a conexão entre chuva, fé e vida pode ser a melhor explicação por que, depois de atravessarem o Jordão e passarem a residir em Canaã, os israelitas puderam apostatar com tanta rapidez e de modo tão completo. Talvez nenhuma geração de israelitas que viveu antes da época de Cristo tenha experimentado de forma mais convincente o elemento do milagre divino do que aqueles que participaram da ocupação de sua terra. Contudo, seus filhos e netos ficaram rápida e completamente fascinados pelo deus Baal e pelo baalismo cananeu (z 6:25-32; 15m 4:5-8; 1Rs 16:32-33; 19:10-14), e o sincretismo deles se tornou o tema triste e recorrente do livro de Juízes. Aqueles dessa geração posterior não deram ouvidos às exortações proféticas e logo descobriram que, na prática, eram cananeus - pessoas que, por meio do culto da fertilidade, procuravam garantir que houvesse chuva suficiente. O baalismo cananeu estava envolvido com uma cosmovisão cíclica (e não com uma linear), em que o mundo fenomênico, a saber, as forças da natureza, era personificado. Dessa maneira, os adeptos do baalismo eram incapazes de perceber que as estações do ano eram de uma periodicidade regular e mecânica. A variação e a recorrência das estações eram vistas em termos de lutas cósmicas. Quando a estação seca da primavera começava com a consequente cessação de chuva e a morte da vegetação, inferiam erroneamente que o deus da esterilidade (Mot) havia assassinado seu adversário, Baal. Por sua vez, quando as primeiras chuvas do outono começavam a cair, tornando possível a semeadura e, mais tarde, a colheita, de novo o baalismo cometia o erro de inferir que o deus da fertilidade (Baal) havia ressuscitado e retornado à sua posição proeminente.
Ademais, o fracasso do baalismo cananeu em perceber que a variação das estações era governada pela inevitabilidade das leis da Natureza levou à crença de que o resultado das lutas cósmicas era incerto e que os seres humanos podiam manipulá-lo. Como consequência, quando desejavam que suas divindades realizassem certas ações, os cananeus acreditavam que podiam persuadi-las a isso, realizando eles próprios as mesmas ações num contexto cultual, uma prática conhecida hoje em dia como "magia imitativa ou simpática". Para eles, o triunfo contínuo de Baal equivalia à garantia de fertilidade duradoura. Esse desejo deu origem à prostituição cultual, em que, conforme acreditavam, as ações de um homem ou uma mulher consagrados a essa atividade ativamente antecipavam e causavam o intercurso de Baal com a terra e dele participavam (entendiam que a chuva era o sêmen de Baal). De acordo com a adoração da fertilidade em Canaã, quando Baal triunfava, as mulheres ficavam férteis, os rebanhos e manadas reproduziam em abundância e a lavoura era repleta de cereais. Os profetas, a começar por Moisés, atacaram fortemente a adoção indiscriminada dessa abominação (Dt 4:26; cp. Jr 2:7-8,22,23; 11.13; Os 4:12-14; Mq 1:7). Mas, apesar de todas as advertências, ao que parece a realidade hidrológica da terra levou os israelitas a suporem que também necessitavam de rituais cananeus para sobreviver num lugar que dependia tanto da chuva (1Sm 12:2-18; 1Rs 14:22-24; 2Rs 23:6-7; 2Cr 15:16: Jr 3:2-5; Ez 8:14-15; 23:37-45). Israel logo começou a atribuir a Baal, e não a lahweh, as boas dádivas da terra (Is 1:3-9; Jr 2:7; Os 2:5-13) e, por fim, os israelitas chegaram ao ponto de chamar lahweh de "Baal" (Os 2:16). O tema bíblico recorrente de "prostituir-se" tinha um sentido muito mais profundo do que uma mera metáfora teológica (Jz 2:17-8.27,33; 1Cr 5:25; Ez 6:9; Os 4:12-9.1; cp. Dt 31:16-1Rs 14.24; 2Rs 23:7). Além do mais, no fim, a adoção dessa degeneração contribuiu para a derrota e o exílio de Israel (e.g., 1Cr 5:26-9.1; SI 106:34-43; Jr 5:18-28; 9:12-16; 44:5-30; Ez 6:1-7; 33:23-29).
É muito provável que a expressão característica e mais comum que a Bíblia usa para descrever a herança de Israel - "terra que dá leite e mel" - trate igualmente dessa questão de dependência da chuva. Os ocidentais de hoje em dia conseguem ver, nessa metáfora, uma conotação de fertilidade e abundância exuberantes, de um paraíso autêntico ou de um jardim do Éden luxuriante. Mas a expressão pinta um quadro bem diferente. Para começar, o "princípio da primeira referência pode ser relevante para essa metáfora: quando a expressão surge pela primeira vez no cânon e na história de Israel, é especificamente usada para contrastar a vida de Israel no Egito com a vida tal como seria em Canaã (Êx 3.8,17). E, embora também se empregue a metáfora para descrever a terra da aliança de Deus com Israel (Dt 6:3-31.20; Is 5:6; Jr 11:5), de igual forma as Escrituras, mais tarde, utilizam a metáfora para tornar a apresentar esse forte contraste entre o Egito e Cana (e.g., Dt 11:9-12; 26.8,9; Jr 32:21-23; Ez 20:6). Nesse aspecto, o texto de Deuteronômio 11:8-17 é especialmente revelador: aí a terra de leite e mel será um lugar em que a fertilidade estará condicionada à fé em contraste com a fertilidade garantida do Egito.
Os produtos primários envolvidos também parecem não apontar para a noção de fertilidade exuberante (cp. Is 7:15-25). A palavra para "leite" (halab) é usada com frequência para designar o leite de cabra e ovelha (Êx 23.19; Dt 14:21-1Sm 7.9; Pv 27:26-27), raramente para se referir ao leite de vaca (Dt 32:14) e nunca ao de camela. Ocasionalmente a palavra para "mel" (debash) é interpretada como referência a uma calda ou geleia feita de uvas ou tâmaras ou secretada por certas árvores, mas é quase certo que, nesse contexto, deve se referir ao mel de abelha. A palavra é usada especificamente com abelhas (d°bórá, cp. Jz 14:8-9) e aparece com vários vocábulos diferentes que designam favo (Pv 24:13; Ct 4:11; cp. 1Sm 14:25-27; SI 19.10; Pv 16:24; Ct 5:1). Na descrição encontrada em textos egípcios mais antigos, Canaã tinha seu próprio suprimento de mel,16 uma observação importante à luz do fato bem estabelecido de que a apicultura doméstica era conhecida no Egito desde tempos remotos. Escavações arqueológicas realizadas em 2007 na moderna Rehov/Reobe, logo ao sul de Bete-Sea, encontraram vestígios inconfundíveis de apicultura doméstica em Canaã, datada radiometricamente do período da monarquia unida. Além de mel, restos tanto de cera de abelha quanto de partes de corpos de abelha foram tirados do apiário, e acredita-se que as fileiras de colmeias achadas ali até agora eram capazes de produzir até 450 quilos de mel todos os anos.
Os produtos primários indicados na metáfora que descreve a terra têm de ser leite de cabra e mel de abelha: os dois itens são produtos de condições topográficas e econômicas idênticas (Is 7:15-25; J6 20,17) e de áreas de pastagem não cultivadas. Nenhum é produto de terra cultivada. Diante disso, deve-se concluir que os produtos primários de leite e mel são de natureza pastoril e não agrícola. Portanto, a terra é descrita como uma esfera pastoril.
É possível perceber o peso dessa última observacão quando se contrastam o leite e o mel com os produtos primários do Egito, citados na Bíblia (Nm 11:4-9). Enquanto andava pelo deserto, o povo de Israel se desiludiu com a dieta diária e monótona de maná e passou a desejar a antiga dieta no Egito (peixe, pepino, melão, alho-poró, cebola e alho). Além de peixe, os alimentos pelos quais ansiavam eram aqueles que podiam ser plantados e colhidos. Em outras palavras. enquanto estavam no Egito, a dieta básica dos israelitas era à base de produtos agrícolas e nada há nesse texto sobre a ideia de pastoralismo. O Egito parece ser apresentado basicamente como o lugar para o lavrador trabalhar a terra, ao passo que a terra da heranca de Israel é basicamente apresentada como o lugar para o pastor criar animais. Isso não quer dizer que não houvesse pastores no Egito (ep. Gn 46:34) nem que não houvesse lavradores em Canaã (cp. Mt 22:5); mas dá a entender que o Egito era predominantemente um ambiente agrícola, ao passo que Canaã era predominantemente de natureza pastoril. Ao se mudar do Egito para uma "terra que dá leite e mel", Israel iria experimentar uma mudanca impressionante de ambiente e estilo de vida É provável que isso também explique por que a Bíblia quase não menciona lavradores, vacas e manadas e, no entanto, está repleta de referências pastoris:


Desse modo, dizer que a terra dava "leite e mel" servia a três propósitos básicos. A expressão: (1) descrevia a natureza distintamente pastoril do novo ambiente de Israel; (2) fazia um contraste entre aquele ambiente e o estilo de vida que Israel havia tido no Egito; (3) ensinava o povo que a fertilidade/ sobrevivência em sua nova terra seria resultado da fé e consequência da obediência. Os israelitas não seriam mais súditos egípcios vivendo no Egito, mas também não deveriam se tornar súditos cananeus vivendo em Canaã. Deviam ser o povo de Deus, povo que teria de viver uma vida de fé nesse lugar que Deus escolhera e que dependia tanto de chuva (as vezes denominada geopiedade). À luz dos difíceis condições hidrológicas da terra, a necessidade de conservar os escassos suprimentos de água devia ser determinante. Por esse motivo, a Bíblia está repleta de referências à água e a itens relacionados, com aplicações tanto positivas quanto negativas. Encontramos menção a:


Na época do Novo Testamento, tecnologias hídricas gregas e romanas aliviaram em parte a dificílima situação de abastecimento de água para algumas cidades principais.
O Império Romano foi particularmente bem-sucedido em transportar água, às vezes por muitos quilômetros, desde sua(s) fonte(s) até as principais áreas urbanas. Uma tecnologia sofisticada criou aquedutos tanto abertos quanto fechados - canais de água que podiam ter várias formas de canalização (pedra, terracota, chumbo, bronze e até madeira). Alguns dos canais foram construídos acima da superfície e outros, abaixo.
Além do enorme trabalho exigido pelas imensas construções, esses sistemas também requeriam considerável capacidade e sofisticação de planejamento. Os romanos tiraram vantagem da força da gravidade, mesmo durante longas distâncias, em terreno irregular ou montanhoso. Em certos intervalos, colocaram respiradouros para reduzir problemas de pressão da água ou do ar e para possibilitar que os trabalhadores fizessem o desassoreamento. Também utilizaram sifões para permitir que a água subisse até recipientes acima de um vale adjacente, mas abaixo do nível da fonte da água. Junto com uma rede de aquedutos, os romanos criaram muitos canais abertos, comportas, redes de esgoto, diques e reservatórios de água.
Como resultado, a maioria da população urbana do Império Romano desfrutava de banhos públicos, latrinas e fontes. Alguns tinham acesso a piscinas e até mesmo lavagem de louça. Na Palestina em particular, introduziu-se o banho ritual (mikveh).

Os solos da Palestina
Os solos da Palestina
Montanhas e rios da Palestina
Montanhas e rios da Palestina
Índice pluviométrico na Palestina
Índice pluviométrico na Palestina

OS PATRIARCAS: AS EVIDÊNCIAS BÍBLICAS

Início do segundo milênio a.C.

UM CONTEXTO CRONOLÓGICO

Gênesis 12:50 trata da relação de Deus com um homem, Abraão, e seus descendentes: Isaque, Jacó (Israel) e seus doze filhos, dos quais José é o mais destacado. É difícil situar os "patriarcas", como costumam ser chamados, num período histórico exato. Para isso, é preciso considerar, em grande medida, a data fornecida para um acontecimento posterior da história bíblica, a saber, o êxodo, para o qual são definidas duas datas (como veremos em detalhes mais adiante).
Uma das datas para o êxodo é 1447 a.C.' Considerando-se que os israelitas permaneceram no Egito durante 430 anos, pode-se concluir que Jacó e seus filhos chegaram ao Egito em 1877 a.C. Assim, Abraão deve ter nascido na metade do século XXII a.C.
A outra data para o êxodo é c. 1270 a.C. Aceitando-se os mesmos dados mencionados acima, Abraão deve ter nascido por volta de 2000 a.C.
Alguns estudiosos também consideram que a estadia de Israel no Egito foi mais curta e situam os patriarcas num período posterior (mais próximo de nossa época), entre os séculos 20 e XVI a.C., a Média Idade do Bronze II.

ABRÃO VIAJA DE UR PARA HARÀ Tera, o pai de Abrão (como ele era conhecido naquele tempo), deixou "Ur dos caldeus"* e se assentou em Harà, na fronteira norte da Mesopotâmia, 32 km a sudeste da atual cidade turca de Urfa. Para alguns, Ur e Urfa se referem ao mesmo lugar, mas, nesse caso, Abrão teria voltado pelo mesmo caminho de onde veio antes de partir para Canaâ. Na verdade, a designação "Ur dos caldeus" resolve a questão. Os caldeus foram um povo que viveu no sul do Iraque do final do segundo milênio em diante.
Assim, Ur dos caldeus deve ser identificada com a cidade famosa de Ur, no sul do Iraque, conhecida hoje como Tell el- Muqayyar. Ur era um dos centros de uma civilização sofisticada vários séculos antes de Abraão, como indicam o Cemitério Real de Ur e o zigurate (templo em forma de torre) de Ur-Nammu, datados respectivamente de c. 2500 a.C. e 2113-2096 a.C.

ABRÃO VIAJA DE CANAÁ PARA O EGITO

Quando Abrão estava com cerca de 75 anos de idade, ele respondeu ao chamado de Deus para deixar seu país, seu povo e a casa de seu pai e se dirigir à terra que o Senhor lhe mostraria.* Abrão foi para Canaã, a terra prometida, mas uma grave escassez de alimento o levou a buscar refúgio no Egito. Lá, sua esposa Sarai (chamada posteriormente de Sara) chamou a atenção do Faraó.

EM CANAÃ

Ao voltar a Canaã, Abrão se tornou extremamente rico em rebanhos, prata e ouro. Tinha tantos rebanhos que precisou se separar de seu sobrinho, Ló, o qual escolheu armar suas tendas próximo a Sodoma, cujos habitantes eram conhecidos por sua grande perversidade. De acordo com Gênesis 19:24-25, "fez o Senhor chover enxofre e fogo, da parte do Senhor, sobre Sodoma e Gomorra. E subverteu aquelas cidades, e toda a campina". Não há dúvidas que Sodoma e Gomorra ficavam próximas, ou talvez debaixo, do atual mar Morto, mas é impossível determinar a localização exata das duas cidades proporção extraordinária de sal (25 por cento) do mar Morto pode ser evidência dessa calamidade.
Abrão (Pai exaltado) se tornaria Abraão (Pai de muitos)." ¡ Agar, a serva de Sara, lhe deu à luz Ismael e a própria Sara lhe deu à luz Isaque (o filho da promessa).° Quando Sara faleceu em Quiriate-Arba (atual Hebrom), Abraão comprou de Efrom, o heteu, um campo com uma caverna e ali sepultou a esposa. Posteriormente, Abraão, seu filho Isaque, Rebeca, esposa de Isaque, seu filho Jacó e Lia, a esposa de Jacó, também foram sepultados nesse local.
Isaque reabriu os poços que haviam sido cavados por Abraão no vale de Gerar e, de acordo com João 4:5-6, Jacó cavou um poço em Sicar, próximo a Siquém.
Fica evidente que os patriarcas eram homens de grande riqueza e influência em Canaã. Abrão tinha trezentos e dezoito "homens dos mais capazes" à sua disposição.' Aliás, a expressão "homens dos mais capazes" é bastante antiga, pois também aparece em textos egípcios de execração (maldição) do final do século XIX a.C. Os patriarcas se casaram com parentas: Isaque se casou com Rebeca, sobrinha neta de seu pai, e Jacó se casou com suas primas Lia e Raquel. Essas três mulheres eram da região de Harã, também chamada Harâ- Naharaim e Pada-Arã.

 

 

Por Paul Lawrence


Árvore genealógica dos patriarcas
Árvore genealógica dos patriarcas
Viagem de Abraão: Saiu de Ur, no sul do Iraque em direção a Harã.
Viagem de Abraão: Saiu de Ur, no sul do Iraque em direção a Harã.

PALESTINA - DISTRITOS GEOPOLÍTICOS

Antes de nos envolvermos numa análise mais aprofundada dos aspectos topográficos naturais da Palestina, é necessário definir e, em poucas palavras, delinear certos termos que as Escrituras usam para designar as várias subdivisões geográficas e/ou geopolíticas da terra. Mas, para isso, será proveitoso introduzir, primeiro, dois vocábulos geográficos modernos que, às vezes, são empregados para designar essa terra: Cisjordânia ("deste lado o lado ocidental do rio Jordão") e Transjordânia ("do outro lado [o lado oriental] do rio Jordão"). Já vimos como, em várias épocas, o rio Jordão serviu de fronteira tanto geográfica quanto política. E, antes de prosseguir, é fundamental entender a natureza temporária dessas subdivisões. As fronteiras de um distrito específico podem ter variado ao longo dos séculos, e não é possível estabelecê-las com precisão em cada período. Esse problema é especialmente agravado quando se tenta determinar as fronteiras de um distrito que existiu durante um longo período da história bíblica, talvez durante mais de um milênio. Além do mais, é necessário levar em conta que uma mesma área geográfica frequentemente tinha nomes diferentes em períodos diferentes.

CISJORDÂNIA
De uma perspectiva geopolítica, pode-se dizer que a Cisiordânia esteve dividida em quatro distritos durante a maior parte da história bíblica. Indo do norte para o sul, essas quatro secções foram: Fenícia, Galileia, Samaria e Judá/Judeia.

FENÍCIA
No Antigo Testamento, a Fenícia é em geral definida como uma área litorânea estreita, que se estendia por cerca de 200 quilômetros, desde o rio el-Kabir até o monte Carmelo, e, no lado oriental, era flanqueada pelas montanhas do Líbano e da Galileia. Na época do Novo Testamento, o monte Carmelo já havia caído nas mãos de monarcas de Tiro,62 de sorte que, para o lado sul, a Fenícia chegava até a planície de Dor. A Fenícia foi o cenário de dois milagres da Bíblia: em Sarepta, Eliseu ressuscitou o filho de uma viúva, o qual havia parado de respirar (1Rs 17:8-24), e, na região de Tiro e Sidom, Jesus curou a filha de uma mulher siro-fenícia (Mc 7:24-30). A Fenícia também recebeu várias das primeiras viagens apostólicas.

GALILEIA
Imediatamente a leste da região sul da Fenícia, ficava o distrito da Galileia, o território mais setentrional que o Israel antigo chegou a ocupar. A área central da Galileia se estendia do rio Litani e da região de Dá, no norte, até o vale de Jezreel, no sul, medindo cerca de 80 quilômetros de norte a sul e uns 40 quilômetros de leste a oeste. Em todas as épocas, o distrito esteve dividido por um estreito vale lateral que acompanhava uma falha geológica que saía de Aco/Ptolemaida, rumava para o leste e chegava até a moderna Rosh Pinna (apenas cerca de 16 quilômetros ao norte do mar da Galileia). Esse vale de Beth Kerem divide a Galileia em duas subdivisões: Alta Galileia e Baixa Galileia.3 A distinção é geográfica e não administrativa. O terreno acidentado e praticamente intransponível da Alta Galileia chega a mais de 1.000 metros de altitude, e parte de sua região central é a mais elevada de toda a Cisiordânia (o iebel Jarmuk fica mais de 1.200 metros acima do nível do mar). Na Baixa Galileia, os cumes ficam abaixo de 600 metros de altura. A maioria das referências à Galileia, inclusive todas as do Novo Testamento, é à Baixa Galileia. Por causa de sua localização no norte, a Galileia talvez fosse mais vulnerável à assimilação cultural e ao domínio militar (Is 9:1; Mt 4:15-16; 2Rs 15:29). Embora a Galileia tenha sido habitada pelas tribos de Naftali, Issacar, Zebulom e talvez parte de Aser durante o período da ocupação, a partir do cativeiro babilônico (1Rs 9:10-14) a sua população gentílica passou a ser majoritária. Por isso, o distrito era suspeito tanto do ponto de vista ideológico (Jo 1:46; cp. 7.41,52) quanto do linguístico (Mt 26:73b). Apesar disso, a Galileia se tornou muito importante, igualmente, para judeus e cristãos. Para os judeus, após a destruição de Jerusalém em 70 d.C., a cidade de Tiberíades se converteu, pouco a pouco, no centro da erudição talmúdica; ali o Sinédrio se reuniu pela última vez e a Mishná foi editada; ali se concentraram as famílias de Ben Asher e Ben Naphtali, da tradição massorética; ali também o venerado Códice Aleppo (a mais antiga e mais completa Bíblia hebraica existente) foi criado e é onde se encontram os túmulos dos sábios judeus Maimônides, rabino Akiva e Johanan ben Zekkai. Para os cristãos, a Galileia foi um centro das atividades de Jesus. Ele passou a infância no pacato vilarejo de Nazaré, baseou seu ministério no importante centro de Cafarnaum e, o que talvez seja o mais interessante, ali realizou a maioria de seus milagres públicos.

SAMARIA
Ao sul da Galileia, fica a terceira subdivisão: Samaria. Anteriormente era conhecida como região montanhosa de Efraim (Is 17:15-19.50; Jz 3:27-4.5; 1Sm 1:1-9.4; 1Rs 4:8-2Rs 5,22) e não deve ser confundida com a região montanhosa de Judá (v. a seguir). Por fim, o distrito de Samaria ganhou esse nome devido à terceira e última capital do Reino do Norte (1Rs 16:24). A região central de Samaria se estendia da borda do vale de Jezreel, rumo ao sul, chegando até as proximidades de uma linha topográfica natural que, saindo de Jericó para o oeste, passava pelo uádi Makkuk e ia até Ofra. A partir dali, a fronteira avancava além de Betel e Bete-Horom Superior, onde começava sua descida até Aijalom (cp. ]s 10.11,12) para, então, terminar na planície Costeira, em frente de Gezer. Assim, a Samaria abrangia uma área aproximada de 65 quilômetros de norte a sul e uns 50 quilômetros de leste a oeste (com base na descrição feita por Josefo, infere-se que a Samaria do Novo Testamento foi ligeiramente reduzida em sua área ao sul) 64 O centro geográfico natural de Samaria era a cidade de Siquém, situada no vale entre o monte Ebal e o monte Gerizim, e adjacente à atual cidade de Nablus. Ali a principal estrada rumo ao norte procedente de Jerusalém (estrada da Serra Central) se conectava com uma estrada secundária (estrada lateral de Efraim), que ligava Samaria tanto ao Mediterrâneo quanto ao rio Jordão. Por isso, não é de surpreender que Siquém tenha testemunhado períodos de ocupação prolongada que remontam a 4000 a.C. Durante boa parte do segundo milênio a.C., Siquém competiu com Jerusalém pela supremacia sobre a Palestina central. Esse local foi o primeiro lugar onde Abraão erigiu um altar e adorou ao Senhor em Canaã (Gn 12:6); onde os ossos de José finalmente encontraram descanso (Is 24:32; cp. Gn 50:25-26: Êx 13.19): onde, pela primeira vez 1srael tentou instituir a monarquia (Iz 9); onde aconteceu a divisão da monarquia unida de Israel (1Rs 12:1-16): onde esteve localizada a primeira capital do reino setentrional de Israel (1Rs 12:25) e onde lesus confrontou uma mulher iunto ao poco (Jo 4:5). Embora ofuscada pela cidade de Samaria durante a maior parte do período da monarquia dividida, a ascendência de Siquém foi reafirmada depois que os assírios deram fim ao Reino do Norte, em 722 a.C. Cativos estrangeiros foram estabelecidos em cidades samaritanas (2Rs 17:24-34). Alguns dos refugiados adotaram vários elementos da fé judaica e, com o tempo, passaram a se considerar judeus (e.g., Ed 4:2). Mas sua tentativa de se tornarem membros da comunidade judaica foi em grande medida repudiada pelos judeus pós-exílicos, o que gerou uma hostilidade religiosa que durou todo o restante do período bíblico (Lc 9:52-53; Jo 4:9-8.48). Assim mesmo, o samaritanismo sobreviveu aos séculos. Um relato medieval localizou em Damasco cerca de 400 samaritanos. Estimativas atuais sobre a população samaritana em Israel vão de 550 a 800 pessoas que, todos os anos, continuam a celebrar a Páscoa no alto do monte Gerizim, o monte sagrado deles (Jo 4:20).

JUDÁ
A quarta principal subdivisão geopolítica da Cisiordânia era Judá, que relatos históricos mais antigos chamavam de região montanhosa de Judá (Js 11:21-15.48; 20.7; 21.11; cp. 2C 21.11; 27.4; Lc 1:65). De acordo com II Reis 23:8, Judá ia de Geba, uma cidade estratégica localizada cerca de 8 quilômetros ao norte de Jerusalém, até tão ao sul quanto Berseba (Zc 14:10). Assim, quando compreendido também no contexto do limite norte de Israel na cidade de Da, isso está de acordo com a fórmula recorrente no Antigo Testamento ("de Da até Berseba"), que denota as fronteiras efetivas da região central de Israel (Jz 20:1-1Sm 3.20 2Sm 3:10-17.11; 24.2,15; 1Rs 4:25). Ainda é possível delinear especificamente a região central de Judá a partir de seu eixo lateral, indo para o leste até a descida abrupta para o deserto de Judá (Jesimom [Nm 21:20; cp. 1Sm 26:1 - Haquila, em frente de Jesimom]) e para o oeste até a descida íngreme e rochosa que termina num valado estreito que a separa da Sefelá (v. a seguir). A região central de ludá media não mais de 80 quilômetros de norte a sul e apenas uns 30 quilômetros de leste a oeste. Só raramente Judá atraiu o interesse dos construtores de impérios, pois era um território bem pequeno, em grande parte constituído de amplas áreas de terra incultivável, que ficava bastante isolado das rotas internacionais e nunca experimentou prosperidade material independente. Um estudioso descreveu Judá como uma terra isolada que promovia um estilo de vida pastoril e era o ambiente para fortalezas, altares e vilarejos.

IDUMEIA
Além das quatro principais entidades geopolíticas da Cisjordânia, a província da Idumeia desempenhou um papel secundário na política do período pós-exílico e do Novo Testamento. Idumeia é o nome grego aplicado especificamente a refugiados edomitas que fugiram para o noroeste para evitar a crescente pressão feita por seus vizinhos nabateus. Embora oscilasse bastante, ora separado da Judeia, ora a ela reanexado, o território idumeu chegou a cobrir a região que vai de Bete-Zur, perto de Hebrom, até Berseba, sua extremidade sul, e do mar Morto até os limites da planície da Filístia. Por fim, governantes macabeus subjugaram a Idumeia. Um deles (Alexandre laneu) nomeou Antipatro, um chefe local, para governar a região. É irônico que Herodes, o Grande, no devido tempo descendesse de Antípatro. Na condição de "rei dos judeus" (Mt 2:1), Herodes não se dispôs muito a descentralizar sua autoridade.

TRANSJORDÂNIA
A Transjordânia do Antigo Testamento é constituída de cinco entidades geopolíticas. Do norte para o sul, elas são. Basa, Gileade, Mishor, Moabe e Edom. O termo "Transjordânia" define especificamente a área que vai do monte Hermom até o golfo de Ácaba (cerca de 400 quilômetros de distância) e do vale do Jordão até as margens do deserto Oriental (entre 50 e 130 quilômetros). A natureza geopolítica dessa região é, na realidade, muito mais complicada do que a da vizinha Cisjordánia. Tentar, numa única análise, tratar da Transiordânia tanto do Antigo quanto do Novo Testamento é possível apenas em parte e, com certeza, trata-se de uma tarefa suscetível a imprecisão. Mas também aqui o propósito básico é fornecer a localização aproximada de entidades geopolíticas mencionadas nas Escrituras.

BASÃ
Basà significa "terra frutífera/plana" (Js 9:10-1Rs 4.13; 2Rs 10:33) e é o nome do território que as forças de Israel tomaram do controle de Ogue (Nm 21:33-35). Incluía 60 cidades muradas (Dt 3:4-5) e foi designado para Manassés Oriental (Dt 3:13). Do norte para o sul, Basa se estendia por aproximadamente 55 quilômetros, do monte Hermom (Js 12:45) até o rio Yarmuk,67 e, para o leste, chegava até Quente (Nm 32:42) e Salca (Dt 3:10), cidades situadas no monte Haura. Na época do Novo Testamento, a região ao norte do Yarmuk consistia basicamente nas províncias que formavam a tetrarquia de Herodes Filipe, filho de Herodes, o Grande.

GILEADE
A segunda entidade básica da Transjordânia é Gileade. Embora pareça que a Bíblia às vezes empregue essa palavra num sentido genérico, referindo-se a toda a Transiordânia ocupada (Dt 34:1-4; Js 22:9), a entidade geopolítica Gileade designa especificamente o domo elevado, montanhoso e ovalado que, do ponto de vista topográfico, é uma extensão oriental da elevação de Samaria (Jz 10:4-1Sm 13 7:25m 2.9; 2Rs 10:33). Esse domo começa a se elevar a apenas uns poucos quilômetros ao sul do Yarmuk e se estende na direção sul, chegando aproximadamente até o uádi Husban. que deságua no Jordão em frente a Jericó.
Longitudinalmente, o domo de Gileade era dividido por um desfiladeiro profundo, escavado pelo rio Jaboque, que separou Gileade em duas metades (cp. Js 12:5-13.31, a metade norte; Dt 3:12; Is 12:2, a metade sul). Na fronteira oriental, é possível delimitar Gileade apenas negativamente: não incluía a terra de Amom (Nm 21:23-24; Jz 11:13; cp. 1Sm 11:1-4), de modo que, em seu quadrante sudeste, não alcançava o deserto Oriental.
Em contraste com o significado do nome de seus vizinhos ao norte (Basa significa "terra plana") e ao sul (Mishor significa "planalto/chapada*), o provável significado do nome Gileade (terra acidentada") pode ajudar a esclarecer suas fronteiras.
Assim delineada, a região montanhosa de Gileade (Gn 31:21-23,25; Dt 3:12) cobria uma área de aproximadamente 55 quilômetros de norte a sul e não mais de uns 50 quilômetros de leste a oeste. Quase todo o norte de Gileade se tornou parte da herança de Manassés Oriental, ao passo que o sul foi entregue à tribo de Gade . A totalidade do domo foi de fato colonizada por Israel, provavelmente porque a altitude elevada permitia chover o suficiente para criar condições para um pouco de florestamento, agricultura e criação de animais (2Sm 18:6; Nm 32:1-4, 16,26; Js 22:8). Embora não saibamos sua exata natureza, o "bálsamo de Gileade", que tinha propriedades medicinais, era muito valorizado na Antiguidade (Jr 8:22-46.11; cp. Gn 37:25). Muitas cidades gregas que haviam sido estabelecidas durante o período alexandrino formaram um núcleo transjordaniano de oposição (em grande parte malsucedida) à independência judaica obtida pelos asmoneus. Mas, quando as legiões de Pompeu deram fim ao domínio asmoneu, muitas daquelas cidades foram devolvidas a seus compatriotas helênicos. Em alguns casos, certas cidades consideraram necessário constituir ligas para proteção mútua contra os vizinhos não gregos, assim como também estavam unidas em termos econômicos e sociais. Uma dessas confederações, conhecida como Decápolis ("dez cidades"), era constituída de localidades situadas principalmente ao longo das estradas comerciais do centro e do norte da Transiordânia.
Esse grupo é mencionado tanto na Bíblia (Mt 4:25: Mc 5:20-7.
31) quanto em fontes clássicas. No período do Novo Testamento, as cidades provavelmente incluíam, do norte para o sul, Damasco, Rafana, Canata, Hipos, Gadara, Citópolis, Pela, Diom, Gerasa e Filadélfia? Embora o propósito de uma confederação helenística assim tão pouco estruturada se choque com qualquer tentativa de definir fronteiras geográficas claras, é possível concluir que a região central da Decápolis se estendia transversalmente à região montanhosa de Gileade.

MISHOR
Ao sul da Gileade do Antigo Testamento, ficava o Mishor ("planalto", p. ex., Dt 3:10-4.43; Js 20:8), que se estendia por cerca de 40 quilômetros, desde Hesbom (Is 13:10) e Medeba (Is 13:16), no norte, até as cidades de Aroer (Is 13:9) e Dibom (Jr 48:22), situadas no sul, logo ao norte do cânion do Arnom e perto da Estrada Real. Outras cidades localizadas no Mishor eram Nebo (Ir 48.22). Sitim (onde os israelitas tiveram relações sexuais ilícitas com mulheres moabitas INm 25:1s.|).
Bete-Peor (perto de onde Moisés foi sepultado [Is 13:20; Dt 34:6] e onde Balaão pronunciou suas bêncãos desfavoráveis [Nm 22:41-23.13,141) e Bezer, uma das cidades israelitas de refúgio (Dt 4:43). O Mishor se tornou a heranca da tribo de Rúben. No entanto, como do ponto de vista geográfico o Mishor ficava a meio caminho entre a região central de Israel e a região central de Moabe, a luta para controlá-lo teve início ainda no período dos juízes (Jz 3:12-30, implícito). prosseguindo na época da monarquia unida (1Sm 14:47;25m 8.2,12) e chegando até os dias de Acabe e do rei moabita Messa. Mas, no pensamento dos profetas, o controle israelita da região do Mishor havia sido cedido aos mobitas (Is 15:1-9; 16.8,9; Jr 48:1-5,21-25,34-36,45-47; Ez 25:8-11). E provável que esse vaivém político ajude a explicar por que, apesar de descenderem do primogênito de Jacó (Gn 29:32-49.3,4), os rubenitas aparentemente foram incapazes de desempenhar um papel importante na história posterior de Israel.

MOABE/PEREIA
O planalto mais elevado que, partindo do Arnom, estendia-se para o sul, chegando até o ribeiro de Zerede, era a região mais importante e central do território moabita, tendo como capital a cidade de Quir-Haresete (2Rs 3:25; Is 16:7; cp. Nm 22:36; Is 15:1 ['Quir de Moabe", que é a forma encontrada na ARA, significa "cidade de Moabe"|). Durante o período do Novo Testamento, o distrito da Pereia? ocupava a região ocidental daquilo que havia sido o Mishor e Moabe. O historiador Josefo escreveu que, no norte, o distrito de Pereia chegava até a cidade de Pela e, no sul, até Maqueronte (uma cidade-fortaleza de onde se avistava o mar Morto e onde Herodes Antipas decapitou João Batista). Além disso, Josefo relata que Pereia começava no rio Jordão e ia para o leste, chegando até Filadélfia, e informa que a capital da Pereia era Gadara (T. Gadur, que não se deve confundir com a Gadara da Decápolis [Umm Qeis]) 73 Causam perplexidade as fronteiras norte e leste informadas por Josefo, pois tanto Pela quanto Filadélfia faziam parte da região da Decápolis. Talvez sua descrição signifique que as fronteiras das cidades-estados de Pela e Filadélfia encostavam na Pereia. De qualquer maneira, os geógrafos bíblicos justificadamente seguem critérios arqueológicos e topográficos, estabelecendo a fronteira oriental basicamente numa linha norte-sul que começa no norte, nas vizinhanças do jebel Munif, no alto Arnom. Parece que, dali, a fronteira norte acompanhou os contornos a jusante do uádi Yabis até sua foz no rio Jordão, em frente a Enom.

EDOM
O último distrito transiordaniano a ser listado é Edom, às vezes conhecido como Seir (Gn 32:3; Nm 24:18: Jz. 5.4; Is 21:11) ou monte Seir (Gn 14:6; Dt 1:2-2.5). Edom designa a terra e o reino situados no alto da estreita e longa cadeia de montanhas imponentes que, partindo do ribeiro de Zerede, dirige-se para o sul, quase até o golfo de Ácaba. No entanto, as terras centrais de Edom, saindo do ribeiro de Zerede, estendiam-se para o sul por cerca de 110 quilômetros até um planalto de onde se avista o uádi Hasma, parte de uma enorme dissecação no solo recoberta de areia, a qual se estendia na direção sudeste e era a porta de entrada para o sul da Arábia. A maioria dos cumes de Edom ultrapassa os 1:200 metros acima do nível do mar e, em mais da metade de sua extensão longitudinal, o terreno elevado fica acima dos 1:500 metros. E esse cenário assustador ficava claramente limitado, a oeste, pela Arabá e, a leste, pelas planícies do deserto Oriental. O resultado é que Edom propriamente dito media apenas 16 a 24 quilômetros num eixo leste-oeste, tendo, ao longo da serra altaneira, uma série de fortalezas e cidades que basicamente acompanhavam a Estrada Real. A combinação de fortificações tanto naturais quanto feitas pelo homem tornava Edom uma barreira intransponível para tráfego lateral. Cerca de 40 quilômetros ao sul de Zerede, uma falha geológica criou um cánion que, partindo da A rabá, abre-se em leque para o leste por mais ou menos 14 quilômetros. No fim desse uádi notável, ficava a antiga Punom, um centro importante de mineração de cobre e onde, de acordo com a Biblia (Nm 33:42), os israelitas acamparam durante a viagem de Cades-Barneia para as planícies de Moabe. Moisés solicitou ao rei de Edom permissão para que Israel atravessasse o território edomita para chegar à Estrada Real (Nm 20:14-21). Mas o rei rejeitou o pedido, o que exigiu que o grupo israelita vigiasse cerca de 160 quilômetros a mais por terreno árido e num calor escaldante, apenas para desviar de Edom (Dt2.1-8).
Sem dúvida, essa derrota psicológica foi relacionada com o incidente das "serpentes ardentes" (Nm 21:4-9; 33:42-49), em que Moisés foi forçado a erguer uma serpente de cobre nesse deserto. Com base no contexto geográfico, é possível entender por que a recusa do rei edomita não foi desafiada, apesar de ser improvável que os edomitas fossem numericamente superiores aos israelitas. Os penhascos imensos e as gargantas íngremes de Edom, mesmo nas encostas menos escarpadas do desfiladeiro de Punom, eram um alvo inacessível que, por capricho edomita, continuaria em esplêndido isolamento (Ob3). Situado junto às montanhas edomitas ocidentais e cerca de 32 quilômetros ao sul de Punom, há um cânion que se parece com uma cratera e contém as impressionantes ruínas de Petra, a fabulosa capital do Reino Nabateu, mais tarde ocupada pelos romanos.? Embora não se saiba quais foram seus ancestrais, os nabateus vieram a ocupar Edom no terceiro século a.C. e, já no primeiro século a.C., sua influência era sentida desde Damasco até Gaza e também até o interior da Arábia. Boa parte de seu poder era resultado do controle que exerciam sobre parte de uma lucrativa rede comercial que, àquela época, estendia-se do interior da atual Arábia Saudita até o Mediterrâneo Ocidental Chegava-se a Petra através de um estreito corredor de cerca de 1.600 metros, flanqueado em ambos os lados por elevados penhascos perpendiculares que, em alguns lugares, quase se tocavam. A bacia onde se situava a cidade propriamente dita era cercada de desfiladeiros de arenito, nos quais foram escavados estruturas e túmulos daquilo que, na Antiguidade, foi uma cidade de grande riqueza.
Por cerca de 65 quilômetros para o sul a partir da região central de Edom, descendo do uádi Hasma para o uádi Yutm, próximo ao golfo de Ácaba, fica uma cadeia bem estreita de intransitáveis montanhas de granito. Essas montanhas de Midia elevam-se a alturas que chegam perto de 1.750 metros acima do nível do mar. Nessa região, vestígios arqueológicos revelam uma cultura totalmente distinta de sua contraparte palestina e que é, às vezes, descrita como midianita. É nesta "cultura midianita que alguns estudiosos acreditam que Moisés talvez tenha se refugiado quando fugiu do faraó e ali serviu a seu sogro, um sacerdote de Midia (Ex 2:15-17:3.1).

Distritos do Antigo Testamento
Distritos do Antigo Testamento
Distritos do Novo Testamento
Distritos do Novo Testamento

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

JUDÁ

O Reino de Judá limitava-se ao norte com o Reino de Israel, a oeste com a inquieta região costeira da Filístia, ao sul com o deserto de Neguev, e a leste com o rio Jordão, o mar Morto e o Reino de Moabe. Sua capital era Jerusalém.
Mapa Bíblico de JUDÁ



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Jeremias Capítulo 3 do versículo 1 até o 25
A falta de vergonha de Judá é então ilustrada mais uma vez pela figura do casamen-to descrito em Jr 2:1. A linguagem lembra Oséias (Os 2:1-5; 9.1). Jeremias refuta a idéia de um arrependimento barato. Religiosamente, Judá tinha se maculado com muitos amantes (Jr 3:1), no entanto, parece que achava que poderia voltar para Deus a qualquer momento. Vivia despreocupadamente, sem se importar com o seu pecado. Claramente, o povo havia alcançado o ponto em que era incapaz de perce-ber a sua situação. Isso pode ser visto na frase seguinte: Manchaste a terra com as tuas devassidões [...] tu tens a testa de uma prostituta ("atrevido como uma pros-tituta", Moffatt), e não queres ter vergonha (2-3). Judá tinha agora se solidificado no seu pecado.

Que o povo tinha alcançado esse ponto na sua falta de vergonha é confirmado pelo fato de conseguir usar uma linguagem tão afável a Deus como: Pai meu, tu és o guia da minha mocidade (4), e ao mesmo tempo estar ardentemente devotado a outros deuses. Judá era uma nação bastante confusa, nada diferente de indivíduos e nações hoje. Com seus lábios eles faziam uma grande demonstração de devoção ao Senhor, mas ao mesmo tempo faziam todas as coisas más que se possam imaginar (5). As palavras do versículo 4 podem referir-se à reforma de Josias que ocorreu nos primeiros anos do ministério de Jeremias.' Evidentemente, o povo sujeitava-se exteriormente à ordem do rei de Judá, mas em seus corações permaneciam imutáveis. Eles meramente mistura-vam a adoração ao Senhor e a adoração a outros deuses a quem serviam. Dessa forma, corrompiam o serviço a Deus.

B. O MELANCÓLICO CHAMADO AO ARREPENDIMENTO, Jr 3:6-4.4

Os discursos anteriores são pintados em cores escuras. Talvez foram planejados des-sa forma para despertar a consciência da nação. Eles revelam a Judá a sua real condição em contrapartida com o que ele alegremente acha que é. Eles mostram que a única esperança de salvação está na completa inversão da forma de pensar que o povo tinha adotado até então.' Mas as palavras finais nessa seção assustam, porque parecem dizer que qualquer reversão desses planos de ação é agora impossível. O destino da nação está selado. Conseqüentemente, a seção anterior fecha com uma nota de condenação.
Esta seção, no entanto, é diferente. Embora o profeta continue pintando a pecaminosidade da nação em cores sombrias, ocorre uma mudança de tom. Um raio de esperança trespassa a escuridão. A casa de Jacó é convidada a se arrepender. Há uma tristeza no chamado que apresenta um vislumbre da dor do coração de Deus acerca da condição do seu povo. Embora as mensagens sejam dirigidas aos filhos de Israel como um todo, o profeta muitas vezes faz uma distinção entre o Reino do Norte e Judá por meio do termo Israel; em outras ocasiões, Israel é usado para denotar as duas nações. Jeremias compara e contrasta as duas nações em suas atitudes concernentes a Deus, e na sua prática da religião da aliança.

1. A Retribuição para o Arrependimento Superficial (3:6-11)

Nesses versículos, o profeta contrasta Judá com Israel, mostrando que Judá é mais culpado do que Israel, porque Judá falhou em levar a sério e aprender qualquer coisa do destino de Israel.

Disse mais o SENHOR nos dias do rei Josias: Viste o que fez a rebelde Israel? (6). O Senhor então descreve a promiscuidade espiritual do Reino do Norte antes da queda, e como tinha ficado aflito, com o seu coração de amante, aguardando a sua volta. Veja comentário em 2.20 acerca de monte alto e árvore verde. Apesar da sua longanimidade e paciência, Ele foi compelido a dar à nação de Israel o seu libelo ("cer-tidão", NVI) de divórcio e despedi-la (8). "O Reino do Norte havia pecado e negligenci-ado o seu dia da graça e estava agora no cativeiro".8 E viu isso a sua aleivosa irmã Judá (7) [...] foi-se e também ela mesma se prostituiu (8). O povo do tempo de Jeremias estava bem consciente do fato de que profetas anteriores haviam predito a queda de Israel porque este reino havia abandonado o Senhor e ido atrás de outros deu-ses. Adulterou com a pedra e com o pedaço de madeira (9) refere-se à adoração idólatra de imagens de pedra e madeira. Esses mesmos profetas também haviam adver-tido o Reino do Sul do mesmo destino, contudo, nem por tudo isso voltou para mim a sua aleivosa irmã Judá com sincero coração, mas falsamente (10). Judá não aprendeu sua lição muito bem, embora tivesse tido todas as oportunidades.

Há uma forte implicação no versículo 10 de que Judá deve ter feito algum esforço para retornar ao Senhor em alguma época, mas claramente seu esforço provou ser ape-nas superficial. Muitos estudiosos acreditam que a referência é à reforma que ocorreu no décimo oitavo ano do reinado de Josias (2 Rs 22-23). Depois de encontrar o livro da lei no Templo, o rei tinha feito um esforço genuíno para levar a nação de volta à adoração a Deus. Apesar do esforço sincero de Josias, o povo não estava disposto a deixar os seus velhos caminhos Embora obedecessem exteriormente à ordem do rei, parece que seus corações continuavam presos à adoração idólatra. Com a morte inoportuna de Josias, eles voltaram para suas antigas práticas, para nunca mais serem levantados da sua letargia pecaminosa. O arrependimento de Judá, então, tinha sido apenas superficial. Ela tinha voltado somente "com fingimento" (10, NVI), que, na verdade, não era uma mu-dança de verdade. Ao compará-la com o Reino do Norte, Jeremias diz: A rebelde Israel justificou mais (é "menos culpada", RSV) a sua alma do que a aleivosa Judá (11).

Vemos no exemplo de Judá quão devastador é o arrependimento superficial para um povo esclarecido. Esse tipo de arrependimento é exterior, não interior; ele é apenas apa-rente, não em obra e verdade. Ele agrava a culpa em vez de reduzi-la. A pessoa é mais traiçoeira, mais culpada, mais propensa a fazer o mal, e mais difícil de voltar, do que se nunca tivesse simulado que estava se arrependendo.

  • A Prontidão de Deus em Perdoar o Arrependido (3:12-13)
  • Aflito com o povo de Judá, Deus agora volta toda sua atenção aos exilados do Reino do Norte. Ele ordena ao profeta: Vai, pois, e apregoa estas palavras para a banda do Norte, e dize: Volta, ó rebelde Israel, [...] porque benigno sou [...] e não con-servarei para sempre a minha ira (12). Embora o pecado de Israel tenha sido muito grave, Ele continua pronto — até mesmo ansioso — a perdoar, se a nação se arrepender. Esses dois versículos nos apresentam um vislumbre do coração de Deus, e o que vemos é perdão e grande misericórdia.

    Embora o perdão de Deus sempre esteja disponível a todos que vêm a Ele, as pesso-as e nações devem responder ao seu chamado. Somente reconhece a tua iniqüidade, que [...] transgrediste [...] e [...] não deste ouvidos à minha voz (13). Vemos aqui que a confissão radical é um elemento vital para o verdadeiro arrependimento. Não pode haver ressalvas, mas um reconhecimento completo e sincero do pecado. A essa prontidão e integralidade na confissão do homem correspondem a prontidão e integralidade do perdão de Deus.

    Também havia uma mensagem nessas palavras para os homens de Judá bem como para os exilados de Israel. Com alguém tão perdoador como o Senhor, a catástrofe e a ruína podiam ser evitadas por Judá — embora o tempo fosse curto. Essa parece a sincera esperança e imperecível fé do profeta. Pelo mesmo motivo, também há esperança para os pecadores dos nossos dias — mas a condição é a mesma que foi para Israel e Judá -somente reconhece a tua iniqüidade (13). "O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia" (Pv 28:13).

    Os Planos de Deus para Aqueles que se Arrependem (Jr 3:14-20) Aqui o profeta parece dirigir-se tanto a Judá quanto a Israel enquanto apresenta os futuros planos de Deus ao seu povo. O texto pressupõe que as duas nações aprenderam bem as suas lições, e estão agora preparadas para segui-lo com singeleza de cora-ção. É bom saber que Deus tem planos para seu povo, e que são pensamentos de paz e não de mal (A falta de vergonha de Judá é então ilustrada mais uma vez pela figura do casamen-to descrito em Jr 2:1. A linguagem lembra Oséias (Os 2:1-5; 9.1). Jeremias refuta a idéia de um arrependimento barato. Religiosamente, Judá tinha se maculado com muitos amantes (Jr 3:1), no entanto, parece que achava que poderia voltar para Deus a qualquer momento. Vivia despreocupadamente, sem se importar com o seu pecado. Claramente, o povo havia alcançado o ponto em que era incapaz de perce-ber a sua situação. Isso pode ser visto na frase seguinte: Manchaste a terra com as tuas devassidões [...] tu tens a testa de uma prostituta ("atrevido como uma pros-tituta", Moffatt), e não queres ter vergonha (2-3). Judá tinha agora se solidificado no seu pecado.

    Que o povo tinha alcançado esse ponto na sua falta de vergonha é confirmado pelo fato de conseguir usar uma linguagem tão afável a Deus como: Pai meu, tu és o guia da minha mocidade (4), e ao mesmo tempo estar ardentemente devotado a outros deuses. Judá era uma nação bastante confusa, nada diferente de indivíduos e nações hoje. Com seus lábios eles faziam uma grande demonstração de devoção ao Senhor, mas ao mesmo tempo faziam todas as coisas más que se possam imaginar (5). As palavras do versículo 4 podem referir-se à reforma de Josias que ocorreu nos primeiros anos do ministério de Jeremias.' Evidentemente, o povo sujeitava-se exteriormente à ordem do rei de Judá, mas em seus corações permaneciam imutáveis. Eles meramente mistura-vam a adoração ao Senhor e a adoração a outros deuses a quem serviam. Dessa forma, corrompiam o serviço a Deus. Jr 29:11).

    Deus faz seu conhecido chamado de arrependimento ao declarar sua relação com o povo: Eu vos desposarei ("Eu sou o marido de vocês", NVI, nota de rodapé; v. 14). Ele então promete que haverá um retorno do exílio. E vos levarei a Sião [...] Naqueles dias, andará a casa de Judá com a casa de Israel; e virão, juntas, da terra do Norte (14, 18). É o remanescente justo que retornará — e vos tomarei, a um de uma cidade e a dois de uma geração (família; v. 14) — e farei um novo começo.

    Virá um dia melhor para aqueles que retornam para o Senhor. Naquele dia, vos darei pastores (governantes) segundo o meu coração, que vos apascentem com ciência e com inteligência (15). No passado, tanto Israel quanto Judá tinham tido líderes muito fracos. Isso vai mudar. Além disso, naquele dia haverá uma nova ordem de vida espiritual e um novo relacionamento com Deus. A arca do concerto (16) e o Tem-plo, que haviam sido a possessão orgulhosa do Reino do Sul, e que eram vistos por Judá como um sinal da sua superioridade sobre Israel, não será mais o pomo da discórdia entre as duas nações. Deus habitará no meio do seu povo de uma maneira nova, e sua presença abolirá a necessidade de símbolos desse tipo. "Não pensarão mais nisso nem se lembrarão dela (a arca) ; não sentirão sua falta nem se fará outra arca" (NVI).'

    Naquele dia futuro, Jerusalém será o local do trono do SENHOR, e todas as na-ções se ajuntarão a ela (17), e os povos da terra não seguirão mais o propósito do seu coração maligno, mas seguirão aquilo que é bom. Judá e Israel (18) se reconcili-arão e as coisas que os haviam dividido nos dias passados, desaparecerão.

    Encontramos nesses versículos um dos fatos recorrentes da literatura profética: uma combinação do que está perto e do que está longe. As predições do retorno do exílio são misturadas com as predições do período do evangelho e da era futura, e elas estão com-pletamente entrelaçadas. Há uma sugestão aqui da idéia de Jeremias referente à nova aliança (Jr 31:31ss). Sob essa aliança, cada um poderá ter um conhecimento direto do Se-nhor. Haverá no meio do povo um conceito novo e mais espiritual de Deus.

    Apesar de todos os bons propósitos que Deus tem para o seu povo, Ele continua tendo um problema. Como te porei entre os filhos e te darei a terra desejável? (19). O hebraico aqui é obscuro, mas evidentemente Deus está dizendo: "Como posso fazer essas coisas boas por você, quando você está tão longe de mim?". A resposta é sugerida mais adiante nesse versículo. Ele lhes dará a terra desejável, a excelente herança, quando o chamarão de Pai e não se desviarão mais dele.

    4. O Caminho para o Arrependimento Genuíno (Jr 3:20-4.
    4)

    Deus declara: Como a mulher se aparta aleivosamente do seu companheiro, assim aleivosamente te houveste comigo, ó casa de Israel (20). No entanto, o coração sofrido, sensível e amoroso de Deus busca uma maneira de tratar do pecado do seu povo. Ele então mostra como os seus planos para a prosperidade deles podem ser colocados em prática. O restante dessa seção mostra o caminho que leva ao genuíno arrependimento.

    a) Confissão (3:21-25). Um certo tipo de diálogo agora parece ocorrer entre Deus e um povo penitente. Nos lugares altos se ouviu uma voz, pranto e súplicas dos filhos de Israel; porquanto perverteram o seu caminho e se esqueceram do SENHOR (21). Então ouve-se Deus dizer: Voltai [...] eu curarei as vossas rebeliões (22). O povo responde: Eis-nos aqui, vimos a ti. "Em vão vem o som das colinas e o tumulto das montanhas" (23a, tradução de Driver) ; i.e., o povo estava confessando que "a religião selvagem e extática praticada na adoração à natureza não poderia trazer nenhu-ma paz e satisfação real".' Deveras, no SENHOR, nosso Deus, está a salvação de Israel. A confissão do povo continua: Porque a confusão devorou [...] Jazemos na nossa vergonha [...] porque pecamos contra o SENHOR, [...] nós e nossos pais, [...] até o dia de hoje (24-25). A confissão significa que uma pessoa começou a encarar sua situação de maneira honesta. É um reconhecimento de que o homem não é sábio o sufici-ente para dirigir sua própria vida. Deus não pode suprir as nossas necessidades até que alcancemos esse ponto. Mas quando a confissão é sincera e completa, Ele imediatamente começa sua obra de cura da alma.


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Jeremias Capítulo 3 do versículo 1 até o 25
    *

    3:1

    repudiar sua mulher. A metáfora do casamento (2,2) torna-se agora uma metáfora de divórcio. A lei subjacente é Dt 24:1-4; o aspecto definitivo do divórcio é o pano-de-fundo do argumento aqui usado.

    * 3:6

    rei Josias. Ver Introdução: Autor, Data e Ocasião, e nota em 1.2.

    Israel. O reino do norte foi destruído em 722 a.C.

    se deu... prostituição. Ver "Sincretismo e Idolatria", índice.

    * 3:8

    carta de divórcio. Ver nota no v. 1. Israel foi "divorciada" por haver sido deportada pela Assíria (722 a.C.), um exílio do qual ela nunca retornou.

    * 3:9

    pedras e árvores. Essa é uma referência aos ídolos. Ver "Sincretismo e Idolatria", índice.

    * 3:12

    para a banda do Norte. Para aqueles já deportados pela Assíria.

    Volta, ó pérfida Israel. Esse chamamento implica tanto em arrependimento como no retorno físico para o seu território; esses dois aspectos andam juntos na mensagem de salvação de Jeremias. Ver nota em 29.14.

    não manterei para sempre a minha ira. Essa declaração responde à pergunta do v. 5; conforme 31.20.

    * 3:13

    te prostituíste com os estranhos. Outro emprego da metáfora da prostituição; ver 2.20.

    * 3:14

    eu sou o vosso esposo. Embora a nação de Israel estivesse na obrigação de mostrar-se fiel a Deus, como o seu verdadeiro "marido", Jeremias desmascarou o seu pecado de adultério espiritual, ou seja, a vinculação dela aos deuses das nações. Ver Os 2:16,17.

    tomarei... um de cada... dois de cada. Deus salvará um remanescente dentre os exilados (23.3, nota; Is 10:20-22, nota).

    * 3:16

    vos multiplicardes e vos tornardes fecundos. Essas mesmas palavras aparecem em uma ordem inversa, em Gn 1:28: "Sede fecundos, multiplicai-vos". Deus teria um novo começo com o seu povo. Indica que uma futura era messiânica agora está em vista (conforme Is 2:1-5).

    A arca... não lhes virá à mente. A importância da arca será diminuída, porque o Senhor estará presente de uma nova maneira.

    * 3:17

    Trono. O trono do Senhor não mais será a arca (Êx 25:22; 1Sm 4:4), mas a própria Jerusalém; o Senhor governará a terra inteira do meio de seu povo (Zc 2:10-12).

    * 3:20

    mulher se aparta perfidamente. Ver 3.1; Os 1:3.

    * 3:22

    Voltai... rebeldes. Essa convocação é paralela a Os 14:4. A chamada ao arrependimento vai mais além: o próprio Senhor capacitará o povo a voltar (Dt 30:6).

    * 3:24

    devorou... filhas. Essa perda das possessões e da família é a antítese da bênção (Dt 7:13). Os filhos eram, com freqüência, sacrificados aos deuses pagãos (7.31).



    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Jeremias Capítulo 3 do versículo 1 até o 25
    3:1 Esta lei, que aparece em Dt 24:1-4, diz que uma mulher a que seu primeiro marido lhe deu carta de divórcio por ter encontrado algo indigno nela, nunca se poderá unir de novo a seu primeiro marido. Judá "se divorciou" de Deus e "se casou" com outros deuses. Deus tinha todo o direito de repudiar a seu povo desobediente, mas em sua misericórdia estava disposto a voltá-los para receber.

    3:2 "Como árabe no deserto" significa que assim como um ladrão árabe se esconderia e esperaria para saquear uma caravana em viagem, Judá corria para a idolatria.

    3.4, 5 Apesar de seu grande pecado, Israel seguia falando como se fora filho de Deus. Da única maneira que podiam fazê-lo era subtraindo importância a seu pecado. Quando sabemos que temos feito algo mau, queremos passar por cima o engano liberando assim algo da culpa que sentimos. Quando lhe subtraímos importância a nossa maldade, por natureza nos assustamos ante as mudanças que devemos fazer e, portanto, continuamos pecando. Entretanto, se víssemos cada atitude ou ação errônea como uma ofensa séria a Deus, começaríamos a entender o que significa viver para O. Há algum pecado em sua vida que considera muito pequeno para preocupar-se? Deus diz que devemos confessar e nos apartar de tudo pecado.

    3.6-6.30 O reino do norte, Israel, caiu ante Assíria e seu povo o levaram em cativeiro. A lição trágica de sua queda deveu ter provocado que o reino do sul, Judá, retornasse a Deus, mas não emprestou atenção. Jeremías exortou ao Judá a que voltasse para Deus para evitar um desastre seguro. Sua mensagem chegou entre 627 e 621 a.C. durante o reinado do Josías. Apesar de que este rei obedeceu os mandamentos de Deus, seu exemplo aparentemente não chegou ao coração do povo. Se o povo se negava a arrepender-se, Deus disse que destruiria a nação devido à maldade do avô do Josías, o rei Manasés (2Rs 23:25-27).

    3.11-13 o Israel nem sequer tratava de aparentar obediência a Deus, entretanto, Judá manteve sua aparência de fé verdadeira sem um coração sincero. Acreditar a sã doutrina sem um compromisso de coração é como oferecer sacrifícios sem um verdadeiro arrependimento. O falso arrependimento do Judá trouxe palavras condenatórias do Jeremías. Viver sem fé é caso perdido e expressar dor sem trocar resulta traiçoeiro e desleal. Não basta sentindo-se mal pelo pecado. O arrependimento demanda uma mudança de atitude e coração que resulta em uma mudança de conduta.

    3.12-18 O reino do norte, Israel, estava em cativeiro, castigado por seus pecados. O povo do Judá desprezou a estes vizinhos do norte por sua heresia flagrante e por sua degradação moral. Mesmo assim, Jeremías prometeu à remanescente do Israel as bênções de Deus se se voltavam para O. Judá, ainda seguro em sua própria opinião, deveu haver-se voltado para Deus depois de ver a destruição do Israel. Mas recusou fazê-lo, assim Jeremías os surpreendeu ao lhes falar a respeito da promessa de Deus à remanescente do Israel se se arrependiam.

    3:15 Deus prometeu dar líderes do povo ("pastores" conforme a seu coração) que o seguissem, cheios de conhecimento (sabedoria) e entendimento. Deus observou a falta de direção do Israel, por isso prometeu enviar a classe correta de liderança para eles. Olhamos a nossas líderes e confiamos neles para que nos guiem e dirijam. Mas se não seguir a Deus, desviarão-nos do caminho verdadeiro. Ore que nossas nações, comunidades e Iglesias tenham líderes que honrem a Deus, líderes que sejam bons exemplos e nos tragam a sabedoria de Deus.

    3:16, 17 Nos dias que Salomão reinou sobre uma nação unida, o povo teve um formoso templo onde adoravam a Deus. O templo guardava o arca do pacto, símbolo da presença de Deus com seu povo. O arca guardava as pranchas dos Dez Mandamentos (veja-se Ex 25:10-22). No reino futuro, não sentiriam saudades esses dias com o arca porque Deus estaria presente em meio de seu povo através do Espírito Santo.

    3.22-25 Jeremías predisse o dia em que a nação voltaria a unir-se, a verdadeira adoração se reinstauraria e o pecado se veria como tal. Nosso mundo glorifica a emoção que surge da riqueza, competência e prazer sexual e passa por cima o pecado que com tanta freqüência se associa com estas emoções. Resulta muito triste o fato de que muito poucos vejam o pecado tal e como é: um engano. A maioria da gente não pode vê-lo até que se vê destruída pelo pecado que perseguiu. A vantagem de acreditar na Palavra de Deus é que não temos que aprender por dura experiência os resultados destrutivos do pecado.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Jeremias Capítulo 3 do versículo 1 até o 25

    4. A rejeição Divine (


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Jeremias Capítulo 3 do versículo 1 até o 25
    3.1 Quando uma mulher recebia uma notificação de divórcio da parte de seu marido, e se casava com outro, e se este, por

    sua vez, também lhe desse notificação de divórcio, isso não lhe daria o direito de casar-se novamente com seu primeiro marido (Dt 24:1-5). Torna. Expressão de clemência da parte de Jeová.

    3.2 Assim como o pirata beduíno ansiava por assaltar uma caravana que passava, semelhantemente Israel ansiava por adorar os deuses falsos.

    3.3 As chuvas serôdias caíam em março e abril, a segunda estação chuvosa temporã. As "primeiras" chuvas (Jc 5:7) caíam de outubro a dezembro (vd. 5.24d).

    3.6 "Pérfida apóstata". Jogo de palavras sobre os dois sentidos da raiz hebraica que significa voltar as costas a Jeová e voltar-se para Jeová.

    3.8 Divórcio. Sucedeu, ao enviar o reino do norte, Israel, para o exílio. Judá viu o que sucedeu à sua irmã, mas não temeu o julgamento vindouro.

    3.9 Pedras e árvores. ídolos de pedra e madeira, além de pilares e postes erigidos em honra aos deuses de seus vizinhos. A idolatria é o adultério espiritual.

    3.10 Fingidamente. Embora Josias tivesse feito uma reforma vigorosa, esta não atingiu os corações do povo (vd. nota em 44.18).

    3.11 Judá tinha mais vantagens do que Israel: uma sucessão de reis da dinastia de Davi, o templo, os levitas e o exemplo de Israel como advertência.
    3.12 Norte. Na direção da Assíria e da Média. As dez tribos foram levadas cativas para ali, em 722 a.C.

    3.13 Transgrediste, rebeldia ou revolta, apostasia ou disputa.

    3.14 Embora se tivessem afastado de Jeová, e agora estivessem em uma terra distante padecendo necessidades, podiam contar com a recepção por parte do Pai, se retomassem em espírito filial (Lc 15:19).

    3.16 Arca. Na lei, servia de símbolo do trono de Jeová. A arca, com o seu propiciatório, que assinalava a presença de Jeová, era o centro da reverência.

    3.17 A glória de Jeová e Sua presença visível manifestar-se-iam por toda a cidade santa. Como habitação de Jeová, receberia o título de "Trono de Jeová", assim substituindo a arca como trono de Deus. Nações. Os gentios também participarão do reino vindouro de Jeová, em Jerusalém. • N. Hom. A prostituição descrita neste capítulo é o fato de ir atrás de outros deuses, da maneira descrita em Dt 13:1-5, ou deixar de adorar a Deus da maneira descrita em Rm 12:1-45, servindo-O integralmente. A falta de fidelidade à nossa vocação cristã é uma das formas mais condenáveis de prostituição.

    3.19 Corno. Não se trata de uma pergunta, mas de uma expressão de desejo. Filhos. Temos aqui a doutrina de Deus, por meio de sua graça, adotando os indignos e rebeldes, que tinham se tornado piores do que os próprios pagãos. Deus queria tratá-los como filhos; dotados de direitos de herança (conforme Gl 3:18; 1Pe 1:41Pe 1:4; Rm 8:17).

    3:21-4.4 As condições do arrependimento sempre resultam na remoção dos santuários pagãos e no reconhecimento do direito exclusivo de Deus, jurando-se apenas pelo seu nome (4.2), e corações purificados.
    3.24 Vergonhosa. Heb bosheth. Baal, deus da vergonha que trazia a desgraça, cuja adoração é um opróbrio ao seu adorador. É a palavra usada para não ser mencionado o nome de "Baal".

    3.25 Deitemo-nos. O arrependimento por causa dos erros do passado certamente viria tão forte, que seriam vencidos pela emoção e cairiam prostrados, (2Sm 12:16; 2Sm 13:31; 1Rs 21:4 Rs 21.4, quanto à prática de tal costume sob sentimentos dolorosos).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Jeremias Capítulo 3 do versículo 1 até o 25
    e)    Infidelidade continuada (3:1-5). O relacionamento que antes havia sido próximo (2:1-3) é agora um casamento quebrado pela infidelidade de Israel. Deuteronômio

    24:1-4 proibia um homem divorciado de casar-se novamente com sua esposa após o adultério desta, pois isso o desonraria e contaminaria (Dn 4:2,Dn 4:3) e corromperia a terra e a nação (v. 2; conforme 2.7). O pecado contra Deus foi marcado visivelmente pelo fato de Deus reter a chuva e a prosperidade (v. 3; Dt 11:14). v. 4,5. Deus nunca se impressiona só com a devoção professada. A incapacidade de combinar palavras com ações contrasta com a própria natureza e a prática de Deus e é sempre censurada (Is 29:13; Mt 15:8). A harmonia entre vida e lábios é uma característica essencial de quem verdadeiramente teme a Deus (Mc 7:6).


    3) Segunda mensagem: chamado ao arrependimento (3.6—6.30)
    A advertência de castigo, é acrescentada agora a promessa de perdão se o arrependimento for genuíno. Alguns consideram essa profecia uma coletânea constituída de diversos ditos. Mesmo que seja assim, o todo forma uma mensagem extraordinariamente unificada.
    a) As irmãs culpadas (3:6-20). A teoria de que esses versículos interrompem a conexão entre os v. 5 e 21 é contestada pela referência continuada aos temas já introduzidos no cap. 2 (e.g., a prostituição, 3.6; cf.
    2.20). O “Israel apóstata” caiu em 722 a.C., mas isso não levou o seu Estado irmão ao arrependimento. Por isso, Judá é considerado ainda mais culpado. Um chamado comovente ao arrependimento é feito às tribos do Norte, agora no exílio, e a outros na terra devastada (v. 12,13).
    A ordem para voltar está baseada num relacionamento restaurado — eu sou o Senhor [marido, no heb.] de vocês. A restauração vai resultar em (1) liderança correta. Os pastores (governantes, v. 15, mas no heb. “pastores”) são representativos de reis nos livros de Jeremias e Ezequiel. A presença do Senhor entronizado não vai requerer nenhum símbolo adicional da sua presença (e.g., a arca como o trono de Deus) ou da sua lei (v. 15

    17); (2) restauração e unidade (v. 18,19) que prefigura o novo Israel com a nova Jerusalém (G. 4.26; 6.16; He 12:22; Ap 21:12,Ap 21:14,Ap 21:22). A glória de Deus vai ser um testemunho evidente atraindo todas as nações (3.17; 4.2).


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Jeremias Capítulo 2 do versículo 1 até o 18

    B. Repreensões e Advertências, Principalmente do Período de Josias. 2:1 - 20:18.

    Estas seis seções, que são generalizadas e repetitivas no caráter, parecem datar do primeiro período do ministério do profeta. Talvez constituam exemplo típico de suas pregações.


    Moody - Comentários de Jeremias Capítulo 3 do versículo 6 até o 10

    6-10. A apostasia de Israel e o. seu castigo eram uma advertência para Judá, apesar dela não se arrepender. Israel aqui significa as dez tribos do norte, levadas em cativeiro cerca de cem anos antes (721 A. C.). Sua infidelidade resultou no cativeiro, intitulado aqui de "divórcio" (v. Jr 3:8 ; cons. Os 2:2-13). O pretenso arrependimento de Judá (v. Jr 3:10) é uma referência ao reavivamento de Josias (II Rs. 23; 2Cr 34:1), que parece ter sido legislado pelo rei, e não penetrou profundamente na vida da nação.


    Moody - Comentários de Jeremias Capítulo 3 do versículo 6 até o 30


    2) Judá Advertida com o Destino do Reino do Norte. 3:6 - 6:30.

    Jeremias continua condenando Judá (2:1 - 3:5). Além disso, aqui ele apresenta a promessa divina de perdão, contanto que o povo se arrependa genuinamente. A Israel cativa foi mencionada aqui como advertência a Judá, e prediz-se a sua restauração.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Jeremias Capítulo 3 do versículo 6 até o 25
    b) A segunda mensagem de Jeremias (Jr 3:6-24). O profeta vê que o rebelde Israel (6; literalmente, "Israel apóstata", duas palavras que definem Israel como uma encarnação da apostasia) fora enviado para o exílio como castigo pelo seu adultério; no entanto, Judá não descortina ali qualquer advertência; pelo contrário, finge-se fiel mas continuam ausentes todas e quaisquer provas de autêntica conversão (6-10). Falsamente (10); a reforma no reinado de Josias não fora muito profunda; Judá converteu-se fingidamente, isto é, à superfície.

    >Jr 3:11

    2. A CHAMADA URGENTE A ISRAEL (Jr 3:11-24). Israel, quebrantado e exilado, é convidado a arrepender-se. Aleivosa Judá (11); apesar de maiores privilégios, tal como a sucessão de reis da mesma família, o templo, os levitas, e o exemplo e aviso de Israel, Judá revela-se infiel. Convertei-vos, Ó filhos rebeldes (14). Este apelo divino baseia-se na relação misericordiosa que Deus mantém com o Seu próprio povo. Eu vos desposarei (14; traduzindo à letra, "sou marido"; ver Jr 31:32). Usam-se duas metáforas: filhos e marido. Os israelitas são filhos que deixaram a casa de seu Pai e uma mulher que se divorciou. Juntamente com Isaías e Miquéias, Jeremias sabe que Deus Se deleita na misericórdia. Se se arrependerem penitentemente, Ele fará com que regressem para adorar em Sião, seu lar. Naquele tempo (17); quando Israel se voltar para o Senhor e regressar do exílio, a glória de Jeová no meio do povo eclipsará a glória e manifestação da presença associada com a arca do concerto (16). O profeta contempla já em espírito o tempo em que Jerusalém será purificada de toda a idolatria. Jeremias parece ter perdido a fé em Judá, mas, no entanto, oculta o seu pessimismo, na esperança de que, depois do exílio, Judá e Israel correspondam ao que Deus deles pretende e tornem a entrar no gozo da sua herança (18).

    >Jr 3:19

    3. O REGRESSO INCONDICIONAL DO POVO A IAVÉ (Jr 3:19-4.4). Prevalece também a esperança otimista de que o exílio de Judá garantirá a salvação de Israel. Todavia, Jeremias não pode deixar de ver a perversão infiel, com todas as suas terríveis conseqüências- o castigo da apostasia. Contudo, ouve uma espécie de antífona de choro no norte, filhos penitentes e o Deus perdoador e salvador que ora admoesta, ora afaga (21-22). Tanto Israel como Judá estão aqui em foco, ou talvez Judá seja aqui sinônimo de Israel. Nos lugares altos (21), lugar onde vulgarmente se pranteava. Foi nos lugares altos que Israel cometeu o seu pecado, e é ali que se ouve a voz da penitência. A confusão devorou (24), ou, melhor, "a vergonha", isto é, a adoração de Baal. Os profetas chamavam freqüentemente a Baal "boset", isto é, "vergonha", pois o culto de Baal era uma vergonha para Israel. À triste confissão do vers. 25 responde Iavé em termos que revelam a natureza consistentemente condicional da salvação. Jazemos (25), ou, segundo outra tradução, "vamos jazer".


    Dicionário

    Depois

    advérbio Seguidamente; numa circunstância posterior: chegou depois das 21h.
    Atrás; de modo posterior, na parte de trás: saiu depois da banda.
    Ademais; em adição a: o tumulto foi desordeiro e, depois, se opôs ao governo.
    Etimologia (origem da palavra depois). De origem questionável.

    logo. – Segundo Lac. – “ambos estes advérbios indicam tempo que se segue ao atua1; porém logo designa termo mais próximo, e depois termo mais remoto. Logo ao sair da missa montaremos a cavalo; e depois de darmos um bom passeio, iremos jantar com teu tio”.

    Dissê

    1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
    3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

    di·zer |ê| |ê| -
    (latim dico, -ere)
    verbo transitivo

    1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

    2. Referir, contar.

    3. Depor.

    4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

    5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

    6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

    7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

    verbo intransitivo

    8. Condizer, corresponder.

    9. Explicar-se; falar.

    10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

    verbo pronominal

    11. Intitular-se; afirmar ser.

    12. Chamar-se.

    13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

    nome masculino

    14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

    15. Estilo.

    16. Maneira de se exprimir.

    17. Rifão.

    18. Alegação, razão.


    quer dizer
    Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

    tenho dito
    Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


    Irmã

    substantivo feminino Filha dos mesmos pais que outra pessoa; quem possui os mesmos pais que outra pessoa.
    Religião Mulher que fez votos religiosos; freira.
    Aquela que possui somente o mesmo pai ou a mesma mãe que outra pessoa; meia-irmã, irmã unilateral.
    Figurado Diz-se de duas coisas com relações e semelhanças profundas: a poesia e a pintura são irmãs.
    Figurado Aquela com quem se tem muita afinidade ou uma relação de amizade; amiga: minha prima é uma irmã para mim.
    Gramática Forma feminina de irmão.
    Etimologia (origem da palavra irmã). Do latim germana, feminino de germanus, "de mesma raça".

    substantivo feminino Filha dos mesmos pais que outra pessoa; quem possui os mesmos pais que outra pessoa.
    Religião Mulher que fez votos religiosos; freira.
    Aquela que possui somente o mesmo pai ou a mesma mãe que outra pessoa; meia-irmã, irmã unilateral.
    Figurado Diz-se de duas coisas com relações e semelhanças profundas: a poesia e a pintura são irmãs.
    Figurado Aquela com quem se tem muita afinidade ou uma relação de amizade; amiga: minha prima é uma irmã para mim.
    Gramática Forma feminina de irmão.
    Etimologia (origem da palavra irmã). Do latim germana, feminino de germanus, "de mesma raça".

    Judá

    -

    Louvor. É este um nome que em diversos lugares aparece com a forma de Judas e de Juda. E também a Judéia se chama Judá em certo número de exemplos. 1. Pela primeira vez ocorre em Gn 29:35 – é Lia que dá esse nome ao seu quarto filho quando disse: ‘Esta vez louvarei o Senhor. E por isso lhe chamou Judá.’ Nasceu em Harã, na Mesopotâmia. À exceção de José, ele figura mais vezes na história de israel do que qualquer dos seus irmãos. Foi ele que aconselhou a venda de José aos mercadores ismaelitas, querendo evitar a sua morte (Gn 37:26-27). Ele se nos apresenta como o diretor dos negócios da família e, como se diz em 1 Cr 5.2, ‘foi poderoso entre os seus irmãos’. Naquelas memoráveis viagens ao Egito, para comprar trigo, foi Judá que fez objeções ao fato de querer Jacó conservar Benjamim junto de si – e foi ele também que, oferecendo os seus próprios filhos como reféns, fez todos os esforços para trazer de novo Benjamim (Gn 43:3-10). Em todas as ocorrências dramáticas entre os filhos de israel e seu irmão José, bem como no caso de ser a família removida para o Egito, foi Judá quem sempre falou pelos outros. E Jacó reconheceu a ascendência de Judá sobre seus irmãos, o que se mostra nas últimas palavras que o patriarca lhe dirigiu: ‘os filhos de teu pai se inclinarão a ti’ (Gn 49:8-10). Judá teve cinco filhos, dois dos quais morreram novos. os outros três, Selá, Perez e Sera, foram com seu pai para o Egito (Gn 46:12). Estes filhos nasceram na Palestina numa parte do país, de que a família, já uma tribo, se apossou de novo, no tempo da conquista. (*veja Judá, Judéia.) 2. Levita do tempo de Zorobabel, que auxiliou a restaurar o templo (Ed 3:9). Provavelmente devia ler-se Hodavias. 3. Levita que mandou embora a sua mulher estranha (Ed 10:23). 4. Um indivíduo da tribo de Benjamim. o superintendente de uma parte de Jerusalém, no tempo de Neemias (Ne 11:9). 5. Levita, provavelmente o mesmo que Judá 2 (Ne 12:8). 6. Chefe dos que fizeram a dedicação dos muros, ou então, talvez, devamos compreender por esse nome a própria tribo (Ne 12:34). 7. Um sacerdote na dedicação dos muros (Ne 12:36).

    1. Nascido em Padã-Arã, era o quarto filho de Jacó e Lia (Gn 29:35; Gn 35:23). Tornou-se o progenitor de uma das doze tribos de Israel. Pouco se sabe sobre ele; quando os irmãos decidiram matar José, Judá falou com eles e recusou-se a participar do assassinato de alguém de sua própria carne e sangue; sugeriu que o vendessem como escravo para os mercadores midianitas (Gn 37:26-27).

    Em certa ocasião, Judá saiu para passar uns dias com seu amigo Hira, em Adulão, onde conheceu e casou-se com uma mulher filha de um cananeu chamado Sua. Teve vários filhos com ela (Gn 38:1-11). Um deles, chamado Er, era ímpio e foi morto pelo Senhor (v. 7). A esposa dele, cujo nome era Tamar, foi dada a seu irmão Onã, o qual recusou-se a ter filhos com ela. Ele também foi morto, por não obedecer ao Senhor nesta questão. Em vez de dá-la ao seu terceiro filho, Judá mandou-a para a casa de seu pai e lhe disse que levasse uma vida de viúva. Algum tempo depois, a esposa de Judá morreu e ele foi novamente visitar seu amigo Hira. Tamar, usando de um estratagema, seduziu o próprio sogro e engravidou. Quando soube de tudo, Judá reconheceu que não a tratara com justiça; por ser viúva, levou-a para sua casa, onde cuidou dela. Quando deu à luz, Tamar teve gêmeos: Perez e Zerá (Gn 38:26-30; Gn 46:12).

    Há um grande contraste entre o pecado sexual de Judá, ao aproximar-se de uma mulher que se fazia passar por prostituta (Gn 38), e a fidelidade de José, o qual recusou-se a deitar com a esposa de Potifar. Todo o relato sobre Judá é narrado pelo escritor bem no meio da história do sofrimento de José, na prisão, devido ao seu comportamento íntegro (Gn 37:39-40).

    Judá aparece novamente em cena quando os irmãos viajaram pela segunda vez ao Egito, a fim de comprar alimentos, durante a fome que assolava a humanidade. Ele lembrou ao pai que o primeiro-ministro do Egito avisara que não os receberia a menos que levassem o irmão mais novo, Benjamim, junto com eles (ainda não sabiam que era José, desejoso de ver o irmão). Judá prometeu ao pai que ele próprio se ofereceria como refém para que Benjamim regressasse do Egito em segurança. Sem dúvida, tanto Jacó como Judá percebiam que havia possibilidade de perderem mais um membro da família (Gn 43:8). Parece que ele se tornou o líder dos irmãos, nos contatos que tiveram com José (Gn 44:14-34). Finalmente, o governador revelou sua identidade e trouxe todos eles, inclusive Jacó, para viver no Egito. Judá levou todos os familiares para a terra de Gósen (Gn 46:28).

    Quando estava próximo da morte, Jacó abençoou seus filhos e profetizou que Judá seria a maior de todas as tribos. Predisse que o cetro (símbolo da realeza) jamais se apartaria de sua mão (Gn 49:8-10).

    Quando a terra de Canaã foi distribuída entre as tribos, no tempo de Moisés e de Josué, Judá recebeu como herança a região ao redor de Hebrom, ao sul de Jerusalém. A bênção de Jacó sobre este filho provou ser correta e duradoura. Judá permaneceu a tribo abençoada por Deus e, depois da invasão de Israel pelos assírios, tornou-se o reino abençoado por Deus. O rei Davi era descendente de Judá e entre os seus filhos, no futuro, estaria o Salvador Jesus. Desta maneira, o cetro seria estabelecido para sempre entre os descendentes de Judá (Lc 3:33).


    2. Um dos levitas que se casaram com mulheres estrangeiras depois do retorno do exílio na Babilônia (Ed 10:23).


    3. Filho de Senua, da tribo da Benjamim, foi colocado como segundo superintendente da cidade de Jerusalém, após o exílio na Babilônia (Ne 11:9).


    4. Um dos levitas que ajudaram no ministério da música no Templo, após o retorno do exílio na Babilônia (Ne 12:8).


    5. Um dos líderes da tribo de Judá que participaram do culto de dedicação dos muros de Jerusalém, quando a obra de reconstrução foi concluída, na época de Neemias (Ne 12:34).


    6. Outro envolvido na celebração da festa de dedicação dos muros de Jerusalém, sob a liderança de Neemias (Ne 12:36). P.D.G.


    Judá
    1) Quarto filho de Jacó e Lia (Gn 29:35). Aparece como líder entre os irmãos (Gn 37:26-27); 43:3-10; 44:16-34). Casou com mulher cananéia (Gn 38:1-11) e foi pai de gêmeos com Tamar, sua nora (Gn 38:12-30). Recebeu de Jacó a bênção do CETRO (Gn 49:8-12). Foi antepassado de Davi (Rth 4:12,18-2)

    2) e de Cristo (Mt 1:3)

    2) Uma das 12 TRIBOS do povo de Israel, formada pelos descendentes de JUDÁ 1. Na divisão da terra, essa tribo recebeu a maior parte do sul da Palestina (Jos 15:1-12:2) 0-63).

    3) Reino localizado no sul da Palestina. Foi formado quando as dez tribos do Norte se revoltaram contra Roboão e formaram o Reino de Israel sob o comando de Jeroboão I, em 931 a.C. (1Rs 12;
    v. o mapa OS REINOS DE ISRAEL E DE JUDÁ). Durou até 587 a.C., quando Jerusalém, sua capital, foi tomada e arrasada pelos babilônios, e o povo foi levado ao CATIVEIRO (1Rs 12—22; 2Rs; (2Ch 11—36).

    4) Nome usado em Esdras (5.8; 9.9), Neemias (2,7) e Ageu (1.1,14; 2,2) a fim de indicar a PROVÍNCIA para onde os

    Não

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    Volta

    substantivo feminino Ato ou efeito de voltar(-se).
    Passeio rápido; giro: dar uma volta pela cidade.
    Tira de pano branco, que cobre a dobra superior do cabeção de certos uniformes.
    Curva de estrada ou caminho.
    Devolução, troco.
    Circuito, contorno: volta da Gávea.
    Figurado Vicissitude, revés.
    [Brasil] Pop. Cortar (uma) volta, passar dificuldades ou privações; enfrentar obstáculos.
    locução adverbial Volta e meia, frequentemente, constantemente.

    volta s. f. 1. Ato ou efeito de voltar(-se). 2. Regresso, retorno. 3. Movimento em torno; giro, circuito. 4. Extensão do contorno; circunferência. 5. Pequeno passeio; giro. 6. O que se dá para igualar uma troca. 7. Resposta, réplica; troco. 8. Mudança de opinião; reviravolta. 9. Sinuosidade. 10. Cada uma das curvas de uma espiral. 11. Curva numa estrada ou rua. 12. Meandro dos rios. 13. Espécie de colar, usado pelas mulheres. 14. Turvação de vinho. 15. Laço, laçada.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Jeremias 3: 7 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Retorna tu para Mim". Mas ela não retornou. E a sua enganadora- traiçoeira irmã Judá viu isto.">E disse Eu, depois de ela fazer tudo isto: "Retorna tu para Mim". Mas ela não retornou. E a sua enganadora- traiçoeira irmã Judá viu isto.
    Jeremias 3: 7 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    627 a.C.
    H269
    ʼâchôwth
    אָחֹות
    irmã
    (and the sister)
    Substantivo
    H3063
    Yᵉhûwdâh
    יְהוּדָה
    Judá
    (Judah)
    Substantivo
    H310
    ʼachar
    אַחַר
    depois de / após
    (after)
    Advérbio
    H3605
    kôl
    כֹּל
    cada / todo
    (every)
    Substantivo
    H3808
    lôʼ
    לֹא
    não
    (not)
    Advérbio
    H413
    ʼêl
    אֵל
    até
    (unto)
    Prepostos
    H428
    ʼêl-leh
    אֵלֶּה
    Estes [São]
    (These [are])
    Pronome
    H559
    ʼâmar
    אָמַר
    E disse
    (And said)
    Verbo
    H6213
    ʻâsâh
    עָשָׂה
    E feito
    (And made)
    Verbo
    H7200
    râʼâh
    רָאָה
    e viu
    (and saw)
    Verbo
    H7725
    shûwb
    שׁוּב
    retornar, voltar
    (you return)
    Verbo
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo
    H901
    bâgôwd
    בָּגֹוד
    ()


    אָחֹות


    (H269)
    ʼâchôwth (aw-khoth')

    0269 אחות ’achowth

    f irregular de 251; DITAT - 62c; n f

    1. irmã
      1. irmã (mesmos pais)
      2. meia-irmã (mesmo pai)
      3. parente
        1. (metáfora) referindo-se ao relacionamento de Israel e Judá
      4. amada
        1. noiva
      5. (fig.) referindo-se a uma ligação íntima
      6. outra

    יְהוּדָה


    (H3063)
    Yᵉhûwdâh (yeh-hoo-daw')

    03063 יהודה Y ehuwdaĥ

    procedente de 3034, grego 2448 Ιουδα e 2455 Ιουδας; DITAT - 850c; n pr m Judá = “louvado”

    1. o filho de Jacó com Lia
    2. a tribo descendente de Judá, o filho de Jacó
    3. o território ocupado pela tribo de Judá
    4. o reino composto pelas tribos de Judá e Benjamim que ocuparam a parte do sul de Canaã depois da nação dividir-se dois reinos após a morte de Salomão
    5. um levita na época de Esdras
    6. um supervisor de Jerusalém na época de Neemias
    7. um músico levita na época de Neemias
    8. um sacerdote na época de Neemias

    אַחַר


    (H310)
    ʼachar (akh-ar')

    0310 אחר ’achar

    procedente de 309; DITAT - 68b, 68c; adv prep conj subst

    1. depois de, atrás (referindo-se a lugar), posterior,

      depois (referindo-se ao tempo)

      1. como um advérbio
        1. atrás (referindo-se a lugar)
        2. depois (referindo-se a tempo)
      2. como uma preposição
        1. atrás, depois (referindo-se a lugar)
        2. depois (referindo-se ao tempo)
        3. além de
      3. como uma conjunção
      4. depois disso
      5. como um substantivo
        1. parte posterior
      6. com outras preposições
        1. detrás
        2. do que segue

    כֹּל


    (H3605)
    kôl (kole)

    03605 כל kol ou (Jr 33:8) כול kowl

    procedente de 3634; DITAT - 985a; n m

    1. todo, a totalidade
      1. todo, a totalidade de
      2. qualquer, cada, tudo, todo
      3. totalidade, tudo

    לֹא


    (H3808)
    lôʼ (lo)

    03808 לא lo’

    ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

    uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

    1. não
      1. não (com verbo - proibição absoluta)
      2. não (com modificador - negação)
      3. nada (substantivo)
      4. sem (com particípio)
      5. antes (de tempo)

    אֵל


    (H413)
    ʼêl (ale)

    0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

    partícula primitiva; DITAT - 91; prep

    1. para, em direção a, para a (de movimento)
    2. para dentro de (já atravessando o limite)
      1. no meio de
    3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
    4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
    5. em adição a, a
    6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
    7. de acordo com (regra ou padrão)
    8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
    9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

    אֵלֶּה


    (H428)
    ʼêl-leh (ale'-leh)

    0428 אל לה ’el-leh

    forma alongada de 411; DITAT - 92; pron p demonstr

    1. estes, estas
      1. usado antes do antecedente
      2. usado após o antecedente

    אָמַר


    (H559)
    ʼâmar (aw-mar')

    0559 אמר ’amar

    uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

    1. dizer, falar, proferir
      1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
      2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
      3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
      4. (Hifil) declarar, afirmar

    עָשָׂה


    (H6213)
    ʻâsâh (aw-saw')

    06213 עשה ̀asah

    uma raiz primitiva; DITAT - 1708,1709; v.

    1. fazer, manufaturar, realizar, fabricar
      1. (Qal)
        1. fazer, trabalhar, fabricar, produzir
          1. fazer
          2. trabalhar
          3. lidar (com)
          4. agir, executar, efetuar
        2. fazer
          1. fazer
          2. produzir
          3. preparar
          4. fazer (uma oferta)
          5. atender a, pôr em ordem
          6. observar, celebrar
          7. adquirir (propriedade)
          8. determinar, ordenar, instituir
          9. efetuar
          10. usar
          11. gastar, passar
      2. (Nifal)
        1. ser feito
        2. ser fabricado
        3. ser produzido
        4. ser oferecido
        5. ser observado
        6. ser usado
      3. (Pual) ser feito
    2. (Piel) pressionar, espremer

    רָאָה


    (H7200)
    râʼâh (raw-aw')

    07200 ראה ra’ah

    uma raiz primitiva; DITAT - 2095; v.

    1. ver, examinar, inspecionar, perceber, considerar
      1. (Qal)
        1. ver
        2. ver, perceber
        3. ver, ter visão
        4. examinar, ver, considerar, tomar conta, verificar, aprender a respeito, observar, vigiar, descobrir
        5. ver, observar, considerar, examinar, dar atenção a, discernir, distinguir
        6. examinar, fitar
      2. (Nifal)
        1. aparecer, apresentar-se
        2. ser visto
        3. estar visível
      3. (Pual) ser visto
      4. (Hifil)
        1. fazer ver, mostrar
        2. fazer olhar intencionalmente para, contemplar, fazer observar
      5. (Hofal)
        1. ser levado a ver, ser mostrado
        2. ser mostrado a
      6. (Hitpael) olhar um para o outro, estar de fronte

    שׁוּב


    (H7725)
    shûwb (shoob)

    07725 שוב shuwb

    uma raiz primitiva; DITAT - 2340; v.

    1. retornar, voltar
      1. (Qal)
        1. voltar, retornar
          1. voltar
          2. retornar, chegar ou ir de volta
          3. retornar para, ir de volta, voltar
          4. referindo-se à morte
          5. referindo-se às relações humanas (fig.)
          6. referindo-se às relações espirituais (fig.)
            1. voltar as costas (para Deus), apostatar
            2. afastar-se (de Deus)
            3. voltar (para Deus), arrepender
            4. voltar-se (do mal)
          7. referindo-se a coisas inanimadas
          8. em repetição
      2. (Polel)
        1. trazer de volta
        2. restaurar, renovar, reparar (fig.)
        3. desencaminhar (sedutoramente)
        4. demonstrar afastamento, apostatar
      3. (Pual) restaurado (particípio)
      4. (Hifil) fazer retornar, trazer de volta
        1. trazer de volta, deixar retornar, pôr de volta, retornar, devolver, restaurar, permitir voltar, dar em pagamento
        2. trazer de volta, renovar, restaurar
        3. trazer de volta, relatar a, responder
        4. devolver, retribuir, pagar (como recompensa)
        5. voltar ou virar para trás, repelir, derrotar, repulsar, retardar, rejeitar, recusar
        6. virar (o rosto), voltar-se para
        7. voltar-se contra
        8. trazer de volta à memória
        9. demonstrar afastamento
        10. reverter, revogar
      5. (Hofal) ser devolvido, ser restaurado, ser trazido de volta
      6. (Pulal) trazido de volta

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo

    בָּגֹוד


    (H901)
    bâgôwd (baw-gode')

    0901 בגוד bagowd

    procedente de 898; DITAT - 198c; adj

    1. traiçoeiro, enganoso