Enciclopédia de Jeremias 48:14-14

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jr 48: 14

Versão Versículo
ARA Como dizeis: Somos valentes e homens fortes para a guerra?
ARC Como direis: Somos valentes e homens fortes para guerra?
TB Como dizeis: Valentes somos e homens fortes para a guerra?
HSB אֵ֚יךְ תֹּֽאמְר֔וּ גִּבּוֹרִ֖ים אֲנָ֑חְנוּ וְאַנְשֵׁי־ חַ֖יִל לַמִּלְחָמָֽה׃
BKJ Como dizeis vós, nós somos poderosos e fortes homens para a guerra?
LTT Como direis: somos valentes e homens fortes para a guerra?
BJ2 Como podeis dizer: "Somos heróis, homens aptos para a guerra"?
VULG Quomodo dicitis : Fortes sumus, et viri robusti ad præliandum ?

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Jeremias 48:14

Salmos 11:1 No Senhor confio; como dizeis, pois, à minha alma: Foge para a tua montanha como pássaro?
Salmos 33:16 Não há rei que se salve com a grandeza de um exército, nem o homem valente se livra pela muita força.
Eclesiastes 9:11 Voltei-me e vi debaixo do sol que não é dos ligeiros a carreira, nem dos valentes, a peleja, nem tampouco dos sábios, o pão, nem ainda dos prudentes, a riqueza, nem dos inteligentes o favor, mas que o tempo e a sorte pertencem a todos.
Isaías 10:13 Porquanto disse: Com a força da minha mão fiz isto e com a minha sabedoria, porque sou inteligente; eu removi os limites dos povos, e roubei os seus tesouros, e, como valente, abati aos que se sentavam sobre tronos.
Isaías 10:16 Pelo que o Senhor, o Senhor dos Exércitos, fará definhar os que entre eles são gordos e, debaixo da sua glória, ateará um incêndio, como incêndio de fogo.
Isaías 16:6 Ouvimos da soberba de Moabe, a soberbíssima, e da sua altivez, e da sua soberba, e do seu furor; a sua jactância é vã.
Isaías 36:4 E Rabsaqué lhes disse: Ora, dizei a Ezequias: Assim diz o grande rei, o rei da Assíria: Que confiança é esta que tu manifestas?
Jeremias 8:8 Como, pois, dizeis: Nós somos sábios, e a lei do Senhor está conosco? Eis que em vão tem trabalhado a falsa pena dos escribas.
Jeremias 9:23 Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas.
Jeremias 49:16 Quanto à tua terribilidade, a arrogância do teu coração te enganou. Tu, que habitas nas cavernas das rochas, que ocupas as alturas dos outeiros, ainda que eleves o teu ninho como a águia, de lá te derribarei, diz o Senhor.
Ezequiel 30:6 Assim diz o Senhor: Também cairão os que o Egito sustém, e descerá a soberba de seu poder; desde Migdol até Sevene, ali cairão à espada, diz o Senhor Jeová.
Sofonias 2:10 Isso terão em recompensa da sua soberba, porque escarneceram e se engrandeceram contra o povo do Senhor dos Exércitos.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

GUERRAS: ESTRATEGIAS, ARMAS E FORTALEZAS

AS GUERRAS NO ANTIGO TESTAMENTO
Logo em seus primeiros capítulos, a Bíblia registra um ato de violência: "Sucedeu que se levantou Caim contra Abel, seu irmão, e o matou" (Gn 4:8). A violência dos habitantes da terra antes do dilúvio é citada como uma dos principais motivos pelos quais o Senhor resolve destruir sua criação.' Devido à sua localização geográfica entre o Egito e o Oriente Próximo, a Palestina foi palco de inúmeras guerras. Para os autores bíblicos, porém, a guerra era, com frequência, um sinal da ira de Deus, um castigo pela desobediência dos israelitas: "O Senhor te fará cair diante dos teus inimigos; por um caminho, sairás contra eles, e, por sete caminhos, fugirás diante deles (….] O teu cadáver servirá de pasto a todas as aves dos céus e aos animais da terra; e ninguém haverá que os espante" (Dt 28:250-26).
Certas limitações foram impostos os israelitas com respeito à sua conduta na guerra. Ao cercar uma cidade, por exemplo, um exército não devia derrubar as árvores frutíferas. Porém, as guerras também são vistas sob outra ótica no Antigo Testamento. O Senhor ordenou que os israelitas destruíssem os cananeus, citando como motivo a perversidade desses povos.' Quem não cumpriu à risca as instruções de Deus para travar essa "guerra santa" sofreu consequências terríveis.

O EXÉRCITO ISRAELITA
O serviço militar era obrigação religiosa dos adultos do sexo masculino com mais de vinte anos de idade, mas os recém-casados, os medrosos e os de coração tímido, entre outros, eram dispensados. Saul reuniu homens de grande coragem para formar sua guarda pessoal. Davi tinha os seus "trinta" valentes (na verdade, eram trinta e sete) e um exército com duas partes distintas: uma força permanente constituída de soldados de carreira e uma milicia popular composta de reservistas. O rei também usava os serviços de mercenários estrangeiros: os queretitas (talvez cretenses), os peletitas e os geteus (filisteus).

O DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO
As guerras da antiguidade promoveram o desenvolvimento de novas armas e, conseqüentemente, de novas medidas defensivas para neutralizá-las, como mostram os três exemplos a seguir.

1. O ARCO COMPOSTO E A ARMADURA DE ESCAMAS
Figuras de arcos aparecem em vários monumentos do Egito e da Mesopotâmia do final do quarto milênio a.C.Mas o arco composto ou reforçado, constituído de quatro materiais diferentes - madeira, chifres e tendões ou nervos de animais e cola - possuía alcance muito mais longo (cerca de 300 a 400 m) e maior poder de penetração. A primeira imagem de um arco composto pode ser vista na estela do rei acádio Naram- Sin (2291-2255 a.C.), encontrada em Susã, no sudoeste do Irã, mas esse tipo de arma só se tornou comum na metade do segundo milênio .C. Seu uso mais amplo levou à criação da armadura de escamas, cujo exemplo mais antigo é proveniente de Nuzi, na Mesopotâmia e datado de 1500 a.C. Outro exemplo de uma armadura de escamas pode ser visto em uma pintura na parede do túmulo de Kenamun em Tebas, no Egito, datado do reinado de Amenófis 2 (1427-1401 a.CJ. E as próprias escamas foram encontradas em Tebas no palácio de Amenófis 3 (1391-1353 a.C.).

2. OS CARROS DE GUERRA E AS PORTAS DAS CIDADES
Existem evidências de carros de duas e quatro rodas puxados por onagros (burros selvagens) na Mesopotâmia desde 2800 a.C.e veículos desse tipo aparecem no Estandarte de Ur (c. 2500 a.C.). Construídos com rodas sólidas, eram lentos e difíceis de manobrar. Carros puxados por cavalos são mencionados em textos de Mari na Síria, datados do século XVIII aC. Consistiam, basicamente, em plataformas móveis para armas que podiam ser direcionadas rapidamente para áreas críticas da batalha. Eram veículos complexos, produzidos apenas por nações ricas com técnicas avançadas e seu uso era limitado a terrenos planos e regulares. Os egípcios e os hititas, as principais potências da metade do segundo milênio a.C., não tardaram em incorporá-los aos seus exércitos. Sua aparência é exemplificada claramente pelo famoso carro da tumba de Tutankamon (1336-1327 a.C.). Até a metade do segundo milênio a.C,, os atacantes se deslocavam na transversal pelas encostas dos montes onde ficavam as torres e se aproximavam da porta da cidade seguindo um percurso paralelo aos muros. A posição de o desenvolvimento dos carros, as portas da cidade podiam ser atacadas de frente, o que tornou obsoletas as portas em forma de "L". As portas foram estendidas de modo a conter várias câmaras, nas quais outras portas podiam ser acrescentadas. As portas duplas centrais tinham de ser largas o suficiente para permitir a passagem de carros, mas eram reforçadas por dentro com ferrolhos enormes. Torres foram acrescentadas aos muros, para que os defensores pudessem atingir os atacantes e fazer frente às rampas de terra que eram encostadas nas muralhas.
Apesar dos cananeus terem adotado os carros de guerra e os introduzido no Egito, os israelitas demoraram a incorporá-los ao seu exército. Sem dúvida, isto se deveu, em parte, ao fato de ocuparem uma região montanhosa. Quando derrotou Hadadezer, rei do estado arameu de Zobá, Davi tomou mil carros dele. Ao que parece, o rei de Israel não percebeu seu potencial militar ou, talvez, não quis ter gastos com forragem e estábulo, pois mandou jarretar ou aleijar quase todos os cavalos, deixando apenas cem intactos." Coube a Salomão desenvolver o uso de carros de guerra em seu reino. Acabe, rei de Israel (873 853 a.C.), forneceu dois mil carros para a coalizão da Síria e Palestina contra a Assíria na batalha de Qargar junto ao rio Orontes, na Síria, em 853 a.C.

3. OS ARÍETES E OS MUROS DAS CIDADES
A representação mais antiga de um ariete provavelmente se encontra nas pinturas de Beni Hasan, no Egito, datadas de c. 1900 a.C., mas apenas no século IX a.C.os assírios começaram a usar os aríetes com eficácia significativa. A extremidade de ferro do aríete podia ser impelida com força contra o muro e, uma vez alojada entre as pedras, podia ser movimentada de um lado para o outro para deslocá-las. O aríete era protegido dos defensores por uma estrutura comprida em forma de caixa e feita de madeira. Posteriormente, o ariete passou a ser suspenso da parte superior dessa estrutura, permitindo que fosse balançado para frente e para trás. No início da monarquia em Israel, as cidades eram protegidas por muros de "casamata". Dois muros paralelos com cerca de um metro e meio de espessura, afastados por um vão de aproximadamente dois metros, eram unidos por muros transversais em intervals regulars. Quando os assírios começaram a usar os aríetes, algumas cidades se cercaram com muros sólidos de 3 a 4 m de espessura. O muro da cidade de Mispa (Tell en-Nasbeh) possuía 600 m de extensão e dez torres com uma altura provável de 12m. Foi construído sobre uma rampa íngreme, o que sem dúvida era uma proteção adicional contra um ataque com aríetes.

A GUERRA NO NOVO TESTAMENTO
Ao contrário do Antigo Testamento, a guerra no Novo Testamento não é vista em termos políticos. A luta do cristão não é contra carne e sangue. E uma luta espiritual contra as forças do mal, travada nas regiões celestes. Os cristãos devem se revestir de toda a armadura de Deus a fim de permanecerem inabaláveis quando vier o dia mau." O exército romano chegou a controlar um império que se estendia desde o muro de Adriano no norte da Inglaterra até o Eufrates, chegando a ter de 25 a 35 legiões, cada uma com um máximo de seis mil soldados de infantaria. Uma legião era dividida em dez coortes, cada uma com cerca de seiscentos homens. A coorte era dividida em seis centúrias, comandadas por um centurião. As legiões eram apoiadas por unidades de cavalaria integradas por quinhentos homens. Alguns soldados desempenhavam funções especiais: escreventes, porta- estandartes, mensageiros, médicos, carrascos e cavalariços. Na primeira metade do século I a.C., havia três mil soldados em Cesaréia, na costa palestina do Mediterrâneo, e uma coorte (seiscentos homens) em Jerusalém, no forte de Antônia e no palácio do governador. Reforços eram enviados de Cesaréia durante as festas ou quando ocorriam agitações populares.
Guerra e fortalezas no Antigo Testamento O mapa mostra lugares de origem de alguns dos principais mercenários: os queretitas, peletitas e geteus (filisteus de Gate).
Guerra e fortalezas no Antigo Testamento O mapa mostra lugares de origem de alguns dos principais mercenários: os queretitas, peletitas e geteus (filisteus de Gate).
O rei egípcio Tutankamon (1336-1327) em seu carro de guerra. Pintura de um baú encontrado na tumba de Tutankamon.
O rei egípcio Tutankamon (1336-1327) em seu carro de guerra. Pintura de um baú encontrado na tumba de Tutankamon.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Jeremias Capítulo 48 do versículo 1 até o 47
D. ORÁCULO CONTRA MOABE, Jeremias 48:1-47

Entre os oráculos encontrados nos capítulos 46:49, essa profecia é singular em relação à sua extensão, seu grande número de nomes de lugares e suas semelhanças com outras passagens das Escrituras.' Por causa das suas semelhanças com os textos de Isaías,' alguns estudiosos têm insistido em que essa profecia não pertence a Jeremias.1° Não podemos negar que ela encontra paralelos em outros textos bíblicos. No entanto, parece que nesse caso, Jeremias reuniu em um compêndio novo todas as afirmações referentes a Moabe feitas por profetas anteriores desde os tempos de Balaão. Ele reafir-ma essas predições à sua maneira, acrescentando suas próprias idéias. Isso não deveria soar estranho, visto que ele estava bem familiarizado com a história hebraica e conhecia bem as afirmações dos seus predecessores no ofício profético. É provável que as profecias de Isaías em relação a Moabe tenham estado bem vivas na sua mente naquele momento e que tenham influenciado o seu pensamento. Ele as usou porque refletiam sua própria compreensão do que iria acontecer à nação moabita.

  1. As Conseqüências da Confiança Inapropriada (48:1-10)

A profecia começa com uma descrição da destruição que o Deus de Israel causará a Moabe (veja mapa 2). A terra será invadida por um inimigo não mencionado que o Se-nhor irá enviar. As cidades serão destruídas. Nebo (não a montanha), Quiriataim, Misgabe (1) e seus habitantes fugirão apavorados, com choro contínuo (5) enquanto caminham. A subida de Luíte e a descida de Horonaim podem representar estradas ascendentes e descendentes dessas cidades. O versículo 6 tem sido traduzido como uma advertência: "Fujam! Corram para salvar suas vidas! Tornem-se como um asno selva-gem no deserto!" (RSV). Até mesmo o deus Quemos (7) será levado ao cativeiro junto com os sacerdotes que o serviram. Nenhuma [cidade] escapará, e perecerá o vale, e destruir-se-á a campina (8). A destruição será tão completa que se Moabe procuras-se escapar, necessitaria das asas de uma ave (9). Tudo isso acontecerá por causa da tua confiança nas tuas obras e nos teus tesouros (7), em vez de confiar no Senhor. Além disso, a maldade de Moabe é tão grande que uma maldição é anunciada sobre qualquer invasor que não realizar com afinco a obra de destruição do Senhor, ou que preserva a sua espada do sangue (10).

  1. A Desgraça da Vida Indisciplinada (48:11-17)

Moabe era famosa pelas suas vinhas, e o profeta parece ter um odre de vinho em mente enquanto profetiza. A sina do povo de Moabe tinha sido menos severa do que de outros povos: não foi mudado de vasilha para vasilha (11). A terra, às vezes, tinha sido invadida e obrigada a pagar tributos, mas suas cidades não foram destruídas e seu povo não foi para o cativeiro. Assim, Moabe havia se acomodado e vivia uma vida indisciplinada. O profeta o comparou com alguém que "tem repousado nas fezes (resídu-os) do seu vinho" (ARA). Um vinho inferior, quando fica parado tempo demais, tende a apresentar o sabor e o cheiro de resíduos e adquire um sabor amargo. Esse era o caso de Moabe. Indolência e falta de privação trouxeram uma grande deterioração para a estrutura moral da nação.

O profeta percebe que essa vida fácil será interrompida. O dia de julgamento de Moabe está chegando: "Portanto, certamente vêm os dias", declara o Senhor, "quando enviarei decantadores que a decantarão; esvaziarão as suas jarras e as despedaça-rão" (12, NVI). Moabe vai ruir quando uma verdadeira situação crítica surgir. Quan-do essa hora chegar, Moabe terá vergonha de Quemos, seu deus, da mesma forma como se envergonhou a casa de Israel de Betel (13; i.e., o bezerro de ouro em Betel). Ambos eram meros ídolos feitos por mãos humanas, e não podiam ajudar seu povo. Israel já havia ido para o cativeiro e Moabe logo experimentaria o mesmo des-tino. Os moabitas tinham falado acerca de si mesmos: Somos valentes e homens fortes para guerra (14), mas, a vida indisciplinada trouxe suas conseqüências, e Moabe está destruída (15) ; seus jovens escolhidos desceram à matança. Seus amigos são encorajados a lamentar por ela, porque o cetro — o cajado da sua sobera-nia — se quebrou (17).

  1. O Desastre Chega (Jeremias 48:18-28)

O destruidor de Moabe (18) fez sua obra implacável. Os habitantes da nação são derrubados do seu lugar de glória e estão assentados na ignomínia e vergonha. As mai-ores fortalezas de Moabe são destruídas, e quando os habitantes fugitivos são pergunta-dos pelo povo de Aroer (19) o que está acontecendo, eles gritam: Moabe está envergo-nhado, porque foi quebrantado (20). O povo é chamado para lamentar, uivar e gritar, porque cidade após cidade foi tomada até que não sobrou nenhuma.' Conseqüentemen-te, o poder ("chifre" no hb. — simbolizava poder) está cortado e seu braço (símbolo de autoridade) está quebrantado (25)." Tudo isso aconteceu porque Moabe se engrande-ceu contra O SENHOR (26). A atitude arrogante de Moabe em relação a Israel voltou-se contra ele. Aquele que ria da situação de Israel tornou-se objeto de escárnio (27). Seus habitantes são persuadidos a fugir como uma pomba enlutada que se aninha nas rochas e cavernas nas montanhas (28), porque uma enorme catástrofe tomou conta da nação!

  1. Um Lamento pela Orgulhosa Nação de Moabe que Caiu (Jeremias 48:29-39)

O orgulho de Moabe foi sua característica mais detestável. Usando a profecia de Isaías (Is 16:6-14) como base das suas observações, Jeremias junta palavra a palavra para descrever a arrogância e o orgulho (29) dessa nação. O espírito hipersensível, com acessos de indignação (30) e as mentiras, são sempre características de um coração arrogante. A NVI interpreta o versículo 30 da seguinte forma:

"Conheço bem a sua arrogância", declara o Senhor "A sua tagarelice sem fundamento e as suas ações que nada alcançam".

No versículo 31, o profeta expressa o que aparenta um lamento pessoal por essa nação. Parece um tanto estranho Jeremias lamentar a queda de um inimigo de Israel, mas é como Raschi diz: "Os profetas de Israel diferem dos profetas pagãos como Balaão, porque encarnam a aflição que anunciam às nações".' Portanto, não é ilógico supor que os versículos 31:32 se refiram a Jeremias. De alguma forma, o coração afável do homem de Anatote chora pelos homens de Moabe. Ele continua descrevendo as condições lamen-táveis que ocorrerão naquele país: as vinhas que eram famosas pela sua qualidade estão completamente destruídas; os pomares estão inteiramente estragados; pode-se ouvir choro e clamor por todo o país; o júbilo cessou (33). A desolação é tão grande que não serão mais oferecidos sacrifícios nos santuários, nem se queimará incenso aos deuses (35). Aliás, os deuses foram levados cativos e não há sacerdotes para oferecer sacrifícios (7). Toda a terra está em estado de luto; percebe-se a calvície por toda parte; as barbas foram diminuídas (37), e as pessoas se cortaram, para mostrar a intensidade do seu luto. Ou-vem-se lamentos dos telhados (38), bem como das ruas. As pessoas lamentam por Moabe clamando: "Como ela foi destruída! Como lamentam! Como Moabe dá as costas, envergo-nhada!" (39, NVI).

  1. Não há Escape do Juízo (48:40-47)

Na visão do profeta, o conquistador de Moabe assemelha-se a uma águia (40) quanto à sua rapidez e envergadura das asas. A figura da águia é uma descrição favorita de um líder vitorioso. Ela quase certamente se refere a Nabucodonosor, que, de acordo com Josefo, destruiu Moabe, Amom e os povos vizinhos em 582-581." Sua força é implacável. Queriote é tomada (ou: São tomadas as cidades) e ocupadas as fortalezas (41). Os corações dos guerreiros mais valentes de Moabe ficarão aterrorizados como o coração da mulher em suas dores de parto. Todo o país será destruído (42) e chegará o tempo em que Moabe deixará de existir. Isso ocorrerá porque Moabe foi arrogante e orgulhoso demais para servir o Deus de Israel, e se engrandeceu contra o SENHOR.

Não haverá escape do temível conquistador. Aquele que foge por causa do terror cairá na cova (44), e aquele que sair da cova ficará preso no laço. Não haverá lugar para se esconder. A primeira parte do versículo 45 pode ser traduzida da seguinte forma:

Na sombra de Hesbom os fugitivos se encontram sem forças (RSV).

Hesbom, embora uma cidade forte, não pode oferecer proteção para os esgotados fugitivos, porque um fogo sairá de Hesbom (45) como nos dias de Seom, rei dos amorreus (Nm 21:28-30), e devorará aqueles que buscarem refúgio ali. O canto de Moabe é me-lhor traduzido como "a testa de Moabe" (Smith-Goodspeed). O profeta parece estar di-zendo que todas as predições antigas em relação a Moabe, mesmo a profecia de Balaão, se cumprirão na destruição vindoura." Os filhos e as filhas do povo que adoravam o ídolo Quemos (46), em vez de ao Deus vivo, irão para o exílio. No entanto, depois que as labaredas da disciplina fizerem a sua obra, há uma certa esperança de um dia de restau-ração para Moabe (47).


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Jeremias Capítulo 48 do versículo 1 até o 47
*

47:4

de Tiro e de Sidom. Essas cidades fenícias serviam de proteção natural para os filisteus, que viviam mais para o interior das costas do mar Mediterrâneo, embora não se saiba se houve aliança entre eles.

Caftor. Lugar de origem dos filisteus, usualmente identificado como Creta.

* 48.1-47 Este capítulo registra o oráculo contra Moabe; conforme Is 15 e 16; Ez 25:8-11; Am 2:1-3. Moabe era inimigo de Israel (Jz 3:12-14; 2Rs 3:4-27). Aliou-se com Judá para defender-se da Babilônia (27.3), mas supriu tropas para Nabucodonosor contra Jeoaquim (2Rs 24:2). Sua derrota para Nabucodonosor deve ter ocorrido em 582 a.C., depois de uma rebelião.

* 48:1

Nebo... Quiriataim. Originalmente, essas cidades foram destinadas à tribo de Rúben (Nm 32:3,37,38; Js 13:15,19).

* 48:2

Hesbom. Essa aldeia também foi destinada a Rúben (Num. 32.37; Js 13:17).

* 48:7

Camos. Um dos deuses moabitas que foi adorado por Salomão (1Rs 11:7,33; 2Rs 23:13). As imagens dos deuses "derrotados" eram, com freqüência, levadas para o exílio.

* 48:8

o destruidor. Provavelmente, Nabucodonosor.

* 48:11-12

O vinho deixado para envelhecer representa a complacência dos moabitas. O lazer e a segurança deles se desvaneceria tão rapidamente como uma garrafa se esvazia quando é virada.

* 48:13

Betel. Possivelmente uma referência ao nome El Betel, usado para indicar o Senhor, na adoração apóstata de Jeroboão, em Betel (1Rs 12:28-30). Esse culto não havia impedido os assírios de saquearem a terra em 722 a.C. (2Rs 18:9-12).

* 48:19

Aroer. A sudeste de Dibom, essa fortaleza de fronteira, às margens do rio Arnom (v. 20) é aqui pintada a vigiar ansiosamente a fuga dos refugiados.

* 48:20

Arnom. Ou seja, a região ao longo do rio Arnom. Esse era o rio mais importante de Moabe.

* 48:28

habitai no rochedo. Ver Is 2:10.

* 48:32

Sibma... ao mar de Jazer. Ver Is 16:8.

* 48:38

os eirados de Moabe. Era costume oferecer incenso sobre os eirados como um ato de adoração (2Rs 23:12).

* 48:40

como a águia. Esta seria Nabucodonosor (Ez 17:3).

*

48:45-46 Derivados de Nm 21:28,29; mas Jeremias redireciona a profecia de Balaão contra os amorreus, aplicando-a a Moabe.

Seom. Ele foi o governante dos amorreus nos tempos de Moisés, cuja capital era Hesbom (Nm 21:21-30).



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Jeremias Capítulo 48 do versículo 1 até o 47
48:1 Os moabitas descendiam do Lot devido ao incesto que este cometeu com uma de suas filhas (Gn 19:30-37). Levaram aos israelitas à idolatria (Nu 25:1-3) e se uniram às bandas armadas que Nabucodonosor enviou ao Judá em 602 a.C. Mais tarde, Babilônia os conquistou e desapareceram como nação.

48:7 Quemos era o deus principal da nação do Moab (Nu 21:29) e o sacrifício de meninos era parte importante em sua adoração (2Rs 3:26-27).

48.11, 12 Para fabricar vinho se esmagavam as uvas. Logo depois de quarenta dias, o vinho se trocava de vasilha e ficava o sedimento. Se não se fazia esta operação, o vinho resultante era inferior. Com esta ilustração o profeta quer dizer que por causa da complacência do Moab e sua negativa a fazer a obra de Deus, seria totalmente destruída.

48:13 Depois que o Israel se dividiu nos reino do norte e do sul, o reino do norte estabeleceu bezerros como ídolos em Presépio e Dão para evitar que o povo fora a adorar a Jerusalém, a capital do reino do sul (1Rs 12:25-29).

48:29 Moab foi condenada por sua soberba. Deus não tolera a soberba porque esta é nos apropriar do mérito que corresponde ao ou olhar com desdém a outros. Deus não condena a satisfação pelo que realizamos (Ec 3:22), mas sim fica firme contra superestimar nossa importância. Rm 12:3 nos ensina a que pensemos de nós mesmos com prudência.

48:31 Kir-hares era uma cidade fortificada no Moab. A compaixão de Deus alcança a toda a criação, inclusive a seus inimigos.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Jeremias Capítulo 48 do versículo 1 até o 47

C. MOAB RELATIVA (


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Jeremias Capítulo 48 do versículo 1 até o 47
48.1 Moabe. O rico planalto a leste do mar Morto. Nebo. Aqui se refere à cidade, e não a montanha (Nu 33:47, Dt 34:1).

48.1 Quiriataim. Provavelmente "Kureyat", 16 quilômetros ao norte do mar Morto. Fortaleza. Um "alto refúgio", um "forte alto".

48.2 Hesbom. Uma antiga e famosa cidade moabita, certa Dt 21:0; Is 15:4). Madmém. Moabe.

48.5 Luíte. Ficava numa colina. Horonaim. Ficava em um vale.

48.6 Arbusto. Heb Aroer, quer dizer "toco morto ", que é também a nome de uma cidade de Moabe (v. 19).

48.7 Camos. Era o objeto da adoração nacional de Moabe (Nu 21:29; 1Rs 11:71Rs 11:7). Na qualidade de deus desta, era impotente para impedir seu próprio cativeiro e o cativeiro de seus adoradores.

48.8 Vale. Como em Js 13:11, Js 13:27; provavelmente a larga depressão em que se transforma o vale do Jordão ao aproximar-se do mar Morto. Campina. O planalto com cerca de 800 metros acima do mar Mediterrâneo, onde se assediava a maioria das cidades moabitas (Dt 3:10; Js 13:9).

48.11 Mocidade de Moabe. Datava do tempo da conquista dos emins aborígenes pelos moabitas (Dt 2:10). Freqüentemente estavam em guerra, mas nunca haviam sido expulsos de sua pátria original, que ficava ao sul do rio Arnom.

48.12 Trasfegarão. Um processo efetuado lenta e cuidadosamente para se proteger as jarras de barro e remover-se o vinho claro que deixava o sedimento no vaso original. No caso de Moabe, nenhum cuidado semelhante seria tomado, mas Moabe seria tratada violentamente.

48.15 Pouco depois da queda de Jerusalém, Nabucodonosor invadiu a Moabe, talvez na expedição punitiva causada pela rebelião de Ismael (39.14n), e a nação nunca voltou a existir; só existiam indivíduos conhecidos como moabitas (Ed 9:1; Ne 13:1,Ne 13:23).

48.17 Cajado formoso. É figura de força e autoridade. A glória nacional e o poder sobre outros (Sl 110:2; Is 14:29; Ez 19:11, 12, 14).

48.18 Dibom. Ficava sobre colinas, cerca Dt 6:0. É a atual Kerak, 29 quilômetros ao sul do Arnom e 13 quilômetros a leste do mar Morto; uma poderosa fortaleza numa colina muito inclinada rodeada por ravinas.

48.33 Júbilo. Vd. nota sobre Eia! em 25.30. No hebraico, a palavra é a mesma. Assim sendo, o "Eia"! não era apenas dos pisadores de uvas, mas era também um grito de guerra.

48.34 Eleale. Menos Dt 2:0).

48.36 Flautas geme. Eram usadas nos funerais pelo que é um símbolo de lamentação.

48 37 Todas essas coisas são símbolos de lamentação. Vd. 16.6n.
48.40 Águia. Representa o adversário, isto é, Babilônia ou Nabucodonosor (Ez 17:1-17).

48.42 Destruído. Nabucodonosor subjugou a Moabe (605 a 562 a.C.), mas continuou existindo como raça até o primeiro século d.C., ainda que a existência como nação tanto para Moabe como para Amom, parecia haver cessado muito antes do tempo de Cristo. 48.45 Hesbom. Refugiar-se aí era inútil visto que seria um dos primeiros lugares a cair (2). Seom. Outro dos nomes de Hesbom (vd. nota em 48.2; Nu 21:26; Dt 2:26). Nesse tempo era controlado pelos amonitas (49.3).

48.47 Mudarei a sorte, vd. 29.14n. Últimos dias. Nos tempos messiânicos (23.20), Moabe será restaurada. Os sinais de sua restauração são evidentes, atualmente.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Jeremias Capítulo 48 do versículo 1 até o 47

3) Moabe (48:1-47)
A devastação que vai surpreender Moabe é anunciada em uma série de profecias. Moabe, como também Amom e Edom, foram instigados a atacar Judá como represália pela rebelião de Jeoaquim em 601—597 a.C. (2Rs 24:2), aguardando a sua própria expedição punitiva. Moabe havia sido advertido anteriormente por Jeremias do castigo inevitável nas mãos dos babilônios (9.26; 25.21; 27:1-7). Aqui ele cita livremente das profecias de Isaías com o mesmo propósito (caps. 13—16). De acordo com Josefo (Ant. X. 181,182), os babilônios invadiram Moabe c. 581 a.C. Conforme Ez 25:8-11.

As características mais marcantes do povo de Moabe são a confiança em sua própria força, em suas fortalezas e em seus tesouros (v. 7), seu orgulho de Sl mesmo (v. 29) em rebeldia ao Senhor (v. 42) que o levou a se alegrar com a desgraça de Israel e de Judá (v.

27), mas que reflete a sua relação histórica com esses Estados. Moabe teve a sua origem em Ló (Gn 14:37). Originariamente ocupava o alto e fértil platô tão ao norte quanto Hes-bom (v. 2; conforme Nu 21:15,Nu 21:16). Seduziu os israelitas à idolatria (Nu 25:1-4). Os israelitas conquistaram a região ao norte do rio Arnom, que Rúben ocupou durante um tempo, e construíram a cidade de Nebo (v. 2; Nu 32:3,

38). Depois de muitas guerras, tornou-se vassalo de Davi (2Sm 8:2) até a revolta do rei Messa contra Israel (2Rs 3:4). Conquistou a sua independência da Assíria c. 627 a.C. Mais advertências contra Moabe são dadas por Ezequiel (25:8-11), Amós (2:1-3) e Sofonias (2:8-11).

a) Juízo contra Camos, deus de Moabe
(48:1-10). Quiriataim (v. 1), a 10 quilômetros a noroeste de Dibom, e Horonaim (v. 3) são mencionadas na inscrição do rei Messa (a Pedra Moabita). A destruição é descrita como de alcance muito grande. Hesbom (v. 2, a moderna Hesbân) foi escavada, mas Madmém (v. 2) ainda não foi localizada — a não ser que, como sugerem alguns (LXX), leiamos o heb. gm-dmm tdmm como “também serás completamente silenciada”.

O costume de tomar os deuses dos povos vencidos, especialmente dos nômades, é atestado nos anais da Assíria (conforme v. 7). v. 7. Camos (também mencionado na Pedra Moabita, v. NBD p. 1241-2) era a deidade principal de Moabe (Kamus; conforme Nu 21:29). A sua completa derrota é destacada nesse belo trecho poético. Essa será uma condenação a mais das vis práticas cultuais (2Rs 23:13). As suas terras ficarão despovoadas, pois em Hesbom tramam a sua ruína (v. 2; heb. b‘hesbõn hêsebu — um jogo de palavras), v. 6. A segurança só existe na retirada para o distante deserto (‘aro‘er [TM] pode ser traduzido por “calor” [VA, RV] ou “tamargueira”; burro selvagem na BJ e galinha anã na NEB, seguindo interpretação da LXX). v. 9. sal. heb. sts, alguns deduzem do ugarítico uma referência a espalhar sal sobre o sítio de cidades destruídas (cf. Jz 9:45). Talvez seria melhor traduzir por “erguer uma lápide (semeia na LXX, implicando o heb. siyyãn\ conforme 2Rs 23:17) para Moabe, pois será completamente destruído”, v. 10. Temos aqui o chamado aos obreiros de Deus para nunca se descuidarem do trabalho, mesmo como agentes de juízo.

b) A segurança de Moabe é perturbada (48:11-20). Moabe nunca havia sido exilado, mas isso é agora predito (v. 11,12). A confiança no seu deus Camos (v. 13; conforme v. 7) se mostraria tão inútil quanto a confiança israelita na adoração do bezerro na sua própria “casa de deus” (Betei, v. 13). Eles também tinham ido para o exílio (lRs 12.29; Jl 4:4Jl 5:5; Jl 7:13). O retrato da repentina evacuação e destruição é baseado no famoso comércio vinícola de Moabe. Este seria abandonado e destruído (v. 11; conforme 32,33). Os v. 17-20 são um lamento acerca da queda de Moabe expresso na linguagem de Deuteronômio (e.g., 32.35). v. 18. sobre o chão ressequido: interpretando sãmê’ como em Is 44:3; v. em comparação com “sentar com sede” na 5A (TM: samã), o siríaco “sentar na imundícia”. Dibom é a moderna Diban, a 20 quilômetros a leste do mar Morto.

c)    A destruição está por todo lado (48:21-27). Uma seção em prosa faz a lista das cidades arruinadas e pelas quais a sua força (“chifre”, v. 25) foi quebrada. O juízo é completo e radical. Os que desprezaram Israel se tornariam desprezíveis, um conceito retomado em Ap 1:7 (conforme Mc 15:27-41). Moabe será embriagado, mas não com o seu vinho (conforme v. 11,12).

d)    Os orgulhosos serão humilhados

(48:28-39). Jeremias adapta as palavras anteriores de Is 16:6-23 e as formula em outro lamento (v. 28-33), seguido de uma descrição do cumprimento (v. 34-39). O esmagamento da nação e de suas esperanças é marcado pela queda de mais lugares. Quir-Heres (v. 31) talvez seja a atual Kerak, a 12 quilômetros a leste do mar Morto (i.e., do mar, 32), e o “Qrhh” da Pedra Moabita. v. 32. Jazar ficava a 16 quilômetros ao norte (conforme Nu 21:32); Sibma, a 5 quilômetros a noroeste; e Eleale (v. 34), a 3 quilômetros ao norte de Hesbom. Algumas versões trazem “mar de Jazar”, seguindo o TM, mas yãm (mar) é omitido por Is 16:8 e pela LXX (conforme RSV). Eglate-Selisia (v. 34, NVI) é considerado um substantivo; a VA traduz por “uma novilha de três anos”.

e)    O juízo final (48:40-47). A águia representa Nabucodonosor, da Babilônia (cf. 49.22), atuando como agente do Senhor contra quem Moabe está se vangloriando (v. 42). A profecia de Balaão contra Moabe (Nu 21:28;

24,17) vai se cumprir. Os refugiados buscam abrigo em diversos lugares, porém em vão (v. 43-45; conforme Is 24:17,Is 24:18). Contudo, a misericórdia de Deus está presente no juízo com uma promessa de restauração semelhante à dada a Israel e Judá. Embora Moabe cessasse de existir como povo (v. 42), como até o dia de hoje, a terra seria repovoada e se tornaria um lugar de refúgio (v. 47; Ez 11:41). O v. 47b é um co-lofao interessante, indicando o final do texto copiado (conforme 51.64; Sl 72:20; 31:40); portanto, não é um acréscimo editorial posterior.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Jeremias Capítulo 46 do versículo 1 até o 64

III. Os Oráculos de Jeremias Contra as Nações Estrangeiras. 46:1 - 51:64.

O profeta hebreu tinha uma palavra especial para as nações vizinhas dos hebreus, além das que tinha para o Povo Escolhido propriamente dito. Jeremias foi comissionado um "profeta às nações" (Jr 1:5) e foi estabelecido "sobre as nações, e sobre os reinos" (Jr 1:10). Na última parte deste livro estão reunidas as acusações proféticas dos gentios feitas em diversas ocasiões. A Bíblia Grega coloca estes oráculos imediatamente depois de Jr 25:13.


Moody - Comentários de Jeremias Capítulo 48 do versículo 1 até o 47

Jr 48:1. Talvez a invasão dos moabitas (entre outros) em Judá durante o reinado de Jeoaquim (2Rs 24:2) seja o antecedente segundo o qual o oráculo deveria ser entendido. Dos muitos lugares moabitas aqui citados, só os mais significativos receberão comentários.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Jeremias Capítulo 48 do versículo 1 até o 47
c) Contra Moabe (Jr 48:1-24), e o Arnom como a fronteira de Moabe. Mas, afinal, Rúben não ficou de posse da região que lhe foi atribuída e, assim, aqui, como em Is 15:16, muitas das cidades concedidas em Js 13:15-6 a Rúben vêm mencionadas como ocupadas por Moabe". Este poema é talvez o mais soberbo de todos os escritos de Jeremias. Se compararmos com Is 15:0 (ver 29).

1. IAVÉ CONTRA O DEUS DE MOABE, CAMOS (Jr 48:1-24). A arrogância do Moabe radica-se no seu deus, e por isso tanto este como os sacerdotes de Moabe deverão ser levados para o exílio (7-8). Ai de Nebo (1), isto é, a cidade desse nome, não a montanha sua homônima mais bem conhecida. Misgab (1); este local não vem mencionado em qualquer outro ponto. A palavra significa "alto refúgio", sendo provavelmente o nome de uma fortaleza. Hesbom (2) era uma antiga e famosa cidade a leste do Jordão; Josué concedeu-a a Rúben, mas no tempo de Jeremias estava nas mãos de Moabe. Madmém (2) também não vem mencionada em qualquer outro ponto. A Septuaginta, a Siríaca e a Vulgata dizem: "Sim, tu (isto é, Moabe) serás absolutamente reduzida ao silêncio". Em 4b deveria talvez preferir-se a Septuaginta: "o seu brado pode ser ouvido até Zoar", um local que ficava na extremidade sudeste do Mar Morto, dando esta versão a entender que o brado de Moabe se ouvia de um extremo do país ao outro. Porque pela subida de Luíte... (5), ou melhor, "os homens escalam a garganta até Luíte, em lágrimas". Vida (6) significa alma viva, pois o vocábulo nefesh é o sopro da alma que anima o corpo, não encarnado neste, como no pensamento grego. Por causa da tua confiança nas tuas obras (7), isto é, nas tuas iniciativas, medidas de defesa, etc. A Septuaginta diz: "nas tuas fortalezas", o que talvez corresponda ao texto primitivo. Nenhuma escapará (8) refere-se, talvez, em primeiro lugar à capital de Moabe. Destruir-se-á a campina (8), isto é, o extenso planalto a grande altitude em que ficava a maior parte das cidades moabitas.

>Jr 48:11

2. UM CONTRASTE NO CASTIGO (Jr 48:11-24). Israel (13) confiara no santuário de Betel, em que Iavé era representado pelo bezerro de ouro, mas em vão. Moabe ficara impune do castigo, como o vinho que não é mudado de odre para odre para evitar a contaminação pela borra que vai criando; mas agora, no exílio que lhe é infligido como castigo, Moabe terá vergonha de Camos (13), um deus que, em épocas de perigo, foi impotente contra o poder de Iavé, o Deus vivo. O único sentido claro do vers. 15 é a espoliação.

>Jr 48:16

3. A CALAMIDADE DE MOABE (Jr 48:16-24). Tão grande é a aflição de Moabe que até os seus inimigos a lamentarão. Vara... cajado (17), símbolos de força e autoridade; ambos desaparecerão no dia do castigo. Filha (18) simboliza a população. Dibom (18) ficava sobre dois montes (por isso lemos "desce") a uns 20 quilômetros a leste do Mar Morto. Foi aí que se encontrou em 1868 a famosa Pedra Moabita. A perda de segurança e poder vem no vers. 25, braço é um símbolo de poder.

>Jr 48:26

4. O ANTAGONISTA DE MOABE (Jr 48:26-24). Moabe deverá embriagar-se, não com o seu famoso vinho, mas com o terror do seu antagonista Iavé. A versão do vers. 26b na Septuaginta é: "Moabe bateu as palmas" (isto é, em zombaria), "mas ela própria será zombada". Os seus antigos admoestos contra Israel caíram, afinal, sobre os que se riam do povo eleito. Compare-se o vers. 29 com Is 16:6. Compare-se o vers. 30 com Is 15:5; Is 16:7, Is 16:11. Em vez de homens (31) leia-se "pasta de passas de uvas", ou seja, uvas passadas com farinha consumidas nos festivais religiosos. Comparar também os vers. 32 e 33 com Is 16:9-23. A Septuaginta corrige até ao Mar de Jaezer (32) para "até Jaezer", provavelmente uma cidade a norte de Hesbom, mas trata-se apenas de uma conjectura (ver Is 16:8). Em vez de já não pisarão uvas com júbilo (33) ler "o pisador não pisará". Compare-se Is 15:4-23 com o vers. 34. As águas do Ninrim se tornarão em assolação (34). Ao que parece, isto significa que secarão por as suas fontes serem entupidas pelo inimigo (ver 2Rs 3:25).

>Jr 48:35

5. O CHORO DE MOABE (Jr 48:35-24). A causa desse choro é Deus, que porá fim ao culto moabita (35), provocando, assim, o choro desse povo (36-38). Iavé esmagou Moabe como um vaso que já não serve (38b), pelo que Moabe se transformou em objeto de vergonha e zombaria (39). Quem sacrifique nos altos (35) leia-se com a Septuaginta, "aquele que sobe ao lugar alto". No vers. 36, a Septuaginta tem "harpa de Moabe" em vez de o meu coração, mas o texto massorético está mais de acordo com a natureza de Jeremias, que não ficara petrificada pelo ódio antes permanecia sensível até ao sofrimento de um inimigo. Compare-se Is 15:3 com o vers. 38. Leia-se no vers. 39 o imperativo uivai em vez de "como uivam".

>Jr 48:40

6. IAVÉ TEM A ÚLTIMA PALAVRA DE CASTIGO (Jr 48:40-24). A Septuaginta omite no vers. 40 as palavras eis que voará como a água... Moabe (40); mais propriamente um abutre, aqui símbolo do inimigo, Nabucodonosor. Queriote (41) era uma importante cidade de Moabe, também mencionada em Jl 2:2. Os vers. 45-47 não figuram na Septuaginta. Os vers. 45b e 46 baseiam-se, com pequenas variantes, em Nu 21:28 e Nu 24:17: vai-se cumprir o oráculo de Balaão contra Moabe. O vers. 47 talvez reflita a piedade do coração de Jeremias que, por seu turno, reflete a de Iavé. A cólera é sempre "obra estranha de Deus", cujo coração se inclina mais para a misericórdia. Moabe será colocada sob tremenda disciplina, e não condenada à destruição.


Dicionário

Como

assim como, do mesmo modo que..., tal qual, de que modo, segundo, conforme. – A maior parte destas palavras podem entrar em mais de uma categoria gramatical. – Como significa – “de que modo, deste modo, desta forma”; e também – “à vista disso”, ou – “do modo que”. Em regra, como exprime relação comparativa; isto é – emprega-se quando se compara o que se vai afirmar com aquilo que já se afirmou; ou aquilo que se quer, que se propõe ou se deseja, com aquilo que em mente se tem. Exemplos valem mais que definições: – Como cumprires o teu dever, assim terás o teu destino. – O verdadeiro Deus tanto se vê de dia, como de noite (Vieira). – Falou como um grande orador. – Irei pela vida como ele foi. – Assim como equivale a – “do mesmo modo, de igual maneira que”... Assim como se vai, voltar-se-á. Assim como o sr. pede não é fácil. Digo-lhe que assim como se perde também se ganha. Destas frases se vê que entre como e assim como não há diferença perceptível, a não ser a maior força com que assim como explica melhor e acentua a comparação. – Nas mesmas condições está a locução – do mesmo modo que... Entre estas duas formas: “Como te portares comigo, assim me portarei eu contigo”; “Do mesmo modo que te portares comigo, assim (ou assim mesmo) me portarei contigo” – só se poderia notar a diferença que consiste na intensidade com que aquele mesmo modo enuncia e frisa, por assim dizer, a comparação. E tanto é assim que em muitos casos 290 Rocha Pombo não se usaria da locução; nestes, por exemplo: “Aqueles olhos brilham como estrelas”; “A menina tem no semblante uma serenidade como a dos anjos”. “Vejo aquela claridade como de um sol que vem”. – Tal qual significa – “de igual modo, exatamente da mesma forma ou maneira”: “Ele procedeu tal qual nós procederíamos” (isto é – procedeu como nós rigorosamente procederíamos). Esta locução pode ser também empregada como adjetiva: “Restituiu-me os livros tais quais os levara”. “Os termos em que me falas são tais quais tenho ouvido a outros”. – De que modo é locução que equivale perfeitamente a como: “De que modo quer o sr. que eu arranje o gabinete?” (ou: Como quer o sr. que eu arranje...). – Segundo e conforme, em muitos casos equivalem também a como: “Farei conforme o sr. mandar” (ou: como o sr. mandar). “Procederei segundo me convier” (ou: como me convier).

como adv. 1. De que modo. 2. Quanto, quão. 3. A que preço, a quanto. Conj. 1. Do mesmo modo que. 2. Logo que, quando, assim que. 3. Porque. 4. Na qualidade de: Ele veio como emissário. 5. Porquanto, visto que. 6. Se, uma vez que. C. quê, incomparavelmente; em grande quantidade: Tem chovido como quê. C. quer, loc. adv.: possivelmente. C. quer que, loc. conj.: do modo como, tal como.

Fortes

masc. e fem. pl. de forte
masc. pl. de forte

for·te
(latim fortis, forte)
adjectivo de dois géneros
adjetivo de dois géneros

1. Que tem força.

2. Rijo.

3. Robusto.

4. Que pode com muito peso.

5. Possante.

6. Que oferece resistência.

7. Consistente, sólido.

8. Intenso.

9. Violento.

10. Que tem um som alto e bastante audível (ex.: voz forte). = SONORO

11. Poderoso.

12. Animoso, varonil.

13. Bem defendido; fortificado.

14. Rico.

15. Carregado.

16. Alcoólico (ex.: bebida forte).

17. Substancioso.

18. Difícil de digerir.

19. Difícil de sofrer.

20. Conveniente.

nome masculino

21. Obra de fortificação defendida por artilharia.

22. Homem forte de ânimo.

23. Auge, pino; ocasião de maior força ou intensidade.

24. Coisa em que se sobressai.

25. Parceiro que, no voltarete, compra cartas em seguida ao feitio.

26. [Numismática] Antiga moeda de prata, do tempo de D. Dinis.

27. [Pintura] Parte onde as cores são mais escuras.

advérbio

28. Com força.

29. Com intensidade.


forte e feio
[Informal] Com muita intensidade (ex.: atacar forte e feio).


masc. e fem. pl. de forte
masc. pl. de forte

for·te
(latim fortis, forte)
adjectivo de dois géneros
adjetivo de dois géneros

1. Que tem força.

2. Rijo.

3. Robusto.

4. Que pode com muito peso.

5. Possante.

6. Que oferece resistência.

7. Consistente, sólido.

8. Intenso.

9. Violento.

10. Que tem um som alto e bastante audível (ex.: voz forte). = SONORO

11. Poderoso.

12. Animoso, varonil.

13. Bem defendido; fortificado.

14. Rico.

15. Carregado.

16. Alcoólico (ex.: bebida forte).

17. Substancioso.

18. Difícil de digerir.

19. Difícil de sofrer.

20. Conveniente.

nome masculino

21. Obra de fortificação defendida por artilharia.

22. Homem forte de ânimo.

23. Auge, pino; ocasião de maior força ou intensidade.

24. Coisa em que se sobressai.

25. Parceiro que, no voltarete, compra cartas em seguida ao feitio.

26. [Numismática] Antiga moeda de prata, do tempo de D. Dinis.

27. [Pintura] Parte onde as cores são mais escuras.

advérbio

28. Com força.

29. Com intensidade.


forte e feio
[Informal] Com muita intensidade (ex.: atacar forte e feio).


Guerra

substantivo feminino Luta armada entre nações ou entre partidos; conflito armado entre povos ou etnias diferentes, buscando impor algo pela força ou para proteger seus próprios interesses.
Combate armado; conflito: a manifestação terminou em guerra.
Qualquer luta sem armas: guerra ideológica, religiosa.
Conflito hostil: guerra entre escolas.
Luta declarada contra algo prejudicial: guerra à dengue.
expressão Guerra aberta. Hostilidade declarada, constante.
Guerra civil. Luta armada entre partidos da mesma nacionalidade.
Guerra fria. Hostilidade latente, que não eclodiu em conflito armado, nas relações internacionais, especialmente entre as grandes potências.
Guerra de nervos. Período de forte tensão entre indivíduos, nações ou partidos adversários.
Guerra química. Forma de guerra em que seriam empregados agentes químicos, biológicos ou radiológicos.
Guerra total. Guerra que abrange todas as atividades de um povo e visa a aniquilar o adversário.
Fazer guerra (a alguém). Opor-se constantemente a seus desígnios.
Homem de guerra. Perito na arte militar.
Nome de guerra. Pseudônimo pelo qual alguém é conhecido em determinados setores de sua atividade.
Guerra santa. Aquela levada a efeito em nome de razões religiosas.
Etimologia (origem da palavra guerra). Do germânico werra, “revolta, querela”.

substantivo feminino Luta armada entre nações ou entre partidos; conflito armado entre povos ou etnias diferentes, buscando impor algo pela força ou para proteger seus próprios interesses.
Combate armado; conflito: a manifestação terminou em guerra.
Qualquer luta sem armas: guerra ideológica, religiosa.
Conflito hostil: guerra entre escolas.
Luta declarada contra algo prejudicial: guerra à dengue.
expressão Guerra aberta. Hostilidade declarada, constante.
Guerra civil. Luta armada entre partidos da mesma nacionalidade.
Guerra fria. Hostilidade latente, que não eclodiu em conflito armado, nas relações internacionais, especialmente entre as grandes potências.
Guerra de nervos. Período de forte tensão entre indivíduos, nações ou partidos adversários.
Guerra química. Forma de guerra em que seriam empregados agentes químicos, biológicos ou radiológicos.
Guerra total. Guerra que abrange todas as atividades de um povo e visa a aniquilar o adversário.
Fazer guerra (a alguém). Opor-se constantemente a seus desígnios.
Homem de guerra. Perito na arte militar.
Nome de guerra. Pseudônimo pelo qual alguém é conhecido em determinados setores de sua atividade.
Guerra santa. Aquela levada a efeito em nome de razões religiosas.
Etimologia (origem da palavra guerra). Do germânico werra, “revolta, querela”.

A palavra "guerra", ensina a etimologia, procede do germânico werra (de onde virá igualmente o war inglês), cujo significado inicial não era o de conflito sangrento, mas algo mais na linha da discordância, que podia nascer de uma simples discussão verbal e chegar, no máximo, a um duelo.

As circunstâncias em que vivia o povo hebreu, levavam-no a freqüentes guerras, e pelas narrativas do A.T. se podem conhecer as condições sob as quais se pelejava nesses tempos. Antes de entrarem na luta, as nações pagãs consultavam os seus oráculos, adivinhos, necromantes, e também a sorte (1 Sm 28.3 a 10 – Ez 21:21). os hebreus, a quem eram proibidos atos deste gênero, costumavam, na primitiva parte da sua história, interrogar a Deus por meio de Urim e Tumim (Jz 1:1 – 20.27, 28 – 1 Sm 23.2 – 28.6 – 30.8). Também costumavam levar a arca para o campo (1 Sm 4.4 a 18 – 14.18). Depois do tempo de Davi, os reis que governavam na Palestina consultavam segundo a sua crença religiosa, ou segundo os seus sentimentos, os verdadeiros profetas, ou os falsos, com respeito ao resultado da guerra (1 Rs 22.6 a 13 – 2 Rs 19.2, etc.). Eram, também, oferecidos sacrifícios, e em virtude desses atos se dizia que os soldados se consagravam eles próprios à guerra (is 13:3Jr 6:4 – 51.27 – Jl 3:9 – ob 9). Há exemplos de formais declarações de guerra, e algumas vezes de prévias negociações (Jz 11:12-28 – 2 Rs 14.8 – 2 Cr 25,27) – mas isto nem sempre era observado (2 Sm 10.1 a 12). Quando o inimigo fazia uma incursão repentina, ou quando a guerra principiava inesperadamente, era dado ao povo o alarma por mensageiros mandados com rapidez a toda parte – e então soavam as trombetas de guerra, tremulavam os estandartes nos lugares mais altos, clamavam vozes reunidas sobre as montanhas, formando eco de cume para cume (Jz 3:27 – 6.34 – 7.22 – 19.29, 30 – 1 Sm 11.7,8 – is 5:26 – 13.2 – 18.3 – 30.17 – 62.10). As expedições militares começavam geralmente na primavera (2 Sm 11.1), e continuavam no verão, indo no inverno os soldados para os quartéis. Quanto aos exércitos romanos, permaneciam fumes e vigilantes em ordem de batalha, prontos a receber o golpe dos adversários: a esta prática pode haver alusões nas seguintes passagens: 1 Co 16.13 – Ef 6:14. os gregos, enquanto estavam ainda distantes do inimigo algumas centenas de metros, começavam o cântico de guerra: alguma coisa que a isto se assemelha, se vê em 2 Cr 20.21. Levantavam então vivas, o que também se fazia entre os hebreus (Js 6:5 – 1 Sm 17.52 – is 5:29-30 – 17.12 – Jr 4:19 – 25.30). o grito de guerra, em Jz 7:20, era ‘Espada pelo Senhor e por Gideão’. Nalguns exemplos soltavam clamores terríveis. A simples marcha dos exércitos com a suas armas, carros e atropeladoras corridas de cavalos, ocasionava uma confusão terrível, cujo barulho é comparado pelos profetas ao bramido do oceano e à queda de caudalosas correntes (is 9:5 – 17.12,13 – 28.2). os vitoriosos no combate ficavam extremamente excitados na sua alegria – as aclamações ressoavam de montanha para montanha (is 42:11 – 52.7, 8 – Jr 50:2Ez 7:1 – Na 1.15). o povo, guiado pelas mulheres, saía ao encontro dos conquistadores, com cânticos e danças (Jz 11:34-37 – 1 Sm 18.6, 7). Cânticos de vitória eram entoados em louvor aos vivos – e recitavam-se elegias pelos mortos (Êx 15:1-21Jz 5:1-31 – 2 Sm 1.17 a 27 – e 2 Cr 35.25). Levantavam-se monumentos em memória do triunfo obtido (1 Sm 7.12, e segundo alguns intérpretes, 2 Sm 8.13), e eram penduradas as armas do inimigo como troféus, no tabernáculo (1 Sm 31.10 – 2 Rs 11.10). os soldados merecedores de recompensas pelos seus feitos eram honrados com presentes, e proporcionava-se-lhes a ocasião de realizarem honrosos enlaces matrimoniais (Js 14 – 1 Sm 17.25 – 28.17 – 2 Sm 18.11).

[...] Ora, sendo a guerra uma contingência especial que tortura o indivíduo, causando-lhe desgostos sem conta, avanços e retrocessos freqüentes, gerando contrariedades, despertando paixões, pondo em comoção até as mais insignificantes fibras do coração, claro é que, como coisa natural, desse estado anormal há de o homem procurar libertar-se. Porque, se a guerra é o estado febril que determina o desassossego das criaturas; se é um acidente que se enquadra no plano da evolução dos seres, transitório, portanto, difícil não é compreender-se que o oposto dessa anormalidade fatigante e amarga, para os indivíduos e para os povos, tem que ser a paz.
Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6

[...] [As guerras são] grandes carmas coletivos, elas são sempre a resultante de atos e cometimentos passados, explicadas portanto como resgates do lorosos de povos e nações inteiras. [...]
Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 57

[...] A guerra é a forma que tais acontecimentos [bruscos abalos, rudes provações] muitas vezes revestem, para soerguer os Espíritos, oprimindo os corpos. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Joana d’Arc médium• Trad• de Guillon Ribeiro• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 2, cap• 13

[...] é a prova máxima da ferocidade e da vindita humana [...].
Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 3

As guerras, como todo tipo de violência humana, individual ou coletiva, não são resultantes da vontade de Deus, mas sim expressões do egoísmo e do orgulho imperantes nos mundos atrasados como o nosso.
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 16

A guerra é sempre o fruto venenoso da violência.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 49

A própria guerra, que exterminaria milhões de criaturas, não é senão ira venenosa de alguns homens que se alastra, por muito tempo, ameaçando o mundo inteiro.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Idéias e ilustrações• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 26

[...] a guerra será sempre o estado natural daqueles que perseveram na posição de indisciplina.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

[...] As guerras não constituem senão o desdobramento das ambições desmedidas. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 32

A guerra de ofensiva é um conjunto de idéias-perversidade, senhoreando milhares de consciências.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 20

[...] se a criatura deseja cooperar na obra do esclarecimento humano, recebe do plano espiritual um guarda vigilante – mais comumente chamado o guia, segundo a apreciação terrestre –, guarda esse, porém, que, diante da esfera extra-física, tem as funções de um zelador ou de um mordomo responsável pelas energias do medianeiro, sempre de posição evolutiva semelhante. Ambos passam a formar um circuito de forças, sob as vistas de Instrutores da Vida Maior, que os mobilizam a serviço da beneficência e da educação, em muitas circunstâncias com pleno desdobramento do corpo espiritual do médium, que passa a agir à feição de uma inteligência teleguiada.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Mecanismos da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 17


Guerra Atividade normal nos tempos do AT (2Sm 11:1). Os inimigos dos israelitas eram considerados inimigos de Deus (1Sm 30:26). Deus era representado como guerreiro, combatendo em favor de Israel (Ex 15:3); (Sl 24:8); (Is 42:13) ou usando a guerra para castigar Israel (Is 5:26-30); (Jr 5:15-17) e outras nações (Is 13; (Jr 46:1-10). Mas Isaías também profetizou uma era de paz (Is 2:1-5; 65:16-25). Nos tempos apostólicos, quando os romanos dominavam 1srael, a linguagem da guerra só aparece em METÁFORAS (Ef 6:11-17) e para descrever a batalha do fim dos tempos (Ap

Guerra O Antigo Testamento relata numerosas guerras das quais 1srael participou. Antes de entrar na guerra, os israelitas deviam consultar a Deus para conhecer sua vontade (Jz 20:23.27-28; 1Sm 14:37; 23,2; 1Rs 22:6) e pedir-lhe ajuda, caso a guerra fosse inevitável (1Sm 7:8-9; 13,12 etc.).

Contudo, no Antigo Testamento, vislumbra-se, em relação à guerra, uma atitude diferente da de outros povos contemporâneos. Para começar, existiam diversas razões normativas de isenção do serviço de armas (Dt 20:2-9). Também são criticadas as intenções de instrumentalizar Deus na guerra (1Sm
4) e uma pessoa da estatura de Davi é desqualificada para construir um templo para Deus, exatamente por ter sido um homem dedicado à guerra (1Cr 22:8). O desaparecimento da atividade guerreira é uma das características da era messiânica (Is 2:1ss e par.), cujo rei é descrito através de uma ótica pacifista (Zc 9:9ss.) e sofredora (13 53:12'>Is 52:13-53:12).

O judaísmo do Segundo Templo manifestou uma evidente pluralidade em relação à guerra. Junto com representantes pacifistas, os fariseus reuniram partidários da rebelião armada. Os saduceus opunham-se à guerra — mas não ao uso da violência — porque temiam que ela pudesse modificar o “status quo” que lhes era favorável (Jo 11:45-57). Os essênios abstinham-se da violência, mas esperavam uma era em que se juntariam à guerra de Deus contra os inimigos deste. Os zelotes — que não existiam na época de Jesus — manifestaram-se ardentes partidários da ação bélica contra Roma e contra os judeus, aos quais consideravam inimigos de sua cosmovisão.

O ensinamento de Jesus nega legitimidade a toda forma de violência (Mt 5:21-26; 5,38-48 etc.), até mesmo a empreendida em sua própria defesa (Jo 18:36) e refutou claramente o recurso à força (Mt 26:52ss.). Nesse sentido, as pretensões de certos autores para converter Jesus em um violento revolucionário exigem uma grande imaginação, porque nem as fontes cristãs nem as judaicas (certamente contrárias a ele e que poderiam aproveitar-se dessa circunstância para atacá-lo) nem as clássicas contêm o menor indício que justifique essa tese. De fato, como ressaltam alguns autores judeus, esta é uma das características originais do pensamento de Jesus e, na opinião deles, claramente irrealizável.

Assim fundamentado, não é de estranhar que os primeiros cristãos optaram por uma postura de não-violência e generalizada objeção de consciência, tanto mais porque consideravam todos os governos humanos controlados pelo diabo (Lc 4:1-8; 1Jo 5:19 etc.). Historicamente, essa atitude chegou até o início do séc. IV e se refletiu tanto no Novo Testamento como nos primeiros escritos disciplinares eclesiásticos, nas atas dos mártires (muitos deles executados por serem objetores de consciência) e nos estudos patrísticos.

Em relação à guerra, portanto, o cristão não pode apelar para o testemunho do Novo Testamento nem para a tradição cristã dos três primeiros séculos, somente para a elaboração posterior como a teoria da guerra justa de Agostinho de Hipona e outros.

W. Lasserre, o.c.; J. m. Hornus, It is not Lawful for me to Fight, Scottdale 1980; C. Vidal Manzanares, El judeocristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; Idem, Los esenios...; Idem, Diccionario de las tres...; J. Klausner, o. c.; G. Nuttal, o. c.; P. Beauchamp e D. Vasse, La violencia en la Biblia, Estella 1992.


Homens

masc. pl. de homem

ho·mem
(latim homo, -inis)
nome masculino

1. [Biologia] Mamífero primata, bípede, do género Homo, em particular da espécie Homo sapiens, que se caracteriza pela postura erecta, mãos preênseis, inteligência superior, capacidade de fala e que é considerado o tipo do género humano (ex.: o aparecimento do homem na Terra ocorreu há milhares de anos).

2. Humanidade; espécie humana (ex.: desastres ambientais causados pelo homem; a guerra é própria do homem). (Também se escreve com maiúscula inicial.)

3. Ser humano do sexo masculino ou do género masculino (ex.: só teve filhos homens; o homem pode produzir espermatozóides a partir da puberdade; homem transgénero).

5. Pessoa do sexo ou género masculino depois da adolescência (ex.: está um bonito homem). = HOMEM-FEITO

6. Pessoa do sexo ou género masculino casada com outra pessoa, em relação a esta (ex.: o homem divorciou-se da mulher). = CÔNJUGE, ESPOSO, MARIDO

7. Pessoa do sexo ou género masculino com quem se mantém uma relação sentimental e/ou sexual (ex.: conheci o meu homem na universidade e estamos juntos até hoje). = COMPANHEIRO, PARCEIRO

8. Conjunto das pessoas do sexo ou género masculino (ex.: estudo revela que o suicídio é mais violento no homem do que na mulher; que representações sociais se fazem do homem na publicidade?).

9. Pessoa que faz parte de uma equipa ao serviço de alguém ou de alguma instituição (ex.: os bombeiros têm cerca de 100 homens no terreno; prevê-se o envio de mais homens para controlar a situação na fronteira). (Mais usado no plural.)

adjectivo de dois géneros
adjetivo de dois géneros

10. Que tem qualidades ou atributos considerados tipicamente masculinos (ex.: ele é muito homem).


abominável homem das neves
Criatura lendária dos Himalaias, peluda e de formas humanas. = YETI

de homem para homem
Entre homens, com sinceridade e de modo directo (ex.: conversar de homem para homem; diálogo de homem para homem).

homem de armas
Figurado Aquele que é corajoso, destemido, que enfrenta com força e ânimo as adversidades (ex.: o avô era um homem de armas e desistir não era opção). = LUTADOR

Antigo Guerreiro, soldado (ex.: os besteiros e os homens de armas defenderam o castelo).

homem de Deus
Figurado O que é bondoso, piedoso.

[Informal, Figurado] Locução, usada geralmente de forma vocativa, para exprimir impaciência ou espanto (ex.: quem é que fez isso, homem de Deus?).

homem de Estado
[Política] Aquele que governa com competência, empenho e conhecimento dos assuntos políticos (ex.: o arquivo documenta a vida de um dos maiores homens de Estado). = ESTADISTA

homem de lei(s)
Aquele que é especialista em leis. = ADVOGADO, LEGISTA

homem de letras
Literato, escritor.

homem de mão
Pessoa que está a serviço de outrem, geralmente para executar tarefas ilegais ou duvidosas (ex.: a investigação descobriu vários homens de mão do banqueiro agora acusado).

homem de Neandertal
[Antropologia] Primata antropóide do paleolítico médio, que surgiu na Europa e na Ásia, caracterizado por grande volume cerebral. = NEANDERTAL

homem de negócios
Aquele que se dedica profissionalmente a actividades empresariais ou comerciais, gerindo o seu negócio ou o de outrem. = EMPRESÁRIO

homem de palha
[Depreciativo] Homem fraco ou sem préstimo, física ou moralmente.

homem de partido
[Política] Aquele que participa activamente na vida e nas decisões do grupo político a que pertence (ex.: militante desde jovem, é um homem de partido há várias décadas).

homem de pé
Peão.

homem público
Aquele que desempenha funções de interesse público, sobretudo na política ou na administração de um Estado ou de um país (ex.: fez carreira como homem público).

Plural: homens.

masc. pl. de homem

ho·mem
(latim homo, -inis)
nome masculino

1. [Biologia] Mamífero primata, bípede, do género Homo, em particular da espécie Homo sapiens, que se caracteriza pela postura erecta, mãos preênseis, inteligência superior, capacidade de fala e que é considerado o tipo do género humano (ex.: o aparecimento do homem na Terra ocorreu há milhares de anos).

2. Humanidade; espécie humana (ex.: desastres ambientais causados pelo homem; a guerra é própria do homem). (Também se escreve com maiúscula inicial.)

3. Ser humano do sexo masculino ou do género masculino (ex.: só teve filhos homens; o homem pode produzir espermatozóides a partir da puberdade; homem transgénero).

5. Pessoa do sexo ou género masculino depois da adolescência (ex.: está um bonito homem). = HOMEM-FEITO

6. Pessoa do sexo ou género masculino casada com outra pessoa, em relação a esta (ex.: o homem divorciou-se da mulher). = CÔNJUGE, ESPOSO, MARIDO

7. Pessoa do sexo ou género masculino com quem se mantém uma relação sentimental e/ou sexual (ex.: conheci o meu homem na universidade e estamos juntos até hoje). = COMPANHEIRO, PARCEIRO

8. Conjunto das pessoas do sexo ou género masculino (ex.: estudo revela que o suicídio é mais violento no homem do que na mulher; que representações sociais se fazem do homem na publicidade?).

9. Pessoa que faz parte de uma equipa ao serviço de alguém ou de alguma instituição (ex.: os bombeiros têm cerca de 100 homens no terreno; prevê-se o envio de mais homens para controlar a situação na fronteira). (Mais usado no plural.)

adjectivo de dois géneros
adjetivo de dois géneros

10. Que tem qualidades ou atributos considerados tipicamente masculinos (ex.: ele é muito homem).


abominável homem das neves
Criatura lendária dos Himalaias, peluda e de formas humanas. = YETI

de homem para homem
Entre homens, com sinceridade e de modo directo (ex.: conversar de homem para homem; diálogo de homem para homem).

homem de armas
Figurado Aquele que é corajoso, destemido, que enfrenta com força e ânimo as adversidades (ex.: o avô era um homem de armas e desistir não era opção). = LUTADOR

Antigo Guerreiro, soldado (ex.: os besteiros e os homens de armas defenderam o castelo).

homem de Deus
Figurado O que é bondoso, piedoso.

[Informal, Figurado] Locução, usada geralmente de forma vocativa, para exprimir impaciência ou espanto (ex.: quem é que fez isso, homem de Deus?).

homem de Estado
[Política] Aquele que governa com competência, empenho e conhecimento dos assuntos políticos (ex.: o arquivo documenta a vida de um dos maiores homens de Estado). = ESTADISTA

homem de lei(s)
Aquele que é especialista em leis. = ADVOGADO, LEGISTA

homem de letras
Literato, escritor.

homem de mão
Pessoa que está a serviço de outrem, geralmente para executar tarefas ilegais ou duvidosas (ex.: a investigação descobriu vários homens de mão do banqueiro agora acusado).

homem de Neandertal
[Antropologia] Primata antropóide do paleolítico médio, que surgiu na Europa e na Ásia, caracterizado por grande volume cerebral. = NEANDERTAL

homem de negócios
Aquele que se dedica profissionalmente a actividades empresariais ou comerciais, gerindo o seu negócio ou o de outrem. = EMPRESÁRIO

homem de palha
[Depreciativo] Homem fraco ou sem préstimo, física ou moralmente.

homem de partido
[Política] Aquele que participa activamente na vida e nas decisões do grupo político a que pertence (ex.: militante desde jovem, é um homem de partido há várias décadas).

homem de pé
Peão.

homem público
Aquele que desempenha funções de interesse público, sobretudo na política ou na administração de um Estado ou de um país (ex.: fez carreira como homem público).

Plural: homens.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Jeremias 48: 14 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Como direis: somos valentes e homens fortes para a guerra?
Jeremias 48: 14 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

H1368
gibbôwr
גִּבֹּור
forte, valente n m
(mighty men)
Adjetivo
H2428
chayil
חַיִל
força, poder, eficiência, fartura, exército
(their wealth)
Substantivo
H349
ʼêyk
אֵיךְ
como? interj
(and how)
Advérbio
H4421
milchâmâh
מִלְחָמָה
de / da guerra
(of war)
Substantivo
H559
ʼâmar
אָמַר
E disse
(And said)
Verbo
H582
ʼĕnôwsh
אֱנֹושׁ
homem, homem mortal, pessoa, humanidade
(to the man)
Substantivo
H587
ʼănachnûw
אֲנַחְנוּ
nós
(we)
Pronome


גִּבֹּור


(H1368)
gibbôwr (ghib-bore')

01368 גבור gibbowr ou (forma contrata) גבר gibbor

forma intensiva procedente de 1396; DITAT - 310b adj

  1. forte, valente n m
  2. homem forte, homem corajoso, homem valente

חַיִל


(H2428)
chayil (khah'-yil)

02428 חיל chayil

procedente de 2342; DITAT - 624a; n m

  1. força, poder, eficiência, fartura, exército
    1. força
    2. habilidade, eficiência
    3. fartura
    4. força, exército

אֵיךְ


(H349)
ʼêyk (ake)

0349 איך ’eyk também איכה ’eykah e איככה ’eykakah

forma alongada procedente de 335; DITAT - 75 adv interrog

  1. como? interj
  2. como! (em lamentação)
  3. expressão de satisfação

מִלְחָמָה


(H4421)
milchâmâh (mil-khaw-maw')

04421 מלחמה milchamah

procedente de 3898 (no sentido de luta); DITAT - 1104c; n f

  1. batalha, guerra

אָמַר


(H559)
ʼâmar (aw-mar')

0559 אמר ’amar

uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

  1. dizer, falar, proferir
    1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
    2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
    3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
    4. (Hifil) declarar, afirmar

אֱנֹושׁ


(H582)
ʼĕnôwsh (en-oshe')

0582 אנוש ’enowsh

procedente de 605; DITAT - 136a; n m

  1. homem, homem mortal, pessoa, humanidade
    1. referindo-se a um indivíduo
    2. homens (coletivo)
    3. homem, humanidade

אֲנַחְנוּ


(H587)
ʼănachnûw (an-akh'-noo)

0587 אנחנו ’anachnuw

aparentemente procedente de 595; DITAT - 128; pron pess

  1. nós (primeira pess. pl. - normalmente usada para ênfase)