Enciclopédia de Lamentações de Jeremias 3:21-21

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

lm 3: 21

Versão Versículo
ARA Quero trazer à memória o que me pode dar esperança.
ARC Disto me recordarei no meu coração; por isso tenho esperança. Hete.
TB Torno a trazer isso à mente; portanto, tenho esperança.
HSB זֹ֛את אָשִׁ֥יב אֶל־ לִבִּ֖י עַל־ כֵּ֥ן אוֹחִֽיל׃ ס
BKJ Isto eu recordo na minha mente, portanto eu tenho esperança.
LTT Disto me recordarei na minha mente; por isso esperarei.
BJ2 Eis o que recordarei a meu coração e por que eu espero:
VULG Hæc recolens in corde meo, ideo sperabo.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Lamentações de Jeremias 3:21

Salmos 77:7 Rejeitará o Senhor para sempre e não tornará a ser favorável?
Salmos 119:81 Desfaleceu a minha alma, esperando por tua salvação; mas confiei na tua palavra.
Salmos 130:7 Espere Israel no Senhor, porque no Senhor há misericórdia, e nele há abundante redenção,
Lamentações de Jeremias 3:24 A minha porção é o Senhor, diz a minha alma; portanto, esperarei nele. Tete.
Habacuque 2:3 Porque a visão é ainda para o tempo determinado, e até ao fim falará, e não mentirá; se tardar, espera-o, porque certamente virá, não tardará.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 3 do versículo 1 até o 66
SEÇÃO III

CANÇÃO DE UM PROFETA SOFREDOR

Lamentações 3:1-66

Esse poema se encaixaria perfeitamente em Jr 20 da profecia de Jeremias, ou, melhor ainda, se seguisse o episódio da cisterna do capítulo 38. Esse capítulo tem, na verdade, a mesma extensão dos capítulos 1:2, mas a construção é diferente. Nesse capítulo, os versículos têm somente um terço do tamanho dos versículos dos outros dois capítulos, mas há três vezes mais versículos. Em vez de somente a primeira linha de cada estrofe começar com uma letra subseqüente do alfabeto hebraico, como nos capítu-los 1:2, todas as três linhas de cada estrofe começam com a mesma letra. Assim, as linhas 1, 2 e 3 começam com Álefe, e as linhas 4, 5 e 6 começam com a letra Bete, etc. Diferentemente dos dois primeiros capítulos, cada linha é considerada um versículo, dessa forma, totalizando 66 versículos em vez dos habituais 22.

O poema é escrito do ponto de vista de um indivíduo, e todos os versículos estão na primeira pessoa do singular ("eu", "a mim", "meu"), exceto os versículos 40:47. Esse uso da primeira pessoa não impede o poema de ser usado como um lamento público, visto que o autor se identifica com a comunidade em sua aflição. A dificuldade deles é a dificul-dade do profeta, e a tristeza deles é a sua tristeza. "Ele está organicamente associado com eles e procura levá-los a uma mesma apreensão religiosa da aflição deles, para que possam compartilhar a sua fé".1

A. UM GRITO DE DESESPERO, 3:1-18

O poeta identifica-se como um indivíduo que experimentou em sua própria vida todo o sofrimento que a nação tinha experimentado: Eu sou o homem que viu a aflição (1). Evidentemente ele se julga um exemplo simbólico da nação. Como seu representante diante de Deus, ele tem levado as tristezas e o sofrimento deles. Ele tem sentido a vara do furor divino repetidas vezes. Em sua dor, lamenta que Deus transformou sua luz em trevas (2), semelhantemente às trevas dos que estavam mortos (6; no Sheol). Deus se voltou contra ele e o castiga de contínuo (3). A doença tem enfraquecido o seu corpo a ponto de estar prematuramente velho (4). Fel e trabalho (5; amargura e pesar) fazem parte da sua vida. Não há deleite na vida, e ele precisa lutar para sobreviver.

Circunvalou-me (7), i.e., Deus o colocou dentro de uma cerca e ele perdeu sua liberdade. Ele reclama por precisar carregar os pesados grilhões de um prisioneiro. Embora clame na sua angústia, não há resposta para o seu grito: ele exclui a minha oração (8). Pedras lavradas (firmemente fixadas) bloqueiam o seu caminho e o fazem andar por veredas tortuosas (9). Em qualquer direção que procura ir, encontra dificul-dades. Suas frustrações são quase insuportáveis. Como se isso já não fosse o suficiente, Deus assiduamente se volta contra ele. Como o urso ou o leão (10), Deus o espera em uma emboscada. Ele o persegue implacavelmente com seu arco e flecha (12), a ponto dos seus rins ("coração", NVI) estarem cheios de flechas da vingança de Deus (13).

Fui feito um objeto de escárnio (14), i.e., seu próprio povo zombava dele nas suas canções todo o dia. Ele não encontra descanso para mente ou corpo; seu coração fartou-se de amargura, e ele está embriagado pelo absinto (15; cf. Jr 23:25).2 Deus quebrou seus dentes com pedrinhas (16), i.e., deu a ele pedras em vez de pão. Co-briu-me de cinza significa que ele não passou por alguma dificuldade momentânea, mas, sim, pelas profundezas da desgraça e humilhação. A paz (17) foi tirada do profeta há muito tempo, e ele "esqueceu-se do que é ser feliz" (RSV).

Jeremias está nas profundezas do desespero. Ele clama: Já pereceu a minha for-ça, como também a minha esperança (18). Bloqueado em cada movimento, quebran-tado física e emocionalmente, dilacerado com inúmeras aflições, e sofrendo as dores dos condenados, a força se foi e a esperança o abandonou. Mas o limite do homem é a oportu-nidade de Deus. É precisamente nesse ponto que sua fé encontra uma base sólida.

B. UMA CONFISSÃO DE FÉ, 3:19-39

O profeta externou sua queixa diante do Senhor. Sua força se foi, seu coração está quebrado. Ele está exausto e desamparado. Toda tensão e conflito saíram dele. Ele con-segue desligar-se dos problemas. Humilde e quieto, ele espera diante de Deus. Na quie-tude vem a mudança. Ele começa a orar suavemente: "Lembra-te da minha aflição [...] Minha alma [...] se abate (se curva) dentro de mim (19-20). Discernimento e compreensão começam a tomar conta dele: Disso me recordarei (21) — ele começa a lembrar muitas coisas que havia esquecido durante sua aflição. Deus não despreza al-guém com um coração quebrantado e contrito (51 51,17) !

Certamente aqui está "Uma Mensagem de Fé e Esperança".


1) As misericórdias de Deus nunca cessarão; suas misericórdias não têm fim (22). Mesmo quando falhamos, Ele permanece fiel! Além do mais, suas misericórdias se renovam a cada manhã (23). A continuidade da misericórdia de Deus é uma prova da sua fidelidade,' por isso o profeta clama: Grande é a tua fidelidade' . Esses pensamen-tos provocam uma resposta sincera, e o profeta continua: A minha porção é o SENHOR (i.e., a soma total dos meus desejos) ; portanto, esperarei nele (24). Enquanto o profeta confessa sua fé em Deus, outras coisas tomam conta da sua mente.

  1. 0 caminho de Deus é o melhor caminho.
    a) Ele é favorável para a alma (25) que busca a sua orientação. b) Paciência e esperança (26) abrem os canais da salvação. c) Disciplina na mocidade (27) tornam a idade adulta segura e bem-sucedida.
  2. Bem-aventurado é o homem que suporta a tentação. a) Esse homem entregou-se completamente a Deus. b) Ele "pôs a boca no pó", em humilhação (29). c) Ele entregou os seus direitos e, semelhantemente a Jesus, ofereceu a sua face (30) aos que o queri-am ferir (Is 50:6; Mt 5:39) ; e quando foi afrontado e injuriado, ele não injuriou 1Co 4:12-1 Pe 2.23).
  3. O sofrimento tem um propósito moral.
    a) Deus testa seu povo, mas sua rejei-ção não é permanente. Ele não o rejeitará para sempre (31). b) Embora permita que venha o sofrimento, Ele ama demais a humanidade para abandoná-la ou permi-tir que seja provada além das suas forças (32). c) Ele não tem prazer nas aflições dos homens (33), mas permite que essas aflições ocorram para que algo melhor possa acontecer ao sofredor.
  4. Podemos estar plenamente certos de que Deus vê e desaprova todo mal. a) Ele é contra todo abuso e injustiça feita contra os desamparados (34). b) Qualquer perversão da justiça, quer por motivos religiosos ou políticos, contará com seu desagrado e casti-go (35-36).
  5. Lamentar sem razão das aflições é errado. Nada é feito sem a permissão de Deus. Ele permite que exista tanto o bem como o mal (38) nesse mundo. Como agente livre, o homem não precisa escolher o mal com sua punição resultante (39). Portanto, ele não deveria queixar-se acerca dos sofrimentos resultantes do seu pecado, mas deveria quei-xar-se dos seus pecados, que causam seu sofrimento.

C. UM APELO AO ARREPENDIMENTO, 3:40-47

Visto que a transgressão e rebelião da parte do povo redundaram em sofrimento e castigo, o profeta faz um apelo para que esquadrinhem (examinem) e provem seus caminhos (40; conduta). Ele insiste em que o mínimo que poderiam fazer seria ana-lisar a situação deles de maneira honesta. Em vez de culpar a Deus pelo sofrimento, deveriam averiguar o significado e propósito da dificuldade que veio sobre eles. O objetivo de tudo isso deveria servir para ajustar as contas entre eles e Deus, i.e., para voltarem-se novamente para o SENHOR. No hebraico, voltar ou "retornar" (shub) sig-nifica "arrepender-se".

Visto que a oração é a maneira mais apropriada de aproximar-se de Deus, Jeremias os admoesta a iniciar seu exame com um pedido sincero. Eles deveriam levantar o cora-ção juntamente com as mãos para Deus (41). A ênfase no coração indica que a verda-deira submissão deve ser acompanhada de atos exteriores de súplica, para que a oração seja genuína. No passado, eles haviam orado, mas seus corações não acompanharam suas mãos nesse exercício.

Nos versículos 42:47, o profeta fala as palavras que o povo precisa dizer. Aqui encon-tramos uma lamentação acerca do que a rebelião contra Deus acarretou para o povo.

Deve haver confissão de pecado: Nós prevaricamos e fomos rebeldes (42), e sua confissão deve ser acompanhada pela lamentação (pranto, pesar genuíno). Nesses versículos vemos "Os Resultados de Rejeitar a Deus".

  1. A rebelião corta as misericórdias de Deus; tu não perdoaste (42). De acordo com a sua natureza, Deus não podia perdoar até que ocorresse um arrependimento genuíno.
  2. A rebelião produz um castigo imediato e implacável: Mataste, não perdoaste (43). O pecado é um terrível bumerangue.
  3. A rebelião separa de Deus; uma nuvem fica entre o homem e Deus por causa da transgressão, de tal forma que a nossa oração não chega a Deus (44). Somente quando o povo se afasta da rebelião é que Deus poderá ouvir a oração (Sl 66:18).
  4. A rebelião traz humilhação e pesar: "Tu nos tornaste escória e refugo entre as nações" (45, NVI).
  5. A rebelião traz terror e confusão: Temor e cova vieram sobre nós (46-47). "O caminho dos transgressores é difícil" e o profeta roga para o povo produzir "frutos dignos de arrependimento" (Mt 3:8).

Os versículos 40:47 tratam do seguinte tema: "O que Fazer quando Vem a Condena-ção".

1) Admitir que estamos debaixo da condenação de Deus (42-47) ;

2) Examinar nossa vida de maneira honesta (
- 40a) ;

3) Voltar-nos ao Senhor (
- 40b) ;

4) Ser completamente sinceros em nossa oração (41) — A. F. Harper.

D. A DOR DA INTERCESSÃO, 3:48-54

Quando o profeta considera o que o pecado e a rebelião fizeram com seu povo, ele irrompe em uma oração de intercessão: Torrentes de água derramaram os meus olhos, por causa (em favor) [...] do meu povo (48). O tempo passa, mas ele não para de orar. Ele está determinado a continuar sua intercessão até que o SENHOR atente e veja desde os céus (50). Embora sua intercessão drene suas forças físicas, ele continua oran-do: "O meu olho (seu choro é o labutar da alma) lida severamente com a minha vida" (51, lit.). Em agonia de alma Jeremias enfrenta a morte física. Nesse momento, sua mente parece voltar-se à sua experiência na cisterna antes da queda de Jerusalém (Jr 38:6-13). O versículo 52 parece dizer que ele enfrentou a morte de uma forma semelhan-te naquela oportunidade. Sem motivo, seus inimigos o haviam caçado. Eles planejavam arrancar (53) a sua vida, ao lançá-lo na cova, e a cobriram com uma pedra. Ele afun-dou-se na lama, e as águas da morte (falando figurativamente) correram sobre sua cabeça. Em desespero ele gritou: Estou cortado (54), i.e., "a morte chegou". Essas palavras certamente foram escritas no estilo de Jeremias, cuja vida foi um martírio pro-longado. Elas foram colocadas aqui para que a oração do profeta possa se tornar uma oração de intercessão nos lábios do povo.

A passagem mostra "A Verdadeira Oração de Intercessão".

1) Quando intercedemos por uma pessoa é como se o pecado e a culpa dela fossem nossos.

2) A intercessão envolve um sentido de desespero (48-51) semelhante à da rainha Ester: "Perecendo, pereço" (Et 4:16).

3) Não pode haver intercessão sem sofrimento e humilhação.
4) A intercessão pode, na verdade, significar a morte do intercessor — pelo menos ele deve estar disposto a dar sua vida (Êx 32:32).

E. UMA CANÇÃO DE CONFIANÇA, 3:55-66

Quando o profeta olha para trás e lembra da sua experiência da cisterna e a compa-ra com o momento presente, sua fé começa a crescer. Ele logo irrompe em uma canção de confiança e esperança: Invoquei o teu nome, SENHOR [...] Ouviste a minha voz (55-56). Ele continua a cantar: Tu te aproximaste e disseste: Não temas (57). Ele agora traz todos os seus problemas, passados e presentes, diante do Senhor e clama: Pleiteas-te [...] remiste a minha vida (58). Viste (59-60). Ouviste (61). Tu [...] darás a recom-pensa (64). O hebraico da última parte do versículo 56 não é claro. Pode significar o seguinte: "Não feches os teus ouvidos aos meus suspiros e gritos" (Berkeley). Eu sou a sua canção (63) significa: "Eu sou o tema das suas canções de escárnio" (Berkeley).

Essa passagem expressa a confiança do poeta de que Deus vindicará seu povo, e, no tempo oportuno, sua justiça prevalecerá. Por isso, ele se regozija pela presença do Governante moral no universo que julgará a causa do pobre e necessitado. Ele olha adi-ante para o dia em que o povo de Deus será vingado dos seus inimigos: Perseguirás, e eles serão desfeitos debaixo dos céus do SENHOR (66). Naquele dia, o direito preva-lecerá sobre todo o mundo, e "a terra se encherá do conhecimento do SENHOR, como as águas cobrem o mar" (Is 11:9).

O tom refletido nos versículos 64:66 tem sido chamado de elemento "imprecatório" no Antigo Testamento. Esse aspecto é, às vezes, difícil de entender. As maldições que são invocadas sobre os inimigos parecem anticristãs e muito abaixo do padrão apregoado por Jesus em Mateus 5:43-48. No entanto, não podemos nos esquecer que é difícil distinguir entre as formas hebraicas: "Que isso aconteça" e "Isso acontecerá". Podemos estar certos de que pelo menos algumas das maldições são simples predições do que acontecerá como resultado da rebelião contra Deus (cf. CBB, Vol. III, "O Livro de Salmos", Int.).


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 3 do versículo 19 até o 40

A Esperança do Profeta (Lm 3:19-40)

Lm 3:19

Lembra-te da minha aflição e do meu pranto. Yahweh é aqui invocado para abandonar Sua indiferença, ouvir as orações do profeta e correr em seu auxilio. Quanto à indiferença divina, ver Sl 10:1; Sl 28:1; Sl 59:4; Sl 82:1; Sl 143:7. Embora em total desespero, o profeta levantou a voz a Yahweh, o qual podia ajudá-lo se assim desejasse. Este versículo contém tanto o fel (vs. Lm 3:4) como o absinto (vs. Lm 3:15), que foram usados para simbolizar a amarga condição do profeta. Se Yahweh lembrasse (notasse) sua condição, poderia usar Sua misericórdia para remediar a situação. A condição do profeta era paralela às condições do povo, incluindo tanto as aflições externas (vs. Lm 3:19. O ministério do Espirito Santo toma o lugar dos mandamentos da lei, mas a mesma moralidade é ensinada. Todavia, há uma espiritualidade mais profunda no Novo Testamento, em relação ao Antigo. Ver no Dicionário o artigo chamado Desenvolvimento Espiritual, Meios do.

“Os hábitos antigos, quando bons, são valiosos. Uma disciplina iniciada cedo é igualmente boa” (Adam Clarke, in loc., que passa a falar sobre a restrição saudável na juventude, que produz, mais tarde, um homem útil).

Semeai um ato, e colhereis um hábito,
Semeai um hábito, e colhereis um caráter.
Semeai um caráter, e colhereis um destino.
Semeai um destino, e colhereis... Deus.

(Prof. Huston Smith)
Jugo. Os mandamentos (Targum); a disciplina ou correção (Aben Ezra).
Lm 3:28

Assente-se solitário e fique em silêncio. Um homem disciplinado não exprimirá objeção nem causará confusão. Ele se sentará e ficará em silêncio, aprendendo o que deve do jugo que lhe foi imposto por Yahweh, que provê o ensino e a disciplina. Yahweh é o condicionador da alma, bem como o objeto do andar do homem bom. “Ele não luta contra o jugo, como um boi não acostumado ao jugo (ver Jr 31:18; At 9:5)” (Fausset, in loc.). “Ele se senta sozinho, Já aprendeu a lição necessária da independêncid' (Adam Ciarke, in loc). Esse homem não é alguém da multidão que segue as maneiras dos pecadores. Antes, vive separado deles, um homem espiritual que anda na luz.

Lm 3:29

Ponha a sua boca no pó. “Ele deve prostrar-se diante do Senhor com o rosto em terra. Talvez ainda haja esperança” (NCV). Este versículo fala da humildade que um homem deve ter para garantir as bênçãos de Deus. Ver o orgulho e a humildade contrastados, nas notas sobre Pv 11:2; Pv 13:10. Ver também Pv 6:17; Pv 15:25; Pv 16:5,Pv 16:18. O homem bom deve “prostrar-se perante o Senhor" (Targum). Esse é o homem que pode obter a esperança mesmo nas situações de desespero. Conforme o versículo com 42:6. “A imagem é a das prostrações dos súditos orientais diante de um rei. O rosto deles está no pó, pelo que não podem falar” (Eliicott, in loc). No pó há espaço para a esperança, que foge do homem orgulhoso. Ver no Dicionário o artigo chamado Esperança.

Por ocasião do cativeiro babiiônico, Judá conservou o rosto em terra e ali encontrou esperança de restauração. Mas a orgulhosa Judá não escapou da severa disciplina procedente da mão de Yahweh, que enviou o exército babiiônico para punir Seu povo por causa de seus muitos pecados.
Lm 3:30
Dê a face ao que o fere. O castigo divino veio mediante o imenso abuso dos babilônios, com sua matança e saques, mas veio porque o povo de Judá o merecia. “Foi mais difícil aceitar o castigo divino que veio através de agentes humanos" (Ellicott, in loc). Quanto a concordâncias verbais, ver Is 50:6 e Mt 5:39 confirma tal interpretação, visto que aqueles uma vez rejeitados (entregues às mãos dos babilônios para serem punidos) finalmente foram restaurados, depois de sofrerem com paciência e terem aprendido com a punição. Tudo isso fazia parte do sofrer o jugo do vs. Lm 3:27. Os vss. Lm 3:28 ss. descrevem o processo disciplinador e o aprendizado, e não a experiência de um inocente perseguido. O Senhor impôs merecida tristeza, mas depois mostrou compaixão (vs. Lm 3:32). Há uma aflição contra o justo que Yahweh não aprova (vss. Lm 3:34-36). Seu desígnio foi forçar o povo a voltar-se para o Senhor (Deu. 30:1-10)” (Charles H. Dyer, in loc).


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 3 do versículo 1 até o 66
*

3.1-66 Quando um indivíduo expressava a tristeza da comunidade, a esperança e o consolo eram sustentados pelo conhecimento do amor compassivo de Deus.

* 3:1

Eu sou o homem. Este capítulo é um acróstico com três versículos para cada letra do alfabeto hebraico. Quanto à possível identidade do autor com Jeremias, e à forma de poesia acróstica como um aspecto da poesia dos hebreus, ver a Introdução e mais abaixo. Quanto a retratos do próprio Senhor como aquele que tinha afligido o escritor, ver 19:21; Sl 88:7,15; Jr 15:17,18. Neste poema, um indivíduo exprime a tristeza de sua comunidade (vs. 22,40-47).

* 3:2

em trevas e não na luz. Contrastar com Is 9:2. As trevas são uma metáfora para a aflição experimentada como a ausência de Deus; a luz representa o contrário: salvação e bênção. O dia do Senhor é descrito nesses termos em Am 5:18.

* 3:4

a minha pele... os meus ossos. Essas são características de aflição física, talvez devidas à idade avançada ou à enfermidade (13:28; Is 38:13).

* 3:5

de veneno e de dor. Os efeitos emocionais e físicos da aflição andam de mãos dadas.

* 3:6

como os que estão mortos para sempre. As aflições e as enfermidades da vida diminuem a sua plenitude, culminando na morte. Em sua condição debilitada, o profeta considerava-se ter pouco mais de participação na vida do que se estivesse, realmente, morto. Na perspectiva dos vivos, os mortos nem ao menos existem, ou existiriam como sombras (Pv 2:18; 9:18 e notas). Quanto a outros quadros sobre a morte, no Antigo Testamento, ver 3:11-19; Sl 6:5; 115:17; Is 14:18,19. Contra esse pano-de-fundo, o Antigo Testamento mostra-se eloqüente em seu testemunho em prol da ressurreição além do sepulcro (19:25-27; Sl 16:9-11; 49:15; 73:24).

* 3:8

ele não admite a minha oração. Quanto a orações que não são ouvidas, ver Sl 10:1; 13:1 e 22.1,2.

* 3.10-12 urso... flecha. Alguns dos perigos que poderiam atingir realmente o viajante, são maneiras vívidas de exprimir terror e aflição.

* 3:14

objeto de escárnio. Ver Jr 20:7.

* 3:17

paz... bem. Essas condições, a súmula da bênção, estavam totalmente ausentes.

* 3:18

minha glória... no SENHOR. A expressão de desesperança atinge aqui o seu ponto culminante.

* 3:20

os recorda. A experiência do poeta é um símbolo das experiências do povo; ver a linguagem em 1.7.

* 3:21

Quero trazer à memória. As lembranças que antes desencorajavam, agora encorajam (Sl 77:3-9,10-15). A memória da dedicação de Deus a seu povo faz manar a esperança do desespero.

* 3.22-24 O ponto culminante do poema e do Livro é atingido aqui. A forma de lamentação tem pontos cruciais onde a experiência de rejeição por parte de Deus transforma-se, inesperadamente, em confiança, com base no conhecimento do caráter de Deus e em suas misericórdias passadas. Ver as confissões de confiança e esperança, em Sl 22.

* 3:22-23 Ver "Deus É Amor: A bondade e a Fidelidade Divinas", em Sl 136:1.

* 3:22

As misericórdias. Quanto à palavra hebraica (hesed), ver Sl 36:5, nota. A forma plural, usada aqui, relembra muitos atos, ou, talvez, as riquezas da misericórdia divina.

A dedicação de Deus à aliança está sempre ligada à sua compaixão, um termo que envolve uma profunda emoção. Não somos consumidos porque a compaixão de Deus não se esgota. A ira de Deus contra o seu povo termina porque a sua compaixão não pode terminar (4.22; Os 11:8).

* 3:23

cada manhã. O amor de Deus fará raiar a manhã da salvação (Sl 90:14; Ml 4:2; Lc 1:78).

fidelidade. A confiabilidade ilimitada de Deus, torna-o digno de fé (Hc 2:4).

* 3:24

A minha porção. Esta frase nos relembra as alocações territoriais às tribos de Israel. Os sacerdotes e os levitas, que não receberam porções sob a forma de terras, tinham o Senhor como sua porção (Nm 18:20; conforme Sl 73:26).

* 3:25

Bom é o Senhor... para a alma que o busca. Deus é sempre bom para com aqueles que o buscam, põem nele a sua esperança, e nele aguardam (conforme 13 28:9'>1Cr 28:9). O tríplice "bom" que aparece neste contexto (conforme vs. 26 e
27) enfoca a bondade de Deus.

* 3:27

na sua mocidade. Ao que tudo indica a referência é aos sofrimentos de Jeremias no começo e no meio de sua vida, talvez significando que ele seria aliviado em sua idade avançada. Talvez a comunidade, como se fosse um único indivíduo, deveria ter a esperança que o jugo seria retirado com o decorrer do tempo.

* 3.28-30

porquanto... farte-se da afronta. O profeta exortou os aflitos a suportarem o presente sofrimento, à luz das afirmações existentes nos próximos versículos.

Assente-se solitário. Conforme 1.1.

* 3:30

Dê a face ao que o fere. A humilhação sofrida por Israel serviu de prefiguração da humilhação de Cristo (Is 50:6; Mt 26:67).

* 3.31-33 Visto que Deus é cheio de compaixão, a presente experiência de sua ira tem que ser de breve duração (Sl 30:5; Is 54:7; Os 6:1). Uma vez mais, a compaixão é vinculada ao amor (no hebraico, hesed, 3,22) infalível de Deus. Deus não aflige os homens "de bom grado", isto é, "com alegria" e "de todo o seu coração", nem mesmo por ocasião do Juízo Final.

* 3.34-36 O que fica implícito nestes versículos é que Deus não pode aprovar tais coisas (8:3). Naturalmente, Deus tem aprovado essas mesmas coisas, visto que ele as tem feito acontecer. Esse era o problema de castigo e de aflição que o poeta enfrentava.

* 3:37-38 Tudo quanto acontece é pela palavra de Deus (Gn 1:3), tanto a calamidade quanto o bem (Am 3:6).

*

3:39 Visto que tudo acontece pela palavra do Senhor, nenhum homem vivo pode queixar-se quando Deus manda a calamidade como castigo contra o pecado.

Queixe-se cada um dos seus próprios pecados. O pecado dos indivíduos é uma parte importante da resposta do profeta ao problema da condenação e da aflição (por mais temível que seja o juízo divino, 2:20-22). A frase, no seu original hebraico, implica que o pecado e o conseqüente castigo pertencem, inescapavelmente, um ao outro.

* 3.40-47 Note o leitor que os que falam estão no plural, por toda esta seção.

* 3.40-42

Esquadrinhemos... Nós prevaricamos. Temos aqui uma chamada ao arrependimento, ao reconhecimento do pecado. O impulso para confessar os pecados parece ceder caminho imediato a uma lamentação renovada, após a declaração que diz: "Tu não nos perdoaste" (v.42). A confissão pode ter sido superficial ou hipócrita. Em ambos os casos as penalidades não foram suspensas.

* 3.43-45

Cobriste-nos de ira... no meio dos povos. Aqui o profeta faz uma paródia com as ações de Deus no êxodo. Naquela ocasião a ira de Deus ajudou a Israel; foram os inimigos dos israelitas que foram mortos sem piedade; e a nuvem era um sinal de favor divino. Israel era preciosa entre as nações, e não "cisco e refugo".

* 3.48-66 Aqui o discurso reverte novamente para o singular.

torrentes de águas. Há fortes ecos do livro de Jeremias, nesta íntima associação entre a tristeza do povo e a tristeza do poeta. É sugerida uma ligação entre os sofrimentos do povo e os sofrimentos do poeta.

* 3:49

Os meus olhos choram. Essas palavras refletem uma linguagem familiar de lamentação (Sl 6:6; 42:3; Jr 9:1; 18).

* 3:52

sem motivo são meus inimigos. Sl 35:19; Jo 15:25.

* 3:53

lançaram-me na cova. Sl 28:1; 88:6. A vida de Jeremias pode estar novamente em vista, nestes versículos (Jr 38:6).

* 3:55

cova... invoquei o teu nome. Ver Sl 16:10,11; 30:1; e a experiência de Jonas (Jn 2:2-7). O sofrimento de Cristo como o justo Servo do Senhor leva ao mais alto cumprimento esse tema recorrente dos profetas sofredores e seu livramento pelo Senhor.

* 3:56

Ouviste a minha voz. O ponto crucial da lamentação é atingido quando ao poeta se garante que o Senhor tinha ouvido a sua oração (Sl 6:8-10).

* 3:57

Não temas. Essa é uma exortação comum no Livro de Isaías (p.ex., Is 41:10; conforme Mc 6:50).

* 3.58-66

Esta seção adota o tema bíblico dos sofrimentos inocentes e vicários que atingiram o seu ponto culminante na morte de Cristo em favor daqueles que ele veio salvar.

* 3.58-60

a causa... remiste a minha vida... a minha causa. Em Jeremias 50:34, o Senhor é o Redentor de Judá e pleiteia pela causa dos seus habitantes. Aqui o Senhor pleiteia contra eles, porquanto se tinham voltado contra o seu profeta.

* 3.64-66

Tu lhes darás a paga. A nota de vingança se faz presente em Jr 12:1, tal como em Sl 77:6,7.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 3 do versículo 1 até o 66
3.1ss No momento mais sombrio do Jeremías, sua esperança se fortaleceu com esta segurança: Deus foi fiel e seguiria sendo-o. Jeremías viu o julgamento de Deus assim como seu amor inquebrável. No tempo do julgamento, a misericórdia de Deus seguiu sustentando ao Jeremías, assim como nos tempos de prosperidade profetizou sobre o julgamento de Deus.

3.1ss No hebreu original, os primeiros quatro capítulos do livro de Lamentações são poemas acrósticos. Cada versículo em todos os capítulos começa com cada uma das letras do alfabeto hebreu. O capítulo 3 tem 66 versículos em vez de 22 devido a que é um acróstico triplo: os primeiros três versículos começam com o equivalente da letra A, os três seguintes com a letra B e assim sucessivamente. Esta era uma forma típica da poesia hebréia. Outros exemplos de acrósticos são os Salmos 37:119-145, e Pv 31:10-31.

3.21, 22 Jeremías viu um raio de esperança em todo o pecado e a tristeza que o rodeava: "Pela misericórdia do Jeová não fomos consumidos, porque nunca decaíram suas misericórdias". Deus responde com agrado nos brindando ajuda quando a pedimos. Possivelmente haja algum pecado em sua vida que pensa que Deus não perdoará. O amor inquebrável de Deus e sua misericórdia são maiores que qualquer pecado e O promete nos perdoar.

3:23 Por experiência pessoal, Jeremías conhecia a fidelidade de Deus. Deus prometeu que o castigo seguiria à desobediência e aconteceu assim. Entretanto, O também prometeu restauração e bênções futuras e Jeremías sabia que Deus também cumpriria essa promessa. Acreditar na fidelidade de Deus dia detrás dia nos faz confiar em suas grandes promessas para o futuro.

3.27-33 "Levar o jugo" significa ficar sob a disciplina de Deus voluntariamente e aprender o que O nos quer ensinar. Isto envolve diversos fatores importantes: (1) meditação em silencio sobre o que Deus quer, (2) arrependimento humilde, (3) domínio próprio frente às adversidades, e (4) paciência confiada dependendo do Professor divino para que nos dê lições de amor para a vida. Deus tem diferentes lições tanto a curto como a longo prazo para você agora. Cumpre você sua tarefa?

3:30 "Dê a bochecha ao que lhe fere" significa submeter-se a abuso físico sem defender-se, sem devolver o mal. Jesus ensinou a seus seguidores a pôr a outra bochecha (Mt 5:39) e O foi exemplo disto ao mais alto nível antes de sua crucificação (Mt 27:27-31; Lc 22:64; Jo 18:22; Jo 19:3).

3.39-42 Os pais disciplinam a seus filhos para formar uma boa conduta. Deus disciplinou ao Israel para formar uma vida e uma adoração corretas. Não devemos nos queixar da disciplina a não ser aprender dela, confiando em Deus e estando dispostos a trocar. Devemos permitir que a correção de Deus faça surgir em nossa vida a classe de conduta que ao agrada.

3.52-57 Em um momento de seu ministério, ao Jeremías o lançaram a uma cisterna vazia e o deixaram ali para que morrera no lodo que havia no fundo (Jr_38:6-13). Mas Deus o resgatou. Jeremías utilizou esta experiência para ilustrar como a nação se afundava no pecado. Se se voltavam para Deus, O os resgataria.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 3 do versículo 1 até o 66

III. O indivíduo afetado (Lm 3:1 , e configuração do poema em um livro enfatizando o sofrimento da nação, são argumentos fortes que o formulário de pessoal é parte de um estilo que realmente fala da tristeza da nação. Keil argumenta: "Daí o sofrimento do indivíduo, que é descrito nos versículos


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 3 do versículo 1 até o 66
3:1-66 Este capítulo, com seu acróstica de três em três versículos, encontra-se em torno dos sofrimentos pessoais do escritor, que também fala como representante do povo.
3.1 Vara do furor. Aqui se tratam: da Babilônia. Numa época anterior, a Assíria era "o cetro da ira de Deus" (Is 10:5).

3.13 Coração. Lit.. "Rins", veja 1.20n. Flechas. Os filhos.

3.14 Canção. Zombaria, veja 3.63.

3.16 Pedrinhas. O único outro versículo com esta palavra é o Pv 20:17. Exprime a idéia de tudo quanto é indigerível e desagradável.

3.18 Glória. Esta palavra em heb quer dizer também "seiva", sem a qual a árvore não vive. O escritor sente desespero, aflição, pranto e abatimento.

3.21 Trazer à memória. Lit. "fará voltar ao coração".

3.22 Características de Deus:
1) Misericórdia (heb hesed);
2) Compaixão (aqui traduzido por "Misericórdia" pela segunda vez, mas é outra palavra, racham, que dá a idéia de carinho);
3) Fidelidade, v. 23;
4) Bondade, v. 35;
5) Salvação e o resultado, v. 26.

3:25-27 O que é bom?
1) Deus é bom para os que desejam conhecê-lo (25);
2) Uma fé singela que aguarda a salvação e o bem do homem (26);
3) Bom para o homem é a paciência desde a infância, 27.
3.29 Boca no pó. O modo oriental de se prostrar em submissão total (Mq 7:17; Sl 72:9). O reconhecimento da sua indignidade.

3.30 Dê a face. Os servos de Deus que assim sofreram foram Jeremias (16:10), e o Servo descrito em Is 50:6 que é uma profecia acerca do Senhor Jesus Cristo (Mt 5:39; Mt 27:30; Mc 15:19).

3:31-36 Consolação para o servo sofredor de Deus:
1) Deus

não o rejeitará para sempre (Is 54:8);
2) Deus usará de compaixão;
3) Deus não aflige de bom grado (Jr 32:41), mas é-lhe necessário repreender e castigar seus, filhos. (At 14:22). As injustiças praticadas por vários opressores:
1) Mau tratamento aos prisioneiros, v. 4;
2) Perversão dos direitos humanos, favorecendo os réus, v. 35; perante o Altíssimo quer dizer na presença de juízes com autoridade concedida pelo próprio Deus, Êx 21:6; Sl 82:1,Sl 82:6; Sl 3:0) Subversão no pleito, v. 36.

3.39 O homem não deve queixar-se, se ao menos ficar com vida de simples vivente, já que é pecador, o castigo é para o bem (He 12:6-58).

3:40-42 O verdadeiro arrependimento, se demonstra em voltar para o Senhor, v. 40, orar v. 41, e se confessar pecador, v. 42.
3:46-48 Aqui há uma interrupção da ardem acróstica do hebraico, já que a letra pê, aqui aparece antes da letra ayin, a qual, no alfabeto hebraico, deveria aparecer antes do pê.

3.48 Torrentes. O chora aqui é muito mais intenso do que em 1.16n. Comp. Jr 13:17 e Sl 119:136 e 59.15.

3.54 Águas. Símbolo de um perigo que cerca a pessoa de todas as direções, do qual esta não poderá fugir, pois que invade a tudo.

3.55 Orar a Deus do meio da angústia é o assunto do Si 1,50 e do segundo capítulo de Jonas.

3.58 O Senhor Deus torna-se advogado, para defender n pobre e aflito de injustiça. Também é advogado que defende o crente das conseqüências do seu pecado, quando este se converte e confessa sua malícia. Isto se faz pela obra de Jesus Cristo (1Jo 2:1). 3.63 Assentam... levantam. Durante suas atividades e durante sua hora de descanso; portanto, a toda hora (Sl 139:2; Is 37:28). Objeto da sua canção. Os adversários o ridicularizavam nas suas canções de escárnio (Jo 30:9; Sl 69:12).

3.65 Cegueira de coração. Cegueira espiritual total (conforme 2Co 3:15). O capítulo que acabamos de estudar é uma descrição do sofrimento do profeta que o escreveu; ele sofreu como representante do povo em geral. O que se segue descreve o sofrimento do povo em geral, incluindo-se todas as classes. O último capítulo é uma queixa feita a Deus pela cidade de Jerusalém. O capítulo 1 descreve a situação da cidade de Jerusalém; o segundo capítulo descreve a situação do santuário e da cidadela.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 3 do versículo 1 até o 66
III. TERCEIRO LAMENTO (3:1-66)

A identidade do sofredor (o Eu) nos v. 139 tem sido o foco de muitas discussões e conjecturas, e diversos indivíduos foram sugeridos, principalmente Jeremias, enquanto a idéia de um “Eu” coletivo em que Sião fala sob o disfarce de um indivíduo tem encontrado aceitação. Não está em discussão somente a identidade do sofredor, mas também a relação desse capítulo com o restante do livro. Ao ocupar o ponto central do livro, o terceiro cântico de lamento contém um cerne essencial de esperança de restauração na hora oportuna de Deus. Há uma simetria no livro que destaca esse capítulo, imprensado como está entre dois blocos de material com uma descrição predominante e vívida do desespero. Ao longo de todo o livro, o autor escolheu se expressar em formas tradicionais (v. Introdução), e o elemento mais adequado para continuar o gênero do lamento e ainda assim introduzir um aspecto essencial de esperança é o lamento pessoal com o seu tema freqüente da “certeza de ser ouvido”. Essa é uma característica de salmos de lamento pessoal em que o sujeito inevitavelmente chega à certeza de que o seu grito vai ser ouvido. A forma é muito comum, e.g., nos salmos, mas o autor a modificou, como, aliás, já modificou outras formas tradicionais, para se adaptarem ao seu propósito particular. Não se tem em mente nenhum indivíduo específico, nem é necessário um “Eu” coletivo, mas o tema da “certeza de ser ouvido” é introduzido pela forma literária e então aplicado ao “nós” dos v. 40ss.


1) O homem que viu a aflição (3:1-21)

Grande parte da linguagem usada para descrever o indivíduo aflito é semelhante aos “salmos de lamento”, aliás, o v. 6 é uma citação direta de Sl 143:3, com as duas primeiras palavras transpostas para o acróstico. Ao contrário dos salmos, no entanto, o sofredor desse capítulo está sob castigo executado pelo próprio Javé, daí a sua capacidade de transferir o quadro com a sua lição para a nação, v. 21. Todavia, lembro-me também do que pode me dar esperança representa uma síncope introduzida pelo autor. A estrutura rígida do acróstico tríplice dessa seção impôs uma tensão ao autor e ao leitor. Ela é atenuada pelo autor quando mostra que as divisões de pensamento e a forma literária com freqüência não coincidem. Hillers ressalta a freqüência com que ocorre essa “sincopalidade” no livro, e.g., em 3.3,6,12,18,42,48,60 e 2.8 etc. No presente versículo, o último pensamento da seção dos v. 19-21 (heb. zayiri) é sincopado e forma uma ponte com o que segue para introduzir o elemento da esperança.


2)    O tempo de esperar em Deus (3.22
39)

A emenda do TM para produzir a formulação da NTLH (“O amor do Senhor Deus não se acaba”) é suave e é sugerida pelo Tar-gum e a Peshita. A tensão de desespero em que essa seção é propositadamente colocada faz os sentimentos acerca da fidelidade de Deus se tornarem ainda mais fortes (esse é um artifício comum na poesia hebraica). Aliás, ela destaca-se como uma declaração comovente da certeza dos bons propósitos finais que Deus tem para com os homens (cf. Rm 8:28). A ira de Deus é a fase passageira, a sua misericórdia está sempre disponível. Mas ele é o Soberano Senhor que concede suas bênçãos no tempo determinado por ele. O castigo pode ter a intenção de educar, e isso funciona melhor para um homem enquanto é jovem (v. 27). De qualquer modo, não é do seu agrado (melhor: “não é seu propósito”) trazer aflição e tristeza aos filhos dos homens (v. 33). Javé não age de forma injusta com os homens para lhes negar os seus direitos, mas entre as suas preocupações está tratar dos justos e dos injustos, e por isso dele vêm tanto as desgraças como as bênçãos (v. 38). v. 29. A menção de um homem que é punido por seus pecados conduz à seqüência lógica seguinte.


3)    Um tempo para avaliação (3:40-54)
v. 40-48. A menção do pecado e castigo
no v. 39 é a base para a ligação entre o que aconteceu antes e a experiência de Judá, e assim começam as frases com a primeira pessoa do plural, “nós”. Se tudo o que aconteceu antes é verdade acerca de indivíduos, por que não seria então acerca de comunidades? Isso conduz a uma exortação ao sincero arrependimento — voltemos ao Senhor. Levantemos o coração e as mãos para Deus (v. 40,41) — e abre caminho para a oração comunitária de confissão que segue. v. 48. Temos aqui mais um exemplo da sincopalidade em que desaparece a oração comunitária e reaparece a individual para completar a forma literária do lamento individual nos versículos seguintes, v. 49-54. A forma de lamento individual é retomada em linguagem típica para conduzir à “certeza de ser ouvido” em que Deus vai responder ao indivíduo e assumir a sua causa.


4) Um Deus pronto para responder (3:55-66)
Agora que as experiências paralelas foram estabelecidas entre os citados pelos lamentos individuais e por Sião, o poeta está livre para concluir a forma e esperar que a nação siga o paralelo, até o ponto em que Javé vai certamente responder ao clamor dos penitentes, v. 59. Toma a teu cargo a minha causah introduz a idéia de Deus como um juiz preparado para castigar a parte culpada. Isso põe o poema em harmonia com o pedido de Sião de uma aplicação coerente do juízo de Deus, que ela sente que vai incluir os seus inimigos, uma característica já expressa no final do cap. 1.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 3 do versículo 1 até o 66

Lamentações 3

III. O Sofredor Representante da Sião Ferida. Lm 3:1-66.

Este capítulo é o ponto alto do livro. Aqui Jeremias desnuda o seu coração ao leitor, o que faz freqüentemente na sua profecia. Sua vida foi um longo martírio, no qual serviu de juiz e intercessor do povo empenhado em sua própria destruição. Nenhum profeta jamais argumento u com um povo de maneira mais apaixonada do que ele, convocando uma conversão nacional. Estes fatos estão claramente evidentes nestes sessenta e seis versículos do capítulo 3.


Moody - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 3 do versículo 19 até o 21

B. A Oração Tranqüilizadora do Servo. Lm 3:19-42.

19-21. Quero trazer à memória o que me pode dar esperança (v. Lm 3:21). O profeta, meditando em suas amargas aflições, percebe como elas rebaixaram a sua alma. Ele sabe que Deus se lembra dos humildes e aflitos e por isso tem esperanças. Os versículos 22:39 falam da certeza do poeta na bondade de Jeová e na sua resignação para com os Seus caminhos soberanos.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 3 do versículo 1 até o 21
III. TERCEIRA ODE Lm 3:1-66

a) O clamor dos aflitos (Lm 3:1-21)

Este capítulo, com seu acróstico de três em três versículos se concentra em torno dos sofrimentos pessoais do escritor, embora ele aqui fale, sem dúvida alguma, "como o representante típico do povo" (T. H. Gaster). Através de todas as suas agonias respira um espírito de quieta resignação e confiança especialmente na segunda seção (22-39). Trata-se de um produto terminado de arte literária, embora seja possível descobrir uma falta de coesão aqui ou acolá devido às exigências da moldura alfabética. Porém, em mais de uma maneira este poema não conduz ao coração mesmo do livro. Como uma previsão sobre a paixão de Cristo, tem afinidades com Is 53 e Sl 22.

Uma vez mais, numa série de sugestivas metáforas, os sofrimentos são atribuídos diretamente a Deus: Ele me levou (2), etc. Uma das mais notáveis figuras que aqui aparecem é a de Deus na qualidade de caçador, a lançar Suas flechas (12-13) contra a presa. Também ofereceu pedras em lugar de pão; o que explica os dentes partidos, no vers. 16. Porém, nos vers. 19-21, o caminho aparece como preparado para um quadro diferente e complementar sobre o Todo-poderoso.


Dicionário

Coração

substantivo masculino Órgão torácico, oco e muscular, que funciona como o motor central da circulação do sangue.
Figurado Parte anterior do peito em que se sente as pulsações cardíacas.
Objeto com a forma estilizada desse órgão: corrente um coração de prata.
Figurado Conjunto das faculdades emocionais; sede da afetividade; caráter, índole: tem um bom coração.
Figurado O que se traz na memória: trago seu nome gravado em meu coração.
Figurado Demonstração de afeição; amor: conquistaste meu coração.
Figurado Parte central de alguma coisa; objeto situado no centro: sua casa fica no coração da cidade.
expressão Coração duro. Coração de pedra; pessoa sem sentimentos.
Coração de leão. Grande coragem.
Coração mole. Predisposição para se comover ou se emocionar.
Coração de ouro. Generosidade, grande bondade.
Abrir o coração. Fazer confidências.
Cortar o coração. Causar grande dor ou constrangimento.
Com o coração nas mãos. Com toda a sinceridade.
De coração ou de todo o coração. Com o máximo de empenho; com toda a boa vontade; com toda a sinceridade.
Sem coração. Diz-se da pessoa insensível.
[Medicina] Coração de atleta. Hipertrofia do coração por excesso de exercício.
[Medicina] Coração artificial. Aparelho destinado a assegurar a circulação do sangue, quando necessário isolar do circuito sanguíneo do coração natural, para uma intervenção cirúrgica.
Etimologia (origem da palavra coração). Pelo espanhol corazón.

Do latim cor, cordis, que significa “coração” ou “órgão que bombeia o sangue para o corpo”.

os hebreus empregavam esta palavra no sentido de ser a sede de toda a vida mental – inteligência, vontade e emoção (Ez 13:2os 7:11Lc 8:15At 16:14).

[...] O coração, por exemplo, é o recanto por onde flui o calor suave e generoso das boas impressões que ele guarda acerca da vida e das esperanças por tempos melhores. É o espaço interior propício a que se realize sua capacidade de acolher em plenitude a lei do Amor e suas manifestações.
Referencia: ABRANCHES, Carlos Augusto• Vozes do Espírito• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O coração é o meu templo

[...] O coração é o terreno que mais deveremos cultivar, pois é dele que nascem as forças de nossa vida. [...]
Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

Espontaneidade do sentimento nos nossos atos, nas idéias e em sua expressão.
Referencia: DELANNE, Gabriel• O fenômeno espírita: testemunho dos sábios• Traduzido da 5a ed• francesa por Francisco Raymundo Ewerton Quadros• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mediunidades diversas

[...] o coração é mais do que a bomba que impulsiona o sangue por todo o organismo. Sendo o órgão fisiológico mais resistente que se conhece no ser pensante, porquanto começa a pulsar a partir do vigésimo quinto dia de vida do feto, continua em ação palpitando cem mil vezes diariamente, no que resultam quarenta milhões de vezes por ano, e quando cessa a vida se desorganiza, advindo a morte dos equipamentos orgânicos com a sua conseqüente degenerescência. A pouco e pouco, alguns cientistas dão-se conta de que ele é portador de uma energia vital, que o mantém e o impulsiona ininterruptamente. Essa energia seria permutável, podendo ser intercambiada com outros indivíduos que se beneficiariam ou não, conforme o teor de que se constitua, positiva ou negativa, cálida ou fria, estimuladora ou indiferente. Seguindo essa linha de raciocínio, estão concluindo que esse órgão é portador da faculdade de pensar, tornando afirmativa a tradicional voz do coração a que se referem poetas, escritores, artistas, amantes e... Jesus.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Cérebro e coração

Nosso coração é um templo que o Senhor edificou, a fim de habitar conosco para sempre.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18


Coração
1) Órgão que bombeia o sangue (Ex 28:29).

2) Em sentido figurado, o coração é a sede do intelecto (Gn 6:5), dos sentimentos (1Sm 1:8) e da vontade (Sl 119:2).

Coração Nos evangelhos, a palavra tem um conteúdo simbólico, servindo para designar os sentimentos (Jo 16:6.22), o íntimo da personalidade (Mt 15:8; Mc 7:6), a origem do pensamento (Mc 2:6.8; Lc 3:15) e do entendimento (Lc 24:25). Também em sentido figurado, afirma-se que o coração é o lugar das decisões morais (Mt 22:37; Mc 12:30; Lc 10:27) e, por isso, onde se opta pela fé e se acolhe Jesus (Lc 24:32) ou ainda onde acontece a incredulidade (Mc 6:52). Quem decidiu seguir Jesus tem um coração puro (Mt 5:8) e nele reina a paz (Jo 14:1.27).

Esperança

substantivo feminino Confiança de que algo bom acontecerá: esperança de se curar.
Crença de que um desejo se torne realidade: esperança de casar.
Figurado Algo ou alguém que é alvo de uma expectativa.
Tudo o que se relaciona com ilusório; utópico: esperança de ficar rico.
Religião Virtude que completa as três virtudes teologais: fé, caridade e esperança.
[Zoologia] Designação atribuída ao inseto cujas antenas são mais longas que seu corpo estreito, geralmente, encontrado em pastos e de coloração verde; esperança-da-cana; esperança-dos-pastos.
Etimologia (origem da palavra esperança). Esperar + ança.

confiança, fé. – Roq.compara as duas primeiras palavras do grupo deste modo: – Muito extensa é a esperança: espera-se tudo que é bom, favorável, grato; a última coisa que o homem perde é a esperança. Mas quantas vezes não passam de puras ilusões as mais lisonjeiras esperanças? Quando, porém, a esperança é bem fundada, firme e quase segura da realidade, chama-se confiança que vem da palavra latina fidutia, fidentia, confidentia, a que os nossos antigos chamavam fiuza. A esperança refere-se a sucessos ou fatos que hão de acontecer, ou que podem acontecer; a confiança, aos meios por que se hão de conseguir ou executar. Confio, ou tenho confiança nas minhas riquezas, por meio das quais espero ou tenho esperança de lograr o que desejo. O homem que tem grande confiança em Deus, e se ajuda de boas obras, espera por elas ganhar a salvação eterna. – É preciso distinguir as frases estar com esperanças, e estar de esperanças. A primeira significa – ter esperança de obter alguma coisa boa, agradável. Só está de esperanças a mulher grávida, que espera ter o seu bom sucesso. – Quando a confiança se funda em crença, em convicção, chama-se fé. A própria fé religiosa não é senão a confiança profunda que se tem numa grande verdade que se nos revelou, ou que nos é inspirada pelo poder de Deus. Temos fé no futuro, num amigo, no trabalho, na virtude, etc.

Irmã gêmea da fé, a esperança, também catalogada como uma das três virtudes teologais, é a faculdade que infunde coragem e impele à conquista do bem. [...] A esperança constitui o plenilúnio dos que sofrem a noite do abandono e da miséria, conseguindo que lobriguem o porvir ditoso, não obstante os intrincados obstáculos do presente. É o cicio caricioso na enxerga da enfermidade e a voz socorrista aos ouvidos da viuvez e da orfandade, consolo junto ao espírito combalido dos que jazem no olvido, exortando: Bom ânimo e coragem! [...] Amparo dos fracos, é a esperança a força dos fortes e a resistência dos heróis. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - cap• 15

Esperança é desafio / Sem igual, sem concorrente / Sobe os rios desta vida / Saltando contra a torrente.
Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - cap• 7

A esperança, irmã da aurora, / É chama de Sol eterno, / Que tanto brilha no inverno, / Quanto fulge no verão! [...]
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Canções do alvorecer• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Avante!

A esperança, aurora suave, é sempre o conforto de uma alma grande, que, em seu próximo raio, percebe nitidamente a realização mais ou menos longínqua das suas santas aspirações.
Referencia: SURIÑACH, José• Lídia• Memórias de uma alma• Romance real de Adriano de Mendoza• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - pt• 2, Miragens celestes

A esperança não é genuflexório de simples contemplação. É energia para as realizações elevadas que competem ao seu espírito.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Agenda cristã• Pelo Espírito André Luiz• 42a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29

Não suprimas a esperança / De uma alma triste ou ferida, / Que a esperança é a luz eterna / Nas grandes noites da vida.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A esperança fiel não nos fixa no coração através de simples contágio. É fruto de compreensão mais alta.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Agenda cristã• Pelo Espírito André Luiz• 42a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 43

A esperança é a filha dileta da fé. Ambas estão, uma para outra, como a luz reflexa dos planetas está para a luz central e positiva do Sol.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 257

A esperança é flor virente, / Alva estrela resplendente, / Que ilumina os corações, / Que conduz as criaturas / Às almejadas venturas / Entre célicos clarões.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Parnaso de Além-túmulo: poesias mediúnicas• Por diversos Espíritos• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Supremacia da caridade

A esperança é a luz do cristão. [...] a esperança é um dos cânticos sublimes do seu [de Jesus] Evangelho de Amor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 75

[...] esperança é ideal com serviço.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 33

A esperança é medicamento no coração.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 53

E E
Referencia:


Esperança Confiança no cumprimento de um desejo ou de uma expectativa. A segunda virtude mencionada em (1Co 13:13) se baseia na confiança em Deus (Rm 15:13). Cristo é a nossa esperança (1Tm 1:1); (Cl 1:27). O símbolo da esperança é a âncora (He 6:18-19).

Hete

substantivo masculino Oitava letra do alfabeto hebraico, equivalente ao nosso h.
Etimologia (origem da palavra hete). Do hebraico heth.

o tronco do povo heteu (Gn 10:15 -1 Cr 1.13). Foi o segundo filho de Canaã, e habitava ao sul da Terra Prometida. Hebrom no tempo de Abraão, era povoado pelos filhos de Hete (*veja Heteus.)

Hete [Terrível] -

1) Filho de CANAÃ 1, antepassado dos HETEUS (Gn 10:15)

2) V. ALFABETO HEBRAICO 8.

Recordar

verbo transitivo direto , bitransitivo e pronominal Fazer voltar à memória; lembrar, reviver: relembrar o passado; relembrar um assunto ao chefe; relembrou-se do prazo de entrega do relatório.
verbo transitivo direto Ter semelhança com outra coisa ou pessoa; fazer lembrar: suas expressões recordam um amigo meu.
Repassar matéria lecionada; rever, recapitular: recordar o assunto ensinado na aula anterior.
Etimologia (origem da palavra recordar). Do latim recordari.

Recordar é ressuscitar o passado. [...]
Referencia: GAMA, Zilda• Do calvário ao infinito• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - L• 7, cap• 3

A faculdade de recordar é o agente que nos premia ou nos pune, ante os acertos e os desacertos da rota.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Religião dos Espíritos: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 18a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Memória além-túmulo


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Lamentações de Jeremias 3: 21 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Disto me recordarei na minha mente; por isso esperarei.
Lamentações de Jeremias 3: 21 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

586 a.C.
H2063
zôʼth
זֹאת
Esse
(This)
Pronome
H3176
yâchal
יָחַל
aguardar, esperar
(And he stayed)
Verbo
H3651
kên
כֵּן
tão / assim
(so)
Adjetivo
H3820
lêb
לֵב
ser interior, mente, vontade, coração, inteligência
(of his heart)
Substantivo
H413
ʼêl
אֵל
até
(unto)
Prepostos
H5921
ʻal
עַל
sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
([was] on)
Prepostos
H7725
shûwb
שׁוּב
retornar, voltar
(you return)
Verbo


זֹאת


(H2063)
zôʼth (zothe')

02063 זאת zo’th

irregular de 2088; DITAT - 528; pron demons f / adv

  1. este, esta, isto, aqui, o qual, este...aquele, este um...aquele outro, tal
    1. (sozinho)
      1. este, esta, isto
      2. este...aquele, este um...aquele outro, uma outra, um outro
    2. (aposto ao subst)
      1. este, esta, isto
    3. (como predicado)
      1. este, esta, isto, tal
    4. (enclítico)
      1. então
      2. quem, a quem
      3. como agora, o que agora
      4. o que agora
      5. a partir de agora
      6. eis aqui
      7. bem agora
      8. agora, agora mesmo
    5. (poético)
      1. onde, qual, aqueles que
    6. (com prefixos)
      1. aqui neste (lugar), então
      2. baseado nestas condições, por este meio, com a condição que, por, através deste, por esta causa, desta maneira
      3. assim e assim
      4. como segue, tais como estes, de acordo com, com efeito, da mesma maneira, assim e assim
      5. daqui, portanto, por um lado...por outro lado
      6. por este motivo
      7. em vez disso, qual, donde, como

יָחַל


(H3176)
yâchal (yaw-chal')

03176 יחל yachal

uma raiz primitiva; DITAT - 859; v

  1. aguardar, esperar
    1. (Nifal) aguardar
    2. (Piel)
      1. aguardar, esperar, demorar
      2. aguardar por, esperar por
    3. (Hifil) aguardar, demorar, aguardar por, esperar por

כֵּן


(H3651)
kên (kane)

03651 כן ken

procedente de 3559; DITAT - 964a,964b adv

  1. assim, portanto, estão
    1. assim, então
    2. assim
    3. portanto
    4. assim...como (em conjunto com outro adv)
    5. então
    6. visto que (em expressão)
    7. (com prep)
      1. portanto, assim sendo (específico)
      2. até este ponto
      3. portanto, com base nisto (geral)
      4. depois
      5. neste caso adj
  2. reto, justo, honesto, verdadeiro, real
    1. reto, justo, honesto
    2. correto
    3. verdadeiro, autêntico
    4. verdade!, certo!, correto! (em confirmação)

לֵב


(H3820)
lêb (labe)

03820 לב leb

uma forma de 3824; DITAT - 1071a; n m

  1. ser interior, mente, vontade, coração, inteligência
    1. parte interior, meio
      1. meio (das coisas)
      2. coração (do homem)
      3. alma, coração (do homem)
      4. mente, conhecimento, razão, reflexão, memória
      5. inclinação, resolução, determinação (da vontade)
      6. consciência
      7. coração (referindo-se ao caráter moral)
      8. como lugar dos desejos
      9. como lugar das emoções e paixões
      10. como lugar da coragem

אֵל


(H413)
ʼêl (ale)

0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

partícula primitiva; DITAT - 91; prep

  1. para, em direção a, para a (de movimento)
  2. para dentro de (já atravessando o limite)
    1. no meio de
  3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
  4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
  5. em adição a, a
  6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
  7. de acordo com (regra ou padrão)
  8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
  9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

עַל


(H5921)
ʻal (al)

05921 על ̀al

via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

  1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
    1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
    2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
    3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
    4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
    5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
    6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
    7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
    8. para (como um dativo) conj
  2. por causa de, porque, enquanto não, embora

שׁוּב


(H7725)
shûwb (shoob)

07725 שוב shuwb

uma raiz primitiva; DITAT - 2340; v.

  1. retornar, voltar
    1. (Qal)
      1. voltar, retornar
        1. voltar
        2. retornar, chegar ou ir de volta
        3. retornar para, ir de volta, voltar
        4. referindo-se à morte
        5. referindo-se às relações humanas (fig.)
        6. referindo-se às relações espirituais (fig.)
          1. voltar as costas (para Deus), apostatar
          2. afastar-se (de Deus)
          3. voltar (para Deus), arrepender
          4. voltar-se (do mal)
        7. referindo-se a coisas inanimadas
        8. em repetição
    2. (Polel)
      1. trazer de volta
      2. restaurar, renovar, reparar (fig.)
      3. desencaminhar (sedutoramente)
      4. demonstrar afastamento, apostatar
    3. (Pual) restaurado (particípio)
    4. (Hifil) fazer retornar, trazer de volta
      1. trazer de volta, deixar retornar, pôr de volta, retornar, devolver, restaurar, permitir voltar, dar em pagamento
      2. trazer de volta, renovar, restaurar
      3. trazer de volta, relatar a, responder
      4. devolver, retribuir, pagar (como recompensa)
      5. voltar ou virar para trás, repelir, derrotar, repulsar, retardar, rejeitar, recusar
      6. virar (o rosto), voltar-se para
      7. voltar-se contra
      8. trazer de volta à memória
      9. demonstrar afastamento
      10. reverter, revogar
    5. (Hofal) ser devolvido, ser restaurado, ser trazido de volta
    6. (Pulal) trazido de volta