Enciclopédia de Daniel 4:28-28

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

dn 4: 28

Versão Versículo
ARA Todas estas coisas sobrevieram ao rei Nabucodonosor.
ARC Todas estas cousas vieram sobre o rei Nabucodonosor.
TB Tudo isso veio sobre o rei Nabucodonosor.
HSB כֹּ֣לָּא מְּטָ֔א עַל־ נְבוּכַדְנֶצַּ֖ר מַלְכָּֽא׃ פ
BKJ Tudo veio sobre o rei Nabucodonosor.
LTT Todas estas coisas vieram sobre o rei Nabucodonosor.
BJ2 Essas palavras estavam ainda na boca do rei, quando uma voz caiu do céu: "É a ti que se fala, ó rei Nabucodonosor! A realeza foi tirada de ti;

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Daniel 4:28

Números 23:19 Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa; porventura, diria ele e não o faria? Ou falaria e não o confirmaria?
Provérbios 10:24 O temor do ímpio virá sobre ele, mas o desejo dos justos Deus o cumprirá.
Zacarias 1:6 Contudo, as minhas palavras e os meus estatutos, que eu mandei pelos profetas, meus servos, não alcançaram a vossos pais? E eles tornaram e disseram: Assim como o Senhor dos Exércitos fez tenção de nos tratar, segundo os nossos caminhos e segundo as nossas obras, assim ele nos tratou.
Mateus 24:35 O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

JOSIAS E A ASCENSÃO DA BABILÔNIA

639-605 a.C.
JOSIAS
Josias (639. 609 .C.) foi coroado rei de Judá aos oito anos de idade. O escritor de Crônicas observa que, no oitavo ano de seu reinado (632 a.C.), Josias "começou a buscar o Deus de Davi, seu pai" (2Cr 34:3). Entre o décimo segundo e décimo oitavo ano (628-622 a.C.), Josias se dedicou a um programa de reforma radical. Despedaçou ou queimou objetos, altares e ídolos pagãos, erradicou os sacerdotes pagãos e'prostitutos cultuais, profanou os altos e remove elementos pagãos que haviam sido colocados no templo do Senhor. Seu programa abrangeu não apenas Jerusalém, mas também as cidades dos territórios de Manassés, Efraim e Simeão. A reforma chegou até ao território de Naftali que, em outros tempos, havia pertencido ao reino do norte, Israel, mas sobre o qual o rei de Judá pôde exercer influência devido ao enfraquecimento do poder da Assíria. Josias profanou o alto em Betel instituído por Jeroboão, filho de Nabate, ao queimar os ossos dos sacerdotes de deuses estrangeiros em seus altares pagãos.' No décimo oitavo ano do reinado de Josias, o sumo sacerdote Hilquias encontrou uma cópia do Livro da Lei no templo do Senhor? Não se sabe ao certo a natureza desse livro, mas ao ouvir a leitura de suas palavras, Josias rasgou as vestes e exclamou:
"Grande é o furor do Senhor que se acendeu contra nós, porquanto nossos pais não deram ouvidos às palavras deste livro" (2Rs 22:13). A fim de cumprir as prescrições do Livro da Lei, Josias aboliu os médiuns e feiticeiros, os ídolos do lar e todas as outras abominações vistas na terra de Judá e em Jerusalém.
O escritor de Reis afirma que nem mesmo a reforma ampla de Josias foi suficiente para evitar o julgamento iminente do Senhor e cita as palavras da profetisa Hulda: "Eis que trarei males sobre este lugar e sobre os seus moradores, a saber, todas as palavras do livro que leu o rei de Judá. Visto que me deixaram e queimaram incenso a outros deuses, para me provocarem à ira com todas as obras das suas mãos, o meu furor se acendeu contra este lugar e não se apagará" (2Rs 22:16-17). Para seu consolo, Josias recebeu a garantia de que não testemunharia a calamidade vindoura.


A MORTE DE JOSIAS
A queda da Assíria em 612 a.C.havia provocado um desequilíbrio no poder no Oriente Próximo, Preocupado com a força crescente da Babilônia, o faraó Neco (610-595 a.C.) enviou um exército à Síria para ajudar o que restava das forças assírias e conter os babilônios, afirmando ter recebido essa ordem de Deus. Josias não acreditou no discurso do rei egípcio e o confrontou em Megido, no norte de Israel, em 609 .C., onde morreu em combate. Sua morte prematura aturdiu a nação. Jeremias compôs lamentos' e, cento e trinta anos depois, o profeta Zacarias faria referência à morte de Josias como uma ocasião de grande pranto.

HABACUQUE
A morte de Josias interrompeu de forma brusca o programa de reformas em Judá. Deus parecia ter abandonado seu povo e reis subseqüentes não manifestaram nenhum desejo de seguir ao Senhor. Neco não ficou satisfeito com o governo de Jeoacaz, filho de Josias. Por isso, em Ribla, na Síria, ordenou que fosse substituído por seu irmão Jeoaquim (Eliaquim). Consternado com a destruição e violência ao seu redor, o profeta Habacuque clamou ao Senhor e recebeu uma resposta inesperada: "Vede entre as nações, olhai, maravilhai-vos e desvanecei, porque realizo, em vossos dias, obra tal, que vós não crereis, quando vos for contada. Pois eis que suscito os caldeus, nação amarga e impetuosa, que marcham pela largura da terra, para apoderar-se de moradas que não são suas. Eles são pavorosos e terríveis, e criam eles mesmos o seu direito e a sua dignidade. Os seus cavalos são mais ligeiros do que os leopardos, mais ferozes do que os lobos no anoitecer são os seus cavaleiros que se espalham por toda parte; sim, os seus cavaleiros chegam de longe, voam como águia que se precipita a devorar-lhes todos vêm para fazer violência. Habacuque 1:5-90

NABUCODONOSOR ASSUME O PODER
Avançado em anos, Nabopolassar, rei da Babilônia, colocou o exército sob o comando de seu filho e sucessor ao trono, Nabucodonosor. Em 605 a.C, Nabucodonosor derrotou o exército egípcio em Carquemis, junto ao rio Eufrates (próximo à atual fronteira entre a Turquia e a Síria).? Marchando para para o sul, Nabucodonosor invadiu Judá na tentativa de garantir a lealdade de Jeoaquim de Judá, o antigo vassalo e aliado de Neco.
Quando Jeoaquim estava prestes a se render, Nabucodonosor foi informado da morte de seu pai e voltou à Babilônia pelo caminho do deserto, levando consigo alguns objetos do templo do Senhor e vários jovens da família real e da nobreza de Judá. Quatro desses jovens se mostraram conselheiros valiosos para o novo rei: Daniel, Hananias, Misael e Azarias. Essa foi a primeira e menor de quatro deportações que acabariam resultando no exílio dos habitantes de Judá na Babilônia.

Vista da planicie de Jezreel (Esdraelom) do alto do monte de Megido
Vista da planicie de Jezreel (Esdraelom) do alto do monte de Megido
Neco luta contra Josias e Nabucodonasor Entre 609 e 605 a.C., Judá enfrentou ameaças de duas frentes: Neco, rei do Egito, matou Josias, rei de Judá, na batalha de Megido em 609 a.C; Nabucodonosor, príncipe da Babilônia, derrotou o Egito em Carquemis
Neco luta contra Josias e Nabucodonasor Entre 609 e 605 a.C., Judá enfrentou ameaças de duas frentes: Neco, rei do Egito, matou Josias, rei de Judá, na batalha de Megido em 609 a.C; Nabucodonosor, príncipe da Babilônia, derrotou o Egito em Carquemis
Uma reconstituição da porta de Ishtar, da Babilônia, representada em sua forma final, depois de ter sido revestida com tijolos vitrificados mostrando touros e dragões (sirrush).
Uma reconstituição da porta de Ishtar, da Babilônia, representada em sua forma final, depois de ter sido revestida com tijolos vitrificados mostrando touros e dragões (sirrush).

O EXÍLIO DE JUDÁ

604-582 a.C.
JEOAQUIM
A morte do rei Josias em 609 a.C. pôs fim à reforma religiosa em Judá e, durante o reinado de Jeoaquim, filho de Josias, as práticas pagas voltaram a se infiltrar no reino do sul. O profeta Jeremias repreendeu Jeoaquim por explorar o povo e construir um palácio luxuoso com os frutos dessa exploração.' É possível que o palácio em questão seja a construção encontrada em Ramat Rahel, apenas alguns quilômetros ao sul de Jerusalém. Além de ordenar o assassinato do profeta Urias por profetizar contra a cidade e a terra, Jeoaquim se opôs pessoalmente ao profeta Jeremias e queimou um rolo com palavras de Jeremias que leudi havia lido diante do rei.
Jeoaquim se tornou vassalo de Nabucodonosor em 604 a.C. (um ano depois da vitória deste último em Carquemis), mas, incentivado pelo Egito, se rebelou três anos depois. Nabucodonosor só tratou dessa rebelião em 598 a.C., quando ordenou que Jeoaquim fosse preso com cadeias de bronze e levado à Babilônia. Foi nessa ocasião que Jeoaquim morreu, aos 36 anos de idade, não se tendo certeza se ele morreu de causas naturais ou como resultado de uma conspiração. Jeremias profetizou que Jeoaquim não seria sepultado de forma honrosa; seria sepultado como se sepulta um jumento: arrastado e jogado para fora das portas de Jerusalém.

A SEGUNDA DEPORTACÃO
Jeoaquim foi sucedido por Joaquim, seu filho de dezoito anos de idade que reinou por apenas três meses e dez dias.4 Em 597 a.C, Nabucodonosor cercou Jerusalém e Joaquim se rendeu. "Nabucodonosor sitiou a cidade de Judá e, no segundo dia do mês de Adar (15/16 março), tomou a cidade e prendeu seu rei. Nomeou um rei do seu agrado para a cidade e trouxe consigo para a Babilônia um grande tributo" (Crônica Babilônica, Rev. 12-13). Na "segunda deportação", Nabucodonosor levou para a Babilônia o rei Joaquim e sua mãe, esposas, oficiais e governantes da terra, bem como toda a guarda constituída de setecentos homens valentes e mil artífices e ferreiros, num total de dez mil pessoas," entre as quais estava um jovem aprendiz de sacerdote chamado Ezequiel." Também levou consigo os tesouros do palácio real e objetos de ouro que Salomão havia feito para o templo do Senhor. Na Babilônia, Joaquim recebeu uma pensão da corte real. Seu nome (Ya'u-kinu) ocorre em tabletes babilânios datados de c. 595-570 a.C.nos quais se encontram registradas as rações fornecidas a ele e seus filhos: "Meio panu (c. 14 I) para Ya'u- kinu, rei da terra de Judá. Dois sila e meio (c. 2 I) para os cinco filhos do rei da terra de Judá. Vários anos mais tarde, depois da morte de Nabucodonosor em 562 a.C., seu filho e sucessor Amel-Marduque (Evil-Merodaque) libertou Joaquim da prisão e permitiu que comesse à mesa do rei para o resto da vida.

O CERCO A JERUSALÉM
O profeta Jeremias amaldiçoou Joaquim e declarou que nenhum de seus descendentes se assentaria no trono de Davi.& Nabucodonosor escolheu Matanias, tio de Joaquim, para ocupar o trono de Judá e mudou seu nome para Zedequias, convocando-o a apresentar-se diante dele na Babilônia em 593 a.C. para jurar lealdade. Porém, alguns anos depois, Zedequias deu ouvidos aos egípcios e se rebelou. A Babilônia reagiu com violência. Nabucodonosor e seu exército acamparam em torno de Jerusalém e levantaram tranqueiras ao seu redor: De acordo com II Reis 25:1, o cerco se iniciou aos dez dias do décimo mês (15 de janeiro) de 588 a.C. Uma invasão dos egípcios sob o comando do faraó Hofra (589-570a.C.) obrigou Nabucodonosor a levantar temporariamente o cerco a Jerusalém. Porém, conforme Jeremias havia predito, os babilônios voltaram. Jeremias defendeu a rendição e foi lançado numa cisterna, de onde foi transferido posteriormente para o pátio da guarda. A situação tensa é descrita em 22 cartas em óstracos encontrados na cidade de Laquis que fazia parte do reino de Judá. A linguagem usada nessas cartas é semelhante à de Jeremias. Em uma delas, o coman- dante de um posto avançado relata não poder mais ver os sinais (provavelmente feitos com fogo) que Azeca devia enviar: "Esteja o meu senhor informado de que continuamos aguardando os sinais de Laquis, conforme todos os sinais que o meu senhor me deu não conseguimos ver Azeca" (Carta de Laquis 4:10-12). Talvez Azeca já houvesse sido capturada pelos babilônios ou, mais provavelmente, as condições do tempo não permitiram a visualização dos sinais. Outra carta menciona um profeta anônimo como portador de uma mensagem. Até hoje, não foi possível determinar a identidade desse portador. No nono dia do quarto mês (18 de julho de 586 a.C.), a fome em Judá se tornou tão severa que o povo não tinha mais o que comer. O inimigo penetrou o muro da cidade e Zedequias e seu exército fugiram durante a noite, mas foram capturados nas campinas de Jericó. Zedequias foi levado a Ribla, na Síria, onde, depois de testemunhar a morte de seus filhos, foi cegado e deportado para a Babilônia preso em cadeias de bronze.

A TERCEIRA DEPORTAÇÃO
Um mês depois que os babilônios penetraram o muro de Jerusalém, no sétimo dia do quinto mês (14 de agosto de 586 a.C.), Nebuzaradà, comandante da guarda imperial, queimou o templo do Senhor, o palácio real e todas as casas de Jerusalém e derrubou seus muros. Nebuzaradà levou para o exílio o povo da cidade, os que passaram para o lado da Babilônia e o restante da população, deixando apenas o povo mais pobre da terra para cuidar das vinhas e campos. Nessa "terceira deportação" maior parte dos habitantes de Judá foi levada para a Babilônia. Outras calamidades, porém, ainda sobreviriam ao reino do sul.

A QUARTA DEPORTAÇÃO
Os babilônios nomearam Gedalias, um judeu de família nobre, para governar sobre Judá. Um selo com a inscrição pertencente a Gedalias, aquele que governa a casa", foi encontrado em Laquis. Mas, pouco tempo depois de sua nomeação, Gedalias foi assassinado por Ismael, um membro da família real. Vários dos judeus restates, incluindo Jeremias que havia sido liberto da prisão quando Jerusalém foi tomada, fugiram para o Egito, apesar da advertência profética de Jeremias para que permanecessem em Judá. Outro grupo de judeus foi exilado na Babilônia em 582 a.C. O Esta pode ser descrita como a "quarta deportação"

O TRAUMA DO EXÍLIO
Os judeus que sobreviveram à longa jornada para a Babilônia provavelmente foram colocados em assentamentos separados dos babilônios e receberam permissão de se dedicar à agricultura e trabalhar para sobreviver," mas o trauma do exílio é expressado claramente pelo salmista:

"As margens dos rios da Babilônia, nós nos assentávamos e chorávamos, lembrando-nos de Sião. Nos salgueiros que lá havia, pendurávamos as nossas harpas, pois aqueles que nos levaram cativos nos pediam canções, e os nossos opressores, que fôssemos alegres, dizendo: Entoai-nos algum dos cânticos de Sião. Como, porém, haveríamos de entoar o canto do SENHOR em terra estranha?"
Salmo 137:1-4
A deportação de Judá O mapa mostra os locais ligados às deportações do povo de Judá pelos babilônios em 597, 586 e 582 a.C.
A deportação de Judá O mapa mostra os locais ligados às deportações do povo de Judá pelos babilônios em 597, 586 e 582 a.C.
Carta de Laquis n° 2, um óstraco ou carta escrita num fragmento de cerâmica, para Yaosh, governador militar da cidade de Laquis, em Judá, 588 a.C
Carta de Laquis n° 2, um óstraco ou carta escrita num fragmento de cerâmica, para Yaosh, governador militar da cidade de Laquis, em Judá, 588 a.C
Balaustrada de uma janela do palácio de Ramat Rachel, próximo de Jerusalém; possivelmente, uma obra de Jeoaquim, rei de Judá (609-598 a.C.).
Balaustrada de uma janela do palácio de Ramat Rachel, próximo de Jerusalém; possivelmente, uma obra de Jeoaquim, rei de Judá (609-598 a.C.).

DANIEL E NABUCODONOSOR

605-562 a.C.
DANIEL E SEUS AMIGOS
Daniel e seus três amigos, Hanaias, Misael e Azarias, haviam sido deportados para a Babilônia em 605 .C. Assim que chegaram, tiveram de tomar a decisão de não se contaminar com a comida e o vinho do rei, provavelmente pelo fato desses alimentos e bebidas serem oferecidos a ídolos.' Nabucodonosor ficou impressionado com esses quatro novos membros de sua corte. Ao interrogá-los, descobriu que eram dez vezes melhores do que todos os magos e encantadores de seu reino em todas as questões de cultura e sabedoria. No segundo ano de seu reinado (604 a.C.), Nabucodonosor teve um sonho.- Talvez com o intuito de obter uma interpretação divinamente inspirada, o rei perturbado declarou que seus conselheiros teriam de lhe dizer, em primeiro lugar, qual havia sido o sonho e, em seguida, a interpretação. Com a ajuda de Deus, Daniel relatou a Nabucodonosor o sonho no qual o rei viu uma grande estátua dividida em quatro partes e deu uma interpretação referente a cinco reinos, dos quais o primeiro era a Babilônia.
De acordo com Daniel 3:1, Nabucodonosor ordenou a construção de uma estátua revestida de ouro no campo de Dura, talvez Duru-sha-karrabi, nos arredores da cidade da Babilônia. E possível que essa estátua com 27 m de altura incluísse um pedestal ou coluna. Nabucodonosor ordenou que todos se curvassem e adorassem a estátua, mas os três amigos de Daniel, conhecidos por seus nomes babilônicos Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, recusaram obedecer e foram lançados numa fornalha usada para assar tijolos. O Senhor os preservou miraculosamente: um quarto homem, "semelhante a um filho dos deuses como exclamou Nabucodonosor, permaneceu com eles na fornalha.

OUTRO SONHO
Daniel serviu na corte de Nabucodonosor com grande dedicação. O rei teve outro sonho, no qual viu uma grande árvore ser cortada, restando apenas seu toco e raízes.' Daniel interpretou o sonho como uma referência ao rei e o instou a deixar seus caminhos perversos, de modo que, das suas raízes, uma nova vida pudesse crescer. Nabucodonosor recusou dar ouvidos ao seu conselheiro e, doze meses depois, enquanto andava pelo terraço do seu palácio, o rei se gabou: "Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com o meu grandioso poder e para a glória da minha majestade" (Dn 4:30).

A BABILÔNIA DE NABUCODONOSOR
Com seus 1.012 hectares de extensão a Babilônia de Nabucodonosor era, sem dúvida, grande; era maior do que as cidades antigas de Alexandria, Antioquia e Constantinopla, porém menor do que Roma. O muro externo que cercava num perímetro de 27 km era largo suficiente para permitir o trânsito de carros em parte superior. Uma ponte foi construída sobre o Eufrates e a cidade se expandiu para a margem ocidental do rio. A ponte possuía plataformas de madeira que podiam ser recolhidas caso um inimigo atacasse. Das cerca de cem portas, a maior era a do norte, dedicada à deusashtar construída originalmente com tijolos esmaltados simples, com relevos de leões dragões e touros. Posteriormente, Nabucodonosor revestiu a porta toda com tijolos esmaltados de azul com esses mesmos despenhos. Dessa porta, estendia-se uma passagem de 920 m de comprimento que o rel percorria todos os anos na comemoração do akitu. o Festival do Ano Novo. A cidade também possuía templos grandiosos: O enorme zigurate de ttemenanku Esagila (templo de Marduque, deus oficial da babllona. sobre o qual ticavam tres estatuas gigantescas de outo. pesando quase 150 toneladas; e pelo menos outros 53 templos muitos deles com pinaculos revestidos de ouro ou prata, tulgurantes como o sol. O palácio de Nabucodonosor era uma construcao ampla na parte norte da cidade. Seu maior cômodo, a sala do trono, media 52 m por 17 m. Um imenso painel de tijolos esmaltados desse local se encontra hoje no Museu do Estado em Berlim. Acredita-se que os "jardins suspensos", uma das sete maravilhas do mundo antigo, ficavam ao norte do palácio, onde havia espaço de sobra para vanos terracos com arcos, arvores, arbustos e plantas floridas de todo tipo para lembrar Amytis, esposa de Nabucodonosor, das montanhas da Média (atual Irã), sua terra natal.

O ORGULHO DE NABUCODONOSOR
Acredita-se que toram necessários 164 milhões de tijolos só para construir o muro de proteção do lado norte da Babilônia. Em vários dos tijolos de sua grande cidade, Nabucodonosor mandou inscrever as seguintes palavras: "Eu sou Nabucodonosor, rei da Babilônia, que provê para Esagila e Ezida (dois templos), filho mais velho de Nabopolassar, rei da Babilônia". Porém, de acordo com o livro de Daniel, Senhor se cansou da arrogância do rei. Nabucodonosor foi expulso do meio do povo e condenado a pastar como um boi. Seu cabelo cresceu como as penas da água e suas unhas.como as garras de uma ave. A sanidade do rei foi restaurada somente depois de ele reconhecer que o domínio do Senhor era eterno e seu reino de geração em geração. Um tato significativo é a existência de pouquíssimas inscrições dos anos finais do reina-do de Nabucodonosor, sobre os quais não remos praticamente nenhuma informação. A loucura, portanto, poderia ser datada desses últimos anos. Daniel 4:32 específica sua duração como "sete tempos", talvez sete anos mas um período menos especifico também e possível e talvez preferível
Planta urbana da Babilônia
Planta urbana da Babilônia
Uma reconstituição da parte norte da cidade da Babilônia depois de ter sido reconstruida por Nabucodonosor. Pode-se ver claramente a Via Processional que levava à porta de Ishtar, o grande zigurate (Etemenanki); o palácio do norte
Uma reconstituição da parte norte da cidade da Babilônia depois de ter sido reconstruida por Nabucodonosor. Pode-se ver claramente a Via Processional que levava à porta de Ishtar, o grande zigurate (Etemenanki); o palácio do norte
Uma reconstituição da parte norte da cidade da Babilônia depois de ter sido reconstruida por Nabucodonosor.
Uma reconstituição da parte norte da cidade da Babilônia depois de ter sido reconstruida por Nabucodonosor.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Daniel Capítulo 4 do versículo 1 até o 37

C. O JULGAMENTO PESSOAL DE NABUCODONOSOR, Dn 4:1-37

  1. Atribuição de Louvor ao Deus Altíssimo (4:1-3)

O quarto capítulo de Daniel tem sido descrito como o documento governamental mais marcante dos tempos antigos. Iniciando com a inscrição Nabucodonosor, rei (1), esse documento falava com autoridade imperial a todos os povos, nações e línguas. Sem expressar vergonha ou apresentar desculpas, essa proclamação exaltava a Deus, o Altíssimo (2). Poucos líderes mundiais em qualquer época têm sobrepujado Nabucodonosor em dar glória a Deus ou em expressar de forma correta seu sublime caráter. Esse capítulo bem poderia ser chamado de "Teodicéia do Imperador" — uma vindicação sublime dos julgamentos de Deus e sua justiça.

Como são grandes os seus sinais,

como são poderosas as suas maravilhas!

O seu reino é um reino eterno;

o seu domínio dura de geração em geração (3, NVI).

  1. Um Sonho Perturbador (4:4-18)

Não há uma indicação clara acerca do período no reinado de Nabucodonosor em que essa experiência humilde e esclarecedora veio a ele. Keil sugere que ela ocorreu "no período final do seu reinado, depois de ter participado de muitas guerras para a funda-ção e estabelecimento do seu império mundial, mas também, após concluir a maior parte das suas construções esplêndidas".5

Não havia nada em seu ambiente que trouxesse profunda satisfação ao rei. Ele ha-via varrido o mundo com suas conquistas. Ele tinha sido altamente bem-sucedido como projetista e construtor, tanto na Babilônia como em todo seu vasto império. Agora, em casa, estava sossegado [...] e florescente no seu palácio (4). Mas sua paz e satisfação foram quebradas por um sonho que o perturbou profundamente. Como ele havia feito anteriormente em uma ocasião semelhante, convocou todos os sábios de Babilônia (6). Mas, apesar de toda sua sabedoria e ostentação eles não fizeram saber (7) o misté-rio ao rei. Não está inteiramente claro se Daniel foi chamado nessa primeira convocação.

Talvez ele tenha sido propositadamente excluído pelo rei até que a maioria dos sábios tivesse a oportunidade de provar o que eles eram capazes de fazer. Mas, por fim, en-trou na minha presença Daniel (8). Dele, o rei testificou: eu sei que há em ti o espírito dos deuses santos (9).

O rei tinha visto em seu sonho uma árvore (10) que crescia cada vez mais de maneira que a sua altura chegava até ao céu (11) e parecia cobrir toda a terra. Sua folhagem era tão formosa e o fruto tão abundante que provia alimento e sombra para todos (12) — homens, aves e animais do campo. Então, um ser celestial chamado de vigia, um santo (13) apareceu e quebrou o silêncio com uma ordem poderosa: Derribai a árvore, e cortai-lhe os ramos, e sacudi as suas folhas, e espalhai o seu fruto (14).

O mensageiro celestial continuou a mostrar detalhes específicos do sonho amedrontador, o qual soava como um presságio de julgamento. E, na verdade, era um julgamento, mas um julgamento temperado com misericórdia. Porque Nabucodonosor estava em rota de colisão, mas Deus seria fiel a ele.
Keil' sugere que é possível que na identificação do rei do decreto dos vigiadores (17) haja uma alusão à antiga teologia babilônica. Na hierarquia das deidades havia trinta deuses conselheiros servindo cinco grandes deuses planetários. Quinze deles eram encarregados pelo mundo superior e quinze pelo mundo inferior. A cada dez dias um mensageiro de cada conselho visitava o outro mundo e trazia uma palavra. Mas, inde-pendentemente da limitação teológica que Nabucodonosor tivesse tido, ele veio a conhe-cer um Deus superior, o Altíssimo, que tem domínio sobre os reinos dos homens.

3. A Interpretação de Daniel (Daniel 4:19-27)

Quando os filósofos e cientistas pagãos da corte desistiram de interpretar o sonho e estavam em completa confusão, Daniel foi introduzido e saudado pelo rei com deferência respeitosa, reveladora de sua alta estima por esse servo de Deus. Tu podes; pois há em ti o espírito dos deuses santos (18), disse o rei. Mas Daniel, quando ouviu o sonho, foi dominado por um grande espanto e ficou sem falar durante uma hora. Então, encorajado pelo rei, ele expressou o motivo do seu espanto: Senhor meu, o sonho seja contra os que te têm ódio, e a sua interpretação, para os teus inimigos (19).

A enorme árvore era, na verdade, o próprio rei. Seu crescimento e força estupenda apresentavam um quadro exato do seu grande poder. A tua grandeza cresceu e che-gou até ao céu, e o teu domínio, até à extremidade da terra (22). Mas o resultado trágico era que essa grandeza estava com os dias contados. O rei, conhecido em toda a terra pela sua capacidade, perderia a razão e se arrastaria pelo chão como um animal do campo. Ele, que era honrado como o maior entre os seres humanos, perderia sua condi-ção de humano e se tornaria como um boi que se alimenta de ervas. Até que passem sobre ele sete tempos (23) indicava sete anos de insanidade para o rei.

Mas no meio desse presságio chocante de julgamento, que para o rei deve ter soado mais terrível do que a morte, veio a garantia da infinita fidelidade e misericór-dia de Deus. Embora a árvore fosse cortada, o tronco (23; "toco", NVI) foi deixado para reviver e crescer novamente. Além disso, ele foi cercado de cadeias de ferro e de bronze, um símbolo da firmeza e constância da promessa de Deus de sobrevivên-cia e restauração. No final da sua interpretação, Daniel estava parado diante do rei rogando para que ele se arrependesse dos seus pecados de injustiça e opressão, a fim de que Deus prolongasse a sua tranqüilidade (27).

  1. Cumprimento e Destronização (Dn 4:28-33)

A falha de Nabucodonosor em prestar atenção e voltar-se para Deus por meio de um arrependimento genuíno é um reflexo ilustrativo da fraqueza e perversidade humanas. Doze meses (29) se passaram e a visão apavorante desvaneceu-se. Talvez a visão não viesse a se tornar realidade.

Certo dia, em um momento de glorificação própria, o rei começou a se exultar pelas suas grandes realizações. Enquanto caminhava pelo "terraço do palácio real" (NVI), de-baixo dos seus pés estava o edificio mais esplêndido que a Babilônia já tinha visto, ador-nado em ouro com ladrilhos lustrosos de cores brilhantes. Próximo do palácio ficava a montanha artificial e os mágicos jardins suspensos construídos para a sua rainha das montanhas da Média. Esta era a grande Babilônia (30). De uma pequena cidade de um lado do rio Eufrates o rei havia dobrado sua área para os dois lados do rio. Ele a havia enchido com novas construções e templos com uma arquitetura distinta. Ele a havia cercado com muros conhecidos pela sua altura e largura. Parelhas de carruagens podiam correr lado a lado sobre esses muros. Cerca de 210 quilômetros desses muros cercavam a cidade. Cem aberturas, com portões de bronze, controlavam o acesso à cida-de. Do lado de fora dos muros ficava um reservatório de cerca de 220 quilômetros de circunferência, conservando e controlando as águas do Eufrates. Canais para navegação e irrigação cobriam toda a área. Diques e represas alinhavam o Eufrates até o mar, e diversos quebra-mares tornavam o Golfo Pérsico seguro para a navegação.

Com esse tipo de visão enchendo a sua mente, podemos imaginar a soberba do rei. Aquele que já tinha tudo glorificou-se a si mesmo: Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei

para glória da minha magnificência? (30). Inflado de amor-próprio, a ponto de explodir, ele ruiu em um abismo de trevas espirituais e mentais.

O interlúdio de insanidade de Nabucodonosor aqui relatado não é conhecido em nenhuma outra fonte, como bem podemos entender. Qualquer referência a esse fato nas fontes babilônicas seria cuidadosamente apagada depois que o rei recuperou a sua sani-dade e posição. O orgulho extremo do monarca foi castigado por meio de um julgamento fulminante e humilhante A forma específica de demência que atingiu o rei Nabucodonosor é conhecida como licantropia.

  1. Restauração (Dn 4:34-37)

Esse capítulo encerra de maneira apropriada a narração do rei acerca da sua recu-peração e sua declaração de louvor ao Deus Altíssimo. Como Deus havia prometido, seu reino foi preservado. Seu ministério de conselheiros, do qual Daniel provavelmente fazia parte, administrou o reino durante os "sete tempos" (32) da incapacidade do rei. Se esses sete tempos representavam sete anos, como a maioria dos comentaristas interpreta, isso mostra algo da consideração e estima que os subordinados do rei tinham por ele, bem como a providência fiel de Deus em inclinar os seus corações nesse sentido.

Talvez alguns se perguntem: Por que Deus permitiu a restauração? Ou, então: Por que Deus garantiu essa restauração a um autocrata tão egocêntrico como Nabucodonosor? Não foi para que Deus pudesse revelar a sua glória por meio desse homem?

Deus tinha planejado essa experiência como uma disciplina especial de aprendizado para Nabucodonosor. Seu propósito especial era, nas palavras de Daniel: até que co-nheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens e o dá a quem quer (25). E nós lemos que a recuperação ocorreu quando eu, Nabucodonosor, levan-tei os meus olhos ao céu (34).

O rei tinha aprendido bem a sua lição. Tudo que sabia acerca de Deus até então, muito ou pouco, ele agora expressa por meio de um louvor profundo. A natureza do Deus Altíssimo distingue-se em claro contraste ao paganismo e superstição daqueles dias. Nesse texto vemos revelados:
1) A eternidade de Deus — ao que vive para sempre (34).

2) Sua soberania — cujo domínio é um domínio sempiterno, e cujo reino é de geração em geração.
3) Sua onipresença — segundo a sua vontade, ele opera com

  1. exército do céu e os moradores da terra (35).

    4) Sua onipotência — não há quem possa estorvar a sua mão e lhe diga: Que fazes?.
    5) Sua justiça — "Porque tudo o que ele faz é certo, e todos os seus caminhos são justos" (37, NVI).

Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Daniel Capítulo 4 do versículo 28 até o 30

Epílogo: O Cumprimento da Visão (Dn 4:28-37)

Dn 4:28
Todas
estas cousas sobrevieram ao rei Nabucodonosor. Ao que tudo indica, Nabucodonosor não foi sábio o bastante para aproveitar seu período de graça e endireitar a sua vida e substituir seus pecados por atos de bondade. Ele perdeu a oportunidade, pelo que o decreto de julgamento teve de ser implementado.

Tudo quanto fora predito aconteceu, em seus mais minúsculos detalhes. “A interpretação de Daniel foi logo esquecida, e suas exortações foram ignoradas. Nabucodonosor continuou em seu orgulho pecaminoso. O rei não se arrependeu, conforme ihe ordenara o profeta. Continuou dominado pelo egoísmo” (J. Dwight Pentecost, in loc.).

Dn 4:29,Dn 4:30
Ao cabo de doze meses.
Talvez esses doze meses (um ano) tenham sido mencionados por formarem o período de graça concedido ao rei para limpar sua vida, alterar suas atitudes e substituir a opressão por atos de bondade. Mas agora vemos Nabucodonosor a andar sobre o eirado plano do palácio real (literalmente, o palácio do reino), com o nariz empinado e o peito estufado, como se fosse um galo insensato. Ele caminhava solenemente e falava sobre quão grande era a Babilônia e como ele tinha construído seu magnífico palácio. A arqueologia encontrou inscrições de Nabucodonosor que são similares às jactâncias citadas neste versículo. Talvez o autor, ao escrever este versículo, estivesse imitando tal coisa. Expedições militares e matanças tinham feito a Babilônia ser o que ela era, e Nabucodonosor usara todo esse dinheiro para embelezar a cidade e o império. Tudo fora feito por seu “grandioso poder” (no hebraico, hisni) que pode ser traduzido “riqueza”).

A grande Babilônia. Até mesmo segundo os padrões modernos, a antiga cidade de Babilônia era uma cidade grandiosa. Era a Nova Iorque do antigo Oriente Próximo e Médio. Tinha uma área de 520 km2e era cercada por muralhas com 26 m de espessura e 102 m de altura. Nas entradas, portões de bronze conduziam a vários terraços que davam frente para o rio Eufrates. Dentro das muralhas havia cidades satélites menores, espacejadas por jardins e plantações que emprestavam beleza estética ao lugar. Havia nada menos que oito templos, e muitos edifícios públicos impressionantes. Quanto a detalhes, ver o artigo do Dicionário chamado Babilônia.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Daniel Capítulo 4 do versículo 1 até o 37
*

4:1

O rei Nabucodonosor. Esse incidente final, no livro de Daniel, associado com Nabucodonosor deve ser colocado perto do fim do seu reinado de quarenta e três anos, quando seus projetos de construção estavam terminados e o seu poder estava no auge (conforme vs. 4, 30). Ele representa o mais poderoso reino da terra (vs. 10-12, nota) em oposição ao governo do Deus Altíssimo. Os registros babilônicos de longos períodos de ausência e de atos blasfemos por parte do rei Nabonido (governou entre 556 e 539 a.C.; 5.1, nota) assemelha-se, de algumas maneiras, à narrativa de Daniel sobre Nabucodonosor. Uma outra composição escrita, chamada "Oração de Nabonido", foi descoberta entre os Papiros do Mar Morto, (documentos escondidos antes do ano 70 d.C. por uma comunidade judaica em Qumran e encontrados em 1947). Essa "oração" também é semelhante àquilo que Daniel disse sobre Nabucodonosor. Nabonido foi separado da sociedade por um período de sete anos, tendo sido restaurado com a ajuda de um exilado judeu após a confissão de seus pecados. Entretanto, a sua aflição é descrita como uma forma de enfermidade da pele, e não como um distúrbio mental.

*

4:2

Deus, o Altíssimo. Ver notas em 2.47; 3.26.

*

4:3

Quão grandes. A confissão de Nabucodonosor, neste versículo e nos vs. 34 e 35 comunica o tema central do livro de Daniel, a saber, a absoluta soberania do Deus de Israel.

*

4:6-7

Ver notas em 1.20 e 2.2.

*

4:8

Beltessazar. Ver nota em 1.7.

o espírito dos deuses. O Espírito Santo era o autor imediato do extraordinário poder de Daniel para conhecer e interpretar segredos (2.19, nota). As palavras de Nabucodonosor concordam com isso, embora ele pudesse estar pensando em um outro deus conhecido por ele, e não no Deus de Daniel.

*

4.10-12

Uma árvore. Ver Ez 31 quanto a uma extensa descrição da Assíria que usa a figura de uma árvore. Um simbolismo imaginário é usado tanto com relação a indivíduos justos quanto indivíduos ímpios, e também sobre nações (Sl 1:3; 37:35; 52:8; 92:12; Jr 11:16,17 e 17.8).

*

4:11

a sua altura chegava até ao céu. A palavra "céus" é um vocábulo chave neste capítulo. Embora o reino de Nabucodonosor chegasse em sua altura, da terra ao céu, os céus condenavam o seu orgulho, relembrando-lhe que sua autoridade e até sua sanidade mental eram dádivas de Deus.

*

4:13

vigilante. Um nome usado somente aqui no Antigo Testamento para indicar um anjo.

*

4:16

e lhe seja dado coração de animal. O distúrbio mental mediante o qual uma pessoa se imagina um animal é chamado de "zoantropia" (um nome composto das palavras gregas que significam "animal" e "homem").

passem sobre ela sete tempos. Isso significa sete períodos de duração não-especificada (conforme vs. 23 e
25) como estações, anos ou meses.

*

4:22

és tu, ó rei. Com essa declaração, mais ou menos como Natã fizera com Davi (2Sm 12:7), Daniel aplicou o sonho a Nabucodonosor.

*

4:25

a tua morada será com os animais do campo. Com detalhes nítidos, Daniel explicou como a mente de Nabucodonosor entraria em colapso. Ele seria privado de seu trono, e perderia a sua dignidade de ser humano, criado para controlar os animais, e não para imitá-los.

o Altíssimo tem domínio. O propósito da humilhação de Nabucodonosor era o de compelí-lo a reconhecer a soberania de Deus.

* 4:26

o teu reino tornará a ser teu. A Nabucodonosor foi prometido que a despeito da severidade e a duração de sua enfermidade, ele recuperaria o trono, quando reconhecesse a soberania de Deus.

que o céu domina. Ver referência lateral. Essa é a primeira vez nas Escrituras onde a palavra "céu" é usada como substituição para "Deus" (4.37). Conforme Mt 5:3 com Lc 6:20.

*

4.34,35,37

Embora Nabucodonosor confesse a soberania de Deus, ele não confessa a crença que o Deus de Israel é o único Deus. Ver nota teológica, "Deus Reina: A Soberania Divina", índice .

*

4:37

Rei do céu. Esse título ímpar sintetiza o tema do capítulo: o governo divino, exercido do céu (vs. 3,26 e notas).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Daniel Capítulo 4 do versículo 1 até o 37
4.2, 3 Embora Nabucodonosor elogiou ao Deus do Daniel, não acreditava plenamente no nem se submetia unicamente ao. Muita gente vai à igreja e utiliza um vocabulário espiritual, mas no fundo não acreditam em Deus nem lhe obedecem. Profissão não sempre é sinônimo de posse. até que ponto suas crenças estão ao mesmo tempo de sua obediência?

4:17 Os babilonios acreditavam em vigilantes, seres espirituais que cuidavam o universo. Nabucodonosor explicou que estes mensageiros estavam anunciando o que aconteceria a ele e por que.

4:19 Quando Daniel compreendeu o sonho do Nabucodonosor, ficou pasmado. Como podia estar tão profundamente angustiado pelo destino do Nabucodonosor, o rei culpado da destruição de sua casa e de sua nação? Daniel o tinha perdoado, e por isso Deus podia utilizar ao Daniel. Muito freqüentemente quando alguém nos faz mal, nos faz muito difícil esquecer o passado. Provavelmente até nos alegremos de que essa pessoa sofra. Perdoar é deixar o passado atrás. você pode amar a alguém que o feriu? Peça ajuda a Deus para perdoar, esquecer e amar. Possivelmente Deus possa utilizar o de uma maneira extraordinária na vida dessa pessoa!

4.23ss Embora o mundo inteiro pensava que Nabucodonosor era um rei poderoso (até divino), Deus demonstrou que era um homem comum. Deus humilhou ao Nabucodonosor para demonstrar que O, não Nabucodonosor, era o Senhor das nações. O orgulho possivelmente seja uma das tentações mais perigosas. Não deixe que seus triunfos lhe façam te esquecer de Deus.

4.27-33 Daniel lhe implorou ao rei que trocasse, e Deus lhe concedeu doze meses para que o fizesse. Tristemente, não houve arrependimento no orgulhoso coração deste rei, e o sonho se cumpriu.

4:34 Os reis da antigüidade tratavam de não mencionar suas debilidades nem suas derrotas em seus monumentos e em seus registros oficiais. Entretanto, a partir dos registros do Nabucodonosor, podemos inferir que por um tempo durante seus quarenta e três anos de reinado não governou. No registro bíblico se explicam a soberba do Nabucodonosor e o castigo que recebeu.

4:36 A peregrinação do Nabucodonosor com Deus é um dos tema deste livro. Em 2.47, reconheceu que Deus revelava sonhos ao Daniel. Em 3.28, 29 elogiou a Deus por liberar aos três hebreus. A pesar do reconhecimento do Nabucodonosor de que Deus existe e obra grandes milagres, em 4.30 vemos que ainda não reconhecia a Deus como Senhor. Podemos reconhecer que Deus existe e que realiza grandiosos milagres, mas Deus não vai moldar nossas vidas até que o reconheçamos como Senhor.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Daniel Capítulo 4 do versículo 1 até o 37
D. Nabucodonosor DOENÇA (4: 1-37)

Enquanto alguns têm pensado que este capítulo está na forma de uma carta, ele se parece mais com o relatório de uma entrevista concedida após o evento. Em relatório, o capítulo é escrito por Daniel, que permite que o rei para falar na primeira pessoa nas passagens que dizem que o rei fez (vv. Dn 4:1-18 ), mas quem usa a terceira pessoa durante a gravação que aconteceu com o rei (vv. Dn 4:28-33 ). O evento, evidentemente, ocorreu no final do reinado de Nabucodonosor, que reinou entre 605-562 AC A LXX lançamento do evento no décimo oitavo ano de Nabucodonosor, mas não há nenhuma evidência substancial para isso, já que na época Nabucodonosor estava envolvido na captura de Jerusalém (587 AC ).

1. Prefácio: O Edital do Rei (4: 1-3)

1 O rei Nabucodonosor, a todos os povos, nações e línguas que moram em toda a terra: Paz. vos sejam multiplicadas, 2 Isto pois parecia bom para mim. 3 Quão grandes são os seus sinais! a mim, para mostrar os sinais e maravilhas que Deus, o Altíssimo, tem feito, e quão poderosas as suas maravilhas! O seu reino é um reino eterno, e seu domínio de geração em geração.

O primeiro parágrafo contém um édito do rei convidando todas as pessoas a reconhecer e ouvir o relatório. O rei foi certamente auxiliado por Daniel na elaboração do edital, pois contém muito coloração religiosa. Desde a forma de o edital é um testemunho, é adequado para muito do que estar na primeira pessoa.

Nabucodonosor, o rei. A forma de saudação se assemelha a outros saudações provenientes da Babilônia e reis persas do período. A paz vos sejam multiplicadas. A saudação é judeu, mas se preparado por Daniel, isso é compreensível.

Ele tem parecia bom para mim. Desde o sonho e sua realização foram eventos sobrenaturais, o rei reconheceu a mão de Deus em sua vida. Em sua humildade, ele queria dar glória a Deus. Deus Altíssimo é o mesmo nome da divindade que Nabucodonosor usado em Dn 3:26 quando se fala do Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego (veja nota lá).

Quão grandes são os seus sinais O terceiro verso é quase uma réplica do Sl 145:13)

1. O relatório de um Sonho (4: 4-9)

4 Eu, Nabucodonosor, estava sossegado em minha casa, e próspero no meu palácio. 5 Tive um sonho que me espantou; e os pensamentos na minha cama e as visões da minha cabeça me perturbaram. 6 Portanto expedi um decreto para trazer todos os sábios de Babilônia diante de mim, para que pudessem dar a conhecer a mim a interpretação do sonho. 7 Então entraram os magos, os encantadores, caldeus e os adivinhadores; e eu contei o sonho diante deles; mas eles não me fazerem saber a sua interpretação. 8 Mas no último Daniel entrou na minha presença, cujo nome era Beltessazar, segundo o nome do meu deus, e no qual há o espírito dos deuses santos; e eu disse o sonho diante dele, dizendo , 9 Beltessazar, chefe dos magos, porque eu sei que o espírito dos santos deuses está em ti, e nenhum mistério te, dize-me as visões do meu sonho que eu já vi, e o interpretação.

A história de Nabucodonosor começa com a condição de paz que prevaleceu para a última parte do seu reinado após suas conquistas foram concluídas. Paz e prosperidade cuidou dele quando ele se sentou em segurança no seu trono. Mas seu contentamento foi quebrado por um sonho, as circunstâncias de que ele continua a se relacionar. De algum modo, o rei pareceu reconhecer um sonho divino de um comum, pois ele estava com medo, assim como em um momento anterior (Dn 2:1)

10 Eram assim as visões da minha cabeça, estando eu na minha cama: eu vi, e eis uma árvore no meio da terra; e que a sua altura foi ótimo. 11 A árvore cresceu, e se fez forte, cuja altura chegava até o céu, e era vista até o fim de toda a terra. 12 A sua folhagem era formosa, eo seu fruto abundante, e havia nela sustento para todos: os animais do campo achavam sombra debaixo dela, e as aves do céu faziam morada nos seus ramos, e toda a carne se mantinha. 13 Eu estava olhando nas visões da minha cabeça na minha cama, e eis que um vigia, um santo, descia do céu. 14 Ele clamou em alta voz e disse assim, Cortai a árvore, e cortou-lhe os ramos, sacudi as suas folhas e espalhai o seu fruto: deixe os animais fugir de debaixo dela, e as aves dos seus ramos.15 No entanto deixassem o tronco com as suas raízes na terra, mesmo com uma cinta de ferro e de bronze, na erva do campo; e seja molhado do orvalho do céu, e seja a sua porção com os animais na erva da terra: 16 deixe seu coração ser alterado a partir do homem, e deixar o coração de um animal ser-lhe dada; e sete vezes passem sobre ele. 17 Esta sentença é por decreto dos vigias, e por mandado dos santos; com a intenção de que os vivos saibam que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens, eo dá a quem quer, e colocou-se sobre ele o menor dos homens. 18 Este sonho eu, rei Nabucodonosor, temos visto; e tu, Beltessazar, dize a interpretação, porquanto todos os sábios do meu reino não puderam fazer-me saber a interpretação; mas tu és capaz;para o espírito dos santos deuses está em ti.

A conta do sonho contém duas partes: a descrição da árvore e do decreto do observador ou um santo. A árvore é o item central do sonho; o decreto diz o que vai acontecer com a árvore.

Eu vi, e eis uma árvore. A árvore estava parado sozinho no meio da terra:. cuja altura era grande Tanto em fontes do Antigo Testamento e no secular escrevendo a árvore é um símbolo de alguma pessoa importante (nota parábola de Jotão, para os cidadãos de Siquém, 9 Jz 7:21. ). Ezequiel, também, compara o rei da Assíria, um cedro do Líbano (Ez. 31: 3-14 ). Na Babilônia, uma das inscrições de Nabucodonosor compara a cidade para uma grande árvore frondosa. Heródoto, historiador grego, compara Xerxes a uma oliveira cujos ramos se espalhar sobre a terra (História , VII, 19).

A árvore cresceu e era forte. No decorrer do sonho da árvore deve ter subiu rapidamente e assumiu uma aparência formidável. Pode ser visto a partir do horizonte mais distante. O que um símbolo apropriado para o rei que controlava a terra!

Versículo Dn 4:12 caracteriza a árvore quanto à sua aparência e produtividade. Era justo, deu muito fruto, e forneceu abrigo tanto para os animais e as aves. Uma vez que Daniel havia identificado a árvore como o rei Nabucodonosor, estas características seria muito evidente. O rei da Babilônia era o pai e protetor de todos os súditos de seu império.

Nabucodonosor continua o relato do sonho, relatando que ele viu um vigia, um santo, significando "um ser celestial", embora ele usa sua própria terminologia pagã. O ser celestial clamou em alta voz e disse assim: Cortai a árvore . ... A árvore estava a ser cortada e dispersas, mas um toco era permanecer. O coto era ficar no campo com os animais, com uma faixa com uma banda de bronze e ferro, para ser molhado com o orvalho.

O versículo 16 sugere a interpretação, observando que seu coração estava a ser alterado a partir do homem. Isso só pode aplicar-se ao rei, para quem o coto é um símbolo. E deixar o coração de um animal ser-lhe dada. A frase indica algo da doença ou a loucura que estava por vir sobre o rei. Assim, uma dica quanto à interpretação é dada na conta do sonho como o ser celestial desdobra-lo. É muito provável que o rei estava parcialmente consciente de que o sonho tinha referência a si mesmo.

E deixe sete vezes passem sobre ele. A frase nunca é claramente interpretado pelo contexto. Não é claro se sete vezes refere-se a sete semanas, meses, anos ou algum outro período de tempo. A maioria dos comentaristas identificá-lo com um ano.

Versículo Dn 4:17 estados do propósito do julgamento. Enquanto os observadores e o santo transmitir a mensagem, é o próprio Deus que decreta o julgamento. Sua finalidade é ensinar que Deus é Aquele que define e dispõe de governantes terrenos.

3. Interpretação de Daniel (4: 19-27)

1. O Significado (4: 19-26)

19 Então Daniel, cujo nome era Beltessazar, ficou mudo por um tempo, e os seus pensamentos o perturbaram. Respondeu o rei e disse: Beltessazar, não deixe que o sonho, nem a sua interpretação, thee problemas. Respondeu Beltessazar, e disse: Senhor meu, seja o sonho para os que te odeiam, ea sua interpretação para os teus adversários. 20 A árvore que viste, que cresceu, e se fez forte, cuja altura chegava até o céu, e era vista até toda a terra; 21 cujas folhas eram formosas, eo seu fruto abundante, e havia nela sustento para todos; em que os animais do campo habitou, e em cujos ramos as aves do céu tinham a sua habitação: 22 és tu, ó rei, que cresceste, e tornar-se forte; pois a tua grandeza cresceu, e chegou até o céu, eo teu domínio até a extremidade da terra. 23 E quanto ao que viu o rei, um vigia, um santo, que descia do céu, e dizendo: Cortai a árvore, e destruí-lo; no entanto, deixar o tronco com as suas raízes na terra, mesmo com uma cinta de ferro e de bronze, na erva do campo, e seja molhado do orvalho do céu; e seja a sua porção com os animais do campo, até sete vezes passem sobre ele; 24 esta é a interpretação, ó rei, e é o decreto do Altíssimo, que é vindo sobre o rei meu senhor: 25 que tu serás tirado dentre os homens, ea tua morada será com os animais do campo, e tu serás comer erva como os bois, e serás molhado do orvalho do céu, e sete vezes sobre ti passarão; até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens, eo dá a quem quer. 26 E quanto ao que eles deixassem o tronco com as raízes da árvore; teu reino voltará para ti, depois que tu tiveres conhecido que o céu reina.

A resposta de Daniel ao rei incluiu um olhar perturbado, a interpretação do sonho, e uma exortação ao arrependimento. Como um homem de Deus, ele era sensível ao rei, ao sonho, e para o Deus a quem servia.

Em seguida, Daniel ... ficou mudo por um tempo. A interpretação do sonho foi imediatamente dado a ele e estava em dúvida, de pé entre seus bons desejos para o rei ea terrível significado da interpretação. Nabucodonosor estava ciente da perplexidade, dizendo: Não deixe o sonho, nem a sua interpretação, thee problemas. cortesia Tanto o rei e admiração de Daniel para o rei fica em pé esta troca de declarações. Em seguida, Daniel passou.

A árvore que viste . ... Daniel repete textualmente a descrição da árvore. É a ti, ó rei, que cresceu e se tornar forte. A árvore do sonho era um símbolo do rei Nabucodonosor, que no decorrer de trinta a quarenta anos havia conquistado o Oriente Próximo, construiu a magnífica cidade de Babilônia, e estendeu o reino para o mundo então conhecido. Will Durant diz dele:

Ele viveu quase até suas esperanças, pois, embora analfabeta e não inquestionavelmente sane, tornou-se o governante mais poderoso de seu tempo no Oriente Médio, e o maior guerreiro, estadista e construtor em toda a sucessão de reis babilônicos após se Hammurabi.

Esta é a interpretação. Depois de recitar a próxima parte do sonho, Daniel continua com o seu significado, dando glória a Deus, porque o decreto é do Altíssimo. Daniel usa o nome de Deus, que o rei tinha usado, mas ele queria que ele saber que o vigia, um santo eram do próprio Deus. Enquanto o rei tinha usado terminologia pagã, Daniel usa-lo apenas para acomodar a interpretação ao rei.

A árvore de corte era um símbolo da queda do rei: . serás tirado dentre os homens, ea tua morada será com os animais do campo Embora seja improvável que as palavras de interpretação foram totalmente compreendidos pelo rei, eles deveria tê-lo avisado de alguma calamidade iminente. As três frases, expulsos de homens, morar com os animais, e comer erva como os bois, fazer ponto, à luz do cumprimento, em alguma aberração mental.

O tempo do juízo é mencionado novamente como sete vezes e até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens.

A interpretação termina com uma referência para o coto. Teu reino será certifique-se de ti é melhor traduzida, "teu reino permanecerão para ti." O julgamento não deve durar todo o comprimento do reinado do rei, mas ele receber o reino de volta antes do final de sua vida.

A chave para a interpretação é o pensamento de que o orgulho deve ser humilhado diante do grande Deus do universo. Que Nabucodonosor era um rei orgulhoso é testemunhado não só por esta passagem, mas também pelos registros da Babilônia.

b. The Message (Dn 4:27)

27 Portanto, ó rei, aceita o meu conselho para ti, e quebrar os teus pecados pela justiça, e as tuas iniqüidades, usando de misericórdia com os pobres; se pode haver prolongue a tua tranqüilidade.

Depois de interpretar o sonho, Daniel exorta o rei a mudar seu modo de vida; ele insiste: Quebre os teus pecados pela justiça, ou seja, Daniel não está prometendo o rei uma vida de salvação pelas obras, mas pedindo uma reforma moral "cessar de pecar e realizar a justiça.". A promessa não é que o julgamento será evitado, mas que haverá um alongamento dos dias de paz. Justiça e misericórdia são qualidades necessárias governos terrestres para que possam refletir o padrão divino de governo. Daniel, como os outros profetas antes dele, não tinha medo de proclamar a mensagem da justiça aos homens em lugares altos.

4. de Nabucodonosor Insanity (4: 28-33)

28 Tudo isso veio sobre o rei Nabucodonosor. 29 No final de doze meses, quando passeava no palácio real de Babilônia. 30 falou o rei e disse: Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a morada real, ? pela força do meu poder e para a glória da minha majestade 31 Ainda estava a palavra na boca do rei, quando caiu uma voz do céu, dizendo : Ó rei Nabucodonosor, para ti se diz: O reino tem desviado de ti: 32 e serás tirado dentre os homens; ea tua morada será com os animais do campo; serás comer erva como os bois; e sete vezes sobre ti passarão; até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens, eo dá a quem quer. 33 Na mesma hora a palavra se cumpriu sobre Nabucodonosor, e foi tirado dentre os homens, e comia erva como os bois, e seu corpo foi molhado do orvalho do céu, até que lhe cresceu o cabelo como de águias penas , e as suas unhas como as das aves garras .

Como o capítulo representa uma entrevista com o rei, não se poderia esperar, o rei para ensaiar na primeira pessoa os detalhes da doença. Portanto, eles são lançados a terceira pessoa pelo repórter. O parágrafo primeiro afirma o cumprimento geral do sonho, então descobre os detalhes, revelando a verdade do provérbio: "A soberba precede a ruína, ea altivez do espírito precede a queda" (Pv 16:18 ).

A realização do sonho veio 12 meses depois de ter sido vivida e interpretada, enquanto Nabucodonosor foi . passeava sobre o palácio real de Babilônia Em um poderoso vangloriar o rei declarou: ? Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei ... Durant explica:

Nabucodonosor passou os pedágios deste comércio, os tributos desses sujeitos, e os impostos de seu povo, em embelezar o seu capital e saciar a fome dos sacerdotes. Quase todos os tijolos até agora recuperadas a partir do site da Babilônia conter a inscrição orgulhoso: "Eu sou Nabucodonosor, rei da Babilônia."

Quando o orgulho do homem atingiu o seu pico, o juízo de Deus caiu. A voz do céu falou com o coração ea mente do rei, ó rei Nabucodonosor ... O reino tem desviado de ti (conforme Lc 12:16 ). Estas palavras fizeram saber ao rei a realização do sonho; ele não estava em dúvida quanto ao significado do evento.

Na mesma hora a palavra se cumpriu. A aflição do rei é conhecida como licantropia, uma aflição mental em que o doente pensa que é um animal. Às vezes ele é denominado boanthropy, quando o paciente se vê como uma vaca ou boi. Este é mais quase a natureza do caso do rei, para a conta é clara- comia erva como os bois.

Os críticos do livro de Daniel alegaram que não há registro de qualquer aflição na vida de Nabucodonosor, e que a situação mais de perto se aplica a Nabonido. No entanto, como estudiosos conservadores têm apontado desde a época de Hengstenberg, há duas referências tradicionais que fazem alusão a alguma doença estranha na vida de Nabucodonosor. Um vem de Abydenus através de Eusébio e fala do desaparecimento do rei Nabucodonosor, depois de desfrutar de um momento de êxtase em seu telhado e proferindo uma previsão a respeito de uma mula persa. Outra de Berossus estados, "Após o início da parede do qual falei, Nabuchadonosor adoeceu e morreu, após um reinado de 43 anos." A semelhança destas tradições, com o recorde de Daniel encontra a sua melhor explicação em um evento comum .

5. Conclusão: O Testemunho do Rei (4: 34-37)

34 E, ao fim dos dias, eu, Nabucodonosor, levantei os meus olhos ao céu, e meu entendimento voltou a mim, e eu bendisse o Altíssimo, e louvei, e glorifiquei ao que vive para sempre; porque o seu domínio é um domínio eterno, e seu reino é de geração em geração; 35 e todos os moradores da terra são reputados em nada; e ele o faz de acordo com a sua vontade no exército do céu e os moradores da terra; e ninguém pode deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes? 36 Ao mesmo tempo o meu entendimento voltou a mim; e para a glória do meu reino, minha majestade e brilho voltou a mim; e os meus conselheiros e os meus senhores procuraram a mim; e fui restabelecido no meu reino, e excelente grandeza foi-me acrescentada. 37 Agora eu, Nabucodonosor, louvo e exalto e glorifico ao Rei do céu; para todas as suas obras são verdade, e os seus caminhos justos; e aqueles que andam na soberba ele é capaz de humilhar.

Depois da nota de cumprimento, o registro da entrevista novamente pega o testemunho pessoal do rei. Dois itens destacam-se: o que o rei fez, e o que Deus fez em restaurar o rei à sua antiga posição.

O rei testemunhou, eu ... levantei os meus olhos ao céu. ... eu bendisse o Altíssimo. ... Eu louvei e glorifiquei ao que vive para sempre. Estes sugerem reconhecimento, adoração e glorificação de Deus, cujo domínio é eterno e cuja vontade é onipotente. Se um rei pagão, que encontrou a sanidade é capaz de louvar a Deus em linguagem exaltada como este, quanto mais a cristãos que foram resgatados por Deus em Cristo!

Não só o rei fazer alguma coisa, mas Deus estava ativo em restaurar a sanidade e poder ao monarca destronado. compreensão Minas voltou a mim significa restauração à sanidade e saúde. Como resultado disto, o rei foi restaurada para o seu trono, sua majestade, e seus conselheiros. Em uma explosão de fechamento de exultação ele declara: Agora eu ... louvor e exaltar e homenagear o Rei do Céu. O orgulho foi humilhado eo monarca pagão reconhece o Deus da verdade e da justiça. A lição é simples, mas muitas vezes difícil de aprender, Deus está sempre no trono e controla a mente do homem, bem como as rédeas da história. Tanto a saúde e santidade estão em suas mãos. É de se presumir que outro não arrebatar o trono de Nabucodonosor neste momento porque Daniel, que estava ao lado do rei, preservado para o monarca.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Daniel Capítulo 4 do versículo 1 até o 37
Esse capítulo é um documento ofi-cial babilônio, escrito pelo próprio rei. É a história da conversão dele, e que história! Lembre-se que a história foi escrita sete anos após a experiência; portanto, os versícu-los 1:3-37 são o testemunho pú-blico de Nabucodonosor a respeito do que Deus fez a ele e por ele. Trataremos desses versículos no fim de nosso estudo. Agora, o relato do sonho do rei.

I. O sonho recebido (4:4-18)

Deus enviou esse sonho ao rei em uma época de paz e de prosperi-dade, pois esse sonho era realmen-te uma admoestação divina que o alertava para o fato de que, no fim, seus pecados o alcançariam. Ele sentia-se seguro, mas era uma fal-sa segurança, semelhante à que Je-sus cita na parábola do fazendeiro rico (Lc 12:15-42). O julgamento de Deus cairá quando este mundo perverso repousar em "paz e segu-rança" (1Co 5:3). O único descanso e a única paz verdadeira estão em Jesus Cristo.

O sonho foi este: ele viu uma árvore imensa que cobria a terra toda. Os pássaros e animais se re-fugiavam debaixo dela. E ele ouviu uma voz angélica dizer: "Derribai a árvore". A árvore foi cortada, mas a cepa foi deixada na erva úmida, ata-da com ferro e bronze durante "sete tempos". É desnecessário dizer que o rei ficou muito perturbado com o sonho, ainda mais por já ter recebi-do outro sonho que tratava do futu-ro de seu reino.

O rei reuniu seus homens sá-bios, porém eles não foram capazes de explicar o sonho. Lembre-se do orgulho deles no capítulo 2: "Dize o sonho a teus servos, e daremos a interpretação". Bem, o rei contou- lhes esse sonho, e eles não soube-ram explicá-lo. A sabedoria mun-dana fez com que se vangloriassem de grande sabedoria, contudo eles não podiam entender nem explicar as coisas de Deus (1Co 2:14-46). O rei sabia que apenas um homem podia resolver o problema — Da-niel, o homem do Senhor. Assim, ele chamou Daniel e contou-lhe o sonho que o deixara perplexo. Na-bucodonosor tinha poder, riqueza e glória, mas era incapaz de desven-dar o futuro. O cristão mais pobre é, de longe, mais rico que ele, pois na Palavra temos o projeto de Deus para o futuro.

II. O sonho revelado (4:19-27)

Deus usou Daniel para ser a "luz nas trevas", pois o Senhor revelou o significado do sonho a ele. Mas a revelação deixou o profeta atônito por algum tempo. Talvez por causa do longo tempo de espera pela história do rei. Ficou claro para Da-niel que a mensagem do sonho era séria. Ele não a considerou levia-namente nem a transmitiu desaten-tamente. O verdadeiro profeta está sempre em consonância com sua mensagem, ele sente o peso dela e transmite a Palavra de Deus com fidelidade. Muitas pessoas pensam que a sabedoria e o conhecimento espirituais sempre transmitem ale-gria e testemunho; no entanto, às vezes, trazem sofrimento e silêncio. Leia Ez 10:1-27 e veja a reação do profeta em relação aos 70 anos de cativeiro.

Não é difícil apreender a expli-cação do sonho. A árvore representa Nabucodonosor e seu grande reino (vv. 20-22). Deus, com freqüência, usa uma árvore para retratar um rei-no; por exemplo, em Ezequiel 31 e Mt 13:31-40. A árvore é um bom símbolo de um reino terreno porque está enraizada na terra e de-pende dela para alimento e estabi-lidade. Os animais e as aves que se refugiam sob a árvore e se alimen-tam de seus frutos representam as outras nações que procuram a pro-teção da Babilônia. Com certeza, a Babilônia transformara-se em um reino grande e poderoso. Todavia, isso não era motivo para Nabucodo-nosor vangloriar-se, pois fora Deus quem lhe dera o trono e o reino. Essa era a lição que o rei aprendería de forma difícil.

O "vigilante" e o "santo" é um anjo do Senhor designado para trabalhar no reino babilônio. Da-niel 10:4-20 informa que os anjos são muito ativos em assuntos das nações do mundo. O anjo anun-ciou: "Cortai a árvore", e isso que-ria dizer que o rei Nabucodonosor perdería o trono. Que experiência para o rei! Na verdade, durante sete anos, ele não viveria como ho-mem, mas como um animal. A ár-vore seria cortada, e a cinta de fer-ro impediría seu crescimento, mas o julgamento não seria permanen-te. Após sete anos, Nabucodonosor seria humano de novo, voltaria a raciocinar e subiria ao seu trono em grande glória.

Por que Deus operava dessa maneira na vida do rei? Para ensinar- lhe a humildade. Lembre-se que, na estátua do sonho do rei, a cabeça dele era de ouro, e, no capítulo 3, o rei fez uma estátua toda de ouro a fim de atrair adoração e louvor para si mesmo. Deus mostraria a esse monarca orgulhoso que, de fato, em seu coração ele era um animal. Na verdade, no capítulo 7, Daniel terá uma visão que mostra que todos os impérios não são nada além de ani-mais selvagens. Daniel advertiu o rei de que se arrependesse e mudasse seus caminhos. Ele implorou: "Por-tanto, ó rei, aceita o meu conselho e põe termo, pela justiça, em teus pe-cados e em tuas iniqüidades [...] e talvez se prolongue a tua tranqüili- dade". Afinal, Deus falara com o rei em duas ocasiões distintas — pelo sonho do capítulo 2 e pelo episódio da fornalha, no capítulo 3 — e é pe-rigoso fechar os ouvidos para Deus.

  • O sonho realizado (4:28-37)
  • Aconteceu como Daniel previu. Deus deu um ano para Nabucodo- nosor meditar a respeito da admoes- tação e afastar-se de seus pecados, porém o rei não prestou atenção à advertência. Na verdade, ele se or-gulhava cada vez mais de suas reali-zações. Veja Ec 8:11 e Pro-vérbios 29:1. Todavia, chegou o dia em que o julgamento caiu sobre ele, e a verdadeira natureza bestial do rei revelou-se para todos. Homens tiraram-no do palácio, e ele viveu por sete anos como um animal do campo, comendo ervas como os bois. Quando o Senhor quer humi-lhar um rei orgulhoso, ele faz isso com rapidez e de forma radical.

    Isso não durou para sempre. Após sete anos, Nabucodonosor converteu-se. O primeiro passo (o rei relata) foi: "Levantei os olhos ao céu" (v. 34). Que pena que ele não tenha levantado os olhos para o céu muito antes! "Eu bendisse o Altíssi-mo, e louvei". Com certeza, isso soa como um homem cuja vida mudou pela fé no Senhor. O rei aprendera sua lição: ele não era nada, Deus é tudo. Os versículos 34:35 relatam as várias doutrinas práticas que Nabuco-donosor aprendeu com essa experi-ência de humildade. É trágico que os governantes atuais não consigam ver que não são nada e que Deus é tudo. O versículo 17 afirma essa lição com clareza: "O Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens.

    Voltemos aos versículos 1:3. Eis o poderoso ditador discursando para todas as pessoas do mundo e envian-do-lhes paz. Com certeza, Nabuco-donosor não era conhecido por suas atividades pacíficas, pois era um ho-mem cruel de guerra. O versículo 1 quase parece uma epístola de Pedro, ou de Paulo, do Novo Testamento. Nos versículos 2:3, observe como ele dá toda a glória a Deus e refere-se à grandiosidade do Senhor. De novo, isso não parece coisa desse ditador pagão. Apenas sete anos antes, ele dissera: "Não é esta a grande Babi-lônia que eu edifiquei?". Ele vanglo-riava-se de seu poder e de sua ma-jestade, sem uma sílaba de louvor a Deus ou gratidão ao Senhor. Bem, agora tudo mudou. O rei escreve um documento oficial em que dá testemunho pessoal do que Deus fez por ele. O versículo 37 apresenta a declaração máxima do documento: "Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, exalço e glorifico ao Rei do céu" — não mais a Nabucodono-sor — que "pode humilhar aos que andam na soberba". Nesse capítulo, não temos uma visão antecipada do que acontecerá às nações nos últi-mos dias? No momento em que elas se vangloriarem de sua grandiosida-de e glória, Deus mandará sete anos de julgamento medonho sobre elas e as humilhará. A seguir, no fim do período da tribulação, Cristo retor-nará à terra e estabelecerá seu rei-no. As nações que confiaram nele entrarão no reino glorioso, as outras serão expulsas. Os crentes, como Nabucodonosor, serão convertidos do orgulho e da descrença e desfru-tarão a bênção de Deus.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Daniel Capítulo 4 do versículo 1 até o 37
    4.1 Este capítulo está na forma de um depoimento do próprio rei.
    4.2 A declaração deste versículo e também a do seguinte, contêm tanta linguagem dos fiéis na boca de um rei pagão, que muitos duvidam do valor histórico do trecho - mas isto é ignorar que influência Daniel teve no Palácio real.
    4.5 Mais um sonho à noite: se as atividades do rei, e as honras que recebera, fizeram-no afastar-se de Deus, tinha, então, Deus, todos os meios de alcançá-lo a sós, Ap 2:23;Sl 139:1-19.

    4.13 Um vigilante. Uma palavra que indica um ser sem corpo mortal; que nunca dorme, que reconhecemos como um anjo de Deus.

    4.14 A perda de todas as características de nobreza e autoridade em Nabucodonosor.
    4.15 A cepa. O restante, básico, como se lê em Is 6:13.

    4.16 Coração. É comum nos sonhos que o símbolo inanimado passe de súbito a ter uma aplicação pessoal. Sete tempos. Sete anos.

    4.17 Eis aqui o conteúdo da lição que o grande rei ainda precisava aprender; eis o motivo justo e benigno de um castigo tão forte.
    4.19 Atônito. Daniel tinha verdadeira estima por Nabucodonosor, que um grande homem tem por outro. Se o livro de Daniel tivesse sido escrito pelos fundadores da seita dos fariseus, segundo a teoria popular, não teriam eles inventado tal amizade entre os dois.

    4.22 És tu, ó rei. Desde o princípio, o rei devia ter reconhecido que ele mesmo era visado na mensagem noturna, daí seu espanto.

    4.23 Atado com cadeias. A expressão é aplicável tanto à maneira de proteger uma árvore valiosa, como a de preservar um maníaco.

    4.25 O rei será acometido de distúrbio mental que o fará fugir da vida humana e escolher a de um irracional - assim aquele que ficava bêbado com os louvores dos homens também vai ser ensinado por Deus a ser racional e sábio nas coisas eternas, até compreender a natureza da Providência divina e o domínio de Deus. • N. Hom. A mensagem do sonho podia ter desviado o rei do seu caminho de soberba, polo conselho do profeta (v. 27), mas o seu grande orgulho (v. 30) exigiu uma grande cura feita pelo Médico dos médicos (v. 33), pois se alguém diz que a tortura teria sido cruel demais, então só Nabucodonosor é que tem o direito de se queixar, mas ei-lo dando glória a Deus, v. 37. Devemos estar prontos a, ver no sofrimento a oportunidade, de Deus nos guiar pela Sua mão até a os céus.
    4.26 O céu domina. Insista-se muito na lição a ser aprendida pelo rei: a doutrina da providência divina e da mordomia humana de coisas que pertencem a Deus, ao céu, segundo esta expressão.

    4.27 Tuas iniqüidades. Daniel se mostrara verdadeiro profeta em anunciar a solução divina para o problema do rei, e agora não podia deixar de, sendo profeta, avisar ao rei contra os terríveis efeitos dos seus pecados de injustiça social.

    4.29 Doze meses. Houve a possibilidade do arrependimento.

    4.30 Glória do minha majestade. O rei está reivindicando dois qualificativos: que tradicionalmente se reservam ao próprio Deus.

    4.31 Já passou. Um provérbio inglês diz que a soberba, precede a uma queda, mas aqui se vê que a queda já está definida pela soberba.

    4.33 É o único versículo que o rei não podia ter escrito, pois ele nem deve ter sabido o que lhe aconteceu quando Deus lhe tirou a capacidade de pensar e lhe deixou sem meios de comunicação com os homens.
    4.34 Bendisse o Altíssimo. A verdadeira adoração que provém da experiência própria, não se tratando, pois, apenas da influência dos três de seus oficiais 3:29.

    4.35 A linguagem de Isaías, que tinha profetizado o cativeiro do povo de Deus e sua libertação final (Is 40:17; Is 43:13; Is 45:9).

    4.36 Buscaram-me. Os oficiais do império recomeçaram a recorrer a ele como rei. Não quer dizer que a ilustre monarca tinha sido abandonado na floresta. Restabelecido. Era do interesse dos grandes conservar o mesmo rei, ainda que doente, pois a queda do rei significava a queda de toda a hierarquia.

    4.37 Humilhar. Deus tem poder para converter o coração humano.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Daniel Capítulo 4 do versículo 1 até o 37
    IV. A LOUCURA DE NABUCODONOSOR
    (4:1-37)
    Numa carta a seus súditos, Nabucodonosor explica por que ele havia decidido adorar o Deus de um povo pequeno, subjugado e deportado (v. 1-3). Os v. 19-33 estão numa narrativa em terceira pessoa, contrastando com a primeira pessoa dos versículos iniciais e finais; a mudança pode ter sido usada para efeitos dramáticos.

    1) O sonho do rei (4:4-18)
    Quando tudo estava bem, mais um sonho pressagioso afligiu o rei; dessa vez, ele conseguiu lembrar o sonho, mas os seus experts ficaram perplexos novamente. Como alto oficial de Estado, Daniel foi chamado por último, tratado pelo rei pelo seu nome babilónico (também nos v. 9,18,19); conforme 1.7 acerca da declaração orgulhosa em homenagem ao nome do meu deus, e o espírito dos santos deuses: “inspirado”; o plural “deuses” provavelmente está correto, v. 10-12. Anteriormente, havia sido uma enorme imagem; agora, era uma grande árvore o objeto central, em cada caso representando o próprio rei. Uma árvore viçosa e exuberante representava a prosperidade (conforme Sl 1:3), atraindo os homens e os animais em busca de abrigo e descanso, v. 13. uma sentinela, um anjo: o v. 17 mostra que ele era um agente da Trindade, reflexo celestial dos serviços de informação dos reis terrenos, como em Zc 1:10; Zc 3:10, com poder de agir com base no que observava, v. 14. A sentença foi severa, mas não fatal, visto que permaneceu um toco (v. 15); conforme Is 6:13. presos...-. evoca diversas explicações. Se a personificação da frase seguinte já começou, o que talvez se esteja sugerindo são as restrições mentais da loucura; se a árvore continua, uma proteção contra danos, ou um artifício para impedir o crescimento. Nenhuma dúvida do significado ficou nas palavras seguintes Ele será molhado..., e daí o desespero do rei. v. 16. sete tempos-, o aram. de “tempos” significa “um período específico”, indefinido nesse caso; nada há que favoreça anos (versus épocas) ou qualquer outra medida de tempo. v. 17. para que todos os que vivem saibam-. toca no efeito mais abrangente, produzido pelo rei, que decide divulgar esse relato. Ninguém poderia saber sem uma interpretação confiável.


    2) A interpretação (4:19-27)
    A hesitação agora foi de Daniel, quando percebeu a mensagem aterradora do sonho, v. 19. Ele respondeu ao encorajamento elegante do rei, com estilo apropriado à corte, dando pistas sutis de um prognóstico desfavorável. v. 20,21. Daniel repetiu a descrição, exceto pela expressão na qual havia alimento para todos, para aumentar o impacto do seu veredicto, és tu, ó rei. v. 22-26. Há um pouco de lisonja convencional nessa caracterização (conforme 2.38), pois Nabucodonosor estava consciente dos perigos da Média no leste e dos gregos no oeste, fora do seu domínio. Por maior que fosse, o rei estava sujeito ao decreto do Altíssimo. A árvore era uma metáfora; a metamorfose do homem seria real. o teu reino te será devolvido quando reconheceres..:, a experiência seria real, desagradável, mas essencial para que o orgulho do rei não voltasse à tona, e teria a promessa de segurança depois desse período, os Céus dominam-, esse é o exemplo mais antigo desse termo que representa a Deus, amplamente usado em anos posteriores, e.g., Lc 15:18. v. 27. A interpretação conclui com uma exortação para que ele se comportasse como se esperava dos reis, aliás, como nas suas inscrições Nabucodonosor afirma ter feito. Talvez, então, continues a viver em paz: é melhor entender essa expressão como referência ao tempo após o rei ter reconhecido o Altíssimo, como Young entende, e não como um arrependimento que poderia anular o decreto. Porteous observa que Nabucodonosor “recebeu a verdade principal que ele tinha de aprender sem interpretação, mas uma verdade geral tem pouca influência, a não ser que seja apropriada pelo indivíduo. Nabucodonosor precisa primeiro aprender humildade antes que possa se apropriar realmente da verdade geral da soberania de Deus”.


    3) O cumprimento (4:28-37) v. 29. Doze meses não tinham produzido mudança do cenário. Com a evidência do seu poder diante dos seus pés, o rei falou palavras semelhantes àquelas gravadas em milhares de tijolos das suas construções e em inscrições mais longas e jactanciosas. v. 31. veio do céu uma voz: não houve mediador humano, v. 33. A sentença [...] cumpriu-se: o mestre dos homens preferiu a postura dos servos do homem, os animais; todo o cuidado e interesse pessoal tinham desaparecido. O rei viveu em campo aberto, longe dos seus semelhantes (conforme 39:5-18), sofrendo de uma enfermidade conhecida na medicina como licantropia, um tipo de esquizofrenia. Os babilônios consideravam esse comportamento um sinal da ira divina, v. 34. A doença durou o tempo anunciado e teve o seu efeito desejado. O rei orou a Deus, e foi restaurado à sanidade, sendo o reconhecimento da preeminência de Deus o único caminho para a sanidade de qualquer homem. O louvor que Nabucodonosor presta a Deus amplia as suas palavras iniciais: o governo de Deus não é limitado pela morte, nem os seus desejos, contrariados por seus súditos, v. 36. Vendo que ele estava no seu perfeito juízo, aperfeiçoado, aliás, os nobres mostraram-se ansiosos por uma audiência, e a reputação do rei melhorou, v. 37. Todo o propósito da enfermidade foi concluído com a declaração final do rei. o Rei dos céus é uma expressão singular no ATOS, embora seja um título comum dos deuses babilónicos, os deuses cujo poder nunca havia sido percebido dessa forma.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Daniel Capítulo 4 do versículo 1 até o 37

    Dn 4:1.

    Começando com uma pequena saudação (vs. Dn 4:1-3), seguida das palavras do próprio rei sobre as circunstâncias na cone (vs. Dn 4:4-9), ele apresenta a narrativa de um sonho (vs. Dn 4:10-18), que Daniel interpretou (vs, 19-27), e que se cumpriu nas experiências humilhantes de Nabucodonosor (vs. Dn 4:28-33), seguidas de maneira feliz pela recuperação e restauração do rei (vs. Dn 4:34-37).


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Daniel Capítulo 4 do versículo 19 até o 37
    b) Interpretação e cumprimento do sonho (Dn 4:19-37)

    Ao ouvir a descrição do sonho, Daniel ficou perplexo, pois ele mesmo desejava o bem para o rei, mas percebeu que o sonho continha o anúncio de um julgamento contra o rei da parte de Deus. Quase uma hora (19); a frase é idiomática; não significa que Daniel tenha ficado assombrado pelo espaço de quase uma hora; pois poderíamos traduzi-la corretamente como "por um momento". Então Daniel interpreta o sonho e adverte o rei sobre o que deve ser feito se o período de tranqüilidade, antes do julgamento, tiver de ser prolongado (27). Geralmente é assumido que, se Nabucodonosor se tivesse arrependido, seria afastada a calamidade ameaçada. O texto, entretanto, não menciona o afastamento do julgamento predito. Parece que o pensamento é que o julgamento ameaçado viria a fim de conduzir Nabucodonosor ao conhecimento do verdadeiro Deus (25). Entretanto, caso ele se arrependesse de seus pecados, gozaria de um mais prolongado período de tranqüilidade.

    >Dn 4:27

    Jerônimo, e muitos que o seguiram, interpretaram o versículo 27 como se este dissesse: "Redime teus pecados por meio de esmolas e tuas iniqüidades demonstrando misericórdia aos pobres". Isso, naturalmente, ensinaria salvação por meio do mérito das obras humanas; tal pensamento, entretanto, é estranho não só para esse versículo, como também para a Bíblia inteira. As palavras de Daniel não significam: "Redime teus pecados por meio de esmolas", mas antes, quebra (isto é, interrompe) teus pecados, por meio de ações justas. Em outras palavras, aqui há em vista um mandamento que visa ao arrependimento, voltando-se do mal para praticar o bem. É uma perversão do texto forçá-lo para que ensine a doutrina da salvação por meio do mérito humano.

    >Dn 4:30

    O versículo 30 deveria ser observado, visto que reflete com tanta exatidão a atitude de Nabucodonosor. Ele era primariamente um edificador, e não um guerreiro, e suas próprias declarações, preservadas em inscrições cuneiformes, mostram seu orgulho na cidade e no palácio que ele reconstruiu. O julgamento sobreveio a Nabucodonosor conforme fora predito, e ele foi expulso do meio dos homens, aparentemente afetado da enfermidade conhecida como licantropia (33). No fim do tempo predito, voltou ao rei a sua razão e com um coração de fé louvou ao verdadeiro Deus (34-37).


    Dicionário

    Coisas

    coisa | s. f. | s. f. pl.

    coi·sa
    (latim causa, -ae, causa, razão)
    nome feminino

    1. Objecto ou ser inanimado.

    2. O que existe ou pode existir.

    3. Negócio, facto.

    4. Acontecimento.

    5. Mistério.

    6. Causa.

    7. Espécie.

    8. [Informal] Qualquer pessoa do sexo feminino cujo nome se ignora ou não se quer nomear.

    9. [Informal] Órgão sexual feminino.

    10. Qualquer objecto que não se quer ou não se consegue nomear (ex.: essa coisa não serve para nada).

    11. [Informal] Órgão sexual masculino. = COISO

    12. [Brasil: Nordeste] Cigarro de haxixe ou marijuana. = BASEADO


    coisas
    nome feminino plural

    13. Bens.


    aqui há coisa
    [Informal] Expressão que indica que algo levanta suspeitas ou dúvidas. = AQUI HÁ GATO

    coisa alguma
    O mesmo que nada.

    coisa de
    [Informal] Aproximadamente, cerca de.

    coisa nenhuma
    Usa-se para negar a ausência total de objectos, coisas, ideias, conceitos, etc. (ex.: não se lembrou de coisa nenhuma para dizer; coisa nenhuma lhe parecia interessante). = NADA

    coisas da breca
    [Informal] Coisas inexplicáveis, espantosas.

    coisas do arco-da-velha
    [Informal] Histórias extraordinárias, inverosímeis.

    coisas e loisas
    [Informal] Grande quantidade de coisas diversificadas.

    [Informal] Conjunto de coisas indeterminadas.

    como quem não quer a coisa
    [Informal] Dissimuladamente.

    fazer as coisas pela metade
    [Informal] Não terminar aquilo que se começou.

    mais coisa, menos coisa
    [Informal] Aproximadamente.

    não dizer coisa com coisa
    [Informal] Ter um discurso desconexo; dizer disparates, coisas sem sentido.

    não estar com coisas
    [Informal] Agir prontamente, sem hesitar.

    não estar/ser (lá) grande coisa
    [Informal] Não estar/ser particularmente bom ou extraordinário.

    ou coisa que o valha
    [Informal] Ou algo parecido.

    pôr-se com coisas
    [Informal] Arranjar problemas ou dificuldades onde não existem.

    que coisa
    [Informal] Exclamação que se usa para exprimir espanto, desagrado ou irritação.

    ver a
    (s): coisa
    (s): malparada(s)
    [Informal] Prever insucesso ou perigo aquando da realização de algo.


    Sinónimo Geral: COUSA


    Nabucodonosor

    -

    Nebo protege o limite! Filho e sucessor de Nabopolassar, o fundador do império babilônico (605 a 562 a.C.). Ele foi mandado por seu pai, à frente de um exército, para castigar Faraó-Neco, rei do Egito. Pouco tempo antes tinha este príncipe invadido a Síria, derrotado Josias, rei de Judá em Megido, e submetido toda aquela região, desde o Egito a Carquemis, cidade situada sobre o Eufrates superior, que, na divisão dos territórios de Assíria depois da destruição de Ninive, tinha passado para Babilônia (2 Rs 23.29, 30). Nabucodonosor derrotou Neco na grande batalha de Carquemis, 605 a.C. (Jr 46:2-12), recuperou Coele-Síria, Fenícia e Palestina, tomou Jerusalém (Dn 1:1-2), e estava em marcha para o Egito, quando recebeu notícias da morte de seu pai – voltou, então, apressadamente para Babilônia, apenas acompanhado das suas tropas ligeiras. Foi por este tempo que Daniel e seus companheiros foram conduzidos para Babilônia, onde bem depressa se tornaram notáveis sob a proteção de Nabucodonosor (Dn 1:3-20). o rei Jeoaquim, que tinha sido conservado sobre o trono de Judá, como rei vassalo de Nabucodonosor, revoltou-se, passados três anos, contra os dominadores (2 Rs 24). o imperador da Babilônia, pela segunda vez, marchou contra Jerusalém, que se submeteu sem grandes esforços (Jr 22:18-19). Jeoaquim foi morto, e em seu lugar foi colocado seu filho Joaquim, que dentro de três meses deu sinais de não estar satisfeito com o jugo, provocando assim a vinda de Nabucodonosor a Jerusalém pela terceira vez. o imperador babilônio depôs o jovem príncipe e mandou-o para Babilônia, conservando-o preso pelo espaço de trinta e seis anos. Com o rei de Judá foi também uma grande parte da população, sendo também levados os principais tesouros do templo, que foram depositados no templo de Bel-Merodaque. Depois reinou Zedequias, filho do rei Josias e tio de Joaquim, em Judá, como rei vassalo – mas fez um tratado com o imperante do Egito, apesar dos avisos de Jeremias (Ez 17. 15), cortando a sua aliança com o rei da Babilônia. Veio novamente Nabucodonosor, e, depois de um cerco de dezoito meses, tomou a cidade de Jerusalém (586 a.C.). os filhos de Zedequias foram assassinados à vista de seu pai – depois foram tirados os olhos ao próprio rei, que foi levado para Babilônia, onde foi definhando até ao fim da vida (2 Rs 24.8 – 25.21). Deve notar-se que o profeta Jeremias (Jr 32:4-5 – 34,3) tinha predito a deportação de Zedequias para Babilônia, ao passo que Ezequiel (Ez 12:13) tinha profetizado que ele não veria aquela cidade. Ambas as profecias foram literalmente cumpridas, visto como Zedequias foi cruelmente privado da vista antes de ser arrastado a duro cativeiro naquela cidade. Gedalias, judeu, foi nomeado governador de Jerusalém, mas pouco tempo depois foi morto, fugindo muitos judeus para o Egito, e sendo outros levados para Babilônia. À conquista de Jerusalém seguiu-se rapidamente a queda de Tiro e a completa submissão da Fenícia, 586 a C. (Ez 26:28). Depois destes acontecimentos foram os babilônios contra o Egito, infligindo grandes penas a este país, 582 a.C. (Jr 46:13-26Ez 29:2-20). Dizia mais tarde Nabucodonosor: ‘Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei?’ (Dn 4:30). Este seu orgulho fundava-se em ter admiravelmente realizado a construção de grandes obras. Nessas obras estavam compreendidos mais de vinte templos, várias fortificações, a abertura de canais, extensos diques junto do rio, e os célebres jardins suspensos. Em toda a Babilônia a descoberta de tijolos, achando-se neles gravados o nome de Nabucodonosor, é um atestado do seu espirito empreendedor, bem como da sua opulência e gosto. As escavações que se têm feito em Babilônia nestes últimos anos, especialmente no inverno de 1908 a 1909, puseram a descoberto uma parte considerável do palácio de Nabucodonosor, cuja magnificência não foi exagerada. Um dos muros exteriores, por exemplo, tem mais de 21 metros de espessura. Um dos mais lembrados incidentes da vida de Nabucodonosor é a construção da grande imagem na planície de Dura, recusando-se a adorá-la Sadraque, Mesaque, e Abede-Nego. Foram, por isso, estes jovens lançados numa fornalha de fogo, mas miraculosamente preservados de todo o mal (Dn 3). Pelo fim do seu reinado, como castigo da sua soberba e vaidade, foi Nabucodonosor atacado de uma estranha forma de loucura, a que os gregos chamam licantropia – por essa doença imagina o enfermo estar transmudado em animal, abandonando então as habitações dos homens e indo para os campos viver uma vida de irracional (Dn 4:33). o primeiro uso que fez da sua restaurada razão foi reconhecer a justiça do Poderoso Governador dos homens, e oferecer um cântico de louvor pela mercê que lhe foi concedida. Morreu em idade avançada, tendo reinado pelo espaço de quarenta e três anos. Uma espécie de monoteísmo, com mistura de politeísmo, pelo que nos diz a Escritura, pode explicar a sua quase exclusiva devoção a um deus do seu país, que tinha o nome de Merodaque (Dn 1:2 – 4.24, 32, 34, 37 – 2.47 – 3.12, 18, 29 – 4.9). Parece, em algumas ocasiões, ter identificado Merodaque com o Deus dos judeus (Dn
    4) – mas em outras parece ter considerado o Senhor como uma das divindades locais e inferiores, sobre as quais governava Merodaque (Dn 3).

    (Aram. e Heb. “Oh Nabu (divindade babilônica), proteja meu filho (ou minha fronteira)”). Foi o segundo e o maior rei do Império Babilônico. Seu nome é encontrado na Bíblia nos livros de II Reis II Crônicas, Esdras, Je-remias, Ezequiel e Daniel. Era filho de Nabopolassar (cujo nome não é mencionado nas Escrituras), fundador da dinastia babilônica que eclipsou o Império Assírio, em 612 a.C. Nabucodonosor foi coroado príncipe e comandante do exército caldeu que derrotou as forças de Faraó-Neco, do Egito. Em 605 a.C., na época em que seu exército invadiu Judá, quando capturou Jerusalém, tornou-se rei, após a morte de seu pai. Provavelmente governou como príncipe regente antes desse período.

    Como rei, Nabucodonosor governou até 562 a.C., por mais da metade do período de domínio babilônico (612 a 539 a.C.). Era um grande administrador, e muito do esplendor da cidade de Babilônia deviase a ele, inclusive os Jardins Suspensos, uma das sete maravilhas do mundo antigo. Depois de sua morte, o poder do Império Babilônico declinou, até que finalmente foi derrotado pela aliança medopersa em 539 a.C.

    As referências ao nome de Nabucodonosor nas histórias paralelas em II Reis 24:25 e II Crônicas 36 relacionam-se com as várias fases da conquista e destruição de Judá (605, 597, 586 a.C.). A descrição do ataque final menciona que os utensílios do Templo foram saqueados e levados para a Babilônia e o próprio Santuário foi queimado (2Cr 36:18-19). Exceto os que morreram, a maioria dos judeus foi deportada para a Babilônia (v. 20).

    O nome de Nabucodonosor aparece duas vezes no livro de Jeremias (25:9-11; 27:
    6) em profecias sobre o exílio de Judá na Babilônia; sua duração específica é determinada: 70 anos (25:9). O nome também aparece em Jeremias 39, que fala sobre a decisão de Nabucodonosor de deixá-lo em Jerusalém (vv. 1,5,11). Todas as referências a Nabucodonosor em Ezequiel têm que ver com as profecias das suas vitórias sobre Tiro (Ez 26:7; Ez 29:18) e o Egito (29:19; 30:10). Em todas essas utilizações históricas e proféticas, está claro que mesmo um governante como Nabucodonosor foi usado para cumprir os propósitos soberanos do Senhor Deus na História, especialmente seu juízo.

    A ilustração bíblica mais clara da personalidade de Nabucodonosor e sua resposta ao Senhor é vista no livro de Daniel. Somente as narrativas dos caps. 1 a 4 ocorrem durante a vida dele, embora haja referências posteriores em Daniel 4:5. O quadro que surge é de um monarca extremamente inteligente e sofisticado (1:18-20), mas igualmente um tirano iracundo (2:12; 3:13), cujo ego era tão enorme quanto seu poder (4:30).

    Provavelmente Nabucodonosor tornou-se crente no Senhor Deus no final de sua vida. A promoção de Daniel e seus amigos, Hananias Misael e Azarias, foi seguida por louvores a Deus como o “revelador dos mistérios” (Dn 2:47). Depois do episódio da fornalha ardente, o rei novamente expressou louvores ao Senhor e decretou que ninguém devia falar contra o Deus dos judeus (Dn 3:29). Finalmente, após ser acometido por um acesso de loucura por causa de seu orgulho (Dn 4:32), Nabucodonosor foi restaurado (v. 34), reconheceu que o Senhor era o Rei sobre o céu e a terra e o glorificou (vv. 35-37). Se esta progressão não representa uma conversão, pelo menos contrasta nitidamente com o orgulho e a cegueira espiritual do último rei da Babilônia, Belsazar (Dn 5:18-23).

    Na sequência histórica, a última referência a Nabucodonosor é em Esdras 5:12. Nesse texto, uma carta do governador medo-persa refere-se a “Nabucodonosor, rei de Babilônia, o caldeu”. O termo “caldeu” provavelmente refere-se à origem geográfica de sua família, no sul do Mesopotâmia (isto é, a Caldéia; veja Gn 11:28). A.B.L.


    Nabucodonosor [NEBO, Protege o Teu Servo] - Rei do Império Neobabilônico (605-562 a.C.). Em 587 ou 586 ele destruiu Jerusalém e levou o povo de Judá para o CATIVEIRO (2Rs 25:1-22). Seu nome é mencionado várias vezes em Jr, Ez e Dn.

    Rei

    substantivo masculino Monarca; aquele que detém o poder soberano num reino.
    Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa.
    Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete.
    Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira.
    Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez.
    Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas.
    substantivo masculino plural Reis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos.
    Gramática Feminino: rainha.
    Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.

    substantivo masculino Monarca; aquele que detém o poder soberano num reino.
    Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa.
    Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete.
    Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira.
    Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez.
    Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas.
    substantivo masculino plural Reis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos.
    Gramática Feminino: rainha.
    Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.

    l. o título de rei, na significação de suprema autoridade e poder, usa-se a respeito de Deus (Sl 10:16 – 47.7 – 1 Tm 1.17). 2. Este título foi aplicado a Jesus Cristo, como rei dos judeus (Mt 27:11-37, e refs.). 3. No A.T. o título de rei emprega-se em um sentido muito lato, não só falando dos grandes potentados da terra, como os Faraós do Egito (Gn 41:46) e o rei da Pérsia (Ed 1:1), mas tratando-se também de pequenos monarcas, como o rei de Jericó (Js 2:2 – cp com Jz 1:7). 4. Também se usa o título: a respeito do povo de Deus (Ap 1:6) – e da morte, como quando se diz ‘rei dos terrores’ (18:14) – e do ‘crocodilo’, como na frase ‘é rei sobre todos os animais orgulhosos’ (41:34). 5. Na história dos hebreus sucedeu o governo dos reis ao dos juizes. A monarquia, existente nos povos circunvizinhos, foi uma concessão de Deus (1 Sm 8.7 – 12.12), correspondendo a um desejo da parte do povo. Esse desejo, que já havia sido manifestado numa proposta a Gideão (Jz 8:22-23), e na escolha de Abimeleque para rei de Siquém (Jz 9:6), equivalia à rejeição da teocracia (1 Sm 8.7), visto como o Senhor era o verdadeiro rei da nação (1 Sm 8.7 – is 33:22). A própria terra era conservada, como sendo propriedade divina (Lv 25:23). Todavia, não foi retirado o cuidado de Deus sobre o seu povo (1 Sm 12.22 – 1 Rs 6.13). A monarquia assim constituída era hereditária, embora a sucessão não fosse necessariamente pela linha dos primogênitos, pois Davi nomeou Salomão como seu sucessor de preferência a Adonias, que era o seu filho mais velho nessa ocasião. A pessoa do rei era inviolável (1 Sm 24.5 a 8 – 2 Sm 1.14). Quando a coroa era colocada na cabeça do monarca, ele formava então um pacto com os seus súditos no sentido de governá-los com justiça (2 Sm 5.3 – 1 Cr 11.3), comprometendo-se os nobres a prestar obediência – e confirmavam a sua palavra com o beijo de homenagem (1 Sm 10.1). os rendimentos reais provinham dos campos de trigo, das vinhas, e dos olivais (1 Sm 8.14 – 1 Cr 27.26 a 28), e do produto dos rebanhos (1 Sm 21.7 – 2 Sm 13.23 – 1 Cr 27.29 a 31 – 2 Cr 26.10), pertencendo aos reis a décima parte nominal do que produziam os campos de trigo, as vinhas, e os rebanhos (1 Sm 8.15 e 1l). A renda do rei também se constituía do tributo que pagavam os negociantes que atravessavam o território hebraico (1 Rs 10,15) – dos presentes oferecidos pelos súditos (1 Sm 10:27 – 16.20 – 1 Rs 10.25 – Sl 72:10) – e dos despojos da guerra e as contribuições das nações conquistadas (2 Sm 8.2,7,8,10 – 1 Rs 4.21 – 2 Cr 27.5). Além disso, tinha o rei o poder de exigir o trabalho forçado, o que era para ele causa de aumentarem os seus bens. Devia, também, Salomão ter auferido lucros das suas empresas comerciais pelo mar (1 Rs 1020 – Davi, rei em Hebrom (2 Sm 2.1 a 4). 22.17,18 – 2 Sm 1.15).

    Rei
    1) Governador de um IMPÉRIO 1, (At 1:2), de um país (1Sm 8:5; Mt 2:1) ou de uma cidade-estado (Gn 14:2). Ocorrendo a morte do rei, um descendente seu o sucede no trono (1Rs 2:11-12).


    2) Título de Deus (Ml 1:14) e de Jesus (Mt 21:5; Ap 7:14; 19.16).


    3) Rei do Egito,
    v. FARAÓ.


    Reí

    (Heb. “amigável”). Um dos homens que, junto com o sacerdote Zadoque e o profeta Natã, entre outros, permaneceram fiéis ao desejo de Davi de colocar seu filho Salomão no trono, como seu sucessor (1Rs 1:8). Outro filho do rei, Adonias, tentou usurpar o reino; Salomão, entretanto, seguiu cuidadosamente os conselhos de Natã e de Zadoque e garantiu seu direito à sucessão. Para mais detalhes, veja Natã.


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Daniel 4: 28 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Todas estas coisas vieram sobre o rei Nabucodonosor.
    Daniel 4: 28 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    582 a.C.
    H3606
    kôl
    כֹּל
    Porque
    (because)
    Substantivo
    H4291
    mᵉṭâʼ
    מְטָא
    alcançar, vir sobre, atingir
    (thereof reached)
    Verbo
    H4430
    melek
    מֶלֶךְ
    para o rei
    (to the king)
    Substantivo
    H5020
    Nᵉbûwkadnetstsar
    נְבוּכַדְנֶצַּר
    Nabucodonosor
    (Nebuchadnezzar)
    Substantivo
    H5922
    ʻal
    עַל
    contra / diante
    (against)
    Prepostos


    כֹּל


    (H3606)
    kôl (kole)

    03606 כל kol (aramaico)

    correspondente a 3605; DITAT - 2789; n m

    1. todo, tudo, a totalidade
      1. a totalidade de, tudo
      2. todo, toda, todos, todas, nenhum

    מְטָא


    (H4291)
    mᵉṭâʼ (met-aw')

    04291 מטא m eta’̂ (aramaico) ou מטה m etaĥ (aramaico)

    aparentemente correspondente a 4672 no sentido intransitivo de ser achado presente; DITAT - 2825; v

    1. alcançar, vir sobre, atingir
      1. (Peal)
        1. alcançar, vir a
        2. alcançar, estender
        3. vir sobre

    מֶלֶךְ


    (H4430)
    melek (meh'-lek)

    04430 מלך melek (aramaico)

    correspondente a 4428; DITAT - 2829a; n m

    1. rei

    נְבוּכַדְנֶצַּר


    (H5020)
    Nᵉbûwkadnetstsar (neb-oo-kad-nets-tsar')

    05020 נבוכדנצר N ebuwkadnetstsar̂ (aramaico)

    correspondente a 5019; n pr m

    Nabucodonosor = “queira Nebo proteger a coroa”

    1. o grande rei da Babilônia que capturou Jerusalém e levou Judá para ocativeiro

    עַל


    (H5922)
    ʻal (al)

    05922 על ̀al (aramaico)

    correspondente a 5921; DITAT - 2908; prep

    1. sobre, em cima, por causa de, acima, para, contra
      1. sobre, em cima, por causa de, considerando, concernente a, em benefício de
      2. sobre (com verbos de dominação)
      3. acima, além (em comparação)
      4. para, contra (referindo-se a direção)