Enciclopédia de Miquéias 1:2-2

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

mq 1: 2

Versão Versículo
ARA Ouvi, todos os povos, prestai atenção, ó terra e tudo o que ela contém, e seja o Senhor Deus testemunha contra vós outros, o Senhor desde o seu santo templo.
ARC Ouvi, todos os povos, presta atenção, ó terra, em tua plenitude, e seja o Senhor Jeová testemunha contra vós, o Senhor, desde o templo da sua santidade.
TB Ouvi, todos os povos; escutai, ó terra e tudo o que nela há; e seja testemunha contra vós o Senhor Jeová, o Senhor, desde o seu santo templo.
HSB שִׁמְעוּ֙ עַמִּ֣ים כֻּלָּ֔ם הַקְשִׁ֖יבִי אֶ֣רֶץ וּמְלֹאָ֑הּ וִיהִי֩ אֲדֹנָ֨י יְהוִ֤ה בָּכֶם֙ לְעֵ֔ד אֲדֹנָ֖י מֵהֵיכַ֥ל קָדְשֽׁוֹ׃
BKJ Ouvi, todos os povos; escutai, ó terra, e tudo o que nela há; e seja testemunha contra vós o Senhor DEUS, o Senhor desde o seu santo templo.
LTT "Ouvi, todos vós, os povos; presta atenção, ó terra, e tudo o que nela há; e seja o Senhor DEUS testemunha contra vós outros, o Senhor, desde o Seu santo Templo.
BJ2 Ouvi, povos todos, presta atenção, terra, e o que a habita! Que o Senhor Iahweh[b] seja testemunha contra vós, o Senhor saiu de seu santo Templo!
VULG Audite, populi omnes, et attendat terra, et plenitudo ejus : et sit Dominus Deus vobis in testem, Dominus de templo sancto suo.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Miquéias 1:2

Deuteronômio 32:1 Inclinai os ouvidos, ó céus, e falarei; e ouça a terra as palavras da minha boca.
Salmos 11:4 O Senhor está no seu santo templo; o trono do Senhor está nos céus; os seus olhos estão atentos, e as suas pálpebras provam os filhos dos homens.
Salmos 24:1 Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam.
Salmos 28:2 Ouve a voz das minhas súplicas, quando a ti clamar, quando levantar as minhas mãos para o oráculo do teu santuário.
Salmos 49:1 Ouvi isto, vós todos os povos; inclinai os ouvidos, todos os moradores do mundo,
Salmos 50:1 O Deus poderoso, o Senhor, falou e chamou a terra desde o nascimento do sol até ao seu ocaso.
Salmos 50:7 Ouve, povo meu, e eu falarei; ó Israel, e eu, Deus, o teu Deus, protestarei contra ti.
Salmos 50:12 Se eu tivesse fome, não to diria, pois meu é o mundo e a sua plenitude.
Isaías 1:2 Ouvi, ó céus, e presta ouvidos, tu, ó terra, porque fala o Senhor: Criei filhos e exalcei-os, mas eles prevaricaram contra mim.
Jeremias 6:19 Ouve tu, ó terra! Eis que eu trarei mal sobre este povo, o próprio fruto dos seus pensamentos; porque não estão atentos às minhas palavras e rejeitam a minha lei.
Jeremias 22:29 Ó terra, terra, terra! Ouve a palavra do Senhor!
Jeremias 29:23 Porquanto fizeram loucura em Israel, e cometeram adultério com as mulheres de seus companheiros, e anunciaram falsamente em meu nome palavras que não lhes mandei dizer; e eu o sei e sou testemunha disso, diz o Senhor.
Jonas 2:7 Quando desfalecia em mim a minha alma, eu me lembrei do Senhor; e entrou a ti a minha oração, no templo da tua santidade.
Miquéias 6:1 Ouvi, agora, o que diz o Senhor: Levanta-te, contende com os montes, e ouçam os outeiros a tua voz.
Habacuque 2:20 Mas o Senhor está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra.
Malaquias 2:14 E dizeis: Por quê? Porque o Senhor foi testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela a tua companheira e a mulher do teu concerto.
Malaquias 3:5 E chegar-me-ei a vós para juízo, e serei uma testemunha veloz contra os feiticeiros, e contra os adúlteros, e contra os que juram falsamente, e contra os que defraudam o jornaleiro, e pervertem o direito da viúva, e do órfão, e do estrangeiro, e não me temem, diz o Senhor dos Exércitos.
Marcos 7:14 E, chamando outra vez a multidão, disse-lhes: Ouvi-me, vós todos, e compreendei.
Apocalipse 2:7 Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida que está no meio do paraíso de Deus.
Apocalipse 2:11 Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas: O que vencer não receberá o dano da segunda morte.
Apocalipse 2:17 Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer darei eu a comer do maná escondido e dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe.
Apocalipse 2:29 Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas.
Apocalipse 3:6 Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas.
Apocalipse 3:13 Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas.
Apocalipse 3:22 Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Miquéias Capítulo 1 do versículo 1 até o 16
SEÇÃO 1

O JULGAMENTO DE DEUS ESTÁ PERTO

Miquéias 1:1— 3.12

A. QUE JULGAMENTO? 1:1-16

1. Deus Apresenta-se Pessoalmente (1:1-5)

Como todos os verdadeiros profetas em Israel, Miquéias, sob inspiração divina, ex-pôs a mensagem de Deus aos seus contemporâneos. Sentia-se sob autoridade direta de Deus, a quem apenas deveria obedecer, pois a palavra do SENHOR (1) veio a ele. Conhecedor da vontade e dos propósitos santos do Senhor, Miquéias sentiu-se compelido a compartilhar com seu povo estes desígnios solenes. Com a confiança em Deus e a certe-za de que falava as palavras da verdade, o profeta era destemido e não dava a mínima para as conseqüências pessoais ao entregar a mensagem.

Sob este aspecto, Miquéias é um modelo para os pregadores de todos os tempos. O mensageiro tem de ser homem de Deus e da Palavra de Deus. Deve ser confiante de que tem uma revelação divina. Precisa ser ousado ao falar a verdade para passar segurança e ser convincente. Só o homem que, como Miquéias, se sente compelido por Deus deve engajar-se na obra da pregação. Mas o que sente esta compulsão não ousa tardar em obedecer.
Natural de Morasete ou Moresete (ver Introdução), Miquéias profetizou durante os reinados de três reis sucessivos de Judá: Jotão, Acaz e Ezequias (1; ver diagrama A). Esta prova interna fixa a data de seus trabalhos entre 750 e 687 a.C. Embora morasse em Judá, sua mensagem era pertinente a Samaria, capital de Israel, e a Jerusalém, capital de Judá. Ao considerarmos que Samaria foi destruída em 712 a.C., é claro que a primeira parte da profecia deve ser datada antes desse ano.

Este capítulo, que estremece com o julgamento iminente, inicia com uma descrição gráfica e figurativa do Senhor que desce do lugar de sua habitação santa para julgar um povo rebelde. A terra inteira é convocada. Todos os homens de todos lugares recebem a ordem de parar e ouvir o que Deus tem a dizer sobre o templo da sua santidade (2). O Senhor viera lidar principalmente com a transgressão de Jacó (5; o Reino do Norte) e de sua capital, Samaria, e com a maldade de Judá, que se concentrava em sua capital, Jerusalém. Mas Jeová é o Deus de toda a terra. O Senhor não está afastado de nosso mundo. Preocupa-se com os assuntos humanos. Sua palavra é mais urgente que qual-quer coisa que demande nossa atenção. Todos têm de parar e prestar atenção. "Onde Deus tem uma boca para falar, temos de ter ouvidos para ouvir; todos precisamos agir assim, porque a mensagem diz respeito a todos".'

O SENHOR... andará sobre as alturas da terra (3). A imagem descreve o Deus que usa o cume das montanhas como degraus para se aproximar do povo. Debaixo de seus passos largos e majestosos, as montanhas desaparecem e a terra se torna uma planície nivelada: "Debaixo dele as montanhas se derretem e fluem para os vales, como cera que se derrete diante do fogo e escorre como água" (4, Phillips). Veja como Moffatt traduz o versículo 5.

E tudo isso por causa da transgressão de Jacó, Por causa dos pecados da casa de Judá! A transgressão de Jacó? Não está em Samaria? O pecado de Judá? Não está em Jerusalém?

Até hoje Deus interfere nos assuntos dos homens e das nações. Sempre que o Senhor entra em uma situação, é para mudar. Não há circunstância que esteja fora de seu inte-resse ou haja alguém que escape de seu julgamento.

2. Como será o Julgamento de Deus (1.6,7)

Ao falar na primeira pessoa, Deus declara que Samaria será completamente arrasa-da. Farei de Samaria um montão de pedras do campo (6). Segundo a Versão Bíbli-ca de Berkeley, o montão de pedras do campo são terraplanagens em terreno pedre-goso para uso comum no cultivo de uvas. A cidade outrora orgulhosa se tornará um lugar vazio para a plantação de vinhedos. Descobrirei os seus fundamentos, ou seja, as paredes de pedra dos edifícios e as muralhas da cidade serão lançadas para o vale abai-xo, a fim de deixar as fundações descobertas e expostas para todos verem — um memorial trágico por causa da desobediência e falta de espiritualidade do povo. Todas as suas imagens de escultura serão despedaçadas (7). Os ídolos das deidades pagãs, cuja adoração fora praticada em Israel, serão estraçalhados e os presentes dados a esses ído-los, queimados.

Esta ruína virá sobre a cidade, porque Samaria abandonara o verdadeiro Deus e cometera prostituição espiritual. Como a esposa infiel vai atrás de outros homens, assim Israel tinha seguido outros deuses. Além disso, grande parte da prosperidade da cidade era resultado de taxas das prostitutas cultuais ligadas aos recintos adjacentes aos tem-plos pagãos. A Septuaginta traduz o versículo 7d assim: "Porque juntou dos salários da fornicação, e dos salários da fornicação acumulou riquezas".

Este julgamento foi realizado pelos exércitos assírios sob o comando de Salmaneser e de Sargão (2 Rs 17:4-6). Quando Oséias, rei de Israel, reteve o tributo da Assíria, Salmaneser saqueou a terra, lançou Oséias na prisão e sitiou a cidade. Em 721 a.C., depois de três anos de assédio, Sargão (por esta época, rei da Assíria) reduziu a cidade a entulho e fez de Samaria estado vassalo regido por um governador provinciano na antiga cidade da realeza. Em sua inscrição, Sargão afirma ter deportado nesta ocasião 27.290 israelitas. A maioria destes foi mandado para a Média, onde se estabeleceu. Para com-pletar as classes mais pobres que ficaram na terra, Sargão importou estrangeiros de várias regiões de dominação assíria.

3. O Profeta Lamenta (1:8-16)

Miquéias pranteia não só o golpe mortal que se abaterá sobre Israel, mas também o fato de que as corrupções do Reino do Norte tomaram conta de Judá, até chegar a Jeru-salém. Em vista disso, deduz-se que o julgamento de Deus englobaria a pátria do profe-ta. De fato, o sucessor de Sargão, Senaqueribe, invadiu Judá e sitiou a própria Jerusa-lém. Talvez seja isso que Miquéias quis dizer quando profetizou: Estendeu-se até à porta do meu povo, até Jerusalém (9).

Miquéias bem sabia que o desentendimento moral e espiritual entre um povo era uma ferida fatal que só podia ser curada pela volta a Deus. A sua chaga é incurável é, literalmente, "ele está gravemente doente por causa de suas feridas". Para o profeta, está bastante claro que o salário do pecado sempre é a morte.

É fato sério que a obstinação no pecado entre qualquer grupo de pessoas sempre ocasiona o julgamento divino. Trata-se de urna ferida que só Deus pode curar.

Para dramatizar sua tremenda preocupação e impressionar o povo com a escassez que, sem dúvida, viria, Miquéias expressa abertamente sua dor de maneira comum em seus dias. Por isso, lamentarei, e uivarei, e andarei despojado e nu (8). Ele tirou os calçados e a roupa de cima. O profeta ficou tão profundamente abalado pelo que viria sobre sua gente, que tinha vontade de fazer "lamentações como de chacais e pranto como de avestruzes" (8b, ARA). Os terríveis uivos noturnos dos chacais (dragões) e o som triste e pesaroso das avestruzes expressam emoções de medo e tormento que palpita-vam incontrolavelmente no interior do profeta.

Os homens de Deus que desejam eficiência no ministério devem tomar parte na preocupação sensata de Miquéias pelos santos sofredores e pelo julgamento dos pecado-res. É necessário que o ministro seja incitado pela palavra que recebe do Senhor. Tem de ser tocado pela verdade que dá ao povo; pois é somente quando seu coração tem esse tipo de preocupação que sua mensagem atinge o coração dos que o ouvem. Para que a prega-ção seja significativa, a comunicação tem de ser de coração para coração.
Miquéias ficou não só aflito com a situação difícil e triste do povo, mas também com raiva quando lembrou os pecados que ocasionaram esta catástrofe. Por causa disso, foi extremamente satírico ao anunciar a destruição que viria sobre Judá, ao servir-se de uma série de trocadilhos (10-15) feitos com os nomes das cidades da região sudoeste da Palestina. O dramático jogo de palavras aparece na tradução de J. B. Phillips:

Portanto, em Gate, onde as histórias são contadas, não digais uma palavra!

Em Aco, a cidade da Lamentação, não derrameis uma lágrima!
Em Afra, a casa do Pó, rastejai no pó!

E vós que morais em Safir, a cidade da Beleza, saí, pois a vossa vergonha está

descoberta!

Vós que morais em Zaanã, a cidade da Marcha, agora não há marcha para vós! E Bete-Ezel, situada na ladeira, em sua tristeza não pode oferecer posição segura, Os habitantes de Marote, a cidade da Amargura, esperam tremulamente pelo bem, Mas a desgraça desceu do Senhor até a porta de Jerusalém!

Agora, vós que morais em Laquis, cidade famosíssima por seus cavalos,
Pegai vossos corcéis mais velozes e atrelai-os aos vossos carros!
Pois o pecado da filha de Sião começou convosco,
E em vós achou-se a fonte da rebelião de Israel.
Portanto, dai vosso dote de despedida para Moresete de Gate!

As casas de Aczibe, aquele riacho seco, foram uma ilusão para os reis de Israel, E uma vez mais trago um conquistador contra vós, homens de Moresete, Enquanto a glória de Israel está escondida na caverna de Adulão.

Miquéias fala que Laquis foi o princípio do pecado para a filha de Sião (Jerusa-lém, 13). O profeta quer dizer que foi aqui que as corrupções idólatras do Reino do Norte encontraram seu primeiro ponto de apoio no Reino do Sul. Ele dá a entender (14,15) que as pessoas deste lugar queriam enviar presentes à cidade natal do profeta, Moresete-Gate ou Maressa, e à vizinha cidade de Aczibe, a fim de garantir o apoio delas contra o inimigo. Mas essa ajuda, diz o profeta, não virá, pois um herdeiro (15, "inimigo", NTLH; "vencedor", ECA; ou "conquistado?, NVI) também derrotará tais cidades. Nas palavras Adulão a gló-ria de Israel, Miquéias recorda que o apuro de Judá é como o de Davi, que em um desespe-rado momento de fuga achou refúgio na caverna de Adulão, situada perto de Maressa. Ele vê a glória da outrora orgulhosa nação hebraica enfrentando uma nova Adulão de desespero.

O lamento triste de Miquéias se encerra com uma conclamação para o povo lamen-tar a perda iminente de seus filhos. Essas crianças, que foram criadas com esmero e carinho, estão destinadas a uma vida dura de escravidão na terra do inimigo. Ao falar deste pranto, Miquéias usa um símbolo comum de aflição: Faze-te calva e tosquia-te (16). Devem tosquiar (raspar) as cabeças (cf. Am 8:10; Is 22:12; Jr 16:6). Os filhos das tuas delícias ou "os teus filhos queridos" (Phillips; NTLH). Nesse luto, diz Miquéias, ficarão semelhantes à águia, ou melhor, ao urubu (ASV, nota de margem), cuja cabeça, diferente da águia, é calva, porque tem penas no restante do corpo.

Como indicado acima, este julgamento que Miquéias presenciou sobre Judá acarre-tava no cerco de Senaqueribe em 701 a.C. Ao compararmos esta passagem com Isaías 10:28-32, vemos algo do pânico e destruição que se espalhava de cidade em cidade com a aproximação dos exércitos assírios. Mas as repreensões de Miquéias foram levadas a sério pelo rei Ezequias (Jr 26:18-19), e a mensagem complementar de Isaías deu mais esperança e fé ao rei. Pela penitência e confiança em Deus, o julgamento foi atrasado (II Reis 18:14-16; Is 37:36-37).


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Miquéias Capítulo 1 versículo 2
O SENHOR convoca todos os povos para que sejam testemunhas do juízo e conheçam as suas acusações contra Israel (conforme Mq 6:1-2).

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Miquéias Capítulo 1 do versículo 1 até o 16
*

1.1

Miquéias, morastita. O nome Miquéias é uma forma abreviada de Micayahu ("Quem é como Yahweh?"). A cidade de Moresete estava localizada perto de Gate, na Sefelá, isto é, nos sopés das colinas de Judá.

que em visão. A mensagem divina dada a Miquéias tomou a forma de uma revelação sobrenatural à visão e à audição interiores do profeta.

*

1.2-7

Essa profecia consiste em quatro partes: a convocação das nações ao julgamento (v. 2); uma visão simbólica de Deus transtornando a criação (vs. 3 e 4); uma acusação contra as capitais de Israel (v. 5); e a sentença divina acerca da destruição de Samaria (vs. 6 e 7).

*

1.2

todos os povos... contra vós outros. O julgamento de Deus contra Samaria (vs. 6 e
7) exemplifica e prefigura o julgamento divino contra todos os povos que cometem a idolatria e os crimes sociais.

*

1.3-5

Por detrás do exército assírio, o profeta viu a mão de Deus (conforme Is 10:5,6). A profundeza do julgamento divino contra Jerusalém e Samaria é vividamente retratada em termos da destruição da própria ordem criada.

*

1:3

altos da terra. Quem quer que controlasse as regiões altas de Israel, controlava a nação.

*

1:4

fogo... num abismo. Essas palavras vinculam a visão simbólica com a queda histórica de Samaria (vs. 6 e 7), a qual ficava localizada em uma colina (1Rs 16:24).

*

1:5

Jacó... Israel. "Jacó" e "Israel" ocorrem juntos com frequência no livro de Miquéias, referindo-se a todo o povo na aliança com Deus; algumas vezes, "Jacó" representa o povo de Israel como um todo (2.12; 3.1,8,9). A segunda ocorrência de "Jacó", neste versículo, aponta para o reino do norte, Israel, em distinção ao reino de Judá. Neste livro de Miquéias, entretanto, "Israel" designa Judá como representante da nação inteira.

*

1:7

preço da prostituição. As antigas religiões de fertilidade do antigo Oriente Próximo envolviam prostituição ritual, uma atividade estritamente proibida para Israel (Dt 23:17). As riquezas que lhes eram pagas e por elas usadas para fazer ídolos, seriam tomadas pelos assírios e usadas da mesma maneira.

*

1.8-16

Este lamento divide-se em três partes: Uma introdução, declarando a resolução de Miquéias de lamentar pelo exílio de Judá (vs. 8 e 9); um corpo principal, com uma série de jogos de palavras acerca dos nomes das fortalezas de Judá (referências laterais) predizendo a queda e o exílio de Judá (vs. 10-15); e uma conclusão, convocando a casa de Davi para participar da lamentação, porque a nação iria para o exílio (v. 16).


*

1:8

despojado e nu. Um ato simbólico referindo-se à ameaça do cativeiro (Is 20:2-4).


*

1:9

porta. O rei da Assíria, Senaqueribe, alcançou os portões de Jerusalém, mas não tomou a cidade (v. 12; Introdução: Data e Ocasião).

*

1:10

Não o anuncieis em Gate. O lamento de Miquéias por causa da queda da casa de Davi nos faz lembrar o lamento de Davi sobre a queda de Saul, em circunstâncias parecidas (2Sm 1:20).

revolvei-vos no pó. Uma vívida expressão de tristeza em vista de uma derrota humilhante (Jr 6:26).

*

1:11

Zaanã... sair. Ver a referência lateral. Apesar de seu nome — rica em rebanhos — os habitantes dessa cidade se acovardariam e não sairiam à batalha.

Bete-Ezel. Literalmente, esse nome significa “casa adjacente”. A palavra hebraica Ezel assemelha-se a um verbo que significa "retirar" ou "reter". Essa cidade haveria de reter sua proteção de Judá por haver sido anexada pelo conquistador.

*

1:12

Marote. Ver a referência lateral. Embora anelasse pelo bem, essa cidade experimentaria o amargor da derrota.

*

1:13

corcéis... carro... Laquis. Uma grande cidade-fortaleza de Judá, localizada a sudoeste de Jerusalém, Laquis abrigava um contingente de carros de combate. Aqui a referência aos corcéis (o termo hebraico correspondente assemelha-se a "Laquis") talvez subentenda que os carros de combate eram usados para fugir, e não para combater.

o princípio do pecado. A natureza exata dessas transgressões não é explicada. Muitos têm sugerido que isso envolvia a importação de cavalos do Egito para serem usados na guerra (5.10; Dt 17:16; 1Rs 10:28,29), induzindo a nação de Israel a depender de suas forças militares, em lugar de depender do Senhor.

a filha de Sião. Uma personificação de Jerusalém.

*

1:14

presentes. Está em foco aqui o dote que um pai daria à sua filha, quando ela partir para a casa de seu marido (1Rs 9:16). Os habitantes de Moresete-Gate partiriam para o exílio.

as casas de Aczibe serão para engano. Ver a referência lateral. O nome dessa cidade se parece muito com a palavra hebraica que significa "enganadora", vocábulo esse usado para indicar um "ilusório ribeiro", em Jr 15:18. A cidade de Aczibe desapontaria o rei de Judá.

*

1:15

chegará até Adulão a glória de Israel. Assim como Davi tinha fugido para a caverna de Adulão (2Sm 23:13), assim também os líderes ("a glória") de Israel fugiriam. O corpo principal do lamento (vs. 10-15) começa e termina com referências literárias à carreira de Davi (v. 10, nota).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Miquéias Capítulo 1 do versículo 1 até o 16
MIQUEAS profetiza para o Judá em 742-687 a.C.

Ambiente da época: O rei Acaz colocou ídolos pagãos no templo e finalmente enclausurou suas portas. quatro nações diferentes arrasaram Judá. Quando Ezequías subiu ao trono, a nação começou um lento caminho para a recuperação e o vigor econômico. Ezequías provavelmente escutou muito do conselho do Miqueas.

Mensagem principal: Predisse a queda tanto do reino do norte do Israel como do sul do Judá. Esta foi a disciplina de Deus sobre o povo, em realidade uma demonstração do muito que se preocupava com eles. O bom governo do Ezequías ajudou a pospor o castigo sobre o Judá.

Importância da mensagem: Decidir viver uma vida separada de Deus é fazer um compromisso com o pecado. O pecado leva a castigo e à morte. Unicamente Deus conduz a sua paz eterna. Sua disciplina freqüentemente os mantém no caminho correto.

Profetas contemporâneos: Oseas (753-715) Isaías (740-681)

1:1 Miqueas e Isaías viveram na mesma época, aproximadamente do ano 750 aos 680 a.C. Sem dúvida alguma se conheceram. Miqueas dirigiu sua mensagem principalmente ao Judá, o reino do sul, mas também teve algumas palavras para o Israel, o reino do norte. Judá desfrutou de grande prosperidade nesta época. Dos três reis mencionados, Jotam (750-735) e Ezequías (715-686) trataram de seguir a Deus (2Rs 15:32-38; 2Rs 15:18-20); mas Acaz foi um dos reis mais perversos que reinasse no Judá (ver 2 Rseis 16).

1.3-6 Jerusalém era a capital do Judá (o Reino do Sul); Samaria era a cidade capital do Israel (o reino do norte). A destruição da Samaria se cumpriu literalmente durante a vida do Miqueas, em 722 a.C. (2Rs 17:1-18), tal e como ele o havia predito.

1:5 Existem dois pecados identificados na mensagem do Miqueas: a perversão da adoração (1.7, 3:5-7, 11; 55.12,
13) e a injustiça para outros (2.1, 2, 8, 9; 3.2, 3, 9-11; 7:2-6). Estes pecados se infiltraram de forma flagrante nas cidades capitais e infectaram a nação inteira.

1:9 Os pecados da Samaria já eram incuráveis; e o castigo de Deus sobre ela já tinha começado. Seu pecado não era como um arranhão na pele, mas sim como uma punhalada em um órgão vital. O pecado tinha ocasionado uma ferida que logo se tornaria mortal. (Em realidade Samaria foi destruída a princípios do ministério do Miqueas). Em forma trágica, o pecado da Samaria influiu em Jerusalém e o castigo chegou a suas próprias portas. Isto provavelmente se refere ao sítio do Senaquerib no ano 701 a.C. (ver 2 Rseis 18:19).

1.10-16 Existe um trocadilho, em hebreu, destes versículos. Miqueas denuncia com amargura cada povo utilizando as palavras Shafir que sonha como a palavra hebréia "beleza", Zaanan soa como o verbo "partir para frente" e Betesel soa como a palavra "alicerce". Leia 1.11 em voz alta, substituindo o significado do nome de cada cidade, e você notará o efeito que provocam a eleição de vocábulos que fez Miqueas.

1:13 O povo do Laquis influiu a muitos para que seguissem seu exemplo de maldade. Freqüentemente fazemos o mesmo quando pecamos. você seja um líder ou não, outros observam suas ações e suas palavras diárias mais do que você crie. E eles podem decidir imitar sua conduta, já seja que você saiba ou não.

1:14 Moreset era a terra natal do Miqueas (1.1).

1:15 Este versículo também pode traduzir-se, "a glória do Israel entrará no Adulam". O terreno que rodeava ao Adulam tinha numerosas covas. Miqueas estava advertindo que quando o inimigo se aproximasse, os príncipes soberbos do Judá se veriam forçados a fugir e esconder-se nestas covas.

1:16 Miqueas descreveu a dor devastadora dos pais ao ver que seus filhos seriam levados como escravos a uma terra longínqua. Isto acontecia com freqüência, tanto no Israel como no Judá, mas seria de uma forma muito mais terrível quando as duas nações fossem completamente conquistadas. Aconteceu assim: Israel foi conquistada no ano 722 a.C. e Judá no ano 586 a.C.

Um sinnúmero de pessoas são vítimas na atualidade de intentos carentes de ética por lhes tirar o pouco que têm e dar-lhe a outros que são mais poderosos. Algumas destas ações podem estar legalmente permitidas, mas não são moralmente aceitáveis ante Deus. O fato de ser legais não significa que são corretas.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Miquéias Capítulo 1 do versículo 1 até o 16
I. a mensagem para o UNIDAS (Mq 1:1)

1 A palavra do Senhor que veio a Miquéias, morastita, nos dias de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá, que ele viu sobre Samaria e Jerusalém.

2 Ouvi, povos, todos vocês; presta atenção, ó terra, e tudo o que neles há, e deixar que o Senhor Deus seja testemunha contra vós, o Senhor desde o seu santo templo. 3 Pois eis que o Senhor está a sair do seu lugar, e virá para baixo, e andará sobre a lugares altos da terra. 4 Os montes debaixo dele se derreterão, e os vales se fenda, como a cera diante do fogo, como as águas que se precipitam por um declive. 5 Para a transgressão de Jacó é tudo isso, e pelos pecados da casa de Israel. Qual é a transgressão de Jacó? não é Samaria? e quais são os altos de Judá? são elas não Jerusalém? 6 Por isso farei de Samaria um montão de pedras do campo, e como lugares de plantar vinhas; e farei rebolar as suas pedras para o vale, e descobrirei os seus fundamentos. 7 Todas as suas imagens esculpidas serão despedaçadas, todos os seus salários serão queimados pelo fogo, e todos os seus ídolos farei uma assolação ; porque pelo salário de prostituta tem ela reuniu-los, e até o salário de prostituta deve eles retornam.

O livro de Miquéias começa com uma palavra mais autorizada: . A palavra do Senhor que veio a Miquéias Micah, cujo nome significa "Quem é como o Senhor" era um homem de fé, a quem o Senhor poderia confiar uma revelação de Sua vontade, mesmo uma proclamação de advertência e julgamento. Com o coração cheio de lágrimas, ele entregou sem medo ou favor. Saber que Deus havia falado era sua única compulsão necessária.

Os povos da terra, aqueles fora de Israel e Judá, são chamados a testemunhar o que o Senhor está prestes a fazer para Israel e Judá, que eles podem lucrar com o exemplo de negociação de Jeová com a injustiça em qualquer nação que se encontra.

Portanto, Jeová fala desde o seu santo templo, literalmente, o templo da santidade d'Ele, que não é ninguém na terra como em Jerusalém, mas no próprio céu (conforme Is 6:1)

8 Por isso eu lamento e choro; Irei despojado e nu; Eu farei lamentação como de chacais, e pranto como de avestruzes. 9 Pois as suas feridas são incuráveis; pois é chegou até Judá; estendeu-se até a porta do meu povo, até Jerusalém. 10 Diga não em Gate, não choreis:. em Bete-leaphrah ter me rolou na poeira 11 passarão, ó moradora de Safir, em vergonhosa nudez : o habitante de Zaanã não veio à luz; o pranto de Bete-Ezel tomará de você a estadia dos mesmos. 12 Para a moradora de Marote espera somente ansiosamente pelo bem, porque o mal é descer do Senhor, à porta de Jerusalém. 13 Bind o carro o cavalo ligeiro, ó moradora de Laquis: ela foi o princípio do pecado para a filha de Sião; . para as transgressões de Israel em ti se acharam 14 Por isso darás um presente de despedida para Moresheth-Gate.: as casas de Aczibe deve ser uma coisa em engano para os reis de Israel 15 Ainda trarei a ti, ó moradora de Maressa , ele que te possuirão: a glória de Israel virá até Adulão. 16 Faze-te calva, e cortou teu cabelo para os filhos das tuas delícias: alarga a tua calva como a águia; para que eles se foram para o cativeiro de ti.

Em lamento do profeta vemos Micah o patriota e Micah o profeta misturados em um só. (Vv. As aldeias vizinhas de Israel 10-15 ). são caros ao coração de Micah ! Meu povo É ! meu povo Esse soluço é ouvido ao longo do livro (Mq 2:4 , Mq 2:9 ; Mq 3:3 ; Mq 6:3 , Mq 6:16). Ele se identifica com a nação. Porque é que o profeta assim? Agoniado Pois as suas feridas são incuráveis. Isaías proclamou a inviolabilidade de Sião, mas Micah, com o coração partido, pronuncia desgraça tanto Samaria e de Jerusalém! A profundidade de sua lamentação é visto na linguagem gráfica e pitoresca ele emprega para expressar sua angústia. Ele está na companhia de Jeremias, que ansiava por um chefe de águas e os olhos como uma fonte de lágrimas para chorar dia e noite por mortos, colegas homens pecadores (Jr 9:1 ), disse que o Senhor chorando. O lamento de Micah fecha com a mesma nota triste: eles vão para o cativeiro de ti.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Miquéias Capítulo 1 do versículo 1 até o 16
1.1 Miquéias. O nome significa "quem é como o Senhor?" Era natural de Moresete Gate (mencionada no v. 14), aí se chamar morastita. A época do seu ministério, 739-686 a.C., indica-se pelos nomes dos reis de Judá que se dão neste versículo: Jotão, 739-731; Acaz, 731-715; Ezequias, 715-686. Na época deste profeta, o "progresso" e a "civilização" tinham levado o povo a se esquecer das virtudes reais, entregando-se a uma competição comercial que reduziu a nada os menos habilidosos, que nem ficavam com os pequenos terrenos que cada família tinha recebido desde os tempos antigos. Novos métodos internacionais de desenvolvimento, cultura, comércio e indústria se faziam acompanhar por novos pensamentos: a idolatria das nações.

1.2 Testemunha contra vós outros. Deus conhece os corações dos homens, não ignorando nenhum das seus feitos e das suas atitudes.

1.3,4 Os profetas entendiam claramente que o pecado do povo, quando confrontado pela revelação da presença de Deus, teria, que, produzir calamidades em grande escala (Jl 5:18-30; Ml 3:1-39).

1.5 Transgressão. Refere-se tanto à idolatria, como à injustiça das quais as duas capitais, Samaria e Jerusalém, se haviam tornado centros; o abandono dos campos em busca da prosperidade urbana não tinha produzido. um tipo de vida condizente com a piedade e o amor.

1.6 Por isso, farei. Os vários passos que levaram à destruição final de Samaria descrevem-se profeticamente nos vv. 6-16, nos quais os nomes das cidades são o roteiro normal de qualquer invasor. Foi de fato o caminho seguido pelos assírios em 725 a.C. quando foram cercar Samaria, cuja destruição foi a primeira do rei Sargom II, em 722, depois de cercarem-na os exércitos, de seu pai, Salmaneser V. Esta é a invasão descrita em 2Rs 17:1-12.

1.10 Bete-Leafra. Quer dizer "Casa do pó"; ao nome de cada cidade aqui mencionada, corresponde alguma expressão de medo ou de aflição.

1.11 Passa. Heb ãvarfaz assonância com Shafir. Sair. Heb yãça', "é semelhante à forma hebraica de Zaanã: ça'anãn.

1.13 Ao carro. Heb lãrekhesh, semelhante à forma hebraica de Laquis; esta seria a maneira de fuga adotada pelos habitantes da cidade que comerciavam com o Egito em carros e em cavalos, induzindo os israelitas a confiar mais em alianças políticas e em exércitos do que em Deus.

1.14 Engano. Heb 'akhzãbh, semelhante à forma hebraica de Aczibe.

1.15 Tomará posse. Heb hayyõesh, "causará o herdar”, semelhante ao nome Moresete. Adulão. Será o esconderijo dos nobres de Israel, como foi o caso do rei Davi, séculos antes (1Sm 22:1).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Miquéias Capítulo 1 do versículo 1 até o 16
I. O JUÍZO DE DEUS SOBRE O SEU POVO (1.1—3.12)
Essa seção prevê a destruição tanto de Samaria (1,6) quanto de Jerusalém (3.12). A razão desse castigo é a conduta ímpia do povo de Deus, especialmente dos ricos e dos investidos de autoridade.


1)    O sobrescrito (1.1)

Mesmo que a mensagem de Miquéias fosse direcionada tanto a Samaria quanto a Jerusalém, o seu período de atividade é datado somente pelos reinados de reis de Judá, destacando a sua origem e o seu interesse principal. A sua mensagem não é constituída meramente de observações e comentários políticos astutos, mas é a palavra do Senhor.


2)    O destino que aguardava Samaria (1:2-9)

v. 2-4. Miquéias inicia com uma breve seção que estabelece duas premissas fundamentais para toda a sua perspectiva. Em primeiro lugar, o Senhor é soberano; em segundo lugar, o lugar da habitação do Senhor é absolutamente santo, um reflexo da sua pessoa (v. 2). Por isso, todos os povos da terra são intimados a dar atenção às acusações dele (v. 
2) e até mesmo a terra (6 terra) é retratada como que tremendo quando ele anda sobre ela. Em linguagem vívida e figurada, os montes são descritos como se derretendo como cera diante do fogo (v. 4). A linguagem do terremoto e da tempestade é tipicamente associada à presença do Senhor (conforme Ex 19:16-20Jz 5:4,Jz 5:5; Sl 18:0; Sl 97:1-19) dos quais os uivos do chacal e os gemidos do filhote de coruja seriam um complemento adequado. A ferida moral de Samaria não é somente incurável, mas também infectou o seu vizinho Judá, e envenena até o espírito de Jerusalém. Gomo acontece com freqüência, é mais fácil e mais popular seguir um mau exemplo do que um bom.


3) O inimigo se aproxima de Jerusalém (1:10-16)

O tema desse trecho é a descrição do avanço de um exército inimigo, através de povoados e cidades da região de Miquéias, a caminho de Jerusalém (v. 12). Em detalhes, é extremamente complicado em virtude de seus jogos de palavras excepcionalmente longos com os nomes dos lugares. Nem todos os lugares podem ser identificados atualmente, e alguns dos trocadilhos ficaram obscurecidos na transmissão. Mais importante, no entanto, do que a identificação dos lugares ou da recuperação do significado dos jogos de palavras é a apreciação do impacto do parágrafo como um todo. Ao passo que em línguas modernas ocidentais, como no português, o trocadilho é um artifício reservado quase que exclusivamente para o humor, no hebraico era considerado uma ferramenta adequada para expressar emoções profundas (conforme Jr 1:11Jr 1:12; Jl 8:2). O emprego extensivo aqui é tanto uma expressão quanto um reforço da aflição do profeta ao ver a sua região natal invadida e ao perceber o que aguardava Jerusalém. Não contem isso em Gate (v. 10) é uma repetição do lamento de Davi por Saul e Jônatas (2Sm 1:20). O trecho todo é diversamente associado à invasão de Senaqueribe em 701 a.C. (nr. da JB, em inglês), à de Sar-gão em 711 a.C. (Wolfe) ou à presença de forças assírias na Palestina depois da queda de Samaria em 721 a.C. (Dahlberg). No entanto, a menção de Gate como um inimigo (conforme NTLH), de quem a humilhação de Judá deve ser escondida, abre a possibilidade de datar o trecho na época da invasão de Judá pela coalizão anti-Assíria liderada por Peca em 735 a.C., durante a qual os filisteus atacaram o distrito da Sefelá (Bright, p. 272). Embora nenhum dos lugares alistados em 2Cr 28:17). Em virtude dessa situação, o povo deveria rapar a sua cabeça em pranto (conforme Jl 8:10), tornando-se tão calvos como a águia. A referência aos filhos, em que eles tanto se alegram, serem tirados deles e levados para o exílio surge da política de deportação da população dos territórios conquistados, que foi regularmente empregada por Tiglate-Pileser e seus sucessores. A ocorrência dessa referência aqui, no entanto, não é evidência conclusiva do ponto de vista de que os assírios eram o inimigo em ação. Visto que a prática da deportação era conhecida e temida mesmo por aqueles que ainda não a haviam experimentado, a sua menção já serviria para formar um clímax efetivamente ameaçador.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Miquéias Capítulo 1 do versículo 2 até o 16

I. O Iminente Juízo de Israel e Judá por causa do Pecado

Persistente. Mq 1:2-16.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Miquéias Capítulo 1 do versículo 1 até o 16
I. A IRA VINDOURAMq 1:1-33. Em Isaías temos uma descrição, por um homem dentro da cidade, a respeito do assalto do adversário vindo dos bandos do norte. Em Miquéias, um homem de fora da capital, nos dá um relato sobre o inimigo que passa sobre ele indo do sudoeste.

Aqui temos um jogo de palavras, no hebraico, que envolve os nomes das aldeias, impossível de ser traduzido para o português. G. A. Smith, Pusey e outros têm feito as seguintes sugestões. Não o anuncies em Gate (10; cfr. 2Sm 1:20); as radiciais do verbo "anunciar" e o nome da cidade de Gate são semelhantes. Portanto, poderíamos traduzir como "Não o anuncies na Cidade do Anúncio". Outro tanto se dava com a cidade de Afra, que significa "poeira": "Na casa da poeira, rola-te na poeira". No que tange às traduções para o inglês, pode-se consultar Moffatt que procurou traduzir essas alusões para aquele idioma.

>Mq 1:13

Laquis é descrito como o princípio do pecado para a filha de Sião (13). De conformidade com G. A. Smith, o profeta estaria desafiando os habitantes daquela aldeia para que atassem os animais ligeiros ao carro, visto que ela estava intimamente ligada com o tráfico de carruagens. Era uma orientação errada, tanto de Israel como de Judá, comprar grandes quantidades de cavalos e carruagens do Egito. A nação era, desse modo, encorajada a acreditar que estava se transformando num poder militar; porém, durante todo o tempo estava apenas exaurindo seus recursos financeiros. Pois, por mais apropriados que fossem as carruagens para as terras planas do Nilo, eram completamente inúteis no terreno montanhoso de Judá. Além disso, tal exibição de guerra estava levando a nação a olhar para si mesma e para seus aliados, em lugar de olhar para Jeová. Por essa razão os profetas de Jeová olhavam as carruagens com ar de desaprovação e consideravam-nas uma fonte de erro.

Tem sido sugerido que em Laquis, na planície costeira, os cavalos recém-comprados eram deixados a descansar antes do finalmente seguirem até Jerusalém. Desse modo podia ser dito que Laquis era o princípio do pecado para a filha de Sião. No que respeita às palavras do versículo 15, chegará até Adulão a glória de Israel, cfr. Is 2:19. Isso repete o pensamento do versículo 3. Faze-te calva (16). Rapar a cabeça era sinal de lamentação. Cfr. Is 22:12.


Dicionário

Atenção

substantivo feminino Concentração mental sobre algo específico: via a obra com atenção; tinha atenção ao assunto; estudava com atenção.
Expressão de cuidado; dedicação: o pai tratava-a com atenção.
Tendência natural para ouvir alguém: tinha a atenção do chefe.
interjeição Advertência ou recomendação: atenção! Faixa de pedestres.
Palavra usada para fazer com que alguém se volte para quem fala.
[Militar] Voz de comando que alerta o soldado para a ordem a ser cumprida: atenção! Sentido!
substantivo feminino plural Atenções. Expressão de delicadeza, de zelo: queria as atenções dos pais.
Etimologia (origem da palavra atenção). Do latim attentio.onis.

aplicação, reflexão, ponderação, meditação, contensão, apercepção, cogitação; cuidado, vigilância, solicitude, desvelo, dedicação. – Atenção é o ato pelo qual o nosso espírito fixa o seu poder sobre algum objeto externo. Se, em vez de num objeto externo, as nossas faculdades se fixam sobre objetos internos, esse ato chamase reflexão. Se a reflexão, ou a atenção é demorada e persistente, chama-se aplicação. – Ponderação sugere ideia de atenção mais profunda, de extremo cuidado e grave aplicação com que se estuda e trata de resolver alguma alta questão, ou de efetuar negócio de grande importância. – Meditação, como bem define Bruns., é “uma espécie de reflexão prolongada e persistente”. Não obstante, há entre os dois vocábulos uma diferença notável, e que consiste em que a reflexão deduz consequências, enquanto que a meditação se exerce sobre fatos cujas consequências se conhecem antecipadamente. Antes de empreender um negócio importante, necessitamos refletir, não meditar. A paixão do Redentor é um assunto de meditação, para os crentes, não de reflexão. – Contensão significa “profundo esforço espiritual; grande, intensa aplicação”. – Apercepção é a “capacidade própria da inteligência para conceber ideia das coisas reais”. – Cogitação enuncia “o ato ou a operação de pensar sobre alguma coisa”. – Cuidado é a “atenção zelosa, indefectível com que se faz alguma coisa”. – Vigilância é um cuidado contínuo, uma atenção que se não deixa iludir, uma atividade que está sempre alerta (vígil “que vela”). – Desvelo é o “cuidado e vigilância contínua de quem se empenha com afinco em realizar alguma coisa; que não cessa de agir enquanto não consegue o seu fim”. – Solicitude é a “atenção, o cuidado, a diligência levados quase a um verdadeira inquietação por aquilo que nos interessa ou de que devemos dar contas”. – Dedicação é quase solicitude e desvelo: é “a boa vontade e empenho com que se cuida de cumprir um dever, ou de executar alguma tarefa”.

De fundamental importância para a aquisição dos estados mais elevados de consciência, bem como para as altas produções artísticas, intelectuais ou mesmo para os fenômenos mediúnicos é a atenção. Através dela a mente concentra a sua atividade psíquica sobre o objeto que a solicita, seja esse uma sensação, uma percepção, uma representação, um afeto, um desejo etc. Muitos autores não a consideram uma atividade psíquica autônoma, sendo determinada pelo interesse, pela motivação ou pela deliberação consciente. Segundo Paim, a atenção, a concentração, a consciência, a distração e a subconsciência estão estreitamente relacionadas. Sem a atenção, a atividade psíquica se proces saria como num sonho vago e difuso, como no delírio oniróide ou nos estados crepusculares da consciência. A atenção seria um dos fatores delimitadores do que Freud denominou processo primário e processo secundário. Contudo, é bom recordar que mesmo nos sonhos a atenção pode operar, e difíceis problemas podem ser resolvidos durante a atividade onírica, tais como as clássicas descobertas do núcleo benzeno, da insulina, etc. Nesse campo a Posição Espírita lança intensas claridades ao ensinar que alguns sonhos são frutos da atividade do espírito emancipado da carne, atuando no plano espiritual. [...] Jung considera a focalização da atenção como o elemento essencial da consciência, como se um jato de luz focalizasse certo número de objetos. Em geral, considera-se o número de objetos passíveis de ser focalizados pelo foco da consciência como sendo igual a quatro. Bleuler, por exemplo, considera a atenção como uma das manifestações da afetividade. Diz Alonso Fernandez: “a faculdade da atenção vem a ser uma espécie de raio luminoso constitutivo da consciência”. De acordo com a Posição Espírita, o maior desenvolvimento espiritual é expresso, no mundo espiritual, em irradiação de luz. Os Espíritos Superiores são também denominados Espíritos de luz. No nível mental, a luz simboliza a intensidade da atenção, a maior clareza dos processos intelectuais e o maior refinamento dos sentimentos. Aliás, a qualidade predominante da atmosfera A psíquica, no plano espiritual, é expressa pela cor da denominada aura espiritual, e exprime com exatidão o grau de evolução espiritual da personalidade. [...]
Referencia: BALDUINO, Leopoldo• Psiquiatria e mediunismo• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1995• - cap• 2

[...] a atenção redunda no aumento de capacidade motomuscular, ao passo que diminui o tempo de reação. Quando, voluntariamente, concentramos o pensamento numa coisa que desejamos recordar, enviamos na sua direção uma série de influxos sucessivos, que objetivam dar ao movimento perispirítico o mesmo período vibratório que ele tinha, pode dizer-se, um tanto mais fraco, no momento em que fora registrado, isto é, percebido. Essa repetência de excitação, provocando, por superatividade funcional, uma espécie de congestionamento do órgão material, produz, abaixo mesmo dos limites da consciência, uma espécie de atenção passiva. Depois de uma série de excitações da mesma intensidade, com exclusão das primeiras, naturalmente insensíveis, a recordação torna-se nítida, muito embora momentos antes a lembrança não existisse.
Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

A atenção deve ser total e não fragmentada conforme é habitual entre as pessoas distraídas. Estas reservam apenas alguns momentos para fixá-la em determinados acontecimentos, sentindo dificuldade em aprofundar o raciocínio em torno do que observam. Logo fugindo à observação desviam-se para outras faces dos movimentos mentais e físicos não auferindo os benefícios da paz interior de que poderiam desfrutar.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Inconsciência de si mesmo

Nas ocorrências de sofrimento e de desagrado, de frustração e tudo quanto antes era considerado como infelicidade, a atenção bem aplicada penetrará nas suas razões desencadeadoras e oferecerá compreensão para as mesmas, articulando atividades que tomadas com cuidado modificarão os efeitos danosos. Entre outras, a meditação, a conversação saudável com o órgão enfermo ou mentalmente com o insucesso perturbador, em se tratando de natureza moral, emocional ou mesmo a pessoa que a desencadeou. E nos casos mais graves, como a morte ou desencarnação, deixando-se arrastar pela certeza da imortalidade e do reencontro feliz com os afetos que o anteciparam na viagem à Espiritualidade, passado algum tempo terá estímulos para lutar e crescer, a fim de merecer a continuação ditosa da experiência afetiva, no momento interrompida somente no campo das sensações físicas. [...] Em razão dessa atenção que leva ao conhecimento das causas, da conscientização da realidade como ser imperecível, também os significados existenciais se alteram e a visão em torno do que é bom e aprazível, compensador e feliz, se modifica em relação àquilo que o ego elegia como fundamental para o ser, prazer e gozo, por estar sempre envolto em dificuldade e conflito, ansiedade e desconfiança.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Inconsciência de si mesmo


Jeová

substantivo masculino No Antigo Testamento, designação de Deus, ser absoluto e sobrenatural que, segundo o cristianismo, está acima de todas as coisas; Iavé ou Javé.
Gramática Palavra que deve ser grafada com a inicial maiúscula.
Etimologia (origem da palavra jeová). Do hebráico jehovah.

(Para significação, *veja mais abaixo.) o mais antigo exemplo que se conhece do emprego da palavra Jeová, é do ano 1518 d.C., e é devido à má compreensão de um termo hebraico, cujas consoantes são Yhwk. Depois do cativeiro tinham os judeus tão grande respeito a este nome, que, na verdade, somente era usado, segundo algumas autoridades, pelo sumo sacerdote, uma só vez no ano, no dia da expiação. Todavia, Yhwk ocorre muito freqüentemente na Sagrada Escritura – e por isso outra palavra, Adonai (Senhor), a substituiu na leitura em alta voz, e foi adotada pelos tradutores nas diversas línguas estrangeiras (em grego Kyrios – em latim Dominus). E desta maneira se perdeu a verdadeira pronúncia de Yhwk. Quando, porém, foram acrescentadas às consoantes hebraicas (no oitavo e nono século d.C.) as letras vogais, as de Adonai foram dadas a Yhwk em vez das suas próprias. Por esta razão, se o primeiro ‘a’ fosse levemente disfarçado seria possível ler-se Yehowah – e foi isto o que realmente aconteceu. Com estas vogais se pretendeu, tanto quanto possível, designar várias formas do verbo hebraico e sugerir assim, numa só palavra, Jeová, estas idéias: ‘o que será’, ‘o que é’, e ‘Aquele que foi’. Embora isto seja pura imaginação, concorda com a frase que se encontra no Ap 1:4. Primitivamente, sem dúvida, Yhwk representava aquele tempo de um verbo hebraico que implica continuidade (o tempo chamado ‘imperfeito’), e com as suas vogais se lia Yahaweh ou Yahwek. A sua significação era provavelmente ‘Aquele que é’, ou ‘Aquele que será’, sugerindo plena vida com infinitas possibilidades. Para isto há a seguinte explicação: Quando Moisés quis informar-se a respeito do nome de Deus, foi esta a resposta: ‘o Ente “Eu sou o que sou”, “ou Serei o que serei”, me mandou vir ter contigo.’ Este nome significa, então, o Ser que subsiste por Si, o qual proverá a respeito do Seu Povo. Quanto a saber-se até que ponto o nome era conhecido do povo de israel, antes da chamada de Moisés, não é possível aprofundar o assunto. Por um lado, explicitamente diz Deus: ‘Eu sou o Senhor: e eu apareci a Abraão, a isaque, e a Jacó, como Deus, o Todo-poderoso (El-Saddai) – mas pelo meu nome, o Senhor, não lhes fui perfeitamente conhecido.’ Por outro lado, freqüentemente ocorre esse nome no livro de Gênesis, e acham-se vestígios dele, com aplicação a um certo deus, nos primitivos documentos babilônicos. Tudo bem considerado, é provável que o uso da palavra no Gênesis seja devido a escritores ou copistas, posteriores à chamada de Moisés, e que, embora a palavra fosse conhecida antes desse tempo, não estava formalmente identificada com o verdadeiro Deus. Seja como for, a palavra era tão expressiva, tão cheia de promessas para um homem que começa a sua vida, e para uma nação que estava a ponto de entrar numa carreira de proveito para todo o mundo, que a sua escolha não somente revelava a natureza de Deus, mas também assegurava o bom resultado do Seu povo. Era o nome do pacto com Deus, e estava revestido de poder. (*veja Deus.)

Jeová V. SENHOR (hebraico ????, YHVH; Is 12:2, RC).

O

substantivo masculino Décima quinta letra que compõe o alfabeto português e sua quarta vogal.
apositivo Que, numa série, está após o elemento designado pela letra "n": fileira O.
Gramática Como artigo, refere-se aos nomes masculinos, acompanhando-os: o carro; o caderno.
Gramática Restringe a referência de um substantivo ao ser, ou coisa, percebido no contexto, situação ou texto: o juiz começará o julgamento.
pronome demonstrativo Faz com que qualquer palavra ou expressão se torne um substantivo: o nascer do dia.
Gramática Usa-se como sinônimo de: isso, aquilo, quando se referir a um substantivo não determinado: falou o que não devia e foi embora.
pronome pessoal De mesmo sentido que "a ele": insultou-o, mas pediu desculpas.
[Símbolo] Representação do Oxigênio (elemento químico), simbolizado por O.
Forma abreviada de Oeste (ponto cardeal situado no lado em que o sol se põe), simbolizado por O.
Etimologia (origem da palavra o). Do pronome arcaico, lo; pelo latim illu.m.

Plenitude

Plenitude
1) Abundância (Sl 16:11, RA; Jo 1:16).


2) Presença completa (Fp 1:23; 3.19).


3) Estatura completa (Fp 4:13, RA).


4) Do
(s): tempo(s): o tempo certo para Deus agir, libertando as pessoas do peso da LEI 2, e da escravidão do pecado (Gl 4:4).


Qualidade ou estado de pleno.

substantivo feminino Condição de pleno, daquilo que está completo, inteiro, sem espaço.
Estado do que se apresenta total ou integralmente; completude.
expressão Em plenitude. No grau máximo de: expressava sua fé em plenitude.
Etimologia (origem da palavra plenitude). A palavra plenitude deriva do latim plenitudinis, inis, com o sentido de robustez, espessura, grossura.

Povos

povo | s. m. | s. m. pl.

po·vo |ô| |ô|
(latim populus, -i)
nome masculino

1. Conjunto dos habitantes de uma nação ou de uma localidade. = POPULAÇÃO

2. Pequena povoação.

3. Lugarejo.

4. Aglomeração de pessoas. = GENTE

5. Figurado Grande número, quantidade.

6. História Estrato da população que não pertencia nem ao clero, nem à nobreza. = PLEBE


povos
nome masculino plural

7. As nações.


povo miúdo
Classe inferior da sociedade. = ARRAIA-MIÚDA, PLEBE

Plural: povos |ó|.

Presta

fem. sing. de presto
3ª pess. sing. pres. ind. de prestar
2ª pess. sing. imp. de prestar

pres·to |é| |é|
adjectivo
adjetivo

1. Veloz, célere.

advérbio

2. Prestes.

3. [Música] Muito ligeiro, mais apressado que o alegro.

nome masculino

4. Trecho musical num andamento muito ligeiro.


de presto
De pronto.


pres·tar -
(latim praesto, -are, pôr à disposição, dar, oferecer; cumprir, fazer; afiançar; preservar)
verbo intransitivo

1. Estar ao alcance de alguém para ser útil; ter préstimo; aproveitar.

verbo transitivo

2. Dar; acomodar; emprestar; dispensar.

3. Dedicar; render.

verbo pronominal

4. Ajeitar-se; adaptar-se.


Santidade

É por assim dizer o atributo essencial de Deus. Encerra a idéia de seu mistério, de sua glória e majestade, de sua bondade e fidelidade. O termo hebreu kadosh significa “separar”, é o ser absolutamente distinto, que inspira respeito e adoração, não conflitante com a confiança, sobretudo desde que Jesus se dirige sempre a ele como Pai e nos ensina a chamá-lo assim.

A santidade do homem consiste antes de tudo na posse da graça de Deus que o transforma em seu interior fazendo-o participar da santidade e do ser de Deus.


Santidade
1) Atributo de Deus (Pai, Filho e Espírito) pelo qual ele é moralmente puro e perfeito, separado e acima do que é mau e imperfeito (Ex 15:11); (Sl 29:2); (He 12:10)

2) Qualidade do membro do povo de Deus que o leva a se separar dos pagãos, a não seguir os maus costumes deste mundo, a pertencer somente a Deus e a ser completamente fiel a ele (1Ts 3:13). 3 No AT, separação de coisas ou pessoas para Deus e para o culto. Eram santos os sacerdotes (Lv 21:6-8), os NAZIREUS (Nu 6:5-8), Canaã (Zc 2:12), Jerusalém (Is 52:1), o Templo (Sl 11:4), os altares, o óleo e os utensílios do culto (Ex 30:25-29) , os sacrifícios (Ex 28:38)

Santidade Ver Santo.

Seja

seja conj. Usa-se repetidamente, como alternativa, e equivale a ou: Seja um seja outro. Interj. Denota consentimento e significa de acordo!, faça-se!, vá!

Senhor

Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

Templo

substantivo masculino Edifício consagrado ao culto religioso; igreja.
Local em que se realizam as sessões da maçonaria.
Nome de uma ordem religiosa Ver templários.
Figurado Lugar digno de respeito: seu lar é um templo.

Vamos fazer a descrição de trêstemplos em Jerusalém – o templo de Salomão – o templo reedificado sob a direção de Neemias – e o templo de Herodes. 1. Templo de Salomão. A edificação do templo foi a grande tarefa do reinado de Salomão. A madeira empregada na construção foi trazida do Líbano pelos operários fenícios, que em grande número foram empregados nesta obra, e outras semelhantes. Preparou-se o emadeiramento antes de ser levado até ao mar, sendo depois feita a sua condução em navios até Jope, e deste porto de mar até Jerusalém, numa distância apenas de 64 km, mais ou menos (1 Rs 5.9). Semelhantemente, as grandes pedras eram cortadas, cinzeladas, e cuidadosamente marcadas antes de serem mandadas para Jerusalém. Foram empregados neste trabalho milhares de operários. Havia 160.000 palestinos divididos em duas classes: a primeira compreendia israelitas nativos, dos quais 30:000, ou aproximadamente 1 por 44 da população vigorosa do sexo masculino, foram arregimentados para aquela obra numa ‘leva’. Estes homens trabalhavam em determinados espaços de tempo, funcionando 10.000 durante um mês, depois do que voltavam por dois meses para suas casas. A segunda classe de operários (1 Rs 5.15 – 2 Cr 2.17,18), era constituída por 150.000 homens, dos quais 70:000 eram carregadores, e 80.000 serradores de pedra. os da primeira dasse, sendo hebreus, eram trabalhadores livres, que trabalhavam sob a direção de inteligentes artífices de Hirão, ao passo que os da outra classe, que eram os representantes dos antigos habitantes pagãos da Palestina, eram realmente escravos (1 Rs 9.20,21 – 2 Cr 2.17,18 – 8.7 a 9). Além destes homens foram nomeados 3:300 oficiais (1 Rs 5.16), com 550 ‘chefes’ (1 Rs 9.23), dos quais 250 eram, na verdade, israelitas nativos (2 Cr 8.10). o contrato entre Salomão e Hirão era assim: Salomão devia dar providências para a manutenção e salário dos homens de Hirão, que haviam de receber certa quantidade de trigo batido, cevada, vinho e azeite (2 Cr 2,10) – ao passo que, enquanto os materiais para a edificação fossem requisitados, impunha Hirão, por esse beneficio, uma contribuição anual de 20.000 medidas de trigo, e 20 medidas do melhor azeite do mercado. A Fenícia dependia principalmente da Palestina para seu abastecimento de pão e azeite (Ez 27:17At 12:20). o mestre de obras, que o rei Hirão mandou, chamava-se Hirão-Abi, um homem que descendia dos judeus, pela parte da mãe (2 Cr 2.13,14). o templo estava voltado para o oriente – quer isto dizer que os adoradores, entrando pela parte oriental, tinham em frente o Lugar Santíssimo e olhavam para o ocidente – e, com efeito, sendo o véu desviado para o lado, a arca na parte mais funda do Santuário era vista, estando voltada para o oriente. Entrando, pois, pelo lado oriental, o crente achar-se-ia no vestíbulo, que ocupava toda a largura do templo, isto é, cerca de 9 metros, com uma profundidade de 10,5 metros. Propriamente o Santuário tinha 27 metros de comprimento, por 9 de largura, e 13,5 de altura – constava do Santo Lugar e do Santo dos Santos. Estas medições dizem respeito ao interior – se se quiser saber qual seria a área do templo, temos já de considerar para a avaliação as paredes e a cadeia circunjacente de construções laterais. Estas câmaras serviam para armazenagem dos vasos sagrados – também, talvez, de quartos de dormir para uso dos sacerdotes que estavam de serviço no templo. Era a entrada nessas câmaras por uma porta, que estava ao meio do frontispício do sul, de onde também havia uma escada de caracol que ia ter aos compartimentos superiores (1 Rs 6.8). As janelas do próprio templo, que deviam estar acima do telhado das câmaras, eram de grades, não podendo ser abertas (1 Rs 6.4). os objetos mais proeminentes no vestíbulo eram dois grandes pilares, Jaquim e Boaz, que Hirão formou por ordem de Salomão (1 Rs 7.15 a 22). Jaquim (‘ele sustenta’) e Boaz (‘nele há força’), apontavam para Deus, em Quem se devia firmar, como sendo a Força e o Apoio por excelência, não só o Santuário, mas também todos aqueles que ali realmente entravam. o vestíbulo dava para o Santo Lugar por meio de portas de dois batentes. Estas portas eram feitas de madeira de cipreste, sendo os seus gonzos de ouro, postos em umbrais de madeira de oliveira. Tinham a embelezá-las diversas figuras esculpidas de querubins entre palmeiras, e por cima delas botões de flor a abrir e grinaldas. Dentro do Santuário todos os móveis sagrados eram de ouro, sendo os exteriores feitos de cobre. o sobrado, as paredes (incrustadas, se diz, de pedras preciosas), e o teto eram cobertos de ouro. Tudo isto devia luzir com grande brilho à luz dos sagrados candelabros, sendo dez, e de ouro puro, os que estavam no Santo Lugar, cada um deles com sete braços: havia cinco do lado direito e cinco do lado esquerdo, em frente do Santo dos Santos (1 Rs 7.49). A entrada para o Santo dos Santos estava vedada por um véu ‘de estofo azul, púrpura, carmesim e linho fino’, e bordados nele se viam querubins (2 Cr 3.14). Entre os castiçais estava o altar do incenso, feito de madeira de cedro, e coberto de ouro (1 Rs 6.20,22 – 7,48) – e colocados à direita e à esquerda estavam dez mesas de ouro com os pães da proposição (2 Cr 4.8). os instrumentos necessários para o uso desta sagrada mobília eram, também, de ouro puro (1 Rs 7.49,50). Passava-se do Santo Lugar para o Santo dos Santos por portas de dois batentes, feitas de madeira de oliveira. Dentro do Santo dos Santos estava a arca, a mesma que tinha estado no tabernáculo. Salomão mandou pôr do lado setentrional da mesma arca e do lado do sul duas gigantescas figuras de querubim, esculpidas em madeira de oliveira, e revestidas de ouro. Cada um deles tinha a altura de 4,5 metros, e os dois com as suas asas estendidas, cobrindo o propiciatório, tinham a largura de 4,5 metros. Saía-se do vestíbulo para o átrio interior, ou ‘pátio dos sacerdotes’ (1 Rs 6.36 – 2 Cr 4.9). Era este um pavimento, formado de grandes pedras, como também o era o ‘pátio grande’ do povo (2 Cr 4.9). No ‘pátio dos sacerdotes’ estava o altar dos holocaustos (1 Rs 8.64), de bronze, com 4,5 metros de altura, sendo a base de 9 me

igreja (igrejório, igrejário, igrejinha, igrejola), basílica, ermida, capela, delubro, fano, edícula, santuário. – Segundo S. Luiz, “convêm estes vocábulos (os três primeiros) em exprimir a ideia genérica de lugar destinado para o exercício público da religião; mas com suas diferenças”. – Templo refere-se diretamente à divindade; igreja, aos fiéis; basílica, à magnificência, ou realeza do edifício. – Templo é propriamente o lugar em que a divindade habita e é adorada. – Igreja é o lugar em que se ajuntam os fiéis para adorar a divindade e render-lhe culto. Por esta só diferença de relações, ou de modos de considerar o mesmo objeto, vê-se que templo exprime uma ideia mais augusta; e igreja, uma ideia menos nobre. Vê-se ainda que templo é mais próprio do estilo elevado e pomposo; e igreja, do estilo ordinário e comum. Pela mesma razão se diz que o coração do homem justo é o templo de Deus; que os nossos corpos são templos do Espírito Santo, etc.; e em nenhum destes casos poderia usar-se o vocábulo igreja. – Basílica, que significa própria e literalmente “casa régia”, e que na antiguidade eclesiástica se aplicou às igrejas por serem casas de Deus, Rei Supremo do Universo – hoje se diz de algumas igrejas principais, mormente quando os seus edifícios são vastos e magníficos, ou de fundação régia. Tais são as basílicas de S. Pedro e de S. João de Latrão em Roma; a basílica patriarcal em Lisboa, etc. Quando falamos das falsas religiões, damos às suas casas de oração, ou o nome geral de templo, ou os nomes particulares de mesquita, mochamo, sinagoga, pagode, etc., segundo a linguagem dos turcos e mouros, dos árabes, judeus, gentios, etc. – Igreja e basílica somente se diz dos templos cristãos, e especialmente dos católicos romanos”. – Os vocábulos igrejário, igrejório, igrejinha e igrejola são diminutivos de igreja, sendo este último, igrejola, o que melhor exprime a ideia da insignificância do edifício. A primeira, igrejário, pode aplicar-se ainda com a significação de – “conjunto das igrejas de uma diocese ou de uma cidade”. – Ermida Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 473 é propriamente igrejinha em paragem desolada; e também pequeno, mas belo e artístico templo em aldeia, ou povoado. – Capela é “propriamente a sala destinada ao culto, o lugar onde se faz oração nos conventos, nos palácios, nos colégios, etc. Em sentido mais restrito, é pequena igreja pobre de bairro, de fazenda, de sítio, ou de povoação que não tem ainda categoria eclesiástica na diocese”. – Delubro = templo pagão; capela de um templo; e também o próprio ídolo. – Fano – pequeno templo pagão; lugar sagrado, onde talvez se ouviam os oráculos. – Edícula = pequena capela ou ermida dentro de um templo ou de uma casa; oratório, nicho. – Santuário = lugar sagrado, onde se guardam coisas santas, ou onde se exercem funções religiosas.

[...] O templo é a casa onde se reúnem os que prestam culto à divindade. Não importa que se lhe chame igreja, mesquita, pagode ou centro. É sempre o local para onde vão aqueles que acreditam no Criador e que em seu nome se agregam, se unem, se harmonizam.
Referencia: IMBASSAHY, Carlos• Religião: refutação às razões dos que combatem a parte religiosa em Espiritismo• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - Def•

Templo de fé é escola do coração.
Referencia: JACINTHO, Roque• Intimidade• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Templo de fé

Templo é o Universo, a Casa de Deus tantas vezes desrespeitada pelos desatinos humanos.
Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Desvios da fé

A rigor, os homens deviam reconhecer nos templos o lugar sagrado do Altíssimo, onde deveriam aprender a fraternidade, o amor, a cooperação no seu programa divino. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 65

O templo é obra celeste no chão planetário objetivando a elevação da criatura [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19


Templo Edifício construído no monte Moriá, em Jerusalém, no qual estava centralizado o culto a Javé em Israel. Substituiu o TABERNÁCULO. O primeiro Templo foi construído por Salomão, mais ou menos em 959 a.C., e destruído pelos babilônios em 586 a.C. (2Rs 25:8-17). O Templo propriamente dito media 27 m de comprimento por 9 de largura por 13,5 de altura. Estava dividido em duas partes: o LUGAR SANTÍSSIMO (Santo dos Santos), que media 9 m de comprimento, e o LUGAR SANTO, que media 18 m. Encostados nos lados e nos fundos do Templo, havia três andares de salas destinadas a alojar os sacerdotes e servir como depósito de ofertas e de objetos. Na frente havia um PÓRTICO, onde se encontravam duas colunas chamadas Jaquim e Boaz. No Lugar Santíssimo, onde só o sumo sacerdote entrava uma vez por ano, ficava a ARCA DA ALIANÇA, cuja tampa era chamada de PROPICIATÓRIO. No Lugar Santo, onde só entravam os sacerdotes, ficavam o ALTAR de INCENSO, a mesa dos PÃES DA PROPOSIÇÃO e o CANDELABRO. Do lado de fora havia um altar de SACRIFÍCIOS e um grande tanque de bronze com água para a purificação dos sacerdotes. Em volta do altar estava o pátio (ÁTRIO) dos sacerdotes (1Rs 5—7; a NTLH tem as medidas em metros). A construção do segundo Templo foi feita por Zorobabel. Começou em 538 a.C. e terminou em 516 a.C., mais ou menos (Ed 6). O terceiro Templo foi ampliado e embelezado por Herodes, o Grande, a partir de 20 a.C. Jesus andou pelos seus pátios (Jo 2:20). As obras só foram concluídas em 64 d.C. Nesse Templo havia quatro pátios: o dos sacerdotes, o dos homens judeus, o das mulheres judias e o dos GENTIOS. No ano 70, contrariando as ordens do general Tito, um soldado romano incendiou o Templo, que nunca mais foi reconstruído. No seu lugar está a mesquita de Al Acsa. O Templo da visão de Ezequiel é diferente dos outros (Ez 40—46).

Templo Santuário destinado ao culto divino. No judaísmo, estava situado em Jerusalém. O primeiro foi construído por Salomão, em torno de 950 d.C., e substituiu o tabernáculo portátil e os santuários locais. Levantado sobre o monte do templo, identificado como o monte Moriá, tinha uma superfície de 30x10x15m aproximadamente. Entrava-se por um pórtico ladeado por dois pilares de bronze denominados Jaquin e Booz e, em seu interior, havia um vestíbulo (ulam), uma sala principal (hekal) e o Santíssimo (Debir), ao qual só o Sumo Sacerdote tinha acesso uma vez por ano, no dia de Yom Kippur. Dentro do Templo, destinado às tarefas do culto, estavam o altar para os sacrifícios, a arca e os querubins, a menorah de ouro e a mesa para a exposição do pão.

Os sacerdotes ou kohanim realizavam o culto diário no Hekal, existindo no pátio do Templo exterior uma seção reservada para eles (ezrat cohanim). Nos outros dois pátios havia lugar para os homens (ezrat 1srael) e para as mulheres de Israel (ezrat nashim). Esse Templo foi destruído no primeiro jurbán.

Reconstruído depois do regresso do exílio babilônico (c. 538-515 a.C.), passou por uma ambiciosa remodelação feita por Herodes (20 a.C.), que incluía uma estrutura duplicada da parte externa. Durante esse período, o Sumo Sacerdote desfrutou de considerável poder religioso, qual uma teocracia, circunstância desastrosa para Israel à medida que a classe sacerdotal superior envolvia-se com a corrupção, o roubo e a violência, conforme registram as próprias fontes talmúdicas.

Destruído no ano 70 pelos romanos, dele apenas restou o muro conhecido por Muro das Lamentações. A sinagoga viria a suprir, em parte, o Templo como centro da vida espiritual.

Jesus participou das cerimônias do Templo, mas condenou sua corrupção (Mt 5:23ss.; 12,2-7; 23,16-22; Lc 2:22-50). Anunciou sua destruição (Mt 23:38ss.; 24,2; 26,60ss.; 27,39ss.), o que não pode ser considerado “vaticinium ex eventu” já que, entre outras razões, está registrado em Q, que é anterior a 70 d.C. Essa destruição, prefigurada pela purificação do Templo (Mt 21:12ss. e par.), aconteceria por juízo divino. O episódio recolhido em Mt 27:51 e par. — que, curiosamente, conta com paralelos em alguma fonte judaica — indica que a existência do Templo aproximava-se do seu fim.

J. Jeremias, Jerusalén...; A. Edersheim, El Templo...; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; Idem, Diccionario de las tres...


Terra

[...] berço de criaturas cuja fraqueza as asas da Divina Providência protege, nova corda colocada na harpa infinita e que, no lugar que ocupa, tem de vibrar no concerto universal dos mundos.
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6, it• 23

O nosso mundo pode ser considerado, ao mesmo tempo, como escola de Espíritos pouco adiantados e cárcere de Espíritos criminosos. Os males da nossa Humanidade são a conseqüência da inferioridade moral da maioria dos Espíritos que a formam. Pelo contato de seus vícios, eles se infelicitam reciprocamente e punem-se uns aos outros.
Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3, it• 132

Disse Kardec, alhures, que a Terra é um misto de escola, presídio e hospital, cuja população se constitui, portanto, de homens incipientes, pouco evolvidos, aspirantes ao aprendizado das Leis Naturais; ou inveterados no mal, banidos, para esta colônia correcional, de outros planetas, onde vigem condições sociais mais elevadas; ou enfermos da alma, necessitados de expungirem suas mazelas através de provações mais ou menos dolorosas e aflitivas.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça

[...] é oficina de trabalho, de estudo e de realizações, onde nos cumpre burilar nossas almas. [...]
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Sede perfeitos

[...] é o calvário dos justos, mas é também a escola do heroísmo, da virtude e do gênio; é o vestíbulo dos mundos felizes, onde todas as penas aqui passadas, todos os sacrifícios feitos nos preparam compensadoras alegrias. [...] A Terra é um degrau para subir-se aos céus.
Referencia: DENIS, Léon• Joana d’Arc médium• Trad• de Guillon Ribeiro• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 11

O mundo, com os seus múltiplos departamentos educativos, é escola onde o exercício, a repetição, a dor e o contraste são mestres que falam claro a todos aqueles que não temam as surpresas, aflições, feridas e martírios da ascese. [...]
Referencia: EVANGELIZAÇÃO: fundamentos da evangelização espírita da infância e da juventude (O que é?)• Rio de Janeiro: FEB, 1987• -

[...] A Terra é um mundo de expiações e provas, já em fase de transição para se tornar um mundo de regeneração.
Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

[...] o Planeta terrestre é o grande barco navegando no cosmo, sacudido, a cada instante, pelas tempestades morais dos seus habitantes, que lhe parecem ameaçar o equilíbrio, a todos arrastando na direção de calamidades inomináveis. Por esta razão, periodicamente missionários e mestres incomuns mergulharam no corpo com a mente alerta, a fim de ensinarem comportamento de calma e de compaixão, de amor e de misericórdia, reunindo os aflitos em sua volta e os orientando para sobreviverem às borrascas sucessivas que prosseguem ameaçadoras.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

Quando o homem ora, anseia partir da Terra, mas compreende, também, que ela é sua mãe generosa, berço do seu progresso e local da sua aprendizagem. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

Assim se compreende porque a Terra é mundo de “provas e expiações”, considerando-se que os Espíritos que nela habitam estagiam na sua grande generalidade em faixas iniciais, inferiores, portanto, da evolução.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pensamento e perispírito

Apesar de ainda se apresentar como planeta de provas e expiações, a Terra é uma escola de bênçãos, onde aprendemos a desenvolver as aptidões e a aprimorar os valores excelentes dos sentimentos; é também oficina de reparos e correções, com recursos hospitalares à disposição dos pacientes que lhes chegam à economia social. Sem dúvida, é também cárcere para os rebeldes e os violentos, que expungem o desequilíbrio em processo de imobilidade, de alucinação, de limites, resgatando as graves ocorrências que fomentaram e praticaram perturbando-lhe a ordem e a paz.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Trilhas da libertação• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Cilada perversa

O mundo conturbado é hospital que alberga almas que sofrem anemia de amor, requisitando as vitaminas do entendimento e da compreensão, da paciência e da renúncia, a fim de que entendimento e compreensão, paciência e renúncia sejam os sinais de uma vida nova, a bem de todos.
Referencia: JACINTHO, Roque• Intimidade• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Hospital

[...] É um astro, como Vênus, como seus irmãos, e vagueia nos céus com a velocidade de 651.000 léguas por dia. Assim, estamos atualmente no céu, estivemos sempre e dele jamais poderemos sair. Ninguém mais ousa negar este fato incontestável, mas o receio da destruição de vários preconceitos faz que muitos tomem o partido de não refletir nele. A Terra é velha, muito velha, pois que sua idade se conta por milhões e milhões de anos. Porém, malgrado a tal anciania, está ainda em pleno frescor e, quando lhe sucedesse perecer daqui a quatrocentos ou quinhentos mil anos, o seu desaparecimento não seria, para o conjunto do Universo, mais que insignificante acidente.
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 4a efusão

[...] Por se achar mais distante do sol da perfeição, o nosso mundozinho é mais obscuro e a ignorância nele resiste melhor à luz. As más paixões têm aí maior império e mais vítimas fazem, porque a sua Humanidade ainda se encontra em estado de simples esboço. É um lugar de trabalho, de expiação, onde cada um se desbasta, se purifica, a fim de dar alguns passos para a felicidade. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 8a efusão

[...] A Terra tem que ser um purgatório, porque a nossa existência, pelo menos para a maioria, tem que ser uma expiação. Se nos vemos metidos neste cárcere, é que somos culpados, pois, do contrário, a ele não teríamos vindo, ou dele já houvéramos saído. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 28a efusão

Nossa morada terrestre é um lugar de trabalho, onde vimos perder um pouco da nossa ignorância original e elevar nossos conhecimentos. [...]
Referencia: MENEZES, Adolfo Bezerra de• Uma carta de Bezerra de Menezes• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• -

[...] é a escola onde o espírito aprende as suas lições ao palmilhar o longuíssimo caminho que o leva à perfeição. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 23

[...] o mundo, para muitos, é uma penitenciária; para outros, um hospital, e, para um número assaz reduzido, uma escola.
Referencia: Ó, Fernando do• Alguém chorou por mim• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

[...] casa de Deus, na específica destinação de Educandário Recuperatório, sem qualquer fator intrínseco a impedir a libertação do homem, ou a desviá-lo de seu roteiro ascensional.
Referencia: Ó, Fernando do• Uma luz no meu caminho• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 1

[...] é uma estação de inverno, onde o Espírito vem preparar-se para a primavera do céu!
Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pref•

Feito o planeta – Terra – nós vemos nele o paraíso, o inferno e o purgatório.O paraíso para os Espíritos que, emigra-dos de mundos inferiores, encontram naTerra, podemos dizer, o seu oásis.O inferno para os que, já tendo possuí-do mundos superiores ao planeta Terra,pelo seu orgulho, pelas suas rebeldias, pelos seus pecados originais a ele desceram para sofrerem provações, para ressurgirem de novo no paraíso perdido. O purgatório para os Espíritos em transição, aqueles que, tendo atingido um grau de perfectibilidade, tornaram-se aptos para guias da Humanidade.
Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

Antes de tudo, recorda-se de que o nosso planeta é uma morada muito inferior, o laboratório em que desabrocham as almas ainda novas nas aspirações confusas e paixões desordenadas. [...]
Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - O Espiritismo e a guerra

O mundo é uma escola de proporções gigantescas, cada professor tem a sua classe, cada um de nós tem a sua assembléia.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Colegas invisíveis

A Terra é o campo de ação onde nosso espírito vem exercer sua atividade. [...]
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Por que malsinar o mundo?

[...] é valiosa arena de serviço espiritual, assim como um filtro em que a alma se purifica, pouco a pouco, no curso dos milênios, acendrando qualidades divinas para a ascensão à glória celeste. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 1

A Terra inteira é um templo / Aberto à inspiração / Que verte das Alturas [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia da espiritualidade• Pelo Espírito Maria Dolores• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1985• - cap• 4

A Terra é a escola abençoada, onde aplicamos todos os elevados conhecimentos adquiridos no Infinito. É nesse vasto campo experimental que devemos aprender a ciência do bem e aliá-la à sua divina prática. Nos nevoeiros da carne, todas as trevas serão desfeitas pelos nossos próprios esforços individuais; dentro delas, o nosso espírito andará esquecido de seu passado obscuro, para que todas as nossas iniciativas se valorizem. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10

A Terra é uma grande e abençoada escola, em cujas classes e cursos nos matriculamos, solicitando – quando já possuímos a graça do conhecimento – as lições necessárias à nossa sublimação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 53

O mundo atual é a semente do mundo paradisíaco do futuro. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Crônicas de além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• - cap• 25

Servidores do Cristo, orai de sentinela! / Eis que o mundo sangrando é campo de batalha, / Onde a treva infeliz se distende e trabalha / O coração sem Deus, que em sombra se enregela.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

No macrocosmo, a casa planetária, onde evolvem os homens terrestres, é um simples departamento de nosso sistema solar que, por sua vez, é modesto conjunto de vida no rio de sóis da Via-Láctea.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

No mundo terrestre – bendita escola multimilenária do nosso aperfeiçoamento espiritual – tudo é exercício, experimentação e trabalho intenso.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O orbe inteiro, por enquanto, / Não passa de um hospital, / Onde se instrui cada um, / Onde aprende cada qual.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O mundo, com as suas lutas agigantadas, ásperas, é a sublime lavoura, em que nos compete exercer o dom de compreender e servir.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O mundo é uma escola vasta, cujas portas atravessamos, para a colheita de lições necessárias ao nosso aprimoramento.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Apesar dos exemplos da humildade / Do teu amor a toda Humanidade / A Terra é o mundo amargo dos gemidos, / De tortura, de treva e impenitência.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A Terra é o nosso campo de ação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A Terra é a nossa grande casa de ensino. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A Terra é uma escola, onde conseguimos recapitular o pretérito mal vivido, repetindo lições necessárias ao nosso reajuste.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A Terra, em si mesma, é asilo de caridade em sua feição material.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A Terra é o campo de trabalho, em que Deus situou o berço, o lar, o templo e a escola.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A Terra é a Casa Divina, / Onde a luta nos ensina / A progredir e brilhar.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O mundo em que estagiamos é casa grande de treinamento espiritual, de lições rudes, de exercícios infindáveis.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é um grande magneto, governado pelas forças positivas do Sol. Toda matéria tangível representa uma condensação de energia dessas forças sobre o planeta e essa condensação se verifica debaixo da influência organizadora do princípio espiritual, preexistindo a todas as combinações químicas e moleculares. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Emmanuel: dissertações mediúnicas sobre importantes questões que preocupam a Humanidade• Pelo Espírito Emmanuel• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

O mundo é caminho vasto de evolução e aprimoramento, onde transitam, ao teu lado, a ignorância e a fraqueza.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 71

O mundo não é apenas a escola, mas também o hospital em que sanamos desequilíbrios recidivantes, nas reencarnações regenerativas, através do sofrimento e do suor, a funcionarem por medicação compulsória.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Doenças da alma

O Universo é a projeção da mente divina e a Terra, qual a conheceis em seu conteúdo político e social, é produto da mente humana.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nos domínios da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

O mundo é uma ciclópica oficina de labores diversíssimos, onde cada indivíduo tem a sua parcela de trabalho, de acordo com os conhecimentos e aptidões morais adquiridos, trazendo, por isso, para cada tarefa, o cabedal apri morado em uma ou em muitas existências.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Novas mensagens• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - Antíteses da personalidade de Humberto de Campos

A Terra é uma vasta oficina. Dentro dela operam os prepostos do Senhor, que podemos considerar como os orientadores técnicos da obra de aperfeiçoamento e redenção. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 39

A Terra é um plano de experiências e resgates por vezes bastante penosos. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 338

A Terra deve ser considerada escola de fraternidade para o aperfeiçoamento e regeneração dos Espíritos encarnados.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 347

[...] é o caminho no qual a alma deve provar a experiência, testemunhar a fé, desenvolver as tendências superiores, conhecer o bem, aprender o melhor, enriquecer os dotes individuais.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 403

O mundo em que vivemos é propriedade de Deus.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pai Nosso• Pelo Espírito Meimei• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Lembranças

[...] é a vinha de Jesus. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29

[...] é uma escola de iluminação, poder e triunfo, sempre que buscamos entender-lhe a grandiosa missão.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 33

[...] abençoada escola de dor que conduz à alegria e de trabalho que encaminha para a felicidade com Jesus. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 28

Não olvides que o mundo é um palácio de alegria onde a Bondade do Senhor se expressa jubilosa.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Alegria

[...] é uma vasta oficina, onde poderemos consertar muita coisa, mas reconhecendo que os primeiros reparos são intrínsecos a nós mesmos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1, cap• 6

A Terra é também a grande universidade. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Do noticiarista desencarnado

Salve planeta celeste, santuário de vida, celeiro das bênçãos de Deus! ...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 15

A Terra é um magneto enorme, gigantesco aparelho cósmico em que fazemos, a pleno céu, nossa viagem evolutiva.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Roteiro• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8

[...] é um santuário do Senhor, evolutindo em pleno Céu.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 12

Agradece, cantando, a Terra que te abriga. / Ela é o seio de amor que te acolheu criança, / O berço que te trouxe a primeira esperança, / O campo, o monte, o vale, o solo e a fonte amiga...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 33

[...] é o seio tépido da vida em que o princípio inteligente deve nascer, me drar, florir e amadurecer em energia consciente [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Evolução em dois mundos• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 13


substantivo feminino Geografia Planeta do sistema solar habitado pela espécie humana e por outros seres vivos, está situado na 5ia Láctea e, dentre todos os outros planetas, é o único que possui características favoráveis à vida.
Camada superficial do globo em que nascem as plantas, por oposição à superfície líquida: os frutos da terra.
Terreno, com relação à sua natureza: terra fértil.
País de nascimento; pátria: morrer em terra estrangeira.
Qualquer lugar, localidade; território, região: não conheço aquela terra.
Figurado Lugar onde pessoas estão sepultadas; cemitério: repousar em terra sagrada.
Pó de terra seca no ar; poeira: estou com o rosto cheio de terra.
[Artes] Diz-se de um estilo de dança em que se dá especial importância aos passos executados ao rés do solo ou sobre as pontas dos pés; opõe-se à dança de elevação, que usa os grandes saltos.
[Gráficas] Pigmento usado na feitura de tintas, ou as tintas preparadas com esse pigmento.
expressão Beijar a terra. Cair ao chão: o lutador beijou a terra entes da hora.
Linha de terra. Em geometria descritiva, interseção do plano horizontal e do vertical de projeção.
Terra de Siena. Ocre pardo usado em pintura.
Terra vegetal. Parte do solo misturada com humo, próprio para plantação.
Terra Santa. Região situada entre o rio Jordão e o mar mediterrâneo; Palestina.
Etimologia (origem da palavra terra). Do latim terra.

terreno, solo, campo. – Terra sugere ideia das qualidades, das propriedades da massa natural e sólida que enche ou cobre uma parte qualquer da superfície da terra. – Terreno refere-se, não só à quantidade, ou à extensão da superfície, como ao destino que se lhe vai dar, ou ao uso a que se adapta. – Solo dá ideia geral de assento ou fundamento, e designa a superfície da terra, ou o terreno que se lavra, ou onde se levanta alguma construção. – Campo é solo onde trabalha, terreno de cultura, ou mesmo já lavrado. Naquela província há terras magníficas para o café; dispomos apenas de um estreito terreno onde mal há espaço para algumas leiras e um casebre; construiu o monumento em solo firme, ou lançou a semente em solo ingrato; os campos já florescem; temos aqui as alegrias da vida do campo.

os hebreus tinham vários nomes para terra, especialmente Adama e Eretz. Adama, isto é a terra vermelha (Gn 1:25), denota, muitas vezes, terra arável (Gn 4:2). o termo é, também, empregado a respeito de um país, especialmente a Palestina (Gn 47:19Zc 2:12). Quando Naamã pediu uma carga de terra que dois mulos pudessem levar (2 Rs 5.17), ele foi influenciado pela idéia pagã de que o Senhor era um deus local, podendo apenas ser adorado com proveito no seu nativo solo. Eretz é a terra em oposição ao céu, ou a terra seca como distinta do mar (Gn 1:1-10). A palavra é, também, aplicada a toda a terra (Gn 18:18), ou a qualquer divisão dela (Gn 21:32), e mesmo ao chão que uma pessoa pisa (Gn 33:3). A frase ‘profundezas da terra’ (is 44:23) significa literalmente os vales, os profundos recessos, como as cavernas e subterrâneos, e figuradamente a sepultura. No N.T., além do termo vulgar ‘terra’, que corresponde às várias significações já apresentadas, há uma palavra especial que significa ‘ terra habitada’ (Lc 4:5Rm 10:18 – etc.), usando-se esta expressão de um modo especial a respeito do império Romano. Terra, num sentido moral, é oposta ao que é celestial e espiritual (*veja Jo 3:31 – 1 Co 15.47 a 49 – Tg 3:15, etc.).

substantivo feminino Geografia Planeta do sistema solar habitado pela espécie humana e por outros seres vivos, está situado na 5ia Láctea e, dentre todos os outros planetas, é o único que possui características favoráveis à vida.
Camada superficial do globo em que nascem as plantas, por oposição à superfície líquida: os frutos da terra.
Terreno, com relação à sua natureza: terra fértil.
País de nascimento; pátria: morrer em terra estrangeira.
Qualquer lugar, localidade; território, região: não conheço aquela terra.
Figurado Lugar onde pessoas estão sepultadas; cemitério: repousar em terra sagrada.
Pó de terra seca no ar; poeira: estou com o rosto cheio de terra.
[Artes] Diz-se de um estilo de dança em que se dá especial importância aos passos executados ao rés do solo ou sobre as pontas dos pés; opõe-se à dança de elevação, que usa os grandes saltos.
[Gráficas] Pigmento usado na feitura de tintas, ou as tintas preparadas com esse pigmento.
expressão Beijar a terra. Cair ao chão: o lutador beijou a terra entes da hora.
Linha de terra. Em geometria descritiva, interseção do plano horizontal e do vertical de projeção.
Terra de Siena. Ocre pardo usado em pintura.
Terra vegetal. Parte do solo misturada com humo, próprio para plantação.
Terra Santa. Região situada entre o rio Jordão e o mar mediterrâneo; Palestina.
Etimologia (origem da palavra terra). Do latim terra.

Testemunha

substantivo feminino Pessoa que relata um fato que viu ou ouviu: testemunhas do crime.
Quem assiste à realização de um ato para o validar legalmente: servir de testemunha num casamento.
[Jurídico] Pessoa que se apresenta à justiça, por convocação ou voluntariamente, para relatar algo que presenciou ou que passou a saber.
Prova material: este cemitério é testemunha das atrocidades de nossos antepassados.
Cada uma das pessoas que regulamentam as condições de um duelo.
Animal ou planta não submetido a qualquer tratamento particular, a fim de permitir a comparação com seres da mesma espécie, objeto de experiências.
Algo que confirma a verdade sobre alguma coisa.
[Gráficas] Folha que não é aparada pelo encadernador, em edições de livros de luxo.
Etimologia (origem da palavra testemunha). Forma derivada de testemunhar.

Na Antigüidade pré-clássica e mesmo em Roma, quando prestavam juramentos solenes nos tribunais, como parte do cerimonial, as testemunhas não os faziam sobre algum livro sagrado e sim, num mau hábito: pasme ! -, levando a mão direita aos testículos. Na verdade, existe uma relação entre os dois vocábulos, testículo e testemunha. Os testículos, de fato, são testemunhas,: aliás, privilegiadas...: do ato sexual, além de prova de virilidade e valioso testemunho da verdade de suas afirmações. A palavra latina para testemunha era testis. Testemunha seria a terceira pessoa que poderia descrever os fatos com maior isenção do que os que estavam diretamente envolvidos na disputa judicial. Basta dar asas à imaginação para perceber a analogia com o mini-espetáculo que ocorre na cama.

Na lei judaica requeria-se o depoimento de duas ou mais testemunhas dignas de fé com o fim de se sustentar a afirmação de um fato, e só assim se podia provar o crime do réu (Nm 35:30Dt 17:6-7 – 19.15). Todo aquele que fosse adjurado pela autoridade competente, era constrangido a responder (Lv 5:1). Por isso, Jesus Cristo replicou ao sumo sacerdote, quando ele o interrogou com estas palavras: ‘Eu te conjuro pelo Deus vivo’ (Mt 25:63). E na Sua resposta deu Jesus verdadeiro testemunho do Seu poder. A pessoa que apresentava um testemunho falso era severamente castigada (Êx 23:1-3Dt 19:16-21). isto tinha por fim proteger fortemente o homem pobre, que de outra maneira ficaria à mercê de gente sem escrúpulos. Era dado, algumas vezes, formal testemunho sobre as tábuas da Lei, que estavam na arca, e deste modo no tabernáculo. Procedem daqui as frases, a arca do Testemunho e o tabernáculo do Testemunho.

Testemunha
1) Pessoa que declara o que viu ou ouviu (Nu 35:30; Mt 18:16).


2) Pessoa que fala da sua experiência com Cristo e da verdade do evangelho (At 1:8).


º

ò | contr.
ó | interj.
ó | s. m.
o | art. def. m. sing. | pron. pess. | pron. dem.
o | s. m. | adj. 2 g. | símb.
ô | s. m.

ò
(a + o)
contracção
contração

[Arcaico] Contracção da preposição a com o artigo ou pronome o.

Confrontar: ó e oh.

ó 1
(latim o)
interjeição

Palavra usada para chamar ou invocar.

Confrontar: oh e ò.

Ver também dúvida linguística: oh/ó.

ó 2
nome masculino

Nome da letra o ou O.

Confrontar: ò.

o |u| |u| 2
(latim ille, illa, illud, aquele)
artigo definido masculino singular

1. Quando junto de um nome que determina.

pronome pessoal

2. Esse homem.

3. Essa coisa.

pronome demonstrativo

4. Aquilo.

Confrontar: ó.

Ver também dúvida linguística: pronome "o" depois de ditongo nasal.

o |ó| |ó| 1
(latim o)
nome masculino

1. Décima quarta letra do alfabeto da língua portuguesa (ou décima quinta, se incluídos o K, W e Y). [É aberto como em avó, fechado como em avô, átono ou mudo como em mudo, e tem o valor de u em o [artigo], etc.]

2. [Por extensão] Círculo, anel, elo, redondo.

3. Quando em forma de expoente de um número, designa que esse número é ordinal, ou significa grau ou graus.

adjectivo de dois géneros
adjetivo de dois géneros

4. Décimo quarto, numa série indicada por letras (ou décimo quinto, se incluídos o K, W e Y).

símbolo

5. Símbolo de oeste.

6. [Química] Símbolo químico do oxigénio. (Com maiúscula.)

Plural: ós ou oo.

ô
(latim o)
nome masculino

[Brasil] Palavra usada para chamar ou invocar. = Ó

Confrontar: o.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Miquéias 1: 2 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

"Ouvi, todos vós, os povos; presta atenção, ó terra, e tudo o que nela há; e seja o Senhor DEUS testemunha contra vós outros, o Senhor, desde o Seu santo Templo.
Miquéias 1: 2 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

735 a.C.
H136
ʼĂdônây
אֲדֹנָי
senhor
(Lord)
Substantivo
H1961
hâyâh
הָיָה
era
(was)
Verbo
H1964
hêykâl
הֵיכָל
palácio, templo, nave, santuário
(of the temple)
Substantivo
H3069
Yᵉhôvih
יְהֹוִה
Deus
(GOD)
Substantivo
H3605
kôl
כֹּל
cada / todo
(every)
Substantivo
H4393
mᵉlôʼ
מְלֹא
plenitude, aquilo que preenche
(a multitude)
Substantivo
H5707
ʻêd
עֵד
testemunha
(for a witness)
Substantivo
H5971
ʻam
עַם
as pessoas
(the people)
Substantivo
H6944
qôdesh
קֹדֶשׁ
sagrado
(holy)
Substantivo
H7181
qâshab
קָשַׁב
ouvir, estar atento, prestar atenção, inclinar (os ouvidos), dar ouvidos, escutar, dar
(to Listen)
Verbo
H776
ʼerets
אֶרֶץ
a Terra
(the earth)
Substantivo
H8085
shâmaʻ
שָׁמַע
ouvir, escutar, obedecer
(And they heard)
Verbo


אֲדֹנָי


(H136)
ʼĂdônây (ad-o-noy')

0136 אדני ’Adonay

uma forma enfática de 113; DITAT - 27b; n m

  1. meu senhor, senhor
    1. referindo-se aos homens
    2. referindo-se a Deus
  2. Senhor - título, usado para substituir Javé como expressão judaica de reverência

הָיָה


(H1961)
hâyâh (haw-yaw)

01961 היה hayah

uma raiz primitiva [veja 1933]; DITAT - 491; v

  1. ser, tornar-se, vir a ser, existir, acontecer
    1. (Qal)
      1. ——
        1. acontecer, sair, ocorrer, tomar lugar, acontecer, vir a ser
        2. vir a acontecer, acontecer
      2. vir a existir, tornar-se
        1. erguer-se, aparecer, vir
        2. tornar-se
          1. tornar-se
          2. tornar-se como
          3. ser instituído, ser estabelecido
      3. ser, estar
        1. existir, estar em existência
        2. ficar, permanecer, continuar (com referência a lugar ou tempo)
        3. estar, ficar, estar em, estar situado (com referência a localidade)
        4. acompanhar, estar com
    2. (Nifal)
      1. ocorrer, vir a acontecer, ser feito, ser trazido
      2. estar pronto, estar concluído, ter ido

הֵיכָל


(H1964)
hêykâl (hay-kawl')

01964 היכל heykal

provavelmente procedente de 3201 (no sentido de capacidade); DITAT - 493; n m

  1. palácio, templo, nave, santuário
    1. palácio
    2. templo (palácio de Deus como rei)
    3. corredor, nave (referindo-se ao templo de Ezequiel)
    4. templo (referindo-se ao templo celestial)

יְהֹוִה


(H3069)
Yᵉhôvih (yeh-ho-vee')

03069 יהוה Y ehoviĥ

uma variação de 3068 [usado depois de 136, e pronunciado pelos judeus

como 430, para prevenir a repetição do mesmo som, assim como em outros lugares

3068 é pronunciado como 136]; n pr de divindade

  1. Javé - usado basicamente na combinação ‘Senhor Javé’
    1. igual a 3068 mas pontuado com as vogais de 430

כֹּל


(H3605)
kôl (kole)

03605 כל kol ou (Jr 33:8) כול kowl

procedente de 3634; DITAT - 985a; n m

  1. todo, a totalidade
    1. todo, a totalidade de
    2. qualquer, cada, tudo, todo
    3. totalidade, tudo

מְלֹא


(H4393)
mᵉlôʼ (mel-o')

04393 מלא m elo’̂ raramente מלוא m elow’̂ ou מלו m eloŵ (Ez 41:8),

procedente de 4390; DITAT - 1195b; n m

  1. plenitude, aquilo que preenche
    1. totalidade, punhado
    2. massa, multidão
    3. plenitude, aquilo que preenche, conteúdo total
    4. comprimento total, extensão completa

עֵד


(H5707)
ʻêd (ayd)

05707 עד ̀ed

forma contrata de 5749; DITAT - 1576b; n m

  1. testemunha
    1. testemunha, evidência (referindo-se a coisas)
    2. testemunha (referindo-se a pessoas)

עַם


(H5971)
ʻam (am)

05971 עם ̀am

procedente de 6004; DITAT - 1640a,1640e; n m

  1. nação, povo
    1. povo, nação
    2. pessoas, membros de um povo, compatriotas, patrícios
  2. parente, familiar

קֹדֶשׁ


(H6944)
qôdesh (ko'-desh)

06944 קדש qodesh

procedente de 6942; DITAT - 1990a; n. m.

  1. separado, santidade, sacralidade, posto à parte
    1. separado, santidade, sacralidade
      1. referindo-se a Deus
      2. referindo-se a lugares
      3. referindo-se a coisas
    2. algo à parte, separado

קָשַׁב


(H7181)
qâshab (kaw-shab')

07181 קשב qashab

uma raiz primitiva; DITAT - 2084; v.

  1. ouvir, estar atento, prestar atenção, inclinar (os ouvidos), dar ouvidos, escutar, dar atenção
    1. (Qal) inclinar, dar ouvidos, escutar, prestar atenção, ouvir
    2. (Hifil) prestar atenção, dar atenção

אֶרֶץ


(H776)
ʼerets (eh'-rets)

0776 ארץ ’erets

de uma raiz não utilizada provavelmente significando ser firme; DITAT - 167; n f

  1. terra
    1. terra
      1. toda terra (em oposição a uma parte)
      2. terra (como o contrário de céu)
      3. terra (habitantes)
    2. terra
      1. país, território
      2. distrito, região
      3. território tribal
      4. porção de terra
      5. terra de Canaã, Israel
      6. habitantes da terra
      7. Sheol, terra sem retorno, mundo (subterrâneo)
      8. cidade (-estado)
    3. solo, superfície da terra
      1. chão
      2. solo
    4. (em expressões)
      1. o povo da terra
      2. espaço ou distância do país (em medida de distância)
      3. planície ou superfície plana
      4. terra dos viventes
      5. limite(s) da terra
    5. (quase totalmente fora de uso)
      1. terras, países
        1. freqüentemente em contraste com Canaã

שָׁמַע


(H8085)
shâmaʻ (shaw-mah')

08085 שמע shama ̀

uma raiz primitiva; DITAT - 2412, 2412a v.

  1. ouvir, escutar, obedecer
    1. (Qal)
      1. ouvir (perceber pelo ouvido)
      2. ouvir a respeito de
      3. ouvir (ter a faculdade da audição)
      4. ouvir com atenção ou interesse, escutar a
      5. compreender (uma língua)
      6. ouvir (referindo-se a casos judiciais)
      7. ouvir, dar atenção
        1. consentir, concordar
        2. atender solicitação
      8. escutar a, conceder a
      9. obedecer, ser obediente
    2. (Nifal)
      1. ser ouvido (referindo-se a voz ou som)
      2. ter ouvido a respeito de
      3. ser considerado, ser obedecido
    3. (Piel) fazer ouvir, chamar para ouvir, convocar
    4. (Hifil)
      1. fazer ouvir, contar, proclamar, emitir um som
      2. soar alto (termo musical)
      3. fazer proclamação, convocar
      4. levar a ser ouvido n. m.
  2. som