Enciclopédia de Naum 1:6-6

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

na 1: 6

Versão Versículo
ARA Quem pode suportar a sua indignação? E quem subsistirá diante do furor da sua ira? A sua cólera se derrama como fogo, e as rochas são por ele demolidas.
ARC Quem parará diante do seu furor? e quem subsistirá diante do ardor da sua ira? a sua cólera se derramou como um fogo, e as rochas foram por ele derribadas.
TB Quem poderá subsistir na face da sua indignação? E quem poderá permanecer no furor da sua ira? O seu furor se derrama como fogo, e por ele as rochas estão fendidas.
HSB לִפְנֵ֤י זַעְמוֹ֙ מִ֣י יַֽעֲמ֔וֹד וּמִ֥י יָק֖וּם בַּחֲר֣וֹן אַפּ֑וֹ חֲמָתוֹ֙ נִתְּכָ֣ה כָאֵ֔שׁ וְהַצֻּרִ֖ים נִתְּצ֥וּ מִמֶּֽנּוּ׃
BKJ Quem pode resistir diante da sua indignação? E quem permanecerá diante do ardor da sua ira? A sua fúria é derramada como fogo, e por ele as rochas são derrubadas.
LTT Quem pode permanecer de pé (resistindo) diante do Seu furor, e quem persistirá diante do ardor da Sua ira? A Sua cólera se derramou como um fogo, e as rochas foram por Ele derrubadas.
BJ2 Diante de sua cólera quem subsistirá? Quem se levantará diante do ardor de sua ira? Seu furor derrama-se como o fogo, e os rochedos se fendem diante dele.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Naum 1:6

Deuteronômio 32:22 Porque um fogo se acendeu na minha ira, e arderá até ao mais profundo do inferno, e consumirá a terra com a sua novidade, e abrasará os fundamentos dos montes.
I Reis 19:11 E ele lhe disse: Sai para fora e põe-te neste monte perante a face do Senhor. E eis que passava o Senhor, como também um grande e forte vento, que fendia os montes e quebrava as penhas diante da face do Senhor; porém o Senhor não estava no vento; e, depois do vento, um terremoto; também o Senhor não estava no terremoto;
Salmos 2:12 Beijai o Filho, para que se não ire, e pereçais no caminho, quando em breve se inflamar a sua ira. Bem-aventurados todos aqueles que nele confiam.
Salmos 76:7 Tu, tu és terrível! E quem subsistirá à tua vista, se te irares?
Salmos 90:11 Quem conhece o poder da tua ira? E a tua cólera, segundo o temor que te é devido?
Isaías 10:16 Pelo que o Senhor, o Senhor dos Exércitos, fará definhar os que entre eles são gordos e, debaixo da sua glória, ateará um incêndio, como incêndio de fogo.
Isaías 27:4 Não há indignação em mim; quem me poria sarças e espinheiros diante de mim na guerra? Eu iria contra eles e juntamente os queimaria.
Jeremias 10:10 Mas o Senhor Deus é a verdade; ele mesmo é o Deus vivo e o Rei eterno; do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação.
Lamentações de Jeremias 2:4 Armou o seu arco como inimigo, firmou a sua destra como adversário e matou tudo o que era formoso à vista; derramou a sua indignação, como fogo na tenda da filha de Sião. Hê.
Lamentações de Jeremias 4:11 Deu o Senhor cumprimento ao seu furor; derramou o ardor da sua ira e acendeu fogo em Sião, que consumiu os seus fundamentos. Lâmede.
Ezequiel 30:16 E atearei um fogo no Egito; Sim terá grande dor, e Nô será fendida, e Nofe terá angústias cotidianas.
Naum 1:2 O Senhor é um Deus zeloso e que toma vingança; o Senhor toma vingança e é cheio de furor; o Senhor toma vingança contra os seus adversários e guarda a ira contra os seus inimigos.
Malaquias 3:2 Mas quem suportará o dia da sua vinda? E quem subsistirá, quando ele aparecer? Porque ele será como o fogo do ourives e como o sabão dos lavandeiros.
Apocalipse 6:17 porque é vindo o grande Dia da sua ira; e quem poderá subsistir?
Apocalipse 16:1 E ouvi, vinda do templo, uma grande voz, que dizia aos sete anjos: Ide e derramai sobre a terra as sete taças da ira de Deus.
Apocalipse 16:8 E o quarto anjo derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe permitido que abrasasse os homens com fogo.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Naum Capítulo 1 do versículo 1 até o 15
SEÇÃO I

O GOVERNO DE DEUS

Naum 1:1-6

A. TÍTULOS 1:1

É extremamente provável que esta declaração introdutória tenha sido acrescentada por um editor com a finalidade de identificar a obra. Está composta de duas partes: a primeira apresenta o propósito da mensagem, e a segunda determina o autor. Há quem afirme que a parte dois foi declarada especificamente com o fim de catalogar o livro entre os rolos do Templo. Ele era indubitavelmente usado na adoração do Templo tempos mais tarde, e também lá pelo ano de 612 a.C. Mas o livro não era primariamente uma produ-ção litúrgica como muitos têm defendido com veemência.'

Certo ponto de vista declara que a porção básica do escrito (Naum 1:9-2,13) era uma men-sagem ou debate público, no qual o profeta argumentava com pessoas de opiniões diver-gentes sobre os acontecimentos graves e significativos da época.2 Se esta opinião estiver correta, abre a probabilidade de esta profecia ter sido entregue em Jerusalém.

Peso (1; "oráculo", ECA; "sentença", ARA; "mensagem", NTLH; "advertência", NVI) é termo técnico que denota a mensagem de um sacerdote-profeta em nome de um deus. Significa literalmente "o levantamento" da voz. É lógico que o oráculo era sobre Nínive e não para Nínive, capital do Império Assírio. Por quase dois séculos, este poder tirânico fora a grande força política e militar no mundo conhecido dos hebreus. Foi sob o reinado de Sargão II que, em 722 a.C., Israel (o Reino do Norte) foi extinto. Mais tarde, sob o reinado de Senaqueribe, Judá ficou, por tolice de Acaz, sujeito ao domínio da Assíria e começou a pagar anualmente pesados tributos. Assurbanipal foi o último grande rei do império, e reis menos importantes ocuparam o trono na época da profecia de Naum. Mas Judá ainda estava sob o domínio do vasto império. A capital Nínive, sede do governo assírio, situava-se junto ao rio Tigre (ver mapa 1).

O segundo título (
- 1b) é único na literatura, visto que o habitual era ter apenas um. Também é único no uso da palavra livro. Visão é termo técnico e denota que a fonte da inspiração profética era o discernimento divino. Naum, que significa "o consolador", é muito apropriado à mensagem quando corretamente entendido, pois certos intérpretes pensam tratar-se de adição fictícia, mas há escassa base que apóie esta suposição.

A maioria dos estudiosos encontra provas de um poema acróstico que começa no versículo 2 e usa a primeira metade do alfabeto hebraico. Trata-se de forma literária que de modo nenhum compromete o conteúdo da mensagem. Há muita discordância sobre este ponto, pois o acróstico está incompleto. Por esta causa, muitos dos que desejam defender esta teoria do poema são obrigados a considerar que o próprio texto está exces-sivamente adulterado. Semelhantemente, há discordância considerável quanto à exten-são desta construção em particular. O rabino Lehrman afirma: "Os esforços em prover as letras que faltam não justificam as muitas correções propostas".3

B. A NATUREZA DE DEUS, 1.2,3a

O versículo 3 é o texto áureo do livro. Traduzido assim fica mais claro: "O Senhor demora para irar-se e é grande em poder, mas o Senhor de maneira nenhuma deixará o pecado sem punição".

O profeta não fala de uma raiva petulante que é provocada por assuntos incidentais. Ele se refere à santidade completa de Deus que mantém o amor e a justiça em tensão criativa. O texto profético fala da paciência de Jeová, mas Naum sabe que a penalidade é inevitável. A natureza de Deus requer que o Senhor puna o pecado, porque a natureza do pecado exige essa punição. Esta ação não indicia a bondade de Deus. Mas, caso não se opusesse ao mal, indiciaria a santidade divina.

Paulo proclama a mesma mensagem em Romanos 2:3-5: "E tu, ó homem, que julgas os que fazem tais coisas, cuidas que, fazendo-as tu, escaparás ao juízo de Deus? Ou desprezas tu as riquezas da sua benignidade, e paciência, e longanimidade, ignorando que a benignidade de Deus te leva ao arrependimento? Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus". É deste modo que Deus governa o mundo: Recompensa a justiça, é paciente com a maldade, mas no fim a pune.

É apropriado lembrarmos aqui que, certo tempo atrás, Deus enviara um profeta a Nínive para pregar o arrependimento. Sob o ministério relutante de Jonas, os ninivitas se arrependeram com pano de saco e cinza (Jn 3:5-10). Não sabemos quanto tempo durou este arrependimento, mas agora eles se arrependeram de terem se arrependido. Se Jonas é exaltado como profeta missionário, Naum não deveria ser refutado por proclamar jul-gamento sobre o povo que recebeu a mensagem missionária, sobretudo levando em conta que ele baseia a proclamação em tal conceito fundamental da natureza de Deus.

O profeta menciona três características de Deus que precisamos explicar. O SE-NHOR é um Deus zeloso (2; "tem ciúmes", BV), vingativo e cheio de ira. Não se trata de emoções humanas. Se a teologia moderna nos ensinou algo, é que não há linguagem unívoca sobre Deus. Atribuir paixões humanas ao Senhor é, na melhor das hipóteses, usar de analogia. A transcendência de Deus anula todo esforço em entendê-lo em termos humanos. A crítica com base nesta linguagem não percebe o significado das referências bíblicas à deidade.

O termo toma vingança (nokem, "vingador") é usado três vezes nesta passagem. Talvez esta repetição dê a entender que a Assíria exilara Israel três vezes e, portanto, receberia três punições adequadas aos seus crimes.

C. O PODER DE DEUS, 1.3b-6

O homem sempre teve muito medo das forças da Natureza. É natural associar o poder da deidade com a manifestação da grandiosidade do poder de Deus. Era de se esperar que a humanidade obscurecida pelo pecado exaltasse a força da Natureza à estatura de deuses e fizesse cultos e sacrifícios de conciliação. Esta passagem não afirma que Deus faz parte da Natureza (no sentido de ser uma de suas deidades). O profeta mostra que o Todo-poderoso é o dominador das forças e entidades da ordem natural. Ele é o Senhor dos mares, dos rios, das montanhas e das pessoas. Há dois movimentos que simbolizam o poder de Jeová: o furacão no mar e o simum4 na terra.

A parte "a" do versículo 4 refere-se possivelmente ao recuo do mar Vermelho e à divisão do rio Jordão. É esta a interpretação mais natural e adotada por Adam Clarke. Basã, Carmelo e Líbano (4) são algumas das regiões mais férteis da Palestina, as últimas a serem afetadas pela seca. Os versículos 5:6 descrevem a ira de Deus na linguagem de terremoto, vulcão e tempestade violenta e devastadora.

Adorai o Rei, gloriosíssimo,

E com gratidão cantai o seu amor maravilhoso:
Nosso Escudo e Defesa, o Ancião de Dias,
Encerrado em pavilhão esplendoroso e cingido com louvores.

Cantai o seu poder e cantai a sua graça,

Cujo manto é luz, cujo espaço é abobadado.
Seus carros de ira que as densas nuvens formam,
E as trevas são o seu caminho nas asas da tempestade.

Robert Grant

(Ver "Adorem o Rei", Hinário para o Cantor Cristão, n2233, verso 1, linha 1 do verso 2 e linhas 2 a 4 do verso 3, letra em inglês de Robert Grant e em português de Werner Kaschel [São Paulo: Bompastor, 2003, 3.a reimpressão]). (N. do T.).

SEÇÃO II

A APLICAÇÃO DA SOBERANIA DE DEUS

Naum 1:7-2.13

A. APLICAÇÕES DIVERSAS, 1.7,8

Depois de ter falado sobre a natureza de Deus que forma a base do governo do mun-do, o profeta passa a mostrar sua dupla aplicação. Estas passagens são "teológicas e afirmam os princípios gerais da providência divina, pela qual a subversão do tirano é certa e a libertação do povo de Deus é garantida". 1

1. Deus é uma Fortaleza para os Fiéis (1,7)

O texto profético declara que Jeová é bom. Não se trata de favor caprichoso da mes-ma maneira que sua ira não é julgamento petulante. O profeta quer dizer que Deus é fiel na administração da justiça. Àqueles que o servem, o SENHOR é... uma fortaleza no dia da angústia. Talvez haja aqui alusão às cidades de refúgio (cf. Êx 21:13; Nm 35:9-14; Js 20:7-9). Mas considerando as circunstâncias da ocasião, é mais provável que o profeta queira transmitir a idéia de trincheiras de proteção. Neste caso, desejava fazer uma comparação com os muros de Nínive. Pareciam inconquistáveis, mas no dia da provação dariam pouca proteção a quem confiou neles. Por outro lado, Deus é uma forta-leza que não deixa na mão quem nele puser a confiança.

Ao considerarmos a extrema aflição daqueles dias, esta era uma promessa maravi-lhosa à pequena nação de Judá. Um grande império estava a ponto de esfacelar-se, e outras potências emergiam. Era iminente uma batalha de gigantes, cujo confronto colo-cava as minúsculas nações vassalas em um dia de angústia.

É verdade que o cumprimento desta promessa não ocorreu na história subseqüente de Judá. Após a reforma de Josias (ver Introdução), o povo judeu caiu de novo na idola-tria. Mas a natureza geral da asseveração é tamanha que não há necessidade de argumentação em prol de prosperidade material como sinal do favor de Deus. Não obstante, é reconfortante lembrar que o SENHOR... conhece — cuida dos que confiam nele.

2. Deus se Vinga dos Seus Inimigos (1,8)

A inundação transbordante é referência tão clara às circunstâncias pertinentes à queda de Nínive que certos estudiosos questionam o texto. Mas, ao pormos de lado a análise textual, quem crê na inspiração divina não acha mais difícil acreditar em tal predição específica do que crer que Isaías predisse a proteção de Jerusalém quando o exército assírio, sob o comando de Senaqueribe, estava diante das portas da cidade (Is 37:33-34). O Antigo Testamento menciona muitas vezes a destruição por inundação, lite-ral (38:25; Sl 32:6; Is 54:9) e figurativamente (Is 8:7; Dn 9:26-11.22).

Conforme o original hebraico, o seu lugar (i.e., "o lugar de Nínive", ECA; cf. ARA; BV; NVI) é alusão tão específica que os termos mais apropriados foram adotados na maioria das traduções, sobretudo desde que a Septuaginta traduziu por "adversários" (cf. NTLH). J. H. Eaton sugere que a melhor tradução é "o seu santuário" e faz um comentário incisivo:

A rapidez desta alusão a uma inimiga [cidade] específica causa surpresa, e levou muitos intérpretes a evitarem o significado óbvio do texto tradicional. Contudo, a referência, em essência e modo, é típica de Naum; ela nos prepara para o discurso direto com a mesma inimiga no versículo 11; e corresponde exatamente a Naum 2:5-7, onde o seu templo é devastado pela inundação ao mesmo tempo em que ela é feita cativa.'

Sugeriu-se também que o uso do gênero feminino indique algo por trás da capital em si — à deusa de Nínive, Istar. Por isso, o conflito é elevado a uma guerra entre deidades adversárias. Este significado também está na base dos versículos 11:14 (ver comentários ali).

As duas últimas frases deste versículo declaram a totalidade da destruição, e a pas-sagem sucessiva a reforça. As trevas perseguirão os seus inimigos é mais correta e comoventemente traduzido por "[O Senhor] perseguirá os seus inimigos [...] para dentro das trevas" (ECA).

Nos versículos 1:8, temos um quadro notável do "Deus da ira e misericórdia":

1) A ira de Deus expressa:
a) sua justiça, 3;
b) seu poder, 4-6;
c) sua soberania tremenda, 2,8;

2) A misericórdia de Deus é revelada na bondade, proteção e interesse por quem confia nele, 7 (W. T. Purkiser).

B. DISCURSOS A QUEM RECEBE A JUSTIÇA, Naum 1:9-15; 2.2

A partir do versículo 9, há mudança abrupta e o discurso é dirigido aos ninivitas. Uma série de declarações diretas torna muito dificil acompanhar o texto, porque a troca de destinatário é feita de um momento para o outro. Primeiro fala com Nínive e depois com Judá, e, de um lado para o outro, o orador desponta em eloqüência veemente. A sucessão rápida de discursos nestes versículos levou muitos a acreditar que a recitação deste poema era acompanhada por ação dramática para tornar o significado claro aos ouvintes.

  1. Desafio à Assíria (1:9-11)

O profeta faz um desafio aos assírios: Que pensais vós contra o SENHOR? (9), talvez para dizer: "Quem vocês pensam que Deus é?" É um brado de menosprezo, visto que "o profeta zombeteiramente lhes pergunta o que eles podem fazer em face de Deus ter decretado a destruição".3

O versículo 10 é difícil de traduzir, mas o sentido está razoavelmente claro. Nínive é comparada a espinhos, que são difíceis de eliminar da terra e queimam com dificul-dade quando estão molhados, mas que se consomem como palha diante do fogo do julgamento divino. Esta era uma ilustração que os israelitas de mente agrícola facil-mente entenderiam.

A significação plena desta passagem é que a destruição da cidade seria completa. Naum declarou: Não se levantará por duas vezes a angústia. Não haveria necessi-dade de outro castigo divino. A história atesta essa verdade.

Ainda que... se saturem de vinho como bêbados é frase que indica que a maio-ria dos tradutores tem uma visão mais específica do versículo 10. Trata-se de uma ampli-ficação do texto, o que envolve uma interpretação bem como uma tradução. Há versões que a omitem e traduzem o versículo inteiro simplesmente assim: "Como uma moita de espinheiros, como a palha seca, vocês serão completamente destruídos" (NTLH). Contu-do, Lehrman e Maier concordam com as traduções que fazem esse tipo de interpretação do hebraico. Quanto ao que significa exatamente, Maier oferece duas alternativas. A primeira, fala que os ninivitas se sentiam tão seguros atrás de suas defesas que bebiam e farreavam, e esqueciam-se do perigo iminente. O rabino Lehrman concorda com este ponto de vista. A segunda opção diz que o profeta prediz a impotência dos assírios, ao declarar que são tão fracos quanto um soldado bêbado. O próprio Maier parece advogar esta interpretação e afirma: "De acordo com a tradição, Nínive foi tomada quando os defensores estavam em meio a uma festa animada regada por bebidas".4

O alguém mencionado no versículo 11 é aplicado a Senaqueribe, que era o inimigo mais agressivo de Judá e o invadiu quando Ezequias era rei (2 Rs 18.13ss). O hebraico traduzido por saiu é um termo técnico usado para referir-se a expedições e invasões militares (cf. 1 Sm 8.20; Is 42:13; Zc 14:3). As pessoas consideravam as invasões atos dirigidos contra o próprio Jeová, visto que estava associado ao povo pela relação de con-certo. A deportação também dera golpe terrível contra o Templo e sua adoração. Em II Reis 18:29-35, repare no escárnio que Rabsaqué, general de Senaqueribe, fez de Deus.

No plano de fundo há uma referência mais sinistra. Conselheiro de Belial é ex-pressão traduzida de diversas maneiras. A palavra Belial é repetida no versículo 15, onde é traduzida por ímpio. A interpretação freqüente é que significa uma figura corres-pondente a Satanás ou o diabo no pensamento cristão, uma personificação do mal. Por trás do poder da Assíria estava o poder das trevas. Sua impotência se tornará evidente diante da onipotência de Jeová.

  1. Consolação para Judá (1.12,13)

O original hebraico nestes versículos é ambíguo, e a palavra é consolo para os opri-midos que por muito tempo foram pisoteados pelo inimigo. A frase enigmática: Por mais seguros que estejam e por mais numerosos que sejam, é traduzida por: "Embora sejam fortes e muitos" (VBB; cf. NTLH; NVI). A despeito da força do inimigo, este jugo de escravidão será quebrado. O profeta entende que os acontecimentos da história são obra de Deus, e que a aflição de Judá está sob controle divino: Eu te afligi, mas não te afligirei mais (12).

  1. Aniquilação da Assíria (1,14)

O profeta chama a atenção à natureza religiosa do conflito e ao triunfo de Jeová sobre os deuses vis de Nínive. Os assírios tinham zelo particular por seus templos, que estavam repletos de esculturas esculpidas e baixos-relevos talhados em pedra. 5A finali-dade da destruição é predominante na profecia. Mais ninguém do teu nome seja semeado pode ser traduzido por "o teu nome não será mais lembrado" (Moffatt; cf. NTLH).

  1. Previsão de Libertação (Naum 1.15; 2,2)

Naum copia uma passagem linda e famosa de Isaías: Eis sobre os montes os pés do que traz boas-novas, do que anuncia a paz! (15). É assim que o profeta ilustra os mensageiros que trilham os caminhos monteses, a fim de levar aos habitantes de Jeru-salém as boas notícias da destruição do inimigo. Em sua perspectiva otimista, vê que estes acontecimentos e situações são os primeiros lampejos de um período de ouro. Nesse tempo, toda a nação de Israel voltará a ter uma relação produtiva com Jeová e a paz será estabelecida. O versículo 2 do segundo capítulo dá continuidade a este discurso. Maier faz extensa defesa desta posição, mas o peso da erudição bíblica balança para o outro lado. Quando colocamos 2:20 imediatamente após 1.15, teremos a seguinte leitura: Eis sobre os montes os pés do que traz boas-novas, do que anuncia a paz! Celebra as tuas festas, ó Judá, cumpre os teus votos, porque o ímpio não tornará mais a passar por ti; ele é inteiramente exterminado. Porque o SENHOR trará outra vez a excelência de Jacó, como a excelência de Israel; porque os que despejam os despejaram e corromperam os seus sarmentos.

"As boas novas dos altos céus" é o tema dos versículos 12:15. O Evangelho é, por definição, as boas-novas, 15, as boas notícias de:

1) Libertação, 13;

2) Consolo, 12;

3) Paz, 15; e

4) A defesa da justiça, 14,15b (W T. Purkiser).


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Naum Capítulo 1 do versículo 1 até o 9

Poema Acróstico (Naum 1:1-9)

Quanto a notas expositivas completas sobre o artificio literário chamado acróstico, ver a introdução ao Salmo 34. Os dizeres são introduzidos por sucessivas letras hebraicas, seguindo a ordem alfabética. Entretanto, há aqui uma perturbação que pode refletir a intervenção de um editor subseqüente que não preservou a suposta forma original da introdução. A forma literária do acróstico pode produzir uma bela expressão poética, mas geralmente impede o fluxo livre da mensagem.

Na 1:1

Sentença contra Nínive. Este oráculo foi chamado, iiteralmente, de “sentença” ou “peso", visto ser uma mensagem pesada e difícil, mas que devia ser suportada pelos Ímpios. Era uma mensagem difícil contra Nínive, pois o tempo da queda do império assírio tinha finalmente chegado. Nínive não seria capaz de carregar esse peso. Quanto a oráculos chamados pesos ou sentenças, conforme Is 13:1; Is 15:1; Is 17:1; Is 19:1; Is 21:1,Is 21:11,Is 21:13; Is 22:1; Jr 23:33,Jr 23:38 e Hc 1:1. A visão é o meio de revelar a sentença.

O elcosita. A cidade em vista é Elcós. Ver no Dicionário o artigo chamado Elcós, Elcosita, quanto a detalhes. As tradições concernentes a esse lugar, que põem ali o túmulo de Naum, são todas incertas. Durante séculos, lendas têm afirmado que o lugar era próximo de Nínive. Parte da história diz que os cativos de Israel foram deportados para lá (durante o cativeiro assírio), e Naum estava entre os cativos. Mas o fato é que Elcós era desconhecida, e as tradições provavelmente não têm valor histórico algum. Jerônimo põe Elcós na Galiléia, mas outros estudiosos a colocam em Judá.

A profecia de Naum ocorreu cerca de 135 a 150 anos depois da profecia de Jonas. O arrependimento dos ninivitas, no caso do profeta Jonas, adicionou esses muitos anos à vida nacional da Assíria, mas tal chance não seria estendida novamente aos assírios. Ver no Dicionário o verbete chamado Cativeiro Assírio.

Na 1:2
O Senhor é Deus zeloso e vingador.
Temos aqui uma série de afirmações assustadoras. Um Poder vingativo atacava. Esse Poder é um Deus zeloso (ver Dt 4:24; Dt 5:9; Dt 6:15; Dt 32:16,Dt 32:21)! Ele estava ofendido pelo que a Assíria fizera contra o Seu povo. Seu povo era Seu filho (Ex 4:22), que aqueles réprobos estavam maltratando. Esse Deus zeloso também era o Deus vingativo, e foi por essa razão que a Assíria terminou tão mal. Esse Deus também estava cheio de ira, e isso O levou a ferir e esmagar os ofensores. Os inimigos de Deus são objetos de Seu ódio e de Seu poder demolidor. Os assírios deviam ter parado de aniquilar outras vítimas. Quando eles puseram suas mãos imundas sobre Israel, isso era ir longe demais na ousadia. Quanto à vingança de Deus, ver Dt 32:35,Dt 32:41. Ver no Dicionário o verbete chamado Ira de Deus. Houve ocasião em que 185.000 invasores assírios foram aniquilados diante dos portões de Jerusalém (ver II Reis 19:35-37). Mas isso nada foi, em comparação com o que aconteceu mais tarde, quando os babilônios e seus aliados puseram fim ao poder opressor dos assírios. Esse foi um ato de Yahweh, que defendeu a honra de Seu povo.

Na 1:3

O Senhor é tardio em irar-se. As boas novas é que esse Deus temível não age com precipitação nem arbitrariamente. Ele vive buscando os pecadores, a fim de abatê-los, mas Sua ira se contém e é controlada pela vontade divina, esperando o tempo certo para castigar. Deus tem grandíssimo poder, mas Ele é, igualmente, o poder que restringe atos precipitados, até chegar o momento certo para agir. Por outro lado, Deus não chega somente para punir os culpados. Em primeiro lugar, um profeta sai a dizer ao povo o que acontece quando não há arrependimento em relação a feitos ousados. O povo precisa ser levado a sentir a ira de Deus. Se o povo estremecer e se arrepender, poderá sair da crise sem maiores incidentes. Naturalmente, o povo terá de começar a viver de modo diferente, antes que a panela de Deus comece a ferver com o calor da ira divina. Quanto à longanimidade Deus, conforme Ex 34:6; Nu 14:18; Ne 9:17; Sl 103:8; Sl 145:8; Jl 2:13 e Jn 4:2.

“Deus é iongânimo e paciente (ver 2Pe 3:9) por causa de Seu desejo que as pessoas se arrependam. Isso foi demonstrado pelo fato de que Jonas foi enviado a Nínive, cerca de cem anos antes que Naum começasse a profetizar” (Elliott, E. Johnson, in loc.).

... mas grande em poder. Deus tem o poder de efetuar mudanças na natureza: “Onde o Senhor vai, redemoinhos e tempestades exibem o Seu poder; as nuvens são a poeira levantada pelos Seus pés” (NCV). Se Ele tem poder sobre a natureza, que ultrapassa do controle de qualquer ser humano, então por certo Ele tem poder sobre os homens. Conforme esta parte do versículo com 9:17. Quanto à questão das nuvens e da poeira, ver 2Sm 22:10 e Sl 18:9. Conforme este versículo com Hab. 3:6-10.

Na 1:4

Ele repreende o mar, e o faz secar. Este versículo prossegue com a descrição do poder de Deus sobre a natureza, dando a entender que Ele pode fazer qualquer coisa que Lhe agrade, no caso do mero homem. Deus pode repreender o mar e fazê-lo secar-se, como sucedeu quando Israel ficou entalado entre o exército egípcio e o mar Vermelho (ver Ex 14:21; Sl 66:6; Sl 106:9; Is 50:2; Is 51:10). O Senhor resseca os rios ou desvia-os de seu leito normal, como fez com o rio Jordão, quando este servia de empecilho para que o povo de Israel chegasse à Terra Prometida. As áreas férteis de Basã e Carmelo se ressecaram diante de Sua palavra; Deus enviou a seca e ventos quentes da parte do oriente. Basã era regada pelo rio larmuque, e o Carmelo ficava à beira-mar, onde obtinha grande abundância de chuvas. Mas Deus reverteu o curso nornial da natureza e ressecou aqueles lugares. A cadeia do Líbano, ao norte, continua Síria adentro, e era famosa por suas florestas de cedro, mas não estaria isenta da seca, se assim Yahweh o dissesse. Conforme Os 14:7. Não há inflorescência sobre a terra que o hálito quente de Yahweh não reduza à podridão.

Na 1:5

Os montes tremem perante ele, e os outeiros se derretem. Este versículo continua a descrição do poder de Deus sobre a natureza, dando a entender que Deus pode fazer qualquer coisa que Lhe agrade, no caso do mero homem. Ver no Dicionário o artigo chamado Soberania de Deus. A presença de Deus causa terremotos, erupções vulcânicas e a desolação da terra. Essa desolação afeta a própria terra, e também os que nela habitam. As montanhas e os povos estremecem de medo diante do Senhor. Quanto aos montes como símbolos da estabilidade — e, no entanto, eles estremecem diante do poder divino —, considere o leitor o caso do monte Sinai, em Ex 19:18, Quanto às colinas que se dissolvem, ver Mq 1:4. “Notemos que os portentos naturais são considerados produtos da ação direta de Yahweh” (Charles L. Taylor, Jr., in loc.). O Criador não abandonou Sua criação, mas, antes, intervém, punindo ou recompensando os homens, isso reflete o Teísmo. Contrastar essa idéia com a do Deísmo, que ensina que a força criadora (pessoal ou impessoal) abandonou a sua criação ao controle das leis naturais. Ver sobre ambos os termos no Dicionário.

Com só olhar para a terra ele a faz tremer; toca as montanhas, e elas fumegam.

(Sl 104:32)

Na 1:6
Quem pode suportar a sua indignação?
Este versículo sumaria o terror referido nos vss. Na 1:2-5. Conforme este versículo com Sl 24:3. Ver também Jr 51:25,Jr 51:26.

Na 1:7

O Senhor é bom, é fortaleza no dia da angústia. Toda essa conversa sobre um feroz julgamento não nos deve fazer esquecer de que Yahweh é bom e até os Seus mais severos juízos têm por intuito restaurar, e não meramente tirar vingança. Seja como for, quando Yahweh julgou os assírios, ele estava fazendo um favor para o mundo inteiro da época. Ele é uma fortaleza para o bem, um lugar onde os homens podem refugiar-se e receber proteção. Esses são símbolos militares. Yahweh, Sabaote (o General dos Exércitos), protege o Seu povo. Conforme essa figura com Sl 27:1; Sl 31:4; Sl 52:7. Quanto ao Senhor como bom, ver Ex 34:6; Sl 106:1; Sl 107:1; 136;1 e Jr 33:11.

“Aqui é enfatizado outro lado da natureza divina. A ira de Yahweh se derrama sobre aqueles que O odeiam; mas quanto àqueles que depositam Nele a sua confiança, Ele mostra amor e misericórdia (ver Dt 5:9 ss.). A longa história de Israel, do período assírio até o fim, foi uma longa agonia de espera... Desapontada em uma de suas expectações, a nação de Israel apenas a transformava em outra expectação, e continuou esperando grande coisas da parte de Deus” (J. M. P. Smith, in loc).

Na 1:8

Mas com inundação transbordante acabará duma vez com o lugar desta cidade. Este versículo prossegue com a temível mensagem dos vss. Na 1:2-6, adicionando outra figura para falar sobre a ira de Deus. “O dííúvio inundante" varrerá todos os adversários de Israel e de Deus para o esquecimento, Diz o hebraico original, literalmente, “ponto final". Foi exatamente isso que sucedeu a Ninive e ao império assirio. “Essa referência à inundação poderia sugerir, figuradamente, uma invasão sem restrições por parte de um exército (cf, Isa, 8,7,8; Jer, 47,2; Dn 9:26,Na 2:8)” (Eliiott E. Johnson, in loc.). Quanto ao ponto final, cf, Dn 9:26; Dn 11:10,Dn 11:22,Dn 11:40. Diodoro Siculo (Hist. Na 1:2, par,
111) diz-nos que as forças combinadas dos medos e dos babilônios totalizavam 400:000 homens armados.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Naum Capítulo 1 do versículo 1 até o 15
*

1:1 Título do livro. Ver Introdução. Autor; Data e Ocasião.

* 1.2-14 O hino introdutório (vs. 2-8), que em hebraico forma um poema acróstico incompleto, descreve de maneira entusiástica o Senhor como o Juiz universal com poder para realizar a sua vontade.

* 1.2, 3 O caráter do Senhor forma a chave para o que vem a seguir.

* 1.2 zeloso. Este atributo refere-se à reação movida pelo seu zelo contra qualquer transgressão à sua santidade ou qualquer tentativa de dividir a sua glória. Seu zelo requer lealdade absoluta e revela-se como ira contra a rejeição de si ou de seu senhorio.

vingador... vingador... toma vingança. Fiel à sua natureza, o Juiz universal não deixa nenhum pecado impune e penaliza cada uma das faltas dos ímpios. A tripla repetição da palavra hebraica para “vingança” enfatiza grandemente uma retribuição inescapável e apropriada.

adversários... inimigos. Esta terminologia é típica dos salmos e de narrações de guerras santas.

*

1.3 tardio em irar-se. Uma confissão bem conhecida da paciência de Deus com os pecadores (Êx 34:6, “longânimo”; Jn 4:2).

grande em poder... jamais inocenta o culpado. A paciência de Deus nunca implica que ele seja fraco ou que ele tolere o mal (Gn 18:25).

* 1.3-6 O profeta oferece um retrato poético do poder do Senhor manifestado em seu controle da natureza na criação e em outras ocasiões em que houve intervenção em favor do seu povo (Sl 18:7-15; Êx 14:21, 22; Mt 8:26). O israelita piedoso reconhecia a obra do Senhor na natureza. Mas a ela não deve ser confundida com Deus ou adorada como Deus; ela é o anfiteatro da revelação.

* 1.4 Ele repreende. Estas palavras retratam vividamente o poder de Deus em sujeitar as forças da natureza, tanto durante a criação quanto durante a travessia do Mar Vermelho (Êx 14).

mar... rios. Usados aqui como paralelos poéticos (Is 50:2; Sl 74:12-15). A abundante vegetação do fértil “Basã,” “Carmelo,” e “Líbano” murcha quando o vento quente do deserto, enviado pelo Senhor, sopra sobre ela.

1:5 A percepção da aproximação do Senhor enche a terra e suas criaturas de terror. Toda criação parece sentir-se ameaçada pelo caos, até mesmo as coisas aparentemente permanentes (“os montes... a terra”) tremem e desaparecem.

* 1:6 As questões retóricas enfatizam a impossibilidade de se resistir à ira de Deus. Essa ira é comparada ao fogo (Dt 4:24; Hb 12:29).

*

1.7 bom. O termo denota a benevolência do Senhor como sendo a fonte de todo verdadeiro bem-estar e prosperidade do ser humano, e é, particularmente, uma confissão de sua bênção e bondade provenientes da Aliança (Sl 73:1). O povo do Senhor experimenta seu grandioso poder como santo amor. Quando o socorro se faz necessário, Deus é uma fortaleza inexpugnável (Sl 46).

* 1.8 inundação... trevas. Figuras marcantes do severo julgamento.

* 1.9-14 A queda dos ímpios, representados por Nínive, culmina no consolo do povo de Deus, Judá.

* 1.9 pensais vós contra. Todas as estratégias assírias se revelarão fúteis. Sua luta e seus planos são agora contra o Senhor, que decidiu destruí-los, e o fará de uma vez por todas.

*

1.11 um que maquina o mal. Talvez uma referência a Asurbanipal (Introdução: Data e Ocasião).

vil. Ver referência lateral. A palavra sugere algo demoníaco.

* 1.12-14 Uma confortante mensagem divina assegura ao povo de Deus de que a queda da Assíria implica no fim de sua humilhação.

* 1.12 Assim diz o SENHOR. Uma fórmula bem conhecida da mensagem profética.

* 1.13 quebrarei o jugo deles... romperei os teus laços. Figuras poéticas expressivas de emancipação (Jr 2:20; Sl 2:3).

*

1.14 ordem. A palavra enfatiza autoridade e infalibilidade.

teu nome. A completa extinção e perda de poder e prestígio são reservadas para os assírios.

casa dos teus deuses. O templo e outros objetos da confiança e orgulho da Assíria serão destruídos.

sepulcro. O termo representa a destruição final de Nínive, de seu rei, e de seu povo em 612 a.C.

* 1.15-2.13 Esta seção foi escrita no tempo presente profético. Os eventos que ainda ocorrerão no futuro são aqui retratados como se já estivessem presentes, e eventos num futuro ainda mais remoto são retratados como ocorrendo ao mesmo tempo que aqueles que ocorrem muito antes. Esta profecia intensa de julgamento é uma “visão” poética (1.1; conforme Nm 12:6-8), e não pretende ser um relato histórico preciso e detalhado dos eventos que se sucederam posteriormente, em 612 a.C.

*

1:15

Ver Is 52:7. A aproximação do mensageiro de “boas novas,” cujos pés pisam “nos montes” de Judá, inicia um novo período de serviço grato ao Senhor. As boas novas são resumidas na significante palavra “paz” (hebraico shalom), que indica não somente o fim das hostilidades mas também o retorno às condições normais e abundantes de vida e de bem-estar geral.

cumpre... votos. Períodos de tribulação nacional ou opressão estrangeira freqüentemente tornavam difícil a celebração de importantes festas do templo, se não impossível. Os “votos” feitos no período prévio de aflição deviam ser cumpridos agora (Sl 116:14, 17-19).



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Naum Capítulo 1 do versículo 1 até o 15
NAHUM serve como profeta para o Judá e Assíria desde ano 663 aos 654 a.C.

Ambiente da época: Manasés, um dos reis mais perversos do Judá, governava a terra. Abertamente desafiou a Deus e perseguiu a seu povo. Assíria, a potência mundial dessa época, fez do Judá um súdito. O povo do Judá queria ser como os assírios, quem parecia ter todo o poder e as posses que queriam.

Mensagem principal: O poderoso império assírio que oprimia ao povo de Deus logo cairia.

Importância da mensagem : Os que praticam o mal e oprimem a outros algum dia terão um final amargo.

Profeta contemporâneo: Sofonías (640-621)

1:1 Nahum, como Jonás, foi um profeta no Nínive, a capital do Império Assírio e profetizou entre 663-654 a.C. Um século antes, Jonás viu a cidade arrepender-se (veja o livro do Jonás), mas esta caiu de novo na maldade. Assíria, a potência mundial que controlava o Crescente Fértil, parecia incontenible. Seus selvagens e rudes guerreiros conquistaram o Israel, o reino do norte, e provocavam grande sofrimento ao Judá. portanto, Nahum proclamou a ira de Deus contra a maldade de Assíria. Em muito poucas décadas, Babilônia derrubaria ao Nínive.

1:2 Unicamente Deus tem o direito de ser ciumento e de levar a cabo a vingança. O ciúmes e a vingança podem ser termos que nos encham de surpresa ao associar-se com Deus. Pelo general, quando os humanos zelam e se venham, atuam com um espírito egoísta. Entretanto, é apropriado que Deus insista em nossa lealdade completa e é justo que O castigue aos malfeitores que não se arrependam. Seu zelo e vingança não estão mesclados com o egoísmo. Seu propósito é erradicar o pecado e restaurar a paz no mundo (Dt 4:24; Dt 5:9).

1:3 Deus é lento para a ira, mas quando está preparado para castigar, até a terra treme. Muitas pessoas não procuram deus porque vêem maldade no mundo e hipocrisia na igreja. Não compreendem que como Deus é lento para a ira, oferece a seu seguidores tempo para falar da realidade de seu amor aos pecadores. Mas o castigo chegará; Deus não deixará pecado sem castigo para sempre. Quando a gente pergunte por que Deus não castiga o mal imediatamente, lhes ajude a recordar que se o fizesse, nenhum de nós estaria aqui. Todos devemos estar agradecidos de que Deus nos conceda tempo para nos voltar para O.

1:6 Nenhuma pessoa sobre a terra pode desafiar a Deus, o Todo-poderoso, o Criador do universo e ficar impune. Deus, quem controla o sol, as galáxias e as vastas extensões longínquas, também controla o esplendor e a queda das nações. Como podia um reino temporário como Assíria, por capitalista que fora, desafiar seu poder grandioso? Se Assíria tivesse podido ver o futuro e o montão de escombros no que se converteria e que Deus seguiria sendo o mesmo! Não desafie a Deus; seu poder é maior que o de todos os exércitos e todas as nações juntas.

1.6, 7 Para os que se negam a acreditar, o julgamento de Deus é como fogo consumidor, que não se acaba. Para os que o amam, sua misericórdia significa segurança e paz, suprindo todas nossas necessidades sem que seus recursos se esgotem. A relação que temos depende de nós. Que classe de relação escolherá você?

1:11 O rei que "imaginou mal contra Jeová" possivelmente foi: (1) Asurbanipal (669-627 a.C.), rei de Assíria durante a maior parte da vida do Nahum e quem levou a Assíria à cúpula de seu poder; (2) Senaquerib (705-681), quem abertamente desafiou a Deus (2Rs 18:13-35), levando a cabo uma rebelião contra Deus; (3) nenhum rei em particular, a não ser a malvada monarquia em sua totalidade. O fato é que Nínive seria destruída por haver-se rebelado contra Deus.

1:15 As boas novas para o Judá, a quem Assíria destruiu, foram que seus conquistadores e atormentadores seriam destruídos e nunca se voltariam a levantar para voltá-la para atormentar. Nínive foi completamente apagada, de tal forma que suas ruínas não se identificaram a não ser até 1845.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Naum Capítulo 1 do versículo 1 até o 15
I. TITLE (Na 1:1 , 8)

2 O Senhor é um Deus zeloso e vingador; Jeová vingador e cheio de indignação; Jeová toma vingança contra os seus adversários, e guarda a ira contra os seus inimigos. 3 O Senhor é tardio em irar-se, e grande em poder, e não inocenta o culpado . O Senhor tem o seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são o pó dos seus Pv 4:1 Ele repreende o mar, eo faz secar, e esgota todos os rios; desfalecem Basã e Carmelo; . ea flor do Líbano murcha 5 Os montes tremem perante ele, e os outeiros se derretem; ea terra se upheaved diante dele, sim, o mundo, e tudo o que nela habitam. 6 Quem parará diante do seu furor? e quem pode subsistir diante do ardor da sua ira? a sua cólera se derramou como um fogo, e as rochas são quebradas em pedaços por ele.

8 E com uma inundação-atropelando ele vai fazer um final cheio de seu lugar, e prosseguirá os seus inimigos na escuridão.

O livro de Jonas e do livro de Naum tanto lidar com a cidade de Nínive. O livro de Jonas retrata o Deus da misericórdia (Ob 4:11 ). A profecia de Naum retrata o mesmo Deus, mas como um Deus irado (Na 1:2 : longanimidade, lento para a cólera

C. Os versículos 3:5 : Alimentação. Inigualável. de grande poder

C. Versículo Na 1:6 : Poder. Irresistível. Quem poderá resistir?

B. O versículo 7 :. Goodness Jeová é bom

A. O versículo 8 : Vengeance, fim cabal

Há seis palavras marcantes depictive de Deus em raiva, juntamente com imagens intensificando o retrato. São eles: ciúmes, vingança, ira -todos encontrado no versículo 2 ; raiva no versículo 3 ; indignação e ferocidade no versículo 6 . Apenas como um investiga a essência de cada uma dessas várias palavras para a raiva que ele pegar o impacto total desta fase da revelação divina. (Cada palavra hebraica expressivo de raiva encontrado no Antigo Testamento é embalado também dentro da frase gráfico e sóbria Novo Testamento, "ira do Cordeiro," Ap 6:16 , conforme Sl 78:49 ).

. 1 . Jealous O léxico dá a forma substantiva para a palavra hebraica traduzida por "ciúmes", como ardor, zelo, o ciúme , e a forma verbal: "estar com ciúmes, zeloso". A palavra ciúmes aqui tem a força de nossa palavra "zeloso. "Se alguém é zeloso para uma pessoa ou fazer com que ele é, porque ele ama essa pessoa ou causa. Então, basicamente, a palavra "inveja" tem sua origem em uma atitude carinhosa para com uma pessoa ou causa. Quando o povo de Deus ou causa é prejudicada Seu amor por eles é tocado.Ele fica com ciúmes, ou seja, zeloso para eles ou ele, não com uma vingança carnal, mas como uma consequência do Seu amor. Um grande amante deve necessariamente ser um grande inimigo. Deus aqui retrata claramente isso.

2. Vengeance. vingança do homem é retaliação, a motivação de ser definitivamente egoísta. A vingança de Deus é, mas a realização de um direito fundamental do universo: a colher o que se plantou. Em outras palavras, ela fala do castigo que decorre logicamente delito (o fruto natural de maldades). A execução deste castigo é estritamente a prerrogativa de Deus. Enquanto a raiva tem sua origem no amor de Deus, a punição para o pecado mostra o fluxo de saída de Sua justiça para com os malfeitores, ou seja, objetivamente, por isso, ele se vinga.

3. Wrath. Jeová ... está cheio de ira (lit., "é senhor ou mestre da ira"). Esta palavra tem a intensificação de grande calor. De fato, o léxico dá como primeiro significado da palavra "calor", depois "raiva", "fúria". Ele foi por diversas vezes traduzida como "senhor da fúria irado", "possuidor de calor irado." É uma palavra que é executado ao longo dos livros dos profetas (conforme Is 51:17. , Is 51:22 ; Jr 4:4) -a comando positivo para os cristãos.

6. Fierceness. O significado desta última palavra que descreve o ódio ao pecado e à terrível retribuição Ele é obrigado a ministrar, por causa de seu caráter como Deus, e por causa da essência do pecado de Deus, tem como idéia raiz intensidade de branco calor. Aqui é retratada a intensidade da queima de raiva divina. Isaías chama de "ira" (Is 13:9 ). Quem pode resistir a Deus quando a intensidade feroz da ira santa se derramou como um fogo sobre ele de repente e esmagadoramente (Dt 4:24 )? Quando ele fala toda a natureza é atingidas pelo temor: o terremoto montanhas, os outeiros se derretem, a terra está upheaved, rochas são quebradas em pedaços por ele, e tudo o que nela habitam ouvirão. Para aqueles despreparados para enfrentá-lo, com uma inundação-atropelando ele vai fazer um final cheio de seu lugar, e prosseguirá os seus inimigos na escuridão .

Embora essa visão de Jeová como o Deus da vingança foi dada principalmente para Nínive, suas verdades eternas são igualmente aplicáveis ​​para nós hoje. "Acreditar no amor de Deus é ter a certeza da Sua ira."

RAIVA B. DEUS EXIGE DISCRIMINAÇÃO (Na 1:7 ). A primeira parte do versículo pode ser traduzido, "Jeová é uma boa fortaleza no dia da angústia." Isso é consistente com o pensamento de Pv 18:10 : "O nome de Jeová é uma torre forte; O corre o justo para ele, e é seguro "(conforme Sl 34:8 ; Os 3:16 ). A LXX traduz esta parte como, "O Senhor é bom para aqueles que esperam por ele." Isto, também, está em linha com as Escrituras (conforme Sl 25:3. , Is 40:31 ; Lm 3:25. ).

Na grande visão de Deus de vingança, dado por revelação para Naum, aprendemos que as prerrogativas punitivas de Deus crescer fora de seu grande amor, que Ele é lento para trazer a pecar homens e mulheres a punição por seus maus caminhos, mas que, quando Ele passou por cima da atitude de amor e misericórdia para com a atitude da justiça, Ele é tão temível, e implacável como um furacão solta em toda a sua fúria. Mas Ele sempre se lembra e se preocupa com o Seu próprio. Ele os que nele se refugiam conhece.

III. Visão da cidade altiva no AFLIÇÃO (Na 1:9)

9 O que vos conceber contra o Senhor? ele vai fazer uma destruição final; aflição não se levantará pela segunda vez. 10 Para se entrelacem como os espinhos, e embriagada como com a sua bebida, eles são consumidos como restolho totalmente seco. 11 Há um saiu de ti, que maquina o mal contra o Senhor, que a maldade counselleth. 12 Assim diz o Senhor: ainda que sejam em plena força, e da mesma forma muitos, mesmo assim eles devem ser cortados, e ele passará. Apesar de eu ter te aflitos, Afligirei ti não mais. 13 E agora eu quebrarei o seu jugo de sobre ti, e romperei os teus laços.

14 E o Senhor deu ordem a teu respeito, para que não mais do teu nome ser semeada: fora da casa dos teus deuses quiserem eu cortar a imagem de escultura e as de fundição; Farei a tua sepultura; pois tu és vil.

15 Eis que, sobre os montes os pés do que anuncia boas novas, que publisheth paz! Celebra as tuas festas, ó Judá, cumpre os teus votos; para o ímpio não tornará mais a passar por ti; ele é inteiramente exterminado.

O que vos conceber contra o Senhor? O pensamento é agravada pelo uso da haste intensiva do verbo hebraico para "inventar", que significa esquema completamente contra os propósitos de Jeová. Jeová responde em como estirpe ", então eu invento" uma destruição final, nenhuma aflição segunda-Um vai acabar todos (conforme 1Sm 26:8. ). Parece que esta foi dirigida a Judá, que temia invasões frescos pelos assírios. Ele, o Senhor, fará um fim total do inimigo. Embora as defesas dos assírios pode ser tão difícil de romper como uma sebe de espinhos e, embora os habitantes de Nínive ser embebido com vinho, ambos devem ser consumidos como restolho. O idealizador do versículo 11 é, sem dúvida, Senaqueribe, embora as palavras são dirigidas a Nínive (v. Na 1:9 ).Estudiosos variam de opiniões quanto a quem a última parte do versículo 12 é o destinatário: Apesar de eu ter te aflitos, Afligirei ti não mais. comentários do piloto,

"Ainda que ... eu te aflitos (O Judah) Afligirei ti não mais" (assim Keil, Marti). O marg. é uma ameaça para a Assíria: "E eu vou te afligir (O ​​Assíria) para que eu te afligem no more" (assim Ew, Oi, Nós, Dav, Smith....), ou seja, o golpe será uma final.

Jeová liberta Judah do jugo da Assíria, como profetizou Isaías (conforme Is 10:27. ; Is 14:25 ; Jr 30:8. ). Então, com certeza é o profeta da aniquilação total da Assíria que ele vê os mensageiros que vão para as montanhas e colinas de Judá, com a gloriosa notícia, exortando o povo de Judá para manter seus votos que eles fizeram em tempos de adversidade (conforme 2Sm 23:6 ), e para manter suas festas anuais de ação de graças pela sua libertação sobrenatural, para ele é inteiramente exterminado (conforme Isaías 52:7. ).


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Naum Capítulo 1 do versículo 1 até o 15
I. Deus é zeloso: Nínive cairá (1)

A palavra "zeloso" (ou "ciumento") aplicada a Deus não sugere inve-ja nem egoísmo. Ela tem o sentido de ser cuidadoso com sua glória e santidade. Ele arde com fúria contra o pecado, embora ame o pecador. Da mesma forma que um marido é zeloso com sua esposa e, por isso, a protege, Deus é zeloso com seu povo e sua lei e, por essa razão, age com santidade e justiça. Ele tarda em irar-se; na verdade, concedeu 150 anos de misericórdia a Nínive. Todavia, os assírios foram muito lon-ge em sua brutalidade e violência, e o Senhor tinha de julgá-los.

Deus tem poder para julgar? É claro que sim. Veja o poder dele na natureza (vv. 3-6), nos ventos e nas tempestades, em chuvas eestiagens, sobre a terra e o mar. Quem pode se manter de pé diante do poder dele? Hoje, parece que as nações se esquecem do poder do Deus Todo-Poderoso. Elas agem como se o Senhor não existisse. Mas tenha certeza de que o dia do julgamento virá, e, nesse dia, nenhuma nação escapará.

Nos versículos 8:13, Naum des-creve a queda da cidade com duas imagens: uma grande inundação que varre tudo; e o fogo que a con-sumirá como palha seca. É interes-sante observar que Nínive, de fato, caiu por causa de uma inundação. Os medos e os babilônios cerca-ram a cidade por muitos meses e fizeram pequenas escavações. De-pois, a estação de chuvas chegou, e os dois rios próximos de Nínive começaram a encher. Um historia-dor afirma que os medos rompe-ram um dos diques sobre o rio. De qualquer maneira, as águas mais volumosas bateram contra os mu-ros de Nínive e os puseram abaixo. A cidade foi literalmente destruí-da pela inundação; veja também Na 2:6. Deus não precisa de exércitos, ele pode usar as gotas minúsculas da chuva!

Nesse capítulo, Deus faz duas promessas magníficas a seu povo. Em 1:7, ele assegura-lhe sua bon-dade e diz-lhe que ele estará segu-ro desde que confie nele. Em 1:12, ele afirma que não o afligirá mais com o exército assírio como fez antes. Não importa a dificuldade que tenhamos, podemos confiar em Deus para cuidar de nós e nos ajudar.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Naum Capítulo 1 do versículo 1 até o 15
1.1 Nínive. Era a capital assíria, e quando Naum escreveu esta profecia, era a maior do mundo. Foram os assírios; o povo mais poderoso entre os povos semitas e os primeiros conquistadores do mundo. Os muros ao redor da cidade tinham 30 m de altura, e eram tão espessos que três carruagens podiam correr lado a lado em cima deles. Estes muros eram fortificados com 1.500 torres de 60 m de altura. Era uma cidade vil. "Sua vastidão era eclipsada por sua vileza" (S. Baxter). Naum. Sabemos muito pouco de Naum, somente o que está, registrado neste livro. Seu nome significa "conforto" (conforme NCB, p 886).

• N. Hom. 1.2,3 Uma visão rápida de Deus. Note-se algumas

características dEle: Zeloso, vingador, cheio de ira, indignação, furor e cólera. Deus é um Deus de amor, mas também de ira. Aqueles que não entregarem suas vidas a Ele, um dia conhecerão a Sua ira, a qual é reservada para os Seus inimigos. Em Cristo somos salvos da ira de Deus (conforme 1Ts 1:10).

1.3 Contém 5 grandes verdades com respeito a Deus:
1) Ele é tardio em irar-se;
2) Ele é grande em poder,
3) Ele jamais inocenta o culpado;
4) Ele é onipotente;
5) Ele é soberano.
1:4-6 A soberania e o poder de Deus são expostos.

• N. Nom. 1.6 A ira de Deus:
1) As razões: a) orgulho; b) crueldade; c) impenitência, (cf. todo o livro);
2) O remédio; a) reconhecimento de Deus; b) confiança nEle (conforme v.7);
3) Características: a) é tardia (Êx 34:6-7; Ne 9:17b; Sl 103:8, Jo 4:2); b) é certa (cf.14:13; Sl 76:7; Na 1:6); c) é justa (cf.Lm 1:18; Rm 2:5, Rm 2:6; Rm 3:5); d) é evitável (cf.Jo 3:14-43; Rm 8:1).

1.7 Isto deve ser continuamente lembrado, enquanto você estudar este livro.
• N. Hom. 1.7,8 Amigos e inimigos de Deus:
1) para Seus amigos, v. 7; "bom... é fortaleza no dia da angústia...";
2) Para Seus inimigos, v. 8; "Ele acabará de uma vez..."
1:8-15 Deus promete destruir os inimigos do Seu povo, os assírios e toda a cidade de Nínive. Esta profecia foi cumprida no segundo século d.C., chegando até a localização da mesma tornar-se incerta.
1.11 Refere-se a um dos reis assírios. Muitos comentaristas pensam que se trata de Senaqueribe.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Naum Capítulo 1 do versículo 1 até o 15
I. MANIFESTAÇÃO DO VINGADOR DIVINO (1:1-15)
v. 1-9. Nesse salmo tão vívido, Deus é apresentado como o Senhor da natureza e da história. A sua vinda e passagem são descritas como uma tempestade vindo com ímpeto do leste da região rochosa de Basã para a serra do Carmelo junto ao mar, e secando a nova folhagem do Líbano. A vinda também é semelhante ao tremor e deslocamento da terra, quando o Senhor aparece, ou à ardência do fogo dos vulcões. Assim, no tempo certo, qual vento de fúria que sopra onde quer, vem um Deus irado contra Nínive (v. 1-6).
O Senhor, porém, é carinhoso para com aqueles que esperam por ele, e na sombra do cruel império, os povos curvados e escondidos tinham esperado bastante (v. 7). Eles estão seguros, enquanto o redemoinho da vingança passa como a torrente de uma inundação que desce o leito de um uádi. Ele persegue os seus inimigos na escuridão da tempestade (v. 8). Nenhum inimigo ousa se opor a ele uma segunda vez (v. 9). “Os problemas não surgirão duas vezes” (George Adam Smith). Há sentimento e compaixão nessas palavras. Habacuque talvez tenha ouvido o coro dos levitas cantando esse salmo quando ele era menino. Como adulto, viu Babilônia se levantar para assumir o poder, a capacidade de destruição e o imperialismo de Nínive.

v. 10-15. E fácil perceber o tom de exul-tação em Naum. Precisamos enxergar a Assíria como as suas vítimas a enxergavam, lembrar as pilhas de corpos ofegantes, com as mãos cortadas e os olhos furados, deixados a morrer em agonia, os nobres esfolando os pobres prisioneiros ainda vivos perfurados com uma estaca no estômago, as pirâmides de cabeças, os restos fumegantes das cidades. George Adam Smith descreve isso assim: “Vamos nos colocar entre o povo, que por tanto tempo havia sido contrariado, esmagado e desmoralizado pelo império mais brutal que jamais foi tolerado a exercer a sua força sobre a face da terra, e vamos concordar com o autor, que no momento não sente nem pensa nada do seu Deus, a não ser que ele é um Deus de vingança. Assim como o luto de um homem desolado pela perda de um ente querido, assim também a vingança de um povo escravizado tem um tempo que deve ser respeitado” (The Book of the Twelve Prophets, v. II, p. 90).

O profeta vê os tiranos do mundo como uma enchente relâmpago, uma parede de água que passa rapidamente e se afasta. A imagem é ampliada para retratar também os que foram engolidos, afligidos por uma época e depois salvos (v. 12), e agora o jugo do agressor e as algemas da escravidão são quebrados (v. 13). E como é verdadeira a sombria profecia do versículo seguinte. A cidade dos jardins vai se tornar o túmulo da sua beleza e grandeza. E aí, de forma vívida no versículo final do capítulo, a congregação ouve a ordem de levantar os olhos para a linha do horizonte ao norte onde serão ouvidos os pés do mensageiro, como os do corredor que levou a notícia de Maratona a Atenas, a notícia de que o tirano caíra, o terror se fora. Os que se lembram de 1918 e 1945 vão entender o júbilo. Nunca mais o perverso a invadirá.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Naum Capítulo 1 do versículo 2 até o 8
b) O poema (Na 1:2-8)

Há certo número de poemas na Bíblia em que cada verso, ou melhor, cada linha, começa com letras sucessivas do alfabeto hebraico. Os Sl 111:0; Sl 112:0 e, notavelmente, 119, são exemplos desse arranjo, cujo propósito, provavelmente, era servir de uma espécie de aide-memoire. Em alguns casos como nestes versículos de Naum, não é empregado o alfabeto inteiro.

A peculiaridade distintiva de um poema acróstico, ou seja, em que cada linha começa com uma letra sucessiva, naturalmente se perde na tradução. Pode-se indicar um esboço geral do esquema, porém: Aleph: O Senhor é um Deus zeloso (2). Beth: o Senhor tem o seu caminho na tormenta, e na tempestade (3). Gimel: Ele repreende o mar, e o faz secar (4). A letra Daleth não pode ser traçada. He: Os montes tremem perante ele (5).: Waw: e a terra se levanta na sua presença (5). Zain: Quem subsistirá diante do ardor da sua ira? (6). Teth: O Senhor é bom (7). Yodh: Conhece os que confiam nele (7). Kaph: Com uma inundação transbordante acabará duma vez com o Seu lugar (8). Alguns críticos fazem o hino litúrgico incluir o versículo 9. Se fosse esse o caso, a ordem das cláusulas precisaria ser revertida, visto que no presente a primeira começa com Mem e a segunda com Lameth. Na ordem revisada, lêem. Lamedh: não se levantará por duas vezes a angústia. Mem: Que pensais vos contra o Senhor? ele mesmo vos consumirá de todo.

O tema deste poema é a certeza e a severidade da vingança de Deus contra os pagãos, e começa com uma enérgica afirmação sobre o fato (2). Com repetição cumulativa, o profeta afirma e reafirma que o Senhor toma vingança. Declara Ele que justamente porque a ira do Senhor só se desperta lentamente também só lentamente se dissipará. O Senhor ao culpado não tem por inocente (3), mas responsabilizá-lo-á e o julgará. É fácil por demais perder de vista essas verdades morais. Mui prontamente os homens imaginam que, visto que a perversidade é permitida por algum tempo, que portanto ela é esquecida. Uma passagem tal como esta é um lembrete que a ira de Deus é dirigida contra toda injustiça e que, sem o arrependimento, não há perdão fácil e barato.

>Na-1.4

Para convencer sua audiência quanto ao terror do Senhor, Naum aponta para os fenômenos da natureza física e, em linguagem vívida, pinta um quadro de tempestade, redemoinho, seca, terremoto e fogo (4-5). Todas essas coisas revelam o poder do poderoso Deus e, confrontados com elas, até os homens mais ousados se tornam conscientes de sua insignificância. Quem parará diante do seu furor? Quem subsistirá diante do ardor do seu furor? pergunta Naum, e a sua cólera se derrama como um rego, e as rochas foram por ele derribadas (6).

>Na-1.7

Em seguida Naum estabelece as implicações morais do poder de Deus, tanto para com os justos como para com os iníquos. Justamente por que Deus é tão poderoso, Ele é um refúgio seguro para aqueles que confiam nele (7). Ele sabe quem são os que nele confiam e deles não se esquece. Por outro lado, Ele tem poder para ferir o iníquo. O Senhor também conhece quem são os iníquos e Sua vingança não falhará. Sua condenação é certa (8).


Dicionário

Ardor

substantivo masculino Calor excessivo, intenso ou forte: o ardor de países tropicais.
Ardência; sensação que se assemelha a uma queimadura.
Figurado Paixão; desejo excessivo ou exagerado.
Por Extensão Picante; sabor ardente como a pimenta ou de outros temperos.
Etimologia (origem da palavra ardor). Do latim ardor.oris.

Ardor
1) Calor (Ap 7:16, RA).


2) Intensidade (Dt 13:17).


3) Entusiasmo (Ne 3:20).


Colera

fúria, zanga

Como

assim como, do mesmo modo que..., tal qual, de que modo, segundo, conforme. – A maior parte destas palavras podem entrar em mais de uma categoria gramatical. – Como significa – “de que modo, deste modo, desta forma”; e também – “à vista disso”, ou – “do modo que”. Em regra, como exprime relação comparativa; isto é – emprega-se quando se compara o que se vai afirmar com aquilo que já se afirmou; ou aquilo que se quer, que se propõe ou se deseja, com aquilo que em mente se tem. Exemplos valem mais que definições: – Como cumprires o teu dever, assim terás o teu destino. – O verdadeiro Deus tanto se vê de dia, como de noite (Vieira). – Falou como um grande orador. – Irei pela vida como ele foi. – Assim como equivale a – “do mesmo modo, de igual maneira que”... Assim como se vai, voltar-se-á. Assim como o sr. pede não é fácil. Digo-lhe que assim como se perde também se ganha. Destas frases se vê que entre como e assim como não há diferença perceptível, a não ser a maior força com que assim como explica melhor e acentua a comparação. – Nas mesmas condições está a locução – do mesmo modo que... Entre estas duas formas: “Como te portares comigo, assim me portarei eu contigo”; “Do mesmo modo que te portares comigo, assim (ou assim mesmo) me portarei contigo” – só se poderia notar a diferença que consiste na intensidade com que aquele mesmo modo enuncia e frisa, por assim dizer, a comparação. E tanto é assim que em muitos casos 290 Rocha Pombo não se usaria da locução; nestes, por exemplo: “Aqueles olhos brilham como estrelas”; “A menina tem no semblante uma serenidade como a dos anjos”. “Vejo aquela claridade como de um sol que vem”. – Tal qual significa – “de igual modo, exatamente da mesma forma ou maneira”: “Ele procedeu tal qual nós procederíamos” (isto é – procedeu como nós rigorosamente procederíamos). Esta locução pode ser também empregada como adjetiva: “Restituiu-me os livros tais quais os levara”. “Os termos em que me falas são tais quais tenho ouvido a outros”. – De que modo é locução que equivale perfeitamente a como: “De que modo quer o sr. que eu arranje o gabinete?” (ou: Como quer o sr. que eu arranje...). – Segundo e conforme, em muitos casos equivalem também a como: “Farei conforme o sr. mandar” (ou: como o sr. mandar). “Procederei segundo me convier” (ou: como me convier).

como adv. 1. De que modo. 2. Quanto, quão. 3. A que preço, a quanto. Conj. 1. Do mesmo modo que. 2. Logo que, quando, assim que. 3. Porque. 4. Na qualidade de: Ele veio como emissário. 5. Porquanto, visto que. 6. Se, uma vez que. C. quê, incomparavelmente; em grande quantidade: Tem chovido como quê. C. quer, loc. adv.: possivelmente. C. quer que, loc. conj.: do modo como, tal como.

Cólera

substantivo feminino Sentimento violento diante de uma situação revoltante; ira.
Instinto selvagem demonstrado por alguns animais: a cólera do leão.
Figurado Excesso de ímpeto; furor: a cólera da tempestade.
Figurado Que causa dano; nocivo: a mentira é uma terrível cólera.
substantivo masculino e feminino [Medicina] Infecção intestinal causada por uma bactéria e transmitida pela ingestão de água e comida contaminada.
Etimologia (origem da palavra cólera). Do grego choléra, pelo latim cholera.

[...] a cólera, a malquerença, o ódio, o rancor e os pensamentos de vingança são forças negativas que destroçam o equilíbrio mental, espiritual e até mesmo físico de quem as alimenta [...].
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - O amor aos inimigos

A cólera é, sem dúvida, filha do orgulho. Com efeito, basta que se faça uma alusão a certo defeito nosso; uma comparação que nos rebaixe ou simplesmente nos seja desfavorável; uma crítica, ainda que sincera e construtiva, a qualquer realização de que tenhamos sido responsáveis; ou que alguém desatenda a uma ordem, esqueça uma recomendação ou contrarie uma opinião nossa, para que a irritação se instale em nosso espírito, nos faça perder a razão e nos impila à violência verbal ou física. [...] A verdade, porém, é que a cólera, como de resto todos os vícios, é uma imperfeição de nosso espírito, respondendo cada um por todos os desatinos que venha a praticar nesse estado.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 5

[...] é um perseguidor cruel.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz acima• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Os maiores inimigos

O grito de cólera é um raio mortífero, que penetra o círculo de pessoas em que foi pronunciado e aí se demora, indefinidamente, provocando moléstias, dificuldade e desgostos. [...] A cólera é a força infernal que nos distancia da paz divina.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz no lar: seleta para uso no culto do Evangelho no lar• Por diversos Espíritos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 27

[...] é gatilho à violência [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Seara dos médiuns: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Palavra


Cólera Impulso violento contra o que nos ofende ou fere; raiva; furor (Sl 90:11; Fp 4:31).

Cólera Ver Ira.

Derramar

verbo transitivo Cortar os ramos de; aparar, podar, desramar: derramar árvores.
Fazer correr um líquido, verter, entornar: derramar a água servida da bacia.
Esparzir, espalhar: derramar flores pelo caminho.
Distribuir, repartir: derramar muito dinheiro para corromper autoridades.
verbo pronominal Espalhar-se; dispersar-se; propagar-se; difundir-se.
Entornar-se.
Derramar o sangue (de alguém), matar ou ferir (alguém).
Derramar lágrimas, chorar.
Derramar lágrimas de sangue, chorar de arrependimento, de sentimento de culpa.

entornar. – Por mais que se confundam na linguagem vulgar estes dois verbos, é preciso não esquecer que há entre eles uma distinção que se pode ter como essencial. – Derramar é deixar sair pelos bordos, ou “verter-se o líquido que excede à capacidade” do vaso, ou que sai deste “por alguma fenda ou orifício.” – Entornar é “derramar virando ou agitando o vaso; verter todo ou parte do líquido que o recipiente contém. Uma vasilha, mesmo estando de pé, pode derramar; só entorna quando voltada”. – Acrescentemos que entornar se aplica tanto à coisa que se contém no vaso como ao próprio vaso. Entorna-se o copo; e entorna-se o vinho. Derrama-se o vinho (agitando o copo ou enchendo-o demais); mas não se derrama o copo. – Se alguém dissesse a um rei: – “Entornai, senhor, sobre mim a vossa munificiência, ou as vossas graças” – esse rei responderia naturalmente: – “Sim, derramarei sobre ti das minhas graças”... (se as entornasse... decerto não teria o rei mais graças que dar a outros).

Diante

advérbio Em frente ou à frente; em primeiro lugar: sentou-se diante.
locução adverbial Em, por ou para diante. Num tempo futuro: de agora em diante tudo vai ser diferente.
locução prepositiva Diante de. Localizado à frente de: colocou o livro diante do computador.
Em companhia de: falou a verdade diante do júri.
Como resultado de: diante das circunstâncias, decidiu pedir demissão.
Etimologia (origem da palavra diante). De + do latim inante.

Fogo

Fogo Um dos símbolos com o qual se descreve o castigo eterno: o inferno (Mt 5:22). Passagens como as de Lc 3:16 ou 12:49ss. referem-se, evidentemente, à dupla opção de vida diante da qual se coloca todo ser humano: ou aceitar o Evangelho de Jesus, o messias, e ser mergulhado (batizado) no Espírito Santo ou rejeitá-lo e ser lançado ao fogo eterno, destinado ao diabo e a seus anjos (Mt 25:41-46).

C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, Las sectas frente a la Biblia, Madri 1992.


[...] No pensamento de Jesus, o fogo eterno não podia passar, portanto, de simples figura, pouco lhe importando fosse essa figura interpretada à letra, desde que ela servisse de freio às paixões humanas. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 6, it• 7

Imagem, semelhante a tantas outras, tomada como realidade. [...] O homem não encontrou comparação mais enérgica do que a do fogo, pois, para ele, o fogo é o tipo do mais cruel suplício e o símbolo da ação mais violenta. Por isso é que a crença no fogo eterno data da mais remota antiguidade, tendo-a os povos modernos herdado dos mais antigos. Por isso também é que o homem diz, em sua linguagem figurada: o fogo das paixões; abrasar de amor, de ciúme, etc.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 974 e 974a

[...] A Teologia reconhece hoje que a palavra fogo é usada figuradamente e que se deve entender como significando fogo moral. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 1009

O fogo exprime emblematicamente a expiação como meio de purificação e, portanto, de progresso para o Espírito culpado.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 3


Deus revelou a Sua presença na sarça ardente por meio do fogo (Êx 3:2), e desceu ao monte Sinai entre chamas e relâmpagos (Êx 19:18). Aquele fogo que desceu do céu, primeiramente sobre o altar do tabernáculo, e mais tarde sobre o altar do templo de Salomão, quando da sua dedicação, ali se conservou constantemente alimentado, e cuidadosamente sustentado de dia e de noite pelos sacerdotes. o fogo para fins sagrados, que não fosse obtido do altar, era chamado ‘fogo estranho’ – e por ser este usado por Nadabe e Abiú, foram estes sacerdotes mortos com fogo que veio de Deus (Lv 10:1-2Nm 3:4 – 26.61). o emprego do fogo para fundir metais já era conhecido dos hebreus no tempo do Êxodo (32.24). Em dia de sábado nenhum lume se acendia para qualquer fim doméstico (Êx 35:3Nm 15:32-36). os adoradores do deus Moloque, ou queimavam os seus filhos no fogo, ou os faziam passar por ele (2 Rs 16.3 – 21.6 – 2 Cr 33.6). o Espirito Santo é comparado ao fogo (Mt 3:11At 2:3), sendo a sua obra converter e purificar as almas, inflamando-as de amor a Deus e de zelo pela Sua Glória. A Palavra de Deus é, também, apresentada como semelhante ao fogo (Jr 23:29). Empregam-se, além disso, os termos ‘fogo’ e ‘chama’, para exprimir vivos sentimentos e a inspiração divina, e descrever calamidades temporais e futuros castigos (Sl 66:12Jr 20:9Jl 2:30Ml 3:2Mt 25:41Mc 9:43).

Fogo (que em latim se dizia "ignis" = ignição do carro) tem origem noutra palavra latina, "focu", cujo primeiro sentido é lar doméstico, lareira, e só posteriormente passou a significar fogo. Por via culta, "focu" nos deu foco, já com sentidos novos.

substantivo masculino Desenvolvimento simultâneo de calor, de luz e de chama produzido pela combustão viva de certos corpos, como a madeira, o carvão etc.
Fogueira, incêndio, labareda, lume.
Fogão ou lugar onde se cozinha ou se faz fogo para qualquer fim; lareira: conversávamos junto ao fogo.
Calor intenso e molesto: o dia de hoje foi um fogo.
Figurado Veemência, ardor, paixão: o fogo da cólera.
Fuzilaria, guerra, combate.
Figurado Fogo de palha, entusiasmo passageiro ou aparente.
Figurado Excitação, ardência sexual: mulher de muito fogo.
Negar fogo, falhar, iludir, desanimar.
Pegar fogo, incendiar-se, inflamar-se.
Fazer fogo, acender.
Comer fogo, fazer alguma coisa com grande sacrifício ou passar dificuldades.
Figurado Atiçar fogo, açular, incitar.
Brincar com o fogo, expor-se ao perigo, arriscar-se.
Figurado Ser fogo, ser difícil, irredutível, indomável, intransigente.
A fogo lento, pouco a pouco.
Tocar fogo na canjica, animar.
Figurado Pôr as mãos no fogo (por alguém), responsabilizar-se, confiar em.
interjeição Voz de disparo em combate ou aviso de incêndio.
substantivo masculino plural Fogos de artifício, peças pirotécnicas fáceis de inflamar para festejos juninos e outras comemorações.

Furor

substantivo masculino Ira excessiva; raiva extrema; ação repleta de violência; fúria.
Agitação violenta de ânimo, manifestada por gestos e palavras; fúria.
Paixão desmedida por alguém ou por alguma coisa.
Grande agitação; loucura, frenesi.
Figurado Impulso incontrolável; inconsequência, impetuosidade.
expressão Fazer furor. Causar entusiasmo; provocar sensação: a menina fez furor com sua inteligência precoce.
Etimologia (origem da palavra furor). Do latim furor.oris.

Furor Ira violenta; CÓLERA (Lc 6:11).

Ira

substantivo feminino Raiva, sentimento intenso e permanente de ódio, mágoa e rancor que, normalmente contra uma ou algumas pessoas, é gerado por uma ofensa, dando origem a uma situação agressiva.
Manifestação desse sentimento ou o que é causado por ele: sua ira acabou causando o fim do seu casamento.
Por Extensão Indignação agressiva, violenta: a ira do povo!
Por Extensão Vingança ou sentimento impulsionado pelo desejo de se vingar: não se deve brincar com a ira dos deuses.
Etimologia (origem da palavra ira). Do latim ira.ae.

substantivo feminino Raiva, sentimento intenso e permanente de ódio, mágoa e rancor que, normalmente contra uma ou algumas pessoas, é gerado por uma ofensa, dando origem a uma situação agressiva.
Manifestação desse sentimento ou o que é causado por ele: sua ira acabou causando o fim do seu casamento.
Por Extensão Indignação agressiva, violenta: a ira do povo!
Por Extensão Vingança ou sentimento impulsionado pelo desejo de se vingar: não se deve brincar com a ira dos deuses.
Etimologia (origem da palavra ira). Do latim ira.ae.

substantivo feminino Raiva, sentimento intenso e permanente de ódio, mágoa e rancor que, normalmente contra uma ou algumas pessoas, é gerado por uma ofensa, dando origem a uma situação agressiva.
Manifestação desse sentimento ou o que é causado por ele: sua ira acabou causando o fim do seu casamento.
Por Extensão Indignação agressiva, violenta: a ira do povo!
Por Extensão Vingança ou sentimento impulsionado pelo desejo de se vingar: não se deve brincar com a ira dos deuses.
Etimologia (origem da palavra ira). Do latim ira.ae.

1. O jairita, mencionado junto com Zadoque e Abiatar em II Samuel 20:26 como “ministro de Davi”. Os jairitas eram da tribo de Manassés (Nm 32:41). Isso pode significar que os que não pertenciam à tribo de Levi foram autorizados a exercer algumas funções sacerdotais durante o reinado de Davi.


2. Filho de Iques, de Tecoa, era um dos “trinta” guerreiros valentes de Davi.

Como comandante do exército do rei, estava de prontidão com seus homens todo sexto mês de cada ano e tinha 24:000 soldados sob suas ordens (2Sm 23:26-1Cr 11:28; 1Cr 27:9).


2. O itrita, outro dos guerreiros valentes de Davi (2Sm 23:38-1Cr 11:40).


Ira CÓLERA (Sl 30:5); (Ef 4:26). A ira de Deus é a sua reação contra o pecado, a qual o leva a castigar o pecador (Ez 7:8-9); (Ap 16:19). Porém maior do que a ira de Deus é o seu amor, que perdoa aqueles que se arrependem e mudam de vida (Is 54:7-8); (Rm 9:22-23). “Filhos da ira” quer dizer “sujeitos ao castigo” de Deus (Ef 2:3). A ira de Deus é a sua reação contra o pecado, a qual o leva a castigar o pecador (Ez 7:8-9); (Ap 16:19). Porém maior do que a ira de Deus é o seu amor, que perdoa aqueles que se arrependem e mudam de vida (

Irã

Cidadão

Um dos chefes de Edom, mencionado em conexão com Magdiel, descendente de Esaú (Gn 36:43-1Cr 1:54).


Rochas

fem. pl. de rocha

ro·cha
(francês roche, do latim vulgar *rocca)
nome feminino

1. Mole ou grande massa de pedra da mesma estrutura. = PENEDIA, ROCHEDO

2. Mineral.

3. Coisa inabalável.


Subsistir

verbo intransitivo Preservar a sua intensidade (força ou ação); sobreviver ou perdurar: mesmo com a tragédia, subsiste forte.
Seguir sem que haja destruição; não ser estragado nem suprimido; remanescer: uma lei que subsiste; a arquitetura barroca ainda subsiste; os anos passam, mas a esperança subsiste.
Permanecer vivo; conservar-se: mesmo com a tecnologia, seus hábitos arcaicos subsistiram.
Figurado Sobreviver numa situação precária e muito difícil; morar: eles subsistem em pequenas casas sobre o rio.
verbo transitivo indireto Viver de acordo com suas necessidades; conseguir seu próprio sustento; sustentar-se: subsiste da aposentadoria.
verbo transitivo direto Enfrentar algum perigo e continuar vivo; sobreviver: subsistiu a muitas tragédias.
Etimologia (origem da palavra subsistir). Do latim subsistere.

verbo intransitivo Preservar a sua intensidade (força ou ação); sobreviver ou perdurar: mesmo com a tragédia, subsiste forte.
Seguir sem que haja destruição; não ser estragado nem suprimido; remanescer: uma lei que subsiste; a arquitetura barroca ainda subsiste; os anos passam, mas a esperança subsiste.
Permanecer vivo; conservar-se: mesmo com a tecnologia, seus hábitos arcaicos subsistiram.
Figurado Sobreviver numa situação precária e muito difícil; morar: eles subsistem em pequenas casas sobre o rio.
verbo transitivo indireto Viver de acordo com suas necessidades; conseguir seu próprio sustento; sustentar-se: subsiste da aposentadoria.
verbo transitivo direto Enfrentar algum perigo e continuar vivo; sobreviver: subsistiu a muitas tragédias.
Etimologia (origem da palavra subsistir). Do latim subsistere.

Subsistir
1) Existir (Fp 2:6)

2) Permanecer (Jo 9:41), RA).

3) Manter-se em pé (Na 1:6); (Lc 11:18).

4) Conservar em ordem e harmonia (Cl 1:17).

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
(resistindo)
Naum 1: 6 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Quem pode permanecer de pé (resistindo) diante do Seu furor, e quem persistirá diante do ardor da Sua ira? A Sua cólera se derramou como um fogo, e as rochas foram por Ele derrubadas.
Naum 1: 6 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

697 a.C.
H2195
zaʻam
זַעַם
()
H2534
chêmâh
חֵמָה
calor, fúria, desprazer intenso, indignação, ira, raiva, veneno
(the fury)
Substantivo
H2740
chârôwn
חָרֹון
ira, ardor, ardente (de ira)
(your wrath)
Substantivo
H4310
mîy
מִי
Quem
(Who)
Pronome
H4480
min
מִן
de / a partir de / de / para
(from)
Prepostos
H5413
nâthak
נָתַךְ
derramar fora, pingo (ou chuva), ser derramado, ser despejado, ser derretido, ser fundido
(poured)
Verbo
H5422
nâthats
נָתַץ
pôr abaixo, quebrar, atirar para baixo, derrubar, demolir, destruir, derrotar, arrancar
(you shall destroy)
Verbo
H5975
ʻâmad
עָמַד
ficou
(stood)
Verbo
H639
ʼaph
אַף
narina, nariz, face
(into his nostrils)
Substantivo
H6440
pânîym
פָּנִים
o rosto
(the face)
Substantivo
H6697
tsûwr
צוּר
rocha, penhasco
(the rock)
Substantivo
H6965
qûwm
קוּם
levantar, erguer, permanecer de pé, ficar de pé, pôr-se de pé
(that rose up)
Verbo
H784
ʼêsh
אֵשׁ
fogo
(burning)
Substantivo


זַעַם


(H2195)
zaʻam (zah'-am)

02195 זעם za am̀

procedente de 2194; DITAT - 568a; n m

  1. ira, indignação

חֵמָה


(H2534)
chêmâh (khay-maw')

02534 חמה chemah ou (Dn 11:44) חמא chema’

procedente de 3179; DITAT - 860a; n f

  1. calor, fúria, desprazer intenso, indignação, ira, raiva, veneno
    1. calor
      1. febre
      2. peçonha, veneno (fig.)
    2. ira ardente, fúria

חָרֹון


(H2740)
chârôwn (khaw-rone')

02740 חרון charown ou (forma contrata) חרן charon

procedente de 2734; DITAT - 736a; n m

  1. ira, ardor, ardente (de ira)
    1. sempre usado referindo-se à ira de Deus

מִי


(H4310)
mîy (me)

04310 מי miy

um pronome interrogativo de pessoas, assim como 4100 é de coisas, quem? (ocasionalmente, numa expressão peculiar, também usado para coisas; DITAT - 1189; pron interr

1) quem?, de quem?, seria este, qualquer um, quem quer que


מִן


(H4480)
min (min)

04480 מן min

ou מני minniy ou מני minney (construto pl.) (Is 30:11)

procedente de 4482; DITAT - 1212,1213e prep

  1. de, fora de, por causa de, fora, ao lado de, desde, acima, do que, para que não, mais que
    1. de (expressando separação), fora, ao lado de
    2. fora de
      1. (com verbos de procedência, remoção, expulção)
      2. (referindo-se ao material de qual algo é feito)
      3. (referindo-se à fonte ou origem)
    3. fora de, alguns de, de (partitivo)
    4. de, desde, depois (referindo-se ao tempo)
    5. do que, mais do que (em comparação)
    6. de...até o, ambos...e, ou...ou
    7. do que, mais que, demais para (em comparações)
    8. de, por causa de, através, porque (com infinitivo) conj
  2. que

נָתַךְ


(H5413)
nâthak (naw-thak')

05413 תךנ nathak

uma raiz primitiva; DITAT - 1442; v

  1. derramar fora, pingo (ou chuva), ser derramado, ser despejado, ser derretido, ser fundido
    1. (Qal) derramar
    2. (Nifal) ser derramado, ser despejado
    3. (Hifil) derramar, derreter
    4. (Hofal) ser derretido

נָתַץ


(H5422)
nâthats (naw-thats')

05422 ץנ ת nathats

uma raiz primitiva; DITAT - 1446; v

  1. pôr abaixo, quebrar, atirar para baixo, derrubar, demolir, destruir, derrotar, arrancar (dentes)
    1. (Qal)
      1. pôr abaixo
      2. quebrar, arrancar
    2. (Nifal) ser derrubado ou destruído
    3. (Piel) derrubar
    4. (Pual) ser arrebentado
    5. (Hofal) ser quebrado, ser arrebentado

עָמַד


(H5975)
ʻâmad (aw-mad')

05975 עמד ̀amad

uma raiz primitiva; DITAT - 1637; v

  1. estar de pé, permanecer, resistir, tomar o lugar de alguém
    1. (Qal)
      1. ficar de pé, tomar o lugar de alguém, estar em atitude de permanência, manter-se, tomar posição, apresentar-se, atender, ser ou tornar-se servo de
      2. permanecer parado, parar (de mover ou agir), cessar
      3. demorar, atrasar, permanecer, continuar, morar, resistir, persistir, estar firme
      4. tomar posição, manter a posição de alguém
      5. manter-se de pé, permanecer de pé, ficar de pé, levantar-se, estar ereto, estar de pé
      6. surgir, aparecer, entrar em cena, mostrar-se, erguer-se contra
      7. permanecer com, tomar a posição de alguém, ser designado, tornar-se liso, tornar-se insípido
    2. (Hifil)
      1. posicionar, estabelecer
      2. fazer permanecer firme, manter
      3. levar a ficar de pé, fazer estabelecer-se, erigir
      4. apresentar (alguém) diante (do rei)
      5. designar, ordenar, estabelecer
    3. (Hofal) ser apresentado, ser levado a ficar de pé, ser colocado diante

אַף


(H639)
ʼaph (af)

0639 אף ’aph

procedente de 599; DITAT - 133a; n m

  1. narina, nariz, face
  2. ira

פָּנִים


(H6440)
pânîym (paw-neem')

06440 פנים paniym plural (mas sempre como sing.) de um substantivo não utilizado פנה paneh

procedente de 6437; DITAT - 1782a; n. m.

  1. face
    1. face, faces
    2. presença, pessoa
    3. rosto (de serafim or querubim)
    4. face (de animais)
    5. face, superfície (de terreno)
    6. como adv. de lugar ou tempo
      1. diante de e atrás de, em direção a, em frente de, adiante, anteriormente, desde então, antes de
    7. com prep.
      1. em frente de, antes de, para a frente de, na presença de, à face de, diante de ou na presença de, da presença de, desde então, de diante da face de

צוּר


(H6697)
tsûwr (tsoor)

06697 צור tsuwr ou צר tsur

procedente de 6696; DITAT - 1901a; n. m.

  1. rocha, penhasco
    1. parede rochosa, penhasco
    2. pedra (com superfície plana)
    3. bloco de pedra
    4. rocha (específica)
    5. rocha (referindo-se a Deus)
    6. rocha (referindo-se a deuses pagãos) n. pr. (para Deus)
    7. Rocha

קוּם


(H6965)
qûwm (koom)

06965 קום quwm

uma raiz primitiva; DITAT - 1999; v.

  1. levantar, erguer, permanecer de pé, ficar de pé, pôr-se de pé
    1. (Qal)
      1. levantar
      2. levantar-se (no sentido hostil)
      3. levantar-se, tornar-se poderoso
      4. levantar, entrar em cena
      5. estar de pé
        1. manter-se
        2. ser estabelecido, ser confirmado
        3. permanecer, resistir
        4. estar fixo
        5. ser válido (diz-se de um voto)
        6. ser provado
        7. está cumprido
        8. persistir
        9. estar parado, estar fixo
    2. (Piel)
      1. cumprir
      2. confirmar, ratificar, estabelecer, impor
    3. (Polel) erguer
    4. (Hitpael) levantar-se, erguer-se
    5. (Hifil)
      1. levar a levantar, erguer
      2. levantar, erigir, edificar, construir
      3. levantar, trazer à cena
      4. despertar, provocar, instigar, investigar
      5. levantar, constituir
      6. fazer ficar em pé, pôr, colocar, estabelecer
      7. tornar obrigatório
      8. realizar, levar a efeito
    6. (Hofal) ser levantado

אֵשׁ


(H784)
ʼêsh (aysh)

0784 אש ’esh

uma palavra primitiva; DITAT - 172; n f

  1. fogo
    1. fogo, chamas
    2. fogo sobrenatural (junto com teofania)
    3. fogo (para cozinhar, assar, crestar)
    4. fogo do altar
    5. a ira de Deus (fig.)