Enciclopédia de Habacuque 3:8-8

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

hc 3: 8

Versão Versículo
ARA Acaso, é contra os rios, Senhor, que estás irado? É contra os ribeiros a tua ira ou contra o mar, o teu furor, já que andas montado nos teus cavalos, nos teus carros de vitória?
ARC Acaso é contra os rios, Senhor, que estás irado? contra os ribeiros foi a tua ira ou contra o mar foi o teu furor, para que andasses montado sobre os teus cavalos, sobre os teus carros de salvação?
TB Acaso, é contra os rios que Jeová está irado?
HSB הֲבִנְהָרִים֙ חָרָ֣ה יְהוָ֔ה אִ֤ם בַּנְּהָרִים֙ אַפֶּ֔ךָ אִם־ בַּיָּ֖ם עֶבְרָתֶ֑ךָ כִּ֤י תִרְכַּב֙ עַל־ סוּסֶ֔יךָ מַרְכְּבֹתֶ֖יךָ יְשׁוּעָֽה׃
BKJ O -SENHOR estava descontente com os rios? A tua ira era contra os ribeiros? A tua indignação era contra o mar, visto que andas montado sobre os teus cavalos e nas tuas carruagens de salvação?
LTT Porventura é contra os rios, ó SENHOR, que estás irado? É contra os ribeiros a Tua ira, ou contra o mar o Teu furor, visto que andas montado sobre os Teus cavalos, e nos Teus carros de salvação?
BJ2 Será contra os rios 1ahweh,[d] que a tua cólera se inflama, ou o teu furor contra o mar[e] para que montes em teus cavalos, em teus carros vitoriosos?
VULG Numquid in fluminibus iratus es, Domine ? aut in fluminibus furor tuus ? vel in mari indignatio tua ? Qui ascendes super equos tuos, et quadrigæ tuæ salvatio.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Habacuque 3:8

Êxodo 7:20 E Moisés e Arão fizeram assim como o Senhor tinha mandado; e levantou a vara e feriu as águas que estavam no rio, diante dos olhos de Faraó e diante dos olhos de seus servos; e todas as águas do rio se tornaram em sangue.
Êxodo 14:21 Então, Moisés estendeu a sua mão sobre o mar, e o Senhor fez retirar o mar por um forte vento oriental toda aquela noite; e o mar tornou-se em seco, e as águas foram partidas.
Deuteronômio 33:26 Não há outro, ó Jesurum, semelhante a Deus, que cavalga sobre os céus para a tua ajuda e, com a sua alteza, sobre as mais altas nuvens!
Josué 3:16 pararam-se as águas que vinham de cima; levantaram-se num montão, mui longe da cidade de Adã, que está da banda de Sartã; e as que desciam ao mar das Campinas, que é o mar Salgado, faltavam de todo e separaram-se; então, passou o povo defronte de Jericó.
Salmos 18:10 E montou num querubim e voou; sim, voou sobre as asas do vento.
Salmos 45:4 E neste teu esplendor cavalga prosperamente pela causa da verdade, da mansidão e da justiça; e a tua destra te ensinará coisas terríveis.
Salmos 68:4 Cantai a Deus, cantai louvores ao seu nome; louvai aquele que vai sobre os céus, pois o seu nome é Jeová; exultai diante dele.
Salmos 68:17 Os carros de Deus são vinte milhares, milhares de milhares. O Senhor está entre eles, como em Sinai, no lugar santo.
Salmos 104:3 Põe nas águas os vigamentos das suas câmaras, faz das nuvens o seu carro e anda sobre as asas do vento.
Salmos 114:3 O mar viu isto e fugiu; o Jordão tornou atrás.
Salmos 114:5 Que tiveste, ó mar, que fugiste, e tu, ó Jordão, que tornaste atrás?
Isaías 19:1 Peso do Egito. Eis que o Senhor vem cavalgando em uma nuvem ligeira e virá ao Egito; e os ídolos do Egito serão movidos perante a sua face, e o coração dos egípcios se derreterá no meio deles.
Isaías 50:2 Por que razão vim eu, e ninguém apareceu? Chamei, e ninguém respondeu? Tanto se encolheu a minha mão, que já não possa remir? Ou não há mais força em mim para livrar? Eis que, com a minha repreensão, faço secar o mar, torno os rios em deserto, até que cheirem mal os seus peixes, pois não têm água e morrem de sede.
Naum 1:4 Ele repreende o mar, e o faz secar, e esgota todos os rios; desfalecem Basã e Carmelo, e a flor do Líbano se murcha.
Habacuque 3:15 Tu, com os teus cavalos, marchaste pelo mar, pela massa de grandes águas.
Marcos 4:39 E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: Cala-te, aquieta-te. E o vento se aquietou, e houve grande bonança.
Apocalipse 6:2 E olhei, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele tinha um arco; e foi-lhe dada uma coroa, e saiu vitorioso e para vencer.
Apocalipse 16:12 E o sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e a sua água secou-se, para que se preparasse o caminho dos reis do Oriente.
Apocalipse 19:11 E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça.
Apocalipse 19:14 E seguiam-no os exércitos que há no céu em cavalos brancos e vestidos de linho fino, branco e puro.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Habacuque Capítulo 3 do versículo 1 até o 19
SEÇÃO VI

HINO LITÚRGICO

Habacuque 3:1-19

A. INTRODUÇÃO, 3.1

Esta seção é chamada de oração, mas a súplica propriamente dita ocorre somente no versículo 2. A petição central é: Aviva, ó SENHOR, a tua obra (2), e o salmo inteiro é uma amplificação desta solicitação. Portanto, pode ser chamado salmo de súplica, no qual o profeta roga pelo cumprimento de sua visão sobre a intervenção divina.

Sob a forma de canto (1; "conforme sigionote", ECA) significa, literalmente, "em ditirâmbico". A Septuaginta traduz a frase assim: "Para instrumentos de corda". Henderson a traduz pela expressão "com música triunfal", ao citar Delitzsch, o qual destaca que este tipo de música irregular serve especificamente para cânticos de vitória. A frase também é encontrada no título do Salmo 7 ("sigaiom"), onde poderia ser traduzida por: "Para a músi-ca de salmos de êxtase". "Denota um curso perambulante, tortuoso e inconstante, no qual o pensamento, o sentimento e o tempo mudam subitamente em cada estrofe". 1 Portanto, trata-se de uma instrução sobre o modo de dar musicalidade ao salmo.

O consenso dos expositores é que a chave para entender o capítulo é o Êxodo e seu efeito no pensamento de Israel. Este acontecimento histórico modela a expectativa do profeta sobre outra grande libertação divina e a oração para isso. Toma a forma de "reve-lação de Deus passível para a libertação de Israel". 2

As notas musicais indicam que este era um salmo usado na liturgia do Templo. Goza também de amplo emprego na pregação e poesia da igreja cristã. Agostinho, em A Cida-de de Deus (18.32), faz uma exposição do salmo, e espiritualiza-o, para aplicar-se à pri-meira e Segunda Vinda de Cristo.

Também pode representar a visão que o profeta tinha de sua posição na torre de vigia (2.2), e o que viu, da mesma maneira que Hc 2:4-20 é o que ouviu.

  • A ORAÇÃO, 3.2
  • Habacuque fala em nome do povo. O pano de fundo é a tua palavra, o relatório da fama de Jeová por ter libertado Israel do Egito (Nm 14:15; Dt 2:25). Não se trata de mera visão extática e imediata que o profeta recebe, mas tem claras raízes históricas. Enten-demos que a história total do Antigo Testamento é um registro da heilsgeschichte (histó-ria de salvação), que mantém e interpreta os atos poderosos de Deus. Por conseguinte, as proclamações proféticas são feitas à luz dos acontecimentos, sobretudo do Êxodo. Habacuque está na corrente principal do pensamento do Antigo Testamento, ao contem-plar a libertação do Egito como padrão de uma liberdade presente ou futura.

    Ao ouvir isso, o profeta diz: Temi. O povo não tivera medo de ser ferido pela teofania anterior (Êxodo), mas pensar nela causava grande temor reverente. A oração do profe-ta é que Deus venha a renovar sua obra do Êxodo. Aviva... a tua obra não transmite toda a significação do que Habacuque quer dizer. Lehrman parafraseia a frase com exatidão: "Que Deus reproduza o seu poder redentor nos anos de dificuldade em que se encontram".3

    No meio dos anos é uma frase difícil de interpretar e muitos simplesmente a igno-ram. Davidson a entende assim: "Nestes últimos tempos de nossa história, faze tua obra conhecida", que é contextualmente correta. Notifica é reflexivo, que significa: "Faze a ti mesmo conhecido".

    Na ira lembra-te da misericórdia. G. A. Smith defende que essa ira deveria ser traduzida por "tumulto". De acordo com ele, em nenhuma parte do Antigo Testamento o termo hebraico significa ira; mas rumor ou estrondo de trovão (37:2) e barulho dos cascos dos cavalos (39:24), ou a perturbação dos maus (3:17), ou a agitação do medo (3:25; Is 14:3).4 Se o cenário histórico tradicional for o período anterior à invasão dos caldeus, esta é uma observação cortante. C. L. Taylor Junior o apóia nesta tradução.'

    Nos versículos 1:2, temos a "oração por avivamento".

    1) O avivamento é necessá-rio, porque o pecado é excessivo, a religião é decadente e o julgamento é iminente, Hc 1:4-2:18-20;
    2) O tempo do avivamento é hoje, agora — no meio dos anos;
    3) O modo do avivamento é pela oração;

    4) A esperança do avivamento está na misericórdia de Deus (G. B. Williamson).

    Assim termina a petição. Em seguida, começa a descrição da nova manifestação de Deus aos homens, a obra de Jeová no meio dos anos.

  • A OBRA, 3:3-16
  • O padrão para esta visitação redentora é a grande obra feita anteriormente. Habacuque vê Deus que vem, como antigamente, de Temã (3), no noroeste de Edom, e de Parã, entre o Sinai e Edom (ver mapa 1). O cântico de Débora (Jz 5:4) também descre-veu Deus que procede desta região para ajudar o seu povo. Ele vem como grande tempes-tade nos céus. Este é o modo característico que os hebreus usavam para descrever Jeová quando visitava seu povo. Deus está oculto em nuvens escuras, eletricamente carrega-das, produtoras de relâmpagos e trovões que iluminam o céu e a terra. "A terra treme, os montes afundam e as tribos do deserto olham desanimadas".6

    Trata-se de linguagem altamente fantástica, difícil de exprimir e até a tradução mais bem feita só oferece significação figurativa, ou seja, nem sempre admite interpre-tação precisa. O sentimento aterrador da presença de Deus e a certeza confiante da libertação de seu povo são de importância capital. As descrições da natureza e as alu-sões geográficas revelam que o profeta tinha em mente o padrão do Êxodo para esta libertação dos últimos dias.'

    A Versão Bíblica de Berkeley transmite com sua forma poética o estado de espírito da passagem. As notas ajudam o leitor a entender as alusões históricas feitas pelo profeta.

    Deus vem de Tema,' o Santo vem do monte de Parã.9 Selá.

    A sua majestade cobre os céus, e a terra está cheia do seu louvor.
    O seu brilho é como a luz" raios flamejam da sua mão,
    E ali está o esconderijo do seu poder.

    Adiante dele sai a praga, e a febre ardente segue os seus pés.

    Ele pára e vasculha a terra; olha e assusta as nações."
    As montanhas eternas se espalham;
    12

    Os montes perpétuos se curvam; o seu procedimento é como o dos tempos antigos."
    Vejo as tendas de Cusã em angústia;
    As cortinas da terra de Mídia' estão tremendo.
    O Senhor está desgostoso com os rios?
    A tua raiva é contra os rios,
    Ou a tua ira é contra o mar,
    Para que tu montes nos teus cavalos,
    Em teus carros de vitória?
    Tu tiraste o teu arco da bainha e colocaste setas na corda. Selá.
    Tu passaste pela terra com rios;
    As montanhas te vêem e sentem dores aflitivas;
    Os rios espumosos passam impetuosamente.'
    As profundezas levantam a voz e erguem as mãos para o alto.'
    O sol e a lua ficam parados nas suas habitações;"
    Diante da luz das tuas setas que avançam depressa,
    Diante do clarão da tua lança brilhante.
    Tu cavalgas na terra com indignação;
    Tu espancaste as nações na tua ira.
    Tu marchaste para libertar o teu povo,
    Para salvar os teus ungidos.
    Tu demoliste o topo da casa dos descrentes,
    Ao colocar a descoberto a fundação até à pedra mais profunda. Selá.
    Tu perfuraste a cabeça dos seus guerreiros com os seus próprios dardos;"
    Aqueles que vêm como vendaval para me debandar
    Alegrando-se como se devorassem o inocente' em segredo.
    Tu pisaste o mar com os teus cavalos;
    As águas poderosas se amontoam.

    Após narrar esta manifestação aterrorizante do poder divino, Habacuque diz: Es-tremeci (16). "O peito arfa, os dentes batem e ele está a ponto de desfalecer".2° Como devem ter ficado muito mais aterrorizados aqueles que são alvos do poder de Deus! Mais do que instilar medo, a visão confirma a tranqüilidade e paciência do profeta. Ele vai esperar calmamente pelo dia da angústia. Embora o texto seja ambíguo, o significado provável é que a angústia venha a se abater sobre os invasores de Israel (i.e., os caldeus).

    D. A AFIRMAÇÃO DE FÉ, 3:17-19

    Não há como saber com certeza se a descrição no versículo 17 diz respeito aos resultados da invasão ou a uma calamidade natural. Contudo, essa indefinição de modo algum altera a expressão básica de confiança do profeta. Diante de condições adversas, a fé de Habacuque em Jeová permanece inalterada. Estes versículos formam o clímax adequado, não só para o salmo, mas para o livro inteiro. As palavras são expressão bela, em suas ramificações mais amplas, de 2.4: "O justo, pela sua fé, viverá". A descri-ção de Henderson é apropriada: "A passagem contém a mais bonita exibição do poder da verdadeira religião encontrada na Bíblia. A linguagem é pertinente a uma mente desmamada dos prazeres terrenos, e acostumada a ter a mais sublime realização dos seus desejos em Deus"."

    Esta é uma religião "mas-se-não", que não depende de prosperidade ou bem-estar para manter a fé em Deus ou a determinação de lhe ser fiel. Semelhante aos três prínci-pes hebreus que reconheceram a contingência da libertação (Dn 3:17-18), assim Habacuque quer permanecer íntegro a despeito da evolução gradual dos acontecimentos.

    A força deste modo de entender a religião é expressa nas palavras: Deus fará os meus pés como os das cervas (19). As cervas (antílopes) são notáveis pela rapidez com que correm e pela segurança com que se movimentam em terreno acidentado. Di-zem que os galgos ficam sujeitos à morte pelo esforço excessivo com que perseguem os antílopes. Nos penhascos rochosos da tribulação e da incerteza onde pôr os pés, a fé proporciona orientação infalível e estabilidade para trilhar o caminho instável. Estes lugares elevados não são os caminhos habituais, mas são procurados somente em tem-pos de guerra ou perigo, quando o inimigo está em perseguição acirrada. Fará andar sobre as minhas alturas é, talvez, a posse triunfal dos lugares celestiais (as minhas alturas). Portanto, há uma promessa oculta de vitória pelo sofrimento e provação. A fé que suporta é autêntica.

    A frase final é mais ou menos repetição de 3.1. Mostra que este salmo era usado na adoração pública. A palavra "Selá", neste capítulo, é uma pausa musical que também ocorre em outros pontos do livro de Salmos.


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Habacuque Capítulo 3 versículo 8
    O teu furor... andas montado... nos teus carros de vitória:
    Conforme Dt 33:26-27; Sl 68:4; Is 19:1.

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Habacuque Capítulo 3 do versículo 1 até o 19
    *

    3.1-19

    Este capítulo registra a oração perseverante de Habacuque. Utilizando-se de um estilo comovente de hino, Habacuque responde (vs. 16-19) à revelação do Senhor (2.2-5) de sua iminente intervenção na História em favor do seu povo (vs. 3-15). Como os babilônios representavam os orgulhosos e perversos em sua trajetória à ruína, Habacuque exemplifica o fiel justo perseverando e já se regozijando na esperança da promessa de vida da parte do Senhor.

    * 3.1 Oração. Aqui talvez seja um sinônimo para hino (Sl 72:20). As observações musicais e litúrgicas no cabeçalho, no texto, e na conclusão desta oração são iguais àquelas que normalmente encontramos nos Salmos. Ver Introdução a Salmos: Características e Temas.

    * 3:2

    A invocação ou prólogo do hino.

    Tenho ouvido, ó SENHOR, as tuas declarações. Ou, “tenho ouvido o relato dos teus feitos.” A paciência de Habacuque em se colocar diante do Senhor (2.1, nota) foi recompensada pela visão baseada nos feitos poderosos de Deus no passado.

    aviva a tua obra. Esteja presente e ativo como tu fostes no passado.

    * 3.3-15

    A oração de Habacuque representa uma teofania, ou manifestação visível de Deus, utilizando figuras que são encontradas nas descrições tradicionais dos aparecimentos de Deus no Êxodo do Egito, na entrega das tábuas da lei no Sinai, e durante a conquista de Canaã (Êx 15:1-18; Dt 33:2, 3; Jz 5:4, 5; Sl 18:10; 68:7, 8, 24; 77.16-20).

    * 3.3 Temã. O nome do neto de Esaú representa a terra de Edom (Am 1:12, nota).

    monte de Parã. Uma montanha no deserto da península do Sinai (Dt 33:2).

    * 3.5 peste, e a pestilência. Habacuque retrata dimensões terríveis de Deus vindo para julgar (Dt 28:21, 22).

    * 3.7 Cusã... Midiã. Esses são possivelmente nomes alternativos para um povo ou área, talvez para nômades da península do Sinai.

    *

    3.8-11 O profeta agora passar a dirigir-se diretamente a Deus. O Senhor que se aproxima é o Guerreiro Divino invencível que demonstra seu senhorio sobre o cosmos. Figura poética semelhante é conhecida das mitologias cananitas entre outras.

    * 3.11 param. Ver Js 10:12, 13.

    * 3.12-15

    O Senhor da natureza também tem poder absoluto sobre as forças da História. Ele vem para libertar seu povo e julgar os ímpios.

    * 3.12 calcas aos pés. Ou, “debulha”. Uma figura agrícola derivada do modo como o cereal era debulhado pelo bater e pisar violentamente (Am 1:3, nota).

    3.13 Tu sais. No passado o Senhor saía do seu santuário para a salvação do seu povo em aflição. Isto é o que Habacuque espera que ele faça novamente.

    para salvar... ungido. Possivelmente um sinônimo para o povo escolhido de Israel (conforme Sl 105:15), mas mais provavelmente uma referência ao reinado davídico em sua expressão final no Messias (Sl 132:10).

    * 3.15 pelo mar. Habacuque refere-se novamente à história do Êxodo na qual Deus demonstrou seu domínio incontestável sobre as forças naturais e históricas.

    * 3:16 Junto com o v. 2, este versículo envolve o hino dos vs. 3-15 com referências autobiográficas no começo e fim.

    tremeram. Habacuque descreve em termos físicos o profundo efeito que a revelação divina teve sobre ele (conforme Jr 4:19). O Senhor respondeu às suas dolorosas questões e atenderá sua oração.

    em silêncio, devo esperar... da angústia. Ou, “espero calmamente pelo dia da angústia.” Admirado com a majestade divina, Habacuque pode descansar na certeza de que o Senhor irá julgar os perversos.

    *

    3.17, 18

    Até mesmo quando as colheitas e os rebanhos são escassos (uma situação terrível no contexto de uma economia agrícola), e a sociedade vive com fome e pobreza, a expectativa confiante de Habacuque não será esmagada. A esperança e a confiança transformam seu medo do futuro em desejo de sempre se regozijar em Deus seu Salvador (Rm 8:35-39).

    *

    3.19 O SENHOR Deus é a minha fortaleza. A dependência total do soberano Senhor da Aliança é a chave de Habacuque para a vida.

    pés como os da corça... me faz andar altaneiramente. Esta figura impressionante representa a força e a confiança que o Senhor concede aos justos (Is 40:29-31).

    Mestre de música. Ver nota no v. 1.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Habacuque Capítulo 3 do versículo 1 até o 19
    3.1ss Habacuc elogiou a Deus por responder a suas perguntas. O mal não triunfará para sempre; Deus está ao leme e podemos confiar plenamente em que O reivindicará aos que lhe são fiéis. Devemos esperar em silêncio que O atue (3.16).

    3:2 Habacuc sabia que Deus ia disciplinar ao Judá, e que não ia ser uma experiência agradável. Entretanto, aceitou a vontade de Deus, e lhe pediu ajuda e misericórdia. Habacuc não pediu escapar da disciplina, mas sim aceitou a verdade: Judá precisava aprender uma lição. Deus segue disciplinando com amor, para que seus filhos retornem ao (Hb_12:5-6). Aceite sua disciplina com agrado e lhe peça que o ajude a trocar.

    3:3 A palavra "selah" aparece setenta e uma vezes em Salmos e três no Habacuc. Embora seu significado preciso se desconhece, muitos o consideram um termo musical. Poderia ser para levantar as mãos, ou um sinal de adoração ou possivelmente uma exclamação como "Amém!" ou "Aleluia!" para corroborar a verdade da passagem.

    3.17-19 O fracasso da colheita e a morte dos rebanhos devastariam ao Judá. Entretanto, Habacuc afirmou que até em meio da fome se regozijaria no Senhor. As circunstâncias não controlavam os sentimentos do Habacuc, a não ser a fé na capacidade de Deus para lhe dar fortaleça. Quando nada tenha sentido para nós e quando os problemas pareçam ser maiores do que podemos suportar, recordemos que Deus nos fortalece. À parte os olhos de suas dificuldades e olhe a Deus.

    3:19 Deus dará a seus seguidores uma confiança plena nos tempos difíceis. Correrão como cervos através de terrenos acidentados e perigosos. Deus exercerá sua justiça e terminará completamente com o mal em ao seu devido tempo. Enquanto isso, o povo de Deus precisa viver na fortaleza de seu Espírito, confiando na vitória final sobre o mal.

    3:19 A nota para o diretor musical se utilizava quando esta passagem se cantasse como salmo na adoração do templo.

    3:19 Habacuc perguntou a Deus por que os maus prosperam enquanto que os justos sofrem. A resposta de Deus foi: Não é assim, à larga não é assim. Habacuc viu suas limitações em contraste com o controle ilimitado de Deus sobre os acontecimentos do mundo. Deus está vivo e tem o controle do mundo e o que nele ocorre. Não podemos ver tudo o que Deus faz nem tudo o que fará. Mas devemos estar seguros de que O é Deus e que fará o que é bom. Saber isto nos dá confiança e esperança em meio de um mundo confuso.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Habacuque Capítulo 3 do versículo 1 até o 19
    III. Habacuque EXULTA RESPOSTA SOBRE JEOVÁ (Hc 3:1)

    1 A oração do profeta Habacuque, definido como Sigionote.

    2 O Senhor, tenho ouvido o relatório de ti, e estou com medo:

    Ó Senhor, revive tua obra no meio dos anos;

    No meio dos anos torná-lo conhecido;

    Na ira lembra-te da misericórdia.

    O profeta, encontrar todas as suas dificuldades resolvidas e silêncio tomar posse de sua alma de Deus, derrama todo o seu ser em um hino emocionante de oração, louvor e confiança em Deus.

    Habacuque designa esta uma oração ... definido para Sigionote. A leitura é marginal "de acordo com músicas de variáveis ​​ou canções" (NVI). Assim, este terceiro capítulo é um poema oração para ser definido como música, música triunfante, na chave principal. Ele cobre uma "ampla gama de emoções profundas e estados de espírito."

    Verso 2 retrata um espírito de temor reverencial. Muitas pessoas têm em grande parte perdido seu poder de admiração e reverência, porque eles são muito apressada e superficial. Eu ouvi o relato de ti, e tenho medo (v. Hc 3:2 ). Se a pessoa realmente ouve, ele ouve. Não são grandes orando ers também grandes ouvintes? Deus fala ao ouvido atento. Habacuque se tornou consciente da santidade, majestade e soberania de Deus. Assim, ele tornou-se incrivelmente cientes do quão terrível é a presença de Deus, que a presença que inspira respeito e reverência em fraco, homem frágil. Foi assim com Jó 1saías, Ezequiel, Paulo e João, o Revelador.

    O profeta então faz um apelo triplo: primeiro para o avivamento, segundo uma revelação, e em terceiro lugar para a lembrança. (1) Revive a tua obra (v. Hc 3:2 ). "Revelar-te agora como o passar dos anos" (Moffatt). (2) No meio dos anos torná-lo conhecido (v. Hc 3:2). (3) Na ira lembra-te misericórdia (v. Hc 3:2 ).

    B. AS ATIVIDADES DA Jeová em história e natureza (3: 3-15)

    Goings 1. de Jeová em Glória, Brilho e Alimentação (3: 3-5)

    3 Deus veio de Temã,

    E o Santo do monte Parã. [Selah

    Sua glória cobriu os céus,

    E a terra estava cheia de seu louvor.

    1 Uma oração para o profeta Habacuque,

    Ele tinha raios surgindo de sua mão;

    E lá estava o esconderijo da sua força.

    5 Antes dele ia a peste, e os parafusos de fogo saiu a seus pés.

    Deus (Eloah) está no singular aqui, não o plural Elohim , ou Jeová. Ele é o Deus da aliança. Este nome para divindade foi registrada pela primeira vez em Dt 32:15 , Dt 32:17 . Ele é usado em contraste com os falsos deuses. Daí Eloah é o "Deus vivo", em oposição aos ídolos inanimados. Temã e Paran abraçou o distrito sul de Judá, incluindo Sinai (conforme Dt 33:2 ). "E todo esse poder oculto se manifesta em prol do próprio povo de Deus (conforme Dt 33:3)

    6 Ele se levantou, e mede a terra;

    Ele viu, e separou as nações;

    E as montanhas eternas foram dispersos;

    Os montes eternos se curvar;

    Os seus passos eram como antigamente.

    7 Vi as tendas de Cusã em aflição;

    As cortinas da terra de Midiã tremeram.

    8 Jeová estava descontente com os rios?

    Foi a tua ira contra os rios,

    Ou a tua ira contra o mar,

    Esse passeio fizeste-te em cavalos,

    Sobre os teus carros de salvação?

    9 Thy curva foi feito completamente nua;

    Os juramentos para as tribos eram uma certeza palavra. [Selah

    Tu clivar a terra com rios.

    10 As montanhas te viram, e estavam com medo;

    A tempestade de águas passa;

    O abismo faz ouvir a sua voz,

    E levantou suas mãos no alto.

    11 O sol ea lua param nas suas moradas,

    Na luz das tuas flechas, quando iam,

    No brilho intenso da tua lança fulgurante.

    Ele ... separou as nações (v. Hc 3:6 ; conforme 37:1)

    12 Tu marchas pela terra de indignação;

    Tu debulhar as nações com raiva.

    13 Tu saíste para salvação do teu povo,

    Para a salvação do teu ungido;

    Tu woundest a cabeça para fora da casa do ímpio,

    Desnudar a fundação até o pescoço.

    14 pierce Tu com suas próprias pautas a cabeça dos seus guerreiros:

    Vieram como um turbilhão para me espalharem;

    Sua alegria era tão para devorar o pobre em segredo.

    15 Tu trilhar o mar com os teus cavalos,

    O montão de grandes águas.

    Tu saíste para salvação do teu povo (v. Hc 3:13 ). Salvação significa principalmente libertação. Jeová é zeloso pelo seu próprio povo (conforme Sl 105:15. ; Is 63:1. ; 1Sm 2:9 ; N1. 1Sm 24:8 ; Sl 18:38. ).

    C. Interlúdio: O PROFETA está com medo, mas confiante (Hc 3:16)

    16 Ouvi, e meu corpo tremia,

    Meus lábios tremeram na voz;

    Podridão entra em meus ossos, e eu tremo em meu lugar;

    Porque devo esperar calmamente para o dia da angústia,

    Para a vinda das pessoas que nos invadeth.

    O profeta é revertido para o sentimento expresso no verso Hc 3:2 : Eu tenho ouvido do relatório de ti, e tenho medo. Habacuque mantém os pés no chão. Ele realista enfrenta as questões do dia. Fé diretamente enfrenta realidade e confia inteiramente em Deus (conforme Abraão: . Rm 4:20 ). Como Habacuque vê os terrores, sua humanidade treme dentro dele. Em seguida, a fé vem, e ele espera calmamente para a libertação final de Deus, como Deus havia prometido (conforme Hc 2:3 ), ele é calmo e tranqüilo em meio a todo o tumulto.

    D. Habacuque se alegra em face da adversidade (3: 17-19)

    17 Porque ainda que a figueira não floresça,

    Nem haja fruto na vide;

    O trabalho da oliveira minta,

    E os campos não produzam mantimento;

    O rebanho será extirpada da malhada

    E não haverá rebanho nas bancas:

    18 Todavia eu me alegrar no Senhor,

    Eu vou alegria no Deus da minha salvação.

    19 Jeová, o Senhor, é a minha força;

    E ele faz os meus pés como das cervas pés ,

    E me fará andar sobre as minhas alturas.

    Duas palavras são dignos de atenção aqui. Eles são embora (v. Hc 3:17) e ainda (v. Hc 3:18 ). Enquanto terra tem uma triste , porém, a fé tem um glorioso ainda. Embora a colheita de figueira, videiras, oliveiras árvores e campos falhar, embora os rebanhos e manadas não está mais na tenda ou campo são, embora nada resta a não ser Deus e Habacuque , mas a fé diz, ainda vou alegrar no Senhor (v. Hc 3:18 ). A fé sempre tem um ainda (conforme Hc 2:3 e Sl 42:5 ). Eu vou alegria no Deus da minha salvação (v. Hc 3:18 ), ou seja, da minha libertação. Aqui é a libertação dos golpes devastadores que esmagam a alma dos homens!

    Deus ainda oferece hoje ! Forrest e Jean Brewer ter sido tradutores Wycliffe Bible no México por vários anos. Jean ficou seriamente doente e teve que passar por uma operação muito crítica. Forrest chamado para a oração e, em seguida, escreveu estas palavras clássicas: "Lembramos a nós mesmos e que a operação será feita sob o sol da Sua presença. Ele vai estar lá primeiro e último, o Grande Médico. Mais uma vez eu digo, seus caminhos são os de triunfo . Seu, sabendo que Ele está próximo, Forrest. "Isso é exemplificado Habacuque hoje!

    O profeta começou lamentando, mas acabou cantando! Ele começou a reclamar, mas acabou contente. Olhando em volta, ele estava distraído, perplexos; mas olhando e ouvindo a Deus, ele está satisfeito e se alegra.

    Experiência de Habacuque pode ser resumido da seguinte forma: (1) vendo circunstâncias, (2) falar com Deus, (3) ouvir a Deus, e (4) que canta em triunfo sobre circunstâncias.

    Alguém sugeriu o seguinte: no capítulo 1 , assistir e ver ; no capítulo 2 , levantar e ver ; no capítulo 3 , ajoelhar-se e ver .

    Bibliografia

    Calkins, Raymond. A Mensagem Modern dos Profetas Menores: Habacuque . New York: Harper, 1947.

    Davidson, AB A Bíblia Cambridge: Habacuque . Cambridge: The University Press, 1905.

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    Keil, CF, e F. Delitzsch. Comentário Bíblico do Antigo Testamento: os Profetas Menores . Vol. II. Grand Rapids: Eerdmans, 1951 (Rep.).

    . Orelli, C. von Os Doze Profetas Menores: Habacuque . Edinburgh: T. e T. Clark, 1897.

    Raven, João H. Testamento Introdução antiga: Geral e Especial . Nova Iorque: Revell, 1910.

    Robinson, George L. Os Doze Profetas Menores: Habacuque . New York: Harper, 1926.

    Smith, George Adão. O Livro dos Doze Profetas: Habacuque . Vol. II. New York: Harper, 1928.

    Smith, JMP, Ward e Bewer. Internacional Comentário Crítico: Habacuque . Nova Iorque: Scribner, 1911.

    Taylor, Charles L., Jr. do intérprete da Bíblia: Habacuque . Vol. VI. New York: Abingdon, 1956.

    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Habacuque Capítulo 3 do versículo 1 até o 19
  • A adoração do profeta (3)
  • Habacuque é um homem transfor-mado! Agora, ele louva o Senhor, em vez de reclamar. Deus transfor-mará o suspiro em cântico, se nós (como Habacuque) reservarmos um tempo para esperar diante dele em oração e ouvirmos a sua Palavra.

    Primeiro, o profeta ora (v. 2). Em relação ao texto Dt 1:5, o profe-ta diz: "Tenho ouvido, ó Senhor, as tuas declarações", ou seja, ele sabe que o Senhor está trabalhando neste mundo. "Aviva a tua obra, ó Senhor, no decorrer dos anos, e, no decurso dos anos, faze-a conhecida." Aqui, a palavra "aviva" não tem nada que ver com as "reuniões de avivamen- to" modernas. Habacuque apenas pede que o Senhor continue seu trabalho. Ele sabe que haverá ira e julgamento, mas pede que o Senhor também se lembre da misericórdia.

    A seguir, o profeta medita (vv. 3-16). Ele revê a história de Israel e as obras magníficas do Senhor. Parece que essa descrição poética do imenso poder de Deus não segue qualquer padrão especial nem abrange todos os eventos principais da história ju-daica. No entanto, Habacuque sabe que o Senhor operou no passado e, por isso, pode confiar em que ele tra-balha no presente e o fará no futuro. A terra treme diante do Senhor — como também tremeríam os caldeus. "O Se-nhor é homem de guerra" (Êx 15:3). Israel é seu povo. Ele cuidaria dele.

    Por fim, o profeta louva o Se-nhor (vv. 17-19). Esses versículos representam uma das maiores con-fissões de fé que encontramos na Bí-blia. "Ainda que a figueira não flo-resça, nem haja fruto na vide; o pro-duto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ove-lhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no Senhor."Essa é a versão do Antigo Testamento de Fi- lipenses 4:11-13. Habacuque sabia que ele mesmo não tinha força, mas que Deus lhe daria a força necessá-ria para passar pelas provações que tinha à frente. "O Senhor [...] faz os meus pés como os da corça, e me faz andar altaneiramente."

    Isso deve significar muito mais para nós. Habacuque olhou atra-vés da névoa e da bruma e mara-vilhou-se com o plano de Deus, e em Cristo nós conhecemos o plano do Senhor para esta era (Ef 1:8-49, e cap. 3). Nós temos a Bíblia intei-ra para estudar, e Habacuque não a tinha. Nós temos o registro da vida, morte, ressurreição e ascen-são de Jesus Cristo, como também a promessa de seu retorno. Se al-guém deve caminhar pela fé e re-gozijar-se no Senhor, esse alguém é a igreja cristã de hoje. Todavia, com muita freqüência duvidamos, reclamamos, passamos à frente do Senhor e até criticamos o que ele está fazendo.

    Habacuque mostra-nos como lidar com os problemas da vida: (1) admiti-los com honestidade; (2) conversar com o Senhor a respeito deles; (3) esperar calmamente diante dele em oração e meditar a respei-to da Palavra; (4) escutar e obede-cer quando ele falar. Nunca fuja das dificuldades da vida, porque Deus quer usar essas dificuldades para fortalecer sua fé. "Nunca duvides às escuras do que ouviu em plena luz." O justo viverá pela fé.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Habacuque Capítulo 3 do versículo 1 até o 19
    3:1-19 A oração de triunfo e a visão da obra de Deus, através dos séculos.
    3.2 Aviva a tua obra. Uma petição da parte de Habacuque relativa à restauração do povo de Deus. No NT vemos quão grande é o interesse de Deus pela Igreja, a noiva santificada e purificada "para a apresentar a si mesmo, igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga...” (Ef 5:26-49.

    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Habacuque Capítulo 3 do versículo 1 até o 19
    II. UM SALMO (3:1-19)

    Alega-se que “a maioria dos críticos nega que esse poema seja da pena de Habacuque” (J. B. Hyatt, Peake’s Commentary, p. 639). No entanto, há estudiosos que não vêem nenhuma dificuldade em considerar o título, Oração do profeta Habacuque, como uma expressão literal. Para alguns, o capítulo tem pouca ou nenhuma “conexão direta com a profecia anterior”, e a sua aparência aqui é atribuída a um editor que desejou reunir toda a obra remanescente de Habacuque” (H. L. Ellison, Men Spake from God\ p. 76). Outros, e especialmente Eaton, o consideram o “golpe de misericórdia” de toda a composição (.TC, p. 83,4,108).

    Se por trás da “fidelidade” pela qual o “justo viverá” está a “fé” (2.4 e nr. na NVI), esse capítulo nos apresenta o objeto de tal fé. A teofania é o fundamento da oração (v. 2), o objeto da meditação (v. 3-15) e a fonte da alegria e do tremor (v. 16-19). Embora o salmo seja essencialmente pessoal (“eu” subentendido nos v. 2,16; eu, me, minha e meu nos v. 18,19), as anotações musicais (v. 1,19b, como também um triplo “Selá”) indicam que foi designado para a adoração pública.


    1) O Deus do julgamento e da salvação (3:1-16)

    Hoje se crê que a palavra hebraica traduzida por confissão (também em Sl 7:1) é uma referência ao ritmo desordenado do cântico, correspondendo às emoções profundas que descreve e provavelmente produz.

    O “registro” (RSV) do Senhor e das suas obras, diante das quais o profeta se pronuncia apavorado, sem dúvida cobre tanto a revelação comunicada pela representação da história sagrada (v. 3-15) quanto a que foi dada por transmissão direta de Deus (1.5,6; 2:2-4). Naquela, a forma extraordinária de Deus conduzir Israel no passado é lembrada; nesta, as crises que o futuro reserva são vislumbradas. Mas, quanto ao presente, a pitoresca e conhecida expressão “no meio dos anos”, em nossa época, transmite uma impressão de depressão espiritual. A necessidade de uma renovação evidente da atividade de Deus é aguda; é por esse motivo que Habacuque ora. Mas ao perceber que orar por avivamento é convidar o juízo, ele pede que a ira de Deus (caos presente e disciplina futura) seja mitigada com a misericórdia (conforme Jr 10:24).

    Inicialmente foi a função de Deus na história humana que perturbou o profeta. Ele agora vê os caminhos de Deus na história como prova do seu poder, tanto no âmbito da criação quanto da redenção (v. 3-15). Essa seção do salmo é dominada pela revelação do poder de Deus realizando a libertação dos israelitas no êxodo ao livrá-los da escravidão, conduzindo-os através do deserto e expulsando os inimigos diante deles. Ecos de atribuições anteriores de louvor a Deus por essa obra reverberam em todo esse salmo (e.g., os cânticos de Moisés, Dt 33:2; Débora e Baraque, Jz 5:4,Jz 5:5; Davi, Sl 68:7,Sl 68:8; Asafe, SL 77:1619 e Miriã, Ex 15:21). A poesia é turbulenta, o texto é difícil de ser estabelecido (v. NBC,

    3. ed., acerca do v. 9), e muitas das palavras usadas são obscuras. Os pronomes mudam da terceira pessoa (v. 3-6) para a primeira (v. 7) e depois paraa segunda (v. 8-15). O estilo harmoniza com o tópico que é dramático e esmagador para o próprio Habacuque (v. 16).
    Na sua visão, o profeta vê o Todo-podero-so avançando desde o deserto “marchando na grandeza da sua força”. A palavra traduzida por Deus (v. 3), ’Elõah, é encontrada quase exclusivamente na literatura poética da Bíblia (40 de 52 ocorrências em Jó). Temã, uma região ao norte de Edom, e Parã, que fica além de Temã em direção ao Sinai, representam o território que testemunhou o nascimento de Israel como nação e como o povo de Deus da aliança. (Foi para essa região que o lamuriante Elias foi depois de experimentar uma teofania acompanhada de uma tempestade; 1Rs

    19:8-12). A afirmação no v. 3b encontra uma contraparte no cântico exultante dos exércitos celestiais (Lc 2:14) que celebrou o evento que englobou todas as manifestações anteriores de Deus aos homens.

    A imagem empregada para retratar o progresso do Senhor invencível é de uma tempestade violenta. Raios relampejantes de repente banem a escuridão em volta, e a noite se torna como dia (v. 4a; 4b; conforme 26:14). Ele é acompanhado pelos “cães de guerra” apocalípticos — pragas e doenças terríveis (v. 5). O seu poder é absoluto: ele não precisa sair do seu lugar para fazer a terra tremer, nem precisa fazer outra coisa se não olhar para estremecer as nações; diante da sua eternidade, os montes antigos desaparecem (v. 6). Não é de admirar que as frágeis tendas de Cuchã e as tendas de Midiã (v. 8) fiquem aterrorizadas.

    Os rios se transformam em torrentes espu-mejantes; o mar é levado repentinamente à fúria. Surge a pergunta: não existe aqui algo mais profundo e significativo do que a operação das leis naturais? Não são os elementos servos dele, instrumentos nas suas mãos para a realização do seu propósito glorioso, os teus carros vitoriosos? (v. 8; conforme Sl 104:3,Sl 104:4;

    148.8).
    Terminado o monólogo, a descrição que Habacuque faz da tempestade continua, embora agora esteja mesclada com metáforas de batalha; as nuvens são nuvens de guerra, raios relampejantes e trovões são flechas que voam do arco desembainhado (v. 9). Toda a natureza está em desordem à medida que o Senhor segue em triunfo o seu caminho. Até mesmo o abismo, que algumas mitologias pagãs consideravam um rival ao seu domínio, estrondou em sobressalto e lançou ao alto as “suas mãos” (RSV) em sinal de rendição (v. 10), enquanto O sol e a lua param nos seus cursos à medida que a batalha procede (v. 11a possivelmente é uma alusão a Js 10:12-6). Nem a terra nem as nações podem impedir o seu progresso imperial (v. 12; conforme v. 6).

    De repente, como um relâmpago que ilumina a escuridão (v. 4,11), o objetivo divino no conflito é revelado: Saíste para salvar o teu povo, para libertar o teu ungido (v. 13a). Voluntariedade e determinação, graça e poder, estão por trás das palavras. Além disso, as palavras soam com tom de alegria, gratidão, esperança e confiança. Essa grande declaração também não pode ser confinada aos dias de Habacuque, ou ao destino de Israel. Só é cumprida de verdade quando aplicada ao advento daquele de quem foi dito: “você deverá dar-lhe o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados” (Mt 1:21).

    Os v. 13b-15 continuam a retratar em linguagem vívida (cheia de problemas para o tradutor) a derrota de todos que se levantam para lutar “contra o Senhor e o seu ungido”. O pronome nos (v. 14) é inserido quando o profeta lembra o livramento experimentado após o ataque. A visão termina com a completa vitória. Como no êxodo, a agitação das grandes águas simboliza a derrota final do poder alardeado do inimigo.

    Contemplar a glória do Senhor e entrar nos seus propósitos são experiências difíceis (Is 6:1-23; Ez 1:28; Jr 23:9; Ez 10:8; Mt 26:38). Foi o que Habacuque achou. A apreensão que ele sentiu, expressa no início da visão (v. 2), se mostra totalmente justificada, pois, quando a visão termina, ele fica num estado de colapso (v. 16a). Sabendo que é inevitável que a angústia amarga deve preceder o início da libertação, o profeta se prepara resolutamente para esperar o dia da desgraça (v. 16b).


    2) A confiança dos piedosos (3:17-19)

    Não há comentário mais comovente da verdade principal dessa profecia — “o justo viverá pela sua fidelidade” — do que o que está contido nesses versículos. A afirmação é formulada de forma primorosa e nobre.
    A fé que Habacuque professa não é uma fé cega, pois é exercida diante da perspectiva clara da catástrofe completa (v. 17). Por meio do desastre natural ou, o que é mais provável, por meio da ação do inimigo, as colheitas fracassam, o gado é dizimado, a economia do país entra em colapso e o que resulta é a fome. O ainda assim (v. 18) do profeta é digno de ficar lado a lado com o “Mas, se ele não...” de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego (Ez 3:18), e só excedido pelo “contudo” de Jesus (Mt 26:39). E uma fé submissa e determinada; ou melhor, é uma fé exultante — eu exultarei [...] e me alegrarei. O segredo deve ser encontrado no foco da sua fé; o seu objeto é o Senhor. Com base na repetição dos nomes e títulos de Deus, podemos determinar com precisão que o profeta atingiu uma nova apreciação daquele em quem ele confia.

    A salvação descrita no v. 13 agora é experimentada pessoalmente — Deus da minha salvação — tanto na adversidade (v. 17) quanto na prosperidade (v. 19). O caminho da vida pode conduzir através do “vale de profunda escuridão” ou passar sobre os lugares altosr, não importa para aquele que tem certeza de que o Senhor, o Soberano está no controle total, que o alvo dele é a salvação e que ele mesmo é a fonte da força.

    A nota de rodapé (v.
    - 19b) significa que o salmo era cantado nos cultos do templo. Em diversas paráfrases, ainda é cantado hoje. Só isso já testemunha da relevância duradoura dessa profecia.
    BIBLIOGRAFIA
    Davidson, A. B. Nahum, Habakkuk and Zephaniah.

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    Watts, J. D. W. Joel, Obadiah, Jonah, Nahum, Habakkuk and Zephaniah. CBC. Cambridge, 1975.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Habacuque Capítulo 3 do versículo 1 até o 16

    Habacuque 3

    VII. Uma Visão do Juízo Divino. Hc 3:1-16.

    Este capítulo é chamado de oração pelo escritor (tepillâ), embora se concorde universalmente que a maior parte dele é a descrição de uma teofania experimentada pelo profeta. Só o versículo 2 é um pedido. Contudo as atitudes de temor reverente, de respeito, de fé que triunfa em circunstâncias perturbadoras encontram-se tão profundamente enraizadas no espírito da oração que pouca dúvida pode existir que a "oração" inclui todo o capítulo. O capítulo também é chamado de salmo embora não por Habacuque – uma vez que as instruções darias no título se referem ao modo pelo qual devia ser cantado, e a subscrição diz que instrumentos devem acompanhar o cântico. Além disso, o enigmático Selá, que geralmente indica as pausas periódicas, ou talvez mudanças de tempo, aparece três vezes.

    Por diversos motivos, como já foi mencionado na 1ntrodução, pensa-se que este capítulo tenha sido escrito por outra pessoa e não por Habacuque. Isto significaria, naturalmente, que Hc 3:1, que lhe atribui o capítulo, estaria incorreto. O fato do terceiro capítulo não aparecer no Comentário Qumran não constitui objeção real. Nem o argumento de que esta passagem não tem a forma de diálogo das seções anteriores. A própria natureza do capítulo, que é uma oração, impede o estilo de diálogo. Há algumas evidências lingüísticas que confirmam a unidade do livro, além do fato da teodicéia ser incompleta sem este capítulo.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Habacuque Capítulo 3 do versículo 1 até o 19
    VII. VISÃO DE JULGAMENTO Hc 3:1-35; Sl 68:7-19. Raios brilhantes (4), provavelmente uma alusão aos lampejos dos raios. A vinda de Deus é pintada como uma tempestade que rolava partindo do sul, a cair sobre a Palestina e seus vizinhos. Mão (4); isto é, "lado", como em 1Sm 4:13, onde o hebraico diz lit., "pela mão do caminho". Ali (4); isto é, "naquele lugar". Mediu a terra (6). A Septuaginta diz: "a terra estremeceu". A sugestão é de um terremoto que acompanhou a tempestade. Cusã (7); uma tribo midianita ou árabe (cfr. Nu 12:1). Ou poderia ser Cusã-Risataim (Jz 3:8, Jz 3:10) ou o ribeiro de Quisom (Jz 4:7).

    >Hc 3:9

    O versículo 9 é extremamente obscuro. "Cerca de cem traduções diferentes têm sido feitas desse versículo" (Delitzsch). O sol e a lua pararam (11). Uma descrição poética de terem sido ocultos pelas escuras nuvens da tempestade. Tu saíste (13); algumas versões, em suas notas à margem, julgam que se trata aqui da prometida libertação de Israel das mãos do opressor, garantida por Deus, e que Miquéias considerava como já realizada, tão certa ela era, ainda que para ele ainda estivesse no futuro. Até ao pescoço (13) pode ser uma parte de um edifício; cfr. Is 8:8. A cabeça dos seus guerreiros (14). Esta versão, como outras, segue a Vulgata. Há versões que traduzem: "A cabeça de suas vilas". Contudo, o hebraico, é incerto. O versículo 16 é novamente difícil. Quanto a descanse eu, Welhausen sugere: "consolar-me-ei". Essa certeza ou determinação em esperar quietamente que o dia de tribulação sobrevenha contra o agressor provavelmente explica a bela expressão que diz "vivendo pela fé" dada nos versículos 17:18. É o conhecimento que eventualmente, conforme ele diz, me alegrarei no Senhor, que capacitou Habacuque a suportar seu presente descontentamento. Desse modo ele descobre a resposta para sua pergunta inicial.

    >Hc 3:19

    A última frase do versículo 19 aparece, na Septuaginta, como "para que eu possa conquistar por seu cântico". O cantor-mor era mestre da música no templo.

    L. E. H. Stephens-Hodge.


    Dicionário

    Acaso

    substantivo masculino Causa fictícia de acontecimentos que aparentemente só estão subordinados à lei das probabilidades: confiou no acaso e venceu.
    Acontecimento imprevisto; acidente: o acaso daquele encontro.
    Sequência de eventos cuja origem não depende da vontade; sorte.
    advérbio Imprevistamente, porventura; talvez: se acaso voltar, faça-o esperar.
    De modo eventual, casual; eventualmente: acaso o ônibus passará?
    locução adverbial Ao acaso. Sem refletir nem medir as consequências.
    Etimologia (origem da palavra acaso). Do latim a casu, 'por acaso'.

    fortuna, sorte, fado, fadário, sina, destino, estrela, ventura, dita, fatalidade. – Acerca de muitos destes vocábulos, consubstancia Bruns. o que se pode colher de Roq., de fr. S. Luiz, e de outros. “O acaso – diz ele – o mais fantástico de todos os seres desta série, obra arbitrariamente; prepara combinações de circunstâncias tão impossíveis de prever como de impedir; e delas provêm fatos, felizes ou desgraçados, que nos deixam estupefatos de prazer ou de dor. As suas manifestações não são constantes; isto é, não se lhe referem fatos sucessivos: revela-se de quando em quando, oculta-se, reaparece; persegue-nos ou abandona-nos; favorece-nos ou esmaga-nos. É nisto que não se assemelha à fortuna; pois esta parece obrar de um modo constante, e ao acaso só se imputam fatos isolados, tendo por isso muita analogia com a fatalidade. É o acaso que nos leva ao lugar onde encontramos a felicidade ou a desventura. Quantas descobertas são filhas do acaso? – A fortuna, de que os antigos fizeram uma divindade cega, caprichosa, volúvel, preside a todos os atos da vida, e distribui os bens ou os males segundo o seu desígnio...” Temos, por isso, boa fortuna ou má fortuna, segundo nos é ela favorável ou contrária. – “A sorte é ao mesmo tempo efeito e causa; efeito quando designa o estado, ou a condição a que a fortuna ou o acaso trouxeram uma pessoa; Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 69 causa, quando, considerando-a um misto de acaso ou de fortuna, lhe atribuímos um fato isolado, ou uma série de fatos favoráveis ou desfavoráveis. Por outro lado, a palavra sorte aplica-se melhor às condições modestas, fortuna às elevadas (ou de mais vulto): a sorte de Creso ao lado de Ciro era mais invejável que a sua fortuna. – A fatalidade (do latim fatum “o que está dito ou decretado”) distingue- -se do acaso, da fortuna e da sorte, em ser agente e não sujeito. A fatalidade não obra arbitrária e caprichosamente: obedece como a um impulso omnipotente, a uma disposição superior e impenetrável. O estava escrito dos maometanos é a fatalidade; como é fatalidade, no cristianismo, a predestinação de S. Paulo. – O destino era, entre os antigos, uma divindade cega a quem os deuses e os homens estavam submetidos: tinha nas mãos a sorte dos mortais. Os seus decretos eram irrevogáveis e tinham o caráter da fatalidade. Eis por que denominamos destino à combinação de circunstâncias ou de acontecimentos que se efetuam em virtude de leis inflexíveis, e que nos trazem fatal e inelutavelmente ao ponto em que só nos resta obedecer: ante o destino desaparece a nossa força, aniquila-se a nossa vontade: somos obrigados a obedecer ao destino; ninguém pode resistir às leis do destino. – O fado é o estado que resulta das imposições do destino, como bem o prova a acepção que esta palavra tem nos contos de encantamentos em que se vêm príncipes, sujeitos ao seu fado, transformados em rãs ou outras alimárias, até que um certo acontecimento os venha libertar. O nosso fado é intangível, acompanha-nos, persegue-nos, e por mais que façamos, não nos deixa. – Fadário é – diz Aul. – “destino extraordinário e irresistível que se atribui a um poder sobrenatural”. Refere-se mais particularmente a certas vicissitudes da vida mundana, às extravagâncias de que alguém se lamenta, mas sem coragem para corrigir-se, e procurando por isso consolar-se dos erros ou deslizes, atribuindo-os ao seu fadário... – Sina marca melhor do que quase todos os do grupo o caráter de fatalidade das coisas que têm de suceder na vida de cada um. Sina e destino seriam sinônimos perfeitos se o primeiro não se limitasse de ordinário às coisas funestas da vida. Dizemos, por ex. – “o alto destino de Napoleão”; e decerto que neste caso não empregaríamos sina. Podemos, é claro, dizer – “a sina dos grandes homens”; não, porém, quando fazemos referência às ações ou obras que lhes deram lustre, mas quando fazemos alusão às amarguras que quase todos tiveram de sofrer. – Ventura e dita são também seres fantásticos sem vontade certa nem determinada; ventura, geralmente, e dita, sempre tomam-se a boa parte. – Estrela, como diz D. José de Lacerda, é outra palavra do mesmo gênero, que se conservou na língua (com a significação que tem aqui), apesar de terem passado as quimeras da astrologia, que lhe deram origem. Refere-se à suposta influência dos astros no destino dos homens; e ainda hoje se diz que “tal indivíduo nasceu em boa ou má estrela”, ou que tem boa ou má estrela.

    por acaso, porventura. – São realmente muito fáceis de confundir-se. Nas três frases seguintes vejamos, no entanto, se poderiam ser trocadas, conservando-se-lhes uma perfeita propriedade: “Teria o nosso amigo visto acaso alguma coisa estranha lá no parque?” “Passaste na vinda por acaso lá pela pensão?” “Terias, oh rapaz, encontrado alguém porventura lá na praça à minha espera?” Em qualquer desses casos, não haveria talvez muita gente, mesmo de boas letras, que hesitasse em empregar indistintamente, ou sem preferências, qualquer das três formas; e no entanto, se na primeira frase, em vez de acaso, puséssemos por acaso, não exprimiría- 70 Rocha Pombo mos com a mesma precisão o pensamento de quem perguntava. Quando pergunto se o nosso amigo “viu acaso”, ponho em dúvida, e quase nego, que ele tenha visto; ou estranho que isso se tenha dado. Quando pergunto se ele “viu por acaso”, decerto que exprimo dúvida também; mas aqui a minha dúvida é mais condescendente, e não sugere, como acaso, a mesma ideia de estranheza e negação. Caim retrucou ao anjo que lhe perguntava por Abel: “Sou eu acaso o guarda de meu irmão?” Este acaso, como no exemplo acima, rebate, repulsa, nega intencionalmente o que se pergunta. “És tu acaso meu filho?” “Veio ele acaso ter conosco?” “Tinha eu acaso notícia da tua chegada?” Em nenhum destes exemplos, pelo menos, seria indiferente usar acaso e por acaso. – Na segunda frase que formulamos acima: “Passaste na vinda por acaso lá pela pensão?” – também não poderíamos substituir a locução por acaso por simplesmente acaso, para dizer o que desejamos. “Passaste acaso?” – equivaleria a – “Dar-se-á que tenhas passado?” ou – “Será possível que tenha passado?” E – “Passaste por acaso?” – diria: – “Por uma casualidade (isto é, “sem que te apercebesses”, ou “sem que tivesses tensão”) passaste?” – A terceira frase: “Terias, oh rapaz, encontrado alguém porventura lá na praça à minha espera?” – enuncia o meu intento de saber uma coisa que desejo e pela qual estou ansioso. Se eu empregasse a locução por acaso, não mostraria o mesmo interesse; e se eu empregasse o advérbio acaso, dizendo: “Terias visto ou encontrado acaso alguém à minha espera?” – é como se fizesse a pergunta insinuando a negativa. – Segue-se, portanto: – que acaso sugere contrariedade intencional e dá à pergunta a função de negar: – que por acaso é mais convizinho de porventura, distinguindose esta forma daquela em sugerir, em vez de indiferença, a ideia do interesse com que se espera por uma resposta satisfatória quando se faz a pergunta. – Fora dos casos interrogativos, se há necessidade de distinção, há de ser a mesma que se acaba de assinalar; devendo notar-se que, então, só muito raramente poderá a locução por acaso ser substituída por qualquer dos dois outros advérbios. “Chegamos por acaso à livraria; fomos dar conosco por acaso junto ao morro; feri o dedo por acaso, limpando a pena”: aí não caberia, em nenhuma dessas frases, acaso nem porventura.

    [...] O acaso é a ausência de plano, de direção inteligente, é a própria negação de toda lei. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

    [...] o acaso é a falta de direção e a ausência de toda inteligência atuante. É, pois, o acaso inconciliável com a noção de ordem e de harmonia.
    Referencia: DENIS, Léon• O grande enigma• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    É este um enigma que nenhum Édipo conseguirá decifrar; uma interrogação a que nenhum sábio saberá responder. O acaso é a força inteligente que tudo rege; é a origem providencial de onde tudo mana. O acaso é uma palavra; debaixo dessa palavra está uma incógnita. Os crentes chamam a essa incógnita Deus; os ecléticos, Providência; os fatalistas, Destino; os descrentes, Lei.
    Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 3, cap• 15

    [...] O acaso é a vossa ignorância da razão de ser, da causa do fato que observais.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

    [...] O acaso é uma palavra inventada pelos homens para disfarçar o menor esforço. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nos domínios da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16


    Carros

    masc. pl. de carro

    car·ro
    (latim carrus, -i, carro de quatro rodas, carroça)
    nome masculino

    1. Veículo de rodas para transporte de pessoas ou mercadorias (ex.: carro de bois).

    2. Veículo com motor próprio, geralmente com quatro rodas, destinado a transporte de passageiros ou de carga. = AUTOMÓVEL

    3. Vagão que corre sobre carris. = CARRUAGEM

    4. Bobina para enrolar fios. = CARRETE, CARRETEL, CARRINHO

    5. Figurado Dependência, sujeição.

    6. [Tipografia] Parte móvel de uma máquina de impressão.

    7. Parte da máquina de escrever que se desloca lateralmente.

    8. [Marinha] Parte da popa que indica a altura da água que tem o leme.

    9. [Marinha] Parte mais grossa e inferior da verga de mezena.

    10. Ventre da lagosta.

    11. [Regionalismo] Quarenta (falando-se dos anos de idade).


    carro celular
    [Portugal] Viatura de polícia, com compartimento traseiro fechado, usada para transportar presos. (Equivalente no português do Brasil: camburão.)

    carro de assalto
    [Militar] O mesmo que carro de combate.

    carro de cesto
    [Portugal: Madeira] Espécie de tobogã para dois passageiros, conduzido por dois carreiros, que o manobram com cordas numa ladeira íngreme.

    carro de combate
    [Militar] Veículo automotor blindado, geralmente com lagartas e armado com metralhadoras, canhões, lança-chamas, mísseis, etc.

    carro de manchego
    [Artilharia] Carro de munição da artilharia.

    carro de mão
    Veículo com apenas uma roda dianteira, geralmente com duas barras na parte de trás para ser empurrado e usado para transportar materiais. = CARRINHO DE MÃO

    carro de praça
    Carro de aluguer. = TÁXI

    carro eléctrico
    Viatura urbana de transporte de passageiros, geralmente com apenas uma composição, movida por electricidade e que circula sobre carris de ferro. = ELÉCTRICO, TRÂMUEI

    Automóvel movido a electricidade.


    Cavalos

    masc. pl. de cavalo

    ca·va·lo
    (latim caballus, -i)
    nome masculino

    1. Quadrúpede equídeo.

    2. [Jogos] Peça do jogo de xadrez.

    3. Unidade de um corpo de cavalaria.

    4. [Desporto] Aparelho de ginástica destinado a saltos, que consiste num corpo de forma rectangular ou oval, estofado ou forrado. = MESA

    5. [Tanoaria] Banco de tanoeiro.

    6. Ferro com que se movem as peças quentes dos fogões de cozinha a lenha.

    7. [Agricultura] Tronco em que se coloca o enxerto. = PORTA-ENXERTO

    8. Cancro sifilítico.

    9. [Física, Metrologia] Unidade dinâmica (equivalente a uma força que num segundo de tempo levanta a um metro de altura 75 kg de peso). = CAVALO-VAPOR

    10. Ictiologia Designação comum de vários peixes teleósteos frequentes na costa portuguesa. = PEIXE-GALO

    11. [Portugal, Informal] Droga opióide, alcalóide sucedâneo da morfina, com propriedades analgésicas e narcóticas, e que causa elevada dependência física. = HEROÍNA

    12. Figurado Pessoa grosseira, sem modos. = ANIMAL, BESTA, CAVALGADURA

    13. Figurado Pessoa que revela falta de inteligência. = BESTA, BURRO, CAVALGADURA

    14. [Popular] [Jogos] Cada uma das cartas de jogar representativas de um pajem. = VALETE

    15. [Brasil] [Vestuário] [Vestuário] Parte central da calça desde a cintura até ao entrepernas. = GANCHO


    a cavalo dado não se olha o dente
    Não se reclama de ou põe defeito a coisa ou situação oferecida.

    aguentar os cavalos
    [Informal] Controlar uma situação difícil.

    cair do cavalo
    Ter uma grande surpresa.

    cavalo cerrado
    Cujos dentes estão rasos e já não denunciam a idade.

    cavalo com alças
    [Brasil] [Desporto] Aparelho de ginástica que consiste num corpo de forma rectangular ou oval, assente sobre quatro pés e dotado de duas pegas. (Equivalente no português de Portugal: cavalo de arções.)

    cavalo com arções
    [Portugal] [Desporto] O mesmo que cavalo de arções.

    cavalo da sela
    O que fica à mão esquerda do cocheiro.

    cavalo de arções
    [Portugal] [Desporto] Aparelho de ginástica que consiste num corpo de forma rectangular ou oval, assente sobre quatro pés e dotado de duas pegas. (Equivalente no português do Brasil: cavalo com alças.)

    cavalo de batalha
    Antigo [Militar] Cavalo adestrado à guerra.

    Argumento valioso e habitual.

    cavalo de cem moedas
    [Informal] Pessoa muito vistosa.

    cavalo de cobrição
    Garanhão.

    cavalo de estado
    Cavalo que vai num cortejo sem cavaleiro.

    cavalo de sela
    Cavalo próprio para ser montado.

    cavalo de Tróia
    História Grande cavalo de madeira levado pelos troianos para dentro das suas muralhas, que permitiu aos guerreiros gregos, escondidos no seu interior, entrar e conquistar a cidade de Tróia.

    Meio de traição através de uma infiltração.

    cavalo pastor
    Garanhão.

    de cavalo para burro
    De uma situação ou estado para outro pior ou menos favorável.

    tirar o cavalo da chuva
    [Informal] Desistir de uma pretensão ou objectivo. = TIRAR O CAVALINHO DA CHUVA


    masc. pl. de cavalo

    ca·va·lo
    (latim caballus, -i)
    nome masculino

    1. Quadrúpede equídeo.

    2. [Jogos] Peça do jogo de xadrez.

    3. Unidade de um corpo de cavalaria.

    4. [Desporto] Aparelho de ginástica destinado a saltos, que consiste num corpo de forma rectangular ou oval, estofado ou forrado. = MESA

    5. [Tanoaria] Banco de tanoeiro.

    6. Ferro com que se movem as peças quentes dos fogões de cozinha a lenha.

    7. [Agricultura] Tronco em que se coloca o enxerto. = PORTA-ENXERTO

    8. Cancro sifilítico.

    9. [Física, Metrologia] Unidade dinâmica (equivalente a uma força que num segundo de tempo levanta a um metro de altura 75 kg de peso). = CAVALO-VAPOR

    10. Ictiologia Designação comum de vários peixes teleósteos frequentes na costa portuguesa. = PEIXE-GALO

    11. [Portugal, Informal] Droga opióide, alcalóide sucedâneo da morfina, com propriedades analgésicas e narcóticas, e que causa elevada dependência física. = HEROÍNA

    12. Figurado Pessoa grosseira, sem modos. = ANIMAL, BESTA, CAVALGADURA

    13. Figurado Pessoa que revela falta de inteligência. = BESTA, BURRO, CAVALGADURA

    14. [Popular] [Jogos] Cada uma das cartas de jogar representativas de um pajem. = VALETE

    15. [Brasil] [Vestuário] [Vestuário] Parte central da calça desde a cintura até ao entrepernas. = GANCHO


    a cavalo dado não se olha o dente
    Não se reclama de ou põe defeito a coisa ou situação oferecida.

    aguentar os cavalos
    [Informal] Controlar uma situação difícil.

    cair do cavalo
    Ter uma grande surpresa.

    cavalo cerrado
    Cujos dentes estão rasos e já não denunciam a idade.

    cavalo com alças
    [Brasil] [Desporto] Aparelho de ginástica que consiste num corpo de forma rectangular ou oval, assente sobre quatro pés e dotado de duas pegas. (Equivalente no português de Portugal: cavalo de arções.)

    cavalo com arções
    [Portugal] [Desporto] O mesmo que cavalo de arções.

    cavalo da sela
    O que fica à mão esquerda do cocheiro.

    cavalo de arções
    [Portugal] [Desporto] Aparelho de ginástica que consiste num corpo de forma rectangular ou oval, assente sobre quatro pés e dotado de duas pegas. (Equivalente no português do Brasil: cavalo com alças.)

    cavalo de batalha
    Antigo [Militar] Cavalo adestrado à guerra.

    Argumento valioso e habitual.

    cavalo de cem moedas
    [Informal] Pessoa muito vistosa.

    cavalo de cobrição
    Garanhão.

    cavalo de estado
    Cavalo que vai num cortejo sem cavaleiro.

    cavalo de sela
    Cavalo próprio para ser montado.

    cavalo de Tróia
    História Grande cavalo de madeira levado pelos troianos para dentro das suas muralhas, que permitiu aos guerreiros gregos, escondidos no seu interior, entrar e conquistar a cidade de Tróia.

    Meio de traição através de uma infiltração.

    cavalo pastor
    Garanhão.

    de cavalo para burro
    De uma situação ou estado para outro pior ou menos favorável.

    tirar o cavalo da chuva
    [Informal] Desistir de uma pretensão ou objectivo. = TIRAR O CAVALINHO DA CHUVA


    E

    conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
    Indica adição: pai e mãe extremosos.
    Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
    Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
    Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
    Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
    Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
    Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
    Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
    Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
    substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
    Maneira de representar essa letra (e).
    numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
    Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

    conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
    Indica adição: pai e mãe extremosos.
    Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
    Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
    Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
    Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
    Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
    Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
    Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
    Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
    substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
    Maneira de representar essa letra (e).
    numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
    Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

    Furor

    substantivo masculino Ira excessiva; raiva extrema; ação repleta de violência; fúria.
    Agitação violenta de ânimo, manifestada por gestos e palavras; fúria.
    Paixão desmedida por alguém ou por alguma coisa.
    Grande agitação; loucura, frenesi.
    Figurado Impulso incontrolável; inconsequência, impetuosidade.
    expressão Fazer furor. Causar entusiasmo; provocar sensação: a menina fez furor com sua inteligência precoce.
    Etimologia (origem da palavra furor). Do latim furor.oris.

    Furor Ira violenta; CÓLERA (Lc 6:11).

    Ira

    substantivo feminino Raiva, sentimento intenso e permanente de ódio, mágoa e rancor que, normalmente contra uma ou algumas pessoas, é gerado por uma ofensa, dando origem a uma situação agressiva.
    Manifestação desse sentimento ou o que é causado por ele: sua ira acabou causando o fim do seu casamento.
    Por Extensão Indignação agressiva, violenta: a ira do povo!
    Por Extensão Vingança ou sentimento impulsionado pelo desejo de se vingar: não se deve brincar com a ira dos deuses.
    Etimologia (origem da palavra ira). Do latim ira.ae.

    substantivo feminino Raiva, sentimento intenso e permanente de ódio, mágoa e rancor que, normalmente contra uma ou algumas pessoas, é gerado por uma ofensa, dando origem a uma situação agressiva.
    Manifestação desse sentimento ou o que é causado por ele: sua ira acabou causando o fim do seu casamento.
    Por Extensão Indignação agressiva, violenta: a ira do povo!
    Por Extensão Vingança ou sentimento impulsionado pelo desejo de se vingar: não se deve brincar com a ira dos deuses.
    Etimologia (origem da palavra ira). Do latim ira.ae.

    1. O jairita, mencionado junto com Zadoque e Abiatar em II Samuel 20:26 como “ministro de Davi”. Os jairitas eram da tribo de Manassés (Nm 32:41). Isso pode significar que os que não pertenciam à tribo de Levi foram autorizados a exercer algumas funções sacerdotais durante o reinado de Davi.


    2. Filho de Iques, de Tecoa, era um dos “trinta” guerreiros valentes de Davi.

    Como comandante do exército do rei, estava de prontidão com seus homens todo sexto mês de cada ano e tinha 24:000 soldados sob suas ordens (2Sm 23:26-1Cr 11:28; 1Cr 27:9).


    2. O itrita, outro dos guerreiros valentes de Davi (2Sm 23:38-1Cr 11:40).


    Ira CÓLERA (Sl 30:5); (Ef 4:26). A ira de Deus é a sua reação contra o pecado, a qual o leva a castigar o pecador (Ez 7:8-9); (Ap 16:19). Porém maior do que a ira de Deus é o seu amor, que perdoa aqueles que se arrependem e mudam de vida (Is 54:7-8); (Rm 9:22-23). “Filhos da ira” quer dizer “sujeitos ao castigo” de Deus (Ef 2:3). A ira de Deus é a sua reação contra o pecado, a qual o leva a castigar o pecador (Ez 7:8-9); (Ap 16:19). Porém maior do que a ira de Deus é o seu amor, que perdoa aqueles que se arrependem e mudam de vida (

    substantivo feminino Raiva, sentimento intenso e permanente de ódio, mágoa e rancor que, normalmente contra uma ou algumas pessoas, é gerado por uma ofensa, dando origem a uma situação agressiva.
    Manifestação desse sentimento ou o que é causado por ele: sua ira acabou causando o fim do seu casamento.
    Por Extensão Indignação agressiva, violenta: a ira do povo!
    Por Extensão Vingança ou sentimento impulsionado pelo desejo de se vingar: não se deve brincar com a ira dos deuses.
    Etimologia (origem da palavra ira). Do latim ira.ae.

    Irado

    adjetivo Enraivecido; dominado pela raiva, pela ira; que expressa fúria.
    [Gíria] Muito legal; bonito, interessante, moderno: celular irado; amigo irado.
    Figurado Tormentoso; bastante agitado: vento irado.
    Etimologia (origem da palavra irado). Part. de irar.

    Irã

    Cidadão

    Um dos chefes de Edom, mencionado em conexão com Magdiel, descendente de Esaú (Gn 36:43-1Cr 1:54).


    Mar

    Mar Na Bíblia, qualquer grande extensão de Água, salgada (mar Mediterrâneo) ou doce (lago da Galiléia).


    1) Os mares mencionados na Bíblia são: a) MEDITERRÂNEO, ou o Mar, ou mar dos Filisteus, ou Grande, ou Ocidental (Nu 34:6); b) MORTO, ou da Arabá, ou Oriental, ou Salgado (Js 3:16); c) VERMELHO, ou de Sufe, ou do Egito (Ex 13:18); d) ADRIÁTICO (At 27:27).


    2) Os lagos são os seguintes: a) da GALILÉIA, ou de Genesaré, ou de Quinerete, ou de Tiberíades (Mt 4:18); b) de MEROM (Js 11:5).


    3) MONSTRO (7:12; Sl 74:13).

    ====================================

    O MAR

    V. MEDITERRÂNEO, MAR (Nu 13:29).


    Mar Designação que se dá ao lago de Tiberíades (Mt 4:13). Os evangelhos relatam episódios de Jesus caminhando sobre suas águas e dando ordens às suas ondas (Mt 8:24-27; 14,24-27; Mc 4:37-41; 6,47-50; Lc 8:23-25; Jo 6:17-20), como o fez YHVH em tempos passados (Sl 89:9ss.; Jn 1; Na 1:4).

    oceano. – Resumindo Bourg. e Berg. diz um autor: “Designa-se com estas palavras a vasta extensão de água salgada que cobre a maior parte da superfície do nosso planeta”. – Mar é o termo que ordinariamente se aplica para designar alguma das partes dessa extensão; e também para designar o conjunto das águas que circulam o globo, mas só quando esse conjunto é considerado de modo vago e geral (em sentido absoluto) e mais quanto à natureza que à vastidão dessa extensão. Dizemos: o mar e o céu; o mar é imenso; as areias do mar. E dizemos também o mar Báltico; o mar do Norte; o mar, os mares da costa, etc. Oceano designa em geral a vasta extensão dos mares. Usa-se, porém, às vezes para designar somente uma das suas partes, mas só quando essa parte forma uma das grandes divisões em que o mar se considera: o oceano Atlântico e o oceano Pacífico são as duas grandes divisões do oceano. – Antigamente dizia-se também – o mar Atlântico.

    O mar é a fotografia da Criação. Todo ele se pode dizer renovação e vida, tendo em si duas forças em contínuo trabalho – a da atração e a da repulsão, M que se completam na eterna luta, pois, se faltasse uma, nulo estaria o trabalho da outra.
    Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Um adeus

    O mar, gigante a agitar-se / Em primitivos lamentos, / É o servidor do equilíbrio / Dos terrestres elementos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 18


    os hebreus davam o nome de mar a qualquer grande massa de água. Esse termo compreendia o oceano (Gn 1:2 – 1 Rs 10.22 – 38:8) – o Mediterrâneo, que era chamado o mar último, o mar ocidental, tendo ainda vários outros nomes (Dt 11:24 – 34.2 – J12.20 – Êx 23:31 – 1 Rs 4.20 – Sl 80:11) – o mar Vermelho (Êx 10:19Js 24:6) – o mar Morto (ou Salgado) (Nm 34:3Js 18:19) – o mar da Galiléia (ou Quinerete) (Nm 34:11Mt 4:15Mc 3:7) – o mar de Jazer, um pequeno lago que fica perto de Hesbom (Jr 48:32). Além disso, aplicava-se algumas vezes a palavra aos grandes rios, como o Nilo (is 11:15), o Eufrates, o Tigre, que estavam sujeitos aos transbordamentos anuais, sendo inundados os territórios circunjacentes.

    substantivo masculino Grande extensão de água salgada; oceano: o mar ocupa uma grande parte da superfície da Terra.
    Uma parte limitada ou a água que compõe essa grande extensão: o mar Cáspio; banho de mar.
    A região situada na costa; área no litoral de: este final de semana vou para o mar!
    Figurado Grande quantidade; o que é imenso: ganhou um mar de dinheiro na loteria.
    Figurado Excesso de líquido que escoa ou derramamento exagerado de: mar de sangue.
    Figurado O que provoca fascinação, admiração; excessivamente belo.
    Etimologia (origem da palavra mar). Do latim mare.is.

    substantivo masculino Grande extensão de água salgada; oceano: o mar ocupa uma grande parte da superfície da Terra.
    Uma parte limitada ou a água que compõe essa grande extensão: o mar Cáspio; banho de mar.
    A região situada na costa; área no litoral de: este final de semana vou para o mar!
    Figurado Grande quantidade; o que é imenso: ganhou um mar de dinheiro na loteria.
    Figurado Excesso de líquido que escoa ou derramamento exagerado de: mar de sangue.
    Figurado O que provoca fascinação, admiração; excessivamente belo.
    Etimologia (origem da palavra mar). Do latim mare.is.

    Montado

    adjetivo Colocado em cima do cavalo: saiu montado a cavalo.
    Como um cavaleiro, com modos de cavaleiro: montado na moto, no muro.
    Que está pronto para ser usado; equipado: som montado.
    Que está preparado para ser apresentado publicamente: espetáculo montado.
    Etimologia (origem da palavra montado). Forma derivada de montar.
    substantivo masculino Terreno repleto de sobreiros, usado na cria e na engorda de porcos.
    Valor que se paga pelo terreno usado para a pastagem de gado (suíno ou bovino).
    adjetivo Que fugiu e se tornou bravio; amontado: animal montado.
    Etimologia (origem da palavra montado). Monta + ado.

    Ribeiros

    masc. pl. de ribeiro

    ri·bei·ro
    (latim riparius, -a, -um, que frequenta as margens dos rios, de ripa, -ae, margem)
    nome masculino

    1. Rio pequeno. = ARROIO, REGATO, RIACHO

    2. [Construção] Intersecção de águas de um telhado, seguindo um ângulo reentrante.

    adjectivo
    adjetivo

    3. [Agricultura] Diz-se de uma espécie de trigo.


    Rios

    masc. pl. de rio

    ri·o
    (latim vulgar rius, do latim rivus, -i)
    nome masculino

    1. Grande curso de água natural, quase sempre oriunda das montanhas, que recebe no trajecto águas de regatos e ribeiros, e desagua em outro curso de água, num lago ou no mar.

    2. Figurado Aquilo que corre como um rio ou a ele se assemelha.

    3. Grande quantidade de líquido.

    4. Grande quantidade de qualquer coisa.


    rio de enxurrada
    Que só leva água quando chove.


    masc. pl. de rio

    ri·o
    (latim vulgar rius, do latim rivus, -i)
    nome masculino

    1. Grande curso de água natural, quase sempre oriunda das montanhas, que recebe no trajecto águas de regatos e ribeiros, e desagua em outro curso de água, num lago ou no mar.

    2. Figurado Aquilo que corre como um rio ou a ele se assemelha.

    3. Grande quantidade de líquido.

    4. Grande quantidade de qualquer coisa.


    rio de enxurrada
    Que só leva água quando chove.


    Salvação

    substantivo feminino Ação ou efeito de salvar, de livrar do mal ou do perigo.
    Algo ou alguém que salva, que livra do perigo, de uma situação desagradável: o professor foi sua salvação.
    Religião Libertação espiritual e eterna pela fé em Cristo.
    Felicidade, contentamento infinito e eterno obtido após a morte.
    Ajuda que liberta de uma situação muito difícil; redenção.
    Saída de uma circunstância complicada para outra mais fácil; triunfo.
    Etimologia (origem da palavra salvação). Do latim salvatio.onis.

    substantivo feminino Ação ou efeito de salvar, de livrar do mal ou do perigo.
    Algo ou alguém que salva, que livra do perigo, de uma situação desagradável: o professor foi sua salvação.
    Religião Libertação espiritual e eterna pela fé em Cristo.
    Felicidade, contentamento infinito e eterno obtido após a morte.
    Ajuda que liberta de uma situação muito difícil; redenção.
    Saída de uma circunstância complicada para outra mais fácil; triunfo.
    Etimologia (origem da palavra salvação). Do latim salvatio.onis.

    Salvar-se [...] é aperfeiçoar-se espiritualmente, a fim de não cairmos em estados de angústia e depressão após o transe da morte. É, em suma, libertar-se dos erros, das paixões insanas e da ignorância. [...]
    Referencia: MARCUS, João (Hermínio C• Miranda)• Candeias na noite escura• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 12

    [...] iluminação de si mesma [da alma], a caminho das mais elevadas aquisições e realizações no Infinito.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 225

    Ensinar para o bem, através do pensamento, da palavra e do exemplo, é salvar.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A salvação é contínuo trabalho de renovação e de aprimoramento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 15

    Salvação – libertação e preservação do espírito contra o perigo de maiores males, no próprio caminho, a fim de que se confie à construção da própria felicidade, nos domínios do bem, elevando-se a passos mais altos de evolução.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 8


    Salvação Num primeiro sentido, ser salvo de um perigo, seja uma tempestade (Mt 8:25), uma enfermidade (Mt 9:21ss.), uma perseguição (Lc 1:71-74) etc. Por antonomásia, o termo refere-se à salvação eterna. Em ambos os casos, é obtida mediante a fé, sem a qual não há nem salvação da enfermidade (Mc 10:52; Lc 17:19; 18,42) nem tampouco vida eterna (Jo 3:16; 5,24; 20,31). Essa fé — unida à perseverança (Mt 10:22; 24,13; Mc 13:13) — vincula a pessoa com Jesus (nome que significa YHVH salva), que se entregou à morte pela humanidade (Mc 10:45). Ele é o Salvador (Mt 1:21; Lc 2:11). O anúncio dessa salvação constitui o núcleo essencial da pregação evangélica (Mc 16:16).

    C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; Idem, Diccionario de las tres...; G. E. Ladd, Theology...; E. P. Sanders, Paul and...; E. “Cahiers Evangile”, Liberación humana y salvación en Jesucristo, Estella 71991.


    Salvação
    1) Ato pelo qual Deus livra a pessoa de situações de perigo (Is 26:1), opressão (Lm 3:26); (Ml 4:2), sofrimento (2Co 1:6), etc.
    2) Ato e processo pelo qual Deus livra a pessoa da culpa e do poder do pecado e a introduz numa vida nova, cheia de bênçãos espirituais, por meio de Cristo Jesus (Lc 19:9-10); (Eph 1:3,13). A salvação deve ser desenvolvida pelo crente (Fp 2:12), até que seja completada no fim dos tempos (Rm 13:11); (1Pe 1:5); 2.2). V. REDENÇÃO, SALVADOR e VIDA ETERNA.

    Senhor

    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Habacuque 3: 8 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Porventura é contra os rios, ó SENHOR, que estás irado? É contra os ribeiros a Tua ira, ou contra o mar o Teu furor, visto que andas montado sobre os Teus cavalos, e nos Teus carros de salvação?
    Habacuque 3: 8 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    625 a.C.
    H2734
    chârâh
    חָרָה
    estar quente, furioso, queimar, tornar-se irado, inflamar-se
    (And angry)
    Verbo
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H3220
    yâm
    יָם
    mar
    (Seas)
    Substantivo
    H3444
    yᵉshûwʻâh
    יְשׁוּעָה
    salvação, libertação
    (For Your salvation)
    Substantivo
    H3588
    kîy
    כִּי
    para que
    (that)
    Conjunção
    H4818
    merkâbâh
    מֶרְכָּבָה
    ()
    H5104
    nâhâr
    נָהָר
    corrente, rio
    (And a river)
    Substantivo
    H518
    ʼim
    אִם
    se
    (If)
    Conjunção
    H5483
    çûwç
    סוּס
    andorinha, andorinhão
    (in exchange for the horses)
    Substantivo
    H5678
    ʻebrâh
    עֶבְרָה
    derramamento, inundação, excesso, fúria, ira, arrogância
    (and their wrath)
    Substantivo
    H5921
    ʻal
    עַל
    sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
    ([was] on)
    Prepostos
    H639
    ʼaph
    אַף
    narina, nariz, face
    (into his nostrils)
    Substantivo
    H7392
    râkab
    רָכַב
    montar e cavalgar, cavalgar
    (and they rode)
    Verbo


    חָרָה


    (H2734)
    chârâh (khaw-raw')

    02734 חרה charah

    uma raiz primitiva [veja 2787]; DITAT - 736; v

    1. estar quente, furioso, queimar, tornar-se irado, inflamar-se
      1. (Qal) queimar, inflamar (ira)
      2. (Nifal) estar com raiva de, estar inflamado
      3. (Hifil) queimar, inflamar
      4. (Hitpael) esquentar-se de irritação

    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    יָם


    (H3220)
    yâm (yawm)

    03220 ים yam

    procedente de uma raiz não utilizada significando rugir; DITAT - 871a; n m

    1. mar
      1. Mar Mediterrâneo
      2. Mar Vermelho
      3. Mar Morto
      4. Mar da Galiléia
      5. mar (geral)
      6. rio poderoso (Nilo)
      7. o mar (a bacia grande no átrio do templo)
      8. em direção ao mar, oeste, na diração oeste

    יְשׁוּעָה


    (H3444)
    yᵉshûwʻâh (yesh-oo'-aw)

    03444 ישועה y eshuw ̂ ah̀

    particípio passivo de 3467; DITAT - 929b; n f

    1. salvação, libertação
      1. bem-estar, prosperidade
      2. libertação
      3. salvação (por Deus)
      4. vitória

    כִּי


    (H3588)
    kîy (kee)

    03588 כי kiy

    uma partícula primitiva; DITAT - 976; conj

    1. que, para, porque, quando, tanto quanto, como, por causa de, mas, então, certamente, exceto, realmente, desde
      1. que
        1. sim, verdadeiramente
      2. quando (referindo-se ao tempo)
        1. quando, se, embora (com força concessiva)
      3. porque, desde (conexão causal)
      4. mas (depois da negação)
      5. isso se, caso seja, de fato se, embora que, mas se
      6. mas antes, mas
      7. exceto que
      8. somente, não obstante
      9. certamente
      10. isto é
      11. mas se
      12. embora que
      13. e ainda mais que, entretanto

    מֶרְכָּבָה


    (H4818)
    merkâbâh (mer-kaw-baw')

    04818 רכבהמ merkabah

    procedente de 4817; DITAT - 2163f; n f

    1. carruagem

    נָהָר


    (H5104)
    nâhâr (naw-hawr')

    05104 נהר nahar

    procedente de 5102; DITAT - 1315a; n m

    1. corrente, rio
      1. corrente, rio
      2. correntes (subterrâneas)

    אִם


    (H518)
    ʼim (eem)

    0518 אם ’im

    uma partícula primitiva; DITAT - 111; part condicional

    1. se
      1. cláusula condicional
        1. referindo-se a situações possíveis
        2. referindo-se a situações impossíveis
      2. em juramentos
        1. não
      3. se...se, se...ou, se..ou...ou
      4. quando, em qualquer tempo
      5. desde
      6. partícula interrogativa
      7. mas antes

    סוּס


    (H5483)
    çûwç (soos)

    05483 סוס cuwc ou סס cuc

    procedente de uma raiz não utilizada significando pular (propriamente, de alegria); DITAT - 1476,1477; n m (exten)

    1. andorinha, andorinhão
    2. cavalo
      1. cavalos de carruagem

    עֶבְרָה


    (H5678)
    ʻebrâh (eb-raw')

    05678 עברה ̀ebrah

    procedente de 5676; DITAT - 1556d; n f

    1. derramamento, inundação, excesso, fúria, ira, arrogância
      1. inundação, excesso, explosão
      2. arrogância
      3. ira ou fúria excessiva

    עַל


    (H5921)
    ʻal (al)

    05921 על ̀al

    via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

    1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
      1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
      2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
      3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
      4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
      5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
      6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
      7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
      8. para (como um dativo) conj
    2. por causa de, porque, enquanto não, embora

    אַף


    (H639)
    ʼaph (af)

    0639 אף ’aph

    procedente de 599; DITAT - 133a; n m

    1. narina, nariz, face
    2. ira

    רָכַב


    (H7392)
    râkab (raw-kab')

    07392 רכב rakab

    uma raiz primitiva; DITAT - 2163; v.

    1. montar e cavalgar, cavalgar
      1. (Qal)
        1. montar, subir e sentar ou cavalgar
        2. cavalgar, estar cavalgando
        3. cavaleiro (substantivo)
      2. (Hifil)
        1. fazer cavalgar, fazer (montar e) cavalgar
        2. levar a puxar (arado, etc.)
        3. fazer cavalgar sobre (fig.)