Enciclopédia de Ageu 1:3-3

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ag 1: 3

Versão Versículo
ARA Veio, pois, a palavra do Senhor, por intermédio do profeta Ageu, dizendo:
ARC Veio pois a palavra do Senhor, pelo ministério do profeta Ageu, dizendo:
TB Então, veio a palavra de Jeová por intervenção do profeta Ageu, dizendo:
HSB וַֽיְהִי֙ דְּבַר־ יְהוָ֔ה בְּיַד־ חַגַּ֥י הַנָּבִ֖יא לֵאמֹֽר׃
BKJ Então veio a palavra do -SENHOR por meio do profeta Ageu, dizendo:
LTT Veio, pois, a palavra do SENHOR, por meio da mão ① do profeta Ageu, dizendo:
BJ2 (E a palavra de Iahweh foi dirigida por intermédio do profeta Ageu nos seguintes termos:)
VULG Et factum est verbum Domini in manu Aggæi prophetæ, dicens :

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Ageu 1:3

Esdras 5:1 E Ageu, profeta, e Zacarias, filho de Ido, profeta, profetizaram aos judeus que estavam em Judá e em Jerusalém; em nome do Deus de Israel lhes profetizaram.
Zacarias 1:1 No oitavo mês do segundo ano de Dario, veio a palavra do Senhor ao profeta Zacarias, filho de Baraquias, filho de Ido, dizendo:

Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 ①

o servir.


Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

A RECONSTRUÇÃO DO TEMPLO

537-520 a.C.
SESBAZAR
De acordo com Esdras 2:64, um total de 42.360 judeus aceitaram o desafio de voltar a Jerusalém. Não se sabe ao certo a proporção que esse número representa em relação a todos os judeus exilados na Babilônia. O historiador Josefo diz que muitos não se mostraram dispostos a deixar seus bens para trás.' A volta dos judeus foi liderada por Sesbazar, o príncipe de Judá.? O povo levou consigo os utensílios do templo do Senhor que Nabucodonosor havia tirado de Jerusalém.' Sua jornada de volta a Jerusalém provavelmente foi realizada em 537 a.C.

OS ALICERCES DO TEMPLO SÃO LANÇADOS
Desse ponto em diante, Sesbazar sai de cena e seu lugar como líder de Judá é ocupado por Zorobabel, filho de Sealtiel e neto de Joaquim. Assim que chegaram, os judeus reconstruíram o altar e voltaram a oferecer sacrifícios. No ano seguinte, lançaram os alicerces do novo templo. O livro de Esdras registra emoções conflitantes: "E todo o povo jubilou com altas vozes, louvando ao SENHOR por se terem lançado os alicerces da sua casa. Porém muitos dos sacerdotes, e levitas, e cabeças de famílias, já idosos, que viram a primeira casa, choraram em alta voz [...] muitos, no entanto, levantaram as vozes com gritos de alegria."
Esdras 3:11b-12 Essa alegria durou pouco, pois, quando sua oferta para ajudar foi recusada, os descendentes dos povos reassentados em Samaria contrataram conselheiros para trabalhar contra os judeus e frustrar seus planos. Assim, as obras no templo ficaram paradas durante o restante do reinado de Ciro e de seu filho, Cambises II (530-522 a.C.), dezesseis anos, no total. Em 400 a.C., os samaritanos obtiveram autorização dos persas para construir um templo ao Senhor no monte Gerizim, próximo a Siquém

UM NOVO COMEÇO: DARIO, AGEU E ZACARIAS
A morte de Cambises em 522 a.C. foi seguida de uma luta pelo trono da Pérsia. Quem saiu vitorioso foi Dario, filho do sátrapa Histaspes e membro de uma linhagem secundária da família real. Sua ascensão ao trono da Pérsia é relatada na famosa inscrição em pedra de Behistun, ou Bisitun, a cerca de 30 km de Kermansha, no Irà. (Essa inscrição em babilônio, elamita e pers antigo foi usada para decifrar o sistema de escrita cuneiform da Mesopotâmia.) Em 520 a.C., quando Dario havia se firmado no poder, o Senhor levantou dois profetas: Ageu e Zacarias, para instar o povo a concluir o templo,5 Ageu foi objetivo e direto: "Acaso, é tempo de habitardes vós em casas apaineladas, enquanto esta casa permanece em ruínas? (Ag 1:4). O Senhor falou a Zacarias por meio de várias visões: "Esta é a palavra do Senhor a Zorobabel: Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos. Quem és tu, ó grande monte? Diante de Zorobabel serás uma campina; porque ele colocará a pedra de remate, em meio a aclamações: Haja graça e graça para ela!" (Zc 4:6-7).
As obras sofreram mais atrasos quando Tatenai, O governador da província dalém do Eufrates, quis saber quem havia autorizado os judeus a reconstruir o templo. Felizmente para os judeus, uma cópia do decreto de Ciro foi encontrada na cidade de Ecbatana (atual cidade iraniana de Hamadà), na província da Média.
As palavras dos profetas surtiram o efeito desejado. As obras do templo foram reiniciadas no vigésimo quarto dia do sexto mês (21 de setembro de 520 a.C.) e completadas três anos e meio depois, no terceiro dia de adar (12 de março de 516 a.C.).° O templo de Zorobabel, uma construção menor e menos ornamentada do que o templo de Salomão, foi substituído posteriormente pelo templo suntuoso de Herodes. É possível que parte das pedras do templo de Zorobabel tenha sido preservada.

DARIO
Dario (522-486 a.C.) foi um rei guerreiro bem-sucedido. Seus grandes feitos são celebrados pelo historiador grego Heródoto de Halicarnasso (atual Bodrum, no sudoeste da Turquia). Usando uma ponte de barcos que atravessava o Bósforo até o norte da atual Istambul, Dario conquistou os citas do sudeste da Rússia e toda a região dos Bálcás que ficava ao sul do rio Danúbio. Também abriu um canal ligando o rio Nilo ao mar Vermelho e registrou suas obras em quatro estelas de granito vermelho.
Seu único insucesso foi a expedição contra a Grécia. Uma tempestade na costa próxima ao monte Atos, na região norte da Grécia, destruiu grande parte de sua frota. Em 490 a.C., as embarcações persas que resistiram à tempestade lançaram âncora na baía de Maratona, na costa leste da península de Ática, apenas 40 km de Atenas. Uma vez que não receberam ajuda dos espartanos, os atenienses tiveram de enfrentar os persas sozinhos. Conseguiram fazer os persas recuarem para o mar e capturaram sete de suas embarcações. Os persas deram meia volta e regressaram à Ásia. Exasperados com essa derrota, organizaram uma invasão muito maior sob o comando de Xerxes, filho de Dario (486 465 a.C.), dez anos depois.
Império Persa Os persas dominaram um império que começava no mar Egeu e se estendia até o rio Indo. O rei persa Cambises conquistou o Egito em 525 a.C., e os reis persas Dario e Xerxes empreenderam campanhas malogradas contra a Grécia em 490 e 480 a.C.
Império Persa Os persas dominaram um império que começava no mar Egeu e se estendia até o rio Indo. O rei persa Cambises conquistou o Egito em 525 a.C., e os reis persas Dario e Xerxes empreenderam campanhas malogradas contra a Grécia em 490 e 480 a.C.
Muro leste do Templo. Junção da construção herodiana esmerada (à esquerda) com partes edificadas anteriormente. Acredita-se que a parte mais antiga pertencia ao templo de Zorobabel.
Muro leste do Templo. Junção da construção herodiana esmerada (à esquerda) com partes edificadas anteriormente. Acredita-se que a parte mais antiga pertencia ao templo de Zorobabel.
Persépolis, onde se encontram as ruínas de Apadana, o salão de audiências de Dario I (522-486 a.C.).
Persépolis, onde se encontram as ruínas de Apadana, o salão de audiências de Dario I (522-486 a.C.).

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Tabela: Profetas e Reis de Judá e de Israel (Parte 1)

Reis do Reino de duas tribos, ao sul Reino de Judá
997 a.C.

Roboão: 17 anos

980

Abias (Abião): 3 anos

978

Asa: 41 anos

937

Jeosafá: 25 anos

913

Jeorão: 8 anos

c. 906

Acazias: 1 ano

c. 905

Rainha Atalia: 6 anos

898

Jeoás: 40 anos

858

Amazias: 29 anos

829

Uzias (Azarias): 52 anos

Reis do Reino de dez tribos, ao norte Reino de Israel
997 a.C.

Jeroboão: 22 anos

c. 976

Nadabe: 2 anos

c. 975

Baasa: 24 anos

c. 952

Elá: 2 anos

Zinri: 7 dias (c. 951)

Onri e Tibni: 4 anos

c. 947

Onri (sozinho): 8 anos

c. 940

Acabe: 22 anos

c. 920

Acazias: 2 anos

c. 917

Jeorão: 12 anos

c. 905

Jeú: 28 anos

876

Jeoacaz: 14 anos

c. 862

Jeoacaz e Jeoás: 3 anos

c. 859

Jeoás (sozinho): 16 anos

c. 844

Jeroboão II: 41 anos

Lista de profetas

Joel

Elias

Eliseu

Jonas

Amós


Tabela: Profetas e Reis de Judá e de Israel (Parte 2)

Reis do reino de Judá (continuação)
777 a.C.

Jotão: 16 anos

762

Acaz: 16 anos

746

Ezequias: 29 anos

716

Manassés: 55 anos

661

Amom: 2 anos

659

Josias: 31 anos

628

Jeoacaz: 3 meses

Jeoiaquim: 11 anos

618

Joaquim: 3 meses e 10 dias

617

Zedequias: 11 anos

607

Jerusalém e seu templo são destruídos pelos babilônios durante o reinado de Nabucodonosor. Zedequias, o último rei da linhagem de Davi, é tirado do trono

Reis do reino de Israel (continuação)
c. 803 a.C.

Zacarias: reinado registrado de apenas 6 meses

Em algum sentido, Zacarias começou a reinar, mas pelo visto seu reinado não foi plenamente confirmado até c. 792

c. 791

Salum: 1 mês

Menaém: 10 anos

c. 780

Pecaías: 2 anos

c. 778

Peca: 20 anos

c. 758

Oseias: 9 anos a partir de c. 748

c. 748

Parece que foi somente em c. 748 que o reinado de Oseias foi plenamente estabelecido ou recebeu o apoio do monarca assírio Tiglate-Pileser III

740

A Assíria conquista Samaria e domina 1srael; o reino de Israel de dez tribos, ao norte, chega ao seu fim

Lista de profetas

Isaías

Miqueias

Sofonias

Jeremias

Naum

Habacuque

Daniel

Ezequiel

Obadias

Oseias


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Ageu Capítulo 1 do versículo 1 até o 15
SEÇÃO I

CHAMADA À AÇÃO

Ageu 1:1-15

A. TÍTULO, 1.1

Este versículo apresenta os dados básicos para o estabelecimento cronológico e his-tórico da profecia. Era o ano segundo do rei Dario. O ano seria 520 a.C., e Dano era o rei da Pérsia (ver introdução). A palavra do Senhor veio ao profeta no primeiro dia do mês, que é o mês de setembro — o sexto mês no calendário judaico conhecido por elul.

O primeiro dia do mês, lua nova, era feriado religioso e dia de peregrinação religiosa (cf. 2 REIs 4:23; Am 8:5). Por conseguinte, haveria grande multidão para ouvir a mensagem do profeta. Esses judeus seriam mais sensíveis ao fato de não terem reconstruído o Templo.

A mensagem foi especificamente enviada a Zorobabel, filho de Sealtiel, e a Josué, filho de Jozadaque, o sumo sacerdote. O profeta dirigiu seu discurso aos homens fundamentais da comunidade, na presença dos adoradores reunidos. Proclamou-lhes uma chamada retumbante à ação. O texto de I Crônicas 3:19 diz que Zorobabel é filho de Pedaías. O levirato é, talvez, a explicação para essa diferença. Por um lado, Zorobabel era filho natural de Pedaías, e por outro, filho legal de Sealtiel (cf. CBB, vol. II, p. 524). Zorobabel era judeu, da casa de Davi, descendente direto deste rei, visto que seu avô era filho de Joaquim (Jeconias; 1 CrON 3.16,17). Esta linhagem alimentou a esperança em certos corações de que seria o rei que se assentaria no trono de Davi, para cumprir assim a expectativa messiânica. Claro que tais esperanças eram infundadas, pois Zorobabel não era rei. Seu cargo era governador, tendo sido nomeado pelo rei persa para ser o chefe civil da comunidade.

Josué, o primeiro sumo sacerdote depois da restauração, voltou do exílio com o primeiro contingente de exilados e, assim, tornou-se o chefe religioso da comunidade. Seu nome aparece freqüentemente no livro de Ageu. Seu pai, Jozadaque (ou "Jeozadaque", ECA; NVI), foi o sumo sacerdote levado cativo para a Babilônia (1 Cron 6.15). Seu avô, Seraías, foi o sumo sacerdote que Nabucodonosor matou quando destruiu Jerusalém em 586 a.C. (II Reis 25:18-21).

  1. CAUSA DO ATRASO, 1.2

Os judeus esperaram o momento certo para reconstruir o Templo; diziam que ainda não era o momento. Erigiram o altar e fizeram um ritual simples. Sob as circunstâncias vigentes, acharam que isso bastava. Pelo visto, deixaram de terminar a reconstrução do Templo em virtude de uma interpretação meticulosa da menção de Jeremias aos 70 anos (Jr 25:11) ; julgavam que o período ainda não se completara.2

Outra razão sugerida para a interrupção das obras era que o Senhor não os abenço-ara com boas colheitas. Este fato, segundo eles, indicava que Deus ainda estava irado com eles; portanto, não veio ainda o tempo. Deus, conforme este ponto de vista, não tinha criado as condições favoráveis para a reconstrução.

O medo que tinham dos samaritanos era, talvez, mais outra razão para a falta de interesse em renovar o empenho em reconstruir o Templo. Este povo já se opusera à obra sob o pretexto de que os judeus lhes negaram a permissão de participar na reconstrução. Este ressentimento se evidenciou nos esforços bem-sucedidos dos samaritanos em impe-dir que os judeus conseguissem madeira para a construção. Este impedimento acabou quando as obras construtivas do Templo pararam. Ao mesmo tempo, nenhum samaritano objetou que os judeus construíssem suas casas (ver 1.4). Mas retomar os trabalhos de reconstrução do Templo levariam os samaritanos a indubitavelmente se oporem de novo.'

  1. CRÍTICA AO ATRASO, 1:3-6

Enquanto negligenciavam o Templo pelas razões discutidas acima, os exilados que voltaram tinham achado tempo e condição convenientes para construir as próprias ca-sas. Estava na hora de falar a palavra do SENHOR (3). Além disso, os judeus tinham construído suas residências com luxo e extravagância. Estucadas (4) significa "apaineladas" (ARA; cf. "casas de fino acabamento", NVI). Fizeram o acabamento das paredes das casas com madeiramento caro. Esta prática era considerada luxuosa até para um rei (Jr 22:14). Contudo, diziam que não tinham recursos para restaurar a casa do Senhor. Houve quem sugerisse que os judeus usaram para suas casas a madeira de cedro reservada para o Templo. Em contraste com suas casas, o Templo jazia em ruínas. Como disse Marcus Dods: "O conforto os condenou. Dispunham-se de recursos, gozavam de lazer e sentiam-se protegidos para mobiliar as casas sozinhos; não seriam as circuns-tâncias e condições de vida que os impediriam de reedificar a casa de Deus".4

Agora o Senhor faz um pedido aos judeus: Aplicai o vosso coração aos vossos caminhos (5). Esta é frase característica que ocorre quatro vezes no livro e é tradução literal. Porém a tradução melhor é: "Considerai o vosso passado" (ARA). Quais são os resultados desta negligência trágica? São cinco as conseqüências: "Plantais muito, mas colheis pouco; comeis, mas não o suficiente para matar a fome; bebeis, mas não dá para saciar-vos; vestis-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe-o para pô-lo num saco furado" (6, VBB; cf. ARA). Não há prosperidade na comunidade; todos os em-preendimentos fracassam. Ao deixarem de honrar o Senhor e gastarem forças e posses para proveito próprio, operam na lei dos rendimentos decrescentes. Positivamente, Ageu afirma: "Compensa servir a Deus". A figura de linguagem final é expressiva. Quem espe-ra até que as circunstâncias econômicas melhorem para então honrar a Deus com seus bens está fadado à derrota.

Ageu atribui todas essas conseqüências ao desgosto de Jeová pela razão de os judeus não terem reconstruído o Templo.

  1. DESAFIO À AÇÃO, 1:7-11

No versículo 7, temos novamente a declaração retumbante: Assim diz o SENHOR dos Exércitos, acompanhada pelo mesmo desafio: Aplicai o vosso coração aos vos-sos caminhos. O significado de versículo 8 é: "Movei-vos desta indolência e indiferença para irdes imediatamente às montanhas ajuntar madeira para a tarefa". As pedras do Templo de Salomão ainda estariam espalhadas pelo local do santuário, mas o madeira-mento teria sido queimado. Se os judeus passassem à ação, o favor de Deus para eles e o Templo se manifestaria. Esta é a gloriosa promessa do Senhor. A frase: E eu serei glo-rificado (8), está incompleta, porque omite uma letra do texto hebraico que representa o algarismo cinco. Os judeus viam nisto um mistério e com base nisto argumentavam que, apesar da glória deste segundo Templo, ainda faltavam cinco coisas. Não há perfeito acordo sobre quais são estes objetos, mas esta é a lista habitual:

1) A arca e o propiciatório,

2) o shequiná ou a nuvem da glória no lugar santíssimo,

3) o fogo que desceu do céu,

4) o Urim e o Tumim, e

5) o espírito de profecia.

No versículo 9, o profeta repete a mensagem de Deus relativa à causa espiritual da pobreza. Foi a atividade do Senhor em reação à falta dos judeus que lhes trouxera escas-sez. Ageu sabe que a esperança do povo era grande: Olhastes para muito (9). Esta expectativa estava baseada nas promessas encontradas principalmente em Isaías 40:66. O profeta destacou também que estas bênçãos ainda não tinham se concretizado, e, por conseguinte, o povo estava desiludido e desanimado. Mas ressalta que o povo é que errara: Minha casa... está deserta, e cada uni de vós corre à sua própria casa. "É por isso que eu não deixo os céus darem chuva e as suas colheitas são tão fracas. Na verdade, eu já ordenei que venha uma seca sobre a terra, até mesmo sobre as montanhas tão férteis. Uma seca que vai fazer murchar os cereais, as uvas e azeitonas e todas as outras plantações. Uma seca que vai deixar morrer de fome vocês e o gado, que vai destruir tudo aquilo que vocês trabalharam tanto para conseguir" (10,11, BV).

  1. REAÇÃO AO DESAFIO, 1:12-15

Os dois líderes, Zorobabel e Josué (ver comentário em 1.1), e o resto do povo (12) obedeceram à voz do SENHOR. A maioria dos comentaristas entende que o resto do povo é o remanescente junto com os líderes, ou seja, o pequeno grupo de pessoas que voltou do cativeiro em comparação com a população anterior. Resto (ou remanescente) tornou-se termo técnico para referir-se à parte da nação que voltou do cativeiro babilônico.

Os judeus "tiveram muito medo do Senhor" (12, VBB) e imediatamente puseram-se a trabalhar na reconstrução do Templo. Assim que os trabalhos reiniciaram, o profeta anunciou uma promessa de Deus: Eu sou convosco (13). O embaixador ("mensagei-ro", NVI; "enviado", ARA) do SENHOR, falou ao povo, conforme a mensagem do SENHOR. É a obra de Deus; portanto, o Senhor fará mais que ficar por perto como espectador interessado; tornar-se-á participante ativo na tarefa. Esta garantia tinha radicação histórica, pois as palavras fariam o povo lembrar que Deus estivera presente com os antepassados judeus (Gn 28:15; Êx 3:12; Js 1:5). "Esta promessa curta, mas total-mente suficiente, que às vezes se alternava com a expressão correspondente de fé: 'Deus conosco', ou com o registro do seu cumprimento: 'Jeová estava com ele', brilha como estrela radiante em tempos de trevas e necessidade aos santos em particular e à Igreja em geral no Antigo Testamento".5

A indiferença foi descontinuada e o desânimo se transformou em intrepidez quando os judeus vieram e trabalharam na casa do SENHOR dos Exércitos, seu Deus (14). Três semanas depois da profecia de Ageu, a pedra fundamental foi posta (cf. v. 1 e v. 15). Nesse entretempo, dedicaram-se provavelmente a preparar o terreno e retirar o entulho que se acumulara no local do Templo.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Ageu Capítulo 1 do versículo 1 até o 11

Apelo em Prol da Reconstrução do Templo (Ag 1:1-14)

Objeções e Réplicas (Ag 1:1-11)

O povo judeu retornou do cativeiro babilônico (ver a respeito no Dicionário) mediante o gracioso decreto de Ciro. O fato de que os judeus estiveram no exílio babilônico por apenas 70 anos (ver Jr 25:1; Jr 29:10) foi uma generosa provisão de Yahweh. Mas isso não inspirou os judeus a trabalhar, somente por terem sido alvo de uma graça divina especial. Eles continuaram adiando o trabalho de reconstrução do templo de Jerusalém, afirmando que a hora aprazada ainda não havia chegado. Ageu, contudo, inspirado por Yahweh, afirmava o contrário: a hora tinha soado, e os judeus estavam perdendo sua oportunidade. A missão de Ageu, pois, era apressar a obra de reedificação e, assim sendo, dar uma base espiritual para a restauração de Israel-Judá.

“Porque o povo havia negligenciado a reconstrução do templo, Deus acabou punindo-o. Vs. 1: Dario era o rei do império persa de 521 a 485 A. C. O sexto mês do segundo ano: ou seja, meados de agosto a meados de setembro de 520 A. C.” (Oxford Annotated Bible, na introdução à seção).

Ag 1:1

No segundo ano do rei Dario, no sexto mês, no primeiro dia do mês... O calendário hebraico nos dias anteriores ao exílio corria de outono a outono. Durante o exílio, eles adotaram o calendário babilônico, que começava na primavera, e descontinuaram os antigos nomes hebraicos dos meses. Nos dias pós-exílicos, os meses eram chamados por números. Esse uso é refletido nos livros de Ageu e Zacarias. Gradualmente, foram sendo adotados os nomes babilônicos. Ver Ne 1:1 e Ed 6:15 quanto a esse uso. Ver no Dicionário os artigos chamados Calendário Judaico e Calendários Babilônico, Assírio e Caldeu.

Veio a palavra do Senhor. Com esta declaração começam usualmente os livros de profecia do Antigo Testamento, reivindicando assim inspiração e autoridade divina para o profeta em pauta. Ver no Dicionário os artigos intitulados Revelação e Inspiração.

A Lista de Autoridades. Ageu, o profeta; ver a introdução ao livro, primeiro ponto. Zorobabet judeu nascido na Babilônia, pertencente à casa real de Davi (neto de Joaquim), que tinha sido levado para a Babilônia em 597 A. C. Ver 2Rs 24:15; 1Cr 3:17 e o artigo sobre ele no Dicionário. Josué, neto de Seraías (ver 1Cr 6:14), foi o sumo sacerdote da época. Dessa maneira, era o principal líder religioso de Jerusalém. Seu pai, Jeozadaque, foi levado para o cativeiro na Babilônia em 586 A. C. e o ofício de sumo sacerdote coube a ele. Zorobabei não era rei em nenhum sentido, mas era o governador, pelo que representava o principal líder civil. Ageu dirigiu a palavra aos principais oficiais da nação restaurada de Israel-Judá, esperando despertar os judeus para a reconstrução do templo e da cidade de Jerusalém, a fim de que Israel vivesse novamente.

Os Oficiais do Momento. O profeta Ageu dependia da liderança de Israel-Judá para cumprir sua missão. Poucas missões são trabalho de um único homem. Deve haver ajudantes fiéis.

Ag 1:2

Este povo. Yahweh evitou chamá-los de “meu povo”, visto que eles se haviam distanciado do fogo divino e se tinham tornado frios e inclinados para o materialismo. Eles não se comportavam conforme deveria fazer o povo do Senhor. Os versículos seguintes descrevem as prioridades equivocadas deles.
Não veio ainda o tempo, o tempo em que a casa do Senhor deve ser edificada. Yahweh-(Sabaote), o Deus Eterno e General dos Exércitos, estava por trás das palavras e dos feitos do profeta. Aqui é reivindicada a autoridade divina para a missão de Ageu. O povo estava amarrando os passos (conforme diz uma moderna expressão idiomática), adiando a construção do segundo templo, além de outras tarefas relativas à reconstrução de Jerusalém. Para eles o tempo certo ainda não havia chegado; mas a verdade é que os judeus estavam ocupados com tarefas e projetos pessoais, edificando suas próprias casas adornadas. A parte espiritual, pensavam eles, poderia esperar, mas não a parte material.
O título divino Yahweh dos Exércitos, subentendendo Sabaote (o General deles), é usado 14 vezes neste livro. Ver no Dicionário o verbete chamado Deus, Nomes Bíblicos de.

Ag 1:3
Veio, pois, a palavra do Senhor, por intermédio do profeta Ageu. Encontramos aqui repetição de uma parte do vs, 1, relembrando a revelação que Yahweh estava provendo e a autoridade divina do profeta como porta-voz do Ser divino. Essa é a declaração usual que encabeça os livros proféticos do Antigo Testamento. Agora o povo em geral estava sendo endereçado pelo profeta, e não apenas os governantes, conforme se vê no vs. Ag 1:1. Todo o povo de Judá se mostrara negligente, não apenas seus lideres. “Ageu repreendeu o povo por sua indiferença egoísta e por sua negligência" (F. Duane Lindsey, in loc.).

Ag 1:4

Acaso é tempo de habitardes vós em casas apaineladas...? Os homens sempre tiveram a mania de edificar (ou de comprar) suas próprias casas, visto que esse é um grande item que conduz à segurança financeira. Além disso, é agradável viver naquilo que nos pertence, aprimorando a residência de quando em vez. As mulheres, especialmente, se ufanam de suas casas, se elas são de sua propriedade. Os judeus, que tinham voltado tão recentemente do cativeiro, edificavam casas adornadas com painéis de madeira. Eles recobriam suas casas para dar-lhes melhor aparência. As pessoas mais ricas provavelmente empregavam cedro do Líbano. Conforme Jr 22:15; 1Rs 7:7. O templo também teria adornos de madeira, mas o templo poderia esperar mais um pouco. O primeiro templo tinha sido destruído pelo fogo, em 586 A. C. Além disso, seria um grande dispên-dio substituir o edifício do antigo templo, mesmo que fosse por um templo mais humilde. Agora não havia nenhum ricaço chamado Salomão para promover o projeto, nem havia um Davi para reunir o material usado na construção. As pessoas temiam usar seus parcos recuráos em uma edificação pública, enquanto não tivessem providenciado suas próprias habitações particulares.

Alguns intérpretes dizem que a palavra aqui traduzida por “apaineladas” realmente se refere ao “telhado”, e não a paredes apaineladas com madeira, para servir de decoração das paredes interiores. Isso pode subentender que algum trabalho tinha sido feito no templo, mas ainda não havia cobertura. O decreto de Artaxerxes não tinha permitido a construção de um templo em Jerusalém, mas Dario deu essa permissão (ver Ed 4:21). Portanto, não havia oposição estrangeira oficial ao projeto.

“Quão diferentes foram os sentimentos de Davi quando comparados à negligência do povo de Judá [dos dias de Ageu). Ver il Sl 7:2. Os alicerces do segundo templo tinham sido lançados 14 anos antes, e algum progresso considerável tinha sido feito na construção. Porém, a construção fora abandonada e estava estragando, enquanto os homens cuidavam de seus próprios negócios” (Adam Clarke, in loc.). Quão triste é quando os homens abandonam um bom projeto!

Ag 1:5
Ora, pois, assim diz o Senhor dos Exércitos; Considerai o vosso passado. Yahweh dos Exércitos, o Poder divino por trás das idéias e da indústria, convocou pessoas negligentes a reconsiderar o que estavam fazendo. Eles haviam deslocado suas prioridades. Sua hierarquia de valores tinha sido perturbada, O lema era o seguinte; “Serve o teu próprio eu, e deixa Deus a esperar”. Era impossível que bênçãos divinas continuassem a chover sobre aqueles sen/os desviados que abandonavam o sen/iço ao Ser divino para seivír a si mesmos.

Considerai o vosso passado. Esta expressão é usada quatro vezes, com pequena variação, no livro (ver Ag 1:5,Ag 1:7; Ag 2:15,Ag 2:18). A tradução inglesa NCVB diz: “Pensai no que tendes feito”, que subentende que o que eles tinham feito era errado. A NIV diz: “Considerai os vossos caminhos”. Uma mudança na conduta é procurada através de um pensamento sério que deve produzir um julgamento moral. Diz o hebraico original, literalmente: “Firmai vossos corações sobre os vossos caminhos”.

Ag 1:6

Tendes semeado muito e recolhido pouco. Dificuldades e Reversões. O povo de Judá foi tirado do cativeiro, portanto, pelo menos por algum tempo, a opressão estrangeira tinha cessado. Muitas coisas, porém, estavam erradas: eles tinham semeado intensamente e despendido muito esforço na agricultura, mas dali recolheram poucos resultados; não é que estivessem morrendo de inanição, mas com frequência sentiam as dores da fome; tinham vinho, mas não tanto quanto queriam; usavam roupas bastante cruas que não eram adequadas aos dias de frio; tinham ganhado dinheiro, mas nunca o suficiente para suas necessidades. Eles puseram seu ouro e sua prata em sacolas cheias de buracos; em outras palavras, o que eles obtiveram nunca lhes deu boa margem de conforto. Além disso, com frequência, não tinham dinheiro suficiente para as despesas. Viviam “à beira do abismo”, conforme diz uma moderna expressão, ou seja, com precariedade.

PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS NOS TEMPOS DE AGEU E ZACARIAS

Datas

Acontecimentos

Referências

29 de agosto

O primeiro sermão de Ageu

Ageu 1:1-11; Ed 5:1). Todavia, somente uma pequena minoria se interessava na volta sob a liderança de Zorobabel. Entre as pessoas que retornaram estavam Ageu e Zacararias.

Os sacrifícios levíticos foram restaurados e um altar provisório foi construído (Esd. 3:1-6). O alicerce do segundo templo foi preparado. Mas oposições internas e externas interromperam o trabalho e somente 16 anos depois o trabalho recomeçou. Os profetas Ageu e Zacarias foram os instrumentos de Yahweh para encorajar o empreendimento.

Eles se mostraram “egocêntricos”, temerosos de gastar dinheiro na obra do Senhor, mas não conseguiram estabilidade financeira com esse egoísmo, e, muito menos ainda, prosperidade, que, sem dúvida, era seu alvo. O que fica implícito no versículo é que o aperto econômico resultou do egoísmo. Eles não tinham investido no banco divino, que paga grandes dividendos. E houve castigo divino contra os semeadores parcimoniosos (conforme Lev. 26:18-20; Deu. 28:38-40). Está em evidência o princípio da colheita segundo a semeadura. Quanto a coisas espirituais, eles tinham semeado pouco, com o resultado de que lhes faltavam coisas materiais. Ver no Dicionário o verbete chamado Lei Moral da Colheita segundo a Semeadura.

Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas cousas ms serão acrescentadas.

(Mt 6:33)

Ag 1:7

Assim diz o Senhor dos Exércitos: Considerai o vosso passado. Este versículo é uma duplicação do vs, 5, onde apresento as notas expositivas. Essa declaração (com pequena variação) aparece quatro vezes no livro de Ageu, dando ênfase apropriada à necessidade de considerar cuidadosamente se a conduta pessoal tem produzido a bênção ou a maldição de Deus, em consonância com os requisitos morais das leis de Deus.

Ag 1:8

Subi ao monte, trazei madeira e edificai a casa. Nos dias de Ageu, as colinas em torno de Jerusalém eram densamente arborizadas, pelo que havia ali uma fonte de madeira para a reconstrução e o embelezamento do segundo templo. Para o templo de Salomão tinham sido importados cedros do Líbano, mas agora o cedro estava fora de alcance para o povo empobrecido que tinha voltado da Babilônia. No entanto, Yahweh se contentaria com madeiras locais, que podiam ser facilmente obtidas e eram adequadas para o trabalho em mira. Cf, Nee.

Ag 2:8 e 8.15. Entre as ruínas da cidade havia abundância de pedras. Em conseqü-ência, materiais locais podiam ser empregados na reconstrução do templo, mas a verdade é que o povo de Judá não tinha visão para o culto divino. Ageu profetizou e escreveu para animar os judeus e levá-los a reorientar suas prioridades. Note o leitor que Yahweh desafiou os judeus a fazer o que podiam fazer, e não a tentar realizar o que estava além da habilidade deles. Grandes homens poderíam ultrapassar aquelas limitações, mas aquela gente não fora convocada para fazer grandes coisas, apenas coisas boas. Yahweh ficaria satisfeito com esforços razoáveis, por humildes que fossem. Um novo lugar de adoração consolidaria o yahwismo no Novo Israel, e isso era parte necessária da restauração, “No segundo ano depois que retornaram do cativeiro, eles procuraram cedros do Líbano e os trouxeram até Jope. Entre os tírios e os sidônios, contrataram pedreiros e carpinteiros. Mas esse labor quase se perdeu devido à longa suspensão da construção — ver Ed 3:7” (Adam Clarke, in loc.).

“Yahweh voltaria ao Seu templo de Jerusalém. Antes desses acontecimentos, Ezequiel tinha visto a partida da glória de Yahweh (Eze, Ez 10:18), mas depois ela retornara (Ez 43:4)” (D. Winton Thomas, in loc.).

Ag 1:9
Esperastes o muito, e eis que veio
a ser pouco. “Disse o Senhor dos exércitos celestiais: 'Procurastes o muito, mas encontrastes pouco. E quando trouxestes esse pouco para casa, eu o destruí. Por quê? Porque estáveis atarefados trabalhando em vossas próprias casas, mas a minha casa continua em ruínas!”’(NCV). Este versículo repete a mensagem do vs. Ag 1:6, usando palavras diferentes, mas que resultam no mesmo sentido: pobreza produzida peia maldição de Yahweh contra os negligentes.

Aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia com fartura, com abundância ceifará.

(2Co 9:6)

O Sopro Divino. Uma antiga crença dizia que o hálito de uma pessoa podia ter efeito salutar ou maléfico. Quanto ao hálito bom, ver Ez 37:9,Ez 37:10. Quanto ao mau hálito, ver Is 11:4; Is 40:24. Portanto, Yahweh podia soprar visando o bem ou visando o mal sobre aquilo que os judeus estavam fazendo. Ele tinha soprado sobre os esforços deles e os encolhera, porquanto eles confundiram as prioridades e serviam a si mesmos. Entre os muçulmanos há uma superstição semelhante: eles não querem que ninguém assobie sobre uma eira cheia de cereal. O diabo poderia ser convocado, e isso destruiría os esforços dos homens.

O Targum interpreta como segue: “Eis que envio uma maldição sobre isso". “Eu assoprei para longe, como deve ser tratada qualquer coisa leve, como palha ou restolho ou espinhos. Essas coisas são facilmente sopradas para longe pelo vento. O Senhor pode facilmente desnudar os homens dos poucos bens materiais que eles possuem. As riquezas, por ordem de Deus, podem desenvolver asas e voar” (John Giil, in loc.).

Ag 1:10

Por isso os céus sobre vós retêm o seu orvalho, e a terra os seus frutos. A seca é uma das armas favoritas, no arsenal de Deus, para castigar os homens desviados, que se põem a servir a si mesmos. Sem água, as plantações fenecem, e logo o mesmo acontece aos homens e animais. Ver no Dicionário o verbete chamado Seca, quanto a detalhes sobre esse tipo de punição divina. Aqueles réprobos tinham desobedecido ao Deus dos céus, pelo que os céus retaliaram, negando-lhes a chuva. Além disso, não havendo evaporação proveniente do mar Mediterrâneo, não existira orvalho matinal, que também é essencial para a agricultura na Palestina. A estação seca ocorre entre abri! e outubro, quando o orvalho adquire importância crucial. Da mesma maneira que eles tinham permitido que o templo começasse a cair em ruínas, assim Deus faria com que todas as construções particulares dos judeus se reduzissem a nada. Da mesma maneira que eles se tinham mostrado infrutíferos para com Deus, assim Ele tinha feito com que os labores deles se tornassem infrutíferos.

Ag 1:11
Fiz vir a seca sobre
a terra e sobre os montes. A seca seria tão devastadora que arruinaria todas as coisas. Exercería efeitos temíveis sobre todas as coisas vivas. A seca traria a ruína. Note o leitor que o termo hebraico que significa “seca" é horebh, similar à palavra que significa “ruínas”, harebh (vs. Ag 1:9), pelo que é provável que tenhamos aqui um jogo de palavras. A casa de Deus estava arruinada, pelo que uma coisa arruinadora (a seca) mostraria o desprazer de Deus para com aquele povo negligente. Os montes se secariam e neles nenhum cereal seria plantado. As vinhas ressecariam; as oliveiras morreríam; todas as plantas que a terra produzisse secariam e morreríam. Homens e animais de fazenda padeceríam fome e muitos pereceríam, por causa da fome produzida pela seca. O tempo seco tornaria inútil o labor duro, porquanto eles tinham trabalhado com diligência somente em proveito próprio. Conforme este versículo com Dt 28:22 e Sl 78:46. Ver também 2Rs 8:1.


Champlin - Comentários de Ageu Capítulo 1 versículo 3
A reconstrução do templo iniciou logo que os deportados para a Babilônia começaram a chegar a Jerusalém. Depois, as dificuldades econômicas e a hostilidade dos samaritanos mantiveram interrompidos os trabalhos. Ver Ed 4:1-24,

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Ageu Capítulo 1 do versículo 1 até o 15
*

1.1 sexto mês... primeiro dia. Cada um dos sermões de Ageu é cuidadosamente datado. Este foi pregado provavelmente em 29 de agosto de 520 a.C. A mensagem de Ageu é endereçada publicamente aos líderes a fim de que o povo também pudesse corresponder (1.12).

Zorobabel. Ele é provavelmente a mesma pessoa que Sesbazar (conforme Ed 1:8), visto que ambos são tidos como reconstrutores do templo. Sesbazar poderia ter sido um nome oficial persa. Zorobabel foi o neto do Rei Jeoaquim (13 3:19'>1Cr 3:19) e um descendente de Davi (2.23, nota).

Josué, filho de Jozadaque. Ver 13 6:15'>1Cr 6:15. Um descendente do sacerdote Zadoque. Sob o governo persa, Zorobabel era o responsável pelas questões civis diárias da região. Como um sumo sacerdote, Josué lidava com questões religiosas.

* 1.2 Este povo. Uma expressão de desagrado implícito (2.14). Os versículos 2:11 acusam a indiferença espiritual e as prioridades erradas do povo de Deus.

Não veio ainda o tempo. Sua objeção não era com relação à reconstrução em si, mas ao tempo dela. As objeções podem ter sido econômicas, porque a sua terra estava em tempos de aflição (conforme vs. 10, 11), ou religiosas, pois de acordo com Ez 37:24-27, o Messias construiria o templo, ou porque, de acordo com Jr 25:11-14, a nação deve primeiramente servir um rei estrangeiro por setenta anos. O templo original foi destruído em 586 a.C., e eles podem ter raciocinado erroneamente de que eles não deveriam começar a construção de um novo templo até 516 a.C. Tais desculpas demonstravam que eles não estavam dedicando-se ao reino de Deus e à sua justiça (conforme Mt 6:33).

a Casa do SENHOR. O templo era o lugar de habitação da presença especial de Deus com o seu povo (1Rs 8:27-30). Hoje Deus está graciosamente presente no seu templo, a Igreja (1Co 3:16, 17).

* 1.4 casas apaineladas. Ageu revela a hipocrisia de suas objeções empregando uma questão retórica. As casas provavelmente tinham paredes e teto de madeira trabalhada (1Rs 7:3; Jr 22:14). Eles estavam vivendo em luxo enquanto a casa de Deus estava em ruínas.

* 1.6 semeado muito e recolhido pouco. Sua miséria econômica e social era o efeito da maldição segundo a aliança de Deus por causa de sua desobediência (Dt 11:8-15; 28:29, 38-40; Lv 26:20). Deus frustrou seus esforços por causa da falta de interesse deles pela glória divina.

*

1.8 dela me agradarei, e serei glorificado. O propósito de Deus nesse empreendimento era a alegria especial que ele teria nesse edifício e a honra apropriada que ele, por meio disso, receberia do seu povo. A falta de interesse do povo em reconstruir indicava sua falta de saúde espiritual.

* 1.9 corre por causa de sua própria casa. O enfoque de suas vidas estava na construção de fortunas pessoais ao invés da construção do reino de Deus.

* 1.11 a seca. A seca sobre as colheitas de Judá era a maldição de Deus sobre a sua agricultura, em manutenção da sua aliança (1.6, nota; Dt 7:13). A palavra hebraica traduzida por “ruínas” no v. 9 soa como a palavra hebraica para “seca” aqui. O jogo de palavras de Ageu reenfatiza o fato de que a seca era a resposta de Deus à negligência para com a sua casa.

*

1.12 resto do povo. Um termo comum usado pelos profetas para aqueles do povo de Deus que permaneciam fiéis a ele em meio à descrença (Is 10:22; conforme Zc 13:9). Mais tarde Paulo aponta para um remanescente fiéis em Israel — judeus que abraçaram a Cristo (Rm 11:5).

voz do SENHOR... palavras do profeta Ageu. Eles reconheceram a palavra de Deus através da voz do profeta. A palavra de Deus efetua seu propósito (Is 55:1; Hb 4:12).

*

1.13 Eu sou convosco. Quando o povo se arrependeu de seus pecados eles receberam a maior garantia possível: a presença de Deus. A presença graciosa de Deus com seu povo é o coração do relacionamento segundo a aliança (Zc 8:8, nota).

*

1.14 despertou o espírito. O próprio Deus motivou a acolhida do seu povo por meio de sua presença com ele. Ageu enfatiza a acolhida interna pela tripla repetição de “espírito.” O espírito de Deus operou eficazmente através de sua palavra, a fim de alcançar o seu propósito soberano (conforme Is 55:11).

*

1.15 vigésimo-quarto dia do sexto mês. Provavelmente 21 de setembro de 520 a.C.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Ageu Capítulo 1 do versículo 1 até o 15
HAGEO foi profeta no Judá aproximadamente em 520 a.C. depois da volta dos cativos.

Ambiente da época: O povo do Judá tinha estado cativo em Babilônia no 586 a.C. e Jerusalém e o Templo tinham sido destruídos. Sob o governo do Ciro, rei da Persia, permitiu aos judeus retornar ao Judá e reconstruir o templo.

Mensagem principal: O povo retornou a Jerusalém para começar a reconstrução do templo, mas nunca o terminou. A mensagem do Hageo respira ao povo para que termine a reconstrução do templo de Deus.

Importância da mensagem: A reconstrução do templo estava pela metade enquanto que o povo vivia em casas formosas. Hageo advertiu ao povo que não pusessem suas posses e trabalhos antes que Deus. Devemos pôr a Deus no primeiro lugar de nossa vida.

Profeta contemporâneo: Zacarías (520-480)

1:1 Zorobabel, governador do Judá e Josué, o supremo sacerdote, eram os principais líderes na reconstrução do templo. Já tinham voltado a levantar o altar, mas a obra se atrasou. Hageo enviou uma carta de fôlego a estes líderes sobressalentes.

1.2ss Hageo queria respirar ao povo para que terminasse a reconstrução do templo. A oposição dos vizinhos hostis provocaram que o povo se sentisse desalentado, que se esquecesse do templo e que se esquecesse de Deus. Entretanto, a mensagem do Hageo os tocou e os motivou para que voltassem a tomar suas ferramentas e continuassem a obra que tinham começado.

1.3-6 Deus perguntou a seu povo, "Como podem viver no luxo quando minha casa está em ruínas?" O templo era um símbolo da relação do Judá com Deus, entretanto ainda permanecia sem terminar. Quanto mais arduamente o povo trabalhava para si mesmo, menos tinha, porque ignorava sua vida espiritual. O mesmo nos ocorre. Se colocarmos a Deus no primeiro lugar, O suprirá nossas necessidades mais profundas. Se o colocarmos em qualquer outro lugar, todos nossos esforços serão fúteis. Se você se preocupar só por suas necessidades físicas enquanto que ignora sua relação com Deus o levará a ruína.

1:6 devido a que o povo não tinha posto a Deus no primeiro lugar de sua vida e suas posses materiais não o satisfaziam. concentraram-se em construir e embelezar suas próprias casas, mas a bênção de Deus foi postergada já que O não estava no primeiro lugar de sua vida. Moisés predisse que este seria o resultado se o povo se esquecia de Deus (Dt 28:38-40).

1:9 O problema do Judá era que tinha confundidas suas prioridades. Como Judá, nossas prioridades relacionadas com o trabalho, a família e a obra de Deus estão freqüentemente confundidas. Os trabalhos, as casas, as férias e as atividades de recreação podem ter um lugar importante em nossa lista e não Deus. O que é o mais importante para você? Em que lugar está Deus em sua lista?

1:11 Grão, uvas e olivos eram a principal colhe do Israel neste tempo.

1:14, 15 O povo começou a reconstrução do templo tão somente 23 dias depois da primeira mensagem do Hageo. Era muito estranho que a mensagem de um profeta produzira uma resposta tão rápida. Quão freqüentemente escutamos um sermão e respondemos, "Esse é um ponto excelente, devemos fazer isso", só para sair da igreja e esquecer que devemos atuar. Estas pessoas puseram suas palavras em ação. Quando você escute um bom sermão ou uma lição, pergunte o que é o que deve fazer a respeito, e logo faça planos para pô-lo em prática.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Ageu Capítulo 1 do versículo 1 até o 15
I. O DESAFIO PARA RECONSTRUIR (Ag 1:1)

1 No segundo ano do rei Dario, no sexto mês, no primeiro dia do mês, veio a palavra do Senhor por intermédio do profeta Ageu a Zorobabel, filho de Sealtiel, governador de Judá, e Josué, filho de Jeozadaque , o sumo sacerdote, dizendo: 2 Jeová Assim fala dos Exércitos, dizendo: Este povo diz: Não é o momento para nós de vir, o tempo para a casa do Senhor para ser construído. 3 Então, veio a palavra do Senhor por intermédio do profeta Ageu , dizendo: 4 É um para vós tempo de habitardes nas vossas casas forradas, enquanto esta casa está assolada?

Ageu primeiro revê o que as pessoas têm pensado: Não é o momento para nós de vir, o tempo para a casa do Senhor para ser construído (v. Ag 1:2 ). Em seguida, ele afirma que Deus está pensando: ? É um para vós tempo de habitardes nas vossas casas forradas, enquanto esta casa está assolada (v. Ag 1:3 ). Em seguida, ele mostra-lhes que uma vida egoísta realmente destrói a auto (Ag 1:6. ).

Um fenômeno interessante neste livro é o uso de Ageu de Jeová dos exércitos, o nome de pós-exílico característica de Deus. Este termo é empregado por Ageu, Zacarias e Malaquias mais de oitenta vezes. Jeová é visto como o governante do céu e da terra e de todos os seres que habitam nela. Nas palavras de Milton, "Seu estado é real: milhares na sua velocidade de licitação, e pós o'er terra e do oceano sem descanso." Que nome assegurando para o Deus de Israel indefeso! (Aliás, o desagrado de Jeová em Israel até agora é detectado em seu uso de este povo, em vez de "meu povo"; conforme Ag 2:14 ; Is 8:11. ).

O significado literal do infinitivo para vir (v. Ag 1:2 ), neste contexto, é "a entrar", isto é, dos campos e ocupações em que tinham estado envolvidos, para construir o templo. Para habitar em suas casas forradas é contrastava com esta casa está assolada. Seus próprios confortos eram sua condenação. Quão diferente a atitude de Davi (conforme 2Sm 7:12. ; Sl 132:3. )! A franqueza de acusação de Jeová é visto na repetição do pronome de segunda pessoa e seus cognatos: para vós mesmos a morar em suas casas forradas (v. Ag 1:4 ). ceiled casas eram casas que estavam cobertas ou embarcaram. Em contraste, a casa de Deus tinha ficado de resíduos, com nem mesmo as paredes para cima, uma vez que foram lançadas as bases 14 anos mais cedo.

B. O recurso para o coração (1: 5-7)

5 Agora, pois, assim diz o SENHOR dos Exércitos: Considerai os vossos caminhos. 6 Tendes semeado muito e recolhido pouco; comeis, mas não vos fartais; bebeis, mas não vos saciais; vesti-vos, mas ninguém se aquece; e aquele que recebe salário, recebepara colocá-lo em um saco furado.

7 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Considerai os vossos caminhos.

Esta passagem tem um estilo envolvente, começando e terminando com considerar seus caminhos (vv. Ag 1:5 , Ag 1:7 ). Entre estes dois versos é um retrato triste da carência e desânimo. Com o uso de uma série de contrastes, Ageu está dizendo: "Sinta o que você está fazendo." Ele é porta-voz de Jeová, mostrando Judá o que ela deve amar mais. "Onde está o teu tesouro, aí estará o seu coração também" (Mt 6:21) é verdadeira em todos os tempos. O apelo de Ageu para o coração revela que ele entendeu claramente que não há movimento sem emoção.

C. O recurso para o VONTADE (1: 8-11)

8 Subi ao monte, e trazei madeira, e edificai a casa; e eu vou ter prazer nele, e serei glorificado, diz o Senhor. 9 Ye procurei muito, mas eis que veio a ser pouco; e quando o trouxestes para casa, eu dissipei com um sopro. Por quê? diz o Senhor dos Exércitos. Por causa da minha casa, que está em ruínas, enquanto vos executar cada um para a sua casa. 10 Portanto, para o seu bem os céus retêm o orvalho, ea terra retém os seus frutos. 11 E eu liguei para uma seca sobre a terra, e sobre o montanhas, e sobre o grão, e sobre o mosto, e sobre o azeite, e sobre o que a terra produz, e sobre os homens, e sobre o gado, e sobre todo o trabalho das mãos.

Os recursos profeta vontades das pessoas por vários meios, mas claramente pelos comandos: Sobe, ... trazer madeira, ... construir a casa (v. Ag 1:8 ). Suas orientações são simples e direta. Ele manda-los a mudar seus caminhos. Olhastes o muito, mas eis que veio a ser pouco (v. Ag 1:9 ; conforme Is 5:10. ). Isso resume bem a situação. É tudo por causa da minha casa ... assolada. Na economia do Antigo Testamento, a obediência ao Senhor e de fidelidade a Sua causa trouxe prosperidade material. Vemos um excelente princípio emergente do primeiro capítulo de Ageu: "Aos que me honram, honrarei" (1Sm 2:30. ).

D. RESULTADOS DO DESAFIO PARA RECONSTRUIR (1: 12-14)

12 Então Zorobabel, filho de Sealtiel, e Josué, filho de Jozadaque, sumo sacerdote, e todo o restante do povo obedeceram à voz do Senhor seu Deus, e as palavras do profeta Ageu, como o Senhor seu Deus o tinha enviado ; e temeu o povo diante do Senhor. 13 Então falou o mensageiro de Ageu Jeová em mensagem de Jeová ao povo, dizendo: Eu sou convosco, diz o Senhor. 14 E o Senhor suscitou o espírito de Zorobabel, filho de Sealtiel, governador de Judá, e o espírito de Josué, filho de Jozadaque, sumo sacerdote, e o espírito de todo o resto do povo; e eles vieram, e fizeram a obra na casa do SENHOR dos Exércitos, seu Deus,

Os resultados do desafio de Ageu são vistos nos verbos de ação a seguir o seu desafio: obedeceu, ... fez medo, ... agitado, e não funcionou. Quando os líderes e o restante do povo obedeceram ... e temeu o povo diante de Jeová, Jeová respondeu, eu estou com você. Ele deu a dinâmica para o serviço. Quando o Senhor suscitou o espírito de líderes e pessoas (conforme Esdras 1:1 ), o resultado líquido foi: eles vieram e fizeram a obra.

E. DATA PARA RETOMAR A OBRA (Ag 1:15)

15 no dia vinte e quatro do mês, no sexto mês , no segundo ano do rei Dario.

Nos 23 dias que se passaram entre o desafio de Ageu e a retomada da obra, muita preparação e organização eram necessárias. Os líderes tiveram de encontrar trabalhadores adequados para trabalhos específicos, direcionar as pessoas para recolher os materiais necessários, e fazer planos para a operação. O tempo foi, sem dúvida, um muito ocupado por Zorobabel e Josué.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Ageu Capítulo 1 do versículo 1 até o 15
Ageu

Temos de rever a história dos judeus a fim de entender o trabalho desses três últimos profetas (Ageu, Zaca-rias e Malaquias). Em 536, Esdras voltou à terra santa com cerca de 50 mil judeus. Eles reconstruíram o altar e recomeçaram a oferecer sacrifícios. Em 535, estava pronta a fundação do templo. Contudo, houve muita oposição, e o trabalho foi interrompido. Apenas em 520, o povo retomou o trabalho, e, em 515, finalmente, o templo foi con-cluído. A finalização da obra acon-teceu graças ao trabalho de quatro homens devotos: Zorobabel, o go-vernador; Jesua, o sumo sacerdote; Ageu e Zacarias, os profetas. Veja Ed 5:1 e 6:14.

O ministério de Ageu tinha o objetivo de acordar o povo pre-guiçoso e encorajá-lo a terminar o templo de Deus. Foi fácil iniciar o trabalho quando o povo voltou para a terra santa, porque todos estavam entusiasmados e dedicados. Toda-via, após meses de oposição e de dificuldades, o trabalho foi retarda-do e, por fim, parou. Esse pequeno relato apresenta quatro sermões de Ageu, devidamente datados. Em cada mensagem, Ageu salienta um pecado específico que impede o cumprimento da vontade do Senhor e a finalização da obra dele.

I. Pôr a si mesmo à frente do Senhor (1:1-5)

Em 1o de setembro de 520, Ageu transmitiu essa mensagem. Havia 60 anos que a fundação do templo fora feita, e a obra ainda não havia terminado. Essa mensagem dirigia- se aos dois líderes da nação, Zo-robabel e Josué, o governante civil e o líder religioso. Ageu não perde tempo, vai direto ao cerne da men-sagem: o povo arruma desculpas e negligencia a casa do Senhor, mas é tempo de voltar ao trabalho e termi-nar a casa de Deus.

Ele menciona o egoísmo do povo: este construíra suas casas, mas alegava não ter tempo para construir a do Senhor. Em outras palavras, pu-nha a si mesmo à frente do Senhor. Alguns judeus tinham até "casas apaineladas", o que era um luxo na-quela época. Hoje também comete-mos o pecado de pôr nosso desejo à frente da vontade do Senhor. Como é fácil arrumar desculpas para não fa-zer o trabalho que Deus determinou! O tempo está muito ruim para fazer visitas ou ir à igreja; todavia, não está ruim demais para uma viagem de caça ou para fazer compras. As pes-soas sentam para assistir a uma ro-dada dupla de jogo de futebol e não reclamam; no entanto, começam a se remexer se o culto dura cinco mi-nutos a mais que o previsto.

Ageu adverte-nos de que real-mente nos perdemos se pomos a nós mesmos à frente do Senhor. Em 1:6, ele afirma que nossos ganhos se des-vanecem e nossas posses não duram quando deixamos Deus fora de nossa vida. O Senhor retém a chuva (v. 10), e, por isso, a estação de safra fracassa (v. 11). Afinal, os judeus conheciam a promessa do Senhor de que aben-çoaria a terra deles se o honrassem (veja Dt 28:0 e Fp 4:19 apresentam promessas magníficas que devemos reivindicar.

Os líderes receberam a mensa-gem com convicção verdadeira (vv. 12-15) e sentiram-se incitados a fa-zer a vontade do Senhor. O Senhor prometeu: "Eu sou convosco" e se-rei glorificado. Observe que todo o empreendimento era uma aventura espiritual, não apenas uma obra da carne. O povo de Deus levantou-se e pôs o Senhor em primeiro lugar em sua vida.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Ageu Capítulo 1 do versículo 1 até o 15
1.1- 11 A primeira mensagem de Ageu a Israel.
1.1 Dario. O rei aqui referido é Dario Histaspes, e o ano é o de 520 a.C. Ageu. Nada de definido é conhecido de sua história pessoal Ele é mencionado em Ed 5:1 e 6.14. Ele é o primeiro dos profetas a Ministrar depois do Exílio. Veio a palavra do Senhor. Esta expressão, usada várias vezes no livro, indica que Jeová era à fonte direta destes anúncios e Ageu somente o instrumento.

1.2 Esta era a desculpa do povo para não edificar o templo.
1:3-11 A censura de Jeová.
1.4 A pergunta direta do Senhor anula suas desculpas esfarrapadas. Eles possuíam lindas e luxuosas casas, mas não construíram a casa do Senhor. Há algum paralelo hoje?
1.5 Considerai o vosso passado. Um constante desafio de Ageu. • N. Hom. Coisas a considerar:
1) Seus caminhos errados 1:5-7;
2) Seu julgamento inevitável, Dt 32:29; Dt 3:0) Seu Salvador crucificado, He 12:3; He 4:0) Seu serviço fiel, 1Sm 12:24.

1.6 Em virtude da falta dos judeus ao deixar de reconstruir o seu templo, Deus reteve Suas bênçãos. Todos estes fracassos, ademais, são castigos de Deus pela falta de obediência do povo. Se O colocarmos em primeiro lugar, poderemos estar certos de que Ele irá suprir todas as nossas necessidades conforme Mt 6:33).

1:7-11 Outra vez os judeus são exortados a considerar seus caminhos e a construir a casa de Deus. Ele declara que se agradará dela e será glorificado. Por causa dá negligência deles para com o Senhor e Sua casa, o Senhor não derramaria Suas bênçãos. Ele estava desejoso de perdoar e abençoar. Ele reteve as bênçãos materiais por se terem esquecido dele.
1.12.13 A reação à mensagem de Deus, Os israelitas humilharam-se e tornaram-se obedientes ao Senhor.

1.13 A segurança da presença do Senhor. Ele nunca nos pede para fazermos o seu trabalho sozinhos ou só pelas nossas forças (conforme Êx 3:12; 23:14; Jz 6:16; Jr 1:8; Mt 28:20). A segunda mensagem. inspiração para a obra (13-15).

1.14,15 Supõe-se que as três semanas intermediárias foram gastas em ajuntar a madeira na região alta como foi ordenado no v. 8 e que então foi iniciado o trabalho na casa do Senhor.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Ageu Capítulo 1 do versículo 1 até o 15
I. O APELO DE AGEU (1:1-11)

29 de agosto de 520 a.C.

Além das referências em Ed 5:1 e 6.14, nada se sabe de Ageu, exceto o que o próprio livro indica. Ele pode ter sido um recém-chegado da Babilônia ou um residente de muito tempo que observou a perda de entusiasmo do seu povo e a desmoralização por causa da oposição e das provações dos desastres naturais e da pilhagem de exércitos estrangeiros. Ele e o seu colega Zacarias (Zc 1:1) foram incitados a levantar a sua voz quando o Espírito de Deus os despertou para as condições da sua nação. Suas mensagens foram de encorajamento e esperança, como também de exortação. A cura para as enfermidades do povo estava nas mãos do seu Deus, e o seu Deus era soberano tanto sobre a natureza quanto sobre a história das nações (Ag 1:11; Ag 2:6,Ag 2:7): ele estava próximo e era acessível ao coração dos que o buscavam (Ag 2:4,Ag 2:19). A datação detalhada das profecias de Ageu indica a tremenda importância associada ao retorno ao povo da autêntica voz da profecia, depois de um longo silêncio na terra. Deus também tinha feito corresponder a restauração da voz profética com a provisão de líderes dignos dos seus heróis do passado: Zorobabel, descendente da casa real de Davi, e Josué, possuidor de um nome significativo para todo judeu.

Os dois profetas formavam uma boa combinação. Ageu era simples, prático, direto. Suas palavras estão em forma métrica simples, apelando para o senso de vergonha do povo e despertando os judeus da sua letargia e resignação egoístas. Zacarias era visionário e poeta, levantando o espírito desanimado e desmoralizado do povo com palavras encorajadoras: “Assim diz o SENHOR dos Exércitos: ‘Eu tenho sido muito zeloso com Jerusalém e Sião, mas estou muito irado contra as nações que se sentem seguras’ ” (Zc

1.14,15). “Assim diz o Senhor: ‘Estou me voltando para Jerusalém com misericórdia’ ” (Zc 1:16); e depois aquela certeza maravilhosa: “ ‘porque todo o que tocar em vocês, toca na menina dos olhos dele’ ” (Zc 2:8).

Por direto e prático que Ageu fosse, sua verdadeira percepção profética fica clara nesse parágrafo de abertura. Dois fatos separados e aparentemente não relacionados — a miséria econômica dominante e a insensatez da reconstrução do templo que havia apenas sido iniciada (a essa altura, tão conhecida que era tomada por certa e praticamente ignorada) — são fundidos em uma repentina ilustração. Durante quase vinte anos, o povo havia se amesquinhado diante do desânimo esmagador; aceitando o seu papel de vassalo, tinha se resignado a tornar a vida o mais confortável possível (v. 4: a expressão casas de fino acabamento talvez não signifique mais do que casas cobertas), e ser o mais imperceptível possível. De repente, Ageu vê a passividade deles como uma causa, e não um resultado, da sua condição desanimadora; e a força para despertar o povo para um avivamen-to nacional é o reavivamento do seu compromisso e do seu zelo religiosos. O templo negligenciado era um símbolo patente da sua condição espiritual e moral (alguns comentaristas consideram de fato 2.13 um retrato do templo prostrado como um “corpo morto” ritualmente impuro entre eles). Impulsionados à ação urgente de reconstruir a casa de Deus, eles descobririam que a cura para suas outras mazelas também estava nas suas mãos. A causa das suas fraquezas não estava em forças fora do seu controle, e o seu remédio estava em seu poder (v. 7,8). Era uma mensagem que correspondia ao convite inspirador de outro profeta em Is 55:1-23 (cf. v. 6,11). A percepção de Ageu lança uma luz fascinante e importante sobre a função da fé religiosa na sociedade: “Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas” (Mt 6:33).

A seção é interessante também em virtude das indicações de condições e do desenvolvimento econômicos da época (v. 6,9,

10,11). A referência a colocar o salário numa bolsa (v. 6) talvez não seja uma indicação de cunhagem de moedas (v. Zc 11:12, em que os salários eram pesados em pedaços de metal precioso), embora a cunhagem de moedas tenha começado a se tomar comum nessa época, e Dario receba o crédito por tê-la introduzido na Pérsia a partir de Lídia (conforme Dinheiro no NBD). Mas estamos evidentemente numa sociedade em que uma economia monetária rudimentar está começando a substituir o sistema imemorial do escambo, em que os metais eram apenas um meio de troca. Certamente, a última frase do v. 6 soa como uma descrição vívida de inflação monetária, provavelmente causada pela pilhagem das tropas de Cambises, como também pelos desastres naturais descritos por esse trecho (e v. 2.16,17). Um economista moderno talvez sorria diante da sugestão de Ageu de que o desvio de recursos produtivos para o exercício improdutivo de gastos públicos como a reconstrução do templo pudesse remediar tal inflação; mas suas objeções seriam respondidas de forma extraordinária quando em pouco tempo Dario autorizou auxílio considerável do tesouro persa para o projeto (Ed 6:8,Ed 6:9). Essa injeção de ajuda externa pode bem ter estimulado a economia tão combalida.

Observações, (a) Zorobabel (v. 1) aparece como o bisneto do rei Jeoaquim em 1Cr 3:1619 e sobrinho de Sealtiel; Ageu destaca o fato de ele ser o herdeiro ao considerá-lo filho de Sealtiel para os propósitos da sucessão formal. Josué (v. 1) estava na linhagem sacerdotal araônica (1Cr 6:1-13, em que a linhagem termina com o seu pai, Jeozadaque). Esses dois homens haviam participado do primeiro retorno de 537 a.C. (Ed 2:2; Ed 3:2).

(b) madeira deve ser trazida para a reconstrução; é evidente que a estrutura não seria de madeira, mas as pedras estavam disponíveis em grande quantidade nas ruínas da região, e, aliás, talvez algumas partes dos muros e paredes originais ainda estivessem lá.

II. REAÇÃO (1:2-15)

21 de setembro de 520 a.C.

A imediata reação dos líderes e do povo causa uma breve mensagem de encorajamento do profeta: “Eu estou com vocês”, declara o Senhor (v. 13). Quando a obra de reconstrução começa para valer, o autor, fiel à percepção bíblica da soberania de Deus, vê o zelo renovado do povo em Sl como resultado da iniciativa de Deus (v. 14). A reação ao chamado de Deus corresponde a resposta de Deus de encorajamento imediato (v. 13), e também um acesso de fé e devoção que é em Sl um presente de Deus (v. 14). Assim, o evangelho do NT está sempre latente no ATOS (v. Fp 2:12,Fp 2:13).

Observação. Acerca do comentário que sugere que os v. 15-19 do cap. 2 deveriam seguir aqui nesse ponto, v. as observações introdutórias anteriores e também ad loc. a seguir.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Ageu Capítulo 1 do versículo 3 até o 12
II. UMA MENSAGEM PARA O POVO Ag 1:3-12

Este oráculo tem a mesma data que a mensagem que acabara de ser transmitida aos líderes da nação. Deus responde à objeção levantada, fazendo urna pergunta: É para vós tempo...? (4). Algumas versões traduzem: "para vós mesmos é tempo...?", isto é, para um povo como vós e com uma história como a vossa? Há um tom de repreensão nessa maneira de Deus dirigir-se a eles. O povo não é descrito aqui, quando deveria ficar manifesto que eram o povo de Deus.

>Ag 1:4

Note-se o contraste entre vossas essas estucadas e esta casa há de ficar deserta? (4). Uma casa "estucada" era casa confortável e belamente adornada com madeira. Visto que a madeira era rara em Judá, casas estucadas eram um sinal de luxo e gastos. Formavam um vívido contraste com os alicerces de pedra da casa do Senhor, ainda por terminar e expostos aos elementos, durante os últimos dezesseis anos, desde que terminara em fracasso a última tentativa de reconstruir o templo. Uma casa, em distinção a uma tenda como moradia, ou a um altar isolado para o local de adoração, denota uma habitação permanente... Casas estucadas, em contraste com a casa de Deus que jazia deserta, portanto, implicava que o povo desejava permanecer na terra em meio ao luxo, mas que não tinha preocupação alguma para que Deus, a Quem deviam o fato de haver retornado do exílio (Sl 126:0), habitasse no meio deles.

>Ag 1:5

Aplicai os vossos corações aos vossos caminhos (5,7). Este é uma espécie de estribilho por toda a profecia. Na psicologia dos hebreus, "coração" significa pensamento ou atenção. Os fatos falariam para eles se ao menos quisessem ouvir e dar atenção. Seus esforços em direção à prosperidade adquirida para si mesmos tinham sido um fracasso. Ver o versículo 6. Todo dom parecia não ser abençoado. Havia pobreza mesmo no meio da abundância. Os salários eram ganhos, mas quem os ganhava não colhia mais prazer do que se tais salários fossem derramados num saco furado (6). A futilidade de tudo aquilo era de despedaçar o coração! "Ponderai nisto", dizia Deus. "Perguntai a vós mesmos: "Não há um motivo para tudo isso?" e esse motivo não é vossa própria maneira de vida?" Subi ao monte (8), vem a ordem. Isso dificilmente espera pelo resultado lógico da meditação por parte do povo. Trata-se de uma ordem que exige obediência, independente do fato se o resultado de tal ponderação os levasse ou não a ligar sua pobreza com seu esquecimento para com Deus. Deus queria que fizessem Sua vontade, segundo Ele a tinha revelado, e isso por motivo de amor e de fé nobre, e não meramente como uma condição de prosperidade material. "Tentai a grande experiência", dizia Deus. "Fazei Minha vontade. Buscai em primeiro lugar a glória de Minha casa. Então vereis, por experiência real, como as fortunas destroçadas podem ser transformadas em verdadeira prosperidade" (ver Ag 2:18 e segs. e cfr. Jo 7:17). Comparar vós (9) com "eu" (11; subentendido). Deus não permitiria que o povo tirasse falsas conclusões. Ele estabeleceu os fatos claramente. O povo tinha feito esforços estrênuos, mas haviam-se esquecido que Deus tinha a última palavra no que tangia à prosperidade da nação. Eu lhe assolei (9); fiz vir a seca (11). Nada daquilo aconteceu por acaso, mas Deus é Quem controla supremamente a provisão de alimentos.

>Ag 1:12

Logo se seguiram resultados. Todas as três classes, às quais se dirigiu o profeta, obedeceram sua mensagem. Nessa obediência, reconheciam que Deus era seu Senhor supremo, que Ageu era profeta do Senhor e que eram muito razoáveis as exigências feitas. Seu (deles) Deus (12). Note-se a volta do pronome possessivo, em que fica subentendida uma relação mais íntima.


Dicionário

Ageu

-

(Heb. “festa, festival”). Praticamente nada se sabe sobre este profeta, exceto sua colocação cronológica e a natureza de seu ministério e sua mensagem, ou seja, encorajar a reconstrução do Templo em Jerusalém, depois do exílio babilônico. A primeira parte de suas profecias é de condenação sobre os que retornaram da Babilônia e buscavam seus próprios interesses, antes de começar a se preocupar com o Templo (Ag 1:4). Ageu, chamado de “mensageiro do Senhor” (v.13), estabelece especificamente a data de suas várias mensagens, as quais se encontram entre o 1º dia do 6º mês (Elul) do segundo ano do reinado de Dario sobre a Pérsia (29de agosto de 520 a.C.)e o 24º dia do 9º mês (Kisleu) do mesmo ano (18 de Dezembro de 520). Assim, todoo ministério de Ageu, registrado no livro que leva o seu nome, aconteceu em menos de quatro meses. Esdras proporciona algumas informações adicionais, as quais demonstram que, com efeito, Ageu e Zacarias não somente estabeleceram o impulso necessário para a reconstrução do Templo (Ed 5:1), como também permaneceram envolvidos no projeto até sua finalização, quatro anos mais tarde (Ed 6:14-15). Ageu não faz menção a essa fase posterior da reconstrução. No entanto, os anciãos presentes na dedicação lembraram-se da glória do Templo anterior. O atual jamais seria comparado com aquele. A profecia de Ageu, contudo, encorajou os trabalhadores a antecipar um dia no futuro, que seria mais glorioso do que a dedicação do presente Templo. Ageu visualizou aquele que atrairia a riqueza e a adoração as nações (Ag 2:6-9) e, na pessoa de Zorobabel, viu uma figura messiânica que governaria sobre os reinos, como o Rei, servo de Deus (vv. 20-23). E.M.


Ageu [Festivo] - Um dos PROFETAS MENORES. Como Zacarias, Ageu anunciou mensagens aos judeus que voltaram do CATIVEIRO babilônico, no ano 520 a.C. (Ed 6:14). V. AGEU, LIVRO DE.

Festivo. Um dos três profetas da Restauração. Pouco se sabe a respeito da sua personalidade, mas o tempo do seu aparecimento pode deduzir-se do seu livro e do de Esdras. Nasceu, provavelmente, durante o cativeiro, e pertenceu ao número dos que vieram com Zorobabel da Babilônia para Jerusalém, no ano 536 a.C. A reedificação do templo começou com grande zelo, mas, por causa da oposição dos samaritanos, foram suspensas as obras pelo espaço de quatorze anos. Subindo, então, Dario Histaspes ao trono da Babilônia, foi Ageu inspirado por Deus a exortar Zorobabel e Josué a que recomeçassem o trabalho do templo. os seus arrazoados produzir um efeito (Ag 1:14 – 2.1), prosseguindo os judeus na reedificação no ano 520, dezesseis anos depois da volta do cativeiro. Diz-se que Ageu foi sepultado em Jerusalém, perto dos sepulcros dos sacerdotes.

Ministério

substantivo masculino Função de ministro.
Tempo durante o qual essa função é exercida.
Conjunto de ministros num governo.
Local onde têm sede os serviços de um ministro: ir ao Ministério da Educação.
Função, cargo que alguém exerce (diz-se principalmente do sacerdócio): atender aos deveres do seu ministério.
Ministério público, magistratura estabelecida junto a cada tribunal e relativa à execução das leis em nome da sociedade.

Algumas vezes, palavras de significado geral passam a ter um significado mais restrito, como a palavra ministério que significava originalmente o "ofício de alguém, aquilo que uma pessoa devia fazer"; com o tempo, há uma restrição de significado e a palavra ministério, em religião, passa a indicar somente o "ofício de um sacerdote" ou o "lugar dos ministros".

O ministério de Jesus não é serviço de crítica, de desengano, de negação. É trabalho incessante e renovador, para a vida mais alta em todos os setores.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

M
Referencia:


Ministério
1) Desempenho de um serviço (At 7:53, RA).


2) Exercício de um serviço religioso especial, como o dos levitas, sacerdotes, profetas e apóstolos (1Cr 6:32; 24.3; Zc 7:7; At 1:25).


3) Atividade desenvolvida por Jesus até a sua ascensão (Lc 3:23, RA).


4) Cargo ou ofício de MINISTRO 4, (2Co 6:3; 2Tm 4:5).


Palavra

A palavra é um dom divino, quando acompanhada dos atos que a testemunhem [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 124

[...] O verbo é a projeção do pensamento criador.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos e apólogos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 17

[...] a palavra é, sem dúvida, a continuação de nós mesmos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos e apólogos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 17

A palavra é dom sagrado, / É a ciência da expressão / Não deve ser objeto / De mísera exploração.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] O verbo mal conduzido é sempre a raiz escura de grande parte dos processos patogênicos que flagelam a Humanidade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

O verbo gasto em serviços do bem é cimento divino para realizações imorredouras. Conversaremos, pois, servindo aos nossos semelhantes de modo substancial, e nosso lucro será crescente.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 3

Veículo magnético, a palavra, dessa maneira, é sempre fator indutivo, na origem de toda realização.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Seara dos médiuns: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Palavra

O verbo é plasma da inteligência, fio da inspiração, óleo do trabalho e base da escritura.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Seara dos médiuns: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Palavra

Em tudo quanto converses, / Toma o bem por tua escolta. / Toda palavra é um ser vivo / Por conta de quem a solta.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Trovas do outro mundo• Por trovadores diversos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

A palavra é o instrumento mágico que Deus nos confia.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Entre irmãos de outras terras• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 23

[...] a palavra é precioso dom que Deus concede para auxílio ao nosso progresso geral, nossa felicidade e nossa alegria, mas jamais para o insulto e a afronta contra o que quer que seja dentro da Criação, nem mesmo ao mais abjeto verme, e ainda menos contra o Criador de todas as coisas [...].
Referencia: PEREIRA, Yvonne A• À luz do Consolador• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB• 1997• - Blasfêmia


Palavra Esse conceito tem uma importância fundamental nos evangelhos. Jesus não menciona a palavra de Deus; apenas afirma “porém eu vos digo” (Mt 5:22.28). Essa palavra (logos) é a primeira causa de surpresa e de espanto entre seus contemporâneos (Lc 4:36). Com ela, Jesus faz milagres (Mt 8:8.16), frutos da fé nessa palavra (Jo 4:50-53). É também verbalmente que perdoa os pecados (Mt 9:1-7) e transmite autoridade (Mt 18:18; Jo 20:23). Diante dela, as pessoas devem tomar uma decisão (Mt 7:24-27; 13,23) e isso faz com que se dividam (Mc 8:38). Para João, o evangelista, Jesus é a Palavra (Logos — Memrá) que é Deus (Jo 1:1) e que se fez carne (Jo 1:11.
14) para revelar o Pai e salvar o homem (Jo 1:18; 3,34; 12,50; 17,8.14).

Palavra
1) Expressão, falada ou escrita, de pensamento (Sl 5:1; Ap 21:5).


2) Mensagem de Deus (Jr 1:4; Rm 3:2, RC).


3) As Escrituras Sagradas do AT, especialmente a LEI 2, (Sl 119).


4) A mensagem do evangelho (Gl 6:6).


5) O VERBO (Jo 1:1, NTLH). Jesus é mais do que expressão falada: ele é Deus em ação, criando (Gn 1:3), se revelando (Jo 10:30) e salvando (Sl 107:19-20; 1Jo 1:1-2).


Do latim parabola, que significa “discurso” ou “fala”.

substantivo feminino Unidade linguística com significado próprio e existência independente, que pode ser escrita ou falada: expressou-se por meio de palavras; o texto deve conter somente 350 palavras.
Cada unidade linguística com significado, separada por espaços, ou intercalada entre um espaço e um sinal de pontuação.
Capacidade que confere à raça humana a possibilidade de se expressar verbalmente; fala.
Gramática Vocábulo provido de significação; termo.
Figurado Demonstração de opiniões, pensamentos, sentimentos ou emoções por meio da linguagem: fiquei sem palavras diante dela.
Afirmação que se faz com convicção; compromisso assumido verbalmente; declaração: ele acreditou na minha palavra.
Discurso curto: uma palavra de felicidade aos noivos.
Licença que se pede para falar: no debate, não me deram a palavra.
Gramática Conjunto ordenado de vocábulos; frase.
Figurado Promessa que se faz sem intenção de a cumprir (usado no plural): palavras não pagam contas.
Etimologia (origem da palavra palavra). Do latim parábola.ae; pelo grego parabolé.

substantivo feminino Unidade linguística com significado próprio e existência independente, que pode ser escrita ou falada: expressou-se por meio de palavras; o texto deve conter somente 350 palavras.
Cada unidade linguística com significado, separada por espaços, ou intercalada entre um espaço e um sinal de pontuação.
Capacidade que confere à raça humana a possibilidade de se expressar verbalmente; fala.
Gramática Vocábulo provido de significação; termo.
Figurado Demonstração de opiniões, pensamentos, sentimentos ou emoções por meio da linguagem: fiquei sem palavras diante dela.
Afirmação que se faz com convicção; compromisso assumido verbalmente; declaração: ele acreditou na minha palavra.
Discurso curto: uma palavra de felicidade aos noivos.
Licença que se pede para falar: no debate, não me deram a palavra.
Gramática Conjunto ordenado de vocábulos; frase.
Figurado Promessa que se faz sem intenção de a cumprir (usado no plural): palavras não pagam contas.
Etimologia (origem da palavra palavra). Do latim parábola.ae; pelo grego parabolé.

Profeta

Porta-voz de Deus, que recebe uma mensagem da parte de Deus e proclama a um grupo específico de ouvintes.

[...] enviado de Deus com a missão de instruir os homens e de lhes revelar as coisas ocultas e os mistérios da vida espiritual. Pode, pois, um homem ser profeta, sem fazer predições. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 21, it• 4

O verdadeiro profeta é um homem de bem, inspirado por Deus. Podeis reconhecê-lo pelas suas palavras e pelos seus atos. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 624

Em sentido restrito, profeta é aquele que adivinha, prevê ou prediz o futuro. No Evangelho, entretanto, esse termo tem significação mais extensa, aplicando-se a todos os enviados de Deus com a missão de edificarem os homens nas coisas espirituais, mesmo que não façam profecias.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Pelos seus frutos os conhecereis

Em linguagem atual, poderíamos definir os profetas como médiuns, indivíduos dotados de faculdades psíquicas avantajadas, que lhes permitem falar e agir sob inspiração espiritual.
Referencia: SIMONETTI, Richard• A voz do monte• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - Profetas transviados


Profeta Pessoa que profetiza, isto é, que anuncia a mensagem de Deus (v. PROFECIA). No AT, os profetas não eram intérpretes, mas sim porta-vozes da mensagem divina (Jr 27:4). No NT, o profeta falava baseado na revelação do AT e no testemunho dos apóstolos, edificando e fortalecendo assim a comunidade cristã (At 13:1; 1Co 12:28-29; 14.3; Fp 4:11). A mensagem anunciada pelo profeta hoje deve estar sempre de acordo com a revelação contida na Bíblia. João Batista (Mt 14:5; Lc 1:76) e Jesus (Mt 21:11-46; Lc 7:16; 24.19; Jo 9:17) também foram chamados de profetas. Havia falsos profetas que mentiam, afirmando que as mensagens deles vinham de Deus (Dt 18:20-22; At 13:6-12; 1Jo 4:1).

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O PROFETA

O novo Moisés, o profeta prometido (Dt 18:15-18). Pode ser aquele que deveria anunciar a vinda do MESSIAS (Mt 11:9-10) ou então o próprio Messias (Mt 21:9-11; Lc 24:19-21; Jo 6:14; 7.40).

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OS PROFETAS

Maneira de os israelitas se referirem à segunda divisão da Bíblia Hebraica (Mt 5:17). Esses livros são os seguintes: Js, Jz 1:2Sm, 1 e 2Rs 1s, Jr, Ez e os doze profetas menores. Embora o nosso AT contenha os mesmos livros que estão na Bíblia Hebraica, a ordem em que eles estão colocados não é a mesma.


Profeta No judaísmo, o profeta é o escolhido por Deus para proclamar sua palavra em forma de exortação e, outras vezes, como advertência de castigo. A mensagem profética não estava necessariamente ligada ao anúncio de acontecimentos futuros.

Embora Moisés fosse o maior de todos os profetas (Dt 34:10), o período principal da atividade profética estende-se de Samuel (séc. XI a.C.) até Malaquias (séc. V a.C.). As fontes destacam dois tipos de profetas.

O primeiro (Samuel, Natã, Elias, Eliseu) não deixou obras escritas e, ocasionalmente, viveu em irmandades proféticas conhecidas como “filhos dos profetas”.

O segundo (Amós 1saías, Jeremias etc.) deixou obras escritas. A atividade profética estendia-se também às mulheres, como foi o caso de Maria (Ex 15:20), Débora (Jz 4:4) e Hulda (2Rs 2:14) e a não-judeus, como Balaão, Jó etc. Conforme os rabinos, a presença de Deus ou Shejináh abandonou Israel após a morte do último profeta (Yoma 9b), desaparecendo o dom de profecia depois da destruição do Templo (BB 12b).

Nos evangelhos, Jesus é apresentado como o Profeta; não um profeta melhor, mas o Profeta escatológico anunciado por Moisés em Dt 18:15-16, que surgiria no final dos tempos e que não seria inferior a Moisés, porque significaria o cumprimento das profecias anteriores (Jo 6:14ss.; Mc 13:22 e par.; Mt 13:57 e par.; 21,11; 21,46 e par.; Lc 7:39; 13,33; Jo 4:44). A isso acrescentem-se os textos em que se emprega a expressão Amém (mesmo não as limitando a um cariz profético). A expectativa desse “Profeta” devia ser comum na época de Jesus, como se deduz de Jo 1:21. Essa pessoa tem também um paralelo evidente na doutrina samaritana do “taheb” (o que regressa ou o restaurador), uma espécie de Moisés redivivo (Jo 4:19.25). Também nos deparamos com uma figura semelhante na teologia dos sectários de Qumrán e no Testamento dos Doze patriarcas, embora já apresentando essenciais diferenças.

L. A. Schökel, o. c.; A. Heschel, o. c.; I. I. Mattuck, El pensamiento de los profetas, 1971; G. von Rad, Teología...; vol. II; J. D. G. Dunn, “Prophetic I-Sayings and the Jesus Tradition: The Importance of Testing Prophetic Utterances within Early Christianity” em NTS, 24, 1978, pp. 175-198; D. Hill, New Testament Prophecy, Atlanta 1979; D. E. Aune, Prophecy in Early Christianity, Grand Rapids 1983; G. f. Hawthorne, The Presence and the Power: The Significance of the Holy Spirit in the Life and Ministry of Jesus, Dallas, 1991; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Resenha Bíblica, n. 1, Los profetas, Estella 1994.


Senhor

substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


Veio

substantivo masculino Ducto, canal, fresta ou ramificação das mais variadas cores, formas ou tamanhos que são encontradas em pedras, madeiras ou em mármore.
Por Extensão Sinal que se assemelha a uma estria, riscas irregulares; estria.
Corrente de água que provém de rios; riacho.
Mineralogia Camada que pode ser explorada; filão: veio de ouro.
Figurado O que pode ser utilizado como fundamento para; o ponto central de; essência: o veio de uma teoria.
Canal natural de água que se localiza abaixo da terra.
Peça que move uma roda, eixo de ativação manual; manivela.
Etimologia (origem da palavra veio). Veia + o.

Veio
1) Parte da mina onde se encontra o mineral; filão (28:1, RC).


2) Riacho (28:11, RA).


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
דָּבָר יְהוָה יָד נָבִיא חַגַּי אָמַר
Ageu 1: 3 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Veio, pois, a palavraH1697 דָּבָרH1697 do SENHORH3068 יְהוָהH3068, por intermédioH3027 יָדH3027 do profetaH5030 נָבִיאH5030 AgeuH2292 חַגַּיH2292, dizendoH559 אָמַרH559 H8800:
Ageu 1: 3 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

520 a.C.
H1697
dâbâr
דָּבָר
discurso, palavra, fala, coisa
(and speech)
Substantivo
H1961
hâyâh
הָיָה
era
(was)
Verbo
H2292
Chaggay
חַגַּי
ter muita coragem, ser de bom ânimo
(Being confident)
Verbo - particípio presente ativo - nominativo Masculino no Plural
H3027
yâd
יָד
a mão dele
(his hand)
Substantivo
H3068
Yᵉhôvâh
יְהֹוָה
o Senhor
(the LORD)
Substantivo
H5030
nâbîyʼ
נָבִיא
porta-voz, orador, profeta
([is] a prophet)
Substantivo
H559
ʼâmar
אָמַר
E disse
(And said)
Verbo


דָּבָר


(H1697)
dâbâr (daw-baw')

01697 דבר dabar

procedente de 1696; DITAT - 399a; n m

  1. discurso, palavra, fala, coisa
    1. discurso
    2. dito, declaração
    3. palavra, palavras
    4. negócio, ocupação, atos, assunto, caso, algo, maneira (por extensão)

הָיָה


(H1961)
hâyâh (haw-yaw)

01961 היה hayah

uma raiz primitiva [veja 1933]; DITAT - 491; v

  1. ser, tornar-se, vir a ser, existir, acontecer
    1. (Qal)
      1. ——
        1. acontecer, sair, ocorrer, tomar lugar, acontecer, vir a ser
        2. vir a acontecer, acontecer
      2. vir a existir, tornar-se
        1. erguer-se, aparecer, vir
        2. tornar-se
          1. tornar-se
          2. tornar-se como
          3. ser instituído, ser estabelecido
      3. ser, estar
        1. existir, estar em existência
        2. ficar, permanecer, continuar (com referência a lugar ou tempo)
        3. estar, ficar, estar em, estar situado (com referência a localidade)
        4. acompanhar, estar com
    2. (Nifal)
      1. ocorrer, vir a acontecer, ser feito, ser trazido
      2. estar pronto, estar concluído, ter ido

חַגַּי


(H2292)
Chaggay (khag-gah'-ee)

02292 חגי Chaggay

procedente de 2282; n pr m Ageu = “festivo”

  1. décimo na ordem dos profetas menores; primeiro profeta a profetizar depois do cativeiro

יָד


(H3027)
yâd (yawd)

03027 יד yad

uma palavra primitiva; DITAT - 844; n f

  1. mão
    1. mão (referindo-se ao homem)
    2. força, poder (fig.)
    3. lado (referindo-se à terra), parte, porção (metáfora) (fig.)
    4. (vários sentidos especiais e técnicos)
      1. sinal, monumento
      2. parte, fração, porção
      3. tempo, repetição
      4. eixo
      5. escora, apoio (para bacia)
      6. encaixes (no tabernáculo)
      7. um pênis, uma mão (significado incerto)
      8. pulsos

יְהֹוָה


(H3068)
Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

03068 יהוה Y ehovaĥ

procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

  1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
    1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

נָבִיא


(H5030)
nâbîyʼ (naw-bee')

05030 נביא nabiy’

procedente de 5012; DITAT - 1277a; n m

  1. porta-voz, orador, profeta
    1. profeta
    2. falso profeta
    3. profeta pagão

אָמַר


(H559)
ʼâmar (aw-mar')

0559 אמר ’amar

uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

  1. dizer, falar, proferir
    1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
    2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
    3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
    4. (Hifil) declarar, afirmar